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Volume 79 - número 2 Julho/dezembro - 2017 ISSN – 0366-0567 O BIOLÓGICO Suplemento

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Volume 79 - número 2Julho/dezembro - 2017ISSN – 0366-0567

O BIOLÓGICOSuplemento

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Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Instituto Biológico

Governador do Estado

Geraldo Alckmin

Secretário de Agricultura e Abastecimento

Arnaldo Jardim

Secretário-Adjunto

Rubens Naman Rizek Junior

Chefe de Gabinete

Omar Cassim Neto

Coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Orlando Melo de Castro

Diretor-Geral do Instituto Biológico

Antonio Batista Filho

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO BIOLÓGICO

O BIOLÓGICOSuplemento

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Exemplares desta publicação podem ser solicitados ao:

Instituto BiológicoCentro de Comunicação e Transferência do ConhecimentoNúcleo de Editoração Técnico CientificaEmail: [email protected]. Cons. Rodrigues Alves, 1252CEP 04014-900 - São Paulo - SPTelefone: (0xx11) 5087-1700 (PABX) ramal 1703Fax: (0xx11) 5087-1790http://www.biologico.brE-mail: [email protected] editor chefe: [email protected] Postal 12.898 ou 12.959 - 04010-970 - São Paulo – SP

Projeto gráfico e editoração: Linea Creativa

A redação e ortografia dos artigos são de inteira responsabilidade dos respectivos autores.

O BIOLÓGICO – (São Paulo) Instituto Biológico v.2, n.2 (1935) - São Paulo : O Instituto, 1935 - SemestralInclui resumos em Português e InglêsPublica Suplemento 1935-2017 - 2 - 79

1. Patologia animal 2. Patologia vegetal 3. Parasitologia animal 4. Parasitologia vegetal. I. Instituto Biológico (São Paulo, SP) II. São Paulo (Estado). Secretaria de Agricultura e Abastecimento

ISS 0366-0567 (versão impressa) CDD 619-6ISSN 1980-6221 (versão on line) 581-2

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INSTITUTO BIOLÓGICODiretor Geral - Antonio Batista Filho

1o Diretor Substituto - Ana Eugênia de Carvalho Campos 2o Diretor Substituto - Josete Garcia Bersano

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO

Diretor - Tânia Cristina Penido Paes Manso

Núcleo de Editoração Técnico-Científica Maria de Fátima de Arruda Leite (Diretor Tecnico I)

Núcleo de Qualificação de Recursos Humanos Livia da Silva Guarnieri (Diretor Técnico I)

Núcleo de Comunicação Institucional Tânia Cristina Penido Paes Manso (Diretor Técnico I)

Núcleo de Negócios Tecnológicos Fernanda dos Reis Simioni (Diretora)

Núcleo de Informática para os Agronegócios Edite Siqueira Rodrigues (Diretor Técnico I)

Núcleo de Informação e Documentação Roberto Tadeu da Silva (Diretor Técnico I)

Museu do Instituto Biológico Silvana D’Agostini

CENTRO DE P&D DE SANIDADE VEGETALDiretor - João Justi Junior

Addolorata Colariccio, Alexandre Levi Rodrigues Chaves, Christiane Ceriani Aparecido, Cleusa Maria Maria Lucon, Eduardo Monteiro de Campos Nogueira, Eliana Borges Rivas, Fernando Javier Sanhueza Salas, Iêda Mascarenhas Louzeiro Terçariol, Jesus Guerino Töfoli, Josiane Takassaki Ferrari, Lígia Maria Lembo Duarte, Marcelo Eiras, Marcos César Gonçalves, Maria Amélia Vaz Alexandre, Ricardo Harakava, Ricardo José Domingues, Sergio Ide, Silvia Regina Galleti Queiroz e Teresa Jocys.

URL em Fitossanidade - Teresa Jocys (Diretor)

ULR em Pragas Urbanas - Francisco José Zorzenon (Diretor), Simone Bacilieri

CENTRO DE P&D DE SANIDADE ANIMALDiretora - Josete Garcia Bersano

Adriana Hellmeister de Campos Nogueira, Alessandra Figueiredo de Castro Nassar, Ana Maria Cristina Rebello Pinto da Fonseca Martins, Claudia Del Fava, Cláudia Pestana Ribeiro, Cristina Corsi Dib, Edlayne Gonçalez, Edviges Maristela Pituco, Eliana De Stefano, Eliana Monteforte Cassaro Villalobos, Eliana Scarcelli Pinheiro, Fernanda Calvo Duarte, Isabela Cristina Simoni, Joana D’Arc Felício de Souza, Leonardo Costa Fiorini, Lília Márcia Paulin Silva, Líria Hiromi Okuda, Márcia Cristina Mendes, Márcia Helena Braga Catroxo, Maria do Carmo Custódio de Souza Hunold Lara, Maria Cristina de Vasconcellos Bilynskyj, Maria Helena Rossi, Maria Judite Bittencourt Fernandes, Maria Maia Braggio, Maristela Vasconcellos Cardoso, Renato Akio Ogata, Rosa Maria Piatti, Simone Miyashiro, Sumika Kiyota e Vanessa Castro.

Biotério - Renata Haddad Esper (Chefe)

URL em Diagnóstico de Enfermidades e Produtos de Origem Animal Simone Miyashiro (Diretora)

URL para Produção de Imunobiológicos e Insumos para Uso Animal Ricardo Spacagna Jordão (Responsável Técnico)

Assessora de Ação Regional Harumi Hojo

Assessoras Ana Eugênia de Carvalho Campos, Lia Emi Nakagawa e Nayte Vitiello

CENTRO DE P&D DE PROTEÇÃO AMBIENTALDiretor - Marcos Roberto Potenza

Amir Bertoni Gebara, Cláudia Helena Pastor Ciscato, Cristina Dini Staliano, Eliane Vieira, Emerson Sanches Narciso, Magda Regina Santiago Moreira, Rita de Cássia Boccuzzi Prisco, Sérgio Henrique Monteiro.

CENTRO EXPERIMENTAL CENTRAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO

Diretor - Daniel Andrade de Siqueira Franco

Adalton Raga, André Luiz Matioli, Cesar Junior Bueno, Cláudio Marcelo Gonçalves de Oliveira, Dalva Gabriel, Flávia Rodrigues Alves Patrício, Flávio Martins Garcia Blanco, Gisèle Maria Fantin, Luís Garrigós Leite, Luís Otávio Saggion Beriam, Marcus Barifouse Matallo, Maria Celeste Teixeira Diniz, Mário Eidi Sato, Miguel Francisco de Souza Filho, Mônica Accaui Marcondes de Moura e Mello, Roberto Kazuhiro Kubo, Sydnei Dionísio Batista de Almeida, Silvânia Helena Furlan, Suzete Aparecido Lanza Destéfano, e Valmir Antonio Costa

URL em Diagnótico de Doenças e Pragas de Produtos Vegetais - Romildo Cássio Siloto (Diretor)

Núcleo de Apoio Administrativo - Maria Stella dos Santos Marcelino (Diretora)

CENTRO AVANÇADO DE PESQUISA TECNOLÓGICA DO

AGRONEGÓCIO AVÍCOLADiretor - Ana Maria Iba Kanashiro

Ana Lúcia Sicchiroli Paschoal Cardoso, Greice Filomena Zanatta e Renato Luiz Luciano.

