O homem que - ClipQuick · Os dois homens vêm de backgrounds totalmente diferentes. Nascido no...

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O homem que inventou BOND Ele até pode ter sido o espião literário de lan Fleming, mas o filme 007 - Agente Secreto definiu o maior herói do cinema YIS]ONAME\TON.°i Em agosto de 1962, lan Fleming abandonou um viiionamento inicial de 007 - Agente Secreto, o primeiro filme sobre a sua criação, James Bond Fleming partilhava muitos traços com a sua personagem - a mesma patente na Marinha, o mesmo handicap no golfe, o mesmo fraco por ovos mexidos, 60 cigarros por dia, calções de algodão e vodka martinis - e ofilme, rodado na Jamaica perto da sua propriedade Goldeneye, deve ter-lhe parecido um vídeo caseiro de grande orçamento. Fleming e os vizinhos, incluindo Noêl Covarde o poeta Stephen Spender, escondiam-se para verem a Honey Ryder de Urxulu Andress a sair do mar. A andar deforma tão premeditada pelo bairro duvidoso do Soho, em Londres, que o seu assistente, Fe ter Garnham, mal conseguia acompanhá-10, Fleming chamou um táxi Os dois fizeram a curta viagem até ao escritório de Fleming em Fleet Street em silêncio absoluto, mas em vez de voltar ao local de trabalho, o escritor seguiu direto para o seu bar preferido, pediu duas bebidas fortes e mandou-as abaixo. então se dirigiu a um perplexo Garnham. "Medonho", disse. " Simplesmente medonho." e lan Fleming é o pai Iterai e literário de James Bond, Albert R. Broccoli e Harry Saltzman são os babados I pais cinematográficos. Os dois homens vêm de backgrounds totalmente diferentes. Nascido no Canadá, Saltzman foi cofundador da Woodfall Films, enorme forca motriz por detrái dos filmes do movimento britânico Young Angry Men dos anos 1 950 e 1 960, de O Comediante e Paixão Proibida a Sábado à Noite, Domingo de Manhã. Broccoli era Hollywood dos pés à cabeça: começou em A Terra dos Homens Perdidos, de Howard Hughes, como moço de recados, subiu a assistente de realização, depois tomou-se agente de talentos representando Robert Wagner e Lana Turner, até produzir uma série de filmes independentes, sobretudo de ação. Esta mistura da garra britânica de Saltzman e da bravata ianque de Broccoli é a chave do ambiente cinematográfico de Bond: dureza, humor taciturno e inteligência, através do prisma da arte do espetáculo e da paixão americanas, estão no âmago de 007. "Penso que definiu o tom dos anos 1960 no sentido em que era exibicionista, arrojado, sexy, colorido e rápido", diz Barbara Broccoli sobre 007 - Agente Secreto. "A maioria dos filmes da época era kitchen sink dramas - muito sombrios e realistas e de repente irrompe esta história extraordinária passada na Jamaica com um visual excitante, sexy." Antes de irmos para a Jamaica, temos de encontrar-nos com Bond no seu habitat natural no casino Le Cercle, a meio de um jogo de chemin defer. A fazer lembrar o filme de 1 939 A Derrocada de um Império, de Paul Muni, vemos quem está a dar as cartas quando a provocante adversária do nosso herói se apresenta como "Trench. Sylvia Trench" . A resposta - copiando o estilo de Sylvia - é uma jóia do cinema. "O Sean estava muito nervoso", recorda Eunice Gayson, a atriz que fez de Sylvia. "Ele percorreu todas as opções - Bond. Sean Bond. Já estávamos a ficar nervosos. O realizador disse-me para levar o Sean ao catering e dar-lhe uma bebida para ele relaxar. Foi a primeira vez que bebi álcool. la-me matando." Encontrar Bond com uma beldade é o início de um modelo de enredo que nos últimos anos tem sido um pouco desviado. Inclui um desonesto ato inicial de vilania realizado por vilões pitorescos (aqui são os assassinos Three Blind Mice), passa por um briefing de M (em 007- Agente Secreto, 'Q' é Peter Burton), viaja para climas estrangeiros, mulheres traiçoeiras, ajudante descartável (Quarrel), atentados inventivos à vida de Bond (morte por tarântula), um vilão com um plano louco (os planos de Dr. No para desativar o programa espacial dos EUA) e uma base que vai pelos ares. Duas apresentações-chave são aqui feitas. Bond conhece o seu homólogo da CIA, Felix Leiter (Jade Lord de Hawai Força Especial), e a sua Walther PPK (com um silenciador Brausch), deixando a Beretta. "Um filme de Bond é composto por muitos elementos", diz o produtor Michael G. Wilson. uma receita com muitos ingredientes que são medidos de forma diferente de cada vez. Goldfinger parece ter uma receita realmente bem equilibrada, mas sem dúvida que certos elementos vieram de Agente Secreto." Para cozinhar esta receita, Broccoli e Saltzman juntaram um grupo de colaboradores que, ao longo da série, se tornou uma família: o argumentista Richard Maibaum (13 filmes de Bond) deu o humor (Honey Ryder: "Também anda à procura de conchas?" Bond: "Não, ando à procura."), o diretor de fotografia Ted Moore (sete) filmou exteriores glamorosos, o designer de produção Ken Adam (sete) criou interiores irónicos com um orçamento reduzido, o editor Peter Hunt (seis, incluindo a realização de Ao Serviço de Sua Majestade) criou um ritmo acelerado, o cocoordenador de duplos Bob Simmons (1 2) criou ação inventiva mas realista, o compositor John Barry (12) acrescentou classe e romance ao lado do tema arrebatador de Monty Norman, o designer Maurice Binder (13) sonhou a abertura com o cano da arma (aqui Bond é Bob Simmons, não Connery) e títulos visualmente chocantes (este parece um Pac-Man psicadélico). Em suma, esta equipa transformou uma fórmula num franchise. Mas Agente Secreto também tem menos características palpáveis do que seria de >

