Edição 84 | Ano IX | Abril de 2018 A evolução da Radiografia · Lançamentos de livros,...

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Edição 84 | Ano IX | Abril de 2018 Na Seção Técnica, leia: Inspeção radiográfica de isoladores de compósito de grande dimensão e complexidade auxiliado por simulador de radiografia realística Avaliação da calibração de flat panel em inspeção de soldas para a técnica PSVS ConaEnd&IEV 2018: confira as últimas novidades! A evolução da Radiografia: do convencional ao inesperado

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Edição 84 | Ano IX | Abril de 2018

Na Seção Técnica, leia:

Inspeção radiográfica deisoladores de compósitode grande dimensão ecomplexidade auxiliadopor simulador de radiografia realística

Avaliação da calibraçãode flat panel em inspeçãode soldas para atécnica PSVS

ConaEnd&IEV 2018:confira as últimas novidades!

A evolução da Radiografia:do convencional

ao inesperado

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Conselho EditorialPedro Paiva – Magnaflux Jan Smid – RadiolabWagner Romano – GEOswaldo Rossi Júnior – IntermetroCarlos Madureira – BBL

Comitê CientíficoProf. Sérgio Brandi – USPProf. Sérgio Barra – UFRNProf. Thomas Clarke – UFRGSProf. Armando Albertazzi – UFSC Prof. Américo Scotti - UFUProfa. Raquel Gonçalves – UnicampProf. Armando Shinohara – UFPEProf. Francisco Ilo – UPE

EquipeSupervisora de comunicação:Grazielle PaivaJornalista responsável: Alexandra Alves (MTB 26660)Comercial: Bruno MunhozDesigner: Henrique LealRevisor: Paulo RanieriProjeto Gráfico e Diagramação:Giovana Garofalo Capa/Fotos: Marcelo Vigneron© e Acervo Conter (foto antiga)Ed. Gráfica: Giovana GarofaloGráfica: Hawaii Gráfica

Tiragem7.000 exemplares

Público leitorProfissionais especializados (enge-nheiros, gerentes, administradores) de empresas de END e Inspeção, usuários dessa tecnologia, técnicos (supervi-sores, inspetores e operadores) que estão diretamente envolvidos com o tema e instituições de ensino.

ISSN: 1980-1599

A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensa-mento dos autores, não representando neces-sariamente a opinião da revista. À publicação reserva-se o direito de, por motivo de espaço e clareza, resumir cartas e artigos.

Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: [email protected]

Prezados leitores,

A edição de capa da Revista Abendi revela o universo da Radiografia Industrial. Nela, abordamos uma das mais antigas técnicas aplicadas na inspeção de materiais. Inclusive, esse foi o primeiro ensaio não destrutivo no Brasil, inspecionando o casco de um navio e executado pelo pioneiro dos ENDs no país, o emérito professor Paulo Gomes de Paula Leite.

A técnica evoluiu muito em função do avanço e da redução dos custos dos computado-res, tendo a radiografia digital como um exemplo dessa modernidade. Além disso, temos a tomografia industrial e diversas outras derivações do método, inclusive com aplicações não industriais, como inspeção de obras de arte.

Aproveitando esse fato, gostaríamos de informar a todos que vamos fazer uma completa radiografia dos setores industriais, em função da utilização de Ensaios Não Destrutivos e de pessoal certificado pelo SNQC/END da Abendi. Isso faz parte do planejamento estratégico da associação. Sabemos que, desde praticamente a sua fundação, a Abendi e os ENDs têm sido muito utilizados pelo setor de Óleo e Gás brasileiro, em função de todos os investimen-tos realizados e para atender às necessidades dos fornecedores de toda a cadeia produtiva capitaneada pela Petrobras. Sabemos, também, da recente crise que afetou o setor devido à queda brusca dos preços internacionais e da retração industrial que assolou o nosso país.

Existem diversos outros setores industriais que consomem ENDs, como o Siderúrgico, Automotivo, Aeronáutico, de Papel e Celulose e segmentos novos que estão despontando também, como o eólico, metroferroviário, de energia fotovoltaica, solar....

Nesse sentido, a Abendi está promovendo, ainda, um completo levantamento sobre o atual estágio de utilização dos Ensaios Não Destrutivos nos diversos setores industriais bra-sileiros e a utilização dos profissionais certificados. Isso irá contribuir muito para uma visão correta do mercado e para orientar os nossos profissionais quanto à sua empregabilidade. Vamos acelerar esse estudo e, em breve, vocês terão mais notícias sobre essa completa radiografia.

Boa leitura

João Gabriel Hargreaves Ribeiro - Presidente

E d i t o r i a l

E x p e d i e n t e

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06 10 11Notícias• Abendi e unidade maranhense da Vale firmam nova parceria• Novo parceiro da associação• Entidades estreitam relacionamento• Workshop de Acesso por Corda foi um sucesso• O ENDE se aproxima

Fala profissionalO toque feminino da inspeção

SóciosAtenção aos novos benefícios do sócio Abendi

Eventos• Transforme suas ideias: participe do ConEnd&IEV 2018 e conheça o melhor da inovação em END e Inspeção• 13o Encontro Regional de END e Inspeção

Certificação• SNT-TC-1A: O que é e como se aplica ao documento?• Facilite sua rotina: fique atento aos documentos de Certificação• Seja um especialista em faixa de dutos: certifique-se• Trabalhe no Setor Siderúrgico

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Empregado nas mais diversas áreas profissionais, o método começou a ganhar mercado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial

Visão além do alcance: o que a radiografia pode mostrar28

Sócios patrocinadoresMagnaflux: Nosso compromisso

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06 10 11

TreinamentosSeja um N3 em Radiografia

40

Seção técnica• Inspeção radiográfica de isoladores decompósito de grande dimen-são e complexidade auxiliado por simulador de radiografia realística• Avaliação da calibração de flat panel em inspeção desoldas para a técnica PSVS

14 15 16

Sede AbendiAv. Onze de Junho, 1317 – Vila Clementino - CEP: 04041-054São Paulo (SP). Tel.: (11) 5586-3199 – Fax: (11) 3302-5850Site: www.abendi.org.br

BibliotecaLançamentos de livros, apostilas, anais e produtos [email protected] (11) 5586-3196

CertificaçãoBureau de Certificação Abendi. (11) 5586-3181

EventosFeiras, eventos, simpósios e encontros do [email protected] (11) 5586-3197

Área Técnica da [email protected] (11) 5586-3195

SóciosSeja um sócio ou sócio patrocinador da [email protected] (11) 5586-3190 ou 3146

TreinamentosTreinamentos e Ensino a Distância (EaD) - [email protected]

Informações Gerais(11) 5586-3141 ou 3175 [email protected]

Para anunciar nos Veículos [email protected] (11) 5586-3161

Comunicaçã[email protected]

Representante Regional (AL)Jarbas Cabral Fagundes - [email protected] - (82) 9-9911-7619Representante Regional (BA)Antonio Luiz de Melo Vieira Leite - [email protected](71) 99964-8636Representante Regional(AM, CE, MA e PA)Antonio Noca Freire - [email protected](85) 99932-9159 ou (12)99644-8477Representante Regional (SE)Carlos Otávio Damas Martins - [email protected] (79) 99679-2747Representante Regional (PB, PE e PI)Marco Antonio Souza Brito - [email protected](81) 9961-5110 e ID 97 * 34748 (Nextel)Representante Regional (RN)Sérgio Rodrigues Barra - [email protected] - (84) 98828-1266Representante Regional(SC)Jean Eduardo Lima - [email protected] - (47) 99729-3786Sócios recebem gratuitamente a revista. Para assinar, envie ue-mail para: [email protected].

Acompanhe a Abendi nas mídias sociais

F a l e C o n o s c o

abendi.org.br

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associacao.abendi

abendinews.org.br Abendi Associação

Abendi

Área técnicaComissão de Radioproteção e Segurança Industrial (Corseg): Seguran-ça é nosso foco

Marcelo

Vig

nero

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N o t í c i a s

6 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

Abendi e unidademaranhense da Vale firmam nova parceria

a

E m visita técnica ao setor de Vagões e Material Rodante da Vale em São

Luís, no Maranhão, o membro do Comi-tê Técnico Metroferroviário da Abendi, professor Marcelo Cabeça, conheceu as atividades desenvolvidas pelas áreas de Rodas, Eixos, Mandíbulas/Engates, Superestrutura e Truques. ‘‘Inteirei-me um pouco sobre a rotina da empresa: volume transportado, tamanho de frota e desafios vigentes’’, destacou.

O professor foi recebido pelos enge-nheiros Giovanni Dias, Ivanildo Nasci-

mento, Ronan Moreira e Francisco Nasci-mento, quando teve a oportunidade de apresentar as atividades da associação, abordando o Projeto Piloto desenvolvido em conjunto, entre a entidade e a Vale, que resultou num curso de nivelamento de Ultrassom (US) para Trilhos e Soldas, com os profissionais do Setor de Manu-tenção Preditiva de Via Permanente.

Finalizando, o próximo passo da Abendi será a realização de um projeto de END para a Área de Materiais Rodan-tes da mineradora.

Entidades estreitam relacionamento

R epresentantes da Abendi e do Insti-tuto de Pesquisas Energéticas e Nu-

cleares (Ipen) se reuniram na associação para discutir formas de apoiar a comuni-dade tecnológica envolvida com o tema. Ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o instituto é reconheci-damente capacitado para ajudar a Aben-di a disseminar os projetos de PD&I. Além disso, possui programas de cursos de pós-graduação que podem ser desen-volvidos em parceria. Participaram do encontro os seguintes profissionais do Ipen: o superintendente, Wilson Apareci-do Parejo Calvo; o diretor de Desenvolvi-mento de Pesquisa e Educação, Marcelo Linardi; e o gerente, Anderson Zanardi de Freitas; e da Abendi: o diretor execu-tivo, João Conte; e o gerente de relações institucionais, Antonio Aulicino. A Abendi e o Ipen possuem um convênio de cooperação desde 2003a

Agende-se

A 23ª edição do Workshop Internacional de Ensaio Não Destrutivo Eletromagné-tico (ENDE) reunirá pesquisadores, en-genheiros e representantes da indústria para discutir os avanços do segmento. O encontro acontece de 9 a 13 de setembro em Detroit, Michigan, nos Estados Uni-dos. Participe! Acesse aqui!

O ENDE se aproxima

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O encontro fez um balanço da área de Acesso por Corda

Workshop de Acesso por Corda foi um sucesso

U m panorama completo sobre as atividades de Acesso por Corda da Abendi, uma das frentes

da Área de Segurança da associação, foi apresentado num Workshop para Examinadores e Instrutores rea-lizado, recentemente, na Instalação Autorizada Rope, em Canoas, no Rio Grande do Sul. Com participação de aproximadamente 20 pessoas, o evento apresen-tou indicadores, análise crítica dos exames, técnicas da atividade, propostas de melhorias no processo de qualificação e certificação dos profissionais, além de uma demonstração prática de testes de carga em an-coragens e uma palestra sobre Planejamento de traba-lhos. ‘’Foi uma excelente oportunidade para alinhar as informações com nossos instrutores e examinadores’’, destacou o gerente do CEQ Abendi, Marcelo Neris.” a

Novo parceiroda associação

O representante do Instituto Invoz, Kleber Grasso, visitou a Abendi recentemente. O

objetivo foi estreitar a relação com a entidade, no sentido de promover a difusão dos ENDs no Parque Tecnológico de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Criado por uma iniciativa do ex--presidente da Embraer, Ozires Silva, o instituto promove a educação e a cultura na região. a

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10 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

F a l a P r o f i s s i o n a l

O toque feminino da inspeção

1. Fale sobre sua trajetória profissional?Comecei a trabalhar bem cedo, assim

que saí do CEFET-MA. atual IFMA, (não dá pra entender). Entrei na área de cons-trução civil como técnica em edificações, fiscalizando obras e fazendo ensaios em corpos de prova de concreto. Em meados de 2007, surgiu a oportunidade na área da Vale para trabalhar como técnica de via permanente e assim eu fui... sempre tive muita coragem para enfrentar desafios e a oportunidade que surgiu na Vale ia mu-dar o rumo da minha vida para sempre. Trabalhei na via permanente como técni-ca de VP ( vp = via permanente) e aprendi muita coisa sobre ferrovia, logística, miné-rio de ferro... a Vale... o Mundo... Após um tempo, surgiu a oportunidade de conhe-cer outra área na Vale, A INSPEÇÃO PRE-DITIVA POR ULTRASSOM, onde eu teria que operar uma máquina para trabalhar e diagnosticar a linha por um sistema de ultrassom. E foi nessa área que me aper-feiçoei profissionalmente, busquei conhe-cimento a fundo sobre o processo de END e me dediquei. Gosto da minha profissão e busco fazer o melhor, pois sei que o meu trabalho é muito importante para garantir a segurança no transporte ferroviário.

2. Como surgiu o interesse pelo Setor Metroferroviario e pelos Ensaios Não Destrutivos?

Surgiu quando me deparei com uma

Ela é a primeira mulher a conquistar a CertificaçãoMetroferroviária de Via Permanente (US-N2-VP) da Abendi. Aos 32 anos, é, atualmente, a única profissional, na Vale, a operar um equipamento rodoferroviárioempregado em via permanente. Conheça, a seguir,Gleidiane Pinheiro, uma maranhense muito especialque enobrece a área de END e Inspeção.

situação na via permanente. Tinha que tomar uma decisão sobre a passagem de um trem em um local que estava com defeito interno, mas, como eu não era ultrassonista na época, não soube avaliar com precisão e não deixei o trem passar com medo do trilho vir a fraturar e tombá-lo. Naquele momento, senti von-tade de saber o que poderia ter dentro daquele trilho para, assim, tomar uma decisão mais assertiva.

3. Enfrentou algum preconceito por ser mulher?

A gente acaba enfrentando, mas o im-portante é não baixar a cabeça. O mer-cado ainda é preconceituoso em relação à mão de obra feminina, mas as oportu-nidades são para todos e concedidas a quem for melhor...

4. Recorde um episódio marcante na sua carreira?

Quando vi um trem, pela primeira vez, passando próximo a mim...Fiquei admi-rada com o tamanho e o peso passando por um pedaço de ferro tão pequeno. Foi quando eu percebi o universo em que eu tinha entrado... (eu estava na ferrovia).

5. Como é a sua rotina profissional/pessoal? Consegue conciliar todos os papéis?

Atualmente, trabalho na área de ins-

peção preditiva, sou a única mulher na área da Vale que opera um equipamen-to rodoferroviário que trabalha na via permanente e me sinto lisonjeada por estar nesse universo. Gosto do que faço e pretendo avançar ainda mais na carreira. Hoje, trabalho e estudo, trabalho no perí-odo diurno e estudo à noite, sou casada e ainda não tenho filhos. Até o momento consigo conciliar os horários de profis-sional, estudante e esposa e espero que continue assim para sempre, afinal, nós, mulheres, temos essa habilidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo..(risos).

6. Quais são os seus planos para o fu-turo?

Pretendo seguir carreira na área de END e me aperfeiçoar ainda mais... Hoje, sou referência na minha área e, amanhã, que-ro ser para a Abendi.

7. Qual o conselho para quem preten-de ingressar na área de END&Inspeção?

Fundamento técnico, dedicação e per-severança, porque não é fácil os estudos para área de END.

8. Uma frase marcante?Tenho uma frase que transmite um pou-

co da minha realidade: “Nunca deixe de lutar por medo de errar ou se machucar, pois as feridas, com o tempo, se curam, mas as oportunidades não voltam”. a

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abendi.org.br 11

Há quase 30 anos, o grupo vem mudando a forma de lidar com a radiação

Envie um e-mail para Ana Paula Giolo: [email protected]

Segurança é o nosso foco

P roteger o homem e a natureza dos efeitos nocivos da radiação: esse é o princípio da Radiopro-

teção. Na Abendi, esse trabalho, de tamanha importância, é concentrado na Comissão de Radioproteção e Se-gurança Industrial (Corseg), um grupo formado na década de 90 por técnicos e especialistas. Os objetivos das ativida-des são:

• Desenvolver técnicas e procedimen-tos em proteção radiológica;

• Promover a atualização dos profis-sionais e da comunidade nos assuntos relacionados à Proteção Radiológica;

• Estabelecer convênios com entidades oficiais e privadas para participação da elaboração, revisão de normas e disposi-tivos legais em proteção radiológica;

• Recomendar diretrizes básicas para treinamentos e capacitação de profissio-nais que desenvolvem atividades asso- ciadas à proteção radiológica industrial;

• Identificar e avaliar novas fontes de radiação para uso na indústria;

• Criar padrões e fornecer guias técni-

cos para proteção;• Orientar profissionais e empresas

quanto aos requisitos normativos em proteção radiológica, com palestras e outros eventos;

• Colaborar com grupos de estudos em proteção radiológica de outras enti-dades e associações;

• Promover a participação de profis-sionais em workshops, seminários e con-gressos no Brasil e em outros países.

