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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS
(LICENCIATURA À DISTÂNCIA)
LUCIVÂNIA MARIA CLEMENTINO LEITE
O LÚDICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NO
FUNDAMENTAL I: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA
ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DR. MANOEL DINIZ
ITAPORANGA/PB.
Itaporanga-PB
2012
LUCIVÂNIA MARIA CLEMENTINO LEITE
O LÚDICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NO
FUNDAMENTAL I: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA
ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DR. MANOEL DINIZ
ITAPORANGA/PB.
Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do Certificado de Conclusão do Curso de Graduação em Ciências Naturais (Licenciatura à Distância), pela Universidade Federal da Paraíba.
Orientadora: Dra. Evaneide Ferreira Silva Medeiros Ramalho
Coorientador: Gustavo Sávio de Oliveira
Itaporanga-PB
2012
LUCIVÂNIA MARIA CLEMENTINO LEITE
O LÚDICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NO FUNDAMENTAL I: UM
ESTUDO DE CASO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL
DR. MANOEL DINIZ ITAPORANGA/PB.
Aprovada em 18/07/2012
BANCA EXAMINADORA _________________________________________________
Profa. Dra. Evaneide Ferreira S. M. Ramalho (Orientadora)
__________________________________________________ Prof. Arquimedes Mariano Pereira
(Examinador 1) __________________________________________________
Prof. José Sidney Pereira (Examinador 2)
Itaporanga-PB 2012
Dedico a conquista dessa vitória primeiramente a Deus,
por dar-me vida e saúde; a José (esposo), por ter me
dado a maior força nos momentos em que precisei e por
esta ao meu lado sem me deixar vencer pelo cansaço nas
muitas madrugadas durante todo este período, a Heitor
(filho) minha fonte de expiração, aos meus pais que me
incentivaram em todos os momentos, a minha querida
professora Dra. Evaneide (orientadora) pela dedicação de
esta comigo em o todo momento deste trabalho e ao tutor
Gustavo (coorientador) pelo importante desempenho e
incentivo durante o desenvolvimento do trabalho.
AGRADECIMENTOS
O Deus, por ter-me dado força, coragem, serenidade e perseverança em todos
os momentos levando-me a concluir o curso.
Aos meus familiares que apoiaram e colaboraram em várias situações.
Aos mestres que, no decorrer desses quatro anos de batalha, deixaram suas
marcas em minha grande conquista, a todas as pessoas que, direta ou
indiretamente, participaram desta importante etapa, tornando possível a
realização deste sonho.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Respostas dos alunos referentes à primeira questão......................25
Figura 2 - Respostas dos alunos referente a segunda questão.......................26
Figura 3 - Respostas dos alunos referente terceira questão............................27
Figura 4- Respostas dos alunos referentes a quarta questão.........................28
Figura 5 - Respostas dos alunos referentes a quinta questão..........................29
Figura 6 - Respostas dos alunos referentes a sexta questão...................................30
Figura 7- Respostas dos alunos referentes a sétima questão..........................31
Figura 8- Respostas dos alunos referentes a oitava questão...........................32
RESUMO
A educação é uma etapa importante no desenvolvimento intelectual, social e cultural do individuo. Por este motivo a adoção de procedimentos metodológicos adequados torna-se uma aliada no progresso do ensino, fortalece os conceitos e aumenta o interesse dos alunos pelos temas abordados. Este trabalho tem como foco principal discussão sobre o lúdico nas aulas de ciências no fundamental I. Para a realização deste trabalho fez-se necessário uma pesquisa bibliográfica, na qual foram estudados autores que remove no tema proposto tanto no campo teórico como no pratico. Utilizou-se como método avaliativo um questionário fechado com dez questões aplicadas aos professores relacionadas com a formação, recursos pedagógicos utilizados nas suas práticas de ensino e as dificuldades em lidar com esses recursos e também aos alunos relacionados à como são as aulas de ciências, se o lúdico na disciplina de ciências ajuda na aprendizagem e se o professor costuma utilizar recursos lúdicos para que as aulas se tornem mais interessantes. Os resultados de pesquisa indicaram que as professoras entrevistadas costumam aplicar atividades lúdicas uma vez por semana, e que mesmo acreditando que estas atividades deixam os alunos mais dispostos e interessados, sentem a falta de espaço em aplicá-las uma vez que o roteiro de atividades não oferece opções, favorecendo apenas as aulas tradicionais. Esta pesquisa comprova que os alunos preferem atividades lúdicas como metodologia a ser aplicada no dia a dia em sala de aula, uma vez que acreditam que estas as tornam mais felizes e capazes de compreender os temas abordados.
Palavras chaves: Lúdico. Ciências. Educação.
ABSTRACT
Education is an important step in developing the intellectual, social and cultural development of the individual. For this reason the adoption of appropriate methodological procedures becomes an ally in the progress of education, strengthen concepts and increase student interest in topics covered. This work has as main focus the discussion on the ludic in science classes in elementary school I For this work it was necessary to a literature in which authors who have studied the proposed theme works with both the theoretical and the practical. Method was used as an evaluative report questionnaire with ten questions apply to teachers on their academic, teaching resources used in their teaching practices and the difficulties in dealing with these resources and also to the students as they are related to science classes . In addition to checking if the play in the science discipline aids in learning and the teacher usually used recreational resources that lessons become more interesting. These results indicated that the teachers interviewed recreational activities usually applied once a week, and even believing that these activities make students more willing and interested, feel the lack of space in applying them as the roadmap of activities not offers options, favoring only the traditional classroom. This research shows that students prefer recreational activities as a methodology to be applied in everyday life in the classroom, since they believe they make them happier and able to understand the topics covered.
Keywords: Playful. Sciences. Education.
.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................09
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................13
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................22
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................45
5 CONCLUSÃO.................................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................35
APÊNDICE A ....................................................................................................37
APÊNDICE B ...................................................................................................38
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1 INTRODUÇÃO
Desde o século XIX, o significado e a importância do lúdico na vida
humana tem sido objeto de estudo de diferentes áreas do conhecimento. Essa
evidência é facilmente verificada quando se passa a analisar as inúmeras
teorias sobre o momento lúdico o jogo o brincar e a brincadeira.
