O Jovem | Setembro 2012
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o jovem o jovem
Entrevista | Nesta rentreé política O
Jovem esteve à conversa com o líder
parlamentar do CDS. Fica a conhecer a
opinião deste destacado deputado
sobre a actualidade nacional [p.11]
Nuno Magalhães
Dossier | Tudo sobre “O Sistema
Fiscal” – 1ª Parte, por Miguel
Ribeiro. [p.7]
Convidado | António Barreiro,
militante da JP Alcobaça, assina
o espaço de Setembro. [p.9]
Opinião | São seis os textos de
opinião que poderás ler nesta
edição de rentrée. [p.4 - 25]
Jornal Oficial da Juventude Popular da Maia
52 | Set 2012 | Ano XXVI www.jpmaia.com
2 | setembro 2012 o jovem
ficha técnica
Propriedade: Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia | Edição: Manuel Oliveira | Colunistas desta edição: Miguel Ribeiro, Ângelo Miguel, João Ribeirinho Soares, Manuel Oliveira, Hugo Silva, André Bazan, Nuno Silva | Entrevistado desta edição: Nuno Magalhães | Convidado especial desta edição: António Barreiro | www.jpmaia.com | [email protected] | Distribuição Digital | Setembro 2012 | O Jovem 1985 - 2012
A cultura da (in)dependência por André Correia [pág.10]
sumário
Ângelo Miguel [pág.19 ] João Ribeirinho [pág.5 ] Manuel Oliveira [pág.4] André Bazan [pág.23] Hugo Silva [pág.25 ] Nuno Silva [pág.21 ]
opinião
Liberalismo Clássico | 2ª Parte por Miguel Ribeiro [pág.12]
dossier convidado especial
António Barreiro [pág.9]
entrevista Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS
[pág.11]
dossier O sistema fiscal – 1ª Parte [pág.7]
EDITORIAL Comissão Política Concelhia Juventude Popular da Maia
Conselho Nacional do CDS no Porto
notícia
A edição de Setembro de 2012 d’O Jovem teria sido
ligeiramente diferente não fosse a rentrée mais atribulada
de que há memória no CDS. Com a desmarcação do partido
de um conjunto de iniciativas a decorrer no Porto, este jornal
perdeu a oportunidade de, como sempre, relatar o que se
passa no universo centrista. É com pena que não possamos
passar para este espaço os debates fantásticos que
teríamos, por exemplo, com o Prof. Dr. Adriano Moreira e D.
Manuel Clemente.
O entrevistado deste mês dispensa apresentações. Nuno
Magalhães é um dos deputados mais experientes do CDS e o
actual líder parlamentar do partido na Assembleia da
República
é quase toda ela centrada numa mulher: Vera Rodrigues.
Não é que sejamos a favor das quotas na política e muito
menos as praticamos neste jornal mas a verdade é que os
exemplos femininos na política são tão escassos que temos
de os aproveitar. Ainda mais se os forem do CDS. Ainda
mais se os forem do Porto. Ainda mais se os forem de
sucesso. E a Vera é um sucesso presente e uma aposta clara
e contínua de futuro. Nas páginas seguintes terás não só a
oportunidade de apreender todos os conceitos que a
deputada da JP passou na última iniciativa da Juventude
Popular da Maia sobre o primeiro ano de Governo mas
também de te deliciar com uma entrevista alargada sobre
pormenores da vida da deputada e a sua visão de Portugal.
A não perder.
E aqui vamos nós. O tempo passa verdadeiramente a correr.
Nesta edição damos-te a conhecer tudo sobre a tomada de
posse da ainda oficialmente, e para sempre oficiosamente,
melhor concelhia da Juventude Popular.
A Jota da Maia está mais madura e atenta. Cansada, talvez.
Mas com muito sangue novo também. É o trabalho e a
dedicação que esgota capacidades, horas e ideias. Há um claro
comprometimento nesta casa com nunca desistir. E já se
passou tanto para que isso pudesse acontecer. Tanto que agora
já parece uma volta no parque. Sabemos o que fazemos,
sempre soubemos. Sabemos como sempre seremos. Assim,
como hoje, e nem mais nem menos.
A ausência de liderança nas estruturas pode conA contar desta
República. Num entrevista que foca o contexto actual de
crise também ainda tivemos tempos para saber alguns dos
gostos pessoais deste homem de Setúbal.
Esta é também uma das edições mais concorridas no que diz
respeito ao espaço de opinião. Poderás contar com sete
artigos variados desde empreendedorismo, cultura, saúde e
actualidade política nacional. Destaque óbvio para o
convidado especial António Barreiro que personifica o
melhor que o futuro da JP tem para dar.
O Jovem deseja-te um bom ano político repleto de energia,
sentido crítico e responsabilidade. Por Portugal.
O tema do “Liberalismo Cl|ssico” continua presente agora
com a segunda, e penúltima, parte do texto produzido pelo
Miguel Ribeiro. Sabe mais sobre a influência da Escola de
Chicago e Milton Friedman.
Há poucos dias a Juventude Popular da Maia emitiu a sua
opinião sobre a demolição de uma obra – quase, vá –
referência do município da Maia: as piscinas olímpicas. Um
dos sonhos do Presidente Vieira de Carvalho cai finalmente
por terra sendo que a JP Maia tinha vindo a alertar desde
2010 para esta indefinição. Prova disso são as várias
campanhas realizadas e as posições assumidas sempre no
momento certo.
Este mês os textos de opinião ficam a cargo do João
Ribeirinho Soares, do Ângelo Miguel, do Manuel Oliveira e
do convidado especial Hugo Nunes.
Não percas a primeira parte do Dossier sobre Liberalismo
Clássico, pelo Secretário-Geral da Juventude Popular da Maia,
Luís Miguel Ribeiro e acompanha mais dois textos de enorme
qualidade do André Bazan e do Ângelo Miguel. Este mês temos
também mais um amigo a ocupar um espaço reservado apenas
a essas pessoas especiais: Daniel Albino, militante da
Juventude Popular de Lisboa e ex-Secretário Geral adjunto, é o
convidado.
Motivos mais do que suficientes para acompanhares O Jovem
naquela que será uma edição que antecede a cobertura especial
da próxima iniciativa da concelhia maiata: Tertúlia “Um Ano de
Governo” com a deputada Vera Rodrigues. Entretanto, e com
Uma rentrée atribulada
A contestação social e política à medida da Taxa Social
Única obrigou o CDS a cancelar a sua rentrée política
marcada para o Porto. Em alternativa, Paulo Portas solicitou
um Conselho Nacional extraordinário com carácter de
emergência. Num evento que teve lugar no Hotel Porto
Palácio, foram muitos os Conselheiros que esperavam
ansiosamente pelas palavras esclarecedoras do líder sobre o
estado da coligação governamental com o PSD e o
envolvimento do CDS nas últimas medidas de austeridade.
Num Conselho Nacional de mais de dez horas, os discursos
giraram à volta da postura do CDS face à forte carga fiscal
que os portugueses estão sujeitos e também à imagem que
o partido tem neste momento na opinião pública. O
deputado pelo Porto, e ex-Presidente da Juventude Popular,
João Almeida teve um dos discursos mais preponderantes e
assertivos do dia esclarecendo, entre outras, a sua pequena
divergência com o Ministro das Finanças Vítor Gaspar.
