O que mudou?

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O que mudou? Marcus B. Conde Comissão de Tuberculose/SBPT Instituto de Doenças de Tórax/UFRJ [email protected]

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O que mudou?. Marcus B. Conde Comissão de Tuberculose/SBPT Instituto de Doenças de Tórax/UFRJ [email protected]. Para fins de busca de caso de TB pulmonar deve ser considerado “sintomático respiratório” o indivíduos que apresente:. Tosse ≥ 1 semana Tosse ≥ 2 semanas - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: O que mudou?

O que mudou?Marcus B. Conde

Comissão de Tuberculose/SBPT Instituto de Doenças de Tórax/UFRJ

[email protected]

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Para fins de busca de caso de TB pulmonar deve ser considerado “sintomático respiratório” o indivíduos que apresente:

a) Tosse ≥ 1 semana

b) Tosse ≥ 2 semanas

c) Tosse ≥ 3 semanas

d) Tosse ≥ 4 semanas

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Para fins de busca de caso de TB pulmonar deve ser considerado “sintomático respiratório” o indivíduos que apresente:

b)Tosse ≥ 2 semanas

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Para fins de busca de caso de TB pulmonar quais exames devem ser solicitados para um “sintomático respiratório”:

a) Pesquisa de BAAR em tres amostras de escarro

b) Pesquisa de BAAR em duas amostras de escarro

c) Pesquisa de BAAR em tres amostras de escarro e telerradiografia de tórax

d) Pesquisa de BAAR em duas amostras de escarro e telerradiografia de tórax

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Para fins de busca de caso de TB pulmonar quais exames devem ser solicitados para um “sintomático respiratório”:

d) Pesquisa de BAAR em duas amostras de escarro e telerradiografia de tórax

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Enarson D A e cols. A guide for low-income countries. 5th ed. Paris, France: International Union Against Tuberculosis and Lung Disease, 2000.World Health Organization. Laboratory services in tuberculosis control. Part II: Microscopy. Geneva, Switzerland: WHO, 1998.

Classicamente a recomendação de pesquisa de BAAR era em tres amostras

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Amostra Referência BAAR + Referência C+

1° 85,8% 85,8%

2° 11,9% 11,1%

3° 2,3% 3,1%

Revisão sistemática (37 estudos)

Storla DG, Yimer S, Bjune GA. A systematic review of delay in the diagnosis and treatment of tuberculosis. BMC Public Health 2008;8:15.

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Análise dos dados de 42 laboratorios em 4 paises com alta prevalencia de TB: terceira amostra de escarro aumentou o rendimento de 0,7% a 7,2%.

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Sensibilidade 50-60%

Sensibilidade 85-90%

Sensibilidade 80%

Limitação principal: capacitação em radiografia de tórax

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O médico deve solicitar cultura para TB e teste de sensibilidade aos fármacos em todos os casos com suspeita radiológica de TB pulmonar?

a) Sim

b) Não, somente nos casos de re-tratamento de TB

c) Não, somente nos casos de TB em tratamento que apresentem pesquisa de BAAR positiva persistente durante o tratamento

d) Não, somente nos casos com suspeita de TB-MR

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O médico deve solicitar cultura para TB e teste de sensibilidade aos fármacos em todos os casos com suspeita radiológica de TB pulmonar?

a) Sim

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MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAPROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA TUBERCULOSE

Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes – Versão 2

Observação: Em todos os casos de recidiva após cura ou retorno após abandono preconiza-se a solicitação de cultura, identificação e teste de sensibilidade no início do tratamento.

Recomenda-se a solicitação de cultura, identificação e teste de sensibilidade para todos os casos com baciloscopia positiva ao final do segundo mês de tratamento.

Permanecem as recomendações de supervisionar o tratamento e de oferecer o teste anti-HIV para TODOS os pacientes com tuberculose.

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RESULTS: We analysed 350 treatments, of which 62 were for patients with previous TB. HIV status was positive in 31.2% of cases. Resistance was found in 15.7% and multidrug resistance (MDR) in 4.3% of cases. Previous treatment (P < 0.001) and relapse within 2 years were associated with resistance (P < 0.03). Pulmonary cavities were associated with MDR (P < 0.001). Homelessness was associated with any resistance in newly diagnosed patients (P < 0.01). Working in a hospital was not associated with resistance.