Vivemos numa sociedade em constantes transformações que instiga no
ser humano a necessidade de a todo tempo renovar os conhecimentos, ou ate
mesmo produzir e reproduzi-los, a ponto de tornar o homem um ser autônomo
capaz de atender as exigências dessa sociedade, bem como suas próprias
necessidades, e atuar enquanto construtor de sua história. O lúdico nas aulas
de ciências vem como uma proposta que oportuniza mudança no pensar da
criança e perceber-se que seu modo de olhar o mundo já não é mais o mesmo,
Por este motivo a educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos
que se dedicam a sua causa.
Nos últimos anos o Ensino de Ciências vem, ganhando espaço as
discussões acadêmicas, em função da necessidade de utilização de Métodos e
estratégias mais atrativos para os alunos, (MOREIRA E AXT, 1986;
CARVALHO, 2002; OLIVEIRA, 2005).
O lúdico torna-se educativo quando aplicado de forma a despertar nossa
curiosidade a respeito do mundo e da vida, exerce a função de ferramenta de
extrema importância no que diz respeito à educação infantil, o universo lúdico
proporciona ao ser humano vivenciar o processo educativo, privilegiando
concepções de aprendizagem e de desenvolvimento.
A proposta lúdica deve visar sua ação como suporte para que a
aprendizagem ocorra de forma mais descontraída, efetiva, eficiente e eficaz. A
relação entre ciência e arte, por exemplo, pode ser utilizada como meio de
construção de um amplo processo pedagógico, estimulando o senso crítico e o
exercício da cidadania. As atividades resultam numa relação educativa de
construção quando realizadas de forma prazerosa, onde o educando e o
professor torna-se solidários nas descobertas das variadas formas de ver,
interpretar, representar o contexto didático.
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De acordo com as Diretrizes Curriculares De Ciências para o Ensino
Fundamental, o lúdico é:
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse tais como jogos, brinquedos, modelos e exemplificações realizadas habitualmente pelo professor entre outros.
E, ainda afirma que,
O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordada, e quanto mais intensa for essa interação, maior será o nível de percepções e reestruturações, cognitivas realizadas pelo aluno. (Diretrizes Curriculares De Ciências para o Ensino Fundamental: 2008, SEED-PR, p.42).
Ensinar ciências não se restringe a transmitir informações ou apresentar
apenas um caminho, mas é ajudar o aluno a tomar consciência de si mesmo,
dos outros e da sociedade, é oferecer várias ferramentas para que ele possa
escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores,
sua concepção de mundo e com as adversidades que irá encontrar ao longo de
sua vida.
Quando a criança constrói seu conhecimento através de suas brincadeiras e leva a realidade para seu mundo da fantasia, ela transforma suas incertezas em algo que proporciona segurança e prazer, pois vai construindo seu conhecimento sem limitações (ROSA, 2002, P.26).
O tema abordado busca chamar a atenção dos educadores e de todos
os responsáveis pela formação e aprendizagem de indivíduos dentro do âmbito
escolar para que o lúdico seja percebido como instrumento importante no
processo de aprendizagem e propor um novo olhar para suas práticas
pedagógicas, de maneira que o mesmo, realmente se torne presente no
cotidiano escolar.
Desta forma a discussão sobre as atividades lúdicas nas aulas de
ciências é fundamental, pois não pode ser vista e entendida como uma simples
pratica pela pratica, pois a maneira como o ensino de ciências é apresentado
normalmente está desvinculada com o cotidiano do aluno. E quando não há
11
relação entre o que o aluno vivencia com o que ele está aprendendo, a
aprendizagem não é significativa.
Muitos estudos vêm sendo realizado no âmbito da aplicação da
ludicidade como ferramenta no ensino aprendizagem sobre vários aspectos,
seja cultural, social, psicológica e outras. Entretanto para compreender o uso
do lúdico no ensino aprendizagem, é preciso entender a fase em que o aluno
se encontra. Ou seja, é necessário conhecer o desenvolvimento psicológico no
qual o aprendiz se encontra.
Importantes teóricos precursores de métodos ativos da educação como
Piaget, Vigotsky, Huizinga defendem a importância que os métodos lúdicos
proporcionam à educação.
Ressalta-se que, as atividades lúdicas não levam a memorização mais
fácil do assunto abordado, mas induz o aluno a raciocinar, a refletir, além de
contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades. Desta forma,
aumenta a motivação dos aprendizes aos temas abordados nas disciplinas de
ciências.
Neste contexto, a escolha e a motivação por este assunto remetem a
inúmeras inquietações e dúvidas, observadas durante toda a trajetória
profissional. Muitos assuntos importantes ao longo do curso puderam ser
destacados, possibilitando vivenciar as ciências naturais em diferentes ângulos:
a prática pedagógica na realidade escolar; todos os problemas e os desafios
enfrentados pelos profissionais que atuam nesta área.
O presente trabalho tem como objetivo, analisar as formas de inserção
do lúdico como recurso pedagógico para o processo de ensino e aprendizagem
nas aulas de ciências no Ensino Fundamental I, visando especificamente -
Identificar o perfil do professor de ciências, relacionar as ferramentas lúdicas
(brinquedo e jogo; brincar e jogar) com a aprendizagem, esboçar um confronto
entre o desenvolvimento do aluno e a inserção do lúdico como recurso
pedagógico nas aulas de ciências.
