O Líder Cristão

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0 líder A liderança cris- tã à luz da Bíblia Sagrada e suas diferenças em re- lação à liderança secular P ara este estudo, tomemos por base inicial os textos a seguir: "Os que trabalham entre vós" - os que traba- lham primeiro executando a obra do Senhor; "Os que presidem sobre vós no Senhor" - os que trabalham primeiro administrando, dirigin- do, a obra do Senhor (lTs 5.12); "Não havendo sábia direção, o povo cai" - "sábia direção" = bom governo, boa administração. INTRODUÇÃO AO TEMA LIDERANÇA CRISTÃ Líder cristão é a pessoa que Deus escolhe, capacita e dirige para administrar a Sua obra: igrejas e suas instituições, seu povo, seus negócios (Cf. Lc 19.13). O obreiro torna-se líder porque antes já é obreiro (como é o caso do pastor da igreja). Ele não é obreiro por- que é líder, pois não existe o dom ministerial de líder (Cf. Ef 4.8-12). O líder cristão pode ser obreiro ou não, uma vez que a liderança cristã é uma capacitação divina de um homem que Deus escolheu para determinada missão, podendo esse homem ser obreiro ou laico. Veja os textos de 1 Coríntios 12.28 (dons; "governos"), Romanos 12.8 (dons; "o que preside") e 2 Reis, capítulos 9 e 10 (O caso do oficial Jeú, filho de Ninsi, que não era levita, nem profeta, mas Deus mandou ungi-lo para cumprir uma missão para Ele. Portanto, nem todo líder cristão é obreiro, mas todo obreiro chamado por Deus é líder de algum modo. Ele deve estudar cristã na Bíblia. Caso contrário, ele chegará ao pon- to de ninguém o suportar. Outro modo dele aprender este assunto é através da "escola da vida", a qual leva a vida inteira, e nessa "escola", às vezes, ele só aprende a custa de erros, o que é sempre desastroso para todos. Alertas ao líder cristão 1 - 0 líder cristão é um admi- nistrador. Daí, ele ser enérgico, e tendente a ser duro, isso a partir de sua aparência. O líder tem de vigiar quanto a isso. 2 - 0 líder cristão é dinâmico. Moleza não é com ele. Daí ele ser tendente a subestimar as pequenas causas e as pequenas coisas, quase sempre devido a pressa imposta pelo seu dinamismo. O líder tem de vigiar quanto a isso. 3 - 0 líder é racionalista. Ele lida muito com a razão (e não tanto com o coração). Daí a sua tendência a ser insensível. O líder tem de vigiar quanto a isso. 4 - 0 líder é um condutor de homens. Daí a sua tendência a ser insubmisso, exceto no início de sua carreira, enquanto ele é "pequeno". O líder tem de vigiar quanto a isso. O objetivo principal deste ar- tigo sobre liderança cristã é o me- lhoramento do obreiro do Senhor, a partir do obreiro de menor catego- ria, bem como o da mais elevada. O melhoramento do obreiro como administrador, dirigente, mentor, mestre, conselheiro, auxiliar, escri- tor, músico, responsável pela obra que o Senhor o confiou. A necessidade do tema se dá pelo fato de nas igrejas terem novos obreiros ingressando no ministério a cada dia; obreiros outros, vindo de fora, e, às vezes, trazendo para a igreja local, maus costumes, erros e inovações dano- sas, e querendo enxertar tudo isso na igreja; obreiros locais sempre imaturos, intrometidos, metendo o nariz onde não são chamados, inoportunos e intempestivos. O tema é importante devido à necessidade do melhoramento dos bons obreiros, pois todo bom obreiro deseja, e se esforça sempre, para melhorar (Ler Rm 11.13; F1 3.13,14; e 2Tm 2.15). As mulheres também precisam deste ensino,

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Tomando a Bíblia como livro base, algumas orientações em como ser um verdadeiro líder cristão.

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0 líderA liderança cris­tã à luz da Bíblia

Sagrada e suas diferenças em re­lação à liderança

secular

Para este estudo, tomemos por base inicial os textos a seguir: "Os que trabalham entre vós" - os que traba­

lham primeiro executando a obra do Senhor; "Os que presidem sobre vós no Senhor" - os que trabalham primeiro administrando, dirigin­do, a obra do Senhor (lTs 5.12); "Não havendo sábia direção, o povo cai" - "sábia direção" = bom governo, boa administração.

