O Globo 290411

OGLOBORIO DE JANEIRO, SEXTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2011 • ANO LXXXVI • No- 28.389IRINEU MARINHO (1876-1925) ROBERTO MARINHO (1904-2003)

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 1 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 29/04/2011 — 01: 13 h

oglobo.com.br

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

2a- Edição Metropolitana • Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro: R$ 2,50 • Circulam com esta edição: Classificados, Segundo Caderno, Rio Show e Caderno Esportes: 102 páginas

Conheça os craques dasaideira, a nova turma dosgarçons que viraram osqueridinhos da boemia.

REVISTA RIO SHOWMônica Imbuzeiro

Sem B.O. não émais possívelsustar cheques

Página 28

Apósmudança,ValeajudarágovernoasalvarBeloMonteEmpresa investirá até US$ 500 milhões no consórcio da maior obra do PAC● Menos de um mês após ceder às pressõesdo Ministério da Fazenda e trocar seu pre-sidente, a Vale anunciou ontem que entrarána construção e operação da usina hidrelé-trica de Belo Monte, no Rio Xingu, a maiorobra do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC). A mineradora entra no Con-

sórcio Norte Energia no lugar da Gaia, do fri-gorífico Bertin, que desistiu por enfrentar di-ficuldades financeiras. A Vale compra os 9%do negócio e vai reembolsar o Bertin em R$5 milhões já gastos. Além disso, injetará noconsórcio entre US$ 400 milhões e US$ 500milhões. A mineradora é uma das maiores

consumidoras de energia elétrica no país e,com a entrada em Belo Monte, aumentarásua geração própria de energia de 45% doque consome para 63%.● Medida provisória baixada ontem autorizaos Correios a entrarem no projeto do trem-bala e em transporte aéreo. Página 25

Despedida de plebeiaEddie Keogh/Reuters

● Kate Middleton acena para populares, em seu último dia de plebeia: sua união como príncipe William favorece a monarquia, em vez de causar embaraços. Acompanhea cobertura do casamento, hoje, no site do GLOBO. Páginas 33 e 34

Acusado de vazamentode dossiês presidirá PT● Em desafio à presidenteDilma, e numa articulaçãocomandada pelo deputadocassado José Dirceu, o PTvai eleger hoje o deputadoestadual Rui Falcão (SP) co-mo seu presidente — JoséEduardo Dutra renunciará

por motivo de saúde. Fal-cão perdeu cargo na cam-panha eleitoral de Dilma,ano passado, por suspeitade vazar dossiê contra o tu-cano José Serra. O PT tam-bém deve aprovar a voltade Delúbio. Páginas 3 e 4

Luciana, filhade Vinicius,morre aos 55

Gustavo Stephan/2-5-2008

LUCIANA: terceira filha do poeta

O veterano Fausto Fawcett

e um jovem “baixador” de

filmes falam sobre a

reabertura do Cine Joia.

ARTHUR DAPIEVE

● A necropsia de Stalin e amania que temos de en-contrar doenças em mons-tros como ele e Hitler.

NELSON MOTTA

● Bancários que virarambanqueiros com capitalalheio começam a perderseus cargos. Página 7

SEGUNDO CADERNO

O paulista Eduardo Kobra

ocupa um muro em

Londres que havia sido

grafitado por Banksy.

Reprodução

Para preço cair,gasolina terámenos álcool● Medida provisória do go-verno autoriza que a mistu-ra do álcool à gasolina caiados atuais 20% para 18%. Omáximo é 25%. O objetivo éevitar que a gasolina subana entressafra da cana. AANP fiscalizará o mercadode etanol. Página 26

Atentado mataturistas emMarrakech● Uma explosão matou 15pessoas — entre as quais 11turistas estrangeiros —num café da cidade marro-quina de Marrakech. Umadas hipóteses é que tenhasido uma reação às refor-mas políticas empreendidaspelo governo. Página 35

● Filha de Vinicius de Mo-raes, Luciana de Moraesmorreu ao cair do prédioonde morava, no Leblon.Segundo a polícia, ela podeter se jogado. Página 23

Libertadores: Fluderrota LibertadTricolor supera paraguaios (3 a 1) e pode atéperder por um gol de diferença em Assunção

Fernando Maia

CONCA FESTEJA, ao lado de Fred, após marcar o terceiro gol do Flu na vitória sobre o Libertad, do Paraguai

● O Fluminense começoubem as oitavas de final daLibertadores, mas, como éhabitual, com uma dose desofrimento. O tricolor ven-ceu o Libertad por 3 a 1,no Engenhão, e, com isso,passará às quartas mes-mo perdendo por um golde diferença no Paraguai,na quarta-feira. Depois deum início arrasador, com

gol de Rafael Moura logoaos quatro minutos, o Flu-minense caiu de produ-ção e sofreu o empate aos16 da etapa final. Quandoa torc ida começava avaiar o time, Marquinho,aos 27, e Conca, aos 30,garantiram a vantagem. Ojogo atrasou uma hora de-vido a mais um apagão noestádio. Caderno Esportes

Tornados emsérie causam300 mortesnos EUA● Uma série de mais de 160tornados matou 295 pes-soas em sete estados ame-ricanos e provocou um ras-tro de destruição do Lesteao Oeste. O Alabama, ondecerca de um milhão de pes-soas estão sem luz, foi omais atingido. A usina nu-clear de Browns Ferry fica-rá fechada por dias para re-paros. Fábricas tambémpararam. Página 35

Inundaçõespreocupamo COI● O Comitê Olímpico Inter-nacional (COI) manifestoupreocupação com as en-chentes no Rio por causadas Olimpíadas de 2016.Duas instalações estratégi-cas para os Jogos ficaramisoladas: o Maracanã e oMaracanãzinho. Página 16

2 Sexta-feira, 29 de abril de 2011

O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 2 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 22: 22 h PRETO/BRANCO

POR DENTRO DO GLOBO

Para contar o Brasil AUTOCRÍTICA● Na página 3 de ontem:“Promotora simula loucura...”“Porque ela considerava eleum protetor...” Erro nacolocação do pronomepessoal. Certo: “Porque ela oconsiderava um protetor...”P. 4: “Planalto usa atiradoresde elite...” “...mandou umemissário pedir para queparassem o cornetaço...” Errode regência: “para” a mais.Certo: “...mandou umemissário pedir queparassem o cornetaço...”P. 9: “Pensões do INSS...”“...buscaram o STF sob oargumento de que de seusbenefícios não foramcalculados...” Crítica: “de” amais. Certo: “...buscaram oSTF sob o argumento de queseus benefícios não foramcalculados...” P. 17:“Opinião/Sem prevenção.”“Houvesse um programa deprevenção, se reduziria achance dada à má sorte.”Erro na colocação dopronome pessoal oblíquoátono. Certo: “Houvesse umprograma de prevenção,reduzir-se-ia a chance dadaà má sorte.” Porém, comonão se deve usar mesócliseem texto jornalístico, omelhor é: “Houvesse umprograma de prevenção, achance dada à má sortese reduziria.”

(Resumo da crítica internacoordenada pelo jornalista AluizioMaranhão, distribuída todos os diasna Redação do GLOBO)

O que mudou no Brasil nos últimos dezanos? Quantos somos, em que paísvivemos? Resultantes do Censo 2010,realizado pelo IBGE (Instituto Brasi-

leiro de Geografia e Estatística), os númerosque constroem o retrato do país estão sendodivulgados em capítulos pelo órgão, ligado aoMinistério do Planejamento.

Na última quarta-feira, o IBGE repassou aosjornalistas nova leva de informações. Um acordoentre o IBGE e os meios de comunicação garanteque a divulgação seja feita sob embargo, ou seja,com o compromisso de que os resultados só se-jam tornados públicos a partir das 10h de hoje.

Para transformar a imensidão dos númerosem informação compreensível para leitores e in-ternautas, O GLOBO montou um time de jorna-listas de três editorias: O País, Economia e Rio,mais sucursais e correspondentes, num trabalhoconjunto entre o jornal e o site.

O objetivo é dar aos números cor e rosto, bus-cando histórias que sintetizem os fenômenos re-gistrados pelo Censo — como, por exemplo, odesafio do saneamento básico universal, a con-tagem dos casais gays pelo país, as mudanças naestrutura familiar e a explosão das cidades de

médio porte. As editorias de Arte do jornal e dosite trabalharam na produção de infográficos es-peciais sintetizando as informações.

Repórter da Economia, CÁSSIA ALMEIDA tra-balha há uma década com pesquisas do IBGE ediz que a montanha de informações do Censoé sempre um desafio:

— Desta vez, há várias investigações novas,o que torna a cobertura ainda mais interes-sante. Os anos 2000 foram ricos em mudançase será possível quantificá-las nos lares, nas fa-mílias e na renda dos brasileiros.

Os repórteres SELMA SCHMIDT, FÁBIO VAS-CONCELLOS e CLÁUDIO MOTTA, da editoria Rio,analisaram informações relativas ao cresci-mento da cidade e do estado. CÁSSIO BRUNO,ALESSANDRA DUARTE e o trainee BRUNO GÓES,da editoria O País, os indicadores de popu-lação, educação e raça. Os subeditores FER-NANDA DA ESCÓSSIA, LUCIANA RODRIGUES, AN-GELINA NUNES e DANIEL BIASETTO acompanha-ram o trabalho, sob coordenação final da edi-tora de País, SILVIA FONSECA. O resultado dacobertura especial será publicado a partirdas 10h de hoje no site do GLOBO e amanhãna edição impressa.

Carlos Ivan

REPÓRTERES E subeditores analisam os números do Censo e discutem os destaques da cobertura

O GLOBO NA INTERNET

a Leia a íntegra da colunaoglobo.com.br

Márcia Foletto

Justiça derruba decretos doestado que reajustaram ICMS● O Tribunal de Justiça do Rio considerouinconstitucionais os dois decretos que ha-viam ampliado os índices para cálculo doICMS de vários produtos. RIO, página 17

Governo promete R$ 1 bilhãopara ampliar cursos técnicos● O governo federal promete gastar R$ 1bilhão para aumentar a oferta de cursostécnicos profissionalizantes e resolver a es-cassez de mão de obra. O PAÍS, página 12

Após paralisação, tribunais nãosabem como cortar ponto de juiz● Os Tribunais Regionais Federais dizem nãoter como cumprir a ordem do Conselho deJustiça Federal de cortar o ponto de juízesque aderiram à paralisação. O PAÍS, página 14

IR: 4 milhões ainda vão declarar.Prazo termina à meia-noite● A Receita Federal espera receber 24 mi-lhões de declarações do Imposto de Rendaeste ano. Restituições começam a ser pa-gas no próximo mês. ECONOMIA, página 29

HERMANO VIANNAO visionário Marshall McLuhanfaria 100 anos em 2011SEGUNDO CADERNO • PÁGINA 2

Maior desafio da Rio+20 éresgatar lições da Rio 92● O diretor do Programa de Meio Ambienteda ONU, Achim Steiner, diz que maior desafioda nova conferência é fazer valer o que foiacordado no passado. CIÊNCIA, página 36

Marcha da maconha ganhahabeas corpus preventivo● A Justiça concedeu habeas corpus pre-ventivo para garantir a livre participaçãode manifestantes na marcha da maconha,prevista para dia 7 de maio. RIO, página 21

Deslizamento em túnel do PACvisitado por Lula em dezembro● Um deslizamento, mantido em sigilo, pa-ralisou a escavação do Túnel Cuncas I, noCeará, visitado por Lula numa de suas últi-mas atividades oficiais. O PAÍS, página 10

BC intervém no Banco Moradapor rombo de R$ 110 milhões● Menos de um ano após o PanAmericanoquase quebrar, o BC fez intervenção no Mo-rada, a 1a- em seis anos. O banco tem só umaagência e mil clientes. ECONOMIA, página 29

O canal da Avenida Visconde de

Albuquerque, no Leblon, está

totalmente assoreado. Uma

máquina da Subsecretaria de

Gestão das Bacias

Hidrográficas, vinculada à Rio-

Águas, tem retirado sedimentos

acumulados próximo à praia,

onde a quantidade aumentou

nos últimos dias por causa da

influência da maré. Moradores

do bairro reclamam que, além

de assoreado, o canal recebe

lixo e grande quantidade de

esgoto pelas redes pluviais.

Parte da sujeira vem da

Rocinha pelo Rio Rainha. A

Rio-Águas garante que o

trabalho no canal continuará até

que não haja mais necessidade

da remoção de areia.

RIO, página 17

Muita areiapara umcanal só

“

PANORAMAPOLÍTICO

de Brasília

Corpo Estranho● A bancada do Nordeste não aceita o nome de Mi-

guel Terra Lima para a presidência do Banco do

Nordeste. Ele foi escolhido pelo ministro Guido

Mantega (Fazenda). Governadores, senadores e

deputados nordestinos consideram a indicação

uma “afronta”, porque Terra Lima é de outro ban-

co, o BB, e de outra região, a Sul. Ele é de Santa

Catarina. Mantega, no entanto, insiste.

Mordomia só para heteros?

E-mail para esta coluna: [email protected]

■ ■ ■ ■ ■ ■

● COMPENSAÇÃO. Marcelo Melo (PMDB), candidato avice na campanha derrotada de Íris Rezende aogoverno de Goiás, ganhará uma diretoria da Conab.

● O EX-DEPUTADO Indio da Costa, agora no PSD deGilberto Kassab, convidou o deputado estadualGerson Bergher para entrar no novo partido.

● O PRESIDENTE Lula fala sobre eventuais conflitos coma presidente Dilma Rousseff: “Não existemdivergências, porque o dia que eu e ela discordarmos,ela estará certa”.

SOCORRO. Cerca de 20 deputados do PMDB apertaram

anteontem o líder da bancada, Henrique Alves (RN), por causa

da perda da presidência da Funasa. Acuado, ele chamou o líder

do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para ajudá-lo.

O senador disse que tinha conversado com o ministro Antonio

Palocci (Casa Civil) e que todas as reivindicações do partido

seriam atendidas, apesar de o novo presidente ser petista.

Os deputados preferem se arriscar indo para o

PSD porque a oposição está se desmanchando” —

Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara (PT-SP)

A discórdia● Há dois itens sem acordopara a votação do novo Có-digo Florestal. O PT nãoaceita a anistia para os des-matadores ilegais nem queos pequenos produtoresque desmataram suas ter-ras sejam dispensados daReserva Legal.

Consolo● Preterido para a presidên-cia da Funasa, Ruy Gomideserá o diretor de engenha-ria da fundação. Ligado aoPMDB, Gomide atualmenteé superintendente da Funa-sa em Goiás. Ele era o nomedo líder do PMDB, HenriqueAlves (RN).

Cadeira cativa● O movimento sindical perde mais uma batalha nogoverno petista. Contra a vontade de sete entidades, ogoverno Dilma resolveu reconduzir o cearense LucasFurtado ao cargo de procurador-geral do MinistérioPúblico junto ao TCU. Ele exerce essa função comotitular ou interino desde 1999 e em maio ele completa 12anos no cargo. Em janeiro, as entidades sindicaisdivulgaram manifesto pedindo renovação.

Ailton de Freitas/ 15-02-2011

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais ecorrespondentes

● A senadora Marta Suplicy(PT-SP) propôs ontem, nareunião da Mesa Diretora,estender a licença-gala, queconcede uma semana de fol-ga para quem se casar, auniões homoafetivas. Vale-ria só para funcionários doSenado. Constrangidos, osintegrantes da Mesa ignora-ram a proposta e passarampara outro item da pauta.Em outra frente, duas fun-

cionárias do Senado, ho-mossexuais, reivindicaramo benefício. Relatora doprocesso, Marta deu pare-cer favorável, mas seu rela-tório ainda não foi votado.Os titulares da Mesa são: Jo-sé Sarney (AP) e WilsonSantiago (PB), do PMDB; Cí-cero Lucena PSDB-PB), JoãoRibeiro (PR-TO), João Clau-dino (PTB-PI) e Ciro Noguei-ra (PP-PI).

Dobradinha● Por sugestão do deputa-do Miro Teixeira (PDT-RJ), opresidente da Comissão deReforma Política do Senado,Francisco Dornelles(PP-RJ),incluiu a realização de umreferendo para que os elei-tores digam sim ou não aovoto em lista.

Restos a pagar● A presidente Dilma Rous-seff bateu o martelo. Os res-tos a pagar de 2007 e 2008,relativos a obras iniciadasde fato, serão pagos. Quan-to ao ainda não executadodo orçamento de 2009, foiadiada a decisão por doismeses, até 30 de junho.

3

O PA Í SSexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 3 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 22: 02 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

ESCÂNDALOS VIVOS

Dirceu impõe derrota a Dilma no PTAcusado de vazar dossiê contra Serra na campanha, Rui Falcão presidirá o partido

Gerson Camarotti e Maria Lima

BRASÍLIA

N uma estratégia para reto-mar o comando do PT e ainterlocução sobre indica-ções para o segundo esca-

lão do governo, o grupo paulista dopartido articulou uma reviravoltana madrugada de ontem, surpreen-deu o Palácio do Planalto e vai ele-ger hoje o deputado estadual RuiFalcão (PT-SP) para presidir a legen-da até 2013, impondo uma derrota àpresidente Dilma Rousseff. Numamanobra de última hora articuladapelo ex-chefe da Casa Civil José Dir-ceu, cassado no escândalo do men-salão, os paulistas aproveitaram adecisão do atual presidente da le-genda, José Eduardo Dutra — queanuncia hoje a renúncia por proble-mas de saúde — e decidiram passarpor cima até mesmo do ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva, que pre-feria o senador Humberto Costa(PT-PE) no cargo.

Ontem à noite, Lula foi ao encontroda presidente Dilma Rousseff no Palá-cio da Alvorada para avaliar a suces-são petista. Diante da força e do po-der de votos dos paulistas no Diretó-rio Nacional, Lula teve que avalizar onome de Falcão. Segundo interlocuto-res de Dilma, a presidente ficou con-trariada com a manobra paulista,mas, para evitar um enfrentamento,no início da noite, quando o quadroera irreversível, a presidente ligou pa-ra Rui Falcão e disse que está à dis-posição para discutir os assuntos deinteresse do partido. Falcão chegou aser coordenador da campanha de Dil-ma à Presidência, ano passado, masperdeu o cargo em meio ao escândaloda suposta compra de dossiê contra otucano José Serra e seus familiares.

— O maior problema para o PTagora não é quem vai ser o novopresidente, mas a composição dogoverno. O PT não está dividido emtendências, como era antes. Hojeestá dividido entre os que estão sa-tisfeitos e os insatisfeitos com o go-verno Dilma. O problema é o povoque está fora e quer entrar — reve-lou no meio da tarde um dos inte-grantes da Executiva Nacional, quese reuniu pela manhã, numa préviada reunião do Diretório.

Na Câmara, outrajogada do partido● Foi a segunda derrota que o PT im-pôs à presidente Dilma desde queela foi eleita. A primeira aconteceuem dezembro, quando a bancadaescolheu o atual presidente da Câ-mara, deputado Marco Maia (PT-SP), como candidato para coman-dar a Casa. O indicado por Dilma erao atual líder do governo, CândidoVaccarezza (PT-SP), que é do grupopaulista, mas evitou aparecer nasreuniões que articularam a eleiçãode Rui Falcão.

Segundo integrantes do PT, ospaulistas insatisfeitos resolverammostrar força diante do distancia-mento do partido do núcleo dopoder em Brasília. Ontem, a cor-rente Construindo um Novo Brasil(CNB) decidiu por unanimidadefechar questão em torno de Rui

Falcão, com o apoio das tendên-cias PT de Lutas e de Massa e No-vos Rumos. Juntas, as três corren-tes têm quase 60% dos votos doDiretório Nacional do PT que es-colherá hoje o deputado paulistacomo o novo presidente.

Tudo deverá ser resolvido hojedepois que Dutra apresentar formal-mente sua renúncia, explicando olaudo médico de seu problema desaúde. Ele quer que sua fala seja as-sistida pela imprensa, para evitarespeculações e versões desencon-tradas no noticiário. Ele vai partici-par da reunião do Diretório Nacio-nal por volta de 10h.

— A decisão pelo nome de RuiFalcão como presidente até 2013 foiunânime e será votada amanhã (ho-je) — comunicou Humberto Costaapós a reunião de ontem à noite.

Toda a manobra para derrotarDilma e Lula foi articulada à distân-cia por José Dirceu, que retornouapenas ontem de Londres. A estra-tégia de retomada do PT foi acio-nada na noite de quarta-feira. Emum jantar que ocorreu num restau-rante de Brasília, o senador Hum-berto Costa foi surpreendido, nachegada, ao ser informado que RuiFalcão seria o candidato do CampoMajoritário.

Humberto Costatinha apoio de Dilma● Estavam no jantar, o próprio Fal-cão, o ex-presidente do PT RicardoBerzoini (SP), o tesoureiro AntonioVaccari Neto, entre outros paulistas.Mas vários petistas integrantes daExecutiva não foram chamados.Humberto Costa tinha apoio de Lulae Dilma, mas não tinha votos no di-retório.

— Foi uma reviravolta. Nada doque estava combinado vingou. Anossa presidenta Dilma deu umasideias, mas não deu certo. Agora édar uma solução rápida e acabar lo-go com isso — disse o deputado Si-bá Machado (PT-AC), surpreso, du-rante reunião na sede do PT.

— O Dutra renunciando, o Rui as-sume e acabou. Hoje já pode avisarà mulher dele que é o presidente doPT até 2013 — exultava o petistapaulista Jilmar Tatto.

No Palácio do Planalto, a decisãonão agradou. Dilma não queria terRui Falcão como seu interlocutorjunto ao partido, porque tem restri-ções desde o período da campa-nha. Na ocasião, Falcão era o coor-denador de imprensa e foi acusadode entregar um esquema de fabri-cação de dossiês contra adversá-rios na campanha presidencial, fa-to que ele sempre negou. E nesteesquema estariam envolvidas pes-soas ligadas ao agora ministro Fer-nando Pimentel (PT-MG), amigo delonga data de Dilma.

— O líder Humberto Costa foi de-signado para comunicar a presiden-te da escolha do Rui e ela aceitou.Não vai ter enfrentamento nenhum— disse o deputado Devanir Ribeiro(PT-SP), à noite. ■

O GLOBO NA INTERNET

a Confira especial sobre o PT no governoglobo.com.br/pais

Acusado de vazamento de dossiêFalcão é ligado ao grupo de Marta Suplicy e, hoje, também a Dirceu

Sérgio Roxo

● SÃO PAULO. O futuro pre-sidente do PT, Rui Falcão,de 67 anos, tem sua traje-tória no partido marcadapor polêmicas. Na cam-panha presidencial doano passado, foi citadopelo jornalista AmauryRibeiro Jr., em depoimen-to na Polícia Federal, co-mo responsável por terroubado informações deseu computador para fa-zer um dossiê contra otucano José Serra. Falcão negou a acusação e entroucom uma queixa-crime contra o jornalista. O episó-dio causou constrangimento para a então candidataDilma Rousseff, que foi companheira de militância deFalcão contra a ditadura na organização guerrilheiraVAR-Palmares, nos anos 60.

A crise na campanha de Dilma, que levou ao afas-tamento de Falcão do núcleo de decisões petistas,não foi a primeira vez em que o jornalista e atualmen-te deputado estadual por São Paulo causou dor de ca-beça para colegas de partido. Nos anos 90, quandopresidiu o diretório paulistano da sigla, se colocou co-mo opositor da administração petista da então pre-feita da cidade, Luiza Erundina, hoje no PSB.

Apesar da grande participação nas articulações inter-nas, em público, o mineiro de Pitangui costuma se mos-trar discreto e cauteloso nos contatos pessoais. Os alia-dos o descrevem como “disciplinado e organizado”. Ad-vogado e jornalista, Falcão ingressou no PT em 1982,dois anos depois da fundação da legenda. Na época, eradiretor de redação da revista “Exame”, da Editora Abril.Ficou no posto até 1988, mas antes trabalhou em diver-sos jornais paulistas, como o “Jornal da Tarde”.

No ano seguinte, assumiu a direção do PT na capitalpaulista e iniciou o embate com Erundina. A trajetóriano partido também é marcada pela troca de lado nasdisputas internas. Em 1993, rompeu com a corrente mo-derada Articulação, de Lula e José Dirceu, e que atual-mente atende pelo nome de Construindo um Novo Bra-sil (CNB), que agora dá aval para que ele assuma a pre-

sidência do partido. Foi apoiado pela tendência de es-querda “Hora da Verdade”, no entanto, que se elegeuvice-presidente nacional da legenda. Em 94, quando Lu-la deixou comando do partido para se candidatar a pre-sidente da República contra o tucano Fernando Henri-que Cardoso, acabou herdando o comando do PT e co-ordenou a campanha derrotada de Lula.

No mesmo ano, se elegeu deputado estadual. Quatroanos antes, havia ficado como suplente do cargo, masassumiu o mandato. Em 1998, tentou um passo maior,mas ficou apenas como suplente de deputado federal.Aceitou o convite de Marta Suplicy e assumiu a Secre-taria de Governo da administração da Prefeitura de SãoPaulo. Era responsável pelas articulações com a CâmaraMunicipal e novamente provocou polêmica no PT ao seracusado por parlamentares da legenda de organizar umloteamento da administração municipal. A base de Mar-ta montada por Falcão incluía vereadores de legendasque, na época, não costumavam se aliar ao PT comoPMDB, PL e PPB. Por sua estreita ligação com Marta, foicandidato a vice na chapa de reeleição da petista, queacabou derrotada por José Serra (PSDB) em 2004.

Com o tempo, Falcão se reaproximou do grupo deLula e Dirceu. Apesar disso, nunca foi próximo do ex-presidente. A relação com Dirceu, pode ser classifi-cada como “ioiô”. Foram aliados até 1993, quandoromperam depois da aliança de Falcão com o grupode esquerda do partido. Na época do governo Marta,de acordo com petistas, Falcão e Dirceu ficaram“muito próximos”, o que acontece até hoje.

TRECHO DE depoimento em que Amaury acusa Falcão de ter roubado dados de computador

Fotos de Ailton de Freitas

RUI FALCÃO na sede nacional do PT, em Brasília: o deputado chegou a ser coordenador da campanha de Dilma, mas perdeu o cargo

SENADOR HUMBERTO COSTA: Lula e Dilma o apoiavam na presidência do PT

Reprodução

4 ● O PAÍS 2ª edição • Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.


Primeiros passos● Em meio a mais uma crise, o Senado aprovou várias

propostas de reforma política que terão que ser con-

frontadas com as da Câmara para que se viabilize um

projeto comum para aprovação. Fica clara na maioria

das justificativas uma tentativa de refazer o contato

com a opinião pública, com admissões de culpa expres-

sas pela crise de representatividade dos partidos po-

líticos. E algumas medidas são, realmente, passos im-

portantes no aperfeiçoamento institucional.

MERVALPEREIRA

E-mail para esta coluna: [email protected]

ESCÂNDALOS VIVOS

Como previra Delúbio, mensalão viramesmo piada de salão entre petistasJantar na casa de Marta Suplicy festeja volta ao partido de seu ex-tesoureiro

Maria Lima e Gerson Camarotti

● BRASÍLIA. O mensalão viroupiada de salão ontem no jantaroferecido pela senadora MartaSuplicy (PT-SP) para comemorara eleição de seu aliado Rui Fal-cão (SP) para a presidência doPT e a volta ao convívio petistado companheiro Delúbio Soares,operador do esquema que des-viou R$ 55 milhões para finan-ciar apoios de partidos aliados.Ontem, a Executiva Nacional doPT recebeu a carta de Delúbiocom o pedido de refiliação, quedeverá ser aprovado hoje no Di-retório Nacional. Mas, ontemmesmo, ao fim de várias reu-niões, a decisão era votar e apro-var tudo rapidamente, tanto avolta de Delúbio quanto a elei-ção de Rui Falcão para a vaga deJosé Eduardo Dutra até 2013.

A certeza sobre a volta deDelúbio era tanta que, além dafesta, seus companheiros pre-viam que em dois dias o assun-to estará morto na opinião pú-blica. A mulher de Delúbio, Mô-nica, foi braço-direito de Martana prefeitura de São Paulo.

— Eu sou católico. Para umapessoa obter um perdão é preci-so quatro coisas: o pecado, o ar-rependimento, a penitência e apromessa de que não vai pecarde novo. Perfeito, só Deus! Ascríticas à aprovação da volta doDelúbio não seguram dois diasde manchete de jornal — disse odeputado Jilmar Tatto (PT-SP),do grupo de Marta e Rui Falcão.

Delúbio lembra sua tentativade refiliação em 2009

Paralelamente à reunião daExecutiva, as várias correntes dopartido com representantes noDiretório Nacional analisaram opedido de refiliação do ex-tesou-reiro, um dos 39 réus do proces-so do mensalão. No pedido, De-lúbio lembra sua fidelidade e dizque nunca se filiou a outra legen-da. Em tom emocional, apela:“Eu sou PT de formação e de co-ração, portanto quero voltar amilitar no partido”. Ele lembraque, em abril de 2009, encami-nhou pedido de refiliação, masacabou retirando por recomen-dação da direção do PT, que te-mia impacto negativo na campa-nha de Dilma Rousseff.

No fim do dia, acompanhadode Mônica, Delúbio fez uma de-fesa emocionada de sua volta,durante reunião na sede do par-tido. Segundo presentes, Delú-bio ficou com a voz embargadamas segurou o choro.

— A minha identidade polí-tica é a mesma do PT. Precisoda minha identidade políticade volta — pediu Delúbio.

Sua fala surtiu efeito. Outrospetistas se emocionaram e o re-confortaram. O deputado SibáMachado (PT-AC) e o dirigenteFrancisco Rocha, o Rochinha,quase choraram.

— Ele segurou o choro e fi-cou muito emocionado. Masagora sinto que o Delúbio estáfeliz e aliviado, na boa — con-tou o secretário de Comunica-ção André Vargas(PT-PR).

Havia dúvidas se o pedido derefiliação de Delúbio seria incluí-do na pauta do Diretório Nacio-nal a partir de hoje. Na correntemajoritária Construindo um No-vo Brasil (CNB), a maioria defen-dia que fosse votado já.

— Uns querem esperar o jul-gamento do Delúbio no STF.Mas e se não julgar? Vamos jo-gar o cara aos leões? Quandovai ser esse momento de resol-ver isso? — defendeu JorgeCoelho, membro da Executivae secretário nacional de Mobi-lização do PT.

O presidente do Diretório doPT em Goiás, Luiz Sérgio Bueno,nega que uma condenação deDelúbio no Tribunal de Justiça,por ter apresentado documen-tos falsos para continuar rece-bendo salário como professorda rede pública, o impeça deconcorrer a uma vaga de verea-dor por Goiânia em 2012. Delú-bio foi condenado a devolveraos cofres públicos R$ 164,6 mil,além de ter suspensos direitospolíticos por oito anos. ■

O P I N I Ã O

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TUDODOMINADO

● A VOLTA formal de De-lúbio Soares ao PT é fa-to coerente com a esco-lha de Renan Calheiros,Romero Jucá e Gim Ar-gello, entre outros, parao Conselho de Ética doSenado.

REAFIRMA A frouxidãomoral na política brasilei-ra como um todo. A co-meçar pelos partidos.

DELÚBIO SOARES: “Eu sou PT de formação e de coração, portanto quero voltar a militar no partido”

Roberto Stuckert Filho/ 18-3-2009

CORPO A CORPO

EDUARDO SUPLICY

‘Não sou a favor da punição perpétua’● O senador Eduardo Suplicy defende a refilia-ção de Delúbio Soares ao PT, mas diz que é pre-ciso que ele e todos os outros petistas assu-mam o compromisso com a transparência nouso de recursos pela legenda. Para Suplicy, De-lúbio já pagou pelo erro — que era do conjuntodo partido — e não merece pena perpétua.

Isabel Braga

O GLOBO: Por que o senhor defende a refilia-ção de Delúbio Soares?EDUARDO SUPLICY: Sou favorável porquenão há por que punir uma pessoa indefini-damente, sobretudo quando há o propósitode agir com correção. Percebo que ele tem(esse propósito). Tenho conversado comele. Todo o partido, a partir desse episódio,deve agir com correção no que diz respeito àutilização e ao recebimento de recursos. Porisso apresentei um projeto de lei que diz quetodas as contribuições, seja a de filiados, asque chegam pelo financiamento público oupor pessoas física e jurídica, passem a serregistradas de maneira pública, no site dopartido e no de cada candidato, com trans-parência, em tempo real.

● Delúbio ainda não foi julgado pelo Supre-mo. Não é desgastante para o PT aceitá-lo

de volta antes desse julgamento?SUPLICY: De quem foi o erro? O que o De-lúbio disse que havia feito, aqui, perante aCPI, em 2005? Ele falou que o que aconteceufoi o uso de recursos não contabilizados. Namedida que ele próprio e o partido assumi-rem o compromisso com a transparência to-tal, estaremos dando um exemplo.

● Mas não é desgastante para o PT?SUPLICY: Não creio. Temos que dar o bomexemplo. Todos podem errar, o importante éaprender com os erros.

● Para o senhor, Delúbio “pagou o pato” so-zinho pelo mensalão?SUPLICY: Recaiu sobre ele algo que foi deresponsabilidade do conjunto do partido.Ele sofreu punição por estar como tesourei-ro, foi excluído e, como não sou a favor dapunição perpétua e na medida em que ele secompromete em agir com correção, sou fa-vorável (à refiliação).

● O senhor não teme que seus eleitores nãoentendam essa postura?SUPLICY: Eles compreenderão na medidaem que eu e todos no partido assumamos ocompromisso de agir com correção e trans-parência.

Acusações na conta do ex-tesoureiro● O escândalo do mensalão — que explodiuem 2005 com uma denúncia do então depu-tado Roberto Jefferson — resultou na quedade toda a cúpula do PT e de importantes no-mes do governo Lula, como o então chefe daCasa Civil, José Dirceu, que acabou tendo omandato de deputado cassado pela Câmara.Dois anos após a revelação do esquema depagamento de propina a parlamentares emtroca de apoio ao Planalto no Congresso, oSupremo Tribunal Federal (STF) aceitou de-núncia do procurador-geral da Repúblicacontra 40 acusados de envolvimento no queo ministro Joaquim Barbosa, relator do ca-so, chamou de quadrilha.

Entre os réus, o próprio Dirceu, José Ge-noino (que era presidente do PT) e DelúbioSoares, tesoureiro do partido e um dos ope-radores do mensalão. No caso de Delúbio,ele é réu no Supremo pelos crimes de forma-

ção de quadrilha e corrupção ativa. Expulsodo PT em 2006, sob a acusação de gestão te-merária das finanças partidárias, tenta, des-de 2009, assinar nova ficha de filiação à suaantiga casa. O que deve conseguir agora.

A ação penal do mensalão está na fase deelaboração final da acusação, após ouvir tes-temunhas. A expectativa mais otimista hoje,depois de várias frustradas, é que o julgamen-to ocorra no segundo semestre de 2012.

Em 2009, o Tribunal de Justiça de Goiáscondenou Delúbio por improbidade admi-nistrativa e determinou que ele devolvaaos cofres públicos R$ 164,6 mil peloscem dias em que recebeu salário mas nãotrabalhou na Secretaria estadual de Edu-cação. Na mesma decisão, ele teve seusdireitos políticos suspensos por oitoanos. Delúbio recorreu dessa decisão,mas o recurso ainda não foi julgado.

Ailton de Freitas

OS DEPUTADOS Devanir e Mentor saem da reunião da Executiva do PT

O tema mais polêmico, porexemplo, o voto em lista fecha-da, não está na relação deemendas constitucionais ouprojetos de leis já encaminha-dos porque não se chegou aum acordo sobre que instru-mento legal será necessáriopara essa alteração.

Da mesma forma, a propostade financiamento público decampanha ficou suspensa, poisdepende da aprovação do votoem lista fechada, pelo qual ospartidos políticos preparam,por critérios internos, uma listade candidatos que ocuparão asvagas reservadas aos partidosde acordo com a quantidade devotos que a legenda receber.

O eleitor votará apenas nalegenda. Se um partido, na di-visão determinada por lei, ti-ver direito a indicar 15 depu-tados federais, por exemplo,os 15 primeiros da lista par-tidária serão eleitos.

Para complicar mais ainda asituação, chegou à comissão doSenado uma manifestação dojurista Ives Gandra Martins,presidente do Conselho Supe-rior de Direito da Federação doComércio de São Paulo, decla-rando inconstitucional a ado-ção do voto em lista fechada.

Para o jurista, a proposta fereuma cláusula pétrea estabeleci-da no artigo 60, §4o-, inciso II, daConstituição. Segundo ele, “ma-nifestamente, o voto em lista éincompatível com o voto direto,secreto, universal e periódico,porque afronta o preceito cons-titucional citado”. Ele afirmaque a proposta legislativa “reti-ra do eleitor o poder de escolhade seu representante, como es-tabelece o parágrafo único doartigo 1o- da Carta Magna. Se to-do poder emana do povo, co-mo proclamado pelo referidoparágrafo único, o voto em listaé inconcebível no Estado demo-crático”, conclui o jurista.

O Senado preparou seteemendas e dois projetos de lei,sendo o mais importante deles,na minha opinião, a emendaconstitucional que determinaque somente com um referendopoderá ser alterado o sistemaeleitoral em vigor atualmente.

“Qualquer alteração noprincípio da proporcionalida-de, como as diferentes moda-lidades de voto distrital, bemcomo toda tentativa de fechare bloquear as listas partidá-rias, importa em subtração dasoberania popular”, diz a jus-tificativa do referendo.

“Decisões dessa ordem nãopodem depender apenas do ri-to de aprovação de emendasconstitucionais, mas devem sersancionadas pelo principal inte-ressado: o eleitor, em referendoconvocado para esse fim”.

A proposta de emenda queacaba com a reeleição é justifi-cada por depoimentos de sena-dores que exerceram cargos noExecutivo ou tentaram a elei-ção, que afirmaram que o titu-lar do mandato, ao acumular acondição de candidato, compe-te na campanha eleitoral emcondições extremamente favo-ráveis em comparação com osconcorrentes. A reeleição intro-duziria “um viés quase insupe-rável no processo eleitoral emfavor da continuidade da admi-nistração”.

A proposta do Senado é recu-perar do texto original da Cons-tituição de 1988, que fixa osmandatos em cinco anos e de-clara inelegíveis para os mes-mos cargos, no período subse-quente, o presidente da Repú-blica, os governadores, os pre-

feitos e quem os houver suce-dido ou substituído nos seismeses anteriores ao pleito.

O direito à reeleição fica ga-rantido aos atuais chefes doExecutivo que estejam exercen-do um primeiro mandato, pormeio de normas transitórias.

Os mandatos do presidenteda República e dos governado-res a serem eleitos em 2014, eos dos prefeitos eleitos em 2012terão, curiosamente, um acrés-cimo para que seja feita outraalteração, o do dia da posse.

O presidente ganhará mais15 dias, e os governadores eprefeitos, mais dez dias, paraque os escolhidos nas eleiçõesseguintes já possam tomar pos-se em datas mais “normais”, emvez de 1o- de janeiro.

Isso aconteceria também pa-ra que os mandatos que estãoem curso não sejam nem pror-rogados nem reduzidos.

A emenda que põe fim às co-ligações proporcionais, um dosmais importantes tópicos da re-forma política proposta pelo Se-nado, é defendida em termosassemelhados a uma confissãode culpa dos políticos:

“Ocorre que a experiênciabrasileira revela que as coliga-ções eleitorais nas eleições pro-porcionais, em geral, consti-tuem uniões passageiras, esta-belecidas apenas durante o pe-ríodo eleitoral por mera conve-niência, sem qualquer afinidadeentre os partidos coligados notocante ao programa de gover-no ou ideologia. Tais coligaçõesobjetivam, sobretudo, aumen-tar o tempo de propaganda elei-toral no rádio e na televisão departidos maiores e viabilizar aconquista de um maior númerode cadeiras nas Casas Legislati-vas por partidos menores, oupermitir que essas agremiaçõesalcancem o quociente eleitoral.Além disso, o voto dado ao can-didato de um determinado par-tido ou à própria legenda podecontribuir para a eleição decandidato de outra agremiaçãoque integre a coligação.”

A aprovação da candidaturaavulsa também tem embutidauma crítica à formação dos par-tidos e uma admissão de que vi-vemos uma crise política: “Pararesponder à crise, é preciso re-vigorar os partidos e, ao mes-mo tempo, permitir a expressãoeleitoral de forças que não sesentem representadas no atualsistema partidário.” Mas essaválvula de escape só vale paraas eleições locais de prefeito evereadores, que precisarão terapoio de meio por cento doeleitorado da circunscrição.

Outra medida que teorica-mente melhorará o desempe-nho dos partidos foi a aprova-ção da chamada “cláusula dedesempenho” para a atuaçãoparlamentar de um partido.

Só terá direito a ela o partidoque eleger no mínimo três re-presentantes de diferentes es-tados. Por esse critério, pelomenos cinco partidos estariamalijados do Congresso na elei-ção de 2010: PHS com dois;PRTB com dois; PRP com dois;PTC e PSL com um cada.

Mas, como sempre, os políti-cos encontram um jeitinho dedeixar uma brecha. Está dito naproposta que será facultada àMesa Diretora da Câmara “a ta-refa de dispor sobre o funciona-mento parlamentar do partidocom representação eleita ou fi-liada inferior a esse número”.

E o projeto também mantémo direito da propaganda eleito-ral gratuita para os partidosque elegeram só um deputado.

O PAÍS ● 5Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO


6 Sexta-feira, 29 de abril de 2011.

O GLOBO ● OPINIÃO ● PÁGINA 6 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 21: 07 h

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O G L O B O É A S S O C I A D O :

PRETO/BRANCO

O P I N I Ã O

Aredução no ritmo de aperto na po-lítica monetária, com o ajuste da ta-xa básica de juros em 0,25 pontopercentual, depois de duas eleva-

ções consecutivas de 0,5 ponto, reforçou a in-segurança diante da efetiva capacidade de ogoverno Dilma Rousseff empreender um com-bate efetivo contra o repique de inflação.

Era inevitável, pois a decisão tomada peloConselho de Política Monetária (Copom), doBanco Central, na quarta-feira da semanapassada, veio na sequência de algumas sina-lizações preocupantes. Uma delas, ao lado dedeclarações de autoridades, foi o relatório tri-mestral de inflação do BC em que a autori-dade monetária fez, de maneira clara, a de-fesa de um enfrentamento pouco incisivo, viajuros, da alta de preços, com a contrapartidade medidas de contenção do crédito, como oaumento do IOF sobre a concessão de finan-ciamentos. Assim, a redução da temperaturado consumo — principal causa do surto in-

flacionárias recentes se transmitam ao cená-rio prospectivo” — projetadas, portanto, pa-ra o futuro pelos mecanismos de indexação.

Este é o ponto, felizmente não minimizadopor dois diretores do BC. Por sua natureza, oencarecimento do crédito não exerce efeitono consumo no prazo que a conjuntura re-quer. A velocidade de expansão do crédito es-tá em queda: houve aumento de 1% em marçosobre o mês anterior, e 1,3% em fevereiro, nomesmo conceito, enquanto no trimestre atin-giu 2,7%. Mas as expectativas de inflação con-tinuam elevadas, e as estimativas do mercadochegam aos 6,5%, teto da meta. Apesar da rea-firmação do compromisso de campanha feitapela presidente, a estratégia é arriscada.

Uma questão em aberto é se de fato o go-verno fará o ajuste fiscal prometido. Estapode ser uma ajuda essencial para o BC. Osuperávit primário do trimestre foi robus-to. Mas ajudado pela arrecadação tributá-ria, em constante elevação, para variar.

Discurso e prática no combate à inflaçãoflacionário, e não o choque de preços exter-nos de commodities, como quer fazer crer oMinistério da Fazenda — será induzida peloencarecimento do crediário. Nateoria, a fórmula é benigna, por-que, ao elevar menos os juros,esta política economiza dinheiropúblico no pagamento da contade juros da dívida, e não ampliaum dos fatores de atração de di-visas, causa do excessivo forta-lecimento do real.

Passada a trégua do feriadão,o governo tenta afastar dúvidassobre a firmeza na luta contra ainflação. Na terça, ao participarcomo presidente da sua primei-ra reunião do Conselho de De-senvolvimento Econômico e Social (CDES),Dilma Rousseff reafirmou o compromisso decampanha de controlar a inflação. O minis-tro da Fazenda, Guido Mantega, e o presi-

dente do BC, Alexandre Tombini, aproveita-ram o encontro para defender a estratégiaanti-inflacionária.

Divulgada ontem, a ata da úl-tima reunião do Copom anunciaum período “suficientementeprolongado” de elevação dos ju-ros. Quer dizer, pelo menos paraa maioria do conselho — cincodos sete diretores do banco —,o melhor é continuar com ajus-tes menores na Selic, enquantose espera o efeito, na plenitude,dos “macroprudenciais” aper-tos no crédito. A ata revela, ain-da, a consciência do BC de que,desde a reunião anterior do Co-pom, “o cenário prospectivo pa-

ra a inflação não evoluiu favoravelmente”.Daí, dois votos terem sido dados na reuniãopela manutenção do 0,5 ponto de alta da Se-lic, “para mitigar riscos de que pressões in-

Risco da

indexação

justificou votos

por maior aperto

no Copom

Depois de crescer a uma taxa anualde 3,1% no último trimestre de 2010,a economia americana voltou a de-sacelerar e avançou apenas 1,8% no

primeiro trimestre deste ano. É má notícia pa-ra o presidente Obama, que se vê arrastadopor adversários para uma estéril polêmica so-bre sua já extensamente comprovada nacio-nalidade americana. Pura baixaria política.

A vida do presidente americano se compli-cou muito depois que os republicanos ganha-ram as eleições de meio de mandato, em 2010,assumindo o controle da Câmara de Repre-sentantes. A partir daí, a Casa Branca come-çou a ser acuada, como na questão do pró-ximo orçamento dos Estados Unidos, só apro-vado depois de penosas concessões dos de-mocratas e ameaças de paralisação do gover-no por falta de verbas. É a velha política deWashington em ação, a mesma que Obama,na campanha para as eleições de 2008, pro-

econômica desde a Grande Depressão, quemantém muito elevado o desemprego (na fai-xa dos 8%). Por tudo isso, perdeu as eleiçõesparlamentares de 2010. Mas o Partido Demo-crata leva vantagem sobre o Republicano. Seucandidato para 2012 ocupa a Casa Branca. Jáos republicanos, até agora, apareceram comvários interessados na pré-candidatura presi-dencial, nenhum deles relevante. O Tea Partyfaz muito barulho, mas alguns analistasacham que seu impacto não se sustentará atéo final da campanha para 2012. Como não de-verá haver primárias democratas, pois o can-didato já está escolhido, muitas forças se di-gladiarão nas primárias republicanas, diluin-do o poder de pressão dos radicais. Com mui-tos candidatos e poucas propostas, os repu-blicanos correm o risco de não atrair os elei-tores independentes, que Obama quer recon-quistar. Eles foram decisivos em 2008 e po-dem vir a fazer a diferença de novo.

Equívocos republicanos nos EUAmeteu — num rasgo de idealismo — reformar.O que chama a atenção neste momento é apobreza de projetos, propostas e programasdos republicanos, que parecemter apenas uma bandeira legíti-ma: reequilibrar o orçamento, vi-sando a reduzir o déficit público,da ordem de 10% do PIB, comvistas a baixar a dívida america-na, próxima de igualar o tama-nho do PIB do país, de US$ 14 tri-lhões. Ninguém é contra desatarestes nós. O que republicanos edemocratas discordam é sobre oquê e onde cortar, e em que ve-locidade. Mas, essa discussão àparte, transparece a falta de pro-jetos consistentes do Partido Re-publicano para os tempos difíceis que os EUAatravessam. O partido de Abraham Lincoln,com isto, se torna presa de um certo aventu-

reirismo de radicais como o Tea Party, movi-mento social e político populista e ultracon-servador surgido nos EUA em 2009. Seu ob-

jetivo era protestar contra o pla-no de resgate econômico de2008, a lei de recuperação e dereinvestimento de 2009, a refor-ma do sistema de saúde, entreoutros pontos que tratam daação do Estado na sociedade.

Há uma sinergia entre as posi-ções do Tea Party e a verborra-gia de radialistas de extrema-di-reita que jogam a todo momentocascas de banana no debate na-cional, baixando o nível da polí-tica. O presidente Obama temproblemas: criou expectativas

exageradas, sofreu com a falta de experiência,herdou duas guerras desastrosas do governoBush e ainda teve pela frente a maior crise

Baixo nível do

debate político

tende a

beneficiar

Obama

A galinha dos ovos de ouroMarcelo

envolveria medidas de desoneraçãoda folha de pagamento. Mas, apesardo excelente desempenho da arreca-dação, o governo já deixou claro quenão está disposto a abrir mão de re-ceita tributária. O que significa quealgo mais terá de ser onerado paraque a folha seja desonerada.

Na discussão sobre como exata-mente fazer tal redistribuição de car-ga tributária, têm surgido propostasimpensadas de todo tipo. A Confede-ração Nacional dos Serviços, com ba-

ROGÉRIO FURQUIM WERNECK

Em face da preocupante dete-rioração do quadro inflacioná-rio, foi noticiado que o gover-no aproveitaria a reunião do

Conselho de Desenvolvimento Econô-mico e Social (CDES) para não deixardúvidas acerca de seu real compromis-so com o controle da inflação. O que seviu, no entanto, foi algo bem distinto.Em meio a densa nuvem de adjetivos,advérbios e frases de efeito, o que sepôde entrever foi apenas a reafirmaçãodo discurso ambíguo e inconvincenteque já vinha pautando acondução da política ma-croeconômica.

A presidente DilmaRousseff declarou que “ogoverno está, diuturna-mente, e até noturnamente,atento a todas as pressõesinflacionárias, venham deonde vierem”. Mas reiterouo diagnóstico de que a ace-leração da inflação decorreda elevação de preços decommodities, pouco tendoa ver com a expansão des-mesurada da demanda interna. E insis-tiu que o governo prefere aguardar osefeitos das medidas de combate à infla-ção já tomadas, sem sacrificar prematu-ramente o desenvolvimento econômicoe social. O ministro da Fazenda bateunas mesmas teclas. Afirmou que “o Bra-sil não está mal na foto da inflação mun-dial” e que é preciso “moderar o cres-cimento da demanda sem matar a gali-nha de ovos de ouro”.

A galinha de ovos de ouro vem ten-do, de fato, um desempenho espeta-cular. E é perfeitamente compreensí-vel que o governo esteja alarmadocom a possibilidade de que isso ve-

nha a ser afetado. No primeiro tri-mestre de 2011, a arrecadação admi-nistrada pela Receita Federal mos-trou uma taxa de crescimento nomi-nal, em relação ao mesmo trimestredo ano anterior, de nada menos que19,55%. Deflacionado pelo IPCA, issoequivale a uma expansão real de12,7%, o que corresponde a pelo me-nos o triplo da taxa de crescimentodo PIB prevista para este ano.

Tal fartura fiscal não chega a sersurpreendente. Advém da combina-ção do forte aquecimento da econo-mia com o aumento de eficácia da

máquina arrecadadora,na esteira da ampla dis-seminação da nota fiscaleletrônica. É com essafartura que o governoconta para cumprir ameta fiscal de 2011 e ain-da manter expansãosubstancial do dispên-dio tradicional, em para-lelo à que já vem sendofeita por meio das trans-ferências do Tesouro aoBNDES, não contabiliza-das no resultado primá-

rio. Tendo em conta esses dois ca-nais de expansão fiscal, é fácil enten-der por que o ministro da Fazendaapresentou ao CDES uma previsão decrescimento real do investimentoagregado de 10,4% em 2011.

O problema é que, como era de es-perar, tal sobrecarga tributária, com-binada com a apreciação cambial,vem acirrando as dificuldades porque vêm passando empresas de vá-rios setores. Para fazer face à insatis-fação que se acumula, o governo pas-sou a acenar com a perspectiva deuma reforma tributária “realista”,com agenda fatiada. Uma das fatias

se em estudo supostamente prepara-do pela Fundação Getúlio Vargas, de-fende a criação de uma nova CPMF.Já a Fiesp — é o que se noticia — pre-fere que a conta seja repassada à Co-fins. E, no governo, aventa-se a pos-sibilidade da criação de um novo im-posto sobre faturamento, cobradoem cascata.

O mínimo que se pode dizer é queo foco da discussão está mal coloca-do. O que se faz necessário é uma di-minuição dos encargos sobre a folha

de pagamento que implique efetivaredução da carga tributária agrega-da, seja porque o governo se dispôs aabrir mão de parte do aumento de re-ceita que vem auferindo, seja por-que, afinal, decidiu conter a expan-são de gastos na Previdência. Não fazsentido desfigurar mais ainda o siste-ma tributário para tentar desonerar afolha de pagamento.

ROGÉRIO FURQUIM WERNECK é professorde economia da PUC-Rio.

Governo quer

outro imposto

para desonerar

a folha de

pagamentos

OPINIÃO ● 7Sexta-feira, 29 de abril de 2011


O GLOBO

PRETO/BRANCO

Lucros e perdas

MARCUS PESTANA

Nove entre dez lideranças po-líticas afirmam que precisa-mos de uma reforma política.Nesse caso, vale a máxima:

“Cada cabeça, uma sentença.” Na ver-dade, não estamos falando de uma ver-dadeira reforma política, já que ques-tões relativas ao sistema de governo eà Federação não estão na mesa.

Começamos mal. Em vez de uma úni-ca Comissão Especial Mista, envolven-do Senado e Câmara, partimos de duascomissões com métodos e cronogra-mas diferentes. Se a matéria é comple-xa e polêmica, deveríamos facilitar oamadurecimento de consensos.

O passo inicial é pacificar o entendi-mento, se realmente precisamos de umareforma no sistema partidário e eleitoral.Nosso sistema representativo dá mostrasclaras de esgotamento. Portanto, a refor-ma é uma necessidade.

Pressupostos: não existem saídassimples para problemas complexos enão há sistema perfeito de representa-ção. E não estamos falando da democra-cia direta grega, que excluía os escravos,nem de uma democracia direta high te-ch on-line. Não devemos, também, cairna tentação da produção de “jabutica-bas”, exagerando na originalidade e pro-curando reinventar a roda.

Quais seriam os objetivos centraisda reforma?

Primeiro, aproximar representantes erepresentados, o Congresso da socieda-de. O atual sistema eleitoral não gera vín-culos. O mandato parlamentar não se an-cora firmemente em nada. Setenta porcento das pessoas não lembram, passa-dos dois anos da eleição, o nome de seuvereador ou deputado. Não há controlesocial eficiente. Quem sabe como votou oseu deputado, agora em 2011, em ques-tões como trem-bala, salário mínimo, mu-danças no acordo de Itaipu ou criação daAutoridade Pública Olímpica?

O mandato pode se ancorar nas ideias,no programa e no desempenho coletivodo partido (voto em lista praticado na Es-panha e em Portugal) ou na base territo-rial (voto distrital puro que funciona nosEUA, França e Inglaterra). O voto em lista,que permitiria o barateamento das cam-panhas e o controle da sociedade sobre odesempenho dos partidos, esbarra emnossa cultura presidencialista, persona-lista e sofreria forte rejeição inicial da so-ciedade. O voto distrital puro, que apro-xima como nenhum outro representantese representados, tende a estabeleceruma visão mais localista e suprimir a ex-pressão de minorias temáticas ou ideoló-gicas, tendendo ao bipartidarismo. Creioque o melhor caminho, inclusive comoestágio pedagógico para todos nós, seriaa adoção do voto distrital misto de tipoalemão, sendo metade das cadeiras pre-enchidas pela lista partidária e metadeem eleições nos distritos.

O segundo objetivo seria o fortaleci-mento dos partidos. O atual sistema mi-na a solidariedade interna dos partidosao transferir a competição política para ointerior dos partidos. Permite a prolifera-ção de pequenos partidos sem nenhumconteúdo programático, alguns inclusiveconhecidos como “partidos de aluguel”.O distrital puro ou a lista viabilizaria isso.O distrital misto conjuga as boas carac-terísticas dos dois.

Teríamos como terceiro objetivo cen-tral da reforma o barateamento das cam-panhas, o aumento da transparência e ofechamento de algumas portas para acorrupção. Tenho dito que o atual mode-lo de financiamento de campanhas é umahumilhação para quem é honesto e paraquem não é, torna-se a porta para rela-ções incestuosas e não republicanas comos agentes financiadores. A campanha de2010 custou cerca de quatro bilhões e no-vecentos milhões de reais (3,4 bi para asatividades de campanha, um de renúnciafiscal para o horário “gratuito” de rádio eTV e meio bilhão de despesas operacio-nais da Justiça Eleitoral). Isso sem falarno tristemente famoso caixa 2. O finan-ciamento público exclusivo seria sanea-dor, mas enfrenta a rejeição da sociedadee só seria viável com o sistema de listafechada. Se continuarmos com a capta-ção de doações privadas, deveríamos co-letivizar o processo através dos partidos,para evitar o vínculo direto do candidatocom os doadores.

Outras mudanças periféricas poderãoser introduzidas (voto facultativo, fim dareeleição com mandato de cinco anos, fi-delidade partidária, fim das coligaçõesproporcionais, cláusula de desempenho).Mas não deveríamos deixar escapar en-tre os dedos, mais uma vez, a oportuni-dade de promover uma verdadeira refor-ma que permita à nossa jovem, mas ma-dura, democracia avançar.

MARCUS PESTANA é deputado federal epresidente do PSDB/MG.

Nem aí?

Umareforma porcabeça

LUIZ GARCIA

Não é intervenção

Cavalcante

S e um deputado federal se afastada Câmara, quem o substitui? Aresposta não é tão simples co-mo parece. Assume a cadeira o

suplente imediato, claro — mas qual su-plente?

Acontece que as bancadas podem serformadas tanto por partidos como porcoligações — e há espaço para uma ani-mada discussão. Qual suplente é maislegítimo representante do eleitor quevotou no titular?

Até pouco tempo atrás, ministros do Su-premo Tribunal Federal, em decisões limi-nares, optaram pelos suplentes do mesmopartido do deputado que se afastara. Esta

semana, numa goleada de dez a um, o STFconcordou com a Mesa da Câmara: a vagapertence ao suplente da coligação. O quetem mais importância do que pode pare-cer: pelo menos aparentemente, a decisãoenfraquece os partidos. O que não como-veu os ministros.

Pelo visto, quase todos eles acreditamque o sistema partidário brasileiro é bas-tante fraco por sua própria natureza. Co-mo disse a ministra Ellen Gracie, os par-tidos revelam “total ausência de ideolo-gia”. E arrematou Cezar Peluso: “Todostêm um programa, o problema é que ne-nhum deles segue o seu programa...”

A decisão do tribunal obviamente for-

talece as coligações, em prejuízo dos par-tidos. Na verdade, ela é a constatação deum estado de coisas, nada mais do queisso. E já é muita coisa. Quando o maisalto tribunal do país — e numa goleadade dez votos contra um (de Marco Auré-lio Mello) — manifesta-se dessa maneirasobre o sistema político, a classe políticanão tem o direito de se manifestar, e sim aobrigação de fazê-lo.

O tom da resposta pode ir da defesaindignada à promessa de melhor com-portamento. Ou pode combinar umacoisa e outra. Certamente não é boa es-tratégia para os acusados fingirem quenão estão nem aí.

FELIPE GÓES e WASHINGTONFAJARDO

Há poucas semanas, estrutu-ras de dois cais foram reve-ladas pelo trabalho deacompanhamento arqueoló-

gico nas obras do Porto Maravilha.Tais descobertas dão dimensão simbó-lica ao processo irreversível de retornodo desenvolvimento urbano à regiãocentral da cidade. Não se trata apenasdo achado de estruturas, mas da con-frontação do nosso presente com anossa memória, materializada nestespavimentos que revelam nuances queoutros processos históricos tentaramocultar ao construir cais sobre cais.

O Cais da Imperatriz, cuja constru-ção data de 1843, e sob este, muitoprovavelmente, os resquícios do Caisdo Valongo, são fruto de excelente tra-balho técnico do Iphan, do PatrimônioMunicipal e dos arqueólogos do Mu-seu Nacional da UFRJ, liderados peladoutora Tania Andrade Lima. Se a ico-nografia e os estudos mostravam opotencial de encontro destes elemen-tos, talvez agora, ao serem inseridosno espaço público, integrados, com acorreta abordagem histórica e arqueo-lógica, teremos um lugar de destaquena região portuária e na cidade.

A descoberta permitirá conhecer eaprender sobre o passado escravista,sobre a presença negra na região, e so-bre como se buscou evitar esta memó-ria com a construção do Cais da Impe-ratriz. Afinal, aquele trecho da atualAvenida Barão de Tefé transita entrepercepções distintas ao longo do tem-po. De mercado de escravo para caisda nobreza. Do aterro modernizadorde Pereira Passos para a degradação eo esvaziamento do Centro.

O Rio de Janeiro inovou ao estabe-lecer em lei que 3% dos recursosoriundos da venda dos Certificados dePotencial Adicional de Construção(Cepac), instrumento de financiamen-to da Operação Urbana Consorciadado Porto Maravilha, serão obrigatoria-mente destinados às ações de revita-lização e recuperação do patrimôniohistórico naquela região. A modela-gem econômica do projeto já dispõedos mecanismos para o investimentono resgate da memória da cidade.

Com esta inovação urbana poder-se-á restaurar edifícios, pesquisar,identificar e resgatar memórias e ma-nifestações culturais, e sinalizar eidentificar lugares. Esta é uma justiçahistórica com a população da ApacSagas — que engloba os bairros Saú-de, Gamboa e Santo Cristo — que re-sistiu ao processo de deterioração doPorto, tendo sido ela a mantenedorada vitalidade e da cultura do lugar.

Uma cidade com uma história tão ri-ca como a do Rio deve construir o seufuturo com um olhar sobre seu passa-do. Os cais do Valongo e da Imperatriz,os Jardins Suspensos de Pereira Pas-sos, a Pedra do Sal e tantos outros sí-tios históricos da região portuária sãomarcos. Após quase 40 anos de uma ci-dade em fuga de si mesma, o retornoao Centro e ao porto revelará cada vezmais aspectos da história, sempre alia-dos ao processo de modernização,pois não são incompatíveis, mas com-plementares e necessários.

FELIPE GÓES é secretário municipal deDesenvolvimento do Rio. WASHINGTONFAJARDO é subsecretário municipal dePatrimônio

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O Rio doValongo

DADO VILLA-LOBOS, DUDU FALCÃO eLEONI

Odebate sobre a reforma dalei de direitos autorais pro-posto pelo MinC, em 2010,que ficou 75 dias em consul-

ta pública, tem seguido caminhos tor-tuosos. O que o anteprojeto de lei de-fende — e nós também — é que a ges-tão coletiva no Brasil, hoje exercida pe-lo Escritório Central de Arrecadação eDistribuição (Ecad), volte a ser regula-da pelo Estado. Não se deve confundirfiscalização com intervenção. Na maio-ria dos países desenvolvidos é assim:as entidades de gestão coletiva, queadministram dinheiro de terceiros pormeio de um monopólio concedido peloEstado, são fiscalizadas por este. Sepor um lado é compreensível a neces-sidade de centralização da arrecada-ção e da distribuição, por outro são es-senciais a regulação e a fiscalizaçãodeste “direito de exclusividade” poruma instituição externa.

Neste passo, além da transparência

tão almejada por nós, autores, o Es-tado poderá exigir a correta cobrançados direitos autorais. Com valoresjustos, a inadimplência, sempre anun-ciada como sendo o maior problemado Ecad, vai naturalmente diminuir.Por que então não apoiar essas me-didas? No lugar de poucos pagandomuito, teremos muitos pagando umpouco menos. Com isso ganhamos to-dos. O número elevado de ações naJustiça tratando de direito autoral di-minuirá, beneficiando os envolvidosna cadeia produtiva e também a todasociedade.

Outro grande benefício de termos oEstado como guardião do processo au-toral é que dele nós, cidadãos, pode-mos nos queixar. Porém, de uma asso-ciação privada, que não tem nenhumainstituição que a fiscalize, só nos restaaceitar as regras do jogo, que nem sem-pre conhecemos e com as quais nemsempre concordamos.

O texto da reforma segue à risca ospreceitos das convenções de Berna ede Roma, das quais o país é signatário;

alinha-se às regras da OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC);e estáem conformidade com nosso CódigoCivil. O anteprojeto traz ferramentaspara que outros formas de arte tam-bém recebam direitos autorais, bene-ficiando diretores, atores, roteiristas,dubladores, fotógrafos e coreógrafos,entre outros.

Nos parece bastante óbvio quequem não quer fiscalização tem queser fiscalizado. Se, em lugar de negara supervisão estatal, os gestores dosistema se dispusessem a colaborarcom sua experiência de arrecadaçãoe distribuição, estaríamos bem maisavançados no debate. Acreditamosque isso ainda seja possível. Seria omais sábio. Que a arte nos ilumine enos faça ir adiante na discussão.

DADO VILLA-LOBOS, DUDU FALCÃO eLEONI são músicos.

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NELSON MOTTA

Por ineficiência e submissão apressões politicas, come-çam a ser substituídos vá-rios diretores da Caixa Eco-

nômica e do Banco do Brasil nomea-dos pelo sindicalismo petista na eraLula. O aparelhamento partidário le-vou militantes bancários desprepa-rados a inúmeras diretorias nos ban-cos públicos e, mesmo que não rou-bem para si ou para o partido, derampesados prejuízos às instituições eaos seus acionistas privados e públi-cos — os contribuintes. A incompe-tência honesta dá tanto prejuízoquanto a ladroagem.

Claro que esses soviéticos não po-deriam entender nada do negóciodos bancos, porque sempre os odia-ram como instituição-base do capita-lismo e da exploração do homem.

Sua missão era lutar contra o patrãoganancioso, para melhorar direitos,salários e condições de trabalho dacategoria. Muito justo, mas o que amilitância sindical ensina sobre ad-ministração bancária, créditos,spreads, investimentos, juros, taxas,mercado, tecnologia?

O Banco do Brasil e a Caixa con-correm com os bancos privados embusca de clientes num mercado ultracompetitivo e, para conquistá-los,não bastam militância, conchavos ecapacidade de mobilização, é preci-so competência e trabalho. Justa-mente o que falta a sindicalistas queignoram a operação de bancos no li-vre mercado, porque passaram a vi-da combatendo-os e sonhando como seu fim no “grande amanhã” socia-lista.

Para esse pessoal, o grande ama-nhã já chegou. Mas os bancos conti-

nuam exibindo lucros assombrosos,e são mais odiados do que nunca. Co-mo sempre, a pelegada vai gritar “épreconceito contra os trabalhado-res!” e fingir que não entende as evi-dências dos desastres que provocampessoas não qualificadas em direto-rias de um negócio que ignoram e,por ideologia, sempre combateram.

“O que é o roubo de um bancocomparado à fundação de um ban-co?”, a pergunta de Bertold Brechtera uma palavra de ordem da esquer-da nos anos 70. Ainda é?

Esses bancários que viraram ban-queiros de araque, com capitalalheio, simbolizam uma das mais no-civas distorções da era Lula que onovo governo começa a desmontar,em busca de eficiência e produtivida-de.

NELSON MOTTA é jornalista.


8 ● OPINIÃO Sexta-feira, 29 de abril de 2011.

DOS LEITORESO GLOBO

Pelo e-mail, pelo site do GLOBO, por celular e por carta, este é um espaço aberto para a expressão do leitor


Após os últimosgovernos, temoscerteza que nãosabemos nemprivatizar, nemgerir empresaspúblicas— Roberto Pereira D’Araujo

Privatizações● A ideologia da privatização como estraté-gia redentora de todos os males continuamuito forte no imaginário da sociedade. Nocaso dos aeroportos, nem o exemplo damaioria dos países desenvolvidos serve paraexaminar a questão com cuidado. Além dis-so, até parece que nossas experiências com aprivatização são maravilhosas. Vide Metrô,Barcas, SuperVia, Light e outras. O caso égrave, porque, depois dos últimos governos,podemos ter certeza que não sabemos nemprivatizar, nem gerir empresas públicas.

ROBERTO PEREIRA D’ARAUJORio

● Ah, que saudades do meu velho Galeão, daVarig, da Panair e de tantas companhias queao voar nos ofereciam almoço, cafezinho eaté flores no desembarque! Hoje, temos quecomprar o lanche dentro do avião, a um pre-ço absurdo, ou levar a lancheira de casa, pa-ra não ficar com fome. A isto chamamos deprivatização. Vai-se espremendo daqui, dali,o governo vai vendendo a sua parte e tudocai nas mãos de terceiros, que apertam ocerco aos passageiros e este ficam sem sa-ber como se locomover. Vêm a Copa, asOlimpíadas e depois o desemprego em mas-sa... A isto chamamos de privatização.

HENRY ARCKEMAMNRio

● A decisão de privatizar três dos maiores ae-roportos, com previsão de mais dois, porqueas obras estão atrasadas, caiu-me como umaducha gelada. Se a boiada está com carrapa-to, a solução não é sacrificá-la toda no ma-tadouro. Se nem 10% dos recursos ainda fo-ram aplicados, para que, afinal, serve o PAC?Esses recursos serão emprestados às con-cessionárias? Infelizmente a presidente se-gue a cartilha dos tucanos. Uma decepção.

ROLDÃO SIMAS FILHOBrasília, DF

Hora de reagir● É demais, num mesmo dia, ler que Re-nan Calheiros, com cinco processos; Ro-mero Jucá, com outra extensa “ficha”; GimArgello e mais outros com ficha nada lim-pa comporão o Conselho de Ética do Se-nado. Rui Barbosa deve estar dando vol-tas no túmulo. Viro a página e leio que oaloprado do Delúbio voltará ao PT e serácandidato a vereador por Goiânia, já queao longo dos cinco anos que ficou desfi-liado não falou mal do PT, ficou quietinho(não entregou ninguém) e por isso merecevoltar. E com o aval e a aprovação de Lulae Dilma, o mesmo Lula que o chamou detraidor e aloprado. E vem aí o voto em lis-ta. Pobre Brasil!

JOSÉ AUGUSTO RAMOS BELMONTNiterói, RJ

● Tudo indica que Delúbio Soares, um dosatores mais atuantes no chamado mensalão,vai se refiliar ao PT. Se a nossa Justiça nãofosse tão lenta, com certeza, o bravo tesou-reiro militante — acusado de executar umadas mais sórdidas tramas com dinheiro pú-blico em favor de um projeto político — jáestaria submetido à Lei da Ficha Limpa, oque evitaria aventuras políticas no próximoano. O seu óbvio propósito.

PAULO FREDERICO SORIANO DOBBINRio

● Calheiros está no Comitê de Ética, Delúbioserá reintegrado ao PT, Daniel Dantas pedeabertura de inquérito e quer saber quem va-zou informações sobre o mensalão à revista“Época”, na ocasião do escândalo. Denúnciaaceita pelo ministro Joaquim Barbosa, do STF,o inquérito será aberto. Como estão no co-mando, todos terão seus desejos atendidos. Eo PT pretende ficar mais 20 anos no poder. Se-rá que o povo brasileiro vai consentir que se-jamos roubados e humilhados desta maneirapor mais um longo período? Vamos reagir, nãovamos deixar que isto aconteça!

ACILÉA PINTO DA CUNHARio

Mais pistas em túneis● O atual e futuro engarrafamento da Lagoa-Barra não é resultado da falta de pistas, e simda sua abrupta interrupção com semáforos, se-jam eles na Armando Lombardi, Avenida dasAméricas, Praça Sibelius ou Delfim Moreira. Nadécada de 20, Alfred Agache já ensinava quevias expressas devem se iniciar e terminar em“espinha de peixe”, ou seja, com várias vias au-xiliares chegando ou saindo da via expressa,sem cruzamentos ou semáforos. Na década de50, Constantino Doxiadis, o mais famoso urba-nista do século passado, já definia uma via ex-pressa como sendo uma via “sem cruzamentose com acessos e saídas controlados”. O proble-ma não está no número de pistas, e sim no tér-mino abrupto e surreal nas extremidades dainexistente autoestrada. Na verdade, a Lagoa-Barra não começa na Lagoa nem termina naBarra, pois é interrompida por semáforos naGávea (Praça Sibélius) e no Jardim Oceânico(Armando Lombardi). Uma pena.

ROBERTO SABOYARio

● Impressiona a falta de visão de longo pra-zo em obras de infraestrutura. A construçãode apenas mais uma pista no elevado e noTúnel do Joá é um exemplo disso. Já que vaise fazer uma obra desse porte, que se façacom visão para pelo menos 20 anos. A cons-trução de apenas mais uma via de rolamen-to não deverá solucionar o problema detrânsito entre a Zona Sul e a Barra. Aindamais que não se fará qualquer obra rodoviá-ria entre São Conrado e Leblon/Gávea, ondeo gargalo é enorme.

FLAVIO FRAIHARio

● Qual a data limite para o Brasil desistir desediar a Copa do Mundo de 2014? E as Olim-píadas de 2016? Se as obras de infraestruturasão apenas isso que apresentam os governosmunicipal, estadual e federal — criar maisuma pista aqui outra acolá —, vai dar zebra nacerta. Enganar o povo brasileiro é muito fácil,mas o Comitê Internacional está de olho. Oufaçam a coisa certa, ou fiquem de olho no pra-zo de pular fora. Do jeito que está sendo pla-nejado faremos feio para o mundo esportivo.

PAULO CESAR PHILOT BARRADASRio

● Ou vai ou racha! Ou as obras saem do pa-pel ou o país, via seus administradores (Exe-cutivo/Legislativo/Judiciário), vai mostrarao mundo a mediocridade que reina nasnossas “ainda” colônias hereditárias. Talvezseja preciso pagar esse mico mundial paraque realmente saiamos da inércia, do fisio-logismo, da corrupção e de outros males de-testáveis que insistem em se perpetuar.

PAULO CESAR PASSARELLIRio

Tratamento padrão● Em relação à declaração do Metrô Rioque seus funcionários “são treinados paraagir sem o uso indevido da força”, como seexplica que o critério de seleção para servigilante foi alterado, contratando com ba-se exclusivamente no porte físico do can-didato? O conjunto de seguranças do Metrôé de fazer inveja a qualquer equipe de com-petição de vale-tudo ou sindicato de leõesde chácara. Se a empresa afirma que elesnão precisam usar desnecessariamente aforça, por que não contrata funcionáriosque tenham outras qualidades que não sejao grande porte físico, tais como a cordiali-dade, a educação e a simpatia?

ANTÔNIO CARLOS DA SILVA TAVARESRio

● Em atenção à carta do leitor Maurício Mar-tins (21/4), o Metrô Rio esclarece: existemduas escadas rolantes em cada plataformapara o mezanino na Siqueira Campos. No ca-so citado pelo leitor, que desembarca nosentido Zona Norte, a escada que dá saídaem direção à Rua Siqueira Campos perma-nece sentido subida e a saída, em direção àFigueiredo Magalhães, sentido descida. Omotivo de tal configuração se dá por esteacesso possuir o maior número de clientesembarcando. Desta forma, mantemos namesma plataforma uma de subida e outra dedescida. Vale frisar que para pessoas com di-ficuldades de locomoção há a alternativados elevadores nas duas plataformas.

ROSA CASSARgerente de Relações Institucionais e

Governamentais do Metrô Rio

Chuvas no Rio● Gastam-se R$ 500 milhões para terminar aCidade da Música, mais R$ 100 milhões pa-ra o Museu da Imagem e do Som, em Copa-cabana, mas não se tem R$ 200 milhões pa-ra a obra da Praça da Bandeira, que livrariado sofrimento milhões de cidadãos contri-buintes/trabalhadores cariocas!

JANY MOSSORio

● Após os temporais na Serra Fluminense, aprefeitura do Rio montou um Centro de Ope-rações e instalou um radar meteorológico, aocusto de R$ 2,5 milhões, que não foi capaz, se-gundo o prefeito, de “prever” o temporal. Sr.prefeito, quem faz previsão é o previsor me-teorológico, com informações e dados forne-cidos por um sistema. O radar indica a posiçãodas nuvens pesadas. Indica até seus desloca-mentos. A distância medida depende do alcan-ce do radar e de seu horizonte. Distância di-vidida pela velocidade de deslocamento resul-ta no tempo de previsão da chegada do tem-poral. Nunca teremos um serviço meteoroló-gico de Primeiro Mundo com apenas oito uni-versidades no país formando meteorologistas.Os voos do nosso desenvolvimento só serãoconsistentes se investirmos em educação.

MARCELO HECKSHERAuckland, NZ

● Ruas e praças da Tijuca, como Afonso Pe-na e Sãens Pena, entre outras, encontram-se enlameadas até hoje (28/4), por conta dachuva da última segunda-feira. Porteiros evoluntários estão retirando a lama das cal-çadas, para facilitar o ir e vir das pesssoas.Não se vê um gari fazendo a limpeza. Tam-bém é sabido do mal que a poeira prove-niente da lama ressecada faz à saúde.

FRANCISCO DE ASSIS RIBEIRO ARRAISRio

● Leio sobre o abandono do corredor cul-tural e adjacências, ocupado por mendigosque estendem roupas nas grades que cer-cam o Ifics e que o descaracterizam. Agora,pretendem colocar grades no entorno doTeatro João Caetano (para que os mendigostenham mais varais?). Falem sério, adminis-tradores dessa linda e pobre cidade! A fortechuva os surpreende e o Rio, literalmente,vira mar. Culpa-se São Pedro, que exagerounos milímetros de chuva. Acorda, prefeito!O sr. administra a cidade!

EDNA VELOZO MARTINSRio

‘Pistas de corrida’● Quanto aos discutíveis resultados práticosdo novo sistema de transporte coletivo BRSem Copacabana, um deles certamente foi con-seguido: transformou a Avenida Nossa Senho-ra de Copacabana e a Rua Barata Ribeiro empistas de corrida para os ônibus, que trafegamem absurdas velocidades, especialmente embairro residencial, sem a mínima preocupaçãocom possíveis falhas humanas ou técnicas.

JIRI GLASSRio

Lady Kate● A propósito do casamento real em Lon-dres, é bom lembrar que, há 30 anos, milha-res de meninas brasileiras foram registradascomo “Daiana”. Será que as de 2011 em dian-te serão conhecidas como “Queite”, “Khey-ty” ou “Keitthy”? A esperar e constatar.

THEO J. SANTOSRio

Rede secreta● As reportagens veiculadas nos dias 24 e25/4, na série “A rede secreta do sargento”, as-sociaram indevidamente os nomes da empre-sa Network Inteligência Corporativa e de seufundador, Marcelo Augusto Romeiro da Roza,a atos ilícitos, como o grampo do BNDES, nosanos 90. A verdade foi restabelecida na ediçãode 27/4. No entanto, faltou esclarecer, em res-peito ao público leitor e aos clientes de nossaempresa, que a Network IC não trabalha com“espionagem”, como constou na edição de24/4. Muito pelo contrário, protege seus clien-tes contra escutas e outros atos ilegais queameaçam as empresas hoje em dia.

MARCELO RICARDO ROMEIRO DA ROZAdiretor da Network Inteligência Corporativa

CORREÇÃO

● Diferentemente do publicadono Rio Show, a peça “Navegar épreciso” não será encenada noSesc-Tijuca. E a classificação etá-ria do fime “Água para elefantes”foi alterada de 12 para 14 anos. Asmodificações foram divulgadasapós o fechamento da edição.

Cortar pensões do INSS● Erra feio o ministro Garibaldi Alves Filho, ao afirmar sem base legalque pensões por morte são indevidas e, portanto, devem ser extintasmediante ajustes no critério de suas concessões. O assunto e o tema,longe do que pensa o ministro, são regulados por lei que não pode seralterada por simples diletantismo dos governantes do momento, oumesmo por intermédio de meras portarias elaboradas por servidorestecnocratas investidos em funções de jurisperitos. Indevida, ao nossosentir, é a nomeação de políticos para ministérios e que se tornam ape-nas “ouvidores” e “executores” de opiniões alheias, sempre em prejuízodaqueles que trabalham, casam-se e mantêm elevada a expectativa deum futuro melhor para suas esposas e famílias quando de sua morte.

ALEXANDRE NEY O. RAEDRio

● Estarrecedor, para não dizer decepcionante,a preocupação do INSS, leia-se Garibaldi AlvesFilho, ministro da Previdência, sobre a futuramodificação das pensões por morte. Impressio-nante como estes políticos escolhem logo o po-vo quando pensam em cortes no Orçamento.Por que eles não cortam as aposentadorias dospolíticos? A meu ver, política não é profissão. Éum absurdo um deputado, um senador se apo-sentar por oito anos de serviço, e também umex-governador como Roberto Requião receberaposentadoria de R$ 24 mil e também os pro-ventos como senador. É sempre o povo quetem de segurar a barra do governo.

ROBERTO DE ALENCARNiterói, RJ

● O ministro da Previdência diz que vai cortaras pensões de viúvas e não esclarece como fa-rá. Dizer que a mulher de um promotor não po-de receber a pensão do marido porque ela tam-bém é promotora aposentada e recebe outrapensão é um completo non sense, além de rom-per todos princípios do direito e da democra-cia. Basta que se passe a cobrar uma contribui-ção em função da idade do beneficiário. Minis-tro, por favor, contrate um atuário — que sejahonesto e que não diga amém para este tipo debobagens — como assessor.

ALEXANDRE P. G. PEREIRARio

● O ministro Garibaldi Alves Filho acaba de re-descobrir a roda e a pólvora, ao encontrar afórmula para estancar o déficit nos cofres doseu ministério. O ministro deve estar ciente deque o histórico déficit não reside nas míseraspensões dos trabalhadores e das aposentado-rias, cada ano mais aviltadas. Veja, sr. ministro,no noticiário de hoje (ontem): mais uma qua-drilha infiltrada no INSS que teria dado um pre-juízo de R$ 120 milhões. Desses roubos ouve-sefalar sempre. Só não se ouve falar sobre o res-sarcimento dos valores. Estanquem-se os rou-bos, despolitize-se o sistema administrativo ecobre-se dos devedores. Eis a questão.

JAIR GOMES COELHOVassouras, RJ

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N A I N T E R N E T E N O C E L U L A R

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NoTwitterUma pizza por favor, com umsabor bem brasileiro.(@FabianoHeizer)RT @JornalOGlobo: Demora doSTF faz prescrever crime do qualo ex-chefe de polícia do Rio,Álvaro Lins, era acusado.

São as instalações de remo ecanoagem. (@djbetoduarte)RT @JornalOGlobo: COIquestiona governo sobretranstorno no entorno doMaracanã causado portemporal.

Bullying diplomático.(@eliasbruno)RT @JornalOGlobo: ReinoUnido suspende convite docasamento real paraembaixador da Síria.

Famoso porre. (@brunosvieira)RT @JornalOGlobo:Pesquisadores estudam formade apagar memórias ruins.

Mesmo ruins, não me desfaçodas minhas nunca.(@Debora_Gili)RT @JornalOGlobo:Pesquisadores estudam formade apagar memórias ruins.

Me entende agora?(@viniciusmrocha)RT @JornalOGlobo: Exercer oautcontrole na dieta para comeralimentos saudáveis deixa aspessoas irritadas, diz pesquisa.Siga: twitter.com/jornaloglobo

O tráfego e o equilibrista em Jacarepaguá

Foto de Bernardo Dantas

Um exercício de equilibrismo. Essa é a definição do leitor Bernardo Dantas para um

carro que trafegava ontem, repleto de carteiras escolares no teto, na Avenida

Salvador Allende, em Jacarepaguá. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)

dispõe que a carga não deve colocar em perigo as pessoas, causar danos a

propriedades públicas ou privadas, nem se arrastar ou cair pela via. De acordo com

o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), essas são infrações graves, em que o

motorista pode ser multado e ter o veículo retido. — oglobo.com.br/eu-reporter

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Vote● Você concordacom a volta deDelúbio Soaresao PT?oglobo.globo.com/pais

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Conte● Qual dos artistasda nova cena musicalbrasileira vocêconhece melhor?oglobo.globo.com/cultura

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Opine● Próximo Enem deveser em outubro. Terátempo de estudar?oglobo.globo.com/educacao/vestibular

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AUDIÊNCIA● O post no blog da colunistaPatrícia Kogut sobre o fim dagravidez de Danielle Winits foi anotícia mais lida no site doGLOBO. O bebê — o segundo filhoda atriz — nasceu ontem.

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MAIS COMENTADA● Os ataques indiretos dodeputado federal Jair Bolsonaro(PP-RJ) ao colega de Câmara dosDeputados Jean Wyllys (PSOL-RJ)foram o tema da matéria maiscomentada pelos leitores do site.

“É prioridade absoluta umareforma completa do sistemaprevidenciário brasileiro! OBrasil, com este sistemaatual, vai se dar muito mal nofuturo, tanto financeiramente,quanto socialmente.” — GabrielFreitas, sobre os possíveis ajustes dogoverno para acabar com irregularidadesno pagamento de pensão por morte.

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Gastam-semilhões coma Cidade daMúsica, mas nãohá verba paraa obra da Praçada Bandeira— Jany Mosso



Senado substituirá frota por carros alugadosEdital prevê a substituição de 89 veículos; Casa alega que mudança permitirá economia com a manutenção

Roberto Maltchik

● BRASÍLIA. Dentro de um mês esob o comando de José Sarney(PMDB-AP), o Senado vai lan-çar um edital para alugar 89carros para uso exclusivo dossenadores e da direção da Ca-sa. Com a proposta, aprovadaontem pela Mesa Diretora, aatual frota será aposentada eterá como destino o leilão pú-blico. Segundo a Casa, a subs-tituição permitirá uma econo-mia de até R$ 6 milhões porano. Os parlamentares troca-rão os Fiat Marea, compradosem 2002, por veículos de luxo“do parâmetro do ChevroletVectra”, conforme classificouo primeiro secretário da Mesa,Cícero Lucena (PSDB-PB).

A atual frota custa aos cofresdo Senado R$ 17,8 milhões

anuais, de acordo com Lucena.O valor, segundo ele, é gastoem manutenção, pois muitosdos carros tem “mais de 200mil quilômetros rodados”.

— Esse gasto se justifica pe-la mão de obra de manuten-ção. Gastos de oficina, de pe-ças que precisam ser troca-das. São custos criados peloenvelhecimento dos carros —disse o primeiro-secretário.

Custo mensal será superiora R$ 4 mil por carro

Cada carro alugado deverácustar pouco mais de R$ 4 milmensais. Os pagamentos de-vem prosseguir normalmenteno período de recesso do Legis-lativo. Lucena admitiu que a fis-calização da imprensa e dos ór-gãos de controle será funda-mental para “dar transparência

à licitação”, que garantirá à em-presa vencedora um contratode cinco anos com o Senado.

Os novos veículos deverãoser trocados a cada dois anospela locadora, e os custos demanutenção também ficarão acargo da vencedora da licita-ção nacional.

O Senado abrirá mão da fro-ta própria, mas os senadorescontinuarão com seus cargosde confiança de R$ 1,8 mil pa-ra a contratação de motoris-tas. De acordo com um servi-dor ouvido pelo GLOBO, a Me-sa descartou qualquer possi-bilidade de acabar com essescargos de livre provimento.

— O aluguel com motoristapoderia encarecer muito a lo-cação, que também teria lu-cro com o motorista. Comoestá, nós pagamos apenas os

cargos comissionados e osencargos sociais — argumen-tou o parlamentar.

A aposentadoria da frotatambém vai reduzir o trabalhona oficina do Senado, que ocu-pa uma área de 4 mil metrosquadrados. O Senado aindanão sabe o destino da área enem dos funcionários que cui-dam dos carros dos senado-res. Eles deverão ser “remane-jados para outras funções”. Aprevisão é que a garagem fi-que menor.

— Essa garagem está super-dimensionada. Ela tambémvai ficar menor — afirmou Cí-cero Lucena. ■

O GLOBO NA INTERNET

a Veja a composição do SenadoFederaloglobo.com.br/pais

LOTERIAS

● QUINA: As dezenas sor-teadas no concurso 2.582foram 15, 29, 58, 67 e 70..

● LOTOFÁCIL: As dezenassorteadas no concurso630 foram 01, 02, 04, 06,07, 12, 13, 14, 17, 18, 20,22, 23, 24 e 25.

•O leitor deve checar os resultados tambémem agências oficiais e no site da CEF por-que, com os horários de fechamento do jor-nal, os números aqui publicados, divulgadossempre no fim da noite pela CEF, podemeventualmente estar defasados.

SARNEY, EM conversa com Vital do Rêgo, em pé, aprova troca de carros

Ailton de Freitas/27-04-2011

Governo corre para mudar regras de licitaçãoVaccarezza anunciou que quer votar Regime Diferenciado de Contratações até o dia 10

Isabel Braga

● BRASÍLIA. Confiante no apoiodo governador do Rio, SérgioCabral, e do prefeito EduardoPaes, o líder do governo na Câ-mara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou ontem que quervotar, até o próximo dia 10, aproposta do Regime Diferencia-do de Contratações (RDC), quemuda as regras da Lei de Licita-ções em vigor, a Lei 8.666/93. Se-gundo Vaccarezza, a mudançadará agilidade às licitações, es-pecialmente para as obras nosaeroportos. Vaccarezza querconversar com os líderes daoposição na próxima semanapara pedir apoio à votação:

— Elaboramos um texto equi-

librado e tentaremos votar até odia 10. O texto foi construído ou-vindo o Ministério Público, oTCU, a oposição, o prefeito e ogovernador do Rio, os mais atin-gidos pelas obras das Olimpía-das. A ideia é ampliar o escopodas licitações, não vinculandoas mudanças só às Olimpíadas eà Copa. Vamos ter condição devotar na próxima semana.

Mas os líderes da oposição re-sistem. Cientes de que o gover-no poderá usar a maioria paraaprovar, anunciam que obstrui-rão as próximas votações.

— Estamos abertos a conver-sar. Ele me ligou, mas não podecombinar conosco de conversare marcar data. Até por já saberos métodos dos tratores do go-

verno, nós nos manteremos emobstrução — avisa Duarte No-gueira, líder do PSDB. — Comonão tiveram competência parafazer (as obras) no tempo ade-quado, querem atropelar a lei. A

população vai pagar pelo prejuí-zo, porque as mudanças abremmargem à corrupção.

O líder do DEM na Câmara,ACM Neto (BA), também reagiu:

— Esse tipo de ameaça doVaccarezza só dificulta a relaçãoentre governo e oposição. Se elechamar para conversar, iremos,mas o governo não pode quererimpor uma imoralidade. Votarsemana que vem? Brincadeira!

O líder do PPS, Rubens Bue-no (PR), diz que não participoude qualquer ajuste no texto .

Vaccarezza reage às críticas:— Passamos 30 anos para-

dos. É preciso ter transparên-cia e agilidade.

Pelo RDC, o sistema especialseria usado só em obras de “in-

fraestrutura aeroportuária ne-cessária para a realização da Co-pa”. No caso das Olimpíadas,não se limita aos aeroportos: se-riam licitações e contratos ne-cessários aos Jogos de 2016.