Diante deste aspecto, este estudo visa dar contribuições para qualificar a
prática pedagógica e promover possíveis mudanças superadoras e qualitativas
no ensino de Ciências Naturais, visto que o lúdico é uma estratégia
insubstituível para ser usada como estímulo na construção do conhecimento
humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias. É
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uma proposta que atua no sentido de educar, transformando e inovando e
processo ensino aprendizagem, sendo um instrumento de informação,
observação e correlação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula com o
cotidiano do aluno, levando-o a perceber visualmente o que aprendeu na
teoria. Além disso, é uma importante ferramenta de progresso pessoal e de
alcance de objetivos institucionais. Através das atividades lúdicas exploramos e
refletimos sobre a realidade, a cultura na qual vivemos, incorporamos e, ao
mesmo tempo, questionamos regras e papéis sociais. Neste sentido, o estudo
sobre a aplicabilidade da atividade lúdica justifica o tema proposto.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabemos que o lúdico é importante na educação infantil, pois através
deste método que os alunos desenvolvem a sua criatividade e suas habilidades
que fazem acontecer à aprendizagem. Para as crianças, a brincadeira é uma
forma privilegiada de interação com os outros, adultos e crianças, e com os
objetos e a natureza à sua volta. Brincando, elas se apropriam criativamente de
formas de ação sociais tipicamente humanas e de práticas sociais específicas
dos grupos aos quais pertencem, aprendendo sobre si mesmas e sobre o
mundo em que vivem (RODRIGUES, 2009, p.18).
O significado e a importância do lúdico na vida humana tem sido objeto
de estudo de diferentes áreas do conhecimento. Essa evidência é facilmente
verificada quando se passa a analisar as inúmeras teorias sobre o assunto,
enfocando as teorias sobre o lúdico, encontramos diferentes pontos de vista,
isso apontou a necessidade de, inicialmente, realizar uma revisão das
principais interpretações teóricas sobre o lúdico no ensino de ciências naturais.
Para fundamentar o presente trabalho, serão abordadas as teorias de Piaget,
Wallon, Winnicott, passando por Vygotsky e muitos outros encontra-se, ao
longo do século XX, a consolidação da tríade lúdico/ciências/educação.
Os estudos de Vygotsky (2003), Wallon (1995a, 1995b) e Piaget (1973)
de modos semelhantes centram o lúdico na aprendizagem e no
desenvolvimento infantil e focalizam sob pontos de vista diferentes o lúdico na
formação simbólica e na construção do conhecimento da criança, como sujeito
sócio cultural e histórico. O brincar é visto por esses autores como uma
atividade cultural que tem um sentido em si mesma, que é criada pelo sujeito
não apenas como uma preparação para a vida adulta (PINHEIRO, 2010).
O conhecimento e a vida estão interligados, assim como formação
profissional e formação humana, de modo que, defendemos que uma das
maiores causas dos descompassos entre teoria e pratica dos educadores em
geral, é as implicações entre a vida e a aprendizagem (MATURANA &
VARELA, 1997 apud PINHEIRO, 2012) no desenvolvimento da prática
educativa (PINHEIRO, 2012).
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De acordo com Pinheiro (2010), é preciso despertar a ludicidade interior
do educador, suas potencialidades sensíveis, posto que o prazer é o
dinamizador do conhecimento, algo necessário na sua formação pessoal e na
sua prática educativa. O prazer de estar conhecendo mobiliza o cérebro/mente
que está feito para a fruição do pensar.
Segundo Vygotsky (1984, p. 27) apud Santos (2010), é na interação com
as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende
a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma
mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma
situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.
Em estudos realizados por Negrine (1994, p.20), sobre a aprendizagem
e o desenvolvimento infantil, alega que quando a criança chega à escola ela
traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, as
qual grande parte delas é obtida através da atividade lúdica. De acordo ainda
com Negrine ensinar a partir de atividades lúdicas é um ato delineado e
consciente fazendo com que o seu uso venha contribuir para uma melhoria na
aprendizagem do aluno. Essas atividades são mediadoras de avanços e
favorece uma grande contribuição para tornar as aulas um ambiente adequado
para a aprendizagem dos discentes. Além disso, segundo o referido autor, o
educador explora mais a criatividade do educando melhorando
significadamente seu comportamento e favorecendo sua auto-estima, sendo
portanto, o lúdico uma excelente opção. Neste contexto, a ludicidade deveria
fazer parte do planejamento e estar inserido na proposta de trabalho.
Para um melhor aproveitamento desta proposta de trabalho é necessário
que o educador seja o mediador desta prática. Para que isto ocorra é preciso
que ele propicie a exploração da curiosidade dos discentes, instigando o
incremento da criatividade, do discernimento e desenvolvimento de sua
autonomia, ou seja, o educador deve assumir o comprometimento com seus
educandos.
Segundo Oliveira,
É um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade, a socialização, sendo, portanto, reconhecidos como uma das atividades mais significativas senão a mais significativa pelo seu conteúdo pedagógico social (1985, p. 74).
15
Ao se referir ao lúdico, Freire (apud ALMEIDA, 1987), fala sobre a
importância da ludicidade na educação, considerando-a uma atividade séria,
mas que deva envolver prazer e satisfação, tendo um aspecto ativo, indagador,
reflexivo, desvendador, socializador e criativo, sendo esses, essências da
educação lúdica. Do mesmo modo, afirma que as crianças têm desejos e
vontades próprias e os educadores devem respeitar sua autonomia,
valorizando o que elas têm a dizer e a perguntar. Nesse sentido, discorre Freire
(2002, p. 66) que “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um
imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos
outros”.
Santos (2001, p. 14), enfatiza sobre a importância da atividade lúdica,
enfocando que, o lúdico é uma ciência nova que precisa ser estudada e
vivenciada, mas a tendência dos profissionais é achar que sabe lidar com esta
nova ferramenta porque um dia já brincaram. Portanto, para que se realize uma
atividade lúdica que desperte total interesse na criança, fazendo com que a
mesma adquira conhecimentos ao brincar, é preciso que o professor esteja
totalmente preparado para realizá-lo, tendo conhecimento sobre os
fundamentos da mesma. Como afirma Santos (2001. p. 15), quando diz que, a
educação pela via da ludicidade propoê-se a uma nova postura existencial
cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado numa
concepção de educação para além da instrução. Sendo assim, é preciso que
os profissionais de educação reconheçam o real significado do lúdico para
aplicá-lo adequadamente, estabelecendo a relação entre o brincar e o aprender
a aprender. Brincando,
[...] as crianças aprendem [...], a cooperar com os companheiros [...], a obedecer às regras do jogo [...], a respeitar os direitos dos outros [...] a acatar a autoridade [...], a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades, que lhe são impostas [...], a dar oportunidades aos demais [...], enfim, a viver em sociedade" (KISHIMOTO, 1993 p.110).
