O seu espaço de preparação para concursos públicos...5 Aspectos gramaticais na sua redação 29...
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O seu espaço de preparação para concursos públicos
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ESTES MÓDULOS DE PORTUGUÊS E REDAÇAÕ SÃO AS EDIÇÕES MAIS
ATUALIZADAS DE 2019
TODOS OS ESTUDOS DO MÓDULO DE PORTUGUÊS DO ZERO SÃO BASEADOS NOS CONCEITOS
DOS GRAMÁTICOS MAIS MODERNOS E CONCEITUADOS PARA QUESTÕES DE PROVA DE CONCURSOS
PÚBLICOS E VESTIBULARES. SÃO ESTES: EVANILDO BECHARA – CELSO CUNHA - CEGALLA – FERNANDO
PESTANA E CARLOS DE AZEREDO.
TODOS OS CONTEÚDOS DO MÓDULO DE REDAÇÃO DO ZERO SÃO BASEADOS NOS CONCEITOS
TEÓRICOS DISCIPLINARES QUE REGEM AS NORMAS PADRÃO DA ESCRITAS. AS DIRETRIZES
CURRICULARES AQUI SÃO COM BASE NOS REGULAMENTOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
( MEC) , DO INSTITUTO DE ESTUDO E PESQUISAS EDUCACIONAIS ( INEP ) E DA ASSSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ( ABNT ).
AGORA, CABEÇÃO, MÃOS À OBRA !!!!!!
Capítulo Conteúdo Página
0 Prefácio 2
1 Estrutura de um Texto Dissertativo Argumentativo 9
2 Como fazer uma boa redação ? 14
3 10 dicas de redação para mandar bem em sua prova 18
4 Como elaborar a sua INTRODUÇÃO 23
5 Aspectos gramaticais na sua redação 29
6 Como elaborar o seu DESENVOLVIMENTO 33
7 Como elaborar a sua CONCLUSÃO 37
8 ERROS + CITAÇÕES + DICAS PARA A MINHA REDAÇÃO 43
9 ESTOU SEM ARGUMENTOS, O QUE FAZER ? 47
10 34 Temas com seus textos motivacionais 49
11 Fatores Elementares de Anulação ( FEA ) 58
12 Exemplos de várias redações e os comentários do professor 61 - 81
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REDAÇÃO
Tipologia e Gêneros Textuais
Estrutura de Uma Redação
Conceitos Gramaticais
Redação Dissertativa Argumentativa
Construção passo a passo de Uma Redação
Considerações de Textos Dissertativos
PREFÁCIO O QUE SE ESTUDA EM REDAÇÃO?
STUDA SINTETIZANDO O QUE APRENDEMOS –
PARTE 1
3
Tipo de Redação cobrado em Concursos:
1 – Tema da atualidade sem roteiro 2 – Tema de atualidade com roteiro 3- Tema específicos do Edital 4 – Estudo de Caso 5 –Pergunta Discursiva 6 -Parecer
Cesgranrios
FCC
IADES
QUADRIX
CESPE
FUNIVERSA
CESPE
FUNIVERSA
ESAF
FCC
CESPE
FUNIVERSA
CESPE
FUNIVERSA
F G V
Somente em provas específicas: auditor, analista, consultor ( CESPE, ESAF ).
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Quando um concurso está para ser lançado, muitos concursandos ficam ansiosos para saber qual será a
organizadora daquele certame. Isso porque cada uma possui uma característica. E, para que você conheça um
pouco melhor sobre as principais bancas, nós preparamos uma postagem que vai te fazer entender um pouco
melhor como funciona a prova de cada uma, confira:
EPL( Empresa Paranaense de Licitações )
A EPL – Empresa Paranaense de Licitações e Concursos foi criada visando atender a Administração
Pública direta e indireta, fundações e autarquias, buscando desenvolver atividades com qualidade e
transparência, para isso contamos com apoio de profissionais competentes e experientes. Fundada em
2011.
FCC (Fundação Carlos Chagas):
A Fundação Carlos Chagas (FCC) trabalha com os conteúdos de maneira direta e objetiva. São características
da banca as questões de múltipla escolha. Podemos observar uma boa distribuição das questões ao longo da
prova, o que faz com que sejam cobrados todos os tópicos do edital.
Prova: Na prova da FCC, é possível encontrar uma ou outra questão doutrinária ou jurisprudencial. Contudo,
sem medo de errar, podemos dizer que a maior parte da prova é composta por questões literais, “letra da lei”,
ou, como ouvimos no mundo dos concursos, a lei “seca”.
Atenção: Um bom conselho é o estudo atento da legislação. O candidato não pode se deter apenas a manuais,
doutrinas e jurisprudências. Com esse cuidado no estudo, o candidato terá grandes chances de ser aprovado.
Além disso, duas matérias podem enganar os concurseiros novatos: Informática e Língua Portuguesa. A
maioria acredita que conhece profundamente essas matérias, no entanto, na hora da prova, acabam esquecendo
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onde ficam os menus e comandos dos aplicativos de escritório, fazem alguma confusão de conceito ou algo do
gênero. Por isso, reserve uma parte do seu dia para aprender essas duas matérias.
Dica:
. Faça as provas anteriores.
• Estude os conteúdos propostos pela banca, observando questões anteriores de concursos de mesmo nível ou
nível inferior.
Dificuldade:
• O grau de dificuldade que encontramos é de médio a difícil. Vale a pena ler as alternativas propostas e
depois partir para o enunciado das questões. Por apresentar uma relação coesa entre as diversas questões, uma
breve leitura da prova pode auxiliar o candidato a responder outras questões.
CESGRANRIO:
A banca tem por característica distribuir proporcionalmente as questões por todos os itens do edital. Sendo
assim, é necessário que o candidato estude todo o conteúdo proposto, pois dificilmente algum item não será
cobrado. Vale lembrar que o estilo da Cesgranrio é semelhante ao da Fundação Carlos Chagas (FCC). Na
matéria de Atualidades, ela cobra elementos do cotidiano, o que torna necessário uma leitura detalhada dos
fatos presentes na mídia nacional, tanto impressa quanto virtual. Alguns textos são extraídos do Jornal O
Globo.
Prova: A banca também tem por costume a utilização de gráficos e imagens, exigindo do candidato
capacidade de visualização e de interpretação. Mais uma vez, vale ressaltar, a importância dos temas
divulgados na imprensa nacional. As charges são reproduzidas, por isso, existe certa vantagem em o candidato
já ter visto a matéria citada.
A banca organiza concursos federais e estaduais. Uma dica interessante é estudar o perfil das questões da
banca através da resolução de provas da FCC, devido à semelhança entre as duas. Como já foi dito, as bancas
trabalham relativamente com o mesmo conceito de prova. A Cesgranrio não elabora provas muito longas nem
com enunciados muito complexos. Dessa forma, o controle de tempo é secundário. O foco deve estar na
abordagem que a banca dá aos conteúdos do edital. As questões são bem diretas e objetivas, e isso acaba
sendo um problema para o concursando “menos” atenciosos, que podem “cair” nas pegadinhas por vezes
trazidas pela banca.
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FGV – Fundação Getúlio Vargas:
As questões da Fundação Getúlio Vargas são de múltipla escolha, em geral com cinco alternativas para
resposta. É uma banca que realiza concursos em nível federal, estadual e municipal, além do Exame de
Ordem, que ocorre três vezes ao ano para os bacharéis em Direito que pretendam se tornar advogados.
Com relação às disciplinas de Direito, alternam questões complexas com outras fáceis, sendo a grande maioria
texto de lei, porém, não dá para deixar de lado o conhecimento doutrinário, pois pode aparece nas provas.
Dificuldade:
• A complexidade varia conforme o nível de escolaridade, cargo e instituição. A FGV, em alguns concursos,
traz questões relacionadas ao dia-a-dia do cargo. Tenha atenção neste ponto.
• É uma banca que cobrará todo o conteúdo do edital, não dá para deixar de ler nada.
• Muitas das questões, principalmente em Português, trazem textos longos, o que pode tornar a prova
cansativa, esteja preparado.
CESPE/UNB:
A banca Cespe/Unb (Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) tem se destacado
nos últimos anos, sendo a principal organizadora de provas para concursos públicos e, o que é mais
importante, não cometendo muitos erros em seu processo.
O Cespe/UnB organiza os principais concursos nacionais, contudo, uma área se destaca nesse cenário: as
carreiras policiais. Instituições como: Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento
Penitenciário Federal (DEPEN) e Polícia Civil do DF (PCDF) são alguns dos concursos contemplados com a
formatação padrão de cobrança de questões e da prova discursiva. Além disso, a banca foi responsável pelos
concursos do Ministério Público da União, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Ministério de Minas e
Energia.
Prova: O Cespe/UnB tem duas formatações nas cobranças das questões. A primeira (menos usada) é a
formatação padrão das demais bancas organizadoras, ou seja, múltipla escolha. No entanto, a formatação
clássica, que dá destaque especial à banca, é a formatação “certo ou errado”.
A banca faz uma afirmação ou negação no texto e o candidato tem que dizer se está certo ou errado. A cada
questão que o candidato erra, existe uma pena que retira uma das questões que ele acertou e as questões
deixadas em branco ou com dupla marcação não são apenadas.
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Cuidado: O candidato que pretende fazer um concurso dessa banca deve ter em vista que a preparação é
distinta, pois o estilo de prova não é o tradicional. Além disso, é preciso entender que a resolução de
exercícios antes da prova é fundamental para garantir uma boa colocação no concurso.
BANCA ESAF:
A banca Escola de Administração Fazendária (EsAF) é o órgão integrante da estrutura do Ministério da
Fazenda responsável pelo recrutamento, em todo o território nacional, de servidores para o desempenho de
funções na gestão das finanças públicas. Confira todas as informações sobre a banca:
Confiabilidade: Em comparação com outras bancas, a EsAF vem se colocando ao longo de sua história como
uma das mais sérias e responsáveis organizadoras de concurso público do país. Os certames organizados por
ela não vêm apresentando grandes problemas de organização ou fraude, o que traz maior confiabilidade e
segurança para os candidatos.
Concursos realizados: Alguns concursos tradicionalmente organizados por ela se destacam por ter
envergadura maior, trazendo notoriedade à banca, como: Ministério da Fazenda, Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil e Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil.
Dificuldade: Em comparação com as de outras bancas, suas provas possuem um grau de dificuldade elevado
em função da complexidade e profundidade com que são cobradas algumas matérias, como: português e
exatas. Com questões de múltipla escolha (a, b, c, d, e), seus textos são normalmente extensos e complexos,
tornando a resolução das questões mais trabalhosa, demorada e cansativa.
Além disso, você precisa ser muito bom em todas as matérias. Confira:
1. Média por matéria ou grupo de matérias: de nada adianta ser o melhor em algumas matérias, acertando
tudo, e não fazer os mínimos nas outras. São inúmeros os relatos de candidatos que ficam com ótima
pontuação, o que lhes garantiria as primeiras colocações, mas que acabam desclassificados por uma única
questão em uma matéria específica.
2. Administração do tempo: em função da complexidade com que as matérias são cobradas, dificilmente o
candidato tem tempo suficiente para analisar e resolver com calma todas as questões, o que aumenta em muito
a possibilidade de errar. Como é necessária a média por matéria ou grupo de matérias, é mais importante se
preocupar com a aprovação antes da classificação.
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TIRA-TEMAS E CURIOSIDADES
1 – Qual a diferença entre TEMA e TÍTULO?
R-
2- Se tiver de colocar título, é preciso letra cursiva, ou pode ser letra de forma?
R-
3- O que faço se errar uma palavra quando estiver passando A limpo minha redação?
R-
4 - Após dar o meu título, posso pular uma linha, professor ?
R-
5 –Quantos erros eu posso cometer sem perder pontuação ?
R-
6- Posso começar a minha redação fazendo perguntas?
R-
A REDAÇÃO RECEBERÁ NOTA 0 (ZERO) SE APRESENTAR UMA DAS
CARACTERÍSTICAS A SEGUIR:
• Fuga total ao tema;
• Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
• Extensão de até 7 (sete) linhas;
• Apenas cópia integral de texto(s) motivador(es) e/ou da proposta de redação e/ou de textos
motivadores apresentados no caderno de questões;
• Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação;
• Parte deliberadamente desconectada do tema proposto;
• Assinatura, nome, apelido ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura
do participante;
• Texto integralmente em língua estrangeira; e
• Folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.
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A sua redação precisa fazer sentido
Para que seu texto seja claro, compreensível e possa transmitir a ideia que você queira passar, é
importante que ele tenha duas características: coesão e a coerência. Entenda o que são esses conceitos e
saiba como utilizá-los em suas redações.
Deve-se ter em mente que escrever não é apenas colocar palavras no papel. É preciso trabalhar muito para
ter um bom texto. Então aí vai uma dica: para começar, pense no fim! Isso mesmo! Qual a finalidade do
seu texto? O que você quer com ele? Responda então, para si mesmo, às seguintes questões:
1- Qual a finalidade do texto? Para que ele serve?
2 - Qual o assunto? Sobre o que vou escrever?
3 - Quem vai ler o meu texto?
4 - Qual tipo de texto vou fazer?
Texto Dissertativo-Argumentativo
O texto Dissertativo-Argumentativo é baseado na defesa de uma ideia por meio de argumentos e
explicações, a partir de um determinado tema ou assunto. Portanto, trata-se de um texto opinativo cujo
objetivo central reside na formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por tentar convencer ou
persuadir o interlocutor. Não obstante, o texto é dissertativo pois propõe expor ideias sobre determinado
tema; e também argumentativo, porque utiliza de estratégias argumentativas para produzi-lo
Estruturação de um texto Dissertativo-Argumentativo
Embora o texto dissertativo-argumentativo siga o padrão dos modelos de redação, ou seja, "Introdução,
Desenvolvimento e Conclusão"; esse tipo de texto é pautado nas "Estratégias Argumentativas" que,
sobretudo, convencerão o leitor mediante argumentos coerentes. Dessa forma, estas estratégias são
recursos para justificar os argumentos como, por exemplo: pesquisa e levantamento de dados, exemplos,
informações, comparações, explicações, citações.
Fatos O que aconteceu?
Opinião: O que eu penso sobre isso?
Tese: Qual a minha hipótese sobre isso para convencer?
Argumentos: Quais as razões que me fazem defender essa hipótese?
CAP 1
Texto Dissertativo
Estrutura de um Texto Dissertativo-Argumentativo
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Para melhor exemplificar, as etapas necessárias para produzir um texto dissertativo-argumentativo são:
Problema: No momento inicial busca-se o problema, ou seja, os fatos sobre o tema pretendido e,
ademais a tese (ideia central do texto).
Opinião: Para que o texto tenha propriedade, nesse caso, a opinião pessoal sobre o tema reforçará
a argumentação. Assim, o importante é que por meio da tese, buscar uma verdade pessoal ou juízo
de valor sobre o tema abordado.
Argumentos: O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é a organização, clareza
e exposição dos argumentos. Para tanto, é importante selecionar exemplos, fatos e provas a fim de
assegurar a validade de sua opinião, sem deixar de justificar.
Conclusão: Nesse momento busca-se a solução para o problema exposto. Assim, é interessante
apresentar a síntese da discussão, a retomada da tese (ideia principal) e além disso, a proposta de
solução do tema com as observações finais.
O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre
determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa.
A estrutura de um texto dissertativo está baseada em três momentos:
1. Introdução: Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais importante é expor a ideia
central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a Introdução é a parte mais
importante do texto e por isso deve conter a informações que logo desenvolverá.
2. Desenvolvimento: Também chamada de "Anti-Tese" ou "Antítese", nessa parte do texto é que
se desenvolve a argumentação por meio de opiniões, dados, levantamentos, estatísticas, fatos e
exemplos sobre o tema, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com propriedade.
3. Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras palavras, não
deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de "Nova Tese" por ser
um momento de fechamento das ideias, e principalmente da inserção de uma nova ideia, ou seja,
uma nova tese
4. Tipos de Dissertação
Existem dois tipos de dissertação: a Dissertação Expositiva e a Dissertação Argumentativa.
1 - Texto Dissertativo Argumentativo
Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de boa
argumentação, exemplos, fatos.
2 -Texto Dissertativo Expositivo
É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor.
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Características do texto dissertativo-expositivo
Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por:
utilizar uma linguagem clara e objetiva;
ser de fácil compreensão por diversas pessoas;
apresentar muita informação sobre um determinado assunto;
especificar conceitos e definições;
realizar descrições de características;
recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clarificar os conceitos.
mostrar exemplos dos assuntos abordados.
