O-REI-DO-MUNDO

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O REI DO MUNDO ÍNDICE PÁGINA Prefácio ............................................................................................ INTRODUÇÃO Governo Mundial................................ ......................................................... 1 Diretório Oculto e um Executivo......... ............................................... 7 A Lenda do Cavalo Branco...................................................................... 10 O REI DO MUNDO Palavras Necessárias........................................................... .......... 11 Capítulo I Noções da Agartha no Ocidente........................... 23 Comentários........................................................................ 25 Notas e Comentários- Os tempos esperados já chegaram... .. 37 Capítulo II - Realeza e Pontificado....................... ................... 38 Comentários............................................................................ 41 Capítulo III - A Shekinah e Metraton........................................ 50 Comentários......................................................................... 54 Capítulo IV - As três funções Supremas...... ............................. 82 Comentários de Tratamentos........................................................... 86 Tratamento Mental ........................................................................... 88 Subdivisão do Tratamento Mental ................................................ 90 Eficácia da Fé .............................................................................. 92 Resumo do modo Operatório...................................................... 95 Conclusão...................................................................................... 98 Capítulo V Simbolismo do Graal ..... ........................................ 103 Capitulo VI Melki-Tsedeq...................................................... 107 JHS e o Rei do Mundo................................................................... 113 O Santo Cálice no Culto de Melki-tsedek .................................. 114 O Senhor das duas faces .............................................................. 117 Agartha e as escrituras Sagradas................................................... 117 Capítulo VII Luz, Morada da Imortalidade.......... ................ 119 Capítulo VIII O Centro Supremo durante a Kalli-Yuga..... .....123 O Rei do Mundo e os Mundos Subterrâneos A bibliografia Hodierna e as Tradições Milenares................................................... 126 Três Mundos e seis dimensões ..........................................................127 Onde se processa a evolução............................................................. 128 O Templo do Caijah em Duat........................................................... 128 A sede da Agartha e o testemunho de Saint’Yves .......................... 129 Os Infra Mundos na Tradição Egípcia .............................................. 130 A Importância dos Rituais.............................................................. 131 Críticas passíveis de críticas. A Missão de Helena P. Blavatsky Quem são os legítimos representantes Agarthinos?.. ...................... 133 CAPÍTULO IX Onphalus e Betilos ............................................. 135 CAPÍTULO X Nomes e representações simbólicas ......................139

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  • O REI DO MUNDO

    NDICE

    PGINA Prefcio ............................................................................................ INTRODUO

    Governo Mundial................................ .........................................................1

    Diretrio Oculto e um Executivo......... ............................................... 7 A Lenda do Cavalo Branco...................................................................... 10

    O REI DO MUNDO

    Palavras Necessrias........................................................... .......... 11

    Captulo I Noes da Agartha no Ocidente........................... 23 Comentrios........................................................................ 25

    Notas e Comentrios- Os tempos esperados j chegaram... .. 37

    Captulo II - Realeza e Pontificado....................... ................... 38

    Comentrios............................................................................ 41

    Captulo III - A Shekinah e Metraton........................................ 50

    Comentrios......................................................................... 54

    Captulo IV - As trs funes Supremas...... ............................. 82

    Comentrios de Tratamentos........................................................... 86

    Tratamento Mental........................................................................... 88

    Subdiviso do Tratamento Mental................................................ 90

    Eficcia da F .............................................................................. 92

    Resumo do modo Operatrio...................................................... 95

    Concluso...................................................................................... 98

    Captulo V Simbolismo do Graal..... ........................................ 103

    Capitulo VI Melki-Tsedeq...................................................... 107 JHS e o Rei do Mundo................................................................... 113

    O Santo Clice no Culto de Melki-tsedek .................................. 114

    O Senhor das duas faces .............................................................. 117

    Agartha e as escrituras Sagradas................................................... 117

    Captulo VII Luz, Morada da Imortalidade.......... ................ 119

    Captulo VIII O Centro Supremo durante a Kalli-Yuga..... .....123 O Rei do Mundo e os Mundos Subterrneos A bibliografia

    Hodierna e as Tradies Milenares................................................... 126

    Trs Mundos e seis dimenses ..........................................................127

    Onde se processa a evoluo............................................................. 128

    O Templo do Caijah em Duat........................................................... 128

    A sede da Agartha e o testemunho de SaintYves .......................... 129 Os Infra Mundos na Tradio Egpcia .............................................. 130

    A Importncia dos Rituais.............................................................. 131

    Crticas passveis de crticas. A Misso de Helena P. Blavatsky

    Quem so os legtimos representantes Agarthinos?.. ...................... 133

    CAPTULO IX Onphalus e Betilos ............................................. 135 CAPTULO X Nomes e representaes simblicas ......................139

  • O REI DO MUNDO PREFCIO A Humanidade esta prxima dos maiores acontecimentos de sua histria multimilenar, porque j esto a seus ps, no limiar desse admirvel Mundo Novo, Advento de Maytria, da Estrela da Manh, to celebrado pelos augustos Mestres, pelas sibilas do futuro, constantes dos rituais manicos do REEA, nos seus ltimos graus, indicando claramente a atuao dos Nove, - cujo contedo deve se ler por trs da palavra que mata com o esprito que vivifica - j possvel dizerem-se certas coisas, sem infringir a Lei que a tudo e a todos rege. Coisas espantosas e estranhas, sem dvida, mas que por si s, saneiam tantas solues de continuidade - principalmente com os comentrios aqui feitos pelo Professor Henrique Jos de Souza - no processo evolutivo do homem - que a transformao de vida energia em vida conscincia - e desenrolam o indispensvel fio de Ariadne no labirinto de tantos fatos esquisitos at agora parecendo inexplicveis. Desde a muito, certos mistrios passveis de serem profanados com a sua revelao pblica, apenas se sussurravam aos ouvidos de alguns privilegiados e iniciados, e ainda inscritos em letras de fogo, quase que de boca a ouvido ou ainda nas pginas dos livros sagrados ou em cartas revelaes, o seu sentido permanecia velado aos profanos, pois que s com estado de conscincia em nvel capaz poder ser interpretado. O mistrio do Rei do Mundo fora aflorado, em poca recente, por Saint-Yves dAlveydre, com Ossendowsky, e alguns outros como o Marqus de Riviere, Raymond Bernard em sua obra A Terra ca, onde so tecidos uma srie de consideraes, as mais oportunas, acerca dos reinos subterrneos, morada dos homens perfeitos, o mundo da Agartha em sua capital Shamballah, sede de comando do Rei do Mundo. O ilustre cabalista Ren Gunon, que teve por Mestre Secreto, ilustre e famoso Rabino, quem oferece circunspectas e gerais informaes dos transcendentes problemas que se referem Agartha e ao Rei do Mundo, e um dado ressalta, em definitivo, dessa obra extraordinria de erudio, ainda que perfeitamente assimilvel: o da existncia duma tradio inequvoca, no espao e no tempo, constituda pelo testemunho coletivo e que se radica como prova de consenso universal. Existe uma Terra Santa, uma Jerusalm Celeste, Terra de Salm, prottipo de todas as terras Santas e poderoso Centro de irradiao csmica, centro zelosamente guardado pelas ento genunas Confrarias Iniciticas, que no s guardavam mas que iniciavam profanos capazes ao estado de conscincia prontos a oferecer seu trabalho Obra do Eterno na Face da Terra, como de quem a Ordem dos Templrios foi exemplo manifesto ao instituir-se como fiel Guardi da Terra Santa como tradio. Ora, da identidade e concordncia das tradies ou da sua universalidade, decorre, naturalmente, a idia da existncia duma Fonte nica, original que expressa, na linguagem hiertica de todas as tradies e atravs dos seus smbolos, lendas e mitos, a realidade dessa misteriosa Terra Santa e de seu Chefe Supremo, conhecido na ndia como o Jagrat-Dwipa. Contudo, este Ser Supremo possui outros nomes, porque as suas funes so mltiplas e complexas. Assim, como soberano Oculto dos seres da face da

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    Terra era denominado pelos tibetanos como Rygden-Djiepo hoje seu nome bem outro, que deixo de mencionar, aguardando que o tempo o revele...Como o Senhor Supremo das Ordens Secretas autenticamente Iniciticas, isto , de mbito solar, Ele Melki-Tsedek, pois que todas as duma Ordem Primordial, a Ordem ou Igreja de Melki-Tsedek.Ordens Iniciticas dimanam Neste ponto, evoco o saudoso Professor Henrique Jos de Souza, com seus comentrios e esclarecimentos aqui apresentados, revelando como funciona e como ocorre a atuao dos poderes divinos, ou sejam os de cima, divinos ou celestiais para os de baixo, na face da terra. Ren Guenon s disse o que foi permitido ento pela Lei, atravs seu mestre o Sbio Rabino porque hoje, como anunciava Blavatsky em sua Doutrina Secreta:No sculo XX um outro Ser mais instrudo e mais apto ser enviado para dar provas finais e irrefutveis de que existe uma cincia chamada Gupta-Vidya; - que, diga-se de passagem, na sua atuao como revelador veio esclarecer ou dar cincia quanto ao mistrio de Metatron e Shekinah, pelos seus comentrios apresentados neste trabalho quanto s hierarquias Criadoras, atuando em Shamballah, Agartha, Duat, atravs dos Santurios ou templos do Caij e Mekatulan...atravs da atual Igreja de Melki-Tsedek, aspecto esotrico ou oculto da hoje, Sociedade Brasileira de Eubiose, antes Sociedade Teosfica Brasileira, que continua trabalhando para o advento de Maytria, tambm como Ordem do Santo Graal. Melki-Tsedek, na sua dupla funo de Soberano e Pontifice na realidade o alfa e o mega de toda evoluo em processo em nosso globo, como organizador supremo das instituies humanas, de todas as civilizaes, dado que determina os seus bitipos, as SUS formas arquetipais. E alguns dirigentes humanos, os que na verdade servem os planos da ideao Arcnica, so efetivamente expresses, diretas ou indiretas, da sua vontade, como Manifestao Ideoplstica do Homem Csmico que Jehovah. Como o afirma Parasana a Maitri (Maytria), no Vishnu-Purana: coroado e exaltado pelos prprios deuses e pelos seres celestes que eternamente honram as suas virtudes excelsas, encontra-se o Mantenedor do Mundo. Ele detm as Foras Csmicas. Ele torna possvel a existncia de nosso globo. Ou como ouviu da boca do seu Guru o grande mstico e erudito Jean Marqus de Rivire, autor da obra O Homem dos Monastrios Tibetanos: ...e agora, meu filho, no silncio de todas as coisas existe um mistrio muito mais profundo que tudo o que mais,. Sabei que reina sobre a Terra, e muito acima dela, o Lama dos Lamas. Aquele diante do qual o prprio Trachi-Lama se prosterna na maior das reverncias. Aquele a quem chamamos o Senhor dos Trs Mundos. Mas seu reino terrestre mantm-se oculto viso dos homens Neste momento nada melhor do que iniciarmos a leitura atenta do magistral livro de Ren Guenon com os comentrios do Professor Henrique Jos de Souza e mais...No h duvida que os tempos esperados chegaram e o advento de Maytria est bem prximo. A luz existia conquanto disfarada sob a cegueira. hora de que comece a iluminar-nos o Caminho da Iniciao e seus mistrios.

    AUGUSTINHO KOSCHDOSKI, Grau 33, do REEA, portador da Comenda Pedro I, Benemrito e Grande Benemrito da Loja

    Adonai 1377 e Loja Manica Professor Henrique Jos de Souza de Estudos e Pesquisas. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira

    de Eubiose e Ordem do Santo Graal; Ex-Clrigo da Fraternidade Rosicruciana Antiqua e Eclsia Gnstica.