INTRODUÇÃO AO TEMA LIDERANÇA CRISTÃ

Líder cristão é a pessoa que Deus escolhe, capacita e dirige para administrar a Sua obra: igrejas e suas instituições, seu povo, seus negócios (Cf. Lc 19.13). O obreiro torna-se líder porque antes já é obreiro (como é o caso do pastor da igreja). Ele não é obreiro por­que é líder, pois não existe o dom

ministerial de líder (Cf. Ef 4.8-12). O líder cristão pode ser obreiro ou não, uma vez que a liderança cristã é uma capacitação divina de um homem que Deus escolheu para determinada missão, podendo esse homem ser obreiro ou laico. Veja os textos de 1 Coríntios 12.28 (dons; "governos"), Romanos 12.8 (dons; "o que preside") e 2 Reis, capítulos9 e 10 (O caso do oficial Jeú, filho de Ninsi, que não era levita, nem profeta, mas Deus mandou ungi-lo para cumprir uma missão para Ele. Portanto, nem todo líder cristão é obreiro, mas todo obreiro chamado por Deus é líder de algum modo. Ele deve estudar cristã na Bíblia. Caso contrário, ele chegará ao pon­to de ninguém o suportar. Outro modo dele aprender este assunto é através da "escola da vida", a qual leva a vida inteira, e nessa "escola", às vezes, ele só aprende a custa de erros, o que é sempre desastroso para todos.

Alertas ao líder cristão1 - 0 líder cristão é um admi­

nistrador. Daí, ele ser enérgico, e tendente a ser duro, isso a partir de sua aparência. O líder tem de vigiar quanto a isso.

2 - 0 líder cristão é dinâmico. Moleza não é com ele. Daí ele ser tendente a subestimar as pequenas causas e as pequenas coisas, quase sempre devido a pressa imposta pelo seu dinamismo. O líder tem de vigiar quanto a isso.

3 - 0 líder é racionalista. Ele lida muito com a razão (e não tanto com o coração). Daí a sua tendência a ser insensível. O líder tem de vigiar quanto a isso.

4 - 0 líder é um condutor de homens. Daí a sua tendência a ser insubmisso, exceto no início de sua carreira, enquanto ele é "pequeno". O líder tem de vigiar quanto a isso.

O objetivo principal deste ar­tigo sobre liderança cristã é o me­lhoramento do obreiro do Senhor, a partir do obreiro de menor catego­ria, bem como o da mais elevada. O melhoramento do obreiro como administrador, dirigente, mentor, mestre, conselheiro, auxiliar, escri­tor, músico, responsável pela obra que o Senhor o confiou.

A necessidade do tema se dá pelo fato de nas igrejas terem novos obreiros ingressando no ministério a cada dia; obreiros outros, vindo de fora, e, às vezes, trazendo para a igreja local, maus costumes, erros e inovações dano­sas, e querendo enxertar tudo isso na igreja; obreiros locais sempre imaturos, intrometidos, metendo o nariz onde não são chamados, inoportunos e intem pestivos. O tema é importante devido à necessidade do melhoramento dos bons obreiros, pois todo bom obreiro deseja, e se esforça sempre, para melhorar (Ler Rm 11.13; F1 3.13,14; e 2Tm 2.15). As mulheres também precisam deste ensino,

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'

Pr. Antonio Gilberto

pois há mulheres crentes sempre problemáticas na igreja, inclusive esposas de obreiros (2Tm 3.6, 7).

LIDERANÇA SECULARA sociedade, seja ela qual for,

é conduzida através do tempo e da história, de modo consciente ou inconsciente, por líderes que lideram os mais diferentes tipos de grupos de pessoas.

A liderança secular autêntica é a capacidade do líder natural, de inspirar confiança, influenciar, mo­tivar e dirigir (pessoas, empreendi­mentos, comunidades, instituições, nações, etc.). O líder secular au­têntico é especialista em trabalhar com pessoas, dirigindo-as com a participação espontânea do grupo.

Liderar (secularmente) é a um só tempo: planejar, organizar, diri­gir, coordenar, controlar e avaliar. São seis principais funções.

1. Planejar - Tem a ver com o trabalho do líder como um todo, em geral. E a função administrativa de prever e programar o trabalho, de modo generalizado e racional. Em resumo: planejar é estabelecer alvos realistas e exequíveis.

2. Organizar - Tem a ver com o tempo disponível do líder mais o ordenamento das atividades. É consoante o tempo disponível que o líder agrupa recursos e outros fato­res necessários aos planos já feitos.

3. Dirigir ou comandar - Tem a ver com pessoas. É conduzir a

obim m

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organização, tomando decisões e controlando a execução de tarefas, e motivando as pessoas à ação. Pelo exemplo, pela capacidade, pela experiência, pela dedicação ao povo e ao trabalho.

4. Coordenar - Tem a ver com a interação e integração das tarefas, visando a realização do trabalho como um todo. Coordenar, em li­derança secular, é equilibrar a ação administrativa do líder.

5. Controlar - É racionalizar, regular, e, regulamentar as ativi­dades, os desvios e distorções que podem ocorrer na função adminis­trativa do líder.

6. Avaliar - Tem a ver com re­sultados. É a função administrativa de verificar os resultados, de acor­do com as normas existentes e os padrões estabelecidos.

Formas de liderança (no campo secular)

1. Liderança "carismática" - Esta forma de liderança concen- tra-se numa pessoa-ídolo; uma espécie de "vítima" ou herói. E só examinar a história do passado e

do presente. Tal líder passa a ser tido como de origem fora do co­mum, quase um sobrenatural. Esse líder surge nas crises sociais do seu povo e da sua nação. Sob tal líder, o povo muda de repente sua linha de raciocínio e de atitude, de um momento para outro.