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento - Ana Lúcia Sicchiroli Paschoal Cardoso (Diretora)

Núcleo de Informação e Transferência do Conhecimento - Eliana Neire Castiglioni Tessari

Unidade de P&D de Bastos - Marcos Roberto Buim (Chefe), Elisabeth A. Lopes Guastalli e Eliane Aparecida Benato.

CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO DA PESQUISA E DESENVOLVIMENTODiretora - Janine dos Reis Barbosa de Barros

Núcleo de Finanças - Cleonice Ramalho (Diretora)

Núcleo de Informática Administrativa - Cristiane Faria Lima da Rocha (Diretora)

Núcleo de Infraestrutura - Solange A. Sanches (Diretor)

Núcleo de Pessoal - Meirevanda Santos Mota (Diretora)

Núcleo de Suprimentos - Alyne de Fátima Ramos (Diretor)

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O Biológicov.79, nº 2, jul./dez., 2017

EditorAntonio Batista Filho

Editor ExecutivoMárcia Maria Rebouças

Conselho EditorialAntonio Batista Filho

Márcia Maria RebouçasAlessandra Figueiredo de Castro Nassar

Ana Eugênia de Carvalho CamposAntonio Guilherme M. de Castro

Edviges Maristela PitucoEliana Borges Rivas

Joana D’Arc Felício de SouzaJosete Garcia Bersano

Marcos Roberto PotenzaNayte Vitiello

Ricardo HarakavaValmir Antonio Costa

Comitê CientíficoAlessandra Figueiredo de Castro Nassar

Ana Maria Iba KanashiroAndré Luiz Matioli

Antonio Carlos MaringoniAntonio Luiz Cerdeira

Cláudio Marcelo G. de OliveiraDalva Gabriel

Eliana M. C. VillalobosEliane VieiraHarumi Hojo

Helena Lage FerreiraIsabela C. Simoni

Jane MegidJesus Guerino Töfoli

José Eduardo M. Almeida

Luis Francisco A. AlvesMárcia Ortiz Mayo Marques

Renato Luís LucianoRicardo S. JordãoSimoni Myiashiro

Teresa JocysVera Cláudia M. Curci

Diretoria de redaçãoFernando J. S. Salas – Espanhol

Ricardo Harakava – InglêsSilvana D’Agostini – Português

Edição EletrônicaMaria de Fátima de Arruda Leite

Tânia Cristina P. P. Manso

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Editorial

A Revista O Biológico recebe, neste Suplemento, os resumos dos trabalhos que serão

apresentados no V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal – ENDESA, que ocorrerá em

Belém, Pará. O tema abordado será “Serviço Veterinário Brasileiro: em busca da sustentabilidade”.

Muito nos honra termos, em uma de nossas publicações, tão importante evento, que

congrega médicos-veterinários de uma grande parte do Brasil, como se segue: Acre, Amapá,

Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná,

Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo,

Tocantins e Distrito Federal.

A publicação será online e estará à disposição dos participantes durante o evento.

Esperamos que o evento seja aclamado pelo sucesso que, temos certeza, trará uma grande

quantidade de informações necessárias à complementação do conhecimento de cada um dos

inscritos.

Parabéns aos organizadores.

O reflexo do que se faz com abnegação é completo, pois se contempla, a cada momento, a

eficiência dos envolvidos no pretendido.

Márcia Maria Rebouças

Editora ExecutivaO Biológico

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Sumário

Comissão Organizadora ............................................................................................. 7

Programação .............................................................................................................. 8

Apresentação ........................................................................................................... 12

Relação dos resumos pela ordem numérica .................................................... 13 - 20

Resumos dos trabalhos .................................................................................... 21 - 93

Índice por autor................................................................................................. 94 - 97

Índice por palavras-chave .............................................................................. 98 - 101

V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA 2017

O Biológicov.79, n.2, p. 9-43, jul./dez., 2017

Suplemento

Moção do V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA 2017Em busca da sustentabilidade....................................................................... 103 - 104

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V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA 2017M

Comissão Organizadora ENDESA 2017

Departamento de Saúde Animal - DSA/SDA/MAPA

Eduardo de Azevedo Pedrosa Cunha Liciane Monteiro Moreira Cavalcante

Lia Treptow Coswig

Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária no Pará

Luciana Cherr Ribeiro

Coordenação-Geral de Comunicação Social - CGCS/ACE/MAPA

Paola Stephane S. Le Gargasson Coimbra

Coordenação-Geral de Eventos e Cerimonial - CGEC/ACE/MAPA

Janaína Raquel da Silva PiccianiLuciana Albuquerque Ferreira

Tathiane de Assis Freitas

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca -SEDAP/PA

Rosirayna Maria Rodrigues

Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará - ADEPARÁ

Gláucio Antônio Rocha Galindo

Conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará - CRMV/PA

Maria Antonieta Martorano Priante

Instituto Biológico/APTA/Secretaria de Agricultura e Abastecimento do

Estado de São Paulo Edviges Maristela Pituco

Apoio à Comissão OrganizadoraAlba Luisa Pereira Ribeiro Said

Isabella FontanaTatiana Maslowa Pegado de Azevedo

Valéria Stacchini Ferreira Homem

Comissão CientíficaDiego Viali dos Santos

Maria do Carmo Pessoa SilvaEduardo de Azevedo Pedrosa Cunha

Edviges Maristela Pituco

Apoio à Comissão Científica

Alberto Gomes da Silva JúniorBernardo Todeschini

Daniel Prado MachadoDiego Menezes de Brito

Eduardo de Azevedo Pedrosa CunhaElaine Fátima de Sena

Ellen Elizabeth LaurindoGabriela Bicca da Silveira

Heitor David MedeirosHélia Lemos da Silva

Isabella FontanaKatherine Sharlene Barbosa Fragoso

Lia Treptow CoswigMarcia Martins Lopes

Marcio Antonio Piani PereiraTatiana Maslowa Pegado de Azevedo

Valéria Burmeister Martins

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Dia 4 /12Deslocamentos

9h Reuniões internas de dirigentes do DSA e com veterinários oficiais federais

14h-16h Inscrições/ Reuniões internas de dirigentes do DSA e com veterinários oficiais federais

16h30 AberturaComposição da mesa

Discursos

Abordagens temáticas da mesa:Caminhos para um Serviço Veterinário eficiente e sustentável Desafios e conquistas da defesa sanitária animal no ParáO médico veterinário privado como estratégia de fortalecimento do Serviço veterinário brasileiro Premiação e homenagens

18h30 Coquetel de boas vindas

Dia 5 /12Sala Amazonas - dia 05

8h30Plenária (PL): Centenário do ensino da medicina veterinária no Brasil - Milton Thiago de Mello/IMTM

9h10 Plenária (PL): Bioterrorismo, Biodefesa e Biossegurança - B³ - Ricardo Queiroz/ABIN

9h50 - 10h25

Plenária (PL): A aplicação da epidemiologia no serviço veterinário brasileiro: o que aprendemos e o que mudar? - Vitor S.P. Gonçalves/UnB

10h25 Pausa

Sala Amazonas - dia 05

10h45Plenária (PL): Como avaliar e impulsionar a qualidade e desempenho do serviço veterinário brasileiro? - Nilton Antonio de Morais/MAPA

