O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

37
O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO AMBIENTAL Economia Ambiental THOMAS, J.M;CALLAN, S.J. Cap.2

description

Slides descrevendo o Papel da economia ambiental

Transcript of O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Page 1: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO

AMBIENTAL

Economia Ambiental

THOMAS, J.M;CALLAN, S.J.

Cap.2

Page 2: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO AMBIENTAL

• Séc XXI – Desafio de proteger e preservar os recursos versus desenvolver economicamente;

• Avanço tecnológico pós Revolução Industrial – avanço no estilo de vida e degradação ambiental

trade-off entre qualidade ambiental e desenvolvimento econômico

• É necessário entender a relação crítica entre atividade econômica e natureza

Page 3: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

O PAPEL DA ECONOMIA NA GESTÃO AMBIENTAL

• Trade-offs entre bens ambientais e desenvolvimento econômico

• ...temos que decidir qual nível de qualidade ambiental é aceitável e então fazermos as adequações apropriadas ao comportamento de mercado para sustentar esta qualidade, a medida que continuamos a nos desenvolver como sociedade.

Page 4: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Contribuição da economia – fornecer

ferramentas analíticas que ajudem as

interações entre mercado e meio

ambiente, as implicações dessas relações e

oportunidades de soluções efetivas.

Page 5: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

ECONOMIA E MEIO AMBIENTE

• Teoria econômica- explicar de forma lógica o que se observa na vida real

• Teoria microeconômica – análise do comportamento de consumidores e empresas, podendo ser utilizada para analisar os problemas ambientais.

• Ex. Origem dos problemas de poluição ou esgotamento dos recursos naturais –

... Consumo e produção utilizam-se dos recursos naturais fornecidos pelo planeta. (...)ambas as

atividades geram subprodutos que podem contaminar o meio ambiente. Isso significa que as decisões

fundamentais que orientam uma atividade econômica estão diretamente conectadas aos problemas

ambientais

Page 6: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

MODELO DE FLUXO CIRCULAR

• Figura

• Fluxo real e monetário

• Volume de atividades e tamanho do fluxo são influenciados por fatores como o crescimento demográfico, mudança tecnológica, produtividade da mão de obra, acúmulo de capital, e fenômenos naturais.

• Mostra o funcionamento básico de um sistema econômico e as relações de mercado entre famílias e empresas.

• Crítica – o modelo não mostra a ligação entre atividade econômica e meio ambiente, devendo ser expandido.

Page 7: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

MODELO DE BALANÇO DE MATERIAIS

• Modelo de Balanço de Materiais-

• Tentar mostrar as conexões entre a tomada de decisão econômica e o meio natural.

• Fluxo de Recursos que se desloca do meio ambiente para a economia, através das famílias – as famílias são donas de todos os fatores de produção, inclusive dos recursos naturais. O fluxo descreve como a atividade econômica explora o estoque de recursos naturais do planeta, como solo, minerais e água.

Page 8: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental
Page 9: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

FLUXO DE RESÍDUOS: ECONOMIA AMBIENTAL

• Fluxo de resíduos da economia para o meio ambiente – fluxo ilustra como as matérias –primas retornam a natureza na forma de subprodutos ou resíduos.

• Ex. Gases absorvidos ou não pela natureza, resíduos líquidos, (água residuais),etc.

• Resíduos são oriundos das atividades de consumo e produção

• Obs: é possível atrasar, mas não evitar o lançamento de resíduos de volta ao meio ambiente – recuperação, reciclagem e reutilização.

Page 10: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

FLUXO DE RESÍDUOS – ECONOMIA AMBIENTAL

• Fluxos internos – Resíduos recuperados, reciclados ou

reutilizados.

• Reflexões sobre o fluxo

1. Primeira lei da termodinâmica –matéria e energia não

poderiam ser criadas ou destruídas- implica que, no

longo prazo, fluxo de materiais e energia extraídos da

natureza, em forma de consumo e produção, deve ser

igual ao fluxo de resíduos gerados por estas atividades

de volta para o ecossistema.

Obs: Resíduos podem advir do descarte de materiais ou

da transformação de mercadorias posteriormente

consumidas

Page 11: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

2. Segunda lei da termodinâmica – a

capacidade da natureza para converter

matéria em energia não é ilimitado.

Durante a conversão de energia, parte dela

se torna inutilizável.Assim, o processo

fundamental do qual depende a atividade

econômica é finito.

Page 12: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

• Consequência das leis:

• ``...Primeiro, precisamos reconhecer que todo

e qualquer recurso transformado pela

atividade econômica termina como resíduo e

tem potencial para degradar o meio ambiente.

O processo pode ser retardado por meio da

recuperação de materiais, mas não

interrompido. A habilidade da natureza em

converter recursos em outras formas de matéria

e energia é limitada.``

Page 13: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

CONCEITO FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

AMBIENTAL

Economia Ambiental – preocupada em

identificar o problema dos danos

ambientais (ou da poluição) associados ao

fluxo de resíduos.

Poluição- presença de matéria ou energia

cujas natureza, localização ou quantidade

causam efeitos negativos ao meio ambiente.

Page 14: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

CONCEITOS FUNDAMENTAIS NA ECONOMIA

AMBIENTAL

1. Causas de Danos Ambientais

Poluentes Naturais- processos não artificiais da natureza.Ex. Partículas de erupções vulcânicas;

Poluentes Antropogênicos - são introduzidos pelo homem e incluem todos os resíduos associados ao consumo e a produção. Ex.combustão e resíduos químicos da indústria

Page 15: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM ECONOMIA

AMBIENTAL

2. Fontes de Danos Ambientais –

Diversidade de fonte de poluição- categorias

amplas.

Mobilidade – Fonte estacionária ou móvel

Identificabilidade – Fonte pontual ou não -

pontual

Page 16: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

FONTES DE POLUIÇÃO

FONTES AGRUPADAS

POR

MOBILIDADE

Tipo Descrição Exemplos

Estacionária Uma fonte de poluição

localizada em um local fixo

Usinas termoelétricas que

queimam carvão, unidades

de produção industrial

Móvel Qualquer fonte não

estacionária de poluição

FONTES AGRUPADAS POR IDENTIFICABILIDADE

Pontual Qualquer fonte individual de

onde são liberados poluentes

Chaminé de fábrica, cano de

esgoto, navio

Não-pontual Uma fonte que não pode ser

precisamente identificada e

degrada o meio ambiente de

forma difusa e indireta sobre

extensa superfície

Deflúvios superficial agrícola

e urbano

Page 17: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL

Extensão do dano ambiental – pode variar

consideravelmente – observação crucial para

formulação de política

Classificação de acordeo com o impacto

geográfico – local, regional ou global.

1. Poluição Local

Poluição reduzida a uma única

comunidade.Pode causar riscos a

sociedade e ser de difícil controle.

Ex. smog urbano - Pequim, Cidade do México

Page 18: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental
Page 19: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Ex. Poluição com resíduos sólidos – (como

chumbo e mercúrio, podendo contaminar

solo e mananciais de água – medidas de

gestão e esforços para reduzir o montante

de resíduos gerados.

Figura

Page 20: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL

2. Poluição regional

Caracteriza-se por se distanciar da fonte

geradora

Ex . Deposição ácida ou chuva ácida, sendo

que emissões de componentes perigosos

são distribuídos por centenas de quilômetros

das fontes geradoras.

Page 21: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental
Page 22: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

EXTENSÃO DO DANO AMBIENTAL

3. Poluição Global

Efeitos extensos, difíceis de controlar por

terem riscos distribuídos e necessidade de

cooperação internacional.

Ex. Aquecimento global, redução da camada

de ozônio.

Page 23: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

IDENTIFICANDO OBJETIVOS AMBIENTAIS

Processo de articulação para definição de

especificidades e trade-offs decorrentes das

metas.

Ex. Protocolo de Kyoto

Objetivo global – qualidade ambiental,

desenvolvimento sustentável e

biodiversidade

Page 24: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

IDENTIFICANDO OS OBJETIVOS AMBIENTAIS

1. Qualidade Ambiental

- Qualidade Ambiental sinônimo de ar, água e

solo limpos.

- Problema – quão limpos?

- Dificuldade de ausência total de poluição

(``impossível``). Poluentes naturais e

antropogênicos).

Page 25: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

...a ausência de todos os poluentes

antropogênicos poderia ser alcançada

apenas se houvesse a proibição de

praticamente todos os bens e serviços que

caracterizam o modo moderno de viver. Isto

significa que uma percepção mais racional

sobre a qualidade ambiental é o que

representa uma redução da contaminação

antropogênica para um nível que seja

aceitável pela sociedade.

Nível distinto para diferentes contaminantes.

Page 26: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Fatores para diagnóstico de qualidade

ambiental – ganhos para saúde e

ecossistema, despesas para redução de

contaminação, disponibilidade de tecnologia

e risco relativo de desastre ambiental.

Consciência da sociedade para efeitos do

desenvolvimento econômico.

Page 27: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

OBJETIVOS AMBIENTAIS

2. Desenvolvimento sustentável –

Crescimento econômico – aumento do PIB;

Desenvolvimento sustentável – equilíbrio

apropriado entre crescimento econômico e

preservação dos recursos naturais. Busca-se

gerir os recursos de forma a garantir

abundância e qualidade.

Ex. Reuniões e conferências internacionais

–discutem compromissos e metas

ambientais para países.

Page 28: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

OBJETIVOS AMBIENTAIS

3. Biodiversidade –Variedade de diferentes

espécies, sua variabilidade genética e

variedade dos ecossitemas.

... A maior ameaça a biodiversidade, (...) é a

destruição do hábitat natural, que afeta

ecossistemas inteiros. Crescimento da população e

desenvolvimento econômico são os primeiros

responsáveis por esta destruição, na qual esta

incluída a derrubada d florestas tropicais e a sua

conversão para usos alternativos.

Page 29: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Planejamento de políticas ambientais –

diferentes segmentos da sociedade –

agências governamentais; indústria privada;

comunidade científica e ambientalistas.

Análise de risco : avaliação de riscos e

gestão de riscos.

Page 30: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Avaliação de riscos – avaliações do risco

relativo a saúde e natureza advindos de um

perigo ambiental ;

Avalia-se se existe relação causal entre o

perigo identificado e os efeitos ecológicos a

saúde humana;

A avaliação de riscos pode sinalizar a

necessidade ou não de ação política.

Page 31: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

PLANEJAMENTO EM POLÍTICA AMBIENTAL

Gestão de riscos – escolher um instrumento

de política que reduza os riscos de danos à

sociedade.

Exemplos de instrumentos de controle:

imposição legal de limites para emissão de

poluentes; taxação de produtos geradores

de poluição.

Métodos de avaliação – ainda não óbvios.

Page 32: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS

Baseados em medidas de riscos, custos ou

benefícios.

Critérios - Eficiência alocativa e custo-

efetividade

1. Eficiência alocativa – requer que os

recursos sejam alocados à medida que os

benefícios adicionais a sociedade se igualem

aos custos adicionais;

Page 33: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

2. Custo- efetividade – requer que a menor

quantidade possível de recursos seja

utilizada para se alcançar um objetivo.

Prática – escolha de critérios determinada

por lei

Justiça ambiental – equidade ambiental –

considerar justa ou não a ideia de um risco

cruzar regiões geográficas ou camadas da

população.

Page 34: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

POLÍTICAS - TIPO

Abordagem de comando-e-controle – uma

política que regulamenta poluidores

diretamente por meio da imposição de

regras ou padrões que ajustam uma

quantidade máxima de resíduos a liberar,

bem como adoção de tecnologias redutoras

de poluição.

Ex.Determinação da utilização de filtros em

chaminés das unidades produtivas; cotas

para extração de recursos naturais.

Page 35: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

Abordagem de mercado – baseada em

incentivos, visando encorajar práticas

de conservação ou estratégias de

redução de poluição.

Ex. Empréstimos subsidiados para

agentes poluidores que melhoram seu

desempenho ambiental; taxas sobre a

liberação de poluentes;

Ex. Princípio do poluidor-pagador –

taxação por unidades de emissão-

empresas que maximizam lucro

Page 36: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental

DEFINIÇÃO DO HORIZONTE TEMPORAL

Estratégias de gestão –métodos que focam

os problemas ambientais existentes e

objetivam reduzir danos originados do fluxo

de resíduos. Políticas de curto prazo.

Prevenção contra poluição – Uma estratégia

de longo prazo com a finalidade de reduzir a

quantidade ou toxicidade dos resíduos

liberados na natureza. Ex. modificação de

matriz energética para energias menos

poluentes.

Page 37: O Papel Da Economia Na Gestão Ambiental