Para incentivar as empresas acorrer com as obras, o governoprevê até uma espécie de bônuspara quem for mais rápido. Per-mite-se ainda a contratação dediferentes modelos de obras. Po-derão ser contratadas obras glo-bais, ou os projetos poderão serfatiados. As licitações deverãoocorrer, preferencialmente, pelainternet. O RDC ainda permitiráconsórcios para participar daslicitações. Também poderão serexigidos requisitos de sustenta-bilidade ambiental. ■

“Por já saber osmétodos dos tratoresdo governo, nós nosmanteremos emobstruçãoDuarte Nogueira, líder do PSDB

tribo, sua for qual seja praia, sua for qual Seja

entende Janeiro de Rio o língua, sua for qual seja

único. jeito um tem que lugar o é Pois jeito. seu o

de som ao movem se anônimos e célebres Onde

princesa samba, no gringo Tem batida. mesma uma

do amigo é que Vila da sambista o tem funk, no

a janeiro De Barras. Duas em lá americano roqueiro

tem. Rio o que bamba de alma essa viva janeiro,

RIO DE JANEIRO.Marca registrada do Brasil.

novoRJ.com.br

10 ● O PAÍS Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.


Deslizamento em túnel do PAC foimantido em sigilo pelo governo

Duas semanas antes de deixar a Presidência, Lula visitou obra no Ceará

Isabela Martin

● FORTALEZA. Um desliza-mento de solo na entrada doTúnel Cuncas I, localizadono município de Mauriti, noCeará, paralisou as escava-ções da obra que faz partedo projeto de transposiçãodo Rio São Francisco e inte-gra o Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC).Não houve feridos. Uma visi-ta a essa obra foi um dos úl-timos compromissos oficiaisdo ex-presidente Lula, no dia14 de dezembro, duas sema-nas antes de deixar o cargo.

O Túnel Cuncas I tem 15quilômetros de extensão e ligaMauriti a São José de Pira-nhas, na Paraíba. Cerca de98% do túnel ficam em rocha,mas foi no pequeno trecho emsolo que o deslizamento,ocorreu no último dia 20. Masaté ontem ele foi mantido emsigilo pelo Ministério da Integração.

Ontem, em nota, o ministério disse quenas escavações de túneis em solo podemocorrer “imprevistos geológicos” que in-duzem à ruptura do teto, acarretando odesprendimento da terra. Nesses casos,segundo a pasta, é feito o preenchimentodo solo da região afetada antes de ser re-tomada a escavação.

O Consórcio Construtor Constru-cap/Toniollo e Busnello/Ferreira Gue-des, responsável pela execução dessetrecho, suspendeu as atividades atéque sejam realizadas novas análises eestudos do solo. As visitações tambémforam suspensas por motivo de segu-rança. A imprensa não teve acesso.

As outras duas frentes de serviços daconstrução do Cuncas I, que estão loca-lizadas no meio e na saída do túnel, es-tão funcionando normalmente, de acor-do com o ministério.

O gestor administrativo do consórcio,

José Roberto, disse que as empresas ape-nas executam o projeto da forma como foicontratado pelo Ministério da Integraçãoe que representantes da pasta estão pre-sentes na obra em tempo integral.

— Parece uma coisa muito séria, masé bem mais simples — disse.

O ministério não informou o compri-mento do túnel que fica em solo. No dia doacidente, já teriam sido escavados cercade 80m, e o deslizamento teria atingido50m desse total, segundo ex-operário ou-vido pelo GLOBO, que pediu para não seridentificado.

Ele abandonou o trabalho um dia an-tes do deslizamento alegando insegu-rança. Nesse dia, segundo ele, uma ro-cha de aproximadamente 40kg caiu amenos de 1,5m à sua frente enquantotrabalhava na parte rochosa do túnel.Ele também relatou outros casos de aci-dentes. Em um deles, ocorrido este ano,um operário sofreu traumatismo crania-

no após ser atingido na cabeça por umapedra. Máquinas que entram no túnelteriam o teto todo amassado.

Para ele, só não houve vítimas dessedeslizamento porque ocorreu à noite.Disse ainda que há pelo menos um mêsas obras do lado cearense do túnel —que chegaram a funcionar em três tur-nos — só estariam em operação em umúnico turno durante o dia.

— A maioria dos trabalhadores tem me-do, mas fica porque precisa — contou.

O ex-operário disse ainda que ao seremcontratados os trabalhadores recebemorientação sobre a importância de evita-rem conversas sobre problemas da obra.

Cuncas I é o maior túnel subterrâneopara transporte de águas da América La-tina. Além dele, há o Cuncas II, com qua-tro quilômetros de extensão. Para a cons-trução dos dois túneis serão investidoscerca de R$ 203,3 milhões. A conclusãoestá prevista para dezembro de 2012.

Propostas para areforma políticasão aprovadasSenadores vão votaroutros projetos sobreos mesmos temas● BRASÍLIA. Os senadores que li-deram a discussão sobre a refor-ma política aprovaram ontem ostextos das propostas relativas anove temas. Faltam apenas três,que devem ser concluídos napróxima semana. Os textos fo-ram feitos com base nas deci-sões da maioria dos senadores.Agora, serão enviados ao presi-dente do Senado, José Sarney,antes de seguirem para a análiseda Comissão de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ).

Durante a votação, senadorescomo Roberto Requião (PMDB-PR) e Demóstenes Torres (DEM-GO) deixaram claro que apre-sentarão, independentementedo que foi decidido na comis-são, outros projetos sobre os te-mas votados. O mesmo já foi si-nalizado pelo senador AloysioNunes (PSDB-SP). Para Demós-tenes, os senadores não só po-dem, como devem se opor:

— Eu sou contra quase tu-do. Fui voto vencido em muitacoisa, então vou defendermeus pontos de vista. Agora, oque a comissão aprovou pormaioria é o que saiu daqui.

Apesar de concordar que hápontos polêmicos, como o siste-ma eleitoral e a reeleição, o pre-sidente da comissão, FranciscoDornelles (PP-RJ), acredita quealguns temas, como suplênciade senador, fidelidade partidáriae datas para a posse, não sofre-rão mudanças.

— Grande parte dos pontosque foram aprovados pela co-missão, eu diria que 90%, vaiprevalecer — previu o senador.

Outro ponto que provavel-mente será pacífico, segundoDornelles, é a realização de refe-rendo para ouvir a populaçãosobre o sistema eleitoral. Pontosaprovados serão apresentadoscomo projetos de lei. ■

Dilma estrelaráprogramas do PTna televisãoPresidente vai falar aolado de Lula sobre obraspara Copa e Olimpíadas● BRASÍLIA. A presidente DilmaRousseff, avessa a muitas apari-ções públicas desde que chegouao Planalto, será figura constan-te na TV nos próximos dias. Co-meça hoje, com o tradicionalpronunciamento presidencialpor ocasião do Dia do Trabalho,em rede nacional de rádio e te-levisão. E, a partir de amanhã, apresidente volta a estrelar os co-merciais do PT no rádio e na TV,ao lado do ex-presidente Lula.

No programa partidário, adupla usará o espaço para res-ponder, indiretamente, às críti-cas do PSDB, que em seu horá-rio partidário veiculado nas úl-timas semanas explorou o atra-so das obras de infraestruturano país relacionadas à Copa de2014 e às Olimpíadas de 2016.Os tucanos criticaram a falta deplanejamento do governo ealardearam o risco de o Brasilpassar pelo vexame de não con-seguir sediar o campeonatomundial de futebol, por falta deestrutura adequada.

Nos filmetes do PT, que ante-cedem o programa semestral de15 minutos e foram gravadoscom a supervisão do marquetei-ro João Santana, Dilma e Lulavão detalhar os investimentosdo governo principalmente naárea de aeroportos e obras paraconstrução de estádios. Dilmafalará ainda sobre o Plano Na-cional de Erradicação da Misé-ria, que lançará em maio.

No pronunciamento de hojeem cadeia nacional, Dilma devefalar sobre o programa do gover-no para ampliar as ações de qua-lificação técnica e profissionaldos trabalhadores brasileiros, oPronatec, que foi lançado ontempor ela no Palácio do Planalto. Ameta do governo é treinar maisde 3 milhões de estudantes e tra-balhadores até 2014. ■

EM DEZEMBRO do ano passado, Lula, durante visita às obras do PAC no Ceará, brinca com criança

Hans von Manteuffel/14-12-2010

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6,98Pescadinhaevisceradocongelado - 1 kg

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7Pargo médiofresco inteiro fresco inteiro

Pargo médio Porquinhointeiro frescoKg7,49 Camarão cinza

inteiro - kg11,80 Filé de saintpeter frescokg19,90Filé de saint

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Governo promete R$ 1 bi para ensino técnicoPronatec prevê mais 200 escolas técnicas até 2014 e R$ 700 milhões para financiamento de bolsas de estudo

Chico de Gois e Luiza Damé

● BRASÍLIA. A presidente DilmaRousseff lançou ontem o Progra-ma Nacional de Acesso ao Ensi-no Técnico e ao Emprego (Pro-natec), uma continuação da ex-pansão das escolas técnicas rea-lizada no governo do ex-presi-dente Lula — lembrado na ceri-mônia por Dilma e o ministro daEducação, Fernando Haddad.Com a iniciativa — promessa decampanha —, Dilma espera re-duzir um problema crônico parao crescimento dos serviços e daindústria nacional: a falta demão de obra especializada.

O orçamento deste ano seráde R$ 1 bilhão, sendo R$ 700milhões para bolsas de estudoe R$ 300 milhões para financia-mento estudantil. A verba pa-ra a construção das escolas jáestá prevista no Orçamentodo Ministério da Educação.

O objetivo do Pronatec, deacordo com Haddad, é construirmais 200 escolas técnicas até2014. Somadas às 140 existentesaté 2002 e às 214 inauguradas nagestão Lula, em quatro anos se-rão 554 unidades unidades. Had-dad disse que 81 novas escolasjá estão em construção e deve-rão ser entregues até o início doano que vem. O Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) terá R$ 3,5 bi-lhões para escolas do sistema S— Sesi, Senai, Sesc e Senac.

— Pretendemos ampliar a ex-pansão da rede de escolas técni-cas da federação, aportando re-cursos do BNDES para que pos-sam antecipar o plano de inves-timento. Aquilo que seria feitoem dez anos, vamos ampliar edobrar a capacidade — disse.

Juros baixos paraprogramas de capacitaçãoHaddad afirmou que o gover-

no também irá conceder recur-sos com juros mais baixos queos praticados no mercado àsempresas privadas que se com-prometam a formar trabalhado-res. Para tanto, irá usar o Fundode Financiamento ao Estudantedo Ensino Superior (Fies) — quepassa a se chamar Fundo de Fi-nanciamento Estudantil —, cujaa taxa de juros para os estudan-tes que contraem empréstimospara ingressar numa universida-de particular é de 3,4% ao ano.Para demonstrar a precariedadena formação técnica, o ministrolembrou que o ensino superiorsomou 6 milhões de matrículas,enquanto o ensino técnico de ní-vel médio apenas um milhão.

A presidente Dilma disse queé importante para o crescimen-to do país aumentar o númerode profissionais técnicos.

— Os desafios que temos e aobrigação de enfrentar decor-rem de termos obtido váriasconquistas ao longo desse pro-cesso. Estamos hoje próximosdo pleno emprego e enfrenta-

PRESIDENTE DILMA, ao lado dos ministros Antonio Palocci e Fernando Haddad, participa da cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego

Gustavo Miranda

mos grande demanda de mão deobra qualificada, demanda mui-tas vezes assimétrica, porqueem alguns casos falta mão deobra qualificada. Em outros so-bre mão de obra sem a qualifi-cação necessária — destacou.

Ela observou que a forma-ção atual dos trabalhadores já

não corresponde às expectati-vas do mercado.

— O sistema de capacitaçãoprofissional brasileiro já não cor-responde às necessidades dopaís e às dimensões da nossaeconomia e é fruto de um outroperíodo de desenvolvimentoeconômico do nosso país. Por is-

.

MEC não dá explicações sobre cálculo de metasApós quatro meses, deputados ainda não receberam nota técnica referente ao PNE

so se transformou em um desa-fio à nossa capacidade de cres-cimento, por isso tem de ser en-frentado de maneira direta.

E prometeu:— Vamos continuar amplian-

do aquilo que o presidente Luladizia com muito orgulho quenós havíamos conseguido fazer

mais em oito anos do que nosúltimos cem anos. ■

O GLOBO EM SMSReceba notícias de política diretono seu celular. Envie um torpedocom o texto OGLPOL para 50020.R$ 0,10 por mensagem (maisimpostos). Até 3 notícias por dia

Demétrio Weber

● BRASÍLIA. Quatro meses depois de en-viar ao Congresso projeto que institui onovo Plano Nacional de Educação(PNE), com 20 grandes metas para a dé-cada de 2011 a 2020, o governo federalainda não explicou como chegou aosnúmeros. Os deputados que analisam oprojeto reclamam que o Ministério daEducação (MEC) reluta em enviar a cha-mada nota técnica, com o diagnósticodo ensino no país e os motivos que olevaram a estipular as metas.

Diante da demora, deputados apresen-taram requerimentos de informações.Mas nem assim foram atendidos peloMEC. Anteontem, na terceira reunião dacomissão especial criada para analisar oPNE, o relator, deputado Angelo Vanhoni(PT-PR), reclamou da falta de resposta por

parte do ministério. E apresentou novo re-querimento, aprovado ontem mesmo.

— Temos pressa. Os deputados têmque ter esses dados em mãos. Sem eles,dificulta e muito o nosso trabalho —disse Vanhoni.

A vice-presidente da comissão espe-cial, deputada, Teresa Surita (PMDB-RR), fez a mesma queixa.

— Não dá para trabalhar sem umdiagnóstico — afirmou.

O projeto do PNE propõe o aumentodos investimentos anuais em Educaçãode 5% para 7% do Produto Interno Bru-to (PIB), a universalização da pré-esco-la e do atendimento de jovens de 15 a 17anos, a erradicação do analfabetismoentre adultos e a garantia de que todasas crianças aprenderão a ler e a escre-ver até os 8 anos. A comissão organiza-rá audiências públicas para debater a

proposta nas próximas semanas.A assessoria de imprensa do Ministé-

rio da Educação informou que a notatécnica será encaminhada à Câmara atéa próxima terça-feira.

Um dos requerimentos é de autoriado deputado Nelson Marchezan Júnior(PSDB-RS). Ele foi encaminhado emmarço, e o prazo terminou em 4 deabril. Em tese, conforme prevê a Cons-tituição, o atraso configura crime deresponsabilidade.

Mas, segundo a Primeira Secretariada Câmara, a decisão de abrir processocontra o ministro Fernando Haddad ca-be exclusivamente ao autor do requeri-mento, no caso, Marchezan Júnior. As-sessores do deputado disseram ontemque essa possibilidade estaria afastada,já que o MEC prometeu o envio da notaexplicativa nos próximos dias. ■

Site divulgaestudos sobreeducação● SÃO PAULO. Foi lançado on-tem em São Paulo o projeto“Caminhos para melhorar oaprendizado” , que tornaacessível, por meio da inter-net, uma compilação de pro-jetos e trabalhos sobre edu-cação cujo foco está na eficá-cia do processo de aprendi-z a g e m d o a l u n o . O s i t e<www.paramelhoraroapren-dizado.org.br> apresenta asprincipais conclusões de 165estudos nacionais e interna-cionais sobre os impactos depolíticas de educação e ana-lisa diversas característicasdo sistema educacional, dasescolas e dos professores so-bre o aprendizado dos alu-nos, especialmente em Mate-mática e Linguagem.

A presidente do Instituto Ayr-ton Senna, Viviane Senna, cha-mou o trabalho de um “bebe-zão” que foi longamente gesta-do e que, por coincidência, nas-ceu no Dia da Educação.

— Esse novo projeto é umbebê, um bebezão, que foi lon-gamente gestado. Um trabalhode gestação que durou quatroanos — disse. ■



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TRFs não sabem como punir juízesConselho de Justiça Federal determinou corte de ponto de quem aderiu à paralisação do setor

O P I N I Ã O

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EQUÍVOCO● HÁ ALGO de muito errado no entendimento de juízes so-bre sua função na sociedade.

AO USAREM um recurso clássico na barganha de “emprega-dos” e “patrões”, a greve, os magistrados demonstram desco-nhecer que exercem uma função essencial de Estado.

Catarina Alencastro

● BRASÍLIA. Um dia depois daparalisação dos magistrados fe-derais, os Tribunais RegionaisFederais (TRFs) ainda não sa-bem como vão cumprir a deter-minação do Conselho de Justi-ça Federal de cortar o pontodos juízes que aderiram ao mo-vimento. O TRF da 3a- Região,que engloba São Paulo e MatoGrosso do Sul, informou quenesses estados ninguém cruzouos braços. Com isso, o tribunalacabou contestando os dadosdivulgados pela Associação dosJuízes Federais (Ajufe).

Segundo a Ajufe, em todo opaís, 90% dos juízes aderiram àparalisação por aumento salarialde 14,79%. Mas, segundo o TRF-3, 300 juízes e 41 desembargado-res que fazem parte da 3a- Regiãoda Justiça Federal não teriam en-grossado a paralisação. Ou seja,considerando apenas os dadosdo tribunal de São Paulo, a ade-são teria sido de 77%.

O TRF-3 informou que hou-ve apenas um ato de apoio àgreve por aumento salarial,igualdade de prerrogativascom o Ministério Público emais segurança para os magis-trados. Para o presidente daAssociação dos Juízes Fede-rais de São Paulo e Mato Gros-so do Sul (Ajufesp), Ricardo deCastro Nascimento, no entan-to, é difícil precisar quantosaderiram à greve de ontem.

— Ninguém tem como com-provar quem trabalhou e quemnão trabalhou. O tribunal nãocontrola o ponto de juiz. Nósnão batemos ponto, a gente re-

cebe advogado em casa, traba-lhamos o tempo todo. Mas mesurpreendeu a grande adesãono país. A maioria aderiu à gre-ve, atendendo apenas os casosde urgência — afirmou o juiz.

Segundo a Ajufesp, cem juízesparticiparam da reunião queaconteceu no próprio local detrabalho, no auditório do FórumPedro Lessa, em prol das causasda greve, mas trabalharam nor-malmente após o evento.

Os TRFs ainda estão avalian-do como cumprir a decisão doConselho sobre o corte de pon-to. O TRF da 4a- Região disse quea decisão será cumprida, se for ocaso, mas que é preciso analisara participação dos juízes na gre-ve. O TRF da 1a- Região informouque aguardava posição do presi-dente sobre o assunto. Procura-dos, os TRFs da 2a- e 5a- Regiõesnão responderam os pedidos deinformação do GLOBO. ■

Marcos Alves/27-4-2011

ATO DE magistrados federais em São Paulo: segundo presidente da Ajufesp, “ninguém tem como comprovar quem trabalhou e quem não trabalhou”

Fux é eleito paravaga de Celso deMello no TSEMinistro recebeu novevotos contra apenasum para Ellen Gracie● BRASÍLIA. O ministro LuizFux, do Supremo TribunalFederal (STF), foi eleito on-tem ministro substituto doTribunal Superior Eleitoral(TSE). Fux assumirá a vagaque deveria ter sido assumi-da por Celso de Mello, quenão mais ocupará o cargo. Opresidente do Supremo, mi-nistro Cezar Peluso, expli-cou que Mello encaminhouofício justificando sua recu-sa em assumir o posto de su-plente na Justiça eleitoraldestinado a ministros doSTF. Luiz Fux recebeu novevotos, e sua concorrente aocargo, ministra Ellen Gracie,obteve apenas um voto.

Dos sete ministros titularesdo Tribunal Superior Eleitoral,três são ministros do Supre-mo, dois do Superior Tribunalde Justiça (STJ), e os outrosdois são advogados indicadospelo STF e nomeados pelo pre-sidente da República. Na Cor-te, também são sete os minis-tros substitutos, com a mesmaorigem dos titulares.

Luiz Fux foi promotor deJustiça no Rio, juiz eleitoral,também no Rio, entre 1983 a1997, desembargador no Tri-bunal de Justiça do estado en-tre 1997 e 2001 e ministro doSTJ entre 2001 até este ano. NoSupremo, Fux assumiu a vagadeixada pelo ministro ErosGrau, que se aposentou noano passado. A escolha dosubstituto seria tomada peloentão presidente Luiz InácioLula da Silva, mas ele resolveudeixar a tarefa para a presi-dente Dilma Rousseff. ■

Cardozo diz quefronteiras não são‘impermeáveis’Em encontro no PR,ministro propõeintegração de polícias● FOZ DO IGUAÇU (PR). O minis-tro da Justiça, José Eduardo Car-dozo, disse ontem que as fron-teiras brasileiras “não são im-permeáveis” e que o reforço nasegurança depende de boa ges-tão financeira e de integraçãodas forças policiais municipal,estadual, federal e de países vi-zinhos. A avaliação, feita duran-te o lançamento do primeiro Ga-binete de Gestão Integrada(GGI) de fronteira, para o com-bate ao crime organizado, refor-ça a necessidade de ações con-cretas na prevenção e repressãoaos crimes transnacionais.

— Não é trabalho fácil vigiar,controlar e fiscalizar fronteiras,principalmente em um país dedimensões continentais como oBrasil. Somente uma atuação in-tegrada e eficiente entre as po-lícias, as forças armadas e ospaíses vizinhos pode evitar avulnerabilidade das nossas fron-teiras — disse Cardozo, comen-tando reportagem do jornal “Fo-lha de S. Paulo” em que um re-pórter relata a facilidade paracomprar armas no Paraguai.

Cardozo disse ainda que ocorte de R$ 1,5 bilhão no orça-mento inicial de R$ 4,7 bilhõesprevistos para sua pasta não de-ve ter efeitos significativos:

— É obvio que todo ministrogosta de defender o seu orça-mento, mas temos que entenderque foi correto. Apesar disso,posso assegurar que, em abso-lutamente nada, as atividades daPolícia Federal serão atingidas,em especial nas fronteiras. ■

O PAÍS ● 15Sexta-feira, 29 de abril de 2011 • 3ª edição O GLOBO


STJmandasoltarpromotoraquesimulou loucuraDeborah Guerner, acusada de participar do mensalão do DEM, e o marido deixam a prisão, onde estavam desde o dia 20

Carolina Brígido

● BRASÍLIA. O ministro Napo-leão Maia, do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ), concedeuontem habeas corpus para li-bertar a promotora DeborahGuerner e o marido, JorgeGuerner, que estavam presosdesde o dia 20. Deborah é acu-sada de participar do esque-ma de corrupção no governodo Distrito Federal conhecidocomo mensalão do DEM. Háindícios de que o casal teriacometido outras irregularida-des em São Paulo.

Deborah também é acusadade fraude processual, pois teriasimulado insanidade mental pa-ra não ser responsabilizada pe-los crimes. Foram divulgados ví-deos em que um psiquiatraorienta a promotora a agir comose ela tivesse distúrbio mental,para tentar enganar os peritosresponsáveis por examiná-la.

A promotora e o marido fo-ram soltos no final da noite deontem, logo após a decisão doSTJ. Deborah e o marido sairamno carro do advogado, realiza-ram exames de corpo de delitodentro da carceragem da PF.Como o inquérito está sob se-gredo de justiça, o STJ não di-vulgou o teor da liminar. Segun-do o ministro, a prisão fora de-cretada de forma precipitada,pois não haveria argumentosincontestáveis comprovando anecessidade de mantê-los isola-dos. “A prisão não está afinadacom a proteção que o sistemajurídico confere ao direito de ire vir”, escreveu. Na decisão, Na-poleão Maia dá à desembarga-dora Mônica Sifuentes, do TRF,a incumbência de definir ascondições de liberdade dos in-vestigados, para que eles nãoprejudiquem o andamento dasinvestigações. Sifuentes foi aautora do decreto de prisão.

O advogado do casal, PedroPaulo de Medeiros, explicouque o habeas corpus foi con-cedido porque seus clientesnunca estiveram impedidosde sair do país e que eles po-dem se negar a comparecer aoMinistério Público para seremouvidos. Medeiros tambémdisse que a perícia oficial já semanifestou sobre a saúdemental de Deborah e, se houvealgum tipo de falsidade, issonão alteraria o laudo.

— Sempre confiei no Judiciá-rio. Se ele eventualmente é leva-do a erro, ele se corrige. Os di-reitos fundamentais foram res-peitados — declarou Medeiros.

No dia 20, o casal tinha aca-bado de chegar de uma viagemà Itália e foi preso em casa. Elesforam encaminhados para a Su-perintendência da Polícia Fede-ral em Brasília, onde ficaramem prisão especial. Ontem mes-mo, o STJ encaminharia o ha-

beas corpus ao Tribunal Regio-nal Federal (TRF) da 1a- Região,que determinara a prisão.O TRFencaminhou a ordem de solturaà Polícia Federal.

O Ministério Público Federaldenunciou Deborah e o procu-rador Leonardo Bandarra peloscrimes de violação de sigilo fun-cional, concussão (exigir di-nheiro ou vantagem em razãoda função que ocupa) e forma-ção de quadrilha. Eles foramafastados de suas funções emdezembro de 2010. Bandarra foiprocurador-geral de Justiça doDistrito Federal até junho doano passado. Deborah e Ban-darra também respondem aprocesso administrativo noConselho Nacional do Ministé-rio Público (CNMP). ■

O GLOBO NA INTERNET

a Entenda o escândalo do mensalãodo DEMoglobo.com.br/pais DEBORAH GUERNER: acusações de corrupção e fraude processual

Edilson Rodrigues/DA Press/06-04-2011

STF investigará deputado de MinasJoão Magalhães é acusado de receber propina para beneficiar prefeitura

● BRASÍLIA.O Supremo TribunalFederal (STF) abriu processocriminal para investigar o de-p u t a d o J o ã o M a g a l h ã e s(PMDB-MG) por corrupçãopassiva. Ele é acusado de terincluído emendas no orçamen-to da União para beneficiar SãoJosé do Jacuri, pequeno muni-cípio de Minas Gerais. Quandorecebia os recursos, a prefeitu-ra repassava propina no valorde 10% a 12% dos valores a Ma-galhães. O caso chegou à Corteem novembro de 2008, comoinquérito. Ontem, por unanimi-dade, os ministros receberama denúncia do Ministério Públi-

co (MP). A investigação foitransformada em ação penal, eo deputado, em réu.

Segundo o MP, o esquema te-ria ocorrido em outros municí-pios de até 100 mil habitantes,com o desvio de recursos des-tinados a obras de infraestrutu-ra. Os casos vieram à tona em2007, na Operação João de Bar-ro, da Polícia Federal. No casodo deputado mineiro, só há in-dícios de participação em des-vios de São José do Jacuri —que teria conseguido a liberaçãode R$ 400 mil da União paraobras de infraestrutura.

A mulher do deputado, Rena-

ta Magalhães, foi flagrada emuma escuta ambiental receben-do dinheiro do lobista João Car-los de Carvalho a pedido do ma-rido. Ambos também são réusna ação penal. Parte do dinheiroenviado ao município teria sidousada em obras de asfaltamentoe pavimentação, conduzidaspor uma empresa controladapor parentes do lobista.

O MP também considerou co-mo provas escutas telefônicasentre uma assessora e o prefeitoda cidade para acertar detalhesda fraude. Foram anexados aosautos documentos que compro-variam a ilegalidade. O caso está

sob segredo de Justiça.— Este caso é um dos inúme-

ros casos que foram apuradosna chamada Operação João deBarro, em que desvendou-segrande esquema criminoso en-volvendo manuseio de emen-das parlamentares em relação amunicípios de Minas Gerais —disse o procurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel.

Segundo ele, há provas sufi-cientes contra o parlamentar.

A defesa do parlamentar ne-gou as acusações e afirmouque, no processo, não há do-cumentos que comprovem airregularidade. ■

Roberto Stuckert Filho/ 2-2-2007

JOÃO MAGALHÃES: desvios em emendas para São José do Jacuri

16

R I OSexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO

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O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 16 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 22: 02 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Enchentes preocupam o COIMaracanã e Maracanãzinho ficaram isolados durante as chuvas de segunda-feira

Luiz Ernesto Magalhães eLudmilla de Lima

A s enchentes no Rio são mo-tivo de preocupação para oComitê Olímpico Internacio-nal (COI). No coração da

Grande Tijuca, uma das áreas maisatingidas pelas fortes chuvas de se-gunda-feira, duas instalações estra-tégicas para os Jogos Olímpicos de2016 ficaram isoladas: o Maracanã,onde serão realizadas as cerimôniasde abertura e encerramento e par-tidas de futebol; e o Maracanãzinho,palco tradicional de disputas de vo-leibol. Sem identificar o membro doCOI que manifestou a preocupação,o secretário estadual de Transpor-tes, Júlio Lopes, disse ontem que orepresentante perguntou o que se-ria feito para resolver o problema:

— O governador Sérgio Cabraltranquilizou todo mundo, dizendoque os recursos para a obra já estãogarantidos pelo governo federal eque o problema será solucionado —disse Lopes, após acompanhar a vi-sita de integrantes do COI ao cantei-ro da Linha 4 do metrô, na Barra.

O caso do Maracanã foi o mais vi-sível. Mas outras áreas olímpicas en-frentaram problemas com as últimaschuvas. O entorno da Quinta da BoaVista servirá de estacionamento tan-to para a Copa quanto para os Jogosde 2016. No estádio de São Januário,em São Cristóvão, serão realizadasas partidas de rúgbi.

Consultores do COIpresenciaram chuva● As chuvas também alagaram o bair-ro da Saúde, perto de onde serãoconstruídas as vilas de árbitros, mídianão credenciada e instalações deapoio. Com a Praça da Bandeira inter-ditada, as opções para chegar ao Sam-bódromo (tiro com arco e chegada dacompetição da maratona) também fi-caram limitadas. A Avenida Brasil, quesofreu com alagamentos, é caminhopara o Complexo de Deodoro, ondeserão disputadas sete modalidades.

De acordo com um integrante dasequipes técnicas dos governos queacompanharam as reuniões do COI noPalácio Guanabara, o assunto foi dis-cutido apenas de maneira informal. Enão chegou a ser abordado nas reu-niões de trabalho, quando foram fei-tas apresentações sobre os preparati-vos para os Jogos Olímpicos:

— A delegação do COI começou achegar no domingo, apesar de asreuniões de trabalho terem ocorri-do apenas no meio da semana . Seique Philip Bovy (consultor do COIpara transportes) foi um deles. Cer-tamente ele viu de perto os efeitosdo temporal — disse a fonte.

Da visita ao metrô participaramBovy e o consultor do COI para ins-

talações, Grant Thomas. Eles tam-bém conheceram os corredores deBRS (faixas exclusivas para Ônibus)implantados nas avenidas Barata Ri-beiro e Nossa Senhora de Copacaba-na. Visitaram ainda o canteiro deobras do Transoeste, onde será im-plantada uma linha de BRT (corre-dor para ônibus articulados) que li-gará a Barra a Campo Grande.

A visita do COI às obras do metrôfoi a segunda em seis meses. Na pri-meira, em dezembro, apenas o túnelque servirá como galeria de servi-ços estava aberto. Passados seismeses, já foram escavados 430 me-tros da galeria principal. O governodo estado anunciou que, no fim domês, iniciará uma visita guiada dapopulação às obras.

A previsão é entregar as obras em15 de dezembro de 2015 para testesoperacionais. Mas não há garantias deque a estação da Gávea estará prontaa tempo. A operação com passageirosestá prevista para maio de 2016, trêsmeses antes dos Jogos.

Piscinões custarãoR$ 292 milhões● As obras previstas pela prefeiturapara resolver o histórico problemadas enchentes na Praça da Bandeira earredores estão orçadas em R$ 292milhões e fazem parte do PAC-2, dogoverno federal. O objetivo é desviarparte da água que chega à Praça daBandeira pelos rios durante as forteschuvas. A proposta, elaborada pelaRio-Águas, tem duas vertentes. Uma éa transposição do Rio Joana, que pas-saria a desembocar na Baía de Guana-bara, e não mais no Canal do Mangue.A outra é a construção de quatro re-servatórios subterrâneos (piscinões)para a retenção da água dos rios e dossistemas de drenagem.

O plano da prefeitura é começar asobras no segundo semestre deste ano,com duração de 18 meses, de modoque elas sejam concluídas a tempo daCopa de 2014. O subsecretário de Ges-tão de Bacias Hidrográficas (Rio-Águas), Mauro Duarte, diz que a pre-feitura está perto de conseguir as ver-bas para a execução das obras. Osprojetos já foram aprovados pelo Mi-nistério das Cidades. O secretário mu-nicipal de Obras, Alexandre Pinto, dizque as propostas estão em análise naCaixa Econômica Federal (CEF). Os re-cursos do PAC-2 ainda não foram libe-rados para nenhum município.

— Hoje, toda a água que cai noMaciço da Tijuca vai para a Praçada Bandeira, para ser escoada peloCanal do Mangue, que sofre a in-fluência das marés. A área da Praçada Bandeira é um ponto mais bai-xo, e os rios correm para esse pon-to. Quando há maré alta, o tempode escoamento é menor — explicaMauro Duarte. ■

Águas passadasCompetições já foram prejudicadas por chuvas

Gustavo azeredo/ 6-4-2010

O MARACANÃZINHO inundado em abril do ano passado

Rua Maxwell

Av.Mara

canã

Rua Teodoro da SilvaRua Visc. de Santa Isabel Blvd. 28 de Setembro

Rua Doutor Satamini

Rua Conde de Bonfim

Av.F

ranc

iscoB

icalho

Rua Mariz e Barros

PraçaSaens Peña

Estádio doMaracanã Praça da

Bandeira

Baía deGuanabara

Av. Paulo de Frontin

Rua Uruguai

GRAJAÚ

VILA ISABEL

TIJUCA

Rio TrapicheirosRio Maracanã

Rio Joana

PraçaPraça

Rua

Av. Radial OesteVILA ISABELA

TúnelGaleria de reforço (Rio Joana)Galeria Felipe CamarãoGaleria Rua São Cristóvão

Reservatórios (piscinões)O SECRETÁRIO Júlio Lopes

(à esquerda) visita obras do

metrô Barra-Zona Sul com

consultores do COI, que estão

preocupados com as chuvas no

Maracanã; prefeitura construirá

quatro piscinões no entorno da

Praça da Bandeira (ao lado)

● Os temporais já com-prometeram competi-ções esportivas interna-cionais mesmo fora doperíodo chuvoso. Em ju-lho de 2007 (em pleno in-verno, quando normal-mente chove menos noRio), os campos de beise-bol e softbol dos JogosPan-Americanos, na Bar-ra, ficaram encharcados.As partidas da final dobeisebol tiveram que seradiadas e a de softbolacabou sendo canceladapor falta de data para ser promovida. A pista para ociclismo BMX no Outeiro Santo (Jacarepaguá) tam-bém ficou coberta de lama e alguns treinos de reco-nhecimento foram suspensos. Também sobrou parao público, que era atingido, nas arquibancadas, pelalama oriunda das manobras.

Em abril de 2010, umforte temporal que atingiua Tijuca atingiu o Maraca-nã e o Maracanãzinho. Noestádio, uma partida doFlamengo com o Universi-dad de Chile precisou seradiada porque a drenagemdo campo não suportou.Já no Maracanãzinho, aquadra e os vestiários fo-ram invadidos pela águasuja, obrigando a remarca-ção de uma das partidasda final da Superliga Femi-nina de vôlei entre as equi-

pes do Rio e de São Caetano (SP).Em março do mesmo ano, o gramado do Estádio

Olímpico João Havelange (Engenhão) ficou em pés-simo estado durante um forte temporal que caiu naZona Norte. Na época, as chuvas chegaram a provo-car um apagão durante a partida.

Gabriel de Paiva

RIO ● 17Sexta-feira, 29 de abril de 2011 • 3ª edição O GLOBO


Canal do Leblon é dragadoObstrução causava mau cheiro na Visconde de Albuquerque

Ludmilla de Lima

● Com o risco de ser fechado pelo volume deareia na sua foz, o canal da Avenida Viscondede Albuquerque, no Leblon, passa por um pro-cesso de dragagem desde segunda-feira. Umamáquina da Subsecretaria de Gestão das Ba-cias Hidrográficas, vinculada à Rio-Águas, temretirado sedimentos acumulados próximo àpraia, cuja quantidade aumentou nos últimosdias por causa da influência da maré. Mora-dores da área reclamam que, além de assorea-do, o canal recebe grande carga de esgoto pe-las redes pluviais e lixo. Parte da sujeira vemda Rocinha pelo Rio Rainha.

A vizinhança diz ainda que, nos últimosdias, algumas ilhas de areia se formaram aolongo do curso d’água.

A Rio-Águas garante que o trabalho no canalcontinuará por prazo indeterminado, até quenão haja mais necessidade da remoção deareia. O órgão promete estender a limpeza aotrecho das praças Sibelius e Rubem Dario.

— O trabalho da prefeitura é bem-vindo,mas sugiro que também façam uma pesquisasobre os lançamentos de esgoto, que são ex-tremamente comuns e transformam o canalnum valão — diz o biólogo e ambientalista Má-rio Moscatelli, contando que, há duas semanas,viu uma onda de esgoto no canal, da praia emdireção à Praça Sibelius.

Moscatelli explica que, sem a dragagempróxima à praia, o canal pode ficar obstruí-do, gerando risco de inundações e de retor-no da água para a Lagoa Rodrigo de Freitaspelo canal do Jockey Club.

Morador da Visconde de Albuquerque, oaposentado Reinaldo Ferreira reclama domau cheiro:

— O problema principal é a sujeira do canal.Apenas o desassoreamento não resolve.

Sobre o esgoto despejado irregularmente nosistema pluvial, e que chega ao canal, a Cedaeafirma que a responsabilidade da fiscalização éda Rio-Águas. Já o órgão da prefeitura garanteque a atribuição é da Cedae.

Márcia Folleto

O EXCESSO de sedimentos no Canal da Visconde de Albuquerque aumenta o risco de alagamentos na área

Especialistas criticam 3a-

faixa no Elevado do JoáEx-secretário de Transportes diz que a obrapode causar grande transtorno aos motoristas

TJ derruba decretos quemudavam cálculo do ICMSMedidas adotadas pelo estado são consideradasinconstitucionais; empresários comemoram

Duilo Victor

● O projeto de se construir umaterceira faixa em vão livre e alar-gar os túneis do Joá e de SãoConrado nas pistas superiores,revelado ontem pelo GLOBO,desagradou aos especialistas. Acomeçar pelo projetista da Au-toestrada Lagoa-Barra, MárcioQueiroz. O engenheiro, secretá-rio municipal de Transportesnas administrações de CesarMaia e Luiz Paulo Conde, acre-dita que os transtornos da obra,sem uma alternativa já pronta,não é compensador.

— Mexer num túnel que fun-ciona com cem mil veículos pordia não é lógico. Causaria umgrande transtorno. É precisolembrar que a Barra se desen-volveu em função da autoestra-da — criticou o ex-secretário,que se disse “mais aliviado”após saber que o plano ainda es-tá em caráter preliminar.

Queiroz acredita que ostranstornos serão grandes,mesmo com as obras feitas du-rante a madrugada:

— A obra não correspondeà realidade geológica. Imagi-na aumentar a abóbada deum túnel que nem está reves-tido? Sem contar que os pro-blemas em uma obra feita demadrugada são maiores —diz Queiroz, sugerindo comoalternativa um projeto feitopela prefeitura nos anos 90de construção de um túnel de2.900 metros entre São Con-

rado e Barra.Walber Paschoal, engenhei-

ro e subcoordenador do Gru-po de Estudo e Pesquisa emTransportes da UFF, diz queum projeto de alargar pistas épaliativo. Prova disso, segun-do ele, são os gargalos que se-rão criados sem aumentar osacessos da Autoestrada La-goa-Barra.

— Uma obra deste tamanhopode resolver temporariamen-te o problema, mas nunca de-finitivamente. O que fazer comos acessos? — indagou.

Projeto prevê rodízio decarros durante os JogosMembro do Conselho Regio-

nal de Engenharia, Arquiteturae Agronomia do Rio de Janeiro(Crea-RJ), o engenheiro detransportes Abílio Borges fazmenos críticas ao projeto, ape-sar de concordar de que setrata de um paliativo:

— É um paliativo para ospróximos anos. Mas parece amelhor solução, apesar de sercara e causar transtornos. Abase inicial do elevado já trou-xe problemas, por causa docontato com o mar.

Durante as Olimpíadas de2016, o projeto prevê ainda umsistema de rodízio para carrosde passeio em dois trajetos daligação Barra-Zona Sul, entre aAvenida Ministro Ivan Lins e aPraça Sibelius e o cruzamentodas Avenidas Niemeyer e Del-fim Moreira. ■

● O Tribunal de Justiça conside-rou inconstitucionais os dois de-cretos publicados pelo governodo estado, entre 2009 e 2010,que ampliaram os percentuaisusados para calcular o valor doICMS de vários produtos. Apósos decretos, os comerciantes doRio tiveram que desembolsarmais para quitar o ICMS na com-pra de tintas, pneus, brinquedose lâmpadas, entre outros.

A ação de inconstitucionali-dade contra os decretos foiproposta pelos deputadosLuiz Paulo Corrêa da Rocha(PSDB) e João Pedro (DEM).No ano passado, eles tentaramaprovar um decreto legislativopara derrubar a medida do go-verno, mas não conseguiramlevar a proposta a votação naAssembleia Legislativa.

— Não tínhamos outra saídaa não ser recorrer ao Judiciá-rio. O governo usou um artifí-cio para aumentar o ICMS.Com certeza, com essa mu-dança, os produtos vão sairmais em conta para os consu-midores — disse Luiz Paulo.

O vice-presidente da Asso-

ciação Comercial do Rio epresidente do Clube de Dire-tores Lojistas, Aldo CarlosGonçalves, comemorou a de-cisão da Justiça. Segundo ele,os empresários não têm con-dições de arcar com aumen-tos de impostos:

— Quando o governo au-menta impostos, ele pune oconsumidor e os comercian-tes, que já pagam uma alta car-ga tributária no Brasil.

A Procuradoria Geral do Es-tado informou que recorreráda decisão do TJ. Em nota, oórgão informou que os decre-tos não “violam a Constituiçãodo estado” porque alteraramparte da base usada para cal-cular o ICMS, e não a alíquotado imposto.

A advogada Danielle Gomes,que assinou ação contra o es-tado, discorda. Para ela, hou-ve um aumento de impostopor meio do decreto:

— Impostos só podem seraumentados por lei e com aaprovação da Alerj. Não pordecretos. Por isso eles são in-constitucionais. ■

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18 ● RIO Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.


Os números da pesquisaEditoria de Arte

A sexta edição do Dossiê Mulher, elaborado porpesquisadores do Instituto de Segurança Pública (ISP),compara dados estatísticos de 2009 e 2010. A análise dosnúmeros revela que ano passado as mulheres foram asprincipais vítimas de estupro (81,2%), ameaça (65,4%) elesão corporal dolosa (62,9%).

AMEAÇAS: Comparaçãoentre os dois anos mostraaumento de 6,2%

HOMICÍDIO DOLOSOApresentou redução de 19,4%na comparação 2009/2010.(Vítimas mulheres)

2010 299

2009

2010

2009

371

EstuprosA comparação entre 2009 e 2010 revela aumento de 25%

Em 20104.589 vítimasSexo feminino3.751

Sexo masculino enão identificado*

838

81,2%

18,2%

Em 20094.120 vítimas

72,9%

27,1%

Sexo feminino3.002

Sexo masculino enão identificado*

1.118

47.027

49.950

omparaçãoanos mostra

2010

2009 47.027

49.9

53,5% são menoresde 14 anos* O gênero não

consta no registro

O TEMPO NO GLOBO

Fantasma do estupro ronda a infância no RioPesquisa do ISP revela que crianças e adolescentes representam 53,5% das vítimas desse tipo de crime contra a mulher em 2010

Sérgio Ramalho

● A adolescente F. , de 13anos, cresceu em um am-biente marcado pela violên-cia. Sem conhecer o pai, as-sistia à mãe sofrer agressõesdo avô alcoólatra até que,numa madrugada, virou alvoda brutalidade dele. Bêbado,ele a estuprou. No ano passa-do, outras 2.006 meninas,com menos de 14 anos, fo-ram vítimas de violência se-xual no estado, vivendo dra-ma semelhante. O número re-presenta 53,5% dos 3.751 ca-sos de estupro de mulheresno período.

Os dados fazem parte do Dos-siê Mulher, elaborado por pes-quisadores do Instituto de Segu-rança Pública (ISP), que será di-vulgado hoje. A sexta edição dorelatório compara estatísticasde 2009 e 2010 relativas à violên-cia contra pessoas do sexo femi-nino. Às vésperas do Dia Nacio-nal da Mulher, que será come-morado no sábado, o documen-to traduz em números o tama-nho do desrespeito à mulher. Osregistros de estupro cresceram25% entre 2009 e 2010: passaramde 4.120 para 4.589. Embora81,2% das vítimas desse tipo decrime sejam mulheres, 18,8%são crianças e adolescentes dosexo masculino. Do universo demulheres estupradas, mais dametade é formada por criançase adolescentes com menos de14 anos. O dossiê traz ainda da-dos sobre crimes de lesão cor-poral dolosa, homicídio doloso(quando há intenção de matar)e ameaça.

Dossiê aponta redução dehomicídios dolosos

Apesar do quadro, o presi-dente do ISP, tenente-coronelda PM Paulo Augusto SouzaTeixeira, ressalta que há as-pectos positivos. Um aspectofoi a redução de 19,4% nos ca-sos de homicídios dolosos. Noano passado, 299 mulheres fo-ram vítimas desse tipo de cri-me, 72 casos a menos do queos 371 contabilizados no anoanterior. Do total de vítimas deassassinatos em 2010, 37,4%tinham entre 18 e 34 anos. Cer-ca de 13,3% das vítimas erammulheres ou ex-mulheres dossupostos autores dos crimes.

A análise do perfil das vítimas

de estupro do sexo feminino in-dica que 37,6% eram brancas,43,6% pardas e 11,9% negras.Com relação à faixa etária, 30,3%tinham entre 10 e 14 anos, e23,2%, entre zero e nove anos deidade. O mapa dos números porbatalhão (Aisp) mostra que omunicípio que teve maior au-mento percentual nos registrosde estupro foi Belford Roxo,com 162%. A cidade registrou178 casos no ano passado con-tra 68 em 2009.

Pelo terceiro ano consecuti-vo, os municípios de NovaIguaçu, Mesquita, Nilópolis,Belford Roxo e Caxias, na Bai-xada Fluminense, figuram notopo do ranking de violênciacontra as mulheres. A ameaçaé crime mais comum. No anopassado, houve 49.950 casos,aumento de 6,2% em relação a2009, quando foram registra-das 47.027 ameaças. Em mé-dia, 137 mulheres registraramterem sofrido ameaçadas emdelegacias do estado, em2010. A 20a- Área Integrada deSegurança Pública (Aisp) —

que reúne os municípios deNova Iguaçu, Mesquita e Niló-polis — ficou em primeiro lu-gar em número de registrosdesse tipo de crime.

Uma das responsáveis pelaelaboração do dossiê, a capitãPM e analista criminal do ISP,Claudia Moraes, admite que asubnotificação ainda é grandenos casos relacionados à vio-lência contra a mulher. Contu-

do, Claudia acredita que aaprovação de leis como a Ma-ria da Penha e a tipificação docrime de estupro para casosque antes de 2009 eram trata-dos como atentado violentoao pudor devem se refletir nadiminuição dos casos e, prin-cipalmente, no aumento dapunição aos agressores.

— Em 50,5% dos casos deestupro, as vítimas conheciamos acusados, que são maridos,ex-maridos, pais e padrastos— diz Cláudia Moraes.

Estuprador é presoem Campo Grande

Mauro Agenor Oliveira, de51 anos, foi detido ontem quan-do tentava estuprar uma secre-tária em Campo Grande, na Zo-na Oeste, Segundo policiais da35a- DP (Campo Grande), estanão foi a primeira vez que osuspeito foi flagrado cometen-do esse tipo de crime. Apesarde condenado por roubo e es-tupro, Mauro foi beneficiadopela Justiça e cumpria pena emregime semi-aberto. ■ .

Assassinatos de mulherescaem 43,3% no estado

Número no país fica estável em dez anos

Roberto Maltchik

● BRASÍLIA. Os assassinatosde mulheres no Rio de Janei-ro caíram 43,3% entre 1998 e2008, segundo dados do Ma-pa da Violência divulgadosontem. A redução fez comque o estado passasse da 4a-

para a 12a- posição no rankingnacional de homicídios depessoas do sexo feminino. Amaior queda foi de São Paulo,que despencou 14 posições.Informações coletadas juntoao Ministério da Saúde mos-tram que a taxa de homicí-dios no Estado do Rio caiu de7,9 para 4,5, por grupo decem mil habitantes.

Apesar da queda no Rio, olevantamento aponta que osataques contra as mulheres -— considerando estatísticasdos 27 estados — estão es-tacionados no mesmo pata-mar há mais de uma década.Em 2008 houve 4,17 assassi-natos para cada cem mil mu-lheres. Em 1998, foram 4,27homicídios. O estado maisviolento é o Espírito Santo.

No Rio, 16 cidades têm ín-dices de assassinatos de mu-lheres acima da média nacio-nal. A mais violenta é CaboFrio: 14,4 mulheres foram as-sassinadas em cada grupo decem mil. O município ostentaa 13a- posição no ranking na-cional por cidades.

Em 2008, houve 4.023 mor-tes violentas de mulheres,sendo 40% dentro de casa.Entre os homens, apenas17% dos assassinatos foramregistrados na residência. Odado reforça a violência do-méstica como a principalcausa dos incidentes, segun-do o coordenador do Mapada Violência, Julio JacoboWaiselfisz.

— O Brasil ainda tem umacultura de violência contra amulher. Os dados indicam

que grande parte dos crimessão passionais e ocorremdentro de casa. A impressãoé que a violência domésticaé a principal causa dos as-sassinatos de mulheres.

Jacobo explica que essaanálise é reforçada pelas ca-racterísticas dos homicídios.Há 557% mais estrangula-mentos contra mulheres quecontra homens. Em ambosos sexos, a principal causadas mortes é o uso de armade fogo: 50,9% dos homicí-dios de mulheres e 73%, dehomens. O restante é causa-do por objetos cortantes oupenetrantes (24,6% em mu-lheres e 15,1% nos homens) epor objetos contundentes(5% para o sexo masculino e7,7%, para o feminino).

O Mapa da Violência aindaapresenta uma migração ex-pressiva dos homicídios con-tra as mulheres do Sul e Su-deste para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.Goiás subiu 11 posições noranking de assassinatos. Há13 anos, o Pará estava em 20o-

lugar. Em 2008, era o 11o-. Emcompensação, São Paulo te-ve uma queda de 14 posiçõesno ranking das mortes vio-lentas, passando de 9o- para23o- lugar.

Para o coordenador doMapa da Violência, os homi-cídios se espalharam a rebo-que do crescimento de novasáreas densamente povoadasfora do eixo Rio-São Paulo.Ao mesmo tempo, demons-tra a falta de efetividade daspolíticas públicas em deter-minadas regiões do país.

— Havia um contraste.Agora existe uma descentra-lização da violência. Ela seespalhou, e o mapa permiteque se desenhem políticaspúblicas com perfil determi-nado para cada região —afirmou Jacobo.

“Em 50,5% dos casosde estupro, asvítimas conheciamos acusados, que sãomaridos, ex-maridos,pais e padrastos.Claudia Moraes, analista criminaldo ISP

RIO ● 19Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO


TRABALHADORES ADMITIDOS E DESLIGADOS NA CIDADE

OS NÚMEROS DO EMPREGO

ANO2010200920082007200620052004200320022001

BRASIL2.136.947

995.1101.452.2041.617.3921.228.6861.253.9811.523.276

645.433762.415591.079

Município106.476

51.54084.14784.18658.21861.78754.57328.93925.73921.821

Estado190.680

88.875154.596144.786116.158121.111107.830

58.54772.64659.420

SETORES QUE MAIS GERARAM NOVOS POSTOSDE TRABALHO NA CIDADE

Fontes: Caged/MTE, Rais/MTE, SindRio - Elaboração: Rio Como Vamos

FevJanDezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

NOVOS EMPREGOS GERADOSNA DÉCADA

50 a 6440 a 4930 a 3925 a 2918 a 24

(Por faixa etária em 2010)

4.123 1.030 846 867 284

17.347

1.771 1.494 1.193

-231 -1.631

3.0726.743

11.893

34.361Construção Civil Serviços Comércio

65.36969.494

82.803

67.81074.686 75.057

81.00875.221

79.159

67.425

83.878

61.570 63.71068.877

61.26265.424

68.051

70.615

77.494

61.749

75.05705775.057

Admissões

Desligamentos

2010 2011

.

Novas vagas fazem a festa no Dia do TrabalhoDados do Rio Como Vamos mostram que em 2010 houve a maior expansão do mercado formal da cidade na década

● O Rio de Janeiro tem o quecomemorar neste 1o- de Maio:o ano de 2010 fechou com amaior expansão do mercadode trabalho formal da cidadena década. Levantamento domovimento Rio Como Vamosno Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados (Ca-ged/MTE) mostra que foram106.476 novos postos, contra84.186 de 2007, até então o me-lhor resultado. Com a proximi-dade da Copa de 2014 e dasOlimpíadas de 2016, a tendên-cia é de maior aceleração nageração de empregos. Só aárea de hotelaria e restauran-tes deve abrir cerca de 120 milvagas nos próximos cincoanos. No entanto, deficiênciasna formação e a falta de qua-lificação dos candidatos às va-gas ainda precisam ser supe-radas. Vencido esse desafio, olegado que os eventos pode-rão deixar na área do empregoserá uma mão de obra maisbem preparada.

Mulheres ocupam cada vezmais as vagas abertas

Dados do RCV mostram que64.464 novas vagas abertas em2010 foram ocupadas por jo-vens de 18 a 24 anos. E entreos adolescentes empregadosaté 17 anos, idade em que se-quer concluíram o ensino mé-dio, 6.206 também assumiramnovos postos. As mulheresocupam cada vez mais as va-gas abertas, o que comprova anecessidade de ampliação daoferta de creches para seus fi-lhos. Em 2010 elas ocuparam43% dos novos postos de tra-balho, contra 33% em 2006.

Presidente do Sindicato deHotéis, Bares e Restaurantesdo Rio (SindRio), Pedro de La-mare diz que o momento dosetor é de entusiasmo, mastambém de apreensão. Só em2010 foram abertas 2.864 no-

vas vagas e hoje são 16.302empregados em hotelaria e100.813 em gastronomia. Ocrescimento nos próximosanos será impulsionado pelainauguração, até 2013, de 17hotéis e de filiais de grandesredes de restaurantes. O pro-blema, diz ele, é que ainda nãohá mão de obra qualificada:

— Temos parceria com oprograma UPP Social, da pre-feitura, para capacitação emcomunidades pacificadas.Mas, dos currículos que reco-lhemos, menos da metade doscandidatos tem o ensino mé-dio completo.

Outra área que prometecrescer nos próximos anos emfunção dos eventos é a cons-trução civil. Depois de desace-lerar nos dois últimos anos, osetor voltou a engrenar nesteinício de 2011, com mais de2.500 novos postos de traba-lho até fevereiro. E a tendênciaé de crescimento:

— O Maracanã tem 600 ope-rários, e esse número deve tri-plicar em até três meses, parase cumprir o prazo. Há ainda aconstrução dos corredoresviários Transcarioca e Tran-soeste (com 1.450 empregosgerados até agora), entre ou-tras obras — diz o diretor doSindicato da Indústria daConstrução Civil, Antônio Car-los Mendes Gomes.

A capacitação em constru-ção civil fez diferença no cur-rículo de Wanderlei Vila So-brinho, de 28 anos. Ele viviade bicos como ajudante depedreiro e, em janeiro passa-do, após dois cursos no Senaina Cidade de Deus, conse-guiu seu primeiro empregocom carteira assinada, comopintor industrial. Quem pre-tende se qualificar pode en-trar em contato, por exem-plo, com a Secretaria munici-pal de Trabalho e Emprego

(cursos em áreas como callcenter, informática, alimenta-ção e hotelaria, comércio),pelo telefone 2298-0659. Tam-bém há opções pelos progra-mas Planteq (2332-6788) eProjovem (2332-6843), da Se-cretaria estadual de Trabalhoe Renda; no Senai RJ (0800-0231231) e no SindRio (3231-6668 e 3231-6651).

Em 2010, a Secretaria muni-cipal de Trabalho superou onúmero do ano anterior deencaminhamento para em-prego dos qualificados emseus cursos. Dos 8 mil alunosformandos, 2.680 foram con-tratados. Para este ano, se-gundo o secretário AugustoRibeiro, serão pelo menos10.500 vagas em cursos, e ou-

tras 1.600 somente para co-munidades com UPP.

Para o RCV, é importantesaber agora se a oferta de cur-sos atende a um estudo demercado que indique quais asdemandas das empresas, di-minuindo a não absorção dosjá treinados. E também se onúmero de vagas é suficientepara os jovens que precisamser preparados, evitando as-sim os riscos de desempregoou de apagão de mão de obraqualificada.

A Secretaria Extraordináriade Desenvolvimento do mu-nicípio também atingiu im-portantes metas, como a re-dução da taxa de desempre-go, que fechou 2010 em 5,1%,o menor índice medido pelo

IBGE desde 2007, e inferior àtaxa média das regiões me-tropolitanas do Brasil. E orendimento médio do traba-lhador aumentou em quase10% de 2009 para 2010.

Para o economista MarceloNéri, chefe do Centro de Polí-ticas Sociais da Fundação Ge-túlio Vargas, o Rio está no ca-minho certo:

— O Rio está fazendo o de-ver de casa, investindo em edu-cação para colher o resultado amédio e longo prazos. ■

O GLOBO NA INTERNETOPINIÃO Conseguiu uma vaga

ou mudou de emprego por causada Copa ou das Olimpíadas?Conte para nóswww.oglobo.com.br/rio/riocomovamos

Movimentomonitora13 áreas

● O R i o C o m o Va m o s(RCV) monitora indicado-res de qualidade e acom-panha o desempenho daadministração pública em13 áreas no Rio de Janei-ro: saúde; transporte;educação; segurança pú-blica e violência; pobrezae desigualdade social;meio ambiente; lazer e es-porte; habitação e sanea-mento básico; inclusão di-gital; trabalho, emprego erenda; cultura; vereado-res; e orçamento. Os re-sultados são divulgadosmensalmente pelo GLO-BO e pelo site do jornal. ORCV é apartidário e tem oapoio de Fecomércio, Fir-jan, Associação Comer-cial, Synergos, Observató-rio de Favelas, Iser, Ce-daps, CDI, Idac, Ethos,Banco Real, Instituto deEstudos do Trabalho e So-ciedade (Iets), Santander,Grupo Libra,Unicef e Fun-dação Avina, Light, MetrôRio, CHL, UTE Norte Flu-minense e KPMG.



GATÃO DE MEIA-IDADE Miguel PaivaLAPA: Policiamentoque dá pedal● Com camisas fluorescentes,shorts e capacetes, quatro poli-ciais militares vão fazer, de bici-cleta, o policiamento de 60 ruasda Lapa. A medida foi adotada pe-lo 13o- BPM para dar mais mobili-dade aos PMs, sem afastá-los dosmoradores. A novidade, que co-meçou ontem, já teve a aprovaçãoda população, preocupada comos constantes assaltos. Os PMsvão atuar, em duplas, em dois ei-xos principais: um da Rua do Ria-chuelo à Avenida Mem de Sá, e ou-tro da Rua do Lavradio e arredo-res até a Praça Tiradentes. O po-liciamento será feito das 12h às19h, de segunda a sexta, inclusiveferiados. Aos sábados, com o co-mércio fechando mais cedo, osPMs pedalarão das 8h às15h.

Marco Antônio Teixeira

Divulgação

O IPHAN DECIDE na próxima terça se tombará o acervo do Museu do Trem, no Engenho de Dentro,

por sua importância histórica. Em sua coleção, há equipamentos ferroviários, mobiliário e até

locomotivas como a Baronesa (veja a foto). Construída na Inglaterra, a Baronesa, movida a vapor, foi

a primeira a trafegar pela estrada de ferro de Petrópolis, em 1854. O museu pertencia à extinta

Rede Ferroviária Federal, cujo acervo de valor cultural foi passado para o Iphan

Cotas de BarbieA Educafro, ONG de frei Da-

vid dos Santos, promete, noPrimeiro de Maio, “ocupaçõespacíficas” em unidades dasLojas Americanas.

Entre as reivindicações, acontratação de afrodescen-dentes para cargos de chefia eque pelo menos 20% das bo-necas expostas para venda se-jam negras.

Maconha no STFEm maio agora, o plenário

do STF vai decidir se quemparticipa dessas marchas damaconha, Brasil afora, faz ounão apologia do crime, já quea droga é ilegal.

O relator é o ministro Celsode Mello.

Segue...A ideia é criar uma jurispru-

dência, porque há decisõesdesencontradas sobre o temaem vários estados.

No Rio, como foi dito aquiontem, a Justiça liberou a mar-cha, dia 7, em nome do direitoconstitucional que garante aliberdade de expressão.

CotaçãoAntonio Palocci passará a

ser conselheiro da Petrobras.

De saídaQuem deixa a Vale hoje é

Carla Grasso, diretora de Re-cursos Humanos e ServiçosCorporativos.

Diva francesaCatherine Deneuve confir-

mou presença no Festival Va-rilux de Cinema Francês 2011,que acontecerá em 22 cidadesbrasileiras, entre 8 e 16 de ju-nho, com dez filmes inéditos.

Trinta anos depoisBeth Carvalho estava em 1981

no show do Dia do Trabalhador,no Riocentro, que a ditaduratentou abafar com bombas.

Domingo, nossa cantora seapresenta em outra festa de Pri-meiro de Maio, na Quinta da BoaVista, em plena democracia.

Portinari em 3DTrinta pinturas de Candido

Portinari (1903-1962) vão viraresculturas de uns 2m cada, numprojeto batizado de D’aprésPortinari, da fundação que levao nome do genial brasileiro.

São feitas pelo artista plásti-co Sérgio Campos. Dilma, na vi-sita hoje ao Palácio Capanema,conhecerá a primeira, “Súplica”,inspirada em “Guerra e paz”.

Verde desbotadoA área de Meio Ambiente da

CSN se desintegra.Depois de perder o gerente-

geral Gérson Álvaro, ontemfoi a vez da responsável pelosetor em Casa de Pedra, MG,Thaís Oliveira. A empresa temsido multada, acusada de des-leixo com meio ambiente.

Boas práticasPara disseminar práticas ino-

vadoras premiadas em oito anosdo Instituto Innovare, será firma-do terça, em Brasília, um convê-nio entre a instituição e o TST.

Cena cariocaQuarta, por volta de 20h,

uma parceira da coluna ouviuo seguinte papo entre duas ca-melôs na Rua das Laranjeiras:

— E o casamento do prínci-pe, hein? Coitada da Kate...

— Ué.. por quê?— Dizem que a mãe do prín-

cipe é uma megera!Há controvérsias.

Buckingham é aquiO pessoal do programa de

Luciano Huck, na TV Globo,descobriu na periferia de SãoPaulo um casal “real”.

Ele, William, é metalúrgico.Ela, Kati, está desempregada.Os dois plebeus vão se casaramanhã à tarde.

ZONA FRANCA● O Cine Joia, em Copacabana, reabrehoje com sessões a partir de 14h30m,especialmente escolhidas para osapreciadores de filmes de qualidade.● A cantora Vicky Gibran lança hojemúsica do casamento real no Youtube.● Os artistas peruanos Luz Maria eEulógio lançam CD de músicalatino-americana no Bip Bip, hoje.● O coronel Jorge Silva faz palestrahoje na Brown University, nos EUA.● O portal Comernaweb promovevenda de comida pelo Facebook.● Mercedes West abre hoje exposiçãode coleção de joias na Dona Coisa.● Cyd Alvarez, da ABP, é o Publicitáriodo Ano no Prêmio Colunistas Brasil.● A prefeitura de Meriti inaugurahoje a Lona Cultural Serginho Meriti.● A Loosho.com completa um ano.

Viva Neuzinha!Fábio Fabrício Fabretti fina-

liza uma biografia de NeuzinhaBrizola, que morreu quarta-fei-ra. No livro, ela fala da relaçãocom o pai, Leonel Brizola, e co-mo conheceu o traficante co-lombiano Pablo Escobar.

Segundo o escritor, Neuzinha,no último encontro, teria dito:“No dia do meu velório, tomeum porre. Não gosto de careti-ces.” Fábio cumpriu o desejo.

Ritmo de tangoA canção “Emoções”, de

Roberto e Erasmo, vai ganharuma versão em ritmo de tan-go num anúncio da Nestlé.

A empresa, numa promoção,levará 90 pessoas a Buenos Ai-res para ver um jogo do Brasil,na Copa América, em julho.

Pelé na Argentina...Aliás, a embaixada do Bra-

sil em Buenos Aires planeja le-var para a cidade, ainda esteano, uma exposição do Museudo Futebol, de São Paulo.

ANCELMOGOIS

oglobo.com.br/ancelmo

Maria fumaça

RIO ● 21Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO RIO ● 21Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO


Habeas corpuspara a marchada maconhaEm decisão, juiz dizque manifestantes nãopodem ser presos● O juiz Alberto Fraga, do 4o-

Juizado Especial Criminal (Je-crim), do Leblon, concedeuhabeas corpus preventivo pa-ra que manifestantes possamparticipar, sem serem presos,da marcha da maconha pro-gramada para o sábado de 7de maio, como antecipou on-tem Ancelmo Gois em sua co-luna no GLOBO. Na semanapassada, quatro integrantesdo movimento foram detidospela Polícia Militar enquantodistribuíam panfletos na RuaMem de Sá, na Lapa, com o ca-lendário das passeatas do gru-po e frases em defesa da lega-lização da droga.

Na ocasião, Renato AthaydeSilva, Thiago Tomazine, AdrianoCaldas e Achille Lollo foram le-vados para a 5a- DP (Gomes Frei-re) e autuados por apologia aocrime. A decisão judicial de on-tem foi proferida em favor des-ses quatro detidos e de João Ga-briel Henriques Pinheiro e Anto-nio Henrique Campello de SouzaDias, que também integram omovimento e foram os autoresda ação. Mas o parecer judicialfavorece todos que quiseremparticipar do evento. Não serápermitido, porém, o incentivoou o uso de entorpecentes.

O juiz Alberto Fraga acolheu opedido com base em decisõesanteriores. Uma delas, do ex-ti-tular do Jecrim do Leblon, hojedesembargador Luis GustavoGrandinetti Castanho de Carva-lho, que, na marcha do ano pas-sado, liberou a manifestação,evitando a prisão dos manifes-tantes na marcha.

Na decisão, o juiz alegou que“o direito invocado pelos pa-cientes possui fundamentoconstitucional, por lhes serconferida a possibilidade dereunião pacífica em locais aber-tos ao público, nos termos doartigo 5o- da Constituição da Re-pública Federativa do Brasil”. Omagistrado concluiu que os ma-nifestantes têm o direito de ex-pressar uma ideia, opinião oupensamento, desde que não fa-çam apologia às drogas, comofazem os traficantes. ■

PONTO FINALDivulgação

Marcos Serra Lima

MARIA, A TODA boa que venceu o “Big Brother Brasil 11”, da

TV Globo, exibe o seu, digamos, talento em ensaio que o site

Paparazzo (paparazzo.com.br) põe no ar sábado agora

Divulgação

QUITÉRIA CHAGAS,

nossa musa,

posa com a

Globeleza Aline

Prado, em Toronto,

nos bastidores

do Brazilian

Carnival Ball,

folia canadense

fora de época

COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, MARCEU VIEIRA, AYDANOANDRÉ MOTTA E DANIEL BRUNET

Email: [email protected] • Fotos: [email protected]

● O barman Rafael Pizanti, doaristocrático Copacabana Palace,criou dois drinques para celebraro casamento de William e Kate,hoje. Uma das receitas (foto)tem, além da cachaça Lua Cheia edos licores Frangélico e 43, mara-cujá, uma das frutas preferidasda princesa. Tintim, saúde.

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Armas: Tráfico internacional abastecia o AlemãoRelatório indica que 77% do armamento apreendido nos complexos da Penha e de Ramos vieram de fora do país

Evandro Éboli

● BRASÍLIA. Um relatório oficiale detalhado das forças de se-gurança que atuaram no Com-plexo do Alemão e na Vila Cru-zeiro revela que, das 289 ar-mas apreendidas nestas locali-dades, 172 delas (60% do to-tal) são de uso restrito de mi-litares e policiais. O documen-to aponta que 222 (77%) sãode fabricação estrangeira. Amaioria do armamento, 160unidades (56%), é compostade fuzis ou metralhadoras.

Do total apreendido, 20 ar-mas (7%) pertenciam a forçasarmadas estrangeiras: 14 daBolívia, três da Argentina,duas do Paraguai e uma da Ve-nezuela. Outras quatro têm co-mo procedência o Exércitobrasileiro, quatro são identifi-cadas como pertencentes aogoverno do Brasil, duas da PMdo Rio e uma da Polícia Civil.

O levantamento contém de-talhes do armamento — tipo,modelo, fabricante, calibre,país de origem e número desérie —, se é de uso restrito ounão e até o número da etiquetae do laudo da apreensão. Etambém o item marca de pro-va, como o Brasão da Repúbli-ca na culatra.

Na lista dos armamentosapreendidos há 121 fuzis, 80pistolas, 23 submetralhado-ras, 21 espingardas, 18 revól-veres, 16 metralhadoras.Constam também uma armaartesanal, uma pistola depaint ball, uma quebrada (ape-nas uma peça) e dois arma-mentos falsos (réplicas).

O relatório chegou às mãosdo deputado Francisco Fran-cischini (PSDB-PR), que é dele-gado da Polícia Federal e leutrechos do documento na reu-nião de ontem da Comissão deSegurança Pública e Combateao Crime Organizado da Câma-ra. O parlamentar afirmou queo levantamento comprova apresença do tráfico interna-cional de armas no Brasil e,para ele, desmente estatísti-cas e a argumentação de que acampanha do desarmamentoresolve o problema da circula-ção de armas no país:

— A campanha de desarma-mento não resolve o problemado tráfico internacional. Nãoatinge essas armas.

Na lista de países fabrican-tes, o Brasil aparece como oprincipal fornecedor do narco-tráfico, com 67 unidades apre-endidas (23%). Na relação, apa-recem outro 18 países: EstadosUnidos, com 64 armas (22%);Alemanha, Áustria e Bélgica,com 15 armas cada (5%); Repú-blica Tcheca, 13 armas (4%) eIsrael e Itália, dez armas (3%).

Para Francischini, há duasações possíveis para o gover-

no apreender o armamento es-trangeiro: aumentar o orça-mento e ampliar a vigilâncianas fronteiras e incluir na cam-panha do desarmamento gra-tificação para policiais civis,militares, federais e munici-pais que recolherem o arma-mento importado.

— Isso diminui a corrupçãoe vai estimular o policial. O go-verno estará pagando por pro-dutividade. Em quatro ou cin-co anos, ele consegue dobrarseu salário. Os policiais sabemonde estão essas armas e,quando as apreenderem, como pagamento, não vão repas-sar a bandidos — afirmouFrancischini, que defende gra-tificações de R$ 300 a R$ 600.

A campanha pagará indeniza-ção de R$ 100 a R$ 300 para ocidadão que entregar sua arma.

A Comissão de SegurançaPública realizou ontem au-diência pública com entidadespara discutir o desarmamen-to. O coordenador do progra-ma de controle de armas doMovimento Viva Rio, AntônioRangel, disse que o contraban-do não é o principal abastece-dor das ações criminosas:

— Entre 7% e 10% das armasapreendidas no Brasil são es-trangeiras. Vamos acabar comesse mito de que o que nos atin-ge são armas estrangeiras.

O dirigente do Viva Rio ci-tou o massacre ocorrido emRealengo como o exemplo deque são brasileiras as armasde usadas pela criminalidade.Os dois revólveres utilizadospor Wellington Menezes foramfabricados no Brasil. ■ AS ARMAS APREENDIDAS nos complexos do Alemão e da Penha

Domingos Peixoto/ 30-11-2010

Direto da Argentina● Em 2003, uma série dereportagens do GLOBO re-velou o desvio de armasde guerra do arsenal dasForças Armadas da Argen-tina para traficantes dedrogas dos morros do Riode Janeiro. As matérias re-velaram também comoeram frequentes os des-vios de armas, munição egranadas dos quartéis dasForças Armadas no Rio edas instalações das polí-cias estaduais.

As primeiras armas dasForças Armadas da Argen-tina vieram parar no Riode Janeiro ainda na déca-da de 1990. Eram grana-das FMK2 fabricadas pelogoverno argentino na dé-cada anterior para seremusadas na Guerra das Mal-

vinas, em 1982. Projeta-das para operações milita-res pe la empresa FrayLuis Beltran, sediada naprovíncia de Córdoba, asgranadas foram usadas noRio em ataques de trafi-cantes, que deixaram qua-tro vítimas, uma delas umpolicial militar.

Em seguida, os contra-bandistas passaram a des-viar armas de guerra dasForças Armadas do Para-guai, da Venezuela e, prin-cipalmente, Bolívia, paísde origem de dezenas demetralhadores .30 quepassaram a ser encontra-das pelos policiais comtraficantes de drogas emdiversas favelas localiza-das na Região Metropoli-tana do Rio.

RECREIO: Prédioé demolido● Durante operação da Se-cretaria Especial da OrdemPública (Seop), retroesca-vadeira derruba um prédiode dois pavimentos na RuaFlávio de Aquino, no Re-creio dos Bandeirantes. Oimóvel, que ainda estavaem construção, já era habi-tado. A obra havia sido em-bargada pela Secretariamunicipal de Urbanismo,em agosto de 2006. A últi-ma notificação ocorreu em15 de abril passado. O va-lor do aluguel dos aparta-mentos inacabados era ne-gociado entre R$ 350 e R$600 e as unidades vendidaseram na faixa de R$ 45 mila R$ 60 mil.

Divulgação Operação da PM no Morro doJuramento termina com 4 mortosTraficantes de áreas com UPPs estariam se refugiando na favela

Ana Cláudia Costa

● Quatro supostos traficantesmorreram ontem durante umaoperação da Polícia Militar noMorro do Juramento, em Vicen-te Carvalho. A ação, segundo ocomandante do 2o- Comando dePatrulhamento de Área (CPA),coronel Aristeu Leonardo, erapara reprimir o tráfico de drogasno local e prender traficantesque costumam sair do morropara roubar carros na região.

Segundo o coronel, muitostraficantes da maior facção cri-minosa do Rio que foram expul-sos de suas comunidades coma implantação das Unidades dePolícia Pacificadora (UPPs) seesconderam nessa favela.

Na ação foram apreendidosdois fuzis novos calibre 762,duas granadas, uma pistola9mm, 15 máquinas caça-ní-queis e grande quantidade demaconha, cocaína e crack.

Marcelo Piu

POLICIAL PATRULHA rua no morro: ação apreendeu armas e drogas

Três carros roubados foramrecuperados no alto do morro.A polícia apreendeu aindaagendas do controle da vendade drogas na favela.

Os policiais invadiram omorro no início da manhã, sobintenso tiroteio. Três trafican-tes foram encontrado feridos

na mata e morreram a cami-nho do hospital. O quartomorreu em confronto perto deuma boca de fumo. ■

O GLOBO NA INTERNETVÍDEO Confira imagens da ação

no Morro do Juramentooglobo.com.br/rio

Novas regraspara garagens noCorredor Cultural

Ruben Berta

● A Secretaria Especial de Or-dem Pública (Seop) publica, noDiário Oficial de hoje, uma reso-lução para coibir o licenciamen-to de estacionamentos na áreado Corredor Cultural, no Cen-tro. Agora, quem quiser abriruma garagem só conseguirá oalvará de funcionamento apóso projeto passar por aprovaçãodo Grupo Executivo do Corre-dor Cultural, ligado à Subsecre-taria municipal de Patrimônio.

— É uma forma de dificultar aabertura desse tipo de empreen-dimento para evitar que casa-rões sejam incendiados e, emseguida, transformados em ga-ragem — disse o secretário deOrdem Pública, Alex Costa.

Como O GLOBO mostrouontem, a subprefeitura doCentro interditou quatro esta-cionamentos na Rua do Tea-tro. Um deles funcionava nolocal onde havia um casarãoque pegou fogo em 18 de mar-ço do ano passado. ■

Objeto: REGISTRO DE PREÇOS para a aquisição de solução de telefonia IP, demodo a atender às necessidades da Controladoria-Geral da União em Brasília eem suas unidades regionais, nos termos e condições constantes do Edital e seusanexos. Edital: a partir de 29/04/2011, de 09h00 às 12h00 e de 14h00 às 17h00,no endereço: SAS, Quadra 1, Bloco A, Ed. Darcy Ribeiro, Sala 1032, Asa Sul,Brasília, DF e nos sites www.comprasnet.gov.br e www.cgu.gov.br. DA DATA EHORÁRIO DO CERTAME: DATA: 11/05/2011; HORÁRIO: 10:00h (dez horas).

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 12/2011

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

RIO ● 23Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 23 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 22: h PRETO/BRANCO

Filha de Vinicius de Moraes morre ao cair de prédioLuciana, de 55 anos, que administrava os direitos autorais do pai e morava no Leblon, enfrentava dificuldades financeiras

● A terceira filha do poeta ecompositor Vinicius de Mo-raes, Luciana de Moraes, foiencontrada morta, ontem demanhã, em frente ao condomí-nio onde morava, na AvenidaVisconde de Albuquerque, noLeblon. Ela caiu da sacada doterceiro andar do prédio. Lu-ciana tinha 55 anos e era a ges-tora da obra e dos direitos au-torais do pai. A polícia consi-dera como a hipótese maisprovável que a administrado-ra tenha cometido suicídio.

Segundo a delegada da 14a-

DP (Leblon), Flávia Monteirode Barros, policiais constata-ram que Luciana tinha cortesnos pulsos.

— Não podemos dar o casocomo encerrado, pois aindanão foi concluído o laudo peri-cial no apartamento. Mas todosos indícios levam a crer quehouve um suicídio, já que nãoforam encontrados sinais deviolência ou luta corporal na re-sidência — disse a delegada.

Luciana era filha de Vini-cius com a segunda mulher

do poeta, Lila Bôscoli, bisnetada compositora ChiquinhaGonzaga. Morava com a com-panheira, Edith, e o afilhado.Ambos estavam dormindo,segundo a polícia, no momen-to da morte.

Luciana tomavaremédios controlados

Luciana tomava remédiosreceitados por psiquiatras eestava com consulta marcadacom um analista hoje. O cu-nhado de Luciana, Carlos Al-berto de Oliveira, conversoucom ela por telefone na noiteanterior à morte. Apesar de aadministradora ter passadopor problemas financeiros re-centes, ele se surpreendeucom o ocorrido.

— Na conversa , e l a semostrava muito preocupadacom a queda na arrecadaçãode direitos autorais, por cau-sa da internet. Falei com elaque não era bem assim, queessas coisas não ocorrem derepente. Ela perguntou, cla-ro que em tom exagerado:

“Você acha que isso (arreca-dação com direitos autorais)vai acabar? Que vamos mo-rar na rua?

No fim do ano passado, Lu-ciana teve que vender a casaque tinha na Gávea. Mas ocunhado contou que ela es-tava bem, inclusive com a fa-mília, já que a venda do imó-vel tinha resolvido os pro-blemas financeiros na época.As duas empregadas da casa,que chegaram depois damorte de Luciana, prestaramdepoimento informal à Polí-cia Civil.

Luciana era conhecida pelapersonalidade extrovertida.Na extensa obra do pai, háuma composição, em parceriacom Tom Jobim, chamada “Lu-ciana”: “Olha que o amor, Lu-ciana/ É como a flor, Luciana/Olhos que vivem sorrindo/ Ri-so tão lindo/ Canção de paz”,diz uma das estrofes.

O sepultamento de Lucia-na será hoje, ao meio-dia, noCemitério São João Batista,em Botafogo. ■ LUCIANA DE Moraes, considerada extrovertida: polícia ainda investiga a morte, mas acredita em suicídio

Ana Branco/ 4-11-2010

NOTAS

● GUARDA EMBRIAGADOPoliciais rodoviários fe-derais prenderam, nanoite de anteontem, umguarda municipal de Re-sende, de 41 anos, que di-rigia embriagado na ViaDutra, na altura de BarraMansa, no Sul Fluminen-se. A PRF não revelou onome do guarda, queconduzia um carro comos faróis apagados. Omotorista foi submetidoao teste do bafômetro eestava sem habilitação.

● GÁVEA, A MELHOR DPPelo segundo ano seguido,a 15a- DP (Gávea) foi con-siderada a melhor delega-cia do Estado do Rio numaavaliação feita pelo Centrode Estudos de Segurança eCidadania da Universida-de Candido Mendes (CE-SeC-Ucam). Os pesquisa-dores também ressaltamno trabalho pontos negati-vos detectados em delega-cias, como o tratamentodado a presos.

Vizinhos revoltadoscom falsa psicólogaCharlatã chegou a participar de audiência naCâmara como terapeuta de filhos de vereador

Madrugada deontem foi a maisfria deste anoNova frente fria devechegar à cidade entresegunda e terça-feira● A madrugada de ontem foi amais fria de 2011. O InstitutoNacional de Meteorologia (in-met) registrou 16,8 graus noAlto da Boa Vista. Segundo oClimatempo, a combinação dechuva, excesso de nuvens e arpolar derrubou a temperaturana cidade esta semana. NaPraça Mauá, a temperatura mí-nima foi de 21 graus.

Ainda segundo o Climatem-po, com a diminuição da nebu-losidade e do afastamento doar polar, a temperatura sobehoje e no fim de semana. A pre-visão é de sol, com poucaschances de chuva. No entanto,entre segunda e terça-feira, achegada de outra frente fria, deforte intensidade, mudará otempo. A onda de frio está sen-do considerada a mais intensaa chegar ao país este ano. ■

● Os vizinhos da clínica em quea falsa psicóloga Beatriz da SilvaCunha tratava de pacientes comautismo na Rua Sorocaba, emBotafogo, ficaram chocados aodescobrir a farsa pela imprensa.Desde 2007 naquele endereço,Beatriz é descrita como simpá-tica e discreta e o centro médicochamava atenção mais pelaquantidade de crianças que o vi-sitam do que pela dona.

— Todo mundo ficou surpre-so — diz Jorge Maia, gerente deuma loja ao lado da clínica. —Como alguém iria saber?

Beatriz foi presa em flagrantena quarta-feira pela Polícia Civil.Os agentes chegaram até ela de-pois que uma delegada, que te-ve o filho atendido pela supostapsicóloga, desconfiou do núme-ro de registro em um recibo, de-cidiu investigar e descobriu queo documento era falso.

Em 29 de outubro de 2009, afalsa psicóloga participou deuma audiência pública na Câma-ra dos Vereadores sobre a inten-ção da Secretaria de municipalde Educação de acabar com asescolas para alunos especiais apartir de 2010. O evento foi con-vocado pelo vereador PauloMessina (PV), membro da Co-missão de Educação da Casa,que convidou Beatriz — que atéser presa tratava seus dois fi-lhos autistas — e a secretária deEducação, Cláudia Costin.

— Convidei a secretária e aBeatriz, que, como terapeutados meus filhos, era uma pes-soa da minha confiança — ex-plicou Messina.

Costin afirmou ontem quenão foi apresentada a Beatriz:

— Quando cheguei, ela já es-tava no lugar. O que ela falounão me chamou a atenção. ■

LUCIA PORTUGALBORGES DE CASTILHO

Antonio de Pádua Borges deCastilho, filhos, netos e norascomunicam o falecimento desua querida esposa, mãe,avó e sogra. O sepultamentoserá realizado no CemitérioSão João Batista, hoje(29/04), às 14:00h.

A FAMÍLIA DO QUERIDODR. MARLO STEINER FLORESAgradece as manifestações decarinho e convida para a Missa de7º Dia a realizar-se no sábado,30/04, às 18h, na Paróquia N. Sra.da Conceição, na Rua Marquês deSão Vicente, 19, Gávea.

DR. GERSON DE MORAES RÊGO✩✩ 29-04-192429-04-1924 ✝✝ 12-10-201012-10-2010

Hoje estaríamos comemorando o seu aniversárioLamentavelmente, ele meu irmão e grande amigo,

Não mais se encontra entre nós.Que aqueles que com ele conviveram, purifiquem seus corações,

Com um momento de reflexão, de arrependimento,De perdão e de gratidão a ele dirigido.

IVIVAN MORAES RÊGOAN MORAES RÊGO

CHRISTOVÃO JUNGER ALVESCAPITÃO PQD nº 160

Primeira TPrimeira Turma de Paraquedistas do Exérurma de Paraquedistas do Exército Brasileircito Brasileiro 1949o 1949

Os companheiros da Teprem Engenharia, juntamente com a família, cons-ternados comunicam o falecimento do pai de sua Diretora Cristina Jungere convidam para o velório a ser realizado dia 30/04, de 9h as 12h, naCapela do Memorial do Carmo e para cerimônia, no Crematório da SantaCasa de Misericórdia, no Caju, às 13h.

LEDA JENISCH RAYA1 Ano de Muita Saudade

Mãe e avó amada, tu vives em nossoscorações através do imenso amor, do ca-rinho e da dedicação que nos destes. Fi-lhos e neto convidam para a Missa de 1Ano, na Paróquia São Apóstolo, dia29/04/2011, às 18:00h, Rua Barão deIpanema, 85, Copacabana.

NAURO SILVA DE ARAUJO★ 07.09.1933 - ✝ 25.04.2011

Lúcia Glória Bastos Alves de Araujo, desolada e com profundo pesar pela irreparável perda deseu amado marido e companheiro, agradece a carinhosa manifestação de solidariedade dosestimados parentes e amigos por ocasião do falecimento do inesquecível Nauro e convida paraa Missa de 7º Dia a ser celebrada amanhã, dia 30 de abril, sábado, às 9:00 horas, na Igreja deNossa Senhora do Rosário, situada a Rua General Ribeiro da Costa - Leme.Outra celebração será realizada no dia 02 de maio, 2ªfeira, às 18:00 horas, na Igreja daRessurreição, localizada na Rua Francisco Otaviano, 99 - Copacabana.

LUCIANA DE MORAESA família consternada comunica o faleci-mento da querida Lucianaquerida Luciana, em 28 de abrilde 2011. O enterro será realizado hoje(29/04/2011), às 12 horas, no Cemitério SãoJoão Batista.



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25Sexta-feira, 29 de abril de 2011

O GLOBO

E C O N O M I A.

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 25 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 21: 52 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

ValeentraráemBeloMonte,comoqueriaogoverno

Empresa comprará os 9% que eram do Bertin na maior obra do PAC

Correios podem criar e comprar companhias aéreasGoverno muda regras para estatal entrar no trem-bala. Dilma vai antecipar entrega de terminais provisórios em Guarulhos e Brasília

Luiza Damé, Geralda Doca,Danielle Nogueira e Clarice Spitz

● BRASÍLIA e RIO. A Empresa Bra-sileira de Correios e Telégrafos(ECT)ganhouontemautorizaçãodo governo para criar subsidiá-rias, comprar parte ou o controlede empresas e atuar no exterior.Esta é a principal mudança naestatal patrocinada pela medidaprovisória (MP) assinada ontempela presidente Dilma Rousseff aser publicada hoje e que re-modela a forma de atuação daempresa. As mudanças visam a,especialmente, permitir a entra-da da estatal no projeto do trem-bala e no transporte aéreo, porexemplo se associando a com-panhias de aviação. A empresatem R$ 4,5 bilhões em caixa parafuturos investimentos.

O ministro das Comunica-ções, Paulo Bernardo, disse queas mudanças eram necessáriaspara viabilizar a associação dos

Correios ao projeto do Trem deAlta Velocidade (TAV), ligandoSão Paulo e Rio, e reduzir osgastos, de R$ 300 milhões aoano, com logística aérea. Se-gundo Paulo Bernardo, 35% damovimentação dos Correios es-tão concentrados hoje no eixoRio-São Paulo e todo o trans-porte é feito por caminhões. Aempresa quer criar sua sub-sidiária ou comprar participa-ção em aéreas já existentes.

A medida provisória tambémrevoga o estatuto dos Correios,instituído há 42 anos por meio dedecreto-lei. A companhia postaladotará regras de transparênciasemelhantes às das SAs, comopublicação trimestral de balan-ço, realização de assembleia ereforço do papel da área de au-ditoria, que será ligada direta-mente ao Conselho de Admi-nistração. Este, por sua vez, pas-saráaserpresididopeloministrodas Comunicações. O ministro

disse que o primeiro balanço dosCorreios, sob as novas regras,será publicado no próximo mês.

A medida provisória permiteainda que os Correios atuem noexterior, como nos locais comgrande concentração de brasi-leiros ou volume significativo denegócios nacionais. Um exemploé a Flórida, nos Estados Unidos.Com isso, o governo espera re-duzir custos nessas regiões.

Infraero quer fazer licitaçãoem três semanas

Por determinação da presi-dente Dilma Rousseff, a Infraerovai antecipar o cronograma deentrega dos terminais de pas-sageiros provisórios em Guaru-lhos (SP) e Brasília. Segundo in-terlocutores, Dilma exigiu na reu-nião com a direção da estatal naterça-feira que os terminais al-ternativos estejam prontos antesdas férias de verão deste ano,para desafogar os dois aeropor-

tos, já saturados. A previsão ini-cial era meados de 2012.

Na reunião com a presidentenesta sexta-feira, a estatal vaiapresentar as ações imediatas,além de corrigir as datas daconclusão das demais obrasnos aeroportos de cidades quevão sediar a Copa, em 2014. Amaior parte dos empreendi-mentos do plano da Infraeroestá em fase de projeto. Aotodo, estão previstos R$ 5,15bilhões para as cidades-sede.

Segundo fontes, Dilma tem semostrado cética em relação àcapacidade de a estatal fazer osinvestimentos e, por isso, tomoua decisão de conceder cincoaeroportos ao setor privado(Guarulhos, Brasília, Galeão,Confins e Viracopos). Porém,está decidida a apertar a In-fraero enquanto os editais delicitação não saem do papel.

A ideia da Infraero é fazer alicitação para escolher as em-

presas que farão a instalaçãodos terminais provisórios numprazo de três semanas.

BNDES adotará ações paraacelerar investimentos no setor

A decisão de conceder ae-roportos à iniciativa privadafoi comemorada por empre-sários ontem no Fórum Eco-nômico Mundial, no Rio. O gru-po Odebrecht confirmou o in-teresse em participar das li-citações e disse que estudaparcerias com empresas na-cionais e internacionais paradisputar os leilões.

— Existem muitas ideias deparcerias. Outras operadoras lo-cais poderiam investir conosco— disse o diretor-executivo daOdebrecht Participações e In-vestimentos, Felipe Jens.