2. Liderança reformista - Esta forma de liderança concentra­t e em promessas, esperanças e anseios do povo. É uma forma de liderança hostil, agressiva, destruidora. O líder reformista é geralmente muito persuasivo. Nesta forma de liderança ocorrem mudanças bruscas de instituições, de governo e de organização social.

3. Liderança coercitiva - E uma forma de liderança totalitária e fixa. Emprega a força como dinâ­mica. E monopolista.

4. Liderança autêntica (secular)- E a habilidade de organizar, e a capacidade de mobilizar o povo, meios, e recursos para o bem co­mum de todos. Esta forma de liderança é legítima e autêntica (se­cularmente). Ela é pacífica, benéfica, altruísta, progressiva, espontânea

e transitória (enquanto a liderança coercitiva é fixa, com já vimos).

LIDERANÇA CRISTÃOs principais livros da Bíblia

sobre liderança cristã são: Êxo­do, Números, Josué, 2 Samuel, 1 Crônicas, Neemias, Provérbios, Mateus, Filipenses, 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemon.

A liderança cristã é exercida por cristãos.

"Que presidem sobre vós no Senhor" (lTs 5.12).

"Os presbíteros que governam bem" (lTm 5.17).

"Que governe bem a sua pró­pria casa" (lTm 3.4).

"E governem bem a seus filhos e suas próprias casas" (lTm 3.12).

O homem carece de direção ge­ral ("o seu caminho") e pessoal ("os seus passos") na sua vida (Jr 10.23).

O termo líder vem do inglês lea- der (substantivo) e, to lead (verbo) = conduzir alguém, indo à frente. Este termo entrou no vocabulário da língua portuguesa no final da década de 1940. Na Bíblia aparece muito o conceito de liderança, mas não este termo, visto que ele (lide­rança), é de uso recente em nosso idioma, como já vimos.

Líderes da Bíblia e da igreja1. Bons líderes da B íblia:

Abraão, José, Moisés, Josué, Gi- deão, Samuel, Neemias, Ezequiel, Isaias, Daniel, os apóstolos de Je­sus, Paulo (At 20.24; 2Tm 1.11; ICo11.1; Fp 3.14; 4.9; 2Tm4.7).

2. Líderes da igreja. Na igreja há atualmente crise de liderança bíblica e cristã. Há uma grande carência de líderes cristãos au­tênticos. Existem muitos líderes despreparados, fracos, maus, defasados, ultrapassados, nulos,

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imaturos, falsos, omissos. Daí, a sua má, a sua péssima direção do culto, do campo, do ministério, do patrimônio da igreja, dos órgãos internos da igreja, dos trabalhos diversos da igreja, etc.

Liderança profissional e voca­ção pastoral na igreja

Hoje, na igreja, em se tratando do santo ministério evangélico, devia-se falar menos em líder e liderança, e falar mais em vocação pastoral autêntica como dom de Deus, segundo o Novo Testamento.

Fala-se e escreve-se demais em formação de líderes, como se lide­rança fosse supra-sumo do ministério pastoral. Já temos líderes e liderança em demasia na igreja, mas faltam- -nos autênticos pastores no sentido poimênico do Novo Testamento.

Hoje, o pastor (salvo as exce­ções) é mais um terapeuta profis­sional do que um pai espiritual do rebanho; e o santo ministério tornou-se uma profissão, um mer­cado de trabalho, uma empresa religiosa, eclesiástica. E tanto que é grande a correria para que todo pastor também seja um psicólogo ou psicanalista, para atendimento terapêutico ou seu povo. O pastor como profissional apenas, psicó­logo e terapeuta, é uma renúncia à sua chamada divina. Não esta­mos com isto menosprezando ou depreciando a ciência.

Profissão não é vocação! Leia e reflita: o caso invertido existe na igreja de Corinto (ICo 4.15); "Até que Cristo seja formado em vós" (G14.19); O "aprender a Cristo" pe­los crentes (Ef 4.30). Veja também Hebreus 13.17; 1 Timóteo, capítulo 3; Tito, capítulo 1.

Como já citado, o líder cristão é a pessoa que Deus escolhe, dirige,

e capacita para administra a Sua obra (instituições e atividades) e o Seu povo (conduzindo-os como pessoas). Exemplo: Gideão (Juizes, capítulo 6). É o obreiro do Senhor como dirigente, administrador, con­dutor de pessoas, responsável, guia, mentor. O líder precisa saber que ele não é um "operador der máquinas". Não! Os homens não são máquinas! Muitos líderes complicam-se aqui.

Áreas de liderança cristã1. Liderança cristã no lar; na

família (Gn 18.19; Et 1.22). Josué foi um grande líder, mas primei­ramente em casa: "Eu e minha casa..." (Js 24.15).

2. Liderança cristã na admi­nistração da igreja (At 20.28; Tt1.5; ICo 3.10). Cf. a liderança de Moisés, de José, de Paulo, de Tito. "Deus não é Deus de desor­ganização" (ICo 14.33, literalmente).