11h25Plenária (PL): Estratégias e logística para prontidão em emergências sanitárias Cristobal Zepeda (APHIS/USDA)

12h05 - 12h40

Plenária (PL): Como assegurar uma estrutura leve, ágil, flexível, autônoma e sustentável de serviço veterinário? Inacio Kroetz/FONESA

12h40 Almoço

Sala Açaí - dia 05 Bloco Saúde de Abelhas e Equinos

14h30Apresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio - Alberto Gomes Júnior/MAPA

15hApresentação Oral (AO): Aethina tumida: o que aprendemos, o que melhorar? Gabriel Torres/MAPA

15h30Apresentação Oral (AO): Mormo: um novo olhar sob um velho desafio Fernando Leandro dos Santos/UFRPE

16h -16h30 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Tacacá - dia 05

Bloco Laboratórios

14h30

Apresentação Oral (AO): Laboratórios credenciados: estratégias para aumento da prestação de serviço com qualidade Rodrigo Nazareno/MAPA

15h30

Apresentação Oral (AO): Lanagro São Paulo: ações como laboratorio de referência da OIE para influenza aviaria Dilmara Reischak/MAPA

15h

Apresentação Oral (AO): Rede laboratorial oficial de análise em animais aquaticos: estratégias para seguir prestando serviço e gerando inovação - Rodrigo Nazareno/MAPA

16h - 16h30 Perguntas, respostas e debate do bloco

16h30 Coffee Break Vespertino

Sala Carimbó - dia 05

Bloco Saúde de Ruminantes

16h50Apresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio - Valéria Martins/MAPA

17h20Apresentação Oral (AO): Peste Bovina: ações que culminaram com a erradicação no Brasil e no mundo - Josélio Moura/SBMV

17h50Apresentação Oral (AO): Experiência da Espanha no enfrentamento do Scrapie - Beatriz Muñoz Hurtado/MAPAMA - Espanha

18h20

Ignite Talk (IT): Brasil: país livre de pleuropneumonia contagiosa bovina com reconhecimento da OIE Luna Lisboa/MAPA

V ENDESA - Belém do Pará - 2017Caminhos para um Serviço Veterinário Sustentável

Programação:

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18h25Ignite Talk (IT): Controle oficial de Brucella ovis: experiência no RS Ivo Kohek/SEAPI-RS

18h30Ignite Talk (IT): Lentiviroses de caprinos e ovinos: reduzindo impactos Roberto Soares de Castro/UFRPE

18h35Ignite Talk (IT): Panorama da raiva dos herbívoros no Brasil Marcio Antonio Piani/MAPA

18h40Ignite Talk (IT): Estudo de avaliação econômica do controle de brucelose em MT Jociane Cristina Quixabeira/INDEA

18h45 - 19h15 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Açaí - dia 05

Bloco Bem-estar animal

16h50Apresentação Oral (AO): Ações do MAPA para o fomento do bem-estar animal (BEA) - Charli Ludtke/MAPA

17h20 Apresentação Oral (AO): One Welfare Rebeca García/UK One Welfare

17h50Ignite Talk (IT): O que já sabemos so-bre bem-estar de vertebrados aquáticos? Carla Molento/UFPR

17h55Ignite Talk (IT): O que já sabemos de bem-estar de invertebrados aquáticos? Carla Molento/UFPR

18h Ignite Talk (IT): Diretrizes da OIE para o bem-es-tar animal - Patrícia Pozzetti/MAPA

18h05 Ignite Talk (IT): Bem-estar animal do ponto de vista jurídico. Carolina Toschi Maciel/HSI Brasil

18h15 - 18h50 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Tacacá - dia 05

Bloco Saúde Única

16h50

Apresentação Oral (AO): Gestão ambiental na contenção de enfermidades zoonóticas - Helia Maria Piedade (Secretaria do Meio Ambiente/SP)

17h20

Apresentação Oral (AO): Leishmaniose: vacina, tratamento ou sacrifício animal como estratégia de saúde única? - Francisco Edilson Ferreira de Lima Júnior/MS

17h50Apresentação Oral (AO): Mapping hot spots for emerging zoonotic diseases Gustavo Machado/NCSU/ EUA

18h20 - 18h50 Perguntas, respostas e debate do bloco

Livre

Dia 6 /12Sala Xingu - dia 06

8h30Plenária (PL): Risk Assessment and quantitative simulation modeling in public veterinary services Mo Salman/Colorado State University

9h10Plenária (PL): Economically sustainable methods to assess disease risk in terrestrial and aquatic food animals - Ian Gardner/UPEI

9h50 - 10h25

Plenária (PL): Estratégia nacional para avaliação e melhoria do SVO José Ricardo Lobo/MAPA

Sala Marajó - dia 06 8h - 10h25

Reunião do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul - CVP

10h25 Pausa

Sala Xingu - dia 06 Mesa Redonda (MR): Financiamento

da Defesa Sanitária Animal: importância, mecanismos e soluções

Apresentações introdutórias à discussão:

10h45

Plenária (PL): Animal Health Economics: examples of successful and sustainable health programs in the eradication and control of notifiable diseases - Camille Bellet/Institute of Infection and Global Health University of Liverpool

11h15

Plenária (PL): The OIE World Animal Health and Welfare Fund as mechanism of international support and cooperation in animal health Luis Osvaldo Barcos/OIE

11h45 - 12h40

Composição da mesa e debates Moderação: Heitor David Medeiros/MAPA

Sala Marajó - dia 06 10h45 - 12h40

Reunião do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul - CVP (continuação)

12h40 Almoço

Sala Castanheira - dia 06 Bloco Planejamento e Avaliação

em Saúde Animal

14hApresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio - Ronaldo Carneiro/MAPA

14h30Apresentação Oral (AO): Sistemas de vigilância baseados em risco e em eficiência no uso de informações e recursos Fernando Ferreira/USP

15hApresentação Oral (AO): Priorização de doenças para atuação do SVO Jaime Romero (IICA)

15h30 - 16h Perguntas, respostas e debate do bloco

V ENDESA - Programação

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Sala Tucuxi - dia 06

Bloco Animais Selvagens

14h

Apresentação Oral (AO): Plano Nacional de Controle de Suídeos Selvagens e sua interface com a defesa sanitária Virgínia Santiago/Embrapa Suínos e Aves

14h30 Apresentação Oral (AO): Doenças de búfalos na Amazônia - José Diomedes Barbosa Neto/UFPA

15h Ignite Talk (IT): Triquinelose em javalis no Brasil - Virgínia Santiago/Embrapa Suínos e Aves

15h05Ignite Talk (IT): Atualização sobre mapeamento de sítios e rotas de aves silvestres migratórias Denise de Magalhães Viegas/MAPA

15h10 Ignite Talk (IT): Lígua azul em cervídeos selvagens - Zélia Lobato /UFMG

15h15Ignite Talk (IT): Mudança da condição sanitária brasileira perante a OIE para doenças de anfíbios - Isabella Fontana/MAPA

15h20

Ignite Talk (IT): Panorama mundial das principais doenças de interface entre animais selvagens e de produção - Tatiana Maslowa P. de Azevedo/MAPA

15h30 - 16h Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Marajó - dia 06 14h - 16h