Álvaro Castello-Branco é o novo Presidente da Comissão
Por Terras de Lidador
por Manuel Oliveira
Presidente da Juventude Popular da Maia
Tenham calma, senhores!
facebook.com/juventudepopularmaia
Portugal vive tempos extraordinariamente difíceis e
complexos. Não falo apenas do clima económico e social
mas também do sentido de oportunidade de cada um de
nós. Principalmente das vozes mais sonantes deste reino.
Ando com a sensação esquisita que há pessoas a falar
muito e a pensar pouco ou mesmo nada. Duvido
seriamente que alguém se levante de manhã e comece a
disparar em todas as direcções sem o mínimo de juízo e
condicionantes mas parece que é isso que tem
acontecido a Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas,
António Borges e Luís Filipe Menezes. Um quarteto de
luxo.
O Primeiro-Ministro português está claramente na maior
embrulhada da sua vida. O rosto de Pedro Passos Coelho,
que de dia para dia parece que envelhece dez anos, não
deixa margem para dúvidas sobre o mais aproximado
que qualquer um de nós teria se num Jardim Zoológico a
jaula do tigre se abrisse mesmo à nossa frente. É uma
cara de pânico, de um grito silencioso por ajuda. Pedro
Passos Coelho nunca imaginou que esta aventura
corresse tão mal a si e ao PSD. Muitos consideram que
um dos grandes problemas do Governo está na falta de
uma estratégia clara de comunicação aos portugueses.
Mais uma vez duvido. Altos quadros políticos e rotinados
com a máquina partidária sabem que a comunicação é o
principal factor de sucesso de qualquer intervenção e por
isso mesmo não me convenço que políticos profissionais
de um dia para o outro esqueçam que num Governo esta
ferramenta é ainda mais inquestionável. Sendo assim
resta-me concordar que estamos mesmo a navegar à
vista perante indicadores que afinal não são assim tão
bons como se esperava.
Miguel Relvas é o nosso aspirante a Berlusconi.
Obviamente que sem todos os escândalos sexuais, o
Primeiro-Ministro do Governo sombra continua a sua
caminhada parecendo intocável. Há quem jure que
Relvas
Caros leitores, este mês foi pródigo no que à política diz
respeito. Como é do conhecimento geral o País está a
passar um dos piores momentos da sua História,
Relvas passa mais tempo a tratar dos seus assuntos
pessoais do que dos assuntos de Portugal. Tendo a
concordar. Quando não está em Angola ou no Brasil,
Miguel Relvas lembra-se de falar da RTP ou da Reforma
Administrativa acrescentando sempre mais uns planos
distorcidos dos anteriores. Parece que nada é sério,
parece que tudo vai ficar na mesma. Parece que Relvas
tem equivalência a Ministro.
Mas há uma personagem da qual tenho real pena. António
Borges não pode emitir uma vogal que tem logo um
exército de consoantes em cima. Das duas uma: ou está
com um tamanho bruxedo ou não há ninguém que
simplesmente gosto do homem. Não acredito em ambas
as hipóteses: Miguel Relvas gosta de António Borges, por
exemplo, e percebe-se porquê desde o episódio (mais um)
da concessão da RTP. Borges é o moço de recados
embora os dê mal. E nos últimos dias deu mais um:
chamou de ignorantes aos empresários que criticaram a
TSU. A ignorância de Borges e de quem o contratou não
têm limites.
O derradeiro player que tem agitado as massas é Luís
Filipe Menezes, sem dúvida o mais divertido de todos. No
meio do caos e da revolta social anunciou que pretende
colocar o município do Porto na rota do de Gaia, na rota
da despesa. Sinceramente, tenho-me divertido imenso
com todo o processo da candidatura de Menezes ao
Porto. Todos sabemos que ele nem precisa de sair de casa
para ganhar, todos sabemos que Menezes tem o Porto
ganho há muitos anos. Depois daquela trágica saída da
liderança do PSD, Menezes jurou vingança e vai consegui-
la. Só ainda não sabemos é com quem nem com que
custos. Se daqui a cinco anos me disserem que Menezes
conseguiu mais uma dúzia de pontes e túneis, cruzeiros
interatlânticos a atracar na Afurada e Space Shuttles a
aterrar em Pedras Rubras, eu acredito. Afinal, estamos a
falar de Luís Filipe Menezes.
Caros leitores, este mês foi pródigo no que à política diz
respeito. Como é do conhecimento geral o País está a
passar um dos piores momentos da sua História,
4 | setembro 2012 o jovem
Este é o Norte!
por João Ribeirinho Soares Presidente da Distrital do Porto da JP
Não é tempo de eleições, é tempo de trabalho.
Caros leitores, este mês foi pródigo no que à política diz
respeito. Como é do conhecimento geral o País está a passar
um dos piores momentos da sua História, perdemos a nossa
soberania financeira, o desemprego atinge valores nunca
vistos, a economia está em recessão profunda, as falências
aumentam de dia para dia, a classe média desaparece a um
ritmo cada vez mais acelerado e as perspectivas de criação de
riqueza são muito pouco animadoras. Mesmo assim, e com a
sempre difícil gestão do trade-off pagar o que
devemos/cumprir o acordo com a Troika/relançar a
economia/não acentuar as dificuldades dos Portugueses, o
Governo conseguiu { saída da “silly season” tirar da cartola
aquele que até ver foi o mais estapafúrdio aumento de
impostos da História. Passos Coelho e Vítor Gaspar
conseguiram o mais difícil: rasgar um acordo social, criar uma
crise política, não explicar o porque deste aumento e colocar
1 milhão de Portugueses das mais variadas cores políticas na
rua. Até na gestão dos timings o Governo errou
profundamente. Como é do conhecimento de todos, o
Tribunal de Abril chumbou o corte na despesa com os
subsídios dos funcionários públicos, no entanto o Governo
deixou os Portugueses irem para banhos (pelo menos os que
podiam) incorrendo num desastroso erro de não se falar
sobre este problema durante 2 meses. Contínua ainda assim
sem explicação o esforço adicional de aproximadamente 2
mil milhões de euros que os Portugueses vão ter de fazer.
Numa tentativa desesperada de resolver esta trapalhada veio
a público a intenção de escalonar este aumento de
contribuições para a Segurança Social. Como o que nasce
torto, tarde ou nunca se endireita estas idiotas alterações não
mais vieram do que desmascarar e tirar as dúvidas (a quem
ainda as tiver) de que estamos realmente a falar de aumentar
impostos e não taxas. Durante 2011 muito se falou de
liberdade na construção das reformas. Eu pergunto agora:
onde está essa mesma liberdade? Se ainda resta um pingo de
dignidade ao Estado, só há uma solução possível: recuar,
cortar a despesa e enfrentar a não popularidade dos cortes na
mesma. A bem de Portugal.
