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Qualidade: A Prática Escrita e a Autorização de Trabalho nas empresas de END Edição 62 | Ano VIII | Junho de 2014 O crescimento da indústria de Defesa Abendi certifica Conteúdo Local

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Qualidade:A Prática Escrita e a Autorização de Trabalho nas empresas de END

Edição 62 | Ano VIII | Junho de 2014

O crescimento da indústria de Defesa

Abendi certificaConteúdo Local

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ISSN: 1980-1599

Conselho EditorialWagner Romano – GE EnergyRenato Nogueira de Paula – UsiminasOswaldo Rossi Júnior – Inter-metroCarlos Madureira – BBL Bureau BrasileiroJosé Santaella R. Jr. – Santec SoldasRaimar Schmidt – RAIMECK

Comitê CientíficoProf. Américo Scotti – UFUProfa. Raquel Gonçalves – UnicampProf. Matias R. Viotti – UFSCProf. Armando Shinohara – UFPEProf. Francisco Ilo – UPEProf. Roberto Sacramento – UFBA

EquipeJornalistas: Alexandra Alves (MTB 26.660) Edu Oliveira (MTB 47.933)Colaboração: Renata FloresComercial: Carlos Eduardo VillarWeb Designers: Henrique Leal e Wellington RodriguesRevisor: Paulo RanieriProjeto Gráfico | Diagramação: Giovana Garofalo Capa | foto: Shutterstock | Edição gráfica: Equipe AbendiGráfica: Duo Graf

Tiragem7.700 exemplares

Público leitor:Profissionais especializados (engenheiros, gerentes, administrado-res) de empresas de END e Inspeção, usuários dessa tecnologia, téc-nicos (supervisores, inspetores e operadores) que estão diretamen-te envolvidos com o tema e Instituições de Ensino.

A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamen-to dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. A publicação reserva-se ao direito de, por motivo de espaço e clareza, resumir cartas e artigos.

expediente

| Sede AbendiAv. Onze de Junho, 1317 – Vila ClementinoCEP: 04041-054. São Paulo (SP)Tel. (011) 5586-3199 – Fax (011) 3302-5850Site: www.abendi.org.br

| BibliotecaLançamentos de livros, apostilas, anais e produtos [email protected](11) 5586-3196

| CertificaçãoBureau de Certificação Abendi(11) 5586-3181

| EventosFeiras, eventos, simpósios e encontros do [email protected](11) 5586-3197

| NormalizaçãoÁrea técnica da [email protected](11) 5586-3195

| SóciosSeja um sócio ou sócio patrocinador da [email protected](11) 5586-3190 ou 3146

| TreinamentosTreinamentos e Ensino a Distância (EAD)[email protected](11) 5586-3141 ou 3175

| Informações [email protected]

| Para anunciar na revista e nos veículos da [email protected](11) 5586-3171

| Comunicação:[email protected]

Sócios recebem gratuitamente a revista.

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Qualidade:A Prática Escrita e a Autorização de Trabalho nas empresas de END

Edição 62 | Ano VIII | Junho de 2014

O crescimento da indústria de Defesa

Abendi certificaConteúdo Local

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editorial

| Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: [email protected]

Luiz Fernando Corrêa Ferreira

Presidente da Abendi

Como já prevíamos, estamos em um ano atípico e bastante difícil, que atinge os principais setores da economia, afetando a indústria, o comércio e os serviços em geral.

Nossa Associação também atravessa um período que nos tem exigido redobrada atenção de toda a equipe, quer seja na gestão financeira ou nas ações estratégicas como nos planos de contingência.

Mas, a despeito de tudo o que acontece lá fora, mantemos nossa produção. Novas certificações, melhorias na área de atendimento ao nosso cliente e a realização de mais uma edição do ConaEnd&IEV – o maior e mais importante evento do setor na América Latina – estão entre os destaques deste ano.

Esta edição da revista traz uma boa visão sobre o setor de Defesa brasileiro; retoma a questão sobre a importância da Prática Escrita e da Autorização de Trabalho; reitera a relevância da criação da Conapro – Comissão Nacional de Profissionais de Ensaios Não Destrutivos; e traz as duas últimas matérias sobre ENDs na Copa do Mundo.

Para complementar, ainda temos boas notícias, como a conquista de um importante patrocinador para a nossa Olimpíada de Inspeção; de dois patrocinadores para o 12º Encontro Regional de END e Inspeção que acontecerá em outubro, em Caxias do Sul; de novos patrocinadores para o ConaEnd e sobre a presença de empresas estrangeiras na 19ª ExpoEnd – Exposição Técnica de Equipamentos, Produtos e Serviços de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção .

Boa leitura a todos e aguardamos vocês em agosto, no ConaEnd, ocasião em que celebraremos os 35 anos de existência desta conceituada Associação.

Boa leitura!

30 capa

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30 capaa independência do setor de defesanacionalestima-se que o setor crie120 mil empregos diretose 480 mil indiretos nospróximos 20 anos.

só cios patro cinadores• Vallourec investe em inovador sistema de Ultrassom Automatizado Phased Array para inspeção de tubos de aço sem costura.• Magnaflux® apresenta sua nova geração de Luminárias LED Ultravioleta e o Spotcheck C15, um limpador/removedor para substituir definitivamente o uso do Thinner.• Inspetec: com qualidade, pela qualidade.

só ciosEmpresas associadas têm espaço na Abendi.

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notícias• Novo sistema de inspeção UV chega ao mercado;• Primeiro encontro da Conapro;• Alunos Abore são certificados.

06

eventosEncontro Regional de END conquista o sul do país.

22

treinamentosAcompanhe as novidades do setor de Treinamento Abendi.

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cer tif ic aç ãoCertificação de Conteúdo Local cresce na Abendi.

26

normalizaç ãoParticipe das Comissões de Estudo da Abendi.

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ar tigos técnicos• Aplicação de técnicas avançadas de END na monitoração dedescontinuidades;• Sistema eletrônico embarcado para diagnóstico automático em campo de inspeções por Ultrassom.

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c alendárioCursos para os meses de julho e agosto de 2014.

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08insp eç ãoQualidade: A Prática Escrita e a Autorização do Trabalho. ar tigo esp ecial

Reconhecimento e aceitação de certificados.

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c aderno da copa• Arena da Baixada – Curitiba (PR).• Arena Maracanã – Rio de Janeiro (RJ).

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notícias

NOVO SISTEMA DE INSPEÇÃO UV CHEGA AO MERCADO

A Labino AB lançou recentemen-te o Galaxy, um compacto e ex-

pansível sistema de inspeção ultra-violeta empregado em Ensaios Não Destrutivos.

A novidade ajusta-se às inspeções de Partícula Magnética e possui tec-nologia LED para auxiliar os usuários a fazer longas e repetitivas tarefas em peças de metal de todos os tipos e tamanhos.

Cada unidade pesa 2,2 quilos e apresenta design modular, que pos-sibilita a expansão da conexão em até seis unidades (72 LEDs, 12 em cada unidade).

Além disso, o aparelho possui con-trole para operações remotas e um avançado sistema de refrigeração que dissipa o calor gerado pelo LED.

Segundo a Labino AB, o Galaxy é 100% livre de emissões de UV-B e os LEDs possuem filtros que emitem ní-veis muito baixos de luz visível. a

PRIMEIRO ENCONTRO DA CONAPRO

A inda dá tempo para se inscrever e para participar das reuniões

que discutirão as questões mais im-portantes da atividade dos profis-sionais de Ensaios Não Destrutivos e Inspeções.

A Conapro (Comissão Nacional de Profissionais de Ensaios Não Destruti-vos) nasceu em março, no Dia do Pro-fissional de END, e organiza-se para re-alizar seu primeiro encontro nacional.

Em três meses de existência, o gru-po foi crescendo e ganhando mem-

bros em diversos Estados brasileiros. As reuniões serão presenciais, re-

alizadas na sede da Abendi, em São Paulo (SP), mas contarão com a tec-nologia para estender a discussão em tempo real para membros de vários Estados do país por meio de softwares de videoconferências.

Para se tornar um membro da co-missão, envie um e-mail para a An-dreia Luiza ([email protected]) manifestando o seu interesse em participar. a

ALUNOS ABORE SÃO CERTIFICADOS

Foram aprovados, no dia 29 de abril, os treze alunos que formaram a primeira turma de ofi-ciais da Abore (Associação Brasileira de Oficiais da Reserva). Os novos profissionais N3 em Ultrassom e Lí-quido Penetrante fizeram parte de um convênio entre a Abendi e a Abore que, desde janeiro do ano passado, esforça-se para suprir a carência do mercado por profissionais de Nível 3.

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inspeção

Isa Magalhães

A s empresas que atuam com Ensaios Não Destrutivos e Inspeções são plenamente

responsáveis pelas atividades que seus profissionais realizam em suas instalações. Entretanto, esta respon-sabilidade não está mais evidente

na estrutura das empresas. Existe uma dúvida sobre como e sobre quem deve emitir a Autorização de Trabalho e a ausência desta ativida-de pode acabar refletindo direta-mente no resultado de todas as ins-peções realizadas.

QUALIDADE: A PRÁTICA ESCRITA E A AUT ORIZAÇÃO DO TRABALHO

Manual da qualidade

Na definição da ABNT NBR ISO/IEC 17020, Organismo de Inspeção é uma organização que executa o exame de produtos, processos e serviços; que determina sua confor-

Edu Oliveira

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9tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

QUALIDADE: A PRÁTICA ESCRITA E A AUT ORIZAÇÃO DO TRABALHO

midade com requisitos específicos ou gerais, sempre com base em um julgamento profissional.

Em 2008, o movimento pela acreditação de empresas chegou à área dos ENDs e inspirou a im-plantação e a reformulação dos sis-temas de gestão da qualidade de

todos esses organismos. Um dos requisitos que ganharam

força nessa busca pela acreditação do Inmetro foi a elaboração de me-lhores Práticas Escritas (Manual da Qualidade) que englobassem a ad-ministração e o controle de pessoal com a finalidade de atender às exi-

gências dos clientes e aos regula-mentos nacionais e internacionais.

No caso específico dos ENDs, a Prática Escrita discorre sobre os requisitos necessários para o bom funcionamento da instalação de END como as responsabilidades dos profissionais N1, N2 e N3; as certificações exigidas para cada se-tor, método e nível; a aplicação de treinamentos específicos e a iden-tificação do profissional responsá-vel pela análise e pela emissão da Autorização de Trabalho.

Para Marcelo Neris, gerente do CEQ Abendi, implementar a Prá-tica Escrita em uma instalação é uma ótima forma de melhor gerir as condições de trabalho e reduzir ainda mais a probabilidade de que ocorram falhas nos processos de inspeção.

Autorização de trabalho

A Autorização de Trabalho é o documento que assegura o resul-tado da aplicação dos requisitos da Prática Escrita e deixa evidente a responsabilidade do emprega-dor pela permissão do seu pessoal para o trabalho.

O empregador ou o profissional N3 encarregado de emitir a autori-zação precisa verificar se as tarefas de END a serem desempenhadas estão de acordo com a qualifica-ção do profissional. O registro en-

REQUISITOS PRINCIPAIS (ISO 9712)

A acuidade visual deve ser comprovada pela leitura de um texto escrito com a fonte Times New Roman de 4,5 pontos, a uma distância de 30 cm, com pelo menos um dos olhos. Já a experiência profissional representa a quantidade de ho-ras trabalhadas. A norma aceita algumas reduções em fun-ção da escolaridade ou da atuação em mais de um método simultaneamente.

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10 revista abendi no 62junho de 2014

inspeção

volve as checagens do método, do nível e do setor industrial; além de cobrir eventuais necessidades de treinamento adicional ( job especific training).

Também são conferidos requisitos como aptidão física, treinamento es-pecífico e continuidade do trabalho. Se estiverem em ordem, a autoriza-ção é emitida e o profissional poderá desempenhar atividades de nível es-pecífico, em uma área determinada da empresa.

Para Marcelo, a certificação atesta a capacidade de uma pessoa para re-alizar determinada atividade. A Auto-rização de Trabalho oficializa que ele sabe como a empresa funciona e está pronto para desempenhar suas ativi-dades com segurança e eficiência.

“A autorização é muito importan-te, pois completa o ciclo da certifi-cação profissional. Implementar isso dentro das empresas significa me-lhorar a qualidade dos produtos e

dos serviços, já que os profissionais só serão autorizados após uma aná-lise detalhada para checar se ele está realmente apto e preparado para re-alizar aquela inspeção”, esclarece.

Normas e diretrizes

A Autorização de Trabalho apare-ce discriminada na norma NM ISO 9712:2014 e pode ser implementada através da aplicação de alguns requi-sitos da ABNT NBR ISO/IEC 17020.

De acordo com a ISO 17020, toda empresa de inspeção precisa ter um profissional N3 responsável pela es-trutura dos Ensaios Não Destrutivos para analisar o cenário e para autori-zar as atividades.

Segundo Marcelo, essa caracterís-tica deveria ser cultural. Em outros países, é comum ver as atividades de END nas empresas serem estrutu-radas em função do profissional N3, deixando para ele a responsabilida-

de de receber e de atribuir os servi-ços entre os membros da equipe.

O texto da norma ressalta, ainda, que os profissionais de inspeção de-vem ter qualificações apropriadas, treinamento, experiência e conhe-cimento satisfatórios. Eles precisam dominar a tecnologia utilizada na fabricação dos produtos inspecio-nados; a operação e a forma como os produtos são usados; os proces-sos operados; e eventuais falhas previstas e evitadas com o uso dos equipamentos.

Esse tipo de conhecimento e habi-lidade é muito próprio a cada em-presa e deve ser transmitido aos profissionais através de períodos de integração, de trabalho monitorado por inspetores experientes e por um treinamento contínuo para acompa-nhar o desenvolvimento tecnológico e os métodos de inspeção.

Se o profissional simplesmente ingressar no quadro de funcionários

“A autorização é muito importante, pois completa o ciclo dacertificação profissional. Implementar isso dentro das empresassignifica melhorar a qualidade dos produtos e dos serviços...”(Marcelo Neris, gerente do CEQ Abendi).

EmprEsa[Treinamento específico na empresa;[Experiência na empresa;[Exames teóricos na empresa;[Exames específicos na empresa.

organismos dE cErttificação[Escolaridade;[Experiência profissional;[Exames teóricos (gerais e específicos);[Exames práticos (gerais e específicos).

autorização dE trabalho E prática Escritaprocessos totalmente descritos no Manual da Qualidade da empresa.

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ICNDT

O ICNDT trabalhou bastante nos últimos anos para harmonizar os sistemas de qua-lidade. Segue, abaixo, um modelo de Autorização de Trabalho criado por eles para inspirar a adoção desta prática por países de todo o mundo.

de uma empresa e já sair trabalhan-do, a probabilidade de surgir alguma falha é muito grande, pois ele não foi adaptado para as condições e para a realidade daquela situação.

“Os Organismos de Certificação fornecem os profissionais certifica-dos. Mas se a empresa não redigir uma boa Prática Escrita e emitir as Autorizações de Trabalho, podemos ter profissionais certificados traba-lhando sem os procedimentos corre-tos”, esclarece Marcelo.

A ISO 17020 fala também que o Organismo de Inspeção deve pos-suir procedimentos documentados para selecionar, treinar e autorizar formalmente os inspetores e as de-mais pessoas envolvidas nos proces-sos de inspeção.

Além da ISO 9712 e da ISO 17020, a Autorização de Trabalho está definida em todos os documentos da Abendi (NA-001, NA-006, NA-008...), como sendo uma responsabilidade intrínse-ca e exclusiva do empregador. a

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14 revista abendi no 62junho de 2014

sócios

EMPRESAS SóCIAS DA ABENDI

ACINOR Inspeções e Serviços Técnicos LtdaASNDT-Tech - Avaliação de Integridade de Equipamentos Ltda.ATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPPAbsolute Examinações Não Destrutivas LtdaAdvanced OEM SolutionsAhak Brasil Serviços Industriais LtdaAltiseg Equipamentos de Segurança de Trabalho LtdaArctest Serviços Tec. Insp. e Manut. Indl. LtdaArmenio End. Inspeção de Soldas Ltda.Arotec S/A Indústria e ComércioAsociación de Inv. Met. Del Noroeste - AIMENAuxilio - Assessoria e Serviços Técnicos LtdaAços F. Sacchelli LtdaÁtomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C LtdaBBL - Bureau Brasileiro LtdaBC TRADE - Comercial Importadora e Exportadora LtdaBRTÜV Avaliações da Qualidade LtdaBelov Engenharia LtdaBently do Brasil Ltda.Brasil Inspeção de Equipamentos Industriais Ltda - EPPBrasitest LtdaBraskem S/A - UNIB 1 BABureau Veritas do Brasil Soc. Classificadora e Certif.LtdaBureau de Avali. da Conf.Quali. de Sistem. Ltda.C. C. C de Morais & CIA LTDA - MEC.I.C Certificação em Equipamentos Indus-triais e Cabos LtdaCBC Indústrias Pesadas S/ACCI - Centro Controle e Inspeção LtdaCEETEPS - Faculdade de Tecn. dePindamonhangabaCETEMQ Centro Tecn. de Mão deObra Qualif.CIA - Centro Nacional de Tecnologiae Com. LtdaCONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. LtdaCOTEND Controles Técnicos e END e Montagem LtdaCapaz Inspeções LtdaCarestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda SallesMarques & Cia LtdaCentro de Pesquisa de EnergiaElétrica - CEPELCentro de Treinamento de Rio das Ostrase Inspeção LtdaCesar & Fritsch Offshore Serviços deManutenção LtdaCia de Saneamento Básico doEst. São Paulo- SABESPCivil Master Projetos e Construções Ltda

Cláudia Vital M.E - Vital End Equip. eAcessórios para ENDColdclima Comercio e Instalação de Maquinas e Equip. LtdaCompergy Qualidade LtdaConcremat - Engenharia e Tecnologia S/AConfab Industrial S/AConnect. Serv. CS Serviços de Mecânica Met. e Man em Altura LtdaControl Service - Prest. Serv. de Insp. e Repres. ComercialCooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab. em Metalurgia - UNIFORJACooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCooperativa dos Insp. de END Estado BA - COOENDD-Edge Comércio e Serviços Ltda MEDMCJ Inspeções LtdaDerrick do Brasil Serviços LtdaDetection Technology IncDeten Química S/ADiagnostic Imagind Automação LtdaDivers University Esporte Aquático LtdaEMC Engenharia Ltda.END Araújo Eletrônica IndustrialEND OliveiraEND Total Inspeções e Manutenção deEquipamentos Industriais Ltda - MEEND TreinamentusEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem Ltda - MEEPM Engª de Inspeção, Planejamento e Manutenção LtdaEclipse Scientific South America LTDA.Elfe Óleo e Gás Operação e Manutenção S/AEndtecne Importação e Comércio de END LtdaEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaEscola de Engª Eletromecânica daBahia - EEEMBAEstaleiro Brasa LtdaEvidência Qualidade Montagem e Manutenção Industrial S/SExtendeFocus Consultoria e Representação LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos eLevantamentos LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGamatron Radiografia Industrial LtdaGerman Engenharia e Serviços deManutenção LtdaGlobal End - Inspeções e Consultoria Ltda - MEHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHINTER-METRO Serviços Especiais Ltda

IRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura eQualidade LtdaITW Chemical Products LtdaInecon Inspeções LtdaInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspección y Diagnóstico Técnico ISOTEC LtdaInspecon - Inspeção e Ensaios nãoDestrutivos - EIRELIInspetec Inspeções Técnicas Ltda MeInstrumental Inst. de Medição LtdaIntegra - Coop. Prof. Engª IntegridadeEquip. LtdaIntelligeNDT Systems & Services GmbHJBS Inspeção e Ensaios LtdaJMF Ferreira Man. Indl. e Alp. Industrial Ltda.JN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em Equip. Ind. LtdaJPW - Insp. e Cont. da Qual. Montagens Fabricação e Manut. IndustrialK2 do Brasil Serviços LtdaKoende Tecnologia em InspeçõesIndustriais LtdaKroma Produtos Fotográficos eRepresentação LtdaKubika Comercial LtdaLWF Treinamento e Consultoria em Engª LtdaLambda Inspeções Treinamentos e Serviços Ltda. MELatin Consult Engenharia S/S LtdaLenco - Centro de Controle Tecnológico LtdaLloyd’s Register do Brasil LtdaLot Engenharia e Consultoria Limitada MELottici Acesso por Corda Ltda - MELuthom Engenharia LtdaM2M do Brasil - Comércio, Serviços eRepresentação em END Ltda.MKS Serviços Especiais de Engenharia LtdaMarcelo de Carvalho Salomão EPPMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMegasteam Instrumentação & Mecânica LtdaMetal-Chek do Brasil Indústria eComércio LtdaMetalquímica Tecnologia e Serviços Ltda EPPMetaltec Não Destrutivos LtdaMoody Internacional Brasil Ltda.NDT do BrasilNews Inspeções LtdaNr Treinamentos LtdaNuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção deEquipamentos LtdaO. S. Inspeções e Reparos em Equipamentos Industriais Ltda - EPPOceânica Engenharia e Consultoria LtdaPaneng Engenharia e Consultoria Ltda

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Petrobras Transportes S/A - TranspetroPetrustest Consultoria em Controle da Qualidade LtdaPetróleo Brasileiro S/A - PETROBRASPhysical Acoustics SouthAmerica Ltda - PASAPlanet Serviços LtdaPolimeter Comércio e Representações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste InspeçõesPowertemp Tecnologia Industrial LtdaProaqt Empreedimentos TecnológicosProceq SAO Equipamentos de Medição LtdaQualitate Inspeções e END LtdaQualitec Engenharia da Qualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo e Manutenção LtdaQualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica LtdaRaimeck Comércio Importação eExportação LtdaRufino Teles EngenhariaSantec - Tecnologia de SoldagemSenat Group do Brasil - Serviços Marítimos e Terrestres Ltda.SEND Control Inspeções Industriais LtdaSINCQ - Serviços Industriais e Controlede Qualidade LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSagatech Inspeções de EquipamentosLtda - MESaipem do Brasil Serviços de Petróleo.Sanesi Engenharia e Saneamento LtdaSansuy S/A Indústria de PlásticosSantos & Fagundes Assessoria emResgate LtdaSatec Controle de Qual. EquipamentosPetroquimicos Ltda - EPPServ-End Indústria e Comércio LtdaServiço Nacional de AprendizagemIndustrial - SENAI

Serviços Marítimos Continental S/ASiemens LtdaSoldas Especiais ArmênioSolutec Brasil Serviços Técnicos em Monta-gem e Manutenção LTDASystem Asses., Insp. e Controle daQualidade LtdaT&D Inspeções e Consultorias LtdaTGM - Turbinas Indústria e Comércio LtdaTQI Treinamento, Qualificação e Inspeção Industrial LtdaTSA Tubos Soldados AtlânticoTSI Tecnologia Serviços e Inspeção LtdaTec Sub Tecnologia Subaquática LtdaTechnical Books Livraria LtdaTechnical Solutions Comercio e Serviços Tecnicos LTDA METechnotest Serviços de InspeçõesTécnicas LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTecnopetro Inpeção e Consultoria LtdaTerminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMARTop Team Brasil LtdaTopcheck Controle da Qualidade LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tracerco do Brasil Diagnósticos deProcessos Industriais LtdaTuper Tubos S/AUNIFORUsinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USIMINASValbrasil Comércio e Indústria LtdaVallourec & Sumitomo Tubos do Brasil LtdaVallourec Tubos do Brasil S.A.Varco International do Brasil Equipamentos e Serviços LtdaVictória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVillares Metals S/AVoith Hydro LtdaWelding Science-Medar Com. Serv. Ltda.EPPWelding Soldagem e Inspeções Ltda

EMPRESAS ASSOCIADAS TêM ESPAÇO NA ABENDI

C riar e apresentar aos seus sócios, tanto pessoa física quanto jurídica, uma gama cada vez maior de benefí-

cios é parte do trabalho da área Associativa da Abendi. A novidade, agora, é que a Abendi abriu suas instalações

para as empresas associadas realizarem palestras de caráter técnico-comercial, colocando à disposição um auditório, com capacidade para 80 pessoas, e projetor multimídia. A secretaria do evento e o coffee-break também são oferecidos pela Abendi.

“Nossa sede é um espaço muito agradável, de fácil acesso – próximo ao Metrô Santa Cruz, ao aeroporto de Congonhas e a importantes vias, como a rua Domingos de Morais e a avenida Rubem Berta. Acreditamos tratar-se de uma ótima oportunidade para que nossas empresas associadas possam promover reuniões, debates e palestras tanto para seu pú-blico interno, quanto para divulgação de seus produtos e/ou serviços para clientes e prospects”, comenta Irani de Oliveira, gerente executiva da Associação.

Uma das primeiras empresas sócias a usufruir desse be-nefício foi a Inter-Metro. A empresa promoveu, em maio, um seminário para divulgação da tecnologia de Correntes Parasitas e de seus avanços como no caso de inspeções em altas temperaturas. Em parceria com a Isend, representada da Espanha, eles optaram por usar as instalações da Abendi e suas facilidades para realizar o evento.

“Fomos muito felizes na escolha e pronta e totalmente atendidos pela equipe da Associação, e, sob o ponto de vis-ta técnico, obtivemos pleno sucesso, com uma participação massiva de interessados e uma discussão muito interessan-te de casos e aplicações”, declara Oswaldo Rossi Jr., diretor da Inter-Metro.

“Frente ao êxito obtido, estamos planejando realizar novo evento no segundo semestre deste ano com a introdução de novidades da linha Isend e até outros seminários em outras técnicas como UT PhasedArray/TOFD”, acrescenta Oswaldo.

Novo benefício amplia divulgação de produtos e serviços

a

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18 revista abendi no 62junho de 2014

VALLOUREC INVESTE EM INOVADOR SISTEMA DEULTRASSOM AUTOMATIZADO PHASED ARRAy PARAINSPEÇÃO DE TUBOS DE AÇO SEM COSTURA

C om o objetivo de reforçar a po-sição de líder no mercado brasi-

leiro, a Vallourec acaba de realizar um novo investimento em equipamen-tos de Ensaios Não Destrutivos na linha de tratamento térmico da lami-nação automática.

O equipamento, uma tecnologia inovadora de sistema de ultrassom automatizado Phased Array para ins-peção de tubos de aço sem costura, foi instalado no primeiro semestre deste ano na usina localizada em Belo Horizonte (MG), uma das mais modernas siderúrgicas integradas do mundo, com área de aproxima-damente 2 milhões de m² e capa-cidade de até 550 mil toneladas de tubos por ano.

A tecnologia foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a enge-nharia da Vallourec unidade Tubos, o centro de pesquisa da Vallourec lo-calizado em Aulnoye (França) e a GE Sensing & Inspection Technologies, lo-calizado em Hurth (Alemanha).

A técnica aplicada é a Phased Ar-ray Paint Brush com um sistema ele-trônico em processamento paralelo que realiza a inspeção do produto, capaz de detectar descontinuidades longitudinais, transversais, dupla-la-minação e medição da espessura de parede sem alterar a forma ou as pro-priedades físicas, químicas, mecânicaou dimensionais do material. Adicio-nalmente, é possível a detecção de descontinuidades com orientações oblíquas de 0° a ±45° sem interva-los, com flexibilidade para estender a inspeção oblíqua em ângulos pré-

definidos até ±67°, combinando alto desempenho de teste e reduzindo as extremidades do tubo não cobertas em modo automático.

De acordo com Paulo Bruschi, en-genheiro de Ensaios Não Destrutivos do setor de Qualidade da Vallourec, o equipamento entrará em plena ope-ração no segundo semestre deste ano e as principais motivações para a aquisição do equipamento foram as exigências das normas nacionais e internacionais, bem como especifica-ções de clientes de tubos de aço sem costura. “O mercado recomenda e requer o teste pelo método de ultras-som para inspeção de descontinuida-des oblíquas em diferentes ângulos. Desta forma, o desenvolvimento e a instalação desse equipamento repre- a

sóciospatrocinadores

Vallourec investe em inovador sistema de ultrassom automatizadoPhased Array para inspeção de tubos de aço sem costura.

sentam um diferencial, assegurando a qualidade dos produtos premium pro-duzidos pela Vallourec e garantindo o atendimento às normas e especifica-ções dos clientes”, afirma.

Sobre a Vallourec

A Vallourec é líder mundial em solu-ções tubulares de alta qualidade (pre-mium), atendendo principalmente aos mercados de óleo e gás, energia, e ou-tras aplicações industriais. Com mais de 23 mil empregados, instalações de produção integrada, um setor de pes-quisa e desenvolvimento avançado e presente em mais de 20 países, a em-presa oferece, aos clientes, soluções globais inovadoras para enfrentar os desafios do século XXI.

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19tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Contudo, a grande novidade da Magnaflux® está no lançamento do produto Spotcheck C15, que foi especialmente desenvolvido para substituir os solventes convencionais altamente agressivos ao meio ambiente e ao inspetor existentes no mercado de END, como o Thinner.

Seguindo também uma tendência de produtos ambientalmente corretos e que geram menor impacto tanto ao inspetor quanto ao meio ambiente, o Spotcheck C15 é um limpador/removedor à base de solvente de evaporação super-rápida. É

um produto isento de halogênios e de aromáticos, além de não ser agressivo, nem tóxico.

O Spotcheck C15 é utilizado nos processos de inspeção para a lim-peza da peça, na preparação da superfície de inspeção ou durante o processo de remoção de penetrantes removíveis a solventes ou pós--emulsificáveis. Também é recomendado para a remoção de tintas con-traste branco (como o Magnavis WCP-2) nos processos de inspeção por Partículas Magnéticas visíveis e na pós-limpeza em geral.

MAGNAfLUx® APRESENTA SUA NOVA GERAÇÃO DE LUMINÁRIAS LEDULTRAVIOLETA E O SPOTCHECk C15, UM LIMPADOR/REMOVEDOR PARA SUBSTITUIR DEfINITIVAMENTE O USO DO THINNER

A Luminária Estacionária de luz ultravioleta UV-LED 365/30 é a última palavra em inovação, design e desempenho para as aplicações de END utilizando os méto-dos de Líquidos Penetrantes Fluorescentes ou Partículas Magnéticas Fluorescentes.

A tecnologia LED não veio para substituir apenas as lâmpadas convencionais que utilizamos em nossas residências. Com maior du-rabilidade, maior intensidade e estabilidade de luz e tamanho reduzido, esta tecnologia, além de proporcionar mais segurança

para o inspetor, tem gerado ainda mais economia no consumo de energia e otimizado a operação na inspeção sob luz ultravioleta.Seguindo esta tendência, a Magnaflux® desenvolveu uma nova linha de luminárias de LED, em substituição aos atuais modelos

estacionários e portáteis.

As inspeções fluorescentes que precisam de portabilidade ficam a cargo da Luminária Portátil Vibrance EV-5000. Seguindo a mesma linha de produtos, esta luminária possui 4 lâmpadas UV-LED de alto desempenho que possibili-tam uma excelente cobertura da superfície iluminada. Além disso, a luminária possui um corpo resistente a impactos e é extremamente leve, proporcionando maior conforto ao inspetor. Como a luminária estacionária, este modelo possui funcionamento a frio e não demanda a utilização de filtros.

A iluminação ultravioleta é gerada por 30 lâmpadas UV-LED de alto desem-penho, que geram uma intensidade de 5.600 µW/cm² a 380mm de distância da peça a ser inspecionada. Sem a necessidade de utilização de filtros, este novo modelo possui funcionamento a frio, um corpo leve e resistente, com possibilidade de ajuste do foco de iluminação e grau de proteção IP65, atendendo às normas ASTM E-1444 / ASTM 1417.

Para maisinformações, acesse:

www.magnaflux.com.br ou ligue (11) 4785-0470.

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20 revista abendi no 62junho de 2014

sóciospatrocinadores

COM QUALIDADE, PELA QUALIDADE

A mais nova sócia patrocinadora da Abendi fechou recentemente

importantes parcerias no ramo naval e já se mostra como uma das grandes referências em prestação em serviços onshore e offshore.

A Inspetec trabalha com uma filo-sofia de excelência que visa fornecer soluções sempre inovadoras e arro-jadas para garantir a integridade de cada processo.

Trata-se de uma empresa 100% nacional que, desde 2009, investe

Nova parceria amplia os trabalhos da Inspetec no ramo naval. Empresa se torna referência em prestação de serviços on e offshore

a

muito em qualidade e tecnologia para melhor atender seus clientes.

Com uma equipe de profissio-nais qualificados pelos mais rigo-rosos e diversos órgãos, a empresa se responsabiliza totalmente pela qualidade dos processos prestados e oferece serviços especializados nas áreas de inspeção, locação, END (Ensaios Não Destrutivos), venda e consultoria.

O atendimento dos profissionais é especializado e focado no acom-

panhamento de fornecedores, na fabricação, rastreabilidade, diligen-ciamento, controle dimensional e inspeção de qualidade por END.

A Inspetec orgulha-se em ser uma empresa que concilia a experiên-cia dos veteranos com a visão em-preendedora dos recrutas em uma fórmula que permite que ela conti-nue crescendo pelo quinto ano con-secutivo e aumentando cada vez mais sua rede de contatos nacionais e internacionais.

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22 revista abendi no 62junho de 2014

eventos

O evento desce a serra e vai até a bela cidade de Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul.

ENCONTRO REGIONAL DE ENDCONQUISTA O SUL DO PAÍS

com as entidades de ensino local, pois sabemos que há pouco conhecimen- to sobre ENDs nesta região.

Abendi - Por que optou em patroci-nar o evento e qual a sua expectativa?

Dione - A opção em patrocinar o evento é justamente pela impor-tância do mesmo em nossa região. Queremos difundir o nome da Ca-paz Inspeções junto aos Ensaios Não Destrutivos e conseguir ajudar as empresas da nossa região a cres-cerem com o uso correto dos ENDs, além de poder contribuir com as instituições de ensino a formar pro-

Abendi – Sabendo-se que a re-gião é considerada o 2º polo meta-lomecânico do país, qual a impor-tância da realização de um evento como o 12ª Encontro Regional de END em Caxias do Sul?

Dione - Acreditamos muito na importância da nossa região e, ao recebermos o convite para patroci-narmos este evento, não pensamos duas vezes. Por sua vez, este evento constitui-se em uma oportunidade para que as empresas que ainda não conheçam os Ensaios Não Destruti-vos possam se aprofundar sobre os mesmos, além de poder contribuir

L ocalizada a 130 km da capital do Estado, Porto Alegre, Caxias do

Sul foi elevada à categoria de cidade no início do século passado e conta, atualmente, com 450 mil habitan-tes. Formada originalmente por imi-grantes italianos, é o segundo polo metalomecânico do país (o 1º é São Paulo), e a terceira economia do Rio Grande do Sul, com um PIB aproxi-mado de R$17 bilhões e um PIB per capita 80,28% maior que a média brasileira. Caxias do Sul é também conhecida como a “Capital da Mon-tanha”, “Pérola das Colônias” e “Col-

meia do Trabalho”. Famosa por suas vinícolas, é o polo centralizador da marca italiana no sul do Brasil.

Foi justamente em função da rele-vância que Caxias do Sul tem para o Rio Grande do Sul e de sua representa-tividade na indústria metalomecânica que a Abendi a escolheu para sediar o 12º Encontro Regional de END e Inspe-ção no dia 30 de outubro.

“Tradicionalmente, realizamos nos-sos Encontros de END e Inspeção nas regiões nordeste e sudeste. No sul, ti-vemos apenas uma experiência muito bem sucedida em 2009, na cidade de

São Leopoldo. Entendemos que Caxias do Sul é o local perfeito para reunir profissionais que atuam não apenas no segmento metalomecânico, mas também na construção civil, no setor automobilístico e de geração de ener-gia, entre outros”, avalia Irani de Olivei-ra, gerente executiva da Associação.

A Capaz Inspeções, prestadora de serviços na área de controle e garan-tia da qualidade, com sede em Cano-as (RS), será a patrocinadora maior do evento. A Revista Abendi conversou com Dione de Oliveira (foto) sobre a iniciativa.

A Futura Group, empresa com forte atuação na área de Inspe-ção, com sede em Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Sul, também patrocinará o even-to. Robson Escobar, gerente da

fissionais com conhecimento nesta área tão importante para o desen-volvimento do nosso país.

Divisão de Treinamento, declara que optou por patrocinar o evento para fortalecê-lo e estimular outras organizações a fazerem o mesmo. “Esperamos incrementar nossa car-teira de clientes e parceiros. O pa-

trocínio que estamos fazendo neste 12º Encontro Regional de END em Caxias do Sul é uma das formas de reconhecer a importância do polo metalomecânico da região sul e do evento”, acrescenta Robson. a

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24 revista abendi no 62junho de 2014

treinamentos

OS DIfERENCIAIS DO RAC

O RAC (Registro de Auditores Certificados) reconhece trei-namentos nas áreas de qualidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, entre outras.

Para as empresas, ter um auditor certificado é uma garantia de eficiência com redução de custos, além de promover a quali-ficação de seus profissionais, aumentando, consequentemente, a competitividade.

Já para os profissionais, o Registro de Auditor Certificado é, certamente, um diferencial competitivo na medida em que pro-porciona reconhecimento profissional e aumento da emprega-bilidade por meio da atualização e da educação continuada.Solicite mais informações pelo e-mail: [email protected].

ACOMPANHE AS NOVIDADES DO SETOR DETREINAMENTO DA ABENDI

IN COMPANY

Treinamentos para atender àsnecessidades específicas da sua empresa e dos seus colaboradores. Os treinamentos otimizam custos e facilitam a participação de toda a equipe. Entre em contato peloe-mail [email protected].

ULTRASSOM N3

Você solicitou e nós incluímos mais uma data para US-N3 em nosso calendário. 13 a 25 de outubro:Inscreva-se! Informações:[email protected]

IEQ 2015

As inscrições para o treinamento de Inspeção de Equipamentos 2015 estão abertas!O treinamento tem carga horária de 560 horas e se dirige a engenhei-ros, técnicos ou profissionais que pretendem ingressar na área de Inspeção.Conheça as condições especiais para inscrição antecipada peloe-mail [email protected].

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26 revista abendi no 62junho de 2014

certificação

CERTIfICAÇÃO DECONTEÚDO LOCALCRESCE NA ABENDI

C redenciada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) como

uma entidade certificadora de Con-teúdo Local desde outubro do ano passado, a Abendi mostra como é promissora a atividade e fecha o mês de junho com mais de 500 cer-tificados emitidos.

O termo “Conteúdo Local” foi cria-do para representar a proporção dos investimentos nacionais aplicados em determinados bens ou serviços. É uma exigência contratual que in-centiva muito o setor industrial bra-sileiro, pois obriga as concessioná-rias a investir um percentual mínimo na aquisição de produtos e mão de obra nacionais durante as fases de exploração e desenvolvimento da produção.

Para Hélio Rodrigues, consultor técnico da Abendi, “o Conteúdo Lo-cal é uma grande oportunidade para desenvolver a indústria nacional de fornecimento de bens e serviços para o setor”.

A ANP, desde 1999, estabelece os requisitos mínimos de Conteúdo Lo-cal em seus contratos de concessão. Todavia, foi apenas em 2007 que a agência regulamentou o Sistema de Certificação de Conteúdo Local com o objetivo de estabelecer as condi-ções legais para a realização da me-dição do Conteúdo Local utilizado. O sistema estabelece a metodologia para a certificação e dita as regras para o credenciamento de entida-

des certificadoras junto à ANP. A Abendi é uma destas entidades

certificadoras que medem e infor-mam, constantemente, para a ANP, o percentual de Conteúdo Local dos bens e serviços contratados pelas empresas concessionárias nas ativi-dades de exploração de petróleo e gás natural.

“Os Organismos de Certificação fazem as medições e as emissões decertificados de Conteúdo Local pa-ra a ANP que fiscaliza e soma o per-centual de cada concessionária”, res-salta Hélio.

As empresas concessionárias têm grande interesse nesse processo, pois precisam comprovar que estão cumprindo as questões contratuais referentes ao Conteúdo Local, sob a ameaça de multas pesadas e até mesmo da possibilidade de perder a concessão para outra empresa.

A Abendi envia relatórios de três em três meses com a relação de todos os certificados emitidos no

a

ÁREAS DE ATIVIDADE DA ABENDI EM CONTEúDO LOCAL:• Sistemas de eletricidade, controle, instrumentação e medição;• Oleodutos, gasodutos e tanques de armazenamento;• Bombas de transferência;• Unidades de compressão;• Unidades de geração de energia elétrica;• Unidades de geração e injeção de vapor;• Unidades de tratamento e injeção de água;• Monoboias e quadro de boias;• Construção naval (casco, turret, ancoragem e sistemas navais);• Obras civis e utilidades.

período. A ANP recebe estas infor-mações, junta com as informações das outras certificadoras e consolida todos os dados.

Os percentuais de Conteúdo Local são aplicados na fase de exploração e na fase de desenvolvimento. As-sim que se extrai o primeiro barril, a concessionária declara o início da produção comercial para a ANP.

Edu Oliveira

a

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27tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Bens de produção nacional

Bens de produção nacional são máquinas ou equipamentos utilizados nas operações, ven-didos posteriormente à data de vigência do Contrato de Con-cessão, cujo valor dos materiais e serviços incorporados ao mes-mo no estrangeiro não exceda 40%, excluídos deste cômputo os impostos, exceto o imposto de importação.

Porcentagem deInvestimentos A porcentagem dos investimen-tos locais na fase de exploração ou na fase de desenvolvimento é a proporção entre a somatória dos gastos com bens de produ-ção nacional e serviços presta-dos no Brasil com o valor total dos gastos relacionados às ope-rações na área de concessão.

Água profunda 30% 30%

Água rasa 50% 60%

Terra 70% 70%

• Bens:Certificação para bens específicos;Certificação para bens de fabrica-ção seriada;Certificação antecipada.

Conteúdo local mínimo

CONTEÚDO FASE DE EXPLORAÇÃO FASE DE DESENVOLVIMENTO (FATOR E) (FATOR D)

Exceção: aquisição de dados geofísicos em mar.

• Bens de uso temporal:Certificação por contrato;Medição e certificação pontuaisou periódicas.

Formas de certificação

• Serviços:Certificados por contrato;Medição e certificação pontuais ou periódicas.

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28 revista abendi no 62junho de 2014

normalização

PARTICIPE DAS COMISSõES DEESTUDO DA ABENDI

• Simplificar e reduzir procedimen-tos para a elaboração de produtos e realizações de serviços;

• Proporcionar informações efica-zes para produtores e consumidores, melhorando a confiabilidade das re-lações comerciais e de serviços;

• Reduzir custos dos produtos e serviços, proporcionando, ao consu-midor e ao produtor, melhores con-dições de mercado e domínio das

características técnicas dos produtos;• Dar à sociedade a possibilidade

de aferir a qualidade de produtos e serviços;

• Evitar a existência de legislação conflitante sobre produtos e serviços em diferentes países e fornecer recur-sos para participar, com sucesso, da internacionalização dos mercados, vencendo as barreiras técnicas.

Estas são as principais razões da

importância de se criar normas que regem o funcionamento de produ-tos e serviços.

De acordo com a Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT), “numa economia onde a competitivi-dade é acirrada e onde as exigências são cada vez mais crescentes, as em-presas dependem de sua capacidade de incorporação de novas tecnolo-gias de produtos, processos e servi-

As reuniões são abertas ao público em geral e quanto maior a adesão, mais precisa e completa será a norma.

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29tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

A participação é aberta ao público. Esperamos você!Inscreva-se enviando um e-mail para: normalizaçã[email protected].

ços. A competição internacional entre as empresas eliminou as tradicionais vanta-gens baseadas no uso de fatores abun-dantes e de baixo custo. A normalização é utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a redução de custo da produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua qualidade”.

A ABNT, ao reconhecer o potencial téc-nico da Abendi, nomeou a Associação como Organismo de Normalização Se-torial (ONS 58), atribuindo a ela o direito de criar normas dos diversos métodos de Ensaios Não Destrutivos (END).

Nos últimos 10 anos, a Abendi pro-duziu 115 normas nas mais diversas áreas de END, e, para isso, contou com a participação de técnicos, acadêmicos, empresários e especialistas que partici-param das reuniões de suas Comissões de Estudos (CE) e Comissões de Estudos Especiais (CEE), dependendo do assun-to a ser discutido.

Nessas reuniões que acontecem na sede da Abendi, em São Paulo, discutem--se terminologia, requisitos, métodos de ensaios, especificações de equipamentos e generalidades. De forma geral, a impor-tância estratégica de participação no pro-cesso de elaboração de uma norma pode ser destacada pelos seguintes pontos:

• A oportunidade de “liderar o pro-gresso”;

• Assegurar que as normas não se-jam escritas para excluir seus produtos;

• Posicionamento nas tecnologias de ponta;

• Contato muito próximo com o cliente;• Avaliação antecipada de novos mer-

cados;• Estar informado sobre novos requisi-

tos do produto.Veja a relação de Comissões de Es-

tudo.

ORGANISMOS

CE Análise de Vibrações – GTN Petróleo/Automotivo

CE Aplicações Especiais – GTN Madeira

CE Correntes Parasitas

CE Emissão Acústica

CE Estanqueidade – GTN Petróleo

CE Estanqueidade – GTN Saneamento

CE Inspeção Eletromagnética

CE Métodos Superficiais

CE Q&C

CE Metrologia

CE Ondas Guiadas

CE Radiografia

CE Termografia

CE Teste por Pontos

CE Ultrassom

GTN Aeronaútico

GTN Construção Civil

GTN Ferroviário

CEE Q&C de Profissional de Acesso por Cordas

CEE Q&C de Inspetor de Controle Dimensional

CEE Q&C Comissão de Estudo Especial de Qualificação de Inspetor de Fabricação para o Setor de Petróleo e Gás

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SETOR DE DEfESA BRASILEIRO MOSTRA-SE INDEPENDENTE

30 revista abendi no 62junho de 2014

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31tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Nos próximos 20 anos, o país deve criar 120 mil empregos diretos e 480 mil indiretos, o dobro do número atual.

Alexandra Alves

31tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

I ncentivar a indústria tornando-a autossuficiente na fabricação de produtos fundamentais à segu-

rança do país é a meta do Ministério da Defesa brasileiro prevista para ospróximos dez anos. Assegurar o con-trole nacional sobre as tecnologias, estimular a inovação em diversos campos, como o de radares, comu-nicações submarinas e digitais estão entre as prioridades. Entretanto, os planos ainda vão além. A partir da promulgação, em 2012, da lei 12.598, o Governo criou um instrumento jurídico relacionado ao poder de

compra do setor público nessa área e que também cria atrativos para a ação dos agentes privados. Com isso, a ideia é desonerar o segmento produtivo e, consequentemente, im-pulsionar o desenvolvimento tecno-lógico industrial (leia mais no texto “inteligência e tecnologia nacional’’).

Tais projeções devem elevar o per-centual nacional do Produto Interno Bruto (PIB), investido na área de de-fesa, de 1,5% aos 2% nesse período, aproximando-se mais da média mun-dial, que gira em torno de 2,6%. Entre 2003 e 2013, segundo o ministério,

as despesas governamentais em de-fesa, com custeio e investimento, pas-saram de R$3,7 bilhões para R$18,3 bilhões.

“Acredito que, nos próximos 20 anos, o Brasil criará 120 mil empregos diretos e 480 mil indiretos, o dobro do número atual. Os investimentos devem chegar a US$120 bilhões emlongo prazo, sendo que US$40 bi-lhões já foram anunciados pelo Go-verno para programas voltados à vigi-lância das fronteiras marítimas, aérease terrestres do país. Estamos produ-zindo helicópteros, armamentos le-

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capa

O Exército tem como rotina usar ENDs naavaliação de viaturas, armamentos leves,pesados e não letais.

evitando danificar o material que está sendo avaliado.

Embora contrate profissionais ter-ceirizados para a aplicação dos ensaios, a maior parte desse trabalho é feita por equipes do Centro de Avaliações do Exército (Caex) que, inclusive em 2013, realizaram um

curso de atualização na Abendi. É im-portante ressaltar que essas ativida-des são comandadas por trabalha-dores certificados, já que o Caex considera o Processo de Certificação Profissional uma forma de dar credi-bilidade aos laudos com os resultados da inspeção.

Realização de ensaio de compatibilidade eletromagnética em equipa-mento rádio do Exército

tais e não letais, blindagem, munição de pequeno e grande calibre, subma-rinos convencionais e nos preparando para construir o primeiro submarino nacional movido a propulsão nuclear; enfim, hoje disputamos uma fatia no mercado mundial’’, afirma o vice-pre-sidente executivo da Associação Brasi-leira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Carlos Afonso Pierantoni Gambôa.

Diante de tantas perspectivas pro-missoras, é importante destacar que, mesmo um setor especificamente criado para defender um país precisa de proteção. E esse é o papel dos Ensaios Não Destrutivos (ENDs), que monitoram, constantemente, armas, veículos e equipamentos em gerais, evitando falhas e desgastes.

Como uma das três Forças Armadas do Brasil, o Exército tem como rotina usar ENDs na avaliação de viaturas, armamentos leves, pesados e não le-tais. Trata-se de amparar o pleno de-senvolvimento das atividades, foca-das em preservar a defesa da pátria ezelar pelo cumprimento da constitui-ção e ordem. Além disso, em tempos de paz, o Exército (com 95 mil milita-res, o maior efetivo da América Latina)tem como principal função defenderas fronteiras brasileiras, garantindo a soberania nacional, além de coman-dar ações de apoio à fiscalização am-biental, assistência social e de saúde em comunidades isoladas e ainda or-ganizar missões de paz, como a do Haiti, país localizado na América Cen-tral devastado por terremotos.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex), o uso deEnsaios Não Destrutivos tem propor-cionado economia nos gastos e re-dução de tempo nas atividades e impacto ambiental. Entre as técnicas de ENDs mais empregadas estão pro-gramas de computador criados para simular o capotamento de veículos, O ensaio de bancada em equipamento rádio também é comum no Exército

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Uma subsidiária da Airbus Heli-copters, que pertence ao Airbus Group, pioneiro mundial nos segmen-tos aeroespacial e de serviços relacio-nados à defesa, a Helibras, única fa-bricante de helicópteros da América Latina, também utiliza Ensaios Não Destrutivos para garantir a segurança e a confiabilidade na operação de componentes novos e no setor de manutenção de forma geral. ‘Com os ENDs, temos uma gama diversa de ferramentas. O primeiro e mais comum é o Ensaio Visual (EV), de fácil aplicação, permitindo uma análise inicial do item a inspecionar. O se-gundo é o Líquido Penetrante (LP), que pode ser aplicado em casos sem grandes operações de desmontagem e apresenta boa sensibilidade para Hangar de manutenção da Helibras

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Helicóptero AS350 B2 em ensaio de voo

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34 revista abendi no 62junho de 2014

capa

nhum material ou produto de consu-mo’’, explica o supervisor de Con-juntos Dinâmicos da empresa, Be-nedito Silva.

Ele acrescenta que os ENDs per-mitem o uso e reuso de componentes após a inspeção sem alteração alguma da estrutura da peça. “Sempre que uma descontinuidade é observada por um Ensaio Não Destrutivo, com

Inteligência e Tecnologia Nacionais

O país já vem dando os primeiros passos rumo à independência tecno-lógica na área da defesa. Prova disso éa construção do primeiro submarino nacional com propulsão nuclear que, embora seja fruto de uma parceria en-tre Brasil e França, vem sendo proje-tado por profissionais brasileiros, enão apenas construído, como vinhaacontecendo até agora. O projeto fazparte do Programa de Desenvolvi-mento de Submarinos (Prosub) criadoem 2008 e coordenado pelo almiran-te de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld.

detecção de descontinuidades su-perficiais não visíveis a olho nu. Tam-bém aplicamos Partículas Magné-ticas (PM) diretamente sobre compo-nentes ferromagnéticos, permitindo localizar e dimensionar a descontinui-dade de superfícies; Correntes Parasi-tas (CP) sobre todos os componentes condutores de eletricidade, não sen-do necessária a adaptação de ne-

certeza está se evitando um prejuízo, seja ele material ou até mesmo humano, pela falha ou defeito de um determinado componente. E tam-bém acho importante que essas fer-ramentas sejam operadas por ins-petores de confiança, com certifica-ção profissional, pois isso garante um excelente desempenho nas fun-ções’’, destaca.

Orçado em R$ 21 bilhões, o proje-to, afirma o almirante, tem ‘’amplo po-tencial para erradicar conhecimentos e capacitação em favor dos centros de pesquisa das universidades e da indústria brasileira. ’’

Vale destacar que um submarino de propulsão nuclear é considerado a arma de maior poder de dissuasão que existe, com capacidade de deslo-camento e de se manter submerso de forma prolongada. Justamente porque consegue gerar oxigênio, dis-pensando subidas regulares à superfí-cie. Graças a isso, eles são menos de-

tectáveis, ou seja, ficam mais pro-tegidos contra ataques inimigos.

Além desse veículo, o programa, sob a responsabilidade da Marinha do Brasil, prevê ainda a construção de quatro submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos), uma base naval e um estaleiro, em Itajaí, no Rio de Janeiro. Segundo o almirante, com o Prosub, o país será visto com muito mais respeitabilidade no cená-rio internacional. Ele acrescenta que,como parte do seleto grupo de na-ções com capacidade de projetar e construir esses equipamentos, uma

Fachada da Helibras

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35tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

das contribuições será reforçar o poder de garantir o antigo pleito do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Já a fabricante de helicópteros Helibras também vem contribuindo com essa meta. Em 2012, a empresa assinou contrato de compra conjun-ta das três Forças Armadas, por meiodo Ministério da Defesa, de 50 he-licópteros EC725, com a condição de trazer para o Brasil a linha de produção desse modelo, garantindo transferência de tecnologia a forne-cedores nacionais e o desenvolvi-mento da indústria no país até o fim do contrato, em 2017.

A produção já está a pleno vapor em Itajubá (MG), num novo galpão construído especialmente para a ex-pansão da empresa. Nesse local tam-bém deverá ser produzida a versão civil desse helicóptero, a  EC225, como principal objetivo de realizar o trans-

porte em apoio a plataformas de ex-ploração de petróleo em alto-mar. Para esse modelo, a empresa está ne-gociando o fornecimento de 14 uni-dades.

‘’A Helibras passou de 280 funcioná-rios, em 2009, para 850 colaboradores atualmente, e conta com pelo me-nos 40 empresas no Brasil para forne-cimento de partes, peças e serviços. Todo esse crescimento vai permitir que a empresa tenha o domínio da

tecnologia necessária para conceber um novo helicóptero nacional na próxima década, projeto audacioso do novo Centro de Engenharia, que saltou de 7 para 70 engenheiros. Na parte de treinamentos, temos intenção de construir um novo centro de simuladores para os helicópteros EC725 e EC225, no Rio de Janeiro’’, complementa o supervisor de Con-juntos Dinâmicos da empresa, Be-nedito Silva.

Linha de produção do EC725

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CENÁRIO ATUALDados da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) com-provam que o segmento gera, atualmente, 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, movimen-tando US$ 4 bilhões/ano, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação, e US$ 2,3 bilhões em importação.Segurança – As expectativas para a Área de Segurança, que pode ser dividida em Segurança Priva-da (serviços de vigilância patrimonial) e Segurança Eletrônica (equipamentos de CFTV, alarmes, en-tre outros), também são positivas. O setor deve apresentar um bom resultado até o fim desse ano, crescendo 30% na área privada e 11% na eletrônica. Juntas, elas movimentam, respectivamente, R$ 20 bilhões e R$ 4 bilhões ao ano. Em 2012, a segurança privada cresceu 14% e a eletrônica 9%.

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Caderno Especial

Ensaios Não Destrutivos na Copa do Mundo 2014

Arena da Baixada

Arena Maracana~

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O GIGANTEDO RIO

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M aior estádio de futebol do Brasil e, por muito tempo, também o maior do mundo, o Maracanã já nasceu para sediar uma Copa do Mundo, em 1950. Assim como nos

dias atuais, sua construção gerou muita polêmica sobre a neces-sidade de tal gasto, com discussões acaloradas. Ganhou o nome do jornalista Mario Filho, irmão do dramaturgo Nelson Rodri-gues, que apoiou publicamente a realização das obras, mas o estádio ficou conhecido pelo apelido, homenagem ao rio Mara-canã, que corta o bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. E também como agora, ficou pronto e sediou o mundial inesque-cível daquele ano, recebendo oito jogos, sendo o primeiro deles uma espetacular vitória do Brasil por 4x1 sobre a seleção mexi-cana, com o gol inaugural do craque Didi. Em todas as partidas o público vibrava, numa demonstração do quanto aquele está-dio poderia representar a importância do futebol para os bra-sileiros. Mas, por outro lado, também foi ali a mais traumática derrota da nossa seleção, na final da Copa, para nossos vizinhos uruguaios, por 2x1, diante do maior público de um jogo na his-tória do Maracanã: 199.854 torcedores. Passado o susto, os anos seguintes trouxeram muitas emoções às torcidas apaixonadas, e o estádio se consagrou para o mundo inteiro como a meca do futebol do Brasil. Além disso, ali foram realizados eventos mar-cantes, como O Grande Desafio de Vôlei, uma partida de volei-bol masculino em 1983, entre Brasil e União Soviética, na época a campeã olímpica, e que detém o recorde de público, com a presença de 95.887 pagantes, em uma partida da modalidade realizada a céu aberto. Mais recentemente, em 2007, foi sede das cerimônias de abertura e enceramento dos Jogos Pan Ame-ricanos. Outros momentos memoráveis foram as missas campais do Papa João Paulo II, em 1980 e 1997, o show do cantor Frank Sinatra em 1980, a impressionante apresentação da banda de rock Kiss, em 1983, que levou 250 mil pessoas ao Maracanã, o show do inglês Sting, em 1987, e o da cantora Tina Turner em janeiro de 1988, para 188 mil pessoas que compraram os ingres-sos e lotaram o Maracanã para assistir o espetáculo, transmitido ao vivo para o mundo todo, e que ficou registrado no Guinness Book como o maior recorde mundial de público pagante de um artista solo. Outro momento mágico e que também entrou para o famoso anuário dos recordes foi a apresentação de Paul Mc-Cartney em 1990, para cerca de 180 mil pessoas. Destacam-se ainda o show de Madonna, em 1993, os Festivais Rock in Rio II, que registrou a presença de 198 mil pessoas durante o show da banda A-Ha, em 1991, e Hollywood Rock em 1995, que trouxe os Rolling Stones, além da apresentação do The Police em 2007. E acredite, isso tudo foi só para citar alguns! Assim é o Maracanã,

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formas feitas no estádio do Mara-canã. Com o passar do tempo novas exigências iam se apresentando. Em1999, por exemplo, visando o Mun-dial de Clubes Fifa 2000, foram ins-talados assentos individuais no anel superior, o que reduziu a capacida-de do estádio para pouco mais de 100 mil torcedores, e assim , o “Ma-raca” deixou de ser o maior do mun-do. Já para os jogos Pan Americanos de 2007, foram instaladas cadeiras na área conhecida como geral, e o campo foi rebaixado para permitir maior visibilidade ao torcedor. No entanto, com a decisão de trazer a

que tem espaço para tudo, e mais ainda para o futebol. Acostumado a ser o palco dos grandes campeona-tos e decisões, o estádio recebe as principais competições nacionais e internacionais, como o Brasileirão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Li-bertadores da América, além, é cla-ro, do campeonato carioca. Na ver-dade, o Maracanã sempre foi muito mais que um estádio de futebol, e desde muito cedo revelou-se um es-paço multiuso de grande importân-cia cultural, na mais famosa capital brasileira.

Até hoje, foram três grandes re-

Copa do Mundo Fifa 2014, outras modificações foram necessárias. Acobertura original, de concreto, foi substituída por uma membrana ten-sionada, garantindo que 95% dos as-sentos ficassem cobertos. A nova ar-quibancada sustentada por uma es-trutura de aço, tem agora capacidade para 78.838 torcedores. Segundo a Brafer Construções Metálicas S/A, empresa responsável pela fabrica-ção e montagem dessa estrutura metálica, por se tratar de uma re-forma, foi mantida uma parte da es-trutura de concreto, o que gerou a necessidade de uma integração en-

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tre a parte metálica e o concreto existente. Neste caso, para resolver possíveis interferências, foi utiliza-do o programa de detalhamento em 3D chamado Tekla, para lança-mento cartesiano do concreto, o que permitiu fazer as adaptações ejunções nas estruturas. Ainda se-gundo a Brafer, também foi utiliza-da a locação cartesiana, que ajusta os ângulos dos anéis da arquiban-cada para que a visão seja sempre do centro do gramado, dando ao torcedor melhor visualização do jo-go. Além disso, foram realizados en-saios não destrutivos nessas estru-

turas metálicas, como o Visual de Soldas, Líquido Penetrante, Dimen-sional da Estrutura e Ultrassom de Soldas, conferindo mais segurança e qualidade à obra.

E o Maracanã ficou pronto, rece-beu a Copa das Confederações em 2013, quando sediou três partidas, incluindo a final Brasil 3x0 Espanha, jogo que nos deu o quarto título da competição e vibrou a arquibanca-da com mais de 73 mil torcedores. Com o sucesso, a espera pela Copa do Mundo Fifa 2014 ficou mais tran-quila. O Rio de Janeiro estava pre-parado para receber centenas de milhares de estrangeiros, vindos de toda parte do planeta para acom-panhar o grande espetáculo do fu-tebol. Com o início do mundial, as arquibancadas lotadas emociona-

ram cariocas e turistas em grandes partidas das seleções mais badaladas e bem cotadas para chegar às finais. Nesses combates, vimos a Argentina vencer a Bósnia por 2 a 1, a campeã Espanha perder para o Chile por 2 a 0, a Bélgica mostrar garra e bom fu-tebol diante da Rússia, vencendo por 1 a 0, o empate sem gols de Equador e França e a derrota dos uruguaios para a seleção colombiana por 2 a 0. Ainda tivemos no Maracanã o due-lo das gigantes França e Alemanha, com a vitória dos alemães por 1 a 0, além da grande final. Contrariando as previsões mais pessimistas, diante das belezas da cidade maravilhosa que dispensa apresentações, todos se renderam aos encantos do fute-bol, do Maracanã, do Rio de Janeiro e do Brasil!

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Cadeiras do Maracanã ao lado e o camarote na foto logo abaixo.

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A ARENA DA BAIxADAESTÁ AINDA MAISMODERNA

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Arena da Baixada

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H á muito tempo o Estádio Joaquim Américo Guimarães, mais conhecido como Arena da Baixada, em Curitiba, foi considerado o mais moderno da América Latina, mais precisamente desde a

reforma de 1999, e manteve a posição até a inauguração do Engenhão, no Rio de Janeiro, em 2007.

No entanto, do projeto original, ainda faltava muito a ser feito, em grande parte por uma questão de espaço, que envolvia uma área próxima e demorada disputa judicial. Mas para sediar os jogos da Copa do Mundo Fifa 2014 era preciso fazer a ampliação. E o que parecia ser uma simples reforma, se tornou algo mais complexo, com atrasos nas obras que quase deixaram a capital paranaense fora do mundial. Foi com muita persistência que os problemas da obra foram solucionados, como a cobertura da Arena da Baixada, um capítulo à parte, já que o projeto inicial previa que toda a área do estádio fosse coberta e recebesse uma estrutura retrátil. Porém, devido ao prazo apertado para o início da Copa, a pedido da Fifa, seriam cobertas apenas as arquibancadas. Então, durante a execução e montagem das estruturas metálicas, elas já foram projetadas visando uma modificação futura, como explica o Setor de Qualidade da Brafer Construções Metálicas S/A, empresa responsável por esse trabalho: “Um dos diferenciais da arena de Curitiba é que, como no futuro o estádio pode ser totalmente coberto, a estrutura teve que ser projetada e dimensionada considerando essa particularidade. Duas grandes vigas treliçadas, que pesam aproximada-mente 1.200 toneladas cada uma, com aproximadamente 200 metros de vão livre, são as principais estruturas metálicas que suportam a cobertura”.

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a resistência das ligações parafu-sadas, além da resistência dos para-fusos, foi considerada também a re-sistência do atrito entre as talas e osperfis que formam as juntas para-fusadas. Por isso, foram também ne-cessários ensaios mecânicos para a de-terminação do coeficiente de atrito de tais estruturas como pintadas”. Depois de muito trabalho e vistorias da Fifa, finalmente a nova arena foi entregue a tempo. A inauguração oficial aconteceu em 14 de maio de 2014, num amistoso entre o dono da casa, o Clube Atlético Paranaense e o Sport Club Corinthians Paulista,

processo de pintura os ensaios fo-ram “aplicáveis”, como verificação dopadrão de jateamento conforme as normas ISO, verificação de ade-rência e medição de espessuras de ca-mada conforme as normas ABNT/ISO. Durante a montagem das estru-turas no campo foram realizados ensaios dimensionais e topográficos para controlar itens como posiciona-mento, alinhamento, paralelismo e verticalidade. Também na montagemhouve inspeção do torque dos parafu-sos conforme as normas da ABNT. Neste projeto, no dimensionamen-to das duas vigas principais, para

Ainda segundo os especialistas da Brafer, vários ensaios foram feitos durante a fabricação e montagem das estruturas metálicas para garantir a qualidade da obra: “A matéria-pri-ma utilizada é toda certificada, ou seja, ensaios não destrutivos foram utilizados nas usinas conforme suas normas técnicas aplicáveis. Durante a fabricação das estruturas foram rea-lizadas inspeções dimensionais e en-saios não destrutivos por Ultrassom em soldas e em chapas, Líquido Pe-netrante e Ensaio Visual em soldas,ambos conforme norma da Ame-rican Welding Society AWS D1.1. No

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tânico, que possui uma estufa be-líssima, inspirada no Palácio de Cris-tal, de Londres, o Teatro Ópera de Arame, feito em estrutura metálica e coberto com placas transparentes, que é um dos cartões postais da ci-dade, a rua 24 horas, e ainda se deli-ciar com os pratos típicos do bairro ita-liano Santa Felicidade, repleto de bonsrestaurantes. Além disso, se o turista tiver tempo, pode aproveitar um passeio no Trem da Serra do Mar Pa-ranaense, que parte diariamente de Curitiba e dura aproximadamente três horas por uma ferrovia com 128 anos de história, passa por paisagens bucólicas, por pontes e viadutos con-siderados obras de arte da engenha-ria, casarios e cachoeiras até chegar à cidade de Morretes, onde se pode apreciar o saboroso prato típico local, o barreado.

Com tudo isso, Curitiba já estava preparada para receber os turistas para os jogos. E a estreia da cidade na Copa do Mundo foi um sucesso! Todas as quatro partidas na Arena da Baixada aconteceram na primeira fase do mundial e registram público acima de 39 mil pessoas. O primeiro jogo foi entre Irã e Nigéria, e, apesar empate sem gols, contou com a empolgação das torcidas. Na segunda partida, o Equador venceu Honduras por 2 a 1, e encantou os curitibanos com a alegria de seus torcedores. No terceiro jogo, a então campeã mundial e já eliminada, Espanha, venceu a seleção da Austrá-lia por 3 a 0, sua única vitória na Co-pa, e deu adeus ao torneio. No quar-to e último jogo, Argélia e Rússia empataram em 1 a 1, placar que ga-rantiu a classificação inédita dos ar-gelinos para as oitavas de final. E, assim, Curitiba e a Arena da Baixada encerraram a participação na Copa do Mundo Fifa 2014, com a certeza de terem realizado um grande es-petáculo que encantou o Brasil e o mundo. a

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pa, desenvolvida e organizada. Umadas poucas, senão a melhor, em transporte público e serviços. Curi-tiba é um orgulho nacional, que temcomo característica a mistura de di-versas etnias, pois, além dos por-tugueses, índios e negros que habi-tavam a região, no século XIX, rece-beu também muitos imigrantes euro-peus, como alemães, italianos e ucra-nianos, e asiáticos, principalmente os japoneses. É uma capital cosmo-polita, que preserva a natureza e a cultura. Quem vai a Curitiba não podedeixar de conhecer seus principais pontos turísticos, como o Jardim Bo-

mas com capacidade ainda reduzidade 30 mil torcedores. Logo depois, estava totalmente concluído, po-dendo receber agora um público de42.668 pessoas em assentos cober-tos. Ficou muito mais moderna, se-gura e confortável, e conta também com 30 camarotes, 46 lojas inter-nas, 11 lojas externas, bares e res-taurantes.

Enfim, a Copa do Mundo chegou. Na verdade, era a hora de Curitiba e a Arena da Baixada mostrarem para o mundo que estavam aptas a receber um evento tão importante. A cidade é uma das mais belas do Brasil. Lim-

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artigotécnico

Arilson Silva 1 Mauro Araujo 2

1 Araujo Engenharia2 Araujo Engenharia

APLICAÇÃO DE TÉCNICAS AVANÇADAS DE END NAMONITORAÇÃO DE DESCONTINUIDADES

O objetivo deste trabalho é apresentar casos reais do uso de técnicas avançadas de ENDs tais como Emissão Acústica, Phased Array e Iris C-Scan, que foram aplicadas em monitoramentos de descontinuidades existentes em equipamentos estáticos.Serão apresentados casos de exames por Emissão Acústica que permitiram a detecção e acompanhamento de descontinui-dades durante a operação. Também será abordado que o mapeamento dessas descontinuidades por técnicas de Ultrassom Phased Array produziram registros que podem ser comparados em inspeções futuras.O objetivo deste trabalho é também apresentar casos onde técnicas de Iris C-Scan permitiram registro de áreas corroídas em tubos de equipamentos tais como trocadores de calor e caldeiras, o que é fundamental tanto para o acompanhamento da evolução como para auxilio do diagnóstico da causa dos danos.

Sinopse

Trabalho apresentado durante a 12a Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade dos autores.

Introdução

São discutidos alguns benefícios a integridade e a segurança operacional de equipamentos industriais com a aplicação de técnicas avançadas de ENDs tais como Emissão Acústica, Phased array, ensaios de Iris e C-Scan detecção de descontinuida-des, dimensionamento preciso e monitoramento da evolução. São comparados aspectos relativos a dificuldades encontradas na pratica por métodos tradicionais para o mapeamento preciso destas descontinuidades, e são mostrados casos práticos de aplicações destes métodos avançados de END.

APLICAçãO DE ENDSCONVENCIONAIS X ENDS “AVANçADOS”

A cada dia o avanço da eletrônica e informática gera novas tecnologias de inspeção que tornam cada vez mais fácil e precisa a detecção de des-continuidades em equipamentos de processo.

Um grande avanço do método ultrassônico, por exemplo, foi a técnica de ultrassom Phased Array que aumentou a capacidade de detecção, dimen-sionamento e registro de descontinuidade,em re-lação ás técnica convencionais.

Quando existem múltiplas descontinuidades próximas entre si a técnica de ultrassom Phased Array proporciona grande precisão na discrimi-nação e no dimensionamento individualizado das descontinuidades; em cálculos de criticidade utilizando critérios da mecânica da fratura por normas tais como a API-579, os registro em es-cala real permite a aplicação consistente de crité-rios de interação.

O correto dimensionamento destas desconti-nuidades é um fator importante para o cálculo de criticidade das mesmas.

Outra técnica do método ultrassônico que evoluiu significativamente foi o ensaio IRIS, que agora inclui a apresentação dos dados que es-

tão sendo coletados, em tempo real em vistas C-scan e B-scan o que aumenta muito a detectabilidade dos danos e permite a revisão e a análise imediata, facilitando e aumentando a precisão do dimensio-namento dos danos. A tecnologia dos aparelhos digitais e os recursos de “softwares”, permitem maior velocidade de ensaio, registro per-

Figura 1 – Comparativo das principais características doultrassom convencional para o ultrassom phased array.

Fonte: Olympus NDT (1)

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manente de todos os tubos examinados com visualização A/B/C/D-Scan e vista cilíndrica.

Em alguns equipamentos são encontrados recursos tais como o IDview que mostram em vista C-Scan o diâmetro interno do tubo, revelando pites e alvéolos internos com maior destaque e melhor visualização, facilitando ainda mais o correto dimensionamento.

O método de emissão acústica vem evoluindo continua-mente em termos de aparelhos, software e técnicas de aná-lise de dados. A sua grande vantagem é a aplicação em equi-pamentos em operação e exame global. Outra ferramenta poderosa e única do método é a monitoração da evolução de descontinuidades conhecidas, sem a necessidade de pa-rada do equipamento.