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Para o pediatra e psicanalista D.W. Winnicott (1975), brincar faz parte de
um conceito maior que inclui fenômenos transicionais em um espaço potencial,
uma área intermediária onde o sujeito pode experimentar ser criativo, constituir
sua individualidade, e expandir a experiência cultural. Para o autor (2005, p.
67), "brincar é uma experiência, e sempre uma experiência criativa", que possui
um valor único: a possibilidade de interconectar o passado, o presente e o
futuro. Ainda Winnicott (1975, p.32) “a criança brinca para buscar prazer, para
controlar ansiedade, para estabelecer contatos sociais, para realizar a
integração da personalidade, por fim para comunicar-se com as pessoas”. Na
visão do autor é possível afirmar que o ato de brincar para criança não é
apenas uma atividade lúdica, mas fornece riquíssima forma de expressão.
De acordo com Krammer (1994) apud Pinheiro (2010), nos últimos anos
o lúdico vem assumindo importante papel nos estudos voltados para a
necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, podendo ser
caracterizado como espontâneo funcional e satisfatório, logo então a
preocupação do perfil profissional do educador infantil visou qualificá-lo para
atender às funções indissociáveis de cuidado e educação no atendimento à
criança, associando o brincar nesses processos. Tais propostas apontam para
a necessidade de reconhecer a criança como cidadã, sujeito histórico, criador
da cultura. Desta forma, nas ações dos educadores, o brincar tem como base
cuidar e educar a criança em seus aspectos emocionais e cognitivos. Não se
deve confundir tais ações, pois não se trata de inversão de prioridades, mas
sim de contribuição, fazendo surgir um novo conceito de educação.
Para Vygotsky (1979, p.16) apud Negrini (1995, p.1) o desenvolvimento
não é simplesmente uma lenta acumulação de mudanças unitárias, mas sim,
um processo dialético complexo, caracterizado pela periodicidade, pela
irregularidade no desenvolvimento das distintas funções, pela metamorfose ou
transformação qualitativa de uma forma em outra, pela inter-relação de fatores
internos e externos, e pelos processos de adaptação que superam e vencem
os obstáculos com os quais a criança se cruza.
Para este autor ainda a criança aprende muito ao brincar. O que
aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade
uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional,
social, psicológico (VYGOTSKY, 1979, p.45). Com isto, o autor pretende dar
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sua opinião acerca do valor da brincadeira na vida da criança. Além disso, a
criança que brinca deve ser respeitada enquanto faz esta ação uma vez que
seu mundo sofre mudanças e oscila entre a fantasia e seu mundo real.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, é
preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças
recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do
conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa (1998, v1, p.29).
Entretanto para que isto aconteça o papel do professor é fundamental,
no sentindo de dispor de sensibilidade agindo como mediador entre a criança e
a brincadeira adequada para que elas a utilizem de forma pessoal e
independente sentimentos e conhecimentos. Sem esquecer, contudo, que é na
brincadeira que a criança procura entender o mundo que a cerca.
Embora os programas de formação e de política pedagógica visem a
afetividade do aluno, invistam numa abordagem lúdica e afetiva com os
discentes no desenvolvimento da aprendizagem, é necessário agregar esse
mesmo enfoque aos educadores, no sentido de promover o duplo processo
(auto) formativo, considerando sua inteireza humana e não apenas homo-
sapiens. É preciso despertar a ludicidade interior do educador, suas
potencialidades sensíveis, posto que o prazer é o dinamizador do
conhecimento, algo necessário na sua formação pessoal e na sua prática
educativa. O prazer de estar conhecendo mobiliza o cérebro/mente que está
feito para a fruição do pensar (PINHEIRO, 2010).
Segundo Kishimoto (194, p.134), o brinquedo, o jogo, o aspecto lúdico e
prazeroso que existem nos processos de ensinar e aprender não se encaixam
nas concepções tradicionalistas da educação. Entende-se que a escola é
considerada um espaço que deve gerar crescimento pessoal e intelectual da
criança, através de sua aprendizagem significativa, sem imposição, mas sim de
forma prazerosa, sentimento que as brincadeiras proporcionam. Desta forma, a
escola quando passa a adotar a ludicidade estendendo-o também ao ato
pedagógico, ajuda às crianças a formarem um bom conceito de mundo, um
mundo este onde a afetividade é acolhida, a sociabilidade vivenciada, a
criatividade estimulada e os direitos da criança respeitados.
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Para Huizinga (1996) apud Camargo (2008), numa atividade lúdica,
existe algo “em jogo” que transcende as necessidades imediatas da vida e
confere um sentido à ação.
Para VYGOTSKY (1989, p.84), as crianças formam estruturas mentais
pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações
imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a
criança das amarras da realidade.
De acordo com Ronca (1989, p.27), o movimento lúdico,
simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de conhecimento, pois nele a
criança constrói classificações, elabora sequencias lógicas desenvolve o
psicomotor e a afetividade e amplia conceitos das várias áreas das ciências.
Sobre a importância do lúdico, ressalta Ronca:
O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo. (1989, p.27).
Ronca (1989, p.99) afirma ainda que, o lúdico torna-se válido para todas
as séries, porque é comum pensar na brincadeira, no jogo e na fantasia, como
atividades relacionadas apenas a infância. Na realidade, embora predominante
neste período, não se restringe somente ao mundo infantil. E nessa
perspectiva, o lúdico se torna muito importante na escola, porque pelo lúdico a
criança faz ciência, pois trabalha com a imaginação e produz uma forma
complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana. Ao
combinar informações e percepções da realidade problematizada, tornando-se
criadora e construtora de novos conhecimentos.
No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de
seu comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças
manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade.