    Rua Senador Dantas, 117, Conj 1.213, tel 2215-7890 e 2215-7898, CEP 20.031-201 RIO DE JANEIRO - 2010

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    GOVERNO MUNDIAL A humanidade no est sozinha no mundo. Tem o direito do Livre Arbtrio, mas, at onde burla as Leis Universais est limitada por um determinismo csmico. Muito se tm falado a respeito de diferentes grupos de mestres que existem fisicamente e mesmo no fisicamente. Quantos desses mestres esotricos existem hoje? Como eles influenciam os buscadores, e qual o efeito produzido por eles no mundo? Existem muitas dificuldades para a existncia do conhecimento espiritual. A primeira que ele no pode ser expresso adequadamente. Mesmo quando algum chega a conhec-lo, no capaz de express-lo. Assim, o que tem sido conhecido no pode ser expresso com facilidade. Algum sabe algo e existem buscadores que querem saber tambm, mas o conhecimento no pode ser comunicado. Todo conhecimento que transmitido ns o recebemos como informao. O fato de voc querer conhec-lo e de alguma outra pessoa que conhece querer transmiti-lo a voc no significa que a comunicao seja possvel. A prpria natureza do conhecimento espiritual tal que, no momento em que o Mestre tenta express-lo, sente que ele no pode ser expresso. Assim, os grupos esotricos so necessrios para comunic-lo, como disse, como informao. Os grupos esotricos, as escolas Iniciticas ou os Grandes Instrutores expressam os conhecimentos transcendentais conscientes e, com este estado de conscincia transmitem seus conhecimentos; mas, os discpulos, os buscadores os recebem como informao. O Mestre no ensina, o discpulo que aprende vivenciando, experienciando, experimentando, praticando, realizando em estado de conscincia compatvel para transformar em conhecimento as informaes recebidas. Grupo esotrico significa um grupo especificamente treinado iniciticamente para receber um determinado sistema de conhecimento. Como exemplo podemos fazer uma analogia.

    Einstein referiu-se muitas vezes ao fato de que no existiam mais do que meia dzia de pessoas no mundo com as quais podia se comunicar. Ele estava falando sobre conhecimento matemtico, no sobre conhecimento espiritual. Mas isso era um fato. Nem mesmo meia dzia de pessoas existiam com as quais Einstein pudesse falar livremente, porque ele chegou a tais picos da matemtica que no podia se comunicar atravs de smbolos matemticos comuns. Se Einstein tentasse transmitir seu conhecimento para voc, seria possvel ouvi-lo, mas no compreend-lo. Ouvir apenas no compreender ou entender. Mesmo entendendo ou compreendendo necessria a experincia, vivenciao para conhecer. Conhecer estar presente no ato, no apenas na ao. Quando voc no compreende, existem muitas possibilidades de surgirem equvocos, porque da compreenso a no-compreenso existe um fenmeno intermedirio da m interpretao. Ningum est preparado para aceitar que no compreendeu; assim, quando h compreenso, isso no significa uma no compreenso. Em noventa e nove por cento dos casos significa m interpretao porque ningum

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    est preparado para admitir que no compreendeu. Todo mundo diz que compreendeu, e ento os equvocos se iniciam. A matemtica no um conhecimento esotrico e no se refere ao inexprimvel. Ela tem existido continuamente por cinco mil anos. Milhares de mentes so treinadas em matemtica. Todas as universidades em todo o mundo a ensinam; todas as escolas primrias a ensinam. Com tanto treinamento, tanto conhecimento, tantos departamentos em tantas escolas e universidades ensinando matemtica, ainda assim Einstein dizia: Existem apenas seis pessoas a quem posso comunicar o que sei. Se voc compreender isso, ento comear a compreender as dificuldades de comunicao das experincias espirituais. Um Grupo Esotrico um grupo especialmente treinado para trabalhar com um determinado Mestre ou Grande Instrutor, ou Avatara.. Um Buda ou um Avatara acontece aps milhares de anos. Se esse fenmeno, esse estado to raro, como Buda, Cristo ou Krishna como poder se comunicar ao se iluminar? Cristo est presente, o mundo estar presente, mas isso no significar nada. Um Buda no pode comunicar-se diretamente com o mundo, assim, um grupo esotrico, discpulos, apstolos, um grupo interno, treinado. O treinamento exatamente para que esse grupo possa agir como um mediador entre o Cristo e o mundo. Um grupo especial treinado para compreender Cristo e interpret-lo para o mundo, porque entre o Buda ou Cristo e o mundo existe uma fenda, um abismo to grande que Buda ou Cristo no sero compreendidos absolutamente. Necessrio se torna a ao dos Pontfices, dos construtores de pontes, virtuais, que ensinam o peregrino da vida a transpor a ponte, porquanto quem constri a ponte o prprio peregrino rumo ao seu destino, pelo autoconhecimento prpria divinizao. O grupo esotrico capta a linguagem divina, traduzindo-a por assim dizer e transmitindo em linguagem acessvel queles que esperam as boas novas ou o Avatara; ele faz a intermediao entre o divino e o humano. Referir-se a Jesus aqui ser muito significativo. Jesus sofreu porque no havia nenhum grupo esotrico. Jesus teve de ser crucificado porque o abismo era tal que as pessoas comuns no podiam compreend-lo. Isso tinha de acontecer, porque no havia um grupo entre Jesus e a massa. No havia nenhum grupo que fosse capaz de compreender Jesus e a massa. No havia nenhum grupo que fosse capaz de compreender Jesus e converter essa compreenso para a massa. No havia nenhum mediador entre os dois; assim Jesus sofreu. Jesus foi iniciado pelo grupo dos Essnios, Joo Batista era um deles1. Como repercusso do mistrio ocorrido na Atlntida com Musis e Muiska, Joo Batista foi imolado, deixando o grupo incompleto e pelos ditames da Lei, e responsabilidade da prpria humanidade na sua inconscincia nada puderam fazer e Jesus foi crucificado. Na ndia, nem Buda nem Mahavir sofreram desse modo. Nenhum deles foi crucificado. Eles eram to capazes quanto Jesus, mas s Jesus foi crucificado, porque nenhum grupo esotrico funcionou para ele. O equvoco inevitvel. Tudo o que Jesus dizia era mal interpretado..

    1 A corte de Jesus era composta de 999 seres especiais, ou sejam 9 grupos de 111, mais 2, somando o misterioso nmero 1001. Com a imolao de Joo Batista, que suponho ter sido um dos nove, ficou incompleto o Grupo, prejudicando o

    trabalho avatrico de Jesus. Convm lembrar, no Monte das Oliveiras, o dilogo entre Jesus e o Quinto Senhor.

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    claro que Jesus teve seguidores, mas os seguidores de Jesus faziam parte da massa. Os Judeus para quem Jesus veio no o compreenderam. Todos os seus principais discpulos vieram da massa, sem qualquer treinamento esotrico. Lucas e Tom eram camponeses, eram parte da sociedade comum, inculta. Eles amavam a Jesus, eles o sentiam, mas tampouco podiam compreend-lo. Assim, houve muitos momentos em que fizeram perguntas totalmente infantis. Por exemplo, alguns discpulos perguntaram a Jesus: Qual ser nossa posio no reino de Deus? Estaremos ao lado do divino, mas qual ser nosso lugar? Qual ser nossa posio? Eles no pediam compreender o que Jesus queria dizer por reino de Deus. Eles eram pessoas comuns. Um grupo esotrico no pode ser criado de repente. Buda acontece de repente, mas o grupo no pode ser criado de repente. Surge um Buda e esse pode ser um acontecimento repentino. Assim, os pases que tm sido espiritualistas por milhares de anos, os grupos esotricos existem como uma continuidade, como uma tradio, e quando h esse tipo de acontecimento, o grupo comea a trabalhar. Aoka ou Ashoka criou um grupo que ainda existe um grupo de nove pessoas. Quando uma pessoa morre, outra a substitui; assim o grupo ainda existe. Sempre que uma pessoa morre, os oito restantes escolhem algum para substitu-la. Essa pessoa treinada pelos outros oito e o grupo dos nove continua. As pessoas mudam, mas o grupo permanece. Esse grupo existe ainda hoje porque uma encarnao de Buda esperada: Maytria, o Buda Mercrio. Ele pode j estar presente ou aparecer a qualquer momento. impossvel criar um grupo de repente, no momento em que o Buda surge, porque esses grupos de adeptos esotricos so criados atravs de longo treinamento e disciplina. Esse treinamento no um acontecimento; esse grupo totalmente treinado. Todos o so; esse no um acontecimento repentino para um acontecimento cclico. Assim o Grupo dos Nove existe; podemos certamente afirmar que so tulkus dos primordiais. Varias vezes, diversos grupos foram iniciados. Continuaram por um tempo e depois definharam. Ou caminhara por um tempo e depois desapareceram porque as dificuldades so muitas. Muitas dificuldades aparecem! Mas esse grupo dos nove ainda existe. Ele continua porque h condies que o auxiliam a continuar. Uma delas que ele nunca est diretamente em contato com a massa. H outros grupos intermedirios entre ele e a massa. Ele permanece sempre desconhecido, oculto. impossvel saber sobre ele, sobre seu paradeiro. Qualquer pessoa iniciada no grupo - no exato momento em que iniciada, desaparece do mundo, desaparece completamente. Assim, impossvel saber algo a seu respeito. E o grupo pode continuar anonimamente. Esse grupo tem vrias chaves e mtodos. Por intermdio dessas chaves e mtodos continua trabalhando de muitos modos. um grupo onde os membros esto em seu corpo fsico mesmo. Esto to vivos tanto quanto ns. Atuam como atuaram em Napoleo, em Hitler, em Budha, etc. Os grupos polticos internacionais agem como governos paralelos promovendo as polticas internacionalistas de unio dos povos, ou europias

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    como acontece com a globalizao e do governo mundial. Eles agem como uma forma de uma Maonaria poltica, oferecendo aos lderes mundiais e autoridades nacionais a chance de se reunirem em segredo, para trocarem informaes e discutirem possveis mudanas sociais no-reveladas passveis de aplicao em seus respectivos pases. Os membros individuais desses grupos deliberadamente diminuem a importncia real desses encontros, so limitados; mesmo assim, os lideres mundiais dedicam bastante tempo a eles. claro que no passa de especulao ver, no trabalho desses grupos de Poderes Velados, da maonaria dos Traichu Marutas, a maonaria oculta que est por detrs de nossa Augusta e Respeitvel Ordem Manica, ou melhor, dito, da Grande Fraternidade Branca, em expresso tulkuistica do Grupo dos Nove, de Aoka, etc ou o Colgio Invisvel dos rosa-cruzes do sculo XVI transposto para o atual estgio da poltica internacional de hoje. Originalmente, conceitos utpicos e libertrios foram promovidos pelos franco-maons, e rosa cruzes medievais, em especial na atuao e realizao da Revoluo Francesa de 1.789. Os ocultistas trabalhando nos nveis mais elevados dessas sociedades secretas estavam sinceramente preocupados com o progresso da humanidade, no nvel material e espiritual. Eles apoiavam o conceito poltico de uma sociedade igualitria, em que todos tivessem o direito de adorar a Deus, a sua crena, e de seguir a poltica de sua escolha, contanto que se baseassem na democracia2 e liberdade de pensamento e ao. Em uma poca em que milhes estavam escravizados ao sistema feudal medieval, as sociedades secretas ensinavam que todos os homens e mulheres eram indivduos livres. As sociedades secretas advogavam a reforma das condies sociais escravizadoras da alma, a educao universal das massas e a liberdade civil. Para elas, os frutos da nova pesquisa cientfica e as ddivas da criao artstica no eram monoplio de uma minoria, mas propriedade de todos. As sociedades secretas acreditavam que, com a maior disseminao dos conhecimentos, um progresso social natural levaria evoluo do indivduo para fora do rebanho comum, que era o seu objetivo de longo prazo. A criao de organizaes especiais, como a Sociedade Real, Verdadeira, Autocrtica, Sinrquica, de movimentos sociais e de grupos religiosos eram meras etapas do grande plano de unificar a religio, cincia e artes em uma filosofia universal para o esclarecimento da raa humana. Um aspecto importantssimo do trabalho dessas sociedades secretas tem sido, sempre, a derradeira unificao das religies mundiais. Esse objetivo baseou-se na restaurao da tradio dos Mistrios pr-cristos perseguidos pela Igreja nascente e forados clandestinidade, na Europa medieval e no reconhecimento de que todas as religies se originaram de uma espiritualidade universal, a Filosofia Perene, Tradio Primordial, Sabedoria Inicitica das Idades ou Sabedoria Antiga. As crenas msticas das sociedades secretas eram, e ainda so baseadas na mxima hermtica Assim acima - como abaixo, que ensina que o mundo natural um reflexo material do espiritual. Constitui a base exotrica dos