Focando-me um pouco mais na nossa região mas sempre
com um olhar no País, não poderia deixar de vos falar na
aprovação em Conselho de Ministros da privatização em
bloco da ANA – Aeroportos de Portugal. A avançar desta
facebook.com/jpdistritalporto
opinião
Focando-me um pouco mais na nossa região mas sempre com
um olhar no País, não poderia deixar de vos falar na aprovação
em Conselho de Ministros da privatização em bloco da ANA –
Aeroportos de Portugal. A avançar desta forma prepara-se
uma das maiores facadas na História da região. O centralismo
em parelha com o poder económico sediado na orla costeira
do Distrito de Lisboa quer retirar do Porto mais um
instrumento fulcral para o seu desenvolvimento, criar mais um
monopólio privado em Portugal, destruir o esforço
empreendedor de milhares de empresários portugueses e
privar o Norte e Centro do País do seu maior centro de
negócios que faz de porta de entrada e saída de pessoas, bens
e serviços. Não discutindo se se deve privatizar ou não a ANA,
não podemos aceitar que nos retirem este centro de decisão. A
luta pela autonomia de gestão das nossas infra-estruturas
deve ser uma prioridade. Tal como fizemos com a questão do
Porto de Leixões já estamos a trabalhar neste assunto e
esperamos enviar ainda durante este mês uma carta aberta ao
Presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) pedindo
explicações sobre este tema. O Dr. Manuel Sebastião não
pode fazer de Rainha de Inglaterra (recordando o Sr. PGR)
esperando ansiosamente que ninguém o incomode. Estamos
prestes a assistir à entrega à esfera privada de um monopólio,
incorrendo numa violação da Constituição (do pouco que a
mesma tem de bom) e destruindo metade do País. Esperamos
também o recuar do Governo neste tema e a amostragem de
um cartão amarelo pelo Sr. Presidente da AdC explicando à
classe política que a concorrência é necessária, benéfica e
fundamental para o crescimento económico e para a inovação.
Não podemos ter medo da concorrência. Queremos que nos
deixem crescer. Queremos liberdade.
Quando julgávamos que tínhamos batido no fundo, Luís Filipe
Menezes anuncia a sua candidatura à Câmara Municipal do
Porto, quebra uma tradição iniciada com a candidatura do
General Carlos de Azeredo, promete fazer do Porto “a
Barcelona do Oeste Peninsular” e faz-nos recuar ao pico da
“silly season”. Não é tempo de eleições, é tempo de trabalho.
Como sabem, na passada semana milhares de militantes do CDS e da
JP elegeram a nova Comissão Política Distrital do Porto do CDS. A
Distrital que vai ter pela frente o grande desafio que são as eleições
autárquicas de 2013 mas também a constante luta pela defesa dos
o General Jaime Neves é o rosto da Liberdade?
No dia 25 de Novembro de 1975, no final do período
revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, Portugal esteve
à beira de uma guerra civil. Depois de um período de
disputa pelo poder político-militar, que abrange todo o
Verão de 1975, as forças democráticas (PS, PSD e CDS, na
ala partidária, os moderados do Movimento das Forças
Armadas, o MFA, liderados pelos Grupo dos Nove, e a
Igreja Católica), que lutavam por uma democracia do tipo
europeu, e as forças pró-comunistas (PCP, extrema-
esquerda e a Esquerda Militar), que procuravam impor ao
País um regime autoritário próximo do dos países
comunistas, enfrentaram-se em Lisboa.
Venceram os moderados e o caminho para a democracia
foi reaberto. Um dos grandes rostos dessa vitória foi, na
altura, o Coronel Jaime Neves. Ele é hoje o rosto da
Liberdade.
Amaral, fundador do Centro Democrático Social uns meses
depois da revolução de 25 de Abril de 1975.
Por muitos, das mais variadas áreas ideológicas, é
considerado um dos políticos mais brilhantes e capazes de
sempre da história contemporânea portuguesa. Foi
Ministro da Defesa Nacional num Governo de Francisco Sá
Carneiro sustentado pela coligação do Partido Social
Democrata, pelo Centro Democrático Social e pelo Partido
Popular Monárquico. Juntos constituíram a Aliança
Democrática que só viria a ser afectada em 1980 pelo
desastre aéreo de Camarate que assassinou Amaro da
Costa e Sá Carneiro. Assim nascia o mito.
Um dia disse que “a Juventude não é instalada!” Hoje é o
lema da Juventude Popular da qual é o seu patrono e a
Sabias que...
General Jaime Neves
6 | setembro 2012 o jovem
6 | junho 2012 o jovem
Junho de 2012
O Sistema Fiscal
por Luís Miguel Ribeiro
<< Constituição da República Portuguesa (CRP), no seu
artigo 103.º e de forma a atingir a uma repartição justa
dos rendimentos e da riqueza.
No entanto é importante salientar que um sistema fiscal
deve possuir determinadas características de forma a
que este seja mais eficaz e com maior aceitação por
parte dos contribuintes. Assim um sistema fiscal deve
possuir como características desejáveis:
- Não distorção das preferências: o sistema fiscal não
deve interferir na aplicação de recursos, não devendo
alterar as escolhas dos indivíduos (escolhas entre bens e
serviços, entre consumo presente e consumo futuro ou
escolha entre lazer e trabalho);
- Simplicidade administrativa: a minimização dos custos
deve ser uma das preocupações na concepção de
qualquer sistema fiscal, tanto dos associados ao
funcionamento do sistema fiscal como dos custos
indirectos;
- Flexibilidade: o sistema fiscal deve-se moldar à
conjuntura económica. Os impostos e as respectivas
taxas devem ser manipuláveis de acordo com os
objectivos de política económica e adaptarem-se à
evolução da conjuntura
- Responsabilidade Política: o sistema fiscal para além
de reflectir as preferências individuais manifestadas
através de eleições deve também ser transparente, isto
é, deve ser concebido de forma a que todos os
indivíduos saibam o montante de imposto a pagar.
- Justiça e Equidade: O sistema fiscal deve ser justo e
equitativo de forma a que cada indivíduo pague a
proporção justa das despesas públicas.
Se um sistema fiscal deve possuir as características acabadas de referir, deverá, também, observar
7 | setembro 2012 o jovem
>> primeira parte
Todos nós temos noção generalizada de que um
imposto é uma quantia que é devia ao estado, no
entanto nos dias que correm com a necessidade do
estado em aumentar as receitas ao invés de diminuir na
despesa, assistimos a constantes aumentos de
tributação a que estamos todos sujeitos e convém
como cidadãos informados termos uma real noção dos
seus conceitos, das suas características, destinatários,
como surgiram, entre outras informações com especial
relevância.
Conceitos Gerais
Um sistema fiscal traduz-se num conjunto de
obrigações tributárias levadas a cabo para satisfação
das necessidades financeiras do estado e outras
entidades públicas tal como é consagrado na
Constituição da República Portuguesa (CRP), no
seu artigo 103.º e de forma a atingir a uma
repartição justa dos rendimentos e da riqueza.
No entanto é importante salientar que um sistema fiscal deve possuir determinadas
Secretário-Geral da Juventude Popular da Maia
equitativo de forma a que cada indivíduo pague a
proporção justa das despesas públicas.
Se um sistema fiscal deve possuir as características
acabadas de referir, deverá, também, observar os
princípios da neutralidade – quer dizer que o sistema
tributário não deve influenciar a evolução natural da
economia, ou seja, não deve influir na competitividade
e nas decisões das empresas nem no comportamento
do consumidor; da equidade; da não discriminação; da
territorialidade; da residência; da transparência; da
reciprocidade; da simplicidade; da nacionalidade e da
eficiência.