3. Liderança cristã no ministério (At 15.33- Tiago; 20.17 - Paulo).

4. Liderança cristã no pastoreio, junto ao rebanho do Senhor (Jo 2 1 .1 6 ,1 7 -Pedro; 2Jov.10 - João).

5. Liderança cristã no ensino da Palavra.Exemplo: os levitas (Ne 8.7, 8), Esdras (Ed 7.6,10), Paulo (lTm 2.7),Apoio (At 18.24.25,28).

6. Liderança cristã nas instituições eclesiás­ticas e para-eclesiásticas.

7. Liderança cristã na literatura evangélica.Exemplos: Moisés, Salo­mão, Paulo, Lucas, João.

8. Liderança cristã

na juventude evangélica. Líderes jovens: José, Josué, Davi, Samuel, Daniel, Timóteo. "Ninguém te des­preze porque tu és jovem" (lTm 4.12 - literalmente).

9. Liderança cristã na música, no louvor e na adoração ao Senhor. Exemplos: Davi, Hemã, Asafe e Etã. Eles eram obreiros músicos. Ler 1 Crônicas 25.1-5.

10. Liderança cristã na execução de projetos e obras em geral. Exem­plos: Noé, Salomão, Neemias, Bezaleel, Aoliabe, etc.

11. Liderança cristã nas ciências. Exemplo: Salomão (lRs 4.29-34).

12. Liderança cristã nas artes. Exemplos: Davi, Bezaleel e Aoliabe.

13. Liderança cristã na política. Exemplos: José, Davi, Isaias, Daniel, Neemias. Ler Salmo 78.72 (Davi).

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Grandes passagens bíblicas sobre líder e liderança

1. "E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro" (Mc 10.44);

2. Líderes sobre contingentes do povo (Êx 18.21,25);

3. O líder autêntico sabe fazer, por isso vai à frente (ISm 12.2 ECA);

4. "O bom pastor vai à frente de suas ovelhas" (Jo 10.4). Um quadro autêntico de liderança cristã;

5. O Senhor disse a Davi: "Tu será chefe sobre Israel". "Chefe" aí é literalmente líder. Ler também Salmo 78.70-72; "e os guiou" (v. 72) é literalmente "e os liderou";

6. Os discípulos contendendo sobre "quem era o maior" = líder (Mc 9.33-35).

Deus em sua triunidade e a liderança

1 .0 Pai - "Tu guias a José como a um rebanho" (SI 80.1). "Guias" = liderar, no original. Passagens similares: SI 23.2, 3, "guia-me"; Is 48.17, "e te guia". "O Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia" (Gn 48.15). "Sustentou" é literalmente pastoreou. É a primeira referência a Deus como nosso pastor.

2. Filho - Is 55.4: aqui, o filho é profeticamente chamado "príncipe dos povos", no original Nagib = líder. Mt 2.6: "De ti sairá o Guia" = hegeomai, isto é, líder.

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3. O Espírito Santo - Jo 16.13: "Ele vos guiará em toda a verdade". "Guiará" é literalmente "conduzir ao longo do caminho" = liderar.

Campos científicos coadjuvan­tes em lideranças

1. Sociologia, Antropologia, História, Administração, Psicolo­gia Pastoral.

2. Relações Públicas = o bom relacionamento do líder com o seu povo.

3. Relações Humanas = huma­nização das relações de trabalho. Infelizmente, à medida que avança a tecnologia, a tendência é o ser huma­no ser mais e mais tratado como má­quina. No caso da liderança, o painel de comando da máquina é o chefe.

Tipos gerais de líderes e de lide­rança do povo (inclusive na igreja)

1. Líder autocrático. Esse líder é apenas um chefe; ele é perito em ditar ordens (e às vezes nem sabe fazer isso!). Preocupa-se somente em impor a sua vontade. Lidera pela sua autoridade. Usa a coação e não a correta persuasão junto ao povo. A Palavra de Deus adverte: "Não como tendo domínio sobre a herança de Deus" (IPe 5.3).

2. Líder autêntico (ou democrá­tico). Esse é o primeiramente líder,

e depois chefe. Ele lidera pela ca­pacidade, pelas qualidades'de lide­rança, pelo respeito, pela influência, pela sua história. Preocupa-se com a cooperação do grupo e com o seu bem estar. Usa a correta persuasão e não a coação, nem a intimidação, junto ao povo, aos liderados.

Há uma grande diferença entre o chefe, o ditador e o líder autên­tico: l - o chefe eleva o tom e diz: "Faça!"; 2 - o ditador grita: "Faça agora, senão..."; 3 - o líder autêntico diz calmamente: "Façamos juntos!"

QUALIDADES DE UM BOM LÍDER

Fé bíblica em DeusEsta é uma qualidade de fé, co­

mum a todos os autênticos líderes cristãos. Ler Hebreus 11. Fé em Deus suscita coragem, um predi­cado de que o líder cristão sempre necessita (Hb 11.27).