Confira os indicadores sobre a média de participações nas reuniões no gráfico abaixo.

Ao longo dos anos, a Corseg vem tra-balhando em parceria com grandes em-presas, como a Petrobras, e as mais reno-madas entidades do segmento: Agência Internacional de Energia Nuclear (Aiea), Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR) e Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (Conter). Con-fira, a seguir, alguns resultados:

• Participação nas atividades gerais da Aiea;

• Apoio nos eventos da Cnen e Petro-bras;

• Colaboração com o desenvolvimen-to do Termo de Referência Ibama / Cnen;

• Participação na revisão e criação das normas Cnen;

• Suporte ao Plano de Atendimento a Emergência da Cnen - PAE

• Preparação do Plano Geral de Trans-porte da Cnen - PGT

• Revisão do Parae (Cnen)• Apresentação de palestras técnicas e

condução de programas de reciclagem dos integrantes da comissão.

Traga a sua experiência e contribua com a qualidade das discussões. Seja um integrante da Corseg e aproveite para aumentar sua rede de contatos e alavancar negócios. a

Á r e a T é c n i c a

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12 Revista Abendi no84 Abril de 2018

S ó c i o s

ABR ENGENHARIA LTDAACINOR Inspeções e ServiçosTécnicos LtdaALTIPLANO SERVIÇOS EMALTURA E TREINAMENTOS LtdaASP Serviços Industriais LtdaATSG - Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão LtdaAraújo Engª e Integridade emEquipamentos LtdaArctest Serviços Tec. Insp. eManut. Indl. LtdaArotec S/A Indústria e ComércioAss. Bras. Tecnologia paraConstrução e Mineração -SOBRATEMAÁtomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C LtdaAwi service LtdaAços F. Sacchelli LtdaBRITO E KERCHE INSPECOESE SERVICOS LTtda MEBelov Engenharia LtdaBently do Brasil LtdaBruke Do Brasil LtdaC.I.C Certificação em Equipamentos Industriais e Cabos LtdaCARVALHO & CARVALHOENGENHARIA LTA - EPPCBC Indústrias Pesadas S/ACETI Treinamentos e ServiçosEmpresariais Ltda MECG. GEO SENSORIAMENTOREMOTO E TOPOGRAFIA Ltda - EPPCIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. LtdaCONSINSP - Insp. Equips. eManut. Indl. LtdaCarestream do Brasil Com. eServ. de Prod. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda SallesMarques & Cia Ltda

Carlos Henrique Moura De Araujo - MeCentro de Pesquisa de EnergiaElétrica - CEPELCieme Engenharia EireliConcremat - Engenharia eTecnologia S/AConcremat - Engenharia eTecnologia S/AConfab Industrial S/ACooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCyberiaDiagnostic Imagind Automação LtdaEND Oliveira Fiscalização Técnica em Montagem Ltda - EPPEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem Ltda - MEEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaExtendeFASC - Serviços em Segurança do Trabalho LtdaFMC Technologies do Brasil LtdaFlir Systems Brasil Com. deCâmeras Infravermelhas LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos e Levantamentos LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGerman Engenharia e Serviços de Manutenção LtdaGuided Ultrasonics LtdaHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHÍntegra Coop. de Trabalho Profis. de Engª Integ. Equip. LtdaIRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura e Qualidade LtdaIT - Elétrica Comercial e Serviços- EIRELI - EPP

ITW CHEMICAL PRODUCTS LTDAInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspek Serviços Técnicos Ltda - MEInstrumental Inst. de Medição LtdaIntermetro Serviços Especiais LtdaIntertek Industry Services Brasil Ltda.JBS Inspeção e Ensaios LtdaK2 do Brasil Serviços LtdaKroma Produtos Fotográficos eRepresentação LtdaKubika Comercial LtdaLenco - Centro de ControleTecnológico LtdaLifting Assitência Técnica Elétrica e Comercial LTDALloyds Register do Brasil LtdaLottici & Lottici Ltda MeLuiz Fernandes Prolungatti - MEM2M do Brasil - Serviços eRepresentação em END Ltda.METRÔ SP - Cia do Metropolitano de São PauloMKS Serviços Especiais de Enge-nharia LtdaMORIZA CRISTINA MERENDA EPPMaex Engenharia LtdaMarcelo de Carvalho Salomão EPPMattos & Grimaldi Rio Comercio e RepresentaçãoMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMegasteam Instrumentação &Mecânica LtdaMeta Servicos De EngenhariaLtda - EppMetal-Chek do Brasil Indústria e Comércio LtdaMetaltec Não Destrutivos LtdaNDT do BrasilNR Treinamentos Ltda. EPP

Empresas sócias da Abendi

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abendi.org.br 13

News Inspeções LtdaNovarum Sky TecnologiaLtda - MENuclebrás EquipamentosPesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção de Equipamentos LtdaO.S Inspeções e Reparos em Equipamentos IndustriaisLtda - EPPOceânica Engenharia eConsultoria LtdaOlympus Scientific Solutions Americas CorpPANAMERICAN TECHNOLOGY GROUP S.A.PECTRON - P S INSPEÇÃO MEPRO-ENGENHARIAPhotonita Ltda - EppPhysical Acoustics SouthAmerica Ltda - PASAPolimeter Comércio eRepresentações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste Inspeções

Proaqt EmpreendimentosTecnológicosQualitec Engenharia daQualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo e Manutenção Ltda.Qualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica LtdaRufino Teles EngenhariaSALT SERVICOS TECNICOS ESPECIALIZADOS LTDA - EPPSANTEC - Tecnologia deSoldagemSENAT Group do Brasil - Serviços Marítimos e Terrestres Ltda.SGS do Brasil LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSafety Engenharia eTreinamentos LtdaSaipem do Brasil Serviços de Petróleo.Sanesi Engenharia eSaneamento Ltda

SÓCIOS PATROCINADORES

Serv-End Indústria e Comércio LtdaServiço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAIServiços Marítimos Continental S/ASiemens LtdaStarnort Comércio e ServiçosTécnicos LtdaSystem Asses., Insp. e Controle da Qualidade LtdaT&D Inspeções e Consultorias LtdaTask - PolygonTech-Insp Treinamentos e Serviços LtdaTechnotest Serviços de Inspeções Técnicas LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos Industriais LtdaVallourec Soluções Tubulares do Brasil S/A.Victória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVillares Metals S/AXD4SOLUTIONS EIRELE-ME

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14 Revista Abendi no84 Abril de 2018

S ó c i o s

Faça parte desse time você também

Atenção aos novos benefíciosdo sócio Abendi

Mas, se você ainda não se associou, pare de perder tempo e descubra já porque vale a pena fazer parte desse time! Confira todas as vantagens no site da Abendi, acesse: www.abendi.org.br e clique em Sócios.

a

S e você é um associado Abendi tem, a partir de agora, uma série de novos benefícios para apro-

veitar. Eles foram criados após parcerias com a associação, para atender, exclusi-vamente, aos reais interesses da comu-nidade de END e Inspeção. Confira:

Parcerias com:

• Agência Flytour

Antes de começar a planejar suas férias, fique atento: como associado, você dis-

põe de descontos especiais nos pacotes e passagens áreas.

• Sebrae

Se a sua intenção é abrir a própria empresa, invista, primeiramente, na sua capacitação, participando de palestras sobre gestão de negócios e planejamento. O Sebrae e a Abendi te ajudam nisso!

• BMT

O Brasil já é o quarto país mais conectado do mundo, segundo uma pesquisa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNC-TAD, na siga em inglês). Com 120 milhões de usuá-rios de internet, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões). Por esse, e outros motivos, o marketing di-gital se consolidou como uma poderosa ferramenta de sucesso para qualquer projeto. Então, aprimore-se na área! Faça um treinamento e BMT e ganhe 20% de desconto como sócio Abendi.

Programa FidelidadeUma oportunidade imperdível de valorizar ainda mais o seu investimento. Ao consumir qualquer item Abendi, vo- cê acumula pontos, que podem ser trocados por produtos e serviços.

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S ó c i o s P a t r o c i n a d o r e s

Nosso compromisso

A Magnaflux tem como compro-misso garantir a qualidade dos produtos de nossos clientes,

estar próxima do mercado, traba-lhando para fortalecer o setor de Ensaios Não Destrutivos e estimu-lando seu constante desenvolvimen-to. Estas ações convergem com as iniciativas realizadas pela ABENDI e refletem a importância das nossas ins-tituições trabalharem em conjunto.

A parceria e o apoio de patrocínio à ABENDI são uma reafirmação de nosso compromisso e missão de for-necer produtos e serviços cada vez

melhores e mais eficientes ao merca-do de END.

Pedro Paiva

Supervisor de Marketing - MAGNAFLUX® a

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16 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

T r e i n a m e n t o s

Uma das principais vantagens do método é a capacidade de fornecer um registropermanente do ensaio, de interpretação imediata

Seja um N3 em radiografia

C omo abordada na matéria de capa deste número da Revista Abendi, a Radiografia apresenta inúmeras pos-sibilidades de trabalho. A Abendi oferece, aos profis-

sionais da área de inspeção, a chance de formação máxima: ser um Nível 3 em Ensaios Radiográficos. O treinamento é focado nos exames específicos de certificação (provas D, E e F), além de promover a atualização dos conhecimentos. Confira, a se-guir, uma entrevista com o Nível 3 em Radiografia e instrutor da Abendi, Waldomiro Figueiredo, e saiba como chegar lá.

1. Em linhas gerais, qual é a função de um N3 em Ensaios Radiográficos?

A função do Nível 3 de Ensaio Radiográfico é promover a segurança e a qualidade nos trabalhos que envolvem os END e a Radiação Ionizante. Este profissional deve definir a melhor técnica de inspeção, considerando as normas, procedimentos técnicos de trabalho e, o mais importante, ajustar o pessoal para a melhor resposta técnica de inspeção com o critério de aceitação. No escopo de competências definido a uma pessoa

Marcelo

Vig

nero

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abendi.org.br 17

a

Data: de 10 a 19 de setembro, na sede da Abendi.

Programa:

- Revisão da teoria de radiografia convencional (preparatório para a prova D);

Radioscopia, Fluoroscopia, Filmes radiográficos, Revelação (propriedades dos produ-tos químicos);

- Radioproteção;

- Radiografia Digital;

- Cálculo de tempo de exposição;

- Códigos, normas e especificações de radiografia (preparatório para as provas E e F);

- Procedimentos (preparatório para as provas E e F).

Ensaios Radiográficos N3

Waldomiro Figueiredo é Nível 3 em

Radiografia e instrutor da Abendi

certificada como Nível 3, ela pode ser autorizada pelo empregador para:

- Assumir inteira responsabilida-de por uma instalação de ensaio, por um CEQ e seu pessoal envolvido nos ENDs;

- Estabelecer, avaliar e validar instru-ções e procedimentos de END quanto ao conteúdo para verificar sua exa-tidão editorial e técnica, visando os custos e qualidade.

- Interpretar códigos, normas, espe-cificações e procedimentos;

- Designar métodos específicos para o ensaio, procedimentos e instruções de END a serem utilizados;

- Realizar e supervisionar todas as tarefas de todos os níveis;

- Orientar as pessoas certificadas de END de todos os níveis.

2. Em quais segmentos ele pode tra-balhar?

O profissional certificado como N3 pode trabalhar praticamente em toda a área industrial brasileira. Em especial, na área mecânica e eletromecânica, área do petróleo, petroquímica, nucle-ar, geração de energia, eólica, fundição, forjamento, automotiva, açúcar e álcool e muitas outras áreas. É um campo mui-to vasto de trabalho.

3. Como está o mercado de trabalho?O profissional ERN3, apesar do mo-

mento difícil do país, como regra geral, não está parado. Ainda existe muito tra-balho a ser feito na área. Para o futuro, o Brasil ainda está carente de infraestru-tura básica, grandes construções, oleo-dutos, área naval, hidroelétrica, nuclear,

Ainda dá tempo de fazer a sua inscrição. Garanta já a sua vaga:[email protected].

‘’Temos como princípio, explícito, aqui em nossos treinamentos: a técnicaradiográfica é capaz de enxergar muito além da imagem’’

entre outras áreas importantes para o desenvolvimento econômico brasileiro. Em países desenvolvidos, como o Ja-pão, temos uma proporção de Níveis 3 em relação aos Níveis 2 muito maior que a do Brasil. Seguindo esse perfil, o Brasil precisa de muitos Níveis 3 para atender às normas. Lembram-se da propaganda do biscoito Tostines? Da mesma forma, não dá para exigir o número ideal de Níveis 3 nas obras por não existir o nú-mero suficiente disponível no Brasil, por não ter o número suficiente de Níveis 3, não é exigida a quantidade ideal de número de Níveis 3 nas obras do Brasil. Assim, temos um enorme mercado de trabalho, porém, o Brasil precisa muito desses profissionais e não os tem em quantidade suficiente.

4. Qual o seu conselho para quem pretende se tornar um N3 em Ensaios Radiográficos

Amor à área.

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18 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

E v e n t o s

18 Revista Abendi no 83 Fevereiro de 2018

E v e n t o s

Transforme suas ideias:participe do ConEnd&IEV 2018 e conheça o melhor da inovação em END e Inspeção

C ada vez mais próximo, o Congresso Anual de En-saios Não Destrutivos e Inspeção (ConaEnd&IEV) 2018, que será realizado de 27 a 29 de agosto, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo, coloca, fren-

te a frente, pesquisadores, acadêmicos, estudantes, técnicos e representantes de empresas, num momento de imersão ao conhecimento e à inovação. Estes são os pilares da 36ª edição do evento, voltado a apresentar as últimas transformações da Inspeção. O encontro deve atrair 40 empresas, mil participantes e oferecer um leque de 200 trabalhos técnicos. Vale destacar que as sessões especiais serão a base da programação, com palestras confirmadas de profissionais das seguintes empresas e instituições: Monsanto do Brasil, Petrobras, Siemens, Stress Engineering Services, Tecnaton, TÜV International GmbH, WEG . Confira:

E, se você é um apresentador de trabalho técnico, o prazo para enviar o artigo final vai até o dia 20 de abril. Fique atento!

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abendi.org.br 19abendi.org.br 19

Programa Preliminar*

* Programação sujeita a alterações

E tem mais... os eventos paralelos estão imperdíveis!

Temário Completo: Veja as excelentes oportunidades de se atualizar para o mercado.

Autoavaliação de conhecimentos “Ex”: Faça o exame de Autoavaliação e veja como está o seu conhecimento sobre os requisi-tos de instalações edeequipamentospara atmosferas explosivas (“Ex”) contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis.

3a Competição prática de inspeção visual Ex 007: No dia 28 de agosto, acontece a Competição Prática de Inspeção VisualEx 007, que é um importante teste para avaliar as habilidades e conhecimentos dos profissionais da área.

Novidade: Nessa edição, o Encontro traz uma novidade o Minicurso: O ciclo total de vida das instalaçãoes em atmosferas explosivas. Palestrante: Roberval Bulgarellii (Petrobras)

http://abendieventos.org.br/atmosferas_explosivas

28 e 29 bde agosto de 2018

Aproveite a oportunidade de se atualizar e adquirir conhecimentos so-bre os requisitos do sistema de certificação de competências pessoais ‘’Ex’’ oferecidos pelos Organismos de Certificação de Pessoas (OPCs) no Brasil e no mundo. Conheça, a seguir, o conteúdo dessa edição:

28 de agostoHorário Atividade09h às 10h Credenciamento10h às 10h20 Abertura do Evento10h20 às 11h00 Palestra: Detalhamento do sistema Abendi de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas - Passo a passo - Hélio Rodrigues (Abendi)11h às11h40 Palestra: Requisitos de montagem e de inspeção de instalações elétricas e de instrumentação em áreas classificadas - Alessandra Renata Junk (MAEX)11h40 às 12h20 Palestra: Experiências e Boas Práticas sobre Competências Pessoais “Ex” - Fernando Amaral (Senai)12h20 às 13h Intervalo para Almoço e networking na área de relacionamento13h às 14h 3a Competição Prática de Inspeção visual Ex 00714h às 14h40 Palestra: Áreas classificadas: a necessidade de auditar/fiscalizar com rigor as NRs10 e 20 pelos altos riscos - Roque de Camargo Jr., (Auditor Fiscal do Trabalho do MTE)14h40 às 15h20 Palestra: O valor da Capacitação/Certificação em Atmosferas Explosivas para atender as exigências do MTE, ANP, Bombeiros e Seguros. - Nelson M.Lopez (ABPEX/Project-Explo) e Edmam Coimbra (BV Seguros)15h20 às 16h Palestra: O sistema de certificação de empresas de prestação de serviços “Ex”: Projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparo “Ex” - Roberval Bulgarelli (Petrobras)16h às 16h30 Coffee break e networking na área de relacionamento16h30 às 17h30 3a Competição Prática de Inspeção Visual Ex 00717h30 às 18h30 Debate e encerramento da programação

29 de agosto09h às 10h Credenciamento e Welcome Coffee na área de relacionamento10h às 16h Minicurso - O ciclo total de vida das instalações em Atmosferas Explosivas. Roberval Bulgarelli (Petrobras)16h às 17h Coffee break e networking na área de relacionamento17h às 18h Entrega de prêmios da competição no encerramento do Conaend

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20 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

E v e n t o s

a

Inscreva-se, ainda dá tempo: http://comunicacao.abendi.org.br/ndt-aerospace

Seja o melhor inspetor de Partículas Magnéticas (PM),participando do Campeonato de END e Inspeção 2018.E, como ja divulgado anteriormente, neste ano tem a novidade da etapa regional, que será realizada em Sao Paulo e no Rio deJaneiro, as cidades com maior numero de profissionais certificados.Lembrando que a Metal-Chek é a empresa patrocinadora dacompetição. Mostre o quanto você é bom e ainda ganhe ótimos prêmios, confira a seguir:

Duas das principais entidades de END do mundo, a Abendi e a Associação Americana de Ensaios Não Destrutivos (ASNT) unem experiências para realizar um fórum de debates em torno da ins-peção no segmento aeroespacial. Durante as discussões, estarão em pauta os seguintes temas:• Métodos avançados de NDT na indústria aeroespacial• Monitoramento da saúde estrutural da aeronave• Técnica para a detecção de defeitos em compósitos• NDE para Motores de Aeronaves: Desafios, Oportunidades e Abordagens• Inspeção de NDT em compósitos com Shearography.