Exemplos de Textos Dissertativos
Segue abaixo exemplos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou seja, argumentativo e expositivo:
@ Texto Dissertativo Argumentativo
# Texto Dissertativo Expositivo
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo. A maior parte das locuções adjetivas é formada pela preposição de mais um substantivo. Há, no entanto, locuções adjetivas formadas por advérbios e pelas preposições sem, com, em,… Algumas locuções adjetivas se encontram diretamente relacionadas com um adjetivo, outras não. Assim, em alguns casos é possível a substituição da locução adjetiva por um adjetivo, em outros não. A utilização de locuções adjetivas permite uma maior diversidade vocabular e enriquecimento textual. Exemplos: Qual é o seu escalão de idade? (locução adjetiva) Qual é o seu escalão etário? (adjetivo)”
É consenso que no Brasil, a polícia mata muito. Todos sabem que fugir de bandido é tão
perigoso quanto da polícia. As mortes são recorrentes, de norte a sul do país. Até então, os
pobres eram os maiores alvos da violência e truculência policial. E nos últimos 10 anos, essa
onda atinge a classe média e parte da elite.
Na verdade, formamos policiais sem preparo para lidar com situações desfavoráveis e
privilegia-se a truculência. Assim, é mito imaginar que a violência policial é recente, pois,
existem registros da década de 60. Entretanto, nem tudo está perdido, ninguém nega que
existem bons agentes que cumprem a Lei e respeitam o cidadão. Esses bons profissionais
devem ser, sem dúvida, valorizados pelo seu trabalho.
Logo, o fato é que precisamos melhorar o treinamento de nossas forças policiais porque os
casos de abordagens são trágicos e muitos terminam em mortes. Ou seja, está claro que não
basta apenas aplicar provas objetivas para ser um agente da Lei. É preciso ir além e entre outras
coisas, é saudável e necessário, por exemplo, conhecer, em detalhes, a origem e o perfil
psicológico do candidato.
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SINTETIZANDO: O QUE É DISSERTAR?
DEZ MANDAMENTOS
PARA ELABORAÇÃO DE UM TEXTO DISSERTATIVO
I. Apresentar grafia legível e de preferência: cursiva
II. Evitar rasuras, porém, quando rasurar, dê apenas um traço sobre o erro;
III. Fazer margens regulares;
IV. As repetições desnecessárias não devem ocorrer;
V. Evite gírias, abreviaturas, frases prontas ou clichês, estrangeirismos;
VI. Não utilizar expressões do tipo: “eu acho”, “na minha opinião”, “digo”, “etc”;
VII. Os numerais, normalmente devem ser escritos por extenso;
VIII. Os verbos devem estar na 3ª pessoa ou na 1ª pessoa do plural;
IX. Jamais analise os temas movidos por emoções exageradas;
X. Prefira períodos curtos aos longos, pois os mesmos são fáceisde manejar e de organizar as
ideias no papel.
DISSERTAÇÃO
Conhecimento do ASSUNTO a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendoescrito..
Habilidade com a língua ESCRITA, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de palavras adequadas e relações coerentes
entre os fatos, argumentos e provas.
Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das ideias aplicadasà DISSERTAÇÃO,para que as mesmas possamfacilmente ser apreendidas pelos leitores.
Bom embasamento das ideias sugeridas, boafundamentação dos argumentos e provas.
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TEMAS ATUAIS PARA SUA PRODUÇÃO
TÓPICOS
1 - ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NA MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA
2- O TRABALHO COMO FORMA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESOS NO BRASIL ?
3- LEI ANTIDROGAS X SUPERLOTAÇÃO PENITENCIÁRIA
4- CYBERBULLYING : A VIOLÊNCIA VIRTUAL
5- REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É A SOLUÇÃO ?
6 - O FLUXO DE IMIGRAÇÃO NO BRASIL – COMO LIDAR COM ESSE TECIDO SOCIAL ?
7 - A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NOS ASSUNTOS POLÍTICOS
8- O REFLEXO DA TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI
9- MOBILIDADE URBANA
10- INTOLERÂNCIA COMO GERADORA DE TENSÕES E CONFLITOS
11- A EVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE
12- SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL -A POSTURA DO ESTADO E DA OMS
13- LIBERDADE DE EXPRESSÃO – COM OU SEM LIMITES ?
14- O PAPEL DO ESTADO NA VIDA DO CIDADÃO
15-O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO EM QUESTÃO
16- SUICÍDIO POLICIAL – O QUE LEVA ?
17- DEPRESSÃO – A EPIDEMIA DO SÉCULO
18- VIOLÊNCIA CONTRA MULHER : O FEMINICÍDIO NO BRASIL
19- SOCIEDADE E ARRAMENTO : SOLUÇÃO PARA A VIOLÊNCIA ?
20- O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
21- CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA COM FOCO NA CRISE DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
22- O USO DE TECNOLOGIAS NO TRABALHO DO POLICIAL
23-COMO O POLICIAL PODE CONTRIBUIR NO ENFRENTAMENTO DO ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
24- VIOLÊNCIAS URBANAS:
25- COMBATE ÀS DROGAS
26- MEDO E TERRORISMO
27-TRAGÉDIAS AMBIENTAIS:
28- CONFLITOS MIGRATÓRIOS:
29- URBANIZAÇÃO E MOBILIDADE URBANA:
30- O EMPODERAMENTO FEMININO
31- VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - FEMINICÍDIO X MACHISMO
32- AS RAZÕES DA EXPLOSÃO DE OBESIDADE NO BRASIL
33- OS EFEITOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
34- A IMPUNIDADE E AS PRÁTICAS CRIMINOSAS NO BRASIL
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Para fazer uma boa redação estas duas características são essenciais.
A coerência é uma característica muito importante do texto e está intimamente relacionada à significação
do tecido textual e, por isso, devemos levar em consideração os três princípios básicos para que um texto
seja coerente, são eles:
Princípio da Não Contradição (ideias que não se contradigam);
Princípio da Não Tautologia (repetição excessiva de palavras ou ideias);
Princípio da Relevância (Um texto fragmentado, que aborda assuntos diferentes que não
se relacionam entre si).
Enfim, a coerência é a relação lógica entre as ideias de um texto, fazendo com que umas complementem
as outras, não se contradigam e com isso, forme um "todo" significativo que é o texto.
Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido
geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto
abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e
intertextualidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como
um princípio de interpretabilidade.
Veja os exemplos:
1-As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.]
2- Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver.
3- Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no país. O
governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos que estavam
fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.
COERÊNCIA
HARMONIA
LÓGICA
1. COERÊNCIA
CAP 2 Como Fazer uma Boa Redação?
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Do verbo coerir, ou seja, unir, ligar, a coesão do texto está pautada na utilização correta dos conectivos.
Muito importante lembrar que um texto não é um emaranhado de frases e por este motivo, a coesão é uma
característica fundamental de forma a tornar o texto coesivo.
São muitos os conectivos de um texto e sua utilização dependerá da ideia a ser transmitida. Dessa
maneira, temos os conectivos de prioridade, tempo, semelhança, condição, adição, dúvida, ênfase,
surpresa, esclarecimento, lugar, conclusão, finalidade, causa e consequência, explicação, oposição ou
ideias alternativas. Estes elementos coesivos estabelecem a conexão entre os termos; são eles:
as conjunções ( mas, pois, logo, portanto, todavia ..)
as preposições ( essenciais e acidentais.. )
os advérbios ( Aonde, onde... )
os pronomes ( cujo(s), o(s) qual (s), a(s) qual(s) este, isto, esse, esta ... – os porquês )
TOME NOTA:
Por fim, a coesão é a conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo e da frase.
# Coesão por referência:
É um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar
desagradável a leitura de um texto:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos
professores da escola.
Em vez de:
alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram
acompanhados pelos professores da escola.
⇒ Coesão por substituição:
São empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através da anáfora.
Observe o exemplo:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos.
Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer, os
alunos serão suspensos.
⇒ Coesão por elipse:
Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da oração:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
COESÃO
CONEXÃO
LIGAÇÃO
2. COESÃO
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⇒ Coesão por conjunção:
Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de conjunções:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o
exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e
faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da
Academia Brasileira de Letras.
TOMENOTA :
1) Só aborde na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento.
2) Evite períodos muito longos ou sequências de frases muito curtas.
3) Cuidado com o uso de perguntas na introdução, pois terá de responder
Praticamente todos os editais estabelecem limites mínimo e/ou máximo de Linhas na redação.
Veja as principais bancas:
CESPE: até 30 linhas
ESAF: de 40 a 60 linhas
FCC: de 20 a 30 linhas
FGV: de 25 a 30 linhas
CESGRANRIOS: de 25 a 30 linhas
Os passos
1) - Interrogar o tema;2)- Responder, com a opinião3) - Apresentar argumento básico
4) - Apresentar argumentos auxiliares5) - Apresentar fato- exemplo
6) - Conclusão com retomadas
PASSO A PASSO DE COMO DESENVOLVER O TEMA
EXTENSÃO DO TEXTO
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As linhas devem ser preenchidas de margem a margem, com as adequadas. Endentações e translineações. EXEMPLO DEUMA REDAÇÃOCOM LEGIBILIDADEE ESTÉTICA
Não se pode escrever sem distinguir maiúsculas e minúsculas.
Exemplo:
OBRASIL É UMA POTÊNCIA QUE DEVE SE ALIAR À CHINA
Não se pode usar recursos como NEGRITO, ITÁLICO , SUBLINHADO ou CAIXA ALTA
1- Cursiva : único modelo possível segundo os últimos editais da ESAF. ( aquele modelo que aprendemos
na escola )
Ee.1: O Brasil é uma potência que deve se aliar à china
2- Bastão- ( É O MODELO ONDE AS LETRAS NÃO FICAM JUNTAS )
Ex. 2O Brasil é uma potência que deve se aliar se à China
3 – Versalete – ( VOCÊ ESCREVE TODOS EM MAIÚSCULAS, PORÉM A LETRA QUE INICIA A PALAVRA DEVE
SER MAIOR NO TAMANHO)
Ex.3OBRASIL É UMA POTÊNCIAQUE DEVE SE ALIAR À CHINA
4 - OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Todos esses modelos são aceitos por todas as bancas examinadoras
No mercado de trabalho as mulheres vêm conquistando Espaço cada vez maior, graças aos ganhos oriundos dos movimentos feministas e das legislações rígidas coibindo a discriminação sexual. Alguns homens, porém sentem-se ameaçados diante do crescimento feminino no mercado laboral, que Foram criado sem ambientes preconceituosos, onde a mulher estava atrelada apenas às tarefas domésticas.
Indentação
Legibilidade e Estética
A PROPOSTA DAREDAÇÃO
QUAIS SÃOOS TIPOS DE LETRAS PERMITIDAS NA RERDAÇÃO ?
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EXCETOA ESAF.
Ainda que o ideal seja não rasurar, uma rasura desconta menos pontos que um erro lingüístico
Não faça borrões, não coloquem o erro entre parênteses, nem escreva a palavra digo. Basta riscar o
erro e escrevera forma certa ao lado ou em cima.
Ex. 4
Geralmente antes do comando da proposta de redação, é comum que a banca apresente um texto
motivador. No entanto, você não deve se referir a ele e nem copiar qualquer trecho dali.
IMPORTANTE, PRESTE ATENÇÃO:
Na proposta de redação as bancas determinam o tema ( ASSUNTO ) e não o título ( NOME ) do
seu texto.
O título do texto só é obrigatório se a banca o exigir na proposta de redação, mas isso é cada vez
mais raro. De qualquer modo se você optar por colocar um título ele já conta como linha1.
Deixe sempre entre três a cinco linhas entre cada parágrafo pois no final , você poderá talvez se lembrar de alguns pontos importantes para serem acrescentado
RASCUNHO
Alguns homens sentem-se ameassados ameaçados diante do crecimento, digo,
crescimento feminino no mercado laboral, uma vez que foram criadas
emambientes preconceituozos( preconceituosos) .
19
Em sua vida de concurseiro(a), um dos seus maiores desejos é se dar bem na prova de redação, não é mesmo? Isso
não é novidade! A novidade é que o corretor da sua redação vai A-DO-RAR se ela estiver bem escrita e
apresentada. Você não sabe o alívio que dá quando um corretor lê textos competentes. Por que eu digo isso?
Imagine a quantidade de produções textuais que ele corrige em um dia de trabalho para uma banca de concurso. É
muito cansaço! Por isso, uma redação TOP é um alívio. Alívio por estar diante de um texto bem apresentado
(margens, tamanho de letra, legibilidade etc.), bem estruturado (diálogo entre os parágrafos, tipologia respeitada,
períodos com início, meio e fim) e riqueza de conteúdo e argumentos (ideias interessantes e bem concatenadas
entre si). Passar de textos desorganizados, digressivos, pobres em gramática e conteúdo e se deparar com uma boa
produção é, em analogia, o mesmo que estarmos conversando com um “chato de galocha” e chegar o nosso melhor
amigo para nos salvar daquela canseira. Deu para entender? Agora vamos saber quais são as 10 dicas para
transformar o seu texto no melhor amigo do corretor.
1 – Cuide da apresentação estética do seu texto
Todo edital aponta a apresentação como um item a ser analisado pela banca. Pois bem, o que quer dizer
“apresentação textual”? Ela nada mais é do que o cuidado que você deve ter para deixar o seu texto organizado para
ser mostrado à banca, dentro dos critérios da dissertação. Ou seja: cuide do tamanho da letra, do espaço de
adentramento de cada parágrafo, das margens esquerda e direita (no caso da direita, não ultrapassar a linha nem
deixar espaço mal aproveitado antes do término desta), das rasuras (ver dica #3), da divisão correta das palavras ao
final das linhas e da distribuição de linhas por parágrafo.
2 – Evite termos vagos
Quando me refiro a termos vagos, refiro-me, principalmente, às expressões “coisa” e “algo”. O que essas palavras
querem dizer? Basicamente nada! Marcam a indefinição. Agora pense que uma das maiores características do texto
dissertativo é a persuasão, o poder de convencimento. Logo, você não vai conseguir isso com termos vagos. Então,
o que fazer? Observe os três exemplos abaixo. Os dois primeiros apresentam uma sugestão de reorganização. E o
terceiro é para que você tenha contato com uma possibilidade aceita. Abaixo deste exemplo eu digo o porquê.
Sugestão: “A luta pela liberdade é uma batalha antiga.”
Sugestão: “…sem essa vontade não se progride.”
CAP 3 10 dicas de redação para mandar bem em sua prova
20
Este último exemplo traz uma possibilidade aceita do termo “coisa”, uma vez que, logo em seguida, após os dois
pontos, o autor anuncia o que ele quis dizer com tal palavra. Que coisa é certa e precisa ser aceita? Resposta: o
problema é real e precisa ser combatido.
3 – Errei uma palavra. O que fazer?
O momento de passar o texto a limpo deve ser de muitíssima atenção! Mas, ainda assim, alguns deslizes podem
acontecer. Considerando isso, algumas bancas já instruem sobre o que fazer nesses casos. E a instrução é: passe um
traço simples (assim) em cima da palavra, frase, trecho ou sinal gráfico e escreva corretamente em seguida.
A banca CESPE, por exemplo, já é bem clara quanto a isso. Veja:
Abaixo, um exemplo de como fazer:
Desse modo, nunca risque, nunca coloque o erro entre parênteses e nunca escreva o termo correto “flutuando”
acima da palavra errada (como no exemplo abaixo).
4 – Pulo linha após o título?
Quando a prova não solicita o título, não é obrigado colocá-lo. Em caso de obrigatoriedade (ou mesmo escolha sua,
no caso da não obrigatoriedade), pular linha entre o título e o início do texto propriamente dito dependerá da
quantidade de linhas que integram a sua redação. Se você perceber que elas podem ultrapassar o limite máximo
estipulado, não pule. Para não correr riscos, melhor não pular. Escreva seu título na primeira linha e comece o texto
já na linha 2.
5 – Não converse com o leitor
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É imprescindível entender que a dissertação se trata de um texto que deve ser escrito de modo impessoal, com
linguagem clara, direta e objetiva, com argumentos fortes (olha a leitura!) e, acima de tudo, convencer o seu leitor.
E convencer o leitor não significa conversar com ele, dirigir-lhe o verbo. Você não está escrevendo uma carta,
tampouco um texto de autoajuda!
Nos trechos abaixo, por exemplo, o autor tentou convencer o leitor, de modo muito pessoal e dialógico, a respeito
da superficialidade e aparência nas relações virtuais.
“… pois é na presença que você se [sic] interage melhor. (…) o mais importante é ter contato com quem te faça
bem.”
Como deveria ser:
“… pois é na presença que o indivíduo interage melhor. (…) o mais importante é ter contato com quem o faça
sentir bem.”
6 – Cuidado com a incoerência
Embora muitas pessoas saibam o que significa a incoerência, algumas delas ainda cometem esse deslize. Observe o
exemplo abaixo.