Nesse sentido, a aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou
seja, a aprendizagem desperta vários processos internos de desenvolvimento.
Deste ponto de vista, aprendizagem não é desenvolvimento; entretanto o
19
aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e
põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma,
seriam impossíveis de acontecer (VYGOTSKY, 1989 apud OLIVEIRA, 2002, p.
132).
Para Vygotsky (1989, p.29), o brinquedo exerce uma grande influência
no desenvolvimento da criança, uma vez que ela aprende a agir numa esfera
cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa, dependendo das
motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos
externos.
É de extrema importância a informação em qual zona de
desenvolvimento a criança se encontra para que as brincadeiras sejam
adequadas para elas. Neste contexto, se torna importante o conhecimento
teórico de Vygotsky pelos professores visando sua formação como mediador
da construção do conhecimento.
De acordo com o Referencial Curricular da Educação Infantil (1998,
p.23), educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança,
e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural.
Os jogos foram classificados, por Piaget (1976), em três grandes
categorias que correspondem as três fases do desenvolvimento infantil
classificado em diferentes formas, a saber: jogo de exercício sensório-motor;
jogo simbólico e jogo de regras.
Embora o sensório-motor esteja presente desde o primeiro dia de vida
da criança. Segundo Piaget (1971) apud Gioca (2001, p.32), neste período, a
criança conquista através da percepção e dos movimentos, todo o universo que
a cerca, decorrendo o desenvolvimento inicial das coordenações e relações de
ordem entre as ações, é o início de diferenciação entre os objetos e entre o
próprio corpo e os objetos. Aos 18 meses, mais ou menos, constitui-se a
função simbólica (capacidade de representar um significado a partir de um
significante) Esta prática contém exercícios que envolvem movimentos como
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pular, correr, levantar e baixar os braços. Até mesmo a prática de alguma
brincadeira pode auxiliar no período sensório-motor da criança.
Através do jogo simbólico, também chamado como jogo do “faz-de-
conta”, a criança relaciona a sua realidade com a realidade do adulto. Ela
utiliza jogos que está carregado de símbolos. Símbolos estes que resultam em
significados que a criança busca, através de brincadeiras e desenhos. Dessa
forma, a criança interage com o mundo a sua volta. Nessa fase, crianças de 2 a
6 anos, imaginam ser outra pessoa (personagem, artista, etc.).
O que caracteriza esse tipo de jogo é o conjunto de regras pré-
estabelecidas por um grupo, no qual devem ser cumpridas e os não
cumprimentos dessas regras geram penalidades, onde o jogador poderá se
tornar um perdedor.
Piaget (1971, p.29) apud Gioca (2001, p.33) classifica ainda, os jogos de
regras, em jogo sensório-motor como o futebol, a ginástica, o pega-pega dentre
outros, e intelectuais como, por exemplo, xadrez, dominó, jogos de memória,
quebra cabeça. Esta categoria trabalha com a competição, estabelecendo que
as regras sejam impostas. Uma vez que, a criança em certa fase da vida é
egocêntrica, este tipo de jogo fará com que criança experimente a sensação
não só de ganhar, mas, principalmente, a de perder. Além disso, desenvolve o
espírito da colaboração.
Segundo Novaes (1992, p.28)
O ensino, absorvido de maneira lúdica, passa adquirir um aspecto significativo e efetivo no curso de desenvolvimento da inteligência da criança. Desse modo, brincando a criança vai construindo e compreendendo o mundo ao seu redor.
De acordo com Kishimoto (1998, p. 70) apud Balbinot (2005, p. 7), o ato
lúdico representa um primeiro nível do pensamento intuitivo, ainda nebuloso,
mas que já aponta uma direção. O prazer e a motivação iniciam o processo de
construção do conhecimento, que deve prosseguir com sua sistematização,
sem a qual não se pode adquirir conceitos significativos.
A brincadeira não é somente importante na vida da criança, mas
também na vida do adulto, pois ela além de distrair e de entreter tem outras
finalidades. Quando brincamos desenvolvemos funções cognitivas e físicas
21
como a linguagem, a motricidade, a memória, a percepção, a afetividade e
ainda a interação com o outro. Nesse envolvimento com a brincadeira são
desenvolvidas também a relação interpessoal, a comunicação e a capacidade
de resolver problemas e também habilidades de transformação e intervenção
em âmbito social (FERREIRA, 2010, p.23).
Vygostsky (1989) afirma que na brincadeira "as ações internas e
externas são inseparáveis: a imaginação, a interpretação e a vontade são
processos internos conduzidos pela ação externa", destacando que no
brinquedo "é como se ela fosse maior do que ela na realidade".
Para Dallabona e Mendes (2004, p.6), o lúdico proporciona um
desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma tendência instintiva da
criança. Ao brincar, a criança aumenta a independência, estimula sua
sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular, desenvolve
habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a imaginação e a
criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a integração,
promovendo, assim, o desenvolvimento sadio, o crescimento mental e a
adaptação social.
Os referidos autores ressaltam ainda que, uma atitude lúdica não é
somente a somatória de atividades; é, antes de tudo, uma maneira de ser, de
estar, de pensar e de encarar a escola, bem como de relacionar-se com os
alunos. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo
e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos,
mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva ela será.
Ressalta-se que, o ensino utilizando meios lúdicos pode mudar muitos
comportamentos, pois através dele pode-se passar para o aluno muitos valores
que a algum tempo estão esquecidos em nossa sociedade, sem que isso se
torne para ele algo cansativo e chato. O professor tem nas mãos a
oportunidade de transformar a sociedade em que vivemos através dos nossos
alunos, utilizando a linguagem própria para cada fase do desenvolvimento
cognitivo (HOFFMANN, 2010, p.12).
22
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Para realização deste trabalho de cunho teórico e pratico, acerca da
construção do conhecimento e estudar o cotidiano dos alunos do ensino
Fundamental I e de que forma o lúdico se apresenta na rotina escolar, foi
utilizada como abordagem uma pesquisa exploratória, bibliográfica, de campo e
um estudo de caso na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Manoel
Diniz, com o objetivo de analisar o papel do lúdico nas aulas em Ciências no
Fundamental I, no intuito de saber se as práticas lúdicas estariam sendo
desenvolvidas na referida escola, onde se investiga com adequação e
emancipação por parte dos docentes e discentes.