Reunião do Conselho de Secretários de Estado de Agricultura - CONSEAGRI

16h Coffee Break Vespertino

16h20 Sessão de Pôster (SP)

Sala Xingu - dia 06

17h - 18h30

Mesa Redonda (MR): Elaboração de moção com apontamentos para assegurar a sustentabilidade do serviço veterinário brasileiro

Sala Marajó - dia 06

16h20 - 18h30

Reunião do Conselho de Secretários de Estado de Agricultura - CONSEAGRI (continuação)

Livre

Dia 7 /12Sala Castanheira - dia 07

Bloco Saúde de Suínos

8h30Apresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio - Lia Treptow Coswig/MAPA

9h Apresentação Oral (AO): Compartimentação da cadeia produtiva de suínos - Décio Coutinho/CNA

9h30Apresentação Oral (AO): Ampliação da zona livre de peste suína clássica - Guilherme Takeda/MAPA

10h - 10h25 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Tucuxi - dia 07 Bloco Trânsito, Quarentena e Certificação

8hApresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio - Judi Nóbrega/MAPA

8h30

Apresentação Oral (AO): Quarentena e certificação para exportação de bovinos e bubalinos vivos - Luana Helene Oliveira das Chagas/MAPA

9hApresentação Oral (AO): Certificação de material genético como oportunidade de conquista de novos mercados - Rodrigo Padovani/MAPA

9h30

Apresentação Oral (AO): Rastreabilidade animal: o que o Brasil pode aprender da experiência europeia - Lucio Carbajo Goñi/Adido agrícola da Embaixada da Espanha

10h - 10h25 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Marajó - dia 07 8h - 10h25

Reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária - FONESA

10h25 Pausa

Sala Castanheira - dia 07 Bloco Saúde Animais Aquáticos

10h45

Apresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio Eduardo de Azevedo P. Cunha/MAPA

11h15

Apresentação Oral (AO): Compartmentalization and zonation for trade and disease control in aquaculture Ian Gardner/PEI University

11h45

Ignite Talk (IT): Resultado do OIE PVS tool para avaliação do serviço veterinário brasileiro para animais aquáticos Isabella Fontana/MAPA

V ENDESA - Programação

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11

11h50Ignite Talk (IT): Desafios para o monitoramento sanitário em aquicultura de reservatórios Marina Delphino/UnB

11h55

Ignite Talk (IT): Acantocefálos em peixes nativos: abordagem por meio do uso de ferramentas epidemiológicas - Amanda Sousa/USP

12hIgnite Talk (IT): Sanidade de peixes amazônicos: um visão além da ictioparasitologia Tatiana Maslowa de Azevedo/MAPA

12h05Ignite Talk (IT): Tilapia Lake Virus: a nova ameaça da tilapicultura mundial Henrique Figueiredo/UFMG

12h15 - 12h40 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Tucuxi - dia 07 Bloco Saúde das Aves

10h45

Apresentação Oral (AO): Resultados das ações oficiais dos últimos dois anos e prospecção para o próximo biênio Bruno Pessamilio/MAPA

11h15 Apresentação Oral (AO): Ações do Brasil frente à pandemia mundial de influenza aviária Diego Brito/MAPA

11h45Apresentação Oral (AO): Oportunidades frente a condição sanitária brasileira na avicultura Rui Vargas/ABPA

12h15 - 12h40 Perguntas, respostas e debate do bloco

Sala Marajó - dia 07

10h45 - 12h40

Reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária - FONESA (continuação)

12h40 Almoço

Sala Amazonas - dia 07 Mesa Redonda (MR) - Brasil livre de febre aftosa

Apresentações orais introdutórias:

14h

Plenária (PL): Estratégia para implementação da última etapa do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa Alejandro Rivera/PANAFTOSA

14h40

Plenária (PL): Plano Estratégico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Febre Aftosa 2017-2026 Plínio Lopes/MAPA

15h20 - 16h

Plenária (PL): Programa de vigilância em defesa agropecuária na faixa de fronteira Jorge Caetano/MAPA

Visita Técnica 1

13hVisita Técnica 1 (VT): Estabelecimento de Pré Embarque-EPE, em Santa Izabel na região metropolitana de Belém (participação limitada)

Visita Técnica 2

13hVisita Técnica 2 (VT): Estabelecimento de peixes ornamentais amazônicos na região metropolitana de Belém (participação limitada)

16h Coffee Break Vespertino

16h30

Mesa Redonda (MR): Brasil livre de Febre Aftosa. Composição de mesa e debates Moderadora: Eliana Lara/MAPA

18h Sessão de Pôster (SP)

20h Noite Paraense

Dia 8 /12Sala Amazonas - dia 08

9h

Plenária (PL): Papel da OIE para o enfrentamento da resistencia a antimicrobianos e ações em países de diferentes contextos sócio-econômicos . Luis Osvaldo Barcos/OIE

9h40

Plenária (PL): Abordagem de Saúde única na prevenção da resistência a antimicrobianos: impactos do Plano de Ação do Brasil para o setor regulado e para o Serviço Veterinário Brasileiro . Suzana Bresslau/MAPA, Rosângela Benevides/ANVISA e Synara Nô Seara Cordeiro/MS"

10h20

Plenária (PL): A pesquisa agropecuária aplicada à resistência a antimicrobianos: uma ameaça transversal - Jalusa Deon Kich/Embrapa Aves e Suínos

11h Pausa

11h30 Apresentação da Moção Sustentabilidade do Serviço Veterinário Brasileiro

Premiações e Homenagens

Encerramento

13h Fim do evento

Livre para deslocamentos

V ENDESA - Programação

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Apresentação O V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA 2017, promovido pelo Departamento de

Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi realizado em Belém/PA no período de 04 a 08/12/2017.

O ENDESA é o único evento que congrega todo o serviço veterinário brasileiro (privado e oficial) e de países do Cone Sul, o setor produtivo e representantes de instituições de ensino superior e pesquisa nacionais e internacionais num único objetivo convergente: discutir as políticas públicas para a saúde animal e apontar rumos para os investimentos públicos e privados em ações de fortalecimento da defesa sanitária animal e, por consequência, do agronegócio brasileiro.

Ao abordar o tema central, a Sustentabilidade do Serviço Veterinário Brasileiro - SVB, buscou-se discutir e demonstrar as principais fortalezas do Serviço, assim como encontrar soluções conjuntas para grandes desafios da saúde animal. Serviço veterinário sustentável é aquele que detém as qualidades necessárias à conservação da vida. O SVB atua na produção de alimentos seguros aos consumidores e em demais iniciativas que promovem a saúde única e o bem-estar único. Nestas ações, destacam-se aquelas relacionadas à prevenção, controle e erradicação de doenças e demais perigos que afetam os animais de produção, companhia, selvagens, o homem e o meio ambiente. As atividades do SVB se refletem na economia do País, visto que somente o agronegócio representa aproximadamente 23% do PIB nacional com fortes perspectivas de crescimento.