O executivo lembrou que ogrupo criou no ano passado aOdebrecht TransPort (OTP), quetem como um dos objetivos dis-

putar aeroportos.O presidente do BNDES, Lu-

ciano Coutinho, que participoude um almoço com represen-tantes do Eximbank, banco defomento americano, durante oevento, ressaltou o interesse dosEUA no transporte aéreo:

— Os americanos do Exim-bank têm interesse nos JogosOlímpicos e no petróleo. Elesperguntaram sobre aeroportos eeu disse para ficarem atentos.

Coutinho afirmou ainda que ogoverno adotará ações fast-track(via rápida) para acelerar osinvestimentos no setor e que obanco pode financiar projetosde concessão de terminais.

O presidente da GE no Brasil,João Geraldo Ferreira, afirmounão descartar uma participaçãoem consórcios para disputar asfuturas licitações. ■

COLABORARAM: Bruno Rosa eBruno Villas Bôas

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Itaipu: comissãodo Senado aprovarevisão de royalties

Eliane Oliveira

● BRASÍLIA. Um dia depois de umgrupo de parlamentares para-guaios pedir aos senadores bra-sileiros rapidez na aprovação darevisão do Tratado de Itaipu,assinado na década de 70, aComissão de Relações Exteriores(CRE) do Senado deu sinal verde,ontem, para os ajustes. O pontoforte da revisão diz respeito aoaumento, de US$ 120 milhõespara US$ 360 milhões, da taxaanualdecessãopagaaoParaguaipela energia não utilizada da usi-na hidrelétrica binacional. Tam-bém foi aprovado na CRE o pe-dido de urgência para a trami-tação da matéria, que, agora,segue para o plenário da Casa.

Pelo Tratado de Itaipu, a ener-gia produzida é dividida em par-tes iguais entre Brasil e Paraguai.Além disso, cada um dos doispaíses tem direito a adquirir, até2023, o volume não utilizado pelooutro. Como os paraguaios con-somem apenas 5% da energiagerada, vende o restante de suaparte ao mercado brasileiro.

O custo adicional a ser pagopelo Brasil, segundo exposiçãode motivos que acompanha otratado, será pago com recursosdo Tesouro Nacional, sem onerara conta de luz dos usuários.Segundo técnicos da área eco-nômica, mesmo assim a energiaparaguaia é mais barata do que acomprada no mercado livre.

Ramona Ordoñez

M enos de um mês depois dedecidir pela substituição deRoger Agnelli por MuriloFerreira em sua presidência

por forte pressão do governo, a Valeanunciou ontem que participará comosócia do projeto de construção e ope-ração da usina hidrelétrica de BeloMonte — o maior projeto do Programade Aceleração do Crescimento (PAC) econsiderado prioritário pela presiden-te Dilma Rousseff. A mineradora entrano Consórcio Norte Energia no lugar daGaia, pertencente ao grupo Bertin, quedetinha 9% do negócio e se retirou doempreendimento em meados de fe-vereiro por dificuldades econômicas. AVale pagará ao Bertin em torno de R$ 5milhões por gastos iniciais feitos noprojeto e capitalizará o consórcio Nor-te Energia com um valor entre US$ 400milhões e US$ 500 milhões.

Apesar de a troca no comando daVale ter sido feita por influência política— Agnelli vinha desagradando ao go-verno Lula desde 2008, ao passo queFerreira tem bom trânsito em Brasília— o diretor de Marketing, Vendas eEstratégia da Vale, José Carlos Martins,disse que a decisão de participar doprojeto no rio Xingu, no Pará, foi ex-clusivamente tomada pela companhia,para atender a seus objetivos de au-mentar a geração própria de energiapara seus projetos. O executivo ga-rantiu que a decisão não sofreu qual-quer influência do governo federal.

— Sempre tivemos interesse no pro-jeto, mas na época do leilão perdemos.Agora, surgiu essa oportunidade faceàs dificuldades do grupo (Bertin). Adecisão está absolutamente dentro daestratégia da companhia de aumentarsua geração de energia renovável elimpa para atender seus projetos. Foiuma decisão econômica, não teve ne-nhuma ingerência política — afirmou.

O grande interesse pela fatia doBertin — que chegou a ter oito in-teressados, entre eles EBX e Gerdau —deve-se ao fato de o grupo ser au-toprodutor no projeto de Belo Monte.Esta condição permite que o sócio useparte da energia produzida para con-sumo próprio, o que explica o interesseda Vale, responsável por mais de 4% doconsumo nacional. Os 9% na usinasignificam uma produção de energiasuficiente para abastecer 1,6 milhão deresidências durante um ano — quasemetade dos consumidores da Light.

ComaentradaemBeloMonte, aValevai aumentar sua geração própria deenergia, que atualmente é de 45% dototal que consome, para 63%. O diretorFinanceiro da Vale, Guilherme Caval-cante, explicou que os 9% do capitalque serão adquiridos pela companhiavão representar o equivalente a 400megawatts (MW) médios da energiatotal de Belo Monte, que terá umacapacidade total de 11 mil MW. Oexecutivo explicou que a participaçãoda Vale representa um investimento daordem de R$ 2,3 bilhões. Todo o pro-jeto tem custo estimado em R$ 25,8bilhões — cerca de 75% serão finan-ciados pelo BNDES.

— A participação da Vale em BeloMonte vai reafirmar o compromisso dacompanhia de diversificar seus inves-timentos, e vai garantir o fornecimentode energia para seus projetos. E oinvestimento tem retorno financeiro —destacou Cavalcante.

A entrada efetiva da Vale no em-preendimento será concluída com ofechamento do acordo de acionistascom os demais participantes do Con-sórcio Norte Energia. O Bertin formoucom a Chesf e a Andrade Gutierrez opelotão de frente do consórcio mon-tado pelo Palácio do Planalto quevenceu, em abril de 2010, o leilão deBelo Monte. A usina ainda espera aLicença de Instalação (LI) do Ibamapara iniciar as obras da maior hi-drelétrica brasileira. A previsão é queo documento, maior preocupação doconsórcio e principal entrave ao em-preendimento, saia em maio, segundoo diretor de Relações Institucionais da

Norte Energia, João Pimentel. A ex-pectativa inicial era fim de abril. Boaparte da demora deve-se a condi-cionantes ligadas às comunidades in-dígenas. Segundo Pimentel, a Funai fezainda mais exigências após o posi-cionamento da Comissão Interame-ricana de Direitos Humanos da Or-ganização dos Estados Americanos,que solicitou ao Brasil a suspensão daconstrução da usina, tendo como baseuma petição de cerca de 40 entidadesque afirmam, entre outras coisas, queos indígenas não foram ouvidos.

Em 25 de fevereiro, em meio a es-peculações sobre a queda de Agnelli, aentradadamineradora jáera tidacomo

uma possibilidade e considerada comotábua de salvação do executivo, já quea obra é prioritária para Dilma. Osproblemas de Agnelli com o governo seintensificaram em 2008, quando a Valeanunciou a encomenda de 12 navios àChina, por US$ 1,6 bilhão, num mo-mento em que o governo trabalhavapara o renascimento da indústria navalno país. Em dezembro do mesmo ano,no auge da crise financeira global, aVale demitiu 1.300 empregados. O go-verno sequer foi notificado disso an-tecipadamente. Depois disso, ele fezmudanças no plano de investimentosda mineradora, dando prioridade, porexemplo, à construção de uma side-

rúrgica no Pará. Mas a medida foiconsiderada tímida. Também irritou oPT ao criticar publicamente a pressãopor seu cargo, em pleno segundo turnoda campanha presidencial.

Já a indicação de Ferreira, um ex-diretor da Vale e que assumirá o cargoem 22 de maio, agradou. De perfiltécnico e com trânsito no governo, oexecutivo é visto com bons olhos porinvestidores e pelos acionistas priva-dos, dos quais se aproximou ao longodos 11 anos em que trabalhou naempresa. Também tem simpatia dogoverno, especialmente de Dilma, comquem teve contato direto quando elaera ministra de Minas e Energia. ■

POPULAÇÃO RIBEIRINHA lava louça no rio Xingu, onde será construída a usina: Vale diz ter interesse na energia que será gerada

Marcelo Carnaval/12-9-2009

26 ● ECONOMIA Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.


COM ALVARO GRIBEL

oglobo.com.br/miriamleitao • e-mail: [email protected]

PANORAMA ECONÔMICO

MÍRIAMLEITÃO

Palavras e ausências● Com palavras que entram e saem das atas do

Copom, os analistas do mercado financeiro, das

empresas, das consultorias vão entendendo os

sinais do Banco Central. Na ata divulgada ontem, o

Banco Central escreveu a palavra “principalmen-

te” antes da expressão “ações convencionais de

política monetária.” Foi entendido que os juros

podem subir mais.

É preciso ler também asausências. Na última ata, de-pois da horrenda palavra“macroprudencial” — quequer dizer controle de cré-dito — estava escrita a de-finição “um instrumento rá-pido e potente para conter ademanda.” Desta vez, a de-finição não estava mais lá.Juntando o fato de que o BCvai principalmente usar asações convencionais e nãoestá repetindo que o ma-croprudencial é “rápido e po-tente”, analistas como o pro-fessor Luiz Roberto Cunha, oeconomista Luis Otávio Leale economistas de diversosbancos concluíram que a ins-tituição acredita mais em ju-ros do que em medidas co-mo IOF sobre crédito paracontrolar a inflação.

Pode-se imaginar que tu-do isso é um jogo de apos-tas, em que palavras ser-vem para se tentar adivi-nhações. Na verdade, esseritual de comunicação entreo Banco Central e as ins-tituições que compram —com o nosso dinheiro —títulos da dívida pública re-munerados pela taxa Selic éuma forma de dar trans-parência e previsibilidadeàs ações do BC. Através dis-so ele vai se comunicando einfluenciando as expectati-vas. Quanto mais transpa-rente e coerente for, maisinfluente será.

Por isso, existe a ata,uma semana depois de ca-da reunião do Copom, eRelatório de Inflação, detrês em três meses. Cadapalavrinha presente ouausente serve para indi-car aos iniciados que mo-vimentos o BC pode fazer.Neste momento, a auto-ridade monetária estádiante de enormes desa-fios: conseguirá conven-cer que tem mesmo au-tonomia para combater ainflação? Está o BancoCentral sabendo avaliartodos os riscos presentesna economia brasileira emundial? Há controvér-sias. Até dentro do banco,porque dois dos diretoresvotaram por um aumentode 0,5 ponto percentual, enão 0,25 p.p., como foiaprovado. Esses diretoresacham que era preciso“mitigar riscos de quepressões inflacionárias re-centes se transmitam aocenário prospectivo.” Emuma palavra, eles temem a“indexação”.

Quanto maior a inflação,quanto mais confusas asanálises e expectativas,mais cada pessoa ou em-presa tenta garantir nosseus preços e contratos quenão vai perder renda. Osaluguéis, por exemplo, sãocorrigidos pelo IGP-M. OsIGPs são índices nervosos:caem drasticamente, às ve-zes; disparam, em outrosmomentos. Por isso, o donodo imóvel se garante e re-gistra no contrato que é oIGP-M ou o IPCA, “o que formais alto.” Assim, no ano de2009, os IGPs ficaram abai-xo de zero, mas ninguémreduziu o aluguel. No anopassado, ele passou de 10%.Ou seja, o inquilino sofresempre. Quando a demandaestá aquecida, como agora,

o proprietário cresce paracima do inquilino. Imagineque o locatário é um ca-beleireiro que possa imporaumento no seu preço. Eletenderá a subir na mesmaproporção dessa elevaçãode custos. Os resquícios dacultura inflacionária numaeconomia aquecida, com ogoverno dando sinais deque está convencido de quea inflação é tolerável por-que está subindo em todosos países do mundo, sãoingredientes para uma gran-de confusão. Essas mudan-ças bruscas dos IGPs têmuma explicação: eles são ín-dices formados por preçosao consumidor, custos daconstrução civil e matérias-primas. Quando dispara opreço do minério de ferro,pode ser bom para a ba-lança comercial e para aVale, mas afeta esse índicede inflação. O mesmo com opetróleo e alimentos in na-tura. E por aí vai. O risco éde transmissão da inflaçãode um ano para o outro.

Algumas tarifas de ser-viços públicos, como aenergia elétrica, tambémsão corrigidas ou afetadaspor este índice, que subiumuito no ano passado. On-de há competição de pro-duto importado isso nãoacontece porque o dólar es-tá caindo e neutralizandoparte do aumento. Na áreade serviços, o impacto émaior. Por isso a inflação deserviços ultrapassou 8%.

Na ata de ontem, o Ban-co Central disse que “a de-manda se apresenta robus-ta”, ou seja, está todo mun-do comprando muito. Emparte pelo crédito, em par-te pelo aumento da renda.Para o BC, o governo cor-tou gastos, mas os estí-mulos dados na época dacrise ainda estão aceleran-do a economia. A verdadeé um pouco mais comple-xa. O governo cortou gas-tos de um lado e aumentoude outro, fez superávit pri-mário aumentando arreca-dação e não cortando des-pesas, e demorou demais aretirar os incentivos fis-cais ao consumo porque2010 era ano eleitoral. Masisso certamente não esta-ria numa ata do Copom. Devez em quando, com sualinguagem de contorcio-nista, o Banco Central avi-sa delicadamente que o go-verno tem que cortar gas-tos. Mas isso produz res-mungos no Ministério daFazenda e esta administra-ção ainda não ficou “ro-busta” — usemos a palavraque os economistas gos-tam tanto — o suficientepara uma ousadia dessas.E o BC ainda não é au-tônomo no Brasil; tem au-tonomia quando o governoa concede.

Outro recado dado peloBC no palavrório de ontemfoi que a temporada de altade juros vai ser “suficien-temente prolongada” paraconter a inflação. Disse noparágrafo 30 e repetiu no32. Tudo lido e traduzidofica ainda insuficiente parase saber como o BC pre-tende reverter o jogo queainda está embolado nomeio-de-campo.

ANP marca novo leilão de pós-salLicitações acontecerão em setembro; descoberto primeiro poço em Albacora

Governo autoriza menos álcool namistura para gasolina não subirDe olho na especulação, ANP vai ficar responsável por regular mercado de etanol

Martha Beck, Luiza Damé eMonica Tavares

● BRASÍLIA. O governo deu on-tem o primeiro passo numa po-lítica permanente para garantiro abastecimento de etanol nomercado e minimizar os im-pactos da entressafra da cana-de-açúcar nos preços dos com-bustíveis. Uma medida provi-sória (MP) que será publicadano Diário Oficial dá à AgênciaNacional do Petróleo (ANP) opoder de regular os estoques deetanol no país. Além disso, otexto amplia a margem com aqual a equipe econômica podetrabalhar se tiver que mexer namistura do álcool anidro na ga-solina. Esse intervalo, que hojevaria entre 20% a 25%, passoupara 18% a 25%.

Segundo técnicos da áreaeconômica, a ideia no futuro éestabelecer uma regra pelaqual o percentual sempre sejareduzido nos primeiros mesesde cada ano, quando a ofertado produto cai em razão daentressafra. O novo intervalotorna a calibragem da misturamais fácil e dá mais margem demanobra ao governo caso ospreços do álcool disparem.

No caso da ANP, regular osestoques significará ter mais

controle sobre o setor sucroal-cooleiro e monitorar indicado-res como níveis de produção,estoques e fluxo de comercia-lização das usinas. A agênciaserá responsável pela comer-cialização, estocagem, exporta-ção e importação de etanol. Paraisso, o etanol ganhou o status decombustível.

Numa ação mais emergencial,o governo também estuda me-xer imediatamente na misturado álcool à gasolina em razão dadisparada dos preços do etanolno mercado doméstico, que estápressionando a inflação. Nestecaso, no entanto, o martelo ain-da não foi batido. Como a en-tressafra da cana já está che-

gando ao fim, o etanol tende acair ao longo das próximas se-manas e reduzir as pressõessobre os combustíveis.

— Tudo vai depender do com-portamento dos preços — disseum técnico, lembrando que, emalguns dias da semana passada,o álcool chegou a ficar mais caroque a gasolina nas refinarias.

Isso porque, além de estarpraticamentesemreservadeeta-nol, as pequenas distribuidorastiveram dificuldades de logísticapara entregar o produto. O com-portamento, explicam os técni-cos, também foi influenciado pe-los feriados da Semana Santa,quando a maioria dos postoselevou pedidos. As distribuido-ras, que não dispunham de ál-cool adicional, subiram preços.

Embora o governo costumealterar a mistura do álcool àgasolina para se preparar paraa entressafra, a ação não fazparte de uma política. O mi-nistro de Minas e Energia, Edi-son Lobão, disse que tem ob-servado abusos nos preçosdos combustíveis no país:

— Há nove anos o preço dagasolina não tem aumento nasrefinarias. Mas ela passa pelasdistribuidoras, pelos postos, e omercado é livre para estabeleceros preços. ■

Martha Beck e Ramona Ordoñez

● BRASÍLIA e RIO. No mesmo diaem que a Petrobras anunciou adescoberta de um poço no pré-sal da Bacia de Campos, o pri-meiro no Campo de Albacora, ogoverno marcou para setembroa retomada, após três anos, dosleilões para a exploração depetróleo e gás na camada dopós-sal, sob regime de conces-são. É esperada uma arreca-dação de cerca de R$ 200 mi-lhões. A realização da 11a- ro-dada de licitações foi aprovadaontem pelo Conselho Nacionalde Política Energética (CNPE). Oórgão deu ainda o pontapé ini-cial numa política de incentivos,inclusive fiscal, para pequenas emédias empresas que atuam nosetor petrolífero. Ela será des-tinada a firmas que produzem

até dois mil barris diários.O ministro de Minas e Energia,

Edison Lobão, informou que a11a- rodada vai incluir 174 blocos(87 em terra e 87 em mar) es-palhados por nove estados bra-sileiros, entre eles Ceará, Bahia,Rio Grande do Norte e EspíritoSanto. Juntos, os blocos ocupamuma área de 123 mil quilômetrosquadrados. As águas do Rio —uma área estratégica que podeser incluída no regime de par-tilha, no qual o governo é donodo óleo — ficaram de fora.

Área exploratória do paísdeve crescer 40%

Segundo a Agência Nacionaldo Petróleo (ANP), se todos osblocos forem arrematados, aárea exploratória brasileira, que,atualmente, é de 314 mil qui-lômetros quadrados e vinha di-

minuindo nos últimos anos, teráum crescimento de 40%. O órgãoestima que arrecadará, no mí-nimo, R$ 200 milhões com osbônus de assinatura a serem pa-gos por empresas.

O diretor-geral da ANP, Ha-roldo Lima, disse que há boasperspectivas de descoberta depetróleo e gás nas áreas queserão ofertadas:

— Há alguns blocos que estãoem novas fronteiras, como Ama-zonas, Pará, Maranhão. Na Baciado Parnaíba, na parte terrestredo Piauí, serão oferecidos, porexemplo, 20 blocos.

De acordo com Lobão, a as-sinatura dos contratos da 11a-

rodada deve ocorrer em dezem-bro. Segundo o ministro, o go-verno só deverá tratar da li-citação de áreas do pré-sal de-pois que o Congresso Nacional

votar o projeto de lei que trata dapartilha de seus royalties.

Novo poço tem potencialde 350 milhões de barrisEstimativas preliminares indi-

cam, para o poço descoberto noCampo de Albacora, um poten-cial de volume economicamenterecuperável da ordem de 350milhões de barris de óleo. Arealização de Testes de LongaDuração para investigar o com-portamento de produção dessanova área será decidida aindanão foi programada.

Ontem, no mercado interna-cional, o petróleo voltou a fecharem alta. Nos Estados Unidos, obarril do tipo leve atingiu seumaior preço em 31 meses, sendocotadoaUS$112,86.EmLondres,o preço do barril do tipo Brentfechou a US$ 125,23. ■

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IR 2011: No último dia

de entrega da declaração,

navegue pelo site

especial e tenha todas as

informações sobre o

Imposto de Renda

VALE: Em infográfico, os

grandes números que

traçam um retrato da

mineradora

AUTOMÓVEIS: Testamos

o Uno Sporting, a nova

versão para o modelo 1.4

da Fiat

Agência Brasil/Arquivo

NOS POSTOS: pela nova regra, gasolina poderá ter até 18% de álcool

ECONOMIA ● 27Sexta-feira, 29 de abril de 2011 • 2ª edição O GLOBO


Apósata,mercadovêelevaçãode jurosatéagostoPara analistas, BC reconheceu que inflação piorou. Texto diz que aperto monetário será ‘suficientemente prolongado’

Patrícia Duarte

● BRASÍLIA. O atual ciclo de aper-to monetário será “suficiente-mente prolongado” diante do ce-náriomaiorde incertezassobreocomportamento da inflação. Ouseja, haverá mais elevações dataxa de juros nos próximos me-ses do que se pensava até então,como estratégia para frear a es-calada de preços. Esta é a men-sagem central da ata da últimareunião do Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do BancoCentral (BC), publicada ontem, elevou o mercado a realinhar suasapostas, prevendo ao menosmais duas altas seguidas da Selic,

de 0,25 ponto percentual cada.Esticar o movimento para agostotambém entrou no radar.

Na reunião realizada na se-mana passada, a Selic foi elevadade 11,75% para 12% ao ano, pe-gando de surpresa boa parte domercado. Os agentes, em suamaioria, apostavam numa pu-xada maior, de meio ponto, po-rém marcando o fim do aperto.IssoporqueoBCvinha insistindoque, em seu cenário de refe-rência, a inflação entraria emqueda entre o terceiro e o quartotrimestres, fechando a 5,6% emdezembro. A meta de inflaçãopara este ano é de 4,5%, comintervalo de dois pontos per-

centuais para cima e para baixo.Além disso, o BC vinha in-

sistindo na importância dasmedidas macroprudenciais,que restringem liquidez e cré-dito, para complementar a po-lítica de juros. Em diversas oca-siões, o BC deixou claro quenovas medidas desta naturezapoderiam ser adotadas.

— O BC reconheceu que ocenário de inflação piorou e,nesta ata, voltou a reforçar queo instrumento de política mo-netária são os juros mesmo.Retirou um pouco a força quetinha dado às medidas macro-prudenciais como alternativasfuturas (aos juros) — afirmou o

economista-chefe do WestLB,Roberto Padovani.

No comunicado após a reu-nião da semana passada, quandovotou dividido (dois diretoresdefenderam a permanência dopatamar de alta de meio pontodos dois encontros anteriores), oBC já havia ensaiado este tom.No documento de ontem, o ado-tou explicitamente:

BC agora prevê alta de2,2% na gasolina este ano“O Copom entende, de forma

unânime, que, diante das incer-tezas quanto ao grau de per-sistência das pressões inflacio-nárias recentes, e da comple-

xidade que envolve hoje o am-biente internacional, o ajuste to-tal da taxa básica de juros deveser, a partir desta reunião, su-ficientemente prolongado”.

O BC voltou a dizer que aeconomia continua aquecida, ci-tando o crescimento da massasalarial e do emprego, que es-timulam o consumo num mo-mento em que a capacidade deoferta está perto do limite. Outroindício é o comportamento docrédito. Apesar de apresentar“certo arrefecimento”, o BC en-tende que o movimento de ex-pansão “tende a persistir”.

No cenário internacional, oBC ressaltou que os preços das

commodities ainda são uma in-certeza, inclusive as cotaçõesdo petróleo. Não por menos, aautoridade monetária mudousua previsão de aumento dospreços internos da gasolina:depois de passar meses in-dicando estabilidade, agora oBC projeta que a gasolina su-birá 2,2% em 2011. Para gás ebutijão, manteve as contas depreços estáveis.

— Os preços da gasolinapara o consumidor final su-biram quase 10% neste ano,por causa do etanol. Isso afetamuito a inflação — salientou oeconomista-chefe da MáximaAsset Management. ■

Índice do aluguelsobe 10,6%em 12 mesesEm abril, IGP-M tevealta de 0,45%, puxadopor combustíveis

Paulo Justus

● SÃO PAULO. A inflação medidapelo IGP-M, da Fundação GetulioVargas, referência para a cor-reção de contratos de aluguel,perdeu força em abril, puxadapela queda de preços das ma-térias-primas agropecuárias. Oindicador registroualtade0,45%,contra 0,62% em março. No acu-muladode12meses, avariaçãoéde 10,6%. A desaceleração sónão foi maior devido à pressãodos combustíveis.

O preço das matérias-primasagropecuárias aos produtorescaiu 0,82% em abril, no primeiroresultado negativo desde janeirode 2010. Também foi a maiorredução de preços desde agostode 2009. Os produtos agrope-cuários foram os que mais con-tribuíram para a desaceleraçãodo Índice de Preços ao ProdutorAmplo (IPA, com peso de 60% noIGP-M), que subiu 0,29% em abril,ante 0,65% em março.

Segundo Salomão Quadros,coordenador de análises eco-nômicas da FGV, o resultadomostra que as commodities co-meçam a fazer um suave re-torno, após forte alta no se-gundo semestre de 2010.

A inflação seria menor se nãofossem os combustíveis. Emabril, o preço do álcool anidropara os distribuidores subiu33,14%, após alta de 9,32% emmarço. O produto, que é mis-turado à gasolina, foi o respon-sável pela alta de 4,32% na ga-solina vendida ao consumidorem abril. O álcool hidratado ven-dido nos postos teve alta de13,45% em abril, após subir6,75% em março. ■

Amil fecha comprado Hospital Pasteurpor R$ 90 milhõesAquisição da unidadena Zona Norte serápaga em 35 meses● Uma das maiores empresas desaúde do Brasil, a Amil Parti-cipações fechou a compra ontemdo Hospital Pasteur, no Méier. Onegócio, de R$ 90 milhões, foirealizado por meio de sua con-trolada Empresa de ServiçosHospitalares (Esho), em contratode compra e venda de cotas comos sócios do Méier Medical Cen-ter. A maior parte da empresa(60,85%) pertencia ao controla-dor indireto da Amil, Edson Bue-no, que já era sócio do Pasteur.

Do valor total do negócio, R$43 milhões serão pela partici-pação de 60,85% do controladorindireto e R$ 47 milhões para osdemais cotistas da sociedadedetentores dos 39,15% restan-tes. O pagamento será feito em35 parcelas mensais.

Referência na Zona Norte, oPasteur tem capacidade para200 leitos, em imóvel com 17mil metros quadrados. As re-ceitas anuais são de R$ 70milhões. A aquisição reforça aestratégia da Amilpar, conso-lidando sua liderança no Rio,diz o diretor Erwin Kleuser . ■



Designer via ‘web’Reprodução

A ANDARELLA põe hoje no ar um site que dará às internautas a

chance de serem designers de sapatos por um dia. As criações

serão anexadas a perfis dos autores. Os cinco modelos mais

votados vão integrar a coleção verão 2012 da marca. A ação, da

Zarabatana Digital, é estrelada pelo ator Eduardo Coutinho.

NEGÓCIOS & ciaFlávia Oliveira

Em festa● A indústria comemorou oanúncio da 11a- Rodada deLicitações pela ANP, após trêsanos sem leilões. “A licitaçãode novas áreas traz um novoânimo”, diz Álvaro Teixeira,do Instituto Brasileiro doPetróleo (IBP). As petroleirasvinham pressionando pelopregão, por medo de que afalta de novas áreas paraexplorar reduzisseinvestimentos no país.

Ponto de tensão● Teixeira não viu surpresasna localização dos 174 blocosa serem ofertados. A únicapreocupação do setor é apossível inclusão de cláusulade cancelamento automáticodo contrato, caso o programaexploratório não sejacumprido. A ANP estuda amudança. O IBP sugere quehaja margem de negociação.

Quase mil● A Transpetro abriuinscrições ontem paracontratar 206 funcionários deensinos médio e superior. Onovo edital elevou para 934 ototal de vagas abertas naestatal. No último grandeconcurso, em 2005, a empresaadmitiu 1.653 profissionais.

Prédio virtual● A Brookfield Incorporaçõesvai lançar o One WorldOffices, na Barra, em parceriacom o Grupo Teruszkin. Oprojeto comercial temprevisão de vendas de R$ 364milhões. O lançamento, nofim de maio, consumiráR$ 500 mil em investimento.Um dos destaques será aprojeção virtual simulando aconstrução pronta no terreno,em tamanho real.

Rio + 5● Eduardo Paes recebeuontem carta de JohnCoatsworth, reitor da Escolade Relações Internacionais deColumbia. Ficará no Rio ocentro global para AméricaLatina da universidadeamericana. Há outros cincono mundo: em Pequim, Paris,Aman (Jordânia), Mumbai(Índia) e Istambul (Turquia).

Presente de mãe● O varejo carioca espera altade 10% nas vendas para o Diadas Mães 2011. Seconfirmado, será o melhorresultado em cinco anos. OCDL-Rio consultou 500 lojistasde 19 a 26 de abril. Doisfatores animam o comércio. OSPC já recebeu um milhão deconsultas de crédito no mês.E 70 mil quitaram dívidas.

Vai custar● O preço médio dospresentes para as mães seráde R$ 100, diz o CDL-Rio.

Oferta para superconsórciosLeilão de Cepacs da Zona

Portuária exigirá patrimôniolíquido mínimo de R$ 8 bi

Marca famíliaReprodução

CEG E CEG RIO estreiam hoje campanha institucional em TV.

Usarão cenas do dia a dia das famílias, como a menina e suas

bolhas de sabão, para apresentar as novas marcas das empresas,

operadas pela espanhola Gas Natural Fenosa. A criação é da Heads.

A PETROBRAS bateu recorde de aproveitamento de gás associado à

produção de petróleo em março. A estatal aproveitou 91,7% do insumo.

Até então, o melhor resultado foram os 90,9%, de março de 2004.

● O edital do leilão de Cepacs da ZonaPortuária, em fase de aprovação pela CVM,sugere que a disputa ficará restrita a umseleto grupo de investidores. Publicado nosite do órgão, o documento estipula que oconsórcio interessado em arrematar os6,436 milhões de títulos, em lote único,deverá comprovar patrimônio líquido mí-nimo de R$ 8 bilhões. É o equivalente aovalor estimado da parceria público-pri-vada (PPP) encarregada das obras e ser-viços na região nos próximos 15 anos.Individualmente, cada consorciado teráque demonstrar patrimônio de, ao menos,R$ 1 bi. O valor do leilão é estimado em R$3,508 bilhões. A exigência leva a crer que a

concorrência ficará entre grandes fundosde pensão — talvez associados a incor-poradoras — e o FGTS. O fundo de ga-rantia, via Caixa Econômica, está engajadono projeto do Porto Maravilha, desde aorigem. Há compromisso de adiantar re-cursos à Prefeitura do Rio para o início dasobras pelo consórcio Porto Novo (Ode-brecht, OAS e Carioca Engenharia). Se

vencer o leilão, o fundo terá nas mãostítulos que permitirão a ampliação dopotencial construtivo dos terrenos da re-gião. São instrumentos essenciais ao de-senvolvimento dos projetos imobiliáriospara a área. Por isso, a perspectiva é dealta liquidez e rentabilidade dos Cepacs.“Só após o leilão, quando o vencedor levaros Cepacs ao mercado, será possível cal-cular o valor do metro quadrado no Porto.E quanto valerá a pena investir”, diz umafonte do setor imobiliário. O leilão dosCepacs é esperado desde o fim de 2010,mas esbarrou em exigências e negocia-ções sobre o edital. O texto final deve sairnos próximos dias.

Doutor no iPhone

Reprodução

QUATRO VIDEODICAS de Dráuzio Varela sobre qualidade de vida e

cuidados com a saúde são o bônus do aplicativo para iPhone e iPad

da Bradesco Saúde. Pelos aparelhos, os segurados poderão localizar

clínicas, médicos e farmácias, além de acessar os próprios dados.

T Í T U L O S

Príncipe verde● Pai do noivo do ano, Charlesé também estudioso desustentabilidade. Em“Harmony” (Campus/Elsevier,344 páginas, R$ 69,90), oPríncipe de Gales reflete sobreas transformações climáticas eas mudanças tecnológicas e devisão de mundo para detê-las.

INDICADORES O GLOBO NA INTERNET

a Veja mais indicadores e números do mercado financeirooglobo.com.br/economia/indicadores

ÍNDICESNOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

Bovespa -4,2% +2,36% -3,94% +1,22% +1,79% N.D.

Salário mínimo (Federal) R$ 510 R$ 510 R$ 540 R$ 540 R$ 545 R$ 545

Salário mínimo (RJ) R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 639,26

TR

25/04:0,1484% 26/04: 0,1300% 27/04: 0,1441%

Selic: 11,75%

IMPOSTO DE RENDA

IR na fonte • Abril/2011Parcela

Base cálculo Alíquota a deduzir

R$ 1.566,61 Isento —

De R$ 1.566,62 a R$ 2.347,85 7,5% R$ 117,49

De R$ 2.347,86 a R$ 3.130,51 15% R$ 293,58

De R$ 3.130,52 a R$ 3.911,63 22,5% R$ 528,37

Acima de R$ 3.911,63 27,5% R$ 723,95

Deduções: a) R$ 157,47 pordependente; b) dedução especial paraaposentados, pensionistas e transferidospara a reserva remunerada com 65 anosou mais: R$ 1.566,61; c) contribuiçãomensal à Previdência Social; d) pensãoalimentícia paga devido a acordo ousentença judicial. • Obs: Para calcular oimposto a pagar, aplique a alíquota ededuza a parcela correspondente à faixa.• Esta nova tabela só vale para orecolhimento do IRRF este ano.Correção da primeira parcela: -Fonte: Secretaria da Receita Federal

INSS/AbrilTrabalhador assalariadoSalário de contribuição (R$) Alíquota (%)

Até 1.106,90 8de 1.106,91 até 1.844,83 9de 1.844,84 até 3.689,66 11

Obs: Percentuais incidentes de forma nãocumulativa (artigo 22 do regulamentoda Organização e do Custeio daSeguridade Social).

Trabalhador autônomoPara o contribuinte individual efacultativo, o valor da contribuição deveráser de 20% do salário-base, que poderávariar de R$ 545 a R$ 3.689,66

UfirAbrilR$ 1,0641Obs: foi extinta

Ufir/RJAbrilR$ 2,1352

Unif

Obs: A Unif foi extinta em 1996. CadaUnif vale 25,08 Ufir (também extinta).Para calcular o valor a ser pago,multiplique o número de Unifs por 25,08e depois pelo último valor da Ufir (R$1,0641). (1 Uferj = 44,2655 Ufir-RJ)

INFLAÇÃO

IPCA (IBGE)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 3149,74 0,75% 4,38% 5,20%Novembro 3175,88 0,83% 5,25% 5,63%Dezembro 3195,89 0,63% 5,91% 5,91%Janeiro 3222,42 0,83% 0,83% 5,99%Fevereiro 3248,20 0,80% 1,64% 6,01%Março 3273,86 0,79% 2,44% 6,30%

IGP-M (FGV)Índice Variações percentuais



IGP-DI (FGV)Índice Variações percentuais



CÂMBIO

DólarCompra R$ Venda R$

Dólar comercial (taxaPtax) 1,5845 1,5853Paralelo (São Paulo) 1,53 1,70Diferença entre paralelo e comercial -3,43% 7,23%Dólar-turismo esp. (Banco do Brasil) 1,49 1,63Dólar-turismo esp. (Bradesco) 1,51 1,66

Obs: A cotação Ptax do dólar americanode dias anteriores pode ser consultada nosite do Banco Central, www.bc.gov.br.Clicar em “Economia e finanças” e,posteriormente, em “Séries temporais”.

Outras moedasCotações para venda ao público (em R$)

Euro 2,34175Franco suíço 1,80889Iene japonês 0,0193862Libra esterlina 2,62879Peso argentino 0,387538Yuan chinês 0,242974Peso chileno 0,00342845Peso mexicano 0,136708Dólar canadense 1,66178Fonte: Mercado

Obs: As cotações de outras moedasestrangeiras podem ser consultadasnos sites www.xe.com/ucc ewww.oanda.com.br.

BOLSA DE VALORES: Informaçõessobre cotações diárias de ações eevolução dos índices Ibovespa e IVBX-2podem ser obtidas no site da Bolsa deValores de São Paulo (Bovespa),www.bovespa.com.br.CDB/CDI/TBF: As taxas de CDB e CDIpodem ser consultadas nos sites de Anbid(www.anbid.com.br), Andima(www.andima.com.br) e Cetip(www.cetip.com.br). A Taxa BásicaFinanceira (TBF) está disponível no sitedo Banco Central (www.bc.gov.br). Épreciso clicar em “Sala de imprensa” e,posteriormente, em “Séries temporais”.FUNDOS DE INVESTIMENTO:Informações disponíveis no site daAssociação Nacional dos Bancos deInvestimento (Anbid), www.anbid.com.br.Clicar, no quadro “Rankings eestatísticas”, em “Fundos deinvestimento”.IDTR: Pode ser consultado no site daFederação Nacional das Empresas deSeguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), www.fenaseg.org.br. Clicar nabarra “Serviços” e, posteriormente, emFAJ-TR. Selecionar o ano e o mêsdesejados.ÍNDICES DE PREÇOS: Outrosindicadores podem ser consultados nossites da Fundação Getulio Vargas (FGV,www.fgv.br), do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE,www.ibge.gov.br) e da Andima(www.andima.com.br).

Correção da PoupançaDia Índice25/04 0,5549%26/04 0,5606%27/04 0,5839%28/04 0,6236%29/04 0,5371%30/04 0,5371%01/05 0,5371%02/05 0,5158%03/05 0,5483%04/05 0,5934%05/05 0,5626%06/05 0,5887%07/05 0,5828%08/05 0,5612%09/05 0,5365%10/05 0,5603%11/05 0,6036%12/05 0,5631%13/05 0,5771%14/05 0,5851%

Dia Índice15/05 0,5681%16/05 0,5395%17/05 0,5635%18/05 0,5927%19/05 0,5693%20/05 0,5765%21/05 0,5890%22/05 0,5890%23/05 0,5890%24/05 0,6122%25/05 0,6491%26/05 0,6307%27/05 0,6448%

Obs: Segundo normado Banco Central,os rendimentos dos dias29, 30 e 31correspondemao dia 1o

- do mêssubsequente.

Sustar cheque agora, só com registro policialConselho Monetário Nacional passa a exigir entrega do documento ao banco; regra deve começar a valer hoje

Patrícia Duarte

● BRASÍLIA. O cliente que quisersustar ou revogar um chequeroubado, furtado, extraviado oufraudado terá de apresentar umregistro ou boletim de ocor-rência policial ao banco paraevitar o saque de sua conta.Essa é uma das novas regras detransparência para emissão decheques aprovadas ontem peloConselho Monetário Nacional(CMN). A obrigatoriedade doregistro policial vale a partir dapublicação da medida, o quedeve ocorrer hoje.

Será possível sustar chequessem apresentação imediata deum registro policial, mas, paraisso, o cliente terá um prazo dedoisdiaspara levarodocumentoao banco. A nova resolução ain-da proíbe que o usuário anule a

sustação ou a revogação doscheques roubados e extraviadosque tenham sido devolvidos pelosistema de compensação.

A resolução da CMN tambémexige que os bancos alterem, ematé um ano, contratos firmadoscom correntistas explicitandoquais as regras para o forne-cimento das folhas de cheques.Os contratos novos (assinados apartir de hoje) já deverão estarformatados sob as novas regras.

Hoje, os bancos possuem cri-térios próprios para definir seum correntista pode ter acessoa talões de cheques. Com a novaresolução, as regras serão asmesas para todas instituições.Os contratos deverão especi-ficar as condições nas quaischeques não serão concedidos,entre elas, nome incluído nocadastro da Serasa e histórico

de ocorrências por conta deinsuficiência de saldo.

Segundo o chefe do depar-tamento de Normas do BancoCentral (BC), Sergio Odilon dosAnjos, a concessão de chequesaos clientes não é obrigatória.Mas, a partir do momento emque o banco oferece este meiode pagamento ao correntista,está obrigado a fornecer paraele pelo menos dez folhas pormês gratuitamente.

Outra medida aprovada on-tem, que tem prazo de seis me-ses para ser implementada, é aobrigatoriedade do banco de im-primir a data de confecção nasfolhas de cheques, criando umparâmetro de avaliação paraquem os emite e recebe.

O CMN também passou aobrigar que os bancos criem umsistema de informações sobre

cheques nos moldes da Serasa,armazenando dados relaciona-dos a devoluções e bloqueios.De acordo com Odilon dos An-jos, é provável que as institui-ções se unam para criar umaentidade com esse propósito.Ele não descartou a possibili-dade de o serviço ser cobrado.

— Queremos que a respon-sabilidade sobre essas infor-mações sejam das instituiçõesfinanceiras — afirmou o chefedo departamento de Normasdo BC.

Outra novidade da resoluçãodo CMN é que a pessoa queemitir um cheque sem fundoterá o direito de receber, dobanco, informações sobre o de-pósito. Assim, o correntista po-derá localizar mais facilmente obeneficiário do título para re-gularizar seu débito. ■ODILON DOS ANJOS diz que resolução vai proporcionar transparência

Givaldo Barbosa/25-11-2010

ECONOMIA ● 29Sexta-feira, 29 de abril de 2011 • 2ª edição O GLOBO


L I V R E M E R C A D O

Serviços e equipamento de poços e perfuraçãoEquipamentos submarinos Sísmica Grandes

equipamentos e sistemas Instrumentação e controleEPC Projetos de engenhariaInstrumentação e controleGrandes equipamentos e sistemasSísmica Serviços e equipamento de poçosServiços e equipamento de perfuraçãoEquipamentos submarinos (2)Grandes equipamentos e sistemasInstrumentação e controle

LISTA DE OPORTUNIDADES

FONTE: Booz&Co/Rio Negócios

Se iç ipCentro de P&D

Escritórios

Centro de ManutençãoCentros de ServiçosPlantas Industriais

TIPOS SEGMENTOS

O BANGU SHOPPING lança em outubro um centro médico. O projeto,

desenvolvido pela Engineering, receberá investimento de R$ 3,5

milhões. Terá 28 espaços comerciais para clínicas e consultórios.

• O DOGGIS fechou com o Rockin Rio 2011. Terá dois pontos devenda de cachorro-quente nofestival. A rede, de origem chilena,é a maior do setor na AméricaLatina. Tem nove lojas no Brasil.

• A LECCA Financeira começou aoperar cartões de crédito híbridosde bandeira GoodCard. A previsãoé emitir 120 mil plásticos por ano.

• A IMAGINARIUM abriu loja noVia Parque Shopping, na Barra.

• RENATO VILLELA, secretárioestadual de Fazenda, vaidiscutir oportunidades paraCopa e Olimpíadas com TonyBlair, Charlie Denson (NikeBrand) e Nizan Guanaes.Fecharão o Fórum EconômicoMundial, hoje, no Rio.

• SEGUNDA TEM seminário naFGV sobre a “Agenda social doBrasil”. Participam André PortelaSouza (EESP), Fernando Veloso(Ibre) e Simon Schwartman (Iets).

E-mail: [email protected]

COM GLAUCE CAVALCANTI E MARIANA DURÃO

Capital de energia● O Rio vai entrar para oseleto grupo que integra aassociação mundial de cida-des-capitais de energia(WECP, na sigla em inglês), aolado de Dubai, Houston(EUA), Doha (Qatar), Dam-mam (Arábia Saudita) e ou-tras. A filiação será assinadapela Rio Negócios, agência deinvestimento carioca, duran-te a OTC, feira internacionalde petróleo, semana quevem, na cidade americana. Aagência vai aproveitar o

evento para apresentar o es-tudo da consultoria Booz&Cosobre o setor petrolífero nacapital fluminense. O mapea-mento identificou 32 opor-tunidades de investimentocomo desdobramentos decinco segmentos de negó-cios: pesquisa e desenvolvi-mento, serviços, manuten-ção, indústrias e escritórios(veja o quadro). A meta éfazer do Rio um polo de ati-vidades de alto valor agre-gado na cadeia.

Prazo para declarar IR acaba à meia-noitee Receita Federal ainda espera 4 milhõesRestituições começam a ser pagas no próximo mês; idosos têm prioridade

SEU IMPOSTO DE RENDA

■ As respostas às dúvidas dosleitores estão a cargo daconsultoria DeclareCerto IOB. OGLOBO e a DeclareCerto IOB sereservam o direito de selecionar asperguntas que serão respondidas epublicadas no site e no jornal.

Martha Beck

● BRASÍLIA. Hoje é o último diapara a entrega da declaração doImposto de Renda 2011 (ano-base 2010), e, até a noite deontem, cerca de quatro milhõesde contribuintes ainda não ha-viam acertado as contas com oLeão. A expectativa da ReceitaFederal é receber 24 milhões dedocumentos este ano. Segundoo Fisco, quem deixou o enviopara a última hora pode en-contrar dificuldades, devido aoprovável acúmulo de acessos àsua página na internet (www.re-ceita.fazenda.gov.br).

Para o contribuinte que usar ainternet, o horário de envio dad e c l a r a ç ã o v a i a t é a s23h59min59s. A Receita lembrouontem que, durante a madru-gada, no período entre 1h e 5h, osistema de transmissão fica forado ar para manutenção. Quempreferir entregar o documentoem disquete ou pen drive nasagências do Banco do Brasil e daCaixa Econômica Federal deveobservar o horário de funcio-namento dessas instituições.

Quem perder o prazo de en-trega terá de pagar uma multade, no mínimo, R$ 165,74, quepoderá chegar a 20% do impostodevido. Além disso, quanto maistempo os contribuintes levarempara enviar o documento, maisterão de esperar para receber arestituição, se for o caso. O Fiscofaz a devolução do imposto deacordo com a ordem de chegadadas declarações e a forma deenvio. As entregas pela internettêm prioridade.

No primeiro lote de restitui-ção, que será pago em junho,estarão as devoluções de con-tribuintes com mais de 60 anos(que têm preferência devido aoEstatuto do Idoso) e daqueles

que optaram pela internet nosprimeiros dias do prazo. Serãopagos sete lotes este ano.

Precisam apresentar a decla-ração contribuintes que tive-ram rendimentos acima de R$22.487,25. Quem recebeu até R$

17.989,80 no ano passado jáestaria naturalmente dispensa-do de fazer o acerto de contasporque esse é o limite de isen-ção de IR. No entanto, a Receitafez uma mudança nas regras. Aspessoas cujos rendimentos va-

riaram entre R$ 17.989,80 e R$22.487,25 em 2010 só precisamenviar a declaração se acharemnecessário ou se tiveram re-tenção de IR na fonte, o que lhesdá o direito de pedir restituiçãodo imposto. ■

DEDUÇÕES FORMAS DE ENTREGA

MULTA

FONTES: Receita Federal e Sindifisco

UÇÕ

Para verificar o andamento doprocessamento de sua declaração pela

internet, o contribuinte precisa acessar o sitewww.receita.fazenda.gov.br e clicar no link e-CAC,centro virtual de atendimento ao contribuinte. Énecessário gerar um código de acesso. Para isso, épreciso informar o CPF e os números dos recibos dasduas últimas declarações (vale o número daretificadora, quando for feita correção)

PARA ACOMPANHAR A DECLARAÇÃO

INTERNETwww.receita.fazenda.gov.br

DISQUETE OUPEN DRIVEEntregue nasagências do Bancodo Brasil e daCaixa Econômica

FORMULÁRIOSDE PAPELForameliminados

Na reta final

Obs.: Essas deduções podem ser usadas pelo contribuinte que optar pela declaração completa.Quando se opta pela simplificada, o contribuinte tem direito a desconto de 20% sobre osrendimentos tributáveis que substitui todas as deduções legais cabíveis. Esse benefício estálimitado a R$ 13.317,09

EducaçãoO limite anual individual das deduçõesé de R$ 2.830,84

Despesas médicasNão há limite para gastos com saúde

DependentesO limite de dedução por dependente é de R$ 1.808,28. A partirdeste ano, os contribuintes podem declarar como dependentescompanheiros homossexuais

Empregados domésticosO contribuinte pode abater despesas de INSS com empregadosdomésticos num limite de até R$ 810,60. O benefício termina em 2012

Pensão alimentíciaO contribuinte pode abater os valores pagos a título de pensãoalimentícia desde que seja por cumprimento de decisão judicial.A pensão paga informalmente não pode ser deduzida

Quem perder o prazo paga multa mínima de R$ 165,74e máxima de 20% do imposto devido

Recebo pensão alimentícia pa-ra meu filho, que é menor deidade. Posso fazer uma decla-ração em seu nome? Ele podecontinuar como meu depen-dente em minha declaração?Posso abater os outros gastosque tenho com ele, como planode saúde e escola? (Isabel)● Sim, é possível fazer umadeclaração em separado para

ele, mas, nesse caso, não po-derá incluí-lo como seu de-pendente no Imposto de Ren-da nem abater as despesascom seu filho.

Em que ficha devo declarar oaluguel recebido de pessoa fí-sica? (Valquíria Ribeiro)● Coloque os valores do alu-

guel na ficha Rendimentos Tri-butáveis Recebidos de PessoaFísica/Exterior.

Editoria de Arte

Editoria de Arte



DIGITAL & MÍDIA

SEGUNDA-FEIRAGarimpo Digital

QUARTA-FEIRAMobilidade

QUINTA-FEIRARedes Sociais

SEXTA-FEIRAColunista Convidado

TERÇA-FEIRAGames e Pedro Doria

SÁBADOMultimídia e Cora Rónai

COLUNISTA CONVIDADOPatrícia Maschio • diretora geral da iProspect

Redes sociais, alternativa para buscas

Sony deverá sofrer onda de ações judiciaisApós ter sistema invadido, empresa poderá ter seus usuários migrando para plataformas rivais de jogos

● FOSTER CITY, Califórnia. A Sonycorre o risco de enfrentar umaonda de processos e escru-tínio por autoridades em todoo mundo após sua rede dejogos on-line, a PlaystationNetwork (PSN), ter sido inva-dida por hackers, deixando ex-postos os dados pessoais de77 milhões de usuários.

Analistas acreditam que,movidos pela falha da Sony,os gamers podem abandonarseus aparelhos Playstationpor consoles de concorren-tes como a Microsoft (quefabrica o rival Xbox) e queinvestidores podem venderseus papéis. Não é à toa queas ações da empresa japo-nesa tiveram ontem quedade 5% na bolsa de Tóquio porcausa dessa perspectiva.

Um escritório de advocaciaentrou anteontem com umprocesso contra a companhiana Corte Federal da Califórniaalegando que a falha de se-gurança e a demora da Sonyem comunicar o problemacausou danos aos assinantesda PSN. Segundo a “Bloom-berg”, autoridades de Con-necticut, nos EUA, do ReinoUnido e da Irlanda queremexplicações da empresa. Con-gressistas americanos e pro-curadores de Iowa, Flórida eMassachusetts também semovimentam para exigir umposicionamento da Sony.

De acordo com a Reuters, éprovável ainda que haja in-tervenção do Federal Trade

Commission (FTC), órgão re-gulador americano conheci-do por processar empresasque falham na proteção dosseus clientes.

Em post publicado em seublog oficial, a companhia pro-curou amenizar os ânimosalegando que, apesar de di-versos dados pessoais teremficado vulneráveis, as infor-mações sobre os cartões decrédito dos usuários estãoprotegidas por criptografia.

“Toda a base de dados so-bre os cartões é criptogra-fada, e não temos qualquer

evidência de que ela foi vio-lada. Já a base de dados pes-soais, que fica à parte, nãoestava criptografada, mas,sim, sob um sistema de se-gurança muito sofisticado quefoi invadido em um ataque”

Temendo se tornar suspei-to da invasão, o hacker Geor-ge Hotz, conhecido pelo ape-lido de GeoHot, publicou emseu blog um artigo se isen-tando da ação ilegal contra arede de videogame da empre-sa e acusando a companhiajaponesa de incentivar ata-ques ao seu serviço, após ter

declarado guerra aos hackerspor causa do desbloqueio doconsole PlayStation 3.

— Os que acham que euestou envolvido de algumaforma com isso, saibam eunão sou louco e prefiro nãoter o FBI batendo à minhaporta — disse Hotz.

O jovem, que chegou a serperseguido pela Sony desdeque realizou a façanha de des-bloquear o PlayStation 3 epublicou informações sobretodo o processo na internetem janeiro de 2010, foi pro-cessado pela companhia. ■

PLAYSTATION, DA Sony: ações da empresa registraram uma queda de 5% ontem na Bolsa de Tóquio

Reuters/Thomas Peter

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Cautela com cartãoAssociação recomenda monitorar fatura

Samsung lança Galaxy S II para brigar com iPhoneSmartphone movido a Android vem com processador ultrarrápido e câmera de 8 megapixels

● A Associação Brasileiradas Empresas de Cartõesde Crédito e Serviços(Abecs) recomenda que,por ora, os jogadores darede on-line dos videoga-mes PlayStation 3 e PSPfiquem apenas atentos àmovimentação de seuscartões de crédito.

Segundo Henrique Taka-ki, coordenador do comitêde segurança da Abecs, épreciso aguardar a confir-mação oficial da Sony so-bre quais dados pessoais(nome, endereço, telefonee número do cartão, porexemplo) dos usuários doPlayStation Network (PSN)foram roubados.

— Até agora, a informa-ção oficial é que pode terhavido vazamento de dadose que não houve compro-metimento do código de se-gurança dos cartões — afir-mou Takaki ao site G1.

Segundo ele, a exigênciado código de segurança —três ou quatro números im-pressos no verso do cartão— já é uma medida de re-forço de segurança ado-tada pela maioria das em-

presas que atuam no co-mércio eletrônico.

O melhor a fazer é mo-nitorar a fatura do cartão.

— Solicitar o cancela-mento do cartão é umaatitude prematura — dizTakaki.

Se for notada qualquermovimentação suspeita nocartão, a Abecs orientaque o cliente comuniqueimediatamente o fato àoperadora, que abrirá umainvestigação para verificaros gastos não reconheci-dos. Em muitos casos, ocartão é bloqueado após adenúncia.

O Procon-SP destaca,porém, que a Sony é a res-ponsável pela segurança eproteção de dados pes-soais dos clientes.

— É preciso aguardar pa-ra ver se, de fato, o danoestá configurado, masquem se sentir prejudica-do deve entrar em contatocom a Sony e seus repre-sentantes no Brasil parapedir a reparação dos da-nos — afirmou ao G1 MaíraFeltrin, assistente de dire-ção do órgão.

● SEUL. A Samsung, segundamaior fabricante de celula-res do mundo, lançou ontem,na Coreia do Sul, a nova ver-são do seu principal smart-phone, o Galaxy S. O maiorconcorrente do iPhone che-ga ao resto do mundo emmaio, com a missão de ven-der mais de 10 milhões deunidades este ano.

O lançamento do Galaxy SII na terra natal da Samsungocorre ao mesmo tempo emque a companhia trava umabatalha judicial com a rivalApple sobre violação de pa-tentes de tecnologia móvel ecópia de design de smart-phones.

Modelo será lançado em 140operadoras de 120 paísesA empresa sul-coreana dis-

se ontem que iria lançar onovo modelo em maio pormeio de 140 operadoras em

120 países, como parte desua estratégia para impulsio-nar suas vendas de smart-phones para 60 milhões deunidades este ano.

A companhia apresentouoriginalmente o Galaxy S II

em fevereiro. O novo apa-relho tem tela maior (4,2 po-legadas) e é mais fino (9 mi-límetros de espessura) que aversão anterior. O modelo ro-da o Android 2.3 (Ginger-bread) e vem equipado com

duas câmeras, sendo a tra-seira com 8 megapixels. Deacordo com a própria Sam-sung, o celular é duas vezesmais rápido, graças ao seuprocessador de 1,2 gigahertzde núcleo duplo.

O Galaxy S, antecessor doatual gadget, vendeu cercade 14 milhões de unidadesdesde seu lançamento, emjunho do ano passado. NaCoreia do Sul, um dos mer-cados mais lucrativos paraos smartphones da Samsung,o modelo vendeu cerca de 2milhões de unidades no anopassado, um sétimo do totalmundial.

Acer lança supercomputadorcom jeitão de notebook

Enquanto isso, a fabrican-te Acer, de Taiwan, anunciouum computador para lá deturbinado: o Aspire Z5763com tela de 27 polegadas,

● Não é segredo que, atualmente, a açãomais comum dos internautas é acessar ainternet por um buscador e, a partir daí,seguir para o assunto que procuram. Defato, 81% dos usuários da internet aces-sam sites por meio de um mecanismo depesquisa, segundo dados da iProspect.Recentemente, a comScore realizou umestudo sobre os termos mais buscadospelos internautas e o resultado revelouque a palavra “Facebook” liderou as so-licitações com 1,9 bilhão em 2010. Emsegundo, apareceu “YouTube” com 790,7milhões, seguido por “Google” com 615,9milhões. Esse elevado número de requi-sições por nomes de sites comprova queos usuários preferem utilizar os serviçosde um buscador, em vez de digitar oendereço na barra de navegação. Essaatitude está migrando para as redes so-ciais, intensificada pelo tempo gasto nes-tas mídias. São mais de cinco horas pormês, de acordo com a Nielsen.

Por essa razão, já é possível poten-

cializar a presença das marcas nas redessociais assim como no Google. Ou seja, ointernauta busca o assunto de interessedentro da rede social e obtém resultadosdas páginas ou posts das empresas co-mo se estivesse num buscador tradi-cional; a diferença está no caráter “so-cial”. O trabalho de Social Media Op-timization (SMO) busca as palavras-cha-ve escolhidas pelo internauta no Twitter,Facebook, YouTube, entre outros, in-tensificando o contato do internautacom as marcas a partir do assunto ex-plorado por elas nas redes. Inclusive, noranking de buscadores mais popularesda Nielsen, o Google lidera com 82% dosinternautas visitando o site, seguido porMSN/Windows Live/Bing (62%), Facebo-ok (54%), Yahoo! (53%), Microsoft (48%)e YouTube (47%). O resultado comprovaque as mídias sociais estão entre asferramentas de busca preferidas dosusuários de internet.

Enquanto a busca tradicional gera

conteúdo abrangente e corporativo, asredes sociais ficam responsáveis pelocontato com o consumidor e assuntosurgentes. Um exemplo disso são as FanPages do Facebook, utilizadas por mar-cas que interagem com o público, apre-sentando feedback rápido de proble-mas, reclamações, dúvidas ou elogios.As mídias sociais são como uma vitrinepara as marcas, que podem afetar di-retamente na sua visibilidade, credi-bilidade e reputação.

O SMO complementa o trabalho desearch tradicional, ampliando as chan-ces de as empresas apresentarem edesenvolverem suas marcas. Inclusive,essa busca nas redes sociais evidenciauma oportunidade clara para as marcasestarem presentes onde seus consu-midores estão. Ou melhor, onde elesbuscam!

COLABOROU: Débora Alonso, coordenadorade SEO da iProspect

Jung Yeon-Je/AFP

MODELOS POSAM com o Galaxy S II: aparelhos pesam 21 gramas

Apple teriacomprado odomínio iCloudEndereço pode serusado para serviço demúsicas na nuvem● CUPERTINO, Califórnia. Prepa-rando seu serviço de músicasna nuvem para competir comgigantes com a Amazon, a Ap-ple está sendo apontada comoa compradora do domínio deinternet iCloud.com por US$4,5 milhões, disse ontem o siteo GigaOm .

Atualmente, o endereço deinternet pertence a um serviçopago de upload de arquivospara a nuvem de nome Cloud-Me, que pertence à Xcerion.

Ao acessar o endereço, umamensagem informa que o ser-viço passará a ser acessadoatravés do endereço cloud-me.com.

A princípio, o site tambémoperava com o nome iCloud,que foi modificado recente-mente, de acordo com fontespróximas à companhia. Segun-do o blog da empresa, umanova versão do CloudMe co-meça a operar em abril, commenos recursos.

A mudança no endereço dosite e a similaridade com osnomes de produtos Apple po-dem ser um indício de que anuvem de Steve Jobs já temendereço garantido.

Serviço da Applesairia antes da Google

No fim da semana passada, aApple terminou a elaboraçãode um serviço de armazena-mento de música em nuvem e,segundo a Reuters, planeja lan-çá-lo antes da Google.

O esquema da Apple permi-tirá que clientes do iTunes guar-dem músicas num servidor re-moto, em nuvem. Eles poderãoacessá-las por meio de qualqueraparelho conectado à internet,sem precisar baixar arquivos.Entretanto, a Apple ainda pre-cisa de licenças para o serviço.As grandes gravadoras espe-ram fechar acordos antes delançá-lo. Apple, Google e Ama-zon (que no início do mês lan-çou seu próprio serviço) com-petem pelo controle de novasplataformas de mídia. ■

tela FullHD (1080p), e supor-te a tecnologia 3D.

Mais parecendo um note-book do que um desktop, anovidade permite escolherentre os processadores IntelCore i5 (com 2.5 ou 2.7 GHz)ou i7 com 2.8 GHz, e tambémpode ter alternativas em pla-cas de vídeo: a GeforceGT440 ou uma GT 435M. Amemória pode alcançar ummáximo de 16 GB.

A parruda máquina tem câ-mera fotográfica digital de 2megapixels de resolução,além de conexões Wi-Fi eBluetooth 2.1 e sintonizadorde televisão digital e analó-gica. Para os amantes da mú-sica, a pedida são os alto-falantes com 5 watts RMS depotência.

Naturalmente, a máquinanão vai ser barata. Custaráaproximadamente US$ 1,6mil lá fora. ■

MAIS DIGITAL & MÍDIANA INTERNET:oglobo.com.br/digitalemidia

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O GLOBO

MÍDIAS SOCIAIS: No

novo blog Nas Redes,

testamos o Storify.

Em oglobo.com.br/

blogs/nasredes

CONTROLE REMOTO:TV paga avançou 2,4%

em março, para 10,42

milhões de domicílios

$$$: Microsoft tem lucro

de US$ 5,2 bilhões, mas

apresenta baixa nas

vendas. Ações caem

Acompanhe a coberturade tecnologia e de mídiano Twitter:twitter.com/digitalemidia

33

O M U N D OSexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO

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O GLOBO ● O MUNDO ● PÁGINA 33 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 21: 15 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

C A S A M E N T O

REALUm tapa no esnobismo

União de príncipe com plebeia favorece a monarquia em vez de causar embaraçoFernando Duarte

Correspondente • LONDRES

O casamento do príncipe Wil-liam com Kate Middletonpromete ser uma brisa refres-cante no que diz respeito às

percepções da monarquia por súditose admiradores. E não se trata apenasda beleza e da simplicidade dos noi-vos. A aceitação da origem plebeia deKate desponta como um exemplo, vin-do de cima, de que a obsessão dos bri-tânicos com a noção de classes parecese diluir. Os Middleton há muito vivemem situação muito melhor que seusantepassados trabalhando em minasde carvão, graças ao sucesso dos paisde Kate, Carole e Michael, que troca-ram os empregos de aeromoça e des-pachante da British Airways por umaempresa de material para festas infan-tis que os enriqueceu. O que ninguémesperava é que a ausência de berço dafilha, porém, acabasse virando virtudeem vez de embaraço.

— No Reino Unido, a mobilidadesocial está estagnada desde a Se-gunda Guerra Mundial e a maioriadas pessoas ainda vai seguir a clas-se de seus pais. O caso de Kate é ra-ro, mas uma princesa de origensnão muito diferentes de muitos bri-tânicos é um passo gigantesco parafazer crescer a admiração pela mo-narquia — argumenta DominicSandbrook, historiador especializa-do no Reino Unido do pós-guerra.

O futuro do casal terá requintes:aparições públicas e viagens, alémdo conforto material proporciona-do pela fortuna dos Windsor. Aomesmo tempo, terá muitos desa-fios. Além da curiosidade pública,canalizada por uma mídia muitomais invasiva e com infinitas possi-bilidades multimídia — o que naépoca do casal Charles e Diana nãohavia — existe a obrigação de con-tinuidade da dinastia. Se Diana, aos19 anos, já enfrentou pressões paraengravidar, o que esperar de Kate eseus 29 anos?

— O principal objetivo de Catherine

é ser uma boa esposa, e ela sabe o queé esperado dela, inclusive iniciar umafamília. A princesa deve tomar cuida-do com o que faz, com o que diz; é fun-damental se comportar como mandaa etiqueta real — opina Dick Arbiter,comentarista que já trabalhou comoporta-voz dos Windsor.

A pressão sobre o casal envolve ain-da a expectativa de um desfecho mais

feliz do que a maioria das uniões dosWindsor no século XX. Dos quatro fi-lhas da rainha Elizabeth II, apenas opríncipe Edward, o caçula, ainda estácasado. Tal histórico levou William apedir uma moratória de dois anos pa-ra Kate em termos de uma agenda in-tegral como princesa, para que suaadaptação ao cotidiano da realeza sejagradual. Diante do triste fim do casa-

mento de seus pais, o príncipe se ins-pira na avó: em 1947, quando aindaera princesa, Elizabeth II morou poranos em Malta, onde estava lotado co-mo oficial da Marinha o seu marido, opríncipe Philip. Também como a avó,William passará mais tempo longe deLondres, apesar de em território na-cional, na ilha de Anglesey, no País deGales, nas proximidades da base onde

o príncipe serve como piloto de heli-cóptero de resgate.

Apesar do desejo de passar o maiortempo possível longe dos olhares pú-blicos, já há aparições marcadas paraassim que os dois retornem da lua demel. No início de junho, participam dojantar de gala da Ark, uma ONG infantilque conta com o patronato de prínci-pes e princesas ao redor do mundo.Oficialmente, os compromissos são ascomemorações, em junho, do 85º ani-versário da rainha e o 90º de seu ma-rido, o Duque de Edimburgo. De 30 dejunho a 8 de julho, o casal fará sua pri-meira viagem oficial, ao Canadá.

Lua de mel paradespistar paparazzi● O local da lua de mel, por sinal, é umdos mistérios para tentar despistar ospaparazzi: comenta-se que William eKate possam escolher desde ilhas doCaribe ou mesmo aceitar a oferta dorei Abdullah, da Jordânia, para ficarem sua vila particular às margens doMar Vermelho. Também especula-seuma fuga para a Austrália e um retor-no romântico à Gana, onde, no anopassado, o príncipe fez o pedido de ca-samento — a África seria um territórioapropriado para despistar a mídia.

— Será muito difícil eles se escon-derem, ainda mais quando fotógrafossabem que o interesse por fotos des-ses dois juntos pode gerar recompen-sas milionárias para quem as conse-guir — explica Joe Clayton, consultorde relações-públicas de Londres.

Na noite de quarta-feira, William eKate divulgaram um comunicado emque agradeceram ao carinho do públi-co. Mas ontem o príncipe resolveu pas-sar a mensagem pessoalmente, comuma aparição-surpresa diante das mul-tidões que ontem já começavam a seformar em frente ao Palácio de Bu-ckingham. Passou vários minutosapertando as mãos de admiradores econversando com eles. Quem tambémdeu o ar da graça foi Camilla Parker-Bowles, a madrasta do príncipe.

Já Kate se concentrou no hotel deluxo no centro de Londres em quepassou sua última noite como solteira,depois de mais um ensaio na Abadiade Westminster, local da cerimônia re-ligiosa. Contou novamente com acompanhia do padrinho de casamen-to, o príncipe Harry, irmão mais novode William. Ao chegar ao hotel, a fu-tura princesa posou rapidamente pa-ra as câmeras e acenou para o públi-co. Sempre sorrindo. ■

A jornalista que renovou os BorbónMulher do herdeiro, a plebeia Letizia superou a boataria e se tornou figura popular na Espanha

Priscila Guilayn

Correspondente

● MADRI. Plebeia e divorciada, a jor-nalista Letizia Ortiz deu sua primei-ra escorregada pública como futu-ra princesa ao interromper, diantede 300 jornalistas, seu futuro mari-do, o príncipe Felipe de Borbón, du-rante a cerimônia protocolar denoivado. Desde então, não pararamas críticas e os rumores. De arrivis-ta a dominadora. De anoréxica a es-téril. Apesar de tudo, soube abrircaminho: depois de quase seteanos de casamento com o herdeirodo trono espanhol, goza de umasurpreendente popularidade, queaté já ganhou nome — Letizismo.

— Ela soube desempenhar seupapel desde o começo. Não tinhaexperiência, não pertencia a umafamília real e não tinha estudadopara isso. Todos se perguntavamcomo exerceria como princesa deAstúrias. Em minha opinião, combastante dignidade e sem grandesproblemas. Por isso, talvez, ela chegue tão facil-mente ao povo e seja a pessoa com maior popu-laridade da família real, inclusive, às vezes, à fren-te do rei e da rainha. Esta popularidade é positivae pode ajudar o príncipe de Astúrias — afirma Fer-nando Rayón, um dos biógrafos da rainha Sofía.

De fato, desde que se casaram, comenta-se queLetizia, de 38 anos, ajudou a atenuar a imagem defrieza que Felipe passava. Sua maneira de cumpri-mentar as pessoas, dizem, mudou, assim como asua relação com os jornalistas. O príncipe passou,também, a romper mais o protocolo.

Mas, foi seis meses antes do casamento que co-meçou a chamada “Operação Letizia”. Convidadaa ser hóspede no Palácio da Zarzuela (residênciareal), Letizia iniciava seu treinamento para serprincesa de Astúrias e futura rainha. Aulas de pro-tocolo, de História da Espanha e de costumes dosBorbón. Também passou a receber lições de in-

glês diplomático e de outros idiomas: foi elogiadaao discursar em alemão durante a entrega de umprêmio em Berlim e, aplaudida por fazer parte deum discurso em Barcelona em catalão.

— Muita coisa está mudando e a monarquia es-panhola atual, em grande medida, não deve nadaà tradição monárquica espanhola. Não há tanto oque aprender, e, sim, é preciso encaixar ao que se-rá, no futuro, a monarquia — opina Rayón.

Para se encaixar, Letizia teve de mudar. Mudan-ças que foram poucas aos olhos de uns, e muitasaos de outros. De saída, teve de abandonar a car-reira, que se encontrava em vertiginosa ascensão,e aprender a não manifestar suas opiniões, embo-ra continue sendo criticada por fazer comentáriosque, como princesa, não deveria.

— Letizia tem muita personalidade e, em mi-nha opinião, mudou pouco. Desde o noivado, elaquis demonstrar quem era, e não mudou. Quer

ser a protagonista. Esquece que éa consorte e não a titular. Deveriacontrolar-se. Quer mostrar que é“a mais”: a mais inteligente, a maiselegante e a mais preparada. E nãoé necessário. Seu papel é secundá-rio e sempre será — afirma JaimePeñafiel, autor de “Juan Carlos eSofía — retrato de um matrimô-nio”, “Os consortes” e “Os herdei-ros”, entre outros livros.

A postura de Letizia dentro dopalácio não parece ter sido diferen-te. Sempre quis defender seu espa-ço. Esta conduta, que alguns defi-nem como “pouco flexível”, acaboucausando distâncias na vida fami-liar: é sabido que Letizia e as infan-tas Elena e Cristina não se dão bem.Chegou-se a dizer, inclusive, quesua relação com o rei tampouco eradas melhores. Por outro lado, sem-pre se destacou o esforço da rainhaSofía para que tudo desse certo.

— Letizia tenta levar uma vida omais normal possível. É ela quemcontrola sua casa e toma todas as

decisões domésticas. Quando sai de férias, o casalnão conta para ninguém, somente para os segu-ranças, porque querem o maior segredo possível— explica Rayón, lembrando que ela dirige o pró-prio carro e vai ao cinema.

Se sua personalidade é sabidamente forte,esteticamente Letizia foi em busca de um esti-lo, dizem, sem ajuda de nenhum assessor deimagem. Os exagerados saltos de seus sapatose as bolsas que escolhia foram motivo de mui-tas críticas. Agora, é considerada elegante.

A chamada “imprensa rosa” aposta que a prin-cesa, de 38 anos, está cada dia mais jovem porsuas frequentes sessões de preenchimento.

Mãe de Leonor (5 anos) e Sofía (4 anos), Le-tizia não é, nem de longe, unanimidade, mascriou certo consenso. Até mesmo quem não seencontra na lista de seus admiradores a consi-dera “a modernizadora da Coroa espanhola”.

KATE, A irmã, Pippa, e a mãe, Carole, chegam ao Hotel Goring, no centro de Londres, onde ela passou sua última noite de solteira: pressões da mídia e para engravidar

Cathal McNaughton /Reuters

LETIZIA ENTRE Felipe e a rainha Sofia, na recepção à realeza em Londres: popular

Paul Ellis/AFP

34 ● O MUNDO Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.


C A S A M E N T O

REALCasal é o motor paramudança dos WindsorNoivos servirão como estratégia de sobrevivência darealeza britânica para se adaptar ao século XXI

ALUNOS DE uma escola no norte da Inglaterra encenam um casamento: monarquia em alta entre os súditos

Owen Humphreys/AP

Owen Humphreys/AP

HOMEM se fantasia para os noivos

Fernando Duarte

Correspondente

● LONDRES. O casamento dopríncipe William com Kate Mid-dleton representa um momentoem que a Casa de Windsor sevolta de vez para o futuro. Em-bora a rainha Elizabeth II siga fir-me e forte no trono e a linha desucessão conte como ocupanteimediato o príncipe Charles, Wil-liam tem sido preparado paraser rei desde sua apresentaçãoao mundo, em 1982.

Sua escolha de futura rai-nha — uma plebeia — ressal-tou o que observadores da fa-mília real veem como mais umforte sinal de adaptação damonarquia britânica ao sécu-lo XXI. Há cinco anos, o segun-do casamento de Charles,com a eterna amante CamillaParker-Bowles, foi saudadocomo um passo ousado. Aos62 anos, porém, o próprioherdeiro tem plena noção deque entrará para a Históriamuito mais como um monarcade transição, preparando oterreno para o filho que hojemesmo já lhe faz sombra.

Longe de ser uma iniciativaisolada, a modernização daCasa de Windsor também faz

parte da estratégia de sobrevi-vência da monarquia para quenão dependa apenas do apegodos britânicos à tradição. Osíndices de aprovação em tor-no de 80% refletem tambémpercepções de aproximaçãoda família real com os súditos.Vale lembrar como a admira-ção foi abalada em 1997, quan-do Elizabeth II foi acusada denão demonstrar pesar pelamorte de Lady Di.

— A monarquia precisa refle-tir sobre sua relevância para oséculo XXI, e o novo casal é fun-damental nesse processo. Espe-cialmente William, que terá o po-der de decisão sobre questõescomo uma redução nas extrava-gâncias de gastos da família real,um ponto que tem gerado críti-cas do público — alega o histo-riador e deputado TristramHunt, que no mês passado publi-cou uma carta aberta para opríncipe, assinada por outroscolegas de Partido Trabalhista.

Hunt também faz parte de umgrande número de intelectuais,políticos e especialistas que ve-em no futuro rei uma chance dederrubar uma das leis mais ar-caicas ligadas à monarquia: oAto de Sucessão de 1701, quedetermina a precedência de ho-

mens sobre mulheres na linhade sucessão. E proíbe a presen-ça de católicos no trono ou co-mo cônjuges reais –— uma he-rança de um passado de intole-rância e violência entre a IgrejaAnglicana e o Vaticano.

Governo já debatemudança na lei

Caso William e Kate sigam oexemplo de Charles e Diana — opríncipe foi concebido mesesapós o casamento dos pais — is-so poderá criar uma situação de-licada. Com a atual legislação,uma primogênita não teria ga-rantias de herdar o trono casoganhasse um irmão (Elizabeth II,por exemplo, só tinha a irmã,Margaret). O debate já chegou àesfera governamental, com o vi-ce-premier Nick Clegg criticandopublicamente o Ato.

— A mudança é complicadaporque também requer consul-tas às nações das quais a rai-nha Elizabeth II também é so-berana. Mas, na era em que vi-vemos, imaginar que homensdevem ter a preferência parasubir ao trono é, no mínimo,antiquado — afirmou Clegg, noinício do mês. ■

Kai Pfaffenbach/Reuters

A RAINHA entre William e Kate: mascarados comemoram a boda real

CORPO A CORPO

ANDREW ROBERTS

‘Kate é um trunfo junto ao público’● LONDRES. Autor de uma das biografiasmais comentadas sobre a dinastia Wind-sor, o historiador britânico Andrew Ro-berts não alega imparcialidade na análiseda monarquia: é um fã que vê no casamen-to real uma mudança de vigor no Paláciode Buckingham.

O GLOBO: Por que esse casamento é dife-rente?ANDREW ROBERTS: Bodas e enterros sãoocasiões esperadas no caso da monarquia,em que a mesma família se perpetua no tro-no. Mas esta união em si é algo diferente,apresenta uma nova era para os Windsor,ainda que a ascensão de William ao trono vádemorar. Kate Middleton é um trunfo juntoao público, sobretudo porque passa umaimagem de modernidade para a casa real.

● Tudo por causa da origem plebeia?ROBERTS: Sim, pois ela representa algo no-vo em quase 400 anos. Lembremos uma coi-sa: Kate Middleton passará mais tempo emsua nova função do que qualquer líder deum país democrático ficará no poder. Mes-mo que não faça mais nada, sua chegada àfamília foi algo histórico.

● O que dizer da pressão do papel paraKate?ROBERTS: Kate já teve tempo de experimen-

tar um pouco dessa rotina, pois já era perse-guida por paparazzi ainda no início do namorocom William. Kate também parece ser muitomais resguardada do que alguns integrantes dafamília real. Ela nunca foi vista caindo de bêba-da em boates ou coisas do gênero. Está muitomais a par do protocolo, além de, obviamente,apaixonada pelo príncipe.

● E o príncipe William?ROBERTS: Ele não só foi muito bem treinadopara o papel como ainda mostrou caráter mui-to forte depois de ver sua mãe morrer do jeitoque morreu quando ele ainda tinha 15 anos.William em público tem sido impecável, e de-cisões como a de pedir doações para institui-ções de caridade em vez de presentes revelamsua preocupação com o sentimento popularnum momento de austeridade econômica.

● Alega-se que o efeito da monarquia sobreo ânimo da população é superestimado...ROBERTS: Esse casamento não é apenas so-bre um vestido bonito, e a monarquia tampou-co é preservada apenas para atrair turistas. Éimportante para a maneira como o país é go-vernado, e o fato de a monarquia ser tão apoia-da mostra que a classe política não conta coma confiança total da população. Na verdade, osníveis de confiança nos políticos estão abaixodos registrados para agentes imobiliários e jor-nalistas! (Fernando Duarte)

Série de 160 tornados deixa quase 300 mortos nos EUATempestades mais fatais em 37 anos atingem 7 estados e param usina nuclear e fábricas. Obama viaja hoje ao Alabama

UM TORNADO avança em Tuscaloosa, no Alabama, uma das cidades mais atingidas: um milhão sem luz

● TUSCALOOSA, Alabama. Os tor-nados mais fatais em quatro dé-cadas deixaram 295 mortos emsete estados americanos, redu-zindo casas a escombros, arran-cando árvores e levantando car-ros no ar. Uma série de mais de160 tornados, combinados comtempestades, provocaram umrastro de destruição do Leste aoOeste, com o estado do Alaba-ma sendo o mais atingido.

— Este é um acontecimentode proporções históricas —disse José Miranda, um execu-tivo da EQECAT, uma empresade consultoria para casos decatástrofes.

Tornados são algo já espera-do na vida dos americanos noSul e no Meio-Oeste, mas rara-mente são tão devastadores.Cerca de um milhão de pessoasestão sem luz no Alabama, ondepelo menos 194 pessoas morre-ram. Centenas estão em abrigos.Grande parte da devastaçãoocorreu quando um tornadomaciço, de 1,6 quilômetros delargura, atingiu Tuscaloosa, se-de da Universidade do Alabama,no que pode ser o maior a atin-gir o estado, informou o meteo-rologista Josh Nagelberg. Juntocom Birmingham, Tuscaloosafoi a cidade mais afetada.

— Disseram que a tempesta-de estava em Tuscaloosa e quechegaria em 15 minutos. Antesque eu percebesse, ela estavaaqui. — disse Jerry Stewart, emBirmingham.

Ele, a mulher, a filha e duasnetas se abrigaram sob a va-randa. Os vizinhos não tive-ram a mesma sorte. Stewartretirou os corpos de dois ami-

gos dos escombros. Da casa,só restou o chão.

O presidente Barack Obamavai visitar hoje o Alabama paraver os estragos. Ele declarou es-tado de emergência e ordenouque o governo federal libere aju-da para as áreas atingidas. Ou-tros estados afetados são Mis-sissippi, Tennessee, Arkansas,Georgia, Virgínia e Louisiana. Umalerta de tornado também foiemitido para Nova Jersey e o es-tado de Nova York. Segundo asautoridades, estes são os maisletais desde que a série de 1974deixou 315 mortos.

— Estamos seguindo muitode perto as fortes tempestadesno país — disse Obama. — Mi-chelle e eu oferecemos nossasmais profundas condolênciasaos familiares daqueles que per-deram a vida no Alabama e emtodo os sudeste dos EUA.

Arkansas, o noroeste da

Georgia, o nordeste do Missis-sippi e o sul do Tennessee sãooutras áreas onde foi declara-do estado de emergência.

Mais chuvas e ventospara amanhã

A usina nuclear de BrownsFerry, no Alabama, ficará fecha-da por dias para reparos nas li-nhas de transmissão. Fábricas eindústrias também pararam.

— O som era de uma motos-serra. Dava para escutar os es-combros batendo em paredes— contou Steve Niven.

Outra série de fortes chuvas eventos é esperada amanhã. Astempestades vêm após uma pri-mavera úmida e um inverno defortes nevascas, que encharca-ram o solo e fizeram subir o ní-vel dos rios. As autoridades es-tudam destruir diques para ali-viar a pressão dos rios, algunsdos quais já transbordaram. ■

AP

MORADORES DE Tuscaloosa observam a destruição: estado de emergência

The New York Times

Um milhão de pessoas estãosem eletricidade no Alabama

Ventos da devastaçãoTornados se originam de tempestades comcaracterísticas especiais: uma base em baixa altitudee fortes correntes de ar ascendentes.

A camada mais fria daatmosfera impede a nuvemde subir ainda mais, dando aela um formato peculiar,semelhante a uma couve-flor

A coluna de ar quente quesobe é girada por ventoscom direção, temperaturae velocidades diferentes

Quando a espiral de vento écortada por uma correntefria descendente, porexemplo, ela se contrai edesce em direção ao solo

A força do tornado é maiorna parte mais estreita dofunil e perto do solo, ondeos ventos atingem grandesvelocidades

Mais de 160 tornadosatingiram o Sul dos EUA,nos episódios maisdevastadores do gênerono país desde 1974. Ummegatornado no Alabamatinha 1,6km de diâmetro

194Alabama

32

Mississippi

Tennessee

14

Geórgia

11

Arkansas

8

Virgínia

2

Louisiana

NÚMERO DEMORTES

Área emdetalhe

EUA

COMO SE FORMA UM TORNADO

34

Editoria de Arte

O MUNDO ● 35Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO


ECOS DA REVOLUÇÃO DO NILO

Bomba no caminho da abertura marroquinaEstrangeiros são maioria entre 15 mortos em atentado em café de Marrakech, a maior ação do gênero desde 2003

Renata Summa

● Um atentado num famoso caféda Praça Jemaa el-Fnaa — omais conhecido ponto turísticode Marrakech — matou ontem15 pessoas (das quais 11 estran-geiros), no maior ataque do tipono Marrocos em oito anos. Deinício, as autoridades marroqui-nas haviam apostado na hipóte-se de uma explosão acidental,mas as primeiras investigaçõesnão deixam dúvidas de que hou-ve um atentado terrorista no lo-cal, segundo o governo.

A identidade do autor do ata-que — provavelmente um ho-mem-bomba que se explodiu nointerior do estabelecimento,após ter pedido um suco de la-ranja — ainda é desconhecida,mas, no país, correm rumoresde que ele seria um dos 148 pri-sioneiros políticos indultados háduas semanas pelo rei Moha-med VI. Em sua grande maioriaislâmicos, os presos foram liber-tados a pedido do Conselho Na-cional de Direitos Humanos —órgão criado pelo governo de-pois que manifestantes saíramàs ruas por mais democracia noinício do ano, a exemplo de ou-tros países do mundo árabe.

— A análise das primeirasprovas recolhidas no local da ex-plosão confirmam a tese deatentado — afirmou um porta-voz do Ministério do Interior. —Encontramos pregos num doscorpos, o que sugere que a bom-ba era composta de explosivo ede pedaços de aço.

Explosão seria resposta areformas democráticas

As informações sobre a for-ma como o terrorista teria ope-rado são contraditórias. Umatestemunha no local conta queum homem deixou uma maletano café, e fugiu do estabeleci-mento. Já jornais marroquinosafirmam que o suicida entrouna cozinha e se explodiu ao la-do dos botijões de gás.

— Perto do meio-dia (hora lo-cal), ouvimos uma explosão sur-da — conta o jornalista BorisThiolay, que estava no local nomomento do atentado. — Nósdemos um salto, depois vimosuma coluna de fumaça preta so-bre o restaurante. O térreo e oterraço do primeiro andar forampraticamente destruídos.

O guia de turismo Amri Ab-dessadeq relatou ao GLOBOque, à noite, quase não eram vis-tos estrangeiros na cidade velhanem na praça, considerada Pa-

trimônio Cultural da Humanida-de pela Unesco. Com a econo-mia local bastante dependentedo turismo, ele temia que o ata-que prejudicasse o Marrocos.

Entre os mortos, há quatromarroquinos, seis franceses, eoutros cinco estrangeiros deorigem não informada. O “Le Fi-garo” lista ainda um britânicoentre os mortos. Vinte pessoasficaram feridas, entre elas mar-roquinos, franceses e suíços.Esse balanço torna o atentadoo mais brutal no país desde2003, quando uma série de ata-ques a bomba realizados porextremistas islâmicos mataram45 pessoas em Casablanca.

O atentado ocorre no mo-mento em que o governo marro-

quino acena com reformas paratentar evitar uma revolta popu-lar inspirada em outros paísesda região. Além da libertaçãodos presos políticos e de um au-mento nos salários, o reiMohammed prometeu aindauma reforma na Constituição,que transformaria o país numamonarquia parlamentar. ParaMustapha Labraimi, responsá-vel pelas Relações Exteriores doPartido do Progresso e do Socia-lismo, o atentado de ontem estárelacionado a essas reformas.

— Na sociedade marroquina,é claro que existem pessoas quenão têm interesse que o Marro-cos avance em direção à demo-cracia. Certamente, esse atenta-do pretende frear as reformas

profundas que estão acontecen-do no país desde fevereiro.

Vivendo em Marrakech des-de 1997, o escritor espanholJuan Goytisolo foi ainda maislonge e apontou, ao “El País”,como possíveis responsáveis,“grupos extremistas, como sa-lafistas ou a al-Qaeda, a quemnão interessam em nada asmudanças democráticas”.

O guia Abdessadeq nãodiscorda.

— Talvez foram extremistasreligiosos, ou antigos políticos,ou mesmo grupos externos. Masa sensação que temos é que al-guém não quer que o Marrocosfaça progressos. ■

Com agências internacionais

UMA AMBULÂNCIA estaciona na frente do café Argana, alvo do ataque: turismo é importante fonte de renda

Mira no turismoESPANHA

MARROCOS

ARGÉLIA

SAARA OCIDENTAL

Tânger

RabatCasablanca

Marrakech

Agadir

O turismo é uma dasprincipais fontes de renda doMarrocos, e Marrakech, aatração mais importante

CORPO A CORPO

NAJIB ABU-WARDA

‘Ataque pode favorecer governo’● MADRI. Especialista emmundo árabe e islâmico, opalestino Najib Abu-Warda,professor de Relações Inter-nacionais da UniversidadeComplutense de Madri, é au-tor de “A liga dos árabes esua política na crise do Orien-te Médio” entre outros.

Priscila Guilayn

Correspondente

O GLOBO: Onde se encaixao atentado de Marrakeshnos movimentos popularesárabes pró-democracia?NAJIB ABU-WARDA:O Mar-rocos não está alheio aosacontecimentos ao seu redor.É certo que a população ain-da não está pedindo a saídado monarca. Mas, nos outrospaíses, começaram assim,exigiam reformas, e em pou-cas semanas se pedia o fimdo governo e do sistema po-lítico. A situação no Marro-cos é muito instável e pode fi-car ainda mais instável.

● E estes atentados contri-buiriam para isso?ABU-WARDA: Completa-mente. Independentementede ter sido um ato terroristaou um ato criminoso não or-ganizado, o atentado não sóquestionará a capacidade dosistema de garantir a segu-rança nacional como é um in-

dicador de que há setoresque não querem só mudan-ças formais. Querem acabarcom o sistema político. Merefiro a possíveis grupos radi-cais de tendência islamistaque veem que o monarcaatual carece de legitimidadee que é incompatível sua po-lítica com a cultura islâmica.

● Mas, por outro lado, o go-verno poderia capitalizarestes atentados?ABU-WARDA: Sim. Estesatentados também podemser úteis para o governoevitar reformas e ter a “au-torização” do Ocidente pa-ra passar por cima de qual-quer mobilização social,sob a justificativa de com-bate ao terrorismo.

● No Egito, por exemplo, háinformações de que os pró-prios serviços secretos come-tiam atos criminosos parapôr a culpa no islamismo ra-dical. Este fantasma tambémexiste no Marrocos?ABU-WARDA: Infelizmentenão há nada de novo nisso. Éclássico. Há toda a possibili-dade de que o atentado tenhasido perpetrado por crimino-sos não organizados; tam-bém pode ter sido realizadopor grupos islamistas, maspode perfeitamente ser obrada inteligência marroquina.

Jean Blondin/Reuters

Síria usa tanques contra a fúria da sexta-feiraBlindados entram em cidade-chave para tentar impedir novos protestos contra o regime hoje

● DAMASCO. Tanques entraramontem na cidade portuária deLatakia, na tentativa de conteros protestos contra o governosírio, que já começa a enfrentaro descontentamento de milita-res. Latakia é considerada de im-portância estratégica, por estarno centro da região dominadapela elite síria, num sinal de queos protestos se espalham.

Estava escuro ainda quandoos tanques chegaram. A cidadetem laços históricos com a mi-noria alauíta — a mesma do pre-sidente Bashar al-Assad. E em-bora os muçulmanos sunitas se-jam a maioria no centro da cida-de, os alauítas se espalham pelazona rural. Catorze pessoas jámorreram em Latakia, desper-tando o temor de que o conflitodeflagre um confronto sectário.

Al-Jazeera suspendeatividades no país

O reforço da segurança quan-do os sírios se preparam paramais uma Sexta-feira de Fúrianão se restringiu a Latakia. Nosubúrbio de Douma, em Damas-co, sacos de areia bloqueiam asruas que levam ao bairro. Tirosforam disparados e prisões fo-ram feitas em Zabadani, 35 qui-lômetros a sudoeste da capital.

Em Deraa, onde os protestoscomeçaram, tiros de metralha-dora foram ouvidos. Segundoum morador, as tropas já mata-

ram 43 pessoas na cidade desdesegunda-feira. O cemitério estáocupado por militares, e os cor-pos de civis estariam sendo es-condidos. “Pedimos que os go-vernos civilizados evitem o ba-nho de sangue na Síria. Confir-mamos os nomes de 500 mor-tos”, informou o grupo de direi-tos humanos Sawasiah.