A escola, localizada na Travessa Monte Carmelo, n° 148 no Centro da
Cidade de Itaporanga-PB, atende 229 alunos distribuída em doze turmas sendo
200 do ensino Fundamental I, dos quais 90 são do período da manhã e 110 do
período da tarde e, 29 na Educação de Jovens e Adultos (EJA) que estudam
no período noturno. Nesta escola há 5 salas de aula e 10 professores que
atuam no Ensino Fundamental I sendo 5 o turno diurno e 2 para a EJA. A
referida escola se encontra em perfeito condições física e apresenta conforto
ambiental, estando bem localizada, estruturada e organizada.
Para esta pesquisa foram avaliados os professores e alunos do 4° e 5°
ano do período da tarde. Para a coleta de dados, foram utilizadas as técnicas
da observação não participativa, com aplicação de questionários para os
docentes e discentes, descrita por Lakatos e Marconi (2003).
Esta técnica é uma das mais utilizadas em trabalhos qualitativos,
sobretudo em pesquisas de campo. É um recurso direto entre pesquisador e o
caso estudado, sendo que, na maioria das vezes, o objeto de estudo não tem
consciência, facilitando a observação comportamental dos indivíduos
(FIGUEIREDO, 2010).
Segundo Marconi & Lakatos, (1999, p.100), o questionário é um
instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador. Dessa forma a escolha pela utilização deste método de coleta de
dados foi feita pela facilidade de sua aplicação e também por deixar o
23
entrevistado um pouco mais a vontade devido à possibilidade da ausência do
entrevistador no momento das respostas.
24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para conhecer e estudar o cotidiano no ensino fundamental I nas aulas
de ciências e como o lúdico se apresenta nesta rotina, foi utilizado método de
pesquisa qualitativa, onde os dados coletados foram analisados e comparados
com a teoria de vários autores com a intenção de obter informações que não
poderiam ser adquiridas apenas com a observação.
Como instrumento de pesquisa se utilizou questionários previamente
elaborados aplicados a duas professoras (Apêndice I) que atuam no 4°ano
(turma B) e 5°ano (turma B) e seus respectivos alunos (Apêndice II).
Quanto as turmas, a do 4º ano é composta por 20 alunos sendo 12 meninas e
8 meninos com faixa etária entra 8 e 9 anos e a turma do 5° ano que é
composta por 18 alunos, sendo 10 meninas e 8 meninos com faixa etária de 10
a 13 anos.
As referidas professoras possuem idade acima de 40 anos com
formação superior de 12 e 15 anos respectivamente e, atuam em sala de aula
há 12 anos e 30 anos, respectivamente.
Os questionários aplicados às professoras evidenciaram que a maior
dificuldade que elas enfrentam é a falta de material para realizarem aulas mais
interessantes que busquem a atenção e desperte no aluno o gosto de
aprenderem ciências de uma forma mais divertida. E ainda que, elas incluem
atividades lúdicas uma vez por semana, as quais estão incluídas músicas e
jogos. Esta pesquisa também constatou que para as professoras entrevistadas
as possíveis soluções para um ensino com melhor rendimento seria a busca
por assuntos que despertem o interesse dos alunos nas aulas de ciências,
como por exemplo, as atividades lúdicas, as quais incluem a música, os jogos,
a dança, incluindo os experimentos para que os alunos possam ver seus
trabalhos concluídos.
As referidas professoras afirmam ainda que, os alunos ficam mais
dispostos e interessados na busca pelo descobrimento quando as atividades
lúdicas são adotadas na sala de aula, mas que, no roteiro de atividades que
não oferece muitas opções para se trabalhar com atividades lúdicas no ensino
25
de ciências, sendo, portanto, as aulas tradicionais utilizadas com maior
freqüência.
Quanto aos alunos, observou-se uma tendência destes pela apreciação
da inclusão da ludicidade
como o melhor método para o ensino aprendizagem. As respostas dos alunos
estão elencadas nos parágrafos abaixo.
A Figura 1 ilustra o percentual de respostas acerca da primeira questão
do questionário aplicado ao alunos. A pergunta está relacionada as deficiências
de aprendizagem em ciências naturais.
Fig.1- Respostas dos alunos referente a primeira questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
Observa-se que as respostas “não possui deficiência” e “possui
deficiência” se mostraram quase que na mesma proporção.
Este resultado foi obtido, provavelmente, porque a maioria dos alunos
não respondeu a questão de forma clara e concisa, tornando o questionamento
embaraçoso e difícil de obter suas respostas corretas.
Faz-se necessário questionar a imagem de ensino como uma atividade
simples, algo que não demanda muitos aprofundamentos, ou seja, questionar
Série1; Não possui
deficiência; 47%; 47%
Série1; Possui deficiência ;
53%; 53% Não possui deficiência
Possui deficiência
Quanto a sua maior deficiência de aprendizagem em ciências naturais
26
visões simplistas do processo de ensino-aprendizagem, introduzindo na prática
docente a reflexão contínua e a busca por uma auto-formação, através do
acesso as pesquisas recentes sobre o tema (LEÃO et all. 2010). Aumentando
dessa forma, a probabilidade de aprendizagem do discente. Pois a forma como
a ciência é apresentada para o aluno, muitas vezes, torna-a maçante e
deficiente.
A segunda questão refere-se ao tipo de aula que mais atrai a atenção do
aluno (Fig. 2).
Fig.2- Respostas dos alunos referente a segunda questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
As respostas foram bem diferenciadas, embora estas pareçam muito
próximas quando não se sabe definir aulas “recreativas” de aulas com “música”
e aulas com “jogos”, uma vez que 50% preferem aulas recreativas, 21% com
música e 29% com jogos.