A garantia de um SVB sustentável beneficia diretamente a população brasileira e os parceiros comerciais internacionais que se relacionam com o setor produtivo pecuário brasileiro. Assegura-se o desenvolvimento econômico do país, a geração de renda pelo desenvolvimento das atividades pecuárias, o acesso a produtos seguros e de qualidade para alimentação, e sobretudo a conservação da saúde animal, humana e ambiental

Alinhado ao tema central do evento, foi realizada a prestação de contas das ações realizadas pelo MAPA em saúde de suínos, abelhas, animais aquáticos, ruminantes, equinos e aves, em epidemiologia, trânsito, quarentena, emergências zoosanitárias, avaliação de desempenho e fortalecimento dos serviços veterinários estaduais, além de temas transversais como certificação oficial, rastreabilidade, bem-estar animal, zoonoses, saúde de animais selvagens, resistência a antimicrobianos e apoio laboratorial. O V ENDESA também serviu como fórum de discussão com todo o serviço veterinário brasileiro reunido e cadeia produtiva representada para o planejamento estratégico das ações a serem realizadas no próximo biênio.

Como novidade do evento, nesta edição foi realizada a oferta de duas visitas técnicas a sistemas de produção de animais no Pará e a elaboração de uma moção com recomendações para assegurar a sustentabilidade do serviço veterinário brasileiro que é constituído por entes públicos e privados.

Comissão Organizadora ENDESA 2017

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V ENDESA

Resumos/Contents

001 - OFICINAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL EM SEMANAS ACADÊMICAS PROMOVIDAS POR FACULDADES DE MEDICINA VETERINÁRIA NO ESTADO DO PARANÁ. VIEIRA, R.G.V.; FREITAS, M.C.D.O.; COSTA JR, C.A.; DOGNANI, R.; DIAS, R.G.

002 - ANÁLISE DA BASE CADASTRAL DE ESTABELECIMENTOS RURAIS DO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL. PEDREIRA, H. A.; SENA, R. S.

003 - ANÁLISE DESCRITIVA DOS EVENTOS SANITÁRIOS SINDRÔMICOS REGISTRADOS NO SISTEMA CONTINENTAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (SIVCONT) NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2005 A 2016. ALVES, A.L.

004 - LEVANTAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES DE SÍNDROMES NEUROLÓGICAS PELO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO DISTRITO FEDERAL ENTRE 2010 E 2017. PINTO, E.G.A.; RAPOSO, R.S.; BUSO, D.S.

005 - ANÁLISE DOS REGISTROS ZOOSSANITÁRIOS DOS FORMULÁRIOS DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS E INFORMES EPIDEMIOLÓGICOS MENSAIS DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL DO AMAZONAS DE 2014 A 2016. MESQUITA, D.C.; SILVA, W.S.; CIRIANO, C.M.; SILVA, J.S.; PADINHA, J.S.; LIMA, H.R.; CABRAL, P.F.F.; REIS, A.C.; BELTRÃO, E.P.; PINTO, W.B.

006 - NOTIFICAÇÕES DE DOENÇAS RECEBIDAS PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2011 A 2016. GUIMARÃES, C. M. M.; SANTOS, T. M. V.; MOURA, J. I. A.; FORTES, P. F. G. A.; FERNANDES, L. C.; BARRETO, F. M.

007 - DADOS DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL REGISTRADOS NOS INFORMES EPIDEMIOLÓGICOS MENSAIS DO ESTADO DO CEARÁ, EM 2015 E 2016. LOUREIRO, A.M.; DE CARVALHO A.L.; GONÇALVES, A.G.C.M.; NETO, J.A.S.; NOJOSA, A.N; DA SILVA, C.J.; JÚNIOR, E.M.Q.; FILHO, F.C.C.; MORENO, J.O.; MAMEDES, J.E.L.; PINHEIRO, J.H.T.; DE ALENCAR, O.D.; NETO, P.C.O.; EVANGELISTA, R.A.E.; DE LIRA, S.F.; OLIVEIRA, T.E.S.; MARTINS, F.R.P

008 - VIGILÂNCIA SINDRÔMICA NO ESTADO DA PARAÍBA REALIZADA NO PERÍODO DE 2005 - 2015. LOPES, M.M.; SILVA, A. H.; LIMA, J.V.O.; VIANA, M. A. S.; BRAZ, V.B.

009 - PROPRIEDADES RURAIS FISCALIZADAS PELA ADAF EM VIGILÂNCIA ATIVA NO ESTADO AMAZONAS NO PERÍODO DE 2013-2016. BORGES, R.A.G.; CIRIANO, C.M.

010 - A PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO EM SANIDADE AGROPECUÁRIA. GEBARA, C.M.S.; MELANDA, H.; SILVA, M.; DOLIVEIRA, C. D.; SERA, A. W.;

011 - THE PROCESS OF THE INTERNATIONAL OFFICIAL RECOGNITION OF ANIMAL HEALTH SITUATION. SENA, E.F.; ALVES. L.L.; BORGES, C.H.P.

011a - O PROCESSO DE RECONHECIMENTO INTERNACIONAL OFICIAL EM SAÚDE ANIMAL. SENA, E.F.; ALVES. L.L.; BORGES, C.H.P.

012 - IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE TRIAGEM DE AMOSTRAS EM LABORATÓRIO CREDENCIADO NA REDE NACIONAL DE LABORATÓRIOS VETERINÁRIOS. MORAIS, J.S.C.; AMARAL, H.R.D.; NOLETO, P. G.; VIEIRA R.C.

013 - PARTICIPAÇÃO DO CRMV-GO E AGRODEFESA NA ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE, NAS AÇÕES DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL, NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2013 - 2017. BRAGA, R.S.; SILVA, M.O.; VIEIRA, R.C.

014 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA VETERINÁRIO EM ALAGOAS, DE 2007 A 2016. LAGES, S. L. S.; LACERDA, M. J. S. R.

015 - ATENDIMENTO A NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITAS DE ENFERMIDADES (VIGILÂNCIAS PASSIVAS) NO ESTADO DE GOIÁS EM 2016. TOLEDO, D.C.; LEAL, A.A.; SILVA, M.O.; REIS, S.A.

016 - ATENDIMENTOS A SUSPEITAS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO DISTRITO FEDERAL, NO PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DE 2017. OLIVEIRA, A.C.; CESAR, M.F.G; LICURGO, J.B.; DEFENSOR, R.H.; CAMPOS, E.B.C; MARSIAJ; P.A.P.

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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017 - 1225 TREINADOS APÓS 14 ANOS DE CURSO PNCEBT REALIZADO PELA ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DA UFG. SOUZA, A.M.; DIAS FILHO, F.C.; CUNHA, P.H.J.; JAYME, V.S.; MOURA, V.M.B.D.; BASTOS, T.S.A.; DAVID, G.N.I.; GALINDO, A.S.D.; PIRES, G.R.C.

018 - TEMPO DE AÇÃO E REAÇÃO DO SERVIÇO VETERINÁRIO DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2006 a 2016. PINHO, A.P.V.B.; CARMO, E. A. R.; SANTOS, G. F. S.; GALINDO, G. A. R.; OLIVEIRA, J. P.; TABOSA, K. F.; RIBEIRO, L. C.

019 - ATUAÇÃO DO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL NO FORTALECIMENTO DA DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ NO ANO DE 2016. GONÇALVES, A.G.C.M; NETO, P.C.O.; MORENO, J.O.; CARVALHO, A.L.; NETO, M.C.; LOUREIRO, A.M.; LIRA, S.F.; JÚNIOR, E.M.Q.; FILHO, F.C.C.; SILVA, C.B.; MAIA, F.A.L.; OLIVEIRA, C.S.; LIMA, R.R.; SOUSA, F.T.M.; ALENCAR, O.D.; SARAIVA, A.A.S.; MAGALHÃES, I.L.A.