Assim, a figura do Imposto surge no sistema fiscal é
sem dúvida a sua principal base de sustentação
inserindo-se na categoria das receitas tributárias. Estas
são prestações devidas pelo contribuinte ao Estado ou a
qualquer outra entidade de direito público, não tendo
qualquer carácter punitivo ou contratual e que têm
como fundamento a existência de um dever geral dos
cidadãos em participar na cobertura das necessidades
públicas.
Receitas Tributárias
Como já foi referido apesar de os impostos serem a
principal fonte de receita para o estado, existem mais
fontes de receita e em Portugal a Lei Geral Tributária
(LGT) no seu artigo 4º distingue como receitas
tributárias o imposto, a contribuição especial e a taxa o
que nos leva a uma breve descrição dos mesmos:
- Impostos: são a essência de qualquer sistema fiscal e
representam uma das principais fontes de
financiamento da estrutura dos Estados. Um imposto
pode-se assim definir da seguinte forma: É uma
prestação coactiva definida por lei, de caracter
pecuniário, definitiva e unilateral, revertendo a favor do
Estado, com vista à realização de fins públicos.
- Contribuição Especial: a LGT estipula que as
contribuições especiais “assentam na obtenção pelo
sujeito passivo de benefícios ou aumentos de
valor dos seus bens em resultado de obras
- Contribuição Especial: a LGT estipula que as
contribuições especiais “assentam na obtenção pelo
sujeito passivo de benefícios ou aumentos de valor dos
seus bens em resultado de obras públicas ou da criação
ou ampliação de serviços públicos ou no especial
desgaste de bens públicos ocasionados pelo exercício
de uma actividade são considerados impostos.”. As
contribuições especiais são impostos e o facto de
assentarem numa regra de equivalência não as retira
desse âmbito. Ao mesmo tempo, não podem ser
classificadas como taxas uma vez que o benefício que o
sujeito consegue é apenas indirecto, não sendo
considerado um serviço público. Outro aspecto que nos
permite classificar as contribuições especiais como
imposto, reside no facto de independentemente do
sujeito ter ou não realizado a mais-valia, ou de não ter
ocorrido um aumento do valor do seu bem, é obrigado a
pagar a contribuição especial.
Taxa: a taxa, à semelhança do imposto, é uma das
principais receitas do Estado, assumindo um papel de
extrema importância no financiamento do sector
público. As taxas não são mais do que prestações
estabelecidas pela lei a favor de uma pessoa colectiva
de direito público 5 como retribuição de serviços
individualmente prestados pela utilização de bens do
domínio público ou pela remoção de um limite jurídico à
actividade dos particulares. O elemento que melhor
caracteriza uma taxa é a sua bilateralidade, ou seja, o
sujeito passivo ao pagar uma taxa, obtém em troca uma
contraprestação por parte do sujeito activo.
Economicamente, a equivalência exacta entre o
quantitativo da taxa e o custo da contraprestação
recebida é difícil de acontecer uma vez que não existe
um mercado que exprima exactamente o seu valor. No
entanto, o que importa é a chamada equivalência
jurídica (prestação e contraprestação).
de um bem público é a já referida defesa militar ou o
meio ambiente pois todos os indivíduos quer queiram
ou não estão a consumir este bem todos ao mesmo
tempo. Os estados devem ainda intervir quando na
economia existem efeitos negativos provocados pelos
agentes económicos que não são decorrentes de uma
dossier
ortugal nasceu da revolta de um indivíduo contra o poder despótico de
um Estado. É, por isso, natural que o povo português manifeste, ainda
hoje, uma certa desconfiança perante o poder político, sentimento que, de
resto, os Portugueses exibem frequentemente, seja através do incendiário
correio electrónico com que entopem as caixas de correio alheias, seja
através de inflamados chorrilhos de imprecações lançados em esplanadas
de café.
Esta revolta e este desdém perpétuos não estariam errados se impelissem
os Portugueses a agir, a envolverem-se, a mudar o panorama e a alterar o
paradigma. Contudo, infelizmente, não é assim. O nosso civismo é o das
imprecações da esplanada, a nossa participação política esgota-se na
contestação passiva e na lamúria permanente. Numa entrevista concedida
em 1999 ao Jornal de Letras, José Saramago descreveu, num raro laivo de
lucidez, esta realidade dizendo que “somos um povo de fogos de palha,
ardemos muito, mas queimamos depressa.”
Gostamos de nos queixar do Estado e de insultar o poder político porque
isso nos permite ignorar as nossas responsabilidades. Queixamo-nos de
um divórcio entre as instituições políticas e a sociedade civil, mas
esquecemo-nos que, enquanto 21,5% dos noruegueses já contactaram um
governante, apenas 6,7% dos portugueses o fizeram, ou que 47,2% dos
suecos já assinaram uma petição, enquanto que, em Portugal, este
número não ultrapassa os 4,9%. Somos lestos a pontar como exemplo os
líderes dos outros países face aos nossos, mas esquecemo-nos que os
líderes acompanham o desenvolvimento das sociedades e que, enquanto
31,1% dos Alemães já boicotaram um produto, apenas 3,2% dos
portugueses alguma vez o fizeram ou que 16% dos Americanos participam
nas eleições internas dos dois maiores partidos, mas apenas 0,8% dos
Portugueses o fazem.
Habituámo-nos a viver à sombra do Estado, a alienarmo-nos da vida
pública, a refugiarmo-nos no bipartidarismo ou no abstencionismo em
massa e a preferir o cinismo ao civismo. Acostumámo-nos a não ler os
programas dos partidos, não ver os debates ou os tempos de antena, e
recusar os panfletos. Fomos indolentes e gostamos de desculpar a nossa
inércia com o mito de que os políticos “são todos iguais”. E, depois,
procuramos como que uma absolvição colectiva no activismo de
esplanada, no civismo de sofá e numa atitude de permanente revolta
contra um Estado cujos males ajudamos a perpetuar, quer seja com o
sentido do nosso voto, quer seja com a ausência dele.
Clamamos por cortes na despesa, mas, secretamente, não queremos
Civismo de Esplanada
Militante da Juventude Popular de
Alcobaça
António Barreiro
facebook.com/antoniopbarreiro
9 | setembro 2012 o jovem
P
<<
procuramos como que uma absolvição colectiva no activismo de esplanada, no civismo de sofá e numa
atitude de permanente revolta contra um Estado cujos males ajudamos a perpetuar, quer seja com o sentido
do nosso voto, quer seja com a ausência dele.
Clamamos por cortes na despesa, mas, secretamente, não queremos ver o Estado reformado, porque nos
habituámos a crescer à sombra dele e a usufruir dos privilégios que este nos proporciona sem
compreendermos que as regalias a que nos acostumámos são pagas com os nossos impostos ou com os
impostos dos nossos descendentes. Preferimos relegar o problema para a geração seguinte e hipotecar o seu
futuro com a mesma veleidade com que permitimos que sejam outros a decidir o seu presente.
Como disse Saramago em 2008, em mais um inesperado momento de clarividência, “a nossa imagem mais
constante é a de alguém que está parado no passeio à espera de que o ajudem a atravessar para o outro lado."