Em um trecho da redação, o autor afirma:
“Em um país onde a justiça rasteja e a palavra-chave é ‘soltar’ e não ‘prender”, a segurança pública segue sendo
alvo de críticas.”
Mais adiante, ele é incoerente, quando se contradiz com a seguinte afirmação:
“A maior prova disso são os complexos penitenciários abarrotados.”
Note a incoerência quando ele diz que a palavra-chave é “soltar”, mas afirma que os complexos penitenciários
estão abarrotados. Percebeu a contradição?
Outro exemplo de incoerência é o trecho da carta argumentativa abaixo, em que o autor informa escrever da cidade
de Salvador, mas, em seguida, entra em contradição quando diz “aqui na Chapada Diamantina”.
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Atenção e organização textual previnem (e muito!) deslizes como esses.
7 – Conecte suas ideias
A coesão textual é a responsável pela conexão entre as ideias de um texto. É ela que dá a “liga” entre os parágrafos
e os períodos, deixando-os fluidos, claros e de boa expressividade.
Para entender mais sobre a coesão textual, estude assuntos como: conjunções, preposições, pronomes, orações
coordenadas e subordinadas, referências anafóricas e catafóricas, sinonímia etc.
Os exemplos abaixo mostram a importância desses elementos. Observe a fluidez e a maturidade de um texto coeso
em comparação a um texto não coeso, pobre e truncado.
Texto não coeso:
Ontem eu faria uma prova. Ontem não fui à escola. Estava doente. Fiquei em casa. Descansei. Tomei remédios.
Hoje me sinto melhor. Farei a prova amanhã.
Texto coeso:
Ontem eu faria uma prova, no entanto não fui à escola porque estava doente. Como fiquei em casa e tomei
remédios, pude descansar e hoje me sinto melhor. Então, farei a prova amanhã.
8 – Letra feia X Letra ilegível
Vejo muitas pessoas condenarem a própria letra, classificando-a como “feia”. E eu vou dizer aqui o que digo
sempre. O critério de feia ou bonita é seu! Você pode julgá-la feia e outra pessoa achar a sua letra bonita. A banca
não quer saber se é linda, bonita, feia ou horrível. O que interessa é que ela seja legível. Então, a minha dica para
quem sabe que a letra não é legível é: corra até uma papelaria e compre uma caligrafia (sim! Aquele livrinho para
repetir a grafia das letras, com o qual estudamos na escolinha, quando pequenos!). Tenho alunos que aderiram a
essa prática e a letra melhorou consideravelmente!
9 – Escrevo minha redação antes ou depois da prova objetiva?
O meu conselho é que sempre escreva antes. A lógica é que, uma vez que falte tempo, é possível “chutar” as
questões da prova objetiva (exceto CESPE). No caso da redação, impossível! Então, destine, no máximo, 1h10min
a 1h20min para o brainstorm, o esqueleto, o rascunho e o texto definitivo. Só depois passe para as questões.
Por fim, aconselho ainda que você mantenha a calma. A ansiedade e o nervosismo impedem a fluidez das suas
ideias. Respire fundo e pense positivo!
10 – Entenda o seu texto como se ele fosse uma loja
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Ao parar em frente a uma loja, a vitrine já nos informa qual o tipo de produto vendido ali, certo? Do mesmo modo,
uma loja não pode expor na vitrine algo que não é vendido naquele ambiente. Assim como também não deve deixar
de expor os produtos-chave, uma vez que perde boas chances de adquirir mais clientes.
Agora entenda que a vitrine é sua introdução, o interior da loja é seu desenvolvimento e a oportunidade de venda é
a possibilidade de fazer o seu leitor achar a sua introdução interessante e querer continuar a leitura, seguindo para o
desenvolvimento (no caso da banca, o corretor lerá até o final. Então, a possibilidade é a de que ele faça isso com
prazer). O que quero dizer com essa analogia é que você não pode expor na introdução o que não será visto no
desenvolvimento. Do mesmo modo, não é interessante deixar de expor ideias relevantes. Essa é a relação de
diálogo que os seus parágrafos devem ter.
Quanto à conclusão, ela deve ser considerada como a entrega do produto ao cliente. Você não pode apresentar
ideias novas na conclusão. Assim como o cliente não pode
Dito tudo isso, relembro o que eu expus lá no início desta postagem: para o seu texto ser um grande amigo do
corretor, é preciso que ele esteja bem apresentado, bem estruturado e rico em conteúdo e argumentos. E as 10 dicas
acima são essenciais.
24
TÓPICO FRASAL
Formulação do ponto de vista com clareza e objetividade. Aqui você irá preparar o leitor para sua tese.
Afirmação sobre um tema apresentado.
TERMOSDE COESÃO (Abertura):
É notório que; É consenso que; É indiscutível que; É sabido que;
É de fundamental importância o (a)___________
É indiscutível que…/ inegável que…
Muito se discute a importância de…
1-Como Redigir
1.1 Introdução- 1º Parágrafo entre 5 e 7 linhas contendo de 2 a 3 períodos e coesivos entre si.
1.1.1. Tema da atualidade sem Roteiro
Cabe ao candidato criar os argumentos
Deve possui no máximo sete linhas, tendo no mínimo dois pontos finais( dois períodos).
COMO FAZER?
Use verbos que não seja de ligação.
Verificar/ Comprovar
Corroborar
Reafirmar
Potencializar
Opa! VEJA COMO FICOU A MINHA INTRODUÇÃO
Tema: Violência e Insegurança no Atual Contexto Social
CAP 4
Tema: “Violência e insegurança no atual contexto social .”
INTRODUÇÃO
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ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS
1 – É difícil falar sobre esse assunto...
2 – Este é um tema muito complexo..
3 – Este é um assunto que me atrai muito, pois de longa data...
Tema: A VIOLÊNCIA URBANA
AQUECIMENTO ( Rascunho )
1. Perguntas: A violência deve ser considerada “causa” ou “ consequência”?
As medidas sugeridas pela mídia, ainda que implicitamente ( pena de morte, por exemplo), são meios eficazes de
contenção da violência?
2. Frase para reflexão:“ a impunidade gera violência”, “ a violência é uma tentativa de igualização do poder
econômico numa sociedade desigual”, “ a violência convive com a deficiência das forças policiais ( baixo salários e
sofríveis condições de trabalho)”.
10 TIPOS DE INTRODUÇÃO NA REDAÇÃO DISSERTATIVA – ARGUMENTATIVA
1- Narração
Você pode pensar: “Narração no texto dissertativo-argumentativo?”. Sim. Nesse caso, você narrará um acontecimento
que representará a problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter sucesso nesse recurso, atente-se aos
detalhes que escolherá relatar, visto que essa seleção já indicará seu posicionamento aos leitores.
Esse recurso será desenvolvido com frases curtas e nominais que despertarão a atenção do leitor.
EXEMPLO :
Ex. 1 -A Sísifo coube a penosa missão de levar uma grande pedra até o distante topo de uma montanha. Passava o dia todo
executando essa árdua tarefa que, quando vinha a noite, era inutilizada pois a pedra caía e seus esforços tornavam-se em vão. A
angústia e a desesperança passaram, então, a governar o pobre mortal.Igualmente ao castigado Sísifo, o cidadão brasileiro sofre
ao se deparar com o cenário social do país. Com o lema capitalista “trabalhar é preciso, viver bem não é preciso” imbuído nas
entranhas de sua essência, transmite um legado de ignorância e infelicidade às futuras gerações. Estas são violentadas
psicológica e fisicamente ao terem sua infância arrancada e substituída por um instrumento de trabalho.
Ex. 2 - Sentar numa frigideira com óleo quente foi o castigo imposto ao pequeno Jhon, de um ano e meio, pelo pai, alcoólatra.
Temendo ser preso, ele levou a criança a um hospital uma semana depois. A mulher, também vítima de espancamentos, o
denunciou à polícia. O agressor fugiu.
Ex. 3 - Um jovem menino quebra pedra. Trabalha, e teima, e lima, e sua. O que gostaria de ser quando crescer? Criança, seria a
resposta. Provavelmente, essa seria a resposta de todas as crianças que se veem obrigadas ao trabalho e muitas vezes à
prostituição. Infelizmente, parece que a lei que assegura os direito dos pequeninos e dos adolescentes não condiz com a
realidade na prática.
1- Exemplificação
Esse recurso pode ser desenvolvido de duas formas: dados estatísticos e relatos de acontecimentos de conhecimento geral
(fatos divulgados pelas mídias). Com a exemplificação, devemos tomar cuidado com dois aspectos: apresentar a fonte das
Dica Bispaziana
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informações e não omitir fatores que distorcerão o fato. É necessário que se comprometa em repassar a verdade, mesmo que
ela seja questionada por você ao longo do texto.
A escolha lexical, neste caso, será um grande aliado, uma vez que você pode descrever a situação em questão e, ao mesmo
tempo, marcar sua opinião com palavras como: infelizmente, supostamente etc.
EXEMPLO :
1- É assustador saber que Quarenta mil crianças morreram hoje no mundo, vítimas de doenças comuns combinadas com a
desnutrição. Para cada criança que morreu hoje, muitas outras vivem com a saúde debilitada. Entre os sobreviventes, metade
nunca colocará os pés em uma sala de aula. Isso não é uma catástrofe futura. Isso aconteceu ontem, está acontecendo hoje. E
irá acontecer amanhã, exceto se o mundo decidir proteger suas crianças.
2- É preciso salientar que as estatísticas demonstram que a taxa de homicídios, praticamente triplicou em pouco mais de vinte
anos, segundo as pesquisas realizadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Além disso, a mesma fonte
esclarece que, nos últimos 25 anos, ocorreram mais de 700 mil assassinatos no Brasil, o que posicionou o país entre os mais
violentos do planeta.
3- Alusão histórica
Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período histórico, um hábito antigo a fim de comparar com
o presente. Essa comparação evidenciará uma permanência, ou não, de determinada situação e isso será base para a
problematização do que o tema apresentou para discussão.
Esse tipo de introdução permite que o autor apresente domínio de uma área de conhecimento de relevância, a história, o que
contribui para o objetivo final de um texto dissertativo-argumentativo: defesa de um ponto de vista.
EXEMPLO :
Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.
A intolerância religiosa é um problema recorrente na história da humanidade. Na Idade Média, por exemplo, os Tribunais do
Santo Ofício – também chamados de Inquisição – julgavam e condenavam as pessoas que não acreditavam na religião católica.
Apesar de o Brasil ser um país laico, tem-se, atualmente, um contexto análogo a essa situação: ainda persistem os casos de
discriminação e preconceitos sofridos por algumas religiões. Sendo assim, encontrar caminhos para combater a intolerância
religiosa, no Brasil, é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado.
4- comparação geográfica
O histórico desafio de valorizar o professor
Os Estados Unidos, referência em desenvolvimento tecnológico, são um bom exemplo de que a educação de qualidade e com a
valorização adequada gera bons frutos. Em contrapartida, no Brasil a realidade tem sido bem distinta. O baixo piso salarial dos
professores explicita essa falta de reconhecimento aos profissionais da educação. Tal desvalorização é fruto de baixos
investimentos governamentais, aliado ao passado histórico brasileiro.
5- Definição
Iniciar um texto dissertativo-argumentativo conceituando um termo é se apresentar como um autor mais autoritário, o que,
se realizado de forma adequada, é extremamente positivo para apresentação e defesa do ponto de vista. Podemos definir algo
de diversas formas: dicionário, definição histórica, definição teórica e definição própria (que consiste em definir algo a partir
de sua visão de mundo, suas experiências).
EXEMPLO :
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Engenharia Genética é o conjunto das técnicas através das quais é possível alterar a carga genética de um ser vivo, atribuindo-
lhe novas características. Estas podem variar da maior resistência de vegetais ao ataque de predadores, até a possibilidade de
tornar real o sonho nazista da eugenia.
6- Citação
Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de que o seu ponto de vista seja fortalecido,
sua opinião será destaque mesmo quando você desconstruir a opinião do autor citado, uma vez que terás mostrado
conhecimento crítico aos leitores.
Uma das formas para desconstrução da ideia de outro autor é utilizar o recurso exemplificação; isso é possível quando se
tem conhecimento de um dado estatístico, por exemplo, que comprove a não veracidade do que é defendido pelo autor citado.
Além disso, é uma ótima forma de dar maior credibilidade ao texto, uma vez que você, o autor do texto, tem conhecimento de
especialistas no assunto e no que se relaciona a ele.
EXEMPLOS :
1- Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica
da “modernidade líquida” vivida no século xx. [TEMA PROBLEMA], [AMOSTRA DE OPINIÃO ].
2- Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com o
avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No século XXI, a
preocupação com [TEMA/PROBLEMA], [AMOSTRA DE OPINIÃO], reflete essa realidade.
3- Ao contrário do que muitos afirmam, o vestibular não é o melhor método de seleção de estudantes para o ensino superior. E,
muito menos, é o mais justo. Esse posicionamento é próprio daqueles que se contentam com o acúmulo de conhecimento e
disseminam o ranço positivista nos círculos acadêmicos. Aqueles que não ouviram as sábias palavras do educador Paulo Freire,
que defendia a educação como “exercício de liberdade e processo de libertação dos oprimidos.”
7- Introdução por Flashes –
Na primeira oração da introdução, o candidato cita algumas palavras-chave que representem aquele tema.
Por exemplo, em um tema como “A violência na sociedade brasileira”, é possível começar a redação assim:
EXEMPLO :
1- Baixos salários. Médicos descontentes. Enfermagem pouco qualificada. Falta de medicamentos. Desvio de verbas. Hospitais
insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precário. Esse é o retrato da saúde pública brasileira, em pleno século XXI.
2- “Tiros. Assaltos. Medo. Essas são algumas palavras que representam bem a questão da violência na sociedade brasileira.”.
3- Todos os anos ele é alvo da atenção de milhares de jovens e adultos por todo o país. Causa medo, angústia, incertezas.
Movimenta um setor econômico milionário e representa, para muitos, um muro proibitivo para continuação de seus estudos.
Esse é o vestibular, método de seleção utilizado pela grande maioria das instituições de ensino superior brasileiras.
8- Introdução por Situação Concreta –
Consiste em citar um fato concreto para melhor ilustrar a contextualização. Em um tema como “A Intolerância no Mundo
Contemporâneo”, pode ser bastante eficaz começar a introdução falando rapidamente sobre o 11 de setembro.
EXEMPO :
A intolerância pode parecer em qualquer situação onde tenha uma interação: de pessoa a pessoa, dentro da família, a
comunidade, a nação. É frequente que os indivíduos recusem a quem possuem normas de vida notavelmente diferentes das
suas próprias. De igual modo, é fácil que os costumes que afirmam que todos os homens nasçam iguais em obrigações e
direitos, começou a ser criticada no século XVIII, durante a Ilustração, a raiz dos influentes ensaios de Voltaire sobre o tema.
9- Introdução por Conceituação -
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Neste tipo, o candidato dá a definição de alguma palavra-chave do tema, quase como um dicionário. Também são usados, aqui,
pedaços de leis e/ou textos científicos.
EXEMPLO :
Homofobia é o ódio, aversão, medo, preconceito ou discriminação contra homossexuais, visuais e transexual. Calcula-se que a
cada dois dias uma pessoa homossexuais assassinada no mundo devido a atos violentos vinculados à a homofobia. Enquanto
que o Racismo é uma violação aos direitos humanos que consiste na discriminação das pessoas em razão de seu pertence
étnico ou nacional, de tal modo que umas se consideram superiores a outras (etnocentrismo). É geralmente um termo aplicado
às ações de um grupo dominante em uma sociedade sobre outros.
10- Introdução por Alusões Culturais –
Consiste em citar uma frase ou citação de algum especialista no assunto, ou personalidade.
EXEMPLO :
“O grande poeta Camões, certa vez, disse que ‘Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um
contentamento descontente.’. A partir disso, é possível contemplar a questão do amor no mundo contemporâneo, uma vez que
tal romantismo é cada vez mais difícil na atualidade'”.
COLOCANDOEMPRÁTICA:
1ºApós a leitura das ideias do rascunho, identificar o tema. Depois, responda ás perguntas: pretendo falar sobre o quê? Quero
provar com isso o quê?
2º Hora de cortar os excessos do rascunho, delineando com maior precisão o que será escrito.
LABORATÓRIOPARA CASA
DESENVOLVA UMA INTRODUÇÃO COM O TEMA:
“As Redes Sociais e o Direito à Privacidade”
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6
7
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Pronomes Demonstrativos na Dissertação
Usos de este, esta, isto, esse, essa, isso na redação.
Este, esta, isto
Usa-se este, esta, isto, para referir-se a frase ou oração posterior, ou seja, frase que ainda será escrita, e
para referir-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, elemento que acabou de ser escrito. Ex.