A respeito disto, alguns autores definem “recreação” como um elemento
estudado e entendido predominantemente como um composto do lazer. Dessa
forma, todas as citações isoladas da palavra lazer, incluem naturalmente a
recreação e o jogo (VALENTE,1994); A palavra recreação vem do latim,
Série1; aulas recreativas ;
50%; 50%
Série1; aulas com música ;
21%; 21%
Série1; aulas com jogos ; 29%; 29%
aulas recreativas
aulas com música
aulas com jogos
Tipo de aula mais atrai a sua atenção?
27
recreare, cujo significado é recrear. Portanto, as atividades recreativas devem
ser espontâneas, criativas e que nos traga prazer. Devem ser praticadas de
maneira espontânea, diminuindo as tensões e preocupações (TOSETI, 1997
apud ALVES et all, 2011). A definição de “jogo” para alguns autores como
Kishimoto (2003), ele é concebido como atividade livre, como forma de
apreensão dos problemas cotidianos e Wallon (1979) apud Carmo (2010)
define-o como uma atividade voluntária da criança. Com relação a música,
existe uma obrigatoriedade segundo a lei nº 11.769, sancionada em 18 de
agosto de 2008, dada a importância desta no ensino básico – envolve o ensino
médio e fundamental. Merriam (1964) apud Sanchotene (2006), travou uma
grande batalha para converter música em objeto de estudo e teorização
antropológicas tão digno e necessário como qualquer outra forma de ação
social.
A terceira questão foi referente a opinião sobre o uso de atividades
lúdicas no ensino de ciências naturais. Na Figura 3 é possível visualizar as
respostas dos discentes.
Fig.3- Respostas dos alunos referente terceira questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
Série1; boas e divertidas; 79%; 79%
Série1; excelentes; 21%; 21%
boas e divertidas
excelentes
Opinião sobre o uso de atividades lúdicas no ensino de ciências naturais
28
Ficou evidente que todos os alunos acham as aulas que, com a inclusão
de atividades lúdicas, são boas e divertidas.
É importante salientar que, as atividades lúdicas apresenta um papel
importante na vida da criança, uma vez que através destas atividades as
crianças se desenvolvem tanto intelectualmente como fisicamente. É através
destas atividades que as crianças aprendem se divertindo.
Pode-se dizer que a atividade lúdica, o jogo, permite liberdade de ação,
naturalidade e prazer que raramente são encontrados em outra atividade
escolar. O lúdico é essencial para uma escola que se proponha não somente o
sucesso pedagógico, como também à formação do cidadão. A convivência de
forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança
estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas (CABALLOS et all
2011).
A Figura 4 representa as respostas da quarta questão que é referente
aos sentimentos dos alunos acerca de assuntos abordados através de
atividades lúdicas.
Fig.4- Respostas dos alunos referentes a quarta questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
Série1; felicidade/alegr
ia; 80%; 80%
Série1; não souberam
definir; 20%; 20%
felicidade/alegria
não souberam definir
Seus sentimentos diante das aulas com atividades lúdicas ?
29
Observa-se que, 80% dos discentes demonstram sentimentos de
felicidade. A respeito disso, Dallabona afirma que é importante aprender com
alegria e com prazer. E ainda, de acordo com Sneyders (1996), educar é ir em
direção à alegria. As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com
prazer, alegria e entretenimento.
As respostas para a quinta questão podem estão ilustradas na Figura 5.
Elas são referentes a opinião dos alunos sobre a a aula quando os professores
aplicam atividades lúdicas.
Fig. 5- Respostas dos alunos referentes a quinta questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
De um modo geral, observa-se que as respostas são semelhantes, uma
vez que 52% os alunos acham as aulas com atividades lúdicas interessantes e
48% acham as aulas divertidas. Estas respostas reforça a afirmação de
Balbinot (2005) de que, o lúdico nas atividades dá significado a uma situação,
objeto ou uma ação. Esta autora ressalta ainda que, o que importa muitas
vezes, não é o conteúdo que estão estudando, mas o que vão construir sobre
ele, é a alegria de estar em grupo, de colocar a “mão na massa”.
O que dizer então da influência positiva do lúdico no processo de ensino –
aprendizagem? Acerca desta questão os alunos foram quase que unânimes nas
respostas (Fig. 6).
Série1; interessante/legal; 48%; 48%
Série1; divertida; 52%; 52%
interessante/legal
divertida
Opinião sobre as atividades lúdicas aplicadas em sala de
30
Fig. 6- Respostas dos alunos referentes a sexta questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
O lúdico pode ser uma forma de exploração do conteúdo de Ciências,
uma estratégia que leva à estimulação do pensamento (BALBINOT, 2005). Isto
ressalta que, as atividades lúdicas oferecem motivação na aprendizagem,
reforça os conceitos e estimula a construção do conhecimento.
Na Figura 7 está ilustrada as respostas dos alunos referente à questão
sete acerca da opinião dos alunos sobre a definição de atividades lúdicas.
Série1; sim; 87%; 87%
Série1; tanto faz; 13%;
13%
sim
tanto faz
As atividades lúdicas ajuda no processo de ensino - aprendizagem ?
31
Fig. 7- Respostas dos alunos referentes a sétima questão
Fonte: dados coletados em 05/05/2012.
Para estes alunos a definição mais próxima de seus conhecimentos foi
que as atividades lúdicas são jogos e brincadeiras.
Brincar é experiência fundamental para qualquer idade. Mesmo sem
intenção de aprender, quem brinca, aprende, pois se aprende brincando. Como
construção social, a brincadeira é atravessada pela aprendizagem, uma vez
que os brinquedos e o ato de brincar, a um só tempo, podem contar a história
da humanidade e dela participar diretamente, evidenciando algo aprendido e
disposição inata do ser humano (ROJAS, 2007).
E para Kishimoto (1999) apud Rojas (2007), o uso do brinquedo/jogo
educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse
instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento
infantil.
Ressalta-se que, esta mesma questão também envolveu um segundo
questionamento: a importância das atividades lúdicas no ensino –
aprendizagem. Entretanto, todos os alunos não responderam a esta pergunta.
