O Popular de Soure

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9 MARÇO 12 | Sexta-feira Propriedade: Rádio Popular do Concelho de Soure, CRL Director: Ilídio Seco Publicação Quinzenal (sai à sexta-feira) Preço: 1 € (IVA incluído) Ano XI - Edição nº 377 Email: [email protected] Rádio capta jovens para manhãs de sábado Vinha da Rainha promove vinho incentivando produtores PÁG. 3 MOSTRA NO DOMINGO PÁG. 3 Soure tem clube de xadrez mais activo a nível nacional PÁG. 11 ENTREVISTA A CARLOS VICENTE Brunhós estreia com sucesso festival de gastronomia PÁG. 6 SERVIDAS 400 REFEIÇÕES Assembleia Municipal contra reforma administrativa PÁG. 3 APROVADAS MOÇÕES Terras de Sicó promove região na maior feira de turismo PÁG. 5 SOURE LEVOU QUEIJO Desemprego em Soure cresceu 14% em seis meses PÁG. 5

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Jornal O Popular de Soure - Edicao n 377 de 9 de Marco de 2012

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9 MARÇO 12 | Sexta-feira

Propriedade:Rádio Popular do Concelho

de Soure, CRL

Director:Ilídio Seco

Publicação Quinzenal(sai à sexta-feira)

Preço: 1 € (IVA incluído)

Ano XI - Edição nº 377

Email:[email protected]

Rádio capta jovens para manhãs de sábado

Vinha da Rainha promove vinho incentivando produtores

PÁG. 3

MOSTRA NO DOMINGO

PÁG. 3

Soure tem clube de xadrez mais activo a nível nacional

PÁG. 11

ENTREVISTA A CARLOS VICENTE

Brunhós estreia com sucesso festival de gastronomia

PÁG. 6

SERVIDAS 400 REFEIÇÕES

Assembleia Municipal contra reforma administrativa

PÁG. 3

APROVADAS MOÇÕES

Terras de Sicó promove região na maior feira de turismo

PÁG. 5

SOURE LEVOU QUEIJO

Desemprego em Soure cresceu 14% em seis mesesPÁG. 5

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2O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

DOS LEITORES

Perguntas com respostas

M. Carmos Fernandes(Pediatra)

Como no nº anterior dissemos, é aconselhável, desde cedo tentar que as crianças adquiram padrões de comportamentos que incluem: horas certas para as refeições, para deitar, para o banho, para apagar (ou diminuir) a luz do quarto, para a acender, etc.Mas, outros conselhos de vo deixar aqui, que, se os segui-rem beneficiarão não apenas as crianças, como também os próprios pais.É desaconselhável adorme cê-los ao colo, sendo preferível, se se tornar necessário, perma-necer junto deles até adorme-cerem. Se há a tentação de se pegar neles ao colo quando choram, depressa se habitu-am a que tal atitude se torne a forma habitual de adormecerem e com dificuldade consegui rão que percam este hábito.Pode-se e deve-se, igual-mente, ajudá-los a adquirir tempos de sono adequados ? aumentando-se a luz do quarto, falando-se mais alto, quando se entende que o período de sono já foi suficiente e fazendo o contrário quando se pretender que a criança se mantenha a dormir (respeitando a duração do seu sono habitual). O mes-mo procedimento se deve ter quando estiver na hora do bebé adormecer.Uma dúvida que acompanha quase todos os pais, diz respei-to à permanência da criança no quarto dos pais: quando é que as crianças devem abandonar o quarto dos pais? A sua perma-nência no quarto dos pais deve parar, se possível, a partir dos seis meses de vida.

SAÚDE INFANTIL

O sono do bebé II

O posicionamento do be-bé, quando dorme, tem si do ao longo dos anos, bastante controverso ? havia pediatras a aconselhar o decúbito dorsal, outros aconselhavam o ventral e outros ainda o lateral. Deve prevalecer o bom senso. O decúbito dorsal ou lateral são os que aparentam acompanhar--se de menos riscos de sufoca-ção para a criança. Contudo, se a criança tende a escolher o decúbito lateral para dormir, de-verá colocar-se-lhe o braço que está em contacto com a cama, para a frente, por forma a impe-dir que ela role sobre si mesma, ficando, então, em decúbito ventral, com risco de sufocação. Devem, igualmente, evitar-se as almofadas e edredões, pois, poderão tornar-se factores de risco para sufocação. Também se deve dar atenção ao colchão que se escolher para o bebé, no sentido de se preferir um duro a um mole, pela mesma razão.O conselho que se segue pa-rece-me ser absolutamente desnecessário referi-lo, mas, sendo tão importante, embora do conhecimento geral, cito-o: “não se pode fumar no quarto onde a criança dorme” .Referi factores que podem facilitar a sufocação do bebé, mas, os pais não devem viver obcecados com a ideia que isto possa acontecer. A pre-venção desta situação ou de qualquer outra, não pode, ela própria, transformar-se numa ‘outra doença, agora para os pais’. O risco de sufocação é maior para os recém-nascidos prematuros e para os que têm

maior tendência para infecções respiratórias. Em todo o caso, deverá ser o Pediatra a alertar os pais para essa possibilidade, sempre que encontre factores de risco, embora ele não possa ‘adivinhar’ se tal acontecimento se vai dar. Para as situações de risco mais evidentes, há uns monitores portáteis que emitem um aviso se surgir uma apneia anormal (pausa respiratória), na criança portadora do mesmo, que levará a agir-se rapidamen-te. Mais uma vez, chamo a atenção que deverá ser o Pediatra a aconselhar o uso do aparelho para as situações que revelem maior probabilidade de facilitarem sufocação. Em todos os outros casos bastará uma vigilância cuidadosa (mas não obsessiva), para se corrigir, se necessário, o posicionamento do bebé e da roupa da cama.RESUMINDO: Horas de sono: Com uma semana: 10 horas (noite) 8 horas (dia). Com um mês: 9 horas (noite) 7 horas (dia). Com um ano: 10 horas (noite) 3 horas (dia). Com mais de 1 ano:10 horas (noite) + 1 a 3 horas (dia).SESTAS: Em média deixam de dormir de dia entre os três e quatro anos. Mas, há crianças que não querem dormir durante o dia a partir dos dois anos ou até antes. Não haverá qualquer inconveniente se dormir bem e o suficiente durante a noite e andar bem disposta durante o dia.HORAS DE SE DEITAR: A partir do ano e meio +/– deve estabelecer-se uma hora certa para a criança se deitar: 21 a 22 horas.

PONTOS DE VISTA!...

Que mais nos falta acontecer?!...É deveras lamentável o que a nossa terra tem sofrido!Desde os anos 60 não parou de perder, em nome do progres-so (?), o que a distinguia de outras vilas vizinhas.Foram casas, praças, fontes, candeeiros, os seixos das ruas, todas as características próprias de uma urbe muito antiga e fidalga.(Os eventuais leitores que me desculpem a insistência: já “fa-lei” neste assunto mais do que uma vez). Prometo não repetir a “conversa”!Entretanto, como se isto não bastasse e excedesse, há – mais ou menos 30 anos, começámos com outras perdas, estas, de serviços igualmente fundados pelos nossos maiores, aposta-dos em criar e desenvolver a terra onde nasceram ou viveram durante muitos anos.Assim, fechou-se o Hospital e ganhou-se um Centro de Saúde que, de tempo inteiro, passou a trabalhar a “meio gás”. De Estação dos Caminhos-de-Ferro passámos a Apeadeiro; tínha-mos um Cine-Teatro onde actuaram alguns dos melhores artis-tas nacionais, hoje está em mau estado e há muito encerrou as suas portas ao público; a EDP instalou aqui uma Agência com vários funcionários, há alguns anos passámos a depender da de Montemor-o-Velho, tal como, dizem, a nossa GNR, depois de estar, finalmente, na posse de um bom e funcional edifício.Parece agora-segundo as notícias de todos os meios de infor-mação – que chegou a vez do Tribunal (também já não “tínha-mos em funcionamento a Cadeia) transferir os seus serviços para a mesma vila…Como poderão as pessoas das aldeias serranas tratar, no futuro, dos seus problemas e questões judiciais?Além das despesas normais e avultadas da resolução destes casos, quem lhes paga a deslocação? Pensará o Estado que “toda a gente” tem automóvel e facilmente percorre mais 20 Kms?E os 900 anos de existência e história de Soure não merecem respeito e outro tratamento?Eu até tenho “uma costela” de Montemor-o-Velho, já que meu Pai e toda a sua família foram nascidos e criados numa casa próxima do Castelo. Mas creio que, até meu Pai, não ficaria nada orgulhoso ou sequer feliz, ao saber desta mudança.É urgente que as nossas Autoridades – tal como já o disseram – façam todas as diligências para que “isto” não se concretize.Será preciso pôr nas nossas casas panos pretos em sinal de luto por tal decisão? Os fidalgos punham-no nos brasões por morte de familiares.Ou ficamos contentinhos porque somos gente ordeira que não leva a Tribunal 250 casos por ano?Estaremos de pêsames ou de parabéns?!Pobre Vila de Soure que não merecia tal “destino”!!!

Célia Cruz

Vim d’Além-Mar....

Um grande barco a navegarMe trouxe d’Além- Mar!O barco se afastava…O coração se apertava!...Enquanto a costa via,Meu olhar reluzia!...

Depois……A costa desapareceuE o dia escureceu…A noite começouE tal como se apresentou,Percebi, que noites estreladasOu enluaradas…Iguais…mais não haveria!...Só em saudosa recordação os teria…

O coração se me apertou!...O pranto se soltou…

Dezanove dias depois,Não apenas dois…Cheguei a Aquém- Mar!Comecei a desembarcar…

Ao longe… tudo lindo me parecia…Ao perto… não gostava do que via!Das terras de onde eu vinha,Esta nada tinha!Eram novas as d’Além-Mar,Velhas eram as d’Aquém-Mar…

Foi o que senti quando cheguei!Meio século depois….pouco mudei!...