Atenção a estas palavras: O fumo é prejudicial à saúde. O fumo é prejudicial à saúde. Esta deve ser
preservada sempre, portanto não fume.
Esse, essa, isso
Usa-se esse, essa, isso, para referir-se a frase ou oração anterior, ou seja, frase que já foi escrita. Ex.: O
fumo é prejudicial à saúde. Isso já foi comprovado cientificamente.
PONTUAÇÃO
O ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa
intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; quando moça era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se
uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios;
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
(Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois-pontos:
Os dois-pontos são empregados para:
CAP 5 ASPECTOS GRAMATICAIS
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a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao
próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de
um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para
magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar,
censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Atenção:
A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez,
isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho,
longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
Tome Nota:
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante,
Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
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Tome Nota:
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!Valha-me Deus!
MAS CUIDADO, VOCÊ NUNCA VAI UTILIZÁ-LO NA SUA REDAÇÃO!
# O uso da vírgula: Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação: A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser
empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo: Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além
disso etc.): Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante
anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado: Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos: O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
32
j) para indicar a elipse de um elemento da oração: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios: Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial): Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas: Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas: Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
Ponto de interrogação: O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
Reticências (...)
As reticências são três pontos que servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o
sentido vai muito mais além do que está expresso na frase. Por exemplo: Ana gosta de comprar roupas:
sapatos, bolsas, calças...
Aspas (“ ”) Esse sinal de pontuação pode ser utilizado para enfatizar palavras ou expressões. Serve também para
delimitar citações e para mencionar títulos de obras.
Travessão (—) O Travessão é um sinal gráfico utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem
como para substituir os parênteses. Por exemplo: Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por
favor, não faça isso agora pois teremos problemas mais tarde.
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Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de
vista: Além de observar seu conhecimento sobre o tema proposto na Redação, a relevância dos seus argumentos e
como você os desenvolveu vão ser levados em conta. Por isso, seja claro na hora de escrever.
D-1 : DESENVOLVIMENTO -1 : SUA OPONIÃIO, SEU POSICIONAMNTO : POR QUE PENSA AS SIM
: ( Afirmação do argumento. Ideia principal do parágrafo).
TERMOS DE COESÃO( Abertura) : Sabe-se ; Acredita-se; Observa-se; É necessário ressaltar que;
COMO FAZER?
1.1 –Desenvolvimento – Um parágrafo entre 5 e 8 linhas contendo de 2 a 3 períodos.
LEMBRA-SE DA MINHA INTRODUÇÃO? POIS É, AGORA IREMOS PRODUZIR O
DESENVOLVIMENTO.
VEJA COMO FICOU O MEU D-1
É sintomático que a violência se generalizou por todo o país, caracterizada por
homicídios, roubos, sequestros, corrupção, entre outros. Isso de fato acarreta a sensação
de insegurança nas pessoas. É evidente que a criminalidade aumenta no Brasil devido à
existência de falhas no processo de segurança pública. Esse quadro é ainda mais
assustador se forem observados outros detalhes estatísticos
COMENTÁRIOS DO PROFESSOR: Observe que eu iniciei trazendo elemento coesivo de precisão e, em
seguida, ainda no 1º período, fiz uma afirmação da minha tese que anunciei durante a introdução. Já no 2º período,
eu novamente trouxe um elemento coesivo e reforcei o meu posicionamento. No 2º período, trouxe mais uma ideia,
ou posicionamento e, em seguida no 3º período, também com endentação de elemento coesivo, preparei o leitor
para a defesa do meu posicionamento.
D-2: ARGUMENTOS. SUSTENTAÇÃO DA SUA TESE. ( comprovações, dados, estatísticas e exemplos).
TERMO DE COESÃO PARA O FECHAMENTO: Por exemplo, À guisa de exemplço, Segundo ..., De
acordo com ..., Conforme ...., Diante disso; Diante do Exposto; Como se vê; Além disso..., etc. )
ENTRE PERÍDOS ( Isto é, Ou seja, aliás, por outro lado, Além disso, Ademais, etc. )
1-Informações para basear os argumentos
CAP 6 DESENVOLVIMENTO
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Agora que você já sabe diferenciar um recurso do outro e compreendeu o conceito de argumentação, vamos ver
como isso funciona na prática. Existem três principais tipos de argumentação:
Baseada em referências históricas;
Baseadas em casos divulgados pela mídia;
Baseadas em dados estatísticos.
2- ARGUMENTO DE AUTORIDADE:
- filósofos, sociólogos, psicólogos e educadores.
VEJA COMO FICOU O MEU D-2
À guisa de exemplo, as estatísticas demonstram que a taxa de homicídios,
praticamente triplicou em pouco mais de vinte anos, segundo as pesquisas realizadas
pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Além disso, a mesma fonte
esclarece que, nos últimos 25 anos, ocorreram mais de 700 mil assassinatos no Brasil,
o que posicionou o país entre os mais violentos do planeta. Diante disso, percebe-se
que é nessa situação de violações que o corpo social brasileiro do século XXI se
encontra, devastada por crimes de diversos gêneros.
COMENTÁRIOS DO PROFESSOR : Cuidado, veja que ,no 1º período, eu iniciei com elemento coesivo de
precisão com uso produtivo, também, ainda no 1º período, eu preparei o leitor para os meus argumentos e, logo em
seguida, eu trouxe dois argumentos da mesma fonte. Cuidado, no 3º período, eu trouxe o meu posicionamento.
Vale frisar que, você nunca irá trazer uma informação e não trabalhá-la, é preciso, portanto, que você trabalhe toda
e qualquer informação em todos os parágrafos do seu texto.
1 – Evite palavrões
2 – Evite criticar as instituições
3 – Evite definir( liberdade é... )
4 – Não “encha linguiça”, faça um trabalho honesto.
5 – evite o tom emocional da oralidade ( exclamações, gírias, expressões da coloquialidade) e expressões como “ A
gente ...”, “ A coisa...”, “ Há pessoas que...”
6 –Evite o uso da Primeira pessoa ( eu acho que...; Como afirmei acima...; No meu modo de ver...).
ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS
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11 ELEMENTOS COESIVOS PARA SUA REDAÇÃO NOTA 10
Os conectivos para redação estão entre os principais elementos de coesão que garantem a coerência aos
textos, fazendo com que eles fiquem mais claros e compreensíveis ao leitor. De forma simples, podemos
dizer que os conectivos, funcionam como o “cimento” de uma redação, sendo essenciais para tirar as
melhores notas.
1) Aditivos
Tratam-se dos conectivos para redação mais comuns, que possuem a função de indicar soma entre as
orações, ideias ou argumentos.
Alguns conectivos aditivos são: e, mais, que, mas também, como também, além disso, também,
a propósito, em adição, some-se a isto. Não só....como também.
Exemplos:
a)Os rapazes venceram a partida e foram comemorar.
b) Gustavo ficou furioso. Além disso, falou tudo que pensava.
2) Conclusivos
Esse tipo de conectivo é usado principalmente na etapa de conclusão de um parágrafo, dando maior
clareza e compreensão ao raciocínio adotado. Os conectivos conclusivos também podem assumir a
função de resumo de uma ideia ou argumento. Os conectivos conclusivos ou de resumo são: assim
sendo, nesse sentido, em suma, em síntese, em resumo, enfim, assim, portanto, desse modo, dessa
forma, dessa maneira.
Exemplos:
a) Nesse sentido, é possível observar que a lei precisa de alterações.
b) Dessa maneira, a análise fica condicionada a novas informações.
3) De consequência
O papel desses conectivos é explicar as causas e consequências de determinado fenômeno ou
ação, oferecendo maiores detalhes ao leitor quanto ao tema abordado.
Os conectivos de consequência são: por isso, por consequência, em virtude de, por conseguinte, por
causa de, assim, de fato, como resultado, uma vez que, portanto, visto que.
Exemplos:
a) A poluição está afetando cada vez mais o ser humano. Como resultado, surgem inúmeras doenças.
b) Por causa de muitas irregularidades, nosso país sofre com a falta de recursos.
4) Semelhança
Os conectivos para redação de semelhança têm por objetivo estabelecer uma relação com um
conceito ou ideia já mencionada anteriormente no texto.
São conectivos de semelhança: da mesma forma, igualmente, assim também, similarmente,
semelhantemente, do mesmo modo, por analogia, de maneira idêntica, de acordo com, segundo,
conforme,
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Exemplos:
a) Conforme muitos autores mencionaram, a política brasileira é fruto de muitas desigualdades.
b) Rodrigo estava cansado. Da mesma forma, Lúcia se sentia triste.
5) Tempo
Servem para indicar o tempo referente ao desenvolvimento de uma ou mais ações mencionadas.
Esses conectivos são: quando, em seguida, até que, quando, por fim, depois de, antes que, a tempo, às
vezes.
Exemplos:
a) Quando amanhecer, tomarei diversas providências.
b) Antes que o dia termine, falarei com ela.
6) Exemplificação
Como o próprio nome sugere, servem principalmente para exemplificar ideias de maneira mais clara.
Os conectivos de exemplificação são: por exemplo, como, decerto, provavelmente, por certo, quando se
fala, o referido, só para ilustrar.
Exemplos:
a) Quando se fala em trabalho infantil, o Brasil possui índices alarmantes.
b) O artigo 9º da referida lei, por exemplo, fala detalhes sobre o assunto.
7) Reafirmação
Esses conectivos são utilizados para reafirmar uma ideia já colocada, enfatizando o raciocínio adotado ao
leitor.
Esses conectivos são: em outras palavras, em resumo, certamente, realmente, efetivamente.
Exemplos:
a) Em outras palavras, é possível observar que tudo estava de acordo com a lei.
b) Efetivamente, Rodrigo estava certo.
8) Contraste e concessão
Esses tipos de conectivos são utilizados quando o autor deseja contrastar as ideias, ou seja, demonstrar o
contrário do que foi exposto.
Esses conectivos são: ademais, por outro lado, ao passo que, porventura, mas, porém, entretanto, todavia,
ao contrário, em vez de, ainda que, enquanto.
Exemplos:
a) Por outro lado, é necessário considerar o que dizem os especialistas.
37
b) Lucas foi promovido, porém, não estava feliz.
9) Citação
Esses conectivos para redação servem para iniciar frases quando é necessário fazer a referência ou
citação de um autor estudado
Esses conectivos são: conforme o autor, para o autor, de acordo com o autor, o autor afirma, na visão do
autor, segundo o autor.
Exemplos:
a) De acordo com o autor, um dos maiores educadores brasileiros foi Paulo Freire.
b) Na visão do autor é preciso alterar a legislação vigente.
10) Explicação
Esses conectivos para redação são utilizados para expressar uma relação de explicação, razão ou motivo.
Os principais conectivos explicativos são: ou seja, isto é, porque.
Exemplos:
a) Mariana estava com ansiedade em fazer a prova, ou seja, sentia medo.
b) Mauro não foi à festa porque sentiu sono.
11) Ênfase
Os conectivos para redação do tipo ênfase são utilizados quando o autor do texto deseja ressaltar
alguma informação, ideia ou raciocínio.
Esses conectivos são: certamente, indubitavelmente, sem dúvida, com certeza, inegavelmente,
inquestionavelmente.
Exemplos:
a) Sem dúvida, Marcos não estava envolvido no furto.
b) Inquestionavelmente, Valéria era a melhor aluna da sala.
INTRODUÇÃO
TÓPICO FRASAL + TESE
Formulação do ponto de vista com clareza e objetividade. Afirmação sobre um tema apresentado.
TERMOSDE COESÃO (Abertura):
É notório que;
É consenso que;
É indiscutível que;
É sabido que;
É de fundamental importância o (a)___________.
É indiscutível que…/ inegável que…
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Muito se discute a importância de…
DESENVOLVIMENTO
SUA OPINIÃO
TERMOS DE COESÃO ( Abertura) :
É consenso que;
Acredita-se;
Observa-se;
É necessário ressaltar que;
É sintomático que;
É oportuno frisar ;
ARGUMENTO – 1 + ARG. 2
TERMO DE COESÃO ( Continuação) :
• Além disso;
• Ademais;
• Ainda convém lembrar;
• Por outro lado;
• Podemos mencionar;
• À guisa de exemplo
CONCLUSÃO – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
TERMOS DE COESÃO:
Diante disso,
Diante do Exposto;
Portanto;
Por fim;
Logo;
Assim;
Dado o exposto
Diante das ideias supracitadas
À luz do exposto
Destarte
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FAÇA UM DESENVOLVIMENTO COM O TEMA O QUAL VOCÊ JÁ FEZ A INTRODUÇÃO, LEMBRA?
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LABORATÓRIO PARA CASA
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TÓPICO FRASAL COM RETOMADA DA TESE E / OU DOS ARGUMENTOS
1- Retomada da tese
Ao terminar a leitura, o leitor deve ter total clareza quanto à tese ali defendida. É imprescindível que o
autor de uma dissertação não perca essa última possibilidade de reforçar seu posicionamento no
parágrafo final.
O conteúdo deve ser retomado na conclusão e ele deve ter total coerência com o que foi escrito nas partes
anteriores da redação, pois só assim se consegue a reafirmação de uma verdade. Não se deve, porém,
repetir frases e vocabulário.
2- Perspectivas futuras
A dissertação pode se basear em dados passados e presentes, identificando causas, fazendo um paralelo
histórico. Assim, abre-se espaço para o olhar futuro em relação ao problema. Esse momento é bom para
traçar perspectivas futuras, que podem envolver uma proposta de solução ou apenas uma projeção
hipotética do que deverá acontecer.
3- Propostas de enfrentamento do problema
Atenção: elas não devem ser "utópicas”. Também não se devem apresentar propostas genéricas demais ou
típicas do senso comum, como dizer que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as pessoas
"precisam se conscientizar" de algo.
Importante: nunca inicie uma discussão nova na conclusão, pois não haverá tempo para desenvolvê-la.
Também não termine com perguntas abertas, afinal, a dissertação tem o objetivo de conduzir o leitor à
aceitação dessa verdade, não levá-lo a refletir sobre o tema.
A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que
busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo. É importante ressaltar que, considerando que os temas de
redação do Enem normalmente abordam problemas sociais complexos, muitas vezes de difícil resolução,
as mais diversas formas de intervenção serão consideradas para a avaliação, desde uma sugestão de
combate até uma solução efetiva da questão em foco.
Para reconhecer a proposta de intervenção no texto, precisamos, então, identificar o claro desejo do
participante de indicar uma iniciativa que interfira no problema em questão. É preciso buscar propostas
com um caráter interventivo, ou seja, é preciso buscar o desejo de intervir em uma dada situação a fim de
modificá-la. Algumas estruturas linguísticas evidenciam esse desejo e nos auxiliam na identificação
dessaom o verbo “dever”, não serão consideradas propostas de intervenção por não expressarem um
desejo do candidato de intervir na realidade. Isso ocorre em casos em que o participante traz para o texto
trechos de leis, citações que parecem indicar uma proposta, mas são constatações, justamente porque
apenas reproduzem algo já posto, como “Conforme o princípio da isonomia, previsto na Constituição de
1988, todos os cidadãos brasileiros devem ser tratados de forma igual perante a lei e as instituições” e
“Consoante o fundamento do imperativo categórico do filósofo Immanuel Kant, não devemos agir com o
outro da forma que não queremos que ajam conosco”.
Outro aspecto relacionado à proposta de intervenção a que devemos nos atentar é que ela não está
localizada apenas no parágrafo de conclusão, como muitas vezes se imagina. Além de compor o que tem
se chamado de “conclusão-solução”, ela pode ainda fazer parte da argumentação ou até mesmo da
introdução do texto. A proposta pode constituir todo um parágrafo ou aparecer “diluída” em mais de um
parágrafo.
CAP 7 CONCLUSÃO
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COMPONENTES:
Ação :o que fazer ?
Agentes : quem ?
Modo/meio : como ?
Efeito : para que ?
Detalhamento : detalhamento dos componentes acima ou parte deles
TERMOSDE COESÃO: Diante disso, Diante do Exposto; Portanto; Por fim; Logo; Assim; À luz do exposto;
Diante das ideias supracitadas....
COMO FAZER?
1.2 – Conclusão : Um parágrafo entre 5 e 7 linhas , contendo entre 2 e 3 períodos.
VEJA COMO FICOU A MINHA CONCLUSÃO EM RELAÇÃO AO MESMO TEMA QUE VENHO
DESENVOLVENDO COM VOCÊ. LEMBRA?
CONCLUSÃO.
Logo, a segurança pública, de forma conceitual, é uma atividade que deve ser
prestada e zelada pelos órgãos Estatais e pela comunidade como um todo que visa
proteger a cidadania, de forma a prevenir e controlar atos de criminalidade. Dada a
importância constitucional a esse serviço é que se conclui que o mesmo não pode ser
executado de qualquer forma e sim de modo satisfatório, pois, quando não o é, a
sociedade fica sujeita a diversos tipos de violência em diversas proporções.