Capacidade divina do líder"Vinde após mim, e eu vos farei

pescadores de homens" (Mt 4.19); "Recebereis o poder do Espírito Santo [...] e ser-me-eis testemu­nhas" (At 1.8). Para "governar bem" é preciso capacidade + efici­ência (lTm 5.17).

A unção divina do líder1. A unção divina muda a vida

da pessoa ungida (Cf. Saul, ao ser ungido (ISm 10.9).

2. Eram ungidos os líderes de Deus do Antigo Testamento: pro­fetas, sacerdotes e reis.

3. Dons do Espírito Santo rela­cionados a líderes: "O que preside" (gr.) - (Rm 12.8). "Os que presidem sobre vós no Senhor" (Cf. lTs 5.12); "Governos" (lit.) - (ICo 12.28); Cf. a forma plural "governos".

4. "Bispos" constituídos pelo Espírito Santo para apascentar a igreja de Deus (At 20.28).

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5. José, o líder: "Homem em quem há o Espírito de Deus" (Gn 41.38-ARA).

6. Arão, o sacerdote chamado por Deus: "o óleo precioso" sobre a sua cabeça, sua barba e seus ves­tidos (SI 133.2).

O caráter íntegro do líder1. Referências bíblicas: SI 24.2;

2Co 5.17; ISm 12.3-5; Mt 5.8; Tg4.8).2. Caráter, literalmente: Marca

ou sinal revelador e identificador deixado por algo, numa superfície qualquer.

3. O líder cristão de caráter ínte­gro, ganha a confiança do povo. Um líder cristão de mau caráter é contra- -senso e perto está da sua ruína.

4. O caráter do cristão está pro­fundamente relacionado à santifi­cação, à moral e a fidelidade.

5. Moral e coragem. O lídimo líder deve ter as duas. Mas alguns têm moral, mas não têm coragem. Já outros, têm coragem, mas não têm moral.

6. Exemplos de bom caráter: Barnabé (At 11.24); Paulo (G12.1,9).

- "Barnabé e Paulo": At 11.25, 30; 12.25; 13.2, 7; 14.14; 15.25.

- "Paulo e Barnabé": At 13.43, 46,50; 14.20; 15.2,22,35,36.

HumildadeJesus, a caminho da glória (Lc

24.26b), passou pelo lava-pés dos discípulos, pelo Getsêmani e pelo Calvário. Jesus como rei, em João12, e a seguir como servo, em João13. Subir de servo para rei, todos queremos, mas descer de rei para servo, só se realmente seguirmos a Cristo. "Então disse Jesus a seus discípulos: 'Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga- -me'" (Mt 16.24).

A autodisciplina do líder (seu autodomínio)

O líder cristão, antes de liderar os outros, deve liderar a si mesmo, e a sua casa.

1. A autodisciplina do corpo (apetites, necessidades, hábitos, etc.). Ler 1 Coríntios 25-27.

2. A autodisciplina do coração, dos sentimentos (ISm 16.1,3).

3. A autodisciplina da mente, das atitudes, das memórias, etc. (2Co 10.4,5; Fp 3.13 - "esquecendo- -me das coisas que atrás ficam").

4. A autodisciplina do tempo. O exemplo de Jesus (Mt 26.45; Lc 22.14; Jo 2.4; 7.8,30; 8.20; 9.4; 12.23; 17.1). Nossa disciplina do tempo requer planejamento antecipado, isto é, evitamento de improvisação.

Obediência1. A obediência de Jesus. "Obe­

diente até a morte" (Fp 2.8); "Ainda que era filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" (Hb 5.8).

2. A virtude da obediência não nos é comunicada, nem transferi­

da, é aprendida na escola do dever, da responsabilidade e do trabalho.

3. Quem não é disciplinado em obediência, não deve dirigir nada. Não deve ocupar cargos. Não deve comandar.

4. O líder que não sabe obede­cer, e que não quer obedecer, nunca será um bom líder. Ele tem que ter obediência a Deus, à Palavra de Deus, à direção do Espírito Santo e aos líderes superiores estabeleci­dos por Deus.

5. Há obreiros e líderes que só obedecem enquanto são iniciantes, auxiliares, pequenos e desconheci­dos. A medida que vão galgando a hierarquia, e sendo conhecidos, tornam-se indisciplinados, inde­pendentes, desobedientes e até arbitrários.

Maturidade social e espiritual do líder (Ec 10.16; lTm 3.6)

O fracasso de muitos líderes novatos, e também daqueles que nunca amadurecem está relacio­nado a esta qualidade.

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Sabedoria divinaÉ a "sabedoria do alto" (Pv 4.5,

7; 1.7; Tg 3.15,17).1. "A sabedoria é excelente para

dirigir" (Ec 10.10). Também, "não havendo sábia direção, o povo cai" (Pv 11.14).

2. "O óleo precioso" da unção, primeiramente na cabeça (SI 133.2; Lv 8.12).

3. Os líderes da igreja, hoje, estão crescendo bem em conheci­mento, mas pouco em sabedoria, e muitos estudam Teologia, sem estudarem a Bíblia mesmo.