A oitava questão refere-se a pergunta: quando a avaliação é feita
através de uma atividade lúdica você acha que aprende mais fácil o conteúdo a
ser avaliado? (Fig. 8).
Série1; jogos;
48%; 48%
Série1; brincadeiras;
52%; 52%
jogos
brincadeiras
O que são atividades lúdicas?
32
Fig. 8- Respostas dos alunos referentes a oitava questão
Fonte: idem
As respostas revelam que 89% dos alunos concordam que aprendem
com maior facilidade quando o lúdico se faz presente em sala de aula.
Para Rojas (2007), mesmo sem intenção de aprender, quem brinca,
aprende, pois se aprende brincando. Como construção social, a brincadeira é
atravessada pela aprendizagem, uma vez que os brinquedos e o ato de brincar,
a um só tempo, podem contar a história da humanidade e dela participar
diretamente, evidenciando algo aprendido e disposição inata do ser humano.
33
5 CONCLUSÃO
Com a realização deste trabalho foi possível observar que, com a
aplicação de questionários aos participantes, as professoras utilizam a
ferramenta lúdica para auxiliar no ensino aprendizagem uma vez por semana.
E que, embora acreditem no interesse maior dos alunos, elas sentem
dificuldades em aplicar atividades lúdicas com maior freqüência.
Ficou evidenciado que mais da metade dos alunos acredita que não
possui dificuldades em aprender disciplinas de ciências enquanto a outra
metade afirma o contrário.
Todos os alunos acharam as aulas atrativas quando estas são
apresentadas com atividades lúdicas como músicas e jogos, além de
considerarem estas atividades boas e divertidas, pois relataram que se sentem
felizes.
Para esta categoria de participantes ficou evidenciado que eles
consideram os jogos e as brincadeiras uma definição de atividades lúdicas.
Comprovou-se ainda que, para eles uma avaliação feita através de
atividades lúdicas facilita a aprendizagem do tema proposto.
Acredita-se então, que as atividades lúdicas aplicadas de forma correta
e bem elaboradas induzem a uma aprendizagem com qualidade no ensino
fundamental e pode estabelecer-se em uma importante ferramenta para o
docente aplicar em sala de aula na decisão de resolução de problemas
voltados para diversas áreas de ciências naturais.
A função educativa utilizando a atividade lúdica foi facilmente observada
durante sua aplicação com os alunos na escola avaliada, verificando-se que ela
favorece a aquisição de conhecimentos, de forma prazerosa.
Ao aplicarmos os aspectos lúdicos aos cognitivos, observou-se que esta
ferramenta é uma importante estratégia para o ensino e a aprendizagem de
conceitos abstratos e complexos. Desta maneira, a motivação do aluno pelo
tema proposto é intensificada, ajudando-o no seu raciocínio e no
relacionamento entre discente e docente.
34
Sugere-se que os resultados obtidos através desta pesquisa sejam
ampliados para as outras séries de ensino público.
35
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WINNICOTT, D.W., O Brincar e a Realidade, Rio de Janeiro, Imago Editora, 1975.
37
APÊNDICES
APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS
(LICENCIATURA À DISTÂNCIA)
PROFESSORA ORIENTADORA: EVANEIDE FERREIRA
ALUNA: LUCIVÂNIA MARIA CLEMENTINO
QUESTIONÁRIO – PROFESSOR
NOME DA ESCOLA:
ENDEREÇO:
SERIE: TURMA: TURNO:
1- QUAL É A SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA?
2- QUANTO TEMPO DE FORMAÇÃO?
3- QUAL O SEU TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR / EDUCADOR?
4- QUAIS AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS EM SALA DE AULA?
5- LEVANTE POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS RELATADOS NA QUESTÃO ANTERIOR?
6- VOCÊ FAZ USO DAS ATIVIDADES LÚDICAS (NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS, SE SIM QUAL A PERIODICIDADE?) PERCEBEU ALGUM RESULTADO POSITIVO AO UTILIZÁ-LAS?
8- QUE TIPO DE ATIVIDADES LÚDICAS VOCÊ COMUMENTE UTILIZA NO
ENSINO DE CIÊNCIAS?
9- ESTAS ATIVIDADES DESPERTAM INTERESSE NOS ALUNOS?
JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.
10- VOCÊ ENCONTRA ALGUM TIPO DE DIFICULDADE EM APLICAR O
LÚDICO EM SALA DE AULA? SE SIM, QUAIS?
38
APÊNDICE B
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS
(LICENCIATURA À DISTÂNCIA)
PROFESSORA ORIENTADORA: EVANEIDE FERREIRA
ALUNA: LUCIVÂNIA MARIA CLEMENTINO
QUESTIONÁRIO – ALUNO
IDADE: SEXO: ( ) MASC. ( ) FEM.
TURMA (SÉRIE/ANO):
1 QUAL A SUA MAIOR DEFICIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS
NATURAIS?
2- QUE ESPÉCIE DE AULA MAIS ATRAI A SUA ATRAI SUA ATENÇÃO?
3– O QUE VOCÊ ACHA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE
CIÊNCIAS?
4 – QUANDO AS AULAS SÃO CONDUZIDAS ATRAVÉS DO LÚDICO QUAIS
SÃO OS SEUS SENTIMENTOS EM RELAÇÃO AO TEMA ABORDADO?
5– QUANDO O PROFESSOR APLICA ATIVIDADES LÚDICAS NA SALA DE
AULA, COMO VOCÊ ACHA QUE A AULA FICA?
6 – AS ATIVIDADES LÚDICAS AJUDA NO PROCESSO DE ENSINO -
APRENDIZAGEM?
7 - O QUE SÃO ATIVIDADES LÚDICAS E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO –
APRENDIZAGEM?
8- QUANDO A AVALIAÇÃO É FEITA ATRAVÉS DE UMA ATIVIDADE LÚDICA
VOCÊ ACHA QUE APRENDE MAIS FÁCIL O CONTEÚDO A SER
AVALIADO? POR QUÊ?
39