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O homem que inventouBONDEle até pode ter sido o espião literário de lan Fleming, mas

o filme 007 - Agente Secreto definiu o maior herói do cinema

YIS]ONAME\TON.°iEm agosto de 1962, lan Fleming abandonou um

viiionamento inicial de 007 - Agente Secreto,

o primeiro filme sobre a sua criação, James Bond

Fleming partilhava muitos traços com a sua

personagem - a mesma patente na Marinha,o mesmo handicap no golfe, o mesmo fraco por ovos

mexidos, 60 cigarros por dia, calções de algodão

e vodka martinis - e ofilme, rodado na Jamaica pertoda sua propriedade Goldeneye, deve ter-lhe parecido

um vídeo caseiro de grande orçamento. Fleming e

os vizinhos, incluindo Noêl Covarde o poeta Stephen

Spender, escondiam-se para verem a Honey Ryderde Urxulu Andress a sair do mar.

A andar deforma tão premeditada pelo bairro

duvidoso do Soho, em Londres, que o seu assistente,

Fe ter Garnham, mal conseguia acompanhá-10,

Fleming chamou um táxi Os dois fizeram a curta

viagem até ao escritório de Fleming em Fleet Street

em silêncio absoluto, mas em vez de voltar ao local

de trabalho, o escritor seguiu direto para o seu bar

preferido, pediu duas bebidas fortes e mandou-as

abaixo. Só então se dirigiu a um perplexo Garnham.

"Medonho", disse. "Simplesmente medonho."

e lan Fleming é o pai Iterai e literário

de James Bond, Albert R. Broccoli

e Harry Saltzman são os babados

I pais cinematográficos. Os dois

homens vêm de backgroundstotalmente diferentes.

Nascido no Canadá, Saltzman foi cofundador

da Woodfall Films, enorme forca motriz por detrái

dos filmes do movimento britânico Young AngryMen dos anos 1 950 e 1 960, de O Comediante

e Paixão Proibida a Sábado à Noite, Domingo de

Manhã. Broccoli era Hollywood dos pés à cabeça:

começou em A Terra dos Homens Perdidos,de Howard Hughes, como moço de recados,

subiu a assistente de realização, depois tomou-se

agente de talentos representando Robert Wagnere Lana Turner, até produzir uma série de filmes

independentes, sobretudo de ação. Esta mistura

da garra britânica de Saltzman e da bravata ianquede Broccoli é a chave do ambiente cinematográficode Bond: dureza, humor taciturno e inteligência,através do prisma da arte do espetáculo e da paixão

americanas, estão no âmago de 007.

"Penso que definiu o tom dos anos 1960 no

sentido em que era exibicionista, arrojado, sexy,

colorido e rápido", diz Barbara Broccoli sobre 007- Agente Secreto. "A maioria dos filmes da época

era kitchen sink dramas - muito sombrios e realistas

— e de repente irrompe esta história extraordinária

passada na Jamaica com um visual excitante, sexy."

Antes de irmos para a Jamaica, temos de

encontrar-nos com Bond no seu habitat natural

no casino Le Cercle, a meio de um jogo de chemin

defer. A fazer lembrar o filme de 1 939 A Derrocada

de um Império, de Paul Muni, só vemos quem está

a dar as cartas quando a provocante adversária

do nosso herói se apresenta como "Trench. SylviaTrench" . A resposta - copiando o estilo de Sylvia- é uma jóia do cinema. "O Sean estava muito

nervoso", recorda Eunice Gayson, a atriz quefez de Sylvia. "Ele percorreu todas as opções- Bond. Sean Bond. Já estávamos a ficar nervosos.

O realizador disse-me para levar o Sean ao cateringe dar-lhe uma bebida para ele relaxar. Foi a primeiravez que bebi álcool. la-me matando."

Encontrar Bond com uma beldade é o início

de um modelo de enredo que nos últimos anos tem

sido um pouco desviado. Inclui um desonesto ato

inicial de vilania realizado por vilões pitorescos

(aqui são os assassinos Three Blind Mice), passa

por um briefing de M (em 007- Agente Secreto,

'Q' é Peter Burton), viaja para climas estrangeiros,

mulheres traiçoeiras, ajudante descartável

(Quarrel), atentados inventivos à vida de Bond

(morte por tarântula), um vilão com um planolouco (os planos de Dr. No para desativar

o programa espacial dos EUA) e uma base quevai pelos ares. Duas apresentações-chave são aquifeitas. Bond conhece o seu homólogo da CIA,Felix Leiter (Jade Lord de Hawai Força Especial),

e a sua Walther PPK (com um silenciador Brausch),deixando a Beretta.

"Um filme de Bond é composto por muitos

elementos", diz o produtor Michael G. Wilson."É uma receita com muitos ingredientes que são

medidos de forma diferente de cada vez. Goldfinger

parece ter uma receita realmente bem equilibrada,mas sem dúvida que certos elementos vieramde Agente Secreto."

Para cozinhar esta receita, Broccoli e Saltzman

juntaram um grupo de colaboradores que, ao longoda série, se tornou uma família: o argumentistaRichard Maibaum (13 filmes de Bond) deu

o humor (Honey Ryder: "Também anda à procurade conchas?" Bond: "Não, só ando à procura."),o diretor de fotografia Ted Moore (sete) filmou

exteriores glamorosos, o designer de produçãoKen Adam (sete) criou interiores irónicos com

um orçamento reduzido, o editor Peter Hunt

(seis, incluindo a realização de Ao Serviço

de Sua Majestade) criou um ritmo acelerado,o cocoordenador de duplos Bob Simmons (1 2)criou ação inventiva mas realista, o compositorJohn Barry (12) acrescentou classe e romance

ao lado do tema arrebatador de Monty Norman,o designer Maurice Binder (13) sonhou a abertura

com o cano da arma (aqui Bond é Bob Simmons,não Connery) e títulos visualmente chocantes (este

parece um Pac-Man psicadélico). Em suma, esta

equipa transformou uma fórmula num franchise.