Em desespero, cerca de 1.500sírios — mulheres e crianças em

sua maioria — cruzaram a fron-teira com o Líbano, fugindo daviolência na cidade de Tel Ke-lakh. Tiros foram ouvidos na re-gião por toda a noite.

A repressão não se restringe amanifestantes. A emissora al-Ja-zeera, do Qatar, suspendeu suasoperações na Síria em respostaàs restrições e ataques às equi-pes. Ontem, o escritório daemissora em Damasco foi ape-

drejado. A maioria dos corres-pondentes estrangeiros foi ex-pulsa do país, tornando difícilverificar qualquer informação.

Além dos 230 membros doPartido Baath, de Assad, quedeixaram a legenda em Deraa eBanias, diplomatas veem sinaisde descontentamento entre mi-litares — os sunitas são maiorianas tropas, embora os oficiaissejam alauítas. Uma fonte con-

tou que os soldados já tentaramimpedir que agentes da políciasecreta disparassem contra ma-nifestantes. Moradores de Deraarelatam que vários soldados serecusaram a atirar em civis.

— Ninguém está dizendoque Assad esteja a ponto deperder o controle do Exército,mas começar a usar as ForçasArmadas para assassinar opróprio povo é um sinal de fra-queza — disse o diplomata.

O Conselho de Direitos Huma-nos da ONU faz hoje uma reu-nião de emergência sobre a Sí-ria. Mas uma resolução mais for-te é pouco provável, já que Chi-na e Rússia devem se opor. Umatentativa de buscar uma conde-nação no Conselho de Seguran-ça da ONU, na quarta-feira, tam-bém terminou em fracasso. On-tem, a Austrália se juntou aogrupo de países que pedem san-ções contra Damasco.

Já a China disse que a Síriadeveria resolver seus proble-mas através do diálogo, en-quanto a Rússia declarou queas autoridades sírias deve-riam levar à Justiça os respon-sáveis pelos assassinatos.

Em meio à discussão, aAgência Internacional de Ener-gia Atômica confirmou ontemque um alvo bombardeadopor Israel, na Síria, em 2007era de fato um reator nuclearem construção. ■

FAMÍLIAS SÍRIAS chegam a pé ao Líbano, para fugir da violência. Cerca de 1.500 pessoas cruzaram a fronteira

Omar Ibrahim/Reuters

NOTA

● ESTUPROS NA LÍBIAA embaixadora dos EUAna ONU, Susan Rice, disseao Conselho de Seguran-ça que as tropas leais aMuamar Kadafi estão ca-da vez mais recorrendo àviolência sexual como ar-ma de guerra. Rice citourelatos de que alguns sol-dados têm recebido do-ses do medicamento con-tra a impotência sexualViagra, o que poderia in-dicar que estão sendo es-timulados por seus co-mandantes a estuprarmulheres para aterrorizara população em áreas queapoiam os rebeldes. OTribunal Penal Internacio-nal já está investigando seo regime de Kadafi come-teu crimes de guerra.

MAIS MUNDO HOJENA INTERNET:oglobo.com.br/mundo

O GLOBO

WILLIAM & KATE: Emvídeos e fotogalerias,cobertura especial docasamento do ano.

TORNADOS: Imagens dadestruição provocadapelas tormentas nos EUA.

Editoria de Arte

O GLOBO ● CIÊNCIA ● PÁGINA 36 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 20: 56 h

36 Sexta-feira, 29 de abril de 2011

O GLOBO

C I Ê N C I A.


OsdesafiosdaRio+20Duas décadas depois, cidade volta a sediar conferência sobre sobrevivência do planeta

Antônio Marinho

● Pesquisa realizada pela Cop-pe/UFRJ em parceria com aUniversidade Salamanca, naEspanha, pode ajudar a me-lhorar o diagnóstico e o tra-tamento de leucemias, o cân-cer que ataca células de defesado corpo. Cientistas descobri-ram que todas as pessoas aci-ma de 70 anos têm no sanguecélulas idênticas às da leuce-mia linfocítica ou linfática crô-nica — a mais frequente noOcidente — e identificaramuma forma de diferenciar asmalignas das saudáveis. O es-tudo foi publicado na revista“Leukemia”, da “Nature.”

A investigação durou trêsanos e analisou o sangue de639 voluntários espanhóis donordeste do país para verificara presença de células de leu-cemia no sangue. Para sur-presa da equipe, após os 70anos todos apresentaram es-sas células em baixíssimasquantidades, diz o pesquisa-dor Carlos Eduardo Pedreira,do Programa de EngenhariaElétrica da Coppe, que par-ticipou da pesquisa:

— Não se explicou ainda osignificado clínico dessas cé-lulas em níveis tão baixos. Oque sabemos agora é que apartir dos 40 anos a proporção

delas aumenta com a idade.Isso pode ser uma contrapar-tida normal e fisiológica queadquirimos com a idade, comoos cabelos brancos e as rugas.Ou talvez indique que se al-guém viver muito mais de cemanos terá leucemia.

Os indivíduos nos quais fo-ram encontradas células e osseus familiares estão sendoacompanhados de perto pelosautores. Assim eles podemtentar entender como essascélulas evoluem; se aumentamem quantidade, se isso ocorrerapidamente e se os pacientescorrem risco de desenvolver adoença, explica Pedreira.

Estudo busca entenderevolução da doença

Alberto Orfao, do Centro deInvestigação de Câncer da Uni-versidade de Salamanca e líderda pesquisa, diz que a ideia foiinvestigar com que frequênciaé possível identificar célulascom características semelhan-tes às células tumorais da leu-cemia linfática crônica de lin-fócitos B no sangue de adultossaudáveis. Para alcançar esseobjetivo, foi usada uma estra-tégia de detecção com sen-sibilidade muito maior do quea aplicada por outros gruposde cientistas:

— Além disso, a relevância

do estudo está na possibili-dade de fazer diagnóstico eacompanhamento precoce dadoença, e conhecer, com o mo-nitoramento ao longo do tem-po, os mecanismos que levama transformação de células be-nignas em leucêmicas comcomportamento maligno.

Um dos motivos de quan-tificar a leucemia linfática crô-nica é a falta de dados sobre osprocessos e as alterações ge-néticas implicados em suatransformação maligna, refor-ça Orfao. E o trabalho podeajudar a identificar a célulaonde a leucemia começa.

Pedreira lembra que umaetapa importante da pesquisafoi a parceria entre a enge-nharia e a medicina. Era pre-ciso saber exatamente qual se-ria o volume de sangue co-letado. Então ele desenvolveuum modelo matemático queindicou que o ideal seria 50ml.Com menos do que isso nãoseria possível detectar as cé-lulas. Em geral, este é um vo-lume grande que não costumaser retirado em exames de san-gue de rotina, mas é viável.

— Depois de uma certa ida-de todos temos as células deLLC — comenta Orfao. — Enosso trabalhou mostrou quecélulas cancerígenas podemser normais. ■

Parceria entre o Brasil e a Espanhapode mudar diagnóstico de leucemiaPesquisa permite diferenciar melhor as células benignas das malignas

DESPEDIDA: Tudopronto para oEndeavour

AFP

● O ônibus espacial En-deavour na plataforma delançamento do Centro Es-pacial Kennedy, na Flóri-da, de onde parte na tardede hoje rumo à EstaçãoEspacial Internacional(ISS) para sua 25ª e últimamissão no espaço. O lan-çamento está marcadopara as 15h47 na horalocal (16h47 no horário deBrasília) e será acompa-nhado de perto por maisde 500 mil pessoas, entreelas o presidente dosEUA, Barack Obama, suafamília e a deputada de-mocrata Gabrielle Gif-fords, mulher do coman-dante da missão, o as-tronauta Mark Kelly, quefoi baleada na cabeça ematentado em janeiro. Natarde de ontem, porém, aNasa diminuiu de 80% pa-ra 70% as chances de queo clima no local permita apartida. A bordo, o En-deavour leva o Espectrô-metro Magnético Alpha(AMS), peça central de umcontrovertido experimen-to de US$ 2 bilhões com oqual os cientistas espe-ram revelar os segredosda misteriosa matéria es-cura, que comporia cercade 20% do Universo.

Renato Grandelle

Um mundo dividi-do, em crise finan-ceira, irresponsá-vel na exploração

de recursos naturais e deinstituições obsoletas. Al-guns desses sintomas, se-não todos, poderão ser re-mediados na Rio+20, a con-ferência sobre desenvolvi-mento sustentável que aONU promoverá no Brasilem junho do ano que vem,duas décadas após a Eco92.Aspalavrasdeordemdoencontro serão economiaverde e erradicação da po-breza, diz o diretor-execu-tivo do Programa das Na-ções Unidas para o MeioAmbiente (Pnuma), AchimSteiner, também subsecre-tário-geral da ONU. Em vi-sita ao Rio, onde participoude uma mesa-redonda naFundação Brasileira para oDesenvolvimento Sustentá-vel, Steiner elogiou as po-líticas públicas brasileiras erevelou que medidas espe-ra da comunidade interna-cional daqui até o fim doevento carioca.

● EXEMPLO BRASILEI-RO: “O Brasil pode dizer aomundo que enfrentou mui-tos desafios em busca dodesenvolvimento e, assim,conseguiu exemplos significativos emrelação a algumas questões sociais.No governo do presidente Lula houvemuitos temas sobre os quais o mundomostrou interesse. As taxas de des-florestamento na Amazônia foram tãoreduzidas que, talvez, tenham sido asmaiores baixas deste índice em todo oplaneta nos últimos anos. A transiçãopara a economia verde, em diversossetores, já está em curso no país.”

● UM BALANÇO DO PAÍS: “Umponto positivo do Brasil é seu nível deinovação na busca por uma economiade baixo carbono. É um setor que,aqui, gera 2,6 milhões de empregos,quase o mesmo que toda a indústriade construção. Mas, como este as-sunto provoca debates intensos ecompetição de interesses, às vezes o

ritmo das mudanças é mais lento doque muitos brasileiros gostariam.”

● DA ECO 92 À RIO+20: “O mundoconcordou, em 1992, que o desen-volvimento sustentável, com as ques-tões econômicas, sociais e ambientaisque implica, deveria ser o foco. Mas,20 anos depois, o progresso não temsido suficientemente rápido. Vivemosem uma época de crise financeira,alimentar, de mudanças climáticas.São desafios para o futuro de nossaseconomias, sociedades e mesmo paraa paz social. Por isso, o desenvol-vimento sustentável mantém-se co-mo o grande tema de 2012.”

● A NOVA CONFERÊNCIA: “Que-remos promover a Rio+20 como agrande oportunidade para que a co-

munidade internacional reconheça anecessidade de mudar seu curso.Que desenvolva acordos internacio-nais sobre como trabalhar juntos natransição para uma economia verde,que é um desafio global. A ONU esetores científicos e econômicos jáidentificaram em que áreas devemosmudar de direção. A questão é: te-remos compromissos? Os países po-dem não ver as negociações inter-nacionais apenas como um mercadode barganha, em que se dá uma coisae se espera algo em troca?”

● GLOBALIZAÇÃO: “Não adiantacontemplar os problemas apenas emnívelnacional.Mesmoumpaísgrandecomo o Brasil não escapa, por exem-plo, da necessidade de uma açãoglobal contra as mudanças climáticas.

No mercado de alimentos, uma secaou uma enchente na Austrália faz comque os latino-americanos aumentemos preços dos alimentos da AméricaLatina no dia seguinte. Essa é a formacomo a economia está amarrada hoje.Precisamos de um local, e por isso aONU é importante, em que as naçõesajam solidariamente. Os grandes de-safios do nosso tempo não serãoresolvidos por meio de competições;eles requerem cooperação. É por issoque as conferências das Nações Uni-das, por mais frustrantes que pa-reçam as negociações, são vitais paraa História das relações humanas.”

● MUDANÇAS CLIMÁTICAS: “Asnegociações não vão bem. Este é umassunto de importância e dramati-cidade crescentes. Se você o leva a

sério, está falando de mu-danças em todos os setoreseconômicos. E ainda não seconseguiu chegar a umacordo considerado justopor todas as partes. Não é atecnologia, a economia ou aciência que têm nos segu-rado. Não é mais sobre paí-ses desenvolvidos contrapaíses pobres e em desen-volvimento. É uma realidademais diversa. Chegar a umacordo provou-se extrema-mente difícil, particularmen-te porque dois ou três gran-des jogadores não avança-ram tanto como seria ne-cessário, fazendo os demaisfrearem. Para o futuro doclima, isso é lamentável.”

● NOVA ECONOMIA: “En-quanto a biodiversidade eos recursos naturais não fo-rem contemplados como re-cursos fundamentais de umpaís, eles não têm valor. OPIB não pode ser o únicoíndice para medir o sucessode uma economia.”

● INSTITUIÇÕES ULTRA-PASSADAS: “Um dos te-mas principais da Rio+20 écomo fazer as nações tra-balharem melhor juntas.Os países têm instituiçõessuficientemente robustaspara uma transição para aeconomia verde? Não, es-

tamos trabalhando com um sistemade governança que tem 20, 30 ou 40anos. Muitos se perguntam se épreciso reformar nossas institui-ções no plano internacional. Há cla-ramente um senso global de queelas não estão adequadas para res-ponder aos novos desafios.”

● O FUTURO: “Temos de pensar emum mundo com as necessidades de 9bilhões de pessoas, porque esta seráa população daqui a apenas 40 anos.Precisamos de mais comida, energia,mobilidade. Sabemos que, em muitaspartes do mundo, estamos atingindoo limite sobre o quanto é possívelextrair do planeta. Enfrentamos ca-rência de água e insegurança ali-mentar. Sem investimentos em sus-tentabilidade, haverá um colapso.” ■

INDIANOS LOTAM feira em Ahmadabad: escassez de recursos naturais diante da população crescente seria indicador da falência da economia global

Ajit Solanki/AP

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 1 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 29/04/2011 — 01: 29 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

esportesesportesSexta-feira, 29deabril de2011•3a.Ediçãooglobo.com.br/esportes

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Vitória após apagãoEm jogo que começou com uma hora de atraso devido à falta de luz no Engenhão, Fluminense começabem, sofre pane, cede o empate mas vence Libertad por 3 a 1, assegurando boa vantagem em Assunção

Marcelo Theobald

RAFAEL MOURA parte para comemorar seu gol de cabeça, o primeiro do Fluminense, enquando o goleiro paraguaio Vargas espalma a bola, que já havia entrado

ATUAÇÕES

Sofrer virou procedimento padrão navida tricolor. Ontem, no primeiro jogodas oitavas de final da Libertadores,contra o Libertad, no Engenhão, nãofoi diferente. O time até saiu na frente,mas sofreu o empate e, mesmo semjogar bem e sendo pressionado, ven-ceu por 3 a 1, garantindo a vantagemde poder perder por um gol de dife-

rença na próxima quarta-feira, em Assunção.— Quem não acredita que o time pode ser

campeão do jeito que está, contrata uma em-preiteira para construir um muro. Aqui, goleironão pode tomar gol. Eu não caí de paraquedasno Fluminense — desabafou Ricardo Berna(que falhou no gol dos paraguaios), negando,ainda, ter dado uma banana para os torcedo-res, logo após fazer uma defesa.

Mais calmo, Fred avaliou a atuação.— Tomamos aquele gol que não era espera-

do, mas tivemos personalidade para, num mo-mento pior, fazer dois gols. Marquinho e Concadesequilibraram.

Atraso, tensão e troca de camisaCom apenas duas bilheterias à disposição

dos torcedores para troca de ingressos com-prados pela internet e do pacote de fidelidade“Guerreiro tricolor”, houve muita confusão dolado de fora do estádio minutos antes do jogo.Dentro havia festa e incerteza. A torcida fez umbelo mosaico no qual se lia a palavra “guerrei-ros”, mas no momento em que o juiz argentinoSérgio Pezzotta daria início à partida, uma novaqueda de luz, como acontecera no Fla-Flu dedomingo passado, esfriou o ímpeto do Flumi-nense, que entrara em campo com uma estra-tégia definida: partir para cima do Libertad. Nogramado, o diretor executivo do Botafogo, Sér-gio Landau, limitou-se a dizer que havia energiano Engenhão, mas não soube explicar os mo-tivos da pane. As equipes voltaram aos vestiá-rios para se aquecer e, ao retornaram, os bra-sileiros tinham trocado de camisa. Vestiam agrená, com a qual venceram o Argentinos Ju-niors em Buenos Aires.

Sob o olhar do técnico da seleção brasileira,Mano Menezes, o jogo começou com cerca deuma hora de atraso e não poderia ter sido demelhor forma: logo aos quatro minutos, Concacobrou mal o escanteio, Edinho desviou para asegunda trave e Rafael Moura abriu o placarde cabeça. Foi o quarto gol dele na competi-ção. O curioso é que, em vez de tirar proveitoda vantagem, o Fluminense pareceu se deses-truturar com ela. Taticamente, estava visivel-mente desarrumado, com espaços demais en-tre os setores e imprimindo uma velocidadeao jogo que precipitava os erros de passe, queforam muitos. Embora Fred e Rafael Mouradessem um primeiro combate ainda na inter-mediária adversária, o meio campo se manti-nha muito recuado e sem poder de desarme.

Com bom toque de bola e velocidade, o Li-bertad foi gostando do jogo e, mesmo tendoameaçado Ricardo Berna apenas uma vez comperigo, aos 16, em chute cruzado de Samudio,sentia-se à vontade e era mais consistente.Aos 42, Júlio César se machucou e EndersonMoreira pôs Fernando Bob na lateral. Apesar

do cenário preocupante, Conca e Rafael Mou-ra se movimentavam bem, buscando espaçospara Fred. Aos 45, numa jogada que com par-ticipação dos três, Fred emendou de primeirapasse de Moura. A bola passou rente à trave.

Após o intervalo, foi o Fluminense que so-freu um apagão no Engenhão. Atordoado eabusando dos lançamentos que já não ha-viam dado resultado na etapa inicial, o timeera dominado pelo Libertad. O gol de empatenão demorou a sair. Aos 16, Ayala cobrou fal-ta na área tricolor, Ricardo Berna ficou nomeio do caminho, como acontecera em Mon-tevidéu, contra o Nacional, e no Fla-Flu, e Ga-marra cabeceou para fazer 1 a 1. A torcidanão poupou Berna.

Àquela altura, no deserto de ideias que era o

time tricolor, só mesmo jogadas individuais ede bola parada poderiam reverter uma situa-ção, a cada minuto, mais perigosa. Aos 27,aconteceu a primeira delas. Até então mal napartida, Marquinho fez bonita jogada indivi-dual e acertou lindo chute cruzado, no cantoesquerdo de Vargas. Novamente na frente, des-ta vez o Fluminense canalizou a adrenalina deforma positiva. Aos 30, Conca cobrou com per-feição falta da entrada da área para fazer 3 a 1.Aos 48, Gamarra cobrou falta e Ricardo Bernase redimiu da falha no gol, fazendo uma grandedefesa. A vitória por dois gols foi um presenteque caiu do céu para time e torcida. Os guer-reiros estão mais vivos do que nunca.

Nos próximos dias, o Fluminense deve oficia-lizar a contratação do goleiro Henrique, titular

do Olaria no Estadual. Ele substituirá Rafael,que está de saída para o Atlético-GO.

Ontem, no outro jogo envolvendo um clubebrasileiro na Libertadores, o Inter arrancou umempate com o Peñarol (1 a 1) no Estádio Cen-tenário. O jogo de volta acontece na próximaquarta-feira, no Beira Rio.

Fluminense: Ricardo Berna, Mariano, Gum,Edinho e Júlio César (Fernando Bob) (Araújo);Valencia, Diguinho, Marquinho e Conca; Fred eRafael Moura (Diogo). Libertad: Vargas, Bonet,Portocarrero, Canuto e Samudio; Cáceres, Aya-la, Rojas (Moreira) e Gamarra; Núñez (Maciel) ePavlovich (Oruê). Juiz: Sergio Pezzotta (ARG).Cartões amarelos:Cáceres, Júlio César, Conca,Gamarra e Ayala. Público: 22.505 pagantes. Ren-da: R$ 673.655,00. ■

FluminenseRICARDO BERNA: Voltou a hesitar ao sair do gol comojá acontecera no Fla-Flu. A falha no gol confirmou adificuldade que teve durante o jogo todo nas bolasaltas. No fim, fez uma defesa importante. ● Nota 4.MARIANO: Fez uma cobertura salvadora no primeirotempo, apareceu intensamente no ataque, mas faltou-lhe lucidez no último passe. ● Nota 6,5.GUM: Alguns problemas pelo alto no início do jogo,depois se firmou e fez boas antecipações. ● Nota 6.EDINHO: Seguro na marcação e na saída de bola,mostrou categoria ao desviar a bola para Rafael Mouraabrir o placar. ● Nota 7.JÚLIO CÉSAR: Apoiou pouco, preocupado em conterDonet até sair machucado ainda no primeiro tempo. ●

Nota 5. Deu lugar a FERNANDO BOB, que não seacertou na lateral. ● Nota 5. ARAÚJO entrou e deumobilidade ao time, mas criou pouco. ● Nota 5.VALENCIA: Firme no jogo aéreo, foi à frente e quasemarcou um gol de cabeça. ● Nota 6,5.DIGUINHO: Cometeu alguns erros na saída de bola,mas lutou muito e não se omitiu. ● Nota 6.MARQUINHO: Vinha tendo dificuldade em ficar com abola no campo de ataque até fazer linda jogada paramarcar um golaço. ● Nota 7,5.

CONCA: Mexeu-se pelos dois lados do campo, chamoua responsabilidade e, mesmo sem brilhar, foi premiadocom um gol de falta. ● Nota 8.FRED: Em vez da vocação de artilheiro, apareceu maisno trabalho de pivô, usando o peito em tabelas comRafael Moura. Perdeu uma chance clara no fim doprimeiro tempo. ● Nota 6,5.RAFAEL MOURA: Boa colocação e firmeza para abrir oplacar. Deu bom passe de cabeça para Fred, mastentou sair da área e até voltou para ajudar a defesa. ●

Nota 7,5. Deu lugar a DIOGO, que entrou para ajudar adefesa a segurar o resultado. ● Nota 5.

ENDERSON MOREIRASem organização no meio-campo, perdeu o setor emboa parte do jogo, mas foi salvo pelo espírito de luta e aqualidade dos jogadores. ● Nota 6.

LIBERTADO time mostrava equilíbrio e maturidade até sedesagregar em três minutos. Destaque para o atacanteNuñez e o meia Gamarra, autor do gol.

ARBITRAGEMO argentino Sergio Pezzota teve atuação tranquila.

OITAVAS DE FINAL

CRUZEIRO*

Once Caldas (COL)

Libertad (PAR)*

FLUMINENSE

LDU (EQU)*

Vélez (ARG)

INTERNACIONAL*

Peñarol (URU)

GRÊMIO

U. Católica (CHI)*

América (MEX)*

SANTOS

Junior deBarranquilla (COL)*

Jaguares (MEX)

Cerro Porteño (PAR)*

Estudiantes (ARG)

SEMIFINALSEMIFINAL

FINAL

QUARTAS DE FINALQUARTAS DE FINAL

OITAVAS DE FINAL

*Faz o segundo jogo em casa

27/44/5 - 21h50m

27/43/5 - 22h45m

27/45/5 - 23h50m

27/45/5 - 21h30m

1º jogo2º jogo

1º jogo2º jogo

Ontem4/5 - 21h50m

26/44/5 - 19h30m

Ontem4/5 - 19h30m

26/44/5 - 21h50m

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O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 2 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 29/04/2011 — 01: 03 h

2 ESPORTES O GLOBO 29/04/2011 • 2ª edição

PRETO/BRANCO

À vista do mundoNão era o Bambala, nem era o Arimateia. Não

era decisão aqui no Brasil, onde uma alta

porcentagem de jogos vira guerra, nem era na

América do Sul, na Taça Libertadores, onde

visitantes em geral são recebidos como

inimigos mortais, tratados a pontapés e

agressões até de policiais locais em estádios

incompatíveis com torneios decentes de

futebol. Era no admirado Primeiro Mundo.Esse Primeiro Mundo que ainda nos deixa,

brasileiros, incluindo gente encarregada de discutir ofutebol, de boca aberta. Estavam em campo aquelesque são considerados os dois melhores times domundo, Barcelona e Real Madrid. De jogo mesmo,pouca coisa, muito pouca, até que o campo se abriu nosegundo tempo com a expulsão corretíssima de umbrucutu igual ou pior do que os nossos, mas que vestea camisa do Real Madrid.

No primeiro tempo, uma jogada de Messi para Xavi,com uma grande defesa de Casillas, e um chuteespetacular de Cristiano Ronaldo, de longe, com outradefesa espetacular, esta de Valdés. E só! No mais foramviolências, pontapés, reclamações contra a arbitragem,paralisações, discussões, empurrões, palavrões, falta deeducação e civilidade — toda a cafajestagem quevemos aqui também, do Primeiro até o Quinto Mundo.

Está certo: o treinador superstar do Real Madriddescobriu a fórmula para neutralizar o futebol pra lá deenvolvente do Barcelona. Falta agora descobrir afórmula para fazer o time dele, o Real Madrid, jogarfutebol. Só isso. Ele terá até terça-feira para descobrircomo jogar. Se não descobrir e se não vencer por doisou três gols de diferença, estará eliminado da Liga dosCampeões.

Na última quarta-feira, o estilo do Real Madrid foiresumido por gestos de Cristiano Ronaldo (baitajogador), logo aos 16, 17 minutos de jogo. Do meio decampo, à vista do público no estádio e do resto domundo na tevê, ele fazia movimentos enérgicos com osbraços, pedindo que seus companheiros chegassem umpouco à frente, um pouquinho só, para lhe fazercompanhia no ataque.

Cristiano Ronaldo estava condenado à solidãoexatamente como esteve na Copa do Mundo da Áfricado Sul, na seleção portuguesa, dirigida por outrotécnico compatriota. Uma analogia me ocorre: serámesmo um novo estilo português de jogar futebol? Seé, Cristiano Ronaldo, pelo menos, mostrou que nãogosta dele.

Podem acreditar: para acabar com a mediocridadedo futebol do primeiro tempo — disputado pelos doismelhores times do mundo, não se esqueçam! — sómesmo um craque acima do próprio futebol que sejoga hoje no planeta, Messi, e assim mesmo depois daexpulsão do adversário carniceiro. Só ele, nenhumoutro, nem mesmo o baita jogador Cristiano Ronaldo.Messi acabou com o jogo que só ele poderia acabar,primeiro com um gol de oportunismo, depois com umgol de Messi.

Encerrada a partida, e como se não bastasse o maucomportamento de jogadores de ambos os lados,sobretudo do lado dele, José Mourinho quis ganharpontos na marra — a marra que o caracteriza. Tentoudiminuir e achincalhar o clube rival. Que elegância! Éexatamente o exemplo que ele dá para aquele Pepe,seu guarda-costas expulso no segundo tempo, do qualele se fez advogado.

Dizem que a Uefa vai abrir processo disciplinarcontra os dois clubes e contra ele, o galã dostreinadores. Dizem. Se levar adiante o intento,poderemos dizer: pelo menos isso, parabéns Uefa!Porque aqui, por exemplo, CBF e Conmebol não estãonem pouco incomodadas com violência e cafajestagemno futebol, nem com briga generalizada no campo,como se viu na Copa do Brasil e na Taça Libertadores.É como se elas nada tivessem a ver com a decência dojogo. E o futebol de guerra vai seguindo o seu caminhoinexorável...

FLU MASOQUISTA. Ao contrário da luz do Engenhão,que se estabilizou tarde, o Fluminense obteve avantagem cedo, com o gol de Rafael Moura aos 4minutos. Parecia que seria fácil, mas prevaleceu anatureza masoquista do time, que nada conquista semsofrimento. O Flu passou a jogar muito mal, perdendo omeio de campo, sem passe, sem saída de bola. E oLibertad empatou no segundo tempo. Só depois demuitos erros, Marquinho acertou um chute de longe (2a 1), e Conca acertou uma cobrança de falta (3 a 1).Mesmo assim, sem dar confiança à torcida.

FERNANDOCALAZANS

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Destaques na TV

REDE GLOBO12:45 “Globo esporte”

REDE BANDEIRANTES11:15 “Jogo aberto”12:30 “Jogo aberto Rio”

SPORTV10:00 “Redação Sportv”11:45 “É gol!”13:15 “Sportv news”14:00 “Arena SporTV”19:30 “Sportv Tá na Área”21:00 Campeonato Paulista:

Oeste x Mirassol23:00 “Sportv news”04:00 Circuito Mundial de Vôlei de

Praia — China05:00 Circuito Mundial de Vôlei de

Praia — China

SPORTV 216:00 Campeonato Português: Paços

Ferreira x Vitória de Guimarães22:30 “Linha de chegada”

ESPN BRASIL10:00 “Pontapé inicial”12:30 “Bate-Bola”23:00 “Sportscenter”

ESPN14:00 Planeta EXPN22:00 NBA: Memphis Grizzlies x San

Antonio Spurs

ESPORTE INTERATIVO19:00 “Caderno de Esportes”OBS: Horários e programação

fornecidos pelas emissoras

HÁ 50 ANOS José Figueiredo

Pelé já não tem mais medoONTEM, às 9h15m, quando o DC-3 da Cruzeiro do Sul,prefixo PP-CDR, decolou do Aeroporto Santos Dumont,terminava o primeiro capítulo de uma rápida história que,por fôrça de exageros e boatos, chegara a emocionar opúblico brasileiro. Dentro do avião seguia Pelé, de retôrnoa Santos, para resolver da necessidade de uma intervençãocirúrgica na clavícula e já dispensado de suas obrigaçõescom o scratch nacional. Pelé voltava à sua cidade sabendoque, em 30 dias, poderá recuperar-se e retornar aosgramados, sem que pesem sôbre êle os perigos que muitospropalaram. O genial craque brasileiro afirmou ao GLOBO:“Queria ser operado pelo dr. Hilton Gosling, que, além demédico competente, é um amigo sincero. Tudo indica que aintervenção é necessária, e não tenho mais mêdo desubmeter-me a ela.”

Faltou o homem dos US$ 400 milÀs 17h45m (18h55m, hora Rio) de ontem chegava aoAeroporto Stroessner o “Constellation” da Panair do Brasil,conduzindo a delegação brasileira de futebol. Era grande onúmero de torcedores, e a confirmação da ausência de Peléimportou numa tremenda decepção para os presentes. É que,pelo chão e nas mãos da torcida, havia folhetos com o retratode Pelé e o aviso de que “o Paraguai iria ver, pela primeira vez,o mais famoso craque do mundo, cujo passe custa 400.000dólares”, o que os fatos voltaram a adiar. Hoje pela manhã, oBrasil já treinava no Estádio do Olímpia. ha

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29 DE ABRIL DE 1961

COPA DE 2014

Em segredo, Valckenegocia em BrasíliaObras nos aeroportos, atrasos nos cronogramas e leis para o Mundialestão na pauta da reunião de hoje do secretário-geral da Fifa na capital

23/4/2010

JÉRÔME VALCKE: o secretário-geral da Fifa está preocupado com atrasos nas obras para a Copa de 2014

Jorge Luiz Rodrigues

Obras que não de-colam nos aero-portos brasileirossão a dor de cabe-ça dos passagei-ros e do secretá-rio-geral da Fifa,Jérôme Valcke.Hoje, o francês de-

sembarca em Brasília parauma reunião, sem divulgaçãode agenda, no Ministério doEsporte. Sabe-se que tratarádeste e de outros temas, comocronogramas de obras e leisfederais para a Copa do Mun-do de 2014 no Brasil.

No encontro do francês comautoridades do governo e como ministro do Esporte, Orlan-do Silva, Valcke conhecerámais detalhes sobre o projetode privatização dos aeropor-tos. O dirigente tem pressa.

Valcke citará como item deprioridade máxima para a Fifater 13 aeroportos nas cidades-sede da Copa em condições dereceber um fluxo estimado de600 mil visitantes estrangeirosdurante o megaevento de2014. O secretário-geral temeo caos e prejuízos, se a estru-tura não receber melhoriasconsideráveis.

Só quatro sedes em 2013A rápida viagem de Valcke

ao Brasil vinha sendo mantidaem sigilo pelo ministério, pelaFifa e pelo Comitê Organiza-dor Local-2014, para evitarmais ruídos na conturbada co-municação, desde as durascríticas que o presidente da Fi-fa, Joseph Blatter, fez ao Bra-sil, no início deste mês.

Os nove funcionários da Fifaque moram e já trabalham noRio estão proibidos de ter con-tato direto com a imprensa.

Embora Valcke seja aliadode Ricardo Teixeira, o dirigen-te francês não costuma escon-der sua insatisfação com a len-tidão do Brasil em temas co-mo estádios e aeroportos.

Hoje, no entanto, Valcke nãodeverá fazer qualquer pronun-ciamento após a reunião noministério. O objetivo é refor-çar as posições e os interessesda Fifa para o governo, sempolemizar publicamente.

— Não anunciamos a visitaporque nem o secretário-geral,nem o presidente (do COL, Ri-cardo Teixeira) darão declara-ções após a reunião — afirmou

Polêmica

Futebol francês na mira do Estado● PARIS. A ministra do Espor-te da França, Chantal Jouan-no, cobrou explicações on-tem às autoridades da Fede-ração Francesa de Futebolsobre uma reportagem pu-blicada no site “Médiapart”,que revelou que dirigentes,incluindo o técnico da sele-ção nacional, Laurent Blanc,aprovaram propostas pararestringir em 30% a cota denegros e árabes em progra-mas de treinamento de equi-pes de base a partir da idadede 12/13 anos.

O site alegou à ministraque as informações forampassadas por fontes da pró-

pria federação, “escandali-zadas com o procedimento”.Jouanno, por sua vez, disseque ouviu a negação da fede-ração, mas convidou algunsdos dirigentes a “esclarece-rem rapidamente o caso”.

De acordo com a reporta-gem, o objetivo proposto pe-la Direção Técnica Nacional(DTN) da federação, coman-dada por François Blaquart,é de limitar, nas peneirascom meninos da faixa entre12 e 13 anos, “o número dejogadores franceses de tipoafricano ou norte-africano”.

Após a tomada de decisãode membros da federação,

na semanas seguintes forampassadas instruções de co-mo proceder a gerentes decentros de formação, nota-damente do Instituto Nacio-nal Francês (INF), em Claire-fontaine, centro de treina-mento da seleção, onde, des-de 1988, foram formados jo-gadores que compõem a eli-te do futebol nacional, comoThierry Henry, Nicolas Anel-ka e William Gallas.

Ainda segundo fontes dareportagem, o técnico Blancse disse favorável à mudan-ça de critérios na seleção dejovens “com nossa cultura,nossa história”

o diretor de comunicação doCOL-2014, Rodrigo Paiva.

No segundo semestre doano passado, Jérôme Valckechegou a pedir ao presidenteJoseph Blatter para que viajas-se ao Brasil, tentando pressio-nar o país a ser mais ágil como cronograma do Mundial.Blatter queria ter vindo na se-gunda quinzena de novembro,mas não conseguiu conciliar aagenda com a então presiden-

te eleita Dilma Rousseff. Ago-ra, o dirigente suíço está emcampanha pela reeleição paraseu quarto mandato e tem umadversário: o qatari Moham-med Bin Hammam. O pleito se-rá no dia 1o- de junho, no Con-gresso da Fifa, em Zurique. DeBrasília, hoje mesmo Valckeseguirá para Assunção, no Pa-raguai, onde ficará até domin-go, acompanhando o Congres-so da Confederação Sul-Ameri-

cana de Futebol (Conmebol).O desejo de Valcke e da Fifa

é que o Brasil tenha cinco das12 sedes aptas para o evento-teste: a Copa das Confedera-ções, em junho de 2013. No en-tanto, a Fifa trabalha, a contra-gosto, com a possibilidade deapenas quatro cidades, emfunção dos atrasos não só deestádios, mas de infraestrutu-ra. O Itaquerão, por exemplo,não ficará pronto a tempo. ■


2ª edição • 29/04/2011 ESPORTES O GLOBO 3


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om.b

rTalento x CovardiaComo joga o Messi! Com dois gols (o

segundo, uma obra de arte), o genial

argentino praticamente garantiu a

classificação do Barcelona à final da Liga

dos Campeões, diante de um Real Madrid

galáctico mas apequenado, acoelhado em

seu próprio campo, o Santiago Bernabéu.

Por conta desta tática hiper retrancada, os

madridistas estragaram e entregaram o jogo.

Apesar da inegável (e invejável) qualidadetécnica do Barça, é lamentável ver uma equipeestelar e historicamente ofensiva, como a doMadrid, atuar de forma tão recuada e covarde.

Um elenco que conta com astros de primeiragrandeza como Cristiano Ronaldo, Özil, XabiAlonso, Di María, Diarra e Casillas (além de Kaká,no banco) não poderia jamais entrar em campotendo como única obsessão a defesa e como peça-chave de sua estratégia medrosa o limitado ebotinudo Pepe (brasileiro naturalizado portuguêscujo estilo truculento e desleal já lhe valeu osugestivo apelido de “O Sujo”).

É verdade que, dirigindo a Inter de Milão, no anopassado, José Mourinho conseguiu a proeza deeliminar o Barcelona, na semifinal da Liga dosCampeões. E o fez, usando um esquema altamentedefensivo — e acabou campeão europeu.

No próprio Real Madrid, há dias, conquistoutambém a Copa do Rei, batendo o mesmoadversário, com estratégia igualmente retrancada(os madridistas venceram por 1 a 0, tendo apenas20% de posse de bola em toda a partida!!!).

Para o bem do futebol, entretanto, a farra acabouna quarta-feira passada, em pleno Bernabéu.Porque ninguém vai a campo para assistir aespetáculos cujo principal objetivo é evitar os golse não é marcá-los. E, tampouco, para aplaudir aspatadas de Pepe, mas sim para vibrar com os beloslances de gênios da bola como Lionel Messi.

A vitória do Barcelona e de seu pequeno grandecraque foi um autêntico triunfo do esporte.

ROUPA SUJA, GOLPE BAIXO. Assistindo àsemifinal da Liga dos Campeões, entre Real Madride Barcelona, meu amigo Fernando Duarte, intrépidocorrespondente do GLOBO em Londres, recordoudeliciosa história de José Mourinho, nos tempos emque ele treinava o Chelsea. Ei-la:

“Ao ver o ‘Mou’ expulso de campo, por reclamarironicamente do cartão vermelho para o Pepe,fiquei imaginando o que ele fará, agora, para estarcom os jogadores do Real Madrid, no jogo de volta,no Nou Camp. Sim, porque quando treinava oChelsea, na Liga dos Campeões de 2005, Mourinhotambém foi expulso e, suspenso, valeu-se de umexpediente insólito! Enfiou-se num daquelesenormes carinhos de lavanderia, escondendo-seembaixo de um monte de roupa suja, para entrarescondido no vestiário do estádio, onde deupreleção e instruiu os jogadores, no intervalo dapartida contra o Bayern de Munique.

O treinador fora suspenso porque, nas oitavas definal, quando o Chelsea enfrentou o Barcelona eleacusara o árbitro da partida de ida, o sueco AndersFrisk, de ter recebido no vestiário o então técnicoda equipe catalã, Frank Rijkaard. Por causa disso, ojuiz chegou a receber ameaças de morte e seaposentou do futebol”.

MEIO-CAMPO APROVADO. A contusão deMaldonado e a ineficiência de Fernando acabaramlevando à formação que parece ser a ideal para omeio-campo do Flamengo. Com Renato Abreu desegundo volante, abriu-se espaço para mais umapoiador, o argentino Bottinelli, que já atuara bemcontra o Fluminense e repetiu a boa atuação, naúltima quarta-feira, diante do Horizonte.

Quando Ronaldinho Gaúcho retornar ao time, atendência é que o Flamengo volte a utilizar apenasum atacante, com o próprio Dentuço e ThiagoNeves, encostando nele. Terá, enfim, Vanderleidescoberto o time titular?

WILLIANS FACTS. O gol de placa de Willians jáprovoca uma onda interminável de gozações, naInternet. A mais popular diz que Messi não passa deum Willians que não sabe marcar... Outras piadas(infames e do gênero) no Blog RMP.

UTILIDADE. Do empate entre os reservas deVasco e Náutico, restou a velha pergunta que nãoquer calar: quando Ricardo Gomes encontrará umafórmula para tornar Bernardo titular?

NO ESPORTE ERRADO. No par ou ímpar, quemvocê escolheria primeiro? Pepe, Felipe Mello,Gattuso ou De Jong? Não, claro que não é pra jogarfutebol. É pra enfrentar Anderson Silva, Minotauro,Minotouro etc, no MMA...

APAGÕES PREOCUPANTES. Primeiro foram osrefletores do Engenhão — o que causa a repetiçãodo problema?!? Depois, o Flu também teve o seuperíodo de trevas, no início do segundo tempo,quando se mostrou apático até sofrer o gol doLibertad. O susto, porém, acordou o tricolor. E avitória final por 3 a 1 garantiu uma boa vantagempara o jogo de volta, em Assunção. Os “guerreiros”estão mais vivos que nunca na Libertadores.

Promessade Real xBarça àportuguesaPorto goleia,Benfica vence erivais ficam próximosde fazer a final daLiga Europa● Enquanto Real Madrid eBarcelona atraem olhares detodo o mundo nas semifinaisda Liga dos Campeões, a LigaEuropa pode ser decidida como clássico português de maiorrivalidade. Ontem, em casa, oPorto, com atuação brilhantedo colombiano Falcao, autorde quatro gols, fez 5 a 1 noVillarreal na partida de ida dasemifinal. No jogo de volta, naEspanha, pode até perder portrês gols de diferença. EmLisboa, em duelo português, oBenfica venceu o Braga por 2 a1 e jogará por um empate napartida de volta. Os próximosduelos serão no dia 5 de maio.

Por incrível que pareça, oPorto foi para o intervalo emdesvantagem. Em passe deNilmar, Cani abriu o placarpara o Villarreal aos 45minutos. No segundo tempo,veio a grande atuação do timeportuguês e o show de Falcao.Aos quatro, ele empatou depênalti. Guarín virou o jogo aos16 e Falcao voltou a marcaraos 22, 30 e 45 minutos.

Rodada com 15 brasileirosNo Estádio da Luz, o Benfica

venceu, embora o gol sofridoem casa possa lhe trazerproblemas no jogo de volta.Aos cinco minutos do segundotempo, o brasileiro Jardelabriu o placar para o Benfica.O também brasileiro Vandinhoempatou três minutos depois.Aos 14, o paraguaio Cardozofez o gol da vitória do Benfica.Na rodada, 16 brasileirosentraram em campo, 15 delespelos três times de Portugal. ■

BRIGA ATÉ NOS JORNAIS

LIGA DOS CAMPEÕES

Rivalidade no campovai parar no tribunalUefa denuncia Mourinho e Real Madrid por confusões no clássico como Barcelona. Clubes também levarão o caso à Comissão Disciplinar

Editoria de Arte

MADRI

Arivalidade entreBarcelona e RealMadrid, levada aoextremo na primei-ra partida das se-mifinais da Ligados Campeões, ga-rantiu um capítulobem menos atraen-

te para a história do clássico, aser decidido nos tribunais. On-tem, a Uefa denunciou o técni-co José Mourinho por suas de-clarações após o jogo, o RealMadrid por objetos lançadosno gramado, invasão de campoe pelas expulsões de Pepe e dopróprio Mourinho. O goleiroPinto, reserva do Barça, tam-bém faz parte da lista. No pró-ximo dia 6, três dias após a rea-lização da segunda partida,marcada para terça-feira, noNou Camp, a Comissão de Con-trole e Disciplina da entidadejulgará os denunciados.

Antes mesmo de a Uefa sepronunciar, o presidente doBarcelona, Joan Laporta, já ha-via convocado uma junta ex-traordinária que decidira de-nunciar Mourinho à entidade.De acordo com o portavoz doclube catalão, Toni Freixa, asacusações do português viola-ram a reputação do clube.

— É inaceitável que alguémquestione nossos títulos e o vín-culo com a Unicef — disse Frei-

xa. — Rechaçamos confrontosverbais e Mourinho se superou.

Pela primeira vez em suahistória, o Real Madrid tam-bém apelará à Uefa. Em comu-nicado oficial, o clube dilvul-gou que o procedimento nãofaz parte de sua política, mas

resolveu adotá-lo por contadas atitudes de Uefa e do Bar-celona, acusado pelos madri-lenhos de conduta antiesporti-va e de simulação para induziro árbitro ao erro.

Ontem, os dois diários es-portivos de Madri, “Marca” e

“As” saíram com a mesmamanchete, “Por quê?”, com afoto do juiz alemão WolfgangStark expulsando Pepe, respal-dando as críticas de Mouri-nho. Já o “Mundo Deportivo”,de Barcelona, e o francês“L‘Équipe” exaltaram o talentode Lionel Messi.

Mourinho na berlindaTécnicos como Arséne Wen-

ger, do Arsenal, e Carlo Ance-lotti, do Chelsea, discordaramdas afirmações de Mourinhosobre arbitragens tendencio-sas a favor do Barcelona.

— Numa semifinal de Liga,sobretudo contra o Barcelona,jogar 10 contra 11 não é fácil.Posso entender a decepçãodele — disse Ancelotti.

Já o site do “As” disponibi-lizou vídeos nos quais mostraque o Inter, comandado porMourinho na temporada pas-sada, foi favorecido por errosdos juízes nos duelos contra oChelsea, pelas oitavas de finalda Liga. Os italianos acabaramsendo campeões, passandopelo Barcelona na semifinal.Alguns blogueiros chamaramde covardia a estratégia deMourinho para o jogo. O pre-sidente do Comitê OlímpicoEspanhol (COE), AlejandroBlanco, um madridista ferre-nho, foi ainda mais duro:

— Mourinho deixou os valo-res do clube de lado. ■

4 ESPORTES O GLOBO 29/04/2011

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 4 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 20: 19 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

CORRIDA, TRIATLO, CAMINHADA E UMA PITADA DE AVENTURA

Rapidinhas do blog

MAIS SOBRE O MUNDODAS CORRIDAS:oglobo.com.br/blogs/pulso

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O GLOBO

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LARGADA

CHEGADA

POSTO MÉDICO

POSTO MÉDICO

POSTO MÉDICO

POSTO DE ÁGUA

POSTO DE ÁGUA

FAVELA VILA CRUZEIRO

Agora é a rota da corrida do bemCorredores sobem o morro e refazem rota de fuga de bandidos, da Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão

Cezar Loureiro

RAFAEL TEIXEIRA (à esquerda), JB e Fernando Medeiros, do AfroReggae: “Esse caminho era de medo, agora vai ser do esporte, pela paz”

Isabela Palmeira

Não há quem nãose lembre da ima-gem da fuga debandidos que dei-xavam a Vila Cru-zeiro por uma es-trada de terra emdireção ao Com-plexo do Alemão.

Foi destaque internacional es-te episódio do processo de re-tomada das duas comunida-des, com a entrada das forçasde segurança. Cinco mesesapós a pacificação, a mesmarota gravada na memória voltaà cena, dessa vez cenário dacorrida Desafio da Paz, organi-zada pela ONG AfroReggae, nodia 15 de maio.

Por lá, vão passar cerca demil corredores, dentre eles osecretário de Segurança, JoséMariano Beltrame, com umaequipe de nove funcionários. Opercurso de 4,85km começa naVila Cruzeiro, em frente aoCampo da Ordem, passandopela estrada de terra, na Serrada Misericórdia, e chegando aoComplexo do Alemão, na RuaCanitá, no Campo do Sargento.A largada será às 9h, e a dura-ção máxima da prova é de 2h.

— É a trilha do bem. A cor-rida simboliza o livre acesso aesse local, que antes era domi-nado pelo tráfico. Para a co-munidade, vai ser um desaba-fo correr lá, sem medo ou in-segurança, coroando umavontade de ser livre, de se sen-tir parte daquilo ali — explicaJB, coordenador-adjunto donúcleo do AfroReggae no Com-plexo do Alemão.

Desafio desgastantePara quem vai enfrentar a

disputa, todo cuidado é pou-co. A prova oferece muitos de-safios pela frente: a primeiraparte do percurso, de aproxi-madamente 1,5km, será aindano asfalto, mas depois os cor-redores começam a subir pelaestrada de terra, com piso aci-dentado, e, em seguida, par-tem para a descida, de 1km,pelo Morro dos Mineiros, den-tro da favela, em locais bemestreitos, vielas que só permi-tem a passagem de um porvez. Dos mil corredores, 300vagas são destinadas à comu-nidade, com inscrição gratui-ta, que pode ser feita na agên-cia do Banco Santander, naRua Joaquim de Queiroz, noComplexo do Alemão. As 700vagas restantes são para cor-redores no geral, com inscri-ção pelo site www.ativo.com,no valor de R$ 60.

— O corredor precisa tomarcuidado com a descida. Se ele

descer muito rápido, vai exigirmuito da musculatura, aumen-tando o risco de lesões tantomusculares como nas articula-ções, principalmente do joe-lho. Há também chance dequeda, por instabilidade na pi-sada, e escoriações devido aopercurso estreito, dentro dafavela — alerta o diretor-técni-co da Runners Club, MarciusDuarte, que também chamaatenção para a subida na pista

de terra batida. — Se o trechoestiver muito seco, fica escor-regadio e, se estiver molhado,vai elamear. O corredor deveestar preparado para essas si-tuações.

E o corredor José Leal Fer-reira, de 50 anos, está con-fiante no seu treinamento.Morador do Complexo doAlemão, ele corre há 20 anose é o inscrito número um daprova. Todos os dias ele acor-

da às 6h para treinar na co-munidade, fazendo uma mé-dia diária de 10km. Acostu-mado com trajetos íngremese estreitos, José tem a facili-dade de correr em casa.

— Gosto de treinar na co-munidade, com obstáculos.Correr no asfalto, tudo plano,é uma coisa, aqui no morro éoutra bem diferente. Quemnão está acostumado nãoadianta ir com tanta pressa.

Muitas vezes, o piso é irregu-lar, o tênis precisa ser apro-priado — diz o corredor, que,depois do treino, bem cedo,enfrenta a rotina de trabalho,empurrando a carrocinha desorvete pelas ruas. A torcida égrande para José, mais conhe-cido na área como o sorvetei-ro corredor.

Para ele, é a primeira vezque a corrida sobe o morro.Em vez de descer para dispu-tar no asfalto, José vibracom a possibilidade de cor-rer onde mora.

— Já fiz várias provas no as-falto, na Zona Sul da cidade.Em 2009, corri em 1h37m aMeia Maratona do Rio e agorame preparo para a deste ano.Não tem preço correr na pró-pria comunidade, ainda maisem um trecho percorrido tan-to tempo em nome da violên-cia e do crime. Agora é um de-safio da paz — afirma José.

A corrida promete boa re-compensa aos vencedores. Ostrês primeiros colocados dacomunidade vão receber, res-pectivamente, R$ 6 mil, R$ 3mil e R$ 1 mil. As mesmasquantias são destinadas aosganhadores da categoria atle-tas pagantes. Na elite, foramconvidados Vanderlei Cordei-ro de Lima, Frank Caldeira e osquenianos Edwim KimwetichTarus e Ednah Mukhwana. ■

CATARATAS: A 5a-

Meia

Maratona das

Cataratas, no dia 3

de julho, em Foz do

Iguaçu, está com

inscrições

promocionais (R$

90), até amanhã.

Mais informações

em <meiamaratona

dascataratas.com.br>.

PARA CRIANÇAS:No dia 7 de maio,

às 9h, a primeira

etapa do Circuito

Infantil de Corridas

Contra o Câncer

acontece no Estádio

de Atletismo Célio

de Barros, no Rio. A

prova, disputada por

crianças de 4 a 12

anos, terá

arrecadação

destinada ao

Instituto Ronald

McDonald.

5km e 10km: O

Circuito Brasileiro de

Corridas de Rua, com

prova de 5km e

10km, começa no dia

15, no Parque Areião,

em Goiânia.

Inscrições

promocionais (R$ 35)

até domingo.

Incentivado pelos pais, Wagner de Rossi Junior, coordenador de criação da web na Amil, semprepraticou atividades físicas. “A prática de exercícios me dá mais disposição no dia a dia”, dizele, que participa da equipe de corrida e caminhada do projeto Mova-se* e corre regularmenteduas ou três vezes por semana.

“Descobri que a corrida me ajuda muito no processo criativo. Por incrível que pareça, consigo me desligar de tudoe ter várias ideias enquanto corro, unindo duas práticas que adoro. O Mova-se*tem um grupo de corrida supermotivador, que nos inspira a quebrar a rotina detrabalho do dia a dia e também nos finais de semana. A cada corrida, melhoromeu tempo, o que me motiva cada vez mais a treinar e a baixar minha marca.”*Exclusivo para os colaboradores.


29/04/2011 ESPORTES O GLOBO 5

PRETO/BRANCO

1 PÁREO •17h00m • 1.400 • (A)1 Jet Leg,A.F.Matos...................................58-12 Show of Tijucas,B.Reis (*) ......................58-23 Pia Gitane,M.Martins..............................58-34 Bala do Mega,V.Borges (***) ...................57-45 Myfunnyvalentine,C.Lavor (**).................57-5

2 PÁREO •17h30m • 1.200 • (A)1 Supreme Commander,A.F.Matos ..............58-12 Monárquico,E.C.Reis ..............................58-23 Marubi Lark,I.Correa ..............................58-34 El Impulso,V.Borges (***) .......................58-45 Rei Fritz,A.M.Silva (*).............................58-56 Magic Honey,M.Soares ...........................56-67 Ladina dos Pampas,I.Muller (**)..............56-7

3 PÁREO •18h05m • 1.200 • (A) •INÍCIO DO PICK 71 Concorde News,J.Coelho ........................58-12 Quatre Saisons,A.M.Silva ........................56-23 Quicker Gold,H.Fernandes (*) ..................58-34 Catirina,V.Borges....................................56-45 Sentimento,I.Correa (**) .........................58-56 Negrita Tex,V.Gil ....................................56-67 Viejo Amigo,R.Costa (***) .......................58-7

4 PÁREO •18h35m • 1.200 • (A)1 Rei Chico,M.Martins...............................58-12 Eduardo Fighter,C.Lavor..........................58-23 Isaraz,V.Borges (**)................................56-34 Dinda,H.Fernandes (*)............................56-45 Fujita,I.Correa (***)................................58-5

5 PÁREO •19h05m • 1.400 • (A)1 Índio Bárbaro,V.Borges ...........................58-12 Heller,C.Lavor ........................................57-23 Blessed Nugget,M.Soares........................58-34 Uragano Point,V.Gil ................................58-45 Super Flash,H.Fernandes (**)..................57-56 Vital Class,A.F.Matos (*) .........................58-67 Pentagrama,C.G.Netto (***)....................58-7

6 PÁREO •19h40m • 1.200 • (A)1 Rich Colony,V.Ribeiro..............................56-12 Climaco,Jean Pierre................................58-23 Black Theo,A.F.Matos (***).....................54-34 Peak Famous,I.Muller (**).......................56-45 Fórmula do Amor,V.Gil ............................56-56 Username,R.Costa .................................54-67 Pretty Famous,H.Fernandes.....................56-78 Cabuloso,V.Borges (*).............................54-8

7 PÁREO •20h10m • 1.500 • (A) •INÍCIO DO OPEN BETTING1 Marcos-Rei,V.Ribeiro ..............................58-12 Hassler,J.Coelho (***) ............................56-23 Francisco Abreu,M.Reis ..........................58-34 Sparring,M.Martins ................................58-45 Lamor Olímpico,C.Lavor..........................56-56 Great Camila,V.Borges (**)......................56-67 Donna Street,A.F.Matos ..........................56-78 Quite Fast,I.Muller..................................56-89 Key Board,F.R.Santos (*) ........................56-9

8 PÁREO •20h45m • 1.300 • (A)1 Seda da China,W.Alencar (***)................58-12 Catability,I.Muller ...................................56-23 Lady Darling,I.Correa..............................56-34 Linda Victoria,V.Borges (**).....................58-45 True Model,Jean Pierre ...........................56-56 Mircea,A.M.Silva....................................58-67 Catira,H.Fernandes (*)............................54-78 Dancing Buck,A.F.Matos .........................56-8

9 PÁREO •21h15m • 1.200 • (A)1 Dawn Drifter,V.Borges.............................58-12 Favorito Halo,H.Fernandes (**)................58-23 Comando Fatal,V.Gil (***).......................58-34 Don Pedro Sam,E.Ferreira Filho (*) ..........58-45 Carlo-Fesso,F.Chaves ..............................58-56 Janus of Cord,C.Lavor.............................58-67 Quickshine,W.Alencar.............................58-78 Kê-Halo,A.M.Silva..................................56-8

OBS: (*) Força; (**) e (***) Principais rivais

Turfe/Programa

Confira como estáa terceira etapa doMundial de surfefeminino na NovaZelândia

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Relembre jogosdecisivos do‘Clássico dosMilhões’, entreFlamengo e Vasco

CLIQUE RADICAIS CLIQUE FOTOGALERIA

Veja as imagensda partida entreFluminense eLibertad-PAR, noEngenhão

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Grama:Mundial defutebol femininoterá recorde detorcedores naEuropa

Fortes emoções na pistaBrasileiros inscritos na quarta etapa da temporada, domingo, em São Paulo, dizemque relargadas em fila dupla podem ser divertidas para o público, mas não para os pilotos

FÓRMULA- INDY

Carol Knoploch

SÃO PAULO

Os cinco pilotosbrasileiros quevão disputar aquarta etapa daFórmula-Indy, do-mingo , em SãoPaulo, foram taxa-tivos: as relarga-das serão confu-

sas e, possivelmente, com no-vos acidentes. Eles não sãopessimistas. É que a primeiracurva, após a reta do Sambó-dromo, é estreita e, agora, natemporada de 2011, as relarga-das acontecem em fila dupla,na reta de chegada, semelhan-te à Nascar. No ano passado,na estreia deste circuito derua, a largada deu o que falar.Uma batida impressionanteenvolveu vários pilotos e re-sultou em cena de cinema,com o carro do brasileiro Má-rio Moraes em cima do carrodo americano Marco Andretti.

— Para o público está sendobacana, pois tem disputa, aci-dente, aquela confusão toda.Mas para os pilotos, não. Es-tou tendo dificuldade para meadaptar — admitiu Hélio Cas-troneves, da Penske, que, se-gundo ele, fez “strike em LongBeach”, quando se envolveuem batida em uma relargada.

Circuito mais rápidoAs relargadas ocorrem após

cada acidente com bandeirasamarelas e carro de segurançana pista. Neste período, as ul-trapassagens são proibidas.Só quando o diretor de provasagita a bandeira verde é que acorrida recomeça.

— Numa corrida tem os in-

teligentes e os agressivos. E agente pensa assim: “Ou conti-nuo na corrida após uma relar-gada, se não fizer besteira, cla-ro, ou vou acabar aqui”. Quan-to mais o campeonato foravançando, mais cautelososseremos porque vamos nosacostumando. As corridas setornaram mais emocionantese perigosas — opinou TonyKanaan, da KV, melhor brasi-leiro no campeonato, em ter-

ceiro. — Se me perguntar segosto desta regra? Não. Achance de não terminar a cor-rida aumentou.

Para a brasileira Bia Figuei-redo, na pista, a largada ou re-largada em fila dupla é compli-cada e, causa tumulto.

— E em São Paulo, em quesó um carro passa na primeiracurva, o resto vai acabar indopor fora — declarou Bia, quefraturou a mão direita na aber-

tura do campeonato, no dia 27de março, teve de passar porcirurgia, mas vai correr do-mingo com uma proteção.

Além da preocupação comas relargadas, a pista de SãoPaulo, que manteve o traçado,teve mudanças em relação aalgumas zebras (proteção). Osequipamentos foram retiradosde locais estratégicos e, comisso, os pilotos passarão maisrente ao muro.

— Acredito que a pista seráuns dois ou três segundosmais rápida — aposta RaphaelMatos, da AFS.

Ontem, a movimentação noAnhembi, área do circuito pau-lista, ainda era tímida. Muitosengenheiros ainda não haviamchegado porque tiveram pro-blemas com seus voos para oBrasil, principalmente em fun-ção da série de tornados nosul dos Estados Unidos. ■

Eliária Andrade

HELIO CASTRONEVES (à esquerda), Tony Kanaan, Vitor Meira, Raphael Mattos e Bia Figueiredo com o troféu que será dado ao vencedor

WADA acusaesporte denão reprimiro doping● TORONTO, Canadá. A AgênciaMundial Antidoping (WADA)criticou o UFC e o acusou denão fazer o adequadocontrole antidoping. Amanhã,em Toronto, Canadá, serárealizado o UFC 129, maioredição do evento, comrecorde de 55 milespectadores. A WADA, oCentro Canadense de Ética noEsporte (CCES) e a AgênciaAntidoping dos EUA (USADA)informaram não ter havidoteste de lutadores nem teremsido procurados paracombater os estimulantes.

— Eles querem, por relaçõespúblicas e marketing, mostrarque são melhores do querealmente são — atacou TravisTygart, chefe da USADA. — Porque não têm normas maisadequadas para dar a atletas efãs o conforto de que nãoexiste cultura desenfreada defraude com drogas perigosasem seu esporte?

O UFC alega ter o controlemais rígido da América doNorte. Garante que todos oslutadores são testados. NoCanadá, os testes seguem aWADA, e nos EUA, isso cabeàs comissões atléticasestaduais. A WADA informaque ela e o CCES não farão ostestes. Recentemente, obrasileiro Thiago Silva deupositivo. Teve cassada alicença por um ano e foimultado em 25% da bolsa.

— O governo supervisiona oque fazemos e testa os caras— diz o presidente do UFC,Dana White. — Para você usaresteroides hoje em dia, temque ser um completo idiota. ■

MMA

VÔLEI

À espera da conquistacom sotaque cariocaEm sua primeira temporada no Rio deJaneiro, Mari quer o alto do pódio na Superliga

Sanny Bertoldo

● O joelho direito já não inco-moda há tempos e as pesadassessões de fisioterapia fazemparte do passado. Bem física etecnicamente — foram cincomeses longe das quadras serecuperando de uma cirurgiapara reconstrução do ligamen-to cruzado do joelho —, Marifala com uma certa “calma an-siosa” sobre sua primeira finalcomo jogadora do Uni le -ver/Rio de Janeiro, amanhã, às10h, contra o Sollys/Osasco,em Belo Horizonte.

Enquanto o time vai parasua décima final e luta peloheptacampeonato, a jogadorapode conquistar seu primeirotítulo nacional após seis anos.Tricampeã exatamente peloOsasco (2003, 2004 e 2005), elaatuou três temporadas no Pe-saro, da Itália. De volta ao Bra-sil, jogou no extinto São Caeta-no/Blausiegel, em 2009 e 2010,mas terminou em terceiro lu-gar nas duas temporadas.

— Fazia parte do meu pro-jeto, quando voltei para o Bra-sil, ganhar a Superliga. No SãoCaetano, não consegui. Agora,tenho a chance de conquistaresse título. Lutei muito parachegar até aqui — disse a jo-gadora, por telefone.

Da equipe paulista com aqual conquistou o tricampeo-nato, pouco sobrou. Segundoa jogadora, ninguém daquela

época continua no time. O quecertamente não muda é a riva-lidade que experimentou naspartidas da fase classificató-ria. Após inúmeros confrontosna história da competição, en-tre eles, as seis finais da Super-liga — com quatro vitórias pa-ra o Rio de Janeiro —, não hámais como surpreender o ad-versário de amanhã.

— São times muito pareci-dos, com jogadoras de seleçãoque se conhecem muito bem.Por isso, acho que vai ganharquem não quiser decidir emtodas as bolas, porque sãoduas equipes que se defendemmuito bem. Então, tem que terpaciência, tranquilidade —avalia.

Decisão de terceiro lugarOntem, as duas equipes fize-

ram o primeiro treinamentono Mineirinho. Hoje, elas vol-tam a treinar no palco da de-cisão. Para quem tem o Mara-canãzinho como sua casa, o gi-násio mineiro exige algumaadaptação:

— Os dois têm o mesmo es-tilo, mas o Mineirinho é maiore a gente fica meio sem refe-rência. Mas é assim para todomundo. E é um campo neutro,o que é bom.

Hoje, às 19h30m, em Araça-tuba (SP), os paulistas VôleiFuturo e Pinheiros/Mackenziese enfrentam na decisão doterceiro lugar do torneio. ■

BASQUETE

No caldeirão de Bauru, Flajoga para avançar à semifinalRubro-negros sabem que torcida local faz muitapressão, mas confiam em equilíbrio e no elenco

Claudio Nogueira

● Com capacidade para milpessoas e considerado um dosmais ferventes caldeirões doNovo Basquete Brasil (NBB), oGinásio Comendador José daSilva Martha, em Bauru, é umadversário a mais para o Fla-mengo, que pode assegurarhoje, às 20h30m, contra o Ita-bom/Bauru (SP), a vaga nassemifinais do campeonato.

Depois dos 79 a 73 de anteon-tem no Rio, o Flamengo lidera asérie por 2 a 1. Ao Bauru restavencer para forçar o quinto jo-go, domingo, na Barra.

— Playoffs são batalhas, e láem Bauru é caldeirão, com atorcida em cima. É um dos pou-cos lugares em que não temos amaioria da torcida, mas quere-mos manter a consistência paravencer — afirmou Hélio.

Mil valem por dez milApesar da pressão da torcida,

Marcelinho crê que o time vá fe-char a série. Lembrou, porém,que na pior hipótese, ainda teráo quinto jogo em casa:

— Queremos pôr a pressãopara cima deles, com defesa for-te. O ginásio é pequeno, só ca-bem mil pessoas, mas parecemdez mil quando está lotado.

Para Jefferson, o time teráde fazer valer a maturidade.

— O elenco é grande. O timenão tem titulares, e o técnicoGonzalo García sempre diz is-so. Todos somos importantes.

Do lado de Bauru, o técnicoGuerrinha está confiante:

— Vamos jogar em casa. Écomo um reforço. O elenco de-les é maior. Jogamos com seisa oito, e eles, com dez. Mas va-mos tentar ganhar em casa,onde a equipe é muito forte.

Elogiado até mesmos pelos

rivais, Fischer acha o Flamen-go duro de ser batido:

— Mas somos muito fortesem casa e temos de vencer.

Já o Vivo/Franca está na semi-final. Fez 3 a 0, ao bater o SãoJosé/Unimed/Vinac: 83 a 62.Agora aguarda os outros semifi-nalistas. Como Franca foi o pri-meiro na classificação, pegará opior entre os que avançarem. ■

TRANSMISSÃO: Sportv

Alexandre Cassiano/27-4-2011

O RUBRO-NEGRO Hélio (5) disputa a bola no Rio: caldeirão em Bauru

NA INTERNEToglobo.com.br/esportes

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o globo.com.br/esportes6 29/04/2011


Botafogoabre e fechasuas portaspara JóbsonJogador chega àsede confiante emvoltar mas diretoriaespera recuperaçãoem outro clube● A diretoria do Botafogorecebeu Jóbson ontem àtarde em General Severianopara dizer que o jogadorprecisa provar suarecuperação em outro clubepara voltar a ter uma chancedo alvinegro, com quem temcontrato até 2015.Emprestado até o fim do anoAtlético-MG, o atacante podeser devolvido ao clubecarioca caso tenha sua penaagravada na primeiraaudiência do processodisciplinar, que responderána Tribunal Arbitral doEsporte, a partir de 21 dejunho na Suíça. O jogador jápassou seis meses suspenso.

— Até o resultado dessejulgamento, ele não volta —disse o gerente AndersonBarros, admitindo que ocontrato de empréstimo como Atlético-MG impõe adevolução do jogador emcaso de extensão de suapunição. — De outra forma,não acredito que o retornodele aconteça em 2011.Durante este ano ele terá demostrar que é capaz deassumir compromissos eresponsabilidades. NoBotafogo ele não tem mais odireito de errar

Ao chegar ao clube, Jóbsonrevelava uma esperança quenão se confirmaria:

— Volta é o que maisquero. Estou aqui parachegar a uma solução.

Um dos fatores que teriamreforçado a desconfiança dosdirigentes foi a ausência deJóbson em reunião para tratardo seu caso, há duas semana.Uma das condições para oretorno é que o jogadorcomplete o tratamento contraa dependência química. ■

Título para fechar no azulVasco apresenta balanço das contas de 2010, que mostra aumento de 40% da receita,principalmente com patrocínios e licenciamento. Clube ainda sofre com dívida enorme

CAMPEONATO CARIOCA

Coritiba seclassificae bate orecorde● CAXIAS DO SUL. Após tervencido o Caxias por 4 a 0, emcasa, no jogo de ida, nadaindicava que o jogo de volta,ontem, em Caxias do Sul, seriadramático para o Coritiba. Mashavia uma marca histórica emjogo. A vitória de 1 a 0,garantida após forte pressãodo adversário no final, deu aosparanaenses a 22a- vitóriaseguida. O Coritiba superou amarca do Palmeiras de 1996 eestabeleceu o novo recordenacional. O resultadoconfirmou a vaga nas quartasde final da Copa do Brasil.

Curiosamente, o Palmeirasserá o adversário do Coritibana próxima fase. O primeirojogo será em Curitiba.

O resultado, comemoradopelos jogadores com atorcida, garantiu outra marcaexpressiva: já são 27 jogos deinvencibilidade no ano.Domingo, pelo Paranaense, oCoritiba pode ampliar seurecorde de vitórias seguidas.No jogo de festa pelo títuloparanaense, conquistado porantecipação, o time enfrentao Cianorte, no Couto Pereira.

O sorteio feito ontem pelaCBF apontou, ainda, que SãoPaulo e Avaí farão na capitalpaulista o jogo de ida dasquartas de final. A volta seráem Florianópolis. ■

Ronaldinho e Léo Moura fazem teste decisivoLateral e meia vão treinar com bola pela primeiravez na semana para saber se podem enfrentar o Vasco

Miguel Caballero

● Com a intenção de minimi-zar ao máximo o desgaste daviagem ao Ceará enquanto oVasco, rival da decisão da Ta-ça Rio no domingo, ficou na ci-dade para um confronto já de-cidido contra o Náutico, o téc-nico Vanderlei Luxemburgopreferiu manter os jogadoresdo Flamengo concentradosem Fortaleza. O time treina ho-je, ainda na capital cearense, esó depois retorna ao Rio, dire-to para a concentração em umhotel na praia da Barra da Ti-juca. Mas, enquanto os joga-dores que derrotaram o Hori-zonte se recuperam no Nor-deste, a preocupação da torci-da permanece aqui no Rio.

Depois de quatro dias de fi-sioterapia, Ronaldinho Gaú-cho e Leonardo Moura terãoum dia fundamental para sa-ber se poderão entrar em cam-po na decisão contra o Vasco.Foram várias sessões de bici-cleta ergométrica, academia eexercícios na piscina, e hoje,pela primeira vez na semana,os dois vão trabalhar com bo-

la, no Ninho do Urubu.— Até agora, eles vêm evo-

luindo normalmente, como es-perado. O trabalho com bolavai ser muito importante paradar uma perspectiva da possi-bilidade de jogarem. Nossomaior indicativo é o sintoma,ou seja, as dores. E é no impac-to com a bola que isso se mos-trará — explicou o médico Jo-sé Luiz Runco.

Durante a semana, Léo Mou-ra pareceu estar um poucomais à frente do camisa 10. O la-teral já não se queixa de dorese, se não sentir nada ao baterforte na bola, não será proble-ma para a decisão. Quanto a Ro-naldinho, é possível que o téc-nico Vanderlei Luxemburgo le-ve a dúvida até domingo, o quelhe dará mais tempo para recu-perar o jogador, e ao mesmotempo ajudará a despistar doVasco a escalação rubro-negra.

Ceará: primeiro jogo no RioAs duas últimas partidas de-

ram ao técnico do Flamengouma nova alternativa para o ti-me. O argentino Bottinelli, quejá havia entrado bem no Fla-Flu

do último domingo, tambémmostrou-se bem contra o Hori-zonte. Ele pode permanecer notime mesmo se Ronaldinho jo-gar. Neste caso, o camisa 10 en-traria no ataque, substituindoDeivid ou Wanderley.

— O Darío Bottinelli teveuma apresentação muito boacom o Thiago Neves vindo detrás. De repente é uma situa-

ção que pode acontecer (nodomingo) — comentou o trei-nador, após a vitória sobre oHorizonte.

Ontem, completaram-se cin-co meses da última derrota doFlamengo (no dia 28 de no-vembro, 2 a 1 para o Cruzeirono Raulino de Oliveira). Há 25partidas sem perder, a próxi-ma partida é a mais importan-tes desta sequência. Uma vitó-ria contra o Vasco dará ao Fla-mengo o quinto título estadualinvicto da sua história.

Além disso, vencer domingo

Tatiana Furtado

Aera Dinamite no co-mando do Vasco,fora de campo, co-meçou mal, com aqueda para a Se-gunda Divisão em2008, meses após asua posse. Na SérieA desde o ano pas-

sado, o clube vem aos poucosse recuperando financeiramen-te. Títulos, no entanto, a torci-da ainda aguarda desde 2003, ea diretoria reconhece que parafestejar o início da reabilitaçãosó com um novo troféu em SãoJanuário. Na decisão de domin-go, o Vasco terá patrocínio es-pecial de R$ 300 mil.

Os números positivos estãono balanço das contas de2010, que já passou por audi-toria e será publicado hoje. Aperda de R$ 14 milhões emcontratos de TV por causa dorebaixamento ficou para trás.Hoje, o clube comemora o au-mento da receita, que saiu deR$ 52 milhões em 2008 para R$84 milhões no ano passado.

Folha de pagamento maiorO crescimento de 40% pode

ainda não ser o suficiente, so-bretudo pelas dívidas ainda gi-gantescas — cerca de R$ 330milhões, tendo sido pagosmais de R$ 115 milhões, prin-cipalmente em ações traba-lhistas —, mas o vice-presi-dente de finanças Nelson Ro-cha afirma que a tendência émelhorar. Ele baseia sua con-fiança na chegada de novospatrocínios e no contrato dedireitos de transmissão da TV,de 2012 a 2015.

— Ainda não fechamos o anode 2011, mas com a chegada dedois novos patrocinadores, umno fim do ano passado e o ou-tro no início deste ano, temosgarantidos R$ 110 milhões —-afirmou Rocha, lembrandoque, em 2010, o clube teve R$27 milhões de receita, contraR$ 4,5 milhões em 2008.

Com a folha de pagamentoatual em torno de R$ 1,5 mi-lhão, superior a 2010, o Vascohoje tem a possibilidade deobter receita com os jogado-res. Quase todo o elenco per-tence ao clube e todos os con-tratos têm garantias financei-ras em caso de venda.

— Em 2008, tínhamos seis jo-gadores nossos. Em 2009, coma queda, tivemos que vender oAlex Teixeira e o Allan Kardecpara pagar dívidas — disse Ro-cha, ressaltando que a direto-ria anterior recebera adianta-mento, por empréstimo, de70% dos direitos de transmis-são de TV junto ao Clube dos13 até 2011, e a atual gestão pe-gou os 30% restantes.

Carlos Alberto não voltaMas os problemas judiciais

ainda atrapalham o clube jus-tamente com o seu principalpatrocinador. Apesar de rece-ber da Eletrobras R$ 14 mi-lhões por ano, parte fica retidapara pagar dívidas, por faltade certidão negativa da dívidapública. Como acontece no

momento, mas segundo a dire-toria já está sendo resolvido.

As contas de 2010 ainda vãopassar pelo Conselho Fiscal pa-ra dar seu parecer. Ultimamen-te, a briga política entre a opo-sição e a situação, têm geradodesentendimentos nas contasvascaínas. O presidente do Con-selho Fiscal, Hércules Sant’Ana,afirma que a vice-presidência definanças não tem apresentadotoda a documentação durante oano. A atual administração re-bate, afirmando que tal metodo-logia é desnecessária.

— Por causa da resistênciadeles, só vimos até julho de2010. O balanço foi entreguena terça-feira, não houve tem-po de análise. O ideal era serpublicado já com o nosso pa-recer para depois seguir para

o Conselho Deliberativo —disse Sant’Ana, lembrandoque o balanço de 2009 aindanão foi aprovado.

Ontem, o Grêmio anunciou arescisão do contrato com Car-los Alberto, após menos detrês meses no clube. Empresta-do por um ano pelo Vasco, omeia fez 12 partidas, marcouum gol e se envolveu em polê-micas, como bate-boca noTwitter por ter ficado a semanapassada no Rio para resolverquestões pessoais, segundoele. A diretoria gaúcha, no en-tanto, preferiu não expor publi-camente a razão da dispensa.

— Foi um somatório de coi-sas. Ele tinha problemas decomportamento dentro e forados vestiários — disse Antô-nio Vicente Martins, vice pre-

sidente de futebol do Grêmio.Após a dispensa, a notícia

chegou a São Januário e a pos-sível volta do meia foi pronta-mente negada pelo diretorexecutivo Rodrigo Caetano.

— O Vasco não foi consulta-do pelo Grêmio. Até dezem-bro, ele está emprestado. Nes-te momento, não está nos nos-sos planos — disse Caetano,ressaltando que qualquer ne-gociação futura do jogador fei-ta pelo clube gaúcho tem queter aval do Vasco.

Pelo sorteio da CBF ficoudecidido que o Vasco jogará aprimeira partida das quartasde final da Copa do Brasil con-tra o Atlético-PR, em Curitiba,na semana que vem. A volta,dia 11 ou 12 de maio, será emSão Januário. ■

Cezar Loureiro

AO FIM do treinamento em São Januário, o volante Jumar leva ovada dos companheiros por causa do seu aniversário de 25 anos

ganhou uma importância ex-tra em meio à maratona de de-cisões. Ontem, a CBF sorteouo mando de campo dos con-frontos de quartas de final daCopa do Brasil, e o Flamengofaz o primeiro jogo contra oCeará no Engenhão, na próxi-ma semana. Ou seja, se o Vas-co for campeão da Taça Rio eforçar uma finalíssima do Esta-dual, o Flamengo terá outravez uma desgastante viagematé o Ceará entre as duas par-tidas da decisão do Carioca.

O jogo de volta das quartasde final ainda não tem estádiodefinido. O Castelão, maior es-tádio de Fortaleza, está emobras para a Copa de 2014. Asegunda opção, o PresidenteVargas, também está em refor-ma, e não deverá ficar prontoa tempo. A alternativa seria oDomingão, em Horizonte, mas,para a CBF, o pequeno estádionão comporta duas torcidasgrandes como as de Flamengoe Ceará. O time nordestino,porém, ainda resiste a mandaro jogo fora de seu estado.

A torcida do Flamengo esgo-tou ontem todos os ingressosdestinados a seus setores parao clássico de domingo. Aindarestam poucas entradas deOeste Inferior, espaço da torci-da vascaína. ■

Reprodução/site oficial do Flamengo

RONALDINHO CORRE no Ninho, ontem: meia treinará com bola hoje


SEGUNDO CADERNOSEGUNDO CADERNOSEXTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2011


O grafiteiro brasileiro Kobra pinta murolondrino que era do lendário Banksy • 2

Harpista do casamento do príncipe Williamtocará repertório semelhante no Rio • 3

Fotos de arquivo/Camilla Maia

Fernando Sagara*

● Eu sou de uma geração queem vez de esconder revista desacanagem debaixo do colchãobaixa tudo, bota numa pasta, zi-pa e põe um nome bizarro. Amesma coisa com filmes. Comonasci em 1993, nunca pude ir aum cinema poeira. A ideia de po-der ver o que quiser na interneté muito boa, é moderna, porém,na prática, é um placebo do ci-nema em si. Assistir a certos fil-mes em uma telinha é impraticá-vel. Como ver “2001” sem estarimerso na viagem de Kubrick?Como ler as “Mil e uma noites”na tela do celular? Seria apenasuma simulação da experiênciade pegar o livro, sentir o pesodas páginas, o cheiro. A mesmacoisa com a sala grande e escu-ra, o som alto, o herói três vezesmaior que você.

Algo que minha geraçãoperdeu: a cultura do cinemade rua, quando ainda passa-vam “filmes”, e não só block-busters para vender pipoca.Prefiro comprar pipoca no pi-poqueiro e ir ver o Joy Divi-sion no Joia. Agora cinema sótem em shopping, é caro e, opior de tudo, é programa fami-liar. Por isso fiquei animadocom o Joia, cine voltando dascinzas com cinema alternativoque não tenha como tema pan-das que lutam kung-fu.

* Fernando Sagara é estudante

Chegou a horado ‘Cine Joy’

Poeta ‘old-timer’ de Copacabana e estudante ‘geek’ refletem sobre o míticocinema que reabre hoje

O Joia per-deu o acento mas não

os assentos. Ao contrário: do fi-nal dos anos 1960, quando nasceu, à rei-

nauguração, hoje à tarde — com a sequência “PauloGracindo/O bem-amado”, “O guerreiro Gengis Khan”, “Gigan-

te” e “Joy Division” —, coloriu as poltronas, fazendo um aceno irônicoao futuro. Seventies por excelência, o Joia viveu até os 90, fechou, foi brevemente

ressuscitado pelo Grupo Estação como Novo Joia e morreu de novo em 2005. Desta vez,totalmente renovado, com letreiro original e equipamento de última geração, guardará seu caráter:

cinema-porão, poeira de todo momento, reduto de fitas que poucos viram ou que acabaram de sair de cartaz.Nesta página especial, o poeta e letrista old-timer Fausto Fawcett (espécie de Bukowski de Copacabana), e o pré-ves-

tibulando Fernando Sagara, de 20 anos — geek baixador compulsivo de filmes que raramente foi a um cinema fora do home-theatere quer cursar Filosofia —, projetam, a partir do fato, convergências entre o passado e a contemporaneidade high-tech. (Arnaldo Bloch)

Poeira do futuroPoeira do futuro

Fausto Fawcett*

M etro, Art, CinemaUm, Dois, Caruso,Rian, Ricamar,Bruni, Condor...

uma avalanche de fachadas derua tomam de assalto minhamente quando chego ao número680 da Avenida Nossa Senhorade Copacabana, onde estásituada uma galeria com doisandares de minishopping. Numcantinho lá embaixo, o Cine Joiadá vertigem e me pega de jeitocom as lembranças daquelaliturgia de vagar por Copa eentrar numa sala para conferirum filme há muito esperado.Vistas na perspectiva atual, assalas de cinema de rua eramcomo templos laicos onde agente entrava para se entregaràs mitologias geradas peloscineastas e estúdios. Alimentoaudiovisual para o dia a dia nomundo cão da sobrevivênciafinanceira e das rações afetivasmal mastigadas. Era entrar, daruma sonhada e, na saída, tomaruma cabeçada de realidade.

O Joia era a exceção emtermos de localização: era ocinema embutido na galeria deshopping, microprojeção damaioria das salas de exibiçãohoje em dia — todas embutidasem shoppings, só quegigantescos... Era o cinemamalocado num subsolo, o que,em se tratando de Copacabana,era uma virtude imobiliária: obairro é famoso pelos seuslabirintos de galerias e lojinhase muquifos e armazéns de tudo.Que vão dar em clínicas que setransformam em boates queviram corretoras que escondemputeiros e porões de cursos deinglês, francês, latim, chinês.

O Joia também era a salvaçãose, por algum motivo, um filmesaía de cartaz e você tinhavacilado e perdido. No Joia eraa última semana ou, o quetambém servia, eram asfamosas reapresentações. OJoia, antes, era Cine Hora: fazerhora vendo uma fita. Fazer fita.O frio na barriga estava emafastar a cortina preta dasalinha e adentrar o recintopouco confortável secomparado com as salas dehoje, mas convidativo pelo

estilo poeira que nos remetia àscinematecas de faroeste. Aquelaprecariedade na medida.

Agora o Joia volta reformadoe com equipamento de últimageração. Ou penúltima, já que arenovação tecnológica é voraz(tudo é penúltimo). O Joia voltacom intenções de programaçãodirecionada, uma opção emrelação ao Roxy, umcomplementando o outro. Paraquem quer se entregar ao talritual contemplativo seminteração explícita, sem agonialúdica, sem expansão emgalerias de feiras e exposiçõesde equipamentos audiovisuais.

Sentar com algumas pessoas,às vezes muito poucas, para dar“uma assistida” a um filme éuma tentação vertiginosa.

A verdade é que, a exemplodo teatro, o ritual de ir aocinema vai se tornando, pouco apouco, comparável a visitaruma catacumba low profile emcontraponto às catacumbashipertecnológicas cheias deinterações, volúpia audiovisual,imersão sensorial acachapante.Século e pouco atrás eram osparques de diversão, circos debizarrices tecnológicasmisturados a vaudevilles,burlesquices e grand guignol,mexendo com a fascinação dogrande público, substituindoenforcamentos, execuções eincorporando festas ecomemorações tradicionais.Depois vieram os museus, essesparques de contemplação.

De resto, lá pelos anos 1970,1980, filmes, músicas, textos,imagens, pinturas faziam nossacabeça. Não eram commodities,matérias-primas prontas paraserem manipuladas a qualquermomento pelo dedilhar nervosodos teclados ou das telassensíveis. Ver uma película denovo dava trabalho, e issomexia com a nossa fissura. Apartir dos anos 1980, VHS ebetamaxes começaram a daruma individualizada noprocesso, atropelando a auraartística que persistia. Nos 1990,a partir do computador pessoal,o que aconteceu já é históriadas mutações na fruição dos

produtos culturais, o GrandeEntretenimento que perpassatodas as atividades da nossavida, do jornalismo à medicina.

Agora, vão se anunciando, nolugar dos parques de diversão,os “parques de imersão”,mistura de feira high-tech comcinema, teatro holográfico,performance plástica, vitralmedieval, almoxarifado digital.Na rodinha do consumo lúdicoentra qualquer fato, qualquerautor, cientista, qualquermovimento cultural, qualqueraspecto da natureza, qualquercultura, qualquer detalhe daAntropolândia. Tudo nospreparando para a simbiose jáatestada, já vislumbrada porescritores de ficção científica, eque agora, graças àcomercialização de tudo comsuporte tecnológico digital,genético, neurológico, devemesmo acontecer no varejo doconsumo: a simbiose dasnossas mentes, dos nossoscorpos com os produtos ditosculturais.

Quando nossos braços epernas terão implantes de wi-fi,proporcionando a chance debaixarmos filmes sob a pele? Ouinjetar colagens de cenasmarcantes na mente que vãonos arrebatar de repente nometrô, no ônibus ou andando narua? O “Bebê de Rosemary” comtrilha de outro filme ou comalguma música qualquer vaiaparecer num canto do seucampo de visão randômico.Velocidade, facilidade portátil econforto: a santa trindade datecnologia de consumo geral.Fim do sedentarismo nerd ou dequalquer comportamento dogênero, pois a adrenalina daintensidade corporal precisaráser acionada para que os filmes,as músicas, os textos dentro denós funcionem.

Salas de teatro ou cinema oude aula ou de qualquer outracoisa funcionarão comocatacumbas de contrapontonesse cenário. Desligar por

instantes o armazenamentoconstante, desligar porinstantes o Google interior, aweb injetada, introjetada, pracurtir por um tempo umasimples projeção, de filme ou detexto, ou de sons musicais. Equanto menores as catacumbas,melhor. A atualidade maispróxima nos reservaexatamente isso: revezamentoentre a endocurtição deprodutos culturais, produtos deentretenimento encampadosneurobioquimicamente e aexocultura, aquela de sempre,fora do corpo, esperando.

Art Palácio, Metro, Rian,Caruso, Copacabana, CinemaUm, Dois, Joia. Fachadas decinema de rua extintos tomamde assalto minha memóriaquando chego ao número 680 daNossa Senhora de Copacabana,onde o Joia renascerá embutidona mesma galeria. Dividindocom o Roxy e com o Museu daImagem e do Som (que já estáatrasado na sua construção, ounão?) a demanda de consumoaudiovisual de Copacabana. Ogigante Roxy devidamentefragmentado, o MIS exuberantena praia com sua agressivainteratividade e o Joia lá nosubsolo, com sua programaçãoespecífica atendendo um tipo depúblico. Será que o triunviratodo consumo audiovisual deCopa está prestes a se formarrecuperando a vibração, avocação cinematográfica dosuperbairro carioca? Enquantonão compramos filmes, músicase trechos de livros pra injetarnas nossas veias ou cravarchips com discotecas,bibliotecas, filmotecas inteirasna nossa mente, vamos curtir avolta desse cineminha nocoração do nosso bairro. Ou nobairro do nosso coração.

* Fausto Fawcett é poeta e letrista

A PÁGINA MÓVELLogo

2 ● SEGUNDO CADERNO Sexta-feira, 29 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 2 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 14: 18 h PRETO/BRANCO

SEGUNDA-FEIRAFelipeHirsch

QUARTA-FEIRAFrancisco

Bosco

QUINTA-FEIRAPELO MUNDO

Eduardo Graça,de Nova York

Eduardo Levy,de Los Angeles

SEXTA-FEIRAHermanoVianna

SÁBADOJosé Miguel

Wisnik

DOMINGOCaetanoVeloso

TERÇA-FEIRAPELO MUNDO

Cristina Ruiz,de Berlim

Marshall McLuhanMeu amigo André Stangl, que conheci nos tempos pio-neiros dos estudos ciberculturais baianos e hoje viveem São Paulo, manda avisar: Marshall McLuhan estáde volta aos meios universitários paulistanos, depoisde anos numa certa berlinda. Mais precisamente: se-gunda e terça-feira será realizado “O século McLuhan”,evento realizado pelo Atopos, centro de pesquisa “fo-ra de lugar”, mas de certa forma baseado na ECA daUSP (inscrições em www.atopos.usp.br/mcluhan). Oleitor pode se perguntar: qual século, o XX ou o XXI?Qualquer um. Tom Wolfe, na introdução para o livro“Understand me” (cujo título é uma brincadeira comseu clássico “Understand media” e que foi publicadono Brasil, pela Ediouro, como “McLuhan porMcLuhan”), afirma: “Não consigo pensar em outra fi-gura que tenha assim dominado um campo de estudointeiro na segunda metade do século XX. Na virada doséculo XIX e nas primeiras décadas do XX, haviaDarwin na biologia, Marx na ciência política, Einsteinna física, e Freud na psicologia. Desde então houveapenas McLuhan nos estudos da comunicação.”

Outras pessoas dizem queas profecias de McLuhan sóse tornarão realidade, ou do-minarão nossa realidade, ago-ra depois do ano 2000. Mesmoassim, o evento se refere a umoutro século, bem mais preci-so: em 2011 comemoramos os100 anos de nascimento docara que, entre outras coisas,nos disse que o mundo setransformou numa aldeia glo-bal e que o meio sempre foi amensagem.

