O Cisma do Oriente

13
Unidade na diversidade: uma fé, vários caminhos

Transcript of O Cisma do Oriente

Page 1: O Cisma do Oriente

Unidade na diversidade:

uma fé, vários caminhos

Page 2: O Cisma do Oriente

Unidade na diversidade: uma fé, vários caminhos

Nesta unidade vamos refletir sobre:

• A unidade do Cristianismo

• O cisma do Oriente

• O cisma do Ocidente

• As Igrejas da reforma

• A organização interna da Bíblia

• A formação do Antigo e do Novo Testamentos

• O movimento ecuménico

Page 3: O Cisma do Oriente

O Cristianismo

Assenta a sua fé e a sua esperança em Jesus Cristo.

Jesus e os seus discípulos viveram num período histórico em que o

império romano dominava grande parte do mundo conhecido e Roma

era a capital desse imenso império.

Page 4: O Cisma do Oriente

Herdeiro do Judaísmo e enriquecido pela civilização greco-romana, o

Cristianismo, apesar de três séculos de perseguições, criou raízes na vida

de muitos homens e mulheres.

O Cristianismo tornou-se universal e alcançou bastante vitalidade.

Page 5: O Cisma do Oriente

Ao longo do primeiro milénio, apesar de pequenas divergências e

separações, o Cristianismo manteve-se globalmente unido.

Page 6: O Cisma do Oriente

A palavra ‘cisma’ — do grego skhisma («fenda; separação»), por via do

latim schisma — significa dissidência religiosa, separação de uma

determinada religião.

Page 8: O Cisma do Oriente

235

Diocleciano assume o poder.Dá-se início à era dos Mártires.

Constantino torna-se o primeiro imperador cristão e promulga a liberdade religiosa

312

Fundação de Constantinopla

324

Édito de Tessalónica, Teodósio declara o Cristianismo, religião oficial do Império.

380

Após a morte de Teodósio, o império romano é dividido

395 476

Invasão de Roma.Fim do Império Romano do Ocidente.

Page 9: O Cisma do Oriente

As diferenças entre as Igrejas do Ocidente e do Oriente, já evidentes no século IV,

tornam-se mais precisas durante os séculos seguintes. As suas causas eram

múltiplas:

• tradições culturais distintas (greco-oriental por um lado, romano-

germânica por outro);

• a ignorância mútua, não só das línguas, mas também das respetivas

literaturas teológicas;

• divergências de ordem cultural ou eclesiástica

• a ordenação de homens casados, proibida no Ocidente;

• o uso do pão ázimo no Ocidente, e do pão com fermento no Oriente;

• a água acrescentada ao vinho da Eucaristia no Ocidente.

Page 10: O Cisma do Oriente

Para além disso:

• Certos desenvolvimentos do culto e das instituições eclesiásticas

conferem ao Cristianismo oriental uma fisionomia peculiar.

• A importância da veneração dos ícones no Império Bizantino

• a adição do filioque ao Credo de Niceia e Constantinopla — o trecho

passava a ter a seguinte leitura: «O Espírito procede do Pai e do Filho»

Aumentou a animosidade dos ocidentais contra os orientais.

Page 11: O Cisma do Oriente

Surgem assim dois ramos no tronco do Cristianismo:

a Igreja latina

‘católica’

e a Igreja oriental

‘ortodoxa’.

Page 12: O Cisma do Oriente

No ano de 1054, numa tentativa de diálogo e conciliação, um enviado do papa

(cardeal Humberto) foi a Constantinopla, mas a tentativa saiu frustrada e

aconteceu a separação (cisma). O cardeal, em nome do papa Leão IX, dirige-se à

Basílica de Santa Sofia e excomunga o patriarca Miguel Cerulário. Este, como

resposta, excomunga o cardeal. Com estes gestos, repletos de falta de

compreensão e de caridade, cada um considera-se portador da verdade e expulsa

dessa fé e dessa comunhão o outro.

Page 13: O Cisma do Oriente

Católicos e ortodoxos, apesar dos encontros e abraços fraternos entre os

seus líderes, continuam separados.