Mas Agente Secreto também tem menoscaracterísticas palpáveis do que seria de >

pensar. Quando estreou, o esquema alucinado

de Dr. No para incapacitar tòguetões dos Estados

Unidos condizia com a Crise dos Mísseis de Cuba,dando início ao inquielante dom da série para tocar

no zeitgeist (outros seis enredos de Bond iriam

minar elementos espaciais). Mas, mais importante,

Agente Secreto ditou um tom descontraído q uc

tornou a atmosfera de agressão sexual e violência

casual agradável sem diluir o drama. Quando Bond

observa, sarcástico, "É uma Smith & Wesson...

e tu já gastaste as seis", antes de matar

descontraidamente um opositor, nasce todo

um estilo de anti-herói - talvez até por acidente.

"Eles nunca souberam bem o que tinham com

os Bonds quando Agente Secreto foi feito",

diz o realizador dedicado da série, John Glen.

"Só no primeiro visionamento de imprensa,

quando as pessoas começaram a rir. É quase

como um filme de série B, de certa forma."

Foi o designer Ken Adam que sentiu a pitadade filme de série B. Descrevendo o primeiro esboço

como "bastante horrível", Adam pediu uma

"oportunidade de criar a minha própria realidade" .

Com um magro orçamento de apenas £ 14.000,

Adam fez milagres, incluindo uma mistura de

moderno e antigo para o apartamento de Dr. No

(os móveis eram do próprio Adam) c um enorme

laboratório decorado com computadoresultramodernos. Mas foi o set mais pequeno da sala

de interrogatórios de Dent que se revelou o mais

influente. "Foi uma coisa de última hora", recorda

Adam. "Eu tinha £450 e 36 horas. Foi uma total

estilização, os tetos muito baixos com uma grelha,

muita perspetiva forçada. Nos últimos dez anos,

os críticos disseram que era o símbolo dos filmes

de James Bond, este simples set só com a voz

incorpórea de Dr. No."Ainda assim, Agente Secreto não capta

totalmente o que atualmente achamos ser um filme

de Bond. Começa como uma história de detetives

de média dimensão, com James Bond (aqui do

MI7) a investigar a morte do agente Strangways.Os únicos gadgets à vista são dos vilões (cigarrosde cianeto, um lança-chamas disfarçado de dragão),Bond usa a mente e a força bruta para resolver

crimes - muitas vezes chamam-lhe "polícia".O Dr. Julius No de Joseph Wiseman até podeter um fantástico tique de vilão (mãos de metal)e contar oseuplanoa Bond, mas só aparece 24

minutos antes do fim. Tem o sexo (Sylvia Trench a

jogar golfe só em camisa, Honey Ryder em biquini),tem o sadismo (Quarrel, o ajudante de Bond, morre

queimado), mas não tem a dimensão (o orçamentofoi de cerca de $ 1 milhão) nem exotismo (o Bond

de Fleming lutava com uma lula gigante e matava

Dr. No em estrume). É difícil prever que este filme

irá gerar sequelas em que um carro é atraído por um

íman ou se faz snowboard ao som dos Beach Boys.

Contudo, talvez o maior elemento que dá forma

à série tenha vindo com o elenco. Após entrar (não

creditado) em O Dia Mais Longo, Thomas Sean

Connery. de 30 anos (seis, mais Nunca Mais Digas

Nwun, fora da Eon), recebeu a proposta de um

contrato para vários filmes (supostamente a razão

por que Cary Grant recusou o papel), apesar de a

United Artists ter algumas reservas. Connery sabia

' Em cima: SeanConnery como Bonde Ursula Andress comoHoney. A esquerda:Connery atira o duploBob Simmons numadas sequências de açãodo filme - chocantepara a época. Simmonstambém dobrouConnery quando atarântula subiu pelobraço de Bond - emtodas as cenas quemostram Connery coma aranha, o ator está

seguro atrás do vidro.No topo, à direita:A equipa de AgenteSecreto relaxa emLaughing Waters,Jamaica - AlbertBroccoli, JohnKitzmiller, Connery eAndress estão sentadosno centro para a direita.0 nome de Kitzmilleraparece mal escritonos créditos: Kitzmuller.No extremo, à direita:Connery transforma-seem Bond. À direita:Connery vê o produtorHarry Saltzman(no primeiro planola fazer um briefing.