Os Portugueses parecem condenados a esperar perpetuamente por um salvador e, enquanto esta perspectiva
sebastianista não se concretiza, a habitar permanentemente num limbo entre a indignação e a inércia.
Esquecemo-nos que a epopeia da nossa História não foi escrita por habitantes deste limbo tão peculiar, mas
por gente que assumiu o seu papel em vez de o relegar para outrem, que os grandes feitos do nosso passado
não são fruto do “quem espera sempre alcança”, mas sim do “enquanto não alcances, não descanses”.
É fulcral que percebamos que não se pode exigir que o Estado trabalhe para os cidadãos se não houver
cidadãos. É a nós que cabe o papel de conhecer a realidade e agir, somos nós que temos a oportunidade de
mudar de paradigma, a possibilidade de decidir sobre o nosso destino. E que, como disse Platão, “a
penalização por não participares na Política é acabares por ser governado pelos teus inferiores.”
convidado especial
11 | setembro 2012 o jovem
Nuno
O homem que comanda o CDS na Assembleia da
República conta-nos como têm sido vividos estes
tempos de turbilhão político e económico não
esquecendo pormenores pessoais que te ajudarão a
conhecer melhor esta personalidade centrista.
entrevista
Magalhães
Passou recentemente um ano desde a investidura do
Governo PSD/CDS. Como avalia o trabalho
desenvolvido até agora?
Tem sido difícil. O País está sob assistência financeira,
precisa de ser financiado para pagar despesas correntes
do Estado como salários á função pública e manter um
sistema nacional de saúde e, por isso, a nossa soberania
está limitada pelo facto de termos de pagar aos nossos
credores. Por isso, e porque com responsabilidade o PSD
e o CDS assinaram um memorando de entendimento
que o Governo do PS negociou em nome de Portugal, a
acção deste Governo e do Parlamento é muito limitada
ao que está escrito nesse memorando. Tem sido
necessário tomar medidas muito difíceis, com impacto
na vida dos portugueses, mas sempre com preocupação
de proteger os mais desfavorecidos naquilo que
chamamos de ética social na austeridade. Não podemos
prometer facilidades pois os tempos que aí vêm serão,
necessariamente, difíceis mas é preciso que se dê
sentido aos sacrifícios dos portugueses e que no final do
programa de assistência financeira, Portugal tenha
resolvido muitos dos seus problemas que são estruturais
e de há muitos anos.
Este Governo de coligação atribuiu ao CDS um papel
diferente também na Assembleia da República.
Enquanto líder parlamentar como é que se gere esta
situação?
Com bom senso! Tenho tido uma enorme ajuda por
parte de todos os Deputados, sobretudo daqueles que
fazem parte da direcção do GP como o João Almeida, o
Telmo Correia e o Hélder Amaral, mas de todos, sem
excepção. Nestas circunstâncias, muito difíceis, temos
que saber estar à altura do momento e das nossas
responsabilidades e creio que, no essencial, isso tem
acontecido. É justo também salientar que tenho tido
uma relação muito franca e leal com o líder parlamentar
do PSD.
3 – Falemos do presente. Como vê a prestação de
Portugal no cumprimento do memorando da Troika?
Portugal já teve 5 avaliações positivas por parte da
Troika, é hoje visto na União Europeia como um
exemplo de um País que cumpre, que tem palavra e
Falemos do presente. Como vê a prestação de
Portugal no cumprimento do memorando da Troika?
Portugal já teve cinco avaliações positivas por parte da
Troika, é hoje visto na União Europeia como um exemplo
de um País que cumpre, que tem palavra e foi essa
credibilidade que permitiu que pudéssemos rever as
metas do défice para este e para o próximo ano. O
mérito não é do Governo nem da Maioria, sobretudo,
mas sim dos Portugueses que nas dificuldades tem
demonstrado um sentido de Estado notável.
Acredita que há espaço para mais austeridade? Quais
considera serem as próximas medidas do Governo
para a receita e para a despesa?
Penso que é muito difícil que haja, mas temos que
perceber o real estado de emergência do País. Temos
que fazer um esforço redobrado no corte da despesa
orgânica do Estado – com PPP’s, Empresas Públicas,
Institutos, Fundações, consumos intermédios (onde já
cortámos mil milhões de euros) e, na receita, procurar
incidir o esforço em quem mais tem. Não vejo outra
forma, infelizmente.
5 – O futuro da RTP tem estado em destaque. Qual é a
sua perspectiva sobre o serviço público de televisão
em Portugal?
Acho que em primeiro lugar há que refletir e
reponderar o que é o “serviço público de televisão” e
depois perceber qual a melhor solução do ponto de
vista jurídico, constitucional, económico e do serviço
público. O programa de governo é claro quanto a
essa matéria e ainda não há decisão, logo devemos
aguardar tranquilamente.
6 – A taxa de desemprego jovem é hoje extremamente
alta. Acha que os jovens têm espaço para crescer
pessoal e profissionalmente em Portugal?
É verdade, é muito alta. Excessivamente alta e o seu
combate deve ser a prioridade das prioridades deste
Governo. Acho que os jovens de hoje têm desafios
como, porventura, há muitos anos uma geração não
tinha em Portugal. Mas isso não deve ser visto como
uma fatalidade mas sim como uma oportunidade
para inovar e encontrar novos caminhos e não como
<<
13 | setembro 2012 o jovem
O futuro da RTP tem estado em destaque. Qual é a
sua perspectiva sobre o serviço público de televisão
em Portugal?
Acho que em primeiro lugar há que refletir e reponderar
o que é o “serviço público de televisão” e depois
perceber qual a melhor solução do ponto de vista
jurídico, constitucional, económico e do serviço público.
O programa de governo é claro quanto a essa matéria e
ainda não há decisão, logo devemos aguardar
tranquilamente.
A taxa de desemprego jovem é hoje extremamente
alta. Acha que os jovens têm espaço para crescer
pessoal e profissionalmente em Portugal?
É verdade, é muito alta. Excessivamente alta e o seu
combate deve ser a prioridade das prioridades deste
Governo. Acho que os jovens de hoje têm desafios
como, porventura, há muitos anos uma geração não
tinha em Portugal. Mas isso não deve ser visto como
uma fatalidade mas sim como uma oportunidade para
inovar e encontrar novos caminhos e não como
desmotivação. Portugal tem jovens de grande qualidade
e com um enorme sentido de risco e que querem
melhorar a sua vida e acredito que é esta a geração que
vai acabar com as reformas estruturais que o País há
muito reclama pois é a geração da globalização, aberta
ao mundo, à inovação e ao risco.
A Juventude Popular tem hoje dois deputados na
Assembleia da República, a Vera Rodrigues e o
Michael Seufert. De que forma é que eles são uma
mais-valia para o CDS no parlamento?
São uma mais-valia desde logo porque são competentes,
dedicados e leais ao Partido e aos seus valores. De resto,
são conhecidos por isso na AR e reconhecidos mesmo
pelos adversários políticos e isso é uma mais-valia. Por
outro lado, trazem uma visão de uma geração que
está em suspenso, e bem, pelo e com o seu futuro e
isso é importante.
8 – Como político, qual foi o momento mais fantástico
<<
Por último, que mensagem gostaria de deixar aos
leitores d’O Jovem?
Que continuem: a crer nos nossos valores, a concordar, a
discordar, a propor, a inovar, a criar e com tanta
irreverência como convicção.
eventualmente outras funções ou experiências nas quais
nunca tinham pensado. Da parte do governo, creio que
não pode vender ilusões, mas sob o ponto de vista
legislativo deve obviamente contribuir para que
tenhamos de facto um mercado de trabalho mais
flexível, que facilite a entrada no mercado de trabalho de
quem nunca trabalhou. As leis que tínhamos, só
protegiam quem já estava no mercado de trabalho e
“blindavam” a entrada destas novas gerações. Também
por isso, os sindicatos foram mais resistentes ao novo
código laboral. Em suma, medidas como a que permite a
renovação extraordinária de contractos a termo,
beneficiam sobretudo quem tem menos experiência, e
portanto, menos provas dadas no mercado de trabalho.
Num cenário em que, ficar desempregado, significa ter
mais dificuldade em voltar a breve prazo a encontrar
emprego, esta é uma medida exemplar da parte deste
governo.
Centremo-nos na Juventude Popular. Como vês, como
Presidente do seu Conselho Nacional, o presente e
futuro da estrutura?
À medida que vou conhecendo melhor as outras
estruturas partidárias e os seus protagonistas, mais
certezas tenho de que a JP é a melhor juventude
são conhecidos por isso na AR e reconhecidos mesmo
pelos adversários políticos e isso é uma mais-valia. Por
outro lado, trazem uma visão de uma geração que está
em suspenso, e bem, pelo e com o seu futuro e isso é
importante.
Como político, qual foi o momento mais fantástico
que já experienciou?
A organização da segurança do Euro 2004.
Esta rentrée marca também um ano para as eleições
Autárquicas. Como vai ser a abordagem do CDS?
Como tem sido – lealdade e autonomia. Leal com os
compromissos que assumimos perante os eleitores e o
nosso parceiro de coligação e ainda que nas dificuldades.
Autónomo em relação às propostas e aos nossos valores.
É um equilíbrio difícil mas que devemos encarar com
responsabilidade e convicção.
Por último, que mensagem gostaria de deixar aos
leitores d’O Jovem?
15 | setembro 2012 o jovem
>>
Magalhães Nuno
numa palavra um político: Paulo Portas
um país: Portugal
uma cidade: Setúbal
uma viagem: São Petersburgo
um filme: Pulp Fiction
uma música: Bad dos U2
um livro: Bio de Sir Winston Churchill
uma qualidade: Prefiro que os outros digam
um defeito: Perfeccionista em excesso
uma bebida: Água
Redução dos
Impostos Municipais Numa altura em que se avizinha a reunião da Assembleia Municipal da Maia para a fixação dos impostos municipais
para o ano de 2013, a Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia vem por este meio propor:
1 – Fixação da taxa mínima de 0% (actualmente é de 1%) de Derrama a pequenas empresas e empresários em nome
individual que tenham sede no município e cujo volume de negócios no corrente ano não exceda os € 150.000.
Quanto às empresas e empresários em nome individual que tenham sede no município e cujo volume de negócios no
corrente ano exceda os € 150.000 dever| ser aplicada uma taxa máxima de 1% (actualmente é de 1,5%);
2 – Fixação da taxa mínima de 0% de Derrama durante os dois primeiros anos a todas as empresas e empresários em
nome individual que independentemente do seu volume de negócios decidam estabelecer-se no concelho da Maia;
3 – Fixação da taxa de IMI de 0,4% (actualmente é de 0,7%) para os prédios urbanos;
Com estas propostas a Juventude Popular da Maia pretende não só que os agentes económicos e residentes do
concelho sintam um alívio fiscal naqueles que são os impostos directamente arrecadados pela sua autarquia mas
também incentivar a fixação de empresas e famílias num momento em que são necessárias medidas positivas e de
confiança. Medidas essas que são existentes, há alguns anos, em vários concelhos do nosso país. Acreditamos por
isso que esta é a altura ideal para a Maia seguir os bons exemplos.
A Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia
comunicado 17 | Setembro 2012 o jovem
conhece o site da
Juventude Popular da Maia
www.jpmaia.com
ão estive mais que doze horas em Guimarães este
verão, mas muito menos que isso bastou para me
aperceber da importância e da influência que este
concelho tem na actualidade para Portugal, e de
Portugal para o mundo. Bem sei que não é a primeira vez
que uma cidade portuguesa se designa como capital
europeia da cultura, mas também sei que nenhuma
outra esteve sequer aos pés daquilo que é Guimarães
enquanto capital europeia da cultura, nem na minha
predilecta, cidade do Porto, que tanto tinha e tem para
dar souberam fazer o que se faz em Guimarães. E quanto
ao que se faz, não me refiro a edifícios exuberantes cuja
inauguração é feita com quatro anos de atraso, mas sim
ao património já existente e ao uso que este pode e deve
ter. Em Guimarães, tudo e todos são património, todos
os edifícios, todas as ruas, todas as pessoas. Não é
preciso haver “europeus” para as gentes minhotas
hastearem as bandeiras de Portugal e de Guimarães na
janela, pois eles fazem muito mais que isso, são a
montra de Portugal em cada esquina ou praça produtos
nacionais são comercializados para proveito das
centenas de turistas que a cada dia visitam a cidade. Mas
o produto mais vendido, é mesmo, e sem margem para
dúvida, Portugal, que ali tem uma oportunidade de
reconstruir um futuro sempre com os pés bem assentes
no passado. Naquele dia, com o decorrer do tempo fui-
me apercebendo que não é por este ano Guimarães ter a
nomeação que tem que os Vimaranenses agem daquela
forma tão patrioticamente genuína, é assim todos os
dias, todos os anos, de facto é realmente aquilo que
todos os portugueses deviam fazer, aproveitar o que já
existe para construir um futuro.
Portugal tem tudo para vingar na Europa, no mundo, a
longo prazo é certo, fazer o que já soube fazer,
aproveitar a posição geográfica, aproveitar os recursos
naturais, publicitar esses factores chave para que os
outros vejam em nós algo que há muito não veem, um
país conquistador, um país que se conquiste a si
Aqui (re)nasceu Portugal
aproveitar a posição geográfica, aproveitar os recursos
naturais, publicitar esses factores chave para que os
outros vejam em nós algo que há muito não vêem, um
país conquistador, um país que se conquiste a si próprio
e ao mundo na sua própria casa. Se os outros têm
interesse no nosso país, em investir no nosso país das
mais variadas formas porquê que nós portugueses não o
havemos de fazer? A desculpa do costume é que os
outros têm mais dinheiro que nós, a esses relembro que
em tempos quiseram invadir Portugal e o nosso povo
defendeu-se com utensílios domésticos e agrícolas e
inteligentemente utilizando estes recursos que Portugal
lhes oferecia conseguiram afastar a ameaça e fortificar a
nação. Infelizmente não são as histórias da nossa
história que fazem com que os portugueses sejam mais
empreendedores, mas que pelo menos sirvam para
calar as lamúrias que já não se podem mais ouvir, se
cada um fizer algo por si próprio e não espere que o
Estado o faça não tenho dúvidas que rapidamente
aquilo a que muitos chamam de crise, eu acrescento
crise de valores, termine.