QualificaçãoE grande a importância de o

líder ser qualificado na execução da obra de Deus.

1. Juizes 6.8-10 - Deus enviou um profeta com a sua mensagem.

2. Juizes 6.11 - Deus enviou um anjo para dar proteção.

3. Juizes 6.14, 34 - Deus en­viou um líder (Gideão), a fim de mobilizar e conduzir o povo para executar a obra de Deus.

Antes, Moisés, o líder suscitado por Deus, teve um sucessor à altura: Josué. Mas ninguém de mesma en­vergadura substituiu Josué, e veio o fracasso da missão do povo hebreu, de que se ocupa o livro de Juizes.

Segundo o renomado pregador inglês Charles Spurgeon, o obreiro do Senhor deve ter:

A força do boi;A tenacidade do buldogue;A coragem do leão;A operosidade da abelha;A visão da águia;A visão da águia;A docilidade do cordeiro;A atenção do sentinela;A previdência da formiga;O couro do rinoceronte;A prontidão de um anjo;A lealdade de um mordomo;O heroísmo do mártir;A fidelidade de um profeta;O amor do pastor de ovelhas.

PRINCÍPIOS GERAIS DE LIDERANÇA CRISTÃ

OrganizaçãoO líder deve ser uma pessoa

organizada, na vida, na família, no trabalho (Pv 24.27). "Organizar é ordenar logicamente as partes de um todo". A organização na vida do líder começa pelo seu planejamento organizado e antecipado. Jesus vi­via e trabalhava segundo um plano Seu (Jo 2.4; 6.6; 17.1).

ComunicaçãoSe o líder não quer, ou não gosta

de comunicar-se, que largue a lide­

rança que exerce. Há líderes que se isolam, o que muito prejudica a eles, aos seus liderados e à obra que ele está realizando.

Coisas que ajudam o líder a comunicar-se bem:

1. Seu domínio da língua pátria.2. Sua facilidade de expressão

oral e escrita e gestual.3. Sua maneira de emitir a voz

(tonalidade, clareza, inflexão, mo­dulação da voz, ritmo, expressão corporal (especialmente a facial).

4. Sua imaginação fértil, sadia, inspirada, vigorosa.

5. A aparência pessoal do líder.

O exemplo do líderLer 2 Tessalonicenses 3.9.0 que

o líder faz é mais importante do que aquilo que ele diz. O exemplo do líder na assiduidade, pontua­lidade, conduta, direção da obra, renúncia, abnegação, resignação, dedicação àquilo que faz para Deus e retidão em tudo. Sem tal exemplo, você não é um líder cris­tão, é antes uma pedra de tropeço.

A capacitação do líder cristãoMuitas são as agências, os fa­

tores, e os meios de capacitação, de projeção, de orientação, de treinamento e de melhoramento do obreiro com líder cristão.

1. A congenitalidade.2. A formação da personalidade,

na infância. A formação cristã, a formação social, a formação moral, a formação intelectual (ou acadêmica).

3. O meio ambiente em que viveu, e vive o líder.

4. Autoridade e poder divinos (Lc 9.1; 10.19; Mt28.8).

O líder precisa saber que é Deus quem nos submete o nosso povo (SI 144.2), e que, o povo da igreja não é servo do líder, mas "servo alheio" (Isto

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é, é propriedade de Deus; Rm 14.14; Mt 16.18, "minha Igreja"; Ez, cap. 34; Jo 21.16,17, "minha ovelhas").

Os liderados pelo líder (Hb 13.17; lTs 5.12)

1. A uns, Deus dá a capacidade de liderar o Seu povo, a outros, Deus dá a capacidade de serem liderados, isto é, de se deixarem liderar.

2. Os liderados são todos dife­rentes uns dos outros (Ver Ez 34.4, 16); Os Doze Apóstolos de Jesus (Ler Lucas, capítulo 9).

3. Muitos liderados, às vezes, abandonam a igreja, e o líder perde seguidores (Ler Jo 6.60-66).

4. Os liderados não devem falar mal de seus líderes espirituais, nem lhes fazer mal, porque o Senhor é vingador disso (Êx 22.28; ISm 24.4- 6; SI 105.15; Ec 10.20; At 23.5). Certa vez, o povo liderado por Moisés o fez pecar contra Deus (SI 106.32,33).

5. Os liderados devem obede­cer ao líder constituído por Deus (Hb 13.17).

6. Havendo insatisfação geral das ovelhas, o líder deve verificar urgente a razão disso.

7. Tipos de ovelhas no reba­nho. O obreiro precisa estudar e conhecer isso, na Bíblia, além da sua vivência pastoral diária, em passagens como João, capítulo 14 e Ezequiel, capítulo 34.

Os liderados podem ajudar o seu líder espiritual orando por ele, apoian­do, obedecendo, amando, suprindo suas necessidades com auxiliares, meios materiais, finanças, tempo, etc.