020 - EMISSÃO DA E-GTA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE ABRIL A SETEMBRO DE 2017 E SUA MIGRAÇÃO PARA PGA. GONÇALVES, A.G.C.M; NETO, P.C.O.; NETO, J.A.S.; ROCHA, C.S.; QUIRINO, M. H. R.; CARVALHO, P.R.L.; MEDEIROS, E.G.; EVANGELISTA, R.A.E.; PINHEIRO, J.H.T.; MAMEDES, J.E.L.; SILVA, J.J.; ROCHA, H.P.

021 - O LÚDICO E A EDUCAÇÃO SANITÁRIA ANIMAL. OLIVEIRA, S.S.; LOPES, R.; CHIG, L.A.; ZARZENON, M.A.P.; OLIVEIRA, S.M.; DIDA, V.L.

022 - TREINAMENTO DE GRADUANDOS EM MEDICINA VETERINÁRIA EM AÇÕES DE DEFESA AGROPECUÁRIA COM ÊNFASE NO TRANSITO ANIMAL. FONSECA, A.A.; FREIRE, M.M.; MIYAKI, C.M; FOGAÇA, C.D; ROMITTO, G.C; CARSCH, G.; PAARMANN, F.A.

023 - ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO, PARASITOLÓGICO E MOLECULAR DA TRIPANOSSOMÍASE BOVINA DE AMOSTRAS ENCAMINHADAS AO HOSPITAL VETERINÁRIO DE UBERABA-MG. MACEDO, D.M.R., SILVA, C.C., GARCIA, G.C., NAVARRO, A.P.G., SOUZA, D.M., BITTAR, J. F.F., BITTAR, E.R.

024 - HEMOPARASITOSES EM BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ. SOUZA, M.G.M.; OLIVEIRA, G.S.; PEREIRA, W.L.A; BENIGNO, R.N.M.; BERNAL, M.K.M.; ANDRADE, S.L.S.; MOURA, M.A.O.; SARAIVA, D.K.P.; MONGER, S.G.B.; SOUZA, N.F.; SOUSA, R.T.R.; CARDOSO, A.M.C.

025 - SURTO DE TRICOSTRONGILOSE EM REBANHO BOVINO DO MUNICÍPIO DE COROMANDEL - MG. RELATO DE CASO. MOREIRA, M.A.S.; da SILVA, C.C.; PAULA, R.P.O.; RODRIGUES, D.A.

026 - Sarcocystis spp. EM AMOSTRAS DE VÍSCERAS IN NATURA DE BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS NO ESTADO DO PARÁ. CRUZ, R.S.; NETO, J.R.N.S.; ANDRADE, S.L.S.; MANGAS, T.P.; MARTINS-HATANO, F.; BERNAL, M.K.M.; SOUZA, M.G.M.; AGUIRRA, L.R.V.M.; BENIGNO, R.N.M.

027 - LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO DA RAIVA EM BOVINOS E EQUINOS NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2011 A SETEMBRO DE 2017. MORAES, A.C.P.; RAIOL, L.S.; FURTADO, D.M.; CORRÊA, L.T.G.; MOREIRA, L.G.S.; GOMES, E. K. P.; SILVA; L.C.S.; SILVA, R.N.S.

028 - ATENDIMENTO À NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA COM SUSPEITA DE RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA NO MUNICÍPIO DE AURORA DO PARÁ, REALIZADO PELO SERVIÇO VETERINÁRIO ESTADUAL DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ. LIMA, S. A.A.; FILHO, J. G. S.; LIMA, R. A. B.; PINHO, A.P.V.B.; CARMO, E. A. R.; GALINDO, G. A. R.; OLIVEIRA, J. P.

029 - LEVANTAMENTO DOS CASOS DE ESTOMATITE VESICULAR NO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2006 A 2017. LIMA, S. P. B.; BARRETO, F. M.; NEIVA, C. B.; MOURA, J. I. A.

030 - OCORRÊNCIA DA ESTOMATITE VESICULAR A PARTIR DAS NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITAS DE SÍNDROME VESICULAR NO ESTADO DO CEARÁ – BRASIL ENTRE 2013 E 2016. ROCHA, C.S.; ANTUNES, J.M.A.P.; MOURA, G.H.F.; IBIAPINA, I.G.; CORTEZ, A.A.; NOGUEIRA, G.C.; FILHO, O.P.S.; SILVA, D.C.C.; ALMEIDA, J.C.B.M.; CARVALHO, A.L.; ALMEIDA, M.M.; CRISTINO, F.A.C.; LOUREIRO, A.M.; JUNIOR, D.B.C.

031 - ESTOMATITE VESICULAR EM BOVINOS DO MUNICÍPIO DE BALSAS – MA: RELATO DE CASO. PEDROSA, K.Y.F.; CARVALHO, R.F.B de.; COSTA FILHO, V.M.; ARRUDA, R.C.N. de; BEZERRA, D.C.; BEZERRA, N.P.C.

032 - SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO HERPESVÍRUS BOVINO TIPO 1 EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; DIAS FILHO, A.F.; PEDROSA, K.Y.F.; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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033 - ESTUDO RETROSPECTIVO DOS CASOS POSITIVOS DE LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM ACHADOS FRIGORÍFICOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, NOS ANOS DE 2011 A JULHO DE 2017. SOUZA, A. D. S.; QUIXABEIRA SANTOS, J. C.; MUTZENBERG, E. R.; NÉSPOLI, J. M. B.; BUENO, D. S. A.

034 - ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PREVALÊNCIA DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM TRÊS MICRORREGIÕES DO TRIÂNGULO MINEIRO. MACEDO, D. M. R., BITTAR, J. F.F., BITTAR, E. R.

035 - SOROPREVALENCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO VÍRUS DA LEUCOSE ENZOÓTICA EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. FREITAS, L.M. de A.; BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ARRUDA, R.C.N.

036 - A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA ATIVA COMO AÇÃO DO SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL E NO DIAGNÓSTICO DE LÍNGUA AZUL EM BOVINO NO MUNICÍPIO DE IRACEMA, ESTADO DE RORAIMA. PAIVA, D.M.R.; FARIAS, R.C.C.; LEAL, M.A.C.

037 - VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO AMAZONAS NO ANO DE 2016. CIRIANO, C.M.; SILVA, W.S.; SILVA, J.; LIMA, H.R; MESQUITA.D.C.; BELTRÃO, E.P.; BORGES, R.A.G.; PADINHA, J.S.; CABRAL, P.F.F.; REIS, A.C.; PINTO, W.B.

038 - AÇÕES DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA EMPREGADAS NO PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA EXECUTADAS PELA ADAGRO EM 2016. PONTUAL, K.A.Q, SOUSA, F.D.N, ANJOS, E.G. dos, MIRANDA, F.G.de, ALMEIDA, E.C. de.

039 - VIGILÂNCIA E VACINAÇÃO OFICIAL DO REBANHO BOVÍDEO DO AMAZONAS NA FRONTEIRA COM A COLÔMBIA. BELTRÃO, E.P; CIRIANO, C.M; LIMA, H.R; SILVA, J.; SILVA, W.S; MESQUITA.D.C; DIAS.R.M; WEILLER.J.H; SMITH.B; SOUZA.A.G.