27 a 29 de agosto

As inscrições vão até 30 de abril!

27 de agosto

Acesse o site e faça a inscrição: http://www.abendieventos.org.br/campeonato/

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22 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C e r t i f i c a ç ã o

As informações completas de cada profissional certificado nos meses de fevereiro e março de 2018 estão disponíveis no site da Abendi, em consultas/profissionais certificados.

Profissionais certificados - Nível1

Fernando Celente de PaivaRafael de Andrade RochaMauro Silva FeijoAlexandre GarciaCarlos Alberto Bentes da MotaJuan Ferreira da Cunha de OliveiraPaulo Afonso da Silva PereiraEdson Carlos Camilo do CarmoJailson Pereira da SilvaRafael da Silva MontenegroMaurício BerwangerSebastião Luiz de Paula doNascimentoAndré Luis AlvesRodrigo Villar da SilvaVagner Josimar da CostaHenrique de Castro AlcantaraJavier San MartinRicardo Sartori CamposJosé Roberto Bueno CuchinskiNatalia da SilvaJean Carlos Martendal

Profissionais certificados - Nível2

Daniel Costa de OliveiraFábio Rodrigo KrebsJuber Castro QuintãoJosé AllevatoRichard KolbJoel Cardoso da Cruz JúniorMarcelo Almeida Amoroso

Lista de profissionais certificados pela Abendi

Elquimar EvangelistaLeonardo Rodrigues SantanaLeandro PiresAlexandre StivalAnderson Luis GuerraCristian NeufeldDiego Barreto FerreiraCarlos Alberto Mascarenhas JúniorCarlos Humberto de Araújo Braga JúniorSérgio Targino da SilvaRicardo Lucas MartinsMauro Silva FeijoAlbert Cleiton Solano da SilvaOlimar Sebastião de SiqueiraRogério RazeraDaniel Carvalho Pinto SalomãoDouglas Leandro MendesJason Euder Damasceno LisboaMarcio VicenteRobert Henrique de Oliveira SilvaPablo Castellani PintoFábio Carvalho DiasMarcelo Nonato de OliveiraGeraldo Gomes FerreiraFlávio Jorge Silva de Arruda JuniorFabio Henrique Gonçalves dos SantosGerbson Teixeira SalesDayve Pereira da SilvaFrede Wilian ZwargMarcos Pontes de Oliveira MachadoMarcus Vinicius Siqueira TavaresRômulo Rafael Romano

Ricardo Aurélio Fragoso de SousaBruno Guterres Casuca de AlmeidaPaulo Alexandre Da Silva PereiraPedro Dib LopesLeandro Ibrahim SilveiraAdalberto dos Santos SouzaJuliano Marcelino SilvaGustavo Dantas e SilvaEduardo Gouveia de Bastos

Profissionais certificados - Nível3

Vinícius Ramos de RezendeWilton Almeida SandesThiago Portella PortugalAnna Carolina Rodrigues FerreiraIzaac Sobral PessanhaPaulo Eduardo de Andrade Ecar

Outras categorias

Wagner de Sousa - EletromecânicoWellington Rodrigues Neves- Eletro-mecânicoCarlos Antonio Silva da Costa-Eletro-mecânicoRodrigo Batista Bueno- Eletromecâ-nicoWagner Altino Batista-Atmosferas ExplosivasRobson Calvo de Sant´ana - Atmos-feras Explosivas

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abendi.org.br 23

SNT-TC-1A: O que é e como se aplica esse documento?

E m resposta aos questionamentos dos associados da Abendi sobre a “prática recomendada SNT-TC-

-1A”, esclarecemos as dúvidas apresen-tadas sobre a utilização correta desse documento a todos os interessados, tais como aplicação, limitações, validade, entre outras.

O primeiro aspecto a esclarecer é que o documento é uma prática americana, com objetivo de recomendar, aos fabri-cantes, montadoras e demais fornece-dores uma sistemática para administra-ção dos ENDs nas instalações, plantas e unidades fabris, aplicada nos seus equi-pamentos em fabricação ou durante as suas instalações e montagens.

O documento apresenta um modelo de certificação de pessoal em END de 1ª parte, ou seja, um modelo de autocer-tificação denominado nos EUA como “employer based certification” ou “in house certification.’’ Todos os requisitos e parâmetros de certificação são esta-belecidos e aplicados pela própria em-presa. Como cada empresa estabelece sua própria sistemática de certificação, essa descentralização contribui para uma falta de padronização, inerente à certificação de 1ª parte, o que acaba ge-rando níveis de qualidade de inspeções

diferentes, ou seja, resultados variados e dependentes do grau de dificuldade de certificação entre os sistemas esta-belecidos pelas empresas.

Nesse modelo, a certificação perten-ce à fabricante ou montadora, ou seja, o profissional, ao se desligar da empre-sa, perde a certificação, que é válida somente enquanto ele estiver inspe-cionando os produtos, equipamentos e montagens daquela unidade. A cer-tificação é interna e específica para os produtos de uma determinada empre-sa. Vale ressaltar que algumas empresas possuem Selo ASME, sistemas de certi-ficação que são constantemente ava-liados pelo “inspetor autorizado.” Isso acaba induzindo certo grau de padroni-zação às certificações, mas são exceções no Brasil.

De qualquer forma, é importante infor-mar que o próprio ASME, um dos gran-des promotores dessa certificação, já vem indicando movimentações no senti-do da certificação de 3ª Parte, a fim de se tornar independente e centralizado.

E, em alguns volumes e parágrafos do código ASME, existe a citação a modelos centralizados de certificação. O ASME apresenta, desde 2015, modelo próprio de certificação de 3ªparte: ASME ANDE-

1 2015. Esta é uma tendência mundial. Conforme se observa nos modelos atu-ais de avaliação de conformidade, a cer-tificação de 3ª parte é aplicada na certi-ficação de sistemas de gestão, produtos e pessoas com excelentes resultados e aceitação internacional. É interessante, também, frisar a possibilidade da utili-zação dessa prática em conjunto com a Norma ISO 9712, como base na ela-boração das normas e procedimentos internos para gestão sistêmica dos END, pelos empregadores e contratantes, sempre com o suporte do profissional N3, antes de iniciar os trabalhos de END.

Nesse caso o profissional N3 deve avaliar se todas as condições e requisi-tos para execução dos ENDs estão de acordo com o especificado no projeto, norma, especificação, legislação, regu-lamentos, NRs etc. e, na ausência des-sas definições, auxiliar o contratante nesse quesito. Na avaliação, o profissio-nal N3 verifica a necessidade, ou não, de treinamentos e qualificações internas, específicas a um determinado produto ou aplicação de END e suplementares à certificação ISO 9712, na qual os pro-fissionais já devem estar certificados, antes de emitir a “autorização de traba-lho”, item 3.21 da 9712. a

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24 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C e r t i f i c a ç ã o

- Ficha de solicitação de exames;- Código de Ética; - Atestado de Acuidade Visual e/ouaptidão física.Todos os formulários devem serdevidamente preenchidos eassinados

Certificação Inicial

Facilite sua rotina: fique atento aos documentos de CertificaçãoVocê, profissional, na hora de regularizar a sua certificação, informe-se sobre quais documentos são, realmente, necessários para dar andamento ao processo. Isso evita atrasos e facilita o trabalho de todos. Confira a relação abaixo:

- 1 Foto 3x4;- Cópia do RG; - Cópia do CPF;- Cópia do Certificado deescolaridade; - Cópia do Certificado deTreinamento.Muito importante verificar na norma de referência, qual o grau de escola-ridade e cursos exigidos/aceitos

- A experiência pode ser comprova-da por meio de declaração (papel timbrado, CNPJ e telefone de conta-to), carteira de trabalho ou contrato social;- É necessário indicar no documento a técnica e o período/tempo de ati-vidades, conforme exigência da Nor-ma de referência.

Importante:• Antes de solicitar a Certificação, verifique a norma de referência para ver se atende a todos os pré-requisitos;• O processo só será concluído após atender a todas as exigências documentais;• A documentação pode ser enviada por correio (ABENDI – Avenida Onze de Junho, 1317 – Vila Clementino – São Paulo/SP) ou por e-mail ([email protected]);• O pagamento dos exames pode ser realizado com boleto bancário ou por cartão de crédito. Entre em contato e confira as condições de parcelamento!

Entenda a validade da sua certificação

Emissão da sua Certificação Validade da Certificação - 5 anos 6 meses antes do término da validade Encaminhe a solicitação de Renovação/Recertificação Término da validade 5 anos após a data de emissão 1 dia após o término da validade A Certificação é cancelada. Sai da consulta pública do site

Formulários Abendi Documentospessoais

Experiência

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abendi.org.br 25

Renovação

- Ficha de solicitação; - Código de Ética; - Atestado de Acuidade Visual e/ou aptidão física.Todos os formulários devem ser de-vidamente preenchidos e assinados

- 1 Foto 3x4. - A comprovação de atividades por meio de declaração (papel timbrado, CNPJ e telefone de contato), carteira de trabalho ou contrato social;- É necessário indicar no documento a técnica e o período/tempo deatividades, conforme exigênciada norma de referência.

• Para a Renovação, é necessário que a comprovação seja contínua, sem interrupção significativa, de acordo com a exigência da norma de referência

Recertificação

Importante para os casos de Renovação e Recertificação• O envio da documentação para a regularização da Certificação deve ser com, no mínimo, seis meses de antece-dência da validade;• Documentos recebidos após o vencimento da certificação deverão ser justificados (por carta ou e-mail) e serão encaminhados para análise do gerente do Bureau de Certificação, que decidirá a melhor forma (de acordo com as normas) de tratar o processo;• O processo só será concluído após atender a todas as exigências documentais;• A regularização da certificação só será realizada após a conclusão do pagamento;• A documentação pode ser enviada por correio (ABENDI – Avenida Onze de Junho, 1317 – Vila Clementino – São Paulo/SP) ou por e-mail ([email protected]);• O pagamento dos exames pode ser realizado por boleto bancário ou cartão de crédito. Entre em contato e confira as condições de parcelamento!

Formulários Abendi Documentospessoais

Experiência

Formulários Abendi Documentospessoais Experiência

- Ficha de solicitação; - Código de Ética; - Atestado de Acuidade Visual e/ou aptidão física.Todos os formulários devem ser de-vidamente preenchidos e assinados

- 1 Foto 3x4. - A comprovação de atividades pode ser através de declaração (papel tim-brado, CNPJ e telefone de contato), carteira de trabalho ou contrato social;- É necessário indicar no documento a técnica e o período/tempo de ativi-dades, conforme exigência da norma de referência.

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26 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C e r t i f i c a ç ã o

a

Trabalhe no setor siderúrgicoTrata-se de uma área estável profissionalmente

Tubos e Chapas

Ao transformar uma matéria-prima em outra, como o ferro em aço, a si-derurgia é considerada uma indústria de base, consequentemente sólida no mercado no trabalho. Setores altamen-te produtivos, como destaque para o automotivo e a construção civil, ajudam a movimentar os negócios nessa área. Portanto, ingresse nesse campo pro-fissional e saia na frente, tornando-se um inspetor certificado em Ultrassom (US) e Partículas Magnéticas (PM) em tubos e chapas. O processo está aber-

Mais informações: www.abendi.org.br.

to pelo sistema de crédito estruturado, complementando a Norma Abendi NA-024- Qualificação e Certificação de Pes-soas em END para Tubos e Chapas, re-ferente aos critérios a serem aplicados, em regime especial e temporário, pelo Conselho de Certificação, para reconhe-cimento dos profissionais Nível 2 em US e Níveis 1 e 2 em PM.

Os candidatos ao processo devem ter concluído, no mínimo, ensino mé-dio ou curso técnico, e enviar à Abendi documentos pessoais e um relatório comprovando tempo de experiência na área. Para obter a certificação, por essa

Forte, a siderurgia é uma indústria de base

sistemática, o profissional terá de somar pelo menos cem pontos.

Forjados

Outro processo é a Certificação de Competências Pessoais por Crédito Es- truturado Níveis 1 e 2 em Ultrassom Forjados. As regras para se submeter ao processo estão descritas na Norma Abendi NA-031.

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Seja um especialista em faixa de dutos: certifique-seDiversificada, a área se divide em oleodutos,gasodutos, minerodutos ou polidutos

O número de obras para instalação de dutos vem aumentando

Rapidez, segurança, economia e alta capacidade de fluxo são, certamente, as principais características a tornar o transporte dutoviário muito mais van-tajoso quando comparado às rodovias e ferrovias. É por isso que, segundo

a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o número de instalações de dutos só vem crescendo, aumentando também a demanda por mão de obra qualificada. Na Abendi, você, que já trabalha no segmento, tem a chance de atestar, formalmente, seus conhecimentos, ao se certificar como inspe-tor de faixa de dutos, pelo sistema de crédito estruturado*.

O processo está aberto para os níveis 1, 2 e 3, desde que sejam atendidos os seguintes pré-requisitos:

• Nível 1: ensino fundamental e três anos de experiência com exercício de atri-buições N1;

• Nível 2: ensino fundamental e seis anos de experiência; ou ensino médio e três anos de experiência, lembrando que pelo menos 50% desse tempo deve ser com-provado com o exercício de atribuições do N2;

• Nível 3: curso técnico, Crea e dois anos de experiência com exercício de atri-buições do N3.

Em todos os casos, o candidato deve apresentar as comprovações por meio de documentos legais (ex: declarações do empregador) e evidências objetivas de es-colaridade e experiência profissional prática.

*A certificação pelo sistema de crédito estruturado é uma forma de avaliação basea-da numa pontuação que considera tempo de experiência profissional, escolaridade e treinamentos voltados à área de atividade em questão.

a

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28 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C a p a

E m 1895, enquanto realizava experimentos eletromagné-ticos no laboratório, o físico alemão, Wilhelm Conrad Ro-

entgen, descobriu, acidentalmente, a radiografia, percebendo que os raios X poderiam mostrar o interior da car-ne humana. O fenômeno, de forma rápida, revolucionou a área médica. Anos mais tarde, esse benefício se estendeu ao campo industrial. No Brasil, já definido como um Ensaio Não Destrutivo, o método começou a se tornar comercialmente impor-tante por volta de 1940, empregado na construção naval, pela Marinha. Tornar visível o invisível, a partir de uma imagem radiográfica, foi e é, até hoje, o grande trunfo dessa técnica, capaz de visualizar as descontinui-dades dos materiais, como as trincas, rachaduras, imperfeições de soldas e variações estruturais de peças.

Para se ter noção, o ensaio radio-gráfico baseia-se no fato de que uma dada amostra, ao ser atravessada por um feixe de radiação penetrante (raios X ou gama), absorve tal carga de modo diferenciado ao longo da seção sob exame. Isso acontece devi-do às variações na densidade e/ou na espessura da peça e às diferenças nas características de absorção do ma-terial, que são causadas por falta de homogeneidade na composição quí-mica. Desta forma, diferentes partes de uma mesma amostra atenuarão diferenciadamente a radiação pene-trante que incidir sobre ela e esta ab-sorção heterogênea pode ser mape-ada através de um filme radiográfico (Radiografia Convencional), de uma placa de fósforo ou imaging plate (Ra-

Empregado nas mais diversas áreas profissionais, o método começou a ganhar mercado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial

Visão alémdo alcance: o que radiografia pode mostrar

Alexandra Alves

28 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C a p a

diografia Computadorizada) ou de um arranjo de detectores digitais ou flat panel (Radiografia Direta). Tais de-tectores recebem a parcela de radiação não absorvida que emerge do material e geram uma imagem latente que é extraída em uma etapa posterior à exe-cução do ensaio (revelação química, no caso de filmes ou escaneamento a laser no caso de placas de fósforo). Flat pa-nels, no entanto, fornecem resultados em tempo real, não havendo formação de uma imagem latente.

Concluindo, percebe-se que, há mui-to tempo, a radiografia deixou de usar apenas filmes industriais. O termo Radiografia Digital caracteriza três possibilidades distintas de geração de imagens: digitalização de filmes radiográficos, Radiografia Computa-dorizada e Radiografia Direta.

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abendi.org.br 29abendi.org.br 29

Foto

: Marcelo

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30 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C a p a

Figura 1. (a)Exposição: indepentemente da técnica: um feixe deradiação atravessa a amostra sob exame [2]

Para a consultora de equipamentos da Petrobras, Carla Alves Marinho, a radio-grafia perdeu espaço para o ultrassom ao longo dos anos, em função da neces-sidade do isolamento da área durante as exposições e dos cuidados com ra-dioproteção. ‘’Infelizmente, uma cultura conservadora em torno das radiações ionizantes fortaleceu um movimento de redução do emprego do método, sem considerar suas vantagens únicas, além do fato de que o US são técnicas com-plementares ’’, diz.

De modo geral, reforça Carla, o méto-do evoluiu, mas sem o devido aproveita-mento da indústria. Porém, na Petrobras, tanto a radiografia convencional quanto a computadorizada têm sido aplicadas na inspeção submarina de soldas e medi-ção de espessura de dutos: ‘’Acredita-se que a radiografia direta, gradualmente, assuma todas essas aplicações, já que a excelente qualidade de imagem obtida e os reduzidos tempos de inspeção tor-nam interessante o emprego de flat pa-nels, desde que sua calibração seja corre-tamente executada. ’’

Segundo a especialista, a radiografia direta torna-se substancialmente vanta-josa na inspeção de tubos de pequeno diâmetro e de materiais de metalurgia nobre, que necessitam de procedimen-tos de inspeção por US diferenciados, em função de sua natureza. A técnica, de modo geral, possibilita que todos os aços sejam tratados em um mesmo procedimento, sem necessidade de di-versas qualificações diferenciadas.

Em relação à probabilidade de de-tecção, as Figuras 2 e 3 permitem um comparativo, com a observação de um mesmo cordão de solda, inspecionado em PDVS (parede dupla vista simples), com uso de Radiografia Convencional e Radiografia Direta.

Em relação às vantagens da radiogra-fia, Carla afirma que representam um registro permanente do ensaio (ima-gens bidimensionais) de interpretação

Figura 2. Radiografia convencional digitalizada, em PDVS, mostrando os defeitos detectados (espessura de parede de 12,70 mm). Parâmetros: 280 kV, 3,2 mA e

19 s (mais o tempo de revelação). Aplicação de filtro passa alta

Figura 3. Radiografia direta obtida com flat panel, em PDVS, mostrando osdefeitos detectados (espessura de parede de 12,70 mm). Note-se o

incremento na detecção. Parâmetros: 225 kV, 2,8 mA e 20 s (exibiçãoimediata da imagem final). Aplicação de filtro passa alta

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imediata. ‘’Adicionalmente, técnicas di- gitais não necessitam de manuseio/descarte de produtos químicos, dispen-sam o arquivamento de filmes revela-dos, permitem a exibição da radiografia no monitor de um computador, com a possibilidade de executar operações de melhoria de qualidade e medição dimensional, possibilitam a interação remota via internet, o desenvolvimento de sistemas de reconhecimento auto-mático de defeitos, etc’’.

Como limitações, além da radiopro-teção, ela aponta o custo dos sistemas digitais e a necessidade de grande ca-pacitação dos inspetores: ‘’No entanto, investimentos em equipamentos e ca-pacitação de pessoas são exigidos para quaisquer métodos avançados de END, sendo recuperáveis em função do volu-me de serviços executados. ’’

O coordenador da Comissão Especial de Radiografia da Abendi e consultor da Petrobras, Marcos Aiub de Mello, afirma que a radiografia industrial é um dos mais importantes ensaios para a docu-mentação da qualidade do produto ins-pecionado por meio do raio X ou Gama, pois representa a imagem interna da peça inspecionada.

Segundo ele, o método permite o registro permanente do ensaio realiza-do, uma vez que no filme permanecem todas as evidências da inspeção de ma-neira objetiva e incontestável em rela-ção a outros ensaios que são avaliados de modo subjetivo pelo inspetor. O uso da radiografia na inspeção de materiais metálicos permite detectar facilmente defeitos volumétricos. ‘’Um exemplo disso é a vantagem que ela oferece em relação ao US para detectar e dimen-sionar descontinuidades internas tipo poro e/ou porosidade’’, garante.

Uma das modalidades da radiografia, o ensaio por raios Gama, apresenta uma vantagem: pode ser feito no campo, ou seja, em instalações abertas, como tubulações, torres de processamento,

tanques de armazenamento, vasos de pressão, construção e montagem de dutos, entre outros. ‘’Em alguns setores industriais, é possível utilizar técnicas radiográficas que fornecem uma ima-gem do objeto inspecionado em tempo real’’, sinaliza o coordenador.

Quanto às áreas de utilização, Mello explica que o método é usado, princi-palmente, nas indústrias de petróleo e petroquímica, geração de energia para inspeção, principalmente de soldas e fundidos, automobilísticas, siderúrgica, naval, aeronáutica, e, ainda, na indústria bélica para inspeção de explosivos, ar-mamento e mísseis. Uma particularidade é que a radiologia industrial se aplica a diversos fins: irradiação de alimentos, eli-minação de bactérias e microrganismos em cosméticos, embalagens, ervas medi-cinais, produtos farmacêuticos e produ-tos médicos hospitalares descartáveis.

Ele também destaca o setor gemoló-gico, que utiliza a irradiação no benefi-ciamento de pedras preciosas, aceleran-do seu processo de envelhecimento. Se estivessem na natureza, levariam cen-tenas de anos até que se tornassem pedras preciosas. ‘’Também tem a in-dústria de bebidas. Nesse caso, a fonte Amerício-241 garante que as latinhas de cerveja e refrigerantes cheguem aos consumidores nos níveis corretos. Já no segmento de papel, que opera com medidas padronizadas, as técnicas nu-cleares mantêm as folhas com a mes-ma gramatura. Outros exemplos são os museus e as bibliotecas, empregando a irradiação em obras de arte e livros para preservação’’, salienta.

Outro profissional experiente na área é o responsável pelo laboratório de apli- cações em radiografia e tomografia da GE, Ivan Brito. Ele conta que, até 1913, as apli- cações da radiografia eram restritas ao campo da medicina, já que os tubos uti- lizados não suportavam a energia neces- sária no segmento industrial. ‘’Nesse ano, William David Coolidge desenvolveu no

laboratório de pesquisa da General Electric (GE) um novo desenho de tubo capaz de resistir a cargas energéticas de 100 kV, suficiente para aplicações indus-triais. Esse desenho de tubo ainda é o mais utilizado hoje em dia. A partir de 1922, já se tinha disponível tubos com energias acima de 200 kV, impulsionan-do ainda mais o uso da radiografia nas empresas. Hoje, temos disponíveis gera-dores acima de 1 MV’’, esclarece.

Esses foram os primeiros passos da evolução. Pouco tempo depois da des-coberta dos raios X, continua Brito, foi inventada outra forma de raios pene-trantes. ‘’O rádio tornou-se a primeira fonte de raios Gama, permitindo a ins-peção de fundidos de 10 a 12 polegadas de espessura. A partir de 1946, novas fontes gama artificiais, como o irídio, ficaram disponíveis, alavancando o uso em aplicações industriais. Os raios X e Gama são radiações eletromagnéticas exatamente da mesma natureza que a luz’’, explica.

Além das fontes modernizadas, como comentado acima, vale mencionar que hoje já existem versões portáteis, com bateria ou resoluções micrométricas. Os componentes que mais se aprimoraram foram os detectores. Assim como come- çou, atualmente a radiografia é realiza- da, exclusivamente, com filmes radio-gráficos, que, no fim, geram um filme físico que precisa de uma fonte de luz (negatoscópio) para análise. Após a ex-posição a uma fonte de radiação ioni- zante, o filme é revelado usando quími-cos para revelação e fixação. Esse pro-cesso, bem executado, pode destruir a imagem radiográfica, além de ser de-morado e carregar a preocupação do manejo de químicos.

‘’Até o início dos anos 80, essa era a única opção de detector de imagens. Em 1983, a Fuji apresentou o primeiro sistema baseado em placas de fósforo e escâner que tinham como grandes van-tagens não necessitar de revelação, ser

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32 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

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reutilizável e gerar uma imagem digital que pode ser vista em um computador. Logo em seguida, outras empresas, co- mo Kodak e Agfa, apresentaram seus modelos. Esses primeiros sistemas de es- caneamento eram voltados à área médi-ca, e só passaram a ser aplicados na in-dústria a partir de 1996, quando surgiu o primeiro sistema voltado para isso, de-senvolvido pela Agfa. Essa técnica, co- nhecida como Radiografia Computado- rizada, vem crescendo ao longo dos anos e substituindo cada vez mais o uso de filmes’’, recorda.

Nos anos 90, começou o desenvolvi-mento de paineis de silício amorfo, co- mo detector de imagens radiográficas na área médica, tendo se expandido para a indústria a partir dos anos 2000. Es- ses equipamentos, conhecidos como paineis planos (flat panel), têm como vantagem, em relação aos outros dois métodos citados, a aquisição de ima- gens diretamente para um computador, sem a necessidade de processos inter- mediários, como a revelação ou o es-caneamento. Outro grande benefício desse detector é um tempo de exposi-ção muito mais curto, chegando a uma redução de até 90% e melhor qualidade da imagem.

Ainda em relação aos ganhos, Brito afirma que a radiografia apresenta uma imagem inconteste do interior do ob-jeto em estudo. Isso quer dizer que, ao laudar, o técnico se baseia em uma ima-gem natural aos olhos, que traz uma representação direta da peça em ava-liação, enquanto outras técnicas exi-gem a interpretação de sinais elétricos correlacionados. Além disso, o método não exige, necessariamente, contato com o objeto inspecionado, dispensan-do o uso de sondas e acoplantes.‘’É um ensaio rápido e muito vantajoso quan-do o objeto de estudo possui geome-trias complexas que inviabilizam o uso de técnicas. No caso de fundidos, por exemplo, podem ser colocados equipa-

Assim como começou, atualmente, a radiografia é realizada, exclusivamente,com filmes radiográficos, que, no fim, geram um filme físico que precisa de

uma fonte de luz (negatoscópio) para análise

mentos em linha de produção, inspecio-nando as peças imediatamente após a sua fabricação em poucos segundos. Na evolução da radiografia para a tomogra-fia, adiciona-se, ainda, o benefício de ser um modelo tridimensional da peça com todas as suas imperfeições, permitindo a análise volumétrica de porosidades, inclusões, além de permitir toda a me-trologia e análise da variância existente entre o projeto e o que foi construído. Mundialmente, a área de radiografia corresponde a 30,8% dos investimentos em END, sendo a maior fatia do merca-do. A taxa mundial de crescimento des-se mercado é de 6.8%’’, argumenta.

Certificação

De forma geral, a certificação profissio-nal é o reconhecimento formal, por uma entidade especializada, de que uma pes-soa atende aos requisitos estabelecidos em normas técnicas e regulamentadoras. A rigor, os candidatos devem comprovar experiência profissional, bons conheci-mentos teóricos e práticos, formação, ha-bilidades e treinamentos específicos. Em relação, especificamente, à radiografia,

Brito acredita que a certificação profis-sional é ainda mais relevante, destacan-do dois aspectos:

• Segurança – já que a radiação pode ser lesiva a tecidos biológicos, podendo, em casos mais extremos, levar à morte da pessoa. Por isso, o profissional certi-ficado, que conhece profundamente a técnica e a forma de usá-la e aplicá-la, assim como a operação adequada dos equipamentos, realiza um trabalho se-guro, de acordo com as normas e boas práticas da Cnen;

• Qualidade da imagem – isso é fun-damental à interpretação e ao laudo. As novas técnicas de radiografia digital tra-zem ferramentas computacionais que facilitam a interpretação e análise das imagens, porém, se mal utilizadas, po-dem comprometer completamente o resultado final. O entendimento da téc-nica, de acordo com a aplicação e nor-mas, é fundamental para garantir que o objeto em estudo esteja corretamente representado na imagem obtida, de for- ma que as descontinuidades sejam ine- quivocamente visíveis. ‘’A única manei- ra de garantir que a técnica correta seja aplicada para cada especificação, com

GE

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o melhor ajuste de imagem e uso ade- quado de ferramentas, ter um profis- sional certificado à frente do serviço’’, afirma Brito.

O coordenador da Comissão Especial de Radiografia da Abendi e consultor da Petrobras, Marcos Aiub de Mello, também aposta na certificação como fator de confiabilidade no trabalho. ‘’Considera-se que um profissional cer-tificado está capacitado para aplicar os métodos corretamente e interpretar os

resultados com a precisão necessária. Na indústria, isso propicia aumento de competitividade, padronização das ati-vidades, qualificação da força de traba-lho, estabilidade operacional, garantia dos resultados e maior valor agregado. Isso contribui, fortemente, para manter a segurança e integridade das nossas empresas’’, acrescenta.

Quanto ao mercado de trabalho, Aiub argumenta que a oferta de empregos na radiologia industrial é menor em

relação à área médica, pois a ferramen-ta não é empregada por todos os seg-mentos produtivos. ‘’Devido às dificul-dades que os setores petroquímico e de petróleo brasileiros têm enfrentado nos últimos anos, houve uma queda na demanda de ensaios radiográficos, con-sequentemente, implicando na redução de postos de trabalho. No entanto, com a recente melhora nesse cenário, há ex-pectativa para o aumento na aplicação dos ensaios. ’’

• Indústrias de petróleo e petroquímica: contribuem com a manutenção da integridade de dutos e gasodutos, entre outros;

• Setor de fundidos, forjados e soldados: para a medição de espessura de tubulações, drenos e vents em operação e inspeção de soldas;

• Raio X em: portos, aeroportos, alfândega, eventos, estádios, estradas, rodovias, fronteiras e presídios, tudo por meio de um body-scan em inspeção de bagagens, volumes, cargas, contêineres, malas, combate à sonegação fiscal, contrabando, tráfico de drogas, armas, etc;

• Indústria aeronáutica e espacial: usado na análise e desenvolvimento de materiais, necessários na fabricação de turbinas e aeronaves;

• Setor gemológico: irradiação de pedras acelerando seu processo de envelhe-cimento, tornando-as preciosas;

• Fabricação de bebidas: para o controle de qualidade, garantindo que as latinhas e garrafas cheguem até os consumidores em níveis corretos;

• No segmento de papel: operando em gramatura, ou seja, com medidas padronizadas de espessuras;

• Empresas de cabos de aço: fazendo com que o cabo irradiado aguente mais calor do que um cabo não irradiado;

• Em museus e bibliotecas: utilizando a irradiação na preservação de obras de artes e livros;

• Irradiação de material hospitalar e produtos farmacêuticos: para elimi-nar bactérias e microorganismos em materiais, cosméticos, etc;

• Na indústria automobilística: caracterizando e avaliando o desempenho de peças;

• Na indústria bélica: inspecionando explosivos;

• No Setor de Segurança;

• Na irradiação de alimentos: destruindo micro-organismos, bactérias, vírus ou insetos, além de preservar a duração do alimento. No Brasil, a irradiação de alimento é comum em especiarias.

Opções de trabalho para o profissional de radiologia

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34 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

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De forma geral, vêm sendo rea-lizadas as seguintes pesquisas vol-tadas à radiografia

Software

Desenvolvimento de ferramen- tas de detecção automática de de-feitos mais precisas e confiáveis, oferecendo mais interface com o usuário, na intenção de proporcio-nar uma experiência de uso dos equipamentos de forma mais na-tural, fácil e intuitiva;

Tubo de raios X

Para fabricação de tubos mais leves e menores, além de efici- entes, seguros e operacionais. Tu- do isso, sem perder a robustez e a proteção radiológica;

Detectores

A intenção é criar paineis mais sensíveis, com mais resolução e que permitam a conformação ao redor do objeto de estudo. Siste-mas de escaneamento eficientes, sensíveis e com melhor qualidade de imagem, de acordo com as no-vas normas de inspeção;

Tomografia

A evolução da radiografia com a possibilidade de inspeções em três dimensões, com mais velocidade, qualidade de imagem e portabili-dade;

Pesquisas Independentemente dos benefícios pro- porcionados ao mercado, a radiografia pro- duz efeitos prejudiciais à saúde do homem. Mas como isso acontece, afinal? Resumin-do, a radiação ionizante, gerada pela fer- ramenta, possui energia suficiente para ioni-zar átomos e células, ou seja, é a onda ele- tromagnética que tem a capacidade de ar- rancar um elétron de um átomo ou molécula.

Por esse motivo, existe a Radioproteção, uma área totalmente voltada a combater os resultados nocivos da técnica. Definida co- mo um conjunto de medidas capazes de proteger o homem e o ecossistema, a ra- dioproteção representa um ‘’tripé’’ de fato-res equilibrados, que são: os recursos hu-manos (pessoal), técnicos (procedimentos) e tecnológicos (equipamentos).

‘’Primeiramente, é importante ressaltar que a palavra contaminação radioativa sig-nifica que um objeto ou um ser contém um tipo de material radioativo em seu organis-mo. O problema pode ter origem a partir do vazamento de uma cápsula para o meio ambiente, devido à ocorrência de um aci-dente radiológico ou até mesmo após um procedimento médico, como de medicina nuclear’’, alerta a mestra em Biofísica das Radiações, Camila Moreira Araujo de Lima, sócia da Maxim Industrial.

Em acidentes radiológicos, acrescenta, ori- ginam contaminação por radiação ao ser vivo, o problema pode acontecer a partir da inalação, ingestão ou até mesmo por absor-ção da pele, caso a vítima esteja com algu-ma ferida exposta ao material radioativo.

Falhas no funcionamento de uma insta-lação ou procedimentos técnicos mal apre-sentados representam risco de radiação. ‘’Durante a minha dissertação de mestrado, realizei um estudo de caso, com base num acidente radiológico ocorrido em1985. Fei-ta a reconstituição dos fatos, conseguimos

Entenda o que é Radioproteção

identificar que a limitação dos avanços em proteção radiológica da época, como, a ausência de um programa computacional nos moldes do Visual Monte Carlo, fez com que cálculos de dose dos envolvidos no de- sastre fossem estimados, erroneamente, pe- los especialistas e pela própria autoridade reguladora, além de não terem sido conside- rados alguns pontos cruciais ao levanta-mento de ISODOSE durante a investigação. Essa análise mostrou o quanto é importante e fundamental a atualização de supervisores em Proteção Radiológica, além de ser pri-mordial a busca por títulos e certificações na área’’, justifica.

Especificamente em relação à certifi-cação profissional, Camila acredita que esse é um processo pelo qual o candidato mostra-se ou não estar apto a assumir fun-ções de extrema responsabilidade em uma instalação. ‘’É uma forma de assegurar os conhecimentos teórico e prático do pro-fissional, minimizando a probabilidade de possíveis ocorrências de acidentes.’’

Fiscalização

O Conselho Nacional de Técnicos em Ra-diologia (Conter) normaliza e regulamenta a profissão na área radiológica, enquanto os 19 Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTRs), com jurisdição no Bra-sil, fazem o registro profissional dos traba-lhadores com direito à habilitação legal. Dentro da autarquia, existe a Coordenação Nacional de Fiscalização (Conafi) e as Coor-denações Regionais de Fiscalização (Corefis) que elaboram e executam os projetos de fis-calização. Os conselhos possuem rotas fixas anuais de vistoriais e, além disso, atuam na apuração de denúncias recebidas da socie-dade e da própria categoria (leia sobre a regulamentação da profissão na página 36).

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Os conceitos, métodos e a filo-sofia de trabalho em proteção radiológica são continuamente atualizados e detalhados nas publicações da Agência Inter-nacional de Energia Atômica (Aiea) e da Comissão Interna-cional de Unidades e Medidas de Radiação (ICRU), que cuida das grandezas e unidades, além do processo de aperfeiçoamen-to e atualização. Os documen-tos emitidos por essas orga-nizações são publicados como recomendações internacionais. Ou seja, cada país pode ou não adotá-los parcial ou totalmen-te, em consonância com suas normas de proteção radiológi-ca. Tudo depende do estágio de desenvolvimento de cada nação, da capacidade ou via-bilidade de execução, em cada área de aplicação. Referência: http://www.iaea.org/inis/col-lection/NCLCollectionStore/_Public/45/073/45073472.pdf

Regras da

Radioproteção

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36 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

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Como tudo começou...

Em 1899, quando os primeiros equipamentos radiológicos começaram a ser desenvolvidos em larga escala, brasileiros e brasileiras já estudavam as novas técnicas radiológicas na Europa e em outros lugares do mundo, para trazer o conhe-cimento ao Brasil. Quando chegaram aqui, os primeiros estu-diosos trouxeram máquinas de raios X e ensinaram os jovens, nas capitais, a operar os equipamentos. Mais tarde, esses jo-vens aprendizes foram para o interior do país ensinar Radio-logia aos médicos mais velhos que, por sua vez, repassaram o conhecimento para filhos, sobrinhos e netos. Dessa forma, as técnicas radiológicas se difundiram em todo o país.

Os operadores, técnicos e tecnólogos em radiologia são her-deiros desses pioneiros que deram a vida pela profissão e pelo desenvolvimento das técnicas radiológicas. Todas essas forças convergiram para a criação da categoria que somos hoje e que, com certeza, projeta-se no futuro como detentora de um co-nhecimento que não se encontra em qualquer esquina.

Como a radiação ionizante não é perceptível à visão e não havia informações suficientes sobre a nocividade desse tipo de onda eletromagnética, no início de sua exploração cien-tífica, muitos pioneiros desenvolveram problemas de saúde e até morreram em decorrência do excesso de exposição radioativa. Diante do quadro, por volta de 1950, o governo começou a se preocupar com a adoção de medidas para pro-teger a saúde do trabalhador.

A primeira medida governamental foi a promulgação da Lei n.º 1.234/50, que definiu a insalubridade da atividade em grau máximo e criou a jornada diferenciada de trabalho. Pos-teriormente, foi sancionada a Lei n.º 7.394/85 e o Decreto n.º 92.790/86, legislação que manteve esse quadro e que criou o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (Conter) e os 6 primeiros Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTRs), para normatizar a atividade, fazer o registro profis-sional e fiscalizar o exercício da profissão. Hoje, existem 19 CRTRs em todo o país.

Pois bem, a radiação ionizante descoberta em 1895 é a mesma radiação ionizante que existe hoje nos hospitais, nos estabelecimentos de segurança ou nas instalações industriais. A capacidade de ionizar células é a mesma. Portanto, não há motivos para mudar o entendimento da matéria ou descuidar da proteção radiológica. Isso é consenso entre a comunidade científica e acadêmica.

Além de cumprir as leis e as resoluções que normatizam

Curiosidades

a profissão, os profissionais das técnicas radiológicas devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e regular o equipamento para ser eficiente com a menor dose de radia-ção possível. Esse exercício é diário e não pode cair no esque-cimento. Evidentemente, é importante destacar que, quanto maior a resolução da imagem radiográfica, maior a quantida-de de radiação empregada. Portanto, convém ressaltar que é uma falácia a afirmação de que os equipamentos mais moder-nos trouxeram mais segurança para profissionais e pacientes. O que garante a segurança é o exercício legal da profissão e o cumprimento da legislação do setor.

Regulamentação da profissão no país

Em 1974, o deputado Gomes do Amaral apresentou o pri-meiro projeto de lei, (PL n.º 317/1975, páginas 3.472 a 74 do Diário Oficial), com o objetivo de regulamentar o exercício das técnicas radiológicas no Brasil. Entretanto, os anos se passa-ram e a proposta não teve andamento, tanto que perdeu o objeto e acabou arquivada. Mas o assunto não morreu. Tem-pos depois, o técnico em Radiologia, Jair Pereira, conhecido como ‘‘Índio”, lutou por isso. Na época, ele era presidente da Associação dos Técnicos em Radiologia do Estado de Goiás (Atrego) e vice-presidente da Federação das Associações dos Técnicos em Radiologia do Brasil (Fatreb).

Jair formou uma comissão de profissionais goianos e ela-borou um substitutivo ao PL do deputado Gomes do Amaral. O texto foi aprovado pela categoria durante o V Congresso Brasileiro de Técnicos em Radiologia, realizado no Recife/PE, e depois oferecido ao Congresso Nacional. Após aprovação, seguiu para o Senado Federal.

Para sensibilizar a sociedade e as autoridades, Índio e al-guns amigos elaboraram a “Carta de Goiânia”, um documento que reivindicava o reconhecimento dos técnicos em Radiolo-gia como profissionais, e não como meros operadores. Esse foi um instrumento importante para dar fôlego ao novo projeto.

Porém, o principal entrave estava mesmo no Senado. “Nos-so projeto ficou mais de um ano dormindo na gaveta de um senador, que prefiro nem lembrar o nome. Certo dia, marca-mos uma audiência com ele. Fomos eu, meu amigo Rubens Almeida e o companheiro Luis Ludovico, de São Paulo. Eles nos deixaram plantados por horas, então perdi a paciência. In-vadi seu gabinete e comecei a bater boca, até que ele chamou os seguranças. Mas eu não saí, continuamos lá discutindo até o final”, conta.

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O enfrentamento teve resultado. Depois desse episódio, em 1976, a relatoria do projeto foi redistribuída para o senador goiano Henrique Santillo, amigo de Jair, e as coisas começa-ram a andar. Entre 1980 e 1986, Jair Pereira foi de Goiânia a Brasília 68 vezes se reunir com autoridades para apressar o andamento da matéria. Ele lembra que, entre uma viagem e outra, rodou 35 mil quilômetros e gastou Cr$ 22 milhões (aproximadamente R$ 9 mil nos dias de hoje) do próprio bolso para manter o sonho vivo. Conseguia o dinheiro das viagens vendendo sucatas de filmes e fixadores.

Quando tudo parecia encaminhado para um final feliz, veio o susto. Numa das idas e vindas à secretaria geral do Senado, para ver o processo de regulamentação da profissão, Jair no-tou que haviam anexado um ofício da Confederação Nacional da Indústria (CNI) extremamente prejudicial à classe. A clas-se empresarial havia dado uma cartada pesada para colocar por terra todos os avanços que a categoria tinha conquistado. Diante da situação, Índio não teve dúvidas e tentou comer o documento.

“Eu olhava para aquele ofício e não acreditava, fiquei azul de raiva. Depois de tanto esforço, não podia aceitar que nossa proposta fosse alterada daquela forma. Foi aí que notei que o processo não era numerado. Num estalo, enquanto estáva-mos só eu, o Aristides e o Rubens na sala, arranquei a folha e comecei a mastigar. Como era grande demais para engolir, tirei da boca e escondi no bolso. Fiquei com fama de louco”, conta Jair Pereira.

Antes de votar a matéria, o Senado pediu parecer do Minis-tério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre o projeto de lei. Para

O primeiro equipamento radiológico instalado no interior do Brasil, na cidade de Formiga, em Minas Gerais

Abreugrafia, técnica radiológica desenvolvida pelo cientista brasileiro, Manuel de Abreu

O então ministro do trabalho, Almir Pazzianoto, ao ladode Jair Pereira, pioneiro que lutou pela

regulamentação da profissão

garantir a integridade da proposta, Jair resolveu ir à consul-toria técnica jurídica do MTE saber qual seria o encaminha-mento. Depois de apresentar seus argumentos, ouviu os dou-tores responderem que o posicionamento deles dependia do ministro Murilo Macedo e que não seria possível resolver naquela hora, pois ele estaria de saída para uma viagem. Em outra situação limite, Jair agiu por impulso de novo. Ao ver a autoridade de passagem, ele correu, o segurou pelos braços e disse: “o senhor não vai sair sem nos atender, somos trabalha-

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38 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

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dores sofridos e estamos sufocados”. O ministro sorriu e ouviu a todos gentilmente.

Depois do parecer favorável do MTE, mais um episódio fora da curva serviu para acelerar o processo de regulamentação da profissão. Depois de torcer o tornozelo, Roseana Sarney, filha do então presidente da República, José Sarney, foi encaminha-da ao serviço médico do Senado Federal. O técnico em Radio-logia Oity Moreira Rangel atendeu a ilustre paciente e contou a ela toda a história. No final, pediu a ela que conversasse com o pai sobre o assunto, pois era muito importante para milhares de trabalhadores. Roseana prometeu que o faria.

No dia 29 de outubro de 1985, foi sancionada a Lei 7.394, que regula o exercício de técnico em Radiologia. A norma foi efetivada pelo Decreto n.º 92.790, em 17 de junho de 1986.

Em 4 de junho de 1987, foi instalado o Conselho Nacional de

Goiânia (GO) foi a sede do Congresso Internacional de Radio-proteção Industrial, em setembro de 2017, quando o assunto foi abordado nas áreas médica, industrial, nuclear, de transporte e controle de material radioativo. Além disso, a importância da es-pecialização de profissionais para trabalhar no segmento foi ou-tro tema discutido. Na ocasião, o evento foi alusivo aos 30 anos do maior acidente radiológico do mundo, quando pelo menos mil pessoas foram contaminadas por radiação de césio-137 naquela capital. Também foram lembradas as pessoas que integraram as

Evento sobre radioproteção lembrou acidente mais grave da história

Técnicos em Radiologia (CONTER) e, imediatamente a seguir, os seis primeiros Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTRs): o da 1ª Região (Distrito Federal, Goiás, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá e Ro-raima), da 2ª (Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão), da 3ª (Minas Gerais e Espirito Santo), da 4ª (Rio de Janeiro), da 5ª (São Paulo) e da 6ª Região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná).

Por causa do ativismo político que resultou na regulamen-tação da profissão, Jair conta que ele e seus amigos sofreram perseguição patronal, desemprego, frustrações e acumulam ci-catrizes que permanecem até hoje. “O reconhecimento é pou-co, sinto-me esquecido, mas não me arrependo, faria tudo de novo. Foram bons anos, ao lado de pessoas que valem a pena”, finaliza.

equipes de detecção de pontos contaminados e também os gru-pos de descontaminação, momento em que aconteceu o encontro entre o ex-presidente da Cnen, na época da tragédia, Rex Nazaré, com a mãe da menina Leide das Neves Ferreira, de 6 anos, que se tornou símbolo do acidente por ter sido a primeira vítima a morrer.A mestra em Biofísica das Radiações, Camila Moreira Araujo de Lima, sócia da Maxim Industrial, participou do encontro. ‘’O con-gresso foi de grande relevância, pois traçou um paralelo entre o que aconteceu há 30 anos e a evolução tecnológica, juntamente

com o conhecimento sobre proteção ra-diológica, transporte e controle de fon-tes de radiação ionizante. Foi uma opor-tunidade de reunir alunos, profissionais e renomados pesquisadores brasileiros e internacionais’’, salientou.Como um dos momentos marcantes, ela citou a mesa redonda da Corseg/Abendi, denominada de Proteção Ra- diológica Industrial: atualidades e ne- cessidades. “Foi o maior sucesso. A sa- la ficou lotada e, quem não conseguiu sentar, acabou ficando em pé mesmo para não perder os debates. ’’

O evento foi alusivo aos 30 anos do maior acidente radiológico do mundo

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40 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

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1. INTRODUÇÃOOs Isoladores de compósito são usados

extensivamente pelas indústrias de ener- gia elétrica em linhas de transmissão pelo fato de apresentarem melhor desempe- nho em relação às cadeias tradicionais de isoladores cerâmicos e de vidro. Dentre as várias características destacáveis tem-se: menor peso, grande resistência a impac- tos, possibilidade de produção em diver- sas formas complexas em menor tempo e rápida instalação. Assim como qualquer produto fabricado, os isoladores de com- pósitos não são perfeitos e estão sujeitos a problemas como defeitos de fabricação, fadigas mecânicas e elétricas.

Uma forma de detecção e avaliação des- sa problemática nos isoladores é a radio- grafia industrial, que pode ser auxiliada por software simulador, uma ferramenta

Rodrigo N. Palha1

Hissae Fujiwara2

Edmilson J. Silva2

Armando H. Shinohara3

Gustavo Xavier4

Henrique B. D. T. Lott5

Paulo R. R. Britto5

Márcio A. B. Fontan5

Inspeção radiográfica de isoladores decompósito de grande dimensão ecomplexidade auxiliado por simulador deradiografia realística

1Aluno de Doutorado, Físico - UFPE- Universidade Federal de Pernambuco.2Mestrando - UFPE- Universidade Federal dePernambuco.3Dr. em Engenharia - UFPE- Universidade Federalde Pernambuco.4Engenheiro Eletricista - CHESF- CompanhiaHidroelétrica do São Francisco.5Engenheiro- STN- Sistema de Transmissãodo Nordeste.

Copyright 2016, ABENDI, PROMAI.Trabalho apresentado durante o XXXIV – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção.19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales. As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

SINOPSEVisando explorar o limite da sensibilidade e resolução da tecnologia do detector

radiográfico Image Plate, são apresentados resultados de um estudo utilizando radio- grafia computadorizada auxiliado por simulador de radiografia realística sobre isoladores elétricos de compósito de 500 kV, que possuem comprimento de aproximadamente 4 m e geometria construtiva de alta complexidade, visando assim detectar defeitos ocultos de natureza mecânica e elétrica devido a falhas de fabricação, danos durante a operação que podem levar a ruptura devida a fratura frágil causando prejuízos para o setor elétrico. Com o auxilio do CIVA RT, os parâmetros radiográficos foram testados aplicando tensão em 120 kV e corrente em 1 mA, tempo de exposição 60 s e 300 s utilizando detector image plate de alta resolução e padrão, variando a distância fonte/objeto de 1 m a 5 m.

de tomada de decisão que permitisse a redução de custos e a maior qualidade dos produtos. Neste sentido, muitas empresas utilizam sistemas de simulação que empre- gam modelos computacionais que podem ser definidos, para reproduzir um sistema em estudo e resolver problemas cuja solu- ção analítica se mostre inviável. Com isso, para radiografia industrial não é diferente, o desenvolvimento de software simulador de radiografia é uma realidade e sua apli- cação traz grande benefício, como por exemplo a obtenção de parâmetros radio- gráficas sem a necessidade de encontrar, esses parâmetros, por tentativas, o que acarreta muito tempo e maiores gastos, para obter um imagem satisfatória, além da proteção radiológica.

Os isoladores de compósito são forma- dos basicamente por um bastão feito de matriz de resina reforçada com fibras de vidro, duas ferragens de aço galvanizadas fixadas nas extremidades do bastão por prensagem mecânica e uma cobertura de

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material polimérico que também forma as aletas ou saias. (1).

Devido à adversidade das condições ambientais a que estão submetidos estes isoladores, há necessidade de avaliação de sua durabilidade (2) quando submetidos à radiação solar intensa, a altas tempera- turas, umidade, vibrações mecânicas, in- tensos campos elétricos, etc (3). Tam- bém são encontrados defeitos de fabrica- ção nos isoladores, como bolhas, má con- centricidade do núcleo com o invólucro de silicone e má aderência do silicone com o núcleo, deixando espaços vazios. Uma das falhas que ocorre nestes isoladores e que ainda não é totalmente compreendido é a fratura frágil. (4), que é resultado da cor- rosão do bastão de compósito do iso- lador sob tensão (5). Tal fenômeno tem levado alguns isoladores a se romperem após um determinado período de opera- ção, acarretando prejuízos para as empre- sas de fornecimento de energia com a in- terrupção não programada da linha de transmissão.

Para o estudo de avaliação estrutural dos isoladores de compósitos, vários mé- todos de ensaios não destrutivos (END) de materiais são conhecidos e estão em uso. Estes métodos incluem checagem das dimensões, para verificar se estão em con- formidade com as especificações técnicas, inspeção visual para verificação de defeitos superficiais. Para o estudo e detecção de

Figura 1. Esquema de formação da imagemradiográfica no filme (6)

falhas internas, geralmente são realizadas inspeções usando radiografia.

A radiografia industrial é um método de END e baseia-se na absorção diferenciada da radiação gama ou raios-X pela peça que está sendo inspecionada. Os equipa- mentos de raios-x industriais, em geral são portáteis e consistem dos componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou uni- dade geradora. A formação da imagem depende da interação da radiação com o material. Quanto mais denso e espesso for o material, maior será a probabilidade dos fótons do feixe de raios-x de interagirem com os seus átomos, resultando em maior absorção e menor intensidade de radia- ção transmitida. Portanto, conforme o fei- xe de raios-x emerge da peça, haverá fei- xes de raios-x com diferentes intensidades, dependendo das estruturas e características do material, conforme mostra a figura1.

Entre os sensores utilizados para a for- mação da imagem destacam-se os filmes radiográficos que são constituídos por uma película plástica transparente, recober- ta nos dois lados por uma emulsão sen- sível à luz e à radiação. Tal emulsão, quando atingida pela luz ou pelos raios-x, sofre uma modificação físico-química. Quanto maior a intensidade de Raios-x ou de luz que atinge a emulsão, maior será essa modificação (7). Devido ao fato do filme radiográfico possuir maior sensibilidade à luz do que à radiação x ou

gama, utiliza-se um dispositivo chamado écran que tem a propriedade de tornar-se fluorescente quando se incide sobre o mesmo uma pequena quantidade de raios-x. Normalmente o filme é colocado entre duas lâminas de écran e este conjunto é mantido agrupado dentro de um dispositivo, denominado chassi, que é à prova de luz, permitindo o transporte e manuseio do filme de forma segura (8).

Para radiografia computadorizada utili- za-se detectores chamados image plate (IP) que são placas flexíveis feitas geralmente de BaFBr:Eu+2 ou BaFI:Eu+2, onde a aqui- sição da imagem ocorre em duas etapas: criação da imagem latente e transforma- ção da imagem latente em imagem ra- diográfica. O detector IP mostra uma li- nearidade excepcional em relação ao filme de raios-X(9) mostrado na figura 2. O eixo da ordenada à esquerda representa a quantidade de radiação luminescente acu- mulada pelo Imagem Plate. O eixo da or- denada à direita mostra à densidade de escurecimento de um filme de raios-x.

A criação da imagem latente nos image plate se baseia na interação da radiação na placa, provocando uma alteração nos níveis de energia dos elétrons da rede cris- talina. Os elétrons se encontram normal- mente ligados aos íons de Eu+2, em uma faixa de níveis de energia denominada banda de valência. A radiação ao intera- gir com a estrutura cristalina dos detec-

Figura 2. Comparação da linearidade dos detec-tores IP e filme de raios-X quando expostos à

radiação beta de 32P por um período de 18 h(9)

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tores digitais oxida os íons de Eu+2 trans- formando os em Eu+3, e o elétron é ele- vado a um nível de energia maior, deno- minado banda de condução. Os elétrons tendem a retornar a seu estado funda- mental e, para isso, liberam energia igual à diferença entre os dois estados de ener- gia envolvidos na transição (banda de va- lência e condução, em torno de 8,3 eV). Entretanto, a produção de radiação eletro- magnética neste processo é bastante ine- ficiente, sendo a energia normalmente li- berada sob a forma de fótons com com- primentos de onda fora da faixa de luz visível. Para tornar este processo mais eficiente, durante o processo de fabrica- ção, são introduzidos no cristal impurezas ou ativadores que criam níveis de energia entre a banda de valência e de condução. Esses defeitos são também conhecidos co- mo F-centros ou centros de cor. Por pos- suírem um potencial de ionização inferior ao cristal, esses centros passam a capturar os elétrons que saem da banda de valên- cia. Os F-centros são metaestáveis de modo que os elétrons capturados possam ser novamente apanhados pelo Eu+3. (10).

Na radiografia, os raios-x interagem com a matéria, predominantemente, através dos efeitos fotoelétrico e Compton. O efei- to fotoelétrico é caracterizado pela trans- ferência total da energia da radiação gama ou x (que desaparece) a um único elétron orbital, que então é expelido do átomo absorvedor (processo de ionização). O efei- to fotoelétrico é predominante em baixas energias e para elementos de elevado nú- mero atômico (Z). Tal efeito decresce ra- pidamente quando a energia aumenta e é observado para energias tão baixas quanto a da luz visível. O referido efeito é proporcional à Z5, e por esse motivo deve ser usada uma blindagem de chumbo para absorção de raios gama ou X de baixas energias. A absorção fotoelétrica se dá com a interação entre um fóton de raios-X incidente e um elétron ligado a um átomo do absorvedor na qual o fóton transfere toda sua energia ao elétron. O

fóton, portanto deixará de existir. Parte da energia transferida é usada para vencer a força de ligação átomo - elétron e a res- tante, aparece como energia cinética do elétron (agora chamado fotoelétron). Nos exames radiográficos, o feixe de raios-X é transmitido através do paciente, impres- sionando o filme radiográfico, o qual, uma vez revelado, proporciona uma imagem que permite distinguir estruturas e tecidos com propriedades diferenciadas (11).

No espalhamento Compton, este efeito não é um processo local, consiste de uma interação entre um fóton de raios-X e um elétron livre (ou fracamente ligado ao áto- mo, tais como os elétrons dos níveis mais externos). Portanto, um elétron Compton ejetado e o fóton são espalhados com uma energia igual à diferença entre a energia do fóton incidente e a energia adquirida pelo elétron. O fóton espalhado se move então, em uma direção diferente da inicial e, portanto, não contribui em nada para a formação da imagem, na rea- lidade, ele tem uma contribuição negativa para a unidade de imagem. (12). Ao ob- servar uma imagem radiográfica, mesmo de um objeto homogêneo sem variações de espessura, é fácil verificar pequenas variações aleatórias nos tons de cinza ou cores. Estas variações aleatórias são deno- minadas ruído ou espalhamento. Embora o espalhamento forneça a imagem uma aparência indesejável, o mais significativo efeito do espalhamento é a redução de vi- sualização de detalhes na imagem espe- cialmente em regiões de baixo contraste.

Outro fator de qualidade da imagem é a nitidez dos detalhes da imagem, é demonstrada pela clareza de linhas es- truturais finas e pelas bordas da peça ou estruturas visíveis na imagem radiográfica. Também existe a distorção, que pode ser definida como a representação erra- da do tamanho ou do formato do obje- to projetado em meio de registro radio- gráfico. A ampliação algumas vezes é re- lacionada como um fator separado, mas, como é uma distorção do tamanho, pode

ser incluída com a distorção do formato. Portanto, a distorção, seja de formato ou de tamanho, é uma representação errada do objeto verdadeiro e, como tal, é inde- sejável. Já a penumbra forma um borra- mento indesejado nas bordas das estru- turas. Esses fatores que podem ser mini- mizados colocando a fonte mais afastada do objeto e o filme o mais próximo possí- vel do objeto.

Uma ferramenta que ajuda a obter pa- râmetros para minimizar esses efeitos an- teriormente descritos, é o simulador. O CIVA é um software simulador Francês, cria- do em várias versões que simulam en- saios não destrutivos como Ultrassom, Partículas Magnéticas, Corrente de fuga, Radiografia e Tomografia. O módulo simu- lador de Raios-X foi implementado no CIVA, o CIVA RT , desde CIVA versão 9. Este módulo é baseado numa combinação de módulos de radiográficas de testes não destrutivos, desenvolvido no CEA LETI, no SINDBAD (13), e a EDF R & D, no MODERATO (14). Nesta versão, a simulação com as fontes de gama foi implementado com o software MODERATO, enquanto software SINDBAD foi dedicado a fontes de raios X, o que significa que algumas opções diretamente disponíveis em um módulo não estavam abertas para o outro (15). Com vista à liberação do CIVA 10, apoiado pela francesa ANR projeto RADIOLA, uma nova arquitetura foi projetada com uma parceria diferente para misturar tanto o software MODERATO e o SINDBAD no CIVA para ter acesso aos melhores recursos ou em simulação de raios gama ou Raios-X. De uma maneira geral, os parcei- ros do RADIOLA (CEA-LIST, CEA-Leti, EDF R & D e INSA) desenvolveu uma forma de colaboração para integrar a nova arquite- tura e o desenvolvimento feito. Parte deste projeto foi integrada no CIVA versão 10.0, no enquanto, outras melhorias serão inte- gradas na nova versão do CIVA. Essa nova arquitetura permitiu grandes melhorias sobre otimização de cálculo, bem como algumas novas funcionalidades (16).

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Para a otimização da simulação de tes- tes radiográficos. Dois grandes melhora- mentos foram feitos no CIVA 10 para fazer o cálculo Monte-Carlo mais rápido. O módulo de simulação RT permite calcular a radiação direta ou dispersa (usando mo- delo analítico de “Beer-Lambert” e Monte-Carlo, respectivamente) produzida por raios-X ou uma fonte de raios gama de um componente que pode incluir um ou vários defeitos.

A fim de simular a radiação de espalha- mento proveniente da interação dos fó- tons na geometria da peça, CIVA usa uma simulação em Monte-Carlo. Para is- to, o usuário tem de definir um número arbitrário de fótons. Um grande trabalho foi realizado para permitir paralelização do cálculo computacional em Monte-Carlo sobre os diferentes núcleos dos pro- cessadores. Para um dado número de fo- tões parametrizadas pelo usuário, a infor- mação é tratada simultaneamente com os diferentes núcleos (16).

Para realizar a simulação no CIVA RT, os seguintes parâmetros devem ser infor- mados: Características da fonte de radia- ção. Para raios-X, se define o espectro da fonte, através da introdução do material e a orientação do ânodo do equipamento de Raios-X, informar a tensão, corrente e um possível filtro existente. Também pode selecionar diretamente entre o es- pectro predefinido da fonte, já catalogado no software (17). Para raios gama, a pessoa escolhe a fonte radioativa entre três isótopos disponíveis na biblioteca do CIVA RT (cobalto 60, irídio 192 & Selênio 75). Também é possível inserir manualmente os raios de energia de outros elementos. A atividade (raios gama) pode ser para- metrizada pelo usuário (17). O tamanho e formado da fonte pode ser contabilizada, a fim de reproduzir fenômenos geométri- cos de borramento.

Em relação dos detectores dependem do tipo de fonte. Para raios gama, cerca de 15 filmes de diferentes classes são propostos em uma biblioteca entre os

mais encontrados atualmente na indústria (Fuji, Kodak, Agfa). Para os raios X, uma vez entrado as propriedades principais do detector (número e tamanho do pixel, o ganho e a eficiência quântica) e definir o material da camada sensível do filme. Para vários os tipos de fontes, um filtro pode ser colocado em frente do detector (17). O CIVA RT versão 11 traz a opções de simular utilizando os filmes digitais Image Plate, podendo escolher o super resolução ou de alto sensibilidade.

Para representar a peça, as geometrias de componentes disponíveis neste módu- lo são os paramétricos e CAD: Planar, cilíndrica, cônica, cotovelo ou bocal. Cons- trução de 2.5D CAD, a partir de um perfil 2D complexo, com extrusão linear ou ci- líndrica, uma superfície de resolução. Geo- metrias 3D CAD podem ser importadas a partir dos seguintes formatos padrão: DXF, IGES, STEP, STL. Peças de trabalho podem ser homogêneos ou heterogêneos. As propriedades do material podem ser ex- traídas a partir de uma biblioteca que inclui mais de 110 materiais (simples e ligas) com dados longitudinais (17). Diferentes tipos de falhas podem ser inseridos no controle de teste da peça com diferentes formas geométricas para simula defeitos. Formas parale- lepipédica, esféricas, elipsoidal, tra- pezoidal, furo lateral ou buracos internos planos ou hemisféricos.

As respostas das simulações com o CIVA versão 11 são apresentadas com gráficos de níveis de cinza e curvas (direto, disper- so, horizontal e vertical, de secção trans- versal da energia depositada) (17). As ima- gens obtidas podem ser exportadas em formato Tiff.

Este trabalho tem por objetivo obter parâmetros radiográficos auxiliado por simulação realística de radiografia, para obter a melhor qualidade de imagem ra- diográfica, capazes de mostrar em deta- lhes a estrutura interna em isoladores de compósito de linhas de transmissão de 500 kV e possíveis defeitos.

2. METODOLOGIAOs ensaios foram realizados em amos-

tras de isoladores de compósito de linha de transmissão de 500kV, fabricante SEDIVER, modelo XL que tem 3,84 me- tros de comprimento, figura 3 (na pági- na seguinte), contendo 129 aletas. A obten- ção dos parâmetros radiográficos para realizar as radiográficas dos isoladores, foram testados por simulação realística com o software CIVA RT versão 11. O equi- pamento de raios-x industrial utilizado foi o portátil iCM tipo CP 120B, tamanho do foco 0,5 x 0,25 mm, angulação máxima do feixe 50°. Os Detectores, filme digital de super resolução SR, com tamanho de 12,5 x 43,0 cm da fabricante Perkin Elmer life Sciences. Para escaneamento das imagens foi utilizado o leitor de filmes IP da Durr HD-CR35 NDT com resolução de 20 µm. As imagens adquiridas foram avaliadas e processadas utilizando o software ISee!, criado pelo instituto BAM em Berlin.

Inicialmente foi o criado desenho tri- dimensional (CAD), usando o software SolidWorks, do isolador de compósito de linha te transmissão de 500 kV e do IQI (Indicador de Qualidade de Imagem) step wedge, que inicia a diferença de con- traste para cada espessura , figura 4 (na página seguinte), que será exportado pa- ra o simulador, será um IQI de cobre e outro de alumínio, simulados com o CIVA RT a 1m e 4m de distância e analisadas as características das respectivas imagens entre as distâncias, com as mesmas distâncias.

Também foi desenhado em CAD e feito a simulações com 1 m e 4 m de distância fonte objeto, utilizando dois tipos de de- tectores, o high sensitivy (branco) e o su- per resolution (azul), para cada distância com inclinação de 2o segundo norma ASTM E2002, o IQI de Fios Duplos que é comumente usado em radiografia digi- tal, uma vez que é perfeitamente adequa- da em muitas aplicações de raios-X, espe- cialmente para avaliação do geometric unsharpness e resolução espacial em ima-

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Figura 3. Desenho técnico e imagem do isolador usado no experimento

Figura 4. Desenho técnico e o CAD do IQI Step Wedge de Alumínio e Cobre

gens digitais. O IQI duplex consiste de um número de pares de fios ou Tiras finas de platina 1 de tungsténio, de tamanho cada vez menor e diminuindo distâncias para cada par. Onde 13 pares de fios são dispostos conforme a figura 5. Os fios correspondentes aos números 1D à 3D são fabricados em tungstênio, os outros são fabricados em platina. O espaçamento entre os fios é igual ao diâmetro do mes- mo. A análise é feita com base no perfil de linha, gerada criando uma região de interesse na imagem passando por todos os fios como, faz-se uma leitura dos valores dos máximos e mínimos de intensidade correspondente a cada par de fios.

Para realizar as simulações, deve-se en- trar com os parâmetros radiográficos na interface do software simulador, com os seguintes dados: fonte de radiação, que no presente foi utilizado o equipamento de raios-x industrial portátil iCM tipo CP 120B citado anteriormente, definindo a tensão, corrente, tempo de exposição e a distância fonte detector. Depois de inclu- sas todas essas informações, serão realiza- das a simulação.

Após definidos dos parâmetros radio- gráficos utilizado software CIVA RT versão 11 foram realizados os radiográficos, simu- lação e radiografias reais foram obtidas com tensão do tubo de 120 kV, corrente de 1 mA, tempo de exposição 60 s, varian- do a posição da fonte, foram realizadas simulações e radiografias com as distân- cias “X” de 4m entre a fonte/isolador a altura “Z” da fonte, 190 cm como mostra a figura 6 (página seguinte). Foi feito um ensaio com a fonte posicionada a altura “Z” em 20 cm e “X” a 5 m de distância co- mo mostra a figura 7 (página seguinte). Foram utilizados filmes tipo Image Plate de alta resolução, posicionados, no meio do isolador e outro na parte inferior do isolador.

Frequentemente as imagens radiográ- ficas apresentam problemas como, ruído, artefatos e baixo contraste entre as re- giões da imagem que podem interferir na qualidade da imagem e consequen- Figura 5. Dimensões da estrutura do IQI Duplex (19)

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temente na visualização de detalhes. Para melhorar o processo de identificação das estruturas nas imagens, foram usados filtros matemáticos, primeiro aplicou-se o filtro Adaptive Details Isotropic e depois o filtro Pseudo Plast, que aumentam a confor- midade das imagens e facilita visualização.

O Adaptive Details Isotropic é um filtro de passa-alta, incluindo a redução do ruído com base na densidade de potência espectral da imagem, fazendo a supressão do fundo de baixa frequência, com boa exibição das bordas. O filtro Pseudo Plast calcula a diferença entre a imagem e sua cópia, mas deslocando pela mudança de X para 21 e Y e para 21 em turno pixels, subtraindo as duas imagens, os quais são ligeiramente deslocadas umas às outras onde as bordas podem ser acentuados numa orientação espacial (18).

3. RESULTADOSOs parâmetros radiográficos testados

no simulações pelo CIVA RT versão 11 e que foram utilizados, tensão do tubo de 120 kV, corrente de 1 mA, tempo de exposição 60 s. Com a simulação usando o IQI step wedge, a 1m e a 4m mostrado a diferença das imagens, a 4m o efeito os furos estão melhor definidos em relação a imagem com 1 metro de distância, isso se deve ao maior paralelismo do feixe de raios-x com o aumento da distância como mostra na figura 8 (na página seguinte).

A comparação entre os dois en- saios também pode ser observada grafica- mente através dos seus respectivos his- togramas, figura 9 (na página seguinte), no step de alumínio a 1m nível de cinza da maior e menor espessura é de 3,49 e 11,06 respectivamente. A 4 m esses valo- res passam a ser 0,218 na maior espessura e 0,689 na menor espessura do IQI. Já no step de cobre devido a sua grande densidade, não houve penetração dos raios-x, sem criar contraste entre as diferentes espessuras da peça, apenas um sutil contraste entre a menor espessura e as outras. A 1 m teve um valor de cinza

Figura 6. Esquema do ensaio radiográfico, onde X foi variado entre 4 me 5m e Z colocado em 20m e 190m

Figura 7. Esquema da radiografia com a fonte posicionada a 20cm de altura

de 0,513 na menor espessura e 0,149 nas outras e a 4 m o valor na menor espessura foi de 0,0313 e nas outras por volta de 0,091. Nas extremidades mais arredondadas nos histogramas a 1 m indica distorção forma- da na imagem, principalmente nas bordas, acarretado pelo menor paralelismo do feixe de raios-x em relação. a distância de

4m. Assim foi escolhido realizar os ensaios com distancias pouco convencionais, co- mo 4 m entre fonte e o isolador, por exem- plo, observando a formação das imagens.

formação do gráfico na área onde a linha tracejada passa.

Analisando do IQI de fio duplo, pelo histograma criado por onde passa a

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Figura 8. Mostra a magnificação formada com 1m e 4m de distância

Figura 9. Mostra os histogramas dos IQI Step Wedge onde podemos observa a formação do gráfico na área onde a linha tracejada passa

Tabela 1: Mostra os números de correspondentes ao IQI de alumínio da figura 9

linha tracejada na radiografia da figura 10 à 13 (nas próximas páginas), pela si- mulação, o sistema empregado no es- tudo, oferece uma ótima resposta as condições, fornecendo picos bem defini- dos nos pares de fios mais finos do IQI. Tanto para o detector de High Sensitivy quanto para o Super Resolution com as distâncias de 1 m e 4 m. Pela imagem apro- ximada é possível ver os fios separados. Isso pode ser observado pelo histograma que o par D13, o mais fino, com diâmetro e de espaçamentos entre eles de 0,05 mm, produziu picos bem definidos e separados com a separação na mesma altura dos pi- cos, estando visivelmente bem acima dos 20% do valor de resolução espacial básica estabelecido na norma ASTM E2002. Tam- bém é mostrado o gráfico da primeira deri- vada da área marcada, onde vemos de outro modo a separação dos par de fios.

Partindo em busca de uma imagem de alta qualidade, ou seja, com maior reso- lução e menos sobreposição das aletas, os isoladores foram radiografados a 4 m e 5 m. Comparando a simulação e a ra- diografia real dos isoladores foram obti- dos os seguintes resultados que serão mostrados a seguir, onde é possível ver semelhança entre a radiografia real e a simulada.

Na simulação utilizando os parâmetros 120 kV, corrente de 1 mA, tempo de ex- posição 60 s a distância 4 obteve a ima- gem mostrada na figura 14 e a radiografia real obtida no ensaio, onde é possível ver uma pequena trinca na estrutura apon- tada pela seta vermelha. A imagem nega- tiva da original ou invertida onde muitas vezes, devido a esta inversão de cores al- gumas estruturas são melhor visualizadas. Esta é uma imagem da parte central do isolador. É possível observar o defeito no isolador, apontado pelas setas vermelhas, tento na original quanto na invertida. Para melhoras a visualização da estrutura interna do isolador, a imagem original passou por processamento com os fil- tros Adaptive Details Isotropic e Pseudo

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Figura 10. Histograma do IQI de fio duplo radiografado a 1 m utilizando detector high sensitivy. “A” temos os picos

bem separados dos pares D13 e D12 eem “B” a forma derivada dos picos

Figura 11. Histograma do IQI de fio duplo radiografado a 4 m utilizando detector high sensitivy. “A” temos os picos bem

separados dos pares D13 e D12 eem “B” a forma derivada dos picos

Figura 12. Histograma do IQI de fio duplo radiografado a 1 m utilizando detector super resolution. “A” temos os picos

bem separados dos pares D13 e D12 eem “B” a forma derivada dos picos

Figura 13. Histograma do IQI de fio duplo radiografado a 4 m utilizando detector super resolution. “A” temos os picos

bem separados dos pares D13 e D12 eem “B” a forma derivada dos picos

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Plast onde o defeito passou a ficar mais destacado em relação a imagem original e invertida, como mostra a seta vermelha.

Apenas para efeito de exemplificação foi realizada uma simulação com a fonte posicionada a 10 metros de distância do isolador, figura 15 (na página seguinte), on- de podemos observar como as aletas ficaram bem paralelas na imagem com pouca inclinação nas extremidades, com 100 metros as aletas ficaram paralelas em toda área da radiografia.

Também foi realizada simulação e pos- teriormente ensaios radiográficos no isola- dor com distância fonte/objeto de 4m e a fonte posicionada a 20 cm de altura em relação à parte inferior do isolador, essa disposição seria com o objetivo de ter uma melhor imagem da parte inferido do isolador. Na figura 16 (na página se- guinte) temos a simulação e as imagens da radiografia real, sem nenhum tipo de processamento, temos a mesma imagem original porem com a cor invertida, chama- da de imagem negativa onde muitas vezes o defeito se destaca melhor.

Através da simulação vemos bastando semelhando com a radiografia real indi- cando que os parâmetros utilizados fo- ram válidos. Onde pelas imagens da radio- grafia real já é possível visualizar alguns feitos, apontados pelas setas vermelhas. É possível observar três defeitos na estrutura do isolador. Usando processamento na imagem original, com a aplicação de filtro Adaptive Details Isotropic e posteriormente o filtro Pseudo Plast, onde mostra com maior nitidez e detalhes os defeitos no isolador, apontados pelas setas vermelhas, em relação à imagem original. Os filtros deram maiores destaques aos defeitos, facilitando assim sua detecção no ensaio.

Em outro isolador, foi possível ver o detalhe da rebarba do silicone sobreposta na frente e atrás da imagem, como mos- tra a figura 17 (na página seguinte). Indi- cando a alta qualidade da imagem. Com o processamento é possível destacar mais

Figura 14. Primeira imagem a simulação, a segunda a imagem radiográfica original, em seguida a original com cor invertida e

em ultimo a imagem processada com filtros

detalhes ainda e compara com a fotografia destas rebarbas.

4. CONCLUSÃOEm busca de imagens radiográficas,

capazes de mostra em detalhes a estru- tura interna e possíveis defeitos em isola- dores de compósitos de 500 kV, como por exemplo o inicio da fratura frágil, um

defeito que ainda não está bem esclare- cido e previsto, mas que pode levar ao rompimento do isolador acarretando gran- des prejuízos ao setor elétrico e a sociedade, este trabalho conclui, que a obtenção de radiografias com distâncias até 5 m com auxilio de simulador foi bastante preciso para obter imagens de alta qualidade e re- solução do isolador de compósito.

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Figura 15. Simulação mostrando que a 10 metros há pouca inclinação e como não tem sobreposição a 100 m de dis-

tância entre a fonte e o isolador a linha vermelho indica a metade do isolador

Figura 16. Primeira imagem a simulação, a segunda a imagem radiográfica original, em seguida com cor

negativa e em ultimo a imagem processada com filtros Adaptive Details Isotropic e Pseudo Plast

Figura 17. Imagem simulada, imagem de alta qualidade, mostra a rebarba contida no silicone, tanto na frente como atrás do isolador, processamento de filtros, melhora a visualização das rebarbas em destaques e a foto das rebarbas

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS(1) Portella K. F., Piazza F., Inone P. C.E Ribeiro Jr S. Cabussú M. S., Cerqueira D. P.E Chaves C. S. S.; “Efeitos Da Poluição Atmosférica

(Litorânea E Industrial) Em Isoladores Da Rede Elétrica Da Região Metropolitana De Salvador”- Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, Curitiba – PR, Brasil e companhia de eletricidade do estado da Bahia, Salvador Ba, Brasil 2008

(2) Ferreira, T. V.; Germano, A. D.; Costa, E. G.; Angelini, J. M. G.; Nallim, F. E.; Mendonça, P. “Isoladores Poliméricos Envelhecidos Naturalmente: Lavagens e suas Consequências”, CNPq, ECV- 082 Eletrobrás, 2005

(3) Tourreil, C. De; Thévenet, G.; Brocard, E.; Siampiringue, N.; Pichon, N.; “Determination of the brittle fracture process of field failed HV insulators. Proceedings of the XIVth International Symposium on High Voltage Engineering”, Tsinghua University, Beijing, China, Aug. 2005.

(4) Armentrout, D. L.; Kumosa, M.; Mcquarrie, T. S. Boron-Free Fibers For Prevention Of Acid Induced Brittle Fracture Of Composite Insulator Grp Rods. IEEE Transactions On Power Delivery, V. 18, N. 3, P. 684-693, July 2003.

(5) Guide; “For Visual Identification of Deterioration & Damages on Suspension Composite Insulators” , STRI Guide 5, 2003.(6) Ge Inspection Technologies. Industrial Radiography, image forming techniques, 2007.(7) Biasoli, Jr., A.M., Técnicas Radiográficas. Livraria e Editora Rubio, Rio de Janeiro, 2006(8) Sprawls, Jr., P.; Physical Plinciples of Medical Imaging. Madison, Wisconsin: Medical Physics. 2 ed., USA, 1995(9) Shinohara, A. H.; Acioli, E.; Khoury, H. J.; “Avaliação Da Técnica De Radiografia Digital Em Gamagrafia” 6a COTEQ, Conferência

Sobre Tecnologia de Equipamentos Salvador, agosto, 2002.(10) Samanda, C. A. C.; Otimização da dose e da imagem radiográfica digital de tórax usando modelagem computacional, Tese de

Doutorado, Rio de Janeiro, 2009(11) Garcia, E. A. C.; Biofísica. São Paulo: Sarvier, 1998.(12) Heneine, I. F.; Biofísica básica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1996.(13) Tabary, J.; Hugonnard, P., Mathy, F.; “Sindbad; a realistic multi-purpose and scalable X-ray simulation tool for NDT applications”,

Int. Symp. on DIR and CT, Lyon, June 2007.(14) Schumm, A.; Bremnes, O.; Chassignole, B.; Numerical simulation of radiographic inspections: fast and realistic results even for

thick components - Proceedings of the 16th world conference of Non-Destructive Testing, Montreal, 2004(15) Fernandez, R.; Schumm, A.; Tabary, J.; Hugonnard, P.; “Simulation studies of radiographic inspections with CIVA”, 17th WCNDT,

Shanghai, 2008.(16) Dubois, P.; Lonne, S.; Jenson, F. And Mahaut, S.; Simulation Of Ultrasonic, Eddy Current And Radiographic Techniques Within The

Civa Software Platform - Extende, Paris, France 2010(17) Extende Civa, Non destructive evaluation, Disponível em:<http://www.exten de.com/civa-2/civa-rt> Acesso em: 17 Fev 2016.(18) ISee! BAM. “User manual for the page measuring program IC.exe “ISee!””, version 1.11.1; BAM, Berlin Dec. 2013(19) CIT (COMPUTERISED INFORMATION TECHNOLOGY Ltd.) Duplex IQI EN462-5 /ASTM E2002-98 for industrial NDT radiography.

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1. INTRODUÇÃOA Radiografia digital consolidou-se

como uma valiosa técnica de Ensaio Não Destrutivo, de alta eficiência na detecção de descontinuidades, sendo usada em caracterização de defeitos de soldas, detecção de falhas estruturais e outras aplicações [1]. O crescimento de seu uso, nos últimos dez anos é notável.

A eficiência, em termos de detecção de defeitos, de um flat panel está intima- mente ligada a sua capacidade de oferecer uma razão sinal ruído normalizada (SNRn) maior do que a observada nas técnicas

Celio S. Gomes1

Davi F. de Oliveira2

Aline S. S. Silva3

Ricardo Tadeu Lopes4

Avaliação da calibração de Flat Panel em inspeção desoldas para técnica PSVSradiografia realística

1 Doutorando, Engenharia Nuclear– UFRJ 2 Pós-Doutor, Engenharia Nuclear – UFRJ3 Pós-Doutoranda, Engenharia Nuclear – UFRJ4 Doutor, Engenharia Nuclear– UFRJ

Copyright 2016, ABENDI, PROMAI.Trabalho apresentado durante o XXXIV – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção.19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

SINOPSEDetectores flat panel são altamente dependentes da razão sinal ruído das

imagens para fornecer uma compensação à desvantagem com relação à radiografia convencional (resolução espacial). Porém, estes detectores mostram-se dependentes de suas calibrações para a maximização dessa relação, já que é característica inerente aos seus pixels uma resposta variada para doses iguais de radiação. Devido a isso, é necessário executar calibrações do detector antes de iniciar as inspeções, para que se obtenham melhores imagens finais. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da quantidade de imagens de ganho utilizadas na calibração do detector. Para isso, foram obtidas 7 imagens de ganho, variando a dose de radiação e consequentemente o nível de cinza destas imagens. Para verificar a qualidade de imagem, foram avaliadas 4 chapas soldadas e, em seguida, analisados os parâmetros de sensibilidade ao contraste, resolução espacial básica e razão sinal ruído normalizada. Os resultados mostraram que a calibração com um único ponto de ganho apresentou qualidade de imagem igual ou superior às imagens com vários pontos, desde que o nível de cinza da imagem utilizada seja maior do que o da imagem sem calibração. Pode-se concluir que, para qualquer nível de cinza da imagem de inspeção, os melhores resultados serão obtidos utilizando imagens de ganho com intensidade próxima a saturação do detector

radiográficas concorrentes já que não reproduz os mesmos resultados de re- solução espacial básica (SRb), que é limitada pelo tamanho do pixels, en- contrado nos painéis.