Fiquei surpreso ao ser lem-brado que McLuhan nasceuem 1911. Isso significa quequando publicou suas obrasmais inovadoras e de maiorimpacto já tinha mais de 50anos e cerca de três décadasdando aulas. De certa forma, li-vros como “A galáxia Guten-berg” ou o “Understanding me-dia” parecem ser trabalhos deuma mente maisjovem, capaz decomprar qualquerbriga sem temerperder respeitabi-lidade conquista-da em já longa car-reira acadêmica.McLuhan perma-neceu jovem auda-cioso até o final desua vida, em 1980.Foi um desses mu-leks eternos comoJohn Cage, MilesDavis, Mário Pe-drosa, para quema idade transmitenão peso intelec-tual, mas levezapara encarar o mundo aindacom mais audácia e liberdade.É possível comprovar isso as-sistindo aos vários vídeos comaparições de McLuhan na TVdos anos 1960 e 1970 que es-tão disponíveis na internet.Uma alma bondosa, talvezanônima para evitar proble-mas relativos a direito autoral,nos fez o favor de compilar to-das essas imagens num únicosite para a comemoração docentenário. Procure por“Marshall McLuhan speaks”em qualquer ferramenta debusca. Além da introdução deTom Wolfe, que começa com aaparição de McLuhan no filme“Noivo neurótico, noiva nervo-sa”, de Woody Allen, podemosver clipes de suas respostas,divididas por assunto, que re-velam como sua maior diver-são era causar polêmicas, oufalar aquilo que fundia a cucade seus interlocutores, quemesmo com vontade de nãolevá-lo a sério acabavam sedeixando encantar pelaconvicção maluca, e inteli-gência impressionante, domestre pop.

Quem ainda estiver des-confiado, talvez por causa dosternos de McLuhan (afinal omeio, nesse caso corpo e rou-pa, passa muita mensagem),deve visitar o UbuWeb (vivaKenneth Goldsmith! Todomundo leu sua entrevista no

Prosa & Verso? Aula obrigató-ria...), fechar os olhos e escu-tar os arquivos com a grava-ção do LP “The medium is themassage” , lançado porMcLuhan pela Columbia Re-cords no final dos anos 1960,portanto quando ele tinhaquase 60 anos. O que está aliregistrado é uma das expe-riências de colagem sonoramais radicais e psicodélicasda história da indústria fono-gráfica. A Wikipedia diz que aprodução foi de John Simon,que já assinara a beleza mini-malista de “Songs of LeonardCohen”. Com a “massagemmidiática” o espírito era de to-tal maximalismo, imagino queuma tentativa de registrar pa-ra a posteridade como pode-mos aproveitar melhor aquiloque McLuhan chamava de“espaço acústico”, onde tudo

convive ao mes-mo tempo agora,sem centro e peri-feria, sem a linea-ridade da escrita edo campo visual.

Se possível, eos neurônios dei-xarem, esculachea audição lendoao mesmo tempoa entrevista queMcLuhan deu pa-ra a “Playboy” em1969. Kevin Kelly(tenho que escre-ver uma colunasobre este outrocara urgentemen-te), no blog que

era apenas para preparar seumaravilhoso e já-lançado livro“The technium” mas onde hánovos posts e tomara quenunca tenha fim, disse queMcLuhan não escrevia: deita-va no sofá e começava a falarseus deliciosos absurdos, queeram transcritos por alunos.Era um feiticeiro da oralidade,uma máquina de produzir slo-gans, uma campanha perma-nente de marketing para seupróprio pensamento. Por issose dava tão bem em entrevis-tas. Na da “Playboy”, bem lon-ga, estava especialmente ins-pirado. A primeira resposta,eu gostaria de dar hoje, paraexplicar o que tento produziraqui nesta coluna: “Estou fa-zendo explorações. Não seionde elas vão me levar. Meutrabalho é desenhado para oobjetivo pragmático de en-tender nosso ambiente tecno-lógico e suas consequênciaspsíquicas e sociais. Mas meustextos constituem o processomais que o produto completoda descoberta; meu propósi-to é empregar os fatos comosondas investigativas, comomeios de insights, de reconhe-cimento de padrões, maisque usá-los no sentido tradi-cional e estéril de classifica-ção, categorias, contêineres.Eu quero mapear novos terre-nos e não cartografar velhasfronteiras.”

Em 2011comemoramos

os 100 anos denascimento docara que nosdisse que omundo se

transformounuma aldeia

global

HERMANO VIANNA Em Londres, sai Banksy, entrao brasileiro Eduardo KobraObra do grafiteiro paulista substitui uma do lendário inglês em Camden

Fernando Duarte

Correspondente • LONDRES

N o balaio de gatosque é a populaçãolocal e flutuante deCamden, um dos

bairros mais peculiares deLondres, o paulista EduardoKobra perdeu a conta de quan-tas vezes ele e seu assistente,Agnaldo, tiveram que inter-romper a pintura de uma dasfaces do muro da Roundhouse,a lendária casa de cultura dacapital. Não somente para ex-plicar o imenso painel multico-lorido em que uma locomotivase mistura com artistas circen-ses, mas para se defender deacusações de estar roubandoum canvas polêmico: o mesmopedaço de muro que costuma-va abrigar um trabalho do con-troverso grafiteiro Banksy eque se transformou num pomoda discórdia entre defensorese detratores da arte de rua.

— Era um estêncil de umaempregada doméstica varren-do a poeira para baixo do mu-ro, um trabalho famoso. Masalguns locais não gostaram ecomeçaram a vandalizar o gra-fite. Outros resolveram fazerpinturas de protesto a favor deBanksy. Fiquei no fogo cruza-do, com muita gente querendosaber por que eu tinha apaga-

do o mural anterior ou por queestava “sujando o bairro”. Tevegente até parando para per-guntar se eu era o Banksy —conta o artista paulista, refe-rindo-se ao fato de o colega in-glês atuar incógnito.

Estreia da série fora do BrasilAo contrário das iniciativas

anteriores, porém, Kobra foioficialmente comissionado pelaRoundhouse para deixar nos ti-jolos mais um trabalho de suasérie Muros da Memória, o pri-meiro fora do Brasil. Assim co-mo em trabalhos anteriores, elefez uma minuciosa pesquisa so-bre a Roundhouse, cujo nomederiva de sua função original, ade servir como ponto de mano-bras e manutenção para trenschegando e saindo de Londres.A locomotiva do mural, porexemplo, foi copiada de uma fo-to original, e conta até com onúmero de série da época.

— Só não conseguimos en-xergar o nome direito, mas jáapareceu um senhor, um da-queles entusiastas de trensantigos, dizendo reconhecera locomotiva. É uma combina-ção do passado com o pre-sente. A Roundhouse tem umcirco bem legal, daí eu ter co-locado trapezistas, palhaçose contorcionistas no meio.Mas a história vem desde

1847, quando recebia ostrens. Foi interessante brin-car com essa mudança de fun-ção — explica Kobra, enquan-to abre espaço para que maisum curioso use o celular parafotografar o muro.

O mural, que a Roundhousediz ser permanente, ficarápronto no sábado, e no domin-go Kobra já parte para Lyon,onde também deixará um mu-ral como parte de um festivalde street art da cidade france-sa. Seu trabalho seguinte, emmaio, será no Complexo doAlemão. Kobra pintará três lo-cais da comunidade, como pi-lares das estações do teleféri-co e uma caixa d’água, em queprestará uma homenagem aogrupo AfroReggae.

— Vamos brincar um pou-co com o cotidiano do Com-plexo do Alemão e vamosusar o AfroReggae, que temvárias intervenções na comu-nidade. Na estação, vamoscontar a história de lá. Nos pi-lares, mencionaremos os quesustentam a nossa sociedade:cultura, educação e saúde.Vai demorar um mês para fi-car pronto. Tenho uma equi-pe de dez artistas trabalhan-do no projeto.

Por enquanto, ele fica felizde lamber a cria em CamdenTown, ainda mais depois do

chega-pra-lá simbólico emBanksy, em cuja fama eleinadvertidamente acabarápegando carona — a indica-ção ao Oscar do documentá-rio produzido pelo grafiteirobritânico tem feito com queturistas peregrinem por Lon-dres atrás de seus trabalhos.

— Dei sorte de pegar umponto famoso — brinca.

Muro tem um trecho tombadoAinda que dessa vez a street

art tenha triunfado sobre a bu-rocracia inglesa (murais deBanksy já foram solenementeapagados por autoridades mu-nicipais), a vitória não foi com-pleta: por conta das complexasleis de preservação do patrimô-nio histórico em Londres, umaárea de menos de um metroquadrado ficou intocada emmeio ao muro de 17m de com-primento e 3,5m de altura.

— Apenas me avisaram queera tombado. Não entendi porque só aquele pedaço, mas nãoquis me meter em confusão...

O trabalho é mais um refle-xo do interesse dos britânicospelos grafiteiros brasileiros.Em 2008, um grupo de artis-tas, do qual fizeram parteNunca e Os Gêmeos, coloriutemporariamente a fachadada galeria Tate Modern, nafrente do Rio Tâmisa. ■

Fernando Duarte

EDUARDOKOBRA(à direita) e

seu assistente

Agnaldo no

muro da casa

de cultura

Roundhouse:

o Complexo do

Alemão, no Rio,

ganhará três

grafites seus

em maio

Cannes completa a sua seleção oficialEgito ganha homenagens na Croisette, incluindo longa sobre os recentes conflitos políticos

Rodrigo Fonseca

A 13 dias de sua abertu-ra, com “Meia-noite emParis” (“Midnight in Pa-ris”), de Woody Allen, o

64o- Festival de Cannes (11 a 22de maio) anunciou ontem a levade produções que faltavam paracompletar a seleção oficial de2011, incluindo o filme de encer-ramento: “Les bien-aimés”, dodiretor francês Christoph Hono-ré. Sua exibição acontece após aentrega da Palma de Ouro pelojúri presidido pelo ator RobertDe Niro. Outro destaque é “18jours”, longa-metragem coletivoassinado por dez realizadoresegípcios centrado no processorevolucionário ocorrido no paísem janeiro deste ano, que seráapresentado em sessão hors-concours.

Por razões políticas, Can-nes escolheu o Egito como opaís homenageado deste ano,exibindo em seu tributo, numtelão instalado nas areias dapraia, o inédito “Le cri d’unefourmi”, recém-finalizado porSameh Abdel Aziz, que entra

no festival fora da briga pelaPalma. Além de um concertocom músicos do Cairo, seráapresentada uma cópia res-taurada de “Facteur (Al Bos-tagui)”, rodado pelo egípcioHussein Kamal em 1968.

Ainda na seara dos filmeshors-concours, Cannes incluiudois documentários: “Plus ja-mais peur”, de Mourad BenCheikh (Tunísia), e “The bigfix”, de Josh Tickell (EUA), cujoprodutor é Peter Fonda, astrode “Easy rider” (1969).

Não houve qualquer aquisi-ção para o rol de indicados àPalma de Ouro, à qual concor-rem medalhões como Pedro Al-modóvar (“La piel que habito”),Lars von Trier (“Melancolia”) eTerrence Malick, cuja produ-ção, “A árvore da vida”, é aatração mais esperada da Croi-sette. Só há longas brasileirosnas mostras Un Certain Regard(“Trabalhar cansa”, de MarcoDutra e Juliana Rojas) e Quinze-na dos Realizadores (“Abismoprateado”, de Karim Aïnouz).

Segundo a imprensa euro-peia, a escolha de “Les bien-ai-més” para encerrar Cannescausou rebuliço entre os exibi-dores franceses, uma vez que onovo longa de Honoré, diretorde “Canções de amor” (2007), éencarado como um potencialsucesso de bilheteria pelo mer-cado exibidor da França.

Deneuve e filha juntas na telaHonoré ambientou o filme

em quatro cidades e em épo-cas diferentes: Praga nos anos1960, Londres em 1980, NovaYork na ocasião da tragédia de11 de setembro de 2001 e Pa-ris nos dias de hoje. Seu elen-co inclui Catherine Deneuve,sua filha Chiara Mastroianni,Louis Garrel e o cineasta tche-co naturalizado americano Mi-los Forman, diretor de “O es-tranho no ninho”. Em 2010,“Route Irish”, de Ken Loach,entrou na competição pelaPalma depois que o festivalcomeçou. Especula-se que es-te ano um filme também sejaincluído em concurso no de-correr da disputa. ■

Divulgação

“LES BIEN-AIMÉS”, do francês Christoph Honoré, encerra o festival

SEGUNDO CADERNO ● 3Sexta-feira, 29 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 3 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 14: 08 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

De Buckingham para o CantagaloHarpista do casamento do príncipe William, hoje, Claire Jones toca em maio no Rio

Catharina Wrede

N a manhã do dia 15 demarço, a jovem har-pista Claire Jones es-tava sentada na sala

de estar de sua casa em Londresquando recebeu um telefonemaque mudou sua vida: do outro la-do da linha, a secretária do Prín-cipe de Gales a convidava paratocar no casamento do príncipeWilliam com a plebeia CatherineMiddleton, mais conhecida co-mo Kate. Após ter perdido o fô-lego e sentir seu coração dispa-rar por alguns segundos, ela “ob-viamente”, como diz, aceitousem pestanejar. Claire toca hoje,dia do famoso enlace real, na re-cepção aos noivos organizadapela rainha Elizabeth no Paláciode Buckingham, após a cerimô-nia na abadia de Westminster.Curiosamente, um de seus pró-ximos compromissos é em localbem menos luxuoso, o Morro doCantagalo, onde a instrumentis-ta de 25 anos se apresenta no dia22 de maio dentro da programa-

ção do VI RioHarpFestival, even-to que começa neste domingo.

Apesar de ser a apresentaçãomais importante de sua carrei-ra, o convite real não foi algocompletamente surpreendente.Em 2007, quando tinha 21 anos,Claire recebeu o título de har-pista oficial de Sua Alteza, oPríncipe de Gales, mais conhe-cido como o príncipe Charles.Desde então, já realizou mais de150 recitais para a família real,incluindo a rainha. O hábito delidar com o protocolo de Bu-ckingham fez com que Clairenão precisasse ensaiar tanto.

— Algumas semanas foram osuficiente. Já sei que tipo de re-pertório funciona no palácio eisso foi o lado bom para não fi-car tão nervosa. Mas, apesar detudo, sei que não vou conseguirme conter. Vai ser um dessesmomentos para se contar paraos filhos e netos — diz Claire, aotelefone, em meio aos prepara-tivos para o grande dia.

O repertório que agrada, se-gundo a harpista, é o clássico.

Peças barrocas, de Bach e Han-del, e românticas, de Tchaikovs-ky, além de algumas músicas desua terra natal, o País de Gales.Além disso, de acordo com Clai-re, a noiva quis dar pitaco nosacordes que vão anunciar suachegada a Buckingham. Kate ou-viu os CDs de Claire e escolheuas músicas de que mais gostou.

-— É uma incrível honra. Elespoderiam ter escolhido qual-quer harpista do mundo e eu fuia convidada. É uma grandeoportunidade de poder mostrarmeu solo. Sempre quis ser umaharpista conhecida no mundointeiro e isso é, de fato, um so-nho virando realidade.

Príncipe de Gales tem prioridadeMas o sonho tem seu preço e,

desde que assumiu o papel deharpista oficial do Príncipe deGales, ela viu uma completatransformação em sua rotina: re-cebe, a cada três meses, umaagenda com seus compromissosfuturos, e é proibida de dar de-talhes de seu convívio com a rea-

leza, por conta do assédio da vo-raz imprensa inglesa. Seus ou-tros concertos são marcadosnos intervalos da agenda do pa-lácio. Mas há chamados de últi-ma hora com os quais tem quelidar: recentemente, o príncipequis uma apresentação de Clairepara a primeira semana de maio,antes da vinda dela ao Brasil. Co-mo a harpista já tinha um con-certo nos Estados Unidos marca-do há meses, teve que explicarao patrão. Ele entendeu, diz ela.

— Minha prioridade temque ser meu cargo real, mas opríncipe é muito compreensi-vo e sabe que tenho uma vidaalém disso. Mas é difícil equi-librar as duas coisas.

Claire nunca esteve no Bra-sil, muito menos em uma fave-la. No Cantagalo, vai tocar amaior parte do repertório docasamento de hoje, além depeças de Patrick Hawes, JohnParry e Mayaani.

— Estou ansiosa! Vai sermuito agradável, com músicasacessíveis e conhecidas. ■

Divulgação

CLAIRE JONES: mais de 150 apresentações para a família real inglesa

Nana Caymmi faz 70 anos comas atenções voltadas para elaCantora se apresentará com orquestra em Minas Gerais

Luiz Fernando Vianna

N ana Caymmi diz nãoser afeita a grandescomemorações, al-go que não mudará

nem mesmo hoje, quandocompleta 70 anos. A celebra-ção será apenas com irmãos,filhos e netos.

— Prefiro assim. Se não, vi-ra comício — diz a cantora,que também almoçará em fa-mília amanhã, dia em que seupai, Dorival Caymmi, comple-taria 97 anos.

Apesar do recolhimento,Nana vive um período de aten-ções voltadas para ela. Suavoz é ouvida quase diariamen-te na novela “Insensato cora-ção” cantando “Sem pouparcoração” (Dori Caymmi/PauloCésar Pinheiro), faixa-título deseu último CD. O filme “NanaCaymmi em Rio Sonata”, dofranco-suíço Georges Gachot,permanece em cartaz em qua-tro salas do Rio.

‘Veludo na voz’E no próximo dia 8 ela can-

tará no Palácio das Artes, emBelo Horizonte, com acom-panhamento da OrquestraSinfônica de Minas Gerais,regida por Roberto Tibiriçá,e do pianista Wagner Tiso,também responsável pelasorquestrações.

— Já fui esculachada pelasminhas filhas por ter aceita-do o convite. Não me lembreique era Dia das Mães. Acredi-to que ficará bonito, mas écomplicado, pois há muitagente para ensaiar — diz ela.

Tiso, que abrirá o progra-ma tocando com a orquestra,pretende que Nana interpretecinco músicas com a Sinfôni-ca de Minas e três só com eleao piano. Entre as prováveisestão “Medo de amar”, “Sequeres saber”, “Resposta aotempo”, “Só louco” e “Se to-dos fossem iguais a você”.

— Nana tem aquele veludona voz, é envolvente, funcio-na muito bem com orquestra— afirma Tiso, que em 1989realizou com a cantora o dis-co “Só louco”.

Outro projeto para esteano é a gravação ao vivo deum CD e um DVD a ser lança-dos pela Som Livre.

— Ainda não há data, masserá até o fim do ano. São osgrandes sucessos da carreira— diz o produtor José Milton.

Também confirmado paraeste ano, mas sem data certa,é o lançamento pela EMI deuma caixa com discos queNana fez na Odeon, a grava-dora em que mais realizoutrabalhos, como “Mudançados ventos” e “Voz e suor”. ■

NANA tem filme em cartaz e canção na TV: comemoração em família

Leonardo Aversa/1-2-2011



Transcultura é um coletivo formado por Alice Sant’Anna, Bruno Natal, Carol Luck e Fabiano Moreira. Edição: Carlos Albuquerque• E-mail: [email protected]

AGENDA

‘TCHEQUIRAU’

CULTURA

Coisas que a gente anda curtindo

SEGUNDA-FEIRAArtes Visuais

QUARTA-FEIRAArtes Cênicas

QUINTA-FEIRACinema

SEXTA-FEIRATranscultura

TERÇA-FEIRAMúsica

O GLOBO NA INTERNET

a

..................................................NO TWITTER

oglobo.com.br/cultura

twitter.com/OGlobo_Cultura

Holandês usa os domínios da web para exibir sua obra e ultrapassa 1 milhão de visitas por mês

A tualmente passamos por uma transformação brutal naforma como consumimos cultura — crise na indústriamusical, livros se transformando em arquivos para ta-blets, filme disponibilizados para download —, e com

as artes plásticas não poderia ser diferente. O artista holandêsRafaël Rozendaal utiliza a internet como tela para criação desuas obras. Suas peças interativas são colocadas em domíniosindividuais que podem ser vendidos para compradores de ar-te, que têm seus nomes adicionados na barra de título, porémpermanecem abertos ao público.

Ele é um dos integrantes do Neen, movimento artístico surgidoem 2000 e que se relaciona com a tecnologia e a internet. Nosúltimos dez anos, Rafaël (www.newrafael.com) vem criando obras na internet e seuswebsites recebem cerca de 1,2 milhão de vi-sitas únicas por mês. Seus trabalhos tambémsão exibidos como instalações em galerias,explorando o espaço com projeções e ilumi-nação. Neto do ex-presidente CasteloBranco, todos os anos o artista visita oRio de Janeiro. Bati um papo com ele háalguns dias, durante sua mais recentepassagem pela cidade. (Carol Luck)

● Alice: O novo livro de Mi-chel Laub, “Diário da que-da”, é espetacular. O pri-meiro capítulo pode ser lidode graça no blog do autor:http://bit.ly/hlKDGe.

● Bruno: Um dos nomesmais comentados de SãoPaulo, Criolo Doido preparao lançamento do seu se-gundo disco, em maio, sol-tando “Nó na orelha” intei-rinho para baixar. Vindo dorap, desta vez ele caminhapelo samba e sons afros:http://bit.ly/CrioloOrelha.

● Carol: Semana passadaassisti ao maravilhoso “To-kyo GA”, documentário deWim Wenders, feito em1985, sobre o trabalho docineasta Yasujiro Ozu, umdos maiores realizadoresorientais de todos os tem-pos. Recomendo!

● Fabiano: Lembra que euindiquei aqui a versão tec-nobrega e em português de“Teenage dream”, da KatyPerry, feita pela Banda Uó?Agora, com produção doBonde do Rolê, eles solta-ram um teaser no YouTubede “Shake de amor”, inter-pretação deles para “Whipmy hair”, da Willow Smith.É o electrobrega-sensação!

Hoje• Essa está sendo combinadano Facebook: a partir das 21h,vai ter uma inusitada concen-tração em frente à Baronneti,em Ipanema, contra os “play-boys que invadiram” os clubesditos under da noite carioca.

Amanhã, dia 30• A dupla Freakslum, RenatoRatier, Maurício Lopes, PedroPiu e Fernando Santos fazem oline-up jamanta da festa MeGusta, no Studio Line (2543-1256), em Botafogo.• Tem duelo de electrofunk ebaile funk no Uh! Baile é Nos-so!, no Circo Voador (2533-0354). De um lado, Apavora-mento DJs, Nego Moçambi-que, Comrade e Roots RockRevolution; do outro, Grand-master Raphael, Cabide, AlexMPC e As Pretas.• Iration Steppas, sound sys-tem londrino com 20 anos deestrada, o coletivo carioca Digi-tal Dubs e os MCs BNegão e Je-ru Banto agitam o Kalesa Loun-ge (2516-4307).• O duo paulista We Say No!,formado por Leandro Pankk eAngelo Malka, é a atração daOn the Rocks, no Fosfobox(2548-7498), que ainda contacom os residentes Kleber Tu-ma, Wilson Power e FlávioQuest.

Quinta, dia 5• No Parque Lage, o artistaBob N, o galerista Marcio Bot-ner e o curador Bernardo Mos-queira promovem encontro en-tre artistas para que todos fa-lem de seus trabalhos, “dessetempo, dessa arte e dessa gen-te ou apenas ouvir, estar junto,conviver crítica e criativamen-te”, diz o e-mail-convite.

FICA A DICA

• Na próxima sexta, dia 6,tem o soulman Jamie Lidell noCirco Voador.

D urante três anos, no final da década de 1930, o fotó-grafo Walker Evans retratou pessoas que viajavam demetrô em Nova York. A câmera ficava escondida no pa-letó, de modo que a lente ocupava discretamente o bu-

raco do botão — assim, não se notava a presença do equipa-mento. Essas fotos foram reunidas em 1966 no livro “Many arecalled”. Agora, o cineasta e fotógrafo francês Chris Marker ex-põe em Nova York fotos tiradas, também às escondidas, entre2008 e 2010, no metrô de Paris.

A série de 200 imagens coloridas foi batizada de “The passen-gers”. Podemos ver mulheres com olhares vazios, crianças en-tediadas, gente cochilando. Como bem define a apresentação dagaleria Peter Blum, que representa o artista, “as fotos claramenteilustram as diversas maneiras como as pessoas criam muros elimites invisíveis para lidar com a vida urbana moderna”.

Miniaturas de telas consagradas foram inseridas em algumasdessas fotos. É como se a memória ganhasse corpo e se impu-sesse ali, levando o olhar do espectador a comparar a pose dapessoa do metrô com uma referência clássica. E as semelhançassão mesmo impressionantes: é o caso de uma passageira que,sem nenhuma intenção, parece imitar os braços cruzados deMona Lisa. Mais fotos podem ser vistas no site de Marker:http://www.chrismarker.org/. (Alice Sant’Anna) ■

• Veja fotos de Chris Marker

• Conheça o trabalho doartista Rafaël Rozendaal

Tudo dominado pela arte

Flagrantes clássicos

Para entender aquele ‘mashup’ irado daquele mix incrívelDivulgação

SEM QUERER,a passageira

cruza os braços

da mesma

forma que a

Mona Lisa, em

cena clicada

por Chris

Marker no

metrô de Paris

O DJ RAYKO: hoje no Fosfobox

A PISTA EM PEDAÇOS● EDIT: Versões ligeiramente dife-rentes de faixas antigas, alteradaspara servirem melhor ao set do DJ.● REMIX: Reconstrução do zero deuma faixa já existente, às vezes uti-lizando alguma parte (um vocal, umriff, um refrão) da original.● MIX: Um remix produzido pelopróprio autor da faixa original.● MASHUP: Quando o produtor usaduas ou mais faixas para criar umanova música. Na concepção clássi-ca, usa-se a base de uma canção e ocanal de voz (a capela) de outra,mas as megacolagens, com até 18músicas, estão super na moda.● REWORK: Um remix versão light,com menos mudanças (acelera-se afaixa ou muda-se a linha de baixo,por exemplo).● REMAKE: Geralmente feito peloautor da faixa, só que anos mais tar-de, usando novos sons e tecnolo-gias. (Fabiano Moreira) ■

V ocê tem um amigo DJe q u a s e d e s m a i aquando ele começa ausar termos como

edit, remix, mix, mashup,rework, refix e remake? Na ho-ra de dançar, faz pouca dife-rença, mas a Trans preparouum pequeno glossário, com aajuda do DJ e jornalista MillosKaiser, para você entender me-lhor todos esses processos deedição musical.

— A verdade é que esta-mos ouvindo as mesmas mú-sicas que os nossos pais —diz Millos.

Os edits são hoje uma verda-deira febre em lojas virtuais demúsicas para DJs, como o Beat-port ou o Juno, nas quais figu-ram entre as mais baixadas. Oremix é velho conhecido dosfrequentadores de pistas e ga-nha cada vez mais fôlego emEPs especiais de remixes quemantêm o interesse em deter-minado disco ou faixa. Osmashups, depois de um tempocirculando em sites específi-cos, chegaram à trilha do filmede Hollywood “Just go with it”.Tanta recauchutagem parecerefletir uma carência de novosritmos e talentos.

— Parece que o povo enjooude tech-house, progressivo eminimal, gêneros eletrônicosmais recentes, e foi buscar ins-piração na discoteca dos pais,atrás de glamour, originalidade

e groove — analisa Millos, sobreo sucesso dos edits feitos pelaturma da nu-disco, que garimpapérolas perdidas sob o globo deespelhos. — Às vezes, o produ-tor muda pouquíssima coisa.

Um dos pioneiros na produ-ção de edits, o inglês Greg Wil-son, que fez set histórico na fes-ta Combo, no Lounge 69, come-çou a utilizar a técnica cortan-do fitas magnéticas com estile-te, para apresentar músicas an-tigas a novos públicos — issobem antes da era Ableton Live,programa usado pela maioriados produtores hoje. E o queeles fazem? Estendem introdu-ções curtas, eliminam trechosparadões ou vocais chatos, co-locam um bumbo em um hitsem pressão. É o botox da mú-

sica velha.No Brasil, Victor Roctiv e Pe-

dro Zopelar são alguns dos ex-poentes dos edits. Lá fora, DJscomo Todd Terje (outra noitehistórica no Rio, na Moo), Prin-ce Language, Jacques Renault,The Revenge, Harvey, Pilooskie Eric Duncan são alguns doscraques. O espanhol Rayko,outro mestre do corta e cola,toca hoje, no Fosfobox, na fes-ta Ménage à Trois, a convite deOs Ritmos Digitais.

Chris Marker

O GLOBO: Como você começou a criar obrasna internet?RAFAËL ROZENDAAL: Todos temos o mesmotamanho na internet, especialmente no começodela. Ainda hoje, qualquer indivíduo pode setornar gigante com pouquíssimo investimento.É essa ideia de responsabilidade individual queme atrai, é algo anti-institucional. Comecei fazen-do algumas animações em flash, que coloqueino meu site. Logo comecei a receber muitas vi-sitas e e-mails bacanas. Uma deles veio de MiltosManetas. Ele escreveu: “Você é muito neen!” Eunão fazia a menor ideia do que era neen, masagradeci, e trocamos alguns e-mails. Ele tinhauma galeria em Los Angeles e me convidou parafazer a minha primeira exposição individual, aos20 anos de idade. Me senti muito sortudo!

● E como foi sua primeira exposição?A galeria se chamava The Electronic Orphana-ge. Lá era muito legal! Era uma galeria de arte,mas nenhum objeto era permitido dentro dela.A parede de trás era usada para projeções e to-da a fachada era de vidro, então o espaço fun-cionava como uma tela de computador. Chegueilá sem nenhuma bagagem. Achei que ficaria pordois dias, mas acabei ficando por muito maistempo. Na época eu nem tinha um laptop.

● Como surgiu o movimento Neen?O Neen começou em 2000. O Miltos estava fa-zendo pinturas de computadores, naturezasmortas com Playstations, joysticks, cabos, todosos tipos de equipamentos eletrônicos, e perce-beu que havia uma energia rolando e que muitascoisas interessantes estavam acontecendo nastelas. Ele estava esperando algum jornalista apa-recer com um nome para esse tipo de arte (as-sim como inventaram palavras como impressio-nismo ou fauvismo). Mas nenhum jornalista fezisso, e ele decidiu criar um nome. Eu gosto deNeen, soa muito estranho e novo.

● E o que exatamente vem a ser “neen”?O neen lida com o irracional e o inexplicável de

uma forma leve. Ele se relaciona com a tecno-logia de um jeito espontâneo e engraçado ousentimental. O neen tem que ter alguma falha; sealgo funciona muito bem não pode ser neen.Acho que neen é a energia entre Miltos Manetas,Mike Calvert, Mai Ueda, Angelo Plessas, AndreasAngelidakis, Nikola Tosic, Joel Fox e eu.

● Você cria obras e as coloca em diferentes do-mínios na internet, que são vendidos para com-pradores de arte. Como isso funciona?Eu sempre gostei da ideia de domínios. É comouma moldura para uma pintura. Quando a pin-tura está pronta, você a coloca numa moldura.O domínio é o título e o lugar da obra. É umaquestão de isolar o trabalho, colocar a obra emseu próprio contexto. O nome do domínio tam-bém torna o trabalho vendável. Eu recentemen-te fiz um contrato (www.artwebsitesalescontract.com), com um advogado em Amsterdã. Odocumento é público, qualquer um pode usar.Espero que dessa forma muitos artistas vendamseus trabalhos através de domínios. Acho que éuma ótima forma de venda. O trabalho é abertoao público, mas a propriedade é exclusiva. Pos-suir um site é diferente de possuir um quadro.Um quadro fica protegido na sua casa e só vocêpode vê-lo. Ter um site é como fazer uma festa equerer que muitas pessoas se juntem a você. Ésobre compartilhar: quanto mais pessoas vi-rem, melhor. Arte, para mim, é sobre ver o mun-do pelos olhos de outra pessoa. Então, quantomais pessoas, melhor.

● Categorizar o Neen parece muito complicado,mas não seriam suas obras consideradas artepor serem Neen? Se não, talvez pudessem serapenas animações sem valor de mercado.Na internet as coisas não são consideradas ar-te ou não. As pessoas apenas acessam as obrase decidem se gostam. Por isso é tão incrível.Mas galerias são diferentes. Realmente faz di-ferença em qual galeria você expõe. O contextoadiciona valor. É assim que o mercado da artefunciona. Eu me interesso pelos dois. ■

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ALGUNS trabalhos de Rafaël

Rozendaal, que é neto do

ex-presidente Castelo Branco

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CURTINHAS

● Leo Gandelman toca dia 10 demaio na Estudantina Musical.● Cinerama Brasilis, de MarioNakamura e Vera Oliveira, é“Produtora do Ano” do PrêmioColunistas do Rio de Janeiro.● Estúdio Fotonauta festeja dezanos e lança seu novo site:www.fotonauta.com.br.● Chris Lima, designer, assina oprojeto gráfico da revista Zahar.● Spa do Pé faz 21 anos.● Daniel Novik e a Banda MinhaTerra fazem show amanhã, às21hs, no palco da EditoraMultifoco, na Lapa.

Freud quer saber● De Patrícia Pillar, na revista“Lola”, respondendo a fictíciaabordagem de Freud, nas ruasdo Rio, sobre o que querem asmulheres: “Querem serverdadeiras. Tanta coisaempurra ao estereótipo. Oslaços reais são baseados maisna fragilidade que na potência.Os encontros nunca são deduas perfeições. Há sempre umforte e outro nem tanto”.

COI na linha 4● Líderes comunitários daZona Sul, Barra e Tijucaentregam hoje ao ComitêOlímpico Internacional omanifesto contra o atualdesenho da linha 4 do metrô.Sugerem o resgate do traçadooriginal, que passaria porBotafogo e não pelo Leblon.

Gente chata● Miley Cirus, a cantora teenamericana que faz show dia 13no Rio, exige em seu camarimágua produzida nos EstadosUnidos. Graças a uma filtragemespecial, a água teria moléculasmais facilmente absorvidas ehidrataria até onze vezes maisque as águas normais. Stingtambém é adepto.

Pau no Guevara● Leandro Narloch, do “Guiapoliticamente incorreto daHistória do Brasil”, de casospouco abonadores de heróisnacionais, ajustará contasagora com a turma da LatinoAmérica. Em agosto, pela Leya,lança livro que, entre outros,desmistifica Che Guevara,Solano Lopez e Simon Bolívar.

Fator cuscuz● Tânia do Cuscuz, baiana quefaz ponto na Voluntários comPaulo Barreto, aumentouontem o preço da iguaria quelhe dá nome. Passou de R$ 1para R$ 1,50. Perguntada porum freguês, foi direta: “Ordemdo hômi. Disse que é inflação”.

COM CLEO GUIMARÃES, MARIA FORTUNA E FERNANDA PONTES • E-mail: [email protected]

GENTE BOAOs prédios do Rei● Roberto Carlos e sua equipeda incorporadora Emoçõesvão construir pelo menos umprédio e um condomínio noRio — a ideia inicial era ficarsó em São Paulo. “Estamosprospectando alguns lugares”,diz Dodi Sirena, empresário deRoberto. “Começamos anegociar no Rio e Grande Rio”.

Os prédios do Rei/2● Os condomínios de casas sechamarão “Emoções”, e osprédios, “Horizonte”. Ruas epraças serão batizadas comnome de músicas de RC, como“Amigo” e “Calhambeque”.

Bope e UPP na praia● A tropa da UPP doPavão/Pavãozinho, a exemplode policiais do Bope, vaipraticar exercícios ao ar livre.O grupo, comandado peloCapitão Andrade, vai correrpela manhã nas areias deIpanema. São os primeirospoliciais de favelas pacificadasa se exercitar ao ar livre.

Queremos Miles● Miles Davis, que faria 85 anosem 2011, vai ser ohomenageado do CCBB em suaprimeira mostra musical. Alémde objetos, pinturas epartituras, “Queremos Miles!”terá casulos sonoros onde serápossível ouvir gravações dotrompetista. Abre em agosto,um mês antes do aniversáriode 20 anos de sua morte.

Novas velhas● Na pesquisa “Corpo,envelhecimento e felicidade”,que está fazendo com 1.600pessoas, a antropóloga MirianGoldenberg identificou um novogrupo: as “Novas velhas”. Sãomulheres na faixa dos 60, 70anos, que priorizam seuspróprios prazeres.

Novas velhas/2● “Elas são avós, mas não sededicam só a esse papel.Cuidam do corpo, namoram,não temem mais a opinião dosoutros”, diz Mirian Goldenberg.“Nova velha” exemplar: umasenhora de 74 anos que acabade tatuar o braço.

Forrobodó de Rosana● A cravista Rosana Lanzellotee a soprano Rosana Lamosadividem o palco do Municipalhoje, na homenagem que oespetáculo “Musica Brasilis —os bambas da bela época” fará

aos cem anosda opereta“Forrobodó”,de ChiquinhaGonzaga.FranciscoBraga, LucianoGallet,HenriqueOswald eNazareth estãono programa.

CarlitoCarvalhosa abreexpo na Gávea

NO ALTO, Cristina Canale;

logo abaixo, Carlito

Carvalhosa; acima, nesta

coluna, o papo de Silvia

Cintra e Adriana Varejão,

e o artista plástico Nelson

Leirner com a baiana

Cláudia Piton; ao lado,

Dado Villa-Lobos

Um caminho pelas nuvensJOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS

Fotos de Marcos Ramos

V inte e quatro horas de-pois de apresentar inter-venção na FundaçãoEva Klabin, o artista

plástico Carlito Carvalhosa abriu,anteontem, uma segunda exposi-ção, batizada de “Qualquer dire-ção”, na Galeria Silvia Cintra +Box 4. “Tá prolífero, hein?”, co-mentou Paulo Henrique Cardoso,que trocava impressões com o ar-tista sobre suas obras.

● Falar do lugar das coisas nomundo e do significado que da-mos a elas é uma reflexão queCarlito costuma fazer. “As coi-sas não foram feitas para os lu-gares, elas, na verdade, os en-frentam”, disse.

● “Elas não estão onde deveriamestar”, dizia Carlito, apontandopara as mais de setenta lâmpadasfluorescentes que desciam das pa-redes até o piso da galeria. “Ochão deixa de ser chão, é como ca-minhar nas nuvens.”

“Carlito não se preocupaem mostrar umcaminho, deixa váriospara a nossa escolhaNelson Leirner

EXPEDIENTE

Editora: Isabel De Luca ([email protected])Editores assistentes: Bernardo Araujo ([email protected]), Fátima Sá([email protected]) e Nani Rubin ([email protected])Fotografia: Leonardo Aversa ([email protected])Diagramação: Christiana Lee e Cristina FlegnerTelefones/Redação: 2534-5703Publicidade: 2534-4310 ([email protected])Correspondência: Rua Irineu Marinho 35, 2º andar. CEP: 20233-900

Picasso para as ciências● Um americano anônimodoou uma tela de Picassopara a Universidade de Syd-ney, para que use o dinheiroda venda em pesquisa cien-tífica. “Jeune fille endormie”(1935) pode atingir R$ 30milhões em leilão da Chris-tie’s de Londres, em junho.

Aronofsky preside Veneza● Ganhador do Leão de Ou-ro em 2008 com “O lutador”,o diretor Darren Aronofsky(de “Cisne negro”) será opresidente do júri do 68o-

Festival de Veneza, agenda-do de 31 de agosto a 10 desetembro. Os concorrentesserão divulgados em julho.

● E foi nesse espírito “caminhan-do nas nuvens”, que o produtorFlávio Tambellini foi entrando nasala, e — plaft! — pisou em duasdas lâmpadas. “Pampampam...Ééééée, é do Brasil!”, brincou umrapaz dentro da galeria, no ritmoda musiquinha que embalava asvitórias de Ayrton Senna.

● Não teve tempo ruim. Assistentede Carlito, João Rivera logo provi-denciou a troca das lâmpadas. Tu-do sem crise. “Gelei!”, contouTambellini, “mas o artista meapoiou”. Carlito ficou tranquilo.

● “Enquanto a maioria das pes-soas costuma centralizar umquadro na parede de casa, Car-lito propõe que se comece dorodapé”, observava a galeristaSilvia Cintra. “Aí, o que ele vaiprojetar é você, o seu ambiente,a obra funciona na sua casa”.

● “Vejo uma inquietação, um inte-resse em contrapor várias situa-ções numa instalação, fazendo oolhar não parar num determinadoelemento”, avaliava Nelson Leir-ner. “Ele não está preocupado emmostrar um caminho, deixa váriospara a nossa escolha”.

Div

ulga

ção

Um militaringlês a

posentado.

Uma viúva paqui

stanesa.

Um amor àprimeir

a vista.Uma linda história sobre

o inesperado milagredo amor tardio.– Oprah Magazine

Um livro sobre dignidade,amor e coragem.

– The New York Times

de Helen Simonson

A ÚLTIMA FAÇANHADO MAJOR PETTIGREW



O GLOBO NA INTERNET

a

PATRÍCIA KOGUTC O N T R O L E R E M O T O

COM ELIZABETE ANTUNES E FLORENÇA MAZZA • E-mail: [email protected]

oglobo.com.br/kogut

CRÍTICA

Cara nova é estrela de novela das 19h

• Nanda Ziegler, a vilã HelenaAmbrust da novela “Rebelde”,posou para o fotógrafo MarceloFaustini. Saiba mais sobre oensaio e veja outras fotos no blog.

De apagadinha não tem nadaFinalmente● A Globo marcou a data daestreia do folhetim: 10 de ou-tubro. Ou seja, “Morde & as-sopra” não será esticada. Emtempo: por coincidência, estetambém é o dia do aniversá-rio de Falabella.

Aos navegantes● Boninho volta atrás e avisaque “Hipertensão” vai terinscrições, sim. E elas — queacontecerão paralelamenteà “pescaria” dos olheiros —serão abertas na semanaque vem.

BEIJO GAY na TV?

Sim, na TV Brasil,

na minissérie

“Natália”, que

estreia no

domingo. Na cena

ao lado, Mauricio

Branco e Rodrigo

Candelot,

namorados na

ficção, são

observados por

Claudia Ohana,

que também faz

parte do elenco

010Para PauloGustavo, pelocabeleireiro de“Divã”. Ele é umexcelente

comediante e, não à toa, fezmuito sucesso no teatro. Suaparceria com Lilia Cabral,que já veio do cinema, é umacerto total.

Para a dificuldade deAna Maria Braga empronunciar “RollsRoyce”, ontem, no“Mais você”, numa

conversa com Marcos Losekansobre o casamento realbritânico. Acabou saindo “Rollshorse”. Vai ver ela se referiaaos cavalinhos da carruagem.

● A novela das 19h de Miguel Falabella e Maria Car-mem Barbosa já tem seu mocinho. O escolhido, viatestes (em parceria tanto com Giovanna Antonelliquanto com Marília Pêra), foi Victor Pecoraro. Ex-modelo, ele fez apenas participações na televisão.

● Acabou anteontem com acena tonitruante de umacidente a participação deAna Beatriz Nogueira em“Insensato coração”. Quemapostou que ela se apagariano papel de uma mulhersubmissa e meio boba nanovela de Gilberto Braga eRicardo Linhares se deu mal.A atriz tinha tudo paraocupar um acanhado lugarna história. Mas Ana Beatriznão é brincadeira.

Mesmo depois de morta, apresença de Claricecontinuará de alguma formaali, já que a trama, inspiradano livro de Françoise Sagan“Bonjour tristesse”, aindapromete. Se os autoresforem fundo mesmo nasreferências à história deSagan, vão investir aindabastante na pérfidacumplicidade de Cortez(Herson Capri) e Paula(Tainá Müller). Clarice será

lembrada mais adiante.É raro ver Ana Beatriz num

papel desses. Quem aacompanha sabe que ela fazmisérias interpretandomulheres de personalidadeforte. Isso ficou provadoassim que ela apareceu, nosanos 80, no filme “Vera” (como qual ganhou o Urso dePrata em Berlim). Natelevisão, colecionou algumasmalvadas inesquecíveis, umadelas, também criação deGilberto Braga, a invejosaAna Paula de “Celebridade”;na Record, brilhou como aarquimanipuladora Leocádiaem “Essas mulheres”, umaótima história de MarcílioMoraes.

Nem todos os quepassaram por “Insensatocoração” — produção queinveste em participaçõesnumerosas — justificaramsuas aparições meio breves.Não é mesmo o caso da atriz.

Mar

celo

Faus

tini

...E mais● Como se sabe, a escalaçãodo galã é hoje talvez a maiorbatalha de autores e direto-res. Daí a decisão de apostarnum desconhecido. Além dis-so, Falabella viu o teste de Pe-coraro e adorou.

Mandou bem● Marcelo Adnet, que participoucom o grupo do “Comédia MTV”de “Casa dos autistas”, se retra-tou em seu blog. Só ele até ago-ra. A coluna aprova e recomen-da a leitura (http://www.marce-loadnet.com.br).

Renato Rocha Miranda

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twitter.com/PatriciaKogut

facebook.com/PatriciaKogutOGlobo

SONIA BRAGA, no

estúdio, caracterizada

para gravar “Tapas &

beijos”, é abraçada pelo

diretor Maurício Farias.

Ela gravou como Helô,

uma famosa atriz que

vai se casar. Leia mais

no oglobo.com.br/kogut

Veja a grade das emissoras e o resumo das novelas em oglobo.com.br/revistadatv

HOJE NA TV:O GLOBO NA INTERNET

a

Arquivo

‘À margem do lixo’Brasil, 2008. Direção: Evaldo Mocarzel.Documentário.

Garis em fúria. Incumbido de abrir o15o- Cine PE, amanhã, com seu novofilme, “Cine Pelé”, o diretor EvaldoMocarzel narra a rotina dos catadoresde papel e de materiais recicláveisnesta produção, laureada com oprêmio do júri popular do Festival deBrasília, há dois anos. TV Brasil, 22h.

F I L M E S

‘O Galinho Chicken Little’“Chicken Little”. EUA, 2005. Direção:Mark Dindal. Animação.

Galeto ao belo canto. Orçado em US$150 milhões, este gurjão de frangofaturou US$ 135,3 milhões nos EUA,frustrando seus planos de virar umafranquia. Órfão de mãe, o Galinho(dublado por Daniel de Oliveira), umguri esquálido e míope, tenta deter umainvasão alienígena. Globo, 16h15m.

‘Mr. Nice Guy — O bom debriga’“Yat goh hiu yan”. Hong Kong, 1997.Direção: Sammo Hung Kam-Bo. Ação.

Iáááá́! Rodado na Austrália, este tensopassatempo aproveita todo o carismade Jackie Chan ao escalá-lo no papelde um mestre-cuca que vira alvo detraficantes depois que uma fitacontendo provas de um crime cai emseu colo. SBT, 23h.

“Encontrando Forrester” (“Finding Forrester”).EUA, 2000. Direção: Gus Van Sant. Drama. AXN, 23h30m.

Literatura, um elefante nas mãos de Gus Van Sant

SEAN CONNERY dá lições a um aspirante a Proust (Rob Brown)

Fotos de divulgação

P R O G R A M A S

AP

PRÍNCIPE WILLIAM e Kate Middleton: cerimônia de casamento ao vivo

“Bom dia Brasil — Casamento Real”Jornalismo. Globo, 06h55m.

‘Café’Documentário. The History Channel, 20h.

Em três episódios de uma hora de duração, odocumentário mostra a história de uma das bebidas maispopulares: o café. O programa acompanha a suadisseminação pelo mundo e ressalta questões políticas,econômicas e sociais ligadas ao grão. O episódio deestreia mostra as origens do café na Etiópia, na África, atésua propagação pelos outros continentes.— O café tem a ver com fatos como a escravidão e odesenvolvimento econômico — diz a diretora Irene Angélico.

Um evento para recordar

The History Channel/Divulgação

‘Le debat sur TSR’Jornalismo. TV5 Monde, 19h.

No programa inédito, diversosespecialistas discutem a energianuclear e analisam questõesenvolvendo as energias alternativascomo a solar, a eólica e a geotérmica.Elas são suficientes? São caras?Podem substituir a nuclear?

‘Bastidores’Variedades. Multishow, 22h30m.

Astro de “Velozes e curiosos 5”, que tevecenas rodadas no Rio, Vin Diesel elogiou ahospitalidade e o profissionalismo dosbrasileiros em entrevista a Erika Mader. Aapresentadora também conversa comoutros atores do elenco, como DwayneJohnson, Jordana Newster e Paul Walker.

‘O estranho mundo de Zédo Caixão’Entrevista. Canal Brasil, 0h.

Com cinquenta anos de carreira epapéis marcantes tanto no cinemaquanto na TV, o ator e apresentadorJosé Wilker é o convidado do cineastaJosé Mojica Marins, em papo pra lá deinteressante.

RODRIGO FONSECANATALIA CASTRO

● Preparado para abrir amostra Un Certain Regarddo 64o- Festival de Cannes(11 a 22 de maio) com “Res-tless”, Gus Greene Van SantJunior seguiu duas verten-tes em suas análises sobrea juventude. Ora tateou oterreno das narrativasmais clássicas, tipo a de“Gênio indomável” (1997),ora trilhou as veredas doexperimentalismo, vide“Elefante” (2003) e “Para-noid Park” (2007). Indicadoao Urso de Ouro no Festi-val de Berlim, “Encontran-do Forrester” (“FindingForrester”) fica na ala maisconvencional da filmografia do diretor, o quenão significa falta de vitalidade dramática oupobreza de diálogos. Apesar do custo alto desua produção, estimado em US$ 43 milhões,não ter sido compensado pela arrecadaçãode US$ 51 milhões, o longa-metragem en-saiou ser uma espécie de “A Sociedade dosPoetas Mortos”, embora sem o mesmo tomcaudaloso da “monografia” cinematográficade Peter Weir. Revisto hoje, o filme tem seusclichês diluídos graças ao desempenho doescocês Thomas Sean Connery (hoje apo-sentado) como um dublê de J. D. (JeromeDavid) Salinger (1919-2010), autor de “O apa-nhador nos campos de centeio”.

Salinger foi uma das inspirações para o es-critor recluso vivido por Connery: William For-rester, que vê a paz de seu isolamento ser ma-culada depois que um jovem aspirante aProust, Jamal (o estreante Rob Brown), vaiatrás dele à cata de um tutor literário. Discus-sões raciais tratadas com diálogos melodra-máticos ameaçam afogar o filme na pieguice,mas Connery (dublado por Antonio Moreno),as intervenções de F. Murray Abraham comoum professor linha-dura e a fotografia de Har-ris Savides dão vitalidade ao longa.

● O matinal ganhaedição especial nacobertura do casa-mento do príncipeWilliam com KateMiddleton. O pro-grama mostra todoo ritual do evento,desde a chegadados convidados àAbadia de West-minster à entradada carruagem comos noivos no Palá-cio de Buckingham.N o e s t ú d i o , o sapresentadores Re-nato Machado e Re-nata Vasconcelloscontam com a tra-d u ç ã o d e A n n aVianna, durante atransmissão ao vi-vo da cerimônia, erecebem vár iosconvidados. A consultora de moda GloriaKalil comenta as roupas e joias de todos ospresentes. O embaixador e diplomata brasi-leiro Marcos Azambuja explica o contextopolítico e econômico e o simbolismo da mo-narquia. E o bispo diocesano Dom FiladelfoOliveira, da Diocese Anglicana do Rio de Ja-

neiro, analisa todo o ritual. Além deles, oscorrespondentes Marcos Losekann, MarcosUchôa e Pedro Bassan entram ao vivo deLondres, com todos os detalhes da festa.


O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 7 - Edição: 29/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 14: 09 h PRETO/BRANCO

BICHINHOS DE JARDIM

LIBERTY MEADOWSDUSTIN

AGENTE ZERO TREZE

URBANO, O APOSENTADO

A CABEÇA É A ILHA

Clara Gomes

Frank ChoSteve Kelley e Jeff Parker

Arnaldo Branco e Claudio Mor

A. Silvério

André Dahmer

VOCg SOFRE COM OSSINTOMAS DA TPM?

HORA DO CAFÉDA MANHÃ,MARC!

CCOOMMIIDDAA!!FFIINNAALLMMEENNTTEE!!

TUDO BEM,MARC! VOCÊ JÁPASSOU POR SITUAÇÕES PIORESDO QUE ESTA! COMA A COMIDA

E PENSE NO QUEFAZER!

CONCENTRE-SE NO PLANODE FUGA E NADA

PODERÁ DARERRADO!

QUERO TERFILHOS COMVOCÊ!

FÃ E

SEQUESTRA

DORA

DE MARC

DeRAIL

aS VEZES...

H Q s

F O N DOLE D I R

GI

C R U Z A D A S

LO G O D E S A F I OSÔNIA PERDIGÃO

Foram encontradas 37 palavras:19 de 5 le-tras, 10 de 6 letras, 7 de 7 letras e 1 de 8letras, além da palavra original. Com a se-quência de letras GI foram encontradas 5 pa-lavras.

INSTRUÇÕES: Encontrar a palavra originalutilizando todas as letras contidas apenas noquadro maior. Com estas mesmas letras, formaro maior número possível de palavras de 5 letrasou mais. Achar outras palavras (de 4 letras oumais) com o auxílio da sequência de letras doquadro menor. As letras só poderão ser usadasuma vez em cada palavra. Não valem verbos,plurais e nomes próprios.

SOLUÇÃO:dodói,doido,donde,dreno,en-dro,fedor,findo,freio,ídolo,lerdo,líder,lin-do,líneo,loiro,lorde,nédio,refil,reino,roí-do;denodo,dorido,fedido,felino,ferino,idô-neo,índole,ínfero,oleiro,rodeio;doleiro,erodido,fendido,indolor,neófilo,rendido,re-dondo;ofendido;FILODENDRO.Comase-quênciadeletrasGI:elogio,girino,régio,re-lógio,giro.

CLAUDIA LISBOA

H O R Ó S C O P O

ÁRIES (21/3 a 20/4)Elemento: fogo. Modalidade: im-pulsivo. Signo complementar:

Libra. Regente: Marte.Cautela é a palavra-chave para quali-ficar todas as suas atitudes. Do con-trário, a intensidade de sua impulsivi-dade poderá sobrepor todas as inicia-tivas para compor um ambiente deharmonia. É tempo de investir noequilíbrio dos relacionamentos.

TOURO (21/4 a 20/5)Elemento: terra. Modalidade: fi-xo. Signo complementar: Escor-

pião. Regente: Vênus.As bases seguras e sólidas construídasao longo da vida lhe fornecem maishabilidade para contornar os efeitoscausados por eventuais atitudes impul-sivas. É tempo de confrontar as fra-gilidades, de erguer a cabeça e derecuperar a tranquilidade.

GÊMEOS (21/5 a 20/6)Elemento: ar. Modalidade: mutá-vel. Signo complementar: Sagi-

tário. Regente: Mercúrio.A multiplicidade de interesses, aomesmo tempo em que é instigante,pode causar muita ansiedade. A difi-culdade em se focar dificulta a reali-zação de objetivos mais importantes.É tempo de encontrar meios que oauxiliem a se concentrar.

CÂNCER (21/6 a 22/7)Elemento: água. Modalidade:impulsivo. Signo complementar:

Capricórnio. Regente: Lua.Os sentimentos intensos nos tornamemocionalmente impulsivos para con-seguir o que desejamos. Mesmo assim,os desafios são necessários para esti-mular o envolvimento emocional. Étempo de misturar a ternura ao tur-bilhão que habita o seu interior.

LEÃO (23/7 a 22/8)Elemento: fogo. Modalidade: fi-xo. Signo complementar: Aquá-

rio. Regente: Sol.Se o brilho já não é tão intenso, é maissaudável deixar de lado o ressenti-mento. O que adianta é fazer uma boaavaliação da maneira como tem se re-lacionado com as pessoas. É tempo detornar as situações desfavoráveisem estímulos de crescimento.

VIRGEM (23/8 a 22/9)Elemento: terra. Modalidade:mutável. Signo complementar:

Peixes. Regente: Mercúrio.A crítica pouco generosa não é muitobem aceita. Portanto, não vale a penadesperdiçar uma avaliação criteriosae válida em um campo de batalha. Étempo de entender que existem vá-rias formas delicadas e encoraja-doras de se dizer a mesma coisa.

LIBRA (23/9 a 22/10)Elemento: ar. Modalidade: impul-sivo. Signo complementar: Áries.

Regente: Vênus.Quando as demonstrações de afeto sãomuito espontâneas, nem sempre sãobem compreendidas. Porém, o entu-siasmo e a capacidade de renovar po-dem tornar as relações mais interessan-tes. É tempo de ter atenção ao modocomo expressa a afetividade.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Elemento: água. Modalidade: fixo.Signo complementar: Touro. Re-

gente: Plutão.Ao tratar de assuntos importantes, é ne-cessário que se assegure de que tudo fi-cará esclarecido. Nem superficialidade,nem profundidade em excesso, apenasa intensidade adequada. É tempo deencontrar a forma apropriada pararesolver os problemas.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Elemento: fogo. Modalidade: mutá-vel. Signo complementar: Gêmeos.

Regente: Júpiter.Os desafios são estímulos para crescere continuar suas buscas. A conquistadaquilo que acredita ser a verdade po-de neutralizar os efeitos dos atritos quesurgem no caminho. É tempo de tercuidado para não se exceder na se-de de conquistar.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1)Elemento: terra. Modal idade:impulsivo. Signo complementar:

Câncer. Regente: Saturno.Ao persistir em manter a harmonia nosrelacionamentos, é possível que consi-ga adquirir mais confiança em si mes-mo. É tempo de encontrar a boa me-dida entre a sua própria vontade ea vontade das pessoas com quem serelaciona.

AQUÁRIO (21/1 a 19/2)Elemento: ar. Modalidade: fixo.Signo complementar: Leão. Re-

gente: Urano.Se por um lado é preciso estabilidadeemocional, por outro existe a necessida-de de liberdade. É o paradoxo que per-mite viver experiências novas e enrique-cedoras. É tempo de encontrar um mo-do de manter os relacionamentos semcomprometer a liberdade.

PEIXES (20/2 a 20/3)Elemento: água. Modalidade: mu-tável. Signo complementar: Vir-

gem. Regente: Netuno.Quando a sensibilidade está muitoexacerbada, podemos nos sentir atin-gidos pelas mais variadas atitudes queas pessoas venham a tomar. É tempode aprender a equilibrar seu altograu de sensibilidade com seus re-lacionamentos.

H Á 5 0 A N O SJOSÉ FIGUEIREDO

O GLOBO NOTICIAVA EM 29 DE ABRIL DE 1961

● Os Estados Unidosrepeliram ràpidamen-te ontem uma propos-ta feita pelo presiden-te Osvaldo Dorticós,de Cuba, que se mani-festou pronto a entrarem entendimentos di-retos com o govêrnoestadunidense a fimde solucionar as di-vergências entre asduas nações. Em suaresposta, o Departa-mento de Estado dis-se: “O comunismo cu-bano jamais será assunto de negociações no Hemisfério ocidental”.Ao divulgar a resposta, Lincoln White, porta-voz do Departamento de Es-tado, recordou à imprensa que o presidente Kennedy manifestara preo-cupação “pela existência de aviões “Mig” e tanques soviéticos a menos de140km da costa norte-americana”.

● O engenheiro Alberto Lélio Moreira, em entrevista ao GLOBO (21/3/61),respondendo às críticas a êle feitas pelo Sr. Djalma Nunes, defensor do Tú-nel Rio-Niterói, opinou que, por segurança e economia, a melhor soluçãopara o problema encontrava-se na construção de uma ponte, e nunca deum túnel. O Sr. Raimundo de Castro Maya, ouvido pelo GLOBO, discordoudo túnel e da ponte, sugerindo que ilhas artificiais, no fundo da Baía daGuanabara, ligassem o Rio a Niterói, tal como existe na Flórida (EUA).

● Novo acidente com adutoras voltou a ocorrer ontem, desta vez com a doGuandu, cuja tubulação sofreu séria ruptura, próximo a Campo Grande. Odiretor do Departamento de Águas, Engenheiro Veiga de Brito, seguiu, àsprimeiras horas da tarde de ontem, para o local, mobilizando todos os re-cursos disponíveis para iniciar os reparos na adutora, cujo rompimentoinundou uma grande área, próxima à linha.


8 ● Sexta-feira, 29 de abril de 2011

SEGUNDOCADERNOSEGUNDOCADERNO


E-mail: [email protected]

ARTHUR DAPIEVE

A marca da maldadeStalin foi inocentado pela autópsia

Cruz

O jornal russo “Moskovsky Komsomo-lets” publicou na semana passadatrechos do diário inédito de um dosmédicos que atenderam Josef Stalin

quando este caiu doente de morte, em 1953.O doutor Alexander Myasnikov suspeitavaque a maldade do ditador soviético, respon-sável pela morte de cerca de 20 milhões deseus camaradas, tivesse origem patológica.Numa aterosclerose descoberta na autópsia,especificamente.

“A vasta aterosclerose no cérebro (...) de-veria levantar a questão de o quanto essadoença — que claramente se desenvolveu du-rante anos — afetou a saúde de Stalin, suapersonalidade e suas ações”, diz Myasnikovnum dos trechos reproduzidos pelo corres-pondente do jornal inglês “The Independent”em Moscou, Shaun Walker. O GLOBO publicouparte dessa reportagem em sua página de His-tória, sábado passado.

“Stalin talvez tenha perdido a noção debom e de mau, de saudável e de perigoso, depermissível e de não permissível, de amigo ede inimigo”, prossegue Myasnikov. “Traços dapersonalidade podem se tornar exagerados,de modo que uma pessoa desconfiada vire pa-ranoica. (...) Eu sugeriria que a crueldade e asuspeita de Stalin, seu medo dos inimigos (...)foram criados em larga medida pela ateroscle-rose das artérias cerebrais. A rigor, o país eragovernado por um homem doente.”

O diário do doutor Myasnikov pode ser iné-dito, mas sua hipótese é notícia velha. Se nãoem relação a Stalin, em relação a grandes car-niceiros. A maldade deles seria “apenas” osintoma visível de uma doença oculta. Hitler,claro, também já ganhou o seu diagnósticodeterminista, diagnóstico que, embora não oinocente de todo, retira uma parte imprecisade sua responsabilidade pelos próprios atos(e, tão importante quanto, nos reconforta).No caso do líder nazista que arrastou o mun-do a uma guerra de mais de 50 milhões demortos, a doença que “explicaria” a sua mal-dade seria a sífilis.

Hitler teria contraído essa infecção venéreaem Viena, no ano de 1910. As testemunhas se-riam dois homens conhecidos apenas pelos

pseudônimos de “Stefan” e “Daniel”. Em de-poimento a um venereologista inglês, T.Anwyl-Davies, os dois disseram ter comparti-lhado uma prostituta — uma judia de nomeHannah — com Hitler, então com 19 anos. Am-bos também foram infectados e viram a mes-ma erupção cutânea que apareceu em seuscorpos, como primeira manifestação da doen-ça, na pele do seu colega de noitadas. Uma fi-cha médica de Hitler na época da PrimeiraGuerra (1914-1918) confirmaria o diagnóstico,supostamente mantido em segredo pela cú-pula nazista. Sem tratamento, em estadoavançado, a sífilis afeta o cérebro e, portanto,a personalidade e as emoções do paciente in-fectado. Por fim, a doença pode matar.

Essa hipótese nunca teve lá muito créditopela extensão da maldade de Hitler — contrajudeus, ciganos, deficientes mentais, homosse-xuais, eslavos — e pela obviedade de que é, elamesma, antissemita. Um historiador como oalemão Joachim Fest nem se dá ao trabalho detratar da versão acolhida, entre outros, peloescritor inglês Alan Wykes. Aliás, Fest descartatodas as supostas amantes do jovem Hitler:“Somos levados a dar mais crédito à afirmaçãode que tanto em Linz como em Viena ele nãoteria tido ‘contato real com uma mulher’. Dequalquer modo, é certo que nunca conheceu apaixão magnífica que teria sido capaz de liber-tá-lo de seu egocentrismo teatral.”

Independentemente de qualquer (bastan-

te) provável motivação política para os su-postos diagnósticos de Stalin e de Hitler, estetipo de “absolvição médica” se insere numquadro maior, o do nosso pavor em admitirque os dois — bem como outros tiranos, ter-roristas, torturadores, assassinos em sérieetc. — eram humanos, como nós. Tal pers-pectiva nos é muito menos conveniente doque a de isolá-los da Humanidade, como“doentes, loucos ou monstros”. Como escre-veu o Arnaldo Bloch, três sábados atrás, se-gundo essa visão, “o mal está num outro ‘lu-gar’ que não o do homem”. Então, a enormi-dade dos crimes de Stalin ou Hitler não po-deria ser coisa de seres humanos, é o sensocomum. Para nosso sossego, melhor ainda sea sua maldade pudesse ser localizada numcérebro deteriorado, extraída, sopesada e,afinal, descartada no lixo.

Por extensão, subjaz a crença de que umhomem saudável seria, contra todas as evi-dências cotidianas, incapaz de praticar o mal.De acordo com essa vulgarização das ideiasde Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o ho-mem seria naturalmente bom. Ou seja, teriade sofrer de alguma doença para se metamor-fosear em algo ou alguém que, com alta dosede arrogância e autocomplacência, chama-mos de “desumano”. A avidez com que nós,jornalistas, nos atiramos à missão de enqua-drar o atirador de Realengo em alguma afec-ção física ou mental — falou-se até em infec-ção por HIV — ilustra bem a complicação queseria se concluíssemos que ele era são, masdesgraçadamente mau.

■ ■ ■ ■ ■ ■

Cantinho do Botafogo. Já que não há nemfumaça de reforços em General Severiano, sóresta mesmo falar dos sopradores de apito...A nota em tom mafioso da Associação Nacio-nal dos Árbitros de Futebol ironizando eameaçando o Glorioso (ou qualquer clubeque ouse rechaçar o dogma da infalibilidadearbitral) tem ao menos um mérito. Agora é ofi-cial, podem soltar a manchete: “Juízes saca-neiam o Botafogo.”

CONCURSOPENSAR PARA CONSERVAR.

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"Como conciliar o desenvolvimento econômico e social com a conservação das grandes florestas?".

O autor da melhor resposta ganhará uma viagem à floresta amazônica e hospedagem em um resort.

RioShowSexta-feira, 29 de abril de 2011

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Craques da saideiraConheçaanovaturmadeprofissionaisquevemsubstituindoosgarçonsmaisqueridosdacidadedepoisdeaposentados

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Editorial>>

Índice

No site e no celular.com.br

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Se a cultura do botequimé carioca, os garçonssão os maiores cronistasda cidade. O Rio

coleciona profissionais dabandeja que são testemunhasacidentais das histórias maisdeliciosas da noite. Elesfacilitam a pendura, ajudamquem bebe além da conta, têma memória privilegiada de quembebeu o quê. E os cariocasgostam de chamá-los,carinhosamente, pelo apelido.Por isto, com a saída de cena degarçons queridos como Paiva(do Jobi) e Vieira (do Lamas),por conta da aposentadoria, arepórter Cláudia Amorimentrevistou boêmios de váriasgerações para descobrir quemsão os sucessores desta turmafamosa. A reportagem, comfotos de Mônica Imbuzeiro,aposta em nomes da novageração de titulares da bandejacom carisma, gente que jácoleciona histórias, algumasdelas contadas aqui porboêmios e admiradores. Afinal,com eles a saideira está sempregarantida.

MariliaMartins,Editora

4 Capa

Gastronomia8 Pratos&Drinques

10 NovosSabores10 Crítica11 Pé-Sujo14 TrêsDosesAcima

14 DurangoKid

Cinema15 AsEstreiasdaSemana19 OBonequinhoViu...20 Nosbairros22 Programação

27 Dança

28 Shows

32 Exposições

34 Teatro

40 Concertos

40 Eventos

41 VemPorAí

44 Infantil

45 Noite/Gay

46 ProgramaFurado

47 RadicalChic34Trêsveteranas

emcena:MarlyBueno,

RosamariaMurtinhoe

CamilaAmadosãoamigasquesereencontram

em“Opactodas3meninas”

16Sobadireção

deatoredramaturgo

KennethBranagh,

especialistaemShakespeare,o

heróidequadrinhos

Thorviraumelogiadofilme

deação

40TimRescala

lideraumgrupode

intérpretesdamúsica

brasileiradaBelaÉpoca,deErnestoNazarethaChiquinha

Gonzaga

32Carlito

Carvalhosacriou

instalaçõesluminosaspara

duasmostrasnoRio,uma

delasnaFundaçãoEva

Klabin

• Assistaavídeoscomcenaseentrevistasdofilme“Natimorto”,queestreiahoje. http://migre.me/4meix

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Capa

Simpatia de bandejaConheçadeznomesquepodemsubstituirosgarçonsmais famososentreoscariocasdepoisdaaposentadoria

WILSON,DOASTOR>> Av. Vieira Souto 110,Ipanema — 2523-0085.Seg a qui, das 18h à 1h;sex e sáb, do meio-dia às3h; dom, do meio-dia às22h. C.C.: Todos.

RUSSO,DODIAGONAL>> Rua Aristides Espínola88-B, Leblon — 2259-0888. Dom a qui, das 11hàs 4h; sex e sáb, das 11hàs 6h. C.C.: Todos.

CláudiaAmorimFotosdeMônicaImbuzeiro

Cícero, Chico, Vieira, Paiva...É comum ver os garçonsmais queridos da cidade

virarem celebridades cariocas. E,depois de anos de idas e vindasentre o balcão e as mesas, chegaa hora de deixar a vida boêmia eentrar para a História. Cícero, doNova Capela, na Lapa, tem prota-gonizado notas nos jornais quetratam de sua aposentadoria. Chi-co, de tão famoso que ficou noBracarense, no Leblon, virou mar-ca e acabou à frente de um barno mesmo bairro, o Chico & Alaí-de. Vieira, do Lamas, no Flamen-go, pendurou recentemente ascomandas. Paiva, do Jobi, no Le-blon, também já se aposentou.Quem são, então, os herdeiros nalinha de sucessão das bandejascariocas? O Rio Show colheu dezapostas: garçons que despontam

em corações boêmios e fazem anoite (mais) feliz nos bares e res-taurantes da cidade.

Um deles ganhou parabéns,literalmente, outro dia. Jorgi-nho, do Bar Rebouças, no Jar-dim Botânico, fez aniversário,de 40 anos, e viu um de seusclientes, o músico Toni Platão,puxar um “Parabéns pra você”e conclamar todo mundo a le-vantar e cantar em homena-gem ao garçom, que começoua trabalhar aos 13 anos.

— O Jorginho é muito maisque um garçom. Não sei comoele, sozinho, consegue fazer tu-do o que faz e ser tão eficiente.Mas é importante dizer que eleé um botafoguense insuportável— brinca o cantor, que é trico-lor, sublinhando, até sem querer,o bom humor que marca o diá-logo entre cliente e garçom eque colabora para fazer essa re-lação tão especial.

Pós-graduado no assunto(ele defendeu dissertação demestrado intitulada “Penduraessa: a complexa etiqueta narelação de reciprocidade emum botequim do Rio de Janei-ro”), o antropólogo e jornalistaPaulo Thiago de Mello resumeo que faz com que o tema ga-nhe tanta importância.

— Como diz o Jaguar, tem gen-te que vê mais o garçom do quea mulher. O garçom é o mediadorentre o freguês e o dono do bar. Éele, por exemplo, que pode faci-litar a pendura, dando uma pala-vra a seu favor com o dono. Nasminhas pesquisas, reparei que,no Rio, o garçom é chamado pe-lo apelido, como Zequinha, Sor-riso e tal, ou pelo sobrenome, co-mo o Cícero, do Capela. Aliás, oRio teve garçons históricos, quese aposentaram nos últimos anos,como o Paiva do Jobi, o Lima doAurora e o Vieira do Lamas. Mas


JORGINHO,DOBARREBOUÇAS>> Rua Maria Angélica197-2, Jardim Botânico —2286-3212. Seg a sáb, das7h às 2h. C.C.: D, M e V.

JUNINHO,DOJOBI>> Av. Ataulfo de Paiva1.166-B, Leblon — 2274-0547. Dom a qui, das 9hàs 4h; sex e sáb, das 9h às5h. C.C.: Todos.

essa relação afetiva com o gar-çom não é exclusividade do Rio.Em qualquer cidade onde hajaum tipo de estabelecimento co-mo o botequim, seja um bistrôde Paris ou pub londrino, lá estáo garçom que estabelece víncu-los fortes com os fregueses assí-duos — diz ele, atualmente to-cando suas pesquisas em Paris.

Mas aqui, em território bemcarioca, o “talk of the town” nes-sa seara é a aposentadoria imi-nente de um desses ícones cita-dos por Paulo Thiago de Mello:Cícero, do Capela. A direção dacasa nega, mas, segundo os maispróximos, o boato tem mais doque fundamento, e a esperançaé que ele mude de ideia estemês, nas férias, e resolva perma-necer de bandeja em punho.

Impasse à parte, novos víncu-los vão se formando nos salõesda cidade. Russo, de 49 anos,dez deles no Diagonal, no Le-

blon, já foi até visitar no hospitalum cliente que passou por umacirurgia de apendicite.

— Ele é cliente, muito amigo.Soube que estava com esse pro-blema de saúde, então, fui visitar— conta, com naturalidade.

A receita que faz com que seuapelido (o nome na certidão éRaimundo Avelino de Souza) se-ja chamado a toda hora pelosfrequentadores do salão do Le-blon é resumida por Russo na fa-mosa citação do Profeta Gentile-za: “Gentileza gera gentileza”.

Ali ao lado, no Jobi, onde rei-nava Paiva, o queridinho agora éJuninho, de 36 anos. Lembraquando Hebert Vianna cantava“As meninas do Leblon nãoolham mais pra mim”? Pois, comJuninho, elas não só olham co-mo cumprimentam com aten-ção especial e dois beijinhos.

— Ele é um querido. Sem-pre alegre e bem disposto, ape-

sar de todo mundo ficar cha-mando, gritando o nome delelá fora — diz uma delas, a pro-dutora cultural Kika Bastos.

A habilidade para lidar como “pessoal lá de fora”, na cal-çada, é um atributo à parte:

— Juninho tem um métodoincrível para saber quem be-beu quantos chopes. Tem essaconfusão de gente sem mesa,pedindo chope, e nunca dá di-ferença, está sempre certinho.Mente privilegiada... — exaltaCelso Veríssimo, químico in-dustrial que frequenta o bar.

É um talento parecido quecontribui para que bambas emboteco e em samba, como omúsico Moacyr Luz, apontemoutras jovens apostas nos ba-res cariocas.

— Tem um garçom no Astorchamado Wilson. Vem con-quistando ilustres corações! —crava o sambista. >>


Capa

MIGUEL,DOPAVÃOAZUL>> Rua Hilário de Gouveia71, Copacabana — 2236-2381. Seg a sáb, do meio-dia à meia-noite; dom, domeio-dia às 23h.

SADAM,DOALTASHORAS>> Rua Voluntários daPátria 1, loja 16, Botafogo— 2527-4365.Diariamente, das 9h às 5h.C.C.: D, M e V.

BETO,DAADEGAPÉROLA>> Rua Siqueira Campos138-A, Copacabana —2255-9425. Seg a sáb,das 10h à meia-noite.C.C.: Todos.

>> Para cativar especialistascomo Moacyr Luz, a receitaque Wilson, de 30 anos, seguena casa de Ipanema tambémé baseada na boa memória.

— Para um garçom, é sem-pre bom saber o nome docliente: ele gosta disso. E saberse ele prefere certo tipo decarne, determinada comidaou bebida — ensina.

Por falar em ensino, um espe-cialista no assunto é Jucelino,do Belmonte do Flamengo. Eleé citado pelo autor do “Guia RioBotequim”, Guilherme Studart,entre os novos titulares das ban-dejas da cidade que têm caris-ma. Na comparação, Studart fazquestão de rememorar nomesde veteranos como Lacerda, doHipódromo, bar do Baixo Gáveaque agora abriga também Oli-veira, que, por sua vez, antes fa-zia par no estilo garçons celebri-dades com Chico, do outro ladoda rua, no Braseiro. Aos 40 anose ainda integrando a nova gera-ção, Jucelino atua como umaespécie de professor de garçons,já que o bar para o qual trabalhafaz parte de uma rede.

— Ele é formidável. Às vezes,eu levo garoto novo, que estácomeçando, ao Flamengo, paraaprender com ele. Ou levo o Ju-celino a outras casas, para ensi-nar — conta o empresário An-tônio Rodrigues, à frente do Bel-monte, do Antônio’s, do Botecodas Garrafas e do Cevada.

Jucelino não se tornou

professor de garçons à toa:— Sei o gosto dos clientes.

Às vezes, eles não precisamnem fazer o pedido: já está tu-do lá. E é preciso sempre ficaratento para que o cliente nãotenha que ficar levantando amão. Trato o cliente como gos-to de ser tratado: quando saio,acho ridículo ter que ficarchamando. Não gosto.

Lembrado pelo colunistade bares do Rio Show Jeffer-son Lessa justamente por ser

atencioso, Beto, de 39 anos,praticamente só trabalhou navida na Adega Pérola, em Co-pacabana. Está lá há 21 anos.Debaixo da gritaria dos clien-tes, que ficam naquele frissonquando o veem posar para fo-tos, Beto diz que o segredo da-quela popularidade toda é o“gosto pelo que faz”.

Também trabalhando emCopacabana, o garçom Mi-guel já vinha sendo cobiçadopelos administradores do Pa-

vão Azul há algum tempo.Funcionário do bar vizinho,chamado Poloma, Miguel tevea chance de ter o passe com-prado pelo Pavão quando oPoloma mudou de direção e aética botequeira permitiu oconvite.

— Ele é correto, carismá-tico — justifica Bete Affon-so, uma das donas do bar,enfatizando a característicaque mais pode servir para al-çar um garçom ao estrelato

no mundo das bandejas.O carisma é o motivo que

faz o colunista de botecos doRio Show, Juarez Becoza,apostar em Sadam, de 32anos, que atende no Altas Ho-ras, no burburinho da Rua Vo-luntários da Pátria, no chama-do Baixo Botafogo.

— E ele é ótimo, engraçado,conta histórias — exalta o co-lunista, referindo-se a uma ins-tituição carioca: o garçom queé parte integrante (e funda-


SILVANOERUSSO,DAPOLONESA>> Rua Hilário de Gouveia116, Copacabana — 2547-7378. Ter a sex, das 18h àmeia-noite; sáb, do meio-diaà meia-noite; dom, do meio-dia às 23h. CC: D, M e V.

mental) do lugar aonde se vai.Na Polonesa, em Copacaba-

na, essa instituição funcionacomo uma dobradinha. Ali,Russo e Silvano são aponta-dos como uma esperança pa-ra quem, como o jornalista eblogueiro Bruno Agostini, quetrata de gastronomia e vinhos,sabe apreciar “aqueles gar-çons dos bons tempos”:

— Infelizmente, está aca-bando um estilo de serviço, ode garçons que serviam arrozcom duas colheres, amigos de

verdade dos clientes e quechegam a trabalhar até 50anos no mesmo lugar. Achoque não teremos uma nova ge-ração de garçons assim.

Bem, se a atual relação gar-çom-cliente inclui até visita aohospital em caso de apendici-te, o jornalista ficaria satisfeitoem saber que a realidade po-de superar suas previsões,também diante da habilidadeda dupla da Polonesa em ma-nejar as duas colheres na horade servir os clientes. Russo, de

50 anos, que nas horas vagasusa seu bom humor ao volan-te de um táxi, está há três dé-cadas no restaurante. Silvano,de 45 anos, não fica atrás: 27anos de Polonesa.

— Observo como é a rela-ção deles com os clientes —diz a professora aposentadaLia Souto Mayor, que frequen-ta há quase 30 anos o restau-rante de Copacabana, um dosmais tradicionais do Rio — Osfrequentadores mostram retra-tos, falam da família...

São cenas assim que fazem aalegria dos cariocas que ado-ram se dar bem com o garçom.Cenas mais parecidas com reen-contros entre amigos do quecom a descrição clássica da par-ceria entre Noel Rosa e Vadicoque começa com os versos “Seugarçom, faça o favor de me tra-zer depressa/ uma boa médiaque não seja requentada” e se-gue enumerando ordens antipá-ticas. A ordem aqui está maispara um chope, dois pastéis esimpatia a gosto. ■

JUCELINO,DOBELMONTE>> Praia do Flamengo300-D, Flamengo —2552-3349. Diariamente,das 9h às 3h. C.C.: M e V.


Gastronomia >>Pratos&Drinques

GrandeFestivalSaborBrasil reúnemilestabelecimentosdetodoopaís,sendo13cariocas,compratos inéditoseexclusivos


ONAVEGADOR:

acriaçãodachef

TeresaCorçãoéa

brasileiríssimatapioca

combobódeshiitake

CASADASUÍÇA:medalhõesdebadejogrelhadoscompanquecadecamarão

lance


Onde

GIUSEPPEGRILL:costeladeboi

assadaporoitohoras,comfarofade

milhodeAraxáetirasdeabobrinha

LACIGALE:achefAnaRibeiro

sugere tournedoscompimenta,

batataesautédechuchu

AMENDOEIRA:casaemPedrade

Guaratibavaidearrozmalandrino, fartoem

camarões—oupolvo,seoclientepreferir

LucianaFróes

Foi dada a largada. Para aCopa de 2014 e para o Fes-tival Sabor Brasil, megaen-

contro gastronômico que come-çou ontem e vai até 29 de maioem 26 estados do país. É coisade mil restaurantes participandoda ação promovida anualmentepela Abrasel (Associação Brasi-leira de Restaurantes e Bares).Em comum? Todos estão compratos inéditos e exclusivos, emque os sabores brasileiros são aregra do jogo. E o que o mundialde futebol tem a ver com isso? Éque mais do que sabores, o queestará posto à prova são a qua-lidade e a receptividade dos res-taurantes que receberão mi-lhões de visitantes na Copa de2014. Providencial.

— Nossa ideia é começar aajudar os donos de restauran-tes e chefs a aprimorarem seusserviços para receber mais detrês milhões de brasileiros e600 mil estrangeiros daqui atrês anos. Parece longe, mas ahora é essa — conta Ana Ma-ria Torres, da Abrasel Rio.

No estado do Rio, 44 casasbacanas participam da farra, in-cluindo estabelecimentos naRegião Serrana (17), em Paraty(nove) e Angra dos Reis (qua-tro). Cariocas, são 13. A chef Te-reza Corção, por exemplo, nãoteve a menor dificuldade em seadaptar às regras do jogo: seurestaurante O Navegador temcozinha brasileiríssima. Mas a ta-pioca, com gergelim de duascores, recheada de bobó de shii-take, acompanhada de saladi-nha verde e ervas, é inédita (R$57). No simpático Amendoeira,há 50 anos em Pedra de Guara-tiba, tem terroir verde-amarelo:arroz à malandrinho, com ca-marões graúdos servidos na pa-nela de barro (R$ 63,50, paraduas pessoas). Se o cliente pre-ferir, vem com polvo.

No francês La Cigale, a chefAna Ribeiro criou o tournedos(corte alto de filé) com molho

de pimenta, batata e um adorá-vel sauté de chuchu (R$ 42,50).O Antiquarius Grill vai de primerib, uma senhora peça de carne(haja apetite!), servida com cou-ve frita e batata assada, rechea-da de requeijão (R$ 99). No bu-fê Zazariiba (R$ 50,90, o quilo),tem risoto de limão com cama-rões, e no do Mr. Opi, linguinicom camarão e calabresa (R$49,30, o quilo). No Laguiole, Pe-dro Artagão criou o arroz de ma-risco para muitos (R$ 80). NoGiuseppe, a atração é o fusillicom molho de cogumelos e ta-los de agrião (R$ 39,60), e noGiuseppe Grill, a costela de boi,assada na brasa por oito horas,com farofa de milho de Araxá etiras de abobrinha (R$ 54).

Volkmar Wendlinger, da Casada Suíça, aposta nos medalhõesde badejo grelhados com pan-queca de camarão, purê de es-pinafre, couve-flor e minicenou-ras (R$ 69). O Couve Flor vai decubos de tapioca e queijo coa-lho (R$ 45,90, o quilo do bufê),enquanto o Galeto da Bandeiracriou o Come Quieto, em que aave grelhada vem com cremede milho fresco (R$ 23,50).

Quem optar pelos pratosfestivos ganha um livro de re-ceitas. E quem criar a melhorfrase que resuma o bom aten-dimento de um restaurante ga-nha uma passagem, comacompanhante, para um dos26 estados que participam dofestival. Golaço. ■

>> Amendoeira: Rua BarrosAlarcão 1.015, Pedra deGuaratiba — 2417-1360. Seg aqui, das 11h às 22h; sex e sáb,das 11h à meia-noite; dom, das11h às 21h. C.C.: Todos.

>> Antiquarius Grill:Barrashopping. Av. dasAméricas 4.666, loja 160,Barra — 3410-9900. Seg aqui, do meio-dia à meia-noite;sex e sáb, do meio-dia à 1h;dom, do meio-dia às 21h.C.C.: Todos.

>> Casa da Suíça: RuaCandido Mendes 157, Glória —2252-5182. Seg a sex, domeio-dia às 15h e das 19h àmeia-noite; sáb, das 19h à 1h;dom, do meio-dia às 16h e das19h às 23h. C.C.: Todos.

>> Couve Flor: Rua PachecoLeão 724, Jardim Botânico —2239-2191. Seg a sex, domeio-dia às 16h e das 19h às23h; sáb, do meio-dia às 23h;dom, do meio-dia às 21h. C.C.:M e V.

>> Espaço Victoria: JockeyClub Brasileiro. Rua MárioRibeiro 410, Lagoa —2540-9017. Dom a qui, das20h à 1h; sex e sáb, das20h às 2h. C.C.: Todos.

>> Galeto Bandeira: Praçada Bandeira 43, Praça daBandeira — 2293-4824.Dom a qui, das 10h às 2h;

sex e sáb, das 10h às 4h.C.C.: Nenhum.

>> Giuseppe: Rua Sete deSetembro 65, Centro —3575-7474. Seg a sex, domeio-dia às 22h. C.C.: Todos.

>> Giuseppe Grill: Av.Bartolomeu Mitre 370, Leblon— 2249-3055. Seg a qui, domeio-dia às 16h e das 19h àmeia-noite; sex e sáb, domeio-dia à 1h; dom, do meio-dia às 23h. C.C.: D, M e V.

>> La Cigale: Rua AristidesEspínola 88-A, Leblon —2279-4473. Diariamente, das19h30m à 1h. C.C.: Todos.

>> Laguiole: MAM. Av.Infante Dom Henrique 85,Aterro do Flamengo —2532-0755. Seg a sex, do meio-dia às16h. C.C.: Todos.

>> Mr. Opi: Praia doBotafogo 50-A, Botafogo —2244-2185. Seg a sex, das11h às 16h. C.C.: Todos.

>> O Navegador: ClubeNaval. Av. Rio Branco 180, 6o-

andar, Centro — 2262-6037.Seg a sex, das 11h30m às15h30m. C.C.: M e V.

>> Zazariiba: Av. Rio Branco,156, loja 205, Centro — 2544-1357. Rua Araújo Porto Alegre70-B, Centro — 2524-5405.Seg a sex, das 11h30m às 16h.C.C.: Nenhum.


O GLOBO NA INTERNET

a Leia mais no blog da críticade gastronomia do GLOBOoglobo.com.br/blogs/lucianafroes

NovosSabores

Gastronomia>>NovosSabores>>Crítica Pé-Sujo<<Gastronomia

Cotação: BomMuito bomExcelente Razoável Ruim

>>Quente!Quente!Quente!<<

(L.F.)

É a velha história: em time queestá ganhando, não se mexe

Divulgação

OSTEAKTARTAREda

PrimaBruschetterianão

convence:omelhordali,de

longe,sãoasbruschettas

LucianaFróes

Prima Bruschetteria. Aculpa talvez tenha sido nos-sa, de ir a uma bruschetteriadas mais festejadas para nãocomer bruschettas. Ou doschefs da Prima Bruschetteria,os jovens Erik Nako e Cristia-no Lanno, que resolveram ti-rar o foco do que fazem demelhor (bruschettas, claro) eapostar em pratos que exi-gem mais prática, habilidadee até mesmo espaço no pre-paro. Resultado: de bowls embowls, desfrutamos de umjantar que só não foi um de-sastre completo porque,quando o tempo fechou devez, pedimos uma dupla debruschettas espetacular.

O problema é que o cardá-pio dali, além de 20 opçõesde bruschettas (conheço vá-rias e gosto muitíssimo), trazsaladas, pastas, risotos e anti-pastos. A fome era grande!Daí, o cuscuz siciliano comcamarão, tomate-cereja e ca-ponata, servido no bowl (R$15, meia-porção), me apete-ceu. Mas, que nada: chegousem gosto, sem graça, sem ca-marão (!) e o grão ainda es-tava no ponto errado. O mistode folhas com peras no balsâ-mico, gorgonzola e nozes —composição, convenhamos,das mais simples — tinha bal-sâmico em excesso. Era ácidona boca, e o azeite, sorry, es-tava rançoso. Além do mais,não é todo mundo que curtecomer salada espremida numbowl, concorda?

Pensei em investir no risotode cogumelos com azeite tru-

fado (no bowl), mas acabeipedindo o steak tartere delchianti com limão-siciliano(R$ 34). Sem bowl. Gostoso,mas a carne chegou escura,salpicada de queijo ralado euma pincelada de ketchup noprato. Chico Mascarenhas, doGuimas (que só serve o pratoaté as 21h49m, para não inco-modar os vizinhos com a ba-teção das facas), me ensinouque steak tartare escuro écongelado. Ah, meus diletíssi-mos chefs, isso não dá... Nãosei se uma casa chamada Pri-ma Bruschetteria precisa ser-vir mais do que bruschettasbenfeitas. Nem se quem vaiali espera por isso. ■

>> Prima Bruschetteria: RuaRainha Guilhermina 95, Leblon —3592-0881. Seg a qua, do meio-dia à meia-noite; qui e sex, domeio-dia à 1h; sáb, das 9h à 1h;dom, das 9h à meia-noite. C.C.:M e V.

Barra limpíssimaO Duo lança, neste fim de semana, uma leva encorpada depratos que estarão nos menus diurno e noturno. Destaques parao cotechino com espinafre e purê de batata (R$ 36); o talharimcom vieiras e lula em sua tinta (R$ 70); o stinco de cordeiro aoforno com risoto de açafrão (R$ 72); o risoto com bacalhau epimenta-verde (R$ 68); o ravióli de cordeiro (R$ 62); o atumgrelhado à siciliana com caponata de legumes (R$ 64), e aindaa adorável palheta de cordeiro ao chianti servida com nhoqueao queijo taleggio (R$ 68), que desmancha na boca.>> Duo: Av. Érico Veríssimo 690, Barra — 2484 4547. Ter a dom,do meio-dia até o último cliente. C.C.: Todos.

Rondade‘cebiches’AchefperuanaMargaritaIsabel,do Intihuasi (2225-7653),comanda,atéodia6,umfestivaldeceviches.Entreasopções,servidasnoalmoçoenojantar,háoCircuitodeCebiches(R$73,mixparadois),aRondadeCebichesdeAltoMar(R$53,compeixesdealtomar)eaRondadeEspeciales (R$69,àbasedevieiras).

Oriente ‘express’OOrienthai,primeirodeliverydecomidatailandesa, indianaedeoutras iguariasdepaísesasiáticos,está funcionandoparaalmoço.ComaunidadedoLeblonemobras,a lojadeBotafogo(RuaNelsonMandela)atendeatodaZonaSul.Aentregavariade30a45minutos.Pedidos:2512-3592ou<www.orienthai.com.br>.

OexecutivodecadadiaOD.R.I,noShoppingdaGávea,agoraoferecemenuexecutivocomsugestõesparacadadiadasemana.CustaR$23,compratoprincipalesalada,e incluicoisascomorisotocomcrispsdepresunto;polpetonedesalmãocombatataearroz integral;pennecommolhodeervase iscasdefrango; lombinhonacachaçaemelcomcouveepurêdebatata;epicadinhocompoché, farofa,arroze feijão.>> D.R.I.: Shopping da Gávea, 3o- piso. Rua Marquês de SãoVicente 52, Gávea — 2259-2058. Seg a sáb, das 10h às 23h;dom, do meio-dia às 22h. C.C.: M e V.

Arigatô, Nik!:O japa Nik Sushi(2512-6446)reformou o salão eo cardápio. Noalmoço, além dobufê, temsugestões da chefe o Nik Executivo,ambos com preçoscamaradas.

No vermelho:O Enotria Bistrô(2429-8101)lança hoje ummenu em que otomate é a estrelamaior. São trêsentradas e seispratos principais.Para quem curte, éum prato cheio.

Japa portátil:O Ipanema Sushi(2512-1116), dosushiman MauroRodrigues,aprendiz do mestreCarlos Ohata, fazeventos em casa.Com direito a sushibar portátil.Maravilha.

VÁRIAS OPÇÕES DERESTAURANTES. ACESSE!

ComerNaWeb.com.br


Pé-Sujo JuarezBecoza

Gastronomia>>NovosSabores>>Crítica Pé-Sujo<<Gastronomia

Blog:www.oglobo.com.br/blogs/juarez

Um botequim de primeira divisão

Juarez Becoza

LUISROBERTOatrásdobalcãodoBarManhãs,

quetocacomafamílianobairrodeIngá,emNiterói

Os irmãos gêmeos Luis Robertoe Carlos Roberto ainda ti-nham longas madeixas louras

quando entraram pela última vez nogramado do Maracanã acompanhan-do o time do América, do qual forammascotes oficiais. Mais de 30 anos de-pois, os cabelos não passam de vagalembrança. Mas o amor pelo alvirru-bro do Andaraí continua intacto. E ex-posto com destaque nos escudos, car-tazes e azulejos vermelho-e-branco dopequeno e simpaticíssimo Bar Ma-nhãs, que tocam com a família no

bairro do Ingá, em Niterói.A casa é um autêntico bunda-de-

fora, em que geladeiras e engradadosexpulsam os clientes para a calçada.A cozinha, caro leitor, nem fica ali. Éna rua ao lado, na casa de dona Ju-lieta, mãe dos gêmeos e responsávelpelo grande trunfo gastronômico dolugar: os pastéis de recheio farto e al-go incomuns, considerados por mui-tos os melhores de Niterói.

Na carteira de quitutes, expostaem uma discreta estufa no canto dobalcão, tem pastel de bacalhau, ca-

labresa, camarão, feijoada, mexi-lhão e mortadela com cebola. Tudoa R$ 2,50. E tem ainda o pastelão defrutos do mar, estrela da casa, quesai por R$ 5. Todos valem mais doque pesam. E fazem desse típico bo-tequinho niteroiense uma atraçãodigna de ser conhecida por boêmiosde todos os cantos da baía. E dequalquer torcida.

>> Bar Manhãs: Rua Doutor Nilo Peçanha81, Ingá, Niterói — 8167-4926. Seg a sex,das 9h às 22h; sáb, das 9h à meia-noite;dom, das 9h às 16h. C.C.: Nenhum.


GastronômicoEspaço O GLOBO • Projetos de Marketing*

Tradução mais saborosa da Lapa, o NOVA CAPELA é lugar de se comer bem e de se aproveitaro ambiente deliciosamente carioca e tradicional. A receita fica mais gostosa com o melhorCabrito da cidade, com arroz de brócolis, batatas coradas e alho, por R$ 82,00. O Javali à Moda(R$ 70,00), as várias receitas de bacalhau (destaque para o Bacalhau à Portuguesa por R$ 96,00e para os imperdíveis bolinhos a R$ 4,00 a unidade). O chope é um capítulo à parte.Avenida Mem de Sá, 96, Lapa.Tel.: 2252-6228.

O sucesso da ROTISSERIASÍRIO LIBANEZA ultrapassa asfronteiras do Largo do Machado.Tradição que vem desde 1972, acasa é famosa por ter a melhoresfiha da cidade, entre outrasdelícias para um lanche rápidoou uma refeição: quibe frito, deforno ou cru; kaftas; arroz comlentilhas; repolho, berinjela, abo-brinha e pimentão recheados;coalhada seca; doces etc.Aceita encomendas eentregas em domicílio.

Largo do Machado 29 ljs. 16 a 19 e 33Tel. 2557-2377 • www.rotisseriasl.com.br

SKYLAB CRIAALMOÇO ESPECIAL

PARA O DIA DAS MÃESPara comemorar a data mais especial do ano para as mães, o SKYLAB criou um menu especial comsaladas, entradas, pratos quentes e sobremesas. Os pratos que, certamente, agradarão aos pala-dares mais exigentes têm como base peixes, crustáceos, aves e carnes vermelhas, além de saladaspara todos os gostos. O almoço terá música ao vivo com voz e violão.

Para a sobremesa, Dacquoise de Pistache, o Coração de Suspiro, o Filhado de Pétalas de Rosase Ópera de Framboesa, além de docinhos especiais batizados de Docinhos da Mamãe.

Av. Atlântica, 3264 - 30º andar - CopacabanaData: 08 de maioHorário: 12h30 à 16hValor por pessoa: R$ 79,00 + 10%Crianças: entre 0 e 6 anos não pagam, entre 7 e 12 anos têm 50% de desconto.Acima de 13 anos tem pagamento integral.Informações e vendas: (21) 2106-1666 e [email protected]

Para comemorar o Dia das Mães em grande estilo, o BISTROT DU LEME preparouum menu especial, que promete agradar os mais exigentes paladares. Com diversasopções de entradinhas, pratos quentes e sobremesas de dar água na boca, o menucriado pelo Chef Paul Valliere pretende transformar o almoço de Dia das Mães emum momento ainda mais especial.Entre as opções de entrada estão o Terrine de salmão com mix de folhas e o Quichede queijo Gruyére.O Cous-cous marroquino com almôndegas de cordeiro e o Bacalhau à moda doChef, com legumes e grão de bico, são algumas das sugestões do Chef Paul Vallierepara o prato principal.Para a sobremesa, a mousse de frutas tropicais e a torta de chocolate e morangoem formato de coração são as opções perfeitas para adoçar um dia tão especialcomo este.O Bistrot du Leme está localizado no trecho mais tranquilo da Avenida Atlântica, ea vista que proporciona a seus frequentadores torna a ocasião ainda mais perfeita.

Data: 08 de maioHorário: 12h30 às 16hEndereço: Av. Atlântica, 656 - LemeInformações e reservas: (21) 2122-5900 / [email protected] por pessoa: R$ 75,00 + 10%Kids Menu / Menu Infantil: R$ 30,00 + 10% Formas de Pagamento: Dinheiro,Cheque e Cartões (Amex, Mastercard e Visa) Horário de funcionamento:De Segunda a Domingo, das 12h a 0h.

BISTROT DU LEME PREPARA MENUESPECIAL PARA O DIA DAS MÃES


Espaço O GLOBO • Projetos de Marketing*

BEBA

COM

MOD

ERAÇ

ÃO

A ADEGA DO CESARE coloca asua receita de tradição a serviçodaquelas que sempre nos brindamcom amor, carinho e dedicação. NoDia das Mães, a pedida é saborearo delicioso cardápio internacionalda casa, que traz Caldeirada de Fru-tos do Mar, Paella, Bacalhau, Filé deBadejo, Paleta de Cordeiro, Leitão,Massas, Pizzas e muito mais. Ospetiscos também merecem aten-ção. Para acompanhar, uma cartade vinhos variada, além de uísquese outras bebidas.Rua Joaquim Nabuco, 44 - lojas A eB, Copacabana. Tel.: 2523-1429.www.adegadocesare.com.br

Tradição, qualidade e uma gastronomia internacional que agrada a todos ospaladares. Essa é a receita do sucesso do ALVARO'S. No cardápio, bacalhau

com brócolis ou à moda do Porto (R$ 100,00), polvo à espanhola ou àprovençal (R$ 70,00), medalhão com arroz à piamontese e muito mais. De en-

trada, uma boa pedida são os pastéis (carne, queijo ou camarão, a R$ 3,50cada). Confira também as ótimas opções da adega.

Av. Ataulfo de Paiva 500 - Leblon • Tels. 2294-2148 / 2194 • www.alvaros.com.br

Em maio, mês do seu aniversário, o AZUMI faz da

fidelidade às raízes a razão do seu sucesso. A autêntica

cozinha caseira japonesa é representada por centenas

de iguarias. No Menu Degustação, são 10 pratos es-

peciais do dia, sobremesa e chá por R$ 140,00 p/ pes-

soa (disponível a partir de duas pessoas). O AZUMI

tem quatro ambientes: salão com mesas, tatame, bal-

cão de grelhados e um ambiente somente para sushis.

Rua Ministro Viveiros de Castro, 127, Copacabana.

Tel.: 2541-4294. Funciona de seg. a quinta e domingo,

das 19h a 0h. Sexta e sábado, das 19h a 01h.

Frutos do mar sempre frescos e de ótima qualidade você encontra no SENTAÍ. O restau-rante, também conhecido como o Rei da Lagosta, tem muitas delícias a oferecer. Entretantas iguarias, destaca-se o Grelhados de frutos do mar com arroz de brócolis(foto). Venha comemorar o Dia das Mães conosco. Mas se preferir o Sentaí também vai atéa sua casa. Ligue e faça já o seu pedido ou sua reserva!De terça a domingo, das 11h às 16h. Rua Barão de São Félix 75, Centro. Tel: 2223-4419.

O nome da casa já lembra as mamães, e no dia delas a LA MAMMA vai caprichar mais ainda tantono buffet a quilo como nos pratos à la carte, com receitas especiais para a data.As pizzas e massasdispensam comentários e também têm tudo para agradar a família inteira.A La Mamma entrega naZona Sul e Barra até o Jardim Oceânico, e no delivery a pizza gigante vale um refri de 2L.Rua Tubira, 43 - Leblon. wwwpizzarialamamma.com.br.Tels.: 2274-7747 / 2274-7197 / 2135-5453.


TrêsDosesAcima DeiseNovakoski

Gastronomia>>TrêsDosesAcima

DurangoKid

Nada se perde,tudo se transforma

Confesso que sou cheia de manias eque estou piorando com a idade —especialmente no que diz respeito à

rotina doméstica. Tenho horror de camamalfeita, de almofadas fora do lugar, de piamolhada e de outras desordens que sóacontecem em uma casa em movimento.Sei que tudo não passa de capricho do meulado maníaco, por isso luto contra a neura.Arrumo quando posso, sem permitir que odesalinho azucrine o meu juízo. Só há umasituação doméstica que ainda não conse-gui controlar: quando abro a porta da ge-ladeira e dou de cara com vários potinhos,cada qual com uma sobrinha diferente decomida. Isso me tira do sério!

A maluquice começa enquanto ainda es-tou à mesa. Todos estão satisfeitos, e a con-versa rola frouxa, mas eu não. Fico avaliandoquem ainda poderá dar fim àquela colheradade ensopado ou à fatia de pudim. É claro quemuitas vezes comi, e ainda como, além daconta (que me desculpem os nutricionistas)só para não dar oportunidade ao fim de festade me escolher no dia seguinte. É que gostode escolher o que vou comer, e não de serescolhida pelo alimento. Pois é isso que acon-tece quando os restinhos estão morando nageladeira: ELES me escolhem. Aqui em casa,tudo tem que ser reaproveitado, até as miga-lhas que ficam sobre a toalha da mesa devemser colocadas para os passarinhos.

Isso me tornou uma especialista em re-ciclagem de alimentos. Na Páscoa, porexemplo, depois do almoço, é natural quese abram todas as caixas e ovos de choco-late. Uma provinha deste, um quadradinhodaquele... No final, as sobras são capricho-samente embrulhadas em papel alumínio eguardadas na geladeira, onde ficam rolan-do por meses até que, um dia, alguém de-cida que estão velhas, com gosto de gela-deira, e jogue tudo fora.

Acabei com esta angústia há duas Pás-coas. Ainda cometo a hipocrisia de embru-lhar e guardar os restos de chocolate, mas sóaté o dia seguinte, quando separo os bran-cos dos escuros, derreto separadamente embanho-maria e guardo em potes de plástico,bem fechados. A mistura, que serve de basepara dois drinques, volta a endurecer, maspode ser utilizada ao longo de meses semperder o sabor. Quando for preparar o drin-que, basta cortar um pedaço e derreter no-vamente. Anote, então, as receitas.

Bombom de Cupuaçu: 300ml de polpade cupuaçu, 50g de sobras de chocolatepreto, 50ml de cachaça envelhecida, 3 ou 4pedras de gelo. Modo de preparo: derreta ochocolate em banho-maria, passe para a co-queteleira, junte os demais ingredientes, ba-ta vigorosamente e passe para o copo emque o drinque será servido. Decore com ras-pas de chocolate e sirva com canudinhos.

Cossaco Branco: 2 doses de vodca, 50gde sobras de chocolate branco,15ml de xa-rope de frutas vermelhas, 3 ou 4 folhinhasde hortelã, 4 ou 5 pedras de gelo. Derreta ochocolate em banho-maria, passe-o para acoqueteleira, junte o gelo e a vodca e batavigorosamente. Em seguida, passe para umcopo com bojo de pé (como os usados pa-ra servir conhaque), finalize flutuando oxarope de frutas vermelhas, que deverádescer para o fundo da taça, fazendo umcontraste com o chocolate branco. Decorecom as folhinhas de hortelã e sirva com ca-nudinhos.

Para aqueles que não dispõem de sobrasde chocolate, vale usar os de tablete. Poisambos ficam deliciosos e são perfeitos pa-ra oferecer no final das refeições, quandofazem duplo papel: de uma sobremesa ede um digestivo.

Experimente e depois me conte.Até sexta-feira.

Um passeio pelahistória do CentroAnimando a Rua Larga leva shows, dança e‘tours’ de jipe gratuitos à Marechal Floriano

JoãoSetteCamara>[email protected].<

OCentro da cidade con-ta tanto sobre nossahistória que não pode-

mos fazer outra coisa que nãoaplaudir os movimentos emprol da revitalização de suasáreas degradadas. A Lapa é,sem dúvida, o lugar que maissentiu essa mudança, que resul-tou em novas opções de lazerpara os cariocas. E a próximaregião a sofrer as agradáveisconsequências da revitalizaçãoé o Beco das Sardinhas e seuentorno, onde está rolando oprojeto gratuito Animando aRua Larga, antigo nome da Ave-nida Marechal Floriano.

O projeto, que começou nodia 8 de abril, tem dois eventosprincipais, sempre nos finais desemana. Todas as sextas, até odia 6 de maio, o Beco das Sar-dinhas é palco de apresentaçõescoreografadas da Companhiade Dança do Centro Cultural Ca-rioca e de shows do grupo Cho-ro na Feira, aquele da feira daGeneral Glicério, em Laranjeiras.

Com direção artística de IsnardManso, o evento conta com umoutro detalhe legal: a presençade professores, que convidam eensinam o público a dançar.Além disso, o horário dos shows,das 18h às 21h, é perfeito para sefazer ao mesmo tempo umahappy hour nos bares do Becodas Sardinhas.

Já aos sábados, o Animandoé dedicado à história. Até 2 dejulho, às 9h, no Centro CulturalLight, são ministradas oficinassobre a história da região queservem de preparação para opasseio que vem em seguida:um roteiro de jipe pelos prin-cipais pontos da antiga RuaLarga e do Morro da Concei-ção. Como a lotação máxima éde 20 pessoas, é recomendávelque os interessados nas ofici-nas e visitas guiadas façam re-serva pelo telefone. ■

>> Animando a Rua Larga: Choroe dança: Beco das Sardinhas, Centro.Sex, das 18h às 21h (até 6 demaio). Oficinas e visitas guiadas:Centro Cultural Light. Av. MarechalFloriano 168, Centro. Informações einscrições: 2233-3690. Sáb, às 9h(até 2 de julho). Grátis. Livre.


Cinema

Sganzerla à luz dos novos temposConsiderado um dos mais importantes cineastas do país, o diretor que virou referência de vanguarda ganha mostra

Divulgação

ROGÉRIOSGANZERLA:diretoréhomenageadocomretrospectivadesuaobranaCaixaCulturalRio, reunindotodososseus longas-metragensealgunsdosmelhorescurtas

RuyGardnier

Por que assistir aos filmesde Rogério Sganzerla?Simples: porque eles são

verdadeiros vulcões de vitali-dade e irreverência, uma gol-fada de ar puro na cara do ci-nema mauricinho de ontem ede hoje, uma síntese surpreen-dente de sensibilidade pop esofisticação de linguagem, ini-gualada até hoje no cinemabrasileiro. A mostra “A luz e ocinema de Rogério Sganzer-la”, que foi inaugurada terça-feira e que vai até o dia 8 demaio na Caixa Cultural Rio,exibe os filmes mais significa-tivos do cineasta — todos oslongas e algumas preciosida-des em curta-metragem — e éuma oportunidade única paratravar contato com a obra deum artista que causou inúme-ras celeumas, rachou a van-guarda de seu tempo e cons-truiu um panorama de refe-rências em que convivemcom toda naturalidade nomescomo Noel Rosa, Orson Wel-les, João Gilberto, Zé Boniti-nho, Jimi Hendrix e Luiz Gon-zaga, entre muitos outros.

O cenário é o final dos anos1960. Sganzerla, então com 22anos, surge com “O Bandido daLuz Vermelha” e abocanha qua-tro prêmios no Festival de Bra-sília de 1968, entre eles os demelhor filme e diretor. O impac-to é imediato, porque o filme ar-ticula em ritmo vertiginoso umasérie de referências que vão dabaixa à alta cultura — progra-mas radiofônicos de crime, ci-nema noir, histórias em quadri-nhos, nouvelle vague — e osten-ta um desprendimento bem-hu-morado que destoa sensivel-

mente do cinema autoral doperíodo, que tendia a ver o popcomo a manifestação de umconsumismo alienante. “O Ban-dido da Luz Vermelha” dividiu acena da época, mas hoje o fil-me é um marco do cinema bra-sileiro, obrigatório em qualquerhistória cultural do período eem qualquer curso de cinemadigno desse nome.

A obra de Sganzerla, no en-tanto, é muito diversificada enão se reduz apenas à sua rea-lização mais famosa. Ela passapor cinco décadas e projetosmuito diferentes, mantendo al-guns elementos de estilo, mas

experimentando diversas for-mas de expressão. Em “A mu-lher de todos”, ele radicaliza oapelo pop, criando uma chan-chada vanguardista rica em ca-racterizações estilizadas, em es-pecial a de Helena Ignez. Em“Tudo é Brasil”, ele explora o ci-nema de colagem, montandomateriais de arquivo para criar,através da história da visita deOrson Welles ao Brasil, em1942, uma das mais belas odesà cultura carioca dos anos1930-1940 e ao refinamento po-pular dos artistas do período.

Sganzerla tinha um talentocolossal de frasista e criava ti-

radas e diálogos que podiamir da ironia crítica ao nonsen-se quase dadaísta. Essa verveperpassa toda sua obra, dosprimeiros filmes à sua últimarealização, “O signo do caos”,um olhar agudo sobre todosos entraves que a ganância im-põe à criação artística. Masengana-se quem acha que seuhumor só produziu diversãoevasiva. Diversão há, aindabem, mas todas as suas risa-das, todos os seus persona-gens bitolados, todas as suasmusas doidivanas pertencema um mesmo esforço de inves-tigar a mentalidade brasileira,

tanto em sua genialidadequanto em sua estupidez (tal-vez principalmente a estupi-dez). Rir também provocaquestionamentos, e essa liçãoé outro dos inúmeros motivospelos quais se deve assistir aSganzerla. ■

NO SITE E NO CELULAR:Assista aos vídeos comtrechos de filmes damostrahttp://migre.me/4mUs7

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Cinema>>AsEstreiasdaSemana

Sob o martelo de Kenneth BranaghAtor shakesperiano transforma o herói de quadrinhos Thor, deus do trovão, num filme sobre os bastidores do poder

Divulgação

CHRISHEMSWORTHeAnthonyHopkinsdividemacenaem“Thor”,adaptaçãocinematográficadeumdosmaisqueridosheróisdashistóriasemquadrinhos,queestreiahoje

EduardoGraça*

Opoderoso Thor e “Ote-lo”, os quadrinhos daMarvel e a dramaturgia

de Shakespeare, na mesma te-la? Quando Kenneth Branaghfoi escalado para dirigir a adap-tação cinematográfica de umdos mais queridos heróis dosquadrinhos, fãs rezaram aosdeuses vikings para que o dire-tor, conhecido como “o britâni-co de Belfast” e famoso porsuas adaptações de obras-pri-mas do Bardo para a tela, como“Henrique V” e “Hamlet”, nãodeixasse a ação de lado e caís-se na tentação de fazer um fil-me-cabeça. É verdade que a As-gard (espécie de Olimpo da mi-tologia nórdica) do ex-maridode Emma Thompson tem deu-ses negros e asiáticos dividindoespaço com os caucasianosOdin, de sir Anthony Hopkins,e Loki, do ótimo Tom Hiddles-ton. Mas, com exceção desta li-berdade criativa, imperou o res-peito à criação quase cinquen-tenária de Stan Lee, Jack Kirbye Larry Lieber.

— Nem tinha como ser dife-rente. Desde o início, queria fa-zer, pela primeira vez na vida, ci-nema-pipoca. Nunca havia feitonada nesta escala. E, nem sequisesse, eu poderia mudar ooriginal. Havia um grupo deconselheiros da Marvel acom-panhando meus passos, o que,no fim, foi ótimo. Para detalhescomo a arquitetura de Asgard,contei com a expertise deles —conta o diretor, entre uma e ou-tra porção de nozes e frutas se-cas, seu almoço no dia ensola-rado de primavera reservado pa-ra entrevistas em Londres.

Branagh é fã das histórias do

Deus do Trovão desde moleque.Num belo ensaio publicado narevista “Empire”, ele se recordade quando comprou, pela pri-meira vez, o gibi de um super-herói diferente, “similar a San-são ou a Hércules, pois pareciater sido feito de granito...” Maisde três décadas depois, quandofilmava na Suécia a série “Wal-lander”, da BBC, recebeu o con-vite da Marvel para levar “Thor”para o cinema em 3-D. Aceitousem pestanejar.

— Por conta deste fascíniopelo personagem, passei mesesanalisando gravações de atores,do mundo todo, interessadosem encarnar Thor. Chr i sHemsworth fez uma primeiraaudição, mas estava gripado eas coisas não andaram bem. Eu

não sabia direito que Thor que-ria mostrar no cinema. Quandoafinal descobri, logo liguei parao Chris. A gripe tinha passado.Nós já tínhamos algumas cenasdo roteiro. Ele leu o texto e tive acerteza: ali estava Thor, bruto,agressivo, romântico na medidacerta! — diz Branagh.

Loiro, alto, olhos claros, mus-culoso, o australiano ChrisHemsworth parece mesmo des-tinado a empunhar Mjolnir, o fa-moso martelo do Deus do Tro-vão. Curiosamente, entre oscompetidores para o papel esta-va seu irmão mais velho, Luke. Eo destaque no filme fica porconta dos dramas familiares ce-lestiais e das boas atuações deHemsworth e Hiddleston, perfei-tos na luta pelo trono do idoso

pai. Nenhuma surpresa: Bra-nagh é festejado por seu traba-lho na direção dos atores, maisdo que pelos efeitos especiaisdo filme. Mesmo assim, é bomprestar atenção na assustadora egélida apresentação de Jotu-nheim, o lugar onde vivem osperigosos gigantes, que guar-dam um segredo fundamentalpara o desenrolar da trama.

Neste primeiro “Thor” — osatores assinaram um contratode seis filmes, incluindo apari-ções em outras franquias daMarvel, como “Os Vingadores”—, Branagh investe nas tramoias(que parecem shakespearianas)da corte de Asgard, que culmi-nam num confronto monumen-tal em Bifrost, a Ponte de Arco-Íris, portal místico que liga a ter-

ra dos deuses ao planeta dosmortais. E, claro, deixam as por-tas escancaradas para uma se-quência.

Esta hipótese faz brilhar osolhos de Branagh, de 50 anos:

— Thor é uma investigaçãodos bastidores do poder, peloviés dos arquétipos de uma mi-tologia riquíssima. O que é umlíder de verdade? Como se dãoas grandes sucessões políticas?Quando uma era termina e ou-tra começa? Há tanto para con-tar... — diz ele, esfregando asmãos e transformando-se, aindaque por um momento, no garo-to curioso da cinzenta Belfast,do fim dos anos 1960. ■

* Eduardo Graça é colunistado GLOBO


Asestreiasdasemana<<Cinema

Um filme dos deusesFotos de divulgação

CHRISHEMSWORTHviveThor,umdeusmitológicoentreossimplesmortais

MarioAbbade

‘Thor’. Pelo tom pomposo dosdiálogos, “Thor” tinha tudo paradar errado, segundo a padroniza-ção das atuais produções para ocinema de super-heróis dos qua-drinhos. A escolha do diretorKenneth Branagh para coman-

dar o projeto foi determinantepara o admirável resultado. Ten-do adaptado diversos textos deShakespeare para as telas, Bra-nagh percebeu certas semelhan-ças entre o universo literário dodramaturgo inglês com a Asgardde Stan Lee, Jack Lirby e LarryLieber — as idiossincrasias danobreza. Partindo desse concei-to, o cineasta inseriu coerência eseriedade à versão da mitologianórdica publicada em quadri-nhos pela editora Marvel.

Kenneth Branagh equilibraessa consistência filosófica al-ternando humor e aventura,para demonstrar que mesmoum deus belo e poderoso pre-cisa entender as consequên-cias de seus atos. Em paralelo,inspira-se na passagem bíblicade Caim e Abel para retratarThor e seu irmão Loki. A epís-tola torna os lendários perso-nagens acessíveis a diferentespúblicos. “Thor” é um espetá-culo suntuoso.

No caminho da História

MILHARESDEperegrinosparticipamdoeventoanualquedánomeaodocumentário

MarioAbbade

‘Marcha da vida’. Depois doprêmio especial do júri no Fes-tival de Sundance em 2005com o documentário “After theinnocence”, a cineasta JessicaSanders mira suas lentes em

um respeitável evento anualsobre a conscientização dasatrocidades cometidas contraos judeus na Segunda GuerraMundial: “Marcha da vida”.Nesse projeto, Sanders registraa peregrinação de milhares depessoas, de mais de 40 países,ao lado da última geração desobreviventes do Holocausto,com o objetivo de percorrer ocaminho da morte dos prisio-neiros dos campos de concen-

tração na Polônia. A viagemtermina em Jerusalém, duran-te a comemoração dos 60 anosdo Estado de Israel.

A cineasta americana coletadepoimentos dos participantesda jornada, focando nas delega-ções oriundas de Los Angeles,São Paulo e Berlim. E investe noformato acadêmico, sem perdero ritmo, resultando em um lumi-noso documento de resistênciacontra futuras injustiças.


Cinema>>AsEstreiasdaSemana

PAULRUDD(nocolodeJackNicholson)éumaexceçãodetalentonumfilmechocho

Sem a magia do circo

SusanaSchild

‘Água para elefantes’. Com-parar “Water for elephants” (títu-lo original) a clássicos como “Ocirco”, de Charles Chaplin, ou“Noites de circo”, de IngmarBergman, seria covardia. Inspira-do no best-seller de Sara Gruen,o diretor Francis Lawrence des-

perdiçou os elementos mais for-tes do gênero: a magia do pica-deiro (decadente ou não), adramaticidade de personagensprincipais (humanos ou ani-mais) e a fauna de coadjuvan-tes. Preferiu se concentrar no in-sosso triângulo platônico entre omocinho outsider Jacob (RobertPattinson, o vampiro da série“Crepúsculo”, em atuação anê-mica), a estrela do show Marle-na (Reese Witherspoon, inex-pressiva) e seu o marido-chefão-vilão August (Christoph Waltz,

caricatura da energia reveladaem “Bastardos inglórios”).

Narrado em flashback e situa-do na época da depressão, o fil-me demora a pegar, e quando oconflito eclode, fica muitoaquém de suas ambições. Oúnico momento de encanto ca-be à sofrida elefanta Rosiequando mostra que língua en-tende naquele circo sem mági-ca. Valores de produção (foto-grafia, principalmente) não sal-vam a trama de um marasmomelodramático e sonolento.

Melhor é bem possível

RodrigoFonseca

‘Como você sabe’ (“How doyou know”) sobrevive ao longode 121 desiguais minutos gra-ças a um só talento: Paul Rudd,que vem se destacando desdesua inclusão na “trupe” do ci-neasta Judd Apatow (“O virgem

de 40 anos”), maior revelaçãoda comédia nos anos 2000. Masesta produção não traz a grifeApatow nos créditos, e sim amarca (cansada) de James L.Brooks, produtor de “Os Simp-sons”, que surpreendeu ao es-trear na direção com “Laços deternura”, em 1983.

Ao construir um triânguloamoroso entre um atleta gara-nhão (Owen Wilson), uma joga-dora de softbal recém-dispensa-da (Reese Witherspoon, cons-

trangedora) e um executivo sobinvestigação (Rudd, indo da mi-serabilidade à redenção comelegância), Brooks tenta reto-mar o tom lírico de seu filmemais denso: “Melhor é impossí-vel”. Resgatou até Jack Nichol-son, escalando-o como o pai pi-careta de Rudd. Mas, apesar dealgumas cenas tocantes, seu no-vo longa, castrado por um finalchocho, carece de vitalidade ede diálogos refinados — o fortede Brooks no passado.

Sem descobrir a Índia

TatianaMonassa

‘O sonho bollywoodiano’. Osonho do título está mais parauma utopia: ao percorrerem aÍndia em busca da realização deum projeto profissional, as trêspersonagens (Paula Braun, Na-

taly Cabanas e Mohana Krishna)encontram apenas ruas sem saí-da. Nada é de fato concretizadoem seu trajeto, seja em termosde suas projeções fantasiosas,seja em termos de percursos deaprendizado, tornando o filmeum apanhado de expectativas.

Embora queira nos fazer crerque as moças descobrem umarealização de outra natureza notrajeto, e se reconfiguram noque seria uma espécie de jorna-

da espiritual, o filme conseguesintetizar apenas um sentimen-to: o de que a cultura brasileiraestá muito pouco aberta ao in-tercâmbio. A autoimportânciadas três atrizes ofusca o mundoem torno delas, sem deixar es-paço para que o contraste cul-tural seja produtivo. Assim comoem “Quem quer ser um milioná-rio?”, a suposta homenagem àcultura indiana se revela umaexploração de clichês.

PAULABRAUN,NatalyCabanaseMohanaKrishna: trêspersonagens,muitosclichês


NO SITE E NO CELULAR: Assistaao vídeo com um clipe do filmehttp://migre.me/4mdp3

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ROBERTPATTINSONeReeseWitherspoon,comaelefanta:atuações inexpressivas

NO SITE E NO CELULAR: Assistaao vídeo com uma cena do filmehttp://migre.me/4medS

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OBonequinhoViu...

> ‘Cisne negro’ — “Darren Aronofsky li-berta o demônio que mora na graciosaNatalie Portman.” (R.F.)

> ‘Contracorrente’ — “Mostra comouma boa história pode ser contada de ma-neira eficiente, mesmo com poucos recur-sos financeiros.” (M.J.)

> ‘Incêndios’ — “Apoiado em roteiro bri-lhante, interpretações intensas, alta qua-lidade de fotografia e trilha sonora, DennisVilleneuve exibe forte domínio narrativo.”(S.S.)

> ‘Paulo Gracindo — O Bem Amado’— “Tem o efeito emotivo de um ’Vinicius’ao cubo.” (R.F.)

> ‘O pequeno Nicolau’ — “Um filmeinesquecível.” (E.R)

> ‘Rio’ — “É difícil segurar o fôlego frenteà exuberância de seu visual.” (R.F.)

> ‘O sequestro de um herói’ — “Bel-vaux faz um filme de gênero sem recorreraos clichês de thriller policial.” (M.J.)

> ‘Um lugar qualquer’ — “Sofia Coppo-la faz com delicadeza uma exegese do té-dio a partir de uma relação de paternida-de.” (R.F.)

> ‘127 horas’ — Para R.F., o bonequinhoaplaude sentado: "A taquicardia na montagem sóamplifica o espírito anárquico que norteia a obrade Danny Boyle". Para M.J., o bonequinho sai:"Boyle transforma o filme em uma colagem devideoclipes com estética publicitária."> ‘Além da vida’ — Para M.A., o bonequinhoaplaude sentado: “Mais um filme audacioso deEastwood.” Para A.M., o bonequinho dorme:“Ouve-se um ou outro suspiro na plateia, mas láno fundinho bate aquela desconfiança de quealguma coisa não se encaixou bem.”> ‘Amor?’ — “Mistura-se na tela o melhor dedois mundos: o ficcional e o documental.” (R.F.)> ‘O amor chega tarde’ — “A trama éabordada com delicadeza e humor.” (S.S.)> ‘Bebês’ — “Um bem-humorado tratadoantropológico.” (E.R.)> ‘Cópia fiel’ — “Realização impecável, po-de frustrar os súditos do diretor iraniano, mastambém seduzir e intrigar por sua trama bemurdida.” (S.S.)> ‘O discurso do rei’ — “Não é nada alémda fala de um homem. E é justamente isso queo faz tão interessante.” (A.M.)> ‘Gigante’ — “Prescinde de palavras para

contar uma história de gente comum.” (E.R.)> ‘Homens e deuses’ — “Uma obraaustera, reflexiva e extremamente contem-porânea.” (S.S.)> ‘Joy Division’ — “Complemento perfeitopara o filme ’Control’.” (T.L.)> ‘Natimorto’ — Para R.F., o bonequinhoaplaude sentado: “Mutarelli é um formuladorde alegorias.” Para R.G., o bonequinho dorme:“O universo de Mutarelli é mantido, mas o fil-me deixa transparecer apenas o esboço.”> ‘Que mais posso querer’ — “Soldininão transforma o longa em libelo contra oadultério.” (M.A.)> ‘Thor’ — “Um espetáculo suntuoso.”(M.A.)

> ‘Invasão do mundo: Batalha de LosAngeles’ — “Um longa visualmente insti-gante, mas com dramaturgia vazia.” (R.F.)> ‘Jogo de poder’ — “Peca pela superficia-lidade da trama e dos personagens.” (A.M.)> ‘Marcha da vida’ — “Um luminoso do-cumento de resistência contra futuras injus-tiças.” (M.A.)> ‘A minha versão do amor’ — “Apenascorreto.” (R.G.)> ‘Nana Caymmi em Rio Sonata’ — “Cos-tura depoimentos com delicadeza, embora semrefinamento plástico de montagem.” (R.F.)> ‘Pânico 4’ — “Não chega ao nível do primei-ro, mas contém momentos antológicos.” (M.A.)> ‘O retrato de Dorian Gray’ — “Uma po-derosa crônica ao narcisismo e à obsessivabusca pela juventude.” (M.A.)> ‘Sexo sem compromisso’ — “Não é maisdo que um passatempo corriqueiro.” (T.L.)> ‘Sobrenatural’ — “O roteiro preserva asensação de ameaça constante.” (M.A.)> ‘Sucker Punch — Mundo surreal’ —"Uma alegórica jornada pela loucura." (R.F.)

> ‘Animais unidos jamais serão ven-cidos’ — “A função educativa é até cum-prida a contento, mas a narrativa sofre.”(T.M.)> ‘Com você sabe’ — “Carece de vitali-dade e de diálogos refinados.” (R.F.)> ‘Esposa de mentirinha’ — “A duplaAdam Sandler/Jennifer Aniston tem charme eempatia, mas o filme jamais acha um ritmo.”(R.G.)> ‘A garota da capa vermelha’ — “Nãoconsegue equilibrar terror com romanceadolescente.” (M.A.)> ‘Hop — Rebeldes sem Páscoa’ — “Aexperiência é enfadonha para as criançase os adultos.” (M.A.)> ‘Sem limites’ — “Tem alguns dos mo-vimentos de câmera mais incríveis dos últimosanos, mas isso não é o bastante.” (A.M.)> ‘O sonho bollywoodiano’ — “A su-posta homenagem à cultura indiana se re-vela uma exploração de clichês.” (T.M.)> ‘VIPs’ — “Um mero filme de ação.”(A.M.)

> ‘As mães de Chico Xavier’ — “É umretrocesso narrativo.” (R.F.)

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> ‘Biutiful’ — “É coerente com a obra docineasta.” (S.S.)> ‘Bróder’ — “Conjuga competência téc-nica e alta voltagem emotiva.” (R.F.)> ‘Eu sou o número quatro’ — “Não es-capa dos chavões, mas traz muitos e bonsmomentos de ação.” (E.R.)> ‘O guerreiro Genghis Khan’ — “Olonga tropeça na montagem.” (R.F.)

> ‘Água para elefantes’ — “Nada salva atrama de um marasmo melodramático e so-nolento.” (S.S.)


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Nos Bairros

ZonaSul> Cine Glória — Praça Luís de Camões,s/nº, Memorial Getúlio Vargas, subsolo, Gló-ria — 2556-1586. O cinema funciona de tera dom. (116 lugares): Bebês, 14h (excetoseg), 18h (exceto seg); e Marcha da vida,16h (exceto seg), 20h (exceto seg). R$ 12(ter, qua e qui) e R$ 14 (sex a dom).

> Cine Joia — Av. Nossa Senhora de Copa-cabana, subsolo H, Copacabana — 2236-5624. Sala 1 (87 lugares): Paulo Gracindo -O Bem Amado, 14h30m; Gigante, 17h; O

guerreiro Genghis Khan, 19h30m; e Joy Di-vision, 22h. R$ 10.

> Cinemark Botafogo — Praia de Botafo-go, 400, Botafogo Praia Shopping, 8° piso,Botafogo — 2237-9485. Sala 1 (124 luga-res): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,12h50m, 15h, 17h20m; e Eu sou o númeroquatro, 19h40m, 22h10m. Sala 2 (139 lu-gares): Água para elefantes, 13h30m,16h20m, 19h, 21h40m, 0h20m (sex esáb). Sala 3 (219 lugares): Thor, 12h20m,14h50m, 17h40m, 20h20m, 23h (sex esáb). Sala 4 (186 lugares): Rio, dub,11h10m, 13h40m, 16h10m, 18h30m; ePânico 4, 20h50m, 23h20m (sex e sáb). Sa-la 5 (290 lugares) : Rio, (3-D), dub,12h10m, 14h30m, 16h50m, 19h10m; leg,21h30m, 0h05m (sex e sáb). Sala 6 (290lugares): Thor, (3-D), dub, 13h; leg,15h40m, 18h20m, 21h, 23h40m (sex esáb). R$ 13 (qua), R$ 14 (seg, ter e qui, atéas 17h), R$ 16 (seg, ter e qui, após as 17h),R$ 17 (sex a dom e feriados, até as 17h), R$19 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$22 (qua, 3-D), R$ 23 (seg, ter e qui, 3-D) eR$ 27 (sex a dom e feriados, 3-D). Maioresde 60 anos e crianças menores de 12 pagammeia-entrada. Toda a semana, na SessãoDesconto, é selecionado um filme nas ses-sões das 15h em que o espectador paga R$4 (consulte qual é o filme da semana por te-lefone, no site www.cinemark.com.br ou nopróprio cinema).

> Cinépolis Lagoon — Av. Borges de Me-deiros 1.424, Estádio de Remo da Lagoa, Le-blon — 3029-2544. Sala 1 (235 lugares):Como você sabe, 11h (sáb e dom), 13h30m,16h, 18h30m, 21h, 23h35m (sex e sáb).Sala 2 (150 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa , dub, 11h10m (sáb e dom),13h20m, 15h35m, 17h40m; e Eu sou o nú-mero quatro, 19h50m, 22h10m. Sala 3(162 lugares) : Água para elefantes ,12h55m, 15h30m, 18h05m, 20h40m,23h15m (sex e sáb). Sala 4 (173 lugares):Rio, (3-D), dub, 11h25m (sáb e dom),13h40m, 15h50m; leg, 18h, 20h10m,22h20m. Sala 5 (161 lugares): Rio, (3-D),dub, 12h40m, 14h50m, 17h; e A minhaversão do amor, 19h10m (até qua), 21h50m(até qua). Sala 6 (232 lugares): Thor, (3-D),11h30m (sáb e dom), 14h, 16h30m, 19h,21h35m, 0h05m (sex e sáb). R$ 19,50 (sega qui, exceto feriados), R$ 23,50 (sex a dome feriados), R$ 25,50 (seg a qui, exceto fe-riados, 3-D) e R$ 29,50 (sex a dom e feria-dos, 3-D).

> Espaço de Cinema — Rua Voluntários daPátria, 35, Botafogo — 2266-9952. Sala 1(267 lugares): A minha versão do amor, 14h,19h; e Homens e deuses , 16h40m,21h40m. Sala 2 (228 lugares): O amor che-ga t a r de , 14h30m, 16h15m, 18h ,19h45m, 21h30m. Sala 3 (104 lugares):Marcha da vida, 13h50m, 15h30m, 17h,18h30m; e Nana Caymmi em Rio Sonata,20h, 21h50m (exceto seg e qua). R$ 15 (sega qui) e R$ 18 (sex a dom e feriados).

> Espaço Museu da República — Rua doCatete, 153, Catete — 3826-7984. (90 lu-gares) : Homens e deuses , 15h20m,17h40m, 20h. R$ 10 (seg a qui) e R$ 12(sex a dom e feriados).

> Estação Botafogo — Rua Voluntários daPátria, 88, Botafogo — 2226-1988. Sala 1(280 lugares): Incêndios, 14h, 18h40m (atéqua); e Cópia fiel, 16h30m, 21h10m (atéqua). Sala 2 (41 lugares): O pequeno Nico-lau, 13h, 17h15m; Além da vida, 14h50m;Biutiful, 19h; e O sequestro de um herói,21h40m. Sala 3 (66 lugares): Que mais pos-so querer, 13h50m, 17h50m; Bebês,16h10m, 20h10m; e O retrato de DorianGray, 21h50m. R$ 15 (seg a qui) e R$ 18(sex a dom e feriados).

> Estação Ipanema — Rua Visconde dePirajá, 605, Ipanema — 2279-4603. Sala1 ( 141 l u ga r e s ) : Como você sabe ,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Sala 2

(163 lugares): O amor chega tarde, 14h(exceto ter e qua), 15h45m, 17h30m,19h15m, 21h. R$ 16 (seg a qui) e R$ 20(sex a dom e feriados).

> Estação Laura Alvim — Av. Vieira Souto,176, Ipanema — 2267-4307. Sala 1 (73 lu-gares): Marcha da vida, 12h50m, 16h20m;Nana Caymmi em Rio Sonata, 14h40m,18h; Cópia fiel, 19h40m; e Que mais possoquerer, 21h45m. Sala 2 (37 lugares):Amor?, 13h, 17h30m; A minha versão doamor, 15h, 19h30m; e O discurso do rei,22h. Sala 3 (45 lugares): Homens e deuses,14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. R$ 16(seg a qui) e R$ 20 (sex a dom e feriados).

> Estação Vivo Gávea — Rua Marquês deSão Vicente, 52, Shopping da Gávea, 4º piso,Gávea — 3875-3011. Sala 1 (79 lugares):Bebês, 13h, 16h40m, 20h20m; e Amor?,14h30m, 18h20m, 22h. Sala 2 (126 luga-res): Como você sabe, 14h20m, 16h50m,19h10m, 21h30m. Sala 3 (91 lugares): Aminha versão do amor, 13h40m, 16h20m,19h (exceto ter), 21h50m. Sala 4 (84 luga-res): Homens e deuses, 13h30m, 17h40m,21h40m (exceto seg); e Nana Caymmi emRio Sonata, 16h, 20h. Sala 5 (156 lugares):O amor chega tarde , 14h, 15h50m,17h50m, 19h30m, 21h20m. R$ 18 (seg aqui) e R$ 24 (sex a dom e feriados).

> Instituto Moreira Salles — Rua Mar-quês de São Vicente, 476, Gávea — 3284-7400. O cinema funciona de ter a dom. Sala1 (120 lugares): Cinema no IMS-Rio, sex adom (ver programação de filmes); e Amor?,14h (ter, qua e qui), 16h (ter, qua e qui), 18h(ter e qui), 20h (ter e qui). R$ 15 (ter, qua equi) e R$ 17 (sex a dom e feriados). Para Ci-nema no IMS-Rio, R$ 10.

> Kinoplex Fashion Mall — Estrada da Gá-vea, 899, Fashion Mall, 2º piso, São Conrado— 2461-2461. Sala 1 (139 lugares): Águapara elefantes, 13h30m (sáb e dom), 16h,18h30m, 21h. Sala 2 (195 lugares): Thor,(3-D), 14h (sáb e dom), 16h30m, 19h,21h30m. Sala 3 (114 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 14h10m (sáb edom); Rio, dub, 16h10m; e A minha versãodo amor, 18h20m, 21h10m. Sala 4 (129 lu-gares): Como você sabe, 13h50m (sáb edom), 16h20m, 18h50m, 21h20m. R$ 20(seg a qui), R$ 24 (sex a dom e feriados), R$26 (seg a qui, 3-D) e R$ 30 (sex a dom eferiados, 3-D).

> Kinoplex Leblon — Av. Afrânio de MeloFranco, 290, Shopping Leblon, 4º piso, Le-blon — 2461-2461. Sala 1 (170 lugares):Rio, dub, 14h10m, 16h10m, 18h10m (sábe dom); e A minha versão do amor, 18h10m(exceto sáb e dom), 21h10m, 23h59m (sexe sáb). Sala 2 (171 lugares): Como você sa-be, 14h (exceto sáb e dom), 16h30m (excetosáb e dom), 19h, 21h30m, 23h55m (sex esáb); e Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h30m (sáb e dom), 16h40m (sáb e dom).Sala 3 (172 lugares): Thor, 13h30m, 16h,18h30m, 21h, 23h30m (sex e sáb). Sala 4(161 lugares): Rio, (3-D), dub, 13h (sáb edom), 15h10m, 17h20m, 19h30m; leg,21h45m, 23h50m (sex e sáb). R$ 20 (seg aqui, exceto feriados), R$ 24 (sex a dom e fe-riados), R$ 26 (seg a qui, 3-D) e R$ 30 (sexa dom e feriados, 3-D).

> Leblon — Av. Ataulfo de Paiva, 391, lojasA e B, Leblon — 2461-2461. Sala 1 (640lugares): Água para elefantes, 13h30m (sábe dom), 16h, 18h30m, 21h. Sala 2 (300 lu-gares): Thor, (3-D), dub, 14h; leg, 16h30m,19h, 21h30m. R$ 20 (seg a qui, exceto fe-riados), R$ 24 (sex a dom e feriados), R$ 26(seg a qui, exceto feriados, 3-D) e R$ 30 (sexa dom e feriados, 3-D).

> Rio Sul — Rua Lauro Müller, 116, Shop-ping Rio Sul, 4º piso, Botafogo — 2461-2461. Sala 1 (159 lugares): Rio, dub,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 2(209 lugares): Thor, (3-D), dub, 14h,16h30m; leg, 19h, 21h30m. Sala 3 (151lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h10m; e Como você sabe, 16h15m,18h45m, 21h15m. Sala 4 (156 lugares):Água para elefantes, 14h10m, 16h40m,19h10m, 21h40m. R$ 14 (qua), R$ 15(seg, ter e qui, até as 17h), R$ 17 (seg, ter equi, após as 17h), R$ 18 (sex a dom e fe-riados, até as 17h), R$ 20 (sex a dom e fe-riados, após as 17h), R$ 23 (seg a qui, 3-D)e R$ 26 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Roxy — Av. Nossa Senhora de Copacaba-na, 945, Copacabana — 2461-2461. Sala 1(304 lugares) : Água para elefantes ,13h30m (sáb e dom), 16h, 18h30m, 21h.Sala 2 (306 lugares): Rio, dub, 14h10m,16h15m (sáb e dom); e Como você sabe,16h15m (exceto sáb e dom), 18h45m,21h15m. Sala 3 (309 lugares): Thor, (3-D),

dub, 14h; leg, 16h30m, 19h, 21h30m. R$14 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui, até as 17h),R$ 17 (seg, ter e qui, após as 17h), R$ 18(sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 20(sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 23(seg a qui, 3-D) e R$ 27 (sex a dom e feria-dos, 3-D).

> São Luiz — Rua do Catete, 311, Largo doMachado — 2461-2461. Sala 1 (140 luga-res): Como você sabe, 14h10m (exceto sáb edom), 16h40m, 19h10m, 21h40m; e Hop —Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h30m (sáb edom). Sala 2 (258 lugares): Água para elefan-tes, 13h50m (sáb e dom), 16h20m, 18h50m,21h20m. Sala 3 (267 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h; leg, 16h30m, 19h, 21h30m. Sala4 (149 lugares): Rio, (3-D), dub, 13h10m (sábe dom), 15h10m, 17h20m, 19h30m; leg,21h50m. R$ 14 (qua), R$ 15 (seg, ter e qui,até as 17h), R$ 17 (seg, ter e qui, após as17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, até as 17h),R$ 20 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$24 (seg a qui, 3-D) e R$ 28 (sex a dom e fe-riados, 3-D).

> Unibanco Arteplex — Praia de Botafogo,316, Botafogo — 2559-8750. Sala 1 (150lugares): Água para elefantes, 14h (até qua),16h30m, 19h, 21h30m, 0h (sáb). Sala 2(126 lugares): Natimorto, 14h, 16h, 18h,20h, 22h, 0h (sáb). Sala 3 (109 lugares): Osonho bollywoodiano, 14h, 16h, 20h; e Con-tracorrente, 18h, 22h, 0h (sáb). Sala 4 (165lugares): Thor, (3-D), dub, 13h30m; leg,16h, 18h30m, 21h, 23h30m (sáb). Sala 5(136 lugares): Bróder, 13h, 16h30m,20h10m; e Amor?, 14h40m, 18h10m, 22h,0h (sáb). Sala 6 (250 lugares): Rio,14h30m, 17h, 19h30m, 22h, 0h (sáb). R$14 (qua), R$ 16 (seg, ter e qui), R$ 20 (sexa dom e feriados), R$ 24 (seg a qui, 3-D) eR$ 26 (sex a dom e feriados, 3-D).

BarradaTijuca/Recreio> Cinemark Downtown — Av. das Améri-cas, 500, Downtown, bloco 17, 2º piso, Barra— 2494-5004. Sala 01 (143 lugares): Eusou o número quatro, 14h05m, 16h35m,19h10m, 21h40m. Sala 02 (131 lugares):Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 12h40m,15h, 17h20m, 19h40m; e Sobrenatural,22h05m, 0h20m (sex e sáb). Sala 03 (261lugares): Thor, 12h30m, 15h10m, 17h50m,20h40m, 23h15m (sex e sáb). Sala 04 (286lugares): Rio, (3-D), 11h05m, 13h20m,15h40m, 18h, 20h20m, 22h45m (sex esáb). Sala 05 (159 lugares): Rio, dub,11h30m, 13h45m, 16h05m, 18h30m; e Aminha versão do amor, 20h55m, 23h50m(sex e sáb). Sala 06 (156 lugares): Rio, dub,12h35m, 14h50m, 17h10m; e Bróder,19h35m, 21h55m, 0h10m (sex e sáb). Sala07 (172 lugares): Água para elefantes,13h50m, 16h30m, 19h20m, 22h15m. Sala08 (297 lugares): Thor, (3-D), dub, 11h,13h25m; leg, 16h, 18h40m, 21h30m,0h15m (sex e sáb). Sala 09 (154 lugares):Como você sabe , 12h50m, 15h30m,18h10m, 21h, 23h40m (sex e sáb). Sala 10(172 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 11h20m; e Thor, 13h40m, 16h20m,19h, 21h50m. Sala 11 (145 lugares): Um lu-gar qualquer, 14h; e A garota da capa verme-lha, 16h10m, 18h35m, 21h10m, 23h35m(sex e sáb). Sala 12 (267 lugares): Rio, (3-D),dub, 12h (exceto sáb), 14h25m (exceto sáb);The Metropolitan Opera, sáb (ver programa-ção de filmes); e Thor, (3-D), 16h45m (excetosáb), 18h20m (sáb), 19h30m (exceto sáb),21h05m (sáb), 22h20m (exceto sáb),23h45m (sáb). R$ 11 (qua), R$ 14 (seg, ter equi, até as 17h), R$ 16 (seg, ter e qui, após as17h; sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 18(sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 21

(qua, 3-D), R$ 22 (seg, ter e qui, 3-D) e R$24 (sex a dom e feriados, Sala 3-D). Toda se-mana, na Sessão Desconto, é selecionado umfilme nas sessões das 15h em que o espec-tador paga R$ 4 (consulte qual é o filme dasemana pelo telefone, no site www.cine-mark.com.br ou no próprio cinema). Para TheMetropolitan Opera, R$ 60.

> Cinesystem Recreio Shopping — Av.das Américas, 19.019, Recreio dos Bandei-rantes — 4005-9030. Sala 1 (286 lugares):Rio , dub , 14h20m, 16h40m, 19h ,21h10m. Sala 2 (286 lugares): Thor, dub,14h, 16h30m, 19h20m, 21h50m. Sala 3(212 lugares): Rio, dub, 15h; Eu sou o nú-mero quatro, 17h10m, 19h10m; e Pânico4, 21h30m. Sala 4 (212 lugares): Bróder,14h10m, 21h40m; e Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 16h20m, 19h30m. R$ 8(seg), R$ 12 (qua, até as 17h; qui; ter), R$14 (sex a dom e feriados, até as 17h; qua,após as 17h) e R$ 16 (sex a dom e feriados,após as 17h). Promoção do Beijo: às quin-tas-feiras, o casal que der um beijo na bi-lheteria paga R$ 12 (o casal). Promoção Se-gunda Maluca: ingresso a R$ 8. Promoçõespor tempo indeterminado e não válidas emferiados.

> Espaço Rio Design — Avenida das Amé-ricas, 7777, Rio Design Barra, 3º piso, Barra— 2438-7590. Sala 1 (149 lugares): Thor,(3-D), dub, 14h, 16h30m; leg, 19h,21h30m. Sala 2 (88 lugares): Natimorto,14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sala Vip (116 lu-gares): Como você sabe, 14h10m, 16h40m,19h10m, 21h40m. R$ 19 (seg a qui), R$24 (sex a dom e feriados), R$ 25 (seg a qui,3-D), R$ 29 (sex a dom e feriados, 3-D), R$32 (seg a qui, Sala VIP) e R$ 40 (sex a dome feriados, Sala VIP).

> Estação Barra Point — Av. ArmandoLombardi, 350, Barra Point, 3º piso, Barra— 3419-7431. Sala 1 (165 lugares): Be-bês, 14h; Cópia fiel, 15h40m, 19h30m;Nana Caymmi em Rio Sonata, 17h50m; eQue mais posso querer, 21h40m. Sala 2(165 lugares) : Incêndios , 14h40m,18h50m; Marcha da vida, 17h10m; e Jogode poder, 21h20m. R$ 15 (seg a qui) e R$18 (sex a dom e feriados).

> UCI New York City Center — Av. dasAméricas, 5.000, Barra — 2461-1818. Sala01 (168 lugares): Eu sou o número quatro,dub, 13h10m; e Sobrenatural, 15h30m,17h45m, 20h, 22h15m, 0h30m (sex e sáb).Sala 02 (238 lugares): Rio, (3-D), dub,12h20m (sáb e dom), 14h30m, 16h40m(exceto sáb), 18h50m (exceto sáb); leg, 21h(exceto sex), 23h10m (sex e sáb); e Balé noCinema (ver programação de filmes). Sala 03(383 lugares): Thor, 14h, 16h25m, 19h,21h25m, 23h50m (sex e sáb). Sala 04 (383lugares): A garota da capa vermelha,12h45m (sáb e dom), 15h, 17h10m,19h20m, 21h40m, 0h (sex e sáb). Sala 05(299 lugares): Esposa de mentirinha, dub,12h10m (sáb e dom), 14h35m, 17h05m,19h35m; e O discurso do rei, 22h, 0h30m(sex e sáb). Sala 06 (173 lugares): Rio, dub,12h (sáb e dom), 14h10m, 16h20m,18h30m; e Sem limites, 21h10m, 23h25m(sex e sáb). Sala 07 (158 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 12h30m (sáb edom), 14h40m, 16h50m, 19h10m; e Bró-der, 21h20m, 23h25m (sex e sáb). Sala 08(297 lugares): Como você sabe, 14h20m,16h50m, 19h20m, 21h50m, 0h20m (sex esáb). Sala 09 (159 lugares): As mães de Chi-co Xavier, 13h20m, 15h40m; e Pânico 4,18h20m, 20h40m, 23h (sex e sáb). Sala 10(166 lugares): Rio, dub, 13h50m, 16h,18h10m; leg, 20h20m, 22h30m. Sala 11(215 lugares): Eu sou o número quatro,12h20m (sáb e dom), 14h40m, 17h,19h20m, 21h40m, 0h (sex e sáb). Sala 12(252 lugares): Rio, (3-D), dub, 13h20m,15h30m, 17h40m (exceto ter); leg, 19h50m(exceto ter), 22h (exceto ter), 0h10m (sex esáb). Sala 13 (383 lugares): Água para ele-fantes, 12h50m (sáb e dom), 15h25m, 18h,20h35m (exceto ter), 23h10m (sex e sáb).Sala 14 (252 lugares): Thor, (3-D), dub,12h25m (sáb e dom), 14h50m; leg,17h15m (exceto ter), 19h40m (exceto ter),22h05m (exceto ter), 0h30m (sex e sáb). Sa-la 15 (215 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 12h (sáb e dom), 14h10m,16h20m, 18h30m; e Sexo sem compromis-so, 20h40m (exceto ter), 23h (sex e sáb). Sala16 (166 lugares): Pânico 4, dub, 13h10m,15h30m, 17h50m; e VIPs, 20h10m (excetoter), 22h20m (exceto ter), 0h30m (sex e sáb).Sala 17 (297 lugares): Thor, 13h, 15h30m,18h, 20h30m, 23h (sex e sáb). Sala 18 (277lugares): Thor, 13h30m, 16h, 18h30m, 21h,23h30m (sex e sáb). R$ 13 (qua), R$ 14(seg, ter e qui, até às 17h), R$ 18 (seg, ter equi, após as 17h; sex a dom e feriados, até as17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 23 (seg a qui, 3-D) e R$ 26 (sex a

dom e feriados, 3-D). Sessão Família: sáb,dom e feriados, os ingressos para as sessõesiniciadas até as 13h55m custam R$ 13. Ti-cket Família: na compra de quatro ingressos— dois adultos e duas crianças de até 12anos —, a família paga R$ 39 para assistir aqualquer sessão (exceto na sala 3-D) em to-dos os dias da semana. Na sala 3-D, o valordo Ticket Família é R$ 55. Promoções portempo indeterminado e não válidas para ses-sões em 3-D. Para Balé no Cinema, R$ 60.

> Via Parque — Av. Ayrton Senna, 3.000,Barra — 2461-2461. Sala 1 (242 lugares):Rio, dub, 14h, 16h, 18h10m, 20h30m. Sa-la 2 (311 lugares): Água para elefantes,14h10m, 16h40m, 19h10m, 21h40m. Sa-la 3 (308 lugares): Thor, dub, 13h30m (sábe dom), 15h50m, 18h20m, 20h50m. Sala4 (311 lugares): Como você sabe, 13h30m(sáb e dom), 16h, 18h30m, 21h. Sala 5(313 lugares): Thor, (3-D), dub, 14h,16h30m; leg, 19h, 21h30m. Sala 6 (242lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h30m, 18h50m; e Rio, dub, 16h40m,21h10m. R$ 10 (qua e qui), R$ 12 (seg eter), R$ 14 (sex a dom e feriados, até as17h), R$ 17 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 21 (seg a qui, 3-D) e R$ 24 (sex adom e feriados, 3-D). Maiores de 60 anos ecrianças menores de 12 anos pagam meia-entrada. Segunda Irresistível: ingresso a R$7. Promoções por tempo indeterminado enão válida para feriados e filmes em 3-D.

ZonaNorte> Cinecarioca Nova Brasília — Rua NovaBrasília s/n, Bonsucesso. (93 lugares): Thor,(3-D), dub, 13h, 15h10m, 17h20m,19h40m, 22h. R$ 4 (moradores da região,estudantes e professores) e R$ 8.

> Cinemark Carioca — Estrada VicenteCarvalho, 909, Carioca Shopping, Vicente deCarvalho — 3688-2340. Sala 1 (282 luga-res): Thor, dub, 11h, 13h30m, 16h10m,18h40m, 21h10m. Sala 2 (188 lugares):Bróder, 13h, 17h50m; e Pânico 4, dub,15h10m, 20h. Sala 3 (188 lugares): 127horas, 14h; e A garota da capa vermelha,16h, 18h20m, 20h40m. Sala 4 (312 luga-res): Rio, dub, 11h10m, 13h20m, 15h30m,17h40m, 19h50m, 22h. Sala 5 (312 luga-res): Thor, dub, 12h, 14h30m, 17h10m,19h40m, 22h10m. Sala 6 (228 lugares):Rio, dub, 12h10m, 14h20m; e Eu sou o nú-mero quatro, dub, 16h30m, 19h, 21h30m.Sala 7 (188 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 15h, 17h20m, 19h30m; e Aminha versão do amor, 21h40m. Sala 8(282 lugares): Rio, dub, 11h40m, 13h50m,16h20m, 18h30m; e Sobrenatura l ,20h50m. R$ 9 (seg, ter e qui, até as 17h;qua), R$ 11 (seg, ter e qui, após as 17h), R$14 (sex a dom e feriados, até as 17h) e R$ 16(sex a dom e feriados, após as 17h). Toda se-mana, na Sessão Desconto, é selecionadoum filme nas sessões das 15h em que o es-pectador paga R$ 4 (consulte qual é o filmeda semana pelo telefone, no site www.cine-mark.com.br ou no próprio cinema).

> Cinesystem Via Brasil Shopping —Rua Itapera, 500, Vista Alegre. Sala 1 (143lugares): Invasão do mundo: batalha de LosAngeles, dub, 14h20m; e Esposa de men-tirinha, dub, 16h50m, 19h20m; leg,21h50m. Sala 2 (192 lugares): Hop — Re-be ldes sem Páscoa , dub , 14h10m,16h20m, 19h10m, 21h20m. Sala 3 (161lugares): Rio, dub, 13h30m, 16h, 18h30m,21h. Sala 4 (267 lugares): Rio, (3-D), dub,14h, 16h30m, 19h; leg, 21h30m. Sala 5(213 lugares): Thor, (3-D), dub, 14h30m,17h, 19h30m; leg, 22h. Sala 6 (184 luga-res ) : Thor, dub, 14h15m, 16h45m,19h15m; leg, 21h45m. R$ 10 (ter e qua),R$ 12 (seg e qui), R$ 16 (sex a dom e fe-riados, até as 17h), R$ 18 (sex a dom e fe-riados, após as 17h; ter e qua, 3-D), R$ 20(seg e qui, 3-D) e R$ 23 (sex a dom e feria-dos, 3-D).

> Kinoplex Nova América — Av. MartinLuther King Jr., 126, Shopping Nova Améri-ca, Del Castilho — 2461-2461. Sala 1 (206lugares): Rio, dub, 14h40m, 16h50m, 19h,21h15m. Sala 2 (144 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 14h (sáb e dom),16h10m (sáb e dom); e Eu sou o númeroquatro, 15h50m (exceto sáb e dom),18h15m, 20h50m. Sala 3 (183 lugares):Thor, 13h30m (sáb e dom), 16h, 18h30m,21h. Sala 4 (155 lugares): A garota da capavermelha, 15h10m, 17h20m, 19h30m,21h40m. Sala 5 (274 lugares): Rio, (3-D),dub, 13h30m (sáb e dom), 15h50m,18h20m, 20h45m. Sala 6 (311 lugares):Thor, dub, 13h (sáb e dom), 15h30m, 18h,20h30m. Sala 7 (285 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h, 16h30m; leg, 19h, 21h30m. R$11 (qua), R$ 13 (seg, ter e qui, exceto feria-


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dos, até as 17h), R$ 15 (seg, ter e qui, excetoferiados, após as 17h), R$ 17 (sex a dom eferiados, até as 17h), R$ 19 (sex a dom eferiados, após as 17h), R$ 21 (seg a qui, ex-ceto feriados, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e fe-riados, 3-D). Maiores de 60 anos e criançasmenores de 12 anos pagam meia-entrada.Segunda Irresistível: ingresso a R$ 7. Pro-moções por tempo indeterminado e não vá-lidas para feriados e sessões em 3-D.

> Kinoplex Shopping Tijuca — Av. Mara-canã, 987, Loja 3, Tijuca — 2461-2461.Sala 1 (340 lugares): Thor, (3-D), dub, 14h,16h30m; leg, 19h, 21h30m, 23h55m (sexe sáb). Sala 2 (264 lugares): Rio, dub,14h15m, 16h25m, 18h35m; e Sobrenatu-ral, 20h45m, 23h10m (sex e sáb). Sala 3(197 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 13h (sáb e dom), 15h; e A garota dacapa vermelha, 17h, 19h10m, 21h20m,23h30m (sex e sáb). Sala 4 (264 lugares):Rio, (3-D), dub, 13h10m (sáb e dom),15h20m, 17h30m, 19h40m; leg, 21h50m,23h59m (sex e sáb). Sala 5 (340 lugares):Água para elefantes, 13h45m (sáb e dom),16h15m, 18h45m, 21h15m, 23h50m (sexe sáb). Sala 6 (405 lugares): Thor, 13h30m(sáb e dom), 16h, 18h30m, 21h, 23h40m(sex e sáb). R$ 15 (qua; seg, ter e qui, até as17h), R$ 17 (seg, ter e qui, após as 17h), R$18 (sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 20(sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 24(seg a qui, 3-D) e R$ 28 (sex a dom e feria-dos, 3-D).

> Madureira Shopping — Estrada do Por-tela, 222, loja 301, Madureira — 2461-2461. Sala 1 (159 lugares): Rio, dub,14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m. Sa-la 2 (161 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h10m (sáb e dom); e Pânico4, dub, 16h10m, 18h30m, 21h. Sala 3(191 lugares): Rio, dub, 13h40m (sáb edom), 16h, 18h10m, 20h20m. Sala 4 (191luga res ) : Thor, dub , 14h, 16h25m,18h50m, 21h15m. R$ 7 (qua, exceto feria-dos), R$ 9 (seg, ter e qui) e R$ 12 (sex a dome feriados). Segunda Irresistível: ingresso aR$ 7. Promoções por tempo indeterminadoe não válidas para feriados.

> Ponto Cine — Estrada do Camboatá,2.300, Guadalupe Shopping - 1º piso, Gua-dalupe — 3106-9995. O cinema funcionade ter a dom. (73 lugares): Bróder, 14h, 16h,18h, 20h. R$ 6.

> Shopping Iguatemi — Rua Barão de SãoFrancisco, 236, 3º piso, Vila Isabel — 2461-2461. Sala 1 (240 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h, 16h30m; leg, 19h, 21h30m. Sala2 (156 lugares): Hop — Rebeldes sem Pás-coa, dub, 14h10m, 16h15m (sáb e dom); eEu sou o número quatro, 16h20m (excetosáb e dom), 18h50m, 21h10m. Sala 3 (156lugares): Rio, dub, 13h50m (sáb e dom),16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala 4 (188lugares): Thor, dub, 13h30m (sáb e dom),16h, 18h30m, 21h. Sala 5 (155 lugares):Como você sabe, 13h50m (sáb e dom),16h20m, 18h50m, 21h20m. Sala 6 (152lugares): A garota da capa vermelha, 14h,16h10m, 18h30m, 20h50m. Sala 7 (146lugares): Rio, dub, 14h40m, 16h50m, 19h;e Pânico 4, 21h10m. R$ 9 (qua, exceto fe-riados), R$ 11 (seg, ter e qui), R$ 14 (sex adom e feriados, até as 17h), R$ 16 (sex adom e feriados, após as 17h), R$ 17 (seg aqui, 3-D) e R$ 19 (sex a dom e feriados, 3-D). Maiores de 60 anos e crianças menoresde 12 anos pagam meia-entrada. SegundaIrresistível: ingresso a R$ 7. Promoções portempo indeterminado e não válidas para fe-riados e sessões em 3-D.

> UCI Kinoplex — Av. Dom Helder Câmara,5.474, Pátio NorteShopping, Del Castilho —2461-0050. Sala 01 (244 lugares): Rio, (3-D), dub, 12h30m (sáb e dom), 14h40m,16h50m, 19h; leg, 21h10m, 23h20m. Sala02 (182 lugares): Eu sou o número quatro,dub, 13h, 15h20m, 17h40m; e Sobrenatu-ral, 20h, 22h15m, 0h30m (sex e sáb). Sala03 (170 lugares): Thor, (3-D), 13h30m, 16h(exceto sáb e dom), 18h30m (exceto sáb edom), 21h (exceto sex), 23h30m (sex e sáb);e Balé no cinema (ver programação de fil-mes). Sala 04 (178 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa, dub, 12h20m (sáb e dom),14h25m; e Como você sabe, 16h40m,19h10m, 21h40m, 0h10m (sex e sáb). Sala05 (471 lugares): Thor, dub, 13h, 15h30m,18h, 20h30m, 23h (sex e sáb). Sala 06(471 lugares) : Água para elefantes ,13h35m, 16h10m, 18h45m, 21h20m,23h55m (sex e sáb). Sala 07 (165 lugares):Rio, dub, 13h40m, 15h50m, 18h10m,20h20m, 22h30m. Sala 08 (159 lugares):Bróder, 13h30m, 15h35m; e Pânico 4, dub,17h40m, 20h; leg, 22h20m. Sala 09 (166lugares): A garota da capa vermelha,13h05m, 15h15m, 17h25m, 19h40m,21h50m, 0h (sex e sáb). Sala 10 (230 lu-gares): Thor, (3-D), dub, 12h (sáb e dom),

14h30m, 17h, 19h30m, 22h, 0h30m (sexe sáb). R$ 10 (qua, exceto feriados), R$ 12(seg, ter e qui, até as 17h), R$ 14 (seg, ter equi, após as 17h), R$ 16 (sex a dom e fe-riados, até as 17h) e R$ 18 (sex a dom e fe-riados, após as 17h). Maiores de 60 anos ecrianças menores de 12 anos pagam meia-entrada. Sessão Família: R$ 11 (sáb, dom eferiados, em sessões iniciadas até as13h55m). Ticket Família: na compra dequatro ingressos — dois adultos e duascrianças de até 12 anos —, a família pagaR$ 39 para assistir a qualquer sessão (ex-ceto na sala 3-D) em todos os dias da se-mana. Na sala 3-D, o valor do Ticket Famíliaé R$ 53. Promoções válidas por tempo in-determinado. Promoções por tempo indeter-minado e não válidas para feriados e sessõesem 3-D. Para Balé no Cinema, R$ 60.

Centro> Caixa Cultural Rio — Av. Almirante Bar-roso, 25, Centro — 2544-4080. O cinemafunciona de ter a dom. (0 lugares): A luz e ocinema de Rogério Sganzerla, até 8 de maio(ver programação de filmes). R$ 2.

> Centro Cultural Banco do Brasil — RuaPrimeiro de Março, 66, Centro — 3808-2007. O cinema funciona de ter a dom. (0lugares): Cinema Brasileiro: Anos 2000, 10questões, até 8 de maio (ver programação defilmes). R$ 6 (Cinepasse).

> Cine Santa Teresa — Rua Paschoal Car-los Magno, 136, Largo dos Guimarães, SantaTeresa — 2222-0203. (56 lugares): Bróder,15h20m, 19h20m; Cópia fiel, 17h10m; eAmor?, 21h10m. R$ 12 (exceto sáb e dom) eR$ 14 (sáb e dom e feriados).

> Cinemateca do MAM — Av. Infante DomHenrique, 85, Aterro do Flamengo — 2240-4944. O cinema funciona de sex a dom.(180 lugares): Amor à francesa, até 30 deabril (ver programação de filmes). R$ 5.

> Odeon — Praça Floriano, 7, Centro —2240-1093. (600 lugares): O discurso dorei, 14h; Cisne negro, 16h20m; O retrato deDorian Gray, 18h30m; Contracorrente,20h40m (exceto sex), e Cineclube LGBT,sex, às 21h. R$ 12. Para Cineclube LGBT,R$ 14.

IlhadoGovernador> Cinesystem Ilha Plaza — Av. MaestroPaulo e Silva, 400, Ilha Plaza Shopping - 3ºpiso, Ilha do Governador — 2468-8100. Sala1 (292 lugares): Rio, dub, 14h, 16h30m,19h, 21h30m. Sala 2 (206 lugares): Águapara elefantes, 14h10m, 16h40m, 19h10m,21h40m. Sala 3 (206 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 13h30m, 15h30m;e Como você sabe, 17h30m, 19h50m,22h10m. Sala 4 (292 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h30m, 17h; leg, 19h30m, 22h. R$ 7(ter e qua, exceto feriados), R$ 9 (ter e qua,exceto feriados, 3-D), R$ 12 (seg; qui), R$ 16(sex a dom e feriados, até às 17h), R$ 18 (sexa dom e feriados, após as 17h; sex a dom eferiados, 3-D, até as 17h), R$ 20 (seg, 3-D;qui, 3-D) e R$ 23 (sex a dom e feriados, 3-D,após as 17h).

ZonaOeste> Cine 10 Sulacap — Avenida MarechalFontenelle, Jardim Sulacap. Sala 1 (406 lu-gares): Thor, (3-D), dub, 14h, 16h30m, 19h;leg, 21h30m. Sala 2 (235 lugares): Thor,d ub , 14h20m, 16h50m, 19h10m,21h40m. Sala 3 (255 lugares): Rio, dub,14h, 16h10m, 18h20m; e Eu sou o númeroquatro, dub, 21h. Sala 4 (239 lugares): Rio,d ub , 14h30m, 16h40m, 18h50m,21h10m. Sala 5 (137 lugares): Hop — Re-be ldes sem Páscoa , dub , 14h10m,16h20m, 18h30m; e Sobrenatura l ,20h40m. Sala 6 (101 lugares): Bróder, 15h,17h; e Homens e deuses, 19h, 21h20m. R$6 (ter e qua), R$ 8 (seg e qui, até as 17h), R$10 (ter e qua, 3-D; seg e qui, após as 17h),R$ 12 (sex a dom e feriados, até as 17h; sege qui, 3-D. Até as 17h), R$ 14 (seg e qui, 3D.Após as 17h; sex a dom e feriados, após as17h), R$ 16 (sex a dom e feriados, 3D. Atéas 17h) e R$ 18 (sex a dom e feriados, 3D.Após as 17h).

> Cinesercla Pátio Mix Itaguaí — Rodo-via Rio Santos s/n, Itaguaí, Shopping PátioMix, 1° piso, Itaguaí — 3781-8694. Sala 1(121 lugares): Rio, dub, 14h20m; e Eu sou onúmero quatro, dub, 16h30m, 18h30m,20h30m. Sala 2 (178 lugares): Thor, dub,14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h45m. Sa-la 3 (177 lugares): Rio, dub, 14h40m,16h40m, 18h40m, 20h40m. Sala 4 (121

lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h30m, 16h30m; e Pânico 4 , dub,18h40m, 20h45m. R$ 8 (seg e qua), R$ 10(ter e qui) e R$ 12 (sex a dom). Às terças equintas-feiras, preço único para todos: R$5. Promoção por tempo indeterminado e nãoválida para feriados.

> Cinesystem Bangu Shopping — RuaFonseca, 240, loja 145, Bangu — 4005-9030. Sala 1 (371 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h, 16h30m, 19h; leg, 21h30m. Sala2 (368 lugares): Rio, (3-D), dub, 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h; leg, 22h10m. Sala3 (197 lugares): Rio, dub, 14h10m,16h10m, 18h10m; e Pânico 4 , dub,20h10m, 22h20m. Sala 4 (187 lugares):Hop — Rebe ldes sem Páscoa , dub ,13h35m, 15h45m; e Eu sou o número qua-tro, dub, 17h55m, 19h55m, 21h55m. Sala5 (211 lugares): Água para elefantes,14h15m, 16h45m, 19h15m, 21h45m. Sa-la 6 (201 lugares): Thor, dub, 14h20m,16h50m, 19h20m, 22h. R$ 7 (ter), R$ 10(ter, 3-D), R$ 20 (seg, qua e qui, 3-D) e R$23 (sex a dom e feriados, 3-D). PromoçãoTerça Mais Cinema: às terças-feiras, todospagam R$ 7. Nas salas 3-D, R$ 10. Promo-ção do Beijo: às quintas-feiras, o casal queder um beijo na bilheteria paga R$ 14 (o ca-sal). Nas salas 3-D, R$ 20 (o casal). Promo-ções por tempo indeterminado e não válidasem feriados.

> Kinoplex West Shopping — Estrada doMendanha, 550, loja 401 E, Campo Grande— 2461-2461. Sala 1 (223 lugares): Thor,dub, 13h (sáb e dom), 15h30m, 18h,20h30m. Sala 2 (221 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h40m, 16h50m, 19h, 21h20m. Sa-la 3 (202 lugares): Rio, dub, 14h10m,16h20m, 18h30m, 20h50m. Sala 4 (133lugares): Pânico 4, dub, 14h (exceto sáb edom), 16h30m, 18h50m, 21h30m; e Hop— Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h20m (sábe dom). Sala 5 (285 lugares): Thor, (3-D),dub , 13h40m, 16h10m, 18h40m,21h10m. R$ 11 (qua, exceto feriados), R$14 (seg, ter e qui, exceto feriados), R$ 16(sex a dom e feriados, até às 17h), R$ 18(sex a dom e feriados, após às 17h), R$ 21(seg a qui, exceto feriados, 3-D) e R$ 24 (sexa dom e feriados, 3-D). Segunda Irresistível:ingresso a R$ 7. Promoções não válidas paraferiados e sessões em 3-D.

> Star Center Shopping Rio — Av. Gere-mário Dantas, 404, Tanque, Jacarepaguá —3312-5232. Sala 1 (208 lugares): Thor,dub, 13h (sex a dom), 15h40m, 18h20m,21h. Sala 2 (148 lugares): Rio, dub, 14h(sex a dom), 16h10m, 18h20m, 20h30m.Sala 3 (148 lugares): Pânico 4, 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Sala 4 (148lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h40m, 16h40m; e Bróder, 18h40m,20h40m. R$ 6 (qua, exceto feriados), R$ 8(ter, exceto feriados), R$ 12 (seg e qui) e R$16 (sex a dom e feriados). Quarta-Maluca:toda quarta, R$ 12, com meia-entrada paratodos. Promoção por tempo indeterminado enão válida para feriados.

Baixada> Cinemaxx Imperial — Rua DominiqueLevel, Centro, Paracambi. (272 lugares): Rio,dub, 17h (exceto seg), 19h (exceto seg); ePânico 4, dub, 21h (exceto seg). R$ 8 (seg aqui, exceto feriados, até 17h59m), R$ 10(seg a qui, exceto feriados, após 18h; sex adom e feriados, até 17h59m) e R$ 12 (sex adom e feriados, após 18h). Terça-feira, ex-ceto feriado, todos pagam meia-entrada.

> Cinemaxx Unigranrio Caxias — RuaMarquês de Herval, 1.216, loja A, box 306,Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Ca-xias — 2672-2875. Sala 1 (120 lugares):Thor, dub, 14h10m, 16h20m, 18h30m,20h40m. Sala 2 (195 lugares): Rio, dub,14h, 18h; e Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 16h, 20h. R$ 8 (seg a qui) e R$ 10 (sexa dom e feriados). Maiores de 60 anos e crian-ças menores de 12 pagam meia-entrada.Promoção por tempo indeterminado e não vá-lida para feriados: às segundas, quartas e do-mingos, todos pagam meia-entrada.

> Cinesercla Nilópolis Square — RuaProfessor Alfredo Gonçalves Filgueiras, 100,Centro, Nilópolis — 2792-0824. Sala 1(172 lugares ) : Thor, dub, 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Sala 2 (102lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h30m, 16h30m; e Pânico 4 , dub,18h40m, 20h45m. Sala 3 (102 lugares):Rio, dub, 14h40m, 16h40m, 18h40m,20h40m. R$ 8 (seg e qua), R$ 10 (ter e qui)e R$ 12 (sex a dom e feriados). Às terças equintas-feiras, preço único para todos: R$5. Promoção por tempo indeterminado e nãoválida para feriados.

> Iguaçu Top — Rua Governador RobertoSilveira, 540, 2º piso, Centro, Nova Iguaçu— 2461-2461. Sala 1 (222 lugares): Thor,(3-D), dub, 13h30m, 16h, 18h30m, 21h.Sala 2 (234 lugares): Rio, dub, 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala 3 (200lugares): Pânico 4, dub, 14h10m (excetosáb e dom), 16h30m, 18h50m, 21h10m; eHop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h20m(sáb e dom). R$ 10 (qua), R$ 12 (seg, ter equi), R$ 14 (sex a dom e feriados, até as17h), R$ 17 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 18 (seg a qui, 3-D) e R$ 21 (sex adom e feriados, 3-D). Maiores de 60 anos ecrianças menores de 12 pagam meia-entra-da. Segunda Irresistível: R$ 7. Promoçõespor tempo indeterminado e não válidas paraferiados e sessões em 3-D.

> Kinoplex Grande Rio — Rodovia Presi-dente Dutra, 4.200, Jardim José Bonifácio,São João de Meriti — 2461-2461. Sala 1(304 lugares): Thor, dub, 13h30m, 16h,18h30m, 21h. Sala 2 (305 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m.Sala 3 (231 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 15h; e Eu sou o número quatro,dub, 17h15m, 19h25m, 21h35m. Sala 4(232 lugares): Rio, dub, 14h20m, 16h30m,18h50m, 21h. Sala 5 (304 lugares): Thor,(3-D), dub, 14h10m, 16h40m, 19h10m,21h40m. Sala 6 (305 lugares): Pânico 4,dub, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h10m. R$10 (qua), R$ 12 (seg, ter e qui), R$ 14 (sexa dom e feriados, até as 17h), R$ 17 (sex adom e feriados, após as 17h), R$ 19 (seg aqui, 3-D) e R$ 22 (sex a dom e feriados, 3-D). Segunda Irresistível: ingresso a R$ 7.Promoção não válida para feriados e sessõesem 3-D.

> Multiplex Caxias Shopping — RodoviaWashington Luiz, 2.895, Caxias Shopping,2º piso, Parque Duque, Duque de Caxias —2784-2240. Sala 1 (392 lugares): Rio, dub,15h, 17h, 19h30m, 21h30m. Sala 2 (273lugares): Rio, (3-D), dub, 13h30m (sáb, dome qua); e Thor, (3-D), dub, 19h30m,21h45m. Sala 3 (254 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h30m, 16h45m, 19h, 21h15m. Sa-la 4 (204 lugares): Pânico 4, dub, 15h,17h15m, 19h30m, 21h45m. Sala 5 (193lugares): Rio, dub, 16h, 18h, 20h. Sala 6(193 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 14h, 16h, 18h; e Eu sou o número qua-tro, dub, 20h. R$ 5 (qua), R$ 7 (seg; qua, 3-D), R$ 9 (seg, 3-D), R$ 10 (ter e qui), R$ 13(ter e qui, 3-D), R$ 15 (sex a dom e feriados,até as 17h59m) e R$ 17 (sex a dom e fe-riados, a partir das 18h).

Niterói/SãoGonçalo> Bay Market — Av. Visconde do Rio Bran-co, 360, loja 3, Centro — 2461-2461. Sala1 (221 lugares): Thor, dub, 13h (sáb e dom),15h30m, 18h, 20h30m. Sala 2 (221 luga-res): Rio, dub, 14h40m, 16h50m, 19h,21h10m. Sala 3 (207 lugares): Thor, (3-D),dub, 14h, 16h25m, 18h50m, 21h15m. Sa-la 4 (207 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h15m (sáb e dom); e A ga-rota da capa vermelha, 14h20m (exceto sábe dom), 16h30m, 18h40m, 20h50m. R$10 (qua, exceto feriados), R$ 11 (seg, ter equi; sex a dom e feriados, até as 17h), R$ 13(sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 17(seg a qui, 3-D) e R$ 20 (sex a dom e feria-dos, 3-D). Segunda Irresistível: R$ 7. Pro-moções por tempo indeterminado e não vá-lidas para feriados e sessões em 3-D.

> Box Cinemas São Gonçalo Shopping— Rodovia Niterói-Manilha, Km 8,5, BoaVista — 2461-2090. Sala 1 (169 lugares):Thor, (3-D), dub, 14h, 16h30m, 19h,21h30m. Sala 2 (159 lugares): Rio, dub,13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h. Sala 3(169 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 14h50m, 17h; e Bróder, 19h15m,21h25m. Sala 4 (169 lugares): Eu sou o nú-mero quatro, dub, 14h10m, 16h25m,18h55m, 21h15m. Sala 5 (169 lugares):Rio, dub, 15h, 17h10m, 19h20m; e Esposade mentirinha, dub, 21h35m. Sala 6 (169lugares): Rio, dub, 14h30m, 16h40m,18h50m, 21h. Sala 7 (215 lugares): Pânico4, dub, 13h50m, 16h20m, 18h45m,21h20m. Sala 8 (215 lugares): Thor, dub,13h, 15h30m, 18h, 20h30m. R$ 7 (seg),R$ 9 (qua), R$ 10 (ter e qui) e R$ 14 (sex adom e feriados).

> Cinemark Plaza Shopping — Rua Quin-ze de Novembro, 8, Plaza Shopping, 3º piso,Centro — 2722-3926. Sala 1 (207 lugares):Rio, dub, 10h30m, 12h45m, 15h05m; eComo você sabe, 17h20m, 20h, 22h30m.Sala 2 (301 lugares): Thor, 11h30m, 14h,16h40m, 19h10m, 21h40m, 0h10m (sex esáb). Sala 3 (345 lugares): Thor, (3-D), dub,11h05m, 13h40m; leg, 16h10m, 18h40m,21h10m, 23h50m (sex e sáb). Sala 4 (345

lugares): Rio, (3-D), dub, 11h, 13h25m,15h40m, 17h55m; leg, 20h10m, 22h25m.Sala 5 (195 lugares): A garota da capa ver-melha, 12h30m, 17h25m (exceto ter e qui),22h10m, 0h30m (sex e sáb); Eu sou o nú-mero quatro, 15h, 19h45m (exceto ter equi); e Biutiful, 19h (ter e qui). Sala 6 (225lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,12h, 14h25m, 16h50m; e Pânico 4,19h05m, 21h30m, 0h (sex e sáb). Sala 7(317 lugares): Rio, (3-D), dub, 11h35m,13h50m; e Thor, (3-D), 16h20m, 18h50m,21h20m, 0h25m (sex e sáb). R$ 10 (seg, tere qui, até as 14h), R$ 12 (sex a dom e fe-riados, até as 14h), R$ 15 (seg, ter e qui, das14h às 17h; qua), R$ 17 (sex a dom e fe-riados, das 14h às 17h; seg, ter e qui, apósas 17h), R$ 19 (sex a dom e feriados, apósas 17h), R$ 20 (qua, 3-D), R$ 22 (seg, ter equi, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D). Toda semana, na Sessão Desconto, é se-lecionado um filme nas sessões das 15h emque o espectador paga R$ 4 (consulte qual éo filme da semana pelo site www.cine-mark.com.br ou no próprio cinema).

Redondezas> Cine Bauhaus — Rua Dr. Nelson de SáEarp, 88, lojas 8 e 12, Centro, Petrópolis —(0xx24) 2237-0312. Sala 1 (155 lugares):Sem limites, 14h30m, 18h45m; e SuckerPunch — Mundo su r r ea l , 16h30m,20h45m. Sala 2 (130 lugares): Rio, 15h,17h, 19h, 21h. R$ 10 (seg a qui, exceto fe-riados, até às 15h59m), R$ 12 (seg a qui,exceto feriados, após às 16h; sex a dom e fe-riados, até às 15h59m) e R$ 14 (sex a dome feriados, após às 16h).

> Cine Itaipava — Estrada União e Indús-tria, 11.000, Shopping Estação Itaipava - lo-ja 102 C, Centro, Itaipava — (0xx24) 2222-3424. O cinema funciona de ter a dom. (84lugares): Rio, dub, 15h (exceto seg), 17h (ex-ceto seg); e Sexo sem compromisso, 19h (ex-ceto seg), 21h (sex e sáb). R$ 6 (ter e qua,exceto feriados) e R$ 14 (sex a dom e qui eferiados).

> Cine Show Nova Friburgo — Praça Ge-túlio Vargas, 139, Friburgo Shopping, 3º piso,Centro, Friburgo — (0xx22) 2523-1626. Sala1 (188 lugares): Rio, dub, 14h, 16h15m,18h30m, 20h45m. Sala 2 (198 lugares):Thor, (3-D), dub, 14h10m, 16h30m,18h50m; leg, 21h10m. Sala 3 (190 lugares):Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h30m;Eu sou o número quatro, dub, 16h20m,18h40m; e Pânico 4, 21h. R$ 11 (seg e ter),R$ 14 (qua e qui), R$ 16 (sex a dom e fe-riados; seg e ter, 3-D), R$ 20 (qua e qui, 3-D)e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Cine Show Teresópolis — Rua EdmundoBittencourt, 202, loja 201, Várzea, Teresópolis— (0xx21) 2641-4961. Sala 1 (174 lugares):Rio, dub, 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m.Sala 2 (127 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h30m; Eu sou o número qua-tro, dub, 16h20m, 18h40m; e Pânico 4, 21h.Sala 3 (200 lugares): Thor, (3-D), dub,14h10m, 16h30m, 18h50m; leg, 21h10m.R$ 11 (seg e ter), R$ 14 (qua e qui), R$ 16(sex a dom; seg e ter, 3-D), R$ 20 (qua e qui,3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D). Pro-moção: meia-entrada todos os dias. Promoçãopor tempo indeterminado.

> Cinemaxx Mercado Estação — RuaPaulo Barbosa, 296, Centro, Petrópolis —(0xx24) 2249-9900. O cinema funciona deter a dom. Sala 1 (113 lugares): Rio, dub,14h30m (exceto seg), 16h30m (exceto seg),18h30m (exceto seg); e Thor, dub, 21h (ex-ceto seg). Sala 2 (117 lugares): Thor, dub,14h20m (exceto seg), 16h40m (exceto seg),18h50m (exceto seg), 21h (exceto seg). Sala3 (93 lugares): Animais unidos jamais serãovencidos, dub, 14h40m (exceto seg),16h50m (exceto seg); e Eu sou o númeroquatro, dub, 18h40m (exceto seg), 20h40m(exceto seg). R$ 10 (ter, qua e qui, até as15h59m) e R$ 12 (sex a dom e feriados, atéas 15h59m).

> Top Cine Hipershopping ABC — Rua Te-resa, 1.415, HiperShopping ABC, 2° Piso, Al-to da Serra, Petrópolis — (0xx24) 2249-9900. O cinema funciona de ter a dom. Sala1 (210 lugares): Rio, dub, 14h30m (excetoseg), 16h30m (exceto seg), 18h30m (excetoseg), 20h30m (exceto seg). Sala 2 (208 lu-gares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h50m (exceto seg), 16h50m (exceto seg),18h50m (exceto seg); e Pânico 4, dub,20h50m (exceto seg). R$ 10 (ter, qua e qui,exceto feriados, até as 15h59m) e R$ 12(sex a dom e feriados, até as 15h59m).


CinemaOs endereços das salas de exibição e os pre-

ços das sessões estão na seção Nos Bairros.

Estreia> ‘Água para elefantes’. “Water for ele-phants”. De Francis Lawrence (EUA, 2011).Com Reese Witherspoon, Robert Pattinson,Christoph Waltz.Drama. Baseado no livro homônimo de SaraGruen. Em uma casa de repouso, Jacob Jan-kowski, de 90 anos, recorda sua vida no circodurante o período da Depressão. 122 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Barra: Cinemark Downtown 07: 13h50m,16h30m, 19h20m, 22h15m. UCI New YorkCity Center 13: 12h50m (sáb e dom),15h25m, 18h, 20h35m (exceto ter),23h10m (sex e sáb). Via Parque 2: 14h10m,16h40m, 19h10m, 21h40m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 2: 14h10m,16h40m, 19h10m, 21h40m.Zona Norte: Kinoplex Shopping Tijuca 5:13h45m (sáb e dom), 16h15m, 18h45m,21h15m, 23h50m (sex e sáb). UCI Kinoplex06: 13h35m, 16h10m, 18h45m, 21h20m,23h55m (sex e sáb).Zona Oeste: Cinesystem Bangu 5: 14h15m,16h45m, 19h15m, 21h45m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 2: 13h30m,16h20m, 19h, 21h40m, 0h20m (sex e sáb). Ci-népolis Lagoon 3: 12h55m, 15h30m, 18h05m,20h40m, 23h15m (sex e sáb). Kinoplex FashionMall 1: 13h30m (sáb e dom), 16h, 18h30m,21h. Leblon 1: 13h30m (sáb e dom), 16h,18h30m, 21h. Rio Sul 4: 14h10m, 16h40m,19h10m, 21h40m. Roxy 1: 13h30m (sáb edom), 16h, 18h30m, 21h. São Luiz 2: 13h50m(sáb e dom), 16h20m, 18h50m, 21h20m. Uni-banco Arteplex 1: 14h (até qua), 16h30m, 19h,21h30m, meia-noite (sáb).

> ‘Como você sabe’. “How do you know”.De James L. Brooks (EUA, 2011). Com OwenWilson, Reese Witherspoon, Jack Nicholson.Comédia romântica. Aos 27 anos, Lisa Jor-genson se vê no meio de um triângulo amo-roso entre um homem de negócios e um jo-gador de beisebol. 116 minutos. Não reco-mendado para menores de 10 anos.Barra: Cinemark Downtown 09: 12h50m,15h30m, 18h10m, 21h, 23h40m (sex e sáb).Espaço Rio Design Vip: 14h10m, 16h40m,19h10m, 21h40m. UCI New York City Center08: 14h20m, 16h50m, 19h20m, 21h50m,0h20m (sex e sáb). Via Parque 4: 13h30m (sábe dom), 16h, 18h30m, 21h.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 3: 17h30m,19h50m, 22h10m.Niterói: Cinemark Plaza Shopping 1:17h20m, 20h, 22h30m.Zona Norte: Shopping Iguatemi 5: 13h50m(sáb e dom), 16h20m, 18h50m, 21h20m.UCI Kinoplex 04: 16h40m, 19h10m,21h40m, 0h10m (sex e sáb).

Zona Sul: Cinépolis Lagoon 1: 11h (sáb edom), 13h30m, 16h, 18h30m, 21h, 23h35m(sex e sáb). Estação Ipanema 1: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. Estação Vivo Gávea2: 14h20m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Ki-noplex Fashion Mall 4: 13h50m (sáb e dom),16h20m, 18h50m, 21h20m. Kinoplex Leblon2: 14h (exceto sáb e dom), 16h30m (excetosáb e dom), 19h, 21h30m, 23h55m (sex esáb). Rio Sul 3: 16h15m, 18h45m, 21h15m.Roxy 2: 16h15m (exceto sáb e dom), 18h45m,21h15m. São Luiz 1: 14h10m (exceto sáb edom), 16h40m, 19h10m, 21h40m.

> ‘Marcha da vida’. De Jessica Sanders(Brasil/EUA, 2009).Documentário. A diretora acompanha a jornadaanual de milhares de jovens de todo o mundopelo caminho que milhões de judeus atravessa-ram no passado, mantendo acesa a memóriadas vítimas do Holocausto. 81 minutos. Livre.Barra: Estação Barra Point 2: 17h10m.Zona Sul: Cine Glória: 16h (exceto seg), 20h(exceto seg). Espaço de Cinema 3: 13h50m,15h30m, 17h, 18h30m. Estação Laura Al-vim 1: 12h50m, 16h20m.

> ‘Natimorto’. De Paulo Machline (Brasil,2009). Com Simone Spoladore, Betty Gof-man, Lourenço Mutarelli.Drama. Adaptação do romance de LourençoMutarelli. Um caça-talentos acompanha umajovem cantora a São Paulo para apresentá-la aum renomado maestro. Enquanto esperam odia da audição, os dois se hospedam num quar-to de hotel. 92 minutos. Classificação etárianão definida até o fechamento desta edição.Barra: Espaço Rio Design 2: 14h, 16h, 18h,20h, 22h.Zona Sul: Unibanco Arteplex 2: 14h, 16h,18h, 20h, 22h, meia-noite (sáb).

> ‘O sonho bollywoodiano’. “Bollywooddreams”. De Beatriz Seigner (Brasil/Índia,2009). Com Paula Braun, Lorena Lobato,Nataly Cabanas.Drama. Três atrizes brasileiras decidem ten-tar a sorte em Bollywood, indústria cinema-tográfica da Índia. 90 minutos. Livre.Zona Sul: Unibanco Arteplex 3: 14h, 16h,20h.

> ‘Thor’. “Thor”. (EUA, 2011). Com ChrisHemsworth, Natalie Portman, Anthony Hopkins.Ação. Baseado nas histórias em quadrinhos daMarvel. Thor é expulso de casa depois de rei-niciar uma antiga guerra e enviado à Terra, on-de terá que conviver com mortais e aprender aser um verdadeiro herói. Exibição em 3-D emalgumas salas. 114 minutos. Não recomenda-do para menores de 10 anos.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 1 (dub):14h10m, 16h20m, 18h30m, 20h40m. Cine-sercla Nilópolis Square 1 (dub): 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Iguaçu Top 1 (3-D/dub): 13h30m, 16h, 18h30m, 21h. Kino-plex Grande Rio 1 (dub): 13h30m, 16h,18h30m, 21h. Kinoplex Grande Rio 5 (3-D/dub): 14h10m, 16h40m, 19h10m,21h40m. Multiplex Caxias 2 (3-D/dub):

19h30m, 21h45m. Multiplex Caxias 3 (3-D/dub): 14h30m, 16h45m, 19h, 21h15m.Barra: Cinemark Downtown 03: 12h30m,15h10m, 17h50m, 20h40m, 23h15m (sex esáb). Cinemark Downtown 08 (3-D): dub, 11h,13h25m; leg, 16h, 18h40m, 21h30m,0h15m (sex e sáb). Cinemark Downtown 10:13h40m, 16h20m, 19h, 21h50m. CinemarkDowntown 12 (3-D): 16h45m (exceto sáb),18h20m (sáb), 19h30m (exceto sáb), 21h05m(sáb), 22h20m (exceto sáb), 23h45m (sáb). Ci-nesystem Recreio Shopping 2 (dub): 14h,16h30m, 19h20m, 21h50m. Espaço Rio De-sign 1 (3-D): dub, 14h, 16h30m; leg, 19h,21h30m. UCI New York City Center 03: 14h,16h25m, 19h, 21h25m, 23h50m (sex e sáb).UCI New York City Center 14 (3-D): dub,12h25m (sáb e dom), 14h50m; leg, 17h15m(exceto ter), 19h40m (exceto ter), 22h05m (ex-ceto ter), 0h30m (sex e sáb). UCI New York CityCenter 17: 13h, 15h30m, 18h, 20h30m, 23h(sex e sáb). UCI New York City Center 18:13h30m, 16h, 18h30m, 21h, 23h30m (sex esáb). Via Parque 3 (dub): 13h30m (sáb e dom),15h50m, 18h20m, 20h50m. Via Parque 5 (3-D): dub, 14h, 16h30m; leg, 19h, 21h30m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 4 (3-D): dub,14h30m, 17h; leg, 19h30m, 22h.Niterói: Bay Market 1 (dub): 13h (sáb edom), 15h30m, 18h, 20h30m. Bay Market3 (3-D/dub): 14h, 16h25m, 18h50m,21h15m. Box Cinemas São Gonçalo 1 (3-D/dub): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. BoxCinemas São Gonçalo 8 (dub): 13h,15h30m, 18h, 20h30m. Cinemark PlazaShopping 2: 11h30m, 14h, 16h40m,19h10m, 21h40m, 0h10m (sex e sáb). Ci-nemark Plaza Shopping 3 (3-D): dub,11h05m, 13h40m; leg, 16h10m, 18h40m,21h10m, 23h50m (sex e sáb). CinemarkPlaza Shopping 7 (3-D): 16h20m, 18h50m,21h20m, 0h25m (sex e sáb).Zona Norte: Cinecarioca Nova Brasília (3-D/dub): 13h, 15h10m, 17h20m, 19h40m,22h. Cinemark Carioca 1 (dub): 11h, 13h30m,16h10m, 18h40m, 21h10m. Cinemark Carioca5 (dub): 12h, 14h30m, 17h10m, 19h40m,22h10m. Cinesystem Via Brasil Shopping 5 (3-D): dub, 14h30m, 17h, 19h30m; leg, 22h. Ci-nesystem Via Brasil Shopping 6: dub, 14h15m,16h45m, 19h15m; leg, 21h45m. Kinoplex No-va América 3: 13h30m (sáb e dom), 16h,18h30m, 21h. Kinoplex Nova América 6 (dub):13h (sáb e dom), 15h30m, 18h, 20h30m. Ki-noplex Nova América 7 (3-D): dub, 14h,16h30m; leg, 19h, 21h30m. Kinoplex ShoppingTijuca 1 (3-D): dub, 14h, 16h30m; leg, 19h,21h30m, 23h55m (sex e sáb). Kinoplex Shop-ping Tijuca 6: 13h30m (sáb e dom), 16h,18h30m, 21h, 23h40m (sex e sáb). MadureiraShopping 4 (dub): 14h, 16h25m, 18h50m,21h15m. Shopping Iguatemi 1 (3-D): dub, 14h,16h30m; leg, 19h, 21h30m. Shopping Iguatemi4 (dub): 13h30m (sáb e dom), 16h, 18h30m,21h. UCI Kinoplex 03 (3-D): 13h30m, 16h (ex-ceto sáb e dom), 18h30m (exceto sáb e dom),21h (exceto sex), 23h30m (sex e sáb). UCI Ki-noplex 05 (dub): 13h, 15h30m, 18h, 20h30m,

Cinema>>Programação Programação<<Cinema

FILME O FILME O


23h (sex e sáb). UCI Kinoplex 10 (3-D/dub): 12h(sáb e dom), 14h30m, 17h, 19h30m, 22h,0h30m (sex e sáb).Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 1 (3-D): dub,14h, 16h30m, 19h; leg, 21h30m. Cine 10Sulacap 2 (dub): 14h20m, 16h50m,19h10m, 21h40m. Cinesercla Itaguaí 2(dub): 14h20m, 16h30m, 18h40m,20h45m. Cinesystem Bangu 1 (3-D): dub,14h, 16h30m, 19h; leg, 21h30m. Cinesys-tem Bangu 6 (dub): 14h20m, 16h50m,19h20m, 22h. Kinoplex West Shopping 1(dub): 13h (sáb e dom), 15h30m, 18h,20h30m. Kinoplex West Shopping 5 (3-D/dub): 13h40m, 16h10m, 18h40m,21h10m. Star Center 1 (dub): 13h (sex adom), 15h40m, 18h20m, 21h.Zona Sul: Cinemark Botafogo 3: 12h20m,14h50m, 17h40m, 20h20m, 23h (sex e sáb).Cinemark Botafogo 6 (3-D): dub, 13h; leg,15h40m, 18h20m, 21h, 23h40m (sex e sáb).Cinépolis Lagoon 6 (3-D): 11h30m (sáb edom), 14h, 16h30m, 19h, 21h35m, 0h05m(sex e sáb). Kinoplex Fashion Mall 2 (3-D): 14h(sáb e dom), 16h30m, 19h, 21h30m. Kino-plex Leblon 3: 13h30m, 16h, 18h30m, 21h,23h30m (sex e sáb). Leblon 2 (3-D): dub, 14h;leg, 16h30m, 19h, 21h30m. Rio Sul 2 (3-D):dub, 14h, 16h30m; leg, 19h, 21h30m. Roxy3 (3-D): dub, 14h; leg, 16h30m, 19h,21h30m. São Luiz 3 (3-D): dub, 14h; leg,16h30m, 19h, 21h30m. Unibanco Arteplex 4(3-D): dub, 13h30m; leg, 16h, 18h30m, 21h,23h30m (sáb).Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 2 (3-D): dub, 14h10m, 16h30m, 18h50m; leg,21h10m. Cine Show Teresópolis 3 (3-D):dub, 14h10m, 16h30m, 18h50m; leg,21h10m. Cinemaxx Mercado Estação 1(dub): 21h (exceto seg). Cinemaxx MercadoEstação 2 (dub): 14h20m (exceto seg),16h40m (exceto seg), 18h50m (exceto seg),21h (exceto seg).

Continuação> ‘Além da vida’. “Hereafter”. De ClintEastwood (USA, 2010). Com Matt Damon,Cécile De France.Drama. Um médium americano, uma jorna-lista francesa e um menino inglês protagoni-zam três tramas vividas entre o mundo dosvivos e o dos mortos. 129 minutos. Não re-comendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 14h50m.

> ‘O amor chega tarde’. “Love comes la-tely”. De Jan Schütte (Alemanha/Áus-tria/EUA, 2007). Com Otto Tausig, CarolineAaron, Olivia Thirlby.Comédia romântica. Baseado em um contode Isaac Bashevis Singer. Max Kohn, aclama-do escritor de contos e imigrante austríacoque vive em Nova York, está chegando aos80 anos, mas sente que sua vida está apenascomeçando. 86 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Zona Sul: Espaço de Cinema 2: 14h30m,16h15m, 18h, 19h45m, 21h30m. EstaçãoIpanema 2: 14h (exceto ter e qua), 15h45m,17h30m, 19h15m, 21h. Estação Vivo Gávea 5:14h, 15h50m, 17h50m, 19h30m, 21h20m.

> ‘Amor?’. De João Jardim (Brasil, 2010). ComEduardo Moscovis, Lilia Cabral, Leticia Colin.Drama. Uma mistura de documentário eficção em que atores e atrizes interpretamo depoimento de pessoas reais. 100 minu-tos. Não recomendado para menores de14 anos.Centro: Cine Santa Teresa: 21h10m.Zona Sul: Estação Laura Alvim 2: 13h,17h30m. Estação Vivo Gávea 1: 14h30m,18h20m, 22h. Instituto Moreira Salles: 14h(ter, qua e qui), 16h (ter, qua e qui), 18h (tere qui), 20h (ter e qui). Unibanco Arteplex 5:14h40m, 18h10m, 22h, meia-noite (sáb).

> ‘Animais unidos jamais serão venci-dos’. “Konferenz der tiere”. De Reinhard Klo-oss Holger Tappe (Alemanha, 2010). Vozesde Ralf Schmitz, Thomas Fritsch.Animação. Animais são forçados a deixar olugar onde vivem por causa da destruiçãoprovocada pelo homem. Exibição em 3-D emalgumas salas. 97 minutos. Livre.Redondezas: Cinemaxx Mercado Estação 3(dub): 14h40m (exceto seg), 16h50m (exce-to seg).

> ‘Bebês’. “Bébé(s)”. De Thomas Balmès(França, 2010).Documentário. O filme acompanha quatrobebês desde o nascimento até o primeiro anode vida em seus países e culturas de origem:Mongólia, Namíbia, Estados Unidos e Japão.80 minutos. Livre.Barra: Estação Barra Point 1: 14h.Zona Sul: Cine Glória: 14h (exceto seg), 18h(exceto seg). Estação Botafogo 3: 16h10m,20h10m. Estação Vivo Gávea 1: 13h,16h40m, 20h20m.

> ‘Biutiful’. “Biutiful”. De Alejandro Gonzá-lez Iñárritu (Espanha/México, 2010). ComJavier Bardem, Maricel Álvarez, GuillermoEstrella.Drama. Uxbal está à beira de morte e luta con-tra uma dura realidade e um destino que o im-pede de perdoar e perdoar-se. 147 minutos.Não recomendado para menores de 16 anos.Niterói: Cinemark Plaza Shopping 5: 19h (tere qui).Zona Sul: Estação Botafogo 2: 19h.

> ‘Bróder’. De Jeferson De (Brasil, 2009).Com Caio Blat, Jonathan Haagensen, SilvioGuindane.Drama. A história de três amigos da periferiade São Paulo e suas diferentes escolhas devida. 93 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.


Barra: Cinemark Downtown 06: 19h35m,21h55m, 0h10m (sex e sáb). CinesystemRecreio Shopping 4: 14h10m, 21h40m. UCINew York City Center 07: 21h20m, 23h25m(sex e sáb).Centro: Cine Santa Teresa: 15h20m,19h20m.Niterói: Box Cinemas São Gonçalo 3:19h15m, 21h25m.Zona Norte: Cinemark Carioca 2: 13h,17h50m. Ponto Cine: 14h, 16h, 18h,2 0 h . U C I K i n o p l e x 0 8 : 1 3 h 3 0 m ,15h35m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6: 15h, 17h.Star Center 4: 18h40m, 20h40m.

Zona Sul: Unibanco Arteplex 5: 13h,16h30m, 20h10m.

> ‘Cisne negro’. “Black swan”. De DarrenAronofsky (EUA, 2010). Com Natalie Port-man, Vincent Cassel, Mila Kunis.Drama. O sonho de Nina é ser a primeira bai-larina da companhia de dança. Mas, pressio-nada pelo diretor artístico de uma montagemde "O lago dos cisnes", ela terá que resolversérios problemas interiores, agravados pelachegada de uma rival. Vencedor do Oscar nacategoria melhor atriz. 107 minutos. Não re-comendado para menores de 16 anos.Centro: Odeon: 16h20m.

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FILME: RIOTema: Amizade

PORTARIA Nº. 87, DE 1º DE ABRIL DE 2011.

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> ‘Contracorrente’. “Contracorriente”. DeJavier Fuentes-León (Peru/França/Colômbia,2009). Com Tatiana Astengo, Manolo Cardo-na, José Chacaltana.Drama. Em uma pequena vila de pescadores,Mariela está prestes a ter seu primeiro filho comMiguel. Até que a chegada de Santiago ameaçao relacionamento do casal. 100 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos.Centro: Odeon: 20h40m (exceto sex).Zona Sul: Unibanco Arteplex 3: 18h, 22h,meia-noite (sáb).

> ‘Cópia fiel’. “Copie conforme”. De AbbasKiarostami (França/Itália/Irã, 2010). Com JulietteBinoche, William Shimell, Angelo Barbagallo.Drama. Um escritor inglês na meia-idade co-nhece uma jovem francesa enquanto está naItália para promover seu último livro e embarcacom ela em uma viagem. 106 minutos. Livre.Barra: Estação Barra Point 1: 15h40m,19h30m.Centro: Cine Santa Teresa: 17h10m.Zona Sul: Estação Botafogo 1: 16h30m,21h10m (até qua). Estação Laura Alvim 1:19h40m.

> ‘O discurso do rei’. “The king’s speech”.De Tom Hooper (Reino Unido/Austrália,2010). Com Colin Firth, Geoffrey Rush, He-lena Bonham Carter.Drama. Baseado em uma história real. Dono deuma incontrolável gagueira que o impede dediscursar para o público, o jovem e desprepa-rado rei George precisa reencontrar sua voz econduzir o país na guerra contra os alemães.Vencedor dos Oscars de melhor filme, ator, di-retor, roteiro original. 118 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos.Barra: UCI New York City Center 05: 22h,0h30m (sex e sáb).Centro: Odeon: 14h.Zona Sul: Estação Laura Alvim 2: 22h.

> ‘Esposa de mentirinha’. “Just go with it”.De Dennis Dugan (EUA, 2011). Com AdamSandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman.Comédia romântica. Durante uma viagem,Danny, um jovem cirurgião plástico, convencesua assistente a se fazer passar por sua ex-mu-lher para conquistar uma garota. 117 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Barra: UCI New York City Center 05 (dub):12h10m (sáb e dom), 14h35m, 17h05m,19h35m.Niterói: Box Cinemas São Gonçalo 5 (dub):21h35m.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping1: dub, 16h50m, 19h20m; leg, 21h50m.

> ‘Eu sou o número quatro’. “I am numberfour”. De D.J. Caruso (EUA, 2011). ComAlex Pettyfer, Teresa Palmer, Kevin Durand.Ficção científica. Baseado no livro de PittacusLore. Anos atrás, nove crianças ameaçadas pe-los Mogadorians fugiram do planeta Lorien e seesconderam na Terra, mas a caçada continuou etrês delas estão mortas. O jovem John Smith é opróximo alvo. 105 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Baixada: Kinoplex Grande Rio 3 (dub):17h15m, 19h25m, 21h35m. Multiplex Ca-xias 6 (dub): 20h.Barra: Cinemark Downtown 01: 14h05m,16h35m, 19h10m, 21h40m. CinesystemRecreio Shopping 3: 17h10m, 19h10m. UCINew York City Center 01 (dub): 13h10m.UCI New York City Center 11: 12h20m (sábe dom), 14h40m, 17h, 19h20m, 21h40m,meia-noite (sex e sáb).Niterói: Box Cinemas São Gonçalo 4 (dub):14h10m, 16h25m, 18h55m, 21h15m. Ci-nemark Plaza Shopping 5: 15h, 19h45m(exceto ter e qui).Zona Norte: Cinemark Carioca 6 (dub):16h30m, 19h, 21h30m. Kinoplex Nova Améri-ca 2: 15h50m (exceto sáb e dom), 18h15m,

20h50m. Shopping Iguatemi 2: 16h20m (excetosáb e dom), 18h50m, 21h10m. UCI Kinoplex02 (dub): 13h, 15h20m, 17h40m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 3 (dub): 21h.Cinesercla Itaguaí 1 (dub): 16h30m,18h30m, 20h30m. Cinesystem Bangu 4(dub): 17h55m, 19h55m, 21h55m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 1: 19h40m,22h10m. Cinépolis Lagoon 2: 19h50m,22h10m.Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 3(dub): 16h20m, 18h40m. Cine Show Tere-sópolis 2 (dub): 16h20m, 18h40m. Cine-maxx Mercado Estação 3 (dub): 18h40m(exceto seg), 20h40m (exceto seg).

> ‘A garota da capa vermelha’. “Red ri-ding hood”. De Catherine Hardwicke (EUA,2011). Com Amanda Seyfried, Michael Ho-gan, Shiloh Fernandez.Horror. Versão sombria da história de Chapeu-zinho Vermelho, conto publicado no século XIXpelos Irmãos Grimm. 100 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra: Cinemark Downtown 11: 16h10m,18h35m, 21h10m, 23h35m (sex e sáb).UCI New York City Center 04: 12h45m (sábe dom), 15h, 17h10m, 19h20m, 21h40m,meia-noite (sex e sáb).Niterói: Bay Market 4: 14h20m (exceto sáb edom), 16h30m, 18h40m, 20h50m. CinemarkPlaza Shopping 5: 12h30m, 17h25m (excetoter e qui), 22h10m, 0h30m (sex e sáb).Zona Norte: Cinemark Carioca 3: 16h,18h20m, 20h40m. Kinoplex Nova América4: 15h10m, 17h20m, 19h30m, 21h40m.Kinoplex Shopping Tijuca 3: 17h, 19h10m,21h20m, 23h30m (sex e sáb). ShoppingIguatemi 6: 14h, 16h10m, 18h30m,20h50m. UCI Kinoplex 09: 13h05m,15h15m, 17h25m, 19h40m, 21h50m,meia-noite (sex e sáb).

> ‘Homens e deuses’. “Des hommes et desdieux”. De Xavier Beauvois (França, 2010). ComLambert Wilson, Michael Lonsdale.Drama. Em uma vila, oito monges francesesvivem em harmonia com a população muçul-mana até que um grupo de trabalhadores es-trangeiros é massacrado. 122 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6: 19h,21h20m.Zona Sul: Espaço de Cinema 1: 16h40m,21h40m. Museu da República: 15h20m,17h40m, 20h. Estação Laura Alvim 3: 14h20m,16h40m, 19h, 21h20m. Estação Vivo Gávea 4:13h30m, 17h40m, 21h40m (exceto seg).

> ‘Hop — Rebeldes sem Páscoa’. “Hop”.De Tim Hill (EUA, 2011). Vozes de JamesMarsden, Elizabeth Perkins, Russell Brand.Animação. Depois que o coelhinho é atropeladoacidentalmente por um carro, cabe ao motoristasalvar a Páscoa. 97 minutos. Livre.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 2(dub): 16h, 20h. Cinesercla Nilópolis Square2 (dub): 14h30m, 16h30m. Iguaçu Top 3(dub): 14h20m (sáb e dom). Kinoplex Gran-de Rio 3 (dub): 15h. Multiplex Caxias 6(dub): 14h, 16h, 18h.Barra: Cinemark Downtown 02 (dub):12h40m, 15h, 17h20m, 19h40m. CinemarkDowntown 10 (dub): 11h20m. Cinesystem Re-


NATIMORTO

>>Paratodososgostos

Primeiro longa-metragemdeficçãodirigidoporPauloMachline,“Natimorto”chegahojeaoscinemasdividindoopiniões.NascríticaspublicadasontemnoSegundoCaderno,RodrigoFonsecaaplaudiusentado:“OescritorLourençoMutarellibrindaopúblicocomgrandeatuação”.JáRuyGardnierdormiu:“Osdiálogostêmumritmoprimário, frequentementesoandomaiscomoumaleituradramatizada”.


creio Shopping 4 (dub): 16h20m, 19h30m.UCI New York City Center 07 (dub): 12h30m(sáb e dom), 14h40m, 16h50m, 19h10m. UCINew York City Center 15 (dub): 12h (sáb edom), 14h10m, 16h20m, 18h30m. Via Par-que 6 (dub): 14h30m, 18h50m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 3 (dub): 13h30m,15h30m.Niterói: Bay Market 4 (dub): 14h15m (sáb edom). Box Cinemas São Gonçalo 3 (dub):14h50m, 17h. Cinemark Plaza Shopping 6(dub): 12h, 14h25m, 16h50m.Zona Norte: Cinemark Carioca 7 (dub): 15h,17h20m, 19h30m. Cinesystem Via Brasil Shop-ping 2 (dub): 14h10m, 16h20m, 19h10m,21h20m. Kinoplex Nova América 2 (dub): 14h(sáb e dom), 16h10m (sáb e dom). KinoplexShopping Tijuca 3 (dub): 13h (sáb e dom), 15h.Madureira Shopping 2 (dub): 14h10m (sáb edom). Shopping Iguatemi 2 (dub): 14h10m,16h15m (sáb e dom). UCI Kinoplex 04 (dub):12h20m (sáb e dom), 14h25m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 5 (dub):14h10m, 16h20m, 18h30m. Cinesercla Ita-guaí 4 (dub): 14h30m, 16h30m. CinesystemBangu 4 (dub): 13h35m, 15h45m. KinoplexWest Shopping 4 (dub): 14h20m (sáb e dom).Star Center 4 (dub): 14h40m, 16h40m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 1 (dub): 12h50m,15h, 17h20m. Cinépolis Lagoon 2 (dub):11h10m (sáb e dom), 13h20m, 15h35m,17h40m. Kinoplex Fashion Mall 3 (dub):14h10m (sáb e dom). Kinoplex Leblon 2 (dub):14h30m (sáb e dom), 16h40m (sáb e dom). RioSul 3 (dub): 14h10m. São Luiz 1 (dub):14h30m (sáb e dom).Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 3(dub): 14h30m. Cine Show Teresópolis 2(dub): 14h30m. Top Cine Hipershopping ABC2 (dub): 14h50m (exceto seg), 16h50m (ex-ceto seg), 18h50m (exceto seg).

> ‘Incêndios’. “Incendies”. De Denis Villeneu-

ve (Canadá, 2010). Com Lubna Azabal, Mélis-sa Désormeaux-Poulin, Maxim Gaudette.Drama. Adaptação da peça homônima de Wa-jdi Mouawad. Na leitura do testamento da mãe,os gêmeos Simon e Jeanne descobrem que têmum irmão e que o pai ainda vive. 130 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Barra: Estação Barra Point 2: 14h40m,18h50m.Zona Sul: Estação Botafogo 1: 14h, 18h40m(até qua).

> ‘Jogo de poder’. “Fair game”. De Doug Li-man (EUA, 2010). Com Naomi Watts, SeanPenn, Ty Burrell.Suspense. Baseado nas memórias de ValeriePlame, agente da CIA que teve sua identidadesecreta revelada por um jornalista durante a in-vasão dos EUA ao Iraque. 108 minutos. Não re-comendado para menores de 12 anos.Barra: Estação Barra Point 2: 21h20m.

> ‘As mães de Chico Xavier’. De GlauberFilho, Halder Gomes (Brasil, 2011). ComNelson Xavier, Caio Blat, Via Negromonte.Drama. Baseado em histórias reais e no livro "Portrás do véu de Isis", de Marcel Souto Maior. A tra-jetória de mães que perderam seus filhos e rece-bem conforto através de cartas psicografadas porChico Xavier. 111 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Barra: UCI New York City Center 09:13h20m, 15h40m.

> ‘A minha versão do amor’. “Barney’sVersion”. De Richard J. Lewis (Canadá/Itália,2010). Com Paul Giamatti, Dustin Hoffman,Minnie Driver.Comédia romântica. Baseado no livro de Mor-decai Richler. A história de Barney Panofsky, umhomem aparentemente normal, cujas confissõesabrangem quatro décadas, dois continentes etrês casamentos. 134 minutos. Não recomenda-do para menores de 14 anos.

Barra: Cinemark Downtown 05: 20h55m,23h50m (sex e sáb).Zona Norte: Cinemark Carioca 7: 21h40m.Zona Sul: Cinépolis Lagoon 5: 19h10m (atéqua), 21h50m (até qua). Espaço de Cinema1: 14h, 19h. Estação Laura Alvim 2: 15h,19h30m. Estação Vivo Gávea 3: 13h40m,16h20m, 19h (exceto ter), 21h50m. Kino-plex Fashion Mall 3: 18h20m, 21h10m. Ki-noplex Leblon 1: 18h10m (exceto sáb edom), 21h10m, 23h59m (sex e sáb).

> ‘Nana Caymmi em Rio Sonata’. “Rio So-nata: Nana Caymmi”. De Georges Gachot(Suíça, 2010).Documentário. A trajetória da cantora NanaCaymmi, ex-mulher de Gilberto Gil, musa deMilton Nascimento, amiga de Nelson Freire econsiderada uma das maiores cantoras doBrasil. 85 minutos. Livre.Barra: Estação Barra Point 1: 17h50m.Zona Sul: Espaço de Cinema 3: 20h,21h50m (exceto seg e qua). Estação LauraAlvim 1: 14h40m, 18h. Estação Vivo Gávea4: 16h, 20h.

> ‘Pânico 4’. “Scream 4”. De Wes Craven(EUA, 2011). Com David Arquette, NeveCampbell, Courteney Cox.Terror. Dez anos se passaram e Sidney já con-seguiu deixar o passado para trás. Quando tu-do parecia entrar nos eixos, ela recebe a visitado esfaqueador mascarado. 111 minutos.Não recomendado para menores de 14anos.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 21h (ex-ceto seg). Cinesercla Nilópolis Square 2(dub): 18h40m, 20h45m. Iguaçu Top 3(dub) : 14h10m (exceto sáb e dom),16h30m, 18h50m, 21h10m. KinoplexGrande Rio 6 (dub) : 14h, 16h20m,18h40m, 21h10m. Multiplex Caxias 4(dub): 15h, 17h15m, 19h30m, 21h45m.



Barra: Cinesystem Recreio Shopping 3:21h30m. UCI New York City Center 09:18h20m, 20h40m, 23h (sex e sáb). UCINew York City Center 16 (dub): 13h10m,15h30m, 17h50m.Niterói: Box Cinemas São Gonçalo 7 (dub):13h50m, 16h20m, 18h45m, 21h20m. Ci-nemark Plaza Shopping 6: 19h05m,21h30m, meia-noite (sex e sáb).Zona Norte: Cinemark Carioca 2 (dub):15h10m, 20h. Madureira Shopping 2 (dub):16h10m, 18h30m, 21h. Shopping Iguatemi7: 21h10m. UCI K inop lex 08: dub,17h40m, 20h; leg, 22h20m.Zona Oeste: Cinesercla Itaguaí 4 (dub):18h40m, 20h45m. Cinesystem Bangu 3(dub): 20h10m, 22h20m. Kinoplex WestShopping 4 (dub): 14h (exceto sáb e dom),16h30m, 18h50m, 21h30m. Star Center 3:14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 4: 20h50m,23h20m (sex e sáb).Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 3:21h. Cine Show Teresópolis 2: 21h. Top CineHipershopping ABC 2 (dub): 20h50m (exce-to seg).

> ‘O pequeno Nicolau’. “Le petit Nicolas”.De Laurent Tirar (França, 2009). Com Maxi-me Godart, Valérie Lemercier, Kad Merad.Comédia. Baseado na obra de Jean-JacquesSempé e René Goscinny. Nicolau é um garo-tinho muito amado pelos pais que leva umavida tranquila até que sua mãe fica grávida.91 minutos. Livre.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 13h,17h15m.

> ‘Que mais posso querer’. “Cosa voglio dipiù”. De Silvio Soldini (Itália/Suíça, 2010).Com Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher,Giuseppe Battiston.Drama. Um homem e uma mulher começamuma relação extraconjugal, sem perceber que tu-do está saindo do controle. 121 minutos. Não re-comendado para menores de 16 anos.Barra: Estação Barra Point 1: 21h40m.

Zona Sul: Estação Botafogo 3: 13h50m,17h50m. Estação Laura Alvim 1: 21h45m.

> ‘O retrato de Dorian Gray’. “DorianGray”. De Oliver Parker (Reino Unido, 2011).Com Colin Firth, Ben Barnes, Rebecca Hall.Suspense. Baseado na obra de Oscar Wilde. Ob-cecado por sua própria beleza e juventude, Do-rian aceita que lhe pintem um retrato. Ao vê-lopronto, afirma que daria sua própria alma parater eternamente aquela aparência. 112 minutos.Não recomendado para menores de 16 anos.Centro: Odeon: 18h30m.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 21h50m.

> ‘Rio’. De Carlos Saldanha (EUA, 2011).Vozes de Anne Hathaway, Jesse Eisenberg,Jamie Foxx.Animação. Blu é uma arara-azul domestica-da que nunca aprendeu a voar e vive nos Es-tados Unidos, até descobrir que existe umafêmea de sua espécie no Rio. Exibição em 3-D em algumas salas. 96 minutos. Livre.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 17h (ex-ceto seg), 19h (exceto seg). Cinemaxx Uni-granrio Caxias 2 (dub): 14h, 18h. CineserclaNi lópo l i s Square 3 (dub) : 14h40m,16h40m, 18h40m, 20h40m. Iguaçu Top 2(dub): 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m.Kinoplex Grande Rio 2 (3-D/dub): 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. KinoplexGrande Rio 4 (dub): 14h20m, 16h30m,18h50m, 21h. Multiplex Caxias 1 (dub):15h, 17h, 19h30m, 21h30m. Multiplex Ca-xias 2 (3-D/dub): 13h30m (sáb, dom e qua).Multiplex Caxias 5 (dub): 16h, 18h, 20h.Barra: Cinemark Downtown 04 (3-D):11h05m, 13h20m, 15h40m, 18h, 20h20m,22h45m (sex e sáb). Cinemark Downtown 05(dub): 11h30m, 13h45m, 16h05m, 18h30m.Cinemark Downtown 06 (dub): 12h35m,14h50m, 17h10m. Cinemark Downtown 12(3-D/dub): 12h (exceto sáb), 14h25m (excetosáb). Cinesystem Recreio Shopping 1 (dub):14h20m, 16h40m, 19h, 21h10m. CinesystemRecreio Shopping 3 (dub): 15h. UCI New YorkCity Center 02 (3-D): dub, 12h20m (sáb e

dom), 14h30m, 16h40m (exceto sáb),18h50m (exceto sáb); leg, 21h (exceto sex),23h10m (sex e sáb). UCI New York City Center06 (dub): 12h (sáb e dom), 14h10m, 16h20m,18h30m. UCI New York City Center 10: dub,13h50m, 16h, 18h10m; leg, 20h20m,22h30m. UCI New York City Center 12 (3-D):dub, 13h20m, 15h30m, 17h40m (exceto ter);leg, 19h50m (exceto ter), 22h (exceto ter),0h10m (sex e sáb). Via Parque 1 (dub): 14h,16h, 18h10m, 20h30m. Via Parque 6 (dub):16h40m, 21h10m.Ilha: Cinesystem Ilha Plaza 1 (dub): 14h,16h30m, 19h, 21h30m.Niterói: Bay Market 2 (dub): 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. Box Cinemas SãoGonçalo 2 (dub): 13h30m, 15h40m, 17h50m,20h. Box Cinemas São Gonçalo 5 (dub): 15h,17h10m, 19h20m. Box Cinemas São Gonçalo6 (dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Ci-nemark Plaza Shopping 1 (dub): 10h30m,12h45m, 15h05m. Cinemark Plaza Shopping4 (3-D): dub, 11h, 13h25m, 15h40m,17h55m; leg, 20h10m, 22h25m. CinemarkPlaza Shopping 7 (3-D/dub): 11h35m,13h50m.Zona Norte: Cinemark Carioca 4 (dub):11h10m, 13h20m, 15h30m, 17h40m,19h50m, 22h. Cinemark Carioca 6 (dub):12h10m, 14h20m. Cinemark Carioca 8 (dub):11h40m, 13h50m, 16h20m, 18h30m. Cine-system Via Brasil Shopping 3 (dub): 13h30m,16h, 18h30m, 21h. Cinesystem Via Brasil Shop-ping 4 (3-D): dub, 14h, 16h30m, 19h; leg,21h30m. Kinoplex Nova América 1 (dub):14h40m, 16h50m, 19h, 21h15m. KinoplexNova América 5 (3-D/dub): 13h30m (sáb edom), 15h50m, 18h20m, 20h45m. KinoplexShopping Tijuca 2 (dub): 14h15m, 16h25m,18h35m. Kinoplex Shopping Tijuca 4 (3-D): dub,13h10m (sáb e dom), 15h20m, 17h30m,19h40m; leg, 21h50m, 23h59m (sex e sáb).Madureira Shopping 1 (dub): 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Madureira Shop-ping 3 (dub): 13h40m (sáb e dom), 16h,18h10m, 20h20m. Shopping Iguatemi 3 (dub):

13h50m (sáb e dom), 16h10m, 18h20m,20h30m. Shopping Iguatemi 7 (dub): 14h40m,16h50m, 19h. UCI Kinoplex 01 (3-D): dub,12h30m (sáb e dom), 14h40m, 16h50m, 19h;leg, 21h10m, 23h20m. UCI Kinoplex 07 (dub):13h40m, 15h50m, 18h10m, 20h20m,22h30m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 3 (dub): 14h,16h10m, 18h20m. Cine 10 Sulacap 4 (dub):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h10m. Cine-sercla Itaguaí 1 (dub): 14h20m. Cinesercla Ita-guaí 3 (dub): 14h40m, 16h40m, 18h40m,20h40m. Cinesystem Bangu 2 (3-D): dub,13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h; leg,22h10m. Cinesystem Bangu 3 (dub): 14h10m,16h10m, 18h10m. Kinoplex West Shopping 2(3-D/dub): 14h40m, 16h50m, 19h, 21h20m.Kinoplex West Shopping 3 (dub): 14h10m,16h20m, 18h30m, 20h50m. Star Center 2(dub): 14h (sex a dom), 16h10m, 18h20m,20h30m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 4 (dub):11h10m, 13h40m, 16h10m, 18h30m. Cine-mark Botafogo 5 (3-D): dub, 12h10m,14h30m, 16h50m, 19h10m; leg, 21h30m,0h05m (sex e sáb). Cinépolis Lagoon 4 (3-D):dub, 11h25m (sáb e dom), 13h40m, 15h50m;leg, 18h, 20h10m, 22h20m. Cinépolis Lagoon5 (3-D/dub): 12h40m, 14h50m, 17h. KinoplexFashion Mall 3 (dub): 16h10m. Kinoplex Leblon1 (dub): 14h10m, 16h10m, 18h10m (sáb edom). Kinoplex Leblon 4 (3-D): dub, 13h (sáb edom), 15h10m, 17h20m, 19h30m; leg,21h45m, 23h50m (sex e sáb). Rio Sul 1 (dub):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Roxy 2(dub): 14h10m, 16h15m (sáb e dom). São Luiz4 (3-D): dub, 13h10m (sáb e dom), 15h10m,17h20m, 19h30m; leg, 21h50m. UnibancoArteplex 6: 14h30m, 17h, 19h30m, 22h,meia-noite (sáb).Redondezas: Cine Bauhaus 2: 15h, 17h, 19h,21h. Cine Itaipava (dub): 15h (exceto seg), 17h(exceto seg). Cine Show Nova Friburgo 1 (dub):14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m. Cine ShowTeresópolis 1 (dub): 14h, 16h15m, 18h30m,20h45m. Cinemaxx Mercado Estação 1 (dub):

14h30m (exceto seg), 16h30m (exceto seg),18h30m (exceto seg). Top Cine HipershoppingABC 1 (dub): 14h30m (exceto seg), 16h30m(exceto seg), 18h30m (exceto seg), 20h30m(exceto seg).

> ‘Sem limites’. “Limitless”. De Neil Burger(EUA, 2011). Com Bradley Cooper, RobertDe Niro, Anna Friel.Suspense. O escritor Eddie Morra sofre há anosde um bloqueio criativo. Quando um amigo lheapresenta a um remédio revolucionário, ele pas-sa a viver sem limites. 105 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra: UCI New York City Center 06:21h10m, 23h25m (sex e sáb).Redondezas: Cine Bauhaus 1: 14h30m,18h45m.

> ‘O sequestro de um herói’. “Rapt”. DeLucas Belvaux (França, 2009). Com Yvan At-tal, Anne Consigny, André Marcon.Policial. Um rico industrial é brutalmente se-questrado. Enquanto ele passa por torturas fí-sicas e psicológicas, a polícia e a diretoria desua companhia negociam um resgate de 50milhões de euros. 125 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 21h40m.

> ‘Sexo sem compromisso’. “No strings at-tached”. De Ivan Reitman (EUA, ). Com NataliePortman, Ashton Kutcher, Cary Elwes.Comédia romântica. Amigos de longa data,Emma e Adam quase estragam a amizadequando transam em uma manhã. Para pro-tegerem a relação, eles fazem um pacto paramanter seu relacionamento sem qualquercompromisso. 108 minutos. Não recomen-dado para menores de 14 anos.Barra: UCI New York City Center 15:20h40m (exceto ter), 23h (sex e sáb).Redondezas: Cine Itaipava: 19h (excetoseg), 21h (sex e sáb).

> ‘Sobrenatural’. “Insidious”. De JamesWan (EUA, 2010). Com Barbara Hershey,Rose Byrne, Patrick Wilson.

Cinema>>Programação Programação<<Cinema<<Dança

Uma exposição tão especial que, só pelasimagens, já poderíamos chamar de arte.

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exposição fotográficade William Santos

De 27 de abril a 26 de maioSegunda a Sábado: 10h às 17h

Domingos e Feriados: 12h às 17h

PalácioTiradentes

Rua 1º de março, s/nºPraça XV - CentroRio de Janeiro

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Horror. Uma família tenta impedir que mausespíritos aprisionados em seu filho em comadominem sua mente. 102 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos.Barra: Cinemark Downtown 02: 22h05m,0h20m (sex e sáb). UCI New York City Center01: 15h30m, 17h45m, 20h, 22h15m,0h30m (sex e sáb).Zona Norte: Cinemark Carioca 8: 20h50m.Kinoplex Shopping Tijuca 2: 20h45m,23h10m (sex e sáb). UCI Kinoplex 02: 20h,22h15m, 0h30m (sex e sáb).Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 5: 20h40m.

> ‘VIPs’. De Toniko Melo (Brasil, 2010). ComWagner Moura, Gisele Fróes, Juliano Cazarré.Drama. Baseado no livro “VIPS — Históriasreais de um mentiroso”, de Mariana Caltabiano.O maior prazer de Marcelo sempre foi imitar aspessoas e se passar pelos outros. 98 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Barra: UCI New York City Center 16:20h10m (exceto ter), 22h20m (exceto ter),0h30m (sex e sáb).

Reapresentação> ‘127 horas’. “127 hours”. De Danny Boy-le (EUA, 2011). Com James Franco, LizzyCaplan, Kate Burton.Drama. Baseado em uma história real. A lutado montanhista Aron Ralston para salvar-sedepois que uma pedra solta cai sobre seu bra-ço e o deixa preso num cânion estreito e iso-lado de Utah. 94 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos.Zona Norte: Cinemark Carioca 3: 14h.

> ‘Gigante’. “Gigante”. De Adrián Biniez(Uruguai/Argentina/Alemanha/Espanha,2009). Com Horacio Camandule, LeonorSvarcas, Fernando Alonso.Comédia dramática. Jara, um grande e tími-do segurança de supermercado, descobre afaxineira Julia pelas câmeras de vigilância eapaixona-se por ela. 90 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Cine Joia: 17h.

> ‘O guerreiro Genghis Khan’. “Mongol”.De Sergei Bodrov (Mongólia/Cazaquis-tão/Rússia/Alemanha, 2007). Com Tadano-bu Asano, Honglei Sun, Khulan Chuluun.Drama. Os primeiros anos de vida de GenghisKhan, que foi escravo antes de se tornar um dosmaiores conquistadores do mundo. 125 minutos.Não recomendado para menores de 16 anos.Zona Sul: Cine Joia: 19h30m.

> ‘Invasão do mundo: batalha de Los An-geles’. “Battle: Los Angeles”. De Jonathan Lie-besman (EUA, 2011). Com Aaron Eckhart, Mi-chelle Rodriguez, Bridget Moynahan.Ficção científica. Grupo de militares luta con-tra uma invasão alienígena nas ruas de LosAngeles. Exibição em 3-D e em 4K em algu-mas salas. 116 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping1 (dub): 14h20m.

> ‘Joy Division’. “Joy division”. De GrantGee (EUA/Inglaterra, 2007).Documentário. A trajetória da banda, quesurgiu no final dos anos 70, em Manchester.95 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos.Zona Sul: Cine Joia: 22h.

> ‘Paulo Gracindo — O Bem Amado’. DeGracindo Junior (Brasil, 2008).Documentário. Cinebiografia. Através de depoi-

mentos de colegas e amigos e de material dearquivo, o filme recupera parte da trajetória doator Paulo Gracindo. 80 minutos. Livre.Zona Sul: Cine Joia: 14h30m.

> ‘Sucker Punch — Mundo surreal’. “Su-cker Punch”. De Zack Snyder (EUA, 2011).Com Emily Browning, Abbie Cornish, Vanes-sa Hudgens.Aventura. Baby Doll é internada em um sanatóriopelo padrasto, de olho na herança deixada por suamãe. Para sobreviver à tristeza, ela busca refúgiodentro da própria mente. 111 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos.Redondezas: Cine Bauhaus 1: 16h30m,20h45m.

> ‘Um lugar qualquer’. “Somewhere”. DeSofia Coppola (EUA, 2010). Com StephenDorff, Michelle Monaghan, Chris Pontius.Drama. Um ator encrenqueiro leva uma vidade excessos no hotel Chateau Marmont, emHollywood. 97 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos.Barra: Cinemark Downtown 11: 14h.

Extra> Amor à Francesa. A mostra, em cartazaté amanhã, exibe 22 filmes que retratam oromance em suas mais variadas facetas. Sex,às 18h30m: “Carmen de Godard”, de de Jean-Luc Godard (França, 1983). Não recomendadopara menores de 14 anos. Sáb, às 16h: “Uma

cama para três”, de Josiane Balasko (França,1994). Não recomendado para menores de 12anos. Às 18h: “O amigo de minha amiga”, deEric Rohmer (França, 1987). Não recomendadopara menores de 14 anos.Centro: Cinemateca do MAM. Av. InfanteDom Henrique 85, Aterro do Flamengo —2240-4944. R$ 5.

> Balé no Cinema. A rede UCI traz para oBrasil o primeiro balé gravado em 3-D. “Gi-selle”, estrelado por Natalia Osipova e LeonidSarafanov, será exibido hoje, dias 30 de abrile 1o-, 8 e 9 de maio.Barra: UCI New York City Center 2 (Av. das Amé-ricas 5.000, loja 301, Barra). Sex, às 21h. Dias30 de abril, 8 e 9 de maio, às 17h. R$ 60.Zona Norte: Kinoplex NorteShopping 3 (Av.Dom Helder Camara 5.080, Piedade). Sex,às 21h. Dias 30 de abril, 1o-, 8 e 9 de maio,às 17h. R$ 60.

> Cineclube LGBT. Sex, às 21h: “Os clubberstambém comem”, de Lufe Steffen; “Serial club-ber killer”, de Duda Leite e Gigi Mathias; “A ca-ma do tesão”, de Lufe Steffen; entre outros. Apósa exibição, festa com o DJ Great Guy (pop). Nãorecomendado para menores de 18 anos.Centro: Odeon Petrobras (Praça Floriano 7, Ci-nelândia — 2240-1093). Sex, às 21h. R$ 14.

> Cinema Brasileiro: Anos 2000, 10Questões. A mostra, que começou terça-feirae segue até 8 de maio, exibe cerca de 60 filmesnacionais e propõe uma reflexão sobre a produ-ção cinematográfica nos últimos dez anos. Alémda exibição de filmes, a mostra conta com de-bates nos quais serão discutidas dez questõespropostas pela curadoria do evento. Sex, na Sala1, às 13h30m: “Cidade de Deus”, de FernandoMeirelles (Brasil, 2002). Não recomendado paramenores de 16 anos. Às 16h: “Cinema, aspiri-nas e urubus”, de Marcelo Gomes (Brasil,2005). Não recomendado para menores de 14anos. Às 18: “A alegria”, de Felipe Bragança eMarina Meliande (Brasil, 2010). Não recomen-dado para menores de 14 anos. Às 20h, debate“Quais imagens do Brasil lá fora?”, com TunicoAmâncio e Pedro Butcher. Sáb, na Sala 1, às16h: “5X favela — Agora por nós mesmos”, deCacau Amaral, Cadu Barcelos, Luciana Bezerra,Manaira Carneiro, Rodrigo Felha, Wagner No-vais, Luciano Vidigal (Brasil, 2010). Às 18h: “Oinvasor”, de Beto Brant (Brasil, 2001). Não re-comendado para menores de 18 anos. Às 20h,debate “O outro: temer, tolerar ou conhecer?”,com Ivana Bentes e Luis Alberto Rocha Melo. NaSala 2, às 12h: “Simonal — Ninguém sabe oduro que dei”, de Cláudio Manoel, Micael Langere Calvito Leal (Brasil, 2008). Às 14h: “Santia-go”, de João Moreira Salles (Brasil, 2007). Livre.Às 16: “Corumbiara”, de Vincent Carelli (Brasil,

2009). Não recomendado para menores de 12anos. Às 18h: “À margem da imagem”, de Eval-do Mocarzel (Brasil, 2009). Livre. Dom, na Sala1, às 16h: “Quanto vale ou é por quilo?”, de Sér-gio Bianchi (Brasil, 2005). Não recomendadopara menores de 14 anos. Às 18h: “Meu nomenão é Johnny”, de Mauro Lima (Brasil, 2007).Não recomendado para menores de 14 anos. Às20h: “O ano em que meus pais saíram de fé-rias”, de Cao Hamburguer (Brasil, 2006). Nãorecomendado para menores de 10 anos. Na Sa-la 2, às 12h: “Nome próprio”, de Murilo Salles(Brasil, 2007). Não recomendado para menoresde 18 anos. Às 14h15m: “Bezerra de Menezes— O diário de um espírito”, de Glauber Filho eJoe Pimentel (Brasil, 2008). Livre. Às 16h:“Quase dois irmãos”, de Lucia Murat (Brasil,2004). Não recomendado para menores de 16anos. Às 18h: “Estômago”, de Marcos Jorge(Brasil, 2007). Não recomendado para menoresde 16 anos. Às 20h: “Pan-cinema permanente”,de Carlos Nader (Brasil, 2007). Não recomen-dado para menores de 10 anos.Centro: Centro Cultural Banco do Brasil/Cine-ma 1 (Rua Primeiro de Março 66, Centro —3808-2007). R$ 6.

> Cinema no IMS-Rio. Exibição do docu-mentário “A tristeza e a piedade”, de MarcelOphüls (França/Suíça, 1969). 251 minutos.Livre. Sex, 16h30m e 19h30m. Sáb e dom,às 13h, 15h20m, 17h45m e 20h.Zona Sul: Instituto Moreira Salles (Rua Mar-quês de São Vicente 476, Gávea — 3284-7400). R$ 10.

> A luz e o cinema de Rogério Sganzer-la. A mostra, que começou dia 26 e segue até 8de maio, exibe 24 filmes do cineasta catarinenseRogério Sganzerla. Sex, na Sala 1, às 19h: “Be-lair”, de Noa Bressane e Bruno Safadi (Brasil,2010). Livre. Na Sala 2, às 17h30m: “Históriasem quadrinhos”, de Rogério Sganzerla e Àlvarode Moya (Brasil, 1969). Livre. Sáb, na Sala 1,às 19h: “Perigo negro”, de Rogério Sganzerla(Brasil, 1992). Livre. “Isto é Noel Rosa, de Ro-gério Sganzerla (Brasil, 1990). Livre. Na Sala 2,às 17h30m: “Documentário”, de Rogério Sgan-zerla (Brasil, 1966). Exibição em DVD. Livre.Dom, na Sala 1, às 17h30m: “A mulher de to-dos”, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1969). Nãorecomendado para menores de 12 anos.Centro: Caixa Cultural Rio/Cinema 1 e 2 (Av.

Almirante Barroso 25, Centro — 2544-4080). R$ 2.

> The Metropolitan Opera. Décima primei-ra montagem da temporada 2010/2011 da sé-rie, a ópera “O trovador”, de Giuseppe Verdi,será exibida sábado, às 14h, com legendas emportuguês, em transmissão ao vivo de NovaYork. Regência de Marco Amiliato. Duração:2h45m, com dois intervalos. Livre.Barra: Cinemark Downtown 12 (Av. dasAméricas 500, Barra — 2494-5004). Sáb,às 14h. R$ 60.

Cinema>>Programação Programação<<Cinema<<Dança

CINEMA BRASILEIRO: ANOS 2000, 10 QUESTÕES

>>Paravererefletir

OCentroCulturalBancodoBrasil apresenta,até8demaio,mostraque reúnecercade60 filmesnacionais, sobacoordenaçãoda“RevistaCinética”ecomcuradoriadeEduardoValente,CleberEduardoeJoãoLuizVieira.A ideiaé traçarumpaineldaproduçãobrasileiranaúltimadécadaatravésdaexibiçãodos títulosededebates.Entreosdestaquesdo fimdesemanaestá “CidadedeDeus”,deFernandoMeirelles.Veja títulosehoráriosemExtra.

Dança> ‘Arquitetura do samba’. O espetáculo dacoreógrafa Andrea Jabor volta ao Sesc com aCia. Arquitetura do Movimento. Em cena, adança do casal de mestre-sala e porta-ban-deira como matriz de movimento.Sesc-Tijuca: Rua Barão de Mesquita 539, Ti-juca — 3238-2164. Sáb e dom, às 20h. R$12. Livre.

> ‘Núcleos’. O espetáculo do coreógrafoJoão Saldanha comemora seus 25 anos decarreira e é inspirado na obra de Hélio Oi-ticica.Espaço Sesc: Rua Domingos Ferreira 160,Copacabana — 2548-1088. Sex e sáb, às21h30m. Qui e dom, às 20h. R$ 16. Até 8de maio. Não recomendado para menores de12 anos.

NO SITE E NO CELULAR:Confira os trailers de to-dos os filmes em cartazrioshow.com.br/cinema

.com.br


Shows

Ela também canta Roberto CarlosAo ladodabandaOsOutros,asambistaTeresaCristinamostramúsicasdoReicompegada ‘rockbaladão’, amanhã,noRival

DéboraGares

Asambista Teresa Cristi-na não estava no grupode cantoras que partici-

pou do projeto “Elas cantamRoberto Carlos”, em homena-gem aos 50 anos de carreirado Rei, em 2009. Mas bem quegostaria, pois também temuma enorme admiração peloRei. Para não ficar só na von-tade, ela se uniu à banda derock Os Outros num projeto sócom músicas de Roberto, queserá apresentado amanhã, noTeatro Rival.

A ideia surgiu em janeiro,quando Teresa aceitou o con-

vite do amigo Vitor Paiva, bai-xista da banda, para cantar noprojeto “Os Outros Convi-dam”. Para participar, impôsapenas uma condição.

— Disse que só cantaria sepudesse interpretar algo do re-pertório de Roberto Carlos.Sempre tive vontade de fazerisso, mas a minha formaçãode banda não me permitia —diz ela, que à época resgatou“Do outro lado da cidade”.

A união da cantora com abanda deu liga e a vontade decriar um projeto mais específicoos levou a ensaiar muito até fe-char o repertório de 20 músicasque apresentam amanhã ao pú-

blico. Entre as selecionadas, es-tão clássicos como ”As curvasda estrada de Santos”, “O por-tão” e “Detalhes”, e outras me-nos batidas, como “Nada vaime convencer” e “À janela”. To-das ganharam novos arranjos,que puxam para um “rock ba-ladão”, nas palavras de Teresa.

— Cantar Roberto Carlos écomo mergulhar numa recor-dação de infância, de quandoeu tinha 5 ou 6 anos, ouvia aminha mãe cantando e tam-bém cantava as músicas dele— diz ela, que ainda esperaum dia estar lado a lado como Rei. — Nossa, acho que mor-ro de emoção! ■

Divulgação/Jorge Bispo

TERESACRISTINAeOsOutros:entreas20músicas,hitsecançõesmenosbatidas


>>TulipaRuizemIpanemaApaulistaTulipaRuizencerraaterceiraediçãodoprojeto“VivaVoz”,quereuniucantoresdediferentesestilosnoOiFuturo Ipanemaaolongodomês.Dehojeadomingo,elamostraasmúsicasdeseuCDdeestreia,“Efêmera”,comoafaixa-título,“Aordemdasárvores”e“Brocaldourado”.“EssaéaprimeiravezquefaçoumasériedetrêsshowsnoRioeachoquevaisermuitobomparaaequipe,umprocessode imersão”,dizela,queadoracantarnacidadeeestáfinalizandoseuprimeiroclipe,de“Sushi”,gravadonoTeatroRival.

Divulgação/Samuel Esteves

<<Shows

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MINHAS SINCERAS DESCULPAS“Por Eduardo Sterblitch”.

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amanhã - única apresentação

Z.É. ZENAS EMPROVISADAS“Os Beatles da improvisação”.

SANDY“Manuscrito”

CELTIC LEGENDS“Toda tradição da dança emúsicairlandesanumespetáculo imperdível”.

ANA CAROLINA“Ensaio de cores”

BETH CARVALHO“ARainhadoSambadevoltaaospalcos!”ÚnicaApresentação.

Apoio:

Apoio:

Apoio:

03, 10 e 17 demaio

07 demaio

11 demaio

Apoio:

Realização:

13 e 14 demaio

20 demaio

HARLEM GOSPEL CHOIR“O coral mais importante dosEUA comemora 25 anos decelebração amúsica negra”. 21 demaio

Live in Rio

06 demaio“Uma dasmaiores atrações domundopela primeira vez no Rio de Janeiro”.

FLO RIDA


Shows> Alegria Mattus. A cantora faz show deMPB e reggae, com músicas como “I shot thesheriff” (Bob Marley) e “O segundo sol” (Nan-do Reis).Bar Horse’s Neck: Hotel Sofitel. Av. Atlântica4.240, nível E, Copacabana — 2525-1206.Sáb, às 21h. R$ 20. Não recomendado paramenores de 18 anos.

> Ana Costa. A cantora interpreta clássicosdo samba e músicas de seus CDs. Aberturado grupo Nó Molhado.Carioca da Gema: Av. Mem de Sá 79, Lapa— 2221-0043. Sáb, às 21h30m (abertura)e às 23h30m. R$ 25. Não recomendado pa-ra menores de 18 anos.

> Angelo Garcia. O cantor interpreta suces-sos de Beatles, Frank Sinatra, Amy Winehou-se, Elvis Presley e Elton Jonh.Conversa Afinada: Rua Vinicius de Moraes75, 3o- andar, Ipanema — 2522-1809. Sáb,às 22h. R$ 30. Livre.

> Atelier Jazz. O grupo apresenta o show“Electric Path”, com composições própriascomo “Lakers”, “Arthur e o gigante” e “Fakemelon”.Sala Baden Powell: Av. Nossa Senhora deCopacabana 360, Copacabana — 2255-1067. Sáb, às 20h. R$ 20. Livre.

> Baia. O cantor e compositor faz show doDVD “Baia no Circo”, com músicas como“Eus” e “Fulano, beltrano e cicrano”.Leviano Bar: Av. Mem de Sá 47, Lapa —2507-5779. Sáb, às 23h. Mulher: R$ 15(até as 23h) e R$ 30. Homem: R$ 30. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Batuque na Cozinha. O grupo toca suces-sos de Noel Rosa, João Nogueira e Clara Nunes.A apresentação de hoje ainda tem, depois, showdo Bloco do Vigário, que mistura samba, frevo,baião e outros ritmos.Parada da Lapa: Rua dos Arcos s/no-, Lapa —2524-2950. Sex, às 23h30m. R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.Lapa Na Pressão: Av. Mem de Sá 61, Lapa— 2507-0580. Sáb, às 23h. R$ 15 (até as21h) e R$ 25. Não recomendado para me-nores de 18 anos.

Grátis > Beth Carvalho. A cantora recebe Nel-son Sargento, Monarco e Dudu Nobre no evento“Show do Trabalhador”. No repertório, “Coisinhadopai”(JorgeAragão/AlmirGuineto/LuizCarlos)e“Voufestejar” (JorgeAragão/Dida/Neoci).Quinta da Boa Vista: São Cristóvão. Dom, às

18h. Livre.

> Caixa Preta. A banda toca de tudo umpouco: samba, funk, reggae, rock, jazz, bossanova, choro, música erudita e jongo.Lapinha: Av. Mem de Sá 82, sobrado, Lapa —2507-3435. Sex, às 21h30m. R$ 20. Não re-comendado para menores de 18 anos.

> Charles Rio Trio. O grupo interpreta stan-dards do jazz e sucessos da bossa nova.MC Galeria: Rua Francisco Otaviano 55, Ar-poador — 2247-7793. Sex, às 21h. R$ 20.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Dhy Ribeiro. O cantor faz releituras declássicos da MPB e mostra as músicas do seuprimeiro CD, “Manual da mulher”. Aberturade Ronaldinho do Cavaquinho.Rio Scenarium: Rua do Lavradio 20, Lapa —3147-9000. Sex, às 19h (abertura) e às 22h.Sáb, às 20h (abertura) e às 22h. R$ 30. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Escangalha a Maçaneta. O grupo co-manda uma roda de samba com clássicos dogênero e músicas autorais.Semente: Rua Joaquim Silva 138, Lapa —9781-2451 (informações). Dom, às 21h30m.Mulher: R$ 18 . Homem: R$ 20. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Felipe Matos e Fernando. O projeto “Do-mingo Sertanejo” recebe a dupla, que mesclasucessos do gênero e composições próprias.Ponto da Bossa Nova: Rua Domingos Ferrei-ra 215-B, Copacabana — 2549-7597.Dom, às 20h. R$ 5. Não recomendado paramenores de 14 anos.

Grátis > Fernanda Abreu. A cantora faz showna semifinal do Favela Festival. A etapa reúne osprimeirosesegundoslugaresdecadaeliminatóriamaisoscincoclassificadosnarepescagem.Quadra da G.R.E.S. Acadêmicos da Roci-nha: Rua Bertha Lutz 80, Rocinha — 3205-3303. Sáb, às 19h. Livre.

Grátis > Fernando Moura. O músico lança seuquintoCDautoral, “Tudopiano”,epreparaumre-pertóriocomtrilhassonoraseclássicosdamúsicabrasileirae internacional.Santo Scenarium: Rua do Lavradio 36, Lapa— 3147-9007. Sáb, às 21h30m. R$ 10. Nãorecomendado para menores de 16 anos.

> Festival Beco das Garrafas de BossaNova. Em sua primeira edição, o evento reú-ne atrações diversas. Hoje: o Grupo Bambooapresenta as músicas de seu primeiro CD.Amanhã: o showman Miéle recorda históriase músicas que marcaram sua atuação junto a

grandes nomes da bossa nova. Domingo: Oguitarrista italiano Eddy Palermo — que játrabalhou com jazzistas como Chet Baker eJoe Pass, e também com os bossanovistasRoberto Menescal e Pery Ribeiro — apresen-ta uma mistura dessas experiências.Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva269, Leblon — 2294-4480. Sex e sáb, às19h. Dom, às 18h. R$ 30. Não recomenda-do para menores de 18 anos.

> Forró de Gafieira. O projeto reúne o TrioPé de Serra, a cantora Mariana Mello e o TrioDona Zefa. Nos intervalos, o DJ Sérgio Feijótoca samba, sambalanço e forró.Circo Voador: Rua dos Arcos s/no-, Lapa —2533-0354. Sex, às 22h30m. R$ 25 (com 1kgde alimento não perecível) e R$ 50. Não reco-mendado para menores de 18 anos. De 12 a 17anos, somente acompanhado dos pais.

> Grupo Semente. O grupo recebe o cantorAlfredo Del Penho no projeto “Semente daMúsica Brasileira”. No repertório, samba,choro e canções autorais.Clube dos Democráticos: Rua do Riachuelo91, Lapa — 9781-2451 (informações). Sex,às 23h30m. R$ 25. Não recomendado paramenores de 18 anos.

> Hans Limburg. O músico alemão mostra oálbum “From Brazil...With love”, uma home-nagem a nomes como Tom Jobim, João Bos-co, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro.TribOz: Rua Conde Lages 19, Glória —2210-0366. Sex, às 21h. R$ 20. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Idriss Boudrioua Trio. Acompanhado porSérgio Barrozo (baixo) e Vítor Gonçalves (pia-no), o saxofonista interpreta grandes compo-sitores do jazz e da bossa nova.MC Galeria: Rua Francisco Otaviano 55, Ar-poador — 2247-7793. Sáb, às 22h. R$ 20.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Luiza Dionizio. A cantora interpreta clás-sicos do samba.Carioca da Gema: Av. Mem de Sá 79, Centro— 2221-0043. Sex, às 23h30m. R$ 25. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Lulu Santos. O hitmaker celebra o Dia doTrabalho com o show “Lulu Acústico MTV II”, desucessos como “Tudo azul”, e canções lado B,como “Brumário” e “Dinossauros do rock”.Estádio Caio Martins: Rua Presidente Backers/no-, Niterói. Dom, às 20h. R$ 80 (pista) eR$ 140 (área vip). Não recomendado paramenores de 18 anos.

> Maria Creuza. A cantora e seu quartetointerpretam clássicos da bossa nova.Vinicius Show Bar: Rua Vinicius de Moraes39, Ipanema — 2523-4757. Sex e sáb, às23h. Dom, às 22h30m. R$ 35 (dom) e R$40 (sex e sáb). Não recomendado para me-nores de 18 anos.

> Mart’nália. A cantora faz a última apre-sentação do show “Minha cara”, baseado emálbum que ela lançou há 15 anos e que mar-cou o início de sua carreira.Teatro Rival Petrobras: Rua Álvaro Alvim33/37, Cinelândia — 2240-4469. Sex, às21h30m. R$ 50 (os 100 primeiros pagan-tes) e R$ 60. Não recomendado para meno-res de 16 anos.

Grátis > Os Matutos. O grupo participa do pro-jetoCCBBnaOrlamostrandoseurepertório,volta-

doparaochoroegêneroscomoapolca,omaxixeeavalsa.Quiosque 17: Em frente à Rua Siqueira Cam-pos, Copacabana. Sáb, às 18h. Livre.

> Moyseis Marques. O sambista e a bandaJoia Rara apresentam sambas de bambas co-mo Cartola e Candeia, e músicas próprias co-mo “Nome de favela”.Clube Santa Luzia: Av. Sílvio de Noronha 300,Aterro do Flamento — 2508-5600. Sex, às22h. R$ 20. Não recomendado para menoresde 18 anos.

> Nuria Pucci. A cantora portenha faz oshow “Buenos sambas, Buenos Aires”, desamba, jazz e tangos.Semente: Rua Joaquim Silva 138, Lapa —9781-2451 (informações). Sáb, às 22h. Mu-lher: R$ 14. Homem: R$ 16. Não recomen-dado para menores de 18 anos.

> On The Rroad. A banda interpreta suces-sos de Red Hot Chili Peppers, Marvin Gaye,Barão Vermelho e Cássia Eller, entre outros.Lapinha: Av. Mem de Sá 82, sobrado, Lapa —2507-3435. Sáb, às 21h30m. R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Orquestra Republicana. O tradicionalshow faz hoje homenagem ao cantor e com-positor João Bosco.Clube dos Democráticos: Rua do Riachuelo91, Lapa — 9945-3244. Sáb, às 23h30m.Mulher: R$ 20. Homem: R$ 25. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Pagode da Arruda. O grupo toca clássi-cos de Noel Rosa, Cartola, Candeia e JoãoNogueira.Centro Cultural Carioca: Rua do Teatro 37,Centro — 2252-6468. Sex, às 19h. R$ 15.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Pamela Fonseca. A cantora lança seu pri-meiro CD, “Deixa o tempo”, em que interpre-ta clássicos da MPB e do pop-rock.Colher de Pau: Rua Farme de Amoedo 39,Ipanema — 2523-3018. Sáb, às 19h. R$ 6.Livre.

> Pedro Araujo. O guitarrista lança o CD“Buraco do tatu”, que conta com composi-ções próprias influenciadas por jazz e MPB.Sala Baden Powell: Av. Nossa Senhora deCopacabana 360, Copacabana — 2255-1067. Sex, às 20h. R$ 20. Livre.

> Quarteto RadioJazz. O grupo passeia porritmos brasileiros como samba e forró, mas tempor base e principal inspiração o jazz americano,do qual extrai o gosto pela improvisação.Café do Solar: Solar de Botafogo. Rua Gene-ral Polidoro 180, Botafogo. Sex, das 18h às21h. R$ 10 (opcional). Não recomendadopara menores de 14 anos.

> Rafael Pondé. O cantor e compositor, quejá integrou a banda Natiruts, lança seu quar-to CD, “Sorriso de flor”, e homenageia BobMarley e Jimi Hendrix.Néctar: Estrada dos Bandeirantes 22.799,Vargem Grande — 2428-1387. Sex, às 22h.R$ 20 (com direito a um CD). Não recomen-dado para menores de 18 anos.

> Ricky Vallen. O músico faz o show “Seilá”, com hits nacionais e internacionais.Bar do Tom: Rua Adalberto Ferreira 32, Le-blon — 2274-4022. Sex e sáb, às 22h. R$60 (setores par e ímpar), R$ 70 (setor A) eR$ 80 (setor palco). Não recomendado para

Shows>>


menores de 18 anos.

Grátis >RioMaracatueMarianaBernardes.Ogrupoeacantora seapresentamduranteodes-filedoConcursoNacionaldeMarchinhas.Palco: Rua dos Arcos, em frente à FundiçãoProgresso — 2220-5070. Sáb, às 17h. Livre.

> Roberta Espinosa. A cantora cariocamistura jazz, ciranda, funk, ijexá e samba emseu repertório, e mostra releituras de clássi-cos como “Eu sou o samba” (Zé Kéti) e “Sam-ba da minha terra” (Dorival Caymmi).Casa Rosa Cultural: Rua Alice 550, Laran-jeiras — 2557-2562. Sex, às 23h. Mulher:R$ 20. Homem: R$ 30. Não recomendadopara menores de 18 anos.

> Roda de Bamba. O grupo toca músicasautorais e sucessos de Zeca Pagodinho, Fun-do de Quintal e Arlindo Cruz, entre outros.Café Cultural Sacrilégio: Av. Mem de Sá 81, Lapa— 3970-1461. Sex e sáb, às 22h30m. R$ 30.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Rodrigo Santos. O baixista do Barão Ver-melho apresenta músicas autorais e clássicos deBarão, Cazuza, Kid Abelha, Lobão e Leo Jaime.Leviano Bar: Av. Mem de Sá 47, Lapa —2507-5779. Sáb, às 23h. Mulher: R$ 15(até as 23h) e R$ 30. Homem: R$ 30. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Ronaldo do Bandolim e Rogério Sou-za. A dupla recebe o cantor e violonista ar-gentino Matias Arriazu em show de homena-gem ao aniversário de Pixinguinha.Santo Scenarium: Rua do Lavradio 36, Lapa— 3147-9007. Sex, às 20h30m. R$ 10. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

Grátis > Roupa Nova. A banda, que completa30anosdecarreira, lembraseussucessosemho-menagemaoDiadoTrabalhador.Praça dos Três Poderes: Vilar dos Teles, SãoJoão de Meriti. Dom, às 22h. Não recomen-dado para menores de 14 anos.

> Rudi Berger. O violinista austríaco apre-senta o CD “In search of harmony”.TribOz: Rua Conde Lages 19, Glória —2210-0366. Sáb, às 21h. R$ 15. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

Grátis >SambadoTrabalhador.Emhomena-gemaoDiadoTrabalhador,MoacyrLuzcomandaarodadesambabeneficente.Clube Renascença: Rua Barão de São Francis-co 54, Andaraí — 3253-2322. Dom, às 14h.Grátis (com 1kg de alimento não perecível). Li-vre.

> Só Preto Sem Preconceito e Chapéude Bamba. Os grupos comandam uma ani-mada roda de samba.Estudantina Musical: Praça Tiradentes 79-81,Centro — 2232-1149. Sex, às 21h. R$ 10.Não recomendado para menores de 18 anos.

Grátis >Sombrinha.Ocantorecompositor res-ponsável por sucessoscomo“Malandro soueu”e“Fogodesaudade”mostraseurepertórionoproje-to“SambaeOutrasCoisas”.Teatro Sesi: Av. Graça Aranha 1, Centro —2563-4164 e 2563-4166. Sex, ao meio diae meia. Livre.

> Strada de Terra. A banda interpreta músicasde Jorge Ben Jor, O Rappa, Tim Maia, Natiruts,Lenine, Ed Motta e Lulu Santos, entre outros.Lapa Na Pressão: Av. Mem de Sá 61, Lapa— 2507-0580 e 2507-0603. Sex, às 23h.R$ 15 (até as 21h) e R$ 25. Não recomen-dado para menores de 18 anos.

> Tasita D’Mour. A cantora britânica é aconvidada do DJ e produtor parisiense Mus-tafá. No repertório, black music.Baretto Londra: Hotel Fasano. Av. Vieira Sou-to 80, Ipanema — 3202- 4000. Sáb, às 23h.Mulher: R$ 50. Homem: R$ 100. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Teresa Cristina e Os Outros. A sambistae a banda homenageiam Roberto Carlos nomês de seu aniversário. No repertório, suces-sos como “Detalhes” e “Lady Laura”.Teatro Rival: Rua Álvaro Alvim 33-37, Cinelân-dia — 2240-4469. Sáb, às 23h30m. R$ 50.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Tulipa Ruiz. A cantora e compositora devoz doce participa do projeto “Viva Voz”. Norepertório, canções do álbum “Efêmera”.Oi Futuro Ipanema: Rua Visconde de Pirajá54, Ipanema — 3201-3010. Sex e sáb, às21h. Dom, às 20h. R$ 15. Não recomenda-do para menores de 14 anos.

> Zé Arnaldo Guima. O músico lança o CD“Aviso à praça” com o grupo Samba na Cabe-ça. No repertório, sambas autorais e de nomescomo Martinho da Vila e Paulinho da Viola.Sala Baden Powell: Av. Nossa Senhora deCopacabana 360, Copacabana — 2255-1067. Dom, às 19h. R$ 20. Livre.

<<Shows


Exposições

Carlito Carvalhosa vê a luzPrestesaexpornoMoMA,artistamostraobrascriadasapartir de lâmpadasnaFundaçãoEvaKlabinenaGaleriaSilviaCintra

do no átrio do MoMA.— Não só é um museu incrí-

vel como é um lugar incríveldentro do museu, bem no meiodele — comemora Carlito, quetambém contará, em Nova York,com as performances musicais

que Philip Glass apresentoudentro da obra em São Paulo.

No Rio, o toque de CarlitoCarvalhosa é responsável poruma espécie de desvelamen-to. Para isso, na FEK, ele usoumais de 200 lâmpadas, além

de copos e taças de vidro.— Quando a gente vê de-

mais uma coisa, isso causa umaanestesia: a gente acaba nem avendo mais. Então, na Eva Kla-bin, as lâmpadas iluminaram olugar de uma forma que mu-dou o acervo. Quem trabalha látodo dia nunca tinha enxerga-do a coleção dessa forma —diz o artista, referindo-se a oque estaria presente em todaforma de arte. — Toda obra pre-tende dar um sentido diferentedo habitual a algo.

Na Silvia Cintra, 20 traba-lhos inéditos se dividem emobras criadas com lâmpadasfluorescentes, placas de alu-mínio e pinturas.

— Em todas, luzes, placas enas grandes pinturas, há o mes-mo princípio de dissolver as pa-redes, dissolver aquilo do qua-dro que ficava ali pendurado. ■

Exposições

AberturaGrátis >‘AmaMentAção’.AmostraquemarcaaaberturadoEspaçoCulturaldaAlerjreúne26fo-tografias, dois banners e14painéis baseados emregistros feitosdesde1994pelo fotógrafoWilliamSantos.Até26demaio.Palácio Tiradentes: Rua Dom Manuel s/no-,Centro — 2588 1000. Seg a sáb, das 10h às17h. Dom, do meio-dia às 17h.

Grátis >‘Aomesmotempo’.Oartistaapresen-ta“Descartes”,feitoapartirdesobrasdematérias-primas como madeira, a série “Árvores” e duasmaquetesde futurosprojetos.Até27demaio.Lurixs Arte Contemporânea: Rua Paulo Bar-reto 77, Botafogo — 2541-4935. Seg a sex,das 14h às 19h. Sáb, mediante agendamento.

Grátis >‘Criativosdacasa’.Acoletiva inaugu-ra o espaço dedicado a Lygia Clark. Até 29 de ju-nho.Aberturahoje,às19h30m.Clark Art Center: Rua Teresa Guimarães 35,Botafogo — 2531-8137. Seg a sex, das 11has 17h. Sáb e dom, do meio-dia às 17h.

Grátis >‘MostraarteBrasil’.Aexposição reú-ne fotos de Dom João de Orleans e Bragança, es-culturas de Edgar Duvivier e pinturas de MaurícioBarbatoeDanielGrosman.Até17demaio.Palácio Itamaraty Rio de Janeiro: Av. Mare-chal Floriano 196, Centro — 2263-1703.Seg a sex, das 10h às 17h.

Grátis > ‘Oquetealimenta’.Em instalações eobjetos,NoemiRibeirotratadebulimia,anorexiaeoutras desordens que surgem na busca do que,paraosportadoresdessasdoenças,éocorpoper-feito.Até31demaio.Pequena Galeria do Centro Cultural CandidoMendes: Rua da Assembleia 10, subsolo,

Centro — 3543-6436, ramais 236 e 243.Seg a sex, do meio-dia às 19h.

> Projeto Respiração. Na 13a- edição doevento, o convidado é Carlito Carvalhosa, queusou mais de 200 lâmpadas, além de copos etaças de vidro, em sua incursão no Projeto Res-piração, que prevê intervenções no acervo daFundação Eva Klabin. O artista expõe simulta-neamente na Galeria Silvia Cintra + Box 4. Até26 de junho.Fundação Eva Klabin: Av. Epitácio Pessoa 2.480,Lagoa — 3202-8550. Ter a dom, das 14h às18h. Grátis (menores de 10 anos) e R$ 10.

Grátis > ‘Proposição’. A coletiva inaugura agaleriaquetem500metrosquadradosetrêsan-dares de espaços expositivos. Entre os 20 artis-tas que compõem a mostra, estão Sergio Ro-magnolo, Graziela Pinto, Daniel Lannes e Leo-nardoRamadinha.Até28de junho.Luciana Caravello Arte Contemporânea: RuaBarão de Jaguaribe 387, Ipanema — 2523-4696. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb, das11h às 14h.

Grátis >‘Qualquerdireção’.CarlitoCarvalho-sa apresenta a exposição composta por 20 tra-balhos inéditosdivididosemtrêsblocos: lâmpa-das fluorescentesque vãodochãoàparede, umgrupo de placas de alumínio e um grande con-juntodepinturassobrechapasespelhadas.Oar-tista expõe simultaneamente na Fundação EvaKlabin.Até24demaio.Galeria Silvia Cintra + Box 4: Rua das Acá-cias 104, Gávea — 2521-0426. Seg a sex,das 10h às 19h. Sáb, do meio-dia às 18h.

Grátis >‘Véus’.AmostradofotógrafoWalterFir-mo explora retratos em preto e branco. Até 25 dejunho.Aberturahoje,às19h.Galeria do Ateliê da Imagem: Av. Pasteur453, Urca — 2541-3314. Seg a sex, das10h às 21h. Sáb, das 10h às 18h.

Grátis >‘Véus’.ThalesLeitemostra20fotosempreto e branco que partem das redes de proteçãousadasemedifíciosemobras.Até29demaio.Centro Cultural Justiça Federal: Av. RioBranco 241, Centro — 3261-2550. Ter adom, do meio-dia às 19h.

MuseusecentrosculturaisGrátis >ArquivoNacional.PraçadaRepública173, Centro — 2179-1273. Seg a sex, das8h30màs18h.’Registro de uma guerra surda’: Período som-brio da história brasileira entre 1964 e 1985,a ditadura militar é o tema da exposição, quetambém conta com uma mostra de filmes.Até 26 de agosto.

Grátis > Caixa Cultural. Av. Almirante Barroso25,Centro—2544-7666.Ter a sáb,das10hàs22h.Domeferiados,das10hàs21h.‘A forma forjada’: Paulistano de 50 anos, Ro-gério Miranda Rezende se dedica à técnica de fer-ronnerie, prática de forja em ferro usada na ar-quitetura. Na individual, exibe 26 quadros-escul-turas em ferro cortado. Até 1o- de maio.‘Poética Pop’: O artista mineiro Raymundo Co-lares (1944-1986) ganha mostra com 38 obras,entre desenhos, serigrafias e livros-objetos, nasquais explora o grafismo. Até 15 de maio.‘Rubens Gerchman: os últimos anos’: A ex-posição reúne 30 serigrafias de autoria deGerchman (1942-2008), além de prova desua última gravura. Até 8 de maio.‘O universo gráfico de Glauco Rodrigues’:Retrospectiva do pintor, desenhista, gravador,ilustrador e cenógrafo gaúcho Glauco Rodrigues(1929-2004) com mais de cem obras originais,entre litografias, serigrafias e capas de revistas,livros e discos. Até 8 de maio.

Grátis > Centro Cultural Correios. Rua Vis-

condedeItaboraí20,Centro—2253-1580.Teradom,domeio-diaàs19h.Erickson Britto: O artista paraibano expõe 30esculturas e objetos. Até 22 de maio.‘Fernando Pessoa, plural como o universo’:A exposição aborda os heterônimos do poetaportuguês e explora recursos cenográficos paraproporcionar uma experiência sensorial com apoesia de Fernando Pessoa. Até 22 de maio.‘Palavra e imagem’: A mostra reúne 11 álbunsde arte, feitos por artistas plásticos e escritores,que foram produzidos ao longo de 36 anos pelaLithos Edições de Arte. Até 22 de maio.Paola Salgado: A artista uruguaia, radicadano Rio, apresenta dez esculturas e quatro pai-néis de grande formato. Até 22 de maio.

Grátis >CentroCultural JustiçaFederal.Av.Rio Branco 241, Centro — 3261-2550. Ter adom,domeio-diaàs19h.‘Memórias da cidade’: Imagens do Rio das dé-cadas de 50 e 60 compõem a mostra, com cu-radoria de Ricardo Mello. Os registros foram se-lecionados entre mais de três mil fotos do acervoda Agência O Globo, que tem mais de cinco mi-lhões de imagens. Até 22 de maio.‘Thomas Henriot no Brasil’: A mostra trazilustrações que o francês Thomas Henriot fezquando passou pelo Brasil. Até 22 de maio.

Grátis > Centro Cultural Banco do Brasil.Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020.Teradom,das9hàs21h.‘I in U — Eu em tu’: Retrospectiva da artistamultimídia, cantora e compositora america-na Laurie Anderson com 31 obras, incluindoduas inéditas. Uma mostra de filmes comple-ta a exposição. Até 26 de junho.

Grátis > Instituto Moreira Salles. Rua Mar-quêsdeSãoVicente476,Gávea—3284-7400.Terasex,das13hàs20h.Sáb,domeferiados,das11hàs20h.‘Fayga Ostrower — Ilustradora’: Cem obras

da artista, entre gravuras, desenhos e cola-gens. Até 15 de maio.‘Retratos do Império e do exílio’: A mostrareúne imagens inéditas da família imperialbrasileira. Até 29 de maio.‘Video portraits de Robert Wilson’: A expo-sição, que já passou por Berlim, Milão, NovaYork, Moscou, Miami, Praga, São Paulo ePorto Alegre, reúne 14 videorretratos de ce-lebridades e anônimos. Até 15 de maio.

> Museu Casa do Pontal. Estrada do Pon-tal 3.295, Recreio — 2490-3278. Ter adom, das 9h30m às 17h. R$ 10.‘Máquinas poéticas — Abraham Palatnik’: Aexposição promove o encontro da arte ciné-tica de Abraham Palatnik com os artistas po-pulares Adalton e Saúba. Até 5 de junho.

> Museu de Arte Moderna. Av. InfanteDom Henrique 85, Aterro do Flamengo —2240-4944. Ter a sex, do meio-dia às 18h.Sáb, dom e feriados, do meio-dia às 19h.Grátis (até 12 anos) e R$ 8. Dom, ingresso-família a R$ 8.Grátis ‘29a- Bienal de São Paulo — Obras sele-cionadas’:Com90obrasde17artistas,amostraéumrecorteda29a-BienaldeSãoPaulo,quereu-niu159artistasdeváriospaíses.Até15demaio.Grátis ‘Celebrações/negociações — Fotógrafosafricanos na coleção Gilberto Chateaubriand’: Aexposição,comcuradoriadeCezarBartholomeueMarta Mestre, apresenta 30 imagens registradasde1950a1970porMalickSidibéeSeydouKeita,entreoutrosartistasafricanos.Até15demaio.‘Placebo’: O destaque da exposição de Tatia-na Grinberg é uma instalação multissenso-rial. Até 5 de junho.Grátis ‘Terceirametade—ManuelCaeiro,Tatia-na Blass e Yonamine’: Com curadoria de Luiz Ca-milloOsorioeMartaMestre,oprojeto incluiexposi-ções,mostradecinemaetrabalhosdostrêsartistasque dão nome ao evento e articulam suas produ-

CláudiaAmorim

Écomo diz o artista plásti-co Carlito Carvalhosa: “aluz não ilumina o traba-

lho, a luz é o trabalho”. Ele serefere a obras criadas a partirde lâmpadas, presentes emduas exposições que inaugu-rou esta semana na cidade. NaFundação Eva Klabin (FEK),na Lagoa, Carlito assina desdequarta-feira a 13a- edição doProjeto Respiração, que prevêintervenções no acervo da ca-sa-museu. E, ontem, ele abriu asegunda mostra, “Qualquer di-reção”, na Galeria Silvia Cintra+ Box 4, na Gávea.

— Apesar de diferentes, as ex-posições têm uma relação. Háum elemento comum, que sãoesculturas feitas com luzes —explica Carlito, que em agostopassa ocupar um espaço nobre

da arte, no MoMA, o Museu deArte Moderna de Nova York.

Um ano depois da monta-gem, em agosto de 2010, de suainstalação “A soma dos dias” naPinacoteca do Estado, em SãoPaulo, o trabalho será apresenta-

NAGALERIASilvia

Cintra+Box4,

oartistamostra

20trabalhos

inéditos:além

deobracom

lâmpadas

fluorescentes,

fazemparteda

mostracriações

complacasde

alumínioe

pinturas

Divulgação


çõescomaarquiteturadomuseu.Até15demaio.

> Museu Nacional de Belas Artes. Av.Rio Branco 199, Centro — 2219-8474. Tera sex, das 10h às 18h. Sáb, dom e feriados,do meio-dia às 17h. Grátis (dom) e R$ 5.‘A lírica da cor’: O holandês Leo Fisschermostra 20 obras em acrílica sobre tela. Até15 de maio.

ColetivasGrátis >‘3xdesenho’.ObrasdeGabrielNetto,LeandroPereiraeMarinho.Até7demaio.Largo das Artes: Rua Luís de Camões 2, so-brado, Centro — 2224-2985. Ter a sex, domeio-dia às 18h. Sáb, do meio-dia às 17h.

Grátis >‘Crônicasurbanas’.Participamdaco-letiva os artistas Bárbara Schall, Binho Barreto,BrunoCançadoeoutros.Até10demaio.Galeria Anna Maria Niemeyer: Praça SantosDumont 140-A, Gávea — 2540-8155. Ter asex, do meio-dia às 21h. Sáb e dom, das 14hàs 18h.

Grátis > ‘Poética expositiva’. Mostra comobras deAdolfoMontejoNavas, AnaLinnemann,EduardoCoimbra,LenoradeBarros,RicardoAlei-xoeVictorArruda.Até8demaio.Cavalariças do Parque Lage: Rua Jardim Bo-tânico 414, Jardim Botânico — 3257-1800.Seg a qui, do meio-dia às 20h. Sex a dom,das 10h às 17h.

IndividuaisGrátis ‘Alucinação à beira-mar’. Com curadoriade Fernando Cocchiarale, a mostra reúne 11 tra-balhos de Marcos Chaves, sendo sete inéditos.Usando vídeo, instalação, objeto e fotos, o artistafaz referênciasàpaisagemdoRio.Até5de junho.Galeria Laura Alvim: Av. Vieira Souto 176,Ipanema — 2332-2017. Ter a dom, das 13hàs 21h.

Grátis > ‘Coisas de valor e o valor das coi-sas’.O português Rodrigo Oliveira mostra te-las e objetos pintados. Até amanhã.Cosmocopa Arte Contemporânea: Rua Si-queira Campos 143, 2o- piso, loja 32, Copa-cabana — 2236-4670. Seg a sex, das 10hàs 19h. Sáb, das 10h às 15h.

Grátis > Derlon e Marta Jourdan. O artistaapresenta pinturas sobre madeira. E a artista ex-põe“Óleo”,querefleteoentorno.Atéamanhã.Artur Fidalgo Galeria: Rua Siqueira Campos143, 2o- piso, lojas 147 e 150, Copacabana

— 2549-6278. Seg a sex, das 10h às 19h.Sáb, das 10h às 14h.

Grátis > ‘Extensão — Minha vista’. Fotos dopaulistanoDingMusa.Até22demaio.Centro de Arte Hélio Oiticica: Rua Luís deCamões 68, Centro — 2242-1012. Ter asex, das 11h às 18h. Sáb, dom e feriados,das 11h às 17h.

Grátis >‘Preto/Branco—1963/1966’.Aex-posiçãoreúnexilogravurasedesenhosdeRobertoMagalhães.Até8demaio.Escola de Artes Visuais do Parque Lage: RuaJardim Botânico 414, Jardim Botânico —3257-1800. Seg a qui, das 9h às 22h. Sex adom, das 9h às 17h.

FotografiaGrátis > ‘Jorge’.O fotógrafoVanorCorreia exibeum ensaio fotográfico realizado de 2007 a 2009nos festejosdeSãoJorge.Até20demaio.Galeria Cândido Portinari: Uerj. Rua SãoFrancisco Xavier 524, Maracanã. Seg a sex,das 9h às 20h.

Grátis > ‘Rio’. Os fotógrafos Custódio Coimbra,Evandro Teixeira, Leonardo Aversa, Renan Cepe-da e Rogério Reis mostram imagens que registra-ramnacidade.Até4de junho.Galeria Tempo: Av. Atlântica 1.782, Copa-cabana — 2255-4586. Ter a sáb, das 11hàs 19h.

ExtraGrátis >‘Atlânticocontemporâneo’.Oeven-to reúnedezgaleriasdoshoppingCassinoAtlânti-co.Atéamanhã.Shopping Cassino Atlântico: Av.Atlântica4.240, Copacabana — 2523-8709. Seg a sex,das 11h às 19h. Sáb, do meio-dia às 18h.

Grátis >‘Cerrado,amãed’água’.Mostramul-timídia com trabalhos dePaulo Jobim,Cafi, SergioBernardeseWashingtonNovaes.Até20demaio.Galpão das Artes do Jardim Botânico: RuaJardim Botânico 1.008, Jardim Botânico —2274-7012. Ter a dom, das 10h às 17h.

Grátis > ‘®Nova Cultura Contemporânea’.

Maisde100artistasdeváriaspartesdomundopar-ticipamdamostra,queocupaCasaFrança-BrasileParque Lage. A ideia parte do coletivo Rojo®, fun-dadohádezanos, emBarcelona, porDavidQuilesGuilló. Os trabalhos incluem arte em progresso,multidimensional e colaborativa. No show de en-cerramento da mostra, amanhã, das 17h30 às20h,naCasaFrança-Brasil,apresentam-seartistassuecoscomoHansAppelqvisteabandaMidaircon-do,comadistribuiçãodocatálogo.Atéamanhã.Casa França-Brasil: Rua Visconde de Itaboraí78, Centro — 2332-5120. Ter a dom, das10h às 20h.Escola de Artes Visuais do Parque Lage: RuaJardim Botânico 414, Jardim Botânico —3257-1800. Seg a qui, das 9h às 22h. Sex adom, das 9h às 17h.

Mistérios entram em focoWalter Firmo expõe 20 fotografias que exploram imagens difusas em preto e branco

Emais...

>> ‘Proposição’: A obrade Graziela Pinto está nacoletiva que inaugura agaleria Luciana CaravelloArte Contemporânea, com500m², em Ipanema.

CláudiaAmorim

A s curadoras PatriciaGouvêa e Claudia Buz-zetti vasculharam os ar-

quivos de Walter Firmo, famo-so pelos registros históricos dacultura brasileira que fez emcor, e escolheram oito imagensque tinham em comum umacaracterística diferente da co-nhecida marca do fotógrafo.

— Então, viajei a Bahia, an-tes do carnaval, e fiz um ma-terial seguindo aquele concei-

to: são imagens intrigantes.Elas enveredam por um cami-nho obscuro. Não são regis-tros, imagens claras. São foto-grafias que clamam por umaação do pensamento. Vocêolha e vê que é um negócioestranho — descreve WalterFirmo.

O trabalho pode ser vistoem “Véus”, exposição com 20fotografias em preto e brancoque o fotógrafo inaugura hoje,às 19h, na Galeria do Ateliê daImagem, na Urca. ■

Divulgação/Walter Firmo

AMOSTRA,comaberturahojenoAteliêdaImagem,concentra-seemfotosintrigantes

<<Exposições

Confira aProgramaçãodo IMS

Instituto Moreira SallesRua Marquês de São Vicente, 476, GáveaTel.: (21) 3284-7400 / Fax: (21) 2239-5559

Visite o site: www.ims.com.brHorário de visitação:

De terça a sexta, das 13h às 20h.Sábados, Domingos e Feriados das 11h às 20h.

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Cinema:Dias 29, 30 e 1º:A tristeza e a piedade.De Marcel Ophuls.

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Consulte a programação completa,horários e preços nos jornais e nosite www.ims.com.brOs ingressos também podem seradquiridos pelo site www.ingresso.com

Exposições:Vídeo Portraits de Robert Wilson.Salas 1, 2, 3, 4 e Pequena Galeria.

Retratos do Império e do exílio.Imagens da Família Imperial Brasileirano acervo de Dom João de Orleans eBragança.Galeria.

Fayga Ostrower – Ilustradora.Gabinete.

Programação Infantil:Dia 30, sábado, 17h.Recontando Shakespeare combonecos.Neste encontro as crianças irão ouvira história de Romeu e Julieta econfeccionarão seus próprios fantoches.Acima de 5 anos.Entrada gratuita, senhas limitadasdistribuídas meia hora antes. I N S T I T U T O M O R E I R A S A L L E S

Café Galeria e Loja de Arte:Abertos de terça a sexta, das 13h às 20h.Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h.Brunch no Café Galeria, das 11h às 13h,aos sábados e domingos. Ambiente wi-fi.Entrada e estacionamento gratuitos.


Teatro

A vida (sem limites) começa aos 70RosamariaMurtinho,CamillaAmadoeMarlyBuenobuscamexperiências transgressoras em ‘Opactodas3meninas’

ReinaldoRamsés

Que tal viver a vida semlimites a partir dos 70?Este é o acordo que as

personagens de RosamariaMurtinho, Marly Bueno e Ca-milla Amado fazem na peça“O pacto das 3 meninas”, queestreou ontem no Teatro Cla-ra Nunes. A montagem, quetambém conta com o ator La-fayette Galvão no único pa-pel masculino, vai ocupar oespaço em horário alternati-vo do palco, de quinta-feira asábado, sempre às 18h.

— É uma maravilha retornarcom as matinês ao teatro. É umsonho para os artistas — vibrao diretor Ernesto Piccolo.

O texto inédito da cineastaRosane Svartman e de LuluSilva Telles conta a história

de três alunas de um colégiode freiras — Branca (Rosa-maria Murtinho), Marta (Ca-milla Amado) e Vera (MarlyBueno) — que firmam umpacto de se reencontrar 50anos mais tarde para viveremexperiências novas e trans-gressoras.

— Elas se reúnem num ca-sarão para fazer tudo que qui-serem. Levam drogas, váriosremédios de traja preta... Mi-nha personagem vai a uma ra-ve, toma êxtase e bebe muito— antecipa Rosamaria.

O tal acordo de libertaçãofoi travado entre elas no diado casamento de Branca, amais liberal das três, depoisque a moça foi pega fugindocom o amante, um baixista, eé obrigada pelo pai a se casarcom um marido arranjado.

Ernesto Piccolo e Rosama-ria Murtinho concordam emdizer que “O pacto das 3 me-ninas” não pretende seguir alinha “autoajuda para a ter-ceira idade”. O espetáculopropõe uma reflexão.

— Você faz um roteiro dasua vida e às vezes as coisasmudam. A peça é uma espé-cie de discussão sobre o queaconteceu quando elas erammeninas e no que a vida astransformou — finaliza Rosa-maria. ■

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MARLYEROSAMARIAemcena:ErnestoPiccolodirige textodeRosaneSvartman

NO SITE E NO CELULAR:Assista a trechos da peçaem cartaz no Clara Nuneshttp://migre.me/4mnbg

.com.br


>>OsambadeSãoPauloSeestivesse vivo,AdoniranBarbosacompletaria101anosemagosto.Comopartedacomemoraçãopelo centenáriodocompositor de sucessos como“Saudosamaloca” e “SambadoArnesto”, que retratoucomopoucosacidadedeSãoPaulo, aCompanhia3dePausapresenta “Adoniran”, dehojeadomingo,noTeatroNelsonRodrigues.SergioRocha,AguinaldoBueno(ambosna foto) eVitorBassimisturammúsica, dançae teatropara lembrar a trajetóriadoartista.

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<<Teatro

MUSICAL

vendas:


Teatro

Estreias> ‘O pacto das 3 meninas’. Texto: RosaneSvartman e Lulu Silva Telles. Direção: Ernes-to Piccolo. Com Rosamaria Murtinho, MarlyBueno, Camilla Amado e Lafayette Galvão.Três senhoras se reencontram depois de 50anos e resolvem viver novas experiências.Teatro Clara Nunes: Shopping da Gávea, 3o-

piso. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-9696. Qui a sáb, às 18h. R$ 60(qui e sex) e R$ 70 (sáb). 75 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos. Até27 de junho. Estreou ontem.

Reestreia> ‘Clichê’. Texto: Marcelo Pedreira. Direção:Rubens Camelo. Com Lucio Mauro Filho.A comédia brinca com as típicas frases prontas.Teatro do Leblon (Sala Marília Pêra): RuaConde Bernadotte 26, Leblon — 2529-7700.Sex e sáb, às 23h30m. R$ 50. 70 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos. Até 28de maio. Reestreia hoje.

Únicasapresentações> ‘Adoniran’. Concepção: Companhia 3 dePaus. Com Aguinaldo Bueno, Sergio Rocha eVitor Bassi.O espetáculo une música e dança para celebrar ocentenário de Adoniran Barbosa.Teatro Nelson Rodrigues (Caixa Cultural):Av. República do Chile 230, Centro — 2262-8152. Sex a dom, às 19h30m. R$ 10. 60minutos. Não recomendado para menores de14 anos.

Grátis >‘EnCantaGonzaguinha’.Textoedire-ção:VilmaMelo.ComIgorTadeu,MarcosPereira,MarvinRodrigues,RafaelPeixoto,BrunoRaphael,TlharlesValenteeViníciusSampaio.Tributo aos 20 anos da morte do compositor.Teatro Noel Rosa (Campus Uerj): Rua SãoFrancisco Xavier 524, Maracanã — 2334-0048. Sex, às 18h30m. 75 minutos. Não re-comendado para menores de 10 anos.

> ‘Minhas sinceras desculpas’.Texto eatuação: Eduardo Sterblitch.O monólogo mistura teatro, cinema e músicapara contar a história de um ator frustrado.Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique 85, Ater-

ro do Flamengo — 4003-1212. Sáb, às21h30m. R$ 50 (setor 2 e frisas), R$ 70 (se-tor 1 e camarote B) e R$ 100 (setor VIP ecamarote A). 90 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos.

Últimasemana> ‘Acredite, um espírito baixou emmim’. Texto: Ronaldo Ciambroni. Direção: San-dra Pêra. Com Ilvio Amaral e Maurício Canguçu.Inconformado com a própria morte, homos-sexual foge do céu.Teatro Ipanema: Rua Prudente de Moraes824, Ipanema — 2523-9794. Sex a sáb, às21h30m. Dom, às 20h. R$ 40 (sex e dom) eR$ 50 (sáb). 80 minutos. Não recomendadopara menores de 10 anos. Até domingo.

> ‘O amante’. Texto: Harold Pinter. Direção:Francisco Medeiros. Com Paula Burlamaqui eDaniel Alvim.Sarah e Richard são casados há dez anos,mas ainda preferem manter uma imagem ir-real entre eles.Teatro do Leblon (Sala Tônia Carrero): RuaConde Bernadotte 26, Leblon — 2529-7700. Sex e sáb, às 21h. Dom, às 20h. R$50 (sex) e R$ 60 (sáb e dom). 80 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Até domingo.

O GLOBO indica > ‘Anticlássico — Uma des-conferênciaeoenigmavazio’.Texto, direçãoeatuação:AlessandraColasanti.A personagem relata experiências e lembranças,como o dia em que Van Gogh cortou a orelha emnome da paixão que sentia por ela.Espaço Cultural Sérgio Porto: Rua Humaitá163, Humaitá — 2535-3846. Sex e sáb, às21h. Dom, às 20h. R$ 30. 80 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos. Atédomingo.

> ‘Ay, Carmela!’. Texto: José Sanchis Sinis-terra. Direção: Marco Antônio Braz. Com KikoMarques e Virgínia Buckowski.Atores presos na Guerra Civil Espanhola são obri-gados a montar peça exaltando tropas fascistas.Casa da Gávea: Praça Santos Dumont 116,Gávea — 2239 3511. Sáb, às 21h. Dom, às20h. R$ 30. 80 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos. Até domingo.

> ‘Brasil 70’. Texto: Márcia Santos. Direção:Alice Borges e Márcia Santos. Direção musi-cal: Márciah Luna Cabral. Com Helga Ne-meczky, Rubem Gabira, Marcelo Báfica.Um panorama da produção musical brasilei-

ra durante a década de 1970.Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva269, Leblon — 2294-4480. Sex e sáb, às21h30m. Dom, às 20h30m. R$ 30. 70 mi-nutos. Não recomendado para menores de18 anos. Até domingo.

> ‘Comédia a la carte’. Texto, direção eatuação: Felipe Absalão e Smigol.Stand-up comedy da dupla e convidados.Teatro dos Grandes Atores: Barra Square. Av.das Américas 3.555, Barra — 3325-1645. Sex esáb, às 23h. R$ 60. 70 minutos. Não recomen-dado para menores de 14 anos. Até amanhã.

> ‘A demitida’. Texto: Manoel Alonso. Dire-ção: Victor Reis. Com Sônia Tinoco, Alexan-dre Robertti, Rayssa de Castro, Kátia Saules,Manoel Alonso e Hélio Guedes.Família de classe média vive situações inu-sitadas com a demissão da matriarca.Teatro Henriqueta Brieba: Rua Conde deBonfim 451, Tijuca — 3294-9300. Sáb edom, às 20h. 60 minutos. Não recomendadopara menores de 14 anos. Até domingo.

OGLOBO indica > ‘Hair’.Texto:GeromeRagni eJames Rado. Adaptação: Claudio Botelho. Dire-ção: Charles Möeller. Direção musical: MarceloCastro. Com Hugo Bonemer, Igor Rickli, CarolPuntel,LetíciaColin,MarcelOctavioeoutros.O musical retrata o movimento hippie.Casa Grande: Av. Afrânio de Melo Franco290, Leblon — 2511-0800. Sex, às 21h.Sáb, às 18h e às 21h30m. Dom, às 19h.Sex: R$ 40 (balcão setor 3), R$ 80 (balcãosetor 2), R$ 100 (plateia setor 1) e R$ 120(plateia VIP e camarotes). Sáb e dom: R$ 60(balcão setor 3), R$ 100 (balcão setor 2), R$120 (plateia setor 1) e R$ 150 (plateia VIP ecamarotes). 130 minutos (com intervalo).Não recomendado para menores de 14 anos.Até domingo.

> ‘A história do homem que ouve Mozarte da moça ao lado que escuta o ho-mem’. Texto: Francis Ivanovich. Direção:Luiz Antônio Rocha. Com Adriana Zattar eRoberto Birindelli.Durante uma tempestade, um professor de lite-ratura perseguido pelo passado e uma meninaangustiada se hospedam em quartos vizinhos.Sesc-Tijuca (Espaço 2): Rua Barão de Mes-quita 539, Tijuca — 2208-5332. Sex a dom,às 20h. R$ 16. 50 minutos. Não recomendadopara menores de 16 anos. Até domingo.

O GLOBO indica > ‘Maria do Caritó’. Texto:NewtonMoreno.Direção: JoãoFonseca.ComLi-liaCabral,LeopoldoPachecoeoutros.Virgem de 50 anos que foi prometida a umsanto faz de tudo para burlar a promessa.Teatro dos Quatro: Shopping da Gávea, 2o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2239-1095. Sex e sáb, às 21h30m. Dom, às20h. R$ 70 (sex) e R$ 80 (sáb e dom). 90minutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até domingo.

> ‘Navalha na carne’. Texto: Plínio Marcos.Direção: Rubens Camelo. Com Marta Paret,Rogerio Barros e Zé Wendell.A peça narra um encontro de três persona-gens num quarto de bordel.Hotel Nicácio: Rua Luis de Camões 55, Centro— 9281-9340 (informações). Sex e sáb, às21h30m. R$ 40. 48 minutos. Não recomenda-do para menores de 16 anos. Até amanhã.

O GLOBO indica > ‘Ninguém falou que seriafácil’. Texto: Felipe Rocha. Direção: Alex Cassal.Com Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Ra-bello.No espetáculo, os atores montam uma dis-

Teatro>> <<Teatro


puta por atenção, carinho e espaço.Teatro Maria Clara Machado (Planetário):Av. Padre Leonel Franca 240, Gávea — 2274-7722. Sex e sáb, às 21h. Dom, às 20h. R$30. 90 minutos. Não recomendado para me-nores de 16 anos. Até domingo.

> ‘Solidão, a comédia’. Texto: Vicente Pe-reira. Direção: Claudio Tovar. Com MaurícioMachado.Na comédia, cinco personagens apresentamdiferentes formas de solidão.Teatro Candido Mendes: Rua Joana Angélica63, Ipanema — 2267-7295. Sex e sáb, às21h30m. Dom, às 20h30m. R$ 40. 80 mi-nutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até domingo.

> ‘Sonhos para vestir’. Texto e atuação:Sara Antunes. Direção: Vera Holtz.Durante a noite, uma mulher insone, em estadode devaneio, tem uma viagem sensorial, e com-partilha seu diário e suas cartas com o público.Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto176, Ipanema — 2332-2015. Sex, às 21h. R$30. 50 minutos. Não recomendado para meno-res de 12 anos. Último dia.

OGLOBOindica >‘Surto’.Texto,direçãoeatua-ção:OsSurtados.Série de esquetes cômicos sobre as pequenasloucuras do cotidiano.Teatro Ziembinski: Av. Heitor Beltrão s/no-,Tijuca — 2254-5399. Sex a dom, às 20h.R$ 30. 100 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos. Até domingo.

> ‘Tempo de comédia’. Texto: Alan Ayck-bourn. Direção: Eliana Fonseca. Com Julia Car-rera, Eduardo Muniz, Arnaldo Marques, Cris La-rin, Bia Borin, Gustavo Damasceno e outros.Uma sátira aos bastidores da televisão queconta a história de amor futurista entre umroteirista e uma atriz androide.Sesc Ginástico: Av. Graça Aranha 187, Centro— 2279-4027. Sex a dom, às 19h. R$ 20. 100minutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até domingo.

> ‘Todo esse mato que cresceu ao meuredor’. Texto e direção: Caio Riscado, LuarMaria, Lucas Canavarro e Pedro Capello.Com Caio Riscado e Luar Maria.Com texto resultante de um blog de processo cria-tivo, trata de saudade, nostalgia e memória.Teatro Gláucio Gill: Praça Cardeal Arcoverdes/no-, Copacabana — 2332-7904. Sáb, às19h. Dom, às 21h. R$ 20. 80 minutos. Nãorecomendado para menores de 16 anos. Atédomingo.

> ‘Velha é a mãe!’. Texto: Fabio Porchat.Direção: João Fonseca. Com Louise Cardo-so e Ana Baird.Comédia sobre uma senhora de 70 anos queé trocada por uma mulher mais calma.Teatro dos Grandes Atores (Sala Vermelha):Barra Square. Av. das Américas 3.555, Barra— 3325-1645. Sex e sáb, às 21h. Dom, às20h. R$ 60 (sex e dom) e R$ 70 (sáb). 70minutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até domingo.

ContinuaçãoOGLOBOindica >‘Os39degraus’.Texto:Patri-ck Barlow. Direção: Alexandre Reinecke. ComDan Stulbach, Danton Mello, Henrique Stroeter eFabianaGugli.A comédia com toques de espionagem mis-tura Alfred Hitchcok e o humor do grupo in-glês Monty Python para contar a história deum sedutor que conhece uma agente secreta,que depois é misteriosamente assassinada.Teatro do Leblon (Sala Marília Pêra): RuaConde Bernadotte 26, Leblon — 2529-7700. Qui a sáb, às 21h. Dom, às 20h. R$78. 100 minutos. Não recomendado paramenores de 12 anos. Até 10 de julho.

> ‘3 mulheres 1 destino’. Texto e direção:Fabrisio Coelho. Com Flávia Sequeira, Rita Luz.Amigas que viveram a transformação políticados anos 80 reencontram-se após 18 anos.Teatro Princesa Isabel: Av. Princesa Isabel370, Copacabana — 2227-3160. Sex, às20h. R$ 40. 80 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos. Até 29 de maio.

> ‘45 minutos’. Texto: Marcelo Pedreira. Di-reção, cenografia e iluminação: Roberto Al-vim. Com Caco Ciocler.Sozinho no palco, ator é obrigado a entreter opúblico por exatos 45 minutos.Teatro Sesi: Av. Graça Aranha 1, Centro —2563-4163. Qui a dom, às 19h30m. R$ 40.60 minutos. Não recomendado para menoresde 12 anos. Até 26 de junho.

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> ‘Adélia’. Texto: Adélia Prado. Direção: Re-nato Farias. Com Bellatrix, Fernanda Boechat.Através de textos de Adélia Prado, uma donade casa muda sua rotina.Solar de Botafogo (Espaço II): Rua GeneralPolidoro 180, Botafogo — 2543-5411. Sexe sáb, às 21h. Dom, às 20h30m. R$ 30. 50minutos. Não recomendado para menores de16 anos. Até 29 de maio.

> ‘Amontilado’. Texto e direção: GustavoDamasceno. Com Tatsu Carvalho e RicardoDamasceno.Baseada na obra de Edgar Allan Poe, mostra umplano maquiavélico que termina em morte.Fosfobox: Rua Siqueira Campos 143, Copa-cabana — 2548-7498. Sex e sáb, às 22h.R$ 30 (com direito a permanência na boateapós a peça). 60 minutos. Não recomendadopara menores de 18 anos. Até 7 de maio.

> ‘Os catecismos segundo Carlos Zéfi-ro’. Texto e direção: Paulo Biscaia Filho. ComClara Serejo, Leandro Daniel Colombo.A trajetória do funcionário público que à noiteinvestia na carreira de pornógrafo.Solar de Botafogo: Rua General Polidoro 180,Botafogo — 2543-5411. Qui a sáb, às21h30m. Dom, às 20h30m. R$ 40 (qui e dom)e R$ 50 (sex e sáb). 90 minutos. Não recomen-dado para menores de 18 anos. Até 8 de maio.

> ‘Chuva de arroz’. Texto: Felipe Barenco. Di-reção: Vinicius Arneiro. Com Carine Klimeck.Prestes a subir no altar, noiva descobre que foitraída e procura candidatos à vaga de noivo.Centro Cultural Correios: Rua Visconde de Ita-boraí 20, Centro — 2253-1580. Qui a dom, às19h. R$ 20. 80 minutos. Não recomendado pa-ra menores de 14 anos. Até 15 de maio.

> ‘Comédia em pé’. Texto, direção e atuação:Claudio Torres Gonzaga, Fabio Porchat, Fernan-do Caruso, Léo Lins e Paulo Carvalho.O quinteto faz piada com tipos do dia a dia.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2540-6004. Sex e sáb, às 23h. R$ 50.90 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos. Até 30 de julho.Teatro dos Grandes Atores: Barra Square. Av.das Américas 3.555, Barra — 3325-1645.Sex e sáb, às 21h. Dom, às 20. R$ 60. 90minutos. Não recomendado para menores de14 anos. Até 15 de maio.

> ‘Comédia sentado, em pé e deitado’.Texto, direção e atuação: Wagner Trindade.Gabriel Aphonso apresenta sua família ao pú-blico.

Teatro Miguel Falabella: NorteShopping, 2o-

andar. Av. Dom Helder Câmara 5.332, Ca-chambi — 2595-8245. Qui a dom, às 18h.R$ 40. 60 minutos. Não recomendado paramenores de 12 anos. Até 29 de maio.

O GLOBO indica > ‘Conversando com ma-mãe’. Texto: Santiago Carlos Oves. Direção: Su-sanaGarcia.ComBeatrizSegall,HersonCapri.Temas como solidão, traição e medo são abor-dados na trama que mostra uma mulher comdificuldade de se relacionar com o filho.Teatro Fashion Mall: Fashion Mall, 2o- piso. Es-trada da Gávea 899, São Conrado — 3322-2495. Sex e sáb, às 21h. Dom, às 19h. R$ 80.80 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos. Até 29 de maio.

> ‘Corredor polonês’. Texto: Leon Tolstoi.Direção: Dinah Cesare. Com Carolina Caju,Kettlen Cajueiro e Sérgio Kauffmann.A peça retrata a época em que a Polônia adquiriufaixa de terra que dava acesso ao Mar Báltico.Instituto do Ator: Rua da Lapa 161, Lapa —2224-8878. Sex, às 20h. R$ 20. 30 minu-tos. Não recomendado para menores de 14anos. Até 8 de julho.

OGLOBOindica >‘Cozinhaedependências’.Texto: Agnès Jaoui e Jean-Pierre Bacri. Direção:Bianca Byington e Leonardo Netto. Com BiancaByington,SilviaBuarque,KikoMascarenhas.Encontro entre amigos se torna uma discus-são de situações mal resolvidas.Teatro Poeira: Rua São João Batista 104, Bo-tafogo — 2537-8053. Sex a dom, às 19h30m.R$ 30. 60 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos. Até 26 de junho. Quemcomprar também o ingresso de “Um dia comoos outros” paga R$ 40 pelas duas.

> ‘Doidas e santas’. Texto: Regiana Anto-nini. Direção: Ernesto Piccolo. Com Cissa Gui-marães, Giuseppe Oristanio e Josie Antello.A comédia conta a história de uma mãe de fa-mília que está cansada da vida sem aventuras.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- piso.Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2274-7246. Qui a sáb, às 21h30m. Dom, às20h. R$ 60 (qui e sex), R$ 70 (dom) e R$ 80(sáb). 90 minutos. Não recomendado para me-nores de 12 anos. Até 31 de julho.

Grátis > ‘A dona do Fusca laranja!’. Texto: JôBilac.Direção:FábioFerreira.ComCamilaRhodi,FláviaEspíritoSantoeRickSeabra.A performance-instalação trata, a partir doroubo de um Fusca, de diversos tipos de per-das. Antes da peça, às 17h, três espectado-res passeiam de Fusca com a protagonista

pelas ruas da cidade e, às 19h, há jam ses-sion com performance musical de Siri.Oi Futuro Flamengo: Rua Dois de Dezembro63, Flamengo — 3131-3060. Sex a dom, às20h. 60 minutos. Não recomendado paramenores de 18 anos. Até 29 de maio.

> ‘Enfim, nós’. Texto: Claudio Torres Gonzaga eBruno Mazzeo. Direção: Cláudio Torres Gonzaga.Com Marcius Melhem e Fabiula Nascimento.A primeira noite do Dia dos Namorados deum casal que acaba de ir morar junto.Teatro Miguel Falabella: NorteShopping, 2o-

andar. Av. Dom Helder Câmara 5.332, Ca-chambi — 2595-8245. Qui a sáb, às 21h.Dom, às 20h. R$ 50. 70 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos. Até29 de maio.

O GLOBO indica > ‘A escola do escândalo’.Texto:RichardBrinsleySheridan.Adaptaçãoedi-reção:Miguel Falabella. ComNeyLatorraca,Ma-ria Padilha, Bruno Garcia, Guida Vianna, BiancaComparatoeoutros.A peça retrata a hipocrisia da sociedade regidapelo jogo de interesses e de aparências.Teatro Tom Jobim: Rua Jardim Botânico1.008, Jardim Botânico — 2274-7012. Sexe sáb, às 21h. Dom, às 19h. R$ 80. 120 mi-nutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até 6 de junho.

OGLOBOindica >‘Estranhocasal’.Texto:NeilSimon.Adaptação:GilbertoBraga.Direção:CelsoNunes.ComCarmoDallaVecchia,EdsonFieschi,BelKutner,ClaraGarciaeoutros.Dois amigos com personalidades diferentesdecidem moram juntos após o fracasso deseus casamentos.Teatro Fashion Mall: Fashion Mall, 2o- piso.Estrada da Gávea 899, São Conrado —3322-2495. Sex e sáb, às 21h30m. Dom,às 20h. R$ 60 (sex e dom) e R$ 70 (sáb). 80minutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até 29 de maio.

> ‘A estupidez’. Texto: Rafael Spregelburd.Direção: Ivan Sugahara. Com Alcemar Vieira,Cristina Flores, José Karini, Letícia Isnard.A peça do elogiado autor argentino, montadapela Cia. Os Dezequilibrados, trata da estu-pidez presente na vida cotidiana.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 2):Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Qui a dom, às 19h30m. R$ 10. 120minutos. Não recomendado para menores de14 anos. Até 29 de maio.

> ‘Eu e os meninos’. Texto: André Pellegri-no, João Sant’Anna e Daniel Zubrinsky. Dire-

Teatro>>

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“O Verão está salvo!”coluna Gente Boa - O Globo

Teatro LeblonQUI a SÁB às 21h | DOM às 20h


ção: Bernardo Jablonski e Cico Caseira. ComAdriano Martins, Luana Manuel.Sátira de temas bíblicos abordando a relaçãoentre Judas e Jesus Cristo.Teatro Tablado: Av. Lineu de Paula Machado795, Lagoa — 2294-7847. Sáb, às21h30m. Dom, às 20h. R$ 30. 80 minutos.Não recomendado para menores de 18 anos.Até 15 de maio.

> ‘Eu te amo mesmo assim’. Texto: Jô Ab-du. Direção: João Sanches. Supervisão: JoãoFalcão. Com Laila Garin e Osvaldo Mil.O espetáculo fala de amor através de músicas deChico Buarque, Vinicius de Moraes e outros.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2540-6004. Sex e sáb, às 19h. R$ 50.60 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos. Até 21 de maio.

> ‘Lente de aumento’. Texto e atuação:Leandro Hassum. Direção: Daniela Ocampo.Stand-up comedy sobre as pequenas coisasda vida.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- piso.Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2540-6004. Sex e sáb, às 21h. Dom, às20h30m. R$ 70. Não recomendado para meno-res de 12 anos. Até 31 de julho.

> ‘A lição e a cantora careca’. Texto: Eu-gene Ionesco. Direção: Camilla Amado. ComNelson Xavier, Cecil Thiré, Thelma Reston.A peça reúne textos de Ionesco para retratar asolidão e a insignificância da existência.Teatro Maison de France: Av. Presidente An-tônio Carlos 58, Centro — 2544-2533. Qui asáb, às 20h. Dom, às 19h. R$ 60 (qui e sex) eR$ 80 (sáb e dom). 110 minutos. Não recomen-dado para menores de 12 anos. Até 8 de maio.

> ‘Lisístrata’. Texto: Aristófanes. Adaptação edireção: João Júnior. Com Cia Atores In Cena.Na Grécia Antiga, mulheres fazem greve de sexopara que os maridos parem com a guerra.Centro Cultural Anglo Americano: Av. dasAméricas 2.603, Barra — 2439-8002. Sáb,às 21h. Dom, às 20h30m. R$ 40. 70 mi-nutos Não recomendado para menores de 14anos. Até 29 de maio.

> ‘Me salve, musical!’. Texto e direção: Pe-dro Bricio. Com Gustavo Gasparani, Susana Ri-beiro, Fernando Alves Pinto, Isabel Cavalcanti.Casal espera vôo no aeroporto quando o lugaré tomado por acontecimentos estranhos.Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Sou-to 176, Ipanema — 2332-2015. Qui a sáb,às 21h. Dom, às 19h. R$ 30. 110 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Até 15 de maio.

> ‘Memória da cana’. Texto: Nelson Rodri-gues. Direção: Newton Moreno. Com CarlosAtaíde, Kátia Daher, Luciana Lyra.Inspirada em “Álbum de família”, a peça mar-ca os dez anos do Grupo Os Fofos Encenam.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 2):Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Qua a dom, às 19h30m. R$ 10. 90minutos. Não recomendado para menores de16 anos. Até 5 de junho.

> ‘Merci’. Texto: Daniel Pennac. Direção:Moacir Chaves. Com Ana Barroso.Uma figura neurótica torna-se politicamenteincorreta por conta da sua sinceridade.Centro Cultural Justiça Federal: Av. Rio Bran-co 241, Centro — 3261-2550. Sex a dom, às19h. R$ 30. 60 minutos. Não recomendadopara menores de 10 anos. Até 8 de maio.

> ‘Mulheres alteradas’. Texto: Maitena. Di-reção: Eduardo Figueiredo. Adaptação: AndreaMaltarolli. Com Luiza Tomé, Mel Lisboa.Amigas passam por situações típicas de mulher.Teatro Clara Nunes: Shopping da Gávea, 3o-

piso. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-9696. Qui a sáb, às 21h30m.Dom, às 20h. R$ 70 (qui e dom) e R$ 80(sex e sáb). 80 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos. Até 5 de junho.

> ‘Murro em ponta de faca’. Texto: AugustoBoal. Direção: Paulo José. Com Gabriel Gorosito,Laura Haddad, Erica Migon, Sidy Correa.A peça conta a história de um grupo de bra-sileiros exilados durante a ditadura militarEspaço Sesc (Arena): Rua Domingos Ferreira160, Copacabana — 2547-0156. Qui a sáb,às 21h. Dom, às 19h30m. R$ 16. 100 mi-nutos. Não recomendado para menores de14 anos. Até 8 de maio.

> ‘Navegar é preciso’. Texto: Fernando Pes-soa. Adaptação: Delson Antunes e Afonnso Dru-mond. Direção: Delson Antunes. Com AfonnsoDrumond, Fabrício Polido e Luciano Correia.

Um dia na vida de um indivíduo atormentado.Sesc-Tijuca: Rua Barão de Mesquita 539, Ti-juca — 3238-2100. Sex a dom, às 20h. R$16. 80 minutos. Não recomendado para me-nores de 12 anos. Até 8 de maio.

> ‘Ninguém leu Guerra e Paz’. Texto: LeonTolstoi . Direção: Fabio Porchat. Com EvelinReginaldo, Marcus Fritsch, Mell Ágatha.Comédia procurar desmistificar o clássico“Quem leu ‘Guerra e Paz?”.Instituto do Ator: Rua da Lapa 161, Lapa —2224-8878. Dom, às 18h. R$ 20. 30 mi-nutos. Não recomendado para menores de14 anos. Até 3 de julho.

> ‘As peladas do improviso’. Direção: Di-nho Valladares. Com Flávio Lobo, Leandro Austin,João Marcelo Carvalho, Marcos Calaza.Times disputam cenas de improvisação.Sede da Cia. de Teatro Contemporâneo: RuaConde de Irajá 253, Botafogo — 2537-5204. Sex, às 21h. R$ 30. 60 minutos.Nãorecomendado para menores de 14 anos. Até24 de maio.

> ‘ProHibidão’. Texto e atuação: ThiagoBraga e Thiago Chagas. Direção: BemvindoSequeira.Um programa de televisão clandestino mos-tra atitudes consideradas proibidas.Casa da Gávea: Praça Santos Dumont 116,Gávea — 2239 3511. Sex, às 21h. R$ 30.70 minutos. Não recomendado para menoresde 14 anos. Até 27 de maio.

> ‘Quem guenta com essa verdade?’.Texto e direção: Fabrisio Coelho. Com AlexGomes, Thalita Ribeiro e outros.A peça fala sobre fantasia e realidade.Teatro Princesa Isabel: Av. Princesa Isabel370, Copacabana — 2227-3160. Sáb e dom,às 20h. R$ 40. 90 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos. Até 28 de maio.

> ‘O santo e a porca’. Texto: Ariano Suas-suna. Direção: João Fonseca. Com Élcio Ro-mar, Gláucia Rodrigues, Marco Pigossi.Coronel avarento, devoto de Santo Antônio,vive grudado a uma porca de madeira.Teatro Glauce Rocha: Av. Rio Branco 179,Centro — 2220-0259. Sex a dom, às 19h.R$ 20. 80 minutos. Não recomendado paramenores de 10 anos. Até 29 de maio.

> ‘O santo inquérito’. Texto: Dias Gomes.Supervisão geral: Amir Haddad. Com Ma-rianna Mac Niven, Claudio Mendes.Lenda da jovem Bianca Dias, que teria sidoqueimada na Paraíba, vítima da Inquisição.Teatro do Jockey: Av. Bartolomeu Mitre1.110, Gávea — 3114-1286. Sex e sáb, às21h30m. Dom, às 21h. R$ 20. 130 minu-tos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 29 de maio.

> ‘Señor Tango’. Texto e direção: Sidnei Do-mingues. Com Luiz Cesar, Lidio Freitas, JosuelSchimieds, Micha Nunes, Monique Marculano.O musical conta a história do tango.

Teatro Ipanema: Rua Prudente de Moraes824, Ipanema — 2523-9794. Sáb, às 19h.R$ 60. 65 minutos. Livre. Até 30 de abril.

O GLOBO indica > ‘Shirley Valentine’. Texto:Willy Russel. Direção: Guilherme Leme. ComBettyFaria.Dona de casa recebe um convite para umaviagem que muda sua vida.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 1):Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Qua e dom, às 20h. R$ 10. 70 mi-nutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até 8 de maio.

> ‘Subversões 21’. Texto: Aloísio de Abreue Luis Salem. Direção: Stella Miranda.Com Aloísio de Abreu, Márcia Cabrita eLuis Salem.O projeto, que completa 21 anos, faz versõesengraçadas de músicas famosas.Teatro do Leblon (Sala Fernanda Montene-gro): Rua Conde Bernadotte 26, Leblon —2529-7700. Qui a sáb, às 21h. Dom, às20h. R$ 60 (qui e sex) e R$ 70 (sáb e dom).75 minutos. Não recomendado para menoresde 12 anos. Até 18 de maio.

> ‘Uma linda kuaze mulher’. Texto: Denil-ton Neves. Direção: Mario Cardona. Com Wag-ner Freitas, Raphael Monteiro, Thiago Gaudên-cio e Erlande D’Lutz.O universo feminino é abordado de forma ca-ricata, como se fizesse parte de um desenhoanimado.Centro Cultural Anglo Americano: Av. dasAméricas 2.603, Barra — 2439-8002. Sex,às 21h30m. R$ 40. 100 minutos Não reco-mendado para menores de 12 anos. Até 27de maio.

O GLOBO indica > ‘Um dia como os outros’.Texto: Agnès Jaoui e Jean-Pierre Bacri. Direção:Bianca Byington e Leonardo Netto. Com AnaluPrestes, Bianca Byington, Silvia Buarque, KikoMascarenhas,LeandroCastilhoeMárcioVito.Família que recebe um bar de herança tentadecidir o futuro do estabelecimento.Teatro Poeira: Rua São João Batista 104, Bo-tafogo — 2537-8053. Sex a dom, às 21h.R$ 30. 80 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos. Até 26 de junho. Quemcomprar também o ingresso de “Cozinha edependências” paga R$ 40 pelas duas.

> ‘Variações freudianas 1: o sintoma’.Texto e concepção: Antonio Quinet. Direção:Regina Miranda. Música: José Eduardo CostaSilva. Com Ilya São Paulo e Aline Deluna.A peça da Cia. Inconsciente em Cena mostracasos estudados por Freud e sintomas con-temporâneos.Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto176, Ipanema — 2332-2015. Sáb, às 21h30m.Dom, às 20h. R$ 30. 60 minutos.Não recomen-dado para menores de 16 anos. Até 29 demaio.

<<Teatro


Concertos

Na trilha da bela época cariocaComposições de Chiquinha Gonzaga, Nazareth, Glauco Velasquez e Villa-Lobos fazem a festa hoje no Municipal

CláudiaAmorim

Atradução de “Belle Épo-que” no título do espetá-culo de hoje no Teatro

Municipal, “1911-2011 — Osbambas da Bela Época”, é umatentativa de reforçar o objetivodo projeto a que ele pertence, oCircuito BNDES Musica Brasilis:

— Achei que ficava menospedante, já que a ideia é apre-sentar um programa de qualida-de de uma forma atraente paraas plateias — diz a cravista Ro-sana Lanzelotte, idealizadora doprojeto que pretende recuperare divulgar obras do patrimôniomusical brasileiro que permane-cem praticamente escondidas.

Composições de ChiquinhaGonzaga, Ernesto Nazareth, Lu-ciano Gallet, Glauco Velasquez,

Francisco Braga, HenriqueOswald e Villa-Lobos fazem par-te do espetáculo cênico-musi-cal. Com direção artística de Ro-sana e musical do maestro Ri-cardo Kanji, o programa tem noelenco a soprano Rosana Lamo-sa, o barítono Lício Bruno, ospianistas Maria Teresa Madeira eTim Rescala — que também as-sina o texto —, os violinistas HerAgapito e Nathan do Amaral e aCamerata Musica Brasilis, com ospalla Felipe Prazeres, além par-ticipação da atriz Malu Madercomo narradora.

— O espetáculo retrata ummomento muito efervescente dacena musical carioca, em quese estabelecem as bases para oque viria depois. É a primeiravez que Villa-Lobos emprega opadrão rítmico 3-3-2, de origem

africana, que se tornou marcada nossa música popular, comuma batida que foi usada nabossa nova. Glauco Velasquezestava usando harmonia disso-nantes e muito sofisticadas. Agrande diversidade, que incluíaclássico e popular, convivia har-moniosamente — explica.

No repertório de hoje, há pe-ças que foram buscadas em ma-nuscritos guardados em estantesda biblioteca da Escola de Mú-sica, inacessíveis.

— Esse resgate é importantís-simo. Uma parte significativa damúsica está se perdendo. Esta-mos nos referindo a composito-res de grande qualidade, e, co-mo não são tocados por não ha-ver partituras, há a impressão in-justa de que não são bons — ar-gumenta a cravista. ■

Grátis > File Games. O público pode ver e inte-ragircomprojetosinéditosdejogoseletrônicosde-senvolvidos para diversas plataformas. Videoins-talações e videoperformances complementam oevento.Até8demaio.Oi Futuro Flamengo: Rua Dois de Dezembro63, Flamengo — 3131-3060. Ter a dom,das 11h às 20h. Livre.

Grátis >MonangeDreamFashionTour.Des-filedemodaaosomdabandaCapital Inicial.Citibank Hall: Av. Ayrton Senna 3.000, Barra— 4003-6464. Sáb, às 21h. Preços sujeitosa alteração: R$ 60 (pista) e R$ 140 (pistapremium). Não recomendado para menoresde 15 anos.

Grátis >‘Passos’.OespetáculodoCircoCrescere Viver tem direção de Cláudio Baltar, da IntrépidaTrupe, e trilha de Daniel Gonzaga. Um dos desta-ques são novos aparelhos circenses, concebidospelodiretorparaoespetáculo, emqueoelencode-safiaagravidade.Osintegrantescaminhamnaver-ticaledecabeçaparabaixo.Até29demaio.Circo Crescer e Viver: Rua Carmo Neto 143,Praça Onze, Centro. Sex e sáb, às 20h. Dom,às 18h. Grátis (menores de 10 anos, acom-panhados pelo responsável) e R$ 20. Livre.

Feijoadas> Projeto Raízes. O grupo A Rocha toca Ze-ca Pagodinho, Dona Ivone Lara e Paulinho daViola na feijoada da Casa Rosa. Na pista, sam-ba-rock com a Orquestra Dom Aragonês.Casa Rosa: Rua Alice 550, Laranjeiras —2557-2562. Dom, a partir das 17h. R$ 15(sem feijoada, até as 19h), R$ 20 (sem feijoa-da, após as 19h) e R$ 28 (com feijoada). Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Tia Surica. A pastora da Portela promovesua tradicional feijoada com roda de samba.Teatro Rival: Rua Álvaro Alvim 33-37, Cinelân-dia — 2240-4469. Sáb, às 13h. R$ 35. Nãorecomendado para menores de 16 anos.

Divulgação

TIMRESCALA(àdireita)escreveuascenasteatraisdomusicalcomtrilhadaBelaÉpoca

Eventos>>

Concertos> Musica Brasilis. O espetáculo cênico-mu-sical “1911-2011 — Os bambas da Bela Épo-ca” lembra grandes compositores brasileiroscomo Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth,Luciano Gallet, Glauco Velasquez, FranciscoBraga, Henrique Oswald e Heitor Villa-Lobos.Teatro Municipal: Praça Marechal Florianos/no-, Centro — 2332-9191. Sex, às 20h.R$ 20 (galeria), R$ 60 (balcão superior),R$ 70 (plateia e balcão nobre) e R$ 80 (ca-marote e frisa). Não recomendado para me-nores de 18 anos.

Grátis > Orquestra Petrobras Sinfônica. OConjuntodeMetaisdaorquestraapresentaocon-certo “Mestre Athayde II” dentro do conceito deCyberConcerto (que pode ser fotografado e filma-do pelo público para compartilhamento na inter-net). No repertório, Samuel Scheidt, Bach, TomJobimeViniciusdeMoraes.Convento de Santo Antônio: Largo de Cario-ca s/n o-, Centro — 2551-5595. Sáb, às16h. Livre.

Grátis > Orquestra Vida de Violinos. Jovensmúsicos e professores da Escola de Música daUFRJ reúnem-se para executar obras de Chopin,MozarteAriBarroso,entreoutros.Escola de Música da UFRJ: Rua do Passeio98, Lapa — 2578-4349. Sex, às 18h. Livre.

Grátis > RioHarpFestival. O evento, que inte-gra o projeto Música no Museu, chega à sextaedição pretendo promover uma volta ao mundopormeiodossonsdeumdosmaisantigosinstru-mentos da humanidade. São 32 artistas de 22países que apresentam 69 concertos pela cida-de.Oprimeiroénestedomingo,comogrupoLesAlizés,daMartinica.Museu do Exército: Forte de Copacabana.Praça Coronel Eugênio Franco 1, Posto 6, Co-pacabana. Dom, às 15h e às 18h. Livre.

EventosGrátis > ‘Anim!Arte — Festival BrasileiroEstudantil deAnimação’.Emsuadécimaedi-ção,oeventoofereceexibiçãodemaisde100cur-tas,palestraeoficinasdeanimaçãovoltadosparaopúblicoestudantil,alémdeumamostraespecialcomaretrospectivadasprincipaisanimaçõesquemarcaramofestival.Espaço Cultural Eletrobras Furnas: Rua RealGrandeza 219, Botafogo. Sex, a partir das19h. Sáb e dom, a partir das 14h. Até 8 demaio. Livre.

> ‘Astronautas’. Questões existenciais sãoabordadas num espetáculo que mistura textoscientíficos, literários e filosóficos, aula de físi-ca, cenas de filmes, imagens diversas, música,fotografias. A direção é de Maria Borba.Espaço Sesc (Sala Multiuso) Rua DomingosFerreira 160, Copacabana — 2547-0156.Sex e sáb, às 20h. Dom, às 19h. R$ 16. Até8 de maio. Livre.

> Cinema 6-D. A tecnologia permite que osespectadores se divirtam em simuladorescom sessões de cinema que duram de quatroa seis minutos e combinam efeitos especiaisde chuva, vento, aromas e luzes, além daimagem em três dimensões e do movimentodas poltronas. Os temas, a escolher, são:“Mundo oceânico”, “Montanha russa” e“Space Adventure”. Até agosto.São Gonçalo Shopping: Av. São Gonçalo100, São Gonçalo — 3513-7200. Seg a sáb,das 10h às 22h. Dom, do meio-dia às 22h.R$ 5. Livre.

> Orquídeas no Jardim. A 24a- edição damostra inclui atividades como visita guiada,oficinas de cultivo e de argila, teatro infantil,palestras e concurso. Até domingo.Orquidário do Jardim Botânico: Rua JardimBotânico 920, Jardim Botânico — 3874-1808. Sex a dom, das 8h às 17h. Grátis (me-nores de 7 anos) e R$ 5. Livre.

>>Avoltaaomundoem69recitaisOIVRioHarpFestival,quetrazaoRio32artistasde22países,em69concertos,começadomingonoFortedeCopacabana.PartedasérieMúsicanoMuseu,oeventorecebenaaberturaogrupoLesAlizés,daMartinica,quemostraumvídeoemqueaharpistaClaireLeFur tocaembaixod’água.Excepcionalmente,aentradanoForteserágratuita.

Divulgação


Vemporaí

JOSÉMAYERfazsuaestreiaem

musicaiscomoumleiteiro judeu

ABroadwayéaquiOmegasucesso“Hair”aindanemsaiudecartazeaduplaCharlesMöellereClaudioBotelho jáatacanovamente.Destavez,osprodutoresestãoàfrentedaversãobrasileiraparaoespetáculo“Umviolinistanotelhado”.Consideradao“ReiLear”dosmusicais,asuperproduçãoreúneumelencode43atores lideradoporJoséMayereSorayaRavenle.Aprimeiraapresentaçãoestámarcadaparaodia20demaio,noOiCasaGrande.Asentradasantecipadas(deR$40aR$150)estãoàvendanosite<www.ingresso.com.br>.

Jethro Tull vive!: IanAnderson e banda levam aopalco as músicas quefizeram do Jethro Tull umsucesso. No dia 15 de maio,no Citibank Hall. Ingressos(de R$ 40 a R$ 250) àvenda no site<www.ticketsforfun.com.br>.

Eu quero ir ao PaulMcCartney! Se você aindanão comprou ingresso para oshow do ex-Beatle, é melhorcorrer. Ainda restam entradaspara pista (R$ 300) esetores inferior (R$ 340) esuperior (R$ 180) em<www.ingresso.com.br>.

Divulgação

(PatriciaPaivaeReinaldoRamsés)

Divulgação

BRUNO,PAULA,eGeorgerelembramhitsnaturnê“Glitterdeprincipiante”

OretornodoKidAbelhaNascidonosanos80eformadoporPaulaToller,George IsraeleBrunoFortunato,oKidAbelhaestádevoltaaospalcosdepoisdeumaparadadetrêsanos.Naturnê“Glitterdeprincipiante”,quechegaaoCitibankHalldia14,nãofaltarãooshits“Pintura íntima”,“Fixação”e“Alice”,entreoutrosdos13álbunsdabanda.Os ingressos,deR$70aR$130,podemseradquiridosemwww.ticketsforfun.com.br.


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PARCEIROS

SessãoexclusivaDiv

ulga

ção

O Clube dará a seus assinan-tes o privilégio de assistir a umasessão de teatro exclusiva. Nodia 9/5, às 20h, o espetáculo “Eute amo mesmo assim”, no Teatrodas Artes, será exibido em home-nagem ao Dia das Mães. Paravocê ser um dos felizardos, aces-

se hoje o site do Clube e respon-da “Qual o momento mais impor-tante que você já teve com a suamãe?”. Os autores das 120 me-lhores respostas ganham quatroconvites para a peça. Resultadodia 6/5, no site. Não recomenda-do para menores de 14 anos.

CharmesuíçonaserraDivulgação

Encravados na Mata Atlântica, os12 bangalôs do Auberge Suissetêm o aconchego dos hotéis alpinosem plena serra fluminense, em No-va Friburgo. Desconto de 30% nasdiárias de segunda a quinta; e de10% nas de sexta a domingo paraqualquer tipo de pagamento. Infor-mações: (22) 2541-1270 e <au-berg-suisse.com.br>.

EmNiterói

Divulgação

Historiadores contam que foi noTeatro Municipal de Niterói que adramaturgia nacional deu os seuprimeiros passos, quando, em1827, João Caetano estreou ali asua Companhia Dramática Na-c ional . Desconto de 20% nacompra de até dois ingressos pa-ra qualquer espetáculo em car-taz. Informações: 2620-1624 e<tmnit.com.br>.

MeianoCCBB

Div

ulga

ção

O histórico prédio de linhas neoclássi-cas da Rua Primeiro de Março pode serdefinido como um polo multimídia, emque a arte está permanentemente emcartaz. O Centro Cultural Banco doBrasil funciona de terça a domingo, das10h às 21h. Desconto de 50% nacompra de até dois ingressos para to-dos os espetáculos de teatro e música.Informações: 3808-2020 e <[email protected]>.

Dorockaosamba

Div

ulga

ção Tradicional ponto de encontro da ju-

ventude carioca, a Casa da Matriz,em Botafogo, tem uma programaçãode festas fixas, pista de dança e lojade moda alternativa. Desconto de20% no valor de entrada. A cada R$50 em consumação, o assinante ga-nha um drinque promocional, comvodca nacional ou cachaça: caipiri-

nha, caipivodca, hi-fi ou srew diver. Todos em tamanhos normais. Informa-ções: 2226-9691 e <[email protected]>.


OrquestradeBudapeste

Div

ulga

ção

Os dez primeiros assinantes que ligarem hoje para (21) 2243-0010, a partir das 9h, ganham um convite duplo para assistir àOrquestra do Festival de Budapeste, que se apresenta dia 5/5,no Theatro Municipal. A sinfônica, eleita uma das dez melhoresdo mundo, abrirá a 18a- edição da Série Dell’Arte Concertos In-ternacionais. Resultado dia 3/5, no site do Clube. Assinantestêm 30% de desconto. Livre para todos os públicos.

Divulgação

COMPANHIAKATAKLÒNOMUNICIPALFormada por ex-atletas, jovens campeões mundiais e

olímpicos, a companhia italiana Kataklò Athletic DanceTheatre apresenta o espetáculo “Light”, dias 7 e 8/5, noTheatro Municipal. E o Clube vai dar convites duplos paraos 40 primeiros sócios que ligarem hoje, a partir das 11h,para (21) 2243-0010. Resultado dia 4/5, no site. Assinantestêm 30% de desconto. Livre para todos os públicos.

Div

ulga

çãoMIXLITERÁRIO

Quer ganhar um kit comtrês livros que já viraram su-cesso no cinema? O Clubevai dar de presente a comé-dia “Uma manhã gloriosa”; odrama, vencedor do Oscar2011, “O discurso do rei”; e osuspense “Um homem mis-terioso”. Para levar, bastaser um dos dez primeiros aresponder corretamente, a partir das 10h, nosite do Clube, à pergunta: “Qual destes filmesestreou primeiro no Brasil? E qual foi a data daestreia?”. Resultado dia 4/5, no site.

Divulgação

COMÉDIAROMÂNTICAPara concorrer a um convite duplo para assistir à pe-

ça “A história de nós dois”, com Alexandra Richter eMarcelo Valle, no Teatro dos Grandes Atores, ligue ho-je, a partir das 14h, para (21) 2243-0010. Ganham os30 assinantes que forem mais rápidos. Resultado dia3/5, no site do Clube. Assinantes têm 20% de descon-to. Não recomendado para menores de 12 anos.


Infantil

Em algum lugar do passadoEspetáculo encenado sábado e domingo na Caixa convida as crianças a descobrirem brinquedos da época da vovó

DéboraGares

Não são poucos os saudo-sistas a defender que in-fância boa era aquela de

antigamente, quando as crian-ças brincavam tranquilamentena rua e construíam seus pró-prios brinquedos. Mas provar es-sa máxima para os pequenos dehoje em dia não é tarefa fácil.Por isso, o grupo de teatro curi-tibano Malasartes teve que lan-çar mão de muita criatividade ebom humor para criar o espetá-culo-oficina “Artesão da alegria”,

que chega à Caixa Cultural nes-te fim de semana. Nele, os atoresVinícius Mazzon e Adriane Ha-vro dão vida aos personagensQuinzinho e Zezé, dois ajudan-tes que aproveitam a saída dopatrão, o boneco Chico, paramostrar às crianças da vizinhan-ça (a plateia) o seu trabalho.

— Fizemos um trabalho depesquisa e encontramos pro-fissionais que ainda vivem deconstruir brinquedos. Regis-tramos tudo num vídeo e mos-tramos às crianças como sefaz avião de lata, pião e calei-

doscópio, por exemplo — ex-plica o diretor Luis Teixeira.

Após a projeção, o público éconvidado a testar os objetosmostrados no filme e a desco-brir que os brinquedos feitos àmão tem por trás uma históriae uma emoção únicas.

— As crianças de hoje emdia se acostumaram que obrincar é um processo indivi-dual e virtual. Com a peça,queremos ainda apresentarum olhar novo e mostrar quebrincar também é cumplicida-de e troca — finaliza ele. ■

Divulgação/Guilherme Pupo

VINÍCIUSMAZZONeAdrianeHavro interpretamosassistentesdobonecoChico

Infantil

CinemaGrátis > Sessão Criança. Exibição do filme “Ocorajoso ratinho Despereaux”, de Sam Fell e Ro-bertStevenhagen(Inglaterra/EUA,2008).Centro Cultural Banco do Brasil (Sala de Ci-nema): Rua Primeiro de Março 66, Centro —3808-2020. Sáb e dom, às 14h (distribui-ção de senhas uma hora antes). Livre.

Teatro> ‘Alice no País das Maravilhas’. Adap-tação: Elisa Reis. Direção: Roberto Rezende. ComAnna Rita Cerqueira, Letícia Botelho e outros.A menina Alice viaja para um mundo de fan-tasia, onde toma chá com o Chapeleiro Ma-luco e joga baralho com a Rainha Malvada.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-7246. Sáb e dom, às 15h. R$ 50.Até 31 de julho. Livre.

> ‘O arteiro aprendiz’. Texto: Renato Fer-reira e Marco Tozzato. Direção: Eduardo Miran-da. Com Renato Ferreira (Palhaço Topetão).As peripécias de Topetão, um palhaço meni-no com pinta de herói.Teatro dos Grandes Atores: Barra Square. Av.das Américas, 3.555 — 3325-1645. Sáb edom, às 16h. R$ 30. Até 29 de maio. Livre.

> ‘Artesão da alegria’. Direção e dramatur-gia: Luis Teixeira. Com Adriane Havro e Viní-cius Mazzon.Dois aprendizes de um ateliê de brinquedosaproveitam a saída do patrão para mostrar àscrianças as tarefas da oficina.Caixa Cultural (Teatro de Arena): Av. Almi-rante Barroso 25, Centro. Sáb e dom, às 16h.R$ 10. Livre. Indicado para crianças entre 6e 12 anos.

> ‘Barbie no mundo da fantasia’. Texto edireção: Brigitte Blair. Com Alessandra Dia-mante, Jardiel Gomes e outros.A aventura da pequena Alice, que conseguerealizar o sonho de fazer sua Barbie ganharvida, pelo mundo encantado da boneca.Teatro Brigitte Blair: Rua Miguel Lemos 51-H, Copacabana — 2521-2955. Sáb e dom,às 18h. R$ 30. Até 29 de maio. Livre.

> ‘Brinquedos encantados’. Texto e dire-

ção: Alex Roger. Com Rafaella Guttierrez,Dharck Tavares, Sam Gutierrez e outros.Caroline é mimada e maltrata seus brinque-dos. Um dia, eles ganham vida e formam umtribunal para julgar a menina por seus atos.Teatro Fashion Mall: Fashion Mall. Estrada daGávea 899, São Conrado — 2422-9800. Sáb edom, às 17h. R$ 40. Até 7 de maio. Livre.

> ‘Cinderela... de gato e sapato’. Texto edireção: Alessandro Dovalle. Com BrunnaCatem, Pedro Henrique Lopes e outros.Adaptação da clássica história de Cinderela,com diversos números musicais.Teatro Miguel Falabella: NorteShopping. Av.Dom Helder Câmara 5.332, Cachambi —2595-8245. Sáb e dom, às 16h. R$ 30. Até29 de maio. Livre.

> ‘Contos de fada’. Texto: Danielle Fritzen.Direção: Bia Freitfas. Com Clara Tiezzi, Da-nielle Fritzen e outros.Luna, Lili e Rafa recebem a visita da Fada dasLetras, que pede ajuda para salvar as fábulas.Teatro Clara Nunes: Shopping da Gávea, 3o-

piso. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-9696. Sáb e dom, às 16h. Até 29de maio. Livre.

> ‘Fala que é amor’. Texto: Rogério Blat. Di-reção: Ricardo Blat. Com Laura Becker e Nel-son Yabeta.Dois grandes amigos, Fafá e Joca brigam e,depois, utilizam os mais diversos meios decomunicação para tentar salvar a amizade.Oi Futuro Flamengo: Rua Dois de Dezembro63, Flamengo — 3131-3060. Sáb e dom, às16h. R$ 10. Até 10 de julho. Livre.

> ‘A festa no céu’. Texto: Solange Lima eDinho Valladares. Direção: Dinho Valladares.Com Talita Stein, Carolina Floare e outros.O sapo Léo e o jabuti Botija armam um planopara entrar numa festa de animais alados.Sede da Cia. de Teatro Contemporâneo: RuaConde de Irajá 253, Botafogo — 2537-5204. Sáb e dom, às 17h30m. R$ 30. Até30 de setembro. Livre.

> ‘A fuga dos brinquedos’. Texto: RafaelGuimalle. Direção: Oscar Francisco. ComAlexandre Rangel, Aline Mendonça e outros.Quatro brinquedos, cansados das tentativasfrustradas para chamar a atenção do seu do-no, decidem partir para uma creche.Teatro dos Grandes Atores: Barra Square. Av.das Américas 3.555, Barra — 3325-1645.Sáb e dom, às 17h. R$ 30. Até 26 de junho.Livre. Quem doar um livro infantil paga R$15.

> ‘O homem que amava caixas’. Texto:Stephen Michael King. Direção: Gustavo Bica-lho e Henrique Gonçalves. Com Bruno Oliveira,Márcio Nascimento e Marise Nogueira.Um pai introvertido cria um mundo de fantasiacom caixas para mostrar seu amor pelo filho.Oi Futuro Ipanema: Rua Visconde de Pirajá54, Ipanema — 3201-3010. Sáb e dom, às16h. R$ 10. Até 29 de maio. Livre.

> ‘João e Maria e a casa encantada’. Tex-to e direção: Eduardo Monteiro. Com AndréFelipe, Fernanda Ielpo e outros.O clássico infantil sobre os irmãos que se per-dem na floresta e encontram uma casa feitade doces ganha nova leitura.Sesc-Engenho de Dentro: Av. Amaro Caval-canti 1.661, Engenho de Dentro — 3822-9532.Sáb, às 16h. R$ 12. Até amanhã. Livre.

> ‘Loja de brinquedos’. Texto: Claudio Fi-gueira. Direção: Carlos Arthur Thiré e ClaudioFigueira. Com a Cia. Só de Sapato.No musical, uma menina rica entra em umaloja em busca de brinquedos novos, mas aca-ba aprendendo a dividir o que tem.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-7246. Sáb e dom, às 18h30m. R$50. Até 29 de maio. Livre.

> ‘O mágico de Oz’. Adaptação e direção:Cristiane Sanctos. Com André Lamare, Cris-tiane Sanctos e outros.A história da menina Dorothy, que é levada àTerra de Oz por um tornado.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-7246. Sáb e dom, às 16h. R$ 50.Até 8 de maio. Livre.

> ‘Na cola do sapateado’. Texto: Gisela Sal-danha, Mabel Tude, Maria Dulce Saldanha e Tâ-nia Nardini. Direção: Tânia e Tony Nardini. ComAnderson Müller, Maria Clara Gueiros e outros.Sete alunas usam o sapateado para colar na pro-va de geografia, para desespero do professor.Teatro do Leblon: Rua Conde Bernadotte 26,Leblon — 2529-7700. Sáb e dom, às 17h.R$ 40. Até 29 de maio. Livre.

> ‘Passarim — As peripécias de um sa-biá apaixonado por Luiza’. Texto e dire-ção: Rony Guilherme. Com Flávia Rubim,Fred Damarca e outros.Um sabiá sonhador vive a cantar músicas deTom Jobim para Luiza, nome que deu à Lua.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2540-6004. Sáb, às 15h. Dom, às

18h30m. R$ 50. Até 1o- de maio. Livre.

> ‘A pequena sereia’. Texto: Hans Chris-tian Andersen. Adaptação e direção: RobertoRezende. Com Ana Cláudia Padilha, ÉrikaThomas, entre outros.A história da sereia que, após se apaixonarpor um homem, deseja virar humana.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-7246. Sáb e dom, às 17h15m. R$50. Até 31 de julho. Não recomendado paramenores de 2 anos.

> ‘O Reino do Feijão Preto’. Texto e dire-ção: Helton Tinoco. Com Tito Sant’anna, Hel-ton Tinoco, Tatiane Santoro e outros.A feijoada é a salvação para o falido Reino doFeijão Preto, mas, para isso, Samba, o porcocompositor, tem de morrer. Quem vai salvá-lo?Teatro do Jockey: Rua Bartolomeu Mitre1.110, Gávea — 3114-1286. Sáb e dom, às18h30m. R$ 20. Até 29 de maio. Livre.

> ‘Os saltimbancos’. Texto: Luiz Henríqueze Sergio Bardotti. Direção: Maria Lucia Priol-li. Com Telma Leite, Ruben Gabira e outros.A história de quatro animais, fugidos de seusdonos por maus-tratos, que se encontram nu-ma estrada. Versão de Chico Buarque.Teatro Ipanema: Rua Prudente de Moraes824, Ipanema — 2523-9794. Sáb e dom,às 17h. R$ 30. Até 29 de maio. Livre.

> ‘Triangulinha’. Texto e direção: MonicaAlvarenga. Com Kayo Muller, Guilherme Ve-loso e outros.Uma menina com formato triangular nascenum mundo de formas redondas.Teatro dos Quatro: Shopping da Gávea, 2o-

piso. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2274-9895. Sáb e dom, às 17h. R$ 50.Até 8 de maio. Livre.

> ‘Um chorinho para Dona Baratinha’.Texto: Pedro Murad. Direção: Gabriel Cortez.Com Carla Diaz, Thiago Oliveira e outros.Embalado por grandes clássicos do choro, omusical conta as peripécias de Dona Barati-nha em sua busca por um marido.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea— 2540-6004. Sáb e dom, às 17h. R$ 50.Até domingo. Livre.

Planetário> Planetário da Gávea. Os visitantes po-

dem ver as exposições “Museu do Universo”,com 56 experimentos interativos de Astrono-mia, e “Número e cores: uma história da As-tronomia”. Na cúpula, há sessões de filmesde média-metragem para o público infanto-juvenil, com temática espacial.Planetário da Gávea: Rua Vice-Governador Ru-bens Berardo 100, Gávea — 2274-0046. Ter asex, das 9h às 17h. Sáb, dom e feriados, das 15hàs 18h. Sessões na cúpula: sáb, dom e feriados,às 15h30m, às 16h45m e às 18h. R$ 8 (só aexposição) e R$ 16 (exposição e sessão na cú-pula). Livre.

MuseusecentrosculturaisGrátis >EspaçoCiênciaViva.Estemês,otemadoprojetoSábadodaCiênciaé“Minhacidade,mi-nha água”. O objetivo é mostrar com atividades epalestraopapeldaáguaemnossocotidiano.Espaço Ciência Viva: Av. Heitor Beltrão 321,Tijuca — 2204-0599. Sáb, das 14h às 17h.Livre.

> Espaço Cultural da Marinha. O espaço édedicado à história do Brasil e da navegação.A galeota “D. João VI”, do século XIX, o sub-marino “Riachuelo” e o helicóptero-museusão algumas das atrações. Em cartaz, a ex-posição temporária “30 anos da mulher mi-litar na Marinha do Brasil” mostra a partici-pação feminina nas Forças Armadas. Nos fi-nais de semana, há uma peça sobre o tema.O visitante pode ainda fazer o passeio à IlhaFiscal em escuna, de quinta a domingo, aomeio-dia e meia, às 14h e às 15h30m.Espaço Cultural da Marinha: Av. Alfred Aga-che s/no-, Praça Quinze — 2233-9165. Ter adom, do meio-dia às 17h. Peça “O passeiomágico”: sáb e dom, às 14h30m e às 16h.Grátis (visitação e peça) e R$ 10 (passeio).Até o fim de abril (a exposição). Livre.

Grátis > Instituto Moreira Salles. No projeto“Recontando Shakespeare com bonecos”, ascriançasouvemahistóriadeRomeueJulietacon-feccionandoseuspróprios fantoches.Instituto Moreira Salles: Rua Marquês deSão Vicente 476, Gávea — 3284-7400.Sáb, às 17h. Não recomendado para meno-res de 5 anos.

Grátis > Museu de Astronomia. Os visitantespodem conhecer o segundo maior meteorito doBrasil,chamadoSantaLuziadeGoiás,emexposi-ção no museu. Também estão em cartaz mostrassobreprojetosdeLeonardodaVinci e sobreases-taçõesdoano.Neste fimde semana, háobserva-


çãodocéu,visitaorientadaeplanetário inflável.Museu de Astronomia: Rua General Bruce586, São Cristóvão — 2580-7010. Ter, qui e sex,das 9h às 17h. Qua, das 9h às 21h. Sáb, das14h às 21h. Dom e feriados, das 14h às 18h.Visitas orientadas: sáb, das 15h às 17h. Livre.

> Programa em Família. O programa do-minical do MAM leva crianças e adultos a ex-plorar uma coleção de materiais utilizadospor artistas em seus trabalhos.Museu de Arte Moderna: Av. Infante DomHenrique 85, Parque do Flamengo — 2240-4944. Ter a sex, do meio-dia às 18h. Sáb,dom e feriados, do meio-dia às 19h. Programaem Família: dom, às 15h. Grátis (crianças até12 anos) e R$ 8 (aos domingos, ingresso-fa-mília, para até cinco pessoas). Livre.

RecreaçãoGrátis > Barteliê. O espaço cultural da artistaplásticaTetêCapelloferececontaçãodehistóriaseoficina de artes durante o lançamento dos livros“Cadê seu peito, mamãe?” e “Gabriel e a fraldi-nha”,da jornalistaeescritora IvnaMaluly.Barteliê: Rua Vinicius de Morais 190, Ipane-ma — 2522-1141 e 9992-7111 (informa-ções). Dom, às 17h. Livre.

> Jardim Zoológico. Neste domingo, o par-que — que tem 1.900 animais, entre aves,mamíferos e répteis — ganha um novo casalde tigres de bengala e três pôneis.Quinta da Boa Vista: São Cristóvão — 3878-4200. Ter a sáb, das 9h às 16h30m. Dom(excepc iona lmente ) , das 8h30m às16h30m. R$ 5 (dom) e R$ 6. Crianças commenos de um metro, maiores de 60 anos edeficientes físicos não pagam. Livre.

> Lagoa Aventuras. Os fãs de atividades ra-dicais podem fazer escaladas, arvorismo, ti-rolesa e rapel.Parque da Catacumba: Av. Epitácio Pessoa

3.000, Lagoa — 4105-0079. Ter a dom, das9h30m às 16h30m. R$ 15 (muro de esca-ladas), R$ 20 (arvorismo e tirolesa) e R$ 40(rapel). Não recomendado para menores de 4anos.

Grátis >RádioMaluca.Nestaedição,oprogra-maderádiocompresençadeplateia falasobredi-nheiro.ParticipaçãodomúsicoHamiltonCatetteedaatrizecontadoradehistóriasMarciaValéria.Rádio Nacional: Praça Mauá 7, Centro —8893-3208 (informações). Sáb, às 11h. Livre.

Jogos> Barra Bowling. Espaço com 20 pistas.BarraShopping: Av. das Américas 4.666,Barra — 2431-9566. Seg a qui, do meio-diaà meia-noite. Sex, do meio-dia à 1h. Sáb, das11h às 3h. Dom e feriados, das 11h à meia-noite. R$ 55 (seg a sex, até as 18h), R$ 75(seg a qui, após as 18h) e R$ 105 (sex e vés-pera de feriados, após as 18h; sáb, dom e fe-riados). A partir das 21h, menores de 13anos só com o responsável.

> Casabowling. Espaço com 14 pistas.CasaShopping: Av. Ayrton Senna 2.150,Barra — 2108-8142. Seg, das 16h à meia-noite. Ter a sex, do meio-dia à meia-noite.Sáb e dom, das 10h à meia-noite. Preço porperíodo de uma hora: R$ 55 (seg a sex, até as18h), R$ 75 (seg a qui, após as 18h) e R$105 (sex e véspera de feriados, após as 18h;sáb, dom e feriados). A partir das 21h, me-nores de 13 anos só com o responsável.

> Top Kart Indoor. Adultos e crianças po-dem disputar corrida nas pistas.NorteShopping: Av. Dom Helder Câmara5.332, subsolo, Cachambi — 2178-4545.Seg a sex, das 15h às 23h. Sáb, dom, vés-pera de feriados e feriados, das 14h às 23h.Kart adulto: R$ 39 (modalidade 6,5hp), em20 minutos de bateria. Kart infantil: R$ 29,

em 15 minutos de bateria. Recomendado pa-ra crianças com no mínima de 1,20m de al-tura.Extra 24h: Av. das Américas 1.510, subsolo,Barra — 2484-4545. Seg a sex, das 15h às23h. Sáb, dom, véspera de feriados e feria-dos, das 14h às 23h. Kart adulto: R$ 39(modalidade 6,5hp) e R$ 59 (modalidade9hp), em 20 minutos de bateria. Kart infan-til: R$ 29, em 15 minutos de bateria. Reco-mendado para crianças com no mínimo1,20m de altura.

Patinaçãonogelo

> Barra On Ice. A pista tem 450 metrosquadrados e capacidade para 100 pessoas.Hipermercado Extra 24 horas: Av. das Amé-ricas 1.510, Barra — 3151-3354 e 2431-4602. Ter a qui, das 14h às 21h. Sex, das14h às 22h. Sáb, dom e feriados, das 13h às22h. R$ 30, por uma hora de patinação. Re-comendado para maiores de 5 anos.

> Espaço RioSul de Patinação no Gelo.A pista comporta 70 pessoas.RioSul: Rua Lauro Müller 116, Botafogo —3527-7257 e 2122-8070. Seg a sáb, das 10hàs 22h. Dom e feriados, do meio-dia às 21h. R$20 (meia hora) e R$ 30 (1 hora). Crianças entre1 e 4 anos entram na pista com um trenó.

Noite/Gay

Casasnoturnas> 00. Av. Padre Leonel Franca 240, Gávea —2540-8041. Sex e sáb, a par t i r das20h30m. Dom, a partir das 19h. R$ 40. Nãorecomendado para menores de 18 anos.Becape (sex): DJs Saddam (black music) eJosé Roberto Mahr (house).Stereozero (sáb): DJs Cobra e José RobertoMahr (club house, electro e new disco)Duo (dom): DJs Dani Vieira, Pax, Valvet, Pau-la Pedroza, Fanny, Diego Valente, Rafael Cal-vente e Dri Toscano (club house, electro enew disco).

> Cabaret Kalessa. Rua Sacadura Cabral61, Praça Mauá — 9107-4199 (informa-ções). Sex e sáb, a partir das 23h. R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.Mixtape (sex): DJs Gutier, Rez, K-Bide,Mr.Break (hip-hop).Digital Dubs (sáb): DJs Iration Steppas, B.Negão e Jeru Banto (reggae e dub).

> Casa da Espanha. Rua Vitório da Costa154, Humaitá — 2286-5731. Sex e sáb, apartir das 23h. Sex: R$ 20. Sáb: R$ 30 (mu-lher) e R$ 40 (homem). Não recomendadopara menores de 18 anos.Ultra Funked (sex): DJs Buba, Vanilla e Fa-brizzio (hip-hop, pop e funk).Hands Up! (sáb): No comando da pista, Ele-trobase DJs, Opalão 76 DJs e Southside DJs(hip-hop e pop).

> Casa da Matriz. Rua Henrique de Novaes107, Botafogo — 2266-1014. Sex e sáb, a partirdas 23h. Mulher: R$ 18 (até meia-noite) e R$26. Homem: R$ 18 (até a meia-noite) e R$ 30.Não recomendado para menores de 18 anos.Brazooka (sex): Na pista 1, DJ Janot (MPB).Na pista 2, o DJ Lucio K se reveza a cada se-mana com o DJ Zé Octavio tocando sambaloun-ge com raridades brasileiras e anos 60, 70.

Paradiso (sáb): Na pista 1, DJs Tito e Edinho(pop, rock, soul, electro, indie). Na pista 2,sempre um DJ convidado.

> Espaço Acústica. Rua da Carioca 43,Centro — 2222-7525 (informações). Sex esáb, a partir das 23h. Sex: R$ 30. Sáb: R$30 (até a 1h) e R$ 40. Não recomendado pa-ra menores de 18 anos.Hot Mess (sex): Na pista 1, DJ Rick Castro(pop). No terraço, DJ Vitor Medina (rock) eDJs convidados.Modinha! (sáb): DJs Chu, J.R. Sandro Black eReflex Live (rock, pop, funk e soul). Participaçãoespecial: The Collets e Fernando Caruso.

> Fosfobox. Rua Siqueira Campos 143, loja22-A, subsolo, Copacabana — 2548-7498. Sexe sáb, a partir das 23h. After hours: sáb, a partirdas 5h. Sex: R$ 40. Sáb: R$ 35 e R$ 20 (after).Não recomendado para menores de 18 anos.Menage à Trois (sex): DJ Rayko (electro, hou-se e techno).On The Rocks (sáb): DJs Wilson Power, Kle-ber Tuma, Flávio Quest, We Say Go e WarpZone (electro rock e indie rock). After: SubClub, com os DJs Adriano Suares e RenatoWeiss (deep house).

> La Passion Lounge. Av. Augusto Severo200, Glória — 2224-4263. Sex e sáb, a par-tir das 21h. Sex: mulher, R$ 30 ( até a 1h) eR$ 40; homem, R$ 40 (até a 1h) e R$ 60.Sáb: mulher, R$ 20 (até a 1h) e R$ 30; ho-mem, R$ 30 (até a 1h) e R$ 50. Não reco-mendado para menores de 18 anos.Groove Sessions (sex): DJs Ricardinho NS, AlanPinheiro, Raphael Assad e Billy Nasty (electro).Hit (sáb): DJs Kimbo (hip-hop), Wander Ay-rex (house) e Eletrobase DJs (hip-hop).

> Pista 3. Rua São João Batista 14, Bota-fogo — 2266-1014. Sex, a partir das 23h.R$ 25 (mulher) e R$ 30 (homem). Não re-comendado para menores de 18 anos.Histeria: DJs Tulio e Newton (indie , 80’s,britpop, retrô e electro) e VJ Rodrigo Senna.

<<Infantil<<Noite

Veja: Outros destaquesda programação infantilno Globinho


ProgramaFurado

ProgramaFurado>>

Up! cresce e apareceDepoisdosclubinhos, festaestreianaTheWeekcomdesafiode lotarapista

sáb, a partir das 23h. Dom, a partir das 22h.Sex: R$ 25 (até a meia-noite) e R$ 30. Sáb:R$ 15 (até a meia-noite) e R$ 20h. Dom: R$10 (até as 23h) e R$ 15. Não recomendadopara menores de 18 anos.Noite de Peso! (sex): DJs Marcão Rezende,Fábio Mesquita, Claudinho e Edu Saad (hou-se, electro e pop) e show de Karina Karão eKayka Sabatella.Se Vira nos 30: a Festa! (sáb): DJs MarcãoRezende, Robson Araújo, Claudinho e IgorZannon (house, techouse, pop e anos 80) eshow de Suzy Brasil.Intimidade (dom): DJs Marcão Rezende,Robson Araújo e Claudinho (house, techousee pop) e show de Samara Rios.

> Le Boy. Rua Raul Pompeia 102, Copaca-bana — 2513-4993. Sex a dom, a partir das23h. Sex e sáb: homem, R$ 15 (até a meia-noite), R$ 20 (até a 1h) e R$ 25; mulher, R$50. Dom: homem, R$ 10 (até a meia-noite) eR$ 15; mulher, R$ 50. Não recomendado pa-ra menores de 18 anos.Elektronik Party (sex): DJs Vine, Ricardo Ro-drigues e FC Nond (house tribal). Na pista 2,DJ Arli Pinsard (mix music).Saturday Night Fever (sáb): DJs Vine e Ri-cardo Rodrigues (anos 70, 80 e 90).House Party (dom): Na pista 1, DJs Vine eRicardo Rodrigues (house). Na pista 2, DJ Ar-li Pinsard (mix music).

> Cine Ideal. Rua da Carioca 62, Centro —2221-1984. Sex e sáb, a par t i r das23h30m. Sex: R$ 20 (até a meia-noite) e R$30. Sáb: R$ 20 (até a meia-noite), R$ 30(até a meia-noite e meia) e R$ 35. Não re-comendado para menores de 18 anos.E-Divas Nacional (sex): Os DJs Robson Araú-jo, Robix, Flavius e Fabio Morgado, e show de

Amanda, Samara Rios e Suzy Brazil.Free Ice Cream (sáb): DJs Fernando Braga, E-Thunder, Flavius e Great Guy (house e pop).

> Galeria Café. Rua Teixeira de Melo 31,Ipanema — 2523-8250. Sex e sáb, a partirdas 23h. Sex: grátis (com três caixinhas de su-co de fruta até a meia-noite e meia) e R$ 35.Sáb: R$ 25 (até a meia-noite e meia) e R$ 35.Não recomendado para menores de 18 anos.Sexta Básica (sex): DJ Beto Ka (dance e house).Fone (sáb): DJ Dudu Candelot (pop, house,retrô e globalbeats).

> La Girl. Rua Raul Pompeia 102, Copaca-bana — 2247-8342. Sex e sáb, a partir das23h. Mulher: R$ 10 (até a meia-noite) e R$15. Homem: R$ 50. Não recomendado paramenores de 18 anos.Swing Girls (sex): DJs Arli Pinsard, FlávyaAraújo e Leandrão (house e funk).Girls and Girls (sáb): DJ Arli Pinsard (house epop).

> The Week. Rua Sacadura Cabral 154,Saúde — 2253-1020. Sex, a partir das 23h.Sáb, a partir das 23h59m. Sex: R$ 40. Sáb:R$ 45 (homem) e R$ 55 (mulher). Não re-comendado para menores de 18 anos.Up!/Dirty Pop (sex): Na pista Up!, DJs DriToscano, Diego Valente e Miss Klauss (elec-tro). Na pista Dirty Pop, DJs Débora Castro,Carla Avila e Mike Knecht (pop).Cosmopolitan & Wallpaper Extended (sáb):Na pista Cosmo, Js Gustavo Jr., Filipe Guerrae Flávio Lima (house tribal e progressive). Napista Docas, o Wallpaper Extended, com aatriz Juliana Boller e DJs Giordanna Forte,Ícaro Silva e Thiago de Los Reyese. A partirdas 6h, DJ angolano Falcão (retrô, pop, rockao underground).

te colorido do clubinho foi ce-nário para mais uma etapa dosucesso deste “case”.

E agora? Pois hoje acontecemais uma mudança com gos-to de desafio para os produto-res Mari Terra e Rafa Ferraz: lo-tar a megapista da The Weekna celebração das 100 edi-ções da Up!

— Esta noite especial será

realizada em parceria com afesta Dirty Pop, que tambémnasceu na W. Outra novidadeé que agora a Up! aconteceráexclusivamente na The Weekuma vez por mês — comentaMari Terra.

Entre os que se apresentammais tarde na pistona estão osDJs houseiros Diego Valente,Dri Toscano e Miss Klauss. ■

[email protected]

SentindonapeleEstive com minha família no restaurante Barsa, na Cadeg.Minha mulher e minha nora comeram arroz de bacalhau,bom e bem servido: R$ 40. Já eu e meu filho pedimos umbacalhau para dois, a R$ 90. Reclamei da quantidade e daqualidade, pois a carne estava escura, dura e com muitapele. O gerente, de mau humor, respondeu-me que “tempeixe grande e peixe pequeno, tem peixe branco e peixeescuro, é assim mesmo”. JORGE ZIMMERMANN

>>OchefMarceloBarcellos responde:“Sótrabalhamoscomumtipodebacalhau,omelhoremaiscaro:Gadusmorhuaemposta.Apeleémantidaporqueobacalhauédouradonoazeite.Docontrário,elesedesfaz.Casooclientereclame,aorientaçãoétrocaropratonahora,enossomaîtreéelogiadopelaeducaçãoepresteza.Éaprimeiravezquetemosumareclamaçãodessanatureza.Gostariaqueoclientevoltasseaorestaurantecomonossoconvidado.”

BarulhinhonadabomParecia o programa perfeito: acompanhar minha prima esua filha, que desejava conhecer o Teatro Municipal, ao balé“Giselle”. Mas ficou longe disso. A começar pelo restauranteAssyrius, onde a caixa não tinha troco e acabou nosdevendo R$ 5. Já no interior da sala, sentamos no balcãosuperior e sofremos com o calor. Pessoas improvisavamleques com o programa do balé, mas, com o movimento, ascadeiras balançavam e rangiam. O som do espetáculo semisturava ao ranger de cadeiras, causando um incômodoainda maior. GISELE BRANDÃO

>>Aassessoriade imprensadoMunicipal responde:“LamentamosoocorridoeesclarecemosqueaspoltronassãotombadaspeloPatrimônioHistóricoe,defato,algumaspodemranger.Vamosverificarosassentosemquestão.Obalcãosuperiorsofredeumproblemacrônicoeantigoderefrigeração.Mesmocomacolocaçãodemaisumar-condicionadoduranteareforma, infelizmente,aquestãonãofoisanada.Estamoscomconsultoresparaapontarsoluções.FazemosquestãodedevolverosR$5àleitora.Bastaelaindicaroendereçoparaondedeveseguirodinheiro.”

Um‘Rio’pelametade...Fui ver “Rio”, no Kinoplex Grande Rio, no dia 13. Antes deo filme começar, a tela ficou esverdeada, mas o problemafoi resolvido. Depois, na metade da sessão, a tela apagou, eesperamos que o filme recomeçasse de onde havia parado,mas isso não aconteceu. Um funcionário informou que asopções eram esperar que o filme começasse do início ou tero dinheiro de volta. EDNICE DOS SANTOS

>>AassessoriadoSeverianoRibeiro responde:“Houveumafalhanoprojetor3-D,oque interrompeuaexibiçãopor15minutos,masdepoisasessãotranscorreusemproblemas.Osclientesquenãoquiseramesperar receberamodinheiroouoingressodevolta.Aempresapededesculpaspeloinconvenienteeesclarecequeoproblemajá foi resolvido.”

Festas> Ploc Especial — 7 Anos na Cobal. DJsDom LV e Lady K (anos 80), show da BandaPloc 80 e Karaokê da Ploc.Espírito das Artes: Cobal do Humaitá. Rua Vo-luntários da Pátria 446, Humaitá — 8721-0207 (informações). Sex, a partir das 22h.Grátis (para as primeiras 200 pessoas quechegarem até a meia-noite) e R$ 15. Não re-comendado para menores de 18 anos.

> roNca roNca. DJ Mauricio Valladares (ro-ck e pop) e show do grupo Do Amor.Cordão da Bola Preta: Rua da Relação 3,Centro — 2224-6395. Sex, a partir das 22h.R$ 25. Não recomendado para menores de18 anos.

Gay/Bares> TV Bar. Shopping Cassino Atlântico. Av.Nossa Senhora de Copacabana 1.417, Copa-cabana — 2267-1663. Sex e sáb, a partir das22h. Dom, a partir das 21h. Sex e sáb: R$ 40.Dom: R$ 10 (até a meia-noite) e R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.T.U.D.O. (sex): DJs Giordanna Forte e LuizAgrizi (pop e house).Discontrole-Remoto (sáb): No comando dapista, o VJ Greg (pop).Farra de Domingo (dom): DJs Felipe Riveiro eEstefânio (pop).

Gay/CasasNoturnas> 1140. Rua Capitão Menezes 1.140, PraçaSeca, Jacarepaguá — 3017-1792. Sex e

RonaldVillardo

A trajetória da festa Up!na noite carioca é umverdadeiro “case”, co-

mo diriam os especialistas emmarketing. Nasceu pequenano finado clube W, em Ipane-ma, há dois anos, com a pro-posta de oferecer diversãobem-humorada, sem descui-dar da qualidade musical, evi-tando assim o exagero popque invade as pistas atuais. Foio suficiente para que a boatetivesse filas na porta de dobraro quarteirão.

Ao fim de 2010, a trupe semudou para a Erótika, em Co-pacabana, levantando dúvi-das sobre a fidelidade do pú-blico. Bobagem. A julgar pelalotação do inferninho, a turmadisse “presente”, em peso.

Em janeiro deste ano, a fes-ta se mudou para o TV Bar,também em Copa. O ambien-

DIvulgação

OCLIMAbem-humoradodaUp!,que járolounoTVBar,semudahojeparaaSaúde

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Editora Marilia Martins ([email protected]) Editores assistentes Inês Amorim ([email protected]), Maria Cristina Valente ([email protected]) e Ronald Villardo ([email protected]) Projeto gráfico MarianaBernardes Diagramação Érica Wirth Endereço eletrônico [email protected] Redação Rua Irineu Marinho 35/2o-andar CEP: 20230-901 — 2534-5000 Publicidade 2534-4310 ([email protected])

>> A programação do fim de semana também em O Globo Online: http://www.oglobo.com.br >> Este caderno não se responsabiliza por mudanças em preços e horários. Ambos são fornecidos pelosorganizadores dos espetáculos >> Como nem todas as casas fornecem a classificação etária, é recomendável a pais e responsáveis a consulta prévia por telefone, fax ou e-mail

Capa Foto de Mônica Imbuzeiro

48 RioShow 29deabrilde2011

Antfer

O Globo

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