• À esquerda: Andressposa para uma fotode publicidade - paradisfarçar o cerradosotaque suíço, foidobrada por Monicavan der Zyl. A direita:0 design e esboço(em baixo] de Ken Adampara o reduto de Dr. No,um misto de moderno(betão) e antigo Imóveis)- a guionista assistenteJohanna Harwoodsugeriu que nosaposentos de Dr. Nohouvesse o quadro DukeOfWellington de Goya,roubado mesmo antesdo início das filmagens.Em baixo, mais à direita:Bond entra. Em baixo,à direita: A cena dochapéu no cabideno ser do gabinetede Miss Moneypenny- ofereceram a LoisMaxwell o papel deMoneypenny e de SylviaTrench, mas, relutanteao vestuário de Trench,escolheu Moneypenny.

ser charmoso, divertido e esperto, mas a cerejafoi o seu machismo - ao abordar a mulher fatalMiss Taro (Zena Marshall), tanto pode ir paraa cama com ela como pode estrangulá-la comuma toalha; quase não se percebe.

"O típico protagonista britânico costumava ser

Trevor Howard ou Leslie Howard - um cavalheiromuito educado e de classe alta", diz BarbaraBroccoli. "O verdadeiro génio do Cubby e do Harryfoi não prestarem atenção à típica estruturade classe, escolheram alguém que cia uma pessoareal e vestiram-lhe o papel.

"

Muitos reclamam seu o herói não celebradode Agente Secreto: a coargumentista Johanna

Harwood, que salpicou o guião de piadas;

o guitarrista Vic Flick, cujo som criou um hino

à arrogância "não se metam comigo". Mas o

vencedor é Yat Malmgren. Connery estava cienteda importância do movimento para um ator

em geral e Bond em particular, por isso contratouo professor de dança sueco para refinar os seus

movimentos. A economia de gestos de Conneryé notável, a encarnação perfeita da descriçãode Bond de Fleming como "uma mola em espiral".

"O Cubby e o Harry tinham um escritório

em Berkeley Square com uma grande janela",diz Wilson. "Quando o Sean saiu, foram à janela

para o ver atravessar a rua, porque adoravam

a forma como se mexia. Parecia uma pantera,tinha o à-vontade de um homem confiante capazde matar alguém, seduzir uma mulher ou perseguiralguém a pé a qualquer momento."

VISIONAM EINTO\.° 2

Em agosto de 1962, o realizador Terence Young

(três) abandonou um visionamento inicial de 007

-Agente Secreto, o primeiro filme sobre James

Bond, de lan Fleming Young já tinha trabalhado

com Broccoli, mas, mais importante, era Bond

personificado/ militar, tinha um gosto impecável, olho

para as mulheres (viu uma foto de Ursula Andress

na secretária de DarrylF. Zanuck, da Foxj e talento:

o seu filme Os Primeiros a Morrer tinha uma cena

em que o herói era apresentado a atirar o chapéu num

cabide, uma imagem de marca de Bond. Young geriuolookde Connery até ao ínfimo grau: levou-o ao seu

costureiro de camisas em Paris e aos alfaiates de

Savile Row, e disse a Connery para dormir na sua

melhor roupa -Bond gosta ao melhor, mas

preocupa-se mais com a vida do que com camisas.

Young ficou na fila de trás naprojeçãoparaamigos efamília, cos risos encheram a pequena masluxuosa sala, sobretudo quando a tarântula subiu

pelo (aparentemente muito pequeno) braço de Bond

Envergonhado por esta história dura estar a provocargargalhadas, Young saiu para as ruas de Soho, com

receio das criticas. Quando estai incluíram elogios

ao sabor divertido de Agente Secerto, Young ligou

ao editor Peter Hunt para partilhar o seu alivio.

"Foi fantástico", confidenciou Young. "Mas como

o repetimos, agora que sabemos o que sabemos?" IF

A Bond 50 Btu-ray Collection e o livrode Eunice Gayson: My Autobiography - TheFirst Lady of Bond já podem ser adquiridosinternacionalmente.