O meu desejo é que Guimarães 2012 não passe de um
título nem de uma data, espero sinceramente que seja
um novo começo para Portugal, que o resto do país
aprenda com o que foi e está a ser feito pelas gentes
minhotas que levam longe o nome de Portugal sem
necessidade de sair, fruto de uma atitude futurista que a
mim me surpreendeu, tendo como um dos pilares a
ideia de que precisamos do resto do mundo, mas acima
de tudo precisamos de nós próprios, os Portugueses!
Visitem Guimarães e levem um bocadinho, como eu
levei, para casa tornando imortal este espirito de ser
português, este orgulho e esta vontade de fazer mais
pelo nosso país.
Assim entendo que cada munícipe devia filiar-se a pelo
menos uma associação local do município a que
pertence independentemente de daí ser natural e desta
forma contribuir para o desenvolvimento da região a
Ângelo Miguel
N
Vogal da Juventude Popular da Maia [email protected]
19 | setembro 2012 o jovem opinião
<<
história política portuguesa, na sua versão
contemporânea, raramente viu governos que fossem
compostos por mais de um partido. Obviamente pondo de
parte o período do Estado Novo, mesmo na primeira republica
e na monarquia constitucional, eram normalmente somente
um partido, ou por indicação do rei, ou do Presidente da
Republica que estava no governo mesmo não tendo maioria
na Câmara representativa (cujo nome foi-se alterando). Se há
ataque possível à I República é exactamente esse: governos a
cair sucessivamente por falta de apoio parlamentar ou por
crises políticas em torno de políticas ou mesmo intrigas.
A instituição coligação governamental nunca foi, portanto,
um forte da política portuguesa. Nos últimos 38 anos, é a
quinta vez que uma coligação esta no poder, e ainda estamos
para ver se será a primeira a chegar ao fim. Na democracia, foi
entre PS e CDS a primeira tentativa em 1977 e correu mal; a
AD do PSD, CDS e PPM tinha tudo para ser uma grande frente
política, mas com Camarate e os problemas dos governos de
Balsemão (que não era um Sá Carneiro) ditaram o fim da
mesma; o bloco central de Soares e Mota Pinto em 1985 para
fazer frente à crise económica e implementar as medidas do
FMI acabou por cair pela ruptura do PSD, cansado do bloco e
de um líder, Cavaco Silva a emergir com novas ideias; em
2002, a nova AD forma-se com Durão Barroso e Paulo Portas,
mas novamente é abalada com a saída do Primeiro-ministro
para Bruxelas, seguida da queda do governo de Santana pela
mão do Presidente da República.
Ou seja, historicamente, esta sexta tentativa tem boas
probabilidades de não conseguir cumprir o mandato que tem
para cumprir. Mas se olharmos para o que são as coligações
no resto da Europa, pode-se muito facilmente perceber que as
coligações em Portugal são abaladas por situações que são de
comum acaso noutros países, e há vários exemplos na Europa
disso mesmo. A Bélgica chegou a bater o recorde do Iraque
em tempo que ficou sem governo, por falta de uma
plataforma de entendimento, que só ao final de mais de um
ano foi atingida e com a presença não de dois mas de seis
partidos políticos; na Finlândia a coligação governante reúne
três partidos; Merkel na Alemanha nunca conseguiu uma
Coligações
Nuno Silva Vice-Presidente da Juventude Popular da Maia facebook.com/nuno.silva.73157
partidos políticos; na Finlândia a coligação governante
reúne três partidos; Merkel na Alemanha nunca conseguiu
uma maioria e em ambos os governos que liderou, fê-lo em
coligações. Mas talvez o mais caricato será o governo do
Reino Unido. Se há país onde a tradição dita, até pela
própria matemática eleitoral que vencem partidos com
maioria no Parlamento é o Reino Unido. Em 2010 os
eleitores britânicos não deram a maioria a nenhum partido,
e conseguiram o facto de o terceiro partido mais votado
conseguisse dar a maioria tanto ao partido vencedor, os
Conservadores, como ao segundo partido, os Trabalhistas.
Embora com mais parecenças com os Trabalhistas, Nick
Clegg líder do terceiro partido, os Lib Dem, chegou a
acordo com o líder conservador David Cameron e fez-se
uma coligação com um mandato de 5 anos que já não
acontecia desde o governo de salvação de Churchill durante
a II Guerra Mundial. E é aqui que quero chegar. A crise
política vivida estas ultimas semanas em Portugal pelo
público distanciamento de um partido da coligação
portuguesa a uma medida do outro é algo que no Reino
Unido acontece com uma frequência enorme, sem que seja
“abaladas” as instituições democr|ticas como
aparentemente foi cá. Por cá, e para a oposição, o governo
até já “morreu”. São inúmeros os casos em que
Conservadores e Liberais progressistas não se entendem, e
é público esse desentendimento mas por via da negociação,
da cedência e por via do bom senso. E falamos lá, em
assuntos como casamento homossexual, a guerra na Líbia e
o envolvimento britânico, reforma eleitoral, reforma da
educação e planos para vigilância de comunicação pela
internet são alguns dos tópicos em que conservadores e
progressistas no mesmo governo discordaram, mas com
bom senso e cedências, o País esteve primeiro. E para
partidos que não querem responsabilidade de estarem
envolvidos no processo de governação, já temos que
chegue na nossa Esquerda.
políticas. Dos vários Governos, às várias oposições, o
patriotismo e a estima pelo bem comum foram enfiados na
gaveta ou simplesmente ignorados pelo simples facto das
suas ausências nos vários estados evolutivos das vidas
A
21 | setembro 2012 o jovem opinião
<<
ltimamente este tema tem sido alvo das atenções da
imprensa e obviamente da população em geral. A saúde
num sentido geral, é uma área de grande sensibilidade
social em que toda a população tem de ter acesso. Não é
novidade nenhuma que a economia da farmácia e do
acesso ao medicamento sempre foi uma área estratégica
durante um largo período de anos.
A abertura sem jeito de farmácias num curto espaço de
tempo, fruto dos créditos fornecidos pelos bancos
“grande maioria das vezes”, tornou-se numa variada
oferta de farmácias, num espaço tão pequeno,
especialmente nas grandes cidades. Este factor aliado ao
fornecimento dos medicamentos em grandes superfícies
”continentes e afins”, contribuiu activamente para a
evolução do problema existente.
Na sequência do resultado da descida das margens dos
preços de venda dos medicamentos sujeitos a receita
médica, em que muitas vezes se traduz numa margem
“esmagada e por vezes, negativa”, as farm|cias não
conseguem ganhar dinheiro suficiente para garantirem a
sua sustentabilidade financeira. Associado a isto, surge
também a dificuldade de as farmácias não conseguirem
obter os medicamentos para os seus utentes, junto dos
grossistas. Nestes dois pontos, julgo que seria pertinente
discutir entre a associação nacional das farmácias
“ANF”, ministério da saúde ”MNS” e os autores do
estudo encomendado pela associação “A economia da
farm|cia e o acesso ao medicamento”, de forma a
conseguirem encontrar um consenso político que
permita manter o funcionamento saudável das
farmácias, grossistas e laboratórios mesmo que isso se
traduza numa diminuição das margens de lucro.