Prevalence of anti-TB drug resistance in an HIV/AIDS reference hospital in Rio de Janeiro, Brazil

Aguiar F e cols. IJTLD 2009; 13(1): 54-61

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Fármacos Resistência primária

Inquérito 1997

Resistência primária

Inquérito 2006/08*

R 0,2% 1,5%

H 3,5% 6,0%

RH 0,9% 1,4%

Bol Pneumol Sanit 2003; 11 (1):76-81

*Dados de SP, RJ, MG, BA, RS, DF e SC (observado em apresentação realizada pelo Dr. Picon, PEC RS, março de 2009)

Padrão de resistência

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Resistência medicamentosa  

N= 134 (comunidade, HIV -, VT)21 (15,7%) casos de resistência primária 

 

H R R + H  S S + H H + Et/S/E

7 / 5,2% 1/ 0,8% 1/ 0,8%  7 / 5,2% 1/ 0,8% 4 / 19%

Instituto de Doenças de Tórax/UFRJ - 2004-2007

11% dos pacientes seriam medicados com esquema duplo

Lancet 2009; 373:1183-1189

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Revisão de 9 ensaios clínicos internacionais utilizando RHZ (supervisionado) mostrou que 6% (11 em 178 recidivas) das recidivas eram resistentes à H (94% dos casos inicialmente sensiveis eram sensiveis na recidiva também)

Int J Tuberc Lung Dis 1998; 2: 10-15 ; J Bras Pneumol. 2009;35(6):555-560

Estudos no Brasil e os números do MS mostram: Resistência adquirida à H: 15,8% a 21,9% Resistência primária à H: 4,6 % a 6,8%

• Taxas de abandono de tratamento: em torno de 25%

• Elevada resistência nas recidivas deve estar mais ligada ao abandono do que a falta de esterilização da lesão

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Conversão do BAAR – RHZE – 85 casos sensiveis

22,2

36,8

75,473,564,364,7

52,948,6

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

semana de tratamento

% B

AA

R n

egat

ivo

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Lancet 2009; 373:1183-1189

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Conversão do BAAR – RHZE - 27casos resistentes

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

% B

AA

R n

egat

ivo

semana de tratamento

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Lancet 2009; 373:1183-1189

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BrazilPeru

50%

TB no Brasil 2007

WHO, 2010. All forms of TB.

60-65% dos casos notificados são BAAR postivo

35-40% (cerca de 30 mil) pacientes são tratados sem confirmação bacteriológica

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Cultura para TB: R$ 21,00

HIV 1&2 ANTICORPOS ELISA: R$ 52,00HIV 1&2 WESTERN-BLOT ANTICORPO: R$ 222,00

Page 23: O que mudou?

Qual o novo tratamento da TB recomendado pelo PNCT/MS a partir de 2009 e qual sua indicação?

a) RHZE nos casos de recidiva em função da taxa de resistência primária elevada

b) 2RHZE/4RHE sob a forma de CDF em todos os casos de TB (> 10 anos)

c) 2RHZE/4RHE sob a forma de CDF em todos os casos de retratamento pós abandono para aumentar a adesão

d) 2RHZE/4RH sob a forma de CDF em todos os casos de TB (> 10 anos)

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Qual o novo tratamento da TB recomendado pelo PNCT/MS a partir de 2009 e qual sua indicação?

e) 2RHZE/4RH sob a forma de CDF em todos os casos de TB (> 10 anos)

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Mitchison D A. Int J Tuberc Lung Dis 1998; 2: 10–15

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Previnem a emergência de resistência em associação com H

R>S>E

AJRCCM 2005; 171: 699-706

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Existem niveis de não adesão ao tratamento

Abandono

Uso irregular

Uso errado (seleção dos medicamentos)

Adesão NÃO É sinônimo de abandono

FDC previne

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Esquema básico (2RHZE/4RH) Casos novos de todas as formas de TB (excetomeningoencefalite) e recidiva e retorno após abandono

Esquema Fármacos Peso Unidades/dose

2RHZE RHZE Até 20 Kg 10/10/35/25 (mg/Kg/dia)

20 a 35 Kg 2 comprimidos

35 a 50 Kg 3 comprimidos

> 50 Kg 4 comprimidos

4 RH RH Até 20 Kg 10/10 (mg/Kg/dia

20 a 35 Kg 2 comprimidos

35 a 50 Kg 3 comprimidos

> 50 Kg 4 comprimidos

RHZE: 150/75/400/275

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RHZ (atual)

Primeira fase: 6 comprimidos por 60 dias: 360 comprimidos

Segunda fase: 2 comprimidos por 120 dias: 240 comprimidos

600 comprimidos

Primeira fase: 4 comprimidos por 60 dias: 240 comprimidosSegunda fase: 4 comprimidos por 120 dias: 480 comprimidos

FDC (RHZE)

720 comprimidos