Maria do Carmo Fernandes

Por coisas diferentesTu esperasNa verdade mentesTu desesperas

Talvez um embrulho de um presenteTe faça a surpresaDe uma pessoa que pressenteQue és uma presa

De ti próprioCom amarrasPara não soltarAlegres fanfarras

Comer um chouriço assadoCom um copo de vinhoPode do passadoTrazer o verde Minho

Onde estivesteSem prazerOnde fizesteSem lazer

Pedro Faria (Venda Nova-Soure)

Desde a AuroraComo um sol de polpa escura para levar à boca, eis as mãos: procuram-te desde o chão,

entre os veios do sono e da memória procuram-te: à vertigem do ar abrem as portas:

vai entrar o vento ou o violento aroma de uma candeia, e subitamente a ferida recomeça a sangrar:

é tempo de colher: a noite iluminou-se bago a bago: vais surgir para beber de um trago como um grito contra o muro.

Sou eu, desde a aurora, eu — a terra — que te procuro.

Eugénio de Andrade, in “Obscuro Domínio”

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39 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

CONCELHO

Vinha da Rainha junta produtores para promover vinho Catorze produtores vão partici-par, no domingo, na VII Mostra de Vinho Novo promovida pela Associação Cultural Desportiva e de Solidariedade da Freguesia de Vinha da Rainha.O evento realiza-se na freguesia do concelho de Soure onde a cultura da vinha tem história e tradição, cuja actividade remon-

ta aos anos 50, 60 e 70 e que foi determinante na economia rural.“Os primeiros anos do sécu-lo XXI trouxeram uma nova dinâmica e uma renovação de mentalidades que permitiu uma nova abordagem no cultivo da vinha com a plantação de novas castas e a modernização das adegas e do vasilhame que apli-

cadas às características do solo e a uma permanente exposição solar culminaram com o aper-feiçoamento da qualidade, e, também da quantidade”, refere aquela colectividade.Ainda, segundo a organização, a realização das seis anteriores mostras teve a “virtude de trazer para a produção de vinho mais

gente, alguns até mais jovens, o que torna hoje a freguesia da Vinha da Rainha uma terra procurada por pessoas do con-celho, e de fora, para adquirirem aqui o vinho que consumirão ao longo do ano”.“Estamos convictos de que a re-alização destas mostras, onde os produtores dão a conhecer o seu

‘ex-libris’ com prazer e alegria, vai não só contribuir para o de-senvolvimento económico da fre guesia, com mais pessoas a dedicarem-se a esta actividade agrícola, e com a consequente afirmação dos vinhos desta zona, como também para a divulgação do concelho de Soure”, afirma a mesma colectividade.

Rádio capta jovens para as manhãs de sábadoA Rádio Popular de Soure estreou, no sábado, 3 de Março, um novo espaço de programação, dedicado aos mais novos, animado pelos próprios. As manhãs diferentes da Rádio acontecem das 10 às 13 horas, e pretende ser um espaço de animação, de desco-berta e de conhecimento das técnicas de rádio.Naquela estreia, os novos rostos para uma nova rádio esti-veram a cargo de Mariana Silva Mota, José Luís Cordeiro e João André Mota, todos de 12 anos de idade.Aberto à participação das crianças e jovens do concelho de Soure, que poderão fazer a sua inscrição nas instala-ções da Rádio, o programa pretende dar à “Popular de Soure” mais dinâmica, mais interacção e maior participa-ção. Numa fase de reestruturação, aquela estação radiofónica encontra-se à procura de novos talentos e sobretudo a captar a participação de crianças e jovens, com vontade de aprender e de viver as emoções de “fazer rádio”.

Assembleia Municipal aprova moçõescontra reorganização administrativaA Assembleia Municipal de Sou-re aprovou, por maioria, duas moções contra a proposta de Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, apresen-tadas pelas bancadas da CDU e do PS.Na sua moção, aprovada com seis votos contra, da bancada do PSD, a CDU considera que as vantagens evocadas pela Proposta de Lei são de “carácter muito dúbio” e as desvantagens são “claras na medida em que a sua futura aprovação e aplica-ção na prática levará a um em-pobrecimento da democracia”.A CDU relembra que a proposta contempla “o desaparecimento de cerca de um terço das fre-guesias existentes, a redução de cerca de 20 mil o número de autarcas eleitos, e o afasta-mento das populações dos seus eleitos” para além do “enfraque-cimento da afirmação, defesa e representação dos interesses e aspirações das populações” bem como “o abandono ainda maior das populações”.Por sua vez, a bancada socia-lista “não tem dúvidas de que se impõe à aprovação de uma revisão administrativa” acres-centando que “a racionalização do número de freguesias deve assentar, porém, numa propos-ta dos órgãos autárquicos, pois são estes que melhor conhecem as populações, as suas neces-sidades e o meio onde se inse-rem”.Na sua moção, aprovada com sete votos contra da bancada

social-democrata, os socialistas consideram que o Projecto de Lei “ao impor de forma autoritá-ria o número de autarquias a ex-tinguir, trata de forma menor os meios autárquicos, mostrando ainda um total alheamento pelo interesse das populações”. O PS entende, ainda, que a re-organização administrativa pro-posta “implica a pronúncia dos órgãos autárquicos, mas esta, não tendo qualquer relevância para a decisão final, antes trans-fere para si o ónus da decisão”.Rui Cunha, deputado da ban-cada do PSD, partilhou com os presentes que há duas ques-tões, em relação àquela matéria que terão de ser colocadas, ou seja “será que esta reorganiza-ção é importante? E, se sim, que tipo de reforma deverá ser posta em prática?”. Rui Cunha foi pe-remptório ao afirmar que não tem dúvidas que aquela reforma “é necessária”.

EXTINÇÃO DE TRIBUNAL CENSURADANa mesma sessão da Assem-bleia Municipal foi aprovada, também, uma Moção de Censu-ra relativamente ao Ensaio para a Reorganização da Estrutura Judiciária, que prevê a extinção do Tribunal Judicial de Soure.Rui Cunha, deputado da banca-da do PSD, protagonizou uma longa e reflectida intervenção, relativamente àquela propos-ta, admitindo que não está a “defender qualquer questão de bairrismo, mas parece-me que

os pressupostos deste encerra-mento do tribunal de Soure es-tão manifestamente errados”.Jorge Mendes (PS), argumentou que “uma vez que os números apresentados no referido ‘en-saio’ não estão correctos, a Câ-mara deverá dar conhecimento deste facto às instâncias supe-riores”.O deputado socialista conside-ra que o possível encerramento do tribunal de Soure poderá ser um causador de desertificação, adiantando ainda que a banca-da do PS considera este ‘ensaio’ como um “atentado ao concelho de Soure”.Também o social-democrata Serralha Duarte manifestou o seu descontentamento relati-vamente a este possível encer-ramento, afirmando que “esta Assembleia Municipal está mais unida que nunca”, revelando a sua disponibilidade para acom-panhar o presidente da Câma-ra, e uma eventual comitiva, na ida a Lisboa (para reunir com a

Ministra da Justiça), chegando a sugerir que se leve um registo fo-tográfico, ou até mesmo uma ma-quete, das instalações do tribunal. A Moção de Censura aprovada por unanimidade será agora en-caminhada à Ministra da Justiça acompanhando a solicitação de uma audiência com carácter de urgência.

NÓ DA A1 DE INTERESSE PÚBLICOOs autarcas aprovaram, ainda, uma proposta da Câmara Mu-nicipal com vista a reconhecer de Relevante Interesse Público a construção do Nó de Soure no sublanço Pombal/Condeixa da A1 – Auto-Estrada do Norte, em área na Reserva Ecológica Nacional.A proposta surge na sequência do pedido apresentado pela Brisa – Concessão Rodoviária, SA., necessária para o processo a decorrer na Comissão de Co-ordenação de Desenvolvimento Regional do Centro.

Francisco Malhão, deputado da bancada da CDU, relembrou que aquele Nó de Soure era “há muito aguardado” e congratu-lou-se com o mesmo. Por sua vez, da bancada do PSD, Serralha Duarte, destacou a importância daquele projecto, referindo, no entanto, que as duas zonas industriais aprova-das em PDM, não ficariam muito longe deste novo Nó à A1, e po-deriam complementar, em mui-to, esta obra.Serralha Duarte pediu ainda al-gumas informações relativamen-te à aquisição de terrenos para implementação do Nó, tendo o presidente da autarquia, João Gouveia, prestado todos os es-clarecimentos. Já o socialista Pedro Mota Cor-deiro disse que o reconheci-mento de interesse municipal é “perfeitamente claro”, acrescen-tando que “não somos indife-rentes às questões de reservas agrícolas e ecológicas, mas por vezes existem excepções”.

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4O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

AUTARQUIA

DELIBERAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE SOURE NA SUA REUNIÃO DE 29 DE FEVEREIRO

EDUCAÇÃOFoi aprovado por unanimidade as adjudicações, por ajuste directo, de Contratos de Manutenção das Insta-lações Electromecânicas do Centro Escolar das Fregue-sias de Degracias e Pombalinho e Centro Escolar da Fre-guesia de Samuel (Ensino Básico). As adjudicações têm um valor de 1.100,00 €/cada.

CULTURARelativamente à Rede Urbana “Castelos e Muralhas Me-dievais do Mondego”, concretamente o Programa de Va-lorização do Espaço Muralhado de Soure, foi aprovada por unanimidade a escolha de procedimento com vista a trabalhos prévios de arqueologia e património histórico. Refira-se que o Gabinete Municipal de Desenho desen-volveu o projecto para a valorização do espaço acima mencionado. Posteriormente, o referido projecto foi re-metido para a Direcção Regional de Cultura do Centro para emissão de Parecer, uma vez que o imóvel projecta-do localiza-se no perímetro de protecção do Castelo de Soure, classificado como Monumento Nacional.O projecto obteve Parecer Favorável Condicionado. As-sim, torna-se necessário levar a cabo um conjunto de trabalhos e estudos arqueológicos, que por um lado sir-vam de suporte para a realização do Projecto de Execu-ção, nomeadamente na componente de Estabilidade de Betão Armado, e, em simultâneo, remeter-se ao IGES-PAR os elementos solicitados no referido Parecer. Segundo é adiantado na informação, os trabalhos a re-alizar serão os seguintes: Caracterização da situação de referência do local; Recolha bibliográfica e documental em bibliotecas, arquivos e acervos diversos; Compila-ção e tratamento da informação de terreno das interven-ções de arqueologia realizadas no local; Descrição dos resultados dos trabalhos arqueológicos; Informatização da documentação arqueológica e histórica numa base de dados georeferenciada; Concepção do programa de musealização do sítio (Centro interpretativo e Laborató-rio visitável); Elaboração das linhas orientadoras do pro-grama de actividades lúdicas e pedagógicas.

