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AGRADECIMENTOS 9

PREFÁCIO 11

PRÓLOGO 15

INTRODUÇÃO 19

O QUE VÃO ENCONTRAR NESTE LIVRO 20

COMO LER ESTE LIVRO 21

PARTE 1 > MUDEM OS VOSSOS PARADIGMAS 23

> VIDA E DINHEIRO 23

> ACOMODAÇÃO 26

> A NOSSA VOCAÇÃO 27

> CATEGORIAS DE TRABALHO 29

> EQUILÍBRIO 30

> TRABALHO, EMPREGO E NEGÓCIO 32

> GERAÇÃO 1000 EUROS 34

> CORRIDA DOS RATOS 35

> FORMAS DE ENDIVIDAMENTO 37

> TIPOS DE DESPESA 41

> TRANSACÇÕES ELECTRÓNICAS 44

> A INFLAÇÃO E A HISTÓRIA DO DINHEIRO 45

> IDEIAS CHAVE 48

> PARA APLICAR JÁ! 49

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

PARTE 2 > POUPEM MAIS 51

> PERFIL MEIA-IDADE, MAIS RICOS 51

> REGRA 1: PENSAMENTO FINANCEIRO 53

> REGRA 2: PAGAR PRIMEIRO A NÓS 55

> REGRA 3: CONTROLAR O CASHFLOW 57

> REGRA 4: ALINHAR AS DESPESAS 62

> REGRA 5: VER O PROGRESSO 66

> REGRA 6: VALORIZAR A NOSSA VIDA 67

> IDEIAS PARA POUPANÇA 70

> CESTOS DE POUPANÇA 78

> IDEIAS CHAVE 81

> PARA APLICAR JÁ! 82

PARTE 3 > INICIEM-SE NOS INVESTIMENTOS 83

> EVOLUÇÃO DO CASHFLOW 83

> PONTO DE CROSSOVER 85

> MARAVILHAS DA CAPITALIZAÇÃO 87

> JUROS COMPOSTOS 89

> COMO PAGAR A FACULDADE AOS FILHOS 90

> ACTIVOS E PASSIVOS 92

> TIPOS DE INVESTIMENTO 93

> DEPÓSITO A PRAZO 96

> ACÇÕES 97

> FUNDOS 100

> AVERSÃO AOS RISCOS 102

> CUSTOS DE INVESTIMENTO E CAPITAL MÍNIMO 104

> JOGAR E INVESTIR 106

> MODELOS ANALÍTICOS 107

> PLATAFORMA DE INVESTIMENTOS 111

> INVESTIMENTO VIRTUAL 112

> ESTRUTURAR AS CONTAS 114

> IDEIAS CHAVE 116

> PARA APLICAR JÁ! 117

E AGORA? 119

GLOSSÁRIO 121

BIBLIOGRAFIA 157

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Damo-los como verdades irrefutáveis. Convido-vos a recon-siderarem alguns.

O objectivo deste capítulo é transformar algumas das vos-sas crenças e percepções sobre a vida e o dinheiro. A forma como vemos o dinheiro nas nossas vidas pode ser o primeiro passo para atingirmos a independência financeira.

Meus amigos, o relógio não pára! A vida não estica! Todos nós vamos morrer um dia. O dinheiro pode esticar e enco-lher e fá-lo muitas vezes ao longo da nossa vida. Tudo o que podemos fazer é rentabilizar ao máximo o dinheiro e tentar produzir mais com menos energia vital. Se analisarmos a esperança média de vida, a partir do momento em que nas-cem, os portugueses têm um tempo de vida médio de 77,8 anos (Instituto Nacional de Estatística, Esperança de vida à nascença, 2004).

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

Idade Actual Anos Restantes Horas Restantes

20 57,8 518.986

25 52,8 474.091

30 47,8 429.196

35 42,8 384.301

40 37,8 339.406

45 32,8 294.511

50 27,8 249.616

55 22,8 204.721

60 17,8 159.826

65 12,8 114.931

70 7,8 70.036

75 2,8 25.141

Figura 1 – Tempo Médio de Vida Restante.

Esta tabela é importante para vos alertar para o seguinte: a maioria das pessoas vive em função do dinheiro, mesmo que muitas digam que não! Todo o tempo que perdem (e julgam que ganham) a fazer dinheiro é tempo de vida que não volta mais. E, para perder tempo, há coisas bem mais interessantes para fazer do que trabalhar para o dinheiro, não concordam?