    2 Convm atentar que a Revoluo Francesa deu o direito humanidade de conquistar a conscincia da liberdade, igualdade e fraternidade, ento, inconsciente, atravs de seus prprios esforos. A teocracia ou melhor a autocracia vem de cima, da sabedoria, da razo. A democracia ou demoniocracia (daemon est deus inversus), vem de baixo, da ignorncia. no atrito, na ao, no exerccio do livre arbtrio o homem conquistar a auto consciencia pelos seus prprios esforos

    chegando sabedoria, divinizao.

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    antigos Mistrios egpcios, do gnosticismo, do cristianismo esotrico, da cabal, da tradio hermtica, da alquimia e de sociedades como os templrios, da franco-maonaria e rosa-cruzes. As doutrinas ocultistas da geomancia, alquimia, astrologia e magia sexual ensinadas por essas sociedades secretas foram usadas como metforas simbolizando a progresso do indivduo da obscuridade material para a luz espiritual da compreenso. Podemos verificar como a filosofia poltica das sociedades secretas se desenvolveu no sculo XX; porm, como esses ensinamentos esotricos se expressam na conscincia das massas? Sociedades secretas como grupos preservadores da Tradio Primordial raramente expem as suas atividades internas ao grande pblico, obrigando-se a trabalhar no bojo de organizaes ocultistas estabelecidas que, devido sua estrutura elitista, inicitica, escondem o seu verdadeiro trabalho dos olhos e da crtica profanos. Em rarssimos casos, ou melhor, quando estados de conscincia ciclicamente permitem o entendimento, esses ensinamentos esotricos foram apresentados por um iniciado ao pblico de uma forma compreensvel pelas pessoas comuns. Um exemplo clssico desse fenmeno foi a criao, em 1.875, por Helena Petrovna Blavatsky, da Sociedade Teosfica, da Sociedade Teosfica Brasileira, fundada pelo Emitente Professor Henrique Jos de Souza, (1.883/1963), hoje Sociedade Brasileira de Eubiose, aspecto social da Ordem do Santo Graal, que legou humanidade mais de 10.000 cartas revelaes3, na preparao do caminho para o advento de Maytria4, o Buda Sntese, o Cristo Universal advento j est ocorrendo no Brasil. A formao destes grupos parece ter sido uma ao deliberada da Grande Fraternidade Branca, como trabalho do grupo dos NOVE, para difundir a tradio ocultista na sociedade materialista europia e unir as crenas espirituais do Oriente e Ocidente, o Oriente se fundir com o Ocidente para resplandecer o Novo Pramantha que j est a luzir. Outro iniciado das sociedades secretas que contribuiu para a disseminao dos seus ensinamentos esotricos, no incio do sculo XX, foi Rudolf Steiner (1861-1925. Steiner foi membro da OTO e da Sociedade Teosfica Alem, tendo ligaes com vrios grupos manicos e rosa-cruzes. Em 1.906, foi gro mestre de uma loja da OTO em Viena, conhecida como Mysteria Mystica Aeterna, ainda que, posteriormente, se distanciasse das prticas de magia sexual da Ordem. Durante alguns anos, foi o secretrio da Sociedade Teosfica Alem, tendo tido extensos contatos com Annie Besant, a ativista esquerdista que substituiu Madame Blavatsky na liderana da sociedade. Em 1.909, Steiner declarou-se oposto crena, que se tornara popular nos crculos teosficos, na emergncia de um novo Messias, no caso, Jiddu Krisnamurthi como encarnao do Avatara, renunciando para formar um novo grupo ocultista chamado de Sociedade Antroposfica.

    3 Estas cartas, hoje so acervo da Biblioteca Nacional, como patrimnio da humanidade. 4 A Ordem Manica, como uma das expresses da Obra Eterno na Face da Terra, exibe em seu Templo Nobre a cripta

    dos Grandes Filsofos, ou Grandes Instrutores, Avataras, dos Nove, complementamos, iniciando-se com Confcio,; Zoroastro ou Zaratustra,; Gautama, o Buda,; Moiss, Herms, o Trismegisto, Plato; Jesus de Nazar,; Maom,

    finalmente a Estrela que indica: Eu sou o amanh. Os judeus esperam o Messias; os muulmanos o Nahdi; os cristos a volta de Cristo, o Cristo Universal, o Crestus; para os hindus, os 14 Avataras de Vishnu, para os budistas, Maitrya, o prximo Buda, que como Esprito de Verdade se encarna de tempos em tempos, para o triunfo dos bons e transformao

    dos maus, quem diz: tenho todos esses nomes e ainda outros mais terei, porque a cadeia hermtica nunca foi quebrada.

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    Steiner passou a percorrer a Europa, proferindo palestras sobre as suas teorias acerca do valor espiritual da arte e da educao alternativa, que parecem ter profundas razes na tradio rosa-cruz, apesar do verniz moderno recebido. semelhana dos maons medievais, Steiner acreditava que o novo impulso espiritual sentia fluir pelo mundo precisava ser expresso por arquitetura radical. Essa crena o levou a projetar um edifcio ultramoderno em Basilia, na Sua, para abrigar a sede de sua nova fraternidade ocultista. As suas idias originais sobre a educao das crianas com base na auto-expresso e nas habilidades artstica se materializaram na fundao de escolas Steiner especiais que florescem at hoje. No final da Primeira Guerra Mundial, Steiner teve um breve envolvimento com a poltica quando, simpatizando com o conceito do GOVERNO MUNDIAL, advogou uma soluo do problema da Europa central baseada nas idias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, aparentemente baseadas nos ensinamentos manicos e rosa-cruzes. Ele tambm promoveu uma viso do desenvolvimento e a evoluo humanos inspirada nas doutrinas neomaniquestas, baseadas na eterna luta entre o poderes das trevas e as foras a luz. Esses ensinamentos, porm, foram grandemente eclipsados pelas suas idias nos campos da agricultura orgnica, medicina alternativa, espiritualidade da arte e educao infantil, em que reuniu as mais recentes pesquisas cientficas com as antigas tcnicas ocultistas, a fim de fornecer uma soluo singular para muitos problemas sociais. significativo que muitas idias de Steiner tenham sido aceitas e adotadas pelos seguidores do moderno movimento da Nova Era, de Aquarius, surgido no incio da dcada de 70, mas com razes espirituais na contracultura na dcada de 60. Atualmente, tornou-se moda encarar os anos 60 como um perodo desperdiado de permissividade, que gerou os atuais problemas sociais do abuso de drogas, extremismo poltico e imoralidade sexual. Trata-se de uma viso simplista que ignora o fato de que o perodo representou um dos mais importantes influxos de energia espiritual j experimentado pela sociedade ocidental. Existe uma explicao segundo revelao do Professor Henrique Jos de Souza que adiante exporemos. Em um nvel, foi uma poca de mudana e contestao social, em que os jovens deixaram de lado os grilhes morais impostos pela conveno e escolheram um estilo de vida radicalmente diferente do de seus pais. Esse novo estilo de vida inclua a auto-suficincia, dietas vegetarianas. Drogas psicodlicas, astrologia, poltica radical, pacifismo, amor livre, rock, roupas extravagantes e uma devoo espiritual a formas exticas de religio baseadas no misticismo oriental e no paganismo ocidental. E assim se plasmou uma nova fase de vivencia social na qual viemos at hoje de forma exageradamente permissiva, hipcrita e porque no dizer claramente, diabolicamente confusa. Sinais dos Tempos!

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    DIRETRIO OCULTO E UM EXECUTIVO

    Para aqueles que declaram a lgica como o mais alto princpio, o material que queremos apresentar em sntese no ser em absoluto convincente. Parecer nada mais do que uma declarao e prova mediante exemplo selecionado. Sem dvida, a lgica levada a seus limites no pode demonstrar mais que a conscincia ou no de um sistema fechado. A caverna iluminada pelo fogo de Plato um sistema fechado, e seus prisioneiros encontram uma lgica adequada para explicar o que experimentam. A lgica no pode provocar o salto intuitivo que sugerir a existncia de uma realidade maior que seu mundo de trmulas sombras. As sombras podem ser provocadas por luzes de neon do mesmo modo que por fogos em cavernas. Para aqueles predispostos ao ocultismo, tudo o que temos tentado mostrar, provavelmente confirmar preferncias subjetivas j existentes. Tambm pode, lamentavelmente, prover material para desenvolver outras. Mas tambm podem existir estudiosos menos comprometidos; estudiosos preparados para aventurar-se a extrapolar a partir da lgica. Eles podem pensar que o material aqui reunido sugere um ponto de vista totalmente insuspeito; um marco dentro do qual o cientista e o sacerdote podem sentar-se juntos em paz: num universo onde podem coexistir o livre-arbtrio e o determinismo. Com temeridade to imperdovel como inevitvel, sugerimos as seguintes concluses. A histria no o equilbrio de causalidade e risco. Simplesmente no ocorre. O roteiro para a longa historia humana foi escrito por inteligncias muito superiores a do homem. Certos progressos e objetivos para a humanidade para a biosfera da Terra ou a rbita biolgica tm de ser alcanados dentro de certos intervalos do tempo terrestre. Estes ganhos so associados para o equilbrio e crescimento do sistema solar do qual a Terra uma parte. O sistema solar pode assim mesmo estar sujeito a uma presso similar no interesse da galxia da qual uma parte. A direo, velocidade e destino deste processo A vontade de Deus. A vontade de Deus a aspirao da Divindade de que o processo universal se desenvolva de certa maneira em direo a certa meta, enquanto deixa aberta a possibilidade de que se possa escolher o proceder de outra maneira em direo a algo diferente. Inteligncias muito superiores dirigem a evoluo do Universo numa tentativa de assegurar que a aspirao Divina seja consumada. Estas inteligncias so coercitivas na proporo em que seu material inconsciente. So persuasivas na proporo em que seu material consciente. O universo uma escala de conscincia, e nesta escala a Terra ocupa um nvel baixo. Sua matria prima superior a humanidade. Coletivamente, a humanidade no tem conscincia do processo evolutivo do qual parte, e est sujeita, portanto a um determinismo que se aproxima do cem por cento. Inclusive, assim, a direo imposta sobre a humanidade s relativamente coercitiva. Devido s altas energias que se encontram potencialmente nele, o homem no pode ser dirigido compulsivamente. preciso empregar meios que

