o PALEOZoICO DA BACIA DE JATOBA, Pernambucoboletim.siteoficial.ws/pdf/1968/17_1-29-45.pdf ·...
Transcript of o PALEOZoICO DA BACIA DE JATOBA, Pernambucoboletim.siteoficial.ws/pdf/1968/17_1-29-45.pdf ·...
o PALEOZoICO DA BACIA DE JATOBA,
POl'
PAULO M. C. BARRETTO ( *)
Pernambuco
ABSTRACT
This resume is con centrated only on the general geological and s t rati g ra ph ica l results of theJ atoba Basin. P ernambuco State, and re pr ese n tsfi eld in vestigations mad e by geologists of NuclearEnergy Commission of B razil.
Four new formations of the middle P al eozoicare proposed and study, description and co r re la tions indicated, present a new aid in the interpretation of the Devonian paleogeography in Brazil.
INTRODU<;JAO
Foi F. Halfeld, em 1860 , 0 primeiro arelatar a ocorrencia de arenitos, consideradoscomo cretacicos ao longo do Rio Sao Francisco.
Almeida (1962) fazendo uma viagem dereconhecimento na bacia de Jatoba, foi 0 primeiro a chamar a atencao para a po ssibilidade de se encontrar sedimentos paleozoicosna bacia pela grande semelhanc;a com os sedimentos de Tucano norte.
Em 1962 a Petrobras iniciou 0 mapeamento geol6gico em semi-detalhe. No mesmo ano, ge6logos da Comissao Nacional deEnergia Nuclear iniciaram 0 reconhecimentogeol6gico, radiornetrtco e sedimentol6gico dabacia.
Como pode ser visto por este breve hist6rico a bacia de .Iatoba s6 recentemente foiestudada em sua geologia. l!:sses trabalhosforam executados em ritmo crescente ate1963 pela Petrobras e ate 1966 pela CNEN.Atualmente existem 2 pecos perfurados pelaPetrobras (IMst-1-PE e IJa-1-PEl, inumerassondagens para captaeao de aguas subterraneas efetuadas pelo DNOCS, CVSF, SUDENE e CONESPE.
Desejamos expressar nossos agradecimentos ao geologo Bernard Blangy do «Com m is -
sariat a l'Energie Atomique da Franca», pelaorientaeao nos trabalhos de campo; a Petro1?ras pela perrnissao em divulgar a parte finaldo perfil de cornplementacao da sondagem deIbimirim e aos seus geologos O. S. Raulinoe N. O. Cenachi, pelas informac;6es verbais.
Dentre os tecnicos da CNEN, que trabalhararn na bacia de .Iatoba, expressamos nossa gratidao aos colegas K. Fuzikawa, J. N.Villac;a, N. Morrone, L. C. S. Surcan, G. J.Ayres, A. C. Maciel, D. A. Souza, N. A. Mourao, F. G. Chaves, J . C. Lemos, M. N . Consentino, G. C. Leite, J. C. Favali e C. H . C.Azuaga, pela colaboracao durante tres anosde trabalho de campo.
Ao Sr. e Sra. Gorsky, que fizeram as analises petrograficas, mineral6gicas e sedimentol6gicas no laborat6rio mineraI6gico-petrografico da CNEN, fo rnecendo assim preciosasinformac;6es.
Ao Dr. Setembrino Petri, pela orientacaoe sugest6es na execueao desse trabalho.
CARACTERISTICAS GERAIS
Limites - A bacia de Jatoba, prolongamento da bacia de Tucano, e inscrita dentro
do poligono delimitado pelas Cidades de Petrolandia, Inaja, Buique, Riacho Seco e Ibimirim.
Em termos geograficos, esta compreendida entre os paralelos de 8° 30' a 9° 10 ' latitude suI e entre os meridianos 370 10' e38° 40' longitude oeste.
Com 6.200 krne de a rea, tem um com p rimento maximo de 155 km e largura de 50 km,lembrando na sua forma uma elipse, 0 limi-
(.) Comissao Nacional de Energia Nuclear.
30 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N° I, 1968
.:jJ
30'
J30'
!\' ~ \\~ DNAIS5
o CIO&.DE
;":; SE.flI"A
CONTATO OaOl..OIlICO
=
Fig. no 1 - Bacia de Jatoba, Looaliaacao.
te dos afloramentos e bastante rettlineo, esegundo a dlrecao do eixo maior da Bacia.
o limite norte e feito pela grande falhade Ibimirim, com rejeito acima de 4.000 m .A oeste seu limite natural e 0 do rio SaoFrancisco, sendo separada estruturalmenteda bacia de Tucano pelo Arco 'I'ectonlco deSao Francisco.
Morfulog'la - A forma estrutural daBacia e urn graben assimetrico, 0 que influino aspecto atual do relevo. 0 mergulho dasca madas e de ordem de 4° a 5° NW nos se dimentos da borda SE e pouco mais suavena borda NW. Localmente pede atingir 10°a 12°.
Existem 2 relevos dist in t os . 0 primeiro,bastante acidentado consti t uido por morros,serras, serrotes, escarpas de falha, morrostestemunhos, ocorre exclusivamente ao langeda borda SW. Sao os sedimentos sotopostosao embasamento, cuja resistencia it erosaoaliada ao tectonismo, deu origem a essas formas topogrlificas. Serra do Saco, Serra do
Manari, Serra do Parafuso, Serra do Soe,Serra do Imbuzeiro, sao exemplos que podemser citados.
Essas formas abruptas, cujas encostasapresentam fortes gradientes, em sua maioria semelhantes a «Cuestas», correspondem acompartimentos levantados por tectonismo elimitados por escarpas de falha. (Foto 1).
A parte superior dessas serras e constituidapar sedimentos bern compactados da FormaC;iio Manari protegendo 0 granito.
o segundo tipo de relevo, com expresaoterritorial muito maior, e constituido por tabuleiros de altitude variando entre 400 e 500
metros. (Foto no 2) Sao formados por sedimentos mesoz6icos, em grande parte recobertos por uma espessa camada de areia, queatinge ate 8 metros, resultante do intensointemperismo a que foi submetida a bacia nos
ultlmos tempos geol6gicos . Essa topografiaplana e i'Inicamente alterada pela Serra ,N egra, ponto mais alto de tecta a bacia, atingindo a cota de 950 m.
P. M. C. BARRETTO - a P aleozoico da Bacia de . . . 31
Foto nO 1 - Diaclasam ento colunar na FormacaoManari, ao s uI de Mana ri Velho. Pernambuco (Bacia
de J'atoba, fota do autor).
SINQPSE DA GEOLOGIA GERAL
Ocorrem na bacia de Jatoba com area de6.200 km2 arenites mesopaleozoicos, constituindo 0 chamado Grupo Jatoba: sedimentos.Iura-Cretacicos do Grupo Bahia, constituidopelas F'orrnacoes Alianca , Sergi, Candeias,Ilhas e Sao Sebastiao: e a r eias e sedimentosterciartos da Serra Negra.
as sedimentos foram depositados emuma bacia formada pOI' um diast.rofisrno intenso e que fo! estruturalmente ativada p OI'fenomenos tectonicos posteriores, resultandouma coluna sedimentar estimada em 3.200 mno minimo , na sua parte mais profunda.
Dessa espessura total , 0 Paleozoico e aFormacao Sao Sebasttao sao os componentesde maier expressao territorial.
as arenitos p redominam grandemente
sobre os outros tipos litol6gicos.
A Estratigrafia e assim resumida (fi g. 2 ) :
a ) Paleozoico
Formacao Manari - comp os t a pOI' are
n itos grossos, reldspaticos, estratificados cor
relacionaveis com a Formacao Se rra Grande
do Maranhao.
Formacao Inaja - cons ti t uida de arenitos siltitos e folhelhos correla cionaveis com aFormacao Pimenteiras e parte da FormacaoCabecas.
- - ._- - - - - - - - ---.
Foto no 2 - A Serr-a do Manari vista pela faceSuI, mostrando a repeticao par f'alha da F'ormaeaoManari cujos sedimentos estao em primeiro planoa direita. Na chapad a central t em os a Formacao
Inaja. (Bacia de J'utoba, foto do uutor) ,
Forma~ao Ibimirim - Constituida pOI'arenitos medics, brancos, po ucos folhelhos esiltttos calciferos, fossiliferos , do mesodevoniano, en contrada sornente em subsuperficiee identifi cada na son dag em de Ibimirim.
Formanao Moxoto - Constituida por folh elhos, silt itos endurecidos, com niveis decalcar ios , do Me socarbonifero, Ig ua lm en teidentific ada na sondagem da Ibimirim .
b) Mesozoico
Formacao Allanea - do Neojura ssico segundo os ultirnos dados de paleont ologia; representada 56 pOI' seu membro superior,constituido de folhelhos vermelhos.
Formacao Sergi - Cretaceo, cons t ituidade arenitos, nao aparece em grande parteda ba cia , sendo ausente de Inaja para ENE.
Formacao Candeias - represe n tada pelaspartes media e superior, co nstit uida de a ren itos com predominancia sobre si lt rto s efolhelhos.
Formaoao Ilhas - cons ti tuida por arenitos verrnelhos, fo rmando alguns morros n o
ce n t ro sui da bacia.
Formacao Sao Sebastlao - Cretaceo,cons ti t uida pOI' arenitos finos e folhelhos a renosos vermelhos.
Sedimentos da Serra Negra - do T erciario, calcar io cinza e a renitos a rroxeados .
32 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N Q1, 1968
COLUNA ESTRATIGRAFICA GERAL,
DA BACIA DE JATOBAPlIOC£NO <! :.::::~ _: tr-.::.:' ArelOS, bloeos d e cren ito , blo eos de quort zo
g l'l'..& :.:.:: Sed imentos do Serra Neljro : orenito gronul , g r o s's a vi o idceo , tr ldvet ,.. V~:~:::'-"; : , '. estratlfi c ccec obliquo , rnurto coulfnico . Seixos mol orredondo dos .
~ ...,. ;....- . Colcor; 0 esbrcnquiccdo , fossilifero,lominodo . Morga.3 Folhtlhos omorelodos fossi I(feros .
_ _. . ' Formacao SOo Sebostioo : orenitos avermelhadas -castanho$,Qronulo~Oo
: : .. . : grasselro a mid io , ct css tticccoo boo, frjove is,
~ ==-=--? Folhelhos cm zc omarelados, orenosos, fossil ifero com restos de peixes .o . . . .o
1,-'·' '.,•8•-- --- Folhelhos vermelhos.
- - . ....
owu
'""I-W0:U
Formocao Ilhos : arenito Ijronulocoo fino, leitos grosseiros e conglomerancos , fridveis, es tr otittcccec oblfquo, bem ctos srficodo.fetospc n co.
Folhe lhos overmelhados, fisseis .
~enen
' «0:::>..,I
tu
~
~ E - - -
~~-=
Formacao Conde jos : Silitos e folhelhos verdes , c inzento, micoceos ,fisse
is. Arenitos finos intercalados, esbtcnquiccdos .
Culc dr t 0 crnzento e colcito fibrosa.
Formocoo Serai : ore ruto gronulocOo medio 0 f ino, amorelodo ,pouco mico ceo, muito bem arredondodo, bem compo clodo com modeiro sil icifico da .
For mo cflo Alionco : folhe lhos morron- choco late J vermelho, si lt ito verdesu bordmo do . Folhelhos flsse,s, ealciferos t os siuf eros.
Cclc cr l 0 c rnzo e sbrcnquiccdc em blocos, to ssru't eru .f n terco tcc oes de arenito Ijronuiocaa m edr o 0 f ino.
Formocoo Moxoto (Poleozorco o)-Arenlto esbrcnqu tccdo , qronutcc do fino
a media . (ntercolo~oes de folhelhos vermelhos e siltito s.
:....=:.:-,:. Formocao Ibimirim (Po leo zorco C)-Folhelhos cinz c escuro, densos, mi cd >
f ":.:: ::;.; · eeos, ccrbon osos . Arenito esbranquicado. granulocao media 0 grosselra,~ ' . :.. . .. grOos cn qutcres a sub cr r ed oridcdos... , ....
FormocOo Monorl (Poleozdico A )-Arenitos t! conglomerados cor crem e 0
esbronquicodo , ft!ldspatlco 0 cimenlo orgiloso, mu itos vezes coul in ic 0e m i cdc e o ,Ar eru to s grosseiros, overmelhados , lentes de conglomerodos, estratif icc c do oblique forte.
- Formacao Inajc (Paleozoico B)- Arenitos verm elho terruemcso, viotdceos ,gran . media a fino, ocosionois lentes ccn qtome r c ticcs rni coc eo s ,lom inodos , lom inados, estro t it lcocao obliquo obundonte, rib-and-furrow,feldspotico. ote orcosico , fosse,s, 5iltitos omorelodos ,vio loceos, concre clles lirnoni trccs ,Argilita in ter col odo, org il oso , rnic dceo , f(ssli .
.,' . ' .. . ~ '.
:~:~ ,~~:
oa.::>0:C>
'q:IIIoIq:..,
oz""zo>wo
Groru to roseo ,gnoisse. cristois de feldspotos grand es, zonas co m bio
l ito, zonas quortzosos .
F igu ra 2
~
~
~
to>~~o
toIl>(:l
Pi'0n>
o"dIl>mo..O·(l 'o0Il>
" 40$ '00 ·
+ EI XO AN TICL I NAL
't [I XO S INCll NAL
oo./ISOPA CA DO EMBA ~7 SAM[NT O
"l
J f - , ' " J O"
~-=--:-:r. I I e · ••
~j/ ... . ,. '"
o C O ~ TATO
/'/ FALH A
//' F'Al. "M P ~ I NC IPA L
~ FORM , S S£l3 AS T IAO
D'· } ~" . }: : : :: fO R ... . IL HAS :?:l?': FO RM _ALIAN~A 0• . •.• ' ;z:
o 49 FORM C• • O[ I. S . ~ ~ FO.... . I•• , A ~~ "illJ] f ORM. S[RG I U ~ "-ORlo" MANARr
·0"1
.. J"'>Q ',! ? " 117.~c:100
BACIA SEDIMENTAR DE JATOBAE TECT8NICOI . s oo.ooo
fP.\t~"
.. "I.....••
hO'co"
~
III
A
'00'1 if ' '\(- ''''-'/ ~T I ~. 07~ ~ j "-.. .r l"oo"1
Figura 3
CA>CA>
34 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, NQ 1, 1968
As direcoes tect6nicas sao duas, correspondentes a duas fases tectonicas distintas,uma N 70 E e a outra mais moderna N 45° W.A principal falha visivel e a falha de Ibimirim, que limita a bacia ao Norte, colocandoo embasamento em contato com os sedimentos da Formacao Sao Sebastiao.
A Inconstancia, a irregularidade, as mudancas bruscas de espessura granulacao, textura, vartacoes faciol6gicas laterais sao a regra de sedimentaqao durante 0 Paleozoico,especialmente da Formacao Inaja. Uma sedimentacao rapida deve ter caracterizado 0
Eodevoniano, passando gradualmente a sedimentacao marinha de aguas rasas, com rapidas e suceseivas subsidenclas.
OS SEDIMENTOS PALEOZOICOS
Descrevemos aqui com maiores detalhesos sedimentos do Paleoz6ico, uma vez que asformacoes pos-Alianca sao bastante conhecidas quanto a sua petrografia e sedimentologia :
£sses sedimentos sao constituidos porarenitos, sHtitos, folhelhos, verificando-se umatenden cia arenosa em todo 0 pacote sedimental'.
Constituem a parte basal da coluna estratlgrartca, representada pelas F'orrnacoesManari e Inaja. A primeira, corresponde aum pacote de arenito quartzozo, petrograficamente simples, ocasionalmente feldspatico .A segunda, com suas varlacoes faciol6gicas,apresenta uma petrografia bem mais interessante, com arenites, folhelhos e siItitos.
F'oto nv 3 - Lamina G 1177 amostra P 20 Inaja. Anomalia 325. Facies Lages. Testemunho deSondagem S 10. Profundidade 25 m. Arenito grosso. Quartzo e feldspato em matriz argflosa-rntcacea;rosrattca: apatita e sericita microcristallna, e manchas de 6xido de ferro. Um crista! de feldspatocom cotoranto ao longo de clivagem. Aumento 50 X.
As amostras dos facies «Arenito Felspatieo» e «Ar enit o Lages» da Formacao Inajaexibem, estruturas irregulares, as vezes cruzadas, rna classificacao, camadas argiIosasmisturadas com outras grossas e cascalhoass,indicando condicoes turbulentas de sedimenta~ao, aguas rasas, costeiras, deltaicas.
A mineralizacao radioativa primaria, naFormacao Inaja, foi de apatita microcristalina uranifera que foi secundariamente alterada em pseudowavellita e crandalita, hidrofosfatos de calcic e aluminio de zona supergena.
Pseudowavellita e crandalita ocorrem namatriz em agragados fibrosos, aciculares, radials, estrelados, normalmente ligados ao6xido de ferro (foto n Q 4). Penetram, as vezes, no quartzo como que substituindo-o.
A matriz e argflo-rerruginosa-fosfattcauranifera (foto nO 3). Sob condicoes favoravelmente supergenas, cristalizaram-se autunita e meta-autunlta nas fraturas. Nasamostras da regiao de Ibimirim foi en contrada carnotita, 0 que raramente acontece emPetrolandia,
Os minerais detriticos sao quartzo, preponderante, feldspatos (microclina, albita-oligoclasio) ocasionalmente biotita e muscovita. A espeetrografia de raio X indica apresenca de Fe, Sr, Zr, Y, Mn, Rb, Pb, Na,Zn, Cu? As?
Fosfatos - Desde 1963 Gorsky (1965)vem estudando os fosfatos dos arenitos dabacia de Jatoba, Em 1966 esses fosfatos foram objeto de estudo POl' parte de Matzko e
F.oto n v 4 - Lamina G 1177 - amostra P 20 Anomalia 325. Facies Lages - Inaja. Testemunhode sondagem S 12. 24 m de profundidade, Arenitofino com quartzo preponderante e feldspatos namatriz argtlosa-rerrugtnosa-rosrattca que se apresenta d e forma de lentes orientadas subparalela-
mente. Aumento 35 X.
P. M. C. BARRETTO - 0 Paleozoico da Bacia de . .. 35
Foto no 5 - L amina G 1007 - amostra 707-24, Anomalia 325 - F acies L ages - I na ja Ar enito Cong lomeratico, Qu artzo e feldspatos detritieos. Osgraos pequenos, braneos de alto re levo sao ap attta. Matriz fbsfatiea-argilosa-ferrugi nosa escassa.Ao cen t ro urn er istal de feldspato rragm enta fo comcolofanio ao lan ge de clivagem. Aumen t o 150 X .
F ot o no 7 - L ami na G 1159 - amostra P 4. P etrola nd ia, An omali a 35. Con tato das facie s segundo Siltito e Lages. Ar gilito Siltico ferruginoso .As ma nchas brancas sao vazios parcialmente preenc hi dos P Ol' fosfatos. No centro urn agrega do mi erocri s ta li no ra dial fib roso de Strengita. (vide Lamina G 1159). P equenas plaeas alongadas de
micas. Aumento 150 X .
Pomerancblum (1967) do Projeto Bahia doDNPM em cola bora !<ao com 0 casal Gorsky.
o metoda rapido aproximado de determil;8.0 de P e 0 " utilizado no DNPM nao tern precisao para teores abaixo de 3%.
Das observacoes de Iabo ratorto pode-seclass ificar as ocorrenc ias de fosfatos nas numerosas amostras de arenitos e outros sedimentos da bacia de Jatoba como:
A) Agregado microcristalino argiloso-fer ruginoso-fosfa ti co-uranifero com:
a) fosfatos nao determinavets ;b ) apatlta microcristalina (preponde
rante ) ;c) colofanlo e francolita (foto nss 3 e 5) .
Foto no 6 - Lamina G 1023 - amostra 707-61.Anoma!ia 325 - Facies L ages Inaja Arenito congIomeratico. Graos de quartzo com matriz argilosa ferruginosa com francolita . Pequenos cristaisde apatita e agregado radial fibroso d e crandal-
!ita no centro da foto . Aumento 250 X .
Foto n v 8 - L amina G 1159 - Trata-se do mesmocristal de Strengita sob aumento maior. 430 X .
B) Agregado de crandalita, wavellita,pseudowavellita, secundarias, provenientes daapatita microcristalina, wardita (rara) . (F'o
to n v 6).
C) Autunita e meta-autunita, secundarias originad as da matriz rosranca uranifera.
D) Apatita, monazita, xenotima (rara) ,
acessortos nos sedimentos. Esses agregadosapresentam-se como matriz dos arenitos e foram formados durante os processos de depoSi!tRO e diagenese.
Fosfatos sob forma mineral6gica interessante foram identificados (fotos n vs 7 e 8.)
36 BOL. DA SOCIEDAD E BR ASILEIR A DE GEOLOGIA - V. 17, NQ1, 1968
A,>lcJSTRAS 251 P18 P19 P21 P28 P 1 P 2 P J P 5 P4V P 4 P20 5 J 2 1 94 9C 9E lOB 100 19 18 16C 16B lJP 1£1:\
Wl!I.rdlt8 x
4p1lt1ta x x x x x x x x x x x x x x x • x
Rutilo x x x
Crandallita x x x xZiroio X x x x x x x
11meD1 ta x x xHemn. t1 te. x x x x x
TurMl1na x x x x x x x x
Ill1ta x
Prancollta x x x •Sagen1ta x x
F81dspatoB x x x x x x x x
Monazlta X x x
MUBCov1 ta x x x x x x x x x x x x x x • x x xQuartc1 to x xBioUta x xClorita x x x x x x x x x x
Granada x x xNoponita x
" P20S 10" 20" 5" 8" 2" 1" 2" - - l~ lJ:< - 10" - -
Os resultados obtidos na analise dos fosfatos em 208 amostras da Formacao Inajasao :
minerto normal (fosforitos) urn teor de 22%
de P "05' os fosfatos de Jatoba constituemuma ocorrencia pobre.
Nota-se claramente que os teores emfosforos e uranio (equivalente) estao em relacao direta. POl' out ro lado, nao se revelounenhuma associacao regular entre fosfatos eoxldo de ferro. COnsiderando-se para urn
N ode amostras 'I'eor de
'70 p "O" medio % eU"Os29 0 0,00311 ± 5 0,0305 7 0 ,0527 ± 10 0,0821 > 30 0,320
Total 145
Total
Total
53
1
3
51
10
4347
24
11
8
12
311
20
30
o3
5
7-8
10-12
15-20
0,0040,0540,135
0,160
0,125
0,180
0 ,200
ESTRATIGRAFIA
Formacao Manari - Esta formacao foiem parte mapeada e descrita pelos geologos0. S. Raulino e N. C. Cenachi (1964) da Petrobras sob a denorninacao de «Unidade Ado Paleozoico», portanto sem designacaoformal. A partir de 1964, trabalhando emmapeamento de detalhe, adotamos, nos relatorios internos da C.N.E.N., as denorninacoesde Formacao Manari e Formacao Inaja paraos sedimentos inferiores da coluna estratigrafica da bacia de .Iatoba. E stas denominacoaspassaram a ser usadas fora da CNEN sementretanto terem sido caracterizados os sedimentos a elas atribuidos .
Com a com unicacao feita por J. N. Villaca e L . C. S. Surcan (1966 ) no XX Congresso de Geologia realizado em Vitoria, estas denominacoes tornaram-se amplamentedivulgadas. Assim e que P . G. 0. Braum(1966) utiliza a denorninacao Formacao Inaja, mas, para designar os sedimentos da basedo paleozoico, utiliza a denorninacao Forma~ao Tacaratu, sem contudo, caracteriza-Iaformalmente de acordo com 0 c6digo de nomenclatura estratigraftca.
Propom os aqui designa-Ia formalmentede «F ormacao Manari», pols, na Serra doManari, urn dos pontos mais altos da bacia,
P. M. C. BARRETTO - a Paleozoico da Bacia de ... 37
SEQAO TIPO I;
. ,. . . 9 - Arenito medio, vermelho-tijolo, friavel , mal clas-100m • sificado, pouco feldspat.ico, cimento ferruginoso,
homogerieo, (lam manchas castanhas (pintalgado) ,
E 0 0m 8 - Arenito medlo, creme-r6seo, pouco rriavel, malIt) classificado, pouco cimento, com estratirtcacao
obliqua.
7 - Arenito medio, cinza, embranquaenno no topo, pou-co rrtavel, classifica!:ao media, reldspatico, homo-geneo, com concrecoes limonltlcas na base.
6 - Arenito fino, creme-amarelado, rrtavel, classifica-,.. T !:ao media, com estrattricacao cruzada.E 75m £ G)om0 ~
5 - Arenito rmo, castanho escuro, pouco friavel com
• o ",m,ocimento ferruginoso, compacto POl' l imorritizaqao.
If')
f 4 - Arenlto fino, r6seo a amarelo-ocre, trtavet, clas-
0 0 ,sirtcacao media, muito feldspatico, com fina es-E tratifica!:ao obliqua, com intensa Iimorrit.izacao na
it 0base.
c( 1 0zc( ..,..
3- Arenito fino, r6seo ate alaranjado, com pequenos~ If')
0 0f fd ... pantos vermelhos, friavel, classtricacao media,•0 l oj reldspattco, micaceo.'"10(::l0-
G)Offd b£ct E ~:E 2- Conglomerado medio, (lam niveis grosseiros (sei-I[ 50m CD
E
txos ate 2cm), creme-amarelado, frlavel, mal c1as-sificado, feldspatico, com estrattricacgo obliqua.
1 - Conglomerado basal, grosseiro, embranquecido,frlavel, mal classificado, multo Ieldspatico.
t: 0C9~I.O..N
~5m 1 0 v,.
1boeo.
... -r
-to 4-
t- ~lHUI.1O
¥ .j.. +I + I-
\C11.. ..j.. ....CL
+1- t-O i-
SERRA DO $ACU
M""ta'1"1O 01 l",,~.
38 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N" 1, 1968
Esta serraigual nome,a Formacao
ocorre magnifica secao vertical.originou-se da grande falha deque nivelou 0 embasamento comAlianca.
Foram feitas diversas secoes verticals,pr6ximas a Moxot6, Inaja, Manari Velho, Serra do Quiri-d'Alho e antiga usina de Forgade Petrolandia.
A denominacao de Formacao Manari eaqui atribuida it sequencia arenosa, continental, macica que recobre 0 embasamento (fig.n- 4). 0 contato superior com a FormacaoInaja e gradual e feito atraves do primeironivel de siltitos e argtlitos, correspondentesit primeira transgressao marinha.
Litologia - E bastante mon6tona, constituida exelusivarnente de arenitos, conglomerados e lentes de caulim. 0 conglomeradobasal e grosso, porem nao possue seixos comdiametros maiores que 2 em. Ocorre em todaa extensao do contato com uma espessuraaproximada de 1 m, podendo oeasionalmenteatingir 2 m. Possui cor creme, seixos subarredondados e arredondados de quartzo,feldspato; cimento argiloso, bern compactado,ocasionalmente friavel.
Acima temos conglomerados medics constituidos de seixos predominantemente quartzozos, arenitos grosses, medics, f'inos, de corvariando de vermelho-ferruginosa, roseo-amarelada, cinza ate esbranquicada. Apresentamestratificacao cruzada, Ieitos horizontais;muito feldspaticos ate caulinicos, ocasionalmente arc6sicos, bastante micaceos, predominantemente mal selecionados com raras camadas bern selecionadas, bern compactados,coerentes ate muito friaveis.
Possui lentes, especialmente de materialgrosso. Foram verificados alguns provaveiscanais fluviais de pequenas dimensoes, marcas de ondas, nodules de argila e diversaszonas silicificadas.
Distribui~o e Expressao Topografica A presence da Formacao Manari e predominante na parte SeW, no centro da bacia,constituindo a Serra Manari (foto nv 1) e prdximo it cidade de Moxot6. Esta Formacaoconstitui as maiores serras e morros da regtao, escarpas muito abruptas, formando urncapeamento sobre 0 granito. A serra do Manari e 0 ponto mais alto da Formacao.
Espessura e Area - Medindo-se os mergulhos na superficie, da ordem de 69 a 10 9 etomando-se a area de afloramento, a espes-
sura e calculada em 250-300 m aproximadamente. Estimou-se a espessura desta formagao com base em varias colunas estratigraficas, feitas em diversos pontos da area ondeela aflora e correlacionando-se estas colunas de acordo com 0 mapeamento e com anatureza das camadas. A precisao da estimativa para a espessura e limitada pelagrande variacao lateral das camadas que dificulta a correlacao, bern como a presenca defalhas e cobertura de areia. A sondagem daPetrobras em Ibimirim, com 2.862 m, naoatingiu 0 embasamento, tendo sido interrompidos os trabalhos sem ser attngida a Formacae Manari. Em Inaja foram perfuradosaproximadamente 380 m de paleoz6ico.
Origem e ambiente de sedimentacaoA presenca de material grosse abundante, avariacao rapida do mergulho e direcao dasestratificacoes obliquas, tipo torrencial, e variacoes laterais bruscas, indicam uma sedimentagao sob condicoes de chuvas pesadas,ambiente de planicie de inundacao, depositoslacustre-fluviais. Tarnbem as lentes mostramuma vartacao na sedimentacao, com 0 preenchimento quase sempre por argila dos buracos e fendas. Tudo indica uma sedimentagao rapida em planos de inundacao. Os sedimentos da Formacao Manari sao constituidos de material elastica e granulacao grossa,com estratittcacao nitida. A anglosidade dosgraos de quartzo e a presenca de feldspatoscom arestas frescas sugerem que a fonte dossedimentos nao se achava multo distante.
Ja no fim da deposicao da FormacaoManari predominam arenites mais finos eprovavelmente 0 ambiente sedimentologico jase aproximava do marinho com a constantesubsidencia da bacia.
Rela!:Oes Estratigraficas 0 contatoinferior com 0 embasamento e discordante efeito atraves do conglomerado basal. 0 contato superior com a Formacao Inaja e gradativo ou as vezes POl' falha, e marcado segundo a convencao estabelecida anteriormente, isto e, onde aparece 0 primeiro nivel desiltito ou argilito e arenitos finos. A continuidade desse contato e muito dificil de sernotado no campo.
Idade e Correlacao - Ate agora nao foram encontrados f6sseis na Formacao Manari. Sua datacao e deduzida pelas relacoesestrattgrartcas com os sedimentos da Formagao Inaja, do mesodevoniano. Sua idade po-
P. M. C. BARRETTO - a Paleoz6ico da Bacia de . . . 39
"SILTITO CACIMBA"
"SILT/TO BASAL"
"ARENITO FELDSPATICO"
Arenito medio , esbranquicado ou arrouxeado, mic d c eo com es tro ttficucdo cruzada e feldspaticp .
H "ARENITO LAGES" - Arenito fino, claro, ho-
mo qen eo ,come strctiticocdo cruzado .
Lente de nr e n i to murto fino, cinzo, lamlnadol
marcosde ondas e prs to s de vermes, rn rc r o ves trct i Hco crioe mo s covrto .
Siltito fino, cinza, com lentes intercaladas de
siltito mais grosseiro e arenito multo fino .
C2 - Arenito grosseiro I conqlomerdtrco avermelhado,rmcd c eo , com estro tificcc do cruzada.
G
E "ARENITO CACIMBA" - Arenlto muito fino,
rose o a esbranqui Co do , hornoqeneo , m icdce o , fricvel com mo rcas de ondas e fossilrtero.F - intercalacoo de arenito muito fino, cor de cho-
colate, com bastante moscovrto nos pion. de. estrat.e mur to fossl lffero,
- Arenito grosselro, bemes trc nficcdu .corn ',10
r i o cdo lateral para conglamerada.
Siltito qr osse l r o crn z 0 , com rentes interca
ladas de arenito muito fino, laminado,cam marcos de ondas e rno s co vrt o nos pianos de estrat ificacllo .
C 1 - Arenito grosselro , micoceo cverrnetho do e comes t r cti f i c o c do oblfqu o •
c
B
A " FORMACAo MANAR I"
1\~f\1V\
SECAO- TIPO-:Ir,FORMA~AO INAJA
GRANULOMETRIA
I 23.. 5 6 7
0° 0 0'III _,,_~ ... • C,
c2
:: : ~. ':":. " ". "
" ,' ..". ,",
. ' , ..0 · · · ' ".." .. . :
. , .'
' . . '" ..
- .-.-- .- -
. '. ' .: .
:::~:~~. : " ' . ; ."
" .
- -- ~FALHA
X~'Ui....<!~~ H I~ :-::-..:..
o.C; ·O:Q~·:' " .. '
+~". ' . ' .
FAZ. DOS NUNESMUN. DE TARACARATU -PE
t
SeQ. O .A . Say ..
t8m.
OZ
';io~>crwou.o
'< o..,~ZZ- <X 40 m
F igura 6
40 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N? 1, 1968
deria ser eodevoniana, uma vez que os f6sseis da Formacao Inaja sao datados como doDevoniano inferior a rnedio, A identidade Iitol6gica com os sedimentos da Formacao Serra Grande na bacia Maranhao sugeriria a idade siluriana. Correlaciona-se tambem comas camadas paleoz6icas mapeadas na baciade Tucano Norte (Sta. Brigida). Litologtcamente e semelhante a parte inferior das camadas da Formacao Batinga, de Sergipe.
Rela9llo Sedimentol6gica - Como foi estabelecido que 0 contato entre a FormacaoManari e Formacao Inaja seria tracado ondeocorrem os prirneiros siltitos e arenitos finos,s6 existe material classico, e portanto a relac;ao arenito-folhelho tende para 0 infinito.
FORMAQAO INAJA - Foi em parte mapeada a descrita por O. S. Raulino e N. C.Cenachi (1964) sob a designacao informal de«Unidade B do Paleoz6ico».
Depois de estuda-Ia em todos os seus facies e mapea-Ia em toda a bacia propomosaqui a designacao formal de Formacao Inaja.Trata-se da formacao paleozoica mais interessante devido a sua litologia e fauna.
Essa denominacao e atribuida a sequencia de folhelhos, siltitos e arenitos finos queocorrem na parte media dos sedimentos devonianos da bacia .Iatoba,
As melhores exposicoes dessa formacaoestao no vale do Rio Moxot6 ao lado da cidade de Inaja, pr6ximo ao cemiterto da Fazenda Caraibeiras, na cidade de Moxot6, na
Foto nQ 9 - Dobras adiastr6ficas no arenito finoda Formacao Inaja, Pernambuco (Bacia de J'atoba,
foto do autor),
Fazenda dos Nunes, distante 25 km de Petrolandia, ao lado direito da estrada federalPetroHl.ndia-Ibimirim. Neste ultimo local foiestabelecida a seeao tipo II (fig. nv 5).
Os siltitos basais sao expostos de umamaneira magnifica ao Norte da Fazenda Touro, pr6ximo ao leito do riacho dos Coites eproximo a cidade de Moxot6.
Dos sedimentos do Paleozoico, esta formacao e a melhor estudada devido a disseminacao geoquimica de uranio que ela encerra.Sua petrografia, mineralogia e sedimentologiaforam exaustivamente estudadas em laborat6rio. 'I'ambem as condicoes de sedimentacaoe direcao das correntes, a atitude e espessurados facies foram controlados por inumerassondagens a percursao feitas com WagonDrills e sondagens rotativas com recuperacaode testemunhos. Somerite durante 1965-66 foram perfuradas 4.040 m de sedimentos pertencentes a essa formacao.
Litologia - Constituida com predominancia de arenitos finos, siltitos e folhelhos, ocorrendo em menor quantidade arenitos grossos.Os arenitos sao de cor vermelho-ferruginosa,violaceos, creme-amarelado e branco; granulacao grosseira ate multo fina, bem compactado, bem selecionado quando fino e rna seIecao quando grosso; micaceo (rnuscovita j ,
em planes ou distribuida na matriz, laminado ou nao: estr'atif'icacao cruzada abundante,inclusive micro-estratificac;5es (foto nv 10),ocasionalmente arc6sico, fossilifero.
Os siltitos sao amarelados, violaceos rosas e esverdeados, apresentam ccncrecoes limoniticas, intercalacoes de argilito, quasesempre micaceo e fissil (bem laminadoj .
Foto nv 10 - Mic ro-est.ratificacao de tlpo bastanteraro na Formacao Inaja, Fazenda Touro, municipiode Inaja, Pernambuco (Bacia de J'abota. foto
do autor).
P. M. C. BARRETTO - 0 Paleozoico da Bacia de . .. 41
Os folhelhos sao cinza-esverdeados, muito argilosos, micaceos, fisseis, puco a muitocalciferos. A intensa erosao que atuou sobre os sedimentos superiores do paleozoico,Unidades C, D, da Petrobras parece tel' retirado tambern parte da Formacao Inaja.Assim a Norte do vale do Rio Moxoto temosa ocorrencia de folhelhos castanho-chocolateda Formacao Alianca sobre arenites grossos,muito estrattficados, com leitos conglomeraticos da Formacao Inaja, que ocorrem em extenses afloramentos sobre os quais corre 0
rio Moxot6.A col una geral, estabelecida para a For
macao Inaja, baseada na correlacao das diversas colunas parciais obtidas nos variesperfis executados, traz consigo as dificuldades inerentes a tada correlaeao, principalmente neste caso, com a grande vartacao faciol6gica lateral e a presenca de falhas emespecial aquelas paralelas a. direcao das camadas (N 70 E) .
A parte aflorante da Formacao Inaja,foi ap6s prolongados estudos, subdividida POl'Villaca e Surcan (1965), nas seguintes facies:
Siltito basal - Constituido pOI' siltito esverdeado-amarelado com interoalacao de arenito branco, fino a muito fino, calcifero, carbonatico, com intercalacoes mais argilosas.
Sua espessura varia de 12 a 20 m, sendoo primeiro nivel argiloso do Devoniano.
Arenite feldspatico - Arenite amarelado,cinza, ferruginoso, granulacao media a grossa, com vartacoes laterats, com niveis feldspaticos, micaceos, graos angulosos, mal classificados. 0 cimento e argiloso. Sao abundantes as estrattrtcacoes obliquas,
:m 0 facies mats espesso da FormacaoInaja variando entre 50 a 70 m . Sua espessura total nao e bern con hecida mas nao deveser superior a 80 m.
Na base, acima do primeiro nivel de siltitos, temos urn arenito branco, fino a muitofino, micaceo, argiloso, calcifero, com 1 m(urn metro) de espessura,
Arenito Cacimba - Arenito branco aamarelado, cinza com partes vermelhas e escuras, granulacao fina a muito fina, berncompactado, sem ou quase sem cimento, ocasionalmente micaceo, homogeneo, macico,bern estratificado.
Alem da granulometrica tipica e 0 faciesportador dos macrof6sseis que indicaram prlmeiramente a idade devoniana para a For-
macae Inaja. Foram encontrados Orbiculoideae Australocoelia, mais abundantes nos hori
zontes ou Intercalacoes ferruginosas Iocalizados na sua parte inferior.
A espessura varia de 12 a 20 m . :E bastante falhado apresentando essas falhas urnmergulho para 0 suI.
Siltito Cacimba - Siltito amarelado, cinza clare, zonas vermelhas, com intercalacoesde urn arenito muito fino com passagem parafolhelho. Pelos testemunhos de sondagens nota-se, nas zonas de siltito cinza a presencade materia organica. :m estratificado em finas laminas. A espessura varia de 12 a 20 m.
Arenito Lages - Constrtutdo por urnarenito de variadas cores, branca, cinza,avermelhada, amarelada, violacea, com manchas circulares castanhas e pigmentacao ferruginosa, Os graos sao mal arredondados asub-angular, mal selecionados, quartzoso, micaceo, ocasionalmente bern compactado, cimento argilo-fosfattco (foto 5) . Estratiflcacaocruzada. Os graos de quartzo mostraram, emcertas amostras, extincao ondulante.
Os minerais pesados encontrados foramrutilo, hematita, zlrcao, turrnalina, ilmanita ,crandallita.
Na sua base ocorre urn arenito bastantegrosse contendo pequenas lentes conglomeraticas.
A espessura varia de 20 a- 30 m. 0 contacto com a Formacao Alianca, onde podeser observado e feito atraves de uma discordancia erosiva e angular.
Em resumo podernos caracterizar a litologia da Formacao Inaja pela repeticao dealgumas facies semelhantes; asslm teriamosdois nlveis de siltito bern definidos: urn arenito fino, bern laminado e micaceo, urn arenito grosseiro, mal classificado, ferruginosoe uma sequencia de arenites de granulaqaornais grosseira.
Esta sequencia, com suas caracteristicassedimentol6gicas, indicariam com major probabilidade, uma sedimentacao em sucessoesciclicas, definida pela repetieao do siltito edas camadas superiores. As diferencas observadas entre algumas facies correspondentes,de ciclos diferentes, sao admissiveis em deposil;;oes originadas em ambientes identicos porem em epocas diversas.
Em se tratando de uma sucessao ritmtca,como deve ser 0 caso, teriamos que admitir
42 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N'" I , 1968
urn ambiente de aguas rasas, possivelmenteepicontinental, com ligeiras recorrencias domar, ocasionando a deposicao de sedimentosmais propriamente marinhos como sao os siltitos das bases dos ciclos (com maiores extens5es em areas continuas, homogeneas, etc.)mudando gradualmente para 0 topo ate atingil' sedimentos continentais (com granulomatria mais grosseira, heterogeneo, descontinuo,com grande varlacao lateral, etc.).
Distrfbuieao e expressao topograflcaOcorre ao longo de toda borda sul reaparecerido na parte nordeste e estreitando-se parasudoeste, 0 que the confere a configuraqao de«Y» com a Serra de Manari no centro.
Topograficamente constitui-se em pequenos morros em cuja base, quase sempre, encontramos urn siltito, e em planicies geralmente encobertas pOI' areia. Os pequenos morros sao originados pOI' falhamentos locatsprotegidos no topo pOI' uma camada de arenito limonitizado. Entretanto, a fei<;ao geral,e de uma topografia pouco ondulada, de semi-planicie.
Espessura e area - A espessura mediada Formacao Inaja, estimada em perfis reaIizados e na correlacao das vartas colunasestabelecidas, e de aproximadamente 200 m .A sua espessura e muito variavel devido avariacoes laterais e presenca de falhas, sendoem geral rna is espessas na parte central ediminuindo para a borda sul da bacia. Forammedidas espessuras variando entre 140 e185m.
Origem e ambiente de sedimentaeao A maior parte desses sedimentos foi depositada em mar epicontinental, ambiente deaguas rasas, evidenciado pela fauna encontrada (7 e 22) e pelas marcas de ondas, Aparte inferior, constituida de material maisfino, indica sedimentacao rnais calma. 0 siltito superior e bastante carbonatico. Umaplataforma estavel, com pouca subsidenciaseria 0 ambiente indicado, ocorrendo sucessivas flutuacoes epirogeneticas, com tendencia gradual para dominacao e estabelecimento de ambiente marinho, sendo que a fontedo material teria sido a Formacao Manarierodida em suas partes menos resistentes.
Os f6sseis encontrados pela Petrobrassao todos marinhos e a presenca dos niveisde folhelhos e siltitos indicam urn ambientede sedimentacao calmo, com flutuacoes.
Rela~oes estratigrlificas - 0 contato in-
ferior com a Formacao Manari e feito gradualmente com a passagem de urn arenitomedic, bern cJassificado, cinza-branco a alaranjado, bastante f'rtavel, quase sem cimento,com graos de quartzo limpido arredondadosda Formacao Manari, ao primeiro nivel desiltito da Formacao Inaja. 0 contato superior e fe ito atraves de uma discordancia angular (regional) com a Formacao Alianca,Em sub-superf'icie 0 contato com a FormacaoIbimirim e concordante.
Idade e correlacoes - Inicialmente aidade atribuida a esses sedimentos foi PreAlianca pela posieao estratigrafica. Posteriormente, com 0 mapeamento de superficie, foram encontrados gaster6podos Bellerophontideos, alguns especimes de lamelibranquiospter6ides e Nuculites indicando uma idadedevoniana.
A Formacao Inaja e correlacionada coma Formacao Pimenteiras do Maranhao.
Ramo sedimentol6gica - A razao arenito-folhelho e igual a 3,00. A presenca desedimentos nao clasaicos e desprezivel.
FORMA(JAO IBIMIRIM - Esta unidadeIitoestratigrafica nao aparece jamais em superficie tendo sido identificada na sondagemde Ibimirim, concluida pela Petrobras emmarco de 1963. A sequencia arenosa encontrada acima da Formacao Inaja passou a serconhecida como Unidade C do Paleozoico.
Anteriormente os geologos da Petrobrashavlam mapeado nas margens do Rio SaoFrancisco, proximo a cidade de Pet.rolandia,cinco unidades paleozoicas que receberam asdesignacoes de «Un ida des A, B, C, D, E ».
Foi verificado, mais tarde, que as unidades C, D, E, constituiam, naquela regiao,apenas uma repeticao, pOI' falha, das unidades A e B.
Assim, quando na sondagem de Ibimirimapareceram sedimentos do Paleozoico diferentes daqueles conhecidos em superficie, elesforam designados como unidades C e D.
As cordenadas da sondagem sao 80 38' 10"latitude sul e 37040' 05" longitude oeste. Estasituado a uma altitude de 470 m tendo sidoperfurado no total de 2.862 m .
Sugerimos aqui a designacao formal deFormacao Ibimirim, nome da cidade e municipio onde foi realizada a sondagem, para asequencia de arenitos medios com raras intercalacoes de folhelhos acima da Formacao Inaja conforms secao tipo III (fig. 6).
·P . M. C. BARRETTO - a Paleoz6ico da Bacia de ... 43
=~=-=: CARBONIFERO INF. ? <MISSIPIANOOEVONIANO 2.04-20511
Ortoquarllito, melomorf eNo esverd .clcro,med I.gros m! duroTETMO N9 21 Aren euertrose,esbrcnq Ima/mt l,flo, Iechodo
Calcono cnzo esc/preto, cripto-cnstl ml duro, com cstrucoldes.
Arenito esbronq !cosl claro,fino/med, ftchodo, molriz orgiloso
Arenlto esbrQ~ I fmo/mt fino, boo clossil , fr,ia've'. bocporos , colcil IT clorit,mll: Oc
.;d~ ~,~:~" .::",.:...;.'":
GDI: . '. " , .
S E C () ES - TIPOs III E IVRESISTlVIDADE -1
TETMO N9 19TETMO NQ 20 Fa lh.....erm., cest.everm., sill duro,calclf mUlto frolLU'C1
Folh. cloza esverd / media
rolhr~ cmf O'l'r:rm I b!l,)cosjplocoI
Arenilo,esbrcrq ,medJgross, rool c1ossif~mtio duro,colcif fecrlOdo
folh verm ,cost-cverm lese, sill, duro, cc!n! , bloccs
II
DEVONIANO2 652~2 1.7 91 )
TEn t{) ~Q' 22 Fljh ICIIlZQesc p l ~ 5 11l ml l!t1D, ITIICG':, nBo ccled I Ir ecrOOti
~_-5~>
-~-~.,- -~
~?-=
Arenito I esbronq , fino,reI} porosdnoe
;:. .:-.-.::~ .~
0:
~ ~0~ sz ...
2GOO ~
~
~,,~ .
~s~
z~
~
••7': ~ :;-::.
'~~~ 1.[TMON924 : Arenito, esbronq ,castclarollma/media
2800_FoIhtlho. venTi, cost,Qverm meio duro, mldlero
Folh.lho,clO'. mi<l~/.",rd / ..curo
Artnito., branco, fino, friavel, booporOlidode .
..:...: ...::
SONDAGEM DE IBIMIRIM (Petrobr'. 1M .t-I-PE \ 1963110 P[RFll Dr SONDAGE'M FORAM /NO/CAOA$ P£lO AurOR A$ $[c6[$ - r/pos I I I - IV
44 BOL. DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA - V. 17, N o 1, 1968
Esta formacao e constituida exclusivamente de urn arenito esbranquicado, de granulacao media a grossa, bern classificado,pcroso, friavel . Na parte mediana ocorrempequenas intercatacoes de folhelhos castanhos avermelhados siltitos cinza escuros, duros, calciferos, mecaceos.
A espessura en contrada na sondagem deIbimirim e da ordem de 90 m . Assenta-seconcordantemente sobre os sedimentos daFormacao Inaja e seu contato superior coma Formacao Moxot6 e gradual com a passagem do arenito para urn folhelho .
Sua idade poderia ser mesodevonlana pelas relacoes est r a ti g r afica s com os sedimentos da Forrnaqao Moxot6. Quanto a razaosedimentol6gica os arenitos predominam largamente,
FORMA()AO MOXOTO - Esta forma<;3.0, igualmente s6 encontrada em subsuperficie, foi tambern identificada na sondagemde Ibimirim, tendo side designada informalmente pela Petrobras como «Un ida de D doPaleozoico». Propomos aqui a designacaoformal Formacao Moxot6, nome da cida de situada a 38 km a W de Inaja. Embora acidade de Moxot6 esteja distante 32 km dolocal onde f'oi perfurado 0 poco de Ibimirim,sujerimos este nome uma vez que as outrastres fnrmacoes descritas anteriormente receberam designacoes que correspondem aos nomes das tres cidades principais da redondesa.
Essa designacao e dada a sequencia defolhelhos , siltttos, arenitos que ocorrem acirna da Formacao Ibimirim conforme secaotipo IV (fig. 6).
Litologtcamente e constituida na base pOI'folhelhos castanhos e cinzas, duro, calcifero,micaceo, siltitos endurecidos, calciferos, fraturados. Na parte media, intercalando comos folhelhos existem niveis de calcaria cinzaa castanho claro, cr ipt o-cri st a lino, muito duro. No topo, temos arenito esbranquicado,granulacao fino a media, com matriz argilosa, friavel , poroso, cIoritico e micaceo.
Sua espessura medida rot de 170 m, e seutopo foi encontrado na profundidade de 2.504metros onde os folhelhos vermelhos com estrac6ides na Formacao Alianca repousam emdiscordiincia sobre os arenitos finos, da Formacae. Seu contato inferior com a FormacaoIbimirim e concordante e gradual.
Regali (1964) encontrou no intervale correspondente as profundidades de 2.535 m a2.850 m microf6sseis cuja rrequencia e carac-
teristicas indicariam as idades mesodevoniana a mesocarbonifera. Foram identificados osseguintes esporomorfos : Densoporites, Aneyrospora e Apiculatisporites. Correspondem,portanto a zona palinol6gica «0» de idade carbonifera media.
Posteriores datacoes foram realizadaspor Brito (1965) que estudando 0 testemunhonv 22 da sondagem Ibimirim obtido a 2.662 mde profundidade, verificou a ocorrencia dediversos grupos de microfosseis tais comoArchaeotriletes entre os esporos dispersos,Pterospermopsis, Duvernaysphaera, Leiofusa,etc ., entre os Acritarcha alem de Tasmanaceas, Escoleocodontes, Histricosferideos, dando para essa constelacao uma idade mesodevoniana a eodevoniana equivalente a Zona Palinol6gica «A» da bacia do Maranhao.
Ainda, segundo 0 mesmo autor (1965)as especies Leiofusa bispinosoides e Dactylofusa Mamnhensis, caracteristicas do Siluriano foram encontradas no mesmo testemunho,sendo provavelmente material siluriano retrabalhado.
Assim, da idade da Formacao Ibimirimseria devoniana na base e no topo mesocor-'bonifera.
HISTORIA GEOLOGICA
Os sedimentos da base da bacia de Jatoba sao datados como do Eodevoniano aoMesocarbonifero pelas faunas encontradas epela correlaeao com os sedimentos inferioresda bacia do Maranhao.
Durante 0 Eodevoniano iniciou-se a deposicao dos sedimentos da Formacao Manari.Ocorreram eritao as primeiras invas6es marinhas, talvez vindas de SW ou W, depositandoos sedimentos finos da Formacao Inaja, commarcas e fauna de aguas pouco profundas.Houve certa movimentacao, recuo e novasflutuacoes que explicariam os horizontes desiltito e folhelhos intercalados com arenito.A invasao das aguas marinhas deve tel' alcancado seu ponto maximo por ocasiao da sedimentacao da parte inferior da FormacaoMoxot6 com a presenea de folhelhos carbonosos e material elastica bern fino caracteristicos da zona batial.
A fase regressiva da ssdimentacao iniciar-se-ia no Mesocarbonifero com a deposiG3.0 dos sedimentos neriticos da FormacaoMoxot6, podendo mesmo ser totalmente continental sua parte superior.
Durante quase todo 0 Permiano ate 0
P. M. C. BARRETTO - a Paleozoico da Bacia de . . . 45
Eo-Jurassico nao houve se dimentaca o a lgurna , ocorrendo apenas 0 re t rabalhamento domaterial ja depositado, evidenciado pel a discordancia ex istente entre 0 Paleozoico e Mesozoico. Neste hiato da sedimentacao levant ou-se 0 Arco de Sao Francisco separando abacia de .Iatoba da bacia de Tu cano, ate en ta o ligadas, disp ondo os sed imentos da baciade .Iatoba de tal fo rma qu e um a forte erosaodestruiu a s Formacoes Ibimirim e Moxoto e
tambern parte da Formacao Inaja . Dai encont ramos a tua lmente a Formacao Inaja emcontata com a Formacao Alianca.
Com 0 nivelamento entre as bacias deTucano e Jatoba restituido, inicia-se entaouma segunda fase de subsidencia dando origem, outra ve z, a uma ba cia, onde , sob con dieoes de am biente calma de aguas profundas foram depositados no jurassico os folhelhos c cal ca rios da Formacao Alianca,
BIBLIOGRAFIA
1. ALMEIDA, A. C. F., 1963 - Geologia da BaciaJatobd e Tucano NOTte. ReI. 700 - Setex , Petrobras. ReI. I n t e r n o .
2. ANDRADE, G. O. e L I N S , R. C., 1962 - Introduciio a MO',/oclirnatolonia do Nordeste doBrasil. Bul. Soc. Bras. r.eol. Nucleo de Pernambuco.
3. AYRES, G. J . , 1966 - Relatodo Final de Va/Orizaciio das Anomalias 61 e 62, Inaja, Pernam-buco. DEM CNEN. ReI. Interno.
4 . BARRETO. P . M. C. e SURCAN. L . C. S ., 1964- Levantamento Geol6yico de detalhe das quadriculas Arco-Ve"de 10-13-14 - Relatorio finalDEM - CNEN. ReI. Interno.
5 . BRAUN, P. G. 0 .. 1966 - Estmtig"alia dos Sedimentos da Parte I-nferior da Regi{io - Nordeste do Brasil - Bol. nQ 236 - DGM - DNPM.
6. BRITO, I. M. E. SANTOS, A. S ., 1965 - Contribuiciio ao Conhecimento tios Micro/6sseis Silurianos da Bacia do Mamnhiio (Parte I) Notas, Pul. e Est . - DGM, DNPM.
7 . BRITO, I. M.. 1965 - Nota Pnivia Sobre osMicr%sseis Devonianos de PeTnambuco - Esc.Geol. Univ. Bahia - Pub. Av. n v 3. - Cont" ibuic{io para 0 Conhecimento dos Micro/6sseisDevonianos de P61'nmnbuco - Anaes da Ac.Bras. de Ciencias, Inedito.
8 . CHAVES, F. G., 1966 - Relaiorio Final deValor izaciio da Anomalia 35 Petrouiru t ui - Pernambuco, DEM - CNEN. ReI. Interno.
9 . DERBY, O. A ., 1870 - Cont"ibuicoes ao Estudo da Geologia do Vale do Rio de Silo Francisco - Arquivo do Museu Nacional - IV,pags. 87 a 117.
to . FUZIKAWA, K. e VILLACA J . N., 1963 - R elat6rio Final da Missiio 606 Bacia de Jtitobti,Pernambuco, DEM - CNEN. ReI. Interno.
11. GHIGNONE, J . I., 1963 - Geologia do FI,l1leoOTiental da Bacia de Tucano Norte (do VasaBarris ao Sao Francisco) - ReI. 688 - Setex- Petrobras - ReI. Interno.
12. GERSTNER, A. , 1966 - Mission Bresit, Rappo,·tFinal - D .P. - Commissariat a I'EnergiaAtomique, Franca.
13 . GORSKY, V . A . ; GORSKY, E .; SURCAN, L .C. e FALLABELLA, M . H. , 1963 a 1966 - R elat6rlos de Andlises Petrogra/icos da Bacia deJatobd - Pernambuco - DEM - CNEN. R eI.Interno.
14. GORSKY, V. A., 1966 - CaracteTistieas PetroO"d/icas e Geologicas da Bacia de Jatobd ; Eosiatos dc PetToldndia - Pernambuco. R elat6rioAnual d a Sec. de Min. e Pctrografia, DEM CNEN. ReI . Interno.
15. GUIMARAES, D. , 1964 - Gcoloiiia do Emsi/- Memoria nv 1 - DFPM-DNPM.
16. MIURA, R ., 196:! - RelatMio Final dc Complementactio do Poco IMst-1 (IMst-l-PE) .Arq. d e Superficie - Setex , Petrobras, ReI.Irrterno.
17. MORAES, L . J. , 1928 - Estndos Gcouujico« doEslado de Pe"nambne<> - Service Geologico eMineralogico do Brasil - Botctim II" :!2.
18. MORCHE, M. F ,. e outros - Re/at6rio Finalda Missilo 301/401 Buique, Bacia de Jatobti,Pernambuco, DEM-CNEN. ReI. Interno.
19 . MUHLMANN, H.; GONSALVES, A. e ARAUJO,C. E. A. G.. 1963 - Geologia do F/anco Ocidental da Ba cia de Tneano NOTt e - R elal6r'io 698- Setex - Petrobras. ReI. Interno.
20 . POMERANCBLUM, M. e MATZKO, J. J. , 1967- Phosphatic Roes From the Jatobti Basin,P ernambuco - Technical L etter BR-17 U.S.G.S.
21. RAULINO, O. S . e CENACHI, N . C.. 1964 Bemi-detathe Geol6gico da Bacia de Jatobri,Regiao d e Pr-oducao da Bahia, setor de Explol'a~ao, P etrobras - ReI. Irrterno,
22. REGALI , S. P . M., 1964 Resultudos deA mostras Paleoz6-icas da Bacia de Tucano-Jatobri - Boletirn Tee. Petrobras, vol. 7, II" 2,pags . 165 a 180.
22. REGALI , M. S. P .. 1964 Resultados dey ern de Reconhecimento as Bacias de TucanoNOTt e e Jaiobti. ReI. 533, Setex - P et.rcbras.R eI. Int. erno.
24 . SOUZA, D. A. , 1966 - Relat6" io Filial Valorizariio da A nomalia 31 Petroldndia - Pernambuco - DEM-CNEN. ReI. Interno,
25 . SURCAN. L. C. S ., 1965 - Geologia dc Deta/hede Quad"icula de Petroland-ia, Pernambuco DEM-CNEN. ReI. Interno.
26 . VILLACA, :T. N. e SURCAN, L . C. S ., lD65 Controle Sedimentol6gico da Milleraliza~ilo u""nifera da Bacia de Jatobd - Lned ito.
27. VILLACA, J. N . e MORRONE, N . 1964 - Relat6rio F inal de Valoriza~iio da Anomalia 325- DEM-CNEN - R eI. Interno.