É por isso que é tão importante começar cedo e ter sem-pre presente que:

Dinheiro = Energia Vital

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PARTE 1 :: MUDEM OS VOSSOS PARADIGMAS

Pensem em todos os custos monetários associados ao tra-balho: o tempo que passam no carro em filas de trânsito e não aproveitam, o dinheiro extra que gastam em refeições fora de casa (pequeno-almoço, almoço, refeições a meio da manhã e da tarde, cafés, entre outros), o dinheiro que gas-tam em férias para fugir ao trabalho de que não gostam ou que não está equilibrado. Tudo isto é dinheiro deitado fora e vão-se assustar quando fizerem os cálculos!

Vamos, de seguida, fazer o cálculo do verdadeiro salário à hora.

Segundo a minha folha de vencimento, ganho 10 /hora líquidos. Mas será mesmo? É necessário ter em considera-ção os custos indirectos associados ao trabalho:

Despesa (por Semana) Horas Euros

Trabalho Legal 40 250 “6,25 /hora”

Trabalho Extra 6 37,5

Deslocações/Gasolina 5 15

Estacionamento 4

Vestuário e Calçado 10

Barbear/Visual Trabalho 2,5 2,5

Comida Meio Manhã/Lanches 1,5 5

Snacks 15

Almoço 5 37,5

Material Necessário/Gadgets 2

TOTAL 60 121,5 “2,03 /hora”

Figura 2 – Verdadeiro salário à hora.

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

Este quadro apresenta a maioria das despesas relacionadas com o trabalho. Para o cálculo do nosso verdadeiro salário, temos de tomar em conta todos os custos directos e indi-rectos desta actividade.

Assim, somando às 40 horas semanais, as 20 horas consi-deradas acima, estou a trabalhar 60 horas. E subtraindo do meu ordenado por semana os 128,5 , obtenho 121,5 líqui-dos. Na realidade, não estou a ganhar 6,25 /hora, mas sim 2,03 /hora! Impressionante, não é? É menos de metade do valor que eu pensava que ganhava…

Quando mudarem de emprego, façam estes cálculos e até os podem utilizar para negociar um aumento. Eu fi-lo e asseguro-vos que resultou.

Calculadora do Verdadeiro Salário. Em http://www.oSeuPrimeiroMilhao.com podem encontrar uma

ferramenta de apoio ao cálculo do vosso real salário à hora, contabilizando todos os custos indirectos com o mesmo.

Porque é que não há muita gente a reformar-se antes dos 65 anos? Se Dinheiro = Energia Vital, todos nós deveríamos querer a reforma mais cedo, não? O problema é que não é fácil. A vida tem muitas surpresas e, além disso, todos nós arranjamos justificações:

> Trabalhar até aos 65 é obrigatório por lei.> Eu preciso do dinheiro para pagar as despesas.> Eu não sei o que fazer quando me reformar.

E tantas outras… desculpas! São só desculpas para não luta-rem contra a acomodação, contra a rotina das 9h às 5h até

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PARTE 1 :: MUDEM OS VOSSOS PARADIGMAS

aos 65 anos (9 to 5 till you’re 65) e não pensarem em novas formas de gerar mais riqueza.

Devemos começar cedo a tentar quebrar as rotinas e os maus hábitos, pois a nossa riqueza só aumenta na medida em que crescemos pessoalmente. Se queremos criar riqueza, temos de aprender a estar confortáveis com novas situações, lidando com desafios cada vez maiores. Normalmente, quanto mais difícil for o desafio, maior o valor que lhe é atribuído. Assim, se lidarmos com desafios maiores, teremos possibi-lidade de gerar mais riqueza.

Muitas das pessoas que conhecemos acomodam-se. Basta olharmos à volta, no nosso local de trabalho, e encontra-mos uma série de pessoas que aceitam uma determi-nada posição e condição para o resto da vida. Não é fácil acabar com alguns comportamentos e a latência causada pela vida sedentária. O importante é conhecermos bem o nosso caminho e irmos desenvolvendo actividades para-lelas, pois é comum chegarmos aos 50 anos sem saber que novo rumo dar à nossa vida. Outra razão igualmente importante para evitar a acomodação é precavermo-nos das surpresas: se o chefe nos despedir com uma palmadinha nas costas por estar a fazer cortes de pessoal e já tivermos outras ocupações, até aceitaremos a indemnização como o empurrãozinho de que sempre precisámos para realizar os nossos sonhos.