HABITAÇÃO, URBANISMO E URBANIZAÇÃO Iluminação PúblicaNo que concerne a Ramais/Baixadas e Prolongamentos de Rede, foi aprovada por unanimidade a adjudicação da empreitada que tem em vista a remodelação da Rede de Distribuição e Iluminação Publica em Soure, com o in-tuito de uma melhoria das condições de serviço. A referi-da empreitada foi adjudicada por 34.982,79 €, à empresa que apresentou a proposta mais vantajosa.

Urbanização e UrbanismoA Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a ho-mologação do auto de recepção provisória da emprei-tada de reparação do interior do Edifício da Cadeia foi

adjudicada por deliberação de 29.07.2011, pelo valor de 13.980,00 € + IVA.

Foi aprovada, por unanimidade, a adjudicação, pelo va-lor de 14.994,47 €, à empresa que apresentou a proposta mais favorável, a empreitada de construção de passeios nos acessos à Creche e Novo Lar da Vinha da Rainha.

ABASTECIMENTO PÚBLICOÁguaO reservatório elevado existente no Casconho apresenta algumas fissuras nas paredes e cúpula, e apesar desta situação ter sido detectada há já algum tempo, não se procedeu de imediato a nenhuma intervenção, uma vez que este reservatório abastece não só as localidades de Casconho e Paleão, mas também as freguesias de Ta-péus, Degracias e Pombalinho.O executivo sourense aprovou agora por unanimidade a escolha de procedimento prévio com vista a diversas intervenções no referido reservatório. Os trabalhos a realizar passam pela decapagem e lim-peza de todo o reboco interior da cúpula, reparação de fissuras e reforço das juntas de betonagem (paredes/fundo) com argamassa de reparação impermeabilizante, seguida de aplicação em todas as superfícies de duas camadas de argamassa estanque à base de cimento, com propriedades hidrófugas e revestimento em po-liuretano sem solventes, aprovado para o contrato de água potável. Nas superfícies exteriores será efectuada a limpeza e decapagem do reboco exterior com jacto de água, seguida de pintura com primário antialcalino e duas demãos com membrana de borracha microporosa e impermeável na cor branca.

COMUNICAÇÕES E TRANSPORTESRede Viária e SinalizaçãoRelativamente a Recargas, foi aprovada por unanimida-de a adjudicação da empreitada em Casal do Facho e Rua das Alagoas, freguesia de Figueiró do Campo. A re-ferida intervenção tem o valor de 57.810,50 €, à empresa que apresentou a proposta mais vantajosa.

No que diz respeito à Conservação/Reparação da Rede Existente – Em Zonas Urbanas, foi aprovada por unanimi-dade a adjudicação da empreitada relativa aos acessos à Creche e Novo Lar da Vinha da Rainha, por 34.970,77 €, à empresa que apresentou a proposta mais favorável.

Ainda em relação à Conservação/Reparação da Rede Existente – Em Zonas Urbanas, foi aprovada por una-nimidade a escolha do procedimento prévio com vista a uma intervenção no acesso ao Campo de Futebol da Vinha da Rainha. Recorde-se que este acesso apresen-ta diversas deficiências, tanto em termos das condições estruturais do pavimento, como em termos de traçado e dimensões do perfil do arruamento, especialmente no seu troço inicial, próximo do entroncamento com a via principal. A referida intervenção, em termos genéricos, centra-se nos seguintes trabalhos: Saneamento de pa-

vimentos, com reforço da sua capacidade resistente; Execução de drenos longitudinais; Execução de valetas em meias manilhas de betão; Repavimentação dos pavi-mentos intervencionados; Enchimento de bermas.

Quanto à Conservação/Reparação da Rede Existente – Em Zonas Rurais, o executivo sourense aprovou por unanimidade a adjudicação da empreitada em Arrua-mentos diversos da freguesia de Vila Nova de Anços, à empresa que apresentou a proposta mais baixa, concre-tamente 145.000,00 €.

RECURSOS HUMANOSFoi aprovada por unanimidade a inserção de um aluno do Curso Profissional de Técnico de Gestão e Progra-mação de Sistemas Informáticos (do Agrupamento de Escolas Martinho Árias – Soure) num estágio a decorrer nos serviços da Câmara Municipal de Soure, de 26 de Março a 12 de Junho de 2012.Também por unanimidade, foi aprovada a inserção de um aluno do Instituto Superior de Contabilidade e Admi-nistração de Coimbra, num estágio curricular na área de Solicitadoria e Administração, que decorrerá até 31 de Agosto, do corrente ano.Refira-se que estes dois estágios não constituem qual-quer tipo de encargo para o Município de Soure.

GRANDES OPÇÕES DO PLANO – PPI E AMRE ORÇAMENTO / / 2012Foi aprovada por maioria, a 1.ª alteração ao Plano e Or-çamento do Município respeitante ao corrente ano de 2012. Tal resulta da análise e avaliação do Grau de Exe-cução das Grandes Opções do Plano e do Orçamento que tornam imperativas, determinadas alterações aos mesmos. O objectivo, segundo é adiantado na proposta, é o de reforçar algumas dotações de despesa tendo em vista dar cobertura a encargos de difícil previsão inicial e, ainda, a outros que decorrem de deliberações, entretan-to tomadas pelo executivo.

REDE DE GÁS NATURALNo âmbito da construção da Rede de Distribuição Se-cundária em Soure, a levar a cabo pela Lusitâniagás, S.A., o respectivo projecto prevê a instalação de uma conduta de 200 mm na Rua São João de Deus.De acordo com o pedido daquela empresa, por ques-tões que se prendem com a segurança dos utentes da via, bem como dos agentes afectos à execução dos tra-balhos, revela-se necessário proceder à interdição do trânsito motorizado, no troço compreendido entre o Tri-bunal de Soure e a Caixa Geral de Depósitos, entre o dia 5 de Março e o dia 9 de Março.Considerando o Parecer Jurídico dos serviços da Autar-quia, o Plano de Sinalização Temporária (apresentado pela Lusitâniagás, S.A. e elaborado pela entidade execu-tante) e o Parecer positivo da GNR relativamente a este assunto, o executivo sourense aprovou por unanimidade o Plano de Sinalização Temporária apresentado, e a au-torização para o condicionamento de trânsito solicitado.

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59 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

CONCELHO

Terras de Sicó levou região à maior feira de turismo

Rosa Coelho reedita ‘Aqui vai o lenço’

Desemprego em Soure cresceu 14 por cento em seis meses

Granja do Ulmeiro apoia associação com fadosCom o objectivo de angariar fundos para os escalões mais jovens, a secção desportiva (futsal) da Associação de Gran-ja do Ulmeiro levou a efeito, no sábado, 25 de Fevereiro, uma Noite de Fados. Silvio Girão, na guitarra portuguesa, e José Manuel Rodrigues, na viola, acompanharam as vozes de Nuno Sérgio, Carolina Pessoa, Ana Sofia Silva e Irmão Lagoa.A iniciativa contou com a presença de cerca de duas centenas de pessoas, que num ambiente intimista, à luz de velas e com o silêncio que se exigia, proporcionaram um ambiente acolhedor para ouvir alguns dos temas clássicos do fado.E numa interacção com o público, no final foram alguns dos próprios espectadores que subiram ao palco para revelarem o seu talento.Como não poderia faltar numa Noite de Fados, a iniciativa contou ainda com as tradicionais iguarias à mesa, nomea-damente grelhada mista e caldo verde. Em declarações ao jornal “O Popular de Soure”, Marco Carvalho, presidente da direcção da Associação de Granja do Ulmeiro, referiu que o balanço final deste evento é “ex-tremamente positivo”.

O concelho de Soure registava em Janeiro deste ano 848 de-sempregados, representando um aumento de 14 por cento relativamente a Agosto de 2011. Contudo, trata-se da evolução mais baixa no distrito de Coim-bra, de acordo com a União dos Sindicatos de Coimbra.De acordo com aquela estrutura sindical, o distrito de Coimbra contava em Janeiro com 23.232 desempregados, tendo regis-tado uma evolução de 27,9 por cento. Arganil foi o concelho que mais evolução registou no número de desempregados, tendo atingido 686 representan-do uma taxa de crescimento de 51,8 por cento.Condeixa-a-Nova registou um aumento de 28,4 por cento, Mon-temor-o-Velho 23,1 por cento e Figueira da Foz 29,5 por cento.A União dos Sindicatos de Co-imbra considera que «a situação

económica social e laboral é alarmante no distrito de Coim-bra» acrescentando que «as me-didas anunciadas pelo Governo PSD/CDS-PP que pretendem ‘privatizar até os desemprega-dos’, revelam algo sinistro e de mau gosto, continuando na sen-da de desvalorização do trabalho e destruição do tecido económi-co e produtivo do distrito».Ao acreditar no trabalho, nos trabalhadores e no crescimento económico e social sustentado, aquela União «vê como única solução a adopção de políti-cas concretas que defendam e criem novos postos de trabalho, apoiem o tecido produtivo e ac-tividade económica da Região, as suas potencialidades e re-cursos, dando expectativas de futuro a milhares de famílias de trabalhadores de regresso à vida activa e aos jovens (muitos deles altamente qualificados) as

oportunidades profissionais e de vida da nossa terra».A mesma estrutura sindical con-sidera que se a proposta de al-teração ao Código do Trabalhar passar a lei, «consequência do ‘acordo’ da UGT com o Gov-erno PSD/CDS-PP e Patronato, que facilitaria, entre muitas out-ras coisas os despedimentos, viria aumentar ainda mais os números deste quadro, com o alastramento da precariedade, da exclusão e pobreza».Inconformada, a União dos Sin-dicatos de Coimbra, apela aos trabalhadores do sector público e privado «que não resignem e lutem em defesa dos seus pos-tos de trabalho, dos seus di-reitos laborais e sociais, como trabalhadores e como cidadãos, pelas novas gerações, pelo povo, pelo distrito de Coimbra, com a adesão à Greve Geral no próximo dia 22 de Março».