Em um cenário ideal, o detector plano, formado por matrizes de pixels, irá atri- buir a cada pixel um valor de cinza pro- porcional ao número de fótons que atravessam o material e sensibilizam os pixels do detector, ou seja, quanto maior a intensidade transmitida maior será o nível de cinza alcançado [2].

Na prática, cada pixel presente na matriz possui uma resposta diferenciada, essa diferença (pode ser observada até mesmo em aquisições feitas sem incidência de radiação. Com o intuito de diminuir tais

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diferenças é necessária à aplicação de uma calibração que corrigirá cada pixel separadamente e a imagem final obtida de forma que todos os pixels possuam a mesma resposta, em nível de cinza, para todas as doses incidentes na matriz.

Essas calibrações possuem impacto di- reto na relação sinal ruído aferida nas imagens afetando diretamente a detecta- bilidade de descontinuidades nas ima- gens, possibilitando até a visualização de defeitos menores que o tamanho do pixel [3]. Dessa forma o flat panel pode compensar sua deficiência em tamanho de pixel oferecendo maior detectabilidade em função da sua SNRn.

Portanto, o papel da calibração é vital para a qualidade das imagens digitais ob- tidas com os flat panels e a determinação dos procedimentos para sua execução devem ser escolhidos de forma a atender as necessidades de inspeção encontradas em cada situação, o que torna necessária a investigação das possíveis formas de calibração existentes.

O objetivo desse trabalho foi investigar a influência das imagens de ganho em uma técnica de calibração e determinar a forma mais simples, rápida e eficiente para a utilização da mesma, em inspeções de campo com o intuito de diminuir o tempo utilizado para calibração, tornando assim o processo mais rápido.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICAA Radiografia digital provou ser uma

valiosa técnica de Ensaio Não Destrutivo, de alta eficiência na detecção de descon- tinuidades, sendo usada em diversas aplicações [1]. O crescimento de seu uso, nos últimos anos é notável.

As matrizes de detector digital (DDA) também conhecidas como Flat Panel, são essencialmente estruturas, com uma gran- de área plana, formada por detectores com circuitos integrados, que podem cap- turar a dose fornecida por um feixe de raios X ou gama incidente e convertê-la

em uma imagem de formato digital, sem necessidade de manipulação de filmes. Esta matriz possui milhões de pixels e cada um deles atua como um detector individual, como é mostrado na figura 1.

O Flat Panel irá atribuir a cada pixel um valor de cinza proporcional ao número de fótons que atravessam o material e sen- sibilizam os pixels do detector, ou seja, quanto maior a intensidade dos raios transmitidos maior será o nível de cin- za alcançado [3]. Uma vasta gama de de- tectores pode ser encontrada no mercado, os chamados flat panels apresentam-se

Figura 1. Configuração física de Conversão direta e indireta [5

Figura 2: Nível de cinza em função da dose (mR)

de forma majoritária representados por duas tecnologias: a conversão direta e a indireta

Por se tratar de uma matriz de pixels, é natural que se espere diferentes respostas de cada um dos pequenos circuitos in- tegrados, e é função da calibração corrigir essas respostas, de forma a uniformizar o sinal proveniente dos mesmos.

A figura 2 representa uma simulação de resposta de 3 pixels diferentes para 7 doses, cada pixel é representado por uma curva e o importante é observar que para uma dose incidente de radiação nula, a

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resposta dos pixels não é igualmente nula.Após implementada a correção de offset,

o objetivo é transpor essas curvas e tornar a resposta do detector a uma dose de radiação nula igual a zero. A ideia então é que todas as curvas sejam deslocadas e possam ser comparadas com a curva inferior.

Então, o objetivo principal da correção de offset é corrigir o primeiro ponto de uma curva de resposta de pixels em fun- ção da dose absorvida.

Pode-se perceber, na figura 2, que para a mesma dose, os pixels respondem de forma diferente. Isso se torna mais evidente no ponto correspondente a 5mR, onde após a aplicação das correções de ganho a curva deve se igualar, em teoria, à reta representada na figura 3.

Ao final do processo, as curvas de res- posta devem se aproximar do ideal, que seria representado por uma reta em que o nível de cinza observado em cada pi- xel é diretamente proporcional à dose absorvida pelo mesmo e, essa reta de resposta, deve ser compartilhada por to- dos os pixels presentes no arranjo, de forma que a imagem se torne mais homo- gênea possível.

O mínimo de duas imagens, uma de offset e uma de ganho, deve ser usado para realizar uma calibração, já que a mes- ma tem a intenção de corrigir a resposta dos pixels e torná-la uma reta. No entanto, mais de uma imagem de ganho pode ser utilizada. O presente trabalho tem o intuito de averiguar a influência e necessidade do uso de um ou mais imagens de ganho, e tem a pretensão de apontar o meio mais eficiente de calibrar um sistema flat panel para utilizações em campo, onde as inspeções encontram desafios de alcançar altos padrões de qualidade de imagem em diferentes espessuras.

3. MATERIAIS E MÉTODOSFoi utilizado um equipamento de raios

X portátil, com tamanho focal de 1mm e 900W de potência máxima. O flat panel adotado é do tipo αSi (Silício amorfo), com

Figura 3. Representação de curva de resposta de sinal de pixel corrigida

Tabela 1. Parâmetros de exposição dos corpos de prova

tamanho de pixels de 200µm. Os corpos de prova radiografados corresponderam a quatro placas de ferro com um cordão de solda em seu centro de 4,85mm (0,00485m), 6,4mm (0,0064m), 19,21mm (0,01921m) e 25,25mm (0,02525m) de es- pessura, respectivamente. Os parâmetros de exposição estão descritos na tabela 1.

Foi gerada uma imagem sem incidência de radiação, onde o tempo de aquisição foi de três segundos e o número de frames igual a 30. Essa imagem foi usada para a correção de offset. Foram geradas também 7 imagens de ganho, todas com a tensão de 175kV, tempo de aquisição de 3 segundos, distância fonte detector igual a 2 metros e filtro de 2mm de cobre e 30 frames.

Para cada imagem, foi utilizada uma corrente diferente com o intuito de variar

a dose incidente no detector, variando assim o nível de cinza de cada uma delas. As correntes utilizadas bem como os ní- veis de cinza alcançados nas imagens de ganho estão apresentadas na tabela 2 (na página seguinte).

O software ISEE foi utilizado para aná- lise e quantificação dos parâmetros das imagens digitais geradas nos ensaios. O ISEE é um software que tem como propó- sito a análise de imagens radiográficas, suportado por sistema operacional Mi- crosoft Windows, desenvolvido pela BAM (Federal Institute for Research and Mate- rial Testing, Berlim, Alemanha) [4].

Foram feitos arranjos dessas imagens para cada calibração. Para todas as cali- brações, a imagem offset foi a mesma. Os arranjos levam em consideração as

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Tabela 2. Imagens de ganho

seguintes possibilidades:I. Offset + 1 imagem de ganhoII. Offset + 2 imagens de ganhoIII. Offset + 3 imagens de ganhoIV. Offset + 4 imagens de ganhoV. Offset + 5 imagens de ganhoVI. Offset + 6 imagens de ganhoVII. Offset + 7 imagens de ganho

Todas as possíveis combinações de imagens de ganho foram aplicadas. Em seguida, a resolução espacial foi obtida com a utilização de um indicador de qualidade de imagem (IQI) de fio duplo.

A SNRn foi medida em oito pontos da imagem, e a partir daí, foi determinada uma média. O número de pontos na ima- gem, bem como sua localização foi repe- tida na obtenção da relação sinal ruído em todas as imagens.

Após essa verificação as calibrações fo- ram elencadas de acordo com a razão si- nal ruído obtida. Foram separadas as 20 maiores e foi verificada a sensibilidade ra- diográfica, com a utilização de um IQI de fio, de apenas algumas calibrações que se encontravam em posição comum com relação à SNRn apresentada na análise dos corpos de prova. Essa análise teve como objetivo encontrar somente as ca- librações comuns que ofereçam a melhor relação sinal ruído possível, determinando assim a melhor calibração para diversas espessuras diferentes e que utilize apenas uma energia.

Foram feitas também imagens dos mesmos corpos de prova, porém com baixa exposição, ou seja, uma dose de radiação menor foi utilizada para capturar a mesma imagem (Tabela 3). Nessa no- va imagem, foram testadas todas as imagens de ganho, de forma individual, e os resultados foram comparados com os obtidos nas imagens similares, de maior exposição.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕESA tabela 4 (na página seguinte) apre-

senta as calibrações com os vinte maiores valores de SNRn encontrados em cada

Tabela 3. Parâmetros de aquisição de imagens de baixa exposição

corpo de prova, das 92 analisadas para cada corpo de prova esses valores en- contram-se com uma diferença máxima, do maior valor de SNRn aferido de 3%. .

A calibração de melhor SNRn é a que utiliza apenas duas imagens, offset e 3mA, pode-se notar que a diferença entre os valores encontrados não difere muito entre a primeira e a vigésima calibração e essa diferença é menor para os corpos de prova de maior espessura. Esse ponto possui o nível de cinza mais próximo das imagens de exposição regular.

Com finalidade de estabelecer um pa- drão verificou-se o comportamento da SNRn para calibrações com apenas uma imagem de ganho, abaixo estão repre- sentadas as variações da mesma relacio- nadas com a imagem utilizada para a ca- libração com apenas um ponto.

A analisar os gráficos acima foi verificado um padrão de crescimento da SNRn em função do GV observado na imagem de

ganho utilizada, ou seja, sempre que a dose absorvida pelo detector durante a obtenção da imagem de ganho foi próxima ou maior que a dose absorvida na obtenção da imagem do corpo de prova a SNRn foi a maior observada.

Para verificar essa relação, foram usadas as imagens dos mesmos corpos de prova com níveis de cinza menor, as mesmas calibrações e verificações de SNRn foram aplicadas, ao lado encontram-se os resul- tados.

Comparadas com as imagens de maior exposição as imagens obtidas com menor dose possuem uma SNRn média menor. Entretanto o comportamento de crescimento até a imagem de ganho com nível de cinza similar se repete e as calibrações com nível de cinza acima do observado na imagem do corpo de prova também apresentam valores pró- ximos indicando uma estabilização do crescimento.

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Tabela 4. SNRn e IQI de fio simples verificados em cada imagem

Figura 4. Evolução da SNRn para calibrações com apenas uma imagem de ganho

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5. CONCLUSÕESA calibração que apresenta melhor

SNRn é a que utiliza apenas dois pontos, offset e imagem de ganho com nível de cinza mais próximo da imagem do corpo de prova analisado, como pode ser observado na tabela 4.

Quando o nível de cinza da imagem do corpo de prova é alterado, a calibração que apresenta melhor SNRn ainda é aquela que utiliza a imagem de ganho com nível de cinza mais similar ao da imagem do corpo de prova, como observado na comparação dos gráficos apresentados nas figuras 4 e 5.

A maior diferença de SNRn determinada pelas calibrações, diferem entre si 3%, essa diferença é observada entre o maior valor e o vigésimo no CP0684.

Todas as calibrações apresentaram resul- tados iguais com relação à resolução espacial.

Conclui-se que a calibração de apenas 1 ponto de ganho é melhor, sem muita vantagem, porém mais rápida e a dose

Figura 5. Evolução da SNRn para calibrações com apenas uma imagem de ganho em imagens de baixa exposição

utilizada para a calibração deve ser mo- dulada para que a imagem de ganho possua nível de cinza o mais próximo possível do encontrado nas imagens de inspeção.

Diferente da informação do fabricante que indica a utilização de tensão, para realização da calibração, igual a usada para obtenção da imagem de inspeção, a utilização de apenas uma energia inter- mediaria se mostra eficiente para energias diferentes.

As imagens com as 20 primeiras calibra- ções apresentaram os padrões necessários para enquadramento na classe B.

AGRADECIMENTOSAo Conselho Nacional de Desenvol-

vimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Carlos Chagas Filho de Am- paro à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e a Coordenação de Aper- feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio financeiro e a PETROBRAS/CEMPES e ANP, pelo apoio ao projeto.

REFERÊNCIAS (1) Korner M, Weber C H, Wirth S, Pfeifer K

J, Reiser M F and Treitl M 2007 “Advances in digital radiography: physical principles and system overview” Radiographics 27 675– (Set) 1986

(2) Sabol J.M, Avinash G.B, Nicolas F, Claus B., Zhao J., Dobbins J.T.; “The Development and Characterization of a Dual-Energy Subtraction Imaging System for Chest Radiography Based on CsI:TI Amorphous Silicon Flat-Panel Technology”; Medical Imaging 2001: Physics of Medical Imaging, (Ago) 2001

(3) Bavendiek, K., Ewert, U., Zscherpel, U.; “Digital Detector Arrays (Flat Panel Detectors)”, April 2007, BAM Berlim BAM DIR2008 workshop, Nov. 2008, Berlin, Germany;

(4) http://www.dir.bam.de/ic/, último acesso em janeiro de 2016.

(5) Asahina, H; “ Selenium-Based Flat Panel X-ray Detector for Digital Fluoroscopy and Radiography”; Toshiba Medical Systems Research and Development center; Tochigi, Japan, 2001

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MAIO DATA REALIZAÇÃOPós Graduação: Engenharia de Inspeção não Destrutiva em Equipamentos e estruturas Início em maio Abendi/UCP/IPETECInspeção de US com cabeçotes EMAT 7 AbendiNOVO - Saneamento básico e águas (Controle de perdas) 8 AbendiNOVO - Aplicação de Drones em Inspeções Industriais 8 AbendiNivelamento N3 14 a 25 AbendiNOVO - Formação de Inspetores de END para inspeção de componentes submetidos 14 Abendia avaliação de integridadeCorrentes Parasitas N3 21 a 25 Abendi AbendiNOVO - Ultrassom em Aço Inox Austenítico 22 AbendiInspeção de Equipamentos de Acesso por Corda 28 a 30 Abendi

JUNHO DATA REALIZAÇÃOSubaquático N3 (PM) 11 a 15 AbendiInspeção em Pás, Torres e Estruturas Eólicas 11 a 15 AbendiNOVO - Monitoramento de estruturas utilizando fibras óticas 12 AbendiEnsaio Visual de Solda N3 18 a 22 AbendiNOVO - Transporte de Resíduos e Produtos Perigosos 18 a 22 AbendiNOVO - Inspeção e Manutenção de Estrutura Naval 25 AbendiUltrassom TOFD 26 e 27 Abendi

C a l e n d á r i o

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58 Revista Abendi no 84 Abril de 2018

C a l e n d á r i o

UNIDADE TAUBATÉ Maio dataUltrassom Nível 2 14/05 a 13/06

Junho dataUltrassom Medição de Espessura 04 a 13Ultrassom Nível 1 Chapa Laminada 04 a 19Ultrassom Nível 2 04/06 a 03/07Radioproteção para Operadores de Radiografia Industrial i 11 a 22Ensaio Visual Nível 2 11 a 26Controle Dimensional N2 - Caldeiraria e Tubulação 11/06 a 06/07Líquido Penetrante Nível 2 18 a 29Detecção de Vazamentos Nível 1 26 a 28Detecção de Vazamentos Nível 2 26 a 29

Junho dataLíquido Penetrante Nível 2 25/06 a 14/07

UNIDADE BAHIA Maio dataPartículas Magnéticas Nível 2 14/05 a 02/06Líquido Penetrante Nível 2 19/05 a 29/09

Junho dataLíquido Penetrante Nível 2 11 a 30

UNIDADE SANTOS

UNIDADE SÃO PAULO Maio dataUltrassom Medição de Espessura 07 a 11Ultrassom Nível 1 Chapa Laminada 07 a 16Ensaio Radiográfico Nível 2 07 a 25Ultrassom Nível 2 07 a 25Líquido Penetrante Nível 2 14/05 a 02/06Ultrassom Nível 2 Complemento 17 a 25Partículas Magnéticas Nível 2 19/05 a 29/09Detecção de Vazamentos Nível 1 22 a 24Detecção de Vazamentos Nível 2 22 a 25

Maio dataLíquido Penetrante Nível 2 14/05 a 02/06 Junho dataUltrassom Medição de Espessura 09 a 18

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