Primeiro que tudo, se temos 45 anos de vida activa, mais vale usarmos esse tempo para fazer algo de que gostamos! As pessoas mais bem sucedidas financeiramente definem muito bem os seus objectivos e nunca se desviam deles. Per-seguem os seus objectivos com tenacidade, com paixão!

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

Claro que isto é fácil de dizer. E, para dificultar a tarefa, a maioria das pessoas só sabe o que quer fazer na vida depois dos 25 anos. Claro que há excepções. O meu pai, por exem-plo, soube logo aos cinco anos que queria ser médico. Há algumas pessoas assim, mas a maioria só o descobre bem mais tarde, sendo por isso tão importante aprender a lidar com as novas direcções e descobertas de vida.

Para encontrarmos o nosso caminho existem factores essenciais que precisamos de conhecer: onde pertencemos, de que forma somos produtivos, quais são os nossos valores e quais são as nossas forças – como afirma Marcus Buckin-gham, no seu livro Now, Discover Your Strenghts, todos nós temos cinco forças que nos diferenciam do resto das pes-soas. Exemplos destas aptidões naturais são a capacidade de comunicar, manter o foco, liderar, competir, ser cria-tivo, estabelecer relações, entreter outros e assim por diante. É aplicando as nossas forças que nos iremos diferenciar no local de trabalho e nas nossas vidas. Este trabalho de auto- -conhecimento deve ser realizado continuamente. Lembre-mo-nos que não podemos saber para onde queremos ir se não soubermos onde estamos.

Um exemplo da maneira como aplicamos e usamos as nossas forças é dado logo na escola: se tivermos 18 a Portu-guês e 10 a Matemática, todos nos dizem que temos de tra-balhar a Matemática, porque somos mais fracos, em vez de nos concentrarmos no Português. Mas se nos aplicarmos a fundo no Português, aumentamos a nossa possibilidade de nos virmos a tornar o próximo Camões. De facto, é pre-cisamente essa capacidade que deve ser trabalhada e consi-derada como uma força.

Também é fundamental aprendermos a gerir a segunda metade das nossas vidas. Não será aos 50 anos que iremos mudar o rumo das nossas vidas, carreiras, hábitos e rotinas. Mais vale termos feito um bom trabalho de antemão para,

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PARTE 1 :: MUDEM OS VOSSOS PARADIGMAS

quando já não possuirmos a força da juventude, podermos apenas colher os frutos.

Não tentem mudar a vossa maneira de ser: o mais prová-vel é falharem. Trabalhem para superar e melhorar o vosso desempenho e tentem não aceitar tarefas que não consigam realizar, pois vão certamente correr-vos mal.

Now, Discover Your Strenghts. Em http://www.strengthsfinder.com/ podem encontrar os livros

e inquéritos que vos ajudarão a descobrir as vossas forças, contribuindo para o auto-conhecimento.

É essencial termos presente as macro-categorias de traba-lho, consolidadas primeiramente pelo empresário Robert Kiyosaki, autor do livro Pai Rico, Pai Pobre, e que podemos encontrar transversalmente em todas as profissões. Elas são: trabalhador dependente, trabalhador independente, inves-tidor e empresário.

Existem características dominantes em cada uma delas, como, por exemplo:

> Trabalhador dependente ou empregado. Aquele que gosta de segurança e do ordenado fixo ao fim do mês.> Trabalhador independente. Aquele que tem confiança, gosta de trabalhar sozinho e quer ser o seu próprio patrão.> Investidor. Aquele que gosta de pôr o dinheiro a trabalhar para si e não se importa de gastar e arriscar para ter maiores retornos.> Empresário. Aquele que tem perseverança para montar um sistema para fazer dinheiro e quer ter pessoas a trabalhar para si.

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

O que é curioso é que a escola, nos 17 anos da nossa vida dedicados ao estudo (se tudo correr bem), prepara-nos para sermos especialistas em determinada matéria e assim, na maior parte dos casos, empregados de outrém. Para as outras categorias é preciso iniciativa, dedicação e confiança, con-jugando competências apreendidas ao longo da escola e da vida, mas também outras competências não técnicas (que nos diferenciam uns dos outros).

De qualquer forma, é possível ganhar muito dinheiro em qualquer uma destas macro-categorias. Vejamos exemplos: Luís Figo (empregado), Warren Buffett (investidor) ou Bill Gates (empresário).

