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| Coteq 2017 se aproxima: garanta já a sua inscrição! | Artigo Técnico: potenciais aplicações da técnica de microtomografia computadorizada na indústria BONS TEMPOS PARA O MERCADO DE

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| Coteq 2017 se aproxima:garanta já a sua inscrição!

| Artigo Técnico:potenciais aplicações da técnica de

microtomografia computadorizada na indústria

BONS TEMPOS PARAO MERCADO DE

editorial

Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para:[email protected]

João Gabriel Hargreaves Ribeiro

Presidente

Caro leitor,

Ao falar sobre a última edição de 2016, aproveito para comentar que, há tempos, não encerrávamos um ano com tantos percalços. A instabilidade po-lítica/econômica, enfrentada neste período, certamente deixou todos nós um pouco mais desgastados do que o ‘’considerado normal’’ para esta épo-ca. Mas, além do merecido descanso, é hora de virar o jogo. Precisamos, mais do que nunca, enfrentar os desafios com otimismo. Para isso, sugiro, como atitude, a união das seguintes palavras: estratégia e empreendedorismo. A primeira significa a busca objetiva por um caminho claramente definido; já a segunda reflete o que chamamos de oportunismo, quando os projetos são re-direcionados à medida que o mercado muda. Em suma, acredito que o equi- líbrio ‘’dessas duas formas de ação’’ pode ajudar na realização de bons negócios.

Aqui, na Abendi, estamos sempre identificando horizontes com possibili-dade de beneficiar toda a comunidade de END&Inspeção. A matéria de capa desta edição faz um diagnóstico de um segmento mundialmente promissor: o de Dutos. Seguro e capaz de reduzir os impactos ambientais, o transporte dutoviário brasileiro de matéria-prima deverá receber um acréscimo de 79%, só no volume de dutos submarinos em águas profundas, no período de 2012 a 2017, comparado aos anos de 2006 a 2011.

Acompanhe a reportagem e conheça as experiências de gigantes do setor, como Shell Brasil, Saipem, Statoil e também do Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT).

Outro assunto relevante é a chegada da nossa Coteq 2017, com uma série de novidades. Uma delas é a realização no Rio de Janeiro, após três edições consecutivas em Pernambuco. Outra, é a decisão de fazer a abertura oficial do evento no período da manhã, diferentemente dos anos anteriores, quan-do normalmente acontecia no fim da tarde. E ainda: a Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS) se une à conferência como mais uma pro-motora, junto com a Abendi, ABCM, Abraco e o IBP.

Neste mês, a editoria de Notícias está mais recheada. Confira os principais momentos do Fórum Internacional da ASNT, ocasião que também celebrou os 75 anos de fundação da entidade e reuniu as principais associações de ENDs do mundo.

Saiba também qual é a postura da Abendi em relação à recente aprovação do Projeto de Lei 4567/16, do Senado, que desobriga a Petrobras de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção, abrindo o mercado de petróleo nacional às multinacionais do segmento.

Espero ter estimulado a sua curiosidade para ler as páginas a seguir. Tam-bém desejo a todos um ótimo Natal e um Ano Novo repleto de conquistas!

Boa leitura a todos!

Wagner Romano – GE EnergyOswaldo Rossi Júnior – Inter-metroCarlos Madureira – BBL Bureau BrasileiroJosé Santaella R. Jr. – Santec SoldasRaimar Schmidt – Raimeck

Prof. Américo Scotti – UFUProfa. Raquel Gonçalves – UnicampProf. Matias R. Viotti – UFSCProf. Armando Shinohara – UFPEProf. Francisco Ilo – UPEProf. Roberto Sacramento – UFBA

Jornalista responsável: Alexandra Alves (MTB 26660)Comercial: Carlos Eduardo VillarDesigner: Henrique LealRevisora: Ana Catarina NogueiraProjeto Gráfico e Diagramação:Giovana Garofalo Capa: Foto CanstockEdição Gráfica | Giovana GarofaloGráfica: Duograf

7.000 exemplares

Profissionais especializados (enge-nheiros, gerentes, administradores) de empresas de END e Inspeção, usuá- rios dessa tecnologia, técnicos (su-pervisores, inspetores e operadores) que estão diretamente envolvidos com o tema e instituições de ensino.

expediente

Conselho Editorial

Comitê Científico

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ISSN: 1980-1599

A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emiti-dos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessaria-mente a opinião da revista. A publicação reserva-se o direito de, por motivo de espaço e clareza, resumir cartas e artigos.

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notícias• ‘Criado Fórum permanente entre entidades tecnológicas setoriais• Abendi entra em contato com petrolíferas • Morre importante colaborador da Abendi e especialista em ENDs do país • Fórum Internacional da ASNT tem participação da Abendi

sócios patrocinadoresMetal-Check e Socomore: uma parceria de sucesso

sóciosEmpresa sócia: uma relação de credibilidade

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área técnica• Instituições se unem para aprimorar as atividades de Inspeção• Novas normas de END publicadas pela ABNT

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26BONS TEMPOS PARA O MERCADO DE DUTOSO BRASIL ESTÁ PRESTES A SE TORNAR APRINCIPAL DEMANDA DESSE SEGMENTONA AMÉRICA LATINA

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artigo técnicoPotenciais aplicações da técnica de microtomografia computadori-zada na indústria

calendárioTreinamentos para os meses de janeiro e fevereiro de 2017

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eventosCoteq 2017 é só novidades

treinamentosInspetor de Equipamentos ganha bem sem diploma universitário

certificação• Inspetores de Fabricação Eletromecânica agora têm como atestar competência• Atenção: renovação em IF Óleo & Gás começa a partir do início do ano

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6 revista abendi no 76dezembro de 2016

n o t í c i a s

U ma ampla frente de debates foi formada entre entidades tecnoló-

gicas setoriais brasileiras no sentido de encontrar soluções para enfrentar a retra-ção econômica do país, com forte impac-to para a indústria. Durante o encontro, realizado no Rio de Janeiro e em São Pau-lo, representantes da Abendi, FBTS, Abra-co, ABM, Abraman e Ibracon planejaram

CRIADO FÓRUM PERMANENTE ENTRE ENTIDADESTECNOLÓGICAS SETORIAIS

E xperiência em certificação, coleta de depoimentos e interpretação de

normas foram, durante dois anos, as ferramentas de pesquisa para criar o primeiro Manual de Acesso por Corda. Totalmente concebido pela Abendi, na intenção de transmitir, de forma didáti-ca, informações padronizadas a quem trabalha ou pretende ingressar nessa ati-vidade com segurança, o livro apresen-

PRIMEIRO MANUAL DE ACESSO POR CORDA

ta, em 355 páginas, um conteúdo per- feito para instrutores preocupados em oferecer aos seus alunos os conheci-mentos necessários para melhor de-sempenho na função. a

O professor Telmo foi um grande pesquisador e colaborador da Abendi, muito dedicado às atividades voltadas aos ENDs

Faça o pedido por e-mail ou telefone: [email protected] ou 5586-3168/3175.

atividades em parceria focadas em apoiar associados e colaboradores em geral, no-tadamente os profissionais certificados, e assim alavancar os negócios. Entre as propostas estão o desenvolvimento de eventos conjuntos, criação de um setor de ‘’Serviços Compartilhados’’ comum en-tre as instituições e agenda com objetivos claros a cumprir, assessoria parlamentar a

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento recente do professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul (UFRGS), Telmo Roberto Strohaecker. Ele era docente no Departamento de Metalurgia e morreu por complica-ções decorrentes de um acidente vascular cerebral ocorrido no fim de setembro. A Abendi lamenta a perda desse grande pesquisador e colaborador da Associação, muito dedicado às atividades voltadas aos Ensaios Não Destrutivos (ENDs). O professor também foi o funda-dor e, atualmente, era o coordenador do Laboratório de Metalurgia Física (Lamef), que serviu, inúmeras vezes, como fonte de informa-ções para muitas matérias dos veículos de comunicação da entidade. Nossas condolências a todos os familiares e amigos.

MORRE IMPORTANTE COLABORADOR DA ABENDI EESPECIALISTA EM ENDS DO PAÍS

a

em Brasília e, finalmente, a solicitação de apoio do BNDES a projetos e contatos com agências reguladoras, como ANP, ins-titutos governamentais e ministérios. Par-ticiparam da reunião o diretor- executivo da Abendi, João Conte, José Paulo Silveira e José Alfredo Barbosa (FBTS), Athayde Ribeiro (Abraco), Horacídio Leal (ABM) e Gilberto Giuzio (Ibracon).

7tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

a

ESTUDANTES DE DUAS UNIVERSIDADES CONHECEMA ASSOCIAÇÃO

U m grupo de 42 alunos, das universidades Estácio de Sá e Unip, participou, no mês passado, de um breve

treinamento sobre as áreas de atuação da Abendi. Coor-denados pela professora Hamilta de Oliveira Santos, dos cursos de Tecnólogo em Radiologia de ambas as institui-ções, os estudantes interagiram com especialistas da en-tidade durante as apresentações, que abordaram temas como: Certificação Profissional, Treinamento e Radiologia Industrial. ‘’Ficamos impressionados com o trabalho da Associação voltado à valorização profissional das pessoas. O mercado está cada vez mais exigente e pelo menos 10% daqueles que trabalham na área médica migram para o segmento industrial’’, comentou a professora.

A visita fez parte do Programa Instituições de Ensino da Abendi, voltado à difusão das técnicas de ENDs, como ferramentas de inspeção e Certificação Profissional nas universidades.

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N a intenção da difundir a tecnolo-gia dos Ensaios Não Destrutivos

(ENDs) e Inspeção na comunidade liga-da ao setor de máquinas, representan-tes da Abendi e Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) se reuniram recentemente. As discussões tiveram o objetivo de estreitar relações e mobilizar o segmento quanto aos benefícios dos ENDs na rotina opera-cional das empresas, além de ressaltar

ENTIDADES SE REÚNEMPARA DISCUTIR COOPERAÇÃO

A visita fez parte do Programa Instituições de Ensino da Abendi, voltado à difusão das técnicas de END e Certificação Profissional nas universidades

Normas sobre segurança sãoabordadas pela Abendi emevento no RSDurante a VI Semana Acadêmica Integrada das Ciências Computacionais, o represen-tante regional da Abendi na Paraíba (PB), em Pernambuco (PE) e Alagoas (AL), Mar-co Brito, realizou a palestra ‘’A importância das adequações das NRs nas Empresas’’. Na ocasião, ele abordou, principalmente, as normas classificadas em categorias de risco, como as NR10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR12 (Segu-rança no Trabalho em Máquinas e Equipa-mentos). O evento foi realizado no início de outubro na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul (RS).

a importância em ter profissionais certi-ficados à frente desses equipamentos. Participaram do encontro, que aconte-ceu na sede da Abimaq, o presidente da Abendi, João Gabriel Hargreaves Ribeiro, o diretor-executivo João Conte, o presi-dente-executivo da Abimaq, José Vello-so Dias Cardoso, e o presidente da Câma-ra Setorial de Máquinas, Equipamentos e Instrumentos para Controle e Qualidade, Ensaio e Medição, Amilton Mainard.

Começam as discussões para criar norma de Resgate IndustrialUma Comissão de Estudo de Qualificação de Profissional de Resgate Técnico Industrial por Corda em Altura e Espaço Confinado (ABNT/CE- 099:019.002) foi criada pela ABNT no Rio de Janeiro. A decisão levou em conta a demanda do mercado de trabalho por profissionais mais capacitados, aptos a desenvolver a atividade seguindo normas e procedimentos padrão de segurança. Na primeira reunião do grupo, realizada no dia 10 de outubro, a pauta abordou os seguintes assuntos: apresentação da ABNT, indicação de coordenador, programa de tra-balho, início da análise do texto-base, apresentação do livelink (sistema eletrônico de gerenciamento de registros) e calendário de ações. O gerente do CEQ da Abendi, Marcelo Neris, participou das discussões. A próxima reunião acontece nos dias 15 e 16 de dezembro, na sede da ABNT, no Rio de Janeiro. Os interessados em participar do encontro devem confirmar presença com Ingrid Neves: [email protected].

8 revista abendi no 76dezembro de 2016

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n o t í c i a s

FÓRUM INTERNACIONAL DA ASNT TEM PARTICIPAÇÃO DA ABENDI

D urante o Fórum Internacional da ASNT, ocasião que também ce-

lebrou os 75 anos de fundação da en-tidade, foram reunidas as principais associações de ENDs do mundo, que apresentaram as atividades mais impor-tantes de cada uma e discutiram temas comuns, como a qualificação e certifica-ção de pessoas. O congresso foi realizado na última semana de outubro, em Long Beach, nos Estados Unidos, e teve como foco central a certificação ISO 9712. A Abendi participou do evento, com a pre-sença do diretor-executivo João Conte. Confira os principais momentos:

• Abendi participou da reunião do Comitê Aeroespacial da ASNT. Foram discutidos pontos de cooperação no tema e, principalmente, a organização de uma Sessão Especial Aeroespacial no Conaend 2018. Essa Sessão contará com a presença de especialistas ame-ricanos e envolverá a apresentação de trabalhos técnicos, mesas-redondas e palestras especiais. Participaram do en-contro o coordenador do comitê, Roger Egelkraut, o presidente da ASNT, Kevin Smith, e o diretor-executivo da Abendi, João Conte;

• Uma reunião entre a Abendi e re-presentantes da Associação Americana

INSTITUIÇÕES REÚNEM-SE COM A ANP PARA APOIO À CERTIFICAÇÃO

U ma reunião, encabeçada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis (ANP), com representantes de entidades tecnológi- cas e certificadoras, discutiu a busca de soluções conjuntas voltadas ao treina-mento e certificação de pessoas. O ob-jetivo foi pleitear recursos para investir nesse tema, além de encontrar meca-nismos que fomentem a retomada da

para Materiais Técnicos (ASTM) discutiu a cooperação entre as duas entidades, com destaque para a assinatura de um Memorando de Entendimento, a parti-cipação de especialistas brasileiros nos trabalhos de normalização da ASTM e a promoção de uma Sessão Especial ASTM durante a Coteq 2017, a ser realizada em maio, no Rio de Janeiro. No encon-tro, representaram a ASTM: Dr. Claudia Hughes ( Air Force Center), Michael Ru-ddy (Tuboscope), Andrew Washabaugh (Jentek) e William Plumstead Jr. (ATS). João Conte representou a Abendi.

• O Grupo de Trabalho do ICNDT, que discute a reestruturação do processo de pagamento de anuidades das associa-ções ao Comitê Internacional, realizou

uma reunião com representantes da Abendi e dos seguintes países: Japão, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos. Esse GT é coordenado pelo ex-Chairman do ICNDT, Mike Farley.

atividade industrial e reduzam o de-semprego de profissionais certificados. Outra questão debatida foi a exigência, por parte da ANP, de que as operado-ras do exterior que vierem trabalhar no país cumpram com os mesmos re-quisitos de pessoas qualificadas e cer-tificadas conforme sistemas nacionais. O encontro aconteceu em outubro na sede da ANP e teve a participação de

integrantes da Abendi, Abraman, Abra-co, FBTS e Ibracon. Já a ANP encami-nhou, para as discussões, técnicos das áreas de Conteúdo Local, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e o di-retor da agência, Waldyr Martins Barro-so. A Abendi esteve representada pelo diretor-executivo João Conte e pelo gerente de Relações Institucionais, An-tônio Aulicino. a

9tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

ABENDI ENTRA EM CONTATO COM OPERADORASINTERNACIONAIS

D esde que foi criada, em 1979, com a meta de difundir o uso de ENDs,

a Abendi sempre atuou em favor dos profissionais certificados, personagens de extrema importância no cenário in-dustrial brasileiro. De acordo com essa postura, a Associação acompanhou, em outubro, a decisão da Câmara dos De-putados de aprovar, por 292 votos a fa-vor contra 101, o Projeto de Lei 4567/16, do Senado, que desobriga a Petrobras de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção. Isso quer dizer que, a partir de agora, o mercado de petróleo nacional está aberto às mul-tinacionais do segmento. Por isso, sem perder tempo, a Abendi já está conta-tando as operadoras estrangeiras para informar sobre a Certificação de Pessoas do SNQC, destacando que o processo atende totalmente a todos os critérios de Norma Internacional 9712 (Norma ISO para qualificação e certificação de pessoas em END). O objetivo da enti-

Foi um sucesso a presença da Abendi em evento industrial no Paraná

A participação da Abendi, recentemente, no IV Encontro da Rede de cooperação em Pes-quisa, Desenvolvimento e Inovação em Materiais e Equipamentos para o setor industrial brasileiro (Rede Pdimat), foi marcada pelo interesse do público nas técnicas de ENDs e na Certificação de Pessoas como aliadas ao crescimento das indústrias. ‘’Mesmo atravessando uma situação difícil financeiramente, os empresários estão vendo com bons olhos a retoma-da da economia que está por vir. E, nesse contexto, a Abendi se mostra como uma entidade de grande importância para ajudar o mercado a se tornar mais competitivo, empregando técnicas corretas de inspeção’’, destaca o consultor técnico Marcelo Pereira, que representou a Associação no encontro. Com participação de alunos de graduação, professores e repre-sentantes de empresas, o evento aconteceu na primeira quinzena de outubro na PUCPR, em Curitiba, no Paraná.

dade é conscientizar os dirigentes das grandes petrolíferas internacionais so-bre a importância de contratar somente profissionais certificados, como forma de proporcionar o melhor padrão de qualidade e confiabilidade nos serviços de inspeção. Finalizando, a Abendi res-salta que sempre está atenta a qualquer movimentação do governo e da iniciati-va privada no sentido de encontrar bre-chas que beneficiem os profissionais, so-

bretudo no atual panorama econômico.

Resultado

Recentemente, tivemos o primeiro re- sultado dessa ação. Recebemos infor-mações de que a Saipem, empresa de serviços de petróleo, só contrata pro-fissionais certificados pela Associação, justamente porque o processo atende a todos os critérios da norma ISO 9712. a

Operadores de RadiografiaIndustrial têm inscriçãoregulamentadaO Conselho Nacional de Técnicos em Radiolo-gia (Conter) regulamentou a inscrição profis-sional dos Operadores de Radiografia Indus-trial, que exerciam as atividades amparados pela Norma CNEN NN 7.02. Esses trabalhado-res devem procurar os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTRs), nos próximos 60 dias, para dar entrada na documentação. Confira, na íntegra, a Resolução Conter n.º 21/2016: http://conter.gov.br/uploads/legisla-tivo/resolucaoconter212016.pdf.

A Saipem só contrataprofissionais certificadospela Abendi

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INSTITUIÇÕES SE UNEM PARA APRIMORAR AS ATIVIDADES DE INSPEÇÃOEspecialistas da Abendi e do IPT somarão experiências

á r e a t é c n i c a

E m se tratando de entidades consa-gradas com o mesmo nível de com-

petência, é, indiscutivelmente, eficaz a formação de uma parceria técnica-cien-tífica entre elas. A Abendi e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) compartilham essa ideia. Recentemente, ambas assinaram um termo de cooperação direcionado ao desenvolvimento tecnológico e ao aprimoramento profissional de pessoal e das atividades relacionadas aos En-saios Não Destrutivos (ENDs) e Inspe-ção.

Na prática, para disseminar conheci-mentos, as instituições vão promover conferências, workshops, encontros, se-

minários e sessões de debates, além de ceder profissionais, entre si, para a coor-denação ou assessoramento de proje-tos tecnológicos. O acordo tem validade de cinco anos.

Outra parceria importante foi assi-nada, há dois anos aproximadamente, com o BAM (Instituto Federal de Tecno-logia de Materiais e Engenharia Quími-ca), da Alemanha, com notoriedade em pesquisas técnico-científicas e ensaios em diversas áreas, vinculado ao Minis-tério Alemão da Economia e Energia. O acordo promove a colaboração entre as partes, com vista à realização de proje-tos técnicos, direcionados ao desenvol-vimento tecnológico, aperfeiçoamento

NOVAS NORMAS DE END PUBLICADAS PELA ABNT Vale destacar que a Abendi é o ONS 58, o Organismo de Normalização Setorial da ABNT para o desenvolvimento de normas de ENDs

A ABNT acaba de publicar a norma ABNT NBR 15424:2016 - Ensaios

Não Destrutivos - Termografia - Ter-minologia, que revisa a norma ABNT NBR 15424:2006 e define os termos utilizados no método. Para conhe-cer o texto na íntegra, acesse: http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=362303. Também já está dis-ponível a norma ABNT NBR 16482:2016 - Ensaios não Destrutivos - Medição de Potencial Eletroquímico - Inspeção Subaquática, que estabelece os requi-

sitos mínimos para a medição de po-tencial eletroquímico, pelos métodos direto (inspetor subaquático) e remoto usando ROV (sigla em inglês para ve-ículo operado a distância), nas partes submersas de estruturas marítimas por meio de um inspetor certificado ou outra técnica aplicável. Mais deta-lhes: http://www.abntcatalogo.com.br/ norma.aspx?ID=361669.

Os interessados nos documentos po-dem adquiri-los diretamente no site da ABNT ou por telefone: http://www.abn-

tcatalogo.com.br / 3017-3600.Vale destacar que as micros e peque-

nas empresas têm direito a adquirir esses documentos por 1/3 de valor, es-tipulado no site: www.abnt.org.br/pagi-nampe. Já os profissionais de Engenha-ria, Arquitetura e Agronomia, de todo o país, têm 50% de desconto, se estiverem regularmente inscritos no sistema Con-fea/Crea, e 60% caso sejam associados à Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mutua): www.abntcatalogo.com.br/confea.

Medição de potencial de corrosão e da resistividade do concreto

de pessoal e às atividades relacionadas aos Ensaios Não Destrutivos e Inspeção na Área de Construção. a

a

12 revista abendi no 76dezembro de 2016

s ó c i o s p a t r o c i n a d o r e s

ECRIAM UMA JOINT-VENTURE NO BRASIL

S OCOMORE, multinacional especia-lista em preparação, tratamento e

proteção de superfície, e METAL-CHEK, especializada em Ensaios Não Destruti-vos, concretizaram uma parceria forma-da há vários anos com a criação de uma joint-venture (J.V.) para a fabricação e co-mercialização de produtos químicos es-pecíficos para as indústrias aeroespacial e automotiva.

A nova empresa, SOCOMORE Ltda, da qual 60% pertencentes ao Grupo SOCO-MORE e 40% à METAL-CHEK, está situada ao lado da planta da METAL-CHEK em Bragança Paulista (a 80 km de São Paulo). A J.V. foi criada como resultado de uma parceria de pelo menos cinco anos de comércio e cooperação industrial. Cada empresa traz seu próprio conhecimento para desenvolver o mercado de vendas no Brasil com clientes locais e/ou filiais de empresas americanas e europeias. METAL-CHEK, já qualificada pela NBR 15100 (norma brasileira de qualidade do setor aeronáutico) e com gerenciamen-to de acordo com as normas ISO 14001 e 9001, fabricam os produtos na própria fábrica, construída em 2010.

Como parte desta nova J.V., SOCOMO-RE continuará a fornecer seu serviço de P&D a partir da Europa e a industrializa-ção de seus produtos, bem como supor-te técnico e conhecimento dos clientes/mercados aeroespacial e automotivo.

A criação da SOCOMORE Ltda reflete o desejo do Grupo SOCOMORE de estar permanentemente presente no Brasil e na América do Sul, o que permitirá mais proximidade entre o Grupo e seus clien-tes, além da possibilidade de adaptar os produtos de acordo com as necessida-des específicas de cada consumidor

Frédéric Lescure, CEO do Grupo SO-COMORE, dá as boas-vindas “à criação

da J.V., “um marco importante no nosso desenvolvimento comercial e industrial, em um continente que oferece boas perspectivas para o desenvolvimento do tráfego aéreo e automotivo e para o se-tor de construção de aviões comerciais. Assim como em outros países onde a SO-COMORE está presente, nós poderemos atender nossos clientes brasileiros com produtos fabricados no Brasil pela nossa equipe brasileira”.

Maria Izabel Gebrael, diretora da ME-TAL-CHEK e CEO da SOCOMORE Ltda, diz que “a criação da SOCOMORE Ltda pos-sibilita melhor atendimento aos clientes e amplia a transferência de produtos de última geração ao mercado aeroespacial e automotivo no Brasil e na América do Sul, concretizando um projeto de coope-ração iniciado há mais de cinco anos”.

Inicialmente, a J. V. contará com três funcionários:• Um Gerente de Desenvolvimento de Mercado, encarregado do Business De-velopment dos mercados aeronáutico e de automotivo.• Um Gerente Operacional, o qual condu-zirá o setor administrativo, supply chain e o sistema de informações.• Um Gerente de Projetos de P&D.

Esta equipe poderá contar também com o grupo de vendas da METAL-CHEK, seis

funcionários que já conhecem os produtos SOCOMORE e que trabalharão juntos para promover, qualificar e vender algumas li-nhas de produtos SOCOMORE tais como: • Solventes líquidos e/ou na forma de Lenços Pré-Saturados.• Decapantes aeronáuticos.• Lubrificantes automotivos de base--aquosa.• Desoxidantes e desincrustantes para motores/turbinas.• Detergentes de base-aquosa para pre-paração de superfície antes de diferentes operações (colagem, pintura…).

Estes produtos são aprovados e utiliza-dos pelos principais agentes desses seto-res em operação no Brasil:Aeroespacial MRO: Latam Linhas Aéreas; GOL Linhas Aéreas; TAP; Avianca e Digex.Aeroespacial OEM: Aernnova; Helibras; Sopeçaero; Sobraer e Latecoere.Automotivo: Fiat; Renault; Nissan; Gene-ral Motors; Hyundai; Ford; Volkswagen; Plascar; Faurecia e Mercedes Benz.

Criada em março de 2016, a JV SOCOMORE Ltda está funcionando a des-de 1o de julho de 2016. Para os clientes que já consomem os produtos da SOCO-MORE, a única mudança será o nome da empresa responsável pelas operações co-merciais e logísticas. Detalhes de comer-cialização continuarão os mesmos. a

14 revista abendi no 76dezembro de 2016

EMPRESAS SÓCIAS DA ABENDIABR ENGENHARIA LTDAACINOR Inspeções e Serviços Técnicos LtdaALTIPLANO SERVIÇOS EM ALTURA E TREINAMENTOS LTDAASF2 Serviços e Construções Ltda.ATSG - Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão LtdaAbsolute Examinações Não Destrutivas LtdaAhak Brasil Serviços Industriais LtdaAraújo Engª e Integridade em Equipamentos LtdaArmenio End. Inspeção de Soldas Ltda.Arotec S/A Indústria e ComércioÁtomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C LtdaAurora Imagens Aéreas Ltda.Aços F. Sacchelli LtdaB. T. Service - Engenharia e InspeçãoBBL - Bureau Brasileiro LtdaBCH Energy do Brasil Serviços de Petróleo Ltda.BRTÜV Avaliações da Qualidade LtdaBelov Engenharia LtdaBently do Brasil Ltda.Brasil Soldas Treinamento e Prestação de Serviços Ltda.Brito & Kerche Consultoria e Inspeção Ltda.Bruke Do Brasil LtdaC.I.C Certificação em Equipamentos Indus-triais e Cabos LtdaCBC Indústrias Pesadas S/ACETI Treinamentos e Serviços Empresariais Ltda MECIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. LtdaCIMAR MONTAGEM ELETRO-MECÂNICA LTDA - EPPCONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. Ltda

Capaz Inspeções LtdaCarestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda Salles Marques & Cia LtdaCentro de Pesquisa de Energia Elétrica - CEPELCilene Maria de Assis Pereira & Cia Ltda - MECompergy Qualidade LtdaConfab Industrial S/AControl Union LtdaCooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCyberiaDMCJ Inspeções LtdaDiagnostic Imagind Automação LtdaDivers University Esporte Aquático LtdaEND Oliveira Fiscalização Técnica em Mon-tagem Ltda - EPPEND TOTAL TREINAMENTOS E DESEN-VOLVIMENTO PROFISSIONAL LTDA MEEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem Ltda - MEEPM Engª de Inspeção, Planejamento e Manutenção LtdaEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaEsgotecnica Serviços Especializados Ltda - EPPEstaleiro Brasa LtdaExtendeFASC - Serviços em Segurança do Trabalho LtdaFMC Technologies do Brasil LtdaFlir Systems Brasil Com. de Câmeras Infra-vermelhas LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos e Levanta-mentos Ltda

Fujifilm do Brasil LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGerman Engenharia e Serviços deManutenção LtdaGlobal End - Inspeções e Consultoria Ltda - MEGuided Ultrasonics LtdaHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHINSPETEC - Inspeções TécnicasINTER-METRO Serviços Especiais LtdaIRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura eQualidade LtdaIT - Elétrica Comercial e Serviços- EIRELI - EPPITW Chemical Products LTDAInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspek Serviços Técnicos Ltda - MEInstrumental Inst. de Medição LtdaIntegra Coop. de Trabalho dos Profis. de Engª Integridade Equip. LtdaIntelligeNDT Systems & Services GmbHIntertek Industry Services Brasil Ltda.JBS Inspeção e Ensaios LtdaK2 do Brasil Serviços LtdaKroma Produtos Fotográficos eRepresentação LtdaKubika Comercial LtdaL F FERREIRA SERVIÇOS TECNICOS LTDALenco - Centro de Controle Tecnológico LtdaLifting Assitência Técnica Elétrica eComercial Ltdad’s Register do Brasil LtdaM2M do Brasil - Serviços e Representação em END Ltda.METRÔ SP - Cia do Metropolitano de São Paulo

s ó c i o s

| SÓCIOS PATROCINADORES |

MKS Serviços Especiais de Engenharia LtdaMoriza Cristina Merenda EPPMaex Engenharia LtdaMarcelo de Carvalho Salomão EPPMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMegasteam Instrumentação & Mecânica LtdaMetal-Chek do Brasil Indústria eComércio LtdaMetaltec Não Destrutivos LtdaNDT do BrasilNews Inspeções LtdaNuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção deEquipamentos LtdaO.S. Inspeções e Reparos em Equipamentos Industriais Ltda - EPPOGM - Organização Martins Serviços Navais LtdaOceânica Engenharia e Consultoria LtdaOlympus Scientific Solutions Americas CorpOver Sea - Comércio e Reparos Navais Ltda-MEPetróleo Brasileiro S/A - PETROBRASPhysical Acoustics South America Ltda -

PASAPolimeter Comércio e Representações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste InspeçõesPowertemp Tecnologia Industrial Ltda - EppProaqt Empreendimentos TecnológicosQualitec Engenharia da Qualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo eManutenção LtdaQualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e AssessoriaTécnica LtdaRufino Teles EngenhariaSANTEC - Tecnologia de SoldagemSGS do Brasil LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSanesi Engenharia e Saneamento LtdaSantos & Fagundes Assessoria emResgate LtdaSatec Inspeção e Treinamento Ltda - MEServ-End Indústria e Comércio LtdaServiço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

Serviços Marítimos Continental S/ASiemens LtdaSimões e Alves Ltda.Suelen Cristina Santana Maciel - MESystem Asses., Insp. e Controle da Qualida-de LtdaT&D Inspeções e Consultorias LtdaTask - PolygonTech-Insp Treinamentos e Serviços LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTopcheck Controle da Qualidade LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tuper Tubos S/AUTC EngenhariaVallourec & Sumitomo Tubos do Brasil LtdaVallourec Tubos do Brasil S.A - Filial Espírito SantoVallourec Tubos do Brasil S.A.Victória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVillares Metals S/AVoith Hydro LtdaWelding Science - Comercial e Importadora Ltda. EPP

16 revista abendi no 76dezembro de 2016

s ó c i o s

EMPRESA SÓCIA: UMA RELAÇÃO DE CREDIBILIDADE

É um orgulho para a Abendi ter uma empresa como sócia. Isso é

sinal de confiança e de credibilidade recíprocas. Agora, quando essa rela-

ção já existe há 30 anos, nossa satisfa-ção é maior ainda, porque prova que essa parceria é, realmente, de sucesso. Nesta edição, temos a honra de pu-

blicar depoimentos de duas grandes empresas, que muito nos alegram em compartilhar suas histórias, acompa-nhe.

BBL‘’Neste ano, a BBL Bureau Brasileiro Ltda completou 40 anos de fundação (em agosto) e também 30 anos de filiação à Abendi. Há 30 anos, tanto a BBL como a Abendi estavam no processo de se entenderem, descobrir caminhos e buscar crescimento sustentável nas atividades que executavam.Tanto uma como outra passaram por percalços, momentos ruins, e ao longo dos anos foram se fortalecendo e atingindo seus objetivos. A Abendi chegou a um patamar invejável no decurso destes 30 anos. Hoje, pode ser considerada uma referência mundial na Certificação de Pessoas. Uma grande vitória, sem dúvida.Com uma equipe qualificada, a Abendi tem conseguido navegar nos mares revoltos e buscar caminhos novos que levem a águas mais calmas. A participação da BBL na Abendi sempre foi muito efetiva.Participamos da implantação da qualificação em Ensaios Não Destrutivos para os inspetores de carga perigosa, atendendo a uma solicita-ção do Inmetro. Desenvolvemos, em conjunto com a Sabesp, a certificação de profissionais em estanqueidade.E, na última década, tivemos a honra de participar da Diretoria da entidade e assumimos a presidência da Abendi no período 2009/2010.Se, por um lado, a Abendi está consolidada, empresas como a BBL hoje têm que repensar suas atividades, forma de trabalho e até a sua viabilidade econômica. É um momento pelo qual o país está passando, mas temos que juntar esforços e seguir em frente. Utilizamos esse espaço para comemorar uma convivência harmoniosa de 30 anos e agradecer pela homenagem à nossa empresa. ’’

Carlos MadureiraDiretor

METALTEC‘’A Abendi, como parceira Associativa nesses últimos 30 anos, ajudou muito em nosso crescimento técnico e excelência no atendimento às normas técnicas da área de Ensaios Não Destrutivos.Esperamos continuar contando com a valiosa contribuição da Abendi, pois, assim, com certeza aprimoraremos a nossa participação no processo da garantia da qualidade, fazendo com que a Metaltec seja destaque no setor de prestação de serviços no segmento de END. Agradecemos pela grande contribuição que foi dada ao setor da Radiografia Industrial, principalmente na regulamentação da categoria junto ao Conter, pois temos grande satisfação em sermos pioneiros na celebração do acordo coletivo na categoria da Radiografia Indus-trial. ’’

Odair José NardiDiretor

18 revista abendi no 76dezembro de 2016

INSPETOR DE EQUIPAMENTOS É VALORIZADO NO MERCADOAlém disso, o mercado de vagas na área é estável, por se tratar de um trabalhofundamental em qualquer indústria

C om uma variação salarial entre R$ 4 mil a R$ 8 mil, o inspetor de equipamentos está, segundo

especialistas, entre os profissionais mais bem remunerados apenas com um di-ploma de ensino técnico. Uma das jus-tificativas está na formação generalista que adquiriu, já que precisa ter conhe-cimentos fiscalizatórios, de Ensaios Não Destrutivos (ENDs), procedimentos de soldagem e até ambientais. Tradicio-nalmente, a Abendi, em parceria com a Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), desenvolve esse curso de formação reconhecido no mercado, voltado a técnicos e engenheiros.

O treinamento de Inspeção de Equi-pamentos (IEQ), com direito a material didático, tem 562 horas de duração e emite certificado para quem tem fre- quência mínima de 90% das aulas e nota a partir de sete em todas as disciplinas. De forma geral, prepara o aluno para ela-borar e controlar o andamento de pro-gramas de inspeção, redigir relatórios e recomendações técnicas, investigar e analisar a intensidade de danos, com-parar resultados com os requisitos esta-belecidos pelos códigos de projeto dos equipamentos, controlar a qualidade de reparos, alterações, fabricação e monta-gem de equipamentos estáticos. Todo o

t r e i n a m e n t o s

O inspetor de equipamentos está entre os profissionais mais bem remunerados apenas com um diplomade ensino técnico

conteúdo abordado em sala atende aos requisitos da portaria Inmetro 349. Co-nheça, a seguir, a grade curricular:I - Conhecimentos Básicos- Noções de processo químico- Segurança e saúde no trabalho- Noções de qualidade- Noções de proteção ambiental- Aspectos legais da inspeção de equipa-mentos - Papel da inspeção de equipamentos na organização- Normalização técnica- Metrologia- Desenho técnico- Relatório de inspeçãoII - Conhecimentos Específicos- Metalurgia e materiais metálicos- Soldagem - Corrosão e monitoração- Causas de deterioração de equipamentos- Materiais não metálicos- Refratários e isolantesIII - Técnicas de Proteção Contra De-terioração- Pintura e revestimento não metálicos - Revestimentos metálicos - Proteção catódica

- Tratamento de água e inibidoresIV - Técnicas de Inspeção I- Iluminação e Inspeção Visual- Líquido Penetrante - Partículas Magnéticas- Radiografia e Interpretação- Medição de Espessura Ultrassom- Ultrassom- ENDs Não Convencionais- FotografiaV - Técnicas de Inspeção II- Metalografia - Ensaios Mecânicos- Termografia- Avaliação Taxa de Corrosão- Avaliação Vida Residual - Identificação de MetaisVI - Especialização- Vasos de Pressão e Torres - Permutadores de Calor- Tanques de Armazenamento- Tubulações- Dutos- Caldeiras- Fornos- Válvulas de Segurança- Torres de Refrigeração- Inspeção de Fabricação

19tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

- Bombas e Turbinas - Análise de Vibrações

“Não existe rotina para o profissional de IEQ, pois constantemente ele enfrenta no-vos desafios. É um segmento muito amplo,

Data: O curso será iniciado no dia 20 de marçoFormato: presencial e webconferênciaHorário: das 18h30 às 22h30Inscrição: Para se inscrever no curso é necessário apresentar certificado de con-clusão de segundo grau, histórico escolar, duas fotos 3x4, atestado de acuidade visual e preencher uma ficha com informações pessoais.Mais informações: [email protected] ou 5586-3141 / 3168.

que lhe permite especializar-se em diferen-tes tópicos, e alguns ainda não estão plena-mente dominados. Também é importante ressaltar que o profissional de IEQ deve ser muito responsável e sério, pois uma avalia-

Na entrevista abaixo, outro instrutor do treinamento e Consultor Técnico na área de Inspeção de Equipamen-tos e Integridade da Petrobras, Marcelo Euripedes Ferreira Napolião, transmite uma visão geral sobre a área

1- Qual o perfil do profissional de IEQ?É um profissional dinâmico que, impulsio-nado pela característica da atividade, está sempre em busca de capacitação e quali-ficações para ampliar sua atratividade no mercado, que atualmente é muito com-petitivo. Tenho observado a mudança no perfil deste profissional desde que comecei neste ramo de atividade, há 11 anos. Na-quela época, o mercado estava em franca expansão e os profissionais eram rapida-mente absorvidos, mesmo com nível bási-co de qualificação. Hoje, com a ampliação da oferta de mão de obra, os profissionais perceberam que a diferenciação está, além da experiência, na capacitação de boa qua-lidade. Com a recuperação iminente da ati-vidade industrial no Brasil, este profissional inquieto e mais capacitado competirá sem-pre pelas melhores oportunidades.

2- Por que vale a pena trabalhar nesse segmento?A despeito do crescimento da oferta de pro-fissionais na área de integridade e inspeção, ainda enxergo uma demanda reprimida considerável nesta área. Não somente para trabalhos em grandes empresas como Pe-trobras, Braskem e outras do ramo petroquí-mico. Percebo também que a prestação de serviços em pequenas empresas que ainda não atendem plenamente aos requisitos le-gais da NR-13; atendimento a Hospitais, Ho-téis, Indústria de Alimentos, etc., representa

ção feita de forma inadequada ou errônea pode causar acidentes com danos mate-riais e/ ou pessoais, arriscando vidas huma-nas’’, complementa um dos instrutores do treinamento, José Ademar Nucci Ether.

uma grande oportunidade. Com a amplia-ção da fiscalização dos dispositivos legais da NR-13, várias empresas que operam vasos de pressão, caldeiras e sistemas de tubula-ção enquadrados na referida legislação, de- mandarão cada vez mais os profissionais de Inspeção e Integridade. Além disso, temos grandes nichos de trabalho para os profissio-nais que possuem certificação específica em alguma área de Ensaios Não Destrutivos... Há setores em que a oferta de profissionais é baixa, e, como consequência, a remunera-ção é bastante atraente.

3- Qual é a formação exigida?Hoje, na Petrobras, não admitimos mais, via concurso, profissionais que não sejam Técnicos em Mecânica, Química, Metalur-gia, etc. Entretanto, apesar de a formação técnica ser um diferencial, ainda hoje não é exigência ter o curso técnico para o candi-dato que busca um curso de formação nesta área. Basta que tenha concluído o segun-do grau para que possa fazer o curso para Inspetor de Equipamentos Estáticos, mas ressalto que a tendência é que, em breve, seja exigido o Curso Técnico para desempe-nhar a atividade de Técnico de Inspeção de Equipamentos. Na Petrobras, trabalho com Técnicos de Inspeção que, em sua maioria, possuem curso superior em áreas correlatas (Mecânica, Mecatrônica, Química, etc.), e al-guns deles possuem até mestrado na área. Assim como havia dito anteriormente, esse é

a

o perfil que busca sempre mais capacitação/conhecimento como forma de diferenciação profissional.

4- Faça qualquer comentário que con- siderar importante.Considero relevante que o profissional que deseja trabalhar nesta área procure sempre um bom curso de formação, como o curso que a Abendi oferece anualmente, sendo este uma referência nacional. Isto é fundamental, pois uma boa base teóri-ca vai permitir avançar mais rapidamente no campo, quando da aplicação dos con-ceitos. Permite também estar em contato com bons profissionais da área, pois no mundo de hoje o relacionamento inter-pessoal é ferramenta fundamental para crescimento profissional. E, como regra geral, aponto que esse profissional deve estar pronto para desafios, principalmen-te no inicio de sua carreira, pois algumas oportunidades podem surgir em condi-ções que demandem viagens e desloca-mentos de seu domicilio. Acredite na qualificação e nos conceitos e busque diferenciação, como um curso de Inglês, pois as melhores oportunidades se apresentam para os profissionais mais completos e com sólida formação.

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e v e n t o s

A pós ser realizada por três edi-ções consecutivas em Pernam-buco, a Conferência sobre Tec-

nologia de Equipamentos (Coteq) terá como palco um dos mais belos cartões--postais do mundo: o Rio de Janeiro. E as novidades não param por aí, a abertura

Com participação de outras instituições, a Coteq acontece de 15 a 18 de maio na cidade maravilhosa

oficial do evento, diferentemente dos anos anteriores, quando normalmen-te era realizada no fim da tarde, será durante o período da manhã, dando início a um intenso programa de ativi-dades e à inauguração da exposição de equipamentos para Corrosão & Pintura,

COTEQ 2017 É SÓ NOVIDADES

END& Inspeção e Soldagem que, nesta edição, está de cara nova, com mais es-paço e layout diferenciado. E tem mais: a Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), tradicionalmente reconhecida por sua contribuição tec-nológica no segmento, se une à confe-

Ainda dá tempo de apresentar o seu trabalho técnico na COTEQ! Inscreva-se até o fim deste mês:

www.coteq.org.br

21tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Eventos CongregadosAo ser promovida por cinco entidades, a Coteq concentra outros eventos congre-gados. Confira:• Congresso Nacional de Ensaios Não Des-trutivos e Inspeção (Conaend) / Abendi; • Conferência Internacional sobre Eva-luación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales (IEV) / Pro-mai;• Congresso Brasileiro de Corrosão (Conbrascorr) / Abraco;• Seminário de Inspeção de Equipa-mentos (Seminsp) / IBP;• Simpósio de Análise Experimental de Tensões (SAET) / ABCM;• Simpósio Brasileiro de Tubulações e Vasos de Pressão – Estruturas e Termo--Hidráulica (SIBRAT) / ABCM;• Exposição de Tecnologia de Equipa-mentos para Corrosão & Pintura, END e Inspeção de Equipamentos (Expoequip).• Rio Welding - FBTS.

rência como mais uma promotora, so-mando esforços com a Abendi, ABCM, Abraco e o IBP.

A Coteq também contará com o apoio do Centro de Tecnologia Senai Solda que, junto com a FBTS, enriquecerá o encontro com um dos principais even-tos do Setor de Soldagem do Brasil: o Rio Welding, estabelecendo uma pluralida-de de temas relacionados à indústria.

Lembrando que a conferência é con-siderada a principal da área na Améri-ca Latina e oferece aos participantes a oportunidade de atualização técnica e realização de negócios com repre-sentantes das principais empresas do

país. Neste ano, serão pelo menos 250 apresentações técnicas, divididas em debates, poster sections, painéis, mesas--redondas, sessões e palestras espe-ciais. Aliás, os autores interessados em se apresentar no evento podem enviar as sinopses dos trabalhos técnicos até o fim deste mês. A inscrição pode ser feita pelo site: www.coteq.org.br.

Também já estão confirmadas as se-guintes sessões especiais: Análise de Falhas, Inspeção por VANTS, Mode-lagem Computacional, Inspeção Não Intrusiva/RBI, Sessão de Integridade de Estruturas Submarinas, Painel sobre Corrosão na Construção Civil. Parale-

lamente a toda essa programação, o encontro ainda reserva atrações como o Workshop Asme, Fórum Energias Re-nováveis e o Encontro Nacional dos Es-tudantes (Enest).

Voltada aos executivos, engenheiros, consultores, pesquisadores e acadêmi-cos ligados aos segmentos de Ensaios Não Destrutivos (ENDs), Inspeção, Inte-gridade de Equipamentos, Corrosão e Pintura, Análise Experimental de Ten-sões e Comportamento Mecânico dos Materiais, a conferência acontece de 15 a 18 de maio, no hotel Windsor Oceâni-co, na Barra da Tijuca - Rua Martinho de Mesquita, 129, Rio de Janeiro. a

22 revista abendi no 76dezembro de 2016

c e r t i f i c a ç ã o

LISTA DE PROFISSIONAIS CERTIFICADOS PELA ABENDI

As informações completas de cada profissional certificado estão disponíveis no site da Abendi, em consultas/profissionais certificados.

Profissionais certificados - Nível1

Marivaldo Silva dos SantosLuís Gustavo Braga PortoJuliano José dos SantosSilas dos Santos BarriosBruno Rabelo da SilvaCristiano Dias de FragaJailton Jesus da Silva CostaShirley Nascimento MonteiroClayton Silva NizerPaulo César Domingues ArêasLeonardo Lemos da Silva PessoaCauê Chaves Loureiro AlmeidaSilvio Brito dos SantosHenrique Honorio Pereira NetoRodrigo Hermenegildo PaulinoMoíses Nobre BarbosaMarcos Monteiro PereiraCristiano Sampaio CabanasFELIPE VARGAS DA SILVACosme Messias dos Santos BorgesGustavo Ramos LopesDaniel Rosa Firmino da CostaYuri Carlos Viana LeiteDiego Zanon Garcia CaldeiraJoão Batista de OliveiraRafael Dias Silva de CastroEduardo Maciel Dias

João Paulo Cozendey MadeiraJean Barcelos NatalTarcisio Rodrigues do Nascimento NetoLuciano Pratti Chagas

Profissionais certificados - Nível2

Aluizio Melquizedeque Augusto SantosSoraya Veiga BenjaminFlorisvaldo Martins dos ReisRicardo Schayer SabinoEvilásio Estevam PinheiroCésar de Almeida SoaresAnderson de Oliveira CougoAntônio Jorge dos Santos SilvaFelipe Fernando da Silva SantosAlisson Nascimento Boa MorteMarcelo Ecard Roque SilvaVitor Hugo Sarmento DebernardoLuis Alberto Ramos VinhaticoJosé Marcelino Galvão da SilvaLuciano do Nascimento MonteiroWilliam Alves dos SantosTiago CorrêaMurilo de Oliveira AraújoMarcelo de Oliveira PereiraEduardo Meireles Sanches da Silva

Christian Oliveira de SouzaJociel Rocha da SilvaOzéas RossiIvan Gottardi de AlmeidaDiego Factum RodriguesFábio BuenoMauricio dos Santos São PedroMarco Aurélio Rodrigues SegantiniMarcelo Bartelega FonsecaAlan Ferro LealFabricio Araujo TorresCleber de Miranda AlvesDiego Ariano da SilvaDanilo Matheus Dias da Silva XavierJoão Paulo Lima de SouzaIgor Raphael Rego de OliveiraMarcelo André de SouzaClesivaldo de jesus GomesMaurício Cesar Gonçalves dos SantosÉrico de OliveiraMaicom Mendes PenetraJosé Ivaniel Paulino da SilvaEdnilson Rodrigues de OliveiraFernando Batista da SilvaTarciano Rodrigues LageMarcelo Lima de DeusPaulo Sérgio Oliveira MoraesFabio Gomes Checcucci

Novembro e Dezembro de 2016

Rafael da Silva CorreaMarven Fidelis da CunhaDonato Olimpio Da Silva NetoMárcio Humberto Silva SiqueiraMichael ZanardiThiago Rosa FernandesSergio Costa SiqueiraJonas Nascimento SantosGustavo Rodrigues da SilvaCícero Bezerra da SilvaMarlon Roberto Fraga de MoraesFelipe Rocha MachadoJúnio César Silva RamosAngel do Couto MartinsDevanir Symplicio de Aguiar JunoiFabricio de Souza RamosPaulo Victor Alves de OliveiraBruno Vieira CatarinoLeonardo Quirino ReisCosme Messias dos Santos BorgesJosé de Souza RochaLaércio dos Anjos Silvestre

Profissionais certificados - Nível3

Diego Lucas da SilvaSamuel Damasceno CintraDanilo Lopes Riscado Rita FortesDyeisson Caixa AguiarOsvaldo do Nascimento Silva

Outras modalidades decertificação

Ricardo RandoJoão Carlos de Godoy

Ramiro Batista GonçalvesRafael Macaroff KaszasMarcelo de Re da SilvaEliézer Salvador OrioloThiago Siqueira AlvesRobert Lourenço de Jesus SilvaWagner de Jesus CassianoRicardo Compiani TavaresAlmir José PiccoliRival Coelho da SilvaFábio Elpirio Costa SantucciGizele Pires StaidelRui MartosUriel Medeiros de Souza CostaHádila Kelly Souza da PazAlyne Barros QueirozLuis Emilio AthanasioMárcia Gouveia VilelaEduardo Cesar MolenaReynaldo Cavalcanti SerraStael Martins RosaPaulo Góis de SouzaAnderson Rodrigues de SantanaMarcelo Adriano de Souza RegoPaulo Aurélio SantosNilson Carlos Santos TeixeiraLucas Sariava FonteneleAlicia Maria Pita de Souza CostaMaria Aparecida Inojosa de Oliveira Carlos de SouzaCristiane Araujo LoureiroSolange dos Santos OliveiraAna Maria de Oliveira GuenaSimone Durante FigueiredoNey Cesar SennDimas Alberto De JulioRicardo de Castilhos Pauli

24 revista abendi no 76dezembro de 2016

c e r t i f i c a ç ã o

INSPETORES DE FABRICAÇÃO ELETROMECÂNICA AGORA TÊM COMO ATESTAR COMPETÊNCIALançado recentemente pela Abendi, esse é o primeiro sistema de certificação na área

E m uma primeira entrevista para disputar uma vaga de trabalho, o candidato nem sempre

tem a chance de demonstrar suas qualificações pessoais. No entanto, com a certificação de pes-soas, isso é viável. O processo nada mais é do que uma forma de atestar, por meio de exames práti-cos e teóricos, que as atividades realizadas terão, efetivamente, um padrão de qualidade por parte do responsável. O lançamento, neste ano, da certi-ficação para inspeção de fabricação eletromecâni-ca, permite que o profissional apresente suas competências. Nessa primeira etapa, o sistema, descrito na Norma Abendi NA-021, está aberto por crédito estruturado*, disponível a partir dos seguintes Documentos Complementares (DCs):

• DC-067 – Estruturas Metálicas, Ferragens, Aces-sórios e Caldeiraria – IE- EFC;

• DC-068 – Materiais e Equipamentos – IE-MAE;• DC-069 – Máquinas Girantes – IE-MGE;• DC-070 – Transformadores de Instrumentos,

Disjuntores, Secionadores, Para-raios e Cabos – AT e EAT – IE-TDS;

• DC-071 – Transformadores e Reatores – IE-TRR;• DC-072 – Peças Usinadas – IE-USI.Lembrando que o inspetor de fabricação eletro-

mecânica trabalha nos segmentos de engenharia e produção, com materiais e equipamentos uti-lizados nas instalações de Sistemas Elétricos de Potência. O candidato à certificação deve ter con-cluído, no mínimo, o curso técnico de nível médio e ter formação em áreas como: elétrica, eletrotéc-nica, sistemas de potência, eletrônica, telecomu-nicações, instrumentação e automação industrial, mecânica, metalurgia, mecatrônica, química, física e civil, e comprovar experiência profissional. a

O inspetor de fabricação eletromecânica trabalha com materiais e equipamentos utilizados nas instalações de Sistemas Elétricos de Potência

Confira todos os requisitos no site da Abendi: www.abendi.org.br.

* A certificação pelo sistema de crédito estruturado é uma forma de avaliação baseada numa pontuação que considera tempo de ex-periência profissional, escolaridade e treinamentos voltados à área de atividade em questão.

25tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

ATENÇÃO: RENOVAÇÃO EM IF ÓLEO & GÁS COMEÇA A PARTIR DO INÍCIO DO ANOO inspetor de fabricação Óleo & Gás é o responsável por atestar a qualidade dos materiais e equipamentos do setor

A renovação da certificação para inspetores de fabricação Óleo

& Gás começa a partir de fevereiro, em função do prazo de vencimentos das certificações. Esse processo ocor-re após os dois primeiros anos e seis meses de certificação, desde que o interessado apresente os documentos necessários, definidos na NA 012 (nor-ma Abendi sobre o assunto). Lembran-do que esse profissional pode com-provar a continuidade na função por meio de relatórios emitidos pelo setor Óleo&Gás ou por duas rotas alternati-vas, descritas no Documento Comple-mentar DC-065 (disponível no site da Abendi) que prevê as seguintes possi-bilidades:• Rota 1: Treinamento e elaboração de material técnico• Rota 2: Atuação em outros setores a

Mais informações: [email protected] ou 5586-3181.

O inspeção de fabricação Óleo&Gás pode comprovar a continuidade na função por meio de relatórios emiti-dos pelo setor óleo e gás ou por duas rotas alternativas

SNQC ASSUME MAIS DUAS TÉCNICAS DE CERTIFICAÇÃOToFD e Phased Array nada mais são que avanços tecnológicos do método deUltrassom (US)

A Abendi, por meio do Sistema Na-cional de Qualificação e Certifica-

ção (SNQC-END), agora disponibiliza mais duas novas certificações: ToFD e Phased Array, processos conduzidos

anteriormente pelo Sequi-Petrobras. Portanto, quem está com a qualificação vencendo no sistema Sequi-Petrobras deve entrar em contato com a secreta-ria do Setor de Certificação. Vale desta-

car que ambas as técnicas são avanços tecnológicos do método de Ultrassom e, de forma geral, facilitam a interpre-tação e dimensionamento das descon-tinuidades detectadas no ensaio. a

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c a p a

P or apresentar alto nível de segurança e baixo custo ope- racional, o transporte duto- viário de matéria-prima é

considerado muito vantajoso pelos es-pecialistas. Também não é pra menos, já que a lista de benefícios ainda inclui: redução dos impactos ambientais, mí-nima probabilidade de vazamentos e operacionalidade constante. Talvez se- jam esses os motivos pelos quais o Bra-

Alexandra Alves

O Brasil desponta na América do Sul como a maior demanda do segmento

BONS TEMPOS PARA OMERCADO DE DUTOS

sil deverá receber um acréscimo de 79% no volume de dutos submarinos em águas profundas entre 2012 e 2017, comparado aos anos de 2006 a 2011. Representando 19% da demanda glo-bal projetada para o período, o novo modal terá extensão de 8 mil km apro-ximadamente.

O estudo, realizado pela consultoria norte-americana Quest Offshore, espe-cializada na área de Óleo&Gás, demonstra

c a p a

que, desse montante, serão construídos 1,3 mil km de malha rígida e 1,2 mil km de linhas flexíveis, tornando o Brasil o líder no ranking dos países que mais utilizam esse tipo de transporte na América do Sul.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) refor-ça a informação acima, já que, no ano passado, o número total de perfurações teve aumento de 12% em comparação a 2014 (saiba mais na página 34).

27tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Com a evolução da tecnologia, estão disponíveis no mercado dutos rígidos e flexíveis. Basicamente, a diferença entre um e outro é que, em geral, os rígidos são utilizados em grandes distâncias, como para o escoamento da produção do continente às plataformas mais afas-tadas, que recebem o volume de outras. Já para trajetos menores, na intenção de atender à interligação de uma grande quantidade de equipamentos submari-nos, a opção, muitas vezes a única, é o uso de dutos flexíveis.

“Tanto a utilização de dutos rígidos como flexíveis tem defensores e críticos com bons argumentos sobre vantagens

e desvantagens, respectivamente. Um projeto com um planejamento em tem-po adequado e que leve em conta uma quantidade de informações precisas do site pode conduzir a uma melhor forma-tação para dutos rígidos; já um projeto que tenha a flexibilidade necessária para uma rápida entrada em operação de campos produtores com movimen-tações de plataformas entre locações distintas, por exemplo, pode levar à decisão por dutos flexíveis, e esta visão de projeto parece ter sido até agora a opção mais utilizada no Brasil’’, salienta o diretor-executivo do Centro de Tecno-logia em Dutos (CTDUT), Paulo Cellular.

Entretanto, complementa o especia- lista, a utilização ostensiva de dutos fle-xíveis leva a uma questão ainda a ser resolvida tecnologicamente, referente à inspeção dessas tubulações com o mes-mo grau de informação que se tem hoje para os dutos rígidos, uma vez que ela não é feita por ferramenta instrumenta-da intrusiva, denominada PIG, somente por inspeção externa.

E por falar em inspeção, Cellular cita uma parceria firmada entre o CTDUT e a Shell para testes focados em PIGs by-pass, o BPP, instrumentos que lim-pam resíduos acumulados nas paredes internas de tubulações. “Essa tecnologia é bastante conhecida, mas não ampla-mente aplicada na indústria devido à falta de confiança e de informação do comportamento dinâmico do PIG en-quanto este trafega pelo interior da tubulação. Existe a possibilidade de o

Ranking Infraestrutura detransportes de carga pelo mundo

Infraestrutura de transportes de carga pelo mundo

Fonte: World FactBook, Banco Mundial – 2014

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c a p a

Reparo em tubulação com manta de material compósito - CTDUT

instrumento ficar preso na tubulação, o que, em instalações submarinas, pode custar muito caro, ou até tornar inviável sua remoção.”

Segundo ele, em Houston, nos Esta-dos Unidos (EUA), um grupo de espe-cialistas da Shell vem desenvolvendo modelos matemáticos para BPP. ‘’Se os detritos não são removidos, podem bloquear o fluxo de óleo e de gás e in-terromper a produção. Devido à com-plexidade do problema é importante para esta pesquisa que ensaios sejam realizados em laboratórios para testar diferentes tipos de BPP em condições variadas e chegar a um projeto mais seguro. É necessário coletar dados de forma sistemática a partir de um duto de grande dimensão para compreender melhor a dinâmica do BPP e validar mo-delos existentes’’, complementa.

Adaptar o BPP às condições de trans-porte de dois fluidos simultaneamente é um dos principais desafios da pesqui-sa, de acordo com o diretor-executivo. ‘’Tubulações conectam o poço à plata-forma e transportam gás e líquido para que sejam posteriormente separados. Quando o BPP é utilizado em tubula-ções, que transportam os dois fluidos si-multaneamente, o processo é extrema-mente complexo. Essa tecnologia nunca havia sido testada nessas condições. O objetivo da pesquisa é realizar uma série de experimentos com diferentes fluxos com água e ar, simulando o com-portamento de óleo e gás, e tamanhos de orifícios no PIG para entender como ele se comporta em ambientes compos-tos inteiramente por gás, por líquido, ou uma mistura dos dois. ’’

Outro projeto do CTDUT está relacio-nado a testes de reparos em tubulações com material compósito, trabalho reali- zado em parceria com a Petrobras e PUC-Rio.

“A utilização de reparos por materiais compósitos tem aumentado muito ao longo dos anos. Uma das aplicações

consiste no restabelecimento da inte-gridade de dutos, sejam enterrados ou aéreos. Conhecendo-se o comporta-mento do reparo ao longo do tempo, quando aplicado aos espécimes tubu-lares instrumentados e submetidos a carregamento de pressão interna, será possível entender os fenômenos en-volvidos na utilização destes reparos por compósito após longos períodos de tempo e, assim, aumentar a confia-bilidade para suas aplicações em casos reais’’, explica.

Como pesquisador, Cellular afirma que as principais demandas, em termos de inspeção e aplicabilidade, do merca-do de dutos são:• Tecnologias voltadas à detecção de vazamento, furto de combustível, ações de terceiros na faixa de dutos em geral (fibra ótica, acústica, PIGs instrumenta-dos, outras);• Novos revestimentos;• Tubos cladeados e com liners;• Teste para cyclic bending – larga escala em testes de fadiga;

• Inspeção em dutos flexíveis;• Colapso e tubos corroídos em dutos em águas profundas;• Tecnologia de PIGs multidiâmetro;• Garantia de escoamento da produção – dutos críticos.

Além das considerações citadas aci-ma, o uso de Ensaios Não Destrutivos (ENDs), como ferramentas de inspeção, também é uma necessidade constante das empresas do segmento. A multi-nacional norte-americana Rosen, por exemplo, utiliza PIGs ultrassônicos e magnéticos (MFL) para monitorar suas tubulações. Ao explicar as diferenças entre os dois tipos de técnicas, o enge-nheiro chefe e líder de Desenvolvimen-to de Negócios da empresa, Yijun Shen, detalha que o PIG MFL produz um forte campo magnético na parede da tubula-ção, usando tanto ímãs como o método de injeção de corrente elétrica no aço. “As áreas danificadas da tubulação não podem suportar tanto fluxo magnético como áreas não danificadas. Então, os vazamentos de fluxo magnéticos saem

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da parede da tubulação nas áreas da-nificadas. Uma matriz de sensores em torno da circunferência do PIG detecta a fuga desse fluxo e registra a região de-teriorada.”

Já em relação ao PIG com Ultrassom (US), ele comenta que uma matriz de transdutores, emitindo um impulso de som de alta frequência perpendicular à parede da tubulação, recebe sinais a partir das superfícies interna e externa do tubo. ‘’A ferramenta mede o intervalo de tempo entre a chegada dos sons que vêm da superfície interna e a superfície externa para calcular a espessura da pa-rede. Especialmente para as tubulações flexíveis, há fortes desafios tecnológi-cos, embora também sejam ‘pigáveis’. Uma vez que é necessário resolver al-

guns problemas típicos, tais como o dano potencial da camada interior de aço carbono, as partículas ferríticas res-tantes atrás da carcaça de aço inoxidá-vel para resultar em risco de corrosão, etc.’’, destaca.

Assegurar uma condição de operação saudável, segundo Shen, é a principal vantagem dos ENDs. ‘’Com essas ferra-mentas, podemos encontrar qualquer

falha na tubulação que possa ocorrer com o tempo, reduzir o risco de danos e realizar a gestão da integridade de toda a instalação. ’’

Na Shell Brasil, o uso de ENDs tam-bém faz parte da rotina operacional. No entanto, o gerente de Monitoramento Submarino da empresa, Felipe Duncan, explica que, dependendo do tipo de duto e de sua classificação, são empre-

Navio plataforma da Shell

“Chamo a atenção para a importância dacertificação profissional para quem realiza ENDs,

por ser uma atividade que requer treinamentose conhecimentos específicos.’’

Felipe Duncan, Gerente de Monitoramento Submarino da Shell,

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gadas diferentes técnicas e frequências de inspeção. ‘’Como ferramentas rotinei-ras, podemos destacar inspeção visual por ROV (Remotely Operated Vehicle/ Veículo de Operação Remota), avaliação e medição da proteção catódica subma-rina, limpeza com mergulho raso, teste de estanqueidade do espaço anular dos dutos flexíveis com nitrogênio, coleta e análise de gases do espaço anular dos dutos flexíveis, inspeção e limpeza por escalador do trecho emerso dos dutos e teste de estanqueidade. Já em casos mais incomuns, usamos PIG Inteligen-te com métodos indiretos para detec-ção de perda de massa nas paredes do duto’’, exemplifica.

Em ambas as situações, ele ressalta a confiabilidade dos ENDs. ‘’Essas ferra-mentas são primordiais para a manu-tenção e verificação da integridade dos dutos submarinos. Uma grande vanta-gem das técnicas aplicadas é que, em sua grande maioria, as mesmas podem ser realizadas com os dutos em opera-ção, não acarretando em paradas de produção e, prejuízo financeiro para a companhia. Também chamo a atenção para a importância da certificação pro-fissional de quem realiza ENDs, por ser uma atividade que requer treinamentos e conhecimentos específicos.”

De forma geral, a Shell Brasil trabalha com os dois tipos de dutos. ‘’Os dutos rígidos e flexíveis submarinos, utiliza- dos na indústria de Óleo&Gás, têm co- mo objetivo o transporte dos fluidos de processo dos sistemas submarinos para a plataforma (dutos de coleta) e da plataforma para terra, ou outra unidade (dutos de exportação). Os dutos sub-marinos podem ser divididos também em flowlines e risers. O primeiro tipo é instalado no leito marinho, não sofren-do esforços dinâmicos significativos, enquanto o segundo tipo é aplicado entre a plataforma e o fundo do mar, que sofrem esforços dinâmicos durante a sua operação, dependendo do tipo da

unidade marítima de produção. Quan-do são utilizados para interligação entre dois equipamentos submarinos, a curta distância, os dutos são normalmente chamados de jumpers’’, ressalta.

Ao fazer a comparação entre eles, Duncan explica que os dutos rígidos são estruturas mais convencionais e sim-

ples, normalmente fabricados em aço carbono, tornando-os mais baratos que os flexíveis, porém com flexibilidade mais restrita - o que dificulta seu pro-cesso de instalação. Já os dutos flexí-veis, por sua vez, são produzidos com mais complexidade, possuindo diversas camadas em diferentes materiais (car-

Riser flexível da FPSO (navio plataforma) da Shell

Riser Rígido com supressor de vórtice instalado da Shell

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caça interna, liner polimérico, armadura de pressão, armaduras de tração e capa externa). Isso proporciona mais flexibi-lidade de instalação, remoção e reutili-zação, porém o preço é bem mais alto. “Nas duas plataformas operadas pela companhia no país, a Shell Brasil utiliza predominantemente dutos flexíveis no FPSO Fluminense, enquanto no FPSO Espírito Santo usa, principalmente, dutos rígidos. Considerando a quantidade total deles em ambos os sistemas, a maioria é de dutos do tipo rígido’’, afirma.

Outra empresa a utilizar ENDs é a gi-gante italiana Saipem, com unidades nas cidades do Rio de Janeiro e Guaru-já. As principais técnicas empregadas para inspecionar dutos submarinos são: Radiografia, Partículas Magnéticas (PM), Líquidos Penetrantes (LP), Ultrassom (US)

Na Saipem, os ENDs são usados, principalmente, na inspeção dos materiais e juntas soldadas (tubos)

e US-Phased Array. ‘’Em função das de-mandas de produção no mar (offshore), destacamos o uso do US, largamente empregado em dutos submarinos, prin-cipalmente a bordo dos navios lançado-res de dutos, uma vez que o emprego de radiografia a bordo é um fator limitante do processo. Outra grande vantagem é a determinação de emprego da técni-ca de mecânica da fratura que permite a aceitação de descontinuidades com valores acima dos procedimentos con-vencionais, propiciando um critério de aceitação mais flexível sem comprome-ter a qualidade e a integridade do duto submarino’’, salienta o gerente de enge-nharia de soldagem do EWF, José Cunha.

Ele destaca ainda que os ENDs de-sempenham papel de vital importância na inspeção dos materiais e juntas sol-

dadas (tubos), garantindo a integridade do duto submarino. Além disso, com-plementa o gerente, nas embarcações de lançamento, o ensaio está alinhado à produção de soldagem, propiciando o fluxo contínuo da fabricação, inspeção e lançamento do duto. O sistema é posi-cionado para que possibilite a inspeção, reparo e reinspeção da junta, caso haja reparo, assegurando que a mesma seja utilizada atendendo aos requisitos de qualidade. ‘’Todo o trabalho de inspe-ção é executado de acordo com normas internacionais e requisitos do cliente, atendendo às diretrizes contratuais de qualidade. ’’

Em relação à mão de obra, Cunha diz que, no Brasil, a Saipem só aceita profis-sionais certificados pelo SNQC/Abendi, justamente porque segue o modelo da

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norma ISO 9712 (para Qualificação e Certificação de Pessoas em Ensaios Não Destrutivos). ‘’Isso é de fundamental im-portância para a qualidade dos resulta-dos apresentados. Com a certificação, temos a segurança de que o profissional possui a habilidade necessária à aplica-ção da técnica de END.’’

Atualmente, Cunha acredita que o mercado está carente de profissionais certificados nas técnicas de US Phased Array e Tofd, justamente por serem mui-to utilizadas na inspeção de dutos sub-marinos. ‘’A principal função de um duto submarino é garantir o escoamento do fluxo contínuo de gás e óleo do poço

A italiana Saipem tem unidades no Rio de Janeiro e Guarujá

até às unidades estacionárias de produ-ção (plataformas e terminais) em águas rasas, profundas e ultraprofundas. Ou-tra função dos dutos submarinos é a injeção de água, gás e fluidos injetados nos reservatórios aumentando a produ-ção de um determinado reservatório. O duto rígido é fabricado pela união de tubos fabricados segundo normas inter-nacionais e especificação dos clientes. Esses tubos (normalmente com compri-mento de 12 metros) são fabricados em aço carbono e, dependendo do caso, são revestidos internamente com ligas especiais para resistência à corrosão dos elementos agressivos contidos no óleo

e gás. Além da proteção interna, quan-do requerida, são aplicados revestimen-tos externos para garantir a proteção no ambiente agressivo marinho em que se-rão posicionados, evitando-se o efeito deletério da corrosão marinha. ’’

Empregados em todo o sistema de escoamento e coleta do sistema sub-marino, os dutos rígidos da Saipem li-gam o poço às unidades de produção e aos terminais em terra, tendo como principais funções escoamento e coleta de gás e óleo do poço às unidades es-tacionárias de produção (plataformas); escoamento de óleo e gás das unidades de produção até os terminais em terra;

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injeção de água para aumento de pro-dução do campo e Injeção de produtos químicos no poço.

‘’O emprego de dutos rígidos no Bra-sil tem mostrado sua eficiência e con-fiabilidade ao longo dos anos de sua

“A Saipem só aceita profissionais certificados pelo SNQC/Abendi, justamente porque segue o modelo da norma ISO 9712. Isso é de fundamental

importância para a qualidade dos resultados apresentados.Com a certificação, temos a segurança de que o profissional possui

a habilidade necessária à aplicação da técnica de END.’’José Cunha, Gerente de engenharia de soldagem do EWF

instalação. O emprego de técnicas de lançamento associadas aos requisitos de Projeto mostraram o elevado grau de res-ponsabilidade e confiabilidade dos du-tos lançados. O processo é todo contro-lado desde a fase de Projeto, suprimento, fabricação, inspeção e comissionamento, oferecendo pleno atendimento aos re-quisitos contratuais’’, assinala.

A norueguesa Statoil, com unidade no Rio de Janeiro desde 2001, também utili-za tanto dutos rígidos como flexíveis. ‘’A nossa escolha depende da aplicação. Em unidades flutuantes, normalmente ado-tamos dutos rígidos nos trechos sobre o leito submarino; e flexíveis no trecho que sai do leito e sobe até a conexão na unidade offshore’’, afirma o responsável pela Instalação FPSO Peregrino – Depar-tamento de Integridade Técnica, Ammon Gabriel Bittencourt Ribeiro.

O uso de ENDs é constante na empre-sa. “Nos dutos rígidos, realizamos, princi-palmente, o Ensaio Visual (EV), normal-mente feito com o auxilio de um ROV, e a inspeção interna por PIGs Instrumenta-dos, com o objetivo de medir a espessura existente e verificar a existência de defor-mações localizadas. Nos flexíveis, o END mais comum também é o EV com auxílio de ROV. Outros métodos ou ferramentas de inspeção, que utilizam Corrente Para-sita (CP), Radiografia, US ou câmeras de vídeos, vêm sendo utilizados com a in-tenção de detectar falhas na malha, ala-gamento do anular, colapso da carcaça e integridade pós-formação de hidratos. Além disso, PIGs Instrumentados tam-bém nos ajudam a detectar arrancamen-

to da carcaça/liner e validar o avanço de corrosão puntiforme na mesma. ’’

Sobre o nível de qualificação dos pro-fissionais, Ribeiro explica que, até outu-bro de 2015, não havia uma regulamen-tação que tratasse do assunto, quando então foi publicada a Resolução ANP 41/2015, instituindo o Regime de Se-gurança Operacional de Sistemas Sub-marinos e aprovando o Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional de Siste-mas Submarinos – SGSS, estabelecen-do, assim, um regulamento que trata, de forma organizada e sistemática, o gerenciamento da integridade e das inspeções em dutos submarinos, entre outros itens. Ele acrescenta que ainda não existe um padrão nacional voltado à qualificação de pessoas que executam e reportam inspeções em dutos subma-rinos, porém, a resolução citada traz, de forma intrínseca, a necessidade de se elaborar e estabelecer um padrão de qualificação desse pessoal, assim como, também, aumenta a demanda por tais serviços. ‘’Enfim, eu diria que há pessoal com formação técnica, conhecimento e experiência para atender parte da de-manda de trabalho no segmento, po-rém, não o suficiente para suprir toda ela. A certificação profissional garante a padronização, o nivelamento mínimo e a formalização da competência dos pro-fissionais que executam esses trabalhos, sem dar importância especial onde essa competência foi obtida. Sem isso, não se pode garantir a credibilidade e con-fiabilidade dos resultados. ’’

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Quantidade de dutos - O número de dutos no Brasil, contabilizados em 2015, che-gava a 601, destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros produ-tos, percorrendo 19,7 mil km. Destes, 150 dutos

Acompanhe, a seguir, alguns destaques do Anuário Estatístico 2016 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

PRODUTOS MOVIMENTADOS FUNÇÃO QUANTIDADE EXTENSÃO (KM)TOTAL 601 19.709Derivados Transferência 324 1.157 Transporte 98 4.794Gás natural Transferência 63 2.274 Transporte 47 9.422Petróleo Transferência 32 1.985Outros Transferência 32 37 Transporte 5 40

QUANTIDADE E EXTENSÃO DE DUTOS EM OPERAÇÃO, POR FUNÇÃO, SEGUNDO PRODUTOS MOVIMENTADOS 31/12/2015

DUTOS EM OPERAÇÃO

(14,3 mil km) foram direcionados ao transporte e 451 (5,4 mil km) à transferência. Para a mo-vimentação de gás natural, havia 110 dutos, com extensão de 11,7 mil km, enquanto para os derivados eram 422 dutos, totalizando 5,9

mil km. Outros 32 dutos, com quase 2 mil km, eram usados para a movimentação de petró-leo. E os 77 km restantes, compostos por 37 dutos, reservados à movimentação dos demais produtos, como etanol e solventes.

Perfurações - Foram perfurados 665 poços no ano passado, sendo 555 (83,5% do total) em terra e 110 no mar. O número total de perfurações teve aumento de 12% em com-paração a 2014. Enquanto a quantidade de poços perfurados offshore foi 29% menor do que em 2014, a onshore observou cresci-mento de 26,4%. A maior parte das perfura-ções foi de poços exploratórios: 498 (74,9% do total), o que corresponde a uma elevação de 30% em comparação a 2014. Foram reali- zadas 12 descobertas em terra e duas em mar. Poços exploratórios são aqueles que vi-sam à descoberta de novos campos ou novas jazidas de petróleo e são divididos em:• Pioneiro: visa testar a ocorrência de petró-leo ou gás natural em um ou mais objetivos de um prospecto geológico, baseados em indicadores obtidos por métodos geológicos ou geofísicos;

• Estratigráfico: poço perfurado com a fi-nalidade de se conhecer a coluna estratigrá-fica de uma bacia e obter outras informações geológicas de subsuperfície;

• Extensão: visa delimitar a acumulação de petróleo ou gás natural em um reservató-rio, podendo ser perfurado em qualquer fase do contrato de concessão;

• Pioneiro Adjacente: poço cujo objetivo é testar a ocorrência de petróleo ou gás natu-ral em área adjacente a uma descoberta;

• Para Jazida Mais Rasa: destina-se a tes-tar a ocorrência de jazidas mais rasas em determinada área;

• Para Jazida Mais Profunda: visa testar a ocorrência de jazidas mais profundas em determinada área.

Vale destacar que os poços exploratórios servem para extrair o óleo da rocha reserva-tório, podendo ser:

• De Produção: poço que visa drenar uma ou mais jazidas de um campo;

• De Injeção: destinado à injeção de flui-dos visando melhorar a recuperação de pe-tróleo ou de gás natural ou manter a energia do reservatório.

Finalizando, os poços especiais visam permitir uma operação específica que não se enquadra nas situações anteriormente definidas como, por exemplo, os poços para produção de água. (Veja gráfico ao lado)Reservas - No fim de 2015, as reservas totais de petróleo no país somaram 24,4 bilhões de barris, volume 21,6% menor que em 2014. A queda ocorreu parcialmente em função da redução acentuada dos preços de

petróleo no ano, que afetou negativamente a viabilidade comercial de parte das reser-vas, fenômeno também observado em di-versos outros países produtores. No mesmo sentido, as reservas provadas totalizaram 13 bilhões de barris, redução de 19,7% em relação a 2014, dos quais 666 milhões em terra e 12,3 bilhões de barris em mar. As re-servas provadas são aquelas que, com base na análise de dados geológicos e de enge-nharia, se estima recuperar comercialmente de reservatórios descobertos e avaliados, com elevado grau de certeza, e cuja esti-mativa considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais usual-mente viáveis e os regulamentos instituí-dos pela legislação petrolífera e tributária brasileiras. As reservas totais representam a soma das reservas provadas, prováveis e possíveis. Todos os estados brasileiros mos-traram redução nas reservas. O Rio de Ja-neiro se manteve como o maior detentor de reservas provadas, contabilizando 81,2% do total. Todas as reservas provadas do estado estão localizadas no mar. Em 2014, o Brasil ocupou a 15a posição no ranking mundial de países com as maiores reservas provadas de petróleo.

FONTE: ANP/SCM, conforme a Portaria ANP n° 170/1998.

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POÇOS LOCALIZAÇÃO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015TOTAL 514 644 823 848 792 673 816 610 594 665 11,95Total de Poços Terra 370 495 681 663 571 429 582 415 439 555 26,42 Mar 144 149 142 185 221 244 234 195 155 110 -29,03Exploratório Terra 79 122 135 78 86 106 125 77 47 51 8,51 Mar 59 58 58 61 83 110 90 45 42 26 -38,10Pioneiro Terra 57 92 91 32 24 46 55 32 20 17 -15,00 Mar 27 23 26 34 49 47 45 14 3 2 -33,33Estratigráfico Terra - - - - - - - 1 - 3 Mar - - - 1 1 - - - - - Extensão/Avaliação Terra 12 16 21 25 44 35 39 27 18 20 11,11 Mar 12 21 15 11 20 44 36 27 25 22 -12,00Pioneiro Adjacente Terra 9 14 19 18 16 20 24 15 7 8 14,29 Mar 19 7 8 8 4 12 3 3 9 2 -77,78Jazida mais Rasa Terra - - - 2 - - - - - 1 Mar - - - 1 - - - - - - Jazida mais Prof. Terra 1 - 4 1 2 5 7 2 2 2 - Mar 1 7 9 6 9 7 6 1 5 - Exploratório Terra 289 371 542 574 473 317 450 335 383 498 30,03 Mar 63 58 58 75 82 76 99 107 99 66 -33,33Produção Terra 274 344 515 562 450 287 388 283 353 482 36,54 Mar 39 41 49 57 61 53 72 72 70 45 -35,71Injeção Terra 15 27 27 12 23 30 62 52 30 16 -46,67 Mar 24 17 9 18 21 23 27 35 29 21 -27,59Especiais Terra 2 2 4 11 12 6 7 3 9 6 -33,33 Mar 22 33 26 49 56 58 45 43 14 18 28,57No de Descobertas Terra 22 42 45 18 16 20 34 30 16 12 -25,00 Mar 16 11 18 19 33 20 26 18 - 2

POÇOS PERFURADOS, POR LOCALIZAÇÃO (TERRA E MAR), SEGUNDO O TIPO – 2006-2015

POÇOS PERFURADOS 15/14%

FON

TE: A

NP/

SDP

(Tab

ela

2.4)

.

FONTES: ANP (SDT e SEP).

Confira o anuário na íntegra: http://www.anp.gov.br/?id=661

36 rrevista abendi no 76dezembro de 2016

a r t i g o t é c n i c o

POTENCIAIS APLICAÇÕES DA TÉCNICA DE MICROTOMOGRAFIACOMPUTADORIZADA NA INDÚSTRIA

A técnica de microtomografia computadorizada (microCT) é uma valiosa ferramenta que proporciona análises morfológicas e topológicas de es-truturas internas, para diferentes materiais, permitindo visualizações em 3 dimensões, sendo uma técnica não invasiva, não destrutiva. A microCT vem sendo, sobretudo, desenvolvida para inspeções de pequenas estruturas e apresenta o mesmo princípio da tomografia computadorizada. No entanto, algumas adaptações foram feitas para permitir uma melhora significativa na sua resolução. Atualmente, muitos estudos, voltados para aplicações industriais, utilizando a microCT como ferramenta vêm sendo desenvolvidos, tais como: estudo de polímeros, materiais compósitos, resina, epóxi, concreto, pasta para cimentação, análise de cordões de solda, entre outros. Dentre os resultados obtidos até o momento, podem ser citados: análises de volume e distribuição de espessura de poros e fibras de aço em amostras de concreto; falta de aderência e descontinuidades nas paredes de tubos compósitos; identificação e distribuição espacial de fissuras presentes em pastas para cimentação de poços de petróleo. Para todas essas aplicações a técnica de microCT apresentou seu potencial, mostrando-se apropriada para a caracterização desses diferentes materiais permitindo avaliações quantitativas e qualitativas de maneira confiável e precisa.

Sinopse

Alessandra Silveira Machado1, Alessandra de Castro Machado2, Atila de Paiva Teles3, Olga Maria Oliveira de Araujo4,Thais Maria Pires dos Santos5, Inaya Lima6, Ricardo Tadeu Lopes7

1 Pós-Doutoranda, Engenharia Nuclear – UFRJ2 Doutora, Engenharia Nuclear– UFRJ 3 Doutorando, Engenharia Nuclear– UFRJ 4 Doutoranda, Engenharia Nuclear– UFRJ5 Mestranda, Engenharia Nuclear– UFRJ6 Professora/Doutora, Engenharia Nuclear– UFRJ7 Professor/Doutor, Engenharia Nuclear– UFRJ

1. INTRODUÇÃO

A caracterização de microestruturas em materiais é normalmente um exercício de perda e ganho, já que em muitos casos são necessários ensaios que destroem a amostra de estudo, devido à disponibilidade dos instrumentos para a caracterização (técnicas de microusinagem). Em outros casos, pode-se obter uma imagem da microestrutura física detalhada, mas que está limitada a regiões muito próximas da superfície não, caracterizando a amostra como um todo (microscopia óptica) (1). Para contornar essas limitações, a técnica de microtomografia computadorizada (microCT) apresenta-se como uma das mais avançadas tecnologias de análise não destrutiva, proporcionando o imageamento de estruturas internas em duas e três dimensões (2D e 3D) para diferentes materiais e em alta resolução (2).

A microCT tem suas raízes na tomografia computadorizada (TC). No entanto, algumas adaptações foram feitas para permitir uma melhora significativa na sua resolução. O princípio físico da microCT está baseado na atenuação de raios X que ao interagir com a amostra são modulados de acordo com as características físicas da mesma (número atômico, densidade e espessura) gerando uma série de projeções com o objeto, girando em um único eixo com passos rotacionais constantes (no caso dos equipamentos

Copyright 2016, Abendi, Promai.Trabalho apresentado durante o XXXIV – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção.19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

industriais). Em uma segunda etapa, utilizando algoritmos matemáticos, esta série de projeções é reconstruída pro- duzindo uma série de fatias em 2D que podem ser vistas nos eixos axial, coronal, sagital, e como modelos em 3D. Nestas imagens digitais reconstruída cada pixel ou voxel representará a absorção de raios X naquele determinado ponto (1 e 3). A Figura 1 apresenta um esquema deste processo.

Figura 1 - Esquema mostrando os processos aquisição ereconstrução de microCT, onde uma série de projeções adquiri-da utilizando algoritmos matemáticos. Esta série de projeções é

reconstruída produzindo um mapa 3D, que é normalmenteapresentado como uma série de imagens de fatias em 2D

37tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

tipos de materiais foram analisados: concreto, pasta de cimento e material compósito.

Estes estudos foram realizados utilizando o microtomógrafo de alta energia fabricado pela Skyscan/Bruker modelo 1173. Este sistema utiliza geometria de feixe de raios X em forma de cone para aquisição das imagens e durante essa etapa o objeto pode rotacionar 180º ou 360º com passos fixos. A cada passo uma imagem transmitida é adquirida por um detector flat panel e é salva como arquivos 16 bits TIF. A Tabela 1 mostra os parâmetros escolhidos no processo de escaneamento para cada estudo. Após o processo de aqui- sição, as projeções foram reconstruídas utilizando o programa Nrecon®SkyScan - versão 1.6.4.1 e InstaRecon - versão 1.3.5.0, cujo algoritmo é baseado nos trabalhos de Feldkamp (4). O programa de reconstrução permite a escolha de vários parâmetros de modo a criar uma imagem de qualidade mais apurada. A Figura 2 apresenta um esquema evidenciando o organograma de escaneamento, reconstrução e visualização da amostra utilizada no estudo 1 e a Tabela 1 os parâmetros escolhidos para o escaneamento nos 3 estudos.

Atualmente, muitos estudos voltados para aplicações in- dustriais, utilizando a microCT como ferramenta vêm sendo desenvolvidos pelo Laboratório de Instrumentação Nuclear (LIN) na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dentre os materiais estudados, podem ser citados: polímeros, materiais compósitos, resina epóxi, concreto, pasta para cimentação, cordões de solda, entre outros. Estes estudos estão voltados tantos para análises qualitativas (visualização das estruturas internas) quanto para a obtenção de dados quantitativos.

Os resultados obtidos até o momento vêm mostrando o potencial da microCT em estudos voltados para a indústria e consolidando esta como uma técnica de suma importância na inspeção e caracterização de materiais.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A seguir serão apresentados três estudos de aplicação da técnica de microCT voltados para a industria. Três diferentes

Figura 2 - Exemplo das imagens obtidas em cada etapa do processo de microtomografia. (A) dp fotografia da amostra; (B) dp projeção obtida na etapa de aquisição; (C) dp fatia obtida na etapa de reconstrução;

(D) dp visualização 2D das seções coronal, transaxial e sagital e (E) dp visualização 3D (5)

Parâmetros Estudo 1 Estudo 2 Estudo 3Tensão (kV) 80 130 50Corrente (µA) 100 60 160Matriz do Detector (pixels) 2240x2240 2240x2240 2240x2240Tamanho de Pixel (µm) 24,0 15,0 14,0Filtro Al - 0,5 mm Al - 0,5 mm Al - 0,5 mmPasso Angular (graus) 0,30 0,50 0,50Nº de frames 5 5 5

Tabela 1 - Parâmetros de escaneamento para os quatro estudos.

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mecânicas é necessário despressurizar a câmara, podendo surgir microfissuras na pasta durante este processo. Neste estudo, a técnica de microCT foi utilizada para avaliar as microfissuras na pasta cimentícia, assim como a presença de poros, quando diferentes taxas de despressurização foram empregadas (7). Para isso foram analisadas duas amostras: a amostra DR (despressurização rápida) e a amostra DL (despressurização lenta).

As duas amostras representam plugues cilíndricos de pasta de cimento com 94,00 ± 0,25 mm de altura e 50,00 ± 0,25 mm de diâmetro, porém foi estudada apenas a porção superior de cada uma delas, correspondendo a 40,00 ± 0,25 mm de altura. A porção de uma das amostra ensaiada está apresentada na Figura 4.

Figura 4 - Fotografia mostrando a região de uma das amostras de pasta de cimento ensaiadas no estudo 2

Estudo 3: Os materiais compósitos são formados por uma estrutura de reforço inserida em uma matriz, na qual o produto final apresenta uma combinação de propriedades dos seus constituintes. O reforço geralmente é feito por fibras, que apresentam alta resistência à tração, e a matriz une as fibras de forma a permitir que as tensões sejam transferidas para a fibra, resultando num material reforçado. Os compósitos poliméricos são os mais usados em uma ampla diversidade de aplicações dos compósitos, devido as suas propriedades à temperatura ambiente, a sua facilidade de fabricação e de seu custo. Eles estão sendo empregados cada vez mais em substituição aos materiais tradicionais, cujas características individuais não atendem às crescentes exigências de melhor desempenho, segurança, economia e durabilidade. Os materiais compósitos vêm sendo testados e têm apresentado desempenho superior ao de estruturas metálicas convencionais (8).

Estudo 1: Os efeitos da inserção de fibras de aço em concretos têm sido amplamente estudados com o objetivo de investigar possíveis modificações nas propriedades me- cânicas, tais como o aumento da resistência à tração, duc- tilidade, rigidez, tenacidade (capacidade de absorção de energia) e durabilidade. Uma das consequências imediatas dessa adição é a mitigação do comportamento frágil do concreto, de forma que o material passe a ter novas exi- gências de qualidade (6). Consequentemente, é de grande importância o conhecimento espacial da distribuição de toda a estrutura interna desses materiais. O objetivo desse estudo foi a investigação da distribuição espacial das fibras de aço em uma amostra de concreto, e também quantificar a porosidade desta mesma amostra (5). A amostra utilizada foi um plugue cilíndrico de concreto reforçado com fibras de aço de dimensões iguais a 38,3 ± 0,25 mm de altura e 37,5 ± 0,25 mm de diâmetro, apresentado na Figura 3.

Figura 3 - Fotografia da amostra de concreto analisada (5)

Estudo 2: Em um poço de petróleo, com a finalidade de fornecer suporte mecânico e promover a vedação hidráulica das diversas zonas permeáveis, o espaço anular entre o tubo de aço e a parede do poço é preenchido com pasta de cimento. No cenário de exploração de petróleo na camada pré-sal, estas pastas estão submetidas a um ambiente de alta pressão e temperatura, devido à grande profundidade dos poços. Para simular em laboratório o comportamento do material cimentício em sua condição de serviço, as pastas são curadas em câmaras especiais que reproduzem alta pressão e temperatura. Porém, após a cura, para se caracterizar as pastas quanto a suas propriedades físicas e

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Nesse contexto, este estudo teve por objetivo mostrar as possibilidades e o potencial da técnica de microCT para avaliação desse tipo de material. Para isso foram feitas análises qualitativas visando mostrar o desgaste em um tubo compósito após ser exposto a diferentes substâncias.

Um tubo compósito (polímeros reforçados com fibra de vidro) foi cortado em 4 pedaços quadrados de aproxima-

damente 20,00 x 20,00 ± 0,25 mm. Uma dessas amostras foi ensaiada logo após o corte (original) e as outras três fo- ram mergulhadas em diferentes substâncias (aguá do mar, óleo e líquido básico), onde ficaram por seis meses. Após este tempo, estas foram microtomografadas e analisadas qualitativamente. As amostras são apresentadas na Figu- ra 5.

Figura 5 - Amostras cortadas do tubo compósito (A) original; (B) mergulhada em água do mar por seis meses; (C) mergulhada em óleo por seis meses; (D) mergulhada em líquido básico por seis meses

3. RESULTADOS

Estudo 1: Os resultados de microCT encontrados são apre- sentados na Tabela 2. Eles evidenciam que a amostra de concreto reforçado com fibras de aço estudada pode ser considerada de alta qualidade, pois, de acordo com Mindess (9, 10), possui um percentual de fibras de aço aci- ma do recomendado para concretos de alta resistência (1,32%), garantindo um aumento de desempenho de suas propriedades mecânicas. Além disso, outro parâmetro que indica a qualidade dessa amostra é a porosidade total, que no caso deste estudo foi igual a 1,5%. Esse valor pode ser considerado baixo e influencia diretamente o aumento da

Fase Volume (mm3) Percentual (%)Poros 604,69 1,58Matriz 37028,19 97,09Fibras de aço 504,55 1,32Total 38137,43 _

Tabela 2 - Resultados da microCT para amostra de concreto do estudo 1.

durabilidade do concreto porque de acordo com Pêssoa (11) são considerados concretos de excelente qualidade aqueles que possuem porosidade em torno de 1%.

A Figura 6 ilustra a distribuição 3D das fibras de aço dentro do volume de interesse estudado, a partir da visualização dos modelos tridimensionais das fases da amostra. Na figura é possível verificar a não uniformidade desta distribuição, pois esta apresenta um comportamento aleatório, o que pode resultar em uma diminuição da eficiência das fibras no que diz respeito à contenção do avanço de fissuras no concreto de alta resistência. Esse comportamento de distribuição não uniforme pode sugerir um problema na aderência da fibra-matriz por meio do efeito de ancoragem.

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Estudo 2: A partir das imagens reconstruídas (Figura 7) da amostra DR (despressurizada rapidamente) foi possível visualizar os poros e também a presença de fissuras, destacadas em vermelho. Por inspeção visual das fatias reconstruídas verificou-se que as fissuras estavam presentes em maior quantidade em regiões mais próximas à borda da amostra. Após o processamento de imagem, combinando a morfologia

Figura 6 - Modelos 3D das diferentes fases do concreto reforçado: (A) poros; (B) matriz + poros + fibras de aço e (C) fibras de aço (5)

Figura 7 - Fatias reconstruídas do topo da amostra DR (7).

Figura 8 - Espaço vazio de uma faixa de 4,8 mm de altu-ra da amostra DR (7)

e a intensidade de nível de cinza, foram distinguidos os espaços vazios em fissuras e poros. A Figura 8 apresenta uma faixa de 4,8 mm de altura do topo da amostra DR destacando os poros e fissuras quantificados. Nessa figura foi possível observar a distribuição espacial dos espaços vazios no interior da amostra. Enquanto os poros estão presentes em toda a porção estudada da amostra, as fissuras estão mais próximas à borda.

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No caso da amostra DL (despressurizada lentamente), a Figura 9 apresenta as fatias reconstruídas do topo dessa amostra. Nessa amostra não foram verificadas fissuras por meio da inspeção visual das fatias reconstruídas. Entretanto, verificou-se a presença de algum material nos poros. A mudança na morfologia dos poros se deu devido à precipi- tação de produtos hidratados, neste espaço provavelmente durante o lento processo de despressurização. A Figura 10

apresenta uma faixa de 4,8 mm do topo da amostra que foi despressurizada lentamente após a classificação dos espaços vazios em fissuras e poros. Nesse caso, de despressurização lenta, só foram detectados poros. A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos pela quantificação do espaço vazio da amostra 1 e da amostra 2. No caso da amostra 2, apenas o espaço poroso do topo foi quantificado, pois foi verificado na amostra 1 que esta região possuía mais fissuras.

Amostra Despressurização Poros (mm3) Trincas (mm3) Poros (%) Trincas (%)Amostra DR Rápida (1 min) 353,35 95,14 1,69 0,33Amostra DL Lenta (45 min) 364,91 0 1,26 0

Tabela 3 - Caracterização do espaço vazio das amostras do estudo 4.

Quanto à presença de trincas ou fissuras, as amos- tras despressurizadas rapidamente apresentaram fissu- ras,diferentes da amostra despressurizada lentamente, na qual não foi quantificado volume no espaço vazio referente

às fissuras. No entanto, deve-se considerar que devido ao tamanho de pixel ajustado para a aquisição das imagens, assim como para os poros, o ensaio detectou apenas fissuras com largura superior a 15 μm.

Figura 10 - Espaço vazio de uma faixa de 4,8 mm de altura da amostra DL (7)

Figura 9 - Fatias reconstruídas do topo daamostra DL (7)

Estudo 3: Analisando as imagens foi possível avaliar as estruturas das amostras e foram observados alguns poros e falta de adesão entre as camadas da amostra original, como mostra a Figura 11. Essa falta de adesão entre as camadas aumenta bastante na amostra que ficou mergulhada em líquido básico, o que não ocorreu com as outras duas amostras. A amostra que ficou mergulhada em líquido básico

também foi a que sofreu maior degradação na sua estrutura, na maioria das vezes começando nas bordas e propagando- -se para o interior da amostra (Figuras 12 e 13).

A amostra mergulhada em água do mar apresentou certa quantidade de sal depositada em sua superfície, mas que não se propagou para o interior da amostra. Esse sal pode ser observado como pontos brancos nas Figuras 14 e 15. Essa

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amostra também apresentou algumas falhas estruturais, como poros e delaminações (Figura 14).

A amostra depositada em óleo foi a que apresentou a menor mudança estrutural em comparação à original. Porém,

por ter ficado impregnada de óleo o escaneamento ficou prejudicado, pois o óleo no interior da amostra ocasionou artefatos nas imagens fazendo com que elas perdessem a nitidez, como pode ser observado nas Figuras 16 e 17.

Figura 11 - Resultados qualitativos da amostra original, (A) corte axial onde as setas amarelas indicam poros e a seta vermelha in-

dica delaminações; (B) modelos 3D mostrando a estrutura interna.

Figura 12 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em líquido básico; (A) corte sagital (B) corte axial; (C) corte coronal,

onde as setas vermelhas indicam os locais de degradaçãoestrutural da amostra.

Figura 13 - Modelos 3D mostrando a estrutura interna da amostra mergulhada em líquido básico.

Figura 14 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em água do mar; (A) corte coronal; (B) corte axia; (C) corte sagital,

onde a seta amarela indica um poro, as setas vermelhas indicam os locais de degradação estrutural da amostra e a seta verde o sal

depositado em sua superfície.

Figura 15 - Modelos 3D representando a estrutura interna da amostra mergulhada em água do mar e os pontos mais claros

mostram o sal depositado na superfície.

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4. CONCLUSÃO

Para os três estudos a microtomografia computadorizada de alta resolução mostrou-se uma técnica adequada para a caracterização dos materiais avaliados.

Para o estudo 1 foi possível avaliar quantitativa e quali- tativamente o volume e distribuição de espessura de poros e fibras de aço, bem como a distribuição espacial dessas fibras ao longo da amostra de concreto.

Para o estudo 2 os resultados obtidos demonstram clara- mente a adequação da microtomografia como técnica não invasiva para a investigação do espaço poroso, poros e fissuras, em escala tridimensional de pastas de cimento. Com base nos resultados obtidos por microCT foi possível concluir que a rápida despressurização das amostras de cimento

Figura 16 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em óleo; (A) corte sagital; (B) corte axial; (C) corte coronal, é percep-tível à falta de nitidez devido a presença de óleo. A seta amarela

indica um poro, a seta vermelha indica um pequeno local de degradação estrutural da amostra.

Figura 17 - Modelos 3D mostrando a estrutura interna daamostra mergulhada em óleo.

provocou microfissuras com mais de 15 μm de largura. Por outro lado, quando as amostras foram despressurizadas em um período de 45 min, não foram verificadas fissuras, considerando a escala analisada. Nesse caso, foi possível detectar apenas mudanças na morfologia dos poros.

No estudo os 3 resultados expuseram a técnica de microCT como uma ferramenta adequada e capaz de auxiliar e agregar informações na caracterização de materiais compósitos, mostrando em três dimensões as estruturas que os compõem.

Os resultados evidenciam a crescente gama de aplicação da técnica de microCT e suas potenciais utilizações na indústria.

AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer à Petrobras, CNPq, Capes e Faperj pelo apoio financeiro para desenvolver os estudos. Agradecem também ao Programa de Engenharia Civil e ao Programa de Engenharia Metalúrgica e de Mate- riais da Ufrj.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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c a l e n d á r i o

FEVEREIRO DATA LOCALLÍQUIDO PENETRANTE N3 13 a 17 AbendiEND EM MATERIAIS COMPÓSITOS 14 e 15 AbendiWEBINAR - RECICLAGEM PARA INSTRUTORES DE OTS 14 AbendiDOCUMENTOS TÉCNICOS DE SOLDAGEM E END 20 a 24 AbendiRBI - INSPEÇÃO BASEADA EM RISCOS 20 a 24 Abendi

UNIDADE BAHIA JANEIRO DATALÍQUIDO PENETRANTE N2 9 a 20LÍQUIDO PENETRANTE N2 9 a 28 CONTROLE DIMENSIONAL N2 - CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO 9/1 a 4/3 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 21/1 a 18/2 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 23/1 a 1/2

MARÇO DATA LOCALINSPEÇÃO DE DUTOS TERRESTRES, ENSAIOS E TESTES 13 a 17 AbendiPARTÍCULAS MAGNÉTICAS N3 13 a 17 AbendiSOFTWARE ESBEAM TOOL 13 e 14 Abendi e IntermetroBÁSICO DE END 20 a 24 AbendiIEQ - INSPETOR DE EQUIPAMENTOS 20 Abendi e FBTSMBA GESTÃO INDUSTRIAL 24 Abendi e IELMETALURGIA E TRATAMENTOS TÉRMICOS (REVISÃO PROVA A) 27 e 18 Abendi

FEVEREIRO DATAULTRASSOM N2 13/2 a 15/3 PARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 20/2 a 11/3

UNIDADE SANTOSJANEIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 14/1 a 11/2 LÍQUIDO PENETRANTE N2 23/1 a 11/2

UNIDADE SÃO PAULOJANEIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 9 a 13ULTRASSOM NÍVEL 1 CHAPA LAMINADA 9 a 18PARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 9 a 20 LÍQUIDO PENETRANTE N2 9 a 28 ULTRASSOM N2 9 a 30

FEVEREIRO DATAPARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 13/2 a 4/3 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 20/2 a 2/3

CONTROLE DIMENSIONAL DE TOPOGRAFIA INDUSTRIAL 16/1 a 9/2 LÍQUIDO PENETRANTE N2 21/1 a 25/3 ENSAIO RADIOGRÁFICO N2 30/1 a 17/2

FEVEREIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 6 a 15 ULTRASSOM N1 CHAPA LAMINADA 6 a 21 ULTRASSOM N2 6/2 a 8/3 PARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 11/2 a 15/4 LÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 13 a 24 PARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 13/2 a 4/3CONTROLE DIMENSIONAL N2 - CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO 13/2 a 13/3 TESTE POR PONTOS NÍVEL 2 20/2 a 2/3CONTROLE DIMENSIONAL N2 - CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO 20/2 a 20/3

UNIDADE TAUBATÉ JANEIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 14/1 a 11/2 LÍQUIDO PENETRANTE N2 16 a 27 LÍQUIDO PENETRANTE N2 16/1 a 4/2 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 23/1 a 1/2 FEVEREIRO DATAPARTÍCULAS MAGNÉTICAS N2 13/2 a 4/3 ULTRASSOM N2 20/2 a 22/3

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