Existem aplicações de emissão acústica submarinas, onde são utilizados sensores,a prova d’água, estanquespara apli-cações em grandes profundidades.

CASOS PRáTICOS DE APLICAçõES DEENSAIOS AVANçADOS

Caso 1 – Aplicação de ensaio de Emissão Acústica e Phased Array para monitoramento de descontinuidades em bocal de reator

O Reator “B” trabalha em regime cíclico de pressão e temperatura, com aproximadamente 3 ciclos por dia onde a pressão varia de 0 a 5 kgf/cm2 e a temperatura de 20 a 250 oC. Até o final de 2010 o reator era construído em inox 316, sendo substituído por um novo construído em material duplex.

Como não houve inspeção por ultrassom durante a fa-bricação, foi executado o ensaio por ultrassom phased array após este novo equipamento ter sido instalado em seu local de trabalho. Todas as soldas foram examinadas, sendo en-contradas descontinuidades na boca de visita do reator.

As descontinuidades foram calculadas através de analise de tensões por elementos finitos e registradas para acompa-nhamento futuro, mas por se tratar de um reator que opera em regime cíclico, havia preocupação destas descontinuida-des se propagarem em operação.

Foi feito então, um programa de monitoramento do rea-tor por emissão acústica, onde 3 ciclos operacionais do rea-tor eram monitorados por EA a cada 4 meses. Por se tratar de um reator que opera com sílica e tem um agitador central, que causava muito ruído de fundo que não pôde ser elimi-nado, foi utilizado um procedimento de monitoramento com o agitador parado, mas com a mesma pressão e injeção de vapor que ocorrem durante os ciclos operacionais.

Resultados de exames subseqüentes de EA mostravam que a atividade de EA era estável desde o inicio de opera-ção do reator em 2010 até fevereiro de 2012, quando um monitoramento por EA nas mesmas condições apresentou evolução na atividade comparada com os monitoramentos anteriores. O exame indicou a região da boca de visita como a principal região de fontes ativas de EA.

Com o resultado do exame por EA indicando atividade na região da boca de visita, foi então repetido o exame por ultrassom phased array nas mesmas condições que haviam

Figura 2 – Dimensões requeridas para o calculo de criticidade de descontinuidades por elementos finitos.

Fonte: API-579. (2)

Figura 3 – A imagem da esquerda mostra um display de um aparelho digital com apresentação B/C/D-Scan. A imagem da direita mostra um display de

B-Scan de um aparelho analógico.

Figura 4 – Croqui do reator mostrando a posição dos sensores deEA ao redor da boca de visita

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sido feitas em 2010. O resultado mostrou que as desconti-nuidades aumentaram, corroborando com o resultado do exame por EA.

Caso 2 – Tecnicas conjugadas de inspeção de tubos de tro-cadores de calor - Ensaio de Iris com recursos B/C/D-Scan e ID-view + Ensaio por Eddy Current

Normalmente em um trocador de calor, onde todo o feixe tubular incluindo espelhos e chicanas é construídos em aço inox 304 a técnica mais aplicável para inspeção dos tubos é Correntes Parasitas (Eddy Current), principalmente devido ao tipo de descontinuidade esperada (trincas e pites).

O caso na página ao lado mostra um trocador de calor construído conforme citado acima. Neste trocador foi exe-cutado o ensaio por Eddy Current em 100% dos tubos sen-do encontrados danos do tipo perda de espessura no “me-tro inicial” dos tubos. Porem como a região com danos era muito próxima ao espelho, o sinal obtido com eddy current usando uma sonda convencional do tipo bobina interna não foi claro o suficiente para dimensionamento correto destas descontinuidades.

Figura 5 – Resultado do exame por EA indicando atividade na região da Boca de visita.

Figura 6 – ensaio de phased array na boca de visitamostrando o crescimento das descontinuidades.

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Figura 7 – Sinal obtido pelo exame de Eddy Current na região próxima ao espelho.

Foi então executado o ensaio de Iris somente nos primeiros dois metros de cada tubo onde houve a indica-ção de dano por eddy current. O resultado foi localização e dimensionamento precisos das descontinuidades.

Figura 8 – Sinal obtido pelo ensaio de Iris na região próxima ao espelho.

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Na comparação entre as duas técnicas é possível observar que o exame por Eddy Current detectou descontinuidades que o Iris não detectou e vice-versa. O Eddy Current foi mui-to preciso para a detecção e dimensionamento de danos do tipo trincas e pites e o exame por Iris muito preciso na detecção de perda de espessura generalizada na região do espelho.

Caso 3 – Uso de scanners para inspeção de tubulaçãoO dimensionamento preciso de uma descontinuidade

é fundamental para decidir quanto a necessidade de re-paros, principalmente de juntas soldadas, devido a danos acumulados pelo uso e/ou defeitos de fabricação. Cálculos de mecânica da fratura e análises de tensões por elementos finitos são aplicados para determinar se a descontinuidade é aprovada ou não em um componente em operação. A pre-cisão destes cálculos depende diretamente da precisão do dimensionamento das descontinuidades.

Técnicas como a radiografia, mesmo a radiografia digital, são ineficazes no dimensionamento de descontinuidades pois dependem muito da orientação das mesmas.

O exame por ultra-som convencional, também apresenta limitações, principalmente quando existem múltiplas des-continuidades e é necessário determinar a altura das uma descontinuidades.

As técnicas de ultrassom computadorizadas, tais como phased array e TOFD, apresentam como uma de suas princi-

Figura 9 – Comparação entre as duas técnicas (Eddy Current e Iris) no mesmo trocador de calor.

pais vantagens a precisão de dimensionamento. Casos como o apresentado abaixo, onde são utilizados softwares simula-dores de feixe sônico,scanners equipados com 2 transdutores multifocais e encoders que marcam a posição exata, fazem de ensaios como o phased array e TOFD uma ferramenta precisa de dimensionamento de descontinuidades.

Figura 10 – Scanner utilizado para inspeção de juntas soldadas em tubos de 0,8”a 4” de diâmetro. As figuras acima mostram o exame por phased array com scanner especial inspecionando juntas soldadas de tubos de caldeiras.

Figura 11 – scanner utilizado para inspeção de juntas soldadas em tubos de 2”a 38” de diâmetro. As figuras acima mostram o exame por phased array com scanner especial na inpeçao de dutos e tubulações.

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Caso 4 – Uso de scanners e tecnologia A/B/C/D-Scan para mapeamento de perdas de espessura

Quando se fala em mapeamento de perdas de espessura em uma determinada chapa de aço, em equipamentos tais como vasos de pressão, tanques de armazenamento, caldei-ras ou tubulações alguns fatores devem ser considerados na escolha da técnica correta a ser utilizada.

• Medições de espessura pontuais com uso de aparelhos do tipo “D-meter” são ineficientes para localização das me-nores espessuras residuais, e também podem interpretar erroneamente uma inclusão interna na chapa como sendo uma perda de espessura.

• Exames manuais por A/B-Scan são mais eficientes pois são capazes de fazer varreduras de grandes áreas, localizan-do e mapeando as áreas com menor espessura residual.

• A visualização A/B/C/D-Scan combinada com scanners manuais ou automatizados e localização com “encoders”, fornece precisão milimétrica e gera imagens que podem ser utilizadas para acompanhamento da sua evolução, através de comparações com resultados futuros.

O caso ao lado (figura 13) mostra o mapeamento de uma chapa corroída, com uso de scanners manuais e automati-zados. O resultado é preciso, uma vez que a malha feita nos eixos X e Y pode ser configurada para medir pontos de até 1 em 1 mm.

Caso 5 - Camada de magnetita em inspeções periódicas de caldeiras e estimativa de vida em fluência.

É frequente a falha de tubos de superaquecedores de cal-deira por “stress-rupture” ou “fluência” devido à perda de es-pessura por mecanismos tais como oxidação e abrasão, e su-peraquecimento por fatores tais como a incrustação interna e a refrigeração inadequada em certos regimes e transientes operacionais.

Para cálculo da vida residual são necessários os valores das tensões atuantes e da temperatura de operação em

Figura 12 – Software para simulação do feixe sônico e descontinuidades encontradas em uma junta soldada.

Figura 13 – Visualização B/C/D-Scan e vista em 3d da região corroída.

cada ponto. Para cálculo das tensões atuantes, é necessá-rio conhecer a espessura do metal, a qual pode ser obtida por varredura AB-scan, com cabeçotes especiais do tipo eletromagnéticos acústicos (EMAT) sem preparação de su-perfície e sem uso de acoplantes, que permite a localização das áreas de menor espessura; a temperatura atuante no local é estimada por equações que fornecem a temperatu-ra média de pele do tubo na região em função do tempo de operação e da espessura da camada de magnetita interna do tubo, a qual é medida por técnica especial de ultra-som, aqui definida como “MAGNETITA”.

As figuras a seguir ilustram a varredura de espessuras dos tubos de um superaquecedor por AB-scan EMAT, e a medição de espessura da camada de magnetita medida por ultrassom e um exemplo dos cálculos interativos para cálculo da temperatura de pele e vida residual.

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Figura 14 - varredura de espessuras dos tubos de um superaquecedor por AB-scan EMAT,gráficos de resultados.

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CONCLUSãO

Com o avanço da tecnologia, a cada dia temos acesso a técnicas que facilitam a localização e melhoram a precisão de dimensionamento de descontinuidades.

Os casos de aplicação destes ensaios não destrutivos chamados neste trabalho como “ENDsavançados” são exemplos de aplicações desta tecnologia e técnicas atualizadas que agregamvalor aos resultados no dia a dia da inspeção de equipamentos, proporcionando cada vez maisconfiabilidade aos equipamentos industriais.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

- (1) Olympus NDT- (2) API-579- Casos práticos mostrados neste trabalho não foram extraídos de literatura. Fazem parte dos arquivos de inspeção da Araujo Engenharia

Figura 15 - Estimativa da temperatura de pele e vida residual de tubos de caldeira. Exemplo deresultados do software “CVR-RBI_SH”

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artigotécnico

SISTEMA ELETRÔNICO EMBARCADO PARA DIAGNóSTICOAUTOMÁTICO EM CAMPO DE INSPEÇõES POR ULTRASSOM

1. INTRODUçãO

Testes Ultrassônicos são uma classe de ensaios não destru-tivos (END) (1) (2) que utilizam a energia de sinais acústicos de alta frequência para conduzir exames e realizar medidas em corpos de prova. Os ensaios não destrutivos são de ex-tremo interesse para a indústria pelo fato de preservarem a integridade do material analisado e reduzirem os custos com manutenção. O objetivo dos END é detectar a presença de falhas estruturais, de preferência em estágios iniciais. O pro-cesso para obtenção dessa informação a partir de uma onda ultrassônica requer uma série de etapas de processamento, fazendo-se necessário uma classificação ao fim do processo para que se possa associar ao objeto em estudo um dos di-versos tipos de problemas existentes.

Neste trabalho é proposta a criação de um hardware com lógica de processamento digital de sinais e classificação neu-ral embarcada em um microcontrolador, visando-se a cria-ção de um produto para ser usado em auxilio às inspeções por ultrassom capaz de emitir respostas em tempo real e aumentar a confiabilidade do processo de inspeção.

No sistema proposto, a primeira etapa de processamento dos sinais consiste em levá-los do domínio temporal para o domínio da frequência através da transformada de Fourier (3), posteriormente um classificador neural de arquitetura

Perceptron Multicamadas será utilizado para classificar o estado do material, e por fim visando minimizar os recursos computacionais utilizados pelo microcontrolador, é pro-posta a utilização de técnicas de processamento estatístico de sinais capazes de reduzir a informação necessária para a tomada de decisão sem prejudicar a eficiência de discri-minação do sistema. A proposta desse trabalho é realizar a implementação em hardware dedicado, do sistema apre-sentado no trabalho (4) publicado na revista Ultrassonics.

2. FUNDAMENTAçãO TEÓRICA

2.1. Ensaios ultrassônicosOs ensaios ultrassônicos se utilizam de uma onda acús-

tica com frequência acima da audível, que se propagam ao material, buscando detectar algum tipo de defeito, caso exista. O equipamento de ultrassom gera uma determina-da tensão que é aplicada a um transdutor que, utilizando-se do efeito piezoelétrico, (efeito que consiste basicamente na deformação do material quando submetido a um campo elétrico), emite o sinal desejado com uma banda de frequ-ência em torno da frequência central, que pode variar com o transdutor utilizado. Além disso, em alguns casos pode ser usado um liquido para acoplamento entre transdutor e o corpo de prova. Este procedimento visa reduzir as perdas sofridas pela onda ao sair do transdutor e emergir no ar.

Diversas são as configurações e técnicas em que um en-saio ultrassônico pode ser realizado, dentre esses se des-tacam:

• Ensaio por imersão: o corpo de prova e o transdutor es-

Angelo C. Carvalho1 Maria C. S.Albuquerque2

Eduardo F. S. Filho3

Cláudia T. T. Farias4

1 Graduando Engenha-ria Elétrica – UFBA / GPEND2 Doutora em Engenha-ria de Processos– IFBA / GPEND3 Doutor em Engenha-ria Elétrica– UFBA / GPEND4 Doutora em Enge-nharia Metalúrgica e de Materiais– IFBA / GPEND

Copyright 2013, ABENDI, ABRACO e IBP.Trabalho apresentado durante a 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusi-va responsabilidade do(s) autor(es).

Técnicas de inspeção são largamente utilizadas pelo setor industrial com o objetivo de verificar a integridade de uma deter-minada peça, material, ou instalação. Com o desenvolvimento tecnológico, novas técnicas de inspeção são desenvolvidas, sendo a inspeção através de sinais ultrassônicos uma das que mais se destaca. Em tal inspeção, a saída de um gerador de Ultrassom é transmitida à peça, e pode sofrer os mais diversos efeitos acústicos, dependendo da existência ou não de falhas, e de qual tipo de falha o material apresenta. Deste modo, o sinal ultrassônico pode ser atenuado, refletido ou refratado. É graças a essas modificações que se pode detectar a existência de um defeito, e classificá-lo, através processamento digital de sinal adequado. Este trabalho tem como objetivo principal o desenvolvimento de um sistema eletrônico para processamento digital de sinais capaz de detectar e classificar defeitos a partir de inspeções por Ultrassom tipo pulso eco. Os algoritmos com-putacionais necessários são embarcados em um processador digital de sinais. Resultados preliminares do sistema proposto serão apresentados.

Sinopse

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55tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

FIGURA 1: Matriz Butterfly para FFT. (6)

tão imerso num liquido acoplante, geralmente água;• Ensaio por contato: é exercida uma pressão no transdu-

tor que é aplicado diretamente à peça, sendo utilizado um fluido para fazer o acoplamento; 170

• Ondas de Lamb: ondas que produzem uma perturbação que faz com que as partículas do material vibrem tanto na direção de propagação quanto perpendicularmente ao ma-terial, varrendo todo o volume do material;

• Ondas pulso eco: utiliza-se somente um transdutor que é emissor e receptor. Ele gera ondas em pulso, e recebe o eco emitido pelo material no intervalo entre a geração dos pulsos.

2.2. Processamento digital de sinaisA utilização de END para a inspeção dos mais diversos

tipos de materiais vem se aperfeiçoando à medida que as técnicas de processamento digital de sinais se tornam mais eficientes. Especificamente nos END por ultrassom, é através das informações contidas nos sinais que são captados que se consegue detectar as falhas de um material. Esses sinais estão sujeitos a ruídos ao longo da inspeção que desfavo-recem a confiabilidade do ensaio. Entre as fontes de ruído pode-se destacar a interação com os espalhadores presen-tes no meio material e os circuitos eletrônicos, que podem contribuir para a adição do ruído branco.

Dentre as diversas técnicas de processamento de sinais, uma das mais utilizadas é a análise no domínio da frequência utilizando-se a transformada de Fourier, já que permite a ob-tenção do espectro de frequências do sinal temporal. Por ser uma representação mais compacta e discriminante, torna mais simples o processo de identificação de falhas no material.

2.2.1. Transformada discreta de Fourier e Análise espectralA transformada de Fourier é uma ferramenta matemática

muito utilizada na área de processamento digital de sinais. Ela permite a representação no domínio da frequência de sinais definidos no tempo, ou seja, ela transforma um sinal temporal para um sinal em frequência.

Na transformada de Fourier a obtenção do espectro de frequência se dá pela decomposição do sinal num somató-rio de senóides e cossenóides de frequências diferentes, o que permite a avaliação quanto sua magnitude e fase. A Eq. 1 representa a Transformada Discreta de Fourier, DFT (Dis-crete Fourier Transform), que é uma modificação da Trans-formada de Fourier de Tempo Contínuo para sinais discreti-zados no tempo. A Eq. 2 mostra a Transformada inversa IDFT (Inverse Discrete-time Fourier Transform) (5).

[Eq.1]

[Eq.2]

A aplicação de DFT é computacionalmente viável ape-nas quando o número de dados utilizados é pequeno (4), a partir de certa quantidade de dados torna-se muito de-morado o processo. Visando a computação de um número elevado de dados desenvolveu-se o algoritmo da Transfor-mada Rápida de Fourier (Fast Fourier Transform, FFT), que consegue diminuir o tempo de processamento através da redução do número de passos que devem ser executados durante o cálculo. A Figura 1 mostra um esquemático da matriz “butterfly” utilizada para a realização da FFT.

2.3. Processamento estatístico de sinaisTécnicas que utilizam informações da estatística dos si-

nais, como Análise de Componentes Principais (PCA – Prin-cipal Component Analysis) (7) e Análise de Componentes Independentes (ICA - Independent Component Analysis) (8) são frequentemente utilizadas na solução de proble-mas onde há a necessidade de processamento veloz, fle-xível e eficiente.

A Análise de Componentes Principais é um método que tem por finalidade o processamento estatístico de sinais multidimensionais visando à minimização da informação redundante.

A PCA utiliza informações estatísticas de segunda or-dem para projetar os sinais em bases ortogonais e que estão nas direções de máxima variância do processo. Com isso, pode-se eliminar as componentes de menor variância (energia) e compactar o sinal, mantendo-se a maior parte da informação necessária para a reconstrução.

A Análise de Componentes Independentes (ICA) é um método de extração de características semelhante à PCA, porém aqui a transformação visa reduzir sinais indepen-dentes estatisticamente (e não apenas descorrelacionados,

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como era o caso da PCA). Nesse sentido a ICA é mais abran-gente que a PCA, pois garante que não há redundâncias de informação considerando-se toda a estatística dos dados.

Uma característica interessante e que facilita o processo de treinamento do discriminador neural, é que os compo-nentes principais estimados são mutualmente não correla-cionados, ou seja, não há informações redundantes entre as características de entrada para o classificador.

2.4. Redes neurais artificiaisUma Rede Neural Artificial (RNA) é um modelo matemá-

tico que pode ser implementado de modo maciçamente e paralelamente distribuído (9). Uma RNA é constituída de unidades de processamento simples, que tem a propensão natural para armazenar conhecimento experimental e tor-na-lo disponível para uso. Possui dois aspectos que se asse-melham ao cérebro humano: o conhecimento é adquirido a partir de seu ambiente através do processo de aprendi-zagem, e as forças de conexão entre os neurônios armaze-nam o conhecimento adquirido. Esse conhecimento é ar-mazenado através de variáveis chamadas pesos sinápticos, que armazenam valores correlatos com características do problema.

O procedimento utilizado para realização da etapa de treinamento da RNA é chamado algoritmo de aprendiza-gem cujo objetivo é modificar os pesos sinápticos de forma a alcançar o objetivo desejado. O treinamento pode ser supervisionado ou não supervisionado. No primeiro existe um par entrada/saída alvo, que marca uma diretriz para a RNA, no segundo a RNA tende a uma situação de estabili-dade onde se diz que ela esta treinada.

Em relação à sua capacidade e a sua utilidade, podemos destacar algumas características das RNAs:

• Não linearidade: as conexões entre os neurônios são distribuídas de forma paralela e não linear.

• Adaptabilidade: a RNA pode adaptar seus pesos para as mudanças no ambiente ao seu redor.

• “Resposta de Prova” ou “Resposta de Teste”: após um determinado treinamento com um conjunto de padrões de sinais de entradas, uma RNA pode receber um padrão de sinais de entrada distinto de qualquer outro com o qual ela já trabalhou, e é capaz de “extrapolar” sobre o padrão e for-necer uma resposta com uma medida de confiança. Basica-mente, após certo tempo, a RNA pode resolver problemas inéditos, algo muito além das capacidades das plataformas computacionais convencionais.

• Tolerância a Falhas: diferentemente de uma plataforma de computação convencional, na qual se um componente apresenta falha, todo o sistema pode funcionar de manei-

FIGURA 2: Neurônio McCulloch-Pitts.

ra indesejada, se um pequeno número de neurônios vier a falhar, a RNA pode continuar operando sem mudanças per-ceptíveis na sua capacidade de processamento. Analoga-mente, o cérebro humano continua funcionando sem pro-blemas se um pequeno número de neurônios morrerem. Para causar um funcionamento indesejável da RNA, um nú-mero considerável de neurônios deve deixar de funcionar.

2.4.1. Modelos de neurônios artificiais e treinamentoA Figura 2 abaixo mostra o primeiro modelo não linear

de um neurônio artificial proposto em 1943 por McCulloch--Pitts.

Na Figura 2 as entradas são representadas por x1,x2,...,xm, que podem representar a resposta de sensores, ou da saí-da de outros neurônios. Os pesos das entradas são repre-sentados por wk1, wk2,.., wkm. A bias bk, representa um sinal DC que é adicionado. A função de ativação é responsável por adicionar a característica não linear ao neurônio, sen-do a escolhida pra o projeto a tangente hiperbólica (tanh). O funcionamento básico do neurônio artificial resume-se à soma e multiplicação de matrizes: a entrada é a matriz X = [x1,x2,...,xm] , e a matriz de pesos é W = [wk1, wk2,.., wkm], b é a bias e Y é a matriz de saída. A equação 3 representa a saída do neurônio.

[Eq.3]

O classificador neural utilizado no projeto é o Perceptron Multicamadas que consiste basicamente de um bloco de entrada com ‘n’ neurônios, um bloco de saída com um nú-mero de neurônios igual ao número de classes do problema e uma ou mais camadas internas que podem ter ‘k’ neurô-nios. A Figura 3 ilustra um perceptron de múltiplas camadas internas, e um único neurônio de saída.

Novamente o processo de computação da rede neural se resume a álgebra matricial. Se considerarmos a entrada

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FIGURA 3: Perceptron Multicamadas.

da camada ‘n’ como uma matriz Xn, os pesos dessa camada como outra matriz Wn, e a bias como outra matriz bn, então a saída será a matriz Yn, conforme visto na Eq. 4. Essa saída será aplicada à entrada da próxima camada, até que o pro-cesso chegue à camada de saída.

[Eq.4]

Para as redes de múltiplas camadas (MLP, Multi Layer Per-ceptron), o algoritmo de retropropagação de erro (backpro-pagation) é um dos mais utilizados. O treinamento de RNAs por backpropagation se dá pela retroalimentação do sinal de erro de treinamento na direção da entrada, e então, o ajuste dos pesos sinápticos.

2.5. Processador digital de sinaisO processador digital de sinais (DSP) é um sistema com-

putacional que possui integrado no mesmo circuito integra-do (CI) , não somente a Unidade de Processamento, como memórias de dados e de programas, entradas para comu-nicação serial e paralela, conversores analógicos digitais, dentre outros.

Os DSPs são projetados para tratamento de sinais em tempo real. Possui integrado a seu hardware e software inúmeras funções utilizadas no processamento digital de sinais, o que facilita o desenvolvimento do código final e o torna mais compacto.

O CI do DSP pode ser encontrado separadamente ou atrelado a uma placa de desenvolvimento, a qual traz, já im-plantados vários recursos de hardware para facilitar a solu-ção dos problemas, tais como: canais de comunicação serial e USB, display de LCD, slots para acoplamento de memória, switchs e push-buttons, dentre outros. A Figura 4 mostra uma placa de desenvolvimento de um DSP.

A escolha do DSP e da sua placa de desenvolvimento seguiu uma lista de critérios sendo os principais: taxa de amostragem na conversão analógico-digital (AD) que é crí-

FIGURA 4: Processador Digital de Sinais em uma placa de desenvolvimento. (10)

tica no processo, velocidade de processamento fator muito importante já que o sistema opera em tempo real, quanti-dade de memória interna para armazenamento dos dados da inspeção, e entradas que encaixassem no padrão de sa-ídas do gerador de ultrassom.

3. MéTODOS UTILIzADOS

O processamento digital de sinais proposto nesse traba-lho é desenvolvido de maneira off-line com o auxílio de um computador para depois de validado e devidamente testa-do, ter seu código embarcado no DSP.

3.1. Algoritmos desenvolvidosO algoritmo de realização da FFT foi desenvolvido com

base no algoritmo RADIX-2 (11) e realiza a FFT de um nú-mero de pontos igual a um múltiplo de 2n. A Rede Neural Artificial foi desenvolvida considerando-se uma camada de entrada com 18 neurônios e saída com 1 neurônio. Todos os algoritmos foram desenvolvidos e implementados em C no ambiente de desenvolvimento, software Dev-C++®

3.2. Sistema de inspeção propostoA Figura 5 apresenta as etapas de processamento pro-

postas para o sinal de ultrassom até a identificação auto-mática da integridade do corpo de prova inspecionado.

O sinal medido pelo transdutor é captado pela entrada analógica do DSP e é digitalizado. Os dados então passam pelo algoritmo responsável pela execução da transforma-da de Fourier, posterior classificação neural e processa-mento estatístico. Por fim o resultado é mostrado em um display de LCD para o operador do sistema.

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O sistema pode ser aplicado a qualquer tipo de inspeção ultrassônica pulso eco, sendo que a única modificação ne-cessária é a adaptação dos pesos sinápticos para o proble-ma em questão. Esse treinamento neural será realizado de maneira off-line através do software Matlab®, e será impor-tada para o DSP através de um protocolo de comunicação.

O hardware finalizado será utilizado em conjunto com os equipamentos de inspeção convencional, e possibilitará uma maior confiabilidade por parte do operador e a respos-ta em tempo real. A Figura 6 mostra um esquema com o produto já finalizado.

FIGURA 5: Diagrama do processo.

FIGURA 6: Diagrama do produto final.

4. RESULTADOS OBTIDOS

O algoritmo para a realização da FFT foi implementado (em linguagem C) (12) e testado em um computador, com precisão para os dados de até dez casas decimais, utilizando os dados de uma inspeção, sendo esses dados compostos por 10 conjuntos de 2500 pontos cada. Como forma de veri-ficar o nível de confiabilidade do sistema o mesmo processo foi repetido utilizando-se o software Matlab® e as diferenças (erros) entre os dois resultados foram e plotados em histo-gramas nas Figuras de 7 a 10. Pode-se observar que o erro é bem pequeno, ficando sempre na faixa de 10-14.

A RNA foi implementada em linguagem C (12), seguiu um layout composto por 18 neurônios na camada de entrada e um neurônio na camada de saída, o que permitia a discrimi-nação dos dados em duas classes diferentes. Esse modelo foi adotado de modo a se adaptar ao problema usado para o teste, que consistia em quatro conjuntos, cada um com 1850 vetores, cada um com 100 parâmetros de entrada para

FIGURA 7: 1º conjunto de dados. FIGURA 9: 3º conjunto de dados.

FIGURA 8: 2º conjunto de dados. FIGURA 10: 4º conjunto de dados.

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o classificador. A mesma rede foi implementada no softwa-re Matlab®, e o erro entre os resultados dessas redes foi plo-tada em histogramas nas Figuras 11 a 14.

5. CONCLUSãO

Os ensaios não destrutivos através do uso de ultrassom tem se mostrado de grande importância na realidade atual não só do Brasil, mas como do mundo. O ramo vem se de-senvolvendo cada vez mais com o avanço da tecnologia. É com esse foco que é proposto no trabalho a criação de um hardware com lógica embarcada para auxiliar nos sistemas de inspeção por ultrassom, tornando-o mais confiável e ao mesmo tempo eficiente.

A implementação das rotinas de processamento digital de sinais em linguagem C, aplicadas a um processador de uso específico, permitem ao sistema uma maior agilidade na resposta, do que se fosse aplicado em um computador de uso geral. Além disso, possibilitam a minimização do har-dware necessário, o que se mostra de vital importância em testes realizados em locais de difícil acesso.

Nesse trabalho conseguiu-se a implementação e testes da FFT e da RNA com o auxílio de um computador, mos-trando assim sua viabilidade e eficiência. Os próximos pas-sos consistem na finalização do código, o qual deve integrar um método de processamento estatístico (ICA ou PCA) ao que já foi desenvolvido, e por fim adaptar e embarcar esse código no DSP, para realização dos testes finais em campo.

FIGURA 11: 1º conjunto de dados. FIGURA 13: 2º conjunto de dados.

FIGURA 12: 3º conjunto de dados. FIGURA 14: 4º conjunto de dados.

6. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq e à FAPESB pelo apoio financeiro ao desenvolvimento deste trabalho.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS

(1) Andreucci R., “Ensaio por Ultrassom”, Vol 2, p. 06 – 63, 2003.(2) Y. N. Souza et al. “Avaliação não destrutiva da integridade estrutural de compó-sitos de alumínio e epóxi utilizando processamento estatístico e redes neurais arti-ficiais como ferramenta de auxílio”. In: Congresso de Tecnologia de Equipamentos, Porto de Galinhas, 5 (Jun) 2011.(3) Willsky, Alan S.; Oppenheim, Alan V, “Sinais e Sistemas”, 2 ed. Pearson, p. 155- 244, 2010.(4) E. F. Simas Filho et al. “Decision support system for ultrasound inspection of fiber metal laminates using statistical signal processing and neural networks”, Ultraso-nics, (Fev) 2013.(5) Lathi, B. P, “Sinais e Sistemas Lineares”, 2 ed. Bookman, p. 528-663, 2004.(6) Willsky, Alan S.; Oppenheim, Alan V, “Signal and Systems”, 2 ed. p(7) Joliffe, I, T, “Principal Component Analysis”, 2 ed. Springer: Nova York, Estados Unidos, 2002.(8) Oja, E, et al., “Independent Component Analysis”, Springer: London, Inglaterra, 2000.(9) Haykin, Simon, “Redes Neurais - Princípios e práticas”; 2 ed. Bookman, p. 25- 100, 1999.(10) “TMS320C6713 DSK Technical Reference”, Spectrum Digital Incorporated, p. 24.(11) Willsky, Alan S.; Oppenheim, Alan V, “Sinais e Sistemas”, Vol 2, p. 90 – 110, 2000.(12) Schildt, H., “C Completo e Total”, 3 ed. Pearson, p. 138 – 252, 1997.

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calendário

Julho Data LocalMinicurso de Elaboração de Procedimento de US conforme 22 Abendi (SP)norma asmE VBásico de Ensaios Não Destrutivos 28/07 a 01/08 Abendi (SP)Agosto Data LocalPartículas Magnéticas – Nivel 3 (Turma 2) 4 a 8 Abendi (SP)Minicurso de Análise de Vibrações 7 Abendi (SP)Noções Básicas das Normas AWS D1.1 e API 1104 (Turma 1) 25 e 26 Abendi (SP)Ultrassom Nível 3 – Abemi/Abendi 25/08 a 6/09 Salvador (BA)Minicurso de Tratamento de Resíduos 28 Abendi (SP)Setembro Data LocalInspeção por Partículas Magnéticas com Máquinas 1, 2 e 3 Abendi (SP)Estacionárias (Turma 2)Líquidos Penetrantes – Nível 3 (Turma 2) 01 a 05 Abendi (SP)Ultrassom aplicado a Solda por Resistência a Ponto 8 a 12 Abendi (SP)(Automobilistico) (Turma 2)Ensaio Radiográfico Nível 3 – Abemi/Abendi 8 a 16 Salvador (BA)Inspeção em Faixa de Dutos 15 a 19 Abendi (SP)Ensaio Radiográfico Nível 3 – Abemi/Abendi 22 a 30 Abendi (SP)Ensaios Radiográficos – Nível 3 22 a 30 Abendi (SP)

Abendi

Julho Datalíquido penetrante n1 diurno 07 a 11Líquido Penetrante N2 Diurno 07 a 16Líquido Penetrante N1 Noturno 07 a 16partículas magnéticas n2 diurno 07 a 18 líquido penetrante n2 noturno 07 a 22Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 14 a 18Ultrassom N1 L Diurno 14 a 23Ultrassom N2 Diurno 14/07 a 01/08ultrassom por medição de Espessura noturno 21 a 30Ultrassom N1 L Noturno 21/07 a 05/08

Cetre - Bahia

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Julho Datalíquido penetrante n1 noturno 07 a 17líquido penetrante n2 noturno 07 a 23Ultrassom N2 Diurno 07/07 a 25/08Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 21 a 25ultrassom por medição de Espessura noturno 21 a 30ultrassom n1 l diurno 21 a 30Ultrassom N1 L Noturno 21/07 a 05/08Ultrassom N2 Noturno 21/07 a 19/08Controle Dimensional MQ Noturno 28/07 a 12/09Agosto DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 04 a 13Partículas Magnéticas N2 Noturno 04 a 23iE lt noturno 11 a 20Controle Dimensional CL Noturno 11/08 a 19/09ultrassom por medição de Espessura noturno 18 a 27Ultrassom N1 L Noturno 18/08 a 02/09Ultrassom N2 Noturno 18/08 a 16/09Controle Dimensional TO Noturno 25/08 a 27/09

Cetre - Pernambuco

Julho Datatpp n2 noturno 07 a 23líquido penetrante n1 noturno 21 a 30Líquido Penetrante N2 Noturno 21/07 a 05/08Ultrassom por Medição de espessura Noturno 28/07 a 06/08ultrassom n1 l noturno 28/07 a 12/08Ultrassom N2 Noturno 28/07 a 26/08controle dimensional to noturno 28/07 a 30/08Agosto DataControle Dimensional CL Noturno 11/08 a 19/09

Cetre - Santos

Julho DataUltrassom N2 Noturno 21/07 a 19/08Controle Dimensional CL Noturno 21/07 a 29/08Controle Dimensional MQ Noturno 28/07 a 12/09Agosto DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 04 a 13TPP N2 Noturno 04 a 19/08Partículas Magnéticas N2 Noturno 04 a 23líquido penetrante n1 noturno 18 a 27Líquido Penetrante N2 Noturno 18/08 a 02/09Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 25/08 a 03/09Ultrassom N1 L Noturno 25/08 a 09/09Ultrassom N2 Noturno 25/08 a 23/09

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calendário

Cetre - São Paulo

Julho DataPartículas Magnéticas N1 Diurno 07 a 14Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 07 a 14ultrassom n1 l diurno 07 a 17líquido penetrante n1 noturno 07 a 17partículas magnéticas n2 diurno 07 a 21líquido penetrante n2 noturno 07 a 23ultrassom n2 diurno 07 a 28Er n2 diurno 07 a 28Controle Dimensional CL Noturno 14/07 a 22/08

Cetre - Taubaté

Julho DataLíquido Penetrante N1 Diurno 07 a 14líquido penetrante n1 noturno 07 a 17líquido penetrante n2 diurno 07 a 17líquido penetrante n2 noturno 07 a 23controle dimensional to noturno 07/07 a 11/08Controle Dimensional CL Noturno 07/07 a 16/08Ultrassom por Medição de Espessura Diurno 14 a 18Ultrassom N1 L Diurno 14 a 23Controle Dimensional TO Noturno 14/07 a 16/08Partículas Magnéticas N1 Diurno 21 a 25partículas magnéticas n2 diurno 21/07 a 01/08TPP N2 Noturno 21/07 a 05/08Ultrassom por Medição de Espessura Noturno 28/07 a 06/08ultrassom n1 l noturno 28/07 a 12/08Ultrassom N2 Noturno 28/07 a 26/08Agosto DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 04 a 13Partículas Magnéticas N2 Noturno 04 a 23iE lt noturno 11 a 20líquido penetrante n1 noturno 11 a 20Controle Dimensional MQ Noturno 11/08 a 26/09ultrassom por medição de Espessura noturno 18 a 27Ultrassom N1 L Noturno 18/08 a 02/09Líquido Penetrante N2 Noturno 18/08 a 02/09Ultrassom N2 Noturno 18/08 a 16/09

Agosto DataiE lt noturno 18 a 27ultrassom por medição de espessura noturno 18 a 27Ultrassom N1 L Noturno 18/08 a 02/09Partículas Magnéticas N1 Noturno 25/08 a 03/09Partículas Magnéticas N2 Noturno 25/08 a 13/09

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63tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Petrus - Rio de Janeiro

Julho Data

Partículas Magnéticas 14Ultrassom 14Agosto Data

Líquido Penetrante 04Partículas Magnéticas 25Dimensional de Caldeiraria 04

Julho Dataultrassom por medição de Espessura noturno 21 a 30Ultrassom N1 L Noturno 21/07 a 05/08TPP N2 Noturno 21/07 a 05/08Ultrassom N2 Noturno 21/07 a 19/08líquido penetrante n1 diurno 28/07 a 01/08Partículas Magnéticas N1 Noturno 28/07 a 06/08Líquido Penetrante N2 Diurno 28/07 a 06/08Er n1 noturno 28/07 a 12/08Partículas Magnéticas N2 Noturno 28/07 a 16/08ER N2 Noturno 28/07 a 26/08DV N2 Diurno 29/07 a 01/08dV n1 diurno 30/07 a 01/08Agosto DataUltrassom por Medição de Espessura Diurno 04 a 08Ultrassom N1 L Diurno 04 a 13Ultrassom N2 Diurno 04 a 22Partículas Magnéticas N1 Diurno 11 a 15líquido penetrante n1 noturno 11 a 20partículas magnéticas n2 diurno 11 a 22Líquido Penetrante N2 Noturno 11 a 26Controle Dimensional TO Noturno 11/08 a 13/09líquido penetrante n1 diurno 18 a 22ultrassom por medição de espessura noturno 18 a 27líquido penetrante n2 diurno 18 a 27partículas magnéticas n1 noturno 18 a 27Ultrassom N1 L Noturno 18/08 a 02/09ER N1 Noturno 18/08 a 02/09Partículas Magnéticas N2 Noturno 18/08 a 06/09Ultrassom N2 Noturno 18/08 a 16/09ER N2 Noturno 18/08 a 16/09Controle Dimensional TO Noturno 25/08 a 27/09DV N2 Diurno 26 a 29

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64 revista abendi no 62junho de 2014

produtos eserviços

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classificados

BT ServiceRua Voluntários da Pátria 190 sl. 719, Botafogo - CEP: 22270-902 - Rio de Janeiro / RJTelefones: (21) 99927-3236 / 2537-0394 / 55*113*39722 - [email protected] / www.btservice.com.brAgora, além das inspeções de END convencionais, a BT Service também realiza serviços em guindastes offshore e linfting gear (loose & appliance) com emissão de relatórios diários. O cliente recebe no final do serviço: relatório técnico de inspeção, recomendações técnicas de inspeção, certificado de inspeção e lista de registro. A BT Service desenvolve planejamentos para e executa: inspeções periódicas e eventuais; manutenções preventivas e corretivas; testes de carga, aceitação em fábrica e desempenho; estudos técnicos e supervisões para manutenções, incluindo overhauling; instalação e comissionamento. A empresa possui toda mão de obra especializada para inspe-ções de END e acessos por corda e seus devidos equipamentos. Empresa certificada pela DNV-GL

JPW INSPEÇÃO E CONTROLE DA QUALIDADE, MONTAGENS, FABRICAÇÃO E MANUTENÇÕES INDUSTRIAIS LTDA. - EPPEmpresa Referência em ensaios não destrutivos LP, ME, US, PM, INSPEÇÃO DE SOLDAGENS, TESTES HIDROSTÁTICOS.Atua na área: offshore; Fabricação; Caldeiraria; Usinagens; Inspeção submersa; Acesso por corda; Manutenções industriais; Soldas especiais; Engenharia em Projetos de Médio e Grande Porte; Pintura Industrial ; Isolamento Térmico; Construção civil em geral.Site - www.jpwinspecao.com.br

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66 revista abendi no 62junho de 2014

artigoespecial

RECONHECIMENTO E ACEITAÇÃO DE CERTIfICADOS (DESEjO E REALIDADE)

D esejamos abordar aqui um tema que, ultimamen-te, tem gerado alguma controvérsia: o reconhe-

cimento e a respectiva aceitação de certificados de órgãos acreditados certificadores de pessoas físicas entre si.

Inicialmente, os termos Reconhecimento e Aceita-ção devem ser claramente diferenciados. Enquanto o primeiro é geralmente utilizado para confirmar o “va-lor” de um certificado, o termo Aceitação representa uma mudança para algum outro órgão certificador.

Para o Reconhecimento, basicamente, devem ser considerados os certificados emitidos por órgãos cer-tificadores acreditados. O órgão certificador confirma, quando consultado, que o correspondente certificado emitido por outros órgãos tem o mesmo valor que o emitido por ele. Isto ocorre não somente na Alemanha, que atualmente conta com três órgãos certificadores acreditados para inspetores de END (em ordem alfa-bética DPZ da DGZfP, SECTOR Cert e TÜV NORD), como também para órgãos certificadores acreditados em outros países da Europa.

Já a Aceitação de certificados, que significa a pas-sagem de um sistema certificador para o sistema de algum outro órgão (também certificador) sem a ne-cessidade de um novo exame de qualificação não está prevista no sistema normalizador europeu, uma vez que certificações em duplicidade devem ser evitadas por meio da acreditação, de maneira que o fornecedor necessitará apenas de um certificado ou de um Relató-rio de Inspeção.

O procedimento praticado, há anos, na Alemanha e na Europa, pelo qual certificados estrangeiros podem

ser “aceitos” por algum outro órgão certificador acredi-tado, após a confirmação de alguns dados (validade, eventual cancelamento etc.), não é mais permitido.

Tal fato nada tem a ver com falta de flexibilidade e orientação de clientes ou desentendimentos entre os órgãos certificadores acreditados, mas com prescrições modificadas da Norma de Acreditação para órgãos cer-tificadores de pessoas EN ISO/IEC 17024, que foi publi-cada em 2012 juntamente com a norma EN ISO 9712.

A norma EN ISO/IEC 17024:2012 foi modificada em diversos pontos importantes, que seguem um único princípio: o controle de todo o processo de certificação (incluindo o exame!) deve ser exercido pelo órgão cer-tificador. Na prática, isto significa que um órgão certi-ficador somente poderá certificar tendo como base o exame efetuado de acordo com o seu próprio sistema.

Ou seja, a mudança para algum outro órgão certifi-cador irá, portanto, requerer sempre um exame. Esta mudança somente será possível após a realização, com sucesso, de um exame recertificador, ou então no âm-bito da ascensão a um nível imediatamente superior, após a realização de um exame de qualificação com sucesso. Nos dois casos, o exame necessário será re-alizado, como foi prescrito, de acordo com o sistema do novo órgão certificador. Este deverá reconhecer, na homologação, como tendo igual valor os certificados acreditados já existentes.

No futuro, em determinados casos, um candidato poderá possuir, para diversos métodos de ensaio, cer-tificados equivalentes de diferentes órgãos certificado-res acreditados. Em caso de dúvida, os órgãos certifica-dores confirmarão a equivalência daqueles.

Autores: A. Jung, M. Purschke e J. Röhmeyer | Versão para português: Detlef Schultze

Este artigo foi publicado na edição 139 da revista Zfp – Zeitung.

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