Há muitas pessoas que acumulam funções em várias des-tas categorias. Algumas são empregadas de outras, traba-lhando também como independentes e investindo as suas poupanças. Existe uma ligação mais forte entre as cate-gorias de trabalhador dependente e trabalhador indepen-dente. Por exemplo, é comum ser-se empregado por conta de outrém e, em simultâneo, trabalhador independente. O mesmo se aplica ao investidor e ao empresário: é habi-tual ser-se dono de uma empresa e investir no mesmo mer-cado de actuação.

O importante é descobrirmos a macro-categoria de traba-lho onde nos sentimos bem e, acima de tudo, trabalhar para aprender e não pelo dinheiro. Este é um princípio aplicado transversalmente pelas pessoas mais bem sucedidas nas várias categorias, pois se gostamos do que fazemos, o dinheiro virá sempre naturalmente e em quantidade suficiente.

Eu defendo que devemos procurar sempre um equilíbrio entre estes vários vectores: saúde, família, trabalho, dinheiro

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PARTE 1 :: MUDEM OS VOSSOS PARADIGMAS

e hobbies. Todos nós queremos e sonhamos com coisas dife-rentes, mas estas componentes existem para todos nós.

Muitas vezes, ao longo da vida, sentimo-nos perdidos ou mais inclinados para um lado. Quando somos novos, não temos dinheiro e estamos dependentes. Começamos depois a trabalhar e o dinheiro aumenta, mas rapidamente queremos construir uma carreira e deixamos de estar com os amigos, reduzindo também os hobbies. Depois sentimos a chamada da natureza e vêm os filhos, levando-nos, por vezes, a descu-rar a carreira. O dinheiro diminui novamente e os amigos deixam de nos ver. Finalmente, já no final da vida, começa- -nos a faltar a saúde e temos é de nos preocupar com ela.

Poderei ter mencionado alguns clichés, mas o ponto a reter é que é muito importante procurarem sempre um equilíbrio em todas estas fases da vida, gerirem bem o vosso limitado tempo e, acima de tudo, desenvolverem-se pessoalmente. Muitas vezes, ao superarmo-nos num destes vectores, con-seguimos superar-nos nos outros. Não temos de ser fantásti-cos em todos, temos apenas de ter presente a importância e a complementaridade entre eles. É necessário saberem quais os vossos objectivos, como alcançá-los e como balanceá-los nas várias etapas da vida. Relembro-vos que só assim con-seguirão gerar mais riqueza.

Há muitas pessoas que tentam alcançar este equilíbrio atra-vés de trabalho em tempo parcial, cujas variantes vão desde o trabalho sazonal aos fins-de-semana prolongados (em que trabalhamos apenas 3 dias por semana), passando pelos dias parciais (em que trabalhamos só de manhã ou de tarde) e o trabalho durante as férias.

Tenho amigos que optaram por trabalhar num bar de praia durante o Verão em Portugal e ir para o Brasil durante o Inverno, para surfar. Outra amiga divide o mesmo trabalho com um colega (job sharing) e consegue ter tempo para os

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O SEU PRIMEIRO MILHÃO

filhos. E conheço uma pessoa que trabalhou durante as férias para comprar aquela mota com que sempre sonhou.

O importante é terem presente os prós e os contras deste tipo de trabalho, ainda não muito massificado em Portugal. Quando trabalhamos a tempo parcial, temos mais liberdade para sermos nós a gerir a nossa agenda e ficamos com tempo livre para trabalhar para nós mesmos; esta é, também, uma óptima maneira de ganhar mais algum dinheiro extra. Con-tudo, o facto de não nos aplicarmos a tempo inteiro num emprego, poderá tornar mais difícil a progressão na car-reira, diminuindo a probabilidade de ganharmos compen-sações por parte da empresa onde trabalhamos.

Já alguma vez pensaram nas diferenças entre um trabalho, um emprego e um negócio? Apresento seguidamente uma divisão que considero relevante, pelo tipo de investimento feito em cada um deles.

Trabalho

Vs

Emprego

Vs

Negócio> Temporário

> Meio para chegar a um fim

> Insegurança

> Investimos tempo

> Longo prazo

> Construção de carreira

> Segurança

> Investimos Tempo

> Não exige a nossa presença

> Dono dele, mas gerido por outras pessoas

> Pode passar a emprego

> Investimos dinheiro

Figura 3 – Trabalho, emprego e negócio.