Não podemos olhar somente para os benefícios que o
estado acarreta directamente com estas medidas, mas
temos também de ver os beneficiários que directa e
indirectamente usufruem das farmácias, grossistas e
laboratórios. Os laboratórios são também, um sector
estratégico de grande expansão económica, tendo em
temos também de ver os beneficiários que directa e
indirectamente usufruem das farmácias, grossistas e
laboratórios. Os laboratórios são também, um sector
estratégico de grande expansão económica, tendo em
conta o seu grau de inovação científico e empresarial. O
objectivo destas organizações visam essencialmente
garantir e melhorar, a qualidade de vida das pessoas.
Em suma, penso que o sistema por DCI deva ser
reformulado, não extinto, de forma a contornar esta
situação das farmácias, grossistas e laboratórios. Quanto
as reformas internas que as farmácias terão que tomar
para garantir a sua sustentabilidade daqui para a frente,
devo dizer que surge na sequência de um acontecimento
económico/financeiro e que acompanha obviamente,
todos os mercados. A isto chama-se gerir “Do more with
less!”. Há mais coisas para dizer, mas para já, fico-me por
aqui, aguardando pela próxima edição d’O Jovem.
campanha do Pingo Doce do passado dia 1 de Maio de
2012 “ Dia do trabalhador” assumiu-se como sendo umas
das campanhas mais polémicas do século XIX tendo em
conta o contexto e a abrangência que teve. Como tal, eu,
como cidadão normal e estudante de marketing e
comunicação, considero que esta acção teve um impacto
positivo sobre o ponto de vista comercial, social e da
imagem corporativa da marca pingo doce.
A entrevista dada pelo presidente do grupo “ Alexandre
Soares dos Santos” foi sem dúvida uma mais-valia para
que todos os cidadãos portugueses interiorizem a
política de trabalho de um homem que tanto teve de
trabalhar para chegar onde chegou e ter o que tem. A
Jerónimo Martins é hoje uma empresa sólida derivado a
um conjunto de medidas que foram tomadas ao longo
dos anos por uma família com um forte sentido de
responsabilidade empresarial, financeira e
responsabilidade social. Na entrevista dada por
Alexandre Soares dos Santos foi transmitido que tem um
fundo de três milhões de euros para ajudar os seus
funcionários e que se encontrava disposto, caso seja
André Bazan
Farmácias de Luto
Militante da Juventude Popular da Maia [email protected]
U
23 | setembro 2012 o jovem
<<
pós alguns meses de procura de emprego, e a situação do
país não melhorar decidi arregaçar as mangas. A criação do
próprio emprego seria uma solução possível para uma situação
complicada, o caminhar para um desempregado de longa
duração. Temos uma ideia para a criação do próprio emprego,
agora o que fazer? Investigar como transformar a ideia num
projecto? Procurar pessoas especializadas para ajudar a
elaborar?
Comecei por investigar na internet informação relacionada
com a criação do próprio emprego, na página do Instituto do
Emprego e Formação Profissional (IEFP). Não estava fácil
entender a informação disponível no site do IEFP, decidi dirigi-
me ao mesmo para esclarecer todas as dúvidas. Inscrevi-me
numa acção de esclarecimento sobre o tema. Nesta acção foi
apresentado o Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à
Criação do Próprio Emprego (PAECPE) que tem duas
vertentes, a criação do próprio emprego através da requisição
do fundo de desemprego, e a criação do próprio emprego
através de linhas de crédito. Apesar de mostrarem ambos os
planos, esta acção informativa é focalizada na requisição do
fundo de desemprego visto ser esta medida que o IEFP está
directamente envolvida. A outra é redireccionada para agentes
financeiros que fornecem a linha de crédito. Nesta fase inicia
os problemas de uma pessoa desempregada sem meios
financeiros, a não ser a prestação de desemprego. Após o
contacto com o IEFP e as entidades financeiras é aconselhado
o contacto com pessoas especializadas para a elaboração de
projectos pois estas entidades só tem objectivo avaliar os
projectos e posterior financiamento e avaliação do
cumprimento do mesmo e a elaboração destes projectos não é
fácil. A informação disponível no site das entidades inscritas
para a elaboração do projecto revela, como uma pessoa
individual a executar um serviço, tem que ser pago mesmo que
o projecto não seja aprovado. Claro que não estava a espera
que me elaborassem o projecto na totalidade, mas contava
que o apoio seria dado, e talvez existisse outra forma de
pagamento. Os valores pretendidos por estas entidades não
me parecem exagerados, principalmente porque estas, após
aprovação, dão apoio no decorrer da execução do projecto
sem custos adicionais. Contudo uma pessoa sem capital não
tem forma de as contratar. Tentei-me informar de forma mais
detalhada como realizar o projecto, procurando informação
detalhada como realizar o projecto, procurando informação
sobre elaborar plano de negócios, estudos de mercado, etc.
Existe muita informação disponível nomeadamente no site do
IEFP, como, nos sites do AEP, ANJE e IAPMEI. Consegue-se
compreender a informação, contudo existe inúmeras
dificuldades, nomeadamente conceitos técnicos e estrutura
documental tem que ser preenchidas correctamente para que
o projecto seja aprovado. Outra dificuldade detectada é a
imparcialidade, ou seja, não vou avaliar a ideia de uma forma
clara podendo ser demasiado optimista podendo deturpar os
resultados e a criação do plano de negócios.
A minha missão de criação ficou suspensa porque entretanto
fui contactado para trabalhar, mas continuo com a ideia de
criar o próprio emprego. Esta altura difícil que nos
encontramos está a ser um marco importante da minha vida,
estou a olhar para Portugal e para mim com outros olhos,
temos que contribuir e intervir mais. O PAECPE e o Impulso
Jovem são excelentes ideias que têm que ser melhor
utilizadas. Como tudo, não é perfeito. O Impulso Jovem só
está a ser implementado uma parte, referente a estágios,
tendo um impacto imediato a nível do emprego jovem, mas
em longa duração tem pouco impacto, seria necessário
implementar o restante programa que pode ter influencia a
longa duração, ou seja, a implementação das linhas de crédito
e apoio a criação do próprio emprego de jovens.
Relativamente ao PAECPE falta apoio aos promotores na
elaboração dos projectos podendo ser solucionado de duas
formas: as entidades de apoio, como por exemplo ANJE e
AEP, assinarem um contrato com os promotores dos
projectos comprometendo-se a pagar após o primeiro mês de
actividade; ou as Câmaras Municipais podem realizar
parcerias com estas entidades ou pessoas especializadas
cobrando posteriormente o serviço aos promotores.
Esta fase complicada mostrou-me que em tempos difíceis é
necessário sermos algo mais: missionários, lutadores,
descobridores, criativo. A imaginação é o limite. Mas também
exigentes, críticos, humildes para connosco em primeiro, e
depois para o que nos rodeia.
campanha do Pingo Doce do passado dia 1 de Maio de 2012 “
Dia do trabalhador” assumiu-se como sendo umas das
campanhas mais polémicas do século XIX tendo em conta o
Hugo Silva
Farmácias de Luto Criação do próprio emprego
Militante da Juventude Popular da Maia facebook.com/silvah55
A
25 | setembro 2012 o jovem
<<
O Jovem O Jovem