Líderes auxiliares1. Há líderes principais, mas tam­

bém líderes auxiliares. Ler Ex 17.12; 18.17,18,25,26; 2Tm 2.2; Ne 8.4-7).

2. Os líderes auxiliares agem entre o líder principal e o povo.

Exemplos: André, os Doze, os au­xiliares de Êxodo 18.25,26.

3. Se o líder principal pôr-se a fa­zer tudo sozinho, ficará estagnado, estancado, limitado. Ver o exemplo de Jesus: "Enchei d'água as talhas"; "Tirai a pedra"; "Chama o cego"; "Manda sentar o povo"; "Recolher o que sobrou"; "Preparai a páscoa".

Sinais de um bom líder cristão (=marcas de um bom líder)

1. É fiel e sábio (Mt 24.45).2. E obediente, submisso e leal

à autoridade (ISm 15).3. Tem autoridade divina (ISm

3.20).4. Conserva os padrões iniciais

de qualidade, da sua boa liderança.5. Leva o seu povo a melhorar

espiritualmente, socialmente e civilmente. Mas, às vezes a "ma­deira" é ruim e o fogo não pega, e se pega, não dura!

6. Treina novos líderes para o trabalho do Mestre, segundo os padrões bíblicos de trabalho e liderança.

7. Conserva inalterável os pa­drões da doutrina bíblica (2Tm 3.14; 1.13; Cf. Pv 22.28).

8. Ele consulta, no trabalho, seus companheiros e auxiliares (At 15.6,13).

Sinais de um mau líder; um líder negativo

1. Marcas de um mau líder (Cf. Jr 50.6; Ez, cap. 34; Ec 10.16).

2. E desorganizado e desorde­nado.

3. É liberal (=modernista) na doutrina bíblica, e nos bons e san­tos costumes.

4. Tem vida irregular, estragada (ele e a família).

5. Usa de falsidade, de desones­tidade, de engano (tal qual Geazi, 2Rs 5.22-27).

6. É politiqueiro, briguento, insubmisso e irresponsável.

7. E reclamador crônico.8. E problemático: ele mesmo é

o problema, ele gera problema, ele "compra" problema, ele complica o problema, ele "fabrica" problema.

Obtm m

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9. É autocrático, prepotente, ditador.

10. É maledicente (fala mal dos outros o tempo todo).

A influência do líderA influência do líder (boa ou má)

move seus seguidores à ação, mes­mo estando o líder preso, exilado ou morto; daí os psicólogos definirem a liderança como "um processo de estimulo do indivíduo".

1. Josué (Js 24.3 - "muito depois de Josué").

2. Davi (2Cr 34.2 - "como Davi seu pai"). O fato ocorreu centenas de anos após o falecimento de Davi.

3. Paulo (ICo 11.1 - "sede meus imitadores).

O líder influi por sua capacidade de administrar; por seu exemplo; por sua ética de tratamento amável, bondoso, compassivo, justo e por sua habilidade de persuasão.

Críticas ao líder1. Jesus foi criticado (Jo 7.12).

Seus inimigos o chamavam de "co­milão" e "beberrão"; "amigo de pu- blicanos e pecadores"; e "Galileu".

2. Vai uma dica para o obreiro que não deseja ser criticado: não fale nada, não faça nada, não seja nada e não tenha nada.

3. Saiba que você jamais agra­dará a todos que você lidera, co­nhece e trabalha.

4. Não se preocupe, porque os críticos do bom líder são uma minoria.

5. A crítica pode ser inveja (Cf. a inveja de Saul contra Davi em 1 Samuel 18.7-9).

6. A crítica pode ser justa. Nos­sos críticos podem estar certos, nesse caso, eu sou o faltoso e pre­ciso mudar agora!

7. A crítica construtiva. Para você criticar construtivamente, beneficamente:

a) Aponte os méritos da pessoa, com amor, humildade e sinceridade.

b) Aponte os deméritos da pessoa, com amor, humildade e sinceridade.

c) Aponte soluções à pessoa, com amor, humildade e sinceridade.

Noutras palavras: você sabe fazer as coisas melhor do que ela.

Se você não pode fazer assim, não critique; pois nesse

caso não se trata de crítica, e sim de acu­sação, de condenação.

Mulheres líderes na Bíblia

1. Boas líderes: Mi­riam (no princípio), Débora, Hulda, Prisci­la, Evódia, Febe, Sínti- que, Ester, Afia, Lídia, Maria (de Romanos) e Maria (de Atos 12).

2. Más líderes: No- adias, Atália, Jezabel (esposa de Acabe) e Jezabel (descrita em Apocalipse 2.20).

Perigos e tentações do líder1. A popularidade do líder (Cf.

2Sm 7.9).A popularidade "anestesia"

a pessoa imatura e desprepara­da. Saiba como manusear a sua popularidade e o seu sucesso. Afinal de contas, nada disso é seu; provém do Senhor; a glória é somente dEle.