040 - OCORRÊNCIA DE DOIS CASOS DE VARÍOLA BOVINA NO MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO, ESTADO DO PARÁ EM 2016. PINHO, A.P.V.B.; GIRARDELI, G. L.; SANTOS, G. F. S.; GUERRA, J. M. S.; TODA, I. P. S. P.; GALINDO, G. A. R.; OLIVEIRA, J. P.

041 - SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO VÍRUS DA DIARREIA VIRAL BOVINA EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. PEDROSA, K.Y.F.; BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ABREU-SILVA, A.L.

042 - INQUÉRITO SOROEPIDEMIOLÓGICO PARA AVALIAÇÃO DE CIRCULAÇÃO VIRAL DO APHTOVIRUS NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL. ROCHA, C.S.; BARROS, J.S.; FEITOSA, M.S.; COSTA, R.H.S; JUNIOR, J.N.A.; SARAIVA, D.V.; CARVALHO, P.R.L; QUEIROZ-JUNIOR, E.M.; MAIA, F.A.L.; SILVA, D.C.C.; SILVA, A.W.L.; MORENO, J.O.; ARRUDA, I.J.; NETO, M.C.; OLIVEIRA, T.E.S.; SILVA, C.B.; TEIXEIRA, P.G.M.; FERREIRA, F.F.; NETO, P.C.O.; PINHEIRO, J.H.T.; OLIVEIRA, C.S.

043 - A UTILIZAÇÃO DO FUNDO DE INDENIZAÇÃO NO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE E BRUCELOSE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. ETGES, R.N.; GROFF, A.C.M.; KERBER, R.

044 - IDENTIFICAÇÃO SOROLÓGICA DA BRUCELOSE E DA LEPTOSPIROSE EM VACAS RECEPTORAS DE EMBRIÕES. DINIZ, J.V.A.; OBA E.; SATRAPA, R.; DE FREITAS, R.R.; LUCKNER, M.N.; PITUCO, E.M.; OKUDA, L.H.; NOGUEIRA, M.M.B.; DA SILVA, L.O.

045 - CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES COMO LIVRE DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE UTILIZANDO O SISTEMA DE DEFESA AGROPECUÁRIA E A IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL DOS BOVÍDEOS. ETGES, R.N.; GROFF, A.C.M., LIPP, M.

046 - ÍNDICES VACINAIS CONTRA FEBRE AFTOSA E BRUCELOSE EM REBANHO BOVINO DE HUMAITÁ, AMAZONAS. LANER, D.; KRZYZANIAK, A.C.; SOARES, V.E.; ORLANDI, C.M.B.

047 - OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA NO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA – MG. FERREIRA, P. S.; TOMICH, R. G. P; PUGA, L. C. H. P.

048 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO RIO GRANDE DO SUL. PEZZINI, T.G.; PEREIRA, R.T.; FAUTH, E. E.; TODESCHINI, B.

049 - CAPACITAÇÃO DE VACINADORES NO CURSO “MANEJO E APLICAÇÃO DE VACINAS CONTRA BRUCELOSE” COMO FERRAMENTA EPIDEMIOLOGICA E ECONÔMICA NO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO TOCANTINS. MACIEL H.N.C.; AGUIAR D.M.C.; FONSECA D. S.

050 - CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES COMO LIVRES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA E OS PRINCIPAIS EQUÍVOCOS DETECTADOS NO PROCESSO DURANTE O 1º SEMESTRE DO ANO DE 2017. ANDRADE, D. R. T.; BAUMGARTEN, K. D.; NEVES, M.V.O.; GESSER, F.V.

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051 - SOROPREVALENCIA DA INFECÇÃO CAUSADA POR Brucella abortus EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; DIAS FILHO, A.F.; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ARRUDA, R.C.N. de.

052 - SOROCONVERSÃO ATRIBUÍVEL À VACINAÇÃO DE BEZERRAS COM A CEPA B-19 DE Brucella abortus. SANTOS, A.J.F.; ALMEIDA, K.S.; BAPTISTA, F.; SILVA, M.A.G.; ALEXANDRINO, B.; FERREIRA, J.M.

053 - PREVALÊNCIA DE TUBERCULOSE E DESTINO DAS CARCAÇAS EM BOVÍDEOS ABATIDOS NO MATADOURO MUNICIPAL DE MAUÉS-AM. SANTOS, F.P.

054 - AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM TUBERCULOSE ANIMAL NO ESTADO DO PARANÁ NO TRIÊNIO 2014 - 2016. RODRIGUES, D.L.; CASTRO, J.H.T.; KOLODA, M.; KULM, H.B.; BORSOI, A.; TAKIUCHI, E.

055 - APLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE BOVINA NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL. AVILA, L. N.; GONÇALVES, V.S.P.; PEREZ, A.M.

056 - AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM BRUCELOSE ANIMAL NO ESTADO DO PARANÁ NO TRIÊNIO 2014 - 2016. RODRIGUES, D.L.; CASTRO, J.H.T.; KOLODA, M.; KULM, H.B.; BORSOI, A.; TAKIUCHI, E.

057 - OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA NA PARAÍBA (2006-2015). SILVA JÚNIOR, F.J. T. M.; SALLES, P.A.; ROSADO, F; ALVES, A, J; ALVES JÚNIOR, J.A; CLEMENTINO, I. J; SILVA, S.M.A.

058 - TUBERCULOSE EM BOVINOS NA PARAIBA (2006-2015). SILVA, S.M.A; SILVA JÚNIOR, F.J. T. M.; SALLES, P.A.; ROSADO, F; ALVES, A.J.; FERREIRA, R.R.; BARRETO, E.C.; FIGUEIREDO, P.R.N.; CLEMENTINO, I. J.

059 - DETECÇÃO DE Brucella sp. EM AMOSTRAS DE SANGUE DE BÚFALOS (Bubalus bubalis) ORIUNDOS DA MESORREGIÃO DO MARAJÓ. PARDAVIL, G.S.S.; SANTOS, C.M.P.; CORRÊA, L.T.G.; MOREIRA, L.G.S.; FURTADO, D.M.; MORAES, A.C.P.; RAIOL, L.S.; CASSEB, A.R.

060 - A VIGILÂNCIA ATIVA DA BRUCELOSE COM O APOIO DA INDÚSTRIA LEITEIRA E DA REDE BRASILEIRA DE LABORATÓRIOS DE CONTROLE DA QUALIDADE DO LEITE. BAUMGARTEN, K. D.; ANDRADE, D.R.T.; SURDI, L.C.; FLORES, P.R.S.; BOLSANELLO, C.D.; SANTOS, C.M.Z.; PESSIN, F.; PEREIRA, F.; ULSENHEIMER, I.N.; SILVA, J.C.; NOEBAUER, M.; PEREIRA, M.E.G.; DETTMER, R.; VENTURINI, S.M.N.

061 - CARACTERIZAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVINOS POR FINALIDADE DE TRÂNSITO NO DISTRITO FEDERAL. LICURGO, J.B.; BUSO, D.S.; CESAR, M.F.G.; OLIVEIRA, A.C.