A Terras de Sicó – Associação de Desenvolvimento, promoveu na Feira Internacional de Turis-mo – Bolsa de Turismo de Lis-boa – o Eixo da Romanização que integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a--Nova, Penela, Pombal, Soure e Tomar.“Consciente das oportunidades geradas pelo instrumento de política PROVERE, a Terras de Sicó, enquanto líder de um vasto conjunto de parceiros, públicos e privados, entendeu dar visibili-dade à actual maturação do pro-jecto, dinamizando no espaço da BTL’12 um stand promocio-nal que prestou informação aos mercados turísticos, confrontan-do operadores e agências de viagens com um novo produto para o mercado do turismo cul-tural, tanto a nível nacional como

internacional”, refere a associa-ção numa nota de imprensa.De acordo com a Terras de Sicó, o PROVERE VILLA SICÓ tem como missão o “aproveitamento económico distintivo e inovador do recurso endógeno âncora – Eixo da Romanização - através da renovação da base econó-mica orientada para actividades empresariais exigentes em co-nhecimento, criatividade e tec-nologia e actividades de suporte à exploração turística e à projec-ção externa deste capital simbó-lico de valor inquestionável”. Na quinta-feira, 1 de Março, de-correu a cerimónia de apresen-tação pública do stand com ani-mação tematizada e uma prova de produtos Sicó, com a presen-ça do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio.

O concelho de Soure esteve representado naquela Feira In-ternacional de Turismo em dois ambientes. No âmbito da dina-mização do produto estratégi-co Gastronomia & Vinhos, pro-movido pela Entidade Regional de Turismo do Centro, Soure marcou presença através de um dos produtos endógenos que o caracteriza, o Queijo Rabaçal, oriundo da freguesia de Pomba-linho.Já no próprio stand da Terras de Sicó foi dado destaque ao concelho de Soure, que integra aquela associação de desenvol-vimento. De referir que o programa de animação daquele espaço con-tou com a participação de um grupo que encenou um cortejo do imperador César Augusto, trajados à época.

A Chiado Editora prepara-se para lançar uma segunda edição do livro “Aqui vai o lenço” de autorida de Inês Maomé, pseudóni-mo de Rosa Pereira Coelho, proprietária da farmácia Balhau, de Granja do Ulmeiro.A obra, lançada no final do ano passado, no emblemático Café Santa Cruz, em Coimbra, contou com o apoio e o patrocínio do Município de Soure que adquiriu alguns exemplares do livro. Rosa Pereira Coelho (Inês Maomé) começou a escrever aos 57 anos, muito por culpa de uma vivência menos agradável que ocorreu na sua vida (um assalto de que foi vítima), que a deixou “num estado muito depressivo”, disse a autora ao Popular de Soure.“Já escrevia num blog, e em seguida, fui incentivada pela família, particularmente, pelo meu filho que também escreve, o João Vasco Coelho, melómano convicto, escritor e director de recursos humanos de uma empresa sedeada em Coimbra.“Tenho a certeza que muita gente que ao ler este livro se vai rever naquela história, e os mais novos vão saber como eram as coisas há um tempito atrás, pois que ainda que a minha escrita seja criativa, tem muito de verdade e sentido”, acrescenta Rosa Pereira Coelho.No seu prefácio, Pedro Balaus Custódio, professor da Universida-de de Coimbra, refere que “Aqui fica o lenço” é um texto “sobre o triunfo de vida pessoal que Isabel oferece ao leitor e, apesar de confessar que o lenço lhe caiu aos pés, ele voará ainda não sabe para onde. Desta incerteza de que são feitas as histórias, são igualmente fabricados os sonhos de uma vida, os momentos onde se inscrevem as memórias e os factos que os enformam”.“É esta substância narrativa, genuinamente telúrica e simples, destes sentimentos ora adultos, ora pueris, ora oníricos, ora reais, que os olhos do leitor, apreendem. São estes episódios que nos deixam observar uma constelação íntima de sentimentos distintos e uma turbulência emocional cujo epicentro são as realidades vividas por Isabel”, acrescenta o catedrático.Rosa Pereira Coelho equaciona colocar à venda o seu livro nalguns locais do concelho de Soure, designadamente, na vila de Soure, Granja do Ulmeiro e em Vila Nova de Anços. Para já, os interessados em adquirir um exemplar, podem eventualmente solicitá-lo na sua farmácia, na Granja do Ulmeiro.Este é “o primeiro livro de muitos que ainda hei-de escrever, para quem me quiser ler, e gostar como eu gosto, daquilo que eu gos-to de escrever”, concluiu Rosa Pereira Coelho, que já tem mais dois livros a serem revistos e analisados pela Chiado Editora.

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6O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

CONCELHO

Soure – minha terraHoje, ufano, prazeroso, estive contigo,Desfrutei a natureza, a linda paisagem.Saboreei a quentura de um abraço amigo,Que pena não ao vivo. Foi miragem!

Penoso, tão penoso, de ti, estar ausente,Porém, pisoteei tuas ruas, tuas praças.Olhei o semblante, dessa, nossa gente,Juntos, brindamos com bom vinho, nessas taças. Tanto me alegrei ver a casa do meu berço,Os sítios do meu arco, meu peão e companheiros.A beata dedilhando sempre o velho terço, Calcorreei lugares dos ex-passos, os primeiros.

Estive no histórico teu castelo e tanto olheiO negrume dessas pedras sobrepostas.Saudoso, tua Alta, tua Baixa, palmilhei,Lembrei amigos... Também a mim, abertas suas portas!

Feliz, como fiquei olhar, mas lentamente,O desfilar do belo sexo na avenida.Ouvi a Banda tocar, harmoniosa, imponente,Acordei... A bola de pano há muito adormecida.

Vi, a escola onde as letras, as primeiras soletrei,Só não, o professor, cuja morte, o levou. Vi, o Paços do Concelho, seu jardim onde brinquei,Esses “Soldados da Paz, que Deus tanto encorajou. Como foi gostoso desfrutar da velha ponte,A represa dos seus rios, o vistoso panorama.O imenso casario, estendido para o monte,A nora da levada, a rodar com toda a gana.

Julgo até, ouvir ainda aqueles pregões:Das peixeiras, fero-velho, o cauteleiro,Nas janelas, a briga das vizinhas, palavrões.Lembrei-me do burrico, puxando a carroça do moleiro.

Entrei na igreja, da primeira comunhão,Veio à mente, as trindades, o final da brincadeira,Janelas, varandas alindadas ao passar a procissão.Tanto me esforcei, subir apressado a íngreme ladeira.

Vi, o moderno: Rotundas, grande nora iluminada,No mercado, o burburinho e saboreei inda as boas frutas.Embrenhei-me nos quintais, com a unida garotada,Respirei a natureza... Cheirei rosas, colhi murtas!

Desfrutei a Várzea, sua brisa, o arvoredo,O verde dos canteiros, tal em telas de pintores.Alimentei as mansas pombas, vi recantos dos segredos,Sentei-me nos seus bancos, dos velhos, novos amores!

Tempos idos, do caminhar prá estação,A fumaceira do combóio, seu apito estridente.A poeirada do caminho, os buracos de tal chão,Namorados separados. Hoje!... Como, como diferentes!

Vi, as novas avenidas, praças enfeitadas,E, já não de pedras a rua do Outeiro, ex-morada.Tabernas!... Sim, mais modernizadas.A terceira-idade acolhida, tão aconchegada!...

Daqui, distante, tanto sonhou este teu amigo,Beijando o chão, -- tal o Papa, -- minha homenagem.Como hoje alegremente, estive contigo!... Que pena, não ao vivo. Foi sim... a tal, miragem!

José Pais de Moura (Niterói/Brasil)

Brunhós serviu 400 refeições em festival

O 1º Festival Gastronómico da freguesia de Brunhós superou as expectativas tendo servido cerca de 400 refeições em dois dias.O evento foi organizado pela Junta de Freguesia e pelo Cen-tro Cultural e Recreativo do Povo de Brunhós e decorreu nos dias 3 e 4 de Março.Depois da tradicional matança do porco, na manhã de sába-

do, dia 3, a animação esteve a cargo dos Gaiteiros da Gestei-ra que percorreram as ruas de Brunhós. À noite houve jantar e baile popular abrilhantado pelo grupo GMB.Na manhã do dia seguinte, os Gaiteiros da Gesteira voltaram a sair à rua, tendo a tarde sido ani-mada pelo Rancho Folclórico do Cercal. O evento terminou com

a realização de um lanche conví-vio ao final da tarde.Serrabulho, cozido, febras fritas, leite creme e arroz doce foram algumas das especialidades gastronómicas que puderam ser apreciadas.A organização faz um balanço “extremamente positivo” e sa-lienta que “todas as expectativas foram superadas”.

Nova direcção do Rancho da Ribeira da Mata empossadaA direcção do Rancho Folclórico da Ribeira da Mata, liderada por Luís Ferreira Pinto, tomou posse recentemente, com o objectivo de «dar continuidade ao bom trabalho realizado pelas anteri-ores direcções».O elenco directivo é constituído, ainda, por Maria Clara Caetano Feliciano Ferreira e Joaquim Correia Bizarro, respectiva-mente, tesoureira e secretário.

Segundo Luís Ferreira Pinto, a nova direcção «está já a tra-balhar no sentido de melhorar ainda mais o rancho folclórico». Para tal, estão a ser feitas recol-has de danças e cantares de outros tempos, junto das pes-soas mais idosas da Ribeira da Mata, para que sejam recriadas e apresentadas a público a curto ou a médio prazo.No que concerne a trajes, está

também a ser feita uma apro-fundada pesquisa juntos dos anciões daquela localidade, para que os usos e costumes da região sejam representados de uma forma o mais rigorosa possível.Ainda, de acordo com Luís Fer-reira Pinto, a nova direcção es-pera contar o apoio e disponibi-lidade da população da Ribeira da Mata.

Primeiro festival gastronómico de Brunhós superou as expectativas da organização

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79 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

CONCELHO

APPACDM festejou 21 anos a pensar no futuro

Irmãos da Misercórdia reunidos em assembleiaA Santa Casa da Misericórdia de Soure reúne em Assem-bleia Geral, na sua sede social, no dia 16 de Março, (sexta-feira), pelas 21:00 horas.Da ordem de trabalhos consta a apreciação e votação do Relatório e Contas de Gerência do ano de 2011 e a autorização para venda de um prédio urbano na freguesia de Soure.O suporte documental da ordem de trabalhos estará disponível na secretaria da Instituição, durante o horário de expediente, para consulta dos interessados.

Mais de uma centena de gaiteiros em Pouca Pena

Vinha da Rainha regressou à pré-história no carnavalA Associação Cultural Desportiva e de Solidariedade da Freguesia da Vinha da Rainha promoveu, no dia 18 de Fevereiro, a sua tradicional Festa de Carnaval, este ano subordinada ao tema da Pré-História.A festa teve início às 21:00 horas com uma pequena dramatização sobre os períodos paleolítico, mesolítico e neolítico onde foram abordados vários pontos que mar-caram as personagens daquelas épocas, nomeadamente a utilização da pedra lascada para a produção de ferramen-tas e instrumentos de caça; o domínio do fogo; a organi-zação e divisão do trabalho entre homens e mulheres; o uso das cavernas para se abrigarem do resfriamento intenso do planeta; a aplicação da pedra polida na fabri-cação de novos instrumentos (machados, lâminas de corte, serras, etc.); e, a descoberta da agricultura. Para animar a dramatização o mesmo grupo apresentou uma coreografia da Idade da Pedra onde todos os presentes pud-eram dançar ao som de “Meet The Flintstones”. Depois, seguiu-se o desfile carnavalesco onde participaram cerca de 40 personagens (crianças da Creche e CATL, idosos do Centro de Dia e Centro de Convívio, e funcionárias). Por volta das 22:30 horas, abriu-se o Baile de Máscaras com o acordeonista Figueiredo (Almagreira) onde bruxas, palhaços, carochinhas entre outras personagens puderam exibir a sua fantasia e participar no Concurso de Máscaras que foi aberto à comunidade.

Rancho Folclórico do Cercal junta membros e amigos em jantar

A APPACDM – Associação Por-tuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Soure, comemorou no dia 22 de Fevereiro o seu 21º Aniversário, tendo para o efeito reunido os seus clientes, colaboradores e dirigentes.Na efeméride, o presidente da Direcção, Santos Mota, fez uma pequena abordagem sobre o surgimento da Instituição, em 1992, ainda como delegação da congénere de Condeixa-a-Nova, vindo progressivamente a eman-cipar-se até se tornar totalmente independente, em 2001.Nos dias de hoje, a instituição possui as valências de Centro de Actividades Ocupacionais, Serviço de Apoio Domiciliário, Lar/Residencial, Centro de Acti-vidades de Tempos Livres, For-mação Profissional, Centro de Recursos para a Inclusão e ain-da uma Empresa de Inserção na área da Jardinagem.Em termos técnicos, a Instituição tem uma equipa multidisciplinar nas áreas de Serviço Social, Psi-cologia, Fisioterapia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional e En-

genheiro Agrário. O presidente da direcção referiu que a Insti-tuição, tal com se vislumbra pela sua isão, pretende ser reconhe-cida como organização sólida e inovadora na melhoria da qua-lidade de vida do cidadão com deficiência, incapacidade e em situação de desvantagem, nas áreas da reabilitação, educação e qualificação profissional e que,

numa perspectiva de melhoria contínua das respostas sociais, se encontra certificada pelo Sis-tema de Gestão da Qualidade EQUASS, inspirado nas orien-tações normativas gestionárias, corporizadas em Normas da Qualidade internacionalmente reconhecidas, e em orientações normativas relacionais, corpori-zadas em Cartas Universais, Có-digos e em legislação. É neste ponto de encontro en-tre as orientações de gestão e as orientações de actuação que a APPACDM de Soure inspira a sua missão e estratégia, os seus procedimentos e práticas, que realizam os ideais da solidarie-dade social. Santos Mora disse ainda que a todos o momento a Instituição irá partir para uma nova etapa da certificação, pre-tendendo desta vez atingir a qualificação de Excelência.Ainda no decorrer do acto come-morativo, foi feita uma modesta inauguração do pátio interior para o qual contribuiu a empresa de serração “Pedrosa & Irmãos, Ldª”, através do seu representan-te Nelson Pedrosa, nomes este, que passou a estar associado àquele espaço lúdico.

O último dia 4 de Março foi de festa na localidade de Pouca Pena, freguesia de Soure. A associação local e o grupo Ronca & Rasga realizaram o 2.º Encontro de Gaiteiros, e a animação foi uma constante ao longo daquele Domingo.A recepção aos grupos teve lugar às 9 horas, e uma hora depois, os mesmos, realizaram uma arruada pelas ruas da localidade. O almoço com todos os grupos decorreu por volta das 13 horas, sendo que as actuações em palco tiveram início às 15:30 horas.Mais de 100 músicos estiveram presentes neste 2.º Encon-tro de Gaiteiros de Pouca Pena, que contou com a par-ticipação de 14 grupos, concretamente: Amigos da Farra – C. Charneca – Soure; Colibry – Mamarrosa – Oliveira do Bairro; Gaitas da A.P.E.D.G.F. – Lisboa; Gaiteiros da Presa – Soure; Gaiteiros de Coimbra; Os Unidos – Zambujal – Condeixa-a-Nova; Os Carriços – Vacariça – Mealhada; Os Canários – Redinha – Pombal; Popularis – Anadia; Roncos & Curiscos – Ança – Cantanhede; Ronca & Rasga – Pouca Pena – Soure; Tradicionalis – Soure; Trigainas – Coimbra; Zé da Gaita – Granja do Ulmeiro – Soure. Refira-se que este evento contou também com a presença dos construtores de instrumentos tradicionais Victor Félix e Mário Estanislau.

O Rancho Folclórico do Cercal assinalou, recentemente, o final da época 2011, num jantar con-vívio realizado na Quinta Dona

Maria, em Soure, que serviu, também, para reforçar os laços de amizade entre todos os seus elementos e dirigentes.

Para além dos membros do ran-cho folclórico, estiveram presen-tes naquele convívio represen-tantes da Junta de Freguesia da Gesteira e da Câmara Municipal de Soure.No total, foram cerca de 60 as pessoas que marcaram presen-ça naquela jornada de amizade, companheirismo e boa disposi-ção.Ao jornal “O Popular de Soure”, o presidente da direcção da co-lectividade, Paulo César, referiu estar muito satisfeito com o re-sultado final do jantar-convívio, pois foi “muito participado e to-dos se divertiram”. Recorde-se que o Rancho Fol-clórico do Cercal foi fundado em 1914, estando filiado na Federa-ção do Folclore Português e na Associação de Folclore e Etno-grafia da Região do Mondego.

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8O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

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99 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

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10O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

DESPORTO

Camp. Juvenis - Série B

ResultadosNaval - Vinha da Rainha 3-1Esperança - Vigor 0-2Gândara - Ereira 0-0Tocha - Carapinheirense 1-3Águias - Casaense 0-4Ançã - U. Coimbra 4-2Académica/OAF - Marialvas 4-0

Classificação1 Académica/OAF 58 pontos2 Naval 533 Marialvas 504 Vigor 455 Tocha 416 Carapinheirense 317 Vinha da Rainha 288 U. Coimbra 279 Académica/SF 2610 Águias 2311 Casaense 2212 Ançã 2013 Ereira 1214 Gândara 0615 Esperança 01

Próxima jornadaVinha da Rainha - Esperança; Vigor - Gândara; Ereira - Tocha; Carapinhei-rense - Águias; Casaense - Ançã; U. Coimbra - Académica/OAF; Marialvas - Académica/SF

Camp. Iniciados - Série BResultadosVinha da Rainha - Tocha 2-3Touring - Naval B 1-2Ereira - Naval A 2-1Carapinheirense - Ançã 1-0Águias - Vateca 0-3

Classificação1 Tocha 48 pontos2 Marialvas 463 Vateca 384 Vinha Rainha 375 Águias 276 Ereira 237 Ançã 218 Naval A 179 Maiorca 1510 Naval B 1311 Touring 1312 Carapinheirense 07

Próxima jornadaNaval A - Vinha da Rainha; Naval B - Maiorca; Tocha - Touring; Ançã - EreiraVateca - Carapinheirense

Camp. Infantis - Série BResultadosSourense - Vinha da Rainha 2-4Arzila - Cernache A 8-2U. Coimbra B - Vigor A 3-3Penelense - Condeixa A 3-2Vigor B - Assafarge 12-0Condeixa B - Formoselha 2-2Casaense - U. Coimbra A 1-8Cernache B - Esperança 4-3

Classificação1 U. Coimbra A 63 pontos2 Vigor B 633 Esperança 514 Cernache B 515 Condeixa A 326 Sourense 327 Vinha Rainha 318 Assafarge 319 Condeixa B 2910 Vigor A 2711 Casaense 2712 Penelense 2313 Formoselha 1914 U. Coimbra B 1915 Cernache A 0616 Arzila 04

Próxima jornadaVinha da Rainha - Condeixa B; Assafar-ge - Sourense; Esperança - Arzila; Cer-nache A - U.Coimbra B; Vigor A - Pene-lense; Condeixa A - Vigor B; Formoselha - Casaense; U.Coimbra a - Cernache B

Camp. Benjamins-Série BResultadosSourense - Esperança 7-0Arzila - Condeixa A 4-3Pereira A - Casaense A 7-0Vigor B - Assafarge 1-2Casaense B - Vigor A 9-0Condeixa B - Formoselha 4-1Cernache B - Pereira B 12-1

Classificação1 Sourense 53 pontos2 Cernache B 503 Pereira A 454 Assafarge 455 Cernache A 416 Casaense B 417 Condeixa B 378 Vigor B 309 Arzila 2710 Esperança 1811 Formoselha 1512 Condeixa A 1313 Casaense 1214 Pereira B 0415 Vigor A 00

Próxima jornadaAssafarge - Sourense; Cernache A - Ar-zila; Condeixa A - Pereira A; Casaense A - Vigor B; Esperança - Casaense B; Vigor A - Condeixa B; Formoselha - Cer-nache B

III Divisão - Série D

Resultados - 21ª JornadaRiachense - Sourense 2-2Alcobaça - Beneditense 0-0Marinhense - Bombarralense 6-0Benfica CB - Pampilhosa 3-1Peniche - Sporting Pombal 0-2

Classificação1 Benfica CB 35 pontos2 Tocha 343 Sourense 344 Sp. Pombal 315 Marinhense 316 Pampilhosa 317 Peniche 298 Beneditense 269 Alcobaça 1810 Riachense 0811 Bombarralense 06

Próxima jornadaSourense - Peniche; Bombarralense - Al-cobaça; Pampilhosa - Tocha; Sp. Pombal - Benfica CB; Beneditense - Riachense

Divisão de Honra - AFC

ResultadosVinha da Rainha - Marialvas 3-3Eirense - Touring 2-2Carapinheirense - Académica/SF 4-0Febres - Arganil 2-1Penelense - Tabuense 2-0Ançã - Gândara 1-0Vigor - Pampilhosense 1-1

Classificação1 Penelense 50 pontos2 Ançã 433 Vigor 404 Carapinheirense 395 Arganil 366 Pampilhosense 347 Febres 338 Académica/SF 279 Eirense 2510 Vinha da Rainha 2511 Touring 1712 Marialvas 0713 Tabuense 0714 Gândara 05

Próxima jornadaTabuense - Vinha da Rainha; Pampilho-sense - Eirense; Touring - Carapinhei-rense; Académica/SF - Febres; Arganil - Penelense; Marialvas - Ançã; Gândara - Vigor

CAMPEONATO NACIONAL DE DOWNHILL

Francisco Pardal começa época no pódio

O sourense Francisco Pardal, da equipa Pombal Jovem/More Bike Park, campeão nacional de Downhill/2011, conquistou o segundo lugar na primeira etapa da Taça de Portugal de Downhill (DHI) Vodafone, disputada na pista do Arimbo, São Brás de Alportel (Algarve), que contou com 250 participantes.Francisco Pardal ficou a 2,984 segundos do vencedor, Cláudio Loureiro de Felguei-ras, representando a equipa Team Tran-sition/Sram. O terceiro lugar do pódio foi alcançado por José Borges da equipa ASC/Bike Zone.“Acabei em segundo lugar na geral e es-tou muito feliz pelo meu resultado, tenho andado a trabalhar para fazer uma boa época e o apoio da minha equipa More Bike Park e dos meus patrocinadores tem sido fundamental”, declarou Francisco Pardal ao Popular de Soure. Francisco Pardal agradeceu aquela vitó-

ria a todos os que o apoiam e em espe-cial aos seus patrocinadores: More Bike Park, Carb Boom Europe, Pro-Tec e Al-deias do Xisto.Sem surpresas, a campeã mundial júnior, a britânica Manon Carpenter (Madison Saracen), foi a vencedora absoluta no es-calão feminino, concluindo a prova com 3m17,403s. O segundo posto foi alcan-çado pela mexicana Lorena Dromundo (Monster Energy/Maxxis), e o terceiro lu-gar coube à regressada Áurea Agostinho, de volta às pistas depois de larga tempo-rada afastada do DHI. José Vasco (GD Fundação Jorge Antu-nes) impôs-se na categoria de juniores. Rúben Bandeira ganhou em cadetes. Ricardo Soares (GD Fundação Jorge An-tunes) foi o melhor veterano A, enquan-to o britânico Jason Carpenter (Dragon Downhill) bateu toda a concorrência em veteranos B+C.

XADREZ

‘Pedro Hispano’ com bons resultados em Foz Côa

No dia 4 de Março, a Academia de Xadrez Pedro Hispano-Soure, deslocou-se a Vila Nova de Foz Côa, com uma comitiva de 25 jovens xadrezistas, para participar no Open local.“Os nossos alunos foram brilhantes”, dis-

se ao Popular de Soure, Carlos Vicente coordenador da AX Pedro Hispano – Sou-re.José Catarro (3º), João Vicente (6º), Jo-ana Branco (3ª Feminina), conduziram a AXPH a um 2º lugar colectivo.

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119 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

DESPORTO

Academia de Xadrez Pedro Hispano é dos ‘clubes mais activos a nível nacional’

JOSÉ CARLOS VICENTE, COORDENADOR DA ACADEMIA DE XADREZ PEDRO HISPANO - SOURE

A Academia de Xadrez do Ins-tituto Pedro Hispano (Soure) é um dos “clubes mais activos a nível nacional” afirma o seu co-ordenador, José Carlos Vicente, salientando a “excelente quali-dade” dos seus atletas.Em entrevista à Rádio Popular de Soure (RPS), José Carlos Vi-cente retractou o que é e o que poderá ser aquele clube que teve início há cerca de seis anos no seio do Instituto Pedro Hispa-no, da Granja do Ulmeiro.Segundo aquele coordenador, tudo começou como forma de ocupar os alunos daquele esta-belecimento de ensino nos seus tempos livres. Entre outros jo-gos praticados na Biblioteca da escola surgiu o xadrez. «O inte-resse começou a ser crescente e a resposta teve de ser maior e adequada”, refere Carlos Vicen-te, que enquanto jovem também foi um praticante da modalidade.O professor adianta que o clube foi-se desenvolvendo e perante a “oportunidade de sair da esco-la e jogar com outros clubes es-colares” a federação dos atletas “foi um passo”.

GRANDE EMPENHO DE TODOSHoje o clube regista no seu pal-marés vários títulos ao mais alto nível. Resultados que se devem essencialmente “ao grande em-penho de todos” mas também “aos apoios paralelos e à aposta da própria escola” na modalida-de. “Foi um pequeno grão que foi dando origem a uma dimen-são que é claramente uma das maiores a nível nacional”, afir-ma.Na presente época a manuten-ção na 3ª Divisão Nacional está garantida, não estando afastada a hipótese a subida de escalão. Para José Carlos Vicente, “o que já foi feito foi excelente” salien-tando o facto de serem jovens a jogar com seniores. “Não vamos criar expectativas que ultrapas-sem jogo a jogo”, diz, conside-rando que “a subida dentro de um ou dois anos será uma forma natural”.Para Carlos Vicente “o que inte-ressa é dignificar Soure e valori-zar os jovens atletas e recebem bem quem nos visita”.´

APOIO DESTACADO DOS PAIS DOS ATLETASO coordenador não deixa de sa-lientar o empenho dos pais dos jovens xadrezistas, que “primam pelo apoio e pela sua presença” nas mais variadas provas. Até porque, são os próprios pais que suportam parte das des-pesas, porque “vêm na moda-lidade uma formação dos seus filhos”.Por outro lado, Carlos Vicente destaca o apoio da Câmara Mu-nicipal de Soure. “Não tanto um apoio financeiro mas um apoio humano” já que a presença do presidente ou de vereadores “é um apoio muito importante para os atletas”. “É muito importante para as crianças e para as famí-lias” fazendo com que “se sin-

tam bem”.José Carlos Vicente não tem dúvidas que o xadrez contribui para o desenvolvimento intelec-tual de quem pratica a modalida-de. “Há estudos que confirmam essa vertente”, diz o professor, sublinhando também a impor-tância do desporto no âmbito do campo ético. “Cada partida ini-cia-se e finaliza-se com o cum-primento entre os jogadores”,Perante as “múltiplas vanta-gens”, Carlos Vicente refere que “progressivamente é uma moda-lidade que está a ser adoptada por diversas escolas”, adiantan-do que “há vários projectos no país em que se valoriza a impor o xadrez enquanto instrumento pedagógico”.Daí que o coordenador entende que seria benéfica a prática do xadrez junto das comunidades idosas, recordando que os mes-mos estudos referem que pro-blemas do campo mental, como a doença de Alzheimer “pode-rão ser minimizados”.Uma situação que leva Carlos Vicente a não afastar a hipótese da Academia se alargar a uma camada de população mais ido-sa do concelho de Soure.Contudo, a prioridade será abrir portas a jovens. Até porque “a aprendizagem de um jovem é mais fácil” adiantando que “não têm medo de errar”.Salienta, também, a importância da informática naquela aprendi-zagem, nomeadamente “quan-do se joga com o computador”. Para além de poderem serem consultadas bases de dados de todo o mundo através da inter-net. O que permitirá analisar to-das as partidas, com vista à cor-

recção de erros no futuro.José Carlos Vicente deixa sem-pre uma mensagem aos jovens atletas: “em casa devem estudar para serem bons alunos”. Po-rém, “se tiverem tempos livres joguem xadrez”. Actualmente o xadrez do Insti-tuto Pedro Hispano dispõe de duas estruturas: uma direccio-nada para o desporto escolar e outra federada, sendo a única organização no concelho com a modalidade de xadrez. Os seus 75 jovens federados faz com que seja o segundo clube com mais atletas federados no país. Com destaque para o facto de 25 serem do sexo feminino. Atletas que têm registado “exce-lentes resultados”, quer a nível nacional, quer mesmo ao nível internacional.Para o efeito, a organização também tem dedicado especial atenção à formação de iniciação para professores do Instituto Pedro Hispano. Até porque to-dos são poucos para participar na logística do clube, sobretudo nas deslocações.

PELO PAÍS E ESTRANGEIROOs xadrezistas sourenses par-ticiparam em provas um pouco por todo país e até no estran-geiro, tendo já levado o nome de Soure a Viseu, Braga, Aveiro, Santarém, Vila Real, Leiria, entre outros, e a países como a Bul-gária, Turquia, Espanha e Brasil.Uma situação que tem permitido “alargar horizontes” e propor-cionando que os atletas mantém laços de amizades que, poste-riormente, através da internet os leva a troca de experiências.

Para além de coordenador daquela estrutura do Instituto Pedro Hispano, José Carlos Vi-cente lidera a Associação Des-portiva Escolar de Xadrez de Coimbra, uma entidade que en-globa todas as escolas do distri-to de Coimbra que pratiquem a modalidade.

APOSTA NA FORMAÇÃO“Felizmente, a associação só tem contribuído para o cresci-mento do xadrez no distrito”, salienta aquele responsável enaltecendo, também, o traba-lho que tem sido desenvolvido ao nível da formação, sobretudo no que diz respeito a questões de arbitragem.Para além de ostentar o título de escolas de referência desportiva de xadrez, única na região Cen-tro, recentemente, a Academia de Xadrez Pedro Hispano – Sou-re foi certificado pela Federação Portuguesa de Xadrez como Clube Formador de Grau 3, uma das certificações de topo.Carlos Vicente sublinha que a candidatura apresentada foi alicerçada em vários vectores, sobretudo na qualidade dos téc-nicos – aquele que é neste mo-mento o melhor técnico nacional desloca-se duas vezes por se-mana à escola – ; a quantidade de atletas inscritos que efectiva-mente jogam; e a sua qualidade, comprovada pelo facto de inte-grarem, regularmente, estágios e a selecção nacional.Com aquela certificação, a Aca-demia junta-se aos outros qua-tro clubes portugueses que já ostentam aquela distinção: Aca-demia de Xadrez de Gaia, Clu-be dos Galitos (Aveiro), Grupo

Desportivo Dias Ferreira (Porto) e o Clube Desportivo dos Ferro-viários do Barreiro.“Estamos com mérito devido a um trabalho realizado por todos o envolvimento da escola e da Câmara Municipal”, afirma.Para aquele professor, os joga-dores que se destacam “são um mostruário do concelho de Sou-re” acrescentando que “são cla-ramente uma referência”. Para além dos resultados que conquistam, Carlos Vicente, enaltece a humildade dos mes-mos. Sobretudo porque “ma-nifestam disponibilidade para ajudar os mais novos, ensinan-do-os”. “Estes jovens são uns modelos, são uma referência”, refere.

FUTURO DE TRABALHO E MUITO EMPENHOQuanto ao futuro, José Carlos Vicente afirma que “é essencial-mente de trabalho”. Continuan-do o trabalho desenvolvido ao nível do desporto escolar, mas também ao nível de alta compe-tição. Bem como ao incentivar os mais novos a praticarem xa-drez. “Com trabalho e empenho de todos não regatearemos es-forços para que o caminho do xadrez sirva para que os jovens são melhores cidadãos”.Por outro lado, José Carlos Vicente salienta o facto da es-trutura envolver quase quatro centenas de jovens. “É já um projecto muito grande” pelo que “solicitamos que seja devida-mente acarinhado”. Realçando que “pretendemos formar gen-te a nível desportivo e divulgar o concelho que tem gente com enorme qualidade”.

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12O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

“A penitência continua”

estamos a trabalhar na renovação......em breve seremos ainda mais populares!

UmA REgIãO | Um CONCELHO | UmA PAIxãO

REgIãO

Os mais recentes dados económicos indicam que a Re-cessão se agravou, com amargurados recordes em número de Desemprego, Falências, Hipotecas, Execuções fiscais, Penhoras, etc, etc, etc…Contudo o Executório assegura no futuro ano de 2013, uma Retoma, mesmo que débil e um calculável regresso aos Mer-cados dominados pelo Rating, especulação e adesionismo. Estamos em época de Quaresma, penitência de carne, se bem que, por imposição orçamental, seja superior a carên-cia, abrangendo o geral. Portugal está cada vez mais povoado de montras com anún-cios de liquidação total, encerramento, trespasse, venda a bom preço, urgente ou facilidades. Sobra o Futebol, o Fado e Fátima. O primeiro com altercação, o segundo com comoção e o ter-ceiro com comiseração. A Fé é, aliás, cada vez mais requeri-da nestes tempos de necessidades e o incentivo económico ganha crédito quando a exemplo a Diocese de Viana do Castelo atribui 950 euros de salário mínimo aos seus padres. Com tamanho salário médio, acima da média, os candidatos a Celibato decerto não escassearão se bem que, os valores espirituais pareçam ser preteridos pelo chamamento finan-ceiro. Por esta erudição teme-se que um dia surgirá em público um preçário para milagres, absolvições e Exorcismos.Acredito eu que, nem com rezas e água-benta este País prospere de tal forma que a Crise abale a curto espaço. O esforço no presente exigido, situa-se entre o sobre-humano e o olímpico e a arbitragem, parece, no grosso, alheada das quatro linhas que delimitam este rectângulo à beira-mar plan-tado.

Entre uma Primavera antecipada em meteorologia, pautada por uma lesiva seca e o tempo de contas ao fisco, a Páscoa aproxima-se, para gáudio de afilhados e pesadelo de padrin-hos. Portugal, por norma, firmará mais florido em claro contraste com o cinzentismo da Economia real, tecendo uma tela de estilo agro-doce. Que venham as andorinhas pois como diz o ditado:” Uma só andorinha não faz o verão”. Aproveito o adágio para encerrar a presente com outro alusivo ao mês:” Março liga a noite com o dia, o Manel com a Maria, o pão com o mato e a erva com o sargaço “…acrescento: “ e o IRS com o IMI”. Tenhamos Fé e Liquidez.

Sourense dá nome a futuro Centro de Saúde de AlmagreiraA Junta de Freguesia de Alma-greira vai atribuir o nome de José Rodrigues da Silva, antigo presidente, ao edifício da Exten-são de Saúde local que se en-contra em fase de conclusão. A proposta mereceu parecer favo-rável por parte da Câmara Muni-cipal de Pombal, proprietária do edifício.Fernando Matias, presidente da Junta, entende que se trata de um reconhecimento público «justo e justificável», uma vez que o seu antecessor, recen-temente falecido, «consagrou muitos anos da sua vida à causa pública».O autarca social-democrata considera, ainda, que José Silva «bateu-se com muito empenho e tenacidade para conseguir que os utentes e funcionários dos cuidados de saúde primários ti-vessem melhores condições de atendimento e trabalho».Recorde-se que José Rodrigues Silva, que presidiu à Junta de Freguesia de Almagreira duran-te 12 anos, tendo durante o seu mandato procurado solucionar a falta de condições da Extensão de Saúde local. Uma solução que só agora foi concretizada com a construção de um novo edifício em substituição do an-tigo.«Infelizmente deixou prematu-

ramente o nosso convívio sem a realização desse seu grande sonho de servir os almagreiren-ses em termos de saúde», afir-ma Fernando Matias salientando que José Silva «é um homem de referência pelo seu altruísmo», sobretudo em prol da freguesia.Natural do concelho de Soure, José Rodrigues Silva residida em Netos (Almagreira) e era pro-fessor do ensino especial desde 1977, tendo exercido funções no Centro de Acolhimento do Lore-to, em Coimbra.Como autarca desempenhou funções de presidente da Jun-ta de Freguesia de Almagreira, de 1993 a 2005; de Secretário de 1981 a 1992; e de residente da Assembleia de Freguesia de 1978 a 1980.Enquanto presidente da autar-

quia, foi o representante eleito dos presidentes de junta de fre-guesia do concelho de Pombal na Associação Nacional dos Mu-nicípios Portugueses.Foi dirigente associativo da As-sociação Cultural, Desportiva e Recreativa de Almagreira; sócio fundador do Centro Social e Pa-roquial de Almagreira e membro do Lions Clube de Pombal.Durante os seus três mandatos como presidente da Junta de Freguesia de Almagreira, o seu nome ficou associado à cons-trução do mercado local, à cria-ção do Centro Social Paroquial, construção do Centro de dia, construção do polidesportivo do Paço e arranjo da sede social da Associação de Moradores, assim como à construção do polidesportivo de Almagreira e arranjo das instalações de apoio bem como a electrificação de campo de futebol, entre outros, como a conclusão da rede de abastecimento de água domici-liária a todos os lugares da fre-guesia.Em 2007, a Câmara Municipal de Pombal atribuiu-lhe a Meda-lha de Mérito Municipal em pra-ta, como forma de reconheci-mento «pelo seu contributo para o desenvolvimento da freguesia de Almagreira e do concelho de Pombal».

FENACAM congratula-se com resultados do Crédito AgrícolaA FENACAM – Federação Na-cional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, representante político-institucional das Cai-xas de Crédito Agrícola portu-guesas, congratulou-se com «a crescente adesão da popula-ção portuguesa aos serviços e produtos das Caixas Agrícolas, que permitiu os resultados do desempenho das mesmas no exercício de 2011». Numa nota à imprensa, a federa-ção refere que «no ano de 2011 as Caixas Agrícolas comemo-raram um século de existência após a publicação do Decreto de 1911, o qual possibilitou a criação das Caixas Agrícolas no modelo semelhante ao actu-al» e acrescenta que «o ano de 2011 também ficará assinalado na história como o ano em que, para além de uma folgada situa-ção de liquidez, as Caixas Agrí-colas dispõem de uma robusta solvabilidade, tendo o progra-ma Especial de Inspecções da Troika confirmado que o Crédito

Agrícola dispõe de um rácio de solvabilidade core tier 1 superior a 12%, o mais elevado de todo o sistema financeiro português». A FENACAM, após a divulga-ção dos resultados das Caixas

Agrícolas pela Caixa Central – organismo financeiro cen tral do sistema, manifestou o seu «rego-zijo e felicita as Caixas Agrícolas, seus associados e clientes pelo brilhante desempenho em 2011».

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139 MARÇO 2012 | sexta-feira O Popular de Soure

REgIãO

Processo: 333/10.TBSRE-A Execução Especial de Alimentos (Of.Justiça) Data: 13-02-2012

Exequente: Ministério PúblicoExecutado: Elisa Cristina Ganso da Silva Gante

Tribunal Judicial de SoureSecção Única

Rua São João de Deus - 3130-350 SoureTelef.: 239506470 Fax 239507307 Mail: [email protected]

2ª PUBLICAÇÃO

Agente de Execução (O.J.): Fernando Brás. Endereço: Tribunal Judicial de Soure, Rus S. João de Deus, Soure

Nos termos do disposto do artigo 890º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante indicado:Bens em venda:DESCRIÇÃO: Veículo de matrícula 14-91-CT, de marca OPEL - Corsa - B, de cor branca, a gasolina, com 1195 cm3 de cilindrada e com o quadro nº VSX000073R4058433Fiel depositário: Jorge Duarte Gante Vintém, Rua da Vala Nova, Casa Velha, 3130-SoureExecutada: Elisa Cristina Gariso da Silva Gante, Estado Civil: Casado. Documentos de Identificação: BI - 09939311, NIF 191791601. Endereço: Argos Court Flat 2, Caldwell Street - Londor Sw 90 Pq, InglaterraMODALIDADE DA VENDA: Venda mediante proposta em carta fechadaVALOR BASE DA VENDA: € 400,00

Nota: Na venda mediante proposta em carta fechada, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (nº1 ao Artº 897º do CPC).

O Agente de ExecuçãoFernando Brás

Edição nº 377 do jornal “O Popular de Soure” de 09-03-2012

Processo: 63/12.6TBSRE Interdição/Inabilitação Data: 17-02-2012

Exequente: Ministério PúblicoExecutado: Fernando Manuel da Silva Lopes

Tribunal Judicial de SoureSecção Única

Rua São João de Deus - 3130-350 SoureTelef.: 239506470 Fax 239507307 Mail: [email protected]

ANÚNCIO

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Fernando Manuel da Silva Lopes, com residência em domicílio: Casal da Venda, Soure, 3130-513 Soure, com efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psiquica.

A Juiz de DireitoDra Vanda Lisa Sousa

O Oficial de JustiçaManuela Costa

Edição nº 377 do jornal “O Popular de Soure” de 09-03-2012

A autarquia de Montemor--o-Velho pediu pareceres a várias entidades públicas sobre a eventual criação de uma taxa municipal de socorro e prevenção de incêndios, reclamada pela corporação de bombeiros local, disse o presidente da câmara.Em declarações à Agên-

Câmara de Montemor aguarda pareceres para decidir sobre taxa municipal a favor dos bombeiros

A praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano do país, está a crescer, em média, 40 metros por ano, devido ao prolongamen-to do molhe norte do rio Mondego, afirma um in-vestigador do movimento das areias.José Nunes André, geó-grafo e investigador uni-versitário, tem vindo a mo nitorizar a acumulação de sedimentos através de três perfis transversais, ela borados numa faixa de dois quilómetros de com-primento no areal entre a Figueira da Foz e Buarcos.“Tem dado uma média de 40 metros ao ano de crescimento da praia. E a sul [dos molhes do porto] temos o reverso da me-dalha, as praias estão a recuar assustadoramente. As praias da Cova Gala e da Leirosa recuaram 15 metros num ano”, disse à agência Lusa José André.De acordo com o investi-gador, o ritmo de cresci-mento do areal da Figueira da Foz é, atualmente, su-perior ao verificado aquan-do da construção original do molhe norte, nos anos 60 do século passado.A praia, explicou, cresceu cerca de 440 metros até à década de 1980 e, a partir

Investigador diz que praia na Figueiracresce 40 metros por ano

daí, nos últimos 30 anos, a acumulação de sedimen-tos reduziu de intensidade e praticamente estabili-zou.No entanto, com a obra de prolongamento do mo-lhe - concluída no verão de 2010 -, o areal voltou a crescer e, atualmente, apresenta 580 metros de largura máxima entre a marginal e a orla marítima, segundo as medições fei-tas por José André.Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia vai ocorrer “apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o mo-lhe”, disse.O crescimento da praia em largura representa ain-da, segundo o geógrafo, uma acumulação anual de 290 mil metros cúbicos de areia na faixa estudada, o equivalente a 290 mil tone-ladas.Se a norte do Mondego a areia acumula, a erosão cresce nas praias a sul.Na Leirosa, no extremo do concelho da Figueira da

Foz, as autoridades cons-truíram, no final de 2011, uma duna artificial para proteger um bairro habita-cional do avanço do mar, com areia retirada a norte de um pequeno esporão ali existente, procedimen-to que merece críticas do investigador.

“Interrompeu-se a alimen-tação a sul. Nunca era de tirarem a areia a norte do esporão, porque ela esta-va já a passar naturalmen-te para sul, tinham era de se ir buscá-la onde ela se acumula e não faz falta, na praia a norte do rio Mon-dego”, argumentou.

Embora admita que os efeitos “mais gravosos” da obra do molhe norte se verifiquem até à praia da Osso da Baleia (Pombal), a erosão também afeta as praias de Vieira de Leiria e São Pedro de Muel.“Em São Pedro, este ve-rão, as pessoas ficavam

sentadas em cima das rochas porque não havia areia. E a praia da Vieira também está numa situ-ação de perigo. Formou--se um degrau erosivo por défice de areia com três, quatro metros [de altura] no final do verão”, indicou.

José Luís Sousa/Lusa

cia Lusa, Luís Leal expli-cou que a proposta de criação da nova taxa mu-nicipal partiu da direção dos Bombeiros Voluntá-rios, associação que vive com graves problemas fi-nanceiros, com dívidas su-periores a 200 mil euros.“A câmara não iniciou esta discussão. Recebeu uma

proposta da direção dos bombeiros e entendeu pe dir pareceres funda-mentados para tomar uma decisão na próxima reu-nião” do executivo, disse o autarca.Foram pedidos pareceres, entre outras entidades, à Associação Nacional de Municípios, à Comissão

de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Centro, ao Tribunal de Contas, à administração tributária e à Autoridade Nacional de Proteção Ci-vil.Luís Leal recusou revelar a sua posição sobre a pro-posta antes de a autarquia receber todos os parece-res e debater o assunto, assumindo, no entanto, que a decisão será “políti-ca”, afirmou.“Estamos a falar de uma taxa para pagar despesas de uma associação priva-

da”, alertou.De acordo com Luís Leal, além da eventual criação da taxa municipal, cuja re-ceita reverterá para a cor-poração de bombeiros, a associação humanitária propôs ainda que a autar-quia avalizasse um pos-sível empréstimo até 300 mil euros, que a autarquia recusou por ser “ilegal”.Embora manifestando-se aberto ao “diálogo” com a corporação de bombei-ros e revelando que a au-tarquia está “disponível” para manter os cerca de

70 a 80 mil euros anuais concedidos aos bombei-ros voluntários nos últi-mos dois anos, Luís Leal alertou para a necessi-dade de a corporação diversificar as fontes de rendimento para além dos apoios públicos.“Não pode receber ex-clusivamente da câmara. Nos últimos 10 anos a associação recebeu 1,2 milhões de euros e nas propostas que agora fez só olha para as receitas e não para as despesas”, disse Luís Leal.

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14O Popular de Soure 9 MARÇO 2012 | sexta-feira

Cupão de Assinatura AnualContinente e Ilhas: 20€ Estrangeiro: 30€

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Alfarelos CTT/Junta de Freguesia Telf.: 239 644 132

Casal de Almeida Quiosque das Bombas Telf.: 239 508 166

Degracias Café Central Telf.: 236 911 217

Espiríto Santo Associação 17 Agosto Telf.: 239 501 315

Gesteira Café Central Bar Telf.: 239 502 101

Granja do Ulmeiro Fortilegante Telf.: 239 646 152

Moinho de Almoxarife Café O Pescador Telf.: 239 676 490

Paleão Café Central Telf.: 239 502 283

Soure Café Arco-Iris Telf.: 239 502 278 A Loja do Anatólio Telf.: 239 501 834 Intermarché Telf.: 239 501 810 Papelaria Havaneza Lisete Telf.: 239 502 374 Papelaria e Livraria Central Telf.: 239 501 442 Quiosque Soure Doce Telf.: 239 507 620 Café Pizicato Telf.: 239 509 468

Vila Nova de Anços Café O Cágado Telf.: 918 502 264 Café Silva Telf.: 239 646 206

Zona Industrial de Soure Café Ponto de Encontro Telf.: 239 501 625

Tapeus Café O Lagar Telf.: 236 912 146Cavaleiros O Falcão 2 Telf.: 239 509 113Sobral Café Aqueduto Telf.: 239 502 216

Agentes Oficiais de Venda

Ficha Técnica

PROPRIEDADERádio Popular do Concelho de Soure, CRL

DIRECTORIlídio Seco

REDACÇÃOFernando Dias

PUBLICIDADEAmérico Nogueira, Carlos Freitas,

Mário Pereira, Henrique Neves

PAGINAÇÃOOrlando Cardoso

COLABORADORESJorge Carvalho, Leonel Quaresma, Rui Pinto, Henrique Neves, Mário João Gomes, Nádia

Brites e Nuno Martins

IMPRESSÃOFIG - Indústrias Gráficas, SA

Registo de Publicação ICS nº 121450

Propriedade de Publicação nº 212449 Dep. Legal nº 122026/98

2000 exemplares

CONTACTOSLargo do Conde Ferreira - Apartado 10

3130-909 SoureTelef. 239 506 420 - 239 507 051

Fax 239 506 429

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Bombeiros Voluntários 239 506 300

B.V.S. / Granja do Ulmeiro 239 646 810

GNR 239 506 020

Câmara Municipal 239 506 550

Rádio / Jornal Popular Soure 239 506 420

Centro de Saúde de Soure 239 506 610

Serviço Finanças 239 506 460

Cartório Notarial 239 507 246

Conservatório Registo Predial 239 502 127

Serv. Local Segurança Social 239 501 711

Dir. Reg. Agricultura 239 502 356

Tribunal Judicial 239 506 470

Agrupamento Escolas 239 506 010

CTT / Correios 239 506 240

Biblioteca Municipal 239 501 525

Gabinete Mun. Saúde Pública 239 501 627

Gabinete Mun. Acção Social 239 506 550

Gabinete Técnico Florestal 239 506 550

Posto Turismo / Museu 239 509 190

Piscina Municipal 239 509 646

Instituto Tecn. Profissional 239 501 303

Instituto Pedro Hispano 239 646 891

Lar da Misericórdia 239 502 161

Junta Freg. Alfarelos 239 642 568

Junta Freg. Brunhós 239 675 889

Junta Freg. Degracias 236 911 220

Junta Freg. Figueiró Campo 239 644 827

Junta Freg. Gesteira 239 501 323

Junta Freg. Granja Ulmeiro 239 644 793

Junta Freg. Pombalinho 236 561 068

Junta Freg. Samuel 239 587 210

Junta Freg. Soure 239 502 630

Junta Freg. Tapeus 236 911 281

Junta Freg. Vila Nova Anços 239 641 839

Junta Freg. Vinha da Rainha 239 587 140

Farmácia Castanheira Alfarelos 239 646 107Farmácia Castro e Silva Figueiró do Campo 239 646 870Farmácia Balhau Granja do Ulmeiro 239 646 358

Farmácia Jacob (Soure) 239 502 113

Farmácia Moderna (VNAnços) 239 646 205

Farmácia Vinha da Rainha 239 508 205

UCSP - Pólo Alfarelos 239 646 404

UCSP - Pólo Degracias 236 910 120

UCSP - Figueiró do Campo 239 646 344

UCSP - Pólo Gesteira 239 509 141

UCSP - Pólo Granja Ulmeiro 239 646 182

UCSP - Pólo Samuel 239 587 183

UCSP - Pólo Vinha Rainha 239 580 010

Telefones úteis - concelho de Soure

DIVERSOS

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9 MARÇO 2012 | sexta-feira

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