2. Ambição do obreiro por po­sição (Cf. 3Jo v. 9).

3. Ganância por dinheiro (Cf. lTm 3.3).

As três "barras" perigosas para0 obreiro: a) Barra de "ferro" = ser duro, inflexível com o povo; b) Bar­ra de "ouro" = avareza, ganância; "cobiçoso de torpe ganância"; e c) Barra de saia = relacionamento condenável com o sexo oposto. Ver1 Timóteo 5.2 - "com toda pureza".

4. Transigência e conivência com o erro, com o pecado, com o mal, com a injustiça (Cf. Rm 16.17).

5. Vaidades e melindres do ministério.

6. Imaturidade de todas as for­mas (Cf. lTm 3.6).

7. Perigos também na maturi­dade (Cf. lRs 13.11). Davi, Gideão, Salomão e Demas, falharam após muitos anos de liderança.

8. Negligência do líder; omis­são; prevaricação.

9. Orgulho, presunção, arrogân­cia, altivez (Cf. Jr 45.5).

10. Inconstância na vida e no ministério (Gn 49.4).

11. Confiança nas aparências (Cf. Josué e os gibeonitas; Js 9).

O obreiro pode enganar-se, equivocar-se, ser enganado. O líder novato (e mesmo maduro) pode enganar-se por confiar nas aparências, por falta de discerni­mento espiritual e por confiar no seu próprio julgamento.

P K ! Obrgjm.

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Josué, um líder jovem, ao descer com Moisés, do monte Sinai, achou que o grande barulho que se ouvia era o de uma batalha, quando de fato era o de uma orgia (Êx 32.17-19).

REFLEXÕES FINAIS SOBRE LIDERANÇA

1. Deus suscita líderes (exemplo: Davi, 2Sm 7.8), mas também encos­ta e abate líderes (Cf. ICo 9.27).

2. O líder precisa saber que ele não é indispensável na obra de Deus. Isto é, se o líder se for, a obra de Deus não vai parar por causa dele. Por isso, o líder não pode pensar que ele pode fazer tudo sozinho na obra de Deus.

3. Busque a Deus antes de qual­quer decisão final ligada à obra de Deus, até Ele responder.

4. Consulte com panheiros, líderes auxiliares, líderes antigos, e pessoas confiáveis, idôneas, es­pirituais; inclusive as que viveram situações idênticas às que você venha encontrar.

5. Saiba que a solução de um problema, de um caso, pode ter dois lados: o lado das vantagens e o lado das desvantagens. Veja estes dois lados antes de tratar o problema, do caso, da situação.

6. Saiba que Deus fala de muitas maneiras, e não somente da maneira que você está acostumado a ouvi-lo.

7. O pastor torna-se líder por­que antes já era pastor. Ele não é pastor porque é líder. Não existe o dom ministerial de líder. Esses, não devem se intrometer no Ministério, ao menos que Deus os chame.

8. Quanto ao seu temperamen­to, o líder precisa identificá-lo, conhecê-lo e controlá-lo, do con­trário, ele viverá desculpando-se de mau comportamento, dizendo: "eu sou assim mesmo".

seu preparo.c) A direção e o zelo pelo traba­

lho do Senhor, a saber:

O rebanho (a congregação, a família); o campo sob sua res­ponsabilidade; o m inistério; a Doutrina bíblica; os órgãos admi­nistrativos da igreja, departamen­tos, etc.; os trabalhos e atividades da igreja (= a agenda da igreja); o patrimônio da igreja; as institui­ções da igreja; a evangelização e missões; apressá-las. Obt'gigjo

Antonio Gilberto é pastor, consultor doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde,

mestre em Teologia, graduado em Psicologia,

Pedagogia e Letras, mem­bro da diretoria da Global University nos Estados Unidos e autor de diversas obras

publicadas pela CPAD.

9. Com sabedoria divi­na, o líder precisa equili­brar o uso do seu coração e0 uso da sua razão à frente da obra de Deus (Cf. o incidente de Samuel, em1 Samuel 16.1; 15.35. O líder precisa ser '"bom" e "justo" (Cf. SI 25.8).

10. Na consagração do sacerdote (Êx 29.20;Lv 8.23, 24), além do óleo santo e precioso (Lv 8.12), o sangue consagra- dor, era posto:

a) No ouvido direito do sacerdote. M ensa­gem: obedecei a Deus direito! No Sangue há poder para isso!

b) Na mão direita do sacerdote. Mensagem:Servi a Deus direito! No Sangue há pode para isso!

c) No pé direito do sacerdote. Mensagem:Andai com Deus direito!No Sangue há poder para isso!

O primeiro desvio do qual a Pa­lavra de Deus nos adverte é para "a direita": "Nem para a direita, nem para a esquerda" (Dt 5.32; 17.11,20; 28.14; Js 1.7; 23.6; Pv 7.27). "Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita, nem para a esquerda" (Is 30.21).

11. A missão prática e contínua do líder cristão à frente do trabalho do Senhor.

a) O culto ao Senhor. O equilí­brio das partes do culto (inclusive a música, o canto).

b) O ensino bíblico. O ensino da doutrina cristã. O treinamento de novos líderes, de novos obreiros;