EVITE OS SEGUINTES ERROS NA SUA CONCLUSÃO:
Eu sei que nãos ou a pessoa mais qualificada para falar sobre isso...
Tentei, com o pouco conhecimento que tenho...
Desculpe se a minha opinião não é a mais convenientes...
Voltarei a ler mais sobre o assunto e então...
Nada de panfletagem: “ Devemos nos unir!”; “ vamos reciclar o planeta!”
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TIPOS DE COESÃO
Os tipos de coesão são importantes para encadear argumentos de maneira lógica. Quando bem empregados,
contribuem para a coesão global do texto.
⇒ Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de
termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos
professores da escola.
Em vez de: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram
acompanhados pelos professores da escola.
⇒ Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através
da anáfora. Observe o exemplo:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos.
Em vez de: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer,os
alunos serão suspensos.
⇒ Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de
ideias da oração:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
⇒ Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego
adequado de conjunções:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos.
Observe o exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e
faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da
Academia Brasileira de Letras.
COERÊNCIA
Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias
apresenta nexo e uniformidade.
Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e
lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.
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Por que (separado sem acento)
Usa-se esta forma para fazer perguntas, ou quando puder ser substituído por "motivo" ou "razão":
- Por que fizeste isso?
- O aluno queria saber por que recebeu nota baixa.
Podemos trocar o "por que" por "por qual motivo", sem alterar o sentido:
- Por qual motivo fizeste isso?
Por que -> por qual motivo
Porque (junto sem acento) Utilizamos esse formato para responder perguntas, exemplo:
- Fiz isso porque era necessário
É possível trocar o "porque" por "pois", sem alterar o sentido:
- Fiz isso pois era necessário
Porque -> pois
Por quê (separado com acento)
Utiliza-se o "por quê" em final de frases:
- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?
Porquê (junto com acento)
Essa forma é utilizada quando o "porquê" tem função de substantivo:
- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo)
- Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir.
Onde e aonde são palavras que indicam lugar, entretanto, é preciso entender algumas particularidades.
Acompanhe:
1 - Onde: pode ser pronome relativo (quando introduz uma oração subordinada adjetiva) ou advérbio
interrogativo (frases interrogativas). Em ambos os casos, indica localização. Entretanto, quando for
pronome relativo, poderá ser substituído por “em que”, o que não acontece quando é um advérbio. Além
disso, quando for pronome relativo, fará parte de um período composto, ou seja, terá pelo menos
duas orações.
Nota: Os verbos que devem ser utilizados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que esse termo
aparece são os que indicam estado ou permanência. Veja alguns exemplos:
O USO DOS PORQUÊS
O USO DO: ONDE/ AONDE
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Não sei onde estou.
Moro na rua onde fica o SAMU.
Onde coloquei o celular?
2- Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de
localização, mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto, preste atenção aos verbos, pois os
que indicam movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.
*Aonde você mora?
*Aonde você foi morar?
*Aonde foi?
FAÇA UMA CONCLUSÃO DE ACORDO COM O TEMA QUE VIEMOS DESENVOLVENDO
AO LONGO DESSE ESTUDO. LEMBRA ?
“As redes sociais e o direito à privacidade”
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LABORATÓRIO PARA CASA
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MODELO DE UMA BOA REDAÇÃO
O Papel do Cidadão na Sociedade Brasileira
O PAPEL DO CIDADÃO BRASILEIRO
TÍTULO
INTROD.
É indiscutível que vivemos em uma sociedade com uma pluralidade
étnica impressionante, além disso, somos frequentemente submetidos à
situações onde ,infelizmente, prevalecem a omissão e conivência. Isso
acontece ,principalmente, quando o tema é política, cujo deveríamos
abordar com o máximo de intensidade e comprometimento.
DESENV.
É notório vermos pessoas, se omitindo ou até mesmo desclassificando
outras pessoas quando alguém fala sobre política. Parece que uma parcela da
sociedade brasileira foi submetida a uma terrível lavagem cerebral, na qual
esqueceu todos os seus deveres e aprendeu que a melhor coisa a se fazer
pela política é justamente ficar longe dela o quanto puder.
Além disso, como se fossem um legião de acéfalos, esquivam, evitam e
seguem dando de ombros aos mais diversos casos de escândalos políticos,
como corrupção, atos de improbidade administrativa e abuso de poder. Nada
disso é capaz de acordar essa parcela inerte do povo brasileiro.
Entretanto, apesar deste triste cenário que se figura e faz transparecer
que a sociedade estaria desanimada integralmente. Além disso, ainda vemos
forças se manifestando através de protestos pacíficos, gerados por
Organizações não Governamentais ( ONGs) e grupos ativistas como o
Anônimo, que realiza atividades técnicas pela internet para protestar contra
a corrupção e ainda promove passeatas e ocupações em terra.
Logo, é nessa parcela ativista que devemos nos espelhar, exercendo o
nosso papel como cidadão, por meio de iniciativas populares, protestos ou
qualquer outra forma de manifestação com embasamento legal e pacífica
que vá pressionar e mostrar aos governantes que eles estão lá por uma
nação e não por eles mesmos. Apenas desta forma, poderemos caminhar em
direção de dias mais prósperos e justos para nós e também para nossos filhos
e netos.
CONCLUS.
TEMA
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1. A redação não é um texto construído por um monte de frases, é, sim, um enredo semântico que
damos o nome de textualidade ( coesão)
2. Quais os tipos de erros de coesão?
3. O título é importante?
É importante sim! Pois ganhamos qualidade para o texto. Se tiver verbo, devemos pontuá-lo. Se não
tiver, sem pontuação.
4. Como estruturar a minha redação, Joaquim?
5) O que é um tópico frasal?
CAP 8 CITAÇÕES + DICAS PARA COMEÇAR UMA REDAÇÃO
47
6) Essa divisão do texto em três partes faz o que exatamente?
7) O que é a falta de unidade de um texto?
8) Como fugir da ausência de coerência?
9) Como manter a coesão no texto?
10) O que são frases siamesas?
CITAÇÕES
TIPOSDE ARGUMENTOS
1-ARGUMENTO DE AUTORIDADE :
. Citações
. Estatísticas
. Informações sobre alguma pesquisa
2-ARGUMENTO BASEADO NO CONSENSO :
. ÉTICA
. CIDADANIA
. EDUCAÇÃO
. JUSTIÇA
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Educação
“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” Aristóteles
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant
Cidadania
“A prática da cidadania só adquire sentido se em seu horizonte estão os direitos de todos, a
igualdade perante a lei, a defesa do bem comum”. João Batista Líbano
ÉTICA
“Não existe sucesso ou felicidade sem o exercício pleno da cidadania e da ética global.” Carlos
Sabin
“Os homens são bons de um modo apenas, porém são maus de muitos modos” Aristóteles
JUSTIÇA
“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento
é a aplicação da justiça.” Aristóteles
“ É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente.” Voltaire
3-ARGUMENTO BASEADO EM PROVAS CONCRETAS
. UM SÓ BOM EXEMPLO
1 ) Emprego de pronome relativo
"Esta é a região a cujos os limites me referi há pouco"
Correção: Esta é a região a cujos limites me referi há pouco.
Comentário: cujo - pronome relativo: indica posse, equivale ao pronome possessivo seu, sua e
concorda com o termo que sucede, dispensando, assim, o emprego do artigo (o, a, um, uma e seus
plurais).
Você vai conseguir falar com gente que você nunca falou antes..." Bol - Brasil Online (Folha de
S.Paulo, 25.10.99)
EVITE ESTES ERROS NA SUA REDAÇÃO
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Correção: " (...) falar com gente com quem/ com as quais você nunca (...)".
Comentário: o pronome relativo deve aparecer regido de preposição com, pois quem fala, fala com
alguém.
Os bancos internacionais, onde o Brasil é credor, decidiram rever as taxas de juros.
Correção: Os bancos internacionais, dos quais o Brasil é credor, ...
Comentário: o pronome onde, enquanto relativo deve sempre indicar lugar, exemplo, Eis o colégio
onde estudo. O raciocínio que deve ser empregado neste exemplo é: o Brasil é credor de quem? - dos
bancos internacionais; portanto, dos quais é credor.
2) Período longo demais
A menos que tenha muita segurança no que está dizendo, o aluno deve evitar períodos longos demais.
Muitas informações em um só período quase sempre resulta em falta de clareza e ambiguidade.
"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da problemática urbana -
sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país de formação colonial - analisar os
projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais."
Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais a partir de
uma visão humanista da problemática urbana.
3) Frases muito curtas - estrutura incompleta
"Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de partido."
(Redação de aluno)
Comentário: o trecho acima não foi concluído pelo aluno, dessa forma, a estrutura do período tornou-
se incompleta.
Correção: Agora, época de eleição, a população cansada de enriquecer políticos, sem escolha de
partido, fica à mercê de discursos moralistas que visam formar a opinião pública segundo os seus
interesses.
4) Problemas de significado e construção
"Era um belo sábado, uma noite muito agradável onde um lobo ruiva no alto da colina dos Andes,
demonstrando estar solidário ou anunciando sua solidão...." (Redação de aluno)
Comentário: O trecho acima, extraído de uma redação de vestibular, apresenta alguns problemas de
significado e de construção:
a) uso inadequado da palavra onde;
b) imprecisão vocabular ruiva em lugar de uiva e solidário em lugar de solitário;
c) incoerência externa: presença de colinas nos Andes.
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1. Informações para basear os argumentos
Agora que você já sabe diferenciar um recurso do outro e compreendeu o conceito de argumentação, vamos ver
como isso funciona na prática. Existem três principais tipos de argumentação:
Baseada em referências históricas;
Baseadas em casos divulgados pela mídia;
Baseadas em dados estatísticos.
2. Argumento de autoridade
filósofos, sociólogos, psicólogos e educadores.
1. Heráclito de Éfeso ( FILÓSOFO)
Tudo está em constante mudança, inclusive o ato de pensar. Por isso, não seria possível entrar em um mesmo rio
duas vezes. Na segunda vez, o rio teria se transformado em outro, e a pessoa também.
2. Sócrates de Platão
– Sócratesfoi o maior filósofo grego na Antiguidade.
Através do diálogo, ou seja, da conversa entre duas ou mais pessoas, a ideia nasce. Assim, talvez seja encontrada a
sua essência, o conhecimento e a solução para o problema.
Freud
“A influência dos pais governa a criança, concedendo-lhe provas de amor e ameaçando com castigos, os quais,
para a criança, são sinais de perda do amor e se farão temer por essa mesma causa. Essa ansiedade realística é a
precursora da ansiedade moral subsequente.”
Os pensamentos desse psicanalista podem ser utilizados para justificar a importância do cuidado com a infância.
Medidas como o aumento da licença maternidade e paternidade e melhorias na infraestrutura e formação dos
funcionários nas escolas e creches adquirem força sob os pensamentos dele.
4. Agnes Heller
Crer em preconceitos é cômodo porque nos protege de conflitos, porque confirma nossas ações anteriores.” (O
cotidiano e a história, Heller, 2000)
Para Agnes Heller (1929-hoje), o preconceito é um fator de coesão (integração) social. Sua função é manter a
estabilidade da integração do grupo. Geralmente ele tem origem nas classes dominantes.
Quando a coesão social está ameaçada (por exemplo, em uma crise econômica), o preconceito pode se intensificar
espontaneamente
5. Paulo Freire
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo.”
CAP 9 QUAL DEVE SER A MINHA POSTURA CASO EU NÃO TENHA ARGUMENTOS
51
Paulo Freire (1921-1997) dizia que ninguém aprende sozinho, mas também ninguém é ensinado alguma coisa.
Assim, os educadores devem levar conhecimento para os outros, para que eles aprendam à sua maneira, com base
na experiência que tiveram com o mundo.
6. Jean Piaget
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o
que outras gerações fizeram.” (O juízo moral na criança, Jean Piaget, 1994)
Para o psicólogo Piaget (1896-1980), a aprendizagem é um processo ativo e personalizado. Por esse motivo, ele
não pode ser compreendido e medido por testes de inteligência.
7. Zygmunt Bauman
“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou
indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer)
tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas
vidas.” (Modernidade Líquida)
Bauman foi um grande sociólogo polonês sobre a Modernidade atual e escreveu até 2017, ano em que faleceu. O
autor criou o termo “Modernidade Líquida“.
8. Hannah Arendt
“O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se
conserva unido.”
Para Arendt (1906-1975), o poder vem de baixo para cima, e não existe sem o consentimento do povo. Ela diz que
a igualdade de direitos (isonomia), e a faculdade de agir (de manifestar as suas opiniões), são necessárias para o
poder existir. Assim, o povo é representado pelo poder. O silêncio é relacionado à violência.
A filósofa, diferentemente de autores como Max Weber, afirma que violência e o poder são opostos. Desta forma,
sociedades muito violentas não tem poder.
9. Nelson Mandela
Ele foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul. Gabnhou o prêmio Nobel da Paz.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
52
1 - ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NA MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA
O papel da polícia militar no Estado Democrático de Direito
Não restam dúvidas de que a Polícia Militar, instituição rígida que prima pelos seus princípios e costumes, e ao
mesmo tempo possui uma grande capacidade de se adaptar as transformações sociais, possui papel fundamental na
ordem pública.A polícia militar tem sua principal atuação na segurança pública, mas, essa atuação foi ampliada,
saindo de uma atuação eminentemente de manutenção da ordem, passando para uma atuação de preservação da
ordem pública, ampliando as competências da polícia. Sendo assim, quando se fala no papel da Polícia Militar
frente à ordem pública estabelecida no artigo 144 da Constituição Federal de 1988, deve-se entender ordem pública
em sentido amplo, ou seja, envolvendo segurança pública, saúde pública e tranquilidade pública, sendo de
fundamental importância trazer ao leitor os conceitos supracitados.
2- O TRABALHO COMO FORMA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESOS NO BRASIL ?
Dois anos após cumprir sua pena, M. Ribas garante que os 16 meses que passou na Associação de Proteção e
Assistência aos Condenados (APAC) de Barracão, interior do Paraná, foram decisivos para afastá-lo
definitivamente do mundo do crime. “Foi importante para assumir responsabilidade pela minha própria vida, o que
não tinha acontecido antes da minha prisão. Quem é preso foi porque faltou responsabilidade, faltaram objetivos.
Lá dentro da APAC aprendi a meditar, a acalmar minha mente e a retomar gosto pelo estudo”, diz. M. Ribas que é
um dos 137 presos que passaram pela APAC Barracão em quatro anos de funcionamento da unidade que não
voltaram a praticar crime. Apenas dois deles reincidiram, segundo a juíza responsável pela execução de penas no
município paranaense, Branca Bernardi.
Fonte: Método de ressocialização de presos reduz reincidência ao crime / Justificando
3- LEI ANTIDROGAS X SUPERLOTAÇÃO PENITENCIÁRIA
Lei Antidrogas criminaliza usuário e ajuda a superlotar penitenciárias
A atual Lei Antidrogas (Lei 11.343, de 2006), apesar de não prever a prisão para quem fuma maconha, permite que
a pessoa seja presa pela posse da substância. Como consequência, milhares de pessoas que são apenas usuárias da
droga são presas anualmente, ajudando na superlotação do sistema carcerário brasileiro. Mais de 40% dos 730 mil
presos no Brasil estão envolvidos em crimes relacionados às drogas. Para o professor Luís Flavio Sapori, da PUC
de Minas Gerais, diante dessa realidade, a lei precisa mudar. A política pública de enfrentamento ao tráfico está
equivocada. A Lei de Tóxicos precisa ser repensada para distinguir melhor usuário de traficante — afirmou Sapori
à Rádio Senado. Da mesma forma, Andrea Gallassi questiona penalizar consumidores de maconha. Ela avalia que
ao permitir a prisão do usuário, geralmente um detento primário, a Lei de Antidrogas manda pessoas de baixa
periculosidade para as penitenciárias, que, em geral, são ambientes violentos.
4- CYBERBULLYING : A VIOLÊNCIA VIRTUAL
A palavra bullying tem origem na língua inglesa e faz referência a bully, que entendemos como “valentão”,
aquele que maltrata ou violenta de forma constante outras pessoas por motivos supérfluos. É justamente esse ato de
maltratar ou violentar o outro de forma sistemática e repetitiva que é denominado bullying. Falamos
de cyberbullying, então, quando a agressão se passa pelos meios de comunicação virtual, como nas redes sociais,
telefones e nas demais mídias virtuais.
Muito embora o cyberbullying não consista em agressões físicas, e por isso é comumente visto como menos
danoso, tem consequências tão ou mais graves quanto as do bullying físico. O abuso sofrido pela vítima do bullying
virtual é, em sua maioria, de cunho psicológico, no entanto ela pode chegar a se tornar física em casos extremos.
CAP 10 34 TEMAS COM SEUS TEXTOS MOTIVACIONAIS
53
Ameaças de morte, agressão física e publicação de informações pessoais de vítimas são alguns dos meios mais
violentos de cyberbullying, já que coloca a vítima em situação de risco e constante apreensão diante da
possibilidade de um atentado contra sua vida.
Os ataques sofridos por uma vítima de cyberbullying são geralmente direcionados a características pessoais da
vítima e são feitas em meio público, denegrindo a imagem pública da vítima e afetando sua autoestima. O abuso é
constante e pode tomar grandes proporções, já que a dinâmica do mundo online é enorme e, na maioria das vezes,
impossível de se controlar. O cyberbullying é ainda permanente, uma vez que ao serem jogadas na rede online as
informações lá permaneceram por tempo indeterminado.
5- REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É A SOLUÇÃO ?
Os favoráveis à redução da maioridade penal argumentam que, aos 16 anos, um jovem já tem discernimento
suficiente para saber que está cometendo um crime e que, por isso, deve ser punido como adulto. Outro argumento
é de que os adolescentes são, muitas vezes, usados como “escudos” por criminosos maiores de idade, que sabem
que os mais jovens não serão punidos.Entre os que se opõem ao projeto, o argumento é de que a redução da
maioridade penal não resolve o problema da criminalidade. Para eles, o Estado deveria investir em políticas sociais
para evitar que os jovens entrem no crime. Para entender melhor os dois lados da discussão, EXAME.com
conversou com um promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo e com um professor de Direito da
Universidade Mackenzie com visões opostas sobre o tema. Confira:
6 - O FLUXO DE IMIGRAÇÃO NO BRASIL – COMO LIDAR COM ESSE TECIDO SOCIAL ?
Crises do tipo se repetem em diversas fronteiras onde o fluxo de refugiados é ainda maior. Mas, embora as tensões
sejam latentes, a imigração pode representar oportunidade de desenvolvimento aos países que a recebem. De
acordo com estudos e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, uma onda migratória, se for bem gerida, pode
ser positiva.Mundialmente os imigrantes correspondem a 3,4% da população, mas contribuem
desproporcionalmente mais à economia, produzindo quase 10% de toda a riqueza mundial (PIB), aponta
levantamento de 2015 da consultoria McKinsey. Imigrantes contribuem com US$ 6,7 trilhões à economia global -
cerca de US$ 3 trilhões a mais do que teriam gerado se tivessem apenas permanecido nos países de origem.
7 - A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NOS ASSUNTOS POLÍTICOS
"Na democracia, o ponto alto da participação do cidadão comum na vida política é a eleição. Mas existem outras
maneiras de interferir nas ações do Legislativo e do Executivo além do voto. A participação cidadã não se limita à
ocupação dos espaços institucionais desenhados para tal fim. Ela tem também um sentido de pressão, de lobby para
influir nas políticas públicas. Nesta dimensão, a participação expressa o descontentamento cidadão, a insatisfação
com a precariedade ou mesmo a ausência de serviços públicos essenciais, e vaza para as ruas, se apresenta como
manifestações que ocupam espaços públicos, confrontam governos, exigem mudanças. É o caso recente dos
professores do Paraná.Partindo destas considerações, a questão da participação precisa ser vista como uma relação
política entre a cidadania (organizada?) e o poder público. E precisa ser considerada também na sua perspectiva
histórica, de atuar em país governado por elites que, nos diferentes níveis da nossa federação, ainda consideram o
aparato público como uma máquina a serviço de seus interesses. As possibilidades são várias, de desdobramentos e
impactos produzidos por esta relação.Se a cidadania e o poder público vão na mesma direção, da defesa do
interesse público, estarão enfrentando os interesses privados, mais especificamente, empresariais, que se instalaram
no interior do aparelho do Estado (e aí tem seus representantes) e buscam capturar as políticas públicas para seus
fins.Se a cidadania e o poder público estiverem em conflito, a tendência é que o poder público busque esvaziar as
instâncias de participação e tente controlá-las, em nome da governabilidade.
8- O REFLEXO DA TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI
A tecnologia vem transformando relações, desempenhando um papel importante para os meios de comunicação e
proporcionando momentos de integração a essa ferramenta.
Desde o dia em que o homem quis propiciar para si uma forma de se comunicar com facilidade e poder ter o
controle de informações instantaneamente, trouxe consigo uma série de fatores que levam também a distintos
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problemas. O que seria por um lado algo positivo, por outro há sim risco em que o usuário ao navegar nas redes
podem se auto propiciar: como hackers e golpes que vem se tornando um problema tecnológico deste século. O
vício, a falta de encorajamento da pessoa em querer se socializar com outras pessoas pessoalmente são outros
fatores que desencadeia riscos a saúde ao utilizar a internet erroneamente.
9- MOBILIDADE URBANA
A cidade de São Paulo vive uma revolução na mobilidade urbana. Ações para melhorar o trânsito e a construção de
centenas de quilômetros de ciclovias nos últimos anos mostram uma mudança na forma como nos deslocaremos
nas cidades. Além disso, a chegada de serviços de transporte usando aplicativos de celular tem tido grande impacto
na maneira como as pessoas pensam suas opções de transporte.Pense nos problemas dos conglomerados urbanos e
na importância de movimentos sociais na reivindicação e inserção de medidas, como a melhoria dos metrôs e a
implantação de ciclovias. Também vale pensar sobre a velha distinção entre transporte individual e coletivo,
políticas de caronas e em como a segurança pública tem relação com essas escolhas.
10- INTOLERÂNCIA COMO GERADORA DE TENSÕES E CONFLITOS
(PMMG 2016) Os estudos sociológicos revelam-nos uma paisagem social nada estimulante para a convivência com
as diferenças, ou dito de outro modo, com os diferentes étnico-culturais. A realidade sociológica plural não se
traduz necessariamente em atitudes e comportamentos de respeito às ideias e crenças do outro, do diferente. Apesar
da eclosão das ONGs (Organizações Não Governamentais) que lutam pelo respeito à liberdade das ideias e das
distintas manifestações de vida, pela integração das diferenças e o reconhecimento da dignidade “dos outros”, a par
da realidade de uma sociedade que cada vez mais se vai configurando como um sistema plural em todos os
sentidos, não é, sem dúvida, difícil encontrar situações preocupantes na descrição do nosso quadro social:
xenofobia, recusa das diferenças culturais e do diferente cultural, tendência à uniformidade a partir de uma visão
homogeneizadora da cultura, crescente desenvolvimento de nacionalismos essencialistas que expulsam da
comunidade “nacional” todos aqueles que não têm a mesma origem ou raça ou, simplesmente não compartilham as
mesmas ideias políticas fundamentalistas. Dir-se-ia que o conflito e o enfrentamento entre os seres humanos
decorrentes de convicções sobre o que elas entendem como bom e verdadeiro constitui, provavelmente, um
componente imprescindível da história.
Fonte: LOPES, José de Souza Miguel. Educação para a tolerância. Adaptado. Disponível
em: http://espacomulher.com.br/ead/aula/educacao_tolerancia.pdf
11- A EVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE
Em pleno ano de 2018, difícil é encontrar alguém que não use nenhuma rede social. Essas poucas pessoas decidem
viver à margem da sociedade 2.0 e, mesmo sabendo que ficam de fora de muita coisa bacana que acontece nessas
plataformas, elas seguem firmes na decisão por uma série de fatores, que vão desde a garantia da privacidade até o
medo de se tornarem "viciadas" em rede sociais – como acontece com muita gente por aí, que praticamente se
esquece de todo o resto da internet, acessando somente Facebook, Instagram e Twitter no dia a dia. Mas como foi
que as redes sociais ganharam tanto poder, a ponto de transformar a maneira com que as pessoas se relacionam, se
informam e se comunicam, em tão pouco tempo? Ainda, como exatamente as redes sociais impactaram a nossa
sociedade cultural e socialmente falando? E o que vai acontecer daqui para frente com as plataformas sociais
ganhando cada vez mais influência?
12- SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL -A POSTURA DO ESTADO E DA OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório com elogios ao sistema público de saúde no Brasil,
mas alertou para a necessidade urgente de financiamento na área. Até 1988, metade dos brasileiros não contava
com nenhum tipo de cobertura. Duas décadas após a criação do S istema Único de Saúde (SUS), mais de 75% da
população depende exclusivamente dele.O SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, são 190
milhões de brasileiros potencialmente usuários e 150 milhões que dependem exclusivamente desse sistema. Apesar
de inúmeras conquistas e avanços desde a sua criação, a saúde pública no Brasil enfrenta diversos problemas. É
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comum pacientes esperarem horas para ser atendidos, hospitais sem leitos suficientes, estrutura precária e grandes
filas para consultas e tratamentos.Muitos pesquisadores e especialistas na área têm se debruçado sobre o tema a fim
de verificar os principais gargalos do sistema e há certa unanimidade em relação a dois aspectos: o sistema é mau
gerenciado e o financiamento é insuficiente.
13. LIBERDADE DE EXPRESSÃO – COM OU SEM LIMITES ?
Tema velho que pode ganhar uma nova roupagem neste ano é a liberdade de expressão. Os limites entre discurso
de ódio e opinião, alguns argumentam, estão ainda mais borrados em tempos de redes sociais. A possibilidade de
publicizar uma posição sobre um tema e ser lido(a) por milhares de pessoas online traz um novo impacto ao tema.
Recebe o nome de liberdade de expressão a garantia assegurada a qualquer indivíduo de se manifestar, buscar e
receber ideias e informações de todos os tipos, com ou sem a intervenção de terceiros, por meio de linguagens oral,
escrita, artística ou qualquer outro meio de comunicação. O princípio da liberdade de expressão deve ser protegido
pela constituição de uma democracia, impedindo os ramos legislativo e executivo do governo de impor a censura.
Um debate livre e aberto sobre as questões nacionais fundamentais gera considerações positivas sobre a melhor
estratégia a ser adotada na solução dos problemas daquela comunidade. Por isso, é fundamental a existência da
democracia e de uma sociedade civil educada e bem informada cujo acesso à informação permita que esta participe
da vida pública, fortalecendo as instituições públicas com sua influência. É aí que entra a liberdade de expressão,
pois esta proporciona à coletividade uma gama variada de ideias, dados e opiniões livres de censura, que podem ser
avaliados, e possivelmente, abraçados.
14- O PAPEL DO ESTADO NA VIDA DO CIDADÃO
No contexto mundial atualmente a social democracia tem dominado o campo político, sendo representada em
diversos países. Aqui no Brasil, este caminho tem levado cada vez mais à dependência de classes menos
favorecidas de ajuda do governo, sem realmente produzir riquezas. O que nos leva a um círculo vicioso. O que o
Estado deveria garantir, sem dúvida, é o cumprimento das leis para manutenção da ordem. Considerando que todos
somos iguais perante a lei, não há como ferir liberdades individuais.
15 – O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO EM QUESTÃO
A crise no sistema carcerário, que explodiu neste ano de 2017, deixou, em 15 dias, mais de 130 mortos. Em dez
episódios diferentes ocorridos em oito estados (Alagoas, Amazonas, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo,
Rio Grande do Norte e Roraima), muitos deles ligados à guerra de facções que ocorre nos presídios, 133 pessoas
morreram. Os casos escancaram o problema do encarceramento em massa, que faz o Brasil, segundo país que mais
prendeu em 15 anos, ter a quarta maior população carcerária do mundo. Na reportagem a seguir, Jean-Philip
Struck, da agência de notícias Deutsche Welle, elenca seis medidas indispensáveis para reverter esse cenário, na
avaliação de diferentes especialistas. Confira:
1) Diminuir o número de presos provisórios
2) Aplicar mais penas alternativas
3) Promover ajustes na Lei de Drogas de 2006
4) Aumentar as opções de trabalho e estudo nos presídios
5) Reformar os presídios
6) Separação de presos
16- SUICÍDIO POLICIAL – O QUE LEVA ?
João, policial do Batalhão de Choque, suicidou-se dentro da unidade, aos 32 anos. Descrito pelos amigos como
extrovertido, comentou com eles, certo dia, que tinha problemas e estava separado da mulher. Matou-se no mesmo
dia e deixou duas cartas, uma para ela e uma para o pai.
Regina, de 27 anos, tinha o sonho de entrar para a polícia. Era solteira, não tinha filhos e morava sozinha. Matou-se
com um tiro na cabeça, dentro de casa. Sentimento de desvalorização. “O primeiro processo que você sofre é a
perda da sua sensibilidade. Por exemplo, o colega morreu domingo de manhã, segunda-feira foi o enterro dele, né?
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E tá todo mundo trabalhando normalmente. A vida continua? A vida continua. Mas é tratado só como
número.”(policial militar, serviço operacional)
Os nomes citados acima são fictícios, mas as histórias são reais. Estão contadas em "Por que os policiais se
matam", o mais completo diagnóstico sobre o problema do suicídio na Polícia Militar do Rio de Janeiro, resultado
de uma pesquisa conduzida pelo GEPeSP (Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção), da Uerj, sob a
coordenação da cientista política Dayse Miranda, em parceria com a PM fluminense.O estudo, com coautoria de
cinco psicólogos da Polícia Militar e de pesquisadores da Uerj de diferentes áreas, investiga fatores que levam ao
suicídio de policiais e inova ao propor um plano de prevenção do comportamento suicida – com ações que incluem
desde palestras até um treinamento para os profissionais de saúde da PM fluminense. O livro será lançado no dia 30
de março no Rio, no seminário "Prevenção do comportamento suicida entre policiais militares".Alguns resultados
da pesquisa do GEPeSP foram revelados pela BBC Brasil em agosto de 2015: de 224 policiais militares
entrevistados, 10% disseram ter tentado suicídio e 22% afirmaram ter pensado em suicídio em algum momento. Em
contrapartida, 68% disseram nunca ter tentado nem pensado em se matar.
17- DEPRESSÃO – A EPIDEMIA DO SÉCULO
A situação em nosso país é particularmente ruim: um levantamento realizado pela americana Universidade Harvard
em 18 localidades mostra que a prevalência de depressão no Brasil é a maior entre as nações em desenvolvimento,
com um total de 10,4% de indivíduos atingidos. E a taxa de mortes relacionada a episódios depressivos (incluindo
suicídios) aumentou 705% por aqui nos últimos 16 anos, segundo pesquisa realizada pelo jornal O Estado de S.
Paulo.Convém deixar clara a diferença entre depressão e tristeza. A primeira é uma doença, marcada por
sentimentos de prostração, perda de interesse e prazer, culpa, baixa autoestima, distúrbios de sono e na
alimentação, cansaço e déficit de concentração. Embora os médicos não conheçam em detalhes os motivos do
início de uma crise — tampouco o que acontece direito no cérebro deprimido —, o quadro tem diagnóstico e
tratamento.
18- VIOLÊNCIA CONTRA MULHER : O FEMINICÍDIO NO BRASIL
Você já ouviu a expressão “o machismo mata”? Poucas vezes nos questionamos sobre o que está por trás da morte
violenta de uma mulher. A palavra “feminicídio” se refere ao assassinato de mulheres e meninas por questões de
gênero, ou seja, em função do menosprezo ou discriminação à condição feminina. Isso não indica, no entanto, que
toda mulher assassinada é vítima de feminicídio. Trata-se de um crime de ódio, no qual a motivação da morte
precisa estar relacionada ao fato de a vítima ser do sexo feminino. A palavra foi difundida na década de 1970, pela
socióloga sul-africana Diana E.H. Russell (“femicide”, em inglês). Com esse novo conceito, ela contestou a
neutralidade presente na expressão “homicídio”, que contribuiria para manter invisível a vulnerabilidade
experimentada pelo sexo feminino em todo o mundo. São exemplos de feminicídio os crimes encobertos por
costumes e tradições e que são justificados como práticas pedagógicas, como o apedrejamento de mulheres por
adultério, relacionadas com o pagamento de dote, a mutilação genital e os crimes “em defesa da honra”. Rusell
também pontua o assassinato de mulheres por seus maridos e companheiros, os estupros de guerra, a morte por
preconceito racial e a morte pelo tráfico e a exploração sexual, que tratam as mulheres como objetos sexuais e
descartáveis. As mortes violentas por razões de gênero são uma fenômeno global e vitimizam mulheres todos os
dias, como consequência da posição de discriminação estrutural e da desigualdade de poder, que inferioriza e
subordina as mulheres aos homens. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto
Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador,
Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países
desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes
mais que o Japão ou Escócia. O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número
de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em
2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.... - Veja mais em https://vestibular.uol.com.br/resumo-
das-disciplinas/atualidades/feminicidio-brasil-e-o-5-pais-em-morte-violentas-de-mulheres-no-
mundo.htm?cmpid=copiaecola
19- SOCIEDADE E ARMAMENTO: SOLUÇÃO PARA A VIOLÊNCIA?
A sociedade armada não é uma solução para a violência no Brasil. Ao encontro disso podemos destacar dois
pontos: A redução dos homicídios com a implementação do estatuto do desarmamento e o incentivo do governo
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federal para o não porte de armas ilegais.
Com a implementação do estatuto do desarmamento ocorreu uma redução do índice de homicídios no Brasil. Essa
redução se deve porque a população é incentivada à não ter armas de fogo em sua posse. Com esse raciocínio,
entende-se que essa lei veio para diminuir os ainda altos índices de assassinatos no país, uma vez que ainda temos
outra grande batalha: a dizimação do tráfico de armas.
Com a política de armamento vigente no país, o governo vem incentivando a população ao desarmamento
voluntário. É sabido, por outro, lado que ficou mais difícil o cidadão ter armar em sua posse, a proporção que o
estatuto endureceu as formas de sua concessão. Entende-se por isso que o desarmamento da população civil e
controle do estado se faz necessário.
Percebe-se que a ideia do desarmamento tem como nexo a diminuição da taxa de homicídios no país. É necessário
que todos se conscientizem de que ter a posse de uma arma de fogo não é sinônimo de segurança e sim de morte.
20 O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
É consenso que o tema é recorrente no Enem, a violência contra a mulher em casa e na rua, e a discrepância de
salário no mercado de trabalho são problemas que ainda não foram superados. A questão do aborto é uma das
apostas mais fortes, já que em 2019 o STF vai julgar a descriminalização do ato.Vale ressaltar que o processo de
empoderamento da mulher se iniciou na década de 60 e ainda há muito por fazer. Sobre o assunto, pode-se abordar
costumes antigos que ainda perduram na sociedade atual, a mulher no poder e em cargos de alto nível
(empreendedorismo e independência) e o preconceito por parte da parcela masculina. Apesar da mulher ter
conquistado vários espaços sociais, elas ainda sofrem repressões por parte da sociedade machista. Uma pesquisa
realizada pela fundação Perseu Abramo, estima a ocorrência de mais de 2 milhões de casos de violência doméstica
e familiar por ano no Brasil contra as mulheres. Entretanto, vemos que esta repressão não se restringe às mulheres,
agindo também sobre os homo afetivos e demais minorias do país que lutam pelo seus direitos. Percebe-se,
portanto, que esta luta emerge não de uma classe em si, ela emerge para combater o conservadorismo presente na
estrutura sociocultural brasileira.
Portanto, evidencia-se que este problema surge das estruturas socioculturais tradicionais do nosso país, onde
mesmo existindo mecanismos legais de garantia da igualdade de gênero para as mulheres ainda coexiste uma
discrepância nas condições sociais, econômicas e culturais entre sexo masculino e feminino. Ainda assim, pouco
a pouco, as mulheres conseguem conquistar o seu espaço na sociedade moderna. Assim sendo, é necessário a
ampliação de políticas públicas que garantam condições socioeconômicas e segurança a um público cada vez mais
atuante na sociedade brasileira.
21. CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA COM FOCO NA CRISE DO SISTEMA PRISIONAL
BRASILEIRO
O ano de 2017 começou com o novo capítulo de uma antiga história. A morte de mais de 100 detentos chamou
atenção para a guerra de facções criminosas dentro de presídios brasileiros e expôs a fragilidade do sistema
penitenciário nacional. Segundo os últimos dados divulgados em 2014 pelo Sistema Integrado de Informações
Penitenciárias do Ministério da Justiça (Infopen), o Brasil chegou à marca de 607,7 mil presos. Desta população,
41% aguarda por julgamento atrás das grades. Ou seja, há 222 mil pessoas presas sem condenação. Três episódios
que aconteceram em 2017 denotam a crise nos presídios brasileiros. No dia 1º de janeiro, pelo menos 60 presos que
cumpriam em Manaus (AM) foram mortos durante a rebelião que durou 17 horas. Na mesma semana, houve um
tumulto em uma penitenciária em Roraima, onde 33 presos foram mortos. No dia 14, Rio Grande do Norte, pelo
menos 26 presos foram mortos em rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Após o ocorrido, cerca de 220
presos foram transferidos para outras penitenciárias. Estados como Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná também
enfrentaram esse tipo de problema.
22. O USO DE TECNOLOGIAS NO TRABALHO DO POLICIAL
Cada vez mais é comum as bancas cobrarem reflexões sobre as tecnologias no ambiente de trabalho. Nessa
perspectiva, o candidato precisa discorrer como as tecnologias podem contribuir para a sua atividade profissional
positivamente e negativamente (análise crítica). No caso das carreiras policiais, os candidatos podem discorrer
sobre o B.O online, aplicativos que aproximam o policial da comunidade, integralização das diversas polícias, etc.
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Por outro lado, podem destacar as dificuldades, uma vez que as tecnologias possibilitam mais informações por
parte de criminosos.
23. COMO O POLICIAL PODE CONTRIBUIR NO ENFRENTAMENTO DO ABUSO SEXUAL DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Nesse assunto é importante discorrer sobre as funções institucionais da segurança pública. Além disso, pode ser
apontado o envolvimento em campanhas educativas, investimentos na área de inteligência e prevenção e
acolhimento humanizado às vitimas de abuso.
24. VIOLÊNCIAS URBANAS:
Violência Urbana abrange vários temas, tais como: o debate sobre a desmilitarização da PM, violências contra às
mulheres, crianças e adolescentes, jovens, idosos, etc. Além desses, há a questão do bullying nas escolas, as brigas
de torcidas organizadas e os conflitos no trânsito. Um bom conceito para ser aplicado é o de cultura da violência,
isto é, uma predisposição de nós brasileiros resolvermos nossos conflitos por meio da agressão, e não por meio do
diálogo e das instituições sociais. Esse conceito está relacionado às experiências históricas de autoritarismo em
nosso país que permeia ainda hoje as nossas relações sociais e institucionais. Sobre a violência contra às mulheres,
infelizmente, os dados de agressão têm aumentado. Felizmente, as denúncias também aumentaram – na verdade,
não é que houve um aumento, mas como as mulheres estão passando por processos de empoderamento acabam
tendo mais coragem e proteção para denunciarem seus agressores. Nesse tema, penso que seja interessante o seu
texto abordar as concepções de sociedade patriarcal, cultura da violência no Brasil, cultura do estupro, Lei Maria da
Penha, Casas de proteção à mulher.
25. COMBATE ÀS DROGAS
Algumas recentes notícias divulgadas na mídia, especialmente a que dá conta de que o Brasil ocupa a 2ª colocação
no ranking mundial de consumo de cocaína e derivados (crack, por exemplo), atrás apenas dos Estados Unidos ,
aumentaram a preocupação das autoridades e da população em geral com relação ao problema das drogas em nosso
país.Certamente, a indesejada posição no ranking mundial de consumo de drogas levanta a questão sobre o papel de
cada entidade pública e de cada cidadão no enfrentamento da questão das drogas. Contudo, é preciso avaliar
inúmeros outros aspectos na constante busca de aperfeiçoamento da atividade de cada envolvido, de forma que se
possa dar a devida contribuição para o enfrentamento da questão com eficiência.
26. MEDO E TERRORISMO
O candidato deve desenvolver reflexões críticas de como o novo terrorismo tem causado o medo, o pânico em
vários Estados-Nações. Ao associar o terrorismo ao fundamentalismo islâmico é preciso um posicionamento
crítico, já que é uma minoria que defende as chamadas “guerras santas”. A maioria dos muçulmanos além de não
concordarem com as interpretações radicais dos fundamentalistas, passaram a sofrer preconceito étnico e religioso.
27. TRAGÉDIAS AMBIENTAIS:
O caso mais chocante de agressão ao meio-ambiente no Brasil foi o que aconteceu na cidade de Mariana/MG, em
2015, quando a barragem da mineradora Samarco se rompeu e contaminou com lama o Rio Doce, deixou 19
mortos e mais de 35 cidades afetadas. Destruiu fauna, flora e vidas humanas. Segundo especialistas houve um
grande desequilíbrio ecológico e o meio ambiente demorará décadas para se recuperar. Outros temas ambientais
sempre potenciais são: aquecimento global, desenvolvimento sustentável, reciclagem de lixo.
28. CONFLITOS MIGRATÓRIOS:
Provavelmente, é um dos temas mais fortes, uma vez que há uma grande crise humanitária na Síria. Ademais, o
Brasil vem tendo dificuldades na região Norte, visto a chegada em grande quantidade de venezuelanos e haitianos.
É preciso respeitar os direitos humanos dispostos na Lei de Imigração (2017) e refletir sobre possíveis soluções
para atenuar os conflitos existentes com a população local.
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29. URBANIZAÇÃO E MOBILIDADE URBANA:
Costumo dizer que esses dois temas são os “queridinhos das bancas”. Um exemplo é a FCC, que já solicitou 4
vezes nos últimos 3 anos temáticas que perpassam pelas questões de urbanização e mobilidade urbana. É bom ficar
sempre atento, porque de fato são assuntos que sempre podem aparecer na redação.
30- O EMPODERAMENTO FEMININO
É um processo que as mulheres passam ao adquirir ferramentas para combater a opressões . A luta contra o
patriarcado é de toda a sociedade, pois é uma das piores causas da opressão à mulher. O feminicídio - pode-se dizer
- que é uma forma extremada de misoginia; os crimes de lesbofobia tem sua origem no machismo, um dos pilares
do patriarcado. A discussão de gênero é ampla e, interseccionando com as questões de raças, etnia, de grupos
LBTGI, entre outros, contribuem para o empoderamento e emancipação das mulheres na busca por maior
representatividade na política, na mídia na economia, e em todas as outras esferas da sociedade. Nas eleições
municipais de 2016, por exemplo, as mulheres foram subrepresentadas: 23% das cidades brasileiras não elegeram
nenhuma mulher para as Câmaras de Vereadores. Dos 5.570 municípios, 1291 cidades não tiveram nenhuma
mulher eleita e 1963 elegeram apenas uma vereadora. Essa breve introdução destaca alguns termos pertencentes ao
universo da luta das mulheres e das feministas. Veja abaixo uma breve explicação de cada uma deles.
31 - Feminicídio - É o nome que se dá ao assassinato de mulheres por motivos específicos de gênero. Designa a
causa da morte de mulheres que são mortas/assassinadas só por serem mulheres. A Lei do feminicídio (13.104/15),
alterando o código penal, inclui o feminicídio como modalidade de homicídio qualificado, isto é, quando o crime
for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
31.1 - Machismo - O machismo faz parte da estrutura do sistema patriarcal e é um tipo de opressão sofrida pelas
mulheres em sociedades que seguem esse sistema. Ele ocorre de forma expressa e sutil, e se sustenta na ideia da
superioridade masculina, proporcionando privilégios aos homens, que ocupa o lugar de poder na opressão de
gênero. A mulher não pode ser considerada machista, mas pode, sim, nas suas interações sociais, tornar-se uma
reprodutora do machismo.
32. AS RAZÕES DA EXPLOSÃO DE OBESIDADE NO BRASIL
A cada cinco brasileiros, um está obeso. Mais da metade da população está acima do peso. O país que até pouco
tempo lutava para combater a fome e a desnutrição, agora precisa conter a obesidade. Por que a balança virou?
Indicadores apresentados na segunda-feira pelo Ministério da Saúde mostram que, nos últimos 10 anos, a
prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. O
excesso de peso também subiu de 42,6% para 53,8% no período.Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), com base em entrevistas realizadas
de fevereiro a dezembro de 2018 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos de todas as capitais
brasileiras.Especialistas ouvidos pela BBC Brasil atribuem o aumento de peso dos brasileiros a fatores econômicos
e culturais, mas também genéticos e hormonais.
33. OS EFEITOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Se você ainda é jovem, tem menos de 40 anos e corre para a academia em busca de um futuro saudável, um
conselho: calma, não se apresse tanto assim. Os benefícios para o organismo de quem começa a se exercitar na
maturidade, a partir da quarta década de vida, são semelhantes aos alcançados por aqueles que malham desde o
brotar das primeiras espinhas da puberdade. Conclusão: tanto faz praticar atividade física na juventude ou um
pouco mais tarde, em especial para a proteção contra algumas das doenças mais letais do mundo moderno, como os
problemas de coração e os cânceres. Essa é a surpreendente conclusão do mais completo estudo já conduzido sobre
o impacto da ginástica ao longo dos anos, feito com base no depoimento de 315 050 americanos cuja vida foi
acompanhada desde os anos 1990. O trabalho foi realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e publicado
na revista JAMA Network Open. De acordo com o levantamento, homens e mulheres que começam a malhar
regularmente entre 40 e 61 anos têm uma queda no risco de morte por doenças cardiovasculares de 43%, e de 16%
no caso de tumores malignos. As taxas são semelhantes, quase idênticas, em relação àqueles que praticaram esporte
desde os 15 anos. “Os resultados são extraordinários porque comprovam que o corpo mais velho reage muito
melhor do que se imaginava aos estímulos dos exercícios”, diz Bernardo Garicochea, oncologista do grupo Centro
Paulista de Oncologia/ Oncoclínicas, em São Paulo.
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34- IMPUNIDADE E AS PRÁTICAS CRIMINOSAS NO BRASIL
Quando pensamos em impunidade, lembramos imediatamente em falta de castigo. Sob o enfoque jurídico,
podemos relacionar impunidade com a não aplicação de determinada pena criminal a determinado caso concreto. A
lei traz a previsão de que para cada delito, há sua correspondente punição. Quando o infrator não é alcançado, seja
pela morosidade do aparato legal, pela fuga, pela deficiência da investigação, ou por qualquer fato posterior de
tolerância, o crime permanecerá impune. Em latim tem-se que: “impunitas peccandi illecebra”, que significa
impunidade estimula delinquência.
Fonte: PMMG 2013
A luta contra a impunidade precisa ser uma prioridade. Ela exige compromissos políticos, para além das
divisões partidárias. Todos os membros do governo e de partidos políticos devem lidar com a luta contra a
impunidade como uma questão de interesse nacional. Trata-se de uma questão de segurança nacional. A
impunidade mina e ameaça a segurança da democracia e as instituições democráticas. É prova de maturidade e de
profissionalismo da polícia quando ela mesmo está disposta a anunciar decisões duras contra a força policial.
Fonte: ‘Impunidade ameaça a democracia’, alerta relatora da ONU / em.com.br
https://escolaeduc.wordpress.com/
Veja a seguir.
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CAP 11 BAREMA DE CORREÇÕES
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63
Atenção, cabeção !
Ao passo que você for analisando cada redação com base nos cometários do professor, tente tirar alguma coisa de
proveito, tipo, quais os erros mais gritantes? O que não pode faltar na minha redação ? Que vícios devo evitar ? Qual melhor
estrutura , com 4 parágrafos ou com 5? Em cada parágrafo, como deve ser a distribuição de linhas? Ao iniciar os
parágrafos das smelhores redações, como os autores os inciaram ? Será que fizeram bons usos dos elementos
construtivos de coesão e argumentação ? Quais os perigosos da falçta de coerência ? Fique esperto e se divirta com os
trabalhos abaixo.
CAP 12 AGORA VEJA VÁRIOS EXEMPLOS DE REDAÇÕES CORRIGIDAS
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EXEMPLO 1 -REDAÇÃO NOTA 10
CONSIDERAÇÕESDO PRORFESSOR
Essa redação apresenta projeto de texto estratégico e informações, fatos e opiniões desenvolvidos em
todo o texto, o que configura um texto com autoria. A primeira impressão que temos ao ler essa redação é
de que seu projeto de texto é claro, como já nos é apresentado na introdução. O participante inicia sua
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redação fazendo uma contextualização sobre o problema da educação para deficientes auditivos no Brasil,
mostrando que, embora o Imperador D. Pedro II tenha criado a primeira escola para surdos e,
posteriormente, tanto a legislação quanto a ciência tenham reconhecido os direitos e as potencialidades
dessas pessoas, não deixaram de existir obstáculos para a formação educacional dos surdos. Ainda na
introdução, o participante já aponta quais são os principais obstáculos: a dificuldade de comunicação e o
preconceito. Ficamos conhecendo, então, o projeto de texto do participante, que é mostrar como esses
dois obstáculos são responsáveis por dificultar a formação educacional de deficientes auditivos no Brasil,
e é exatamente isso que é trabalhado durante toda a redação.
No segundo parágrafo, o participante se ocupa do problema da comunicação do surdo com a
comunidade escolar, mostrando como essa comunidade não está preparada para recebê-los e incluí-los de
forma efetiva, o que mostra que a educação, no Brasil, é um privilégio dos ouvintes. No parágrafo
seguinte, como foi apontado já na introdução, a discussão é sobre o preconceito e como ele afasta os
surdos do ambiente escolar, sinalizando, no final do parágrafo, a necessidade de medidas que revertam
esse contexto de exclusão e desrespeito às diferenças. Por fim, no parágrafo final, há a conclusão de que a
educação brasileira não está apta a educar pessoas com deficiência auditiva, e o participante aponta uma
série de medidas que, se aplicadas, podem reverter esse problema.
O único deslize que pode ser apontado nessa redação está na introdução, quando o participante afirma
que a legislação e a ciência reconheceram os direitos e as potencialidades dos surdos, mas, ao longo do
texto, embora ele volte a tratar desses direitos, abandona a questão da ciência, sem mostrar de que
maneira ela reconhece essas potencialidades. Estas até são retomadas em outras partes da redação, mas
nunca relacionadas à ciência, que, inicialmente, foi trazida para legitimar o reconhecimento das
potencialidades dos deficientes auditivos. É importante notar, no entanto, que se trata de um pequeno
deslize, que em nada prejudica a progressão do texto.
Outra questão importante com relação a essa redação é que ela não apresenta nenhum repertório que
extrapola os textos motivadores, esse fato não afeta em nada. Essa redação possui um projeto de texto
claro e estratégico, e as informações, os fatos e as opiniões são desenvolvidos em todo o texto, o que
caracteriza um texto com autoria , independentemente dos repertórios que mobiliza.
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EXEMPLO 2: REDAÇÃO NOTA 9,0
CONSIDERAÇÕESDO PROFESSOR
O participante inicia seu texto abordando a questão da Lei de Acessibilidade, de 2015, e mostrando
como pessoas com deficiência auditiva possuem o direito legal à educação. Ele diz ainda que além de ser
um direito garantido por lei, a educação é essencial para uma sociedade tolerante e inclusiva. Ainda na
introdução, são apresentados o preconceito e a insuficiência estrutural como responsáveis pelo desrespeito
à garantia de educação. Esperamos, a partir da introdução, que o participante trabalhe essas duas questões
(preconceito e insuficiência
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estrutural) ao longo do texto, mostrando como elas são responsáveis pelo desrespeito à lei que garante
educação também para os surdos.
No segundo parágrafo, o participante argumenta no sentido de mostrar a importância de se garantir
aos surdos uma plena educação acadêmica e mobiliza um repertório da filósofa Hannah Arendt e sua
teoria do espaço público para mostrar como as instituições públicas (o que inclui escolas e faculdades)
possuem a obrigação de serem inclusivas. A partir daí, discute a necessidade de tais instituições serem
preparadas para receber os deficientes auditivos e termina reafirmando a necessidade do cumprimento das
leis que garantem o acesso à educação e ao desenvolvimento intelectual.
No parágrafo seguinte, discute-se o preconceito e a errônea visão de que os surdos são incapazes. Para
justificar tal argumento, o participante trata do conceito de violência simbólica (que já havia sido
mencionado na introdução), do sociólogo francês Pierre Bourdieu, mostrando que comportamentos não
necessariamente agressivos também podem ser responsáveis por exclusão e preconceito, como é o caso da
falta de estrutura das escolas ou da desvalorização da mão de obra de pessoas com deficiência.
Na sequência, no parágrafo final, são apresentadas propostas, por meio dos Ministérios da Educação e da
Saúde, para resolver os dois problemas discutidos ao longo do texto.
Depois da análise do texto, fica claro que o participante dá conta do que se propôs a fazer e discute de
maneira consistente as duas questões apresentadas na introdução. No entanto, não podemos deixar de
notar um deslize cometido logo na introdução do texto, quando o participante faz a afirmação de que “a
educação é sociologicamente analisada como essencial para uma sociedade tolerante e inclusiva” sem que
nos mostre como chegou a tal afirmação ou o que ela de fato significa.
É importante que fique claro, no entanto, que não se trata de uma falha, como no exemplo anterior,
que compromete a progressão do texto, uma vez que faz parte do que ele se propõe a discutir. Nesse
texto, diferentemente do anterior, a ideia que é apresentada inicialmente, mas que não é retomada na
argumentação, é secundária, e, exatamente por não se tratar de algo essencial para o projeto de texto, não
chega a atrapalhar a progressão do texto. Trata-se de algo que tornaria, evidentemente, o texto ainda
melhor, mas que não é mais que um deslize e não impede que a redação atinja uma nota boa.
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EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA 7,0
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nessa redação já é possível observar a presença de um projeto de texto: há preconceito na
formação educacional dos surdos, o que resulta em um menor número de surdos nas escolas e no
isolamento dessas pessoas. Para solucionar esse problema, é necessário o apoio de todos, bem como ações
do Ministério da Educação, das famílias e dos próprios deficientes auditivos. No entanto, o projeto de
texto apresenta muitas falhas, que podem ser notadas desde a introdução, quando o participante tenta
fazer uma comparação entre o regime nazista de Hitler e a questão dos surdos no Brasil, mas sem
conseguir, efetivamente, estabelecê-la. Entre a primeira informação – de que, na Segunda Guerra
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Mundial, as minorias eram excluídas da sociedade – e a consequência apontada em seguida – de que os
indivíduos com algumas deficiências eram mortos –, não há uma relação clara. Em seguida, ainda na
introdução, o participante afirma que há preconceito na formação educacional dos surdos e que isso é
fruto da criação de estereótipos, mas não retoma essa questão dos estereótipos em nenhum momento.
No terceiro parágrafo, há um outro grave problema no projeto de texto, quando o participante aborda
uma das leis de Newton (a Lei da Inércia) sem conseguir aproveitá-la de maneira efetiva, já que não há
uma relação clara entre isso e o que vem na sequência: a integração dos deficientes auditivos. Em
seguida, no último parágrafo, são apresentadas propostas que devem ser executadas pelo Ministério da
Educação, pela família e pelos próprios surdos, mas elas não solucionam efetivamente os
problemas que foram discutidos no decorrer do texto. Por exemplo, não fica claro se a divulgação do
material em Libras se refere à falta de materiais didáticos apontada no parágrafo anterior. A proposta de
que os surdos devem estar dispostos sempre a vencer, destruindo barreiras e buscando vocações, também
não está ligada a nenhum argumento anteriormente discutido no texto.
Podemos notar, então, que o que o participante se propõe a discutir no início da redação não é o que
ele discute efetivamente, evidenciando graves problemas em seu projeto de texto. Ainda é importante
notar que os dois parágrafos de desenvolvimento podem ter a ordem invertida sem que haja nenhum
prejuízo para o texto – ou seja, não há uma hierarquização dos argumentos.
Observamos,ainda, problemas relacionados ao desenvolvimento dessa redação,
como acontece, por exemplo, logo no seu início, quando o participante traz o exemplo da
Segunda Guerra Mundial, afirmando que Hitler excluía as minorias e que, consequentemente, os
indivíduos com alguma deficiência eram mortos. Não há, nessa afirmação, nenhuma relação clara de
consequência, o participante não explica como essa relação se dá. O mesmo ocorre no terceiro parágrafo,
em que não há um desenvolvimento do repertório mobilizado.
Essa possui abordagem completa do tema, as três partes do texto dissertativo-argumentativo e faz uso
produtivo de um repertório que é pertinente ao tema e legitimado pelas áreas do conhecimento. O
participante recorre ao sociólogo Émile Durkheim e ao seu conceito de “corpo biológico” para mostrar
que, apesar de essa teoria dizer que a sociedade é formada por partes que se interligam de forma
igualitária, isso não acontece efetivamente, já que há muitos desafios a serem superados com relação às
diferenças
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EXEMPLO DE REDAÇÃO NOTA0 ( ZERO )
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nesse exemplo, há a produção de texto escrito e também a presença de um desenho do tipo emoticon.
Independentemente do tipo de desenho que a redação apresentar, ela será avaliada como “FEA”.
71
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Nesse Exemplo , há um pequeno desenho de coração apresentado na linha 24, o que configura
“FEA”. Observamos que, além do desenho, o texto apresenta o recado para a banca avaliadora (“Por
favor não dê um zero”), o que, como veremos adiante, será considerado “Parte Desconectada”. Desse
modo, seguindo a hierarquia das situações, se houver mais de um motivo que leve o texto à nota zero, a
situação que deve prevalecer na avaliação é a mais próxima ao topo – nesse caso, “FEA”.
72
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Cuidado, qualquer tipo de sinal gráfico é proibido. Porém, tem algumas exceções. Note, no exemplo
acima, o participante faz uso de um sinal gráfico – o asterisco –, porém, aqui o sinal tem função clara no
texto – evidenciar uma correção ortográfica – e, por isso, não leva essa redação a ser avaliada como
“FEA”. Assim, devemos verificar se há outro problema no texto que cause sua anulação; em caso
negativo, podemos avaliá-la normalmente em todas as competências.
73
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo , há um conjunto de comentários sobre os textos motivadores, e há a explícita referência
a eles, tal como destacado em amarelo. Ainda que o último parágrafo tenha características do tipo textual
dissertativo-argumentativo, por se tratar predominantemente de uma lista de comentários sobre os textos
motivadores, a redação se enquadra em “Não Atendimento ao Tipo Textual”.
CASOS QUE NÃO SÃO CONSIDERADOS “NÃO ATENDIMENTO AO TIPO TEXTUAL”
Há textos que podem trazer em sua estrutura parágrafos que, visivelmente, pertencem a outro tipo
textual. É preciso estar atento a eles, já que é permitido, por exemplo, utilizar trechos narrativos em um
texto dissertativo, como forma de exemplificar uma ideia ou defender o ponto de vista apresentado. De
maneira semelhante, é possível que existam redações que apresentem características de outro tipo textual
em alguns momentos e, no entanto, exibam predominantemente o tipo de texto dissertativo-
argumentativo, podendo, portanto, afirmar-se que atendem ao tipo textual solicitado.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo acima, o participante se identifica no corpo do texto por meio da estrutura Eu + nome
simples, por isso a redação deve ser anulada por apresentar “Parte Desconectada”. É importante observar
que casos como esse, em que a parte desconectada está no corpo do texto, requerem uma leitura atenta do
avaliador, com objetivo de avaliar, com a mesma justiça, todos os participantes.
75
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Neste exemplo, o texto aborda o tema e é uma dissertação-argumentativa, mas há a presença de
palavra de baixo calão, ou seja, de impropério, na linha 16, o que nos leva a avaliá-lo como “Parte
Desconectada”. Salienta-se que o uso de impropérios e ofensas no texto vai contra a seriedade do exame,
um dos aspectos considerados na avaliação do texto com relação à presença de parte desconectada.
76
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Na exemplificação acima, verificamos que o participante tece, ao final do terceiro parágrafo do texto,
uma reflexão sobre seu próprio desempenho na prova (“Bom sei que com essa redação não vai dar pra
passar em nenhuma faculdade é uma pena, sem ideias”). Como apontado na lista de possibilidades
previstas como “Parte Desconectada”, qualquer reflexão do participante sobre a prova ou sobre o seu
próprio desempenho no exame é considerada uma parte desconectada. Por esse motivo, como o trecho
destacado em amarelo apresenta uma reflexão do participante sobre o seu desempenho, deve-se avaliar a
redação dessa forma.
É preciso tomar cuidado para diferenciar esse tipo de recado, que compromete a própria situação
comunicativa da prova, com reflexões mais genéricas, como “não sou o melhor para falar sobre o
assunto” ou “posso não ter as palavras certas, mas espero conseguir sensibilizar os governantes...”, ou
seja, reflexões que não estão explicitamente relacionadas à situação de prova. Esses últimos exemplos não
devem ser anulados como “Parte Desconectada”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Essa redação deve ser avaliado como “Parte Desconectada” porque nele podemos identificar a
presença de um bilhete destinado à banca avaliadora com o objetivo de comovê-la. Há, ainda, nesse
bilhete, um agradecimento a quem está lendo, porém é necessário lembrar que o “obrigado”, quando
sozinho, não configura Parte Desconectada.
78
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
No Exemplo , verificamos que, na penúltima linha do espaço destinado à escrita, há uma frase de
cunho religioso que está desconectada tanto do texto como do tema e do projeto de texto do participante,
o que leva à atribuição de nota zero a essa redação por “Parte Desconectada”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
A redação apresenta uma mensagem política desarticulada do corpo do texto e de seu projeto de
texto/discussão, o que, como já apontado, também se considera “Parte Desconectada”. Quando houver na
redação uma mensagem política que não mantenha relação com a temática e/ou com o projeto de
texto/discussão do participante, estando desarticulada ou não do corpo do texto, deve-se avaliar a
produção textual como “Parte Desconectada” (desde que a redação em questão não se enquadre em outras
situações anteriores dentro da hierarquia relativa à nota zero).
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
Na redação acima, há a presença de uma frase iniciada com hashtag (#) que tem a ideia apresentada
no último parágrafo do texto, como uma síntese da proposta de intervenção. Por não estar desvinculada
do projeto de texto/discussão do participante, essa mensagem não pode ser avaliada como Parte
Desconectada, e a redação, como não apresenta nenhuma outra característica que a enquadre em alguma
das situações que levam à nota zero, deve ser avaliada normalmente em todas as competências.
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A SITUAÇÃO “FUGA AO TEMA”
A situação de “Fuga ao Tema” é a mais comum entre as situações que podem levar à nota zero e
ocorre quando o participante produz texto que não resvala nem mesmo em assunto ligado à frase
temática. A cada edição do Enem, os motivos que levam à “Fuga ao Tema” mudam, visto que a frase
temática e os textos motivadores também se modificam. Nosso trabalho, dessa maneira, é o de
compreender os fundamentos que podem levar um texto a essa situação, sobretudo para nos ajudar nos
casos-limite.
Assim, especificamente no Enem 2017, a partir de diretrizes estabelecidas pelo INEP, os textos que
trataram somente dos tópicos a seguir foram avaliados como “Fuga ao Tema”:
•necessidades especiais sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez, como
Libras, oralização, implante coclear etc.;
•inclusão sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
•educação sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
•políticas públicas educacionais sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez;
•acesso ao mercado de trabalho sem relação com qualquer elemento relacionado ao universo da surdez.
A partir desses tópicos, observa-se que o participante precisava, minimamente, tratar do universo da
surdez em seu texto para não ter sua redação avaliada como “Fuga ao Tema”. Compõem o “universo da
surdez” elementos que auxiliam a contextualizar a abordagem da surdez quando no texto não se menciona
explicitamente a palavra surdo. Tais elementos precisam estar textualizados e remeter de maneira
contundente ao referido “universo da surdez”.
Também é importante observar que, se uma redação apresentar o termo surdo utilizado em sentido
figurado, ou ainda, de forma improvável, na acepção do instrumento musical, por
exemplo, o texto será considerado fuga temática.
Aqui, é importante salientar que as redações que tratam do tema ou do assunto apenas no título e que
apenas fazem uso de anáforas, no corpo do texto, como estratégia de retomada desse título (tais como
“esse tema”/“essa questão proposta”) também serão consideradas “Fuga ao Tema”.
82
CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
O TEMA ERA: INCLUSÃO DOS SURDOSNA FORMAÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL
O texto acima, apresenta uma discussão sobre problemas enfrentados por pessoas com deficiência
com relação a sua formação educacional. No entanto, essa discussão não está atrelada ao universo da
surdez, tratando de pessoas com deficiência de forma genérica. Mesmo quando o texto faz uma possível
referência à coletânea (“Com base nas informações e dados fornecidos”) ou à proposta (“esta
deficiência”), não há menção explícita da surdez, dos surdos ou de qualquer elemento relacionado a essa
deficiência. Por isso, a redação deve ser anulada como “Fuga ao Tema”.
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CONSIDERAÇÕES DO PRORFESSOR
Neste exemplo, há um ponto importante a ser lembrado: o título não serve, em hipótese alguma, como
elemento para verificar a presença do tema. Assim, seja representado por cópia, como nesse caso, seja por
tratar de outra forma dos termos relacionados à frase temática, o título não deve ser considerado para a
validação do tema proposto.
Além disso, a discussão desenvolvida, ao longo do Exemplo trata, novamente, de “pessoas com
necessidade especiais” genericamente, sem trazer nenhum elemento do universo da surdez. Sendo assim,
o texto não trata sequer do assunto (surdos ou universo da surdez), devendo, por isso, ser anulado como
“Fuga ao Tema”.
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CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR
O texto do Exemplo 30 apresenta uma discussão sobre a homofobia no Brasil, apontando os desafios
relacionados a essa temática. Observa-se, portanto, que não há qualquer relação entre a temática abordada
na redação e a proposta de redação. Assim, a redação deve ser anulada por “Fuga ao Tema”.
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“ Não existe prova fácil, nem prova difícil, existe conhecimento estudado”
Autor: Joaquim Bispo