062 - ANÁLISE DA REDE DE MOVIMENTAÇÃO DE BOVINOS NO DISTRITO FEDERAL. LICURGO, J.B.; BUSO, D.S.; CESAR, M.F.G.; OLIVEIRA, A.C.

063 - PERFIL SANITÁRIO DO REBANHO BOVINO LEITEIRO DA MICRORREGIÃO DE SOUSA NO ALTO SERTÃO DA PARAÍBA. LINS, J.G.G.; MARQUES, A.V.M.S.; RODRIGUES, S.D.; SILVA, N.I.S.; DUARTE, A.L.L.

064 - EMISSÃO DE GUIAS DE TRÂNSITO ANIMAL PARA BOVÍDEOS NO MUNICÍPIO DO CAREIRO DA VÁRZEA, AMAZONAS (JULHO DE 2014 A JULHO DE 2017). GOMES, C.B; CARDOSO, N.S; ALBUQUERQUE R. C.

065 - ANÁLISE DE REDE DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVÍDEOS NO ESTADO DO PARÁ. CORÔA, R.S.B.; SARAIVA, E. A.; XAVIER, D.A.; OLIVEIRA, J. P.; CARDOSO, D. L.; RAIA, V. A.; De PAULA N.S.; NASCIMENTO, G.K.K.; ABEL, I.

066 - DIAGNÓSTICO DO FLUXO DE TRÂNSITO DE BOVÍDEOS NO ESTADO DO AMAZONAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017. LIMA, H.R.; CIRIANO, C.M.; SILVA, J.; SILVA, W.S.; MESQUITA. D.C.; BELTRÃO, E.P.; PADINHA, J.S.; CABRAL, P.F.F.; REIS, A.C.; PINTO, W.B.;

067 - PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE BOVINOS VIVOS DE SANTA CATARINA: SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL, FORTALECIDOS PELA ATUAÇÃO DA AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO FEDERAL. ANDRADE, B, M.G. MESSERSCHMIDT, H. R; KROETZ, J.

068 - AVALIAÇÃO DO TRÂNSITO ANIMAL NO MUNICÍPIO DE HUMAITÁ, AMAZONAS, APÓS O INÍCIO DA COBRANÇA DA GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL – GTA. KRZYZANIAK, A.C; LANER, D.

069 - NOTIFICAÇÕES ATENDIDAS PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL REGISTRADAS NO SISTEMA CONTINENTAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (SIVCONT) NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017 EM SANTA CATARINA. MEDITSCH, R. G. M.; VELOSO, F.P.; TAVARES, S.G.; OLMOS, A.R.; FERREIRA, F.C; PEREIRA T.C.; SOUZA, V. A.

V ENDESA

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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070 - ANÁLISE DE REDE E TEORIA DOS GRAFOS COM ÊNFASE AO FLUXO DE BOVÍDEOS DISTRIBUIDOS EM COMUNIDADES PECUÁRIAS EM BELÉM DO PARÁ, BRASIL EM 2014 A 2015. CORÔA, R.S.B.; OLIVEIRA, J. P.

071 - ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS SANITÁRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO LANÇADAS NO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CONTINENTAL EM 2016. SCHIAVO, P.; COSTA, R. F.R.; MILHOMENS, C.A.S.; VIDAL, L.S.O.

072 - AVALIAÇÃO DO TEMPO DE ATENDIMENTO A SUSPEITA DE DOENÇAS VESICULARES PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO ACRE SÉRIE HISTÓRICA 2005-2017. SILVA, J.C.T.; LEITE NETO, L.

073 - TRANSIÇÃO PARA ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO: ADEQUAÇÃO DO PNEFA PARA O RIO GRANDE DO SUL. RIGON, G.M., GROFF, F.H.S., DOS SANTOS, L.C., GOCKS, M.

074 - ANÁLISE DO PARÂMETRO “CONTABILIZAÇÃO DE REBANHO EM AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO” COMO INDICADOR DE TRÂNSITO IRREGULAR DE BOVÍDEOS. CESAR, M.F.G.; LICURGO, J.B.; OLIVEIRA, A.C.; MARSIAJ, P.A.P.; TEIXEIRA, A.B.E.

075 - INOVAÇÃO TECNOLOGICA NO SISTEMA DE EMISSÃO DE COMPROVANTE DE VACINAÇÃO CONTRA A BRUCELOSE, RELATÓRIOS SANITÁRIOS E EXAMES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE DA AGENCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ. CASTRO, J.H.T.; KOLODA, M.; AMORIM, E.A.; RODRIGUES, D.L.; RICCIARDI, M.F.; RICCIARDI, M.F.; MENDES, E.L.G.; KAHLOW, C.; DIAS, R.G.; MARÇAL, W.S.;

SOUZA, P.S.; PEREIRA, P.F.V.

076 - USO DA CAPTURA DE MORCEGOS COMO FERRAMENTA NA CLASSIFICAÇÃO DE ESPÉCIE E INVESTIGAÇÃO DE Bartonella spp. MESQUITA, E.T. K de C.; PEDROSA, K.Y.F.; BEZERRA, N.P.C.; DIAS FILHO, A.F.; ARRUDA, R.C.N. de; SANTOS, H.P.S.; BRAGA, M. do S. C. O.

077 - HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS DE MORMO EM SANTA CATARINA ENTRE 2015 E 2016 MACHADO, S.M.; MEDITSCH, R.G.M; SESSIN, A. P.

078 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO MORMO NO ESTADO DE RORAIMA NO PERÍODO DE 2014 A 2016. MAMED, A. P. C. S.; GOMES, F. E.; SANTANA, A. C; MELO, S. A. N.

079 - AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA EM EQUÍDEOS NATURALMENTE INFECTADOS POR Burkolderia mallei. SILVA, K.P.C.; NUNES, A.C.B.T.; MOTA, R.A., LAGES, S.L.S.; LIMA, L.A.R.; CASTRO, R.S.; ROCHA L.O.; JÚNIOR, L.C.S.; SILVA JÚNIOR, M.B.

080 - INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR Burkholderia mallei EM COBAIA: ESTUDO ANATOMOHISTOPATOLÓGICO, MICROBIOLÓGICO E MOLECULAR. SILVA, K.P.C.; ROCHA, L.O.; MOTA, R. A.; FALCÃO, M.V.D.; ARAÚJO, D.K.G.O.; FERREIRA, M.N.S.; OLIVEIRA, A.S.; MATOS, C.C.; SANTOS, E.M.C.

081 - ESTUDO LONGITUDINAL DE EQUINOS COM MORMO MANTIDOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE CANANÉIA E DESEMPENHO DE TESTES SORODIAGNÓSTICO. NOGUEIRA, A.H.C.; CHIEBAO, D.P.; STEFANO, E.; OKUDA, L.; DEL FAVA, C.; NASSAR, A.F.C.1; ARAUJO, M.C.S.; SIMÕES, H.M.Q.; ROSA, M.S.; ALVIM, A. P.; POMPEI, J.; MARQUES, G.H.F.; PITUCO, E.M.

082 - RELAÇÃO ENTRE O QUANTITATIVO DE EXAMES DE AIE E MORMO REALIZADOS NO REBANHO EQUÍDEO DO CEARÁ E A OCORRÊNCIA DE ESPORTES EQUESTRES. CARVALHO, A. L. de; CARVALHO NETO, M. de; OLIