O IMORTAL · então curso primário, atual-mente denominado ensino fun-damental, recorda-se de...

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Maria Helena Marcon: novo mandato à frente da FEP Maria Helena Marcon (foto), atual presidente da Dire- toria da Federação Espírita do Paraná, foi reeleita para mais um mandato, referente ao biênio 2006/2007. Francisco Ferraz Batista e Luiz Henrique da Sil- va, 1 o e 2 o vice-presidente, fo- ram também reconduzidos para o mesmo período. Pág. 14 O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 624 Fevereiro de 2006 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores: “Qual a ori- gem das faculdades extraordinári- as dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, o das lín- guas, do cálculo, etc.?” Os Espíri- tos responderam: “Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem cons- ciência. Donde queres que venham tais conhecimentos? O corpo muda, o Espírito, porém, não muda, em- bora troque de roupagem”. Nessa citação deparamo-nos com uma das evidências da exis- tência da reencarnação: a das idéi- São inúmeras as evidências de que a reencarnação existe as inatas. A História, como sabemos, revela-nos inúmeros exemplos de gênios, de sábios, de homens valo- rosos cujos pais, ou mesmo seus fi- lhos, não foram grandiosos como eles, o que não pode ser explicado pelas leis da hereditariedade. Os ditados mediúnicos, em que o médium transmite revelações so- bre existências anteriores, próprias ou de terceiros, e a regressão de me- mória, que pode efetuar-se por força de sugestão hipnótica ou da recor- dação espontânea de existências an- teriores, são as outras evidências de que a reencarnação constitui um fato e não uma simples hipótese. Pág. 3 Como resolver os problemas afetivos? A convivência com os ami- gos, o bom relacionamento fami- liar e tudo o que pode ser feito para a compreensão dos desafios que as pessoas enfrentam ao lon- go da existência na Terra. Recei- tas como essas, de saúde e de equilíbrio, foram proferidas du- rante as palestras “Amor e Tole- rância” e “Perdão”, realizadas nos dias 14 e 15 do mês passado, em Londrina, pela jornalista Ale- xandra Torres. As incompreensões, segundo Alexandra, que também atua na A Petit lança Uma partida de amor, novo livro de Eurípedes Kühl Lançamento da Petit Edito- ra, Uma partida de amor, do Espírito Josué, psicografado por Eurípedes Kühl, é um ro- mance revelador. Da primeira à última página, não faltam atrati- vos para os leitores interessados em atravessar as barreiras que nos separam do outro mundo e entender por que acontecem as obsessões, um fato tão comum em nosso planeta. Militar do Exército, hoje na reserva, o médium Eurípedes Kühl (foto) reside com seus fa- miliares na cidade de Ribeirão Preto e empenha-se na divulga- ção do Espiritismo. Médium, escritor, pesquisador e pales- trante espírita requisitado, além do trabalho literário que desen- volve e de suas atividades no centro espírita – onde faz pales- tras, dá aulas e trabalha na as- sistência espiritual –, escreve para vários jornais, revistas e sites, dos quais é assíduo co- laborador. Nascido em família espíri- ta, ele foi incentivado a estu- dar as Obras Básicas de Allan Kardec desde a juventude. Seus pais, ao matriculá-lo na escola, identificaram sua cren- ça no Espiritismo e ignoraram os preconceitos da época. No então curso primário, atual- mente denominado ensino fun- damental, recorda-se de quan- do era convidado, aos seis anos de idade, a retirar-se da aula de religião: “na verdade uma lição de Catolicismo”. Págs. 8 e 9 Associação dos Divulgadores do Espiritismo de Pernambuco (ADE-PE), surgem quando as pessoas passam a questionar os problemas vivenciados em seus grupos familiares ou sociais. “Existe uma necessidade de re- encarnarmos naquela família ou naquele grupo de amigos. Nossa dificuldade em compreender a atitude de um ou de outro é nos- so primeiro grande desafio. Por isso a importância desse núcleo familiar. Por isso recebemos essa família corporal”, disse. Pág. 16 Sábado dia 28 de janeiro, Hugo Gonçalves, fundador e diretor d´O Imortal, sofreu uma queda no bar- racão do Lar Infantil Marília Bar- bosa, em Cambé, e, em face do incidente, fraturou o fêmur. Na segunda-feira dia 30, às 7 horas da manhã, foi operado no Hospital São Francisco, na mesma cidade, sendo levado em seguida para a UTI do referido hospital. Hugo Gonçalves foi operado, mas se recupera bem No momento em que esta edição foi encerrada, na tarde de terça-feira dia 31, a previsão é de que nosso confrade teria alta na quarta-feira dia 1 o de fevereiro, para cumprir, em sua própria casa, o período de convales- cença pós-operatória, o que vem ao encontro do desejo de seus familia- res, de seus amigos e de todos nós que fazemos parte da Equipe de Re- dação deste periódico. Elsa Rossi, escritora e palestran- te brasileira radicada em Londres, diretora do Departamento de Uni- ficação para os Países da Europa, Crônicas de Além-Mar, de Elsa Rossi, faz sua estréia organismo do Conselho Espírita Internacional, vice-presidente do Spiritist Group of Brighton, direto- ra do Departamento de Eventos da British Union of Spiritist Societies (BUSS) e editora do Boletim SGB, dá início neste número às suas “Crônicas de Além-Mar”. Pág. 12 Maria Helena Marcon, presidente reeleita da Federação Espírita do Paraná O médium Eurípedes Kühl, que psicografou Uma partida de amor A Revue Spirite há 140 anos ...... 15 Aiglon Fasolo ........................... 10 Bezerra de Menezes .................. 10 Clássicos do Espiritismo ............. 5 Crônicas de Além-Mar .............. 12 De coração para coração ............. 4 Divaldo responde ........................ 5 Editorial ...................................... 2 Emmanuel .................................. 2 Espiritismo para as crianças ........ 6 Estudando as obras de André Luiz .......................................... 12 Grandes vultos do Espiritismo .. 11 Jane Martins Vilela ..................... 7 Joanna de Ângelis ....................... 2 João Zamoner ............................. 7 Palestras, seminários e outros eventos ..................................... 14 João Zamoner ........................... 13 Um minuto com Chico Xavier .. 13 Ainda nesta edição

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Maria Helena Marcon: novomandato à frente da FEP

Maria Helena Marcon(foto), atual presidente da Dire-toria da Federação Espírita doParaná, foi reeleita para maisum mandato, referente ao biênio

2006/2007. Francisco FerrazBatista e Luiz Henrique da Sil-va, 1o e 2o vice-presidente, fo-ram também reconduzidos parao mesmo período. Pág. 14

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 624 Fevereiro de 2006 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Allan Kardec perguntou aosEspíritos Superiores: “Qual a ori-gem das faculdades extraordinári-as dos indivíduos que, sem estudoprévio, parecem ter a intuição decertos conhecimentos, o das lín-guas, do cálculo, etc.?” Os Espíri-tos responderam: “Lembrança dopassado; progresso anterior daalma, mas de que ela não tem cons-ciência. Donde queres que venhamtais conhecimentos? O corpo muda,o Espírito, porém, não muda, em-bora troque de roupagem”.

Nessa citação deparamo-noscom uma das evidências da exis-tência da reencarnação: a das idéi-

São inúmeras as evidênciasde que a reencarnação existe

as inatas. A História, como sabemos,revela-nos inúmeros exemplos degênios, de sábios, de homens valo-rosos cujos pais, ou mesmo seus fi-lhos, não foram grandiosos comoeles, o que não pode ser explicadopelas leis da hereditariedade.

Os ditados mediúnicos, em queo médium transmite revelações so-bre existências anteriores, própriasou de terceiros, e a regressão de me-mória, que pode efetuar-se por forçade sugestão hipnótica ou da recor-dação espontânea de existências an-teriores, são as outras evidências deque a reencarnação constitui um fatoe não uma simples hipótese. Pág. 3

Como resolver os problemas afetivos?A convivência com os ami-

gos, o bom relacionamento fami-liar e tudo o que pode ser feitopara a compreensão dos desafiosque as pessoas enfrentam ao lon-go da existência na Terra. Recei-tas como essas, de saúde e deequilíbrio, foram proferidas du-rante as palestras “Amor e Tole-rância” e “Perdão”, realizadasnos dias 14 e 15 do mês passado,em Londrina, pela jornalista Ale-xandra Torres.

As incompreensões, segundoAlexandra, que também atua na

A Petit lança Uma partida de amor,novo livro de Eurípedes Kühl

Lançamento da Petit Edito-ra, Uma partida de amor, doEspírito Josué, psicografado

por Eurípedes Kühl, é um ro-mance revelador. Da primeira àúltima página, não faltam atrati-vos para os leitores interessadosem atravessar as barreiras quenos separam do outro mundo eentender por que acontecem asobsessões, um fato tão comumem nosso planeta.

Militar do Exército, hoje nareserva, o médium EurípedesKühl (foto) reside com seus fa-miliares na cidade de RibeirãoPreto e empenha-se na divulga-ção do Espiritismo. Médium,escritor, pesquisador e pales-trante espírita requisitado, alémdo trabalho literário que desen-volve e de suas atividades nocentro espírita – onde faz pales-

tras, dá aulas e trabalha na as-sistência espiritual –, escrevepara vários jornais, revistas esites, dos quais é assíduo co-laborador.

Nascido em família espíri-ta, ele foi incentivado a estu-dar as Obras Básicas de AllanKardec desde a juventude.Seus pais, ao matriculá-lo naescola, identificaram sua cren-ça no Espiritismo e ignoraramos preconceitos da época. Noentão curso primário, atual-mente denominado ensino fun-damental, recorda-se de quan-do era convidado, aos seis anosde idade, a retirar-se da aula dereligião: “na verdade uma liçãode Catolicismo”. Págs. 8 e 9

Associação dos Divulgadores doEspiritismo de Pernambuco(ADE-PE), surgem quando aspessoas passam a questionar osproblemas vivenciados em seusgrupos familiares ou sociais.“Existe uma necessidade de re-encarnarmos naquela família ounaquele grupo de amigos. Nossadificuldade em compreender aatitude de um ou de outro é nos-so primeiro grande desafio. Porisso a importância desse núcleofamiliar. Por isso recebemos essafamília corporal”, disse. Pág. 16

Sábado dia 28 de janeiro, HugoGonçalves, fundador e diretor d´OImortal, sofreu uma queda no bar-racão do Lar Infantil Marília Bar-bosa, em Cambé, e, em face doincidente, fraturou o fêmur.

Na segunda-feira dia 30, às 7horas da manhã, foi operado noHospital São Francisco, na mesmacidade, sendo levado em seguidapara a UTI do referido hospital.

Hugo Gonçalves foi operado,mas se recupera bem

No momento em que esta ediçãofoi encerrada, na tarde de terça-feiradia 31, a previsão é de que nossoconfrade teria alta na quarta-feira dia1o de fevereiro, para cumprir, em suaprópria casa, o período de convales-cença pós-operatória, o que vem aoencontro do desejo de seus familia-res, de seus amigos e de todos nósque fazemos parte da Equipe de Re-dação deste periódico.

Elsa Rossi, escritora e palestran-te brasileira radicada em Londres,diretora do Departamento de Uni-ficação para os Países da Europa,

Crônicas de Além-Mar, de Elsa Rossi, faz sua estréiaorganismo do Conselho EspíritaInternacional, vice-presidente doSpiritist Group of Brighton, direto-ra do Departamento de Eventos da

British Union of Spiritist Societies(BUSS) e editora do Boletim SGB,dá início neste número às suas“Crônicas de Além-Mar”. Pág. 12

Maria HelenaMarcon,presidentereeleita daFederaçãoEspírita doParaná

O médium Eurípedes Kühl, que psicografouUma partida de amor

A Revue Spirite há 140 anos ...... 15Aiglon Fasolo ........................... 10Bezerra de Menezes .................. 10Clássicos do Espiritismo .............5Crônicas de Além-Mar .............. 12De coração para coração .............4Divaldo responde ........................5Editorial ......................................2Emmanuel ..................................2Espiritismo para as crianças ........6Estudando as obras de AndréLuiz .......................................... 12Grandes vultos do Espiritismo .. 11Jane Martins Vilela .....................7Joanna de Ângelis .......................2João Zamoner .............................7Palestras, seminários e outroseventos ..................................... 14João Zamoner ........................... 13Um minuto com Chico Xavier .. 13

Ainda nesta edição

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O IMORTALPÁGINA 2 FEVEREIRO/2006

EditorialEMMANUEL

Desde que o comandante Ed-gard Armond publicou sua exce-lente obra “Pontos da Escola deMédiuns”, multiplicaram-se emnosso país os chamados cursos demediunidade, cujo apogeu se veri-ficou na década de 1970 com oCentro de Orientação e EducaçãoMediúnica (COEM), organizado eimplantado por uma equipe deconfrades liderados pelo dr. Ale-xandre Sech, do Centro EspíritaLuz Eterna, de Curitiba.

Pouco, porém, tem sido dito ul-timamente sobre as reais necessida-des do médium para que se torneum medianeiro seguro e confiável.

Claro que os autores espíritasjamais deixaram essa questão semresposta, como veremos nas linhasabaixo. Somos nós, os trabalhado-res da seara, que temos revelado atendência de reduzir a mediunida-de a uma mera questão técnica, es-quecidos do fator moral, inerenteà boa prática mediúnica.

Se, do ponto de vista do meca-nismo da comunicação, a mediu-nidade, em si mesma, não depen-de do fator moral, do ponto de vis-ta da assistência espiritual o fatormoral torna-se relevante.

Ninguém que se encontre emregime de exceção.

A vida, na Terra, é feita de ex-periências evolutivas, em que oprocesso de crescimento se fazatravés dos cursos educativos dossofrimentos.

Nem todas as tribulações, noentanto, são decorrência da impo-sição das divinas leis.

*Quando o Espírito se dá con-

O versículo de Lucas, aqui ano-tado, refere-se ao pai de família quecerrou a porta aos filhos ingratos.

O quadro reflete a situação dosreligiosos de todos os matizes queapenas falaram, em demasia, re-portando-se ao nome de Jesus. Nodia da análise minuciosa, quandoa morte abre, de novo, a porta es-piritual, eis que dirão haver “co-mido e bebido” na presença doMestre, cujos ensinamentos conhe-ceram e disseminaram nas ruas.

Comeram e beberam apenas.Aproveitaram-se dos recursosegoisticamente. Comeram e acre-ditaram com a fé intelectual. Be-beram e transmitiram o que havi-am aprendido de outrem. Assimi-lar a lição na existência próprianão lhes interessava a mente in-constante.

Conheceram o Mestre, é ver-dade, mas não o revelaram em seuscorações. Também Jesus conheciaDeus; no entanto, não se limitou aafirmar a realidade dessas relações.Viveu o amor ao Pai, junto dos ho-

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A primeira necessidade do médiumMédiuns moralizados contam

com o amparo de Espíritos elevados.E por médium moralizado referimo-nos ao medianeiro que pauta suaexistência como um autêntico ho-mem de bem, procurando ser umapessoa humilde, sincera, paciente,perseverante, bondosa, estudiosa,trabalhadora e desinteressada.

A primeira necessidade de ummédium é, pois, evangelizar-se a simesmo, antes de se entregar àsgrandes tarefas doutrinárias, pois deoutro modo poderá esbarrar semprecom o fantasma do personalismo,em detrimento de sua missão. Omédium eficiente é aquele trabalha-dor que melhor se harmoniza coma vontade do Pai Celestial, cultivan-do as qualidades que atraem osBons Espíritos e destacando-se pelocultivo sincero da humildade e dafé, do devotamento e da confiança,da boa vontade e da compreensão.

As qualidades que atraem osBons Espíritos, conforme lemosem “O Livro dos Médiuns”, cap.XX, item 227, são:

I. a bondadeII. a benevolênciaIII. a simplicidade do coraçãoIV. o amor ao próximo

V. o desprendimento das coi-sas materiais.

Os defeitos opostos a essas qua-lidades, evidentemente, afastam denós os Espíritos elevados, o queconstitui um obstáculo que o mé-dium consciente da importância desua faculdade tem de transpor.

A mediunidade não representaem si mesma nenhum mérito paraquem a possui, porque o seu apa-recimento independe, como vimos,da formação moral do indivíduo.Pessoas de comportamento moralduvidoso podem apresentar a fa-culdade mediúnica e sempre en-contrarão entidades espirituais quelhes secundem a vontade e o pen-samento, associando-se a elas narede de desequilíbrio.

Ser bom médium é cousa dife-rente, como Kardec explica na se-guinte passagem: “Ninguém pode-rá tornar-se bom médium se nãoconseguir despojar-se dos víciosque degradam a humanidade” (Re-vista Espírita de 1863, p. 213).“Todo homem – asseverou, em se-guida, o Codificador – pode tornar-se médium; mas a questão não é sermédium; é ser bom médium, o quedepende das qualidades morais.”

Um minuto com Joanna de Ângelista dos erros cometidos numa eta-pa, roga a bênção do recomeçosob o açodar dos sofrimentos queo aprimoram, ensinando-o a va-lorizar a oportunidade e a criarmelhores condições para o equi-líbrio futuro.

Entendendo a vida como umprocesso eterno de evolução, con-quista, numa oportunidade, o quenoutra não soube considerar e,quando tal ocorre, porque o amor

Comer e beber

mens. Ensinando a verdade, entre-gou-se à redenção humana, semcogitar de recompensa. Entendeuas criaturas antes que essas o en-tendessem, concedeu-nos supremofavor com a sua vinda, deu-se emholocausto para que aprendêsse-mos a ciência do bem.

Não bastará crer intelectual-mente em Jesus. É necessárioaplicá-lo a nós próprios.

O homem deve cultivar a me-ditação no círculo dos problemasque o preocupam cada dia. Os ir-racionais também comem e be-bem. Contudo, os filhos das naçõesnascem na Terra para uma vidamais alta.

“Então, começareis a dizer: Temos comidoe bebido na tua presença e tens ensinadonas nossas ruas.” – Jesus. (Lucas, 13-26.)

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JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros li-vros, de Receita de Paz (EditoraLEAL, 1984), do qual foi extraídoo texto acima.

EMMANUEL, que foi o men-tor espiritual de Francisco Cândi-do Xavier e coordenador da obramediúnica do saudoso médiummineiro, é autor, entre outros li-vros, de “Caminho, Verdade eVida” (FEB, 1948), de onde foiextraído o texto acima.

foi desdenhado, é no sofrimentoque se aprimora.

*As tribulações solicitadas cons-

tituem bênção que deve ser vividacom alegria, mediante o aprovei-tamento de cada instante, mesmoque, aparentemente, sob a rudezacausticante da agonia.

Noutras vezes, faz-se imperio-so expungir, e os soberanos códi-gos, ensejando a libertação docalceta que, renitentemente, se en-tregou ao desvario, convidam-noà reparação expiatória com queconquista a paz, mediante os exer-cícios mais dolorosos da angústiaou da limitação, das mutilações ouda saudade...

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O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 3

São de três ordens as provas da existência da reencarnação

As provas da reencarnação ba-seiam-se essencialmente no se-guinte:

• Na regressão de memória,que pode efetuar-se por força desugestão hipnótica ou da recorda-ção espontânea de existências an-teriores, sem que se identifiqueuma causa que a justifique; nesteúltimo caso, a recordação podedar-se tanto no sono comum comono estado de vigília.

• Nos ditados mediúnicos,em que o médium transmite re-velações sobre existências ante-riores, próprias ou de terceiros.

• Nas idéias inatas e nas cri-anças prodígios, fato que abaloue continua a abalar as bases cien-tíficas de hereditariedade.

As recordações espontâneas deexistências passadas foram objetode pesquisas realizadas, entre ou-tros, pelos professores H. N.Banerjee e Ian Stevenson. Profes-sor na Universidade de Virgínia(EUA), Stevenson é autor do livro“Vinte Casos Sugestivos de Reen-carnação”, em que relata experi-ências de pessoas que recordam es-pontaneamente episódios de exis-tências anteriores, espécie de fe-nômeno a que se deu o nome de“memória extracerebral”.

Secundariamente, não comoprova de sua existência, mascomo indício óbvio de sua anti-güidade no pensamento humano,a reencarnação é também ensina-da por diversas escolas filosófi-cas e religiosas – notadamente as

THIAGO BERNARDESDe Curitiba

orientais. Pitágoras, por exemplo,foi um dos seus defensores maisardorosos.

Alguns fatos registrados nosanais da história merecem ser aquilembrados, por constituírem tes-temunhos importantes em favor darealidade da reencarnação:

• Juliano, o Apóstata, lembra-va-se de ter sido Alexandre daMacedônia.

• O poeta Lamartine declaraem sua “Viagem ao Oriente” tertido reminiscências muitoclaras de suas existênciaspassadas.

• O escritor francês Meryrecordava-se de ter comba-tido na guerra das Gálias etambém na Germânia, quan-do então se chamara Minius.

• O sensitivo EdgarCayce, em transe mediúnico,revelava fatos de existênci-as anteriores das pessoas queo procuravam e dele mesmo.Cayce afirma que numaexistência imediatamenteanterior fora John Bainbrid-ge, nascido nas Ilhas Britâ-nicas em 1742.

A reencarnação étambém provada pelas

revelações espíritas

Pelo sono provocado atravésda hipnose, método muito usadoatualmente por médicos e psicó-logos para fins terapêuticos, têmsido obtidas grandes e numerosasprovas da reencarnação.

O psiquiatra inglês DenysKelsey relata em seu livro “Mui-

tas Existências”, escrito em parce-ria com sua esposa, o caso de umcliente, profissional liberal demeia-idade, afligido por persisten-te e invencível inclinação homos-sexual. Depois de aplicar os méto-dos clássicos da psicanálise, semnenhum resultado, numa sessão dehipnose, já pela décima quarta con-sulta, o paciente começou a des-crever episódios de uma existên-cia vivida entre os hititas, quando,na qualidade de esposa de um dos

chefes da época, acostumada aoluxo, exercera grande poder sobreo marido. Os hititas habitaram aSíria setentrional por volta de 1900a.C. Quando a beleza física se foie o marido deixou de interessar-sepor ela, o choque emocional foimuito forte para a sua naturezaapaixonada. Tentando atrair terrí-veis malefícios sobre seu esposo,ela pediu a um sacerdote de Baalque o amaldiçoasse; mas acabouassassinada, levando para o Além

Como exemplos de provas dareencarnação por meio de dita-dos mediúnicos, Gabriel Delan-ne, em seu livro “A Reencarna-ção”, menciona vários casos. Eisum deles, que lhe foi relatadopelo Sr. E. B. de Reyle, por meiode uma carta:

“Em agosto de 1886 – escre-

Em sua obra, Gabriel Delanne refereinúmeras provas da reencarnação

veu o Sr. de Reyle -, fizemos umasessão de evocação, no curso daqual se apresentou, a princípio pelatiptologia, e depois, a nosso pedi-do, pela escrita medianímica, umaentidade que meus pais perderam,ainda de pouca idade...

“Assegurava esperar, para re-encarnar-se, o nascimento do meu

toda a frustração da sua humilhan-te posição de esposa orgulhosa edesprezada. Ao que parece, dedu-ziu o dr. Kelsey, o episódio estavarepercutindo na existência atual, naqual a mesma pessoa experimen-tava inclinação homossexual.

A doutrina da reencarnaçãoestimula o progressocoletivo e individual

Allan Kardec perguntou aosEspíritos Superiores: “Quala origem das faculdades ex-traordinárias dos indivíduosque, sem estudo prévio, pa-recem ter a intuição de cer-tos conhecimentos, o das lín-guas, do cálculo, etc.?” OsEspíritos responderam:“Lembrança do passado;progresso anterior da alma,mas de que ela não tem cons-ciência. Donde queres quevenham tais conhecimen-tos? O corpo muda, o Espí-rito, porém, não muda, em-bora troque de roupagem”.Nessa citação encontramosmais uma prova da reencar-

nação: a das idéias inatas. A His-tória nos revela inúmeros exem-plos de gênios, de sábios, de ho-mens valorosos cujos pais, oumesmo seus filhos, não foramgrandiosos como eles.

Alguns desses Espíritos foramna Terra o que costumamos cha-mar de meninos prodígios, cujotalento conseguiu pôr em dúvidaas leis da hereditariedade. Eviden-temente, o Espiritismo não nega ahereditariedade física ou genética,

mas repele a idéia de que existauma herança moral ou intelectualtransmissível de pais para filhos.De fato, sabemos que vários sábi-os nasceram em meios obscuros,como é o caso de Augusto Comte,Espinosa, Kleper, Kant, Bacon,Young, Claude Bernard etc., en-quanto homens de valor tiveramcomo descendentes pessoas co-muns ou mesmo medíocres.Péricles, por exemplo, procrioudois tolos. Sócrates e Temístoclestiveram filhos indignos de seus no-mes, e os exemplos não param poraí, porque são muitos e conhecidos.

Ante as provas mencionadas,a tese da reencarnação mostra seruma doutrina renovadora, porqueestimula o progresso individual e,conseqüentemente, o coletivo. Areencarnação revela-nos o que fo-mos, o que somos e o que seremos,e constitui o instrumento por ex-celência da lei do progresso e daaplicação da lei de causa e efeito.

A doutrina das vidas sucessi-vas – ao contrário da crença de quesomos condenados a uma penaeterna depois de uma única opor-tunidade na vida – satisfaz, pois,todas as aspirações de nossa alma,que exige uma explicação lógicado problema do destino. E, o queé inegavelmente mais importante,ela se concilia perfeitamente coma idéia de que existe uma Provi-dência divina, ao mesmo tempojusta e boa, que não pune nossasfaltas com suplícios eternos, masque nos enseja, a cada instante, opoder de reparar nossos erros, ele-vando-nos na escala evolutiva gra-ças aos nossos próprios esforços.

primeiro filho, especificandoque seria rapaz e viria dentro de18 meses. Não se esperava umacriança. Ora, em fevereiro de1888, nascia o nosso filho maisvelho, que recebeu o nome deAllan, na data prevista, com osexo predito.” (Thiago Bernar-des)

Gabriel Delanne, autor do livro “A Reencarnação”, em queapresenta argumentos e provas da existência da reencarnação

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O IMORTALPÁGINA 4 FEVEREIRO/2006

O assunto aqui ventilado no mêspassado suscitou da parte de umajovem mãe a seguinte questão: “Porque é tão importante cuidar da evan-gelização de nossas crianças?”

É conhecida a posição de Kar-dec, o Codificador do Espiritismo,com relação ao ensino moral con-tido no Evangelho: “Diante dessecódigo divino, a própria increduli-dade se curva. É o terreno em quetodos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos po-dem abrigar-se, por mais diferen-tes que sejam as suas crenças, por-que nunca foi objeto de disputasreligiosas, sempre e por toda parteprovocadas pelos dogmas”. (Cf. OEvangelho segundo o Espiritismo,Introdução, item I.)

Depois destas sábias palavras,Kardec asseverou: “Para os ho-mens, em particular, é uma regrade conduta, que abrange todas ascircunstâncias da vida privada e

pública, o princípio de todas as re-lações sociais fundadas na maisrigorosa justiça. É, por fim, e aci-ma de tudo, o caminho infalível dafelicidade a conquistar, uma pontado véu erguida sobre a vida futu-ra”. (Idem, ibidem.)

Aí está, pois, o ponto centralda resposta à pergunta formulada.Evangelizar uma pessoa é ensinar-lhe o caminho que leva à paz, àharmonia, à felicidade possível nomundo em que vivemos. E quan-do tal tarefa deve começar? A res-posta a esta dúvida é também pordemais conhecida: na infância,esse período da existência corpóreaque Emmanuel assim conceituou:“A juventude pode ser comparadaa esperançosa saída de um barcopara uma longa viagem. A velhiceserá a chegada ao porto. A infân-cia é a preparação”.

Os Espíritos Superiores nosensinam que, encarnando-se com

o objetivo de se aperfeiçoar, o Es-pírito durante a infância “é maisacessível às impressões que rece-be, capazes de lhe auxiliarem oadiantamento, para o que devemcontribuir os incumbidos de educá-lo”. As crianças são os seres “queDeus manda a novas existências”.“Para que não lhes possam impu-tar excessiva seriedade, dá-lhestodos os aspectos da inocência.Julgando os seus filhos bons e dó-ceis, os pais lhes dedicam toda aafeição e os cercam dos mais mi-nuciosos cuidados. A delicadeza daidade infantil os torna brandos,acessíveis aos conselhos da expe-riência e dos que devem fazê-losprogredir. É na fase infantil que selhes pode reformar o caráter e re-primir as suas más tendências. Esseé o dever que Deus confiou aospais, missão sagrada pela qual te-rão de responder.” (Cf. O Livro dosEspíritos, questões 383 e 385.)

Examinando o assunto, Emma-nuel adverte: “O período infantil éo mais sério e o mais propício à as-similação dos princípios educativos.Até os sete anos, o Espírito aindase encontra em fase de adaptaçãopara a nova existência. Ainda nãoexiste uma integração perfeita en-tre ele e a matéria orgânica. Suasrecordações do plano espiritual são,por isto, mais vivas, tornando-semais suscetível de renovar o cará-

De coração para coraçãoASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO

De Londrina

Resposta a uma jovem mãe preocupada

O Espiritismo respondeElizabeth indaga-nos: “Se

existem no Universo muitos pla-netas habitados, há intercâmbioentre eles?”

Um dos princípios fundamen-tais do Espiritismo é o da plura-lidade dos mundos habitados. Naobra da criação, entre os mundosdestinados à encarnação de Espí-ritos em estágio probatório ouexpiatório encontra-se a Terra,uma das inumeráveis habitaçõesdo ser humano. Evidentemente,há muitos outros mundos queabrigam humanidades semelhan-tes à nossa, não sendo o homemterreno o único ser dotado de in-teligência, racionalidade e sensomoral no Universo imenso.

Criado simples e ignorante, do-tado de liberdade e inclinado tantopara o bem quanto para o mal, falí-vel portanto, o Espírito sujeita-se aencarnar e a reencarnar, experimen-tando múltiplas existências corpo-rais na Terra e em outros planetas,tantas quantas forem necessárias àsua depuração e progresso.

Esse processo realiza-se pormeio das migrações dos Espíritos,isto é, da alternância das existên-cias humanas nos dois planos davida: o plano físico e o extrafísico

ou espiritual. Todo Espírito encar-nado, enquanto seu corpo temvida, encontra-se fixado ao mun-do em que encarnou. Desencarna-do, passa à condição de Espíritoerrante, alguém que ainda neces-sita de novas experiências reencar-natórias para depurar-se e progre-dir. No estado de erraticidade oEspírito continua vinculado aomundo onde tem de reencarnar,mas, não estando a ele jungido pelocorpo físico, é mais livre e podemesmo visitar outros mundos, coma finalidade de instruir-se.

As migrações de Espíritos po-dem ocorrer também entre mundosdiferentes, ou seja, podem os Es-píritos emigrar de uns para outrosplanetas. Uns emigram por forçado progresso realizado, que os ha-bilita a ingressar em um mundomais adiantado; outros, ao contrá-rio, são banidos do mundo a quepertencem, por não haverem acom-panhado o progresso moral atingi-do pela humanidade desse mundo.O exílio que lhes é imposto consti-tui verdadeiro castigo. Foi um fatodessa ordem que deu origem à raçaadâmica, constituída de Espíritosexilados de um planeta distantevinculado à estrela Capela.

Nas orações a seguir reprodu-zidas existem erros. Veja em segui-da, entre parênteses, as construçõescorretas:

1. O homem sentou na mesapara comer. (“O homem sentou-se à mesa para comer.”)

2. A temperatura chegou azero graus. (“A temperatura che-gou a zero grau.”)

3. Se eu ver o João, darei-lhea notícia. (“Se eu vir o João, dar-lhe-ei a notícia.”)

4. Eu quero que o mundoexpluda. (“Eu quero que o mundose arrebente.”)

5. Francisca já foi comunica-da da decisão. (“Francisca já foiavisada da decisão.”)

Pílulas gramaticais6. O ingresso é gratuíto. (“O

ingresso é gratuito.” Leia-se: gra-tui-to.)

7. Maria irradia bons fluídos.(“Maria irradia bons fluidos.”Leia-se: flui-dos.)

8. Não vislumbrei ali qual-quer risco. (“Não vislumbrei alinenhum risco.”)

9. A feira inicia amanhã. (“Afeira se inicia amanhã.”)

10. Ele tem chego sempreatrasado. (“Ele tem chegado sem-pre atrasado.”)

11. A mulher deu a luz a trêscrianças. (“A mulher deu à luz trêscrianças.”)

*Com relação à pronúncia, ob-

serve que nos vocábulos seguintesa letra “x” tem som de “ks”, comona palavra anexo:

1. afluxo2. clímax3. ex-libris4. fluxo5. hexacampeão6. índex7. intoxicar8. léxico9. máxime10. ônix11. prolixo12. proxeneta (nê)13. refluxo14. saxofone15. tóxico.

ter e estabelecer novo caminho. Pas-sada a época infantil, atingida amaioridade, só o processo violentodas provas rudes, no mundo, poderenovar o pensamento e a concep-ção das criaturas, porquanto a almaencarnada terá retomado o seu pa-trimônio nocivo do pretérito e rein-cidirá nas mesmas quedas, se lhefaltou a luz interior dos sagradosprincípios educativos”. (Cf. O Con-solador, pergunta 109.)

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O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 5

Clássicos do Espiritismo

A Alma é Imortal (Parte 1)

ANGÉLICA REISDe Londrina

Iniciamos neste número a pu-blicação do texto condensado daobra A Alma é Imortal, de GabrielDelanne, traduzida por GuillonRibeiro e publicada pela Editorada FEB. As páginas citadas refe-rem-se à 6a edição.

*1. A ciência espírita prova que

a alma não é uma entidade ideal,uma substância imaterial sem ex-tensão, mas sim que é provida deum corpo sutil, onde se registramos fenômenos da vida mental e aque foi dado o nome de perispírito.O “eu” pensante é inteiramentedistinto do seu envoltório, masEspírito e perispírito são insepa-ráveis um do outro. (Pág. 12)

2. Foi pela observação que osespíritas descobriram a existênciado perispírito. Aliás, os magneti-zadores já haviam chegado à mes-ma conclusão, valendo-se de ou-tros métodos. Assim é que, segun-do Billot, Deleuze e Cahagnet, aalma conserva, após a morte, umaforma corporal que a identifica,observação confirmada pelos mé-diuns videntes. (Pág. 14)

3. As narrativas dos sonâmbu-los e dos videntes têm grande va-lor, mas não nos dão uma provamaterial. Eis por que os espíritasfizeram todos os esforços por ob-ter a prova inatacável e o conse-guiram: as fotografias de Espíri-tos desencarnados, as impressõespor estes deixadas em substânciasmoles ou friáveis, e as moldagensde formas perispirituais. (Pág. 14)

4. Esse caminho foi aberto pe-los fenômenos de desdobramentodo ser humano, denominados porvezes de bicorporeidade Há nomomento mais de dois mil fatos,bem verificados de aparições de

vivos, mas os pesquisadores não selimitaram a observá-los e chegarama reproduzi-los experimentalmen-te. (Pág. 15)

5. Descobriu-se, por fim, que oorganismo fluídico contém todas asleis organogênicas pelas quais ocorpo se forma, o que explica comoa forma típica de um indivíduopode manter-se durante a vida toda,sem embargo da renovação inces-sante de todas as partes do corpomaterial. (Pág. 16)

6. A natureza íntima da almaainda nos é desconhecida. Quandodizemos que ela é imaterial, deve-mos entender essa expressão emsentido relativo e não absoluto,porquanto a imaterialidade com-pleta seria o nada. Ora, a alma ouo espírito é alguma coisa que pen-sa, sente e quer. Assim, quando aqualificamos de imaterial, quere-mos dizer que sua essência diferetanto do que conhecemos fisica-mente, que nenhuma analogiaguarda ela com a matéria. (Pág. 17)

7. O corpo espiritual reproduz,quase sempre, o tipo que o Espíri-to apresentava na sua última encar-nação e é provavelmente a essa se-melhança que se devem as primei-ras noções acerca da imortalidade.(Pág. 18)

8. Em todas as partes do glo-bo, mesmo entre os indígenas, asobrevivência do ser pensante éunanimemente afirmada. Remon-tando aos mais antigos testemu-nhos que possuímos - isto é, aoshinos do Rigveda - vemos que oshomens que viviam nas faldas doHimalaia, no Sapta Sindhu, ti-nham intuições claras sobre oalém da morte. (Pág. 19)

9. As modernas experiênciassobre os Espíritos que se deixamfotografar ou se materializam mos-tram que o perispírito é uma reali-dade física, tão inegável como o

corpo material. Ora, era essa acrença dos antigos habitantes damargem do Nilo e constitui fatodigno de nota que, no alvorecer detodas as civilizações, topemos comcrenças fundamentalmente seme-lhantes. (N.R. Esta obra surgiulogo após A Evolução Anímica,que é de 1895.) (Pág. 21)

10. No Egito, antes mesmo dasprimeiras dinastias históricas, sur-giu a idéia de que somente “umaparte do homem” ia viver segundavida. Não era uma alma, era umcorpo, diferente do primeiro, masproveniente deste, embora maisleve, menos material. Esse corpo,quase invisível, saído do primeirocorpo mumificado, estava sujeitotambém a todos os reclamos daexistência: era preciso alojá-lo,nutri-lo, vesti-lo. Sua forma, nooutro mundo, reproduzia - pela se-melhança - o primeiro corpo. É oka, o duplo, ao qual, no antigo Im-pério - 5004 a 3064 a.C. -, se pres-tava o culto aos mortos. (Pág. 22)

11. Pelos fins da 18a dinastia -3064 a 1703 a.C. - os sacerdotesconceberam um sistema em quecoubessem essa e outras hipótesesformuladas sobre esse tema. A pes-soa humana foi tida, então, comocomposta de quatro partes: o cor-po material, o duplo (ka), a subs-tância inteligente (khou) e a essên-cia luminosa (ba ou baí). Essasquatro partes reduziam-se, no en-tanto, a duas, visto que o duplo (ka)era parte integrante do corpo ma-terial durante a vida, e a essêncialuminosa (ba) se achava contida nasubstância inteligente (khou). Aimortalidade da alma substituía,assim, a imortalidade do corpo, quefora a primeira concepção egípcia.(Págs. 22 e 23)

12. Na China, o culto dos Es-píritos se impôs desde a mais re-mota Antigüidade. Confúcio res-

Do livro Diretrizes de Segurança, 3a edição, pergunta 73,obra publicada pela Editora Fráter, de Niterói-RJ.

Divaldo responde– Para a aplicação do passe,

o médium deve resfolegar, ge-mer, estalar os dedos, soprar rui-dosamente, dar conselhos?

Divaldo P. Franco – Sóquando ele estiver cansado é quetal se dará. Todo e qualquer pas-se, como toda técnica espírita, secaracteriza pela elevação, peloequilíbrio. Se uma pessoa cortêsse esforça para ser gentil na vidanormal, por que, na hora dasquestões transcendentais, deve-rão permitir-se desequilíbrios? Seé um labor de paz, não há razão

para que ocorram desarmonias ouse dêem conselhos mediúnicos.

Se se trata, porém, de aconse-lhamento mediúnico, não se jus-tificará que haja o passe. É neces-sário situar as coisas nos seus de-vidos lugares. A hora do passe éespecial. Se se pretende adentrarem conselhos e orientações, tome-se de um bom livro e leia-se, por-que não pode haver melhores di-retrizes do que as que estãoexaradas em O Evangelho segun-do o Espiritismo e nas obras sub-sidiárias da Doutrina Espírita.

peitou essas crenças e, certo dia,entre os que o cercavam, admirouumas máximas - escritas 1.500anos antes - sobre uma estátua deouro, no Templo da Luz, sendouma delas a seguinte: “Falando ouagindo, não penses, embora teaches só, que não és visto, nemouvido: os Espíritos são testemu-nhas de tudo”. (Pág. 23)

13. Na China de então se acre-ditava que os céus eram povoados,como a Terra, não apenas pelosgênios, mas também pelas almasdos homens que neste mundo vi-veram. A par do culto dos Espíri-tos, estava o dos antepassados, quetinha por objeto, além de conser-var a lembrança dos avós e de oshonrar, atrair a atenção deles paraos seus descendentes, que lhes pe-diam conselhos em todas as cir-cunstâncias importantes da vida.(Pág. 23)

14. A natureza da alma era bemconhecida dos chineses. Confúcioatribuía aos Espíritos um envoltó-rio semimaterial, um corpo aerifor-

me. Quando o budismo penetrouna China, assimilou-lhe as antigascrenças e continuou as relaçõesestabelecidas com os mortos.(Pág. 24)

15. O Sr. Estanislau Julien nar-ra assim a aparição do Buda, de-vida a uma prece feita por Hiuen-Thsang, que viveu por volta doano 650 d.C.: “Tomado de alegriae de dor, recomeçou ele as suassaudações reverentes e viu brilhare apagar-se qual relâmpago umaluz do tamanho de uma salva. En-tão, num transporte de júbilo eamor, jurou que não deixaria aque-le sítio sem ter visto a sombraaugusta do Buda. Continuou aprestar-lhe suas homenagens e, aocabo de duzentas saudações, tevede súbito inundada de luz toda agruta e o Buda, em deslumbrantebrancura, apareceu, desenhando-se-lhe majestosamente a figurasobre a muralha”. “Ofuscante ful-gor iluminava os contornos da suaface divina.” (Pág. 24)(Continuano próximo número.)

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O IMORTALPÁGINA 6 FEVEREIRO/2006

MENTIRA TEMPERNA CURTA

Pedrinho era um menino mui-to peralta. Sempre que estava qui-eto, sua mãe já sabia que estavaplanejando alguma arte.

Além de levado, Pedrinho tam-bém era mentiroso.

Sempre que surpreendido fa-zendo uma das suas, inventava asmaiores mentiras para se livrar darepreensão. Dotado de bastanteimaginação, Pedrinho criava his-tórias para justificar o que tinhaacontecido; geralmente jogava aculpa por cima de Clarinha, airmã mais velha, adolescente.

Certo dia, Bilú, um belocãozinho de pêlo claro e gran-des orelhas marrons, apareceutodo coberto de manchas oleo-sas e alaranjadas. Inconformado,o animalzinho tentava se limpar,passando, desesperadamente, alíngua pelo corpo, mas sem re-sultado.

Quando Julieta, a mãe dePedrinho, viu o cachorro triste,deprimido e cansado, balançou acabeça, pensando: Isso é arte doPedrinho.

Imediatamente chamou o me-nino.

— Pedrinho! O que foi quevocê fez com o Bilú?

— Eu? Nada, mamãe. O queaconteceu? — respondeu ele coma maior tranqüilidade.

— Não minta, meu filho. Vejacomo o Bilú está. Coitadinho!

E mostrou o cão ao menino.— O que foi que você passou

nele?— Não fui eu, mamãe. Foi a

Clarinha que passou óleo no pêlodele! Aquele que a senhora usa

para limpar os móveis! — justifi-cou-se.

— Não minta, Pedrinho. Suairmã está na casa da vovó desdeontem, esqueceu? E ela não fariauma coisa dessas.

O menino revirou os olhos,como sempre fazia quando estavamentindo, e sugeriu:

— Então, acho que foi ele mes-

mo que pegou no armário.— O Bilú? Como ele faria isso?

— perguntou a mãe fazendo carade quem não acreditou.

— Bem, acho que o Bilú subiuno banco, abriu a porta do armá-rio, tirou a tampa do vidro e pas-sou óleo no corpo todo.

— É isso mesmo o que vocêquer que eu acredite, Pedrinho? —retrucou a mãe, muito séria.

O menino baixou a cabeça, en-vergonhado. Sabia que sua histó-ria não tinha colado.

— Está bem, mamãe. Fui euque passei óleo nele. Queria ver oBilú com os pêlos brilhantes ebronzeados, como a Clarinha fazquando toma sol.

— Ainda bem que resolveu di-zer a verdade, meu filho. Mentiraé coisa muito feia. Quem mentefica desacreditado. Chega umahora em que ninguém mais confianele. A verdade pode ser difícilnum primeiro momento, mas quan-do a gente enfrenta, o alívio é mui-to grande. Quem está com a cons-ciência tranqüila nada tem a temer.Entendeu?

Pedrinho balançou a cabeça,concordando.

— E agora, meu filho, o quevocê acha que deve fazer?

— Bem, a senhora sem-pre diz que quando a genteerra precisa reparar o malque fez.

— Isso mesmo, meu fi-lho. Só que, dependendo doerro, não temos comorepará-lo naquele momento.Por exemplo: se você tives-se passado algum produtoque causasse dano à saúde

do Bilú, ele poderia ficar doente etalvez até viesse a morrer!

O menino estava a ponto dechorar, percebendo o mal que po-deria ter causado.

— A senhora tem razão. Vouser mais responsável. Afinal, já te-nho quase oito anos. Qual será omeu castigo?

— Não vou lhe dar castigo,

Você sabe, meu amiguinho,como se faz a higiene da alma?

Manter a higiene do corpo émuito importante para nossa saúdee para o bem-estar do organismo.

Tomar banho todos os dias,escovar os dentes, lavar as mãosdepois de usar o banheiro, antesdas refeições ou sempre que esti-verem sujas, é essencial para nãosermos surpreendidos por doen-ças transmitidas por bactérias,vermes e outros agentes nocivos.

Todavia, a gente esquece deque a higiene da alma é tão impor-tante quanto a higiene do corpo.

Então, como fazer a higieneda alma?

Para lavar a alma deixando-abem limpinha, são necessáriosalguns cuidados. Por exemplo:

Você deve ter bons pensamen-tos, não guardar raiva nem rancor,não brigar com os amiguinhos, nãoser agressivo com ninguém, res-peitar a todos, não ser egoísta, nemorgulhoso e muito mais.

Para manter a boca limpa, nãobasta escovar os dentes, é precisousar a palavra sempre para o bem,não falar mal de ninguém, nãodizer palavrões, xingamentos oumentiras.

Para que os “ouvidos da alma”estejam limpos, deve procurarsempre escutar o melhor, não con-servando o “lixo” dos comentári-os maldosos e negativos que che-guem a seus ouvidos.

Seus olhos estarão limpos seprocurar enxergar o lado bom de

tudo o que ocorra a seu redor, evi-tando ver o lado negativo daspessoas e dos acontecimentos.Ler um livro, estudar, é muitoimportante para manter um am-biente saudável.

Para manter as mãos limpas,não basta a água, precisa usá-laspara o bem, auxiliando os maisnecessitados, como ajudar umidoso a atravessar a rua, guiar umcego, repartir tudo o que tem emexcesso; plantar uma semente ecuidar para que ela se desenvol-va; escrever uma carta, fazer ca-rinho em alguém (seja gente ouanimal), cuidar do cãozinho oudo gato da família, ajudar a ma-mãe nas tarefas caseiras. Tudoisso e muito mais você pode fa-zer, valorizando o dia e acrescen-tando felicidade em sua vida.

Você pode estar com o corpolimpo e cheiroso, e conservar aalma suja e escura, que não é doseu interesse.

Jesus, nosso Amigo Maior,ensina que a verdadeira pureza éa da alma.

Então, meu amiguinho, pro-cure manter a limpeza do corpoe a limpeza da alma. Quando issoacontecer, todo o seu corpo seráresplandecente de luz.

Especialmente agora quevocê já teve férias, descansou evai voltar às aulas, faça planospara mudar seu comportamento,valorizando o propósito de reali-zar o melhor neste ano que ape-nas começa.

HIGIENE DA ALMA

meu filho. Quero que você pensee decida o que deve fazer.

— Obrigado, mamãe. Confieem mim. Vou cuidar do Bilú.

Pedrinho afastou-se correndo e,dez minutos depois, a mãe olhoupela janela e viu o menino no quin-tal dando banho no cãozinho, queparecia bem mais feliz e satisfeito.

Depois de lavar, secar e pente-ar o cachorro de estimação, Pedri-

nho levou-o para sua mãe ver. Omenino estava contente, com ex-pressão mais compenetrada e maismadura.

— A partir de hoje, mamãe, voucuidar muito bem do meu amigoBilú. E prometo também que nãovou mais mentir para a senhora oupara qualquer outra pessoa.

TIA CÉLIA

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O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 7

Eu fui convidado e agora o convido

Prontamente aceitei o convi-te e, com grande satisfação, ago-ra estou colaborando na macro-divulgação de um conjunto deobras de luz.

Em outras palavras: Estou meempenhando para que, cada vezmais, mais e mais pessoas to-mem conhecimento da existên-cia dessas importantes e úteisobras, e assim possam ter aces-so a elas.

Agora sou eu quem o con-vida.

Participe da macrodivulga-ção dessas obras de luz! Masadianto que essa colaboração queora lhe peço

- Não é financeira!- Não lhe exigirá muito es-

forço!- E, sim, precisará apenas de

um pouquinho do seu tempo!

Justificativa - O amigo e es-critor baiano Francisco de Car-valho, desde 1969, é autor emantenedor de um Projeto Cul-tural de porte, que compreendemuitas obras importantes, práti-cas e úteis, em grande parte járealizadas, tais como livros, cur-sos, textos, etc.

Você pode ver algumas des-sas obras no “carro-chefe” des-se Projeto Cultural, o site Porta-Luz: www.portaluz.com.br.

Ocorre que, devido à AU-SÊNCIA DE DIVULGAÇÃOEM LARGA ESCALA, essasobras enfrentam dificuldadesmateriais de várias espécies,por exemplo, os três livros es-gotados ainda não foram pu-blicados, os mais de dez li-vros inéditos ainda não forampublicados, o 2° CD de medi-tações ainda não foi publica-do, etc.

Entretanto, facilmente pode-mos compreender que, quandoesse site PortaLuz for conheci-do e visitado diariamente pormuitas e muitas pessoas, todasessas obras serão conhecidas EMLARGA ESCALA.

Conseqüentemente:Por um lado, cada vez mais,

mais e mais pessoas conhece-rão e terão acesso àquelas obrasde luz.

Por outro lado, logo surgi-rão os meios e os recursos ma-teriais para aqueles livros esgo-tados serem reeditados, paraaqueles livros inéditos serempublicados, para aquele 2° CDde meditações ser publicado,para o site PortaLuz aumentare aprimorar o seu já vasto con-teúdo, etc.

A divulgação em questão,embora realmente seja em gran-de escala, é muito simples, e atéfácil e rápida de executar, maspode ser plenamente eficaz. Doque se trata?

É simplesmente produzir con-tínuos e crescentes efeitosmultiplicadores de visitas diári-as ao site PortaLuz.

Como facilmente podemosconcluir, os demais benefícios se-rão conseqüências diretas dessacontinua e crescente visitação di-ária ao site PortaLuz.

Como colaborar? - Por maisincrível que pareça, basta vocêfazer duas coisas simples, porémmuito eficazes:

1 - Selecione internautas(amigos, colegas, parentes, etc.)nos quais você identifique poten-cial boa vontade para colaborarcom essa macrodivulgação dosite Portaluz.

2 - Envie para eles, de prefe-rência através de e-mails indivi-duais (um para cada pessoa) umamensagem semelhante ou iguala esta que lhe enviei.

Sugestão: Selecione e copieeste texto e cole-o em cada men-sagem que você enviar para aque-las pessoas que você selecionou.

Pronto! Basta fazer isto,apenas isto, para você DARPARTIDA nessa bendita “cor-rente de luz” que - se assim fora vontade de Jesus - nunca sequebrará, e sim, diariamente,continuamente, se expandirácada vez mais.

Em outras palavras, bastavocê enviar mensagens (iguaisou semelhantes a esta) para aque-las “n” pessoas de boa vontadeque você selecionou. Pronto!Você acabou de fazer a sua par-te! A partir dai:

Aquelas “n” pessoas visita-

JOÃO ZAMONERDe Rio Claro

A reencarnação e a compre-ensão da justiça divina, que fa-cultam ao Espírito vencer ares-tas aparando defeitos, adquirin-do virtudes nas experiências quevivencia e crescendo em amor esabedoria, dão àquele que temesse conhecimento uma sensa-ção de paz frente aos embatesda vida e a certeza do jugo sua-ve e do fardo leve, se embasadona vivência cristã genuína.

Referente a esse fato, pude-mos observar isso numa senho-ra muito simples, assistida pornossa Casa espírita. Há algunsdias ela nos pediu para conver-sar em particular e contou-nosum problema familiar, que elacompreende com serenidade porreceber a orientação espírita.Uma netinha sua de um ano emeio não anda, não sustenta ocorpo e não tem o desenvolvi-mento normal para a idade. Fazfisioterapia e já passou por vári-os médicos, sem resultados. O

Justiça divinapai da menina, revoltado, se en-trega à violência, blasfemando,reclamando, gritando. A pequenacriança tem se assustado muitasvezes e entrado no choro sem mo-tivo aparente. A avó compreendeque ela está sendo assediada porcobradores do passado ou porEspíritos que estão acompanhan-do o pai na sua rebeldia, dado oseu inconformismo.

Situações de sofrimento, do-res acerbas ainda grassam inten-samente na Terra. Não haveriajustiça se houvesse apenas umaúnica existência. A reencarnaçãoadquire uma lógica irretorquívelquando se analisa a desigualda-de que há em toda a parte, tantomoral quanto econômica, quan-to na saúde dos indivíduos. So-mente crescendo no conhecimen-to e no amor e chegando à pleni-tude do amor é que, de fato, ha-veremos de ver a felicidade im-perar na Terra, mas é possívelnão ser infeliz quando se com-preende o porquê da dor.

Essa senhora que nos contouseu caso é uma entre milhares

de outros que passam por so-frimentos inenarráveis, mas elasorri, tem esperança, tem a no-ção da Justiça Divina, encaraa dor de sua neta como umabendita oportunidade de cres-cimento, e se prontifica aajudá-la no que for possível, aamar sempre.

Bendito o momento em quea luz do Espiritismo se derra-mou sobre a Terra, a partir dosublime comando do Cristo,que designou o insigne profes-sor Allan Kardec para codificá-lo e dar-lhe direção!

O Espiritismo é luz bendita!Que o espírita aproveite

muito a presença dessa luz emsua vida e deixe-a brilhar emsua conduta e em seus olhos,vivenciando o que aprende,pois oportunidade como essaque desfruta agora não sabemosquando voltará!

Aproveitemos o máximopara que essa justiça venhasempre a nos encontrar pacifi-cados pela conduta reta e o ca-ráter nobre.

JANE MARTINS VILELADe Cambé

rão o site PortaLuz, e em segui-da repassarão aquelas mensa-gens (que você lhes enviou)para outras “x” outras pessoasde boa vontade.

Aquelas “x” pessoas visita-rão o site PortaLuz, e em segui-da repassarão aquelas mensa-gens para “y” outras pessoas deboa vontade.

Aquelas “y” pessoas visitarãoo site PortaLuz, e em seguida re-passarão aquelas mensagens para“z” pessoas de boa vontade, asquais farão a mesma coisa.

E assim por diante! Diaria-

mente! Continuamente!

Conclusão - Antecipadamen-te eu lhe agradeço! Eu faço istotambém em nome:

a) Do site PortaLuz e das de-mais obras em questão que - gra-ças a esta sua colaboração fra-terna e solidária - cada vez maispoderão ser mais e mais úteis amais e mais pessoas.

b) Das muitas e muitas pes-soas que - graças a esta sua cola-boração fraterna e solidária - fi-nalmente poderão conhecer e teracesso a essas obras de luz!

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Um simples desejo de vin-gança fermentando na consci-ência de alguém é suficientepara levar essa pessoa, em es-pírito, aos lugares mais tene-brosos da espiritualidade. Sem-pre é bom lembrar que o sonoé um verdadeiro portal para ooutro lado da vida. Dependen-do da nossa condição moral – edos nossos desejos – somos“guinchados” a lugares quenem a imaginação mais fértil écapaz de idealizar... Esse foi ocaso de Leônidas, um jovemdesatento que esbanjou suamaior fortuna – seu carisma,magnetismo de uma personali-dade fascinante –, usada para arealização de desejos egoístas.De repente, Leônidas, mais co-nhecido por Leo, está envolvi-do “até o pescoço” com espíri-

tos vingadores. Essa é a tramade Uma partida de amor (vejacapa), lançamento da Petit Edi-tora, romance do Espírito Josué,psicografado pelo escritor, pes-quisador e médium EurípedesKühl, conceituado estudioso dosfenômenos mediúnicos.

O romance – Desejando vin-gar-se, Leônidas, um inveteradojogador de xadrez, é conduzidodurante o sono a uma tenebrosaregião do umbral. Em espírito,está no Pavilhão das Justas Cau-sas, onde se reúnem entidadesque promovem a vingança. Di-ante de Justus – o supremo man-datário de um tribunal que nãoabsolve ninguém – Leo desfe-cha, contra si mesmo, um golpefatal: envolve-se em dramáticaperseguição que o arrastará a ter-ríveis comprometimentos. Masa justiça divina não se faz poresperar e, na espiritualidade, asforças do bem se movimentam,

reunindo terríveis adversáriospara uma derradeira partida dexadrez. A cada lance, vislum-bram uma cena do passado –existências onde se acumplicia-ram no mal. Prepare-se: a com-petição vai começar. Haverá umvencedor?

Obsessão – Um breve trechode Uma partida de amor é su-ficiente para atrair o leitor: “Mal

a jovem o viu correu a abraçá-lo, sem largar a gatinha. Mas umacontecimento absolutamenteinesperado iria deixar os doisbastante assustados. É que,quando Renata se aproximou donamorado, a gatinha, que sem-pre fora amorosa com ele, teveuma súbita reação, própria dequando os felinos se sentem di-ante de algum perigo: o mansoanimal, desprezando o aconche-

ANGÉLICA REISDe Londrina

O médium Eurípedes Kühl(foto) é, sem dúvida, um dosmais ativos militantes do movi-mento espírita do Estado de SãoPaulo. Militar do Exército, hojena reserva, reside com seus fa-miliares na cidade de RibeirãoPreto e empenha-se na divulga-ção do Espiritismo. Médium,escritor, pesquisador e pales-trante espírita requisitado, alémdo trabalho literário que desen-volve e de suas atividades nocentro espírita – onde faz pales-tras, dá aulas e trabalha na as-sistência espiritual –, escrevepara vários jornais, revistas esites, dos quais é assíduo cola-borador.

Espiritismo – Eurípedesnasceu em família espírita e foiincentivado a estudar as ObrasBásicas de Allan Kardec desdea juventude. Seus pais, aomatriculá-lo na escola, identifi-caram sua crença no Espiritis-mo e ignoraram os preconcei-tos da época. No então cursoprimário, atualmente denomi-nado ensino fundamental, re-corda-se de quando era convi-dado, aos seis anos de idade, aretirar-se da aula de religião:“na verdade uma lição de Cato-licismo”. Sozinho no pátio, Eu-rípedes lembra-se que “aguar-dava o final da aula pararetornar ao convívio dos cole-gas”. Com dezoito anos, aoprestar o serviço militar, optoupelo pára-quedismo militar,“atraído pelos saltos aéreos”.Ao longo de trinta e um anos,foi promovido a capitão. Nesseperíodo “tive a felicidade de

Aguardado com muita ex-pectativa em todo o Brasil, o ro-mance O céu pode esperar, doEspírito Antônio Carlos, revelaa história verídica de Pedro, umhomem desiludido com a vida eque pretende se suicidar. Se oponto de partida do romance étrágico, seu desenrolar leva o lei-tor a enxergar a vida com outrosolhos: com disposição, fé e oti-mismo, sempre é possível “virara mesa” e mudar o curso dosacontecimentos. Lances diverti-dos intercalam-se com momen-tos de grande emoção esuspense, sempre recheados deensinamentos morais, transmiti-dos com muita simplicidade – noestilo inconfundível de AntônioCarlos, psicografado por VeraLúcia Marinzeck de Carvalho.

O livro – Pedro perdeu avontade de viver. Logo depoisda morte de Alexandre – o fi-lhinho a quem amava tanto –,para complicar foi abandonadopor Mônica, sua esposa. Sua fi-lha Aline, aos dezessete anos,está grávida de cinco meses emudou-se para a casa do namo-rado. Arrasado, Pedro quer aca-bar com a própria vida... Duran-te um sonho, Alexandre pede aopai para não se matar.Desencorajado, Pedro desistedo suicídio, mas a vontade demorrer persiste. Ao descobrirque desabamentos ameaçam osmoradores de um morro, temuma idéia: ajudar a salvá-losexpondo-se ao perigo, na espe-rança de encontrar a morte.Pedro não sabe que seus passosestão sendo seguidos de pertopela espiritualidade, à qual estáunido por laços fortemente ata-

Pedimos ao leitor deste jornal que anote e divulgue para osseus amigos, radicados aqui ou no exterior, as informações abai-xo:

1a. No site www.editoraleopoldomachado.com.br você podeler, na íntegra, as últimas 23 edições do jornal “O Imortal”.

2a. No site www.neudelondrina.org.br você pode assistir aoprograma “Reflexão Espírita”, que é também apresentado aossábados, às 17h30, pela TV Tropical de Londrina (CNT).

Para enviar sugestões ou fazer perguntas sobre Espiritismo, aserem respondidas no programa “Reflexão Espírita” e na seção“O Espiritismo responde” do jornal “O Imortal”, utilize o [email protected].

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“Uma partida de amor”: lancesdecisivos entre o céu e a Terra

Lançamento da Petit Editora, Uma partida de amor, do Espírito Josué,psicografado por Eurípedes Kühl, é um romance revelador. Da primeira à última

página, não faltam atrativos para os leitores interessados em atravessar as barreirasque nos separam do outro mundo e entender por que acontecem as obsessões

Capa do mais novo lançamento da PetitEditora, de Josué (Espírito)

Perfil

Eurípedes Kühl: “Há muito anavegar no mar da evolução”

não participar de nenhum con-flito, nacional ou internacio-nal”. No Exército participou,ainda na condição de tenente, daCruzada dos Militares Espíritas.Sentindo as primeiras manifes-tações mediúnicas por volta doano de 1971, empenhou-se ain-da mais no estudo e na práticados ensinamentos de Allan Kar-dec, “voltados para o desenvol-vimento mediúnico”.

Mediunidade – Hoje, coor-denando um curso de médiuns

no centro espírita, Eurípedestambém colabora nos passes eem outros cursos da instituição.Uma vez por semana duranteduas horas, acompanhado porsua esposa, comparece à sessãode psicografia reservada ao seutrabalho literário. Após a prepa-ração, o autor espiritual assumea direção da reunião. O médiumidentifica os relatos por meio desua visão mental “em processodinâmico e ininterrupto”. Disci-

plinado e observador, recorda-sede que, em certa ocasião, quan-do psicografava, impressionou-se durante uma das passagens deSaara: palco de redenção. Emdeterminado trecho do relato, oEspírito Josué descreve detalha-damente quando um materialfluídico – possuidor de proprie-dades curativas – é extraído deum camelo e aplicado nosferimentos das vítimas de umcombate. O insólito episódio,visualizado por Eurípedes, cau-sou forte impressão ao médium,habituado a conviver, muitasvezes por força desse mesmo tra-balho, com os aspectos mais di-versos da espiritualidade, inclu-indo passagens em regiõesumbralinas, que são locais degrande sofrimento.

Obras anteriores - EurípedesKühl é o autor de Animais, nos-sos irmãos e Fragmentos da His-tória pela ótica espírita.Psicografou Saara: palco de re-denção, do Espírito Claudinei; Ostecelões do destino, do EspíritoDomitila; Transplante de amor eSempre há uma esperança, am-bos do Espírito Roboels e Umapartida de amor e Infidelidade eperdão, ambos do Espírito Josué,publicados pela Petit Editora.Escreveu também Sonhos: via-gens à alma, edição da ButterflyEditora. Para o escritor, “a Terraé uma embarcação-escola ondehá muito a navegar no mar daevolução. No seu tombadilho –o Espiritismo – está o Brasil obe-diente ao Mestre, convidandoquantos queiram ser navegantes”.(Angélica Reis)

O céu pode esperar?O mais recente lançamento da Petit Editora – o romance

O céu pode esperar – é de autoria do consagrado autor espiritualAntônio Carlos, psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho

dos ao passado. Agora que tudoparece perdido, uma grandeaventura vai começar. Prepare oseu coração! Afinal, alguém jádisse que o céu pode esperar...

Mediunidade – Espírita des-de o ano de 1975, quando pela pri-meira vez tomou conhecimentodas Obras Básicas de Allan Kar-dec, a médium Vera LúciaMarinzeck (foto) é dedicadadivulgadora do Espiritismo. Con-siderando-se apenas um “instru-mento da espiritualidade”, trans-fere todos os méritos do seu tra-

balho à espiritualidade que aacompanha nas sessões espíritasde psicografia. Pela primeira vez,em O céu pode esperar, os per-sonagens de uma obra recebidapor seu intermédio transitamnuma casa que não é espírita. OEspírito Josias, quem transmitiu ahistória a Antônio Carlos, é umbenfeitor ligado a uma casa deUmbanda, onde a moral evangé-lica é apregoada e livros espíritassão lidos em palestras públicas...Sobre esse aspecto, Vera Lúciarecorda trechos de Obras Póstu-

mas, de Allan Kardec: “Acres-centamos que a tolerância, frutoda caridade, que constitui a baseda Doutrina Espírita, lhe impõeum dever, respeitar todas as cren-ças”, “o Espiritismo não é obrade um homem; ninguém se podedizer seu criador, porque ele é tãoantigo quanto a Criação; encon-tra-se por toda parte, em todas asreligiões”.

Assegura a médium que “osbenfeitores espirituais traba-lham por toda parte”, lembran-do a mensagem de abertura dolivro O céu pode esperar – deencomenda para aqueles que sedeixam levar pela intolerânciareligiosa. “Que a paz do Senhorpossa nos guiar em sua direção,nos libertando do fanatismo edo preconceito, ervas daninhasque devemos arrancar do cora-ção”. Dedicado a todos aque-les que aprenderam a amar fra-ternalmente, O céu pode espe-rar é um romance espírita di-ferente, que mereceu de FlávioMachado, artista gráfico, editore diretor da Petit Editora, “umacapa surrealista, sob medidapara destacar o seu conteúdotão original”. Para os leitoresque não podem mais esperarpara lê-lo, o livro encontra-seem todas as livrarias (da Terra,bem entendido...).

A Editora – A Petit Edito-ra, responsável pelo romance Océu pode esperar, situa-se naRua Atuaí, 383/389 – Vila Es-perança – 03646-000 – SãoPaulo/SP, Tel./Fax: (0xx11)6684-6000 – Contato: AfonsoMoreira Jr. O endereço eletrô-nico é [email protected] e osite é www.petit.com.br. (A.R.)

gante lugar em que estava, deuum formidável salto e fugiudali. Suas orelhas estavam paratrás, grudadas na cabeça, e acauda dobrara de volume, eri-çada (...) Um quarto persona-gem, e somente ele – Justus –entendeu o que se passara: agata, de alguma forma, detec-tou sua presença. Ele viera comLeo. E, ao ver Renata, não con-seguiu evitar que uma espéciede descarga elétrica o alcanças-se (...) Nesse preciso momen-to, Justus voltou a ser catapul-tado por uma tremenda força deorigem desconhecida, que o le-vou de volta à triste região ondereinava como um déspota”.

Perseguido por Justus, umespírito obsessor, o jovemLeônidas vai precisar de toda aajuda possível para libertar-seda influência maléfica queatraiu. Aqueles que apreciaminvestigar o passado, em buscade explicações para entender oque acontece no presente, en-contrarão nos lances de Umapartida de amor – mais umlançamento da Petit Editora, si-nônimo de bons livros espíri-tas – um romance simplesmen-te imperdível...

Características do livro -Formato: 14x21 cm – 272 pá-ginas. Capa em 4 cores sobrecartão supremo 250 g, lamina-ção fosca com orelha. Mioloimpresso em 1 cor em papel off-set 75 g. Acabamento em lom-bada quadrada e costurada. Pre-ço de capa: R$ 25,90.

O médium Eurípedes Kühl, que psicografouUma partida de amor

Vera Lúcia Marinzeck, que recebeu novo livrode Antônio Carlos

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O IMORTALPÁGINA 10 FEVEREIRO/2006

Sobre a evolução das religiões, ou como Kardec chegou ao Espiritismo(1ª Parte)

AIGLON FASOLODe Londrina

Os persas - Na Pérsia apare-cem claramente, pela primeiravez na história, alguns fatos ca-racterísticos. Primeiro, funda-seuma religião. Segundo, é funda-da por um homem. E, por últi-mo, é fundada sobre uma idéia.

Já se haviam produzido nomundo fatos semelhantes, claro.A tentativa de Aknaton, no Egi-to, na 18ª dinastia, é um exem-plo. Porém, Aknaton fracassou;e realmente sua idéia pareciamais política que religiosa, comoera comum no Egito. Na Pérsia,no entanto, é onde encontramospela primeira vez, com toda aprecisão, uma nova religiãotrazida por um homem, Zoroas-tro, e uma idéia, a idéia do beme do mal como princípio essen-cial desta religião.

As religiões do Egito e daMesopotâmia não haviam sido re-almente fundadas; haviam cres-cido gradualmente: os deuses es-tavam ali, ao redor dos homens,não se sabia desde quando, e nãose tinha mais que aceitá-los.Como fundar uma religião? To-dos os homens em todos os paí-ses conhecidos tinham seus deu-ses. Os deuses de outros paísestambém podiam ser acessados,era normal. Era comum dizer-sequando em país estranho ao secumprimentar uma pessoa: “e teudeus será meu deus”.

Porém, chega Zoroastro e diz:“Não, não existe a não ser umDeus, e seu adversário. Outrosdeuses não são mais que espíritossubordinados, não deuses. EsteDeus, Ormuz (Ahura Mazda, empersa), se revelou a mim, Zoroas-

tro. Este Deus dá ao homem livre-arbítrio e o coloca perante umaescolha: o mundo está cheio dementiras, de espíritos maus que otentam; o homem deve seguir aOrmuz e à verdade”.

Qual a base dessa escolha? Oprincípio do bem. Os deusesegípcios e mesopotâmios, emconstante luta entre si, pratica-vam uma justiça muito peculiar,de favorecimento a uns em de-trimento de outros. A justiça nãofazia parte importante de suasdoutrinas.

O pensamento de Zoroastro- Com Zoroastro as coisas serãodiferentes. Ele proclama queOrmuz é o bem, só deseja o bemdo homem, e luta contra o mal.Esta idéia é o coração da nova re-ligião, e o mundo inteiro será re-organizado ao redor dessa idéia.

E o homem não se deterá sóaí. Aparecerão novos fundadoresde religiões, que porão em vigên-cia novas idéias. Jesus fundaráuma religião baseada na idéia doamor, Buda, na idéia do sofri-mento, Maomé, em um planomenos evoluído, na idéia da uni-dade de Deus.

Dali em diante, a luta entre asidéias claras e razoáveis: o amor,o bem, a piedade, a caridade, con-tra as mitologias do mundo pri-mitivo, é o que encherá toda a his-tória da humanidade.

Zoroastro, de acordo comClemen, um dos maiores estudi-osos da matéria, teria vividoaproximadamente 1.000 anosantes de Cristo. Seus ensinamen-tos foram perpetuados nos pri-meiros capítulos do Zendavesta,a bíblia do Zoroastrismo. Essescapítulos, chamados Gatha, são

o equivalente ao Pentateuco ju-deu. Outros capítulos foram sen-do acrescidos posteriormente.

O que diz Zoroastro? Doisprincípios são a origem das coi-sas: O Bem e o Mal. O bem éDeus, Ormuz, o mal é o que osGatha chamam de “O mentiro-so”, Arimã, a mentira. Ormuz fezo mundo bom, Arimã porém in-troduziu o mal no mundo.

Vejam alguns excertos doGatha:

“Agora quero proclamar, anteaqueles que queiram ouvir, estascoisas que todo homem sábiodeve recordar, ao cantar hinos delouvor a Ormuz, e fazer oraçõesao bom pensamento e à felicida-de que vem com as luzes celes-tes e só pode ser vista por aqueleque pensa com sabedoria.”

A eterna luta entre o bem eo mal – Eis outros excertos:“Escutai com vossos ouvidostudo o que é o bem; cada homemdeve decidir por si mesmo, an-tes da consumação final, qualserá sua escolha. Porque os doisespíritos primordiais, que estarãoà sua frente, serão o Bem e o Mal.Os justos terão escolhido entreos dois, e terão escolhido bem.Porém, os insensatos não terãosabido escolher. E quando essesdois espíritos voltarem a se en-contrar, na origem, estabelecerãoa vida e a não-vida. E ao fim detodas as coisas, a má existênciaserá para o que seguiu a mentira.O melhor pensamento será paraaqueles que seguiram o caminhodo bem”.

“O espírito santíssimo esco-lhe o bem, e o imitam aquelesque querem agradar a Ormuz,por meio de boas ações. Os de-

mônios escolheram mal entreeles, pois a loucura os dominouenquanto deliberavam, e se de-cidiram pelo mau pensamento.Então se utilizaram da violên-cia para debilitar o mundo doshomens.

“Oh! mortais, se obedecerdesaos mandamentos de Ormuz, queordena a felicidade e o sofrimen-to, o castigo longo dos mentiro-sos e maus, a bênção dos bons,tereis a felicidade eterna!”

Ormuz tem seis ministros,que são realmente suas seis fun-ções: o bom pensamento, a me-lhor virtude, o reino desejado, oabandono generoso (a caridade),a saúde e a imortalidade.

Ormuz é o verdadeiro Deusporque antes de tudo tem a su-perioridade moral e metafísica deser o bem, e também porque no

O cultivador é conduzido aopântano para convertê-lo em ter-ra fértil.

O técnico é convidado aomotor em desajuste para sanar-lhe os defeitos.

O médico é solicitado ao en-fermo para a bênção da cura.

O professor é trazido ao anal-fabeto para auxiliá-lo na escola.

Entretanto, nem as feridas daterra, nem os desequilíbrios damáquina, nem as chagas do cor-po e nem as sombras da inteligên-cia se desfazem à custa de con-

Legenda espírita

fim dos tempos o mal será defi-nitivamente vencido.

O Mal somente se impõe pelamentira; os espíritos que escolhe-ram o mal, o fizeram por teremperdido a cabeça, e ao final,quando o mal for definitivamen-te vencido todos terão a divinarecompensa.

O maniqueísmo, fundado porManés, foi uma das religiões quese basearam no princípio da lutado bem contra o mal, que foi cri-ada pelo zoroastrismo mas repu-diada pelos seguidores deZoroastro, por igualar a força dosdois, anátema para os seguido-res de Zoroastro. Um conhecidoseguidor de Manés foi Agostinhode Hipona, Santo Agostinho, emsua juventude.

(No próximo artigo falaremossobre a Cabala judaico-cristã.)

versas amargas e, sim, ao preço detrabalho e devotamento.

O espírita cristão é chamadoaos problemas do mundo, a fim deajudar-lhes a solução; contudo,para atender em semelhante mis-ter, há que silenciar discórdia ecensura e alongar entendimento eserviço.

É por essa razão que, interpre-tando o conceito “salvar” por “li-vrar da ruína” ou “preservar doperigo”, colocou Allan Kardec, noluminoso portal da Doutrina Espí-rita, a sua legenda inesquecível:

– “Fora da caridade não há sal-vação.”

BEZERRA DE MENEZES

(Comentário em torno do cap. XV, item 10, de “O Evangelhosegundo o Espiritismo”, extraído do cap. 3 do livro “O Espíritoda Verdade”, psicografado por Francisco Cândido Xavier e WaldoVieira.)

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Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE

De Londrina

Foi dura a vida dos Flammari-ons, e Camille compreendeu omérito de seu pai entregando tudoaos credores. Reconhecia nele omais belo exemplo de energia etrabalho, entretanto, essa situaçãolevou- o a viver com poucos re-cursos.

Camille, depois de muito pro-curar, encontrou serviço de apren-diz de gravador, recebendo comoparte do pagamento casa e comi-da. Comia pouco e mal, dormianuma cama dura, sem o menor con-forto; era áspero o trabalho e o pa-trão exigia que tudo fosse feito comrapidez. Pretendia completar seusestudos, principalmente a matemá-tica, a língua inglesa e o latim.Queria obter o bacharelado e porisso estudava sozinho à noite. Dei-tava-se tarde e nem sempre tinhavela. Escrevia ao clarão da lua econsiderava-se feliz. Apesar de es-tudar à noite, trabalhava de 15 a 16horas por dia. Ingressou na Escolade desenho dos frades da Igreja deSão Roque, a qual freqüentava to-das as quintas- feiras. Naturalmentetinha os domingos livres e tratoude ocupá-los. Nesse dia assistia asconferências feitas pelo abade so-bre Astronomia. Em seguida tratoude difundir as associações dos alu-nos de desenho dos frades de SãoRoque, todos eles aprendizes resi-dentes nas vizinhanças. Seu obje-tivo era tratar de ciências, literatu-ra e desenho, o que era um progra-ma um tanto ambicioso.

Aos 16 anos de idade, CamilleFlammarion foi presidente da Aca-demia, a qual, ao ser inaugurada,teve como discurso de abertura otema “As Maravilhas da Nature-za”. Nessa mesma época escreveu

“Cosmogonia Universal”, um li-vro de quinhentas páginas; o ir-mão, também muito seu amigo,tomou-se livreiro e publicava- lheos livros. A primeira obra que es-creveu foi “O Mundo antes daAparição dos Homens”, o que fezquando tinha apenas 16 anos deidade. Gostava mais da Astrono-mia do que da Geologia. Assimera sua vida: passar mal, estudardemais, trabalhar em exagero.

Um domingo desmaiou no de-correr da missa, por sinal, um des-maio muito providencial. O dou-tor Edouvard Fornié foi ver o do-ente. Em cima da sua cabeceiraestava um manuscrito do livro“Cosmologia Universal”. Apósver a obra, achou que Camille me-recia posição melhor. Prometeu-lhe, então, colocá-lo no Observa-tório, como aluno de Astronomia.Entrando para o Observatório deParis, do qual era diretorLevèrrier, muito sofreu com asimpertinências e perseguiçõesdesse diretor, que não podia con-ceber a idéia de um rapazolaacompanhá-lo em estudos de or-dem tão transcendental.

Camille FlammarionRetirando-se em 1862 do Ob-

servatório de Paris, continuoucom mais liberdade os seus estu-dos, no sentido de legar à Huma-nidade os mais belos ensinamen-tos sobre as regiões silenciosas doInfinito. Livre da atmosfera sufo-cante do Observatório, publicouno mesmo ano a sua obra “Plura-lidade dos Mundos Habitados”,atraindo a atenção de todo o mun-do estudioso. Para conhecer a di-reção das correntes aéreas, reali-zou, no ano de 1868, algumas as-censões aerostáticas.

Pela publicação de sua “Astro-nomia Popular”, recebeu da Aca-demia Francesa, no ano de 1880, oprêmio Montyon. Em 1870 escre-veu e publicou um tratado sobre arotação dos corpos celestes, atra-vés do qual demonstrou que o mo-vimento de rotação dos planetas éuma aplicação da gravidade às suasdensidades respectivas. Tornando-se espírita convicto, foi amigo pes-soal e dedicado de Allan Kardec,tendo sido o orador designado paraproferir as últimas palavras à beirado túmulo do Codificador do Es-piritismo, a quem denominou “obom senso encarnado”.

Suas obras, de uma formageral, giram em torno do postu-lado espírita da pluralidade dosmundos habitados e são as se-guintes: “Os Mundos Imaginá-rios e os Mundos Reais”, “AsMaravilhas Celestes”, “Deus naNatureza”, “Contemplações Ci-entíficas”, “Estudos e Leiturasobre Astronomia”, “Atmosfe-ra”, “Astronomia Popular”,“Descrição Geral do Céu”, “OMundo antes da Criação do Ho-mem”, “Os Cometas”, “As Ca-sas Mal- Assombradas”, “Narra-ções do Infinito”, “SonhosEstelares”, “Urânia”, “Estela”,“O Desconhecido”, “A Morte eseus Mistérios”, “Problemas Psí-quicos”, “O Fim do Mundo” eoutras.

Camille Flammarion, segun-do Gabriel Delanne, foi um fi-lósofo enxertado em sábio, pos-suindo a arte da ciência e a ci-ência da arte. Flammarion – “po-eta dos Céus”, como o denomi-nava Michelet – tornou-se balu-arte do Espiritismo, pois, sem-pre coerente com suas convic-ções inabaláveis, foi um verda-deiro idealista e inovador.

Nascido em Montigny-Le-Roy, França, no dia 26 de feve-reiro de 1842, Camille Flamma-rion (foto) desencarnou emJuvissy, no mesmo país, a 4 dejunho de 1925.

Flammarion foi um homemcujas obras encheram de luzes oséculo XIX. Ele era o mais ve-lho de uma família de quatro fi-lhos, entretanto, desde muito jo-vem se revelaram nele qualida-des excepcionais. Queixava-seconstantemente que o tempo nãolhe deixava fazer um décimo da-quilo que planejava. Aos quatroanos de idade já sabia ler, aosquatro e meio sabia escrever eaos cinco já dominava rudimen-tos de gramática e aritmética.Tornou-se o primeiro aluno daescola que freqüentava.

Para que seguisse a carreiraeclesiástica, puseram-no aaprender latim com o vigárioLassalle. Aí Flammarion conhe-ceu o Novo Testamento e a Ora-tória. Em pouco tempo estavalendo os discursos de Massilone Bossuet. O padre Mirbel falouda beleza da ciência e da gran-deza da Astronomia e mal sabiaque um de seus auxiliares lhebebia as palavras. Esse auxiliarera Camille Flammarion, aque-le que iria ilustrar a letra e a sig-nificação galo- romana do seunome — Flammarion: “Aqueleque leva a luz”.

Nas aulas de religião era en-sinado que uma só coisa é ne-cessária: “a salvação da alma”,e os mestres diziam: “De queserve ao homem conquistar oUniverso se acaba perdendo aalma?”.

O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 11

Divulgue junto a seu círculo de amigos as notas seguintes:1a. No site www.editoraleopoldomachado.com.br você

pode ler, na íntegra, as últimas 20 edições do jornal “OImortal”.

2a. No site www.neudelondrina.org.br você pode assistiràs 8 últimas edições do programa “Reflexão Espírita”, que éapresentado aos sábados, às 17h30, pela TV Tropical de Lon-drina (CNT).

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O IMORTALPÁGINA 12 FEVEREIRO/2006

Crônicas de Além-MarELSA ROSSI

De Londres

Estudando sempre a DoutrinaEspírita, não seremos pegos desurpresa, quando nos defrontarmoscom convites para fazermos umpronunciamento espírita onde querque estejamos.

Visitamos esporadicamente umou outro país do continente euro-peu, onde abrange a nossa área deatuação dentro do Departamentode Unificação da CoordenadoriaEuropa do Conselho Espírita Inter-

nacional, tarefa essa que assumi-mos já há alguns anos.

No período de Natal de 2005,estivemos por uma semana comnossa amiga Nelly Berchtold, destafeita em descanso de pequenas fé-rias. Nelly é vice-presidente daUnião dos Centros Espíritas daSuíça - UCESS e também presi-dente do Grupo Espírita Estesia, nacidade de Berna, capital da Suíça.

Estando lá para o descanso definal de ano, e na impossibilidade dapalestrante convidada comparecerpara a palestra da terça-feira após o

Natal, Nelly nos pediu se podería-mos desenvolver a palestra, pois ogrupo espírita, apesar do períodonatalino, estaria com suas tarefasnormais, sem fechar as portas. Nãohesitamos um segundo e dissemossim. Passamos um dia agradável,orei várias vezes durante o dia pe-dindo a inspiração do tema a ser ex-posto na noite seguinte.

À noite, ao retornarmos pracasa, sob um frio de 9 graus, apósorarmos, nos veio o tema que de-veríamos falar – sobre os Mila-gres. Abrimos os olhos e nos de-

paramos com o livro “A Gênese”,que estava a nossa frente, no altoda estante do quarto em que está-vamos hospedados em casa deNelly. Que alegria senti!

Tomei do livro, folheei-o meca-nicamente, enquanto me inspiravaa buscar no índice o tema. E o se-gundo item do livro, capítulos XIII,XIV e XV. Li o assunto com muitaatenção, fiz minhas pequenas ano-tações e com isso o tema foi inseri-do na minha memória. Daí pra fren-te, era só reler para que a base doassunto ficasse bem alicerçada.

Na noite aprazada, ficamos sur-presa com a quantidade de pesso-as presentes, num dia de muitaneve e 9 graus negativos. Os cora-ções aquecidos pela fraternidade,unidos, faziam brilhar o ambiente.

Sentimos a presença amorosa denossos Benfeitores que muito nosajudaram na explanação, e foi óti-mo, pois mais aprende aquele queestuda, que lê para repassar a outrem.

Entendemos então, pelas pergun-tas que eram formuladas pelos pre-sentes, que o que ali levamos naquelanoite veio ao encontro dos esclare-cimentos de muitos corações, do quesejam os Milagres, sob a ótica espí-rita. Com isso, nós mesmos recebe-mos as informações através do estu-do proposto pelo convite de nossa

querida Nelly, e quão bem nos fezpodermos contribuir da forma quemais nos engrandece a alma, que é oestudo espírita.

Vamos entendendo que nós es-píritas temos de estar sempre vigi-lantes, estudando, nos informandocada vez mais nas bases kardequi-anas da Doutrina Espírita, nasobras complementares que são umcompêndio do bem viver para ad-quirirmos mais conhecimentos.

Lá fora a neve continuava acair. O contentamento daquelesque enfrentaram o frio e a neve danoite pós-natalina, onde aluminescência das pequeninaslâmpadas em cores festivas refle-tidas no brilho da neve sob a luzdos postes altos agigantava a nos-sa alma em alegrias somando-se àalegria do Natal suíço.

Não esquecerei aquela noite!Nunca se valorizaram tanto asdoenças psicossomáticas quantonos dias atuais. Mas sempre ficaa dúvida: Como uma emoçãopode causar doença física? ADoutrina Espírita nos esclarecequando nos apresenta o perispí-rito, como instrumento interme-diário entre o corpo e o espírito,de forma que o que o corpo re-gistre, o espírito também regis-trará, o mesmo se dando na or-dem inversa, o que o espírito sin-ta, o corpo também sentirá.

André Luiz, no seu livro “Missionários da Luz”, apresenta-nos um belo exemplo daquilo quehoje chamamos doença psicosso-mática. No seu capítulo dezeno-ve, quando narra sua visita a umaInstituição Espírita onde eramproferidas sessões de cura, Ana-cleto, seu orientador e amigo,pede que observe uma senhorarespeitável, localizada na mesa deserviços, e que olhe mais atenta-mente para o seu coração, parti-cularmente para válvula mitral.

André deteve-se em acuradoexame da região mencionada e

mente quando os interessadosnão têm vida de oração, cuja in-fluência benéfica pode anularinúmeros males.”

Nessa explanação, o amigoespiritual não está apenas falan-do do adoecer, mas oferecendo oantídoto para esses tipos de tor-mentas: a prece.

Na seqüência, ele conclui oestudo: “Esta amiga, na manhãde hoje, teve sérios atritos com oesposo, entrando em grave posi-ção de desarmonia íntima. A pe-quena nuvem que lhe cerca o ór-gão vital representa matéria men-tal fulminatória. A permanênciade semelhantes resíduos no co-ração pode ocasionar-lhe perigo-sa enfermidade.”

E assim, nesse capítulo, o es-critor nos apresenta um exemplodo adoecimento físico por causasemocionais.

O caso se encerra com Ana-cleto colocando sua mão sobrea região do estômago daquelasenhora e aplicando um jato deenergias que dispersaram porcompleto aquelas densas vibra-ções, libertando temporaria-mente aquela senhora de ummal maior.

Estudando as obras de André LuizJOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA

De Cambé

percebeu algo, que assim descre-veu em sua obra: “Descobri a exis-tência de tenuíssima nuvem negraque cobria grande extensão dazona indicada, interessando ain-da a válvula aórtica e lançandofilamentos quase imperceptíveissobre o nódulo sino-auricular.”

Anacleto, que ali estava paraorientar, logo acrescentou: “An-dré, assim como o corpo físicopode ingerir alimentos venenososque lhe intoxicam os tecidos, tam-bém o organismo perispiritualpode absorver elementos de degra-dação que lhe corroem os centrosde força, com reflexos sobre ascélulas materiais. Se a mente dacriatura encarnada ainda nãoatingiu a disciplina das emoções,se alimenta paixões que adesarmonizam com a realidade,pode, a qualquer momento intoxi-car-se com as emissões mentaisdaqueles com quem convive e quese encontrem no mesmo estado dedesequilíbrio.”

“Às vezes, semelhantes absor-ções constituem simples fenôme-nos sem maior importância; toda-via, em muitos casos são suscetí-veis de ocasionar perigosos desas-tres orgânicos. Isto acontece, mor-

Pedimos ao leitor deste jornal que anote e divulgue paraos seus amigos, radicados aqui ou no exterior, as informaçõesabaixo:

1a. No site www.editoraleopoldomachado.com.br vocêpode ler, na íntegra, as últimas 23 edições do jornal “O Imortal”.

2a. No site www.neudelondrina.org.br você pode assis-tir ao programa “Reflexão Espírita”, que é também apresenta-do aos sábados, às 17h30, pela TV Tropical de Londrina (CNT).

Para enviar sugestões ou fazer perguntas sobre Espiritis-mo, a serem respondidas no programa “Reflexão Espírita” e naseção “O Espiritismo responde” do jornal “O Imortal”, utilizeo e-mail [email protected].

Ligue-se e acompanhe pela internetos programas espíritas

ELSA ROSSI, escritora e pa-lestrante espírita brasileira radicadaem Londres, é diretora do Depar-tamento de Unificação para os Pa-íses da Europa, organismo do Con-selho Espírita Internacional, vice-presidente do Spiritist Group ofBrighton, diretora do Departamen-to de Eventos da British Union ofSpiritist Societies (BUSS) e edito-ra do Boletim SGB.

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O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 13

Revue Spirite!... Essa grandedesconhecida da maioria dos es-píritas!...

Tão importante é a Revista Es-pírita para o enriquecimento dou-trinário complementar que não sepode compreender o descaso a queé relegada. Escrita pelo próprioKardec, a “Revue Spirite”, Jornalde Estudos Psicológicos, é um la-boratório vivo da Codificação. Es-crita de 1858 a 1869, ela hoje éencontrada em primorosa encader-nação do IDE, já em sua segundaedição, em 12 volumes; um paracada ano de existência da Revista.

Eis como o ínclito Codificadordo Espiritismo se refere à“Revue”1 :

“Variada coletânea de fatos, deexplicações teóricas e de trechosisolados, que completam o que seencontra nas duas obras preceden-tes2 , formando-lhes, de certomodo, a aplicação. Sua leiturapode fazer-se simultaneamentecom a daquelas obras, porém,mais proveitosa será e, sobretudo,mais inteligível, se for feita depoisde O Livro dos Espíritos”.

Apenas a título de “trailer”,vamos transcrever, para deleitedos leitores, o conteúdo das págs.4 e 5 do volume de 1858, que vemratificar o versículo de Davi emepígrafe:

Revue Spirite

“(...) A existência dos Espíri-tos, e a sua intervenção no mundocorporal, está atestada e demons-trada, não mais como um fato ex-cepcional, mas como princípio ge-ral, em Santo Agostinho, São Je-rônimo, São Crisóstomo, SãoGregório de Nazianzeno e muitosoutros Pais da Igreja. Essa crençaforma, por outro lado, a base detodos os sistemas religiosos. Osmais sábios filósofos da antigui-dade a admitiram: Platão, Zoroas-tro, Confúcio, Apuleio, Pitágoras,Apolônio de Tiana e tantos outros.Nós a encontramos nos mistériose nos oráculos, entre os gregos, osegípcios, os hindus, os caldeus, osromanos, os persas, os chineses.Vemo-la sobreviver a todas as vi-cissitudes dos povos, a todas asperseguições, desafiar todas as re-voluções físicas e morais da hu-manidade...

“Mais tarde, encontramo-la nosadivinhos e feiticeiros da IdadeMédia, nos Willis e nas Walkiriasdos escandinavos, nos Elfos dosteutões, nos Leschios e nosDomeschios Doughi dos eslavos,nos Ourisks e nos Brownies da Es-cócia, nos Poulpicans e nosTensarpoulicts dos bretões, nosCemis dos Caraíbas, em uma pala-vra, em toda a falange de ninfas,de gênios bons e maus, de silfos,de gnomos, de fadas, de duendes,com os quais todas as nações po-voaram o espaço. Encontramos a

prática das evocações entre os po-vos da Sibéria, no Kamtchatka, naIslândia, entre os índios da Améri-ca do Norte, entre os aborígines doMéxico e do Peru, na Polinésia emesmo entre os estúpidos selva-gens da Oceania. De alguns absur-dos que essa crença esteja cercadae disfarçada segundo os tempos eos lugares, não se pode deixar deconvir que ela parte de um mesmoprincípio, mais ou menos desfigu-rado.

“Ora, uma doutrina não se tor-na universal, e nem sobrevive amilhares de gerações, nem se im-planta, de um pólo ao outro, entreos povos mais dessemelhantes, eem todos os graus da escala soci-al, sem estar fundada em algumacoisa de positiva. O que é essa al-guma coisa? É o que nos demons-tram as recentes manifestações.Procurar as relações que podem edevem ter entre essas manifesta-ções e todas essas crenças, é pro-curar a verdade.

“A história da Doutrina Espí-rita, de alguma forma, é a do espí-rito humano. Iremos estudar todasessas fontes que nos fornecerãou’a mina inesgotável de observa-ções, tão intuitivas quão interes-santes, sobre os fatos gerais pou-co conhecidos. Essa parte nos daráa oportunidade de explicar a ori-gem de uma multidão de lendas ede crenças populares, interpretan-do a parte da Verdade, da alegoria

Um minuto com Chico Xavier

e da superstição.“No que concerne às manifes-

tações atuais, daremos conta detodos os fenômenos patentes, dosquais fomos testemunhas ou quevierem ao nosso conhecimento,quando parecerem merecer a aten-ção dos nossos leitores.

“Faremos o mesmo com osefeitos espontâneos que se produ-zem, freqüentemente, entre as pes-soas, mesmo as mais estranhas àspráticas das manifestações espíri-tas, e que revelem seja a ação ocul-ta, seja a independência da alma;tais são os fatos de visões, apari-ções, dupla vista, pressentimentos,advertências íntimas, vozes secre-tas etc...

“À relação dos fatos acrescen-taremos a explicação, tal como elaressalta do conjunto dos princípi-os. Faremos anotar, a esse respei-to, que esses princípios são aque-les que decorrem do próprio ensi-namento dado pelos Espíritos, eque faremos, sempre, abstraçãodas nossas próprias idéias. Nãoserá, pois, uma teoria pessoal queexporemos, mas a que nos tiversido comunicada, e da qual nãoseremos senão o intérprete.

“Uma larga parte será, igual-mente, reservada às comunica-ções, escritas ou verbais, dos Es-píritos, todas as vezes que tiveremum fim útil, assim como as evoca-ções de personagens antigas oumodernas, conhecidas ou obscu-ras, sem negligenciar as evocaçõesíntimas que, freqüentemente, nãosão menos instrutivas; abarcare-mos, em uma palavra, todas as fa-ses das manifestações materiais einteligentes do mundo incorpóreo.

“A Doutrina Espírita nos ofe-rece, enfim, a única solução pos-sível e racional de uma multidãode fenômenos morais e antropo-lógicos, dos quais, diariamente,

Neste mês, oferecemos aosnossos queridos leitores, umbelíssimo depoimento de ChicoXavier sobre seu desprendi-mento material, registrado nolivro “O Evangelho de ChicoXavier”, de Carlos Baccelli.

Palavras de Chico: “Parti-rei desta vida sem um níquelsequer... Tudo que veio a mim,em matéria de dinheiro, sim-plesmente passou por minhas

mãos. Graças a Deus, a minhaaposentadoria dá para os meusremédios... Roupas?! Os ami-gos, quando acham que eu es-tou mal vestido, me doam... Sa-patos, eu custo a gastar um par...Em casa, a nossa comida é sim-ples... Não tenho conta bancá-ria, talão de cheques, nenhumapropriedade em meu nome, anão ser esta casa que eu já pas-sei em cartório para outros, te-

JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULADe Cambé

somos testemunhas, e para osquais se procuraria, inutilmente, aexplicação em todas as doutrinasconhecidas. Classificaremos nes-sa categoria, por exemplo, a si-multaneidade dos pensamentos, aanomalia de certos caracteres, assimpatias e as antipatias, os conhe-cimentos intuitivos, as aptidões, aspropensões, os destinos que pare-cem marcados de fatalidade, e,num quadro mais geral, o caráterdistintivo dos povos, seu progres-so ou sua degeneração etc...

“À citação dos fatos acrescen-taremos a busca das causas quepuderam produzi-los. Da aprecia-ção desses atos, ressaltarão, natu-ralmente, úteis ensinamentos so-bre a linha de conduta mais con-forme com a sã moral. Em suasinstruções, os Espíritos superiorestêm, sempre, por objetivo, exci-tar, nos homens, o amor ao bempela prática dos preceitos evangé-licos; nos traçam, por isso mesmo,o pensamento que deve presidir àredação dessa coletânea.

“Nosso quadro como se vê,compreende tudo o que se liga aoconhecimento da parte metafísicado homem; estudá-la-emos emseu estado presente e em seu es-tado futuro, porque estudar a na-tureza dos Espíritos é estudar ohomem, uma vez que deverá fa-zer parte, um dia, do mundo dosEspíritos; por isso acrescentare-mos, ao nosso título principal, ode jornal de estudos psicológi-cos, a fim de fazer compreendertoda a sua importância”.

1 Kardec, A. O Livro dosMédiuns, 57 ed. FEB, 1a. parte,cap. III, item 35, parág. 4o.

2 Kardec refere-se aos doislivros básicos: O Livro dos Es-píritos e O Livro dos Médiuns.

ROGÉRIO COELHODe Muriaé, MG

nho apenas o usufruto... Nun-ca tive carros, nem mesmo umacarroça... De modo que, nestesentido, nada vai me pesar naconsciência. Fiz o que pudepelos meus familiares, e não fizmais, é porque mais eu não po-dia fazer... Nunca contei o di-nheiro que trazia no bolso,mesmo aquele que alguns ami-gos generosos colocavam nomeu paletó...”

“Que homem há que viva e não veja a morte? Ou que livre a suaalma do poder do mundo invisível?” - Davi (Salmos, 90:48)

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O IMORTALPÁGINA 14 FEVEREIRO/2006

Palestras, seminários e outros eventos

ESDE no Centro EspíritaNosso Lar

Iniciam-se nos dias 9 e 11de fevereiro as atividades doESDE – Estudo Sistematizadoda Doutrina Espírita do CentroEspírita Nosso Lar, situado naRua Santa Catarina, 429, emLondrina. Os estudos ocorremna quinta-feira a partir das 20he no sábado a partir das 14h. Asinscrições para os novos parti-cipantes encontram-se abertasna Biblioteca do Centro.

Músico e divulgador espí-rita apresenta-se na região

Plínio de Oliveira, pianista,cantor, compositor e regente deorquestra, mescla música, poe-sia e textos de teor psicológi-co, espiritual e filosófico. Diri-gente do “Grupo Vocal do Co-légio Medianeira e Vila Tor-res”, projeto de integração só-cio-cultural que beneficia famí-lias de baixa renda da periferiade Curitiba, Plínio vem nestemês a Londrina e região parauma série de palestras e lança-mento de CD e DVD. Confiraa programação:Dia 20 (2ª feira) no Grupo Es-pírita Maria de Nazaré - Lon-drinaDia 22 (4ª feira) no Centro Es-pírita Allan Kardec – CambéDia 23 (5ª feira) na SociedadeEspírita Maria de Nazaré – Ro-lândiaDia 24 (6ª feira) no Centro Es-pírita Nosso Lar – LondrinaDia 25 (sábado) no Centro Es-pírita Amor e Caridade – Lon-drina

Dia 26 (domingo) no Centro Es-pírita Meimei - Londrina

Carlos Baccelli de volta aoNorte do Paraná

O médium cumprirá este mêsroteiro de palestras na região,conforme se vê a seguir:Maringá - Dia 11, às 20hLocal: AUDITÓRIO LUZAMORRua Neo Alves Martins, 1704(em frente ao Parque Ingá)Arapongas - Dia 12, às 9h30Local: CENTRO ESPÍRITA FÉ,LUZ E CARIDADERua Drongo, 811Londrina: DIA 12, às 18hLocal: CENTRO ESPÍRITAMEIMEIRua Iapó, 130 VILA NOVALondrina: DIA 13, às 20hLocal: CASA DO CAMINHOAv. Paul Harris, 1481.

Vem aí, no período do car-naval, a 13ª CONMEL

Inspirada na frase de Joannade Ângelis: “Podes mudar o teudestino, conforme agires no teudia-a-dia”, a Confraternizaçãodas Mocidades Espíritas emLondrina acontece nos dias 24 a28 de fevereiro de 2006, nocampus da Universidade Estadu-al de Londrina. Os interessadostêm até o dia 15 de fevereiro parafazer sua inscrição. Informaçõespelos telefones: (43) 3341-1292ou 9102-8190 (Fernanda) e (43)3323-4205 ou 9151-1505 (Kátiaou Elisângela).

Eleição na Federação Espí-rita do Paraná

Maria Helena Marcon (foto)foi reeleita para o biênio 2006/2007 presidente da Diretoria da

Federação Espírita do Paraná.Francisco Ferraz Batista e LuizHenrique da Silva, 1o e 2o vice-presidente, foram tambémreconduzidos para o mesmo pe-ríodo.

Caravana da Paz viaja nosdias do carnaval

Com passagem pelas cidadesmineiras de Uberaba, Sacramen-to e Araxá, a Caravana sairá deLondrina no dia 24 de fevereiro,retornando no dia 28. O preço dapassagem é R$90,00 e a diáriado hotel custa R$ 38,00. Os in-teressados podem entrar em con-tato com José Luís, na Casa doCaminho, ou pelo telefone (43)3325-4037.

USEL retoma seu Ciclo dePalestras

A União das Sociedades Es-píritas de Londrina (USEL) pro-move em fevereiro as seguintespalestras:Dia 3 - Centro Espírita NossoLar, 20h: AUXÍLIO DO INVI-SÍVEL – Leda Negrini.Dia 4 - Centro Espírita Amor eCaridade, 20h: A MEDIUNIDA-DE MISSIONÁRIA DE CAIR-BAR – Efigênia Aparecida S.

Santos.Dia 5 - Centro Espírita Meimei,9h15: O AMOR – Osny Galvão.Dia 10 - Centro Espírita Apren-dizes do Evangelho, 20h: NOS-SOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS– Cilene Dias Soares.Dia 13 - Sociedade de Divulga-ção Espírita Maria Nazaré, 20h:A PORTA LARGA - CristianoSoares Santos.Dia 16 - Centro de Estudos Es-píritas Vinha de Luz, 19h50: RE-FLEXÕES SOBRE O TEMPO– Naudemar Nascimento.Dia 17 - Centro Espírita Cami-nho de Damasco, 20h: JESUS –Jane Martins Vilela.Dia 18 - Núcleo Espírita Bene-dita Fernandes, 16h: A CARNEÉ FRACA? – Edevaldo LeandroRodrigues.Dia 21 - Centro Espírita AllanKardec, 20h: AS LESÕES DAALMA - Maria Eloísa Ferreira.Dia 22 - Centro Espírita Bom Sa-maritano, 20h: A FÉ TRANS-PORTA MONTANHAS – Pau-lo Fernando de Oliveira.Dia 26 - Comunhão EspíritaCristã de Londrina – 9h: ME-DIUNIDADE NO TEMPO DEJESUS – Pedro Wanderley.

Mês Espírita deIbiporã

Durante o mês defevereiro, o CentroEspírita Mensagei-ros da Luz, conheci-do como “Casa dasopa”, abre suas por-tas às quartas-feiraspara palestras públi-cas que ocorrem apartir das 20h30. Oendereço é Rua Pa-dre Vitoriano Valen-

te, 2319 – Jardim Boa Vista II,na saída para Londrina (próxi-mo ao depósito do MagazineLuíza).

Eleições na Comunhão Es-pírita Cristã de Londrina

No dia 25 de março, das 14às 17 horas, realizam-se elei-ções para escolha dos membrosdo Conselho de Administraçãoe da Diretoria da entidade.Edital afixado no dia 29 de ja-neiro traz as normas que rege-rão as eleições. Podem votar eser votados os sócios fundado-res e administrativos constan-tes de edital baixado pela Dire-toria em 26 de janeiro. Oseditais estão afixados na sededa entidade.

Programa espírita naRTV Maringá

O programa “O EspiritismoResponde”, que é apresentadopor nossa confreira Ivonne A.Ferioli Csucsuly, trabalhadorada Associação Espírita de Ma-ringá (AMEM), vai ao ar aossábados das 8h às 8h30, comreprise às 15h30, pela RTVMaringá, Canal 10 (aberto) e 9(a cabo).

Círculo de Leitura AnitaBorela de Oliveira

Em fevereiro realizam-semais duas reuniões do Cír-culo. No dia 5, será conclu-ído o estudo do livro Cartasde uma morta , de MariaJoão de Deus, psicografadopor Chico Xavier. No dia 19,inicia-se o estudo da Revis-ta Espírita de 1868. As reu-niões do Círculo iniciam-seàs 17h.

Maria Helena Marcon: mais um mandato à frente daFederação Espírita do Paraná

ROBERTO CAMARGODe Londrina

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O IMORTALFEVEREIRO/2006 PÁGINA 15

A Revue Spirite há 140 anos

Revista Espírita de 1866 (Parte 2)

Damos continuidade à publicaçãodo texto condensado da Revista Espí-rita de 1866. As páginas citadas refe-rem-se à versão publicada pela Edicel.

*26. Na seqüência, o editor do se-

manário La Discussion, afirmou: “Éassim que procederemos em relaçãoao Espiritismo. Seja qual for a manei-ra de ver a seu respeito, ninguém podedissimular a extensão que tomou empoucos anos. Pelo número e pela qua-lidade de seus partidários, conquistouuma posição entre as opiniões acei-tas”. Concluindo, depois de explicarque as questões sobre Espiritismo se-riam ali tratadas por espíritas, o editoraduziu: “Em suma, La Discussion nãose apresenta como órgão nem apósto-lo do Espiritismo; abre-lhe as suas co-lunas, como a todas as idéias novas,sem pretender impor essa opinião aosseus leitores, sempre livres de a con-trolar, de a aceitar ou de a rejeitar”.(Págs. 37 e 38.)

27. A Revista relata novo caso deobsessão levado a bom termo em ju-lho de 1865, na localidade de Cazères.A obsedada tinha 22 anos e, emboragozasse de saúde perfeita, fora de re-pente acometida de um acesso de lou-cura. Como os médicos não haviamconseguido curá-la, mesmo após suainternação num hospício de alienadosmentais, os pais recorreram ao Espiri-tismo. Evocando o Espírito obsessordurante oito dias seguidos, o grupoespírita conseguiu mudar suas más dis-posições e, feito isto, a doente ficoucurada. (Págs. 38 e 39.)

28. Analisando o fato, Kardec dizque o episódio constituía uma novaprova da existência da loucuraobsessional, cuja causa difere da lou-cura patológica e ante a qual a ciênciafalhará sempre enquanto se obstinarem negar o elemento espiritual e suainfluência sobre o homem. (Pág. 39.)

29. Em seguida, Kardec refere umfato semelhante relatado pelo grupo es-pírita de Marmande, que também ob-teve êxito ao tratar um camponês que,atingido por uma loucura furiosa, per-seguia as pessoas a golpes de forcado,para as matar. Ele era, no entanto, ape-nas uma vítima de uma obsessão gravee em oito dias, sem nenhum tratamen-to físico, voltou ao estado normal, gra-ças à terapia espírita (Págs. 39 e 40.)

30. Os casos de obsessão eram tãofreqüentes que não seria exagero di-zer que nos hospitais de alienadosmais da metade têm apenas a aparên-cia da loucura, mas não são loucos.Essa observação é de Kardec, que ad-

verte não ser fácil afastar os obsesso-res desencarnados. “O único meio deos dominar é o ascendente moral”,com cuja ajuda, pelo raciocínio e comsábios conselhos, é possível torná-losmelhores. Esse é o segredo da cura:conversa-se com o Espírito, buscan-do moralizá-lo e educá-lo, como farí-amos se ele estivesse encarnado, e di-rigindo com tato as instruções que lhesão dadas. (Págs. 40 a 42.)

Kardec explica por que existemantropófagos no mundo

31. Não nos devemos admirarmais das obsessões do que das enfer-midades e outros males que afligem ahumanidade, porque elas fazem partedas provas e das misérias devidas àinferioridade do meio em que vive-mos. Os homens sofrem então nestemundo as conseqüências de suas im-perfeições, porque, se fossem maisperfeitos, aqui não estariam. (Pág. 42.)

32. O depoimento de um passagei-ro que escapou com vida ao naufrágiodo Borysthène, ocorrido nas costas daArgélia a 15 de dezembro de 1865, étranscrito pela Revista e comentadopor Kardec, que explica por que, emcasos assim, há pessoas que se deses-peram e se matam, sem esperar o des-fecho do desastre. (Págs. 42 a 44.)

33. Duas comunicações sobre oassunto foram, então, recebidas na So-ciedade Espírita de Paris no dia 12 dejaneiro. Eis, de forma resumida, o queelas revelaram: I – A prece é o veículodos fluidos espirituais mais poderosose são como um bálsamo salutar para asferidas da alma e do corpo. Atrai todosos seres para Deus e faz a alma sair daespécie de letargia em que se acha mer-gulhada, quando esquece seus deverespara com o Criador. II – Dita com fé,provoca nos que a ouvem o desejo deimitar os que oram, porque o exemploe a palavra também levam fluidos mag-néticos de grande força. III – Quantoao homem que quis suicidar-se em faceda morte certa, a idéia lhe veio de umainstintiva repulsa pela água, visto queera a terceira vez que morreria dessamaneira. IV – Devemos orar pelos in-felizes, porque a prece de várias pes-soas forma um feixe que sustenta e for-tifica a alma pela qual é feita, dando-lhe força e resignação. V – Aos quejulgam não ter necessidade de Deus,o Pai permite sejam expostos a um fimterrível, sem esperança de qualquerajuda. Então eles se lembram de queoutrora rezaram e que a prece dissipaas tristezas, faz suportar os sofrimen-tos com coragem e suaviza os últimosmomentos do agonizante. VI – É quea prece é uma necessidade da alma etem para todos uma imensa utilidade.(Págs. 44 a 46.)

34. Segundo o Siècle de dezembrode 1865, o almirantado inglês advertiuos capitães de navios mercantes que sedirigiam à Oceania para tomarem to-das as precauções com vistas a evitarque sua tripulação fosse vítima dosantropófagos das Novas-Hébridas, dabaía de Jervis ou da Nova-Caledônia,onde recrudescera a prática da antro-pofagia. (Págs. 46 a 49.)

35. Comentando a notícia, Kardecexplica por que existem no mundo an-tropófagos, que são pessoas como nósmesmos. As almas dos que mantêmesse hábito – diz Kardec – estão ain-da próximas de sua origem e suas fa-culdades intelectuais e morais sãopouco desenvolvidas; mas elas pro-gredirão também, graças às vidas su-cessivas. (Págs. 48 e 49.)

Duas causas explicam aimpotência dos exorcismos

36. O fato de haver aumentadonaquela região do planeta a prática daantropofagia explica-se pela circuns-tância de ter, provavelmente, ocorri-do ali uma chegada em massa de al-mas bastante atrasadas, com vistas aoseu adiantamento, porque só reencar-nando é que elas poderão libertar-sedesses e de outros hábitos cujaerradicação é sinal inconteste de pro-gresso. (Pág. 49.)

37. A Revista informa que, desde ainteressante história que envolveu o sr.Bach e a espineta de Henrique III, o ci-tado músico tornou-se médium escre-vente. Outro curioso episódio relacio-nado com aquele instrumento musicalé relatado, então, por Kardec, no núme-ro de fevereiro de 1866. (Págs. 49 a 55.)

38. O próprio Henrique III, pre-sente à sessão realizada em janeiro naSociedade Espírita de Paris, de queparticipava também o sr. Bach, con-firmou ser o autor do pergaminho queo músico encontrara na espineta, à es-querda do teclado, entre duastabuinhas. A caligrafia, comparadacom a utilizada em outros manuscri-tos encontrados na Biblioteca Impe-rial, correspondia realmente à do mo-narca. (Págs. 51 a 55.)

39. Novos episódios de pancadase outras manifestações físicas espon-tâneas agitaram a casa de um fazen-deiro muito rico, em Équihen, pertode Boulogne. Chamados a intervir,quatro curas, seguidos depois de cin-co redentoristas e três ou quatro reli-giosas foram até a casa e praticaramo exorcismo, sem nenhum resultado.Como a família desconfiasse de queos fenômenos poderiam estar sendocausados por um irmão do fazendei-ro, morto dois anos antes na Argélia,os clérigos aconselharam-no a partirpara a Argélia à busca do corpo do

irmão, cumprindo o que lhe havia sidoprometido. (Págs. 56 e 57.)

40. Kardec aproveita a oportuni-dade para mostrar a incoerência dosexorcistas no caso. Ora, se eles enten-diam que na alma do falecido poderiaestar a causa dos fenômenos, por queo exorcismo? É preciso ser coerente.Duas causas – lembra Kardec – expli-cam a impotência dos exorcismos: 1a

– Eles são dirigidos aos demônios;contudo os obsessores e perturbadoresnão são demônios, mas seres humanos.2a – O exorcismo não é uma prece, masum anátema, uma ameaça, que irrita oagente invisível e não concorre para oconduzir ao bem. (Pág. 57.)

41. Os adversários do Espiritismonão perderam tempo e exploraram aomáximo as peloticas dos irmãosDavenport, os dois jovens americanosque foram pegos fraudando em Paris.Os críticos imaginavam, talvez, queKardec fosse defender os irmãos, masse enganaram inteiramente porque oCodificador deixou claro que as exi-bições teatrais e a exploração da me-diunidade nada têm a ver com o ver-dadeiro espírito da doutrina. “Que acrítica bata quanto queira nestes abu-sos; desmascare os truques e os cor-dões dos charlatães, e o Espiritismo,que não usa qualquer processo secre-to e cuja doutrina é toda moral, nãopoderá senão ganhar em ser desemba-raçado dos parasitas que dele fazemum degrau e dos que lhe desnaturam ocaráter.” (Págs. 59 a 61.)

Os fluidos espirituaissegundo a Doutrina Espírita

42. Notícia publicada na Françadiz que os irmãos Davenport, de vol-ta a Nova York, foram publicamentedesmentidos por um antigo compar-sa, o sr. Fay, na presença de numero-sa assistência. O sr. Fay teria desven-dado tudo, todas as charlatanices, osegredo das cordas e o dos nós, quehaviam tornado famosos os irmãos.Kardec, embora reiterando sua con-denação às exibições dos Davenport,contestou a notícia, informando queambos ainda se encontravam na In-glaterra. William Fay, o cunhado dosDavenport, que os acompanhava, eraoutra pessoa. O autor dos fatos divul-gados pelos jornais era um tal H.Melleville Fay, seu concorrente e nãoamigo. (Págs. 61 a 63.)

43. A crítica – observa Kardec –desceu o braço sobre os Davenport,julgando que assim estaria matandoo Espiritismo. Ora, o que ela matoufoi precisamente o que o Espiritismocondena e desaprova: a exploração,as exibições públicas, o charlatanis-mo, as manobras fraudulentas, as imi-tações grosseiras de fenômenos natu-

rais, o abuso de um nome que repre-senta uma doutrina toda moral, deamor e de caridade. (Pág. 64.)

44. Um longo estudo sobre os flui-dos espirituais abre a Revista de mar-ço de 1866. Eis, de forma resumida, osensinamentos que nele se contêm: I –Os fluidos espirituais representam umimportante papel em todos os fenôme-nos espíritas, ou melhor, são o princí-pio mesmo desses fenômenos. II – Nãoexiste uma única ciência que seja, emtodas as suas peças, obra de um só ho-mem. Assim se dá com a ciência espí-rita, que requer para se constituir o es-forço dos Espíritos e dos encarnados.III – Os corpos formam na obra da cri-ação uma cadeia ininterrupta, de tal sor-te que os três reinos não subsistem, narealidade, senão por seus caracteres ge-rais mais marcantes, visto que nos seuslimites eles se confundem. IV – O ho-mem pode operar artificialmente ascomposições e decomposições que seoperam espontaneamente na natureza,mas é impotente para reconstituir omenor corpo organizado, ainda que sejauma folha morta. V – Ele não podereconstituí-la, nem lhe dar vida, o quemostra que seu poder pára na matériainerte e que o princípio da vida está namão de Deus. VI – A ciência caminhapara a admissão de que os corpos cha-mados simples não passam de modifi-cações de um elemento único, princí-pio universal, designado sob os nomesde éter, fluido cósmico ou fluido uni-versal. VII – A química faz-nos pene-trar na constituição íntima dos corpos,mas, experimentalmente, não vai alémdos corpos considerados simples. Ora,entre esse elemento em sua pureza ab-soluta e o ponto onde param as investi-gações da ciência, o intervalo é imen-so. VIII – Raciocinando-se por analo-gia, chega-se à conclusão de que, entreesses dois pontos extremos, esse ele-mento primordial deve sofrer modifi-cações que escapam aos instrumentose sentidos materiais. IX – A naturezaíntima da alma escapa completamenteàs investigações humanas, mas sabe-mos que ela é revestida de um envoltó-rio ou corpo fluídico, constituindo, as-sim, com esse envoltório o ser que cha-mamos Espírito. X – Esse envoltório,que chamamos de perispírito, posto quede uma natureza etérea e sutil, não émenos matéria, e reveste a alma, nãosó durante a encarnação, mas tambémna erraticidade. XI – Sendo o laço queune a alma ao corpo material, o peris-pírito não é uma criação imaginária, esua existência é um fato comprovadopela observação. XII – Todas asteogonias atribuem aos seres invisíveisum corpo fluídico e São Paulo o defineclaramente em sua 1a Epístola aosCoríntios (XV:35-50). (Págs. 67 a 74.)(Continua no próximo número.)

MARCELO BORELADE OLIVEIRA

De Londrina

Page 15: O IMORTAL · então curso primário, atual-mente denominado ensino fun-damental, recorda-se de quan-do era convidado, aos seis anos de idade, a retirar-se da aula de religião: “na

O IMORTALPÁGINA 16 FEVEREIRO/2006

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

A convivência com os ami-gos, o bom relacionamento fami-liar e tudo o que pode ser feitopara a compreensão dos desafi-os que as pessoas enfrentam aolongo da existência na Terra. Re-ceitas como essas, de saúde e deequilíbrio, foram proferidas du-rante as palestras “Amor e Tole-rância” e “Perdão”, realizadasnos dias 14 e 15 de janeiro, pelajornalista Alexandra Torres(foto), no Centro Espírita NossoLar e no Centro Espírita Meimei,em Londrina.

As incompreensões, segundoAlexandra, que também atua naAssociação dos Divulgadores doEspiritismo de Pernambuco(ADE-PE), surgem quando aspessoas passam a questionar osproblemas vivenciados em seusgrupos familiares ou sociais.“Existe uma necessidade de re-

Amor e perdão: a importância do saber compreender

FERNANDA BORGESDe Londrina

encarnarmos naquelafamília ou naquelegrupo de amigos. Nos-sa dificuldade emcompreender a atitudede um ou de outro énosso primeiro grandedesafio. Por isso a im-portância desse núcleofamiliar. Por isso rece-bemos essa famíliacorporal”, disse.

A programação re-encarnatória prepara oindivíduo para recebera família e o grupo so-cial ao qual ele estará submetidoa conviver durante sua existência.Por isso mesmo, segundo a jorna-lista, o plano espiritual disponibi-liza boas condições para que a cri-atura possa conviver naquele nú-cleo. “Durante toda a nossa vidana Terra, vamos nos deparar comum amigo que parece um irmão,uma mãe de que a gente tanto ne-cessita ou um pai de que a gente

tanto precisa. As diferenças decada um deles servirão para lapi-dar as nossas imperfeições e iden-tificar o nosso próprio egoísmo”,ressaltou Alexandra.

As divergências e a troca deexperiências que cada indivíduoconsegue por meio dos mais vari-ados tipos de relacionamentos ser-vem como uma descoberta do pró-prio “eu”. Segundo Alexandra,quando se tenta fugir dos proble-mas, evitando a convivência comas pessoas ou deixando de se re-lacionar, perde-se uma grandeoportunidade de aprendizado.

A jornalista disse que é de ex-trema importância o momento emque cada indivíduo se questionaquanto ao seu verdadeiro papel nocontexto de todos os relaciona-mentos, sejam eles amorosos, fa-miliares ou sociais. “Não estamosaqui simplesmente para passar fé-rias, mas sim porque cada um de

nós tem uma realidadede vida diferente. Nor-malmente temos neces-sidades afetivas a seremsanadas, mas não temoso costume de olhar paradentro de nós e enxer-gar que o que pode es-tar me impedindo deconseguir esse afetopode ser eu mesmo”,salientou.

Nos relacionamen-tos pautados no “juntarde idéias”, não há se-paração ou divergênci-

as causadas pelo tempo. Segun-do Alexandra, quando as pesso-as tomam consciência da impor-tância de não se deixarem levarpelas “camuflagens”, como a de-pendência, a carência, o ciúme,a possessividade e o medo, tudoocorre de maneira natural e pací-fica. “Existem casais que não seconhecem. Pessoas que não con-seguem abrir-se para os filhos, oumaridos e esposas. É maravilho-so quando você pode falar do queo incomoda para alguém quevocê sabe que vai compreendê-lo. Tudo isso sem sentir medoporque você sabe que aquela pes-soa o ama de verdade”.

Ainda segundo a jornalista, napalestra sobre “Perdão”, os diasatuais tendem a fazer com que aspessoas, por meio de brigas ou de-sentendimentos, acabem rompen-do laços com amigos ou familia-res. O perdão, na opinião dela, ou

melhor, a falta de perdão fazcom que as pessoas acreditemestarem construindo uma perso-nalidade forte, sendo que na ver-dade elas tendem a ficar cadavez mais violentas. “Essa faltade perdão tem-nos trazido inú-meros problemas durante nossasreencarnações. Tornamo-nosdesgostosos com a vida e pas-samos a não compreender os en-sinamentos de Jesus”, salientoua palestrante.

O orgulho supervalorizado,a felicidade do outro deixandoo indivíduo mal, ou a falta dereconhecimento da sua própriafragilidade – esses são para Ale-xandra alguns dos problemassérios que devem ser evitadospara que o orgulho não tomeconta da vida da pessoa. “Quan-do entramos nesse vício de acharque somos o melhor que o ou-tro, não conseguimos entenderquanto somos frágeis, não acei-tamos as críticas e não sabemosperdoar”, ressaltou.

Uma pessoa que passa a sequestionar quanto às suas reaisatitudes, passa a se compreen-der, e isso é um passo importan-te, que a jornalista destacou,para que essa pessoa possa des-cobrir suas limitações. “A com-preensão dispensa o perdão.Quem compreende não se ofen-de. Por isso, o melhor mesmo énão ter que perdoar, mas simcompreender. Essa é a fórmula”,finalizou a palestrante.

Temas foram abordados durante palestras proferidas por AlexandraTorres, jornalista e líder no movimento espírita de Pernambuco

Lições paraeducação do afeto

No tocante à educação do afeto, Alexandra Torres propôs em suaspalestras as posturas que se seguem:

• ter para si mesmo a condição de dar mais afeto do que receber• vigor solidário• irradiar alegria• amar mesmo que não seja amado• conter o egoísmo• saber conviver harmoniosamente• exercitar a sensibilidade.

São, portanto, formas equivocadas do perdão, na visão da referidajornalista:

• Rancor: “Perdôo, mas não esqueço o que você me fez!”• Condenação: “Perdôo, mas não quero vê-lo nunca mais.”• Menosprezo: “Perdôo, mas lamento ter me envolvido com esse

infeliz sem eira nem beira!”• Maldição: “Perdôo, mas Deus há de castiga-lo.”• Pretensão: “Perdôo, mas antes lhe direi umas verdades.”

(Fernanda Borges)

FrasesNas palestras proferidas pela jornalista Alexandra Torres, algumas frases se impuseram por sua

importância. Ei-las:• “A caridade e a tolerância são deveres primários que a doutrina impõe a seus adeptos.”• “O afeto é um dos pilares do ser humano.”• “Nós não vamos conseguir ser afetivos se estivermos nos preocupando com o bem material.”• “Precisamos cultivar a ética do SER ao invés de cultivar a ética do TER.”• “Amar é uma aprendizagem, uma construção.” (F.B.)

Alexandra Torres durante a palestra que proferiu no “Nosso Lar”