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    no ultrajem a integridade de sua natureza divina em potencial. Deus no faz bonecos, Deus faz deuses. Isto conseguido provocando uma tendncia em favor daquelas situaes que contm possibilidades de desenvolvimento e limitando as oportunidades do homem para escolher alternativas at involutivas. No momento presente de um homem ou de uma gerao de homens, estas presses podem parecer tanto fortuitas como hostis. A responsabilidade deste processo na Terra est com uma inteligncia que foi chamada de o Diretrio Oculto. Isto pode corresponder ao nvel simbolizado na lenda oculta como um indivduo (p.ex. O Regente do Tempo, o Ancio do Tempo, o Cavaleiro das Idades, o Prestes Joo, e porque no dizer a expresso do prprio Rei do Mundo?. Pode-se comparar tanto com um nvel demirgico ou com um nvel imediatamente inferior. No existem bases em nvel profano para opinar se esta Inteligncia em algum sentido compreensvel ao homem, uma inteligncia nica ou composta, ou se desencarnada ou corporal. No entanto, maonicamente O eleito dos nove, quem so os Nove? Diz a tradio que foram os Nove Kadoschs que penetraram nas runas do Templo de Salomo, de l retirando a Arca da Aliana. Ou os Nove de Ashoka que em carne e osso presentes no mundo, intermediam a linguagem entre o Avatara, o Divino e a massa, a humanidade. So os mesmo Adeptos Perfeitos que velam pela humanidade, que expressam o Governo Oculto do Mundo. Grupos de indivduos humanos avanados o que se menciona como Executivo Oculto. a realidade atrs de todas as lendas de mestres e iniciados desde os tempos histricos mais antigos at o presente. Existem na terra vrios Centros, expresses destes centros a partir dos quais o Executivo opera correspondente diviso de responsabilidades com a humanidade designadas antes da Retirada de 12.000 anos atrs. Um de tais Centros est ou estava na ndia O Grupo dos Nove liderados por assim dizer pelo Imperador Ashoka, ou no Afeganisto, e tambm corresponde lenda do Markaz (Casa do Poder). Existem outros Centros correspondentes a vrios grupos tnicos, todos expresses tulkuisticas dos primordiais, os Nirmanakaias. O executivo trabalha para implementar o plano completo do Diretrio. Esta atividade realiza-se em um nvel extra-sensorial. So Eles que preparam a massa da humanidade para receber a Tonica do Novo Avatara ou as boas Novas. O Executivo tambm opera ao nvel da vida comum, atravs de uma ordem descendente de subordinados iniciados. Estes tomam parte na vida comum das naes e so quase inteiramente insuspeitados. Estes so o Povo do Segredo. Os membros ativos dentro da vida comum tm sido conhecidos por muitos nomes em vrios perodos da histria e pr-histria. Os que seguem a corrente de transmisso do Centro do Afeganisto ou da ndia so conhecidos tambm como os sufis, ou mais especificamente hoje a Teosofia de Blavatsky ou a Teosofia Eubitica do Professor Henrique Jos de Sousa. Lado a lado com a ao sobre a massa da humanidade, o Executivo e seus subordinados esto ocupados com tentativas locais de elevar excepcionalmente o nvel de conscincia de homens individuais, na tnica vigente do Avatara cclico.

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    Tais indivduos comuns, especialmente selecionados, podem aspirar a qualificar-se para a participao no trabalho do Executivo. O processo mediante o qual podem qualificar-se a Opus Magnum a Grande Obra ou Obra do Eterno na Face da Terra. Certas oportunidades atravs das quais indivduos comuns que tenham comeado a suspeitar podem qualificar-se para serem admitidos na Grande Obra, e como uma seqncia tulkuistica, nunca esto totalmente ausentes em qualquer perodo da histria, mas em termos da escala temporal da Terra, ocorrem irregularmente. Tais ocasies esto relacionadas com eventos mais alm do planeta Terra, e estes eventos no esto nem sob o arbtrio do Diretrio. Quando sopra o vento solar, uma operao maior de criao de almas iniciada pelo Diretrio. Como resultado um numero relativamente grande de indivduos humanos podem completar uma parte significativa da Grande Obra numa nica gerao. Um pequeno nmero pode alcanar a plena realizao. Ambas as categorias serviro posteriormente ao processo evolutivo da humanidade, mas suas situaes no post-mortem podem ser diferentes. O conhecimento de tais assuntos nunca esteve ausente em nenhuma poca da histria, mas sempre esteve disponvel de forma alegrica, nunca explicitamente. Muitos dos mitos gregos so descries alegricas de seqncias da Opus Magnum. Em tempos histricos recentes, correspondentes ao desenvolvimento do intelecto, as sugestes tm sido cada vez mais explcitas. Provavelmente nunca foram to explcitas como no presente momento. Isto pode sugerir que se vislumbre o final de uma grande era. Existem indicaes de que presentemente est se desenvolvendo uma Ocasio e que suas possibilidades esto sendo focadas principalmente no Ocidente, especialmente no Brasil. No possvel conjeturar se este um acontecimento maior ou relativamente menor. Parece seguro afirmar que existe. Se isto assim, e se verdade que a informao sobre estes assuntos agora explcita, pode-se alegar que no suficientemente explcita para indicar a linha de ao, para aqueles que podem estar prontos para responder. Pode ser que estes assuntos nunca sejam mais explcitos do que so, e que uma busca bem-sucedida da Fonte e sempre foi o preo mnimo para a admisso. Tudo o que foi dito e exposto at este ponto, de forma um tanto complicada e confusa para os no iniciados, mesmo estes, como deuses em ao em seu corpo que seu templo, neles inconscientemente contido como repositrio de todas as experincias vitais e divinas dos superiores arquitetos em ao para a realizao do que chamamos hoje o homem atual, como parte da humanidade na competente raa ou sub-raa na qual vivemos, transformando nossa vida energia em vida conscincia, tem um comando nico em nosso planeta que exerce como unidade na multiplicidade, agindo coercitivamente no sentido de nossa divinizao. Este comando exercido por quem podemos chamar o Rei do Mundo como adiante daremos as informaes para um possvel entendimento numa linguagem acessvel relatando fatos tanto ocultos como acontecimentos no mundo dignos de ateno. Como a seguir exporemos.

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    A LENDA DO CAVALEIRO BRANCO.

    O que se passou em Lyon, s pode ser contado como uma lenda, infelizmente. No incio de 1944, numa Lyon ocupada, importante centro da Resistncia e o lugar mais terrvel da Ocupao. Apareceu por l um homem que se fazia chamar o CAVALEIRO BRANCO e queria combater o nazismo com a magia branca. A Gestapo tomou conhecimento disto e num dia de maio daquele ano cercou a manso onde morava este indivduo, nos subrbios de Lyon. Alguns agentes da Gestapo viram-no entrar e, dez minutos depois, penetraram na manso. Ela estava vazia. No se encontrou uma passagem secreta, nenhuma explicao racional. O homem sumiu sem deixar vestgios. um caso inexplicvel concluram os alemes. Para quem conhece Lyon dos Mistrios, a estria parece bonita. Para o lions, ela no tem nada de espantoso. a vida cotidiana de uma cidade mais misteriosa do que o Tibete. Grandes eventos iniciticos manicos ocorreram em Lyon. Esta lenda o fato de ser uma manifestao bem moderna, de uma noo muito antiga e reconfortante; ou seja, a de que a humanidade no est sozinha, e TEM UM PROTETOR..

    Encontramos esta noo da histria mais distante, dos mitos mais antigos. preciso no confundi-la com a noo da vinda do Avatara, do Messias, que deve significar o fim dos tempos, e que os cristos chamam de parusia. Napoleo Bonaparte, iniciado nas Pirmides, como realizador dos Estados Unidos da Europa, era acompanhado por um ser, um mestre secreto conhecido como o Homem da Capa Vermelha5, quem previa todos os perigos que o ameaavam, foi o Monarca que conhecemos e no momento que engrandecido pelas suas prprias proezas, desobedeceu seus conselhos, perdeu a guerra para Rotschild e acabou exilado para a Ilha de Santa Helena. O Protetor, em compensao, est no tempo, na Histria, e interviria para

    impedir as catstrofes e defender a humanidade, por assim dizer, equilibrar o mundo na sua polaridade estratgica ditada pelo Eterno.. Este o mito que est na base da Cavalaria e foi parodiado por Cervantes. Este mito que constitui o segredo dos Templrios, que se consideravam como representantes diretos do Protetor. Na literatura, este mito foi bem entendido, explorado e quase sempre com muita genialidade. Nos mitos, vemos a apario do Protetor desde os sumrios at o Cavaleiro Branco de nossa poca. Na Amrica do Sul, onde branco, ruivo e com um nariz adunco, quase sempre descrito como oriundo das estrelas. Na tradio judaica, proclama-se Mestre do Nome e porque no o Mestre Verdadeiro que desde 175 a C. norteava os essnios como povo que preparava a ambincia messinica para a manifestao do Avatara Jeoshua ben Pandira, o Jesus Bblico. O primeiro nome que se d ao Protetor Gilgamesh. Sob esta forma, a lenda certamente sumeriana e remonta, talvez, at mais longe. Encontramos a

    5 Seria expresso de um dos NOVE?

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    algumas notaes bastante curiosas. Uma verso completa, descoberta pelos arquelogos na biblioteca de Assurbanipal, data do terceiro milnio antes de Jesus Cristo, contudo conhecem-se outras incompletas e mais antigas, e no exagero estimar em oito mil anos a lenda de Gilgamesh, antes mesmo de Krishna. Este apresentado de uma maneira curiosamente aritmtica: ele dois teros deus e um tero homem. Ser que se trata de um cdigo gentico e de uma ascendncia intra ou extraterrestre? O no iniciado tem o direito de formular esta pergunta. Em todo o caso, ele eterno. Atravessa os oceanos e traz, de outro mundo que geograficamente, um dos dois continentes americanos (norte ou sul, no possvel determinar) a histria do Dilvio Universal. Diz a tradio inicitica que um ancio que sobreviveu ao Dilvio, Ut-napishtim, No, Vaisvvata, o Man primordial revela o segredo da imortalidade de que claro, est ligado gua e, mais precisamente ao oceano. No h nada de eterno sobre a Terra, mas nas profundezas do mar existe uma rvore que se parece com o espinheiro e, se um homem chega a se aproximar dela e provar um de seus frutos, reencontrar a juventude Gilgamesh se tornar eterno e intervir durante todo o transcorrer da histria da humanidade, em sua defesa. Encontramos este personagem em todas as tradies humanas, sob outras denominaes e descries. Poderamos dizer, com certa ironia, que o Protetor no impediu desastres nem massacres horrveis6. Ao que se pode replicar que, sem a interveno do Protetor, tudo poderia ter sido muito pior. O estado de conscincia da humanidade pendente de um Karma, que a Lei de Retribuio, original ainda no equilibrado no permite que a Lei que e a tudo e a todos rege aja a seu favor. Junto aos Maias encontramos algumas descries do Protetor misteriosamente prximas tanto da lenda de Gilgamesh como da lenda do Cavaleiro Branco, bem como de muitas lendas da Idade Mdia. Segundo certas formas da lenda, o Protetor seria o Rei do Mundo (por si ou por Expresses Tulkusticas) das tradies asiticas que vem, algumas vezes, para defender os homens. Sob esta forma, a lenda do Protetor aparece na Europa, no final do sculo XIX, na obra de Saint-Yves dAlveydre. Este fala sobre a origem do REI DO MUNDO: Onde est Agartha? Em que lugar reside? Por qual estrada, atravs de que povos devem-se andar para chegar l? A esta a pergunta que os diplomatas e os homens de guerra no deixaro de fazer, no convm responder alm do que o farei, enquanto o SISTEMA SINRQUICO7 no estiver feito, ou pelo mais consciente. Porm, como sei que nas suas competies mtuas, atravs de toda a sia, algumas foras tocam este territrio sagrado sem se aperceberem disto, como sei que no momento de um conflito possvel, seus exrcitos deveriam forosamente passar por ele, ou contorn-lo, por amizade a estes povos europeus como a Agartha que no temo dar continuidade divulgao que comecei.

    6 Na face da Ter ate Ele estar sujeito ao Livre Arbtrio e o Determinismo Csmico. 7 A Sinarquia no poder ser implantada pela autoridade ou pela fora, seno - pelo prestigio da sabedoria aplicada pelos

    mestres na transformao dos acontecimentos para ser elevado o estado de conscincia dos povos que conseguir reconhecer ou vivenciar a Liberdade, Igualdade e Fraternidade dentro do equilbrio do Amor- Sabedoria , porque do contrrio, sem conscincia este princpio Anarquia, Caos como ocorre no mundo de hoje que campeia o egosmo, a

    ambio.

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    Na superfcie e nas entranhas da Terra a extenso real de Agartha desafia a opresso e o rigor da violncia e da profanao. Sem falar na Amrica, cujo subsolo ignorado pertenceu-lhe uma antigidade muito remota, apenas a sia, perto de meio milho de pessoas conhece mais ou menos a sua existncia e sua grandeza. Encontramos elementos muito interessantes no trabalho de Jean Saunier, A SINARQUIA. SaintYves dAlveydre era um indivduo muito curioso. Entre outras coisas inventou uma mquina para explorar o tempo, por ele chamada de o arquemetro. A Misso da ndia e Europa, foi destruda por ele mesmo, aps algumas ameaas, ou melhor, dito, conselhos cautelares dos mestres mais elevados, pois naquela conjuntura a humanidade ainda no estava pronta para receber tais informaes, Um exemplar escapou e a obra foi reeditada em 1910, por um seu parente, para ser, mais uma vez, dizem ter sido queimada pelos nazistas. Certo numero de outros documentos concernentes a SaintYves dAlveydre desapareceram e, principalmente, seu dossi de funcionrio que evaporou misteriosamente dos Arquivos, coisa rarssima de acontecer, seno por mos misteriosas. Afirmava ter recebido um emissrio do Protetor ou Rei do Mundo e entregou-se a um trabalho insano para espalhar uma mensagem real ou imaginria (saque contra o futuro, ou revelao), proveniente da sia. O interessante que ele relaciona o mito - OU A REALIDADE - do Protetor existncia de lugares desconhecidos que, a meu ver, constituem no s as dobras dimensionais da Terra ou embocadura como se expressa o Professor Henrique Jos de Souza. (haja vista a embocadura situada no Rio de Janeiro, aos ps da Pedra da Gvea, conhecida por Gruta da Imprensa, que h 20 anos e outra vez agora em 2002, a embocadura abriu-se sob condies especiais, na presena do Maon Pedro Ghenov, da Loja de Estudos e Pesquisas Professor Henrique Jos de Souza, testemunhada por mais de uma dzia de pessoas incluindo o Sr Mrio Amazonas Guimares, conhecido palestrante no Grande Oriente do Brasil. O mesmo fato relatado por Fernando Pessoa, clebre poeta portugus, que foi testemunha da entrada em tal lugar do Mago Aliester Crowley (Histria Oculta de Portugal, por Adrian) O Rei do Mundo, o Protetor, teria sua disposio um centro, uma central de energia.. A respeito deste centro, Mme. Frida Wion ( O Reino Desconhecido), Paris, escreveu muito justamente: O Rei do Mundo, o Chefe, instala seu reino onde ele est e onde lhe parece responder melhor as necessidades da poca. Se existe na lenda uma geografia sagrada, isto s acontece quando do estabelecimento do centro; qualquer lugar se torna sagrado pela sua presena; Do Egito, da China, foi para a Irlanda, para Delfos, para o Tibete. Onde estar atualmente? Como foi dito, ora no Oriente, ora no Ocidente, de acordo com as necessidades da humanidade neste final de ciclo apodrecido e gasto para o dealbrar de outro, para o dealbar da nova era do terceiro milnio com a manifestao da Estrela (da cripta dos Grandes Instrutores ou Filsofos, segundo tradio manica), do Avatara, Cristo Universal,

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    Maytria, que j teve muitos nomes e outros ter porque a cadeia hermtica no foi interrompida. Considerando a Geografia Sagrada podemos lembrar-nos de todos os centros ou sistemas Geogrficos que ciclicamente se posicionaram em diferentes lugares do mundo. Sistema de Jerusalm com as 7 Igrejas, o sistema de Roma (Romakapura) com as 7 colinas sagradas, Sistema do Tibete, e finalmente o Sistema Geogrfico Sul Mineiro, na Serra da Mantiqueira, tendo como centro a cidade de So Loureno, onde se situa o Templo de Maytria, dedicado a todas as religies do mundo, edificado em 1.949. Se pensarmos que a aventura do Cavaleiro Branco em Lyon aconteceu realmente, podemos concluir que o Protetor, sentindo-se ameaado, retornou, ao centro por caminhos diferentes do espao normal. J voltou e voltar novamente, e estar presente na face da terra, quando precisarmos dele. De qualquer maneira, estas idias so muito reconfortantes. Seria interessante examinar se o aparecimento da cavalaria simultaneamente no Ocidente e, sob uma forma diversa no Isl (Ver a respeito o notvel livro do Pierre Ponsoye, LIslam et le Graal, coleo La Tour Saint Jacques, Denoel) , no teria sido o resultado de uma interveno direto do Rio do Mundo? O aspecto da cavalaria Marx considerou como exemplo de uma superestrutura, conjunto de mitos e feitos destinados a defender os interesses de uma classe. O Cavaleiro, de ordem Militar pertence Terceira Casta Brmane por assim dizer, dever ser consciente de Justia com Equidade, ou o Terceiro Dharma, segundo tradio Inicitica. A explicao marxista vlida, mas como quase sempre acontece nas interpretaes marxistas incompleta, intencional?. Na Cavalaria ou na categoria militar no existem apenas os aspectos ECONMICOS. Tambm h, na cavalaria, um arqutipo e este o do Protetor, expresso do Rei do Mundo. No importa se o denominam o Preste Joo, So Joo de Jerusalm, o Mestre Secreto do Templo, o Velho da Montanha, o Ancio das Idades, Akdorge, ou outros nomes quaisquer; sempre ELE. Este arqutipo tambm aparece no Isl. (ver trabalho do professor Henri Corbin, Terra Celeste e Corpos de Ressurreio), Mme Frida Wion, j citada, cita uma passagem desta obra, diretamente ligada s idias expressas neste livro: dobras secretas da Terra, embocaduras, lugares desconhecidos, e altas personalidades que vm aqui:

    Quando aprenderes nos tratados dos antigos sbios que existe um mundo dotado de dimenses e de estudos outros que no o pleroma das inteligncias, e que este mundo governado pelo mundo das esferas, um mundo do qual basta dizer que seu nmero de cidades incalculvel, dentre as quais o Profeta citou Jobalqua e Jarbrasa, no te apresses a protestar que mentira, pois os peregrinos do esprito chegam a contemplar este mundo, e nele encontrou tudo aquilo que objeto de seu desejo. Quando a turba de impostores e falsos padres, mesmo que os convenas mediante uma prova, nem por isso deixaro de desmentir a tua viso. Ento, fique em silncio e tenha pacincia. H uma arte de escutar, de ouvir, de ler. Desta forma se chegar at os livros da Teosofia Oriental ou Eubitica, compreenders, sem dvida, alguma coisa sobre o que precede desde que sejas orientado pelo seu iniciador confivel. Caso contrrio, creia na sabedoria. No h religio superior verdade, declarava Blavatsky.

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    Mais ou menos mesma poca, vemos junto aos judeus uma abundante literatura, onde o Protetor deve vir at a Terra, atravs de uma ponte de papel. (ponte de Gabarra?). Esta concepo, bastante curiosa, geralmente interpretada como significando que atravs do estudo dos textos sagrados que podemos entrar em contato com o Protetor. Outras concepes so concebveis, e nunca me canso de repetir conceito to profundo de Meyrinck que constitui o ttulo deste trabalho. Um daqueles que guardam a chave dos segredos da magia ficou nesta Terra e congrega os Eleitos. Ficou nesta Terra... Logo, ele pode viajar para outros lugares, em outras Terras. Este aspecto me parece muito importante, e no creio que seja necessrio pensar nas outras Terras sob a forma de planetas ou exterior. A concepo das dobras dimensionais ou embocaduras desta terra, que a citao de Henri Corbin que acabamos de ler expressa de modo to magnfico, tambm me parece vlida. O Protetor ficou na Terra quando foi descoberto o caminho que conduz s outras Terras atravs das embocaduras ou portas induzidas. O Rei do Mundo passa a maior parte do seu tempo na Terra... e congrega os Eleitos. (voltarei a falar sobre este aspecto do Protetor mais adiante). Contudo, muito provvel que determinadas sociedades, como os Templrios, e as sociedades islmicas, que eram seus correspondentes, sejam em determinadas pocas da Histria e em certos lugares, os representantes do Protetor. Gostaria de falar de uma ordem muito menos conhecida, por ser mais secreta, e que ainda existe, hoje. a ORDEM DO SANTO GRAAL. Situou-se na Inglaterra. Sua sde era numa abadia do Pas de Gales, numa aldeia que, desde o sculo XIV, no figura mais nos mapas. As lendas concernentes ordem do Graal devem ser bastante exageradas. A ela so atribudas a estabilidade e a sobrevivncia da Inglaterra, e tida como o elo, alm da realeza inglesa, que ainda agora une os interesses divergentes que dominam a Inglaterra. Representa a verdadeira Inglaterra, que se chama Logres por oposio nao dos pequenos lojistas como costumava dizer Napoleo, que , principalmente, a viso superficial que se tem da Inglaterra. O chefe da ordem do Graal seria ao mesmo tempo o Pendragon, isto , o chefe espiritual do CELTISMO. Usa no dedo um anel revestido com uma ametista, que se cristalizou de modo a formar os degraus de uma escada. A Ordem do Santo Graal, na iminncia do fracasso do Glgota, no ano 33 de nossa era, foi fundada por Jefersus, diz certa tradio, que tinha como colunas Jos de Arimatia e Nicodemus, membros importantes do Sindrio da poca, mas faziam parte da equipe ou corte do Bodhisatwa. Aps a tragdia, Jos de Arimatia, diz certa fonte, conduziu o Santo Clice para a regio da Inglaterra. Dizem que quando o pas corria perigo, em 1940, determinados objetos pertencentes Ordem do Graal e com a marca de Jos de Arimatia deixaram a Inglaterra para serem confiados ao escritor John Buchan, que ento era governador do Canad. Assim que terminou a ameaa, e a partir do incio de

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    1941, estes objetos, incluindo a taa, voltaram abadia da ordem do Graal. Himmler e a sociedade da qual se ocupava especialmente: a sociedade da herana dos Antigos ou Ahnenerbe, o grupo da Thul, invadiu a Inglaterra, mas teria sido a invaso precedida por um raid de pra-quedistas que deveriam se apoderar dos referidos objetos. Podem-se encontrar referncias precisas a este respeito nos dossis do processo de Nuremberg, no captulo Ahnenerbe. Parece que foi baldado o esforo de Otho Rhan na consecuo do Graal, que se propusera a conseguir encontr-lo em Montsegur, suicidara-se em 1933, de acordo com o ritual ctaro, o enduro. Teria conseguido? Cita-se com freqncia, entre as intervenes diretas do Protetor, uma srie de incndios desencadeados em Londres no ano da grande peste do sculo XIV. Os lares onde havia a peste queimaram com uma chama muito estranha, semelhante a um fogo de artifcio, e a propagao da epidemia parou. Caso contrrio em provvel que um nmero maior ainda da populao tivesse perecido. Referncias detalhadas sobre esse assunto podem ser encontradas no livro de Daniel Defoe . (A Grande Peste de Londres). Seria uma tentao ligar com preciso o Protetor ao Deus branco da Amrica do Sul: Kukulcan Quetzalcoatl.

    Faltam alguns elementos da tradio escrita dos no iniciados, pois todos os documentos e haviam muitos foram queimados pela Inquisio, principalmente de Diego de Lando. Podemos dizer que no h nenhuma razo para que o Protetor seja limitado pela tecnologia de sua poca e no possa se deslocar livremente pelos cinco continentes da Terra e talvez por outras Terras utilizando-se para tanto de meios ainda no inventados por ns8. Em nome da forma e destes deslocamentos do Protetor que penso poder contar uma histria estranha mais comumente apresentada como uma viagem do Cristo ao Tibete. Esta fonte de origem dos Mrmons. So os mrmons estudiosos e trabalhadores. Sua Universidade est entre as mais importantes dos Estados Unidos, localizada em Salt Lake City, a nica universidade americana onde se trabalha, uma vez que as outras se ocupam, dizem eles, sobretudo com o consumo de drogas e a fabricao de bombas caseiras. Todos os movimentos mrmons exigiriam um estudo srio e imparcial, e a documentao que possuem nica. Segundo sua documentao, bem como alguns chineses e tibetanos, um indivduo muito importante visitou o Tibete, mais ou menos na poca de Cristo. No entanto este indivduo jamais pretendeu ser Jesus. Tratava-se, com maior probabilidade, do Protetor, de quem temos, assim, algum sinal entre suas viagens pela Amrica do Sul e a Idade Mdia. De Gilgamesh ao Cavaleiro Branco do ocidente, podemos notar aparecimentos do Protetor durante uns seis mil anos. Seu trabalho parece ser dentro dos conceitos da manifestao do esprito de Verdade na face da terra horizontal, enquanto que o trabalho messinico ou avatrico vertical e cclico. No consegui descobrir nesse lapso de tempo uma periodicidade simples ou qualquer outra regularidade.

    8 (Diga-se de passagem, para quem me entende, o trenzinho da Glria sobre trilhos de cristal, utilizado pelo

    Mestre JHS, para transport-lo a Minas Gerais, via subterrnea, na dcada de 30).

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    Se quisermos ir alm de Gilgamesh no passado, podemos pensar nos senhores de Vnus, segundo as Estncias de Dzyan, de Blavatsky, que trouxeram aos homens o fogo, o arco e o martelo, ou antes, o mel, o trigo e a formiga. Se quisermos remontar nossa poca, podemos claro, assimilar o Protetor a um nmero determinado de profetas autnticos do nosso tempo; a dificuldade est na autenticidade. Determinados defensores das religies em nossa poca so, aparentemente, verdadeiros profetas, mas outros so impostores. muito difcil para um contemporneo julgar. Tenderia, no entanto, a situar os dirigentes da Soga-Gokkai do Japo como manifestaes do Protetor. Contudo posso perfeitamente estar enganado. Cabe estudar o movimento de uma maneira imparcial no faltam documentos - e julgar. Com respeito ao Japo moderno, h uma coisa interessante a assinalar. Quando o imperador japons renunciou sua divindade para capitular em agosto de 1945, houve uma conseqncia imprevista. Um grande nmero de documentos, que eram reservados famlia imperial e guardados nos mosteiros, tornaram-se acessveis aos pesquisadores, e, em alguns casos, comearam at mesmo a ser publicados. No se conhecem tais publicaes, porm dizem alguns japoneses estudiosos que eles lanam uma luz tanto sobre as visitas do Protetor como sobre os contatos com os intraterrenos. Foi por aquela poca e evento que Dalma Dorge, um ser foi trocado por Hiroito9, ocupando o seu lugar, com todo o potencial compatvel do Protetor para solucionar os problemas em que o Japo se achava. Desta forma o Soga-Gokkai atingiu os seus objetivos. Se conseguir tambm na China onde existe tal movimento, a FRATERNIDADE entre os homens, o efeito sobre a humanidade naqueles lados ser to importante que poderemos perguntar se nesta ocasio a humanidade no ter se beneficiado de um auxlio sobrenatural. Se a violncia pode ser dominada pela fraternidade entre os homens e se este movimento pode alcanar a China e o mundo, toda a histria da humanidade ser modificada. E quando os historiadores do Terceiro Milnio tiverem estudado este fenmeno, constataro, talvez, que houve uma interveno. O que notvel, de qualquer maneira, que durante sessenta sculos de atividade o Protetor jamais fundou uma religio. Parece que este no o seu objetivo, e que procura muito mais intervir nos momentos precisos da histria da humanidade tem conhecimento antecipado destes momentos do que assegurar a salvao da humanidade atravs da religio. Todo o problema do declnio das religies e da ascenso de outra coisa importante demais e muito complexo demais para que se possa tratar aqui. indiscutvel que as religies reveladas esto perdendo velocidade. Elas tentam se manter fazendo poltica, misturando o poder espiritual com o poder Espiritual, e pouco provvel que isto as salve. Da a Cesar p que de Cesar e a Deus o que de Deus, j dizia Jesus de Nazar.

    Outra coisa vir; talvez as novas religies, no sentido pontifical, de religare ou tornar a ligar o que estava desligado, de religar a personalidade com a individualidade, do esprito matria, com o despertar da conscincia dos homens para o ciclo de Aqurios que j se inicia, com uma tnica capaz de iniciar a

    9 Explica a Teosofia Eubiotica do Professor Henrque Jos de Souza, nas hierarquias criadoras o mistrio dos seres trocados ou Dwijas, que teremos o prazer de esclarecer em outra oportunidade com trabalhos por escrito.

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    realizao da concrdia universal, Justia e Equidade, meta do novo ciclo. No h religio superior verdade, j dizia Blavatsky, como lema de um Maharaja de Benares: Satyat Nsti paro dharma. Talvez uma religio baseada na direo e contatos com os intraterrestres, ou, na falta destes contatos, numa atitude diferente com relao ao Cosmos. Queira Deus que a humanidade esteja pronta para o dealbar desta nova era que se inicia a caminho do futuro.. Ordo ab Chao.

    Finalmente, o que gostaria de ressaltar que toda a futurologia baseada unicamente em predies relativas produo de ao e petrleo, e ao produto nacional bruto deve forosamente falhar, pois no se d conta do vazio deixado pelas religies.

    Voltemos ao Protetor ou expresses do Rei do Mundo. Seu poder e evidentemente limitado ao Karma da humanidade, logo no far ou no poder fazer um uso integral dele. Na verdade, certo que se todos os problemas da humanidade pudessem sempre ser resolvidos por uma interveno sobrenatural, por procurao, isto no seria bom para a humanidade, que jamais alcanaria a idade adulta. O que no impede que a humanidade precise de tais intervenes.

    Um exemplo impressionante a primeira Guerra mundial. Enquanto os alemes usavam cintos gravados com Gott mit uns (Deus est conosco), os ingleses convenceram-se facilmente de que os anjos de Deus combatiam ao seu lado e de que tinham abatido alguns soldadas alemes com flechas fantasmas. Na Segunda guerra, lendas deste tipo multiplicaram-se. Uma delas, muito curiosa, invocando ao mesmo tempo o Protetor e a Cabala, oriunda de Safed, aldeia dos cabalistas em Israel. Da mesma forma hoje as religies se degladiam, chutam os santos das outras, matam-se em nome do mesmo Jesus ou do mesmo Jav. Foram feitos alguns estudos interessantes sobre a religio dos oprimidos. O Cavaleiro Branco apareceu e desapareceu sob um clima de derrota e opresso. Desde a guerra dos seis dias, o Isl vive a espera de um profeta que inverter a situao. Oraes especiais so feitas com esta finalidade nas mesquitas e, sobretudo, na mesquita de El Arhamno Cairo. (Ver a respeito da guerra santa do livro de John Buchan, O Profeta do Manto Verde, que ainda atual). Quando o piloto americano alvejava Hiroshima e depois Nagasaki, ceifando 210.000 vidas, evocava o seu deus tutelar contra os deuses japoneses, ou hoje os deuses dos americanos se defrontam com os deuses dos palestinos e de todos os no democrticos. Sob um clima cultural totalmente diverso, porm dentro do mesmo tipo de idia, Isaac Deutscher, falando sobre Trotsky, emprega a expresso o Profeta armado. Todavia, parece que o Protetor emprega, ao invs de armas, uma manipulao psicolgica da Histria, por enquanto fora de nosso alcance. Assim no incio de nossa era, os judeus estagnados esperavam um Messias Armado, que como guerreiro viesse dar cabo de todos os romanos e demais inimigos para coloc-los no topo do mundo, e quando o Messias trouxe a tnica da Fraternidade Universal, o amai-vos uns aos outros, mataram-no.. Deus escreve certo por linha certa, ns que vemos a linha torta. O Protetor esteve do lado dos dois. De uma forma ou de outra a divindade age como estratgia mantendo a humanidade no atrito para reconhecer o sua

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    verdadeira inimiga a ignorncia ou o valor de suas qualidades interiores como participantes que participam o participvel do participado que Deus.

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    O REI DO MUNDO 10

    REN GUENN Traduo e comentrios de H. J. SOUZA PALAVRAS NECESSRIAS INTRODUO

    "No se deve deixar de criticar; o que se deve, porm, saber criticar. De um Iniciado.

    Traduzindo e comentando a obra do famoso escritor ocultista Ren Guenn, intitulada O Rei do Mundo, bem longe estamos de fazer uma crtica idntica quela por ele empregada na sua obra Le Theosophisme, quando, ridicularizando o messianismo e o catolicismo liberal de Besant e Leadbeater, inclui o nome de Helena Petrovna Blavatsky (princesa russa da famlia Fadeef), completamente estranha a essas intromisses indbitas no verdadeiro e independente esprito teosfico, o que se prova com o fato de ter a mesma adotado para a sociedade que fundou, em na Amrica do Norte. (Infelizmente transplantada depois para " Adyar, Madras, ndias Inglesas, contrariamente marcha evolucional da Mnada no presente ciclo), o lema do Maharaja de Benares: Satyat nsti paro Dharma ("No h religio superior Verdade") . Ainda mais, porque, autora das duas incomparveis obras Doutrina Secreta e sis sem Vu, demonstrando possuir os mais profundos conhecimentos sobre to transcendentais assuntos no admitiria diferena entre Ocultismo e Teosofia, representando esta o Tronco de todas as religies, filosofias e cincias, ou tudo quanto existe e ainda h de existir no mundo. E assim tambm o entendeu o grande gnio de nosso sculo, Mrio Roso de Luna: "O Tesofo no precisa afirmar que Ocultista, Maon ou Rosacruz, por j o ser em verdade, mas este sim, porque, no sendo Tesofo, o mais que pode dizer, que cultiva as cincias ocultas".

    Teosofia, palavra grega que quer dizer "Sabedoria divina", com maior propriedade, "Sabedoria dos deuses, dos super-homens, Mahatmas, Gnios ou Jinas, tambm chamada no Oriente, "Sanatana-Dharma, Gupta-Vidya, Brahma-Vdya, etc. com os vrios significados de Iluminao, Sabedoria, Conhecimento perfeito, etc. em resumo: Sabedoria Inicitica das Idades, pregada por todos os Iluminados sejam, Rama, Moiss, Krishna, Budha, Jesus (melhor dito, "Jeoshua Ben Pandira", "o filho do homem", em lngua aramaica), Plato, Pitgoras, Amnio Sacas, Confcio, Lao-Ts, etc. gradualmente desvelada, de acordo com a evoluo das diversas pocas do aparecimento dos referidos Seres no mundo.

    Como se Sabe, a Maonaria escocesa conferiu seu mais alto grau, o Grau 33, a Helena Blavatsky, "por haver encontrado excepcionais valores esotricos (inclusive manicos) em sua obra sis sem Vu (Isis Unwelled) "; grau este, que se no confere a qualquer homem ilustre, quanto mais a uma mulher, por no poder ser filiada quela Instituio.

    10

    Repete-se esta Introduo, no presente trabalho, no s a pedido de algumas pessoas, interessadas na sua leitura, como tambm, para que o comeo de to valioso trabalho acompanhe as reflexes no inconsciente de cada um leitor ou

    pesquisador.

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    O fato de Ren Gunon desconhecer os inconfundveis valores intelectuais de Helena Blavatsky por ter sido ele discpulo de um grande rabino, que o encaminhou de preferncia para a Cabala, esquecido de que entre ela e a Teosofia no pode haver divergncia. E assim descarregou sobre a mesma todo o peso das suas iniciticas predilees, atravs de uma Critica mordaz, chamando-a de "Impostora", etc., por se ter deixado levar como alguns outros pela conhecida traio do casal Coulomb vendido, como se sabe Sociedade de Buscas Psquicas de Londres. Os "Judas traidores" de todos os tempos! Pois se at mesmo Jesus, com treze apstolos apenas encontrou um que o trasse, que dizer da referida Instituio por ela fundada e dirigida, com algumas centenas de scios nas suas fileiras? O mesmo nos acontece; o mesmo acontecer sempre a quantas Instituies dessa natureza se apresentem no mundo...

    De fato, Ren Gunon no soube interpretar as justas razes apresentadas por Blavatsky, contra uma grande maioria de judeus fanticos, e no, contra a raa propriamente dita, como por exemplo, a to mal interpretada "proibio da carne de porco", que cincia e no religio, pois, conhecidos so os desastrosos efeitos do abuso de semelhante carne, inclusive provocando a triquinose, etc. do mesmo modo que, a "circunciso", como ligeira cirurgia aplicada fimose, anomalia esta que no sendo comum a todos os Indivduos, no h necessidade, de semelhante ritual para com todas as crianas do sexo masculino, na referida raa, pouco importa a divergncia dos mtodos.

    Moiss era um Manu e, portanto sabia muito bem como guiar e defender seu povo. Perdoe-nos, pois, o ilustre escritor francs esta nossa teosfica, ecltica ou sincretista crtica, em defesa de Helena Petrovna Blavatsky, dando preferncia s homenagens que lhe prestamos como autor de Le roi du monde, Autorit spirituelle ET Pouvoir temporel, Lerreur Spirite, soterisme de Dante, L'Homine et son devenir selon Ia Vedanta, Introduction general ltude des Doctrines Hindoues, etc., etc., pois, em verdade, sua distinta e ilustre personalidade a quem se deve este nosso mais do que humilde trabalho.

    No firmamento estelar do mundo ocultista, Ren Gunon, ao lado do Rev. Pe. Huc, autor das maravilhosas obras Dans le Thibet, Dans Ia Tartarie, Dans Ia Chine, valendo-lhe a primeira, "a expulso da Igreja Romana e ela Academia Francesa", por ter afirmado coisas que certos intolerantes e despeitados ocidentais denominam de "fantasias e extravagncias"; inclusive, ter ele mesmo constatado em todas as folhas da tradicional rvore plantada sobre o tmulo do reformador do Budismo tibetano (ou Lamaismo) qual se deu o nome potico de "Cabeleira de Tsong -Kapa", no Kukunur, a frase sagrada Om mani padme hum, que quer dizer: "Salve, Jia preciosa do Loto": a seguir, o famoso escritor polaco Ferdinand Ossendowsky. cuja obra principal Btes, Hommes et Dieux; foi traduzida em vrios idiomas tal o sucesso mundialmente alcanado, e finalmente, o grande mstico francs, Marqus de Rivire, hoje um Adepto no Oriente, cercado de discpulos de cuja obras a mais assombrosa em literatura ocultista se intitula A l'Ombre files Monastres thibtains, dizamos, representam uma constelao de imenso fulgor em perfeito quaternrio erguido s alturas que diz bem da sua inteligncia, mais que isto, independncia de linguagem, liberdade de pensamento, indiferentismo pelas crticas maledicentes, corno portentosas

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    ferramentas de que se servem os grandes Homens da Histria, para a construo do Edifcio humano, principalmente os Filsofos.

    O quaternrio o nmero da fora. o ternrio completado pela Unidade. a Unidade rebelde reconciliada com a Trindade Soberana.

    Vemos ai a pedra angular ou bruta, a pedra cbica, a pedra filosofal, porque todos este nomes simblicos significam a mesma coisa. ou seja a pedra fundamental do Templo cabalstico.

    Obreiros! Construtores! Maons! Rosacruzes! Glria ao Supremo uiteto do Universo, ao mesmo tempo Uno e Trino, cujo rgio Lugar onde se assenta, pedra cbica tambm, como verdadeira "quadratura do crculo" em movimento no Mundo Divino. ------------------------

    Infelizmente, porm, temos que volver pseudo-realidade do mundo terreno. E ento, somos obrigados a entrar em luta com aqueles que, ao invs de trabalharem a favor do Templo de Salomo, do Humano Edifcio, do bem estar da Humanidade ao contrrio, procuram destru-lo. E com ele, os nossos ingentes esforos.

    Sofrem, por sua vez, o choque de retorno da sua reconhecida maldade. E um por um vo caindo desfalecidos, inutilizados, no "campo de Kurukshetra", que o da vida, tal como acontece em todas as pocas entre solares e lunares, na razo do passado tenebroso da Mnada, repercutindo no seu evolucional presente, para ser alcanado o futuro... So os mesmos, por exemplo, a que se refere o famoso escritor satrico ingls, Swift, ao dizer que: "Ao aparecer um gnio fcil reconhec-lo, pela simples razo de que todos os imbecis se unem para lhe darem combate".

    Os mesmos, tambm, que afirmam "a Obra em que estamos empenhados, se acha empenhada por ter sido baseada nos livros a que nos referimos anteriormente", embora que, publicados depois da sua fundao, tal plgio ou cpia no fosse possvel. Vem a calhar neste lugar, as palavras do grande Tesofo Franz Hartmann, quando diz que "a distino entre o homem e o bruto est no direito que cabe ao primeiro, de raciocinar". Assim sendo, tanto no caso vertente como em outros muitos, o raciocnio falhou, s restando os brutos.

    So nossas as palavras que se seguem: "Eleva-se o homem na vida e se choca com a famlia. Se se eleva um pouco mais, choca-se contra o povo. Se mais ainda, com a nao. E, finalmente, com o mundo inteiro".

    E quanto mesma Blavastky, a quem defendemos atravs desta nossa despretensiosa crtica, ao chocar-se com os "teosofistas da primeira hora", como eram chamados os daquela poca, tambm teve para com eles estas dolorosas palavras: "Amontoai pedras, Tesofos. Amontoai-as irmos e boas irms, e lapidai-me at a morte, por ter eu querido com a palavra dos Mestres, vos fazer felizes". Ren Gunon, um destes incomparveis construtores do Edifcio Humano, a que nos referimos, no podia deixar de ignorar as lutas e os sacrifcios que teve, de sustentar a mulher que ele criticou" de modo to severo quanto injusto. No leu, tambm, a inconfundvel obra do genial polgrafo espanhol Roso de Luna, intitulada "Helena Petrovna Blavatsky ou, uma mrtir do sculo XIX" sem o que,

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    discpulo de um grande Mestre teria agido de modo mais humano, mais condizente com a sua prpria jerarquia.

    Melhor do que ningum, para saber que a Mo da Justia Divina que tanto vale pela do Karma dos hindus e do Destino dos ocidentais cedo ou tarde se manifesta contra os deturpadores da Verdade, os inimigos da Lei, os "atirados fora do Grande Canal da Fraternidade Branca".

    E isso, porque o castigo no deve vir dos homens, por maiores que sejam os seus sofrimentos. No se devem contrariar os desgnios de Deus, das suas Obras, das suas misses, mesmo que Elas fracassem.

    A Histria est sobrecarregada de fatos que vm confirmar semelhantes palavras. Citemos apenas o caso de Jeanne D'Arc, entre os inmeros que na mesma Histria figuram.

    No foi a Igreja Romana que julgou e condenou a Virgem de Orleans, mas sim, um sacerdote, mau e apstata. Chamava-se Pierre Cauchon e era bispo de Beauvais. Teve morte pela mo de Deus, e, depois de morto, foi excomungado pelo papa Calixto IV. Seus ossos foram arrancados da terra santa e lanados ao lixo.

    Carlos VII, que abandonou essa nobre virgem (Joana, Jnana, Jana ou Jina) aos carrascos, tambm caiu nas mos de uma providncia vingadora deixou-se morrer de fome, temendo ser envenenado por seu prprio filho... O temor o suplcio dos covardes.

    Para evit-lo, lanam mo de todas as infmias... Jeanne d'Arc, Savonarolle, Jean Huss e quantos outros foram queimados

    em inquisitoriais fogueiras, o prprio Jesus crucificado entre dois ladres... politicamente falando, o grande mrtir republicano, Tiradentes, heri manico, possuem ainda hoje similares, pouco importando os mtodos para o "martrio". E por muito tempo o sero ainda, enquanto houver homens maus, sem o menor critrio de responsabilidade, de respeito a si mesmos e ao prximo, cegos, no s Justica Divina como Terrena: as duas Conchas da evolucional Balana, que regula a prpria vida do homem. Em resumo, o equilbrio perfeito entre o Poder Temporal e o Poder Espiritual, na razo do Dai a Csar o que de Csar e a Deus o que de Deus".

    J dizia um grande Iniciado oriental: "Temei todo aquele que passa a vida inteira apregoando virtudes, preferindo criticar os erros dos semelhantes": Errando, corrigitur error, dizemos ns...

    Para terminar e ainda em referncia nossa Instituio: Que dizer dos ensinamentos "para uso exclusivo dos membros mais adiantados de nosso Colgio Inicitico", que nem daqui a meio sculo os homens vulgares tero direito a to magnficos tesouros? Eis a razo principal dos indivduos de cultura abaixo da crtica e sem idoneidade moral alguma para se arrogarem o direito de "atirar a primeira pedra", profanarem e desvirtuarem o verdadeiro sentido daquilo que, em todos os tempos e por Associaes de elite, foi aclamado como: Sabedoria divina ou Teosofia. La critique est ais; et l'art est dificite. -------------------------------

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    CAPITULO I

    NOES SOBRE A AGARTHA NO OCIDENTE A OBRA pstuma de Saint-Yves, d'Alveydre intitulada A Misso da ndia,

    que foi publicada em 1910, contm a descrio de misterioso centro inicitico denominado AGARTHA. Acontece, porm, que a maioria dos leitores da referida obra deve ter julgado do que as narraes ali contidas no passam de simples fantasia do seu autor, ou uma espcie de fico que no se apia em coisa alguma de real ou verdadeiro. Com efeito, se se quiser interpretar ao p da letra tudo quanto faz parte das suas diversas passagens, examinando-as atravs das aparncias exteriores, natural que sejam tomadas como inverossmeis. Eu penso que fosse esta a razo principal do seu autor s permitir que ela viesse a lume trinta anos depois de t-la escrito. Alm disto, at ento jamais se ouvira falar em toda a Europa na palavra AGARTHA, nem em seu chefe, o Brhatma, a no ser pelo escritor Louis Jacolliot a quem no se pode levar na devida considerao11. de prever que, o mesmo tendo ouvido realmente falar de coisas to estranhas durante a sua estada na ndia, no entanto, como seu costume fazer, as tivesse abordado atravs das maiores fantasias. Mas, eis que um fato inesperado vem mudar por completo a face das coisas: o aparecimento do livro Animais, Homens e Deuses12 onde o seu, autor Ferdinand Ossendowsky narra as peripcias da sua acidentada viagem entre 1920 e 1921, atravs da sia Central, citando, principalmente na ltima parte, fatos idnticos aos j apontados por SaintYves d'Alveydre em A Misso da ndia. E a repercusso que teve o novo livro em toda a Europa, auxiliou bastante para quebrar o silncio que at ento se mantinham em torno da palavra Agartha e dos diversos mistrios que a envolvem.

    No faltaram, entretanto, espritos cticos e maledicentes que acusassem Ossendowski de no ter feito outra coisa, seno plagiar Saint-Yves, apresentando como prova de semelhante alegao, todas as passagens concordes das duas obras. De fato, grande o nmero das que, em todos os seus detalhes, possuem uma semelhana verdadeiramente espantosa.

    O mesmo Saint Yves afirma diversas coisas que a princpio no podem deixar de ser tomadas como inverossmeis, dentre elas, a existncia de um mundo subterrneo que estende as suas ramificaes por toda a parte, tanto por baixo dos continentes como dos oceanos, e atravs das quais se estabelecem invisveis comunicaes entre todas as regies da terra". Ossendowski, que tambm faz referida citao, no assume, entretanto, responsabilidade alguma pelas suas palavras. Chega a declarar que "no sabe o que pensar a respeito", alm de afirmar que "tudo isto ouviu de vrios personagens que encontrou no decorrer da sua viagem". H tambm uma passagem muito interessante, que a do "Rei do Mundo representado diante do tmulo do seu antecessor, o mesmo que est ligado misteriosa origem dos Bomios, que teriam vivido outrora na mesma

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    Les Fils de Dieu, pp. 236, 263, 267, 272; Le Spiritisme dans le monde, pp. 27 e 28. 12

    O tradutor da referida obra para o portugus traduziu Btes, Hontmes et Dieux, por Brutos, Homens e Deuses. E isto por no se tratar de um tesofo, pois que seu autor, sendo obrigado a fazer semelhante viagem francamente inicitica, no podia deixar de chocar-se com

    as 3 categorias que sucedem s outras duas j percorridas pela Mnada, isto , mineral e vegetal. Nesse caso, Animais, Homens e Deuses.

    Quanto a "deuses", no Tibete e na Monglia os Buda-vivos assim so considerados. Dentre eles, o ltimo ou 31o, que recebeu

    Ossendowski to condignamente. Finalmente: Btes, em francs, nunca foi BRUTOS. (N. do tradutor e comentador

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    Agartha13, alm de outros muitos fatos ainda obscuros na prpria Histria da Humanidade.

    Saint-Yves afirma ainda, "que h momentos, durante as celebraes, dos "Mistrios csmicos", em que os viajantes que se acham no deserto, so obrigados a parar; do mesmo modo que os animais, pois estes, alm de manterem respeitoso silncio, se curvam reverentes como, se estivessem diante de um altar" 14. Ossendowski, por sua vez, afirma "ter assistido um desses maravilhosos

    instantes de recolhimento geral". Outra coincidncia estranha a descrio de uma ilha hoje desaparecida, onde viviam homens e animais extraordinrios. Enquanto Saint-Yves cita o resumo do Priplo de Iambule por Diodoro de Siclia, Ossendowski, por sua vez, fala da viagem de um antigo budista do Nepal, sendo que ambas essas descries diferem muito pouco uma da outra. Se de fato existem essas duas verses provenientes de fontes to afastadas uma da outra, seria muito interessante fazer-se um estudo comparado entre ambas.

    Embora que citando todas essas semelhanas na descrio dos dois referidos autores, de nenhum modo nos convenceriam que, de fato, tivesse havido, um plgio por parte de Ossendowski. Sim, porque, independente das testemunhas que o mesmo nos apresenta, sabemos por outras fontes que tais narraes so coisa corrente na Monglia e em toda a sia central. E que nas tradies de todos os povos estas e outras semelhantes se repetem de modo claro e preciso. Alm disto, se Ossendowski tivesse copiado em grande parte A Misso da ndia, no vemos razo para ele ter omitido outras passagens interessantes, nem modificado a forma de certas palavras, escrevendo, por exemplo, Agharti em vez de Agartha, o que vem provar ter ele recebido tais informaes de fonte mongol, enquanto Saint-Yves, de fonte hindu (pois sabemos que o mesmo esteve em contato com dois ilustres hindus)15. No compreendemos, entretanto, como tivesse ele designado o chefe da hierarquia inicitica com o ttulo de "Rei do Mundo", quando o mesmo no figura em nenhum lugar da obra de Saint-Yves. Mesmo que se quisesse admitir semelhanas entre, as narraes de Ossendowski com as de Saint-Yves bastariam dizer que o primeiro cita coisas muito mais interessantes e, portanto, no existentes na Misso da ndia e no sendo possvel que, ele as inventasse, principalmente por se tratar de uma pessoa que vivia mais preocupada com assuntos polticos do que com idias e doutrinas, ignorando, portanto, tudo quanto diz respeito a Esoterismo, alm dele mesmo declarar "que se sentia incapaz de compreender o seu exato alcance". Tal , por exemplo, a narrao de uma "pedra negra" enviada pelo "Rei do Mundo" ao Dalai-lama, depois transportada a Urga, capital da Monglia, e que

    13 Sobre tal assunto, cumpre nos dizer que a existncia de povos em "tribulao'', de que os Bomios (os ciganos) so um dos exemplos mais frisantes, realmente dos que mais merecem ser estudados com a maior ateno, pelo mistrio e obscurantismo de que se acham

    cercados. 14

    O Dr. Arthur Reghini faz observar que tal coisa poderia ter uma certa relao com o timor panicus dos antigos. Reputamos essa observao como digna de todo acatamento. 15

    Os adversrios de Ossendowski quiseram explicar o mesmo fato afirmando que tivesse ele manuseado uma traduo russa da "Misso da ndia", cuja existncia mais do que problemtica, pois que, os prprios herdeiros de Saint-Yves o ignoram por completo. Criticaram, ainda, Ossendowski por ter escrito OM, quando Saint-Yves preferiu escrever AUM. Ora, se AUM , de fato, a

    representao da palavra sagrada decomposta em seus elementos constitutivos, OM, portanto, a transcrio, correta correspondente pronncia real, tal como feita tanto na ndia, como no Tibete e na Monglia. Este detalhe basta para apreciar a competncia de certos indivduos improvisados em crticos.

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    desapareceu h mais de um sculo" 16 . Acontece que, em numerosas tradies, as "pedras negras" possuem um papel importante, desde a que ser tornou o smbolo de Cibele, at a que figura na Kaaba de Meca. Eis aqui um outro exemplo: o Bogdo-Khan ou Buda-vivo", que reside em Urga, conserva, entre outros objetos preciosos, o anel de Gengis-Khan, sobre o qual est gravada uma Swstica, e uma placa de cobre levando o "selo do Rei do Mundo". Pelo que parece, Ossendowski no pde examinar de perto, seno o primeiro desses dois objetos, por lhe ser difcil imaginar a existncia do segundo. No seria mais natural, por exemplo, que ele falasse de uma placa de ouro em vez de cobre?

    Todas essas observaes preliminares bastam para demonstrar o fim a que nos propusemos quando tomamos a de liberao de escrever este trabalho, pois no se trata de uma polmica de carter pessoal, mas de um estudo todo particular. E quando citamos Ossendowski, do mesmo modo que Saint-Yves d'Alveydre foi unicamente pelo fato de poderem ambos servir de ponto de partida a consideraes que nada tm a ver com o que se pudesse pensar quer de um ou de outro, e cujo alcance vai muito alm das suas individualidades, tanto quanto da nossa, que neste sentido no deve ser tomada, de modo algum, como sendo de maior realce. No queremos, to pouco, fazer uma "crtica de textos", mais ou menos Intil, porm, fornecer indicaes que, segundo pensamos, no foram dadas at hoje e que, de certa modo, podem contribuir para a elucidao daquilo que o escritor Ossendowski denominou de o mistrio dos mistrios". COMENTRIOS

    Como se viu, foi Saint-Yves d'Alveydre o primeiro escritor europeu que falou

    da AGARTHA. E a seguir, Ferdinand Ossendowski de uma maneira muito mais desenvolvida, embora que outros, sem se ocuparem de tal nome, o tivessem feito indiretamente, falando do oriente, sua vida, seus mistrios, suas tradies, enfim o quanto bastasse para preparar o esprito ocidental para receber as futuras revelaes ou ensinamentos que deveriam chegar ao Ocidente atravs do aparecimento de um novo ciclo civilizador para o mundo. Assuntos, portanto, que embora da maior transcendncia, no devem ser negados a priori, ou considerados como "fantasias e extravagncias" pelo fato de no serem conhecidos e reconhecidos pela chamada cincia oficial ou positiva.

    No deve ele mesmo esquecer que, tudo quanto apresenta hoje como seu no mais do que uma parcela mnima daquilo que outrora se ensinava nos Colgios Iniciticos do Egito, da ndia, da Caldia, etc., etc. Assim, por exemplo, a Qumica de hoje no mais do que uma pobre faceta do precioso diamante conhecido pelo nome de Alquimia; a Astronomia, um simples brinquedo diante da Astrologia caldica, egpcia, etc., para no falar na atlante, da qual sobressai um nome pouco conhecido, mas que esplende nas velhas escrituras ocultistas como Asura-Maya. Na mesma razo, a Medicina de hoje que, mal se apruma num postulado de reconhecido valor, o substitui por outro mais moderno, embora os

    16

    Ossendowski, que no sabia se se tratava de um aerlito, procura explicar certos fenmenos, como a apario de caracteres na sua superfcie, supondo tratar-se de uma espcie de ardsia.

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    seus preciosos mritos em certos e determinados setores, custa dos maiores sacrifcios por parte dos seus mais dignos e conspcuos representantes dizamos, a Medicina de hoje no mais do que a Medicina Tergica de um passado glorioso da Histria, embora que depreciado por escritores de pouco talento; como velharias diante das grandes descobertas de nosso sculo de luzes".

    O avio, por exemplo, tinha por similar, naqueles tempos, a mquina de voar", a que se referem certos manuscritos sagrados e vasto at nas paredes dos tmulos dos faras de maior fama, como por exemplo, no de Amenophis IV, mais conhecido por Kunaton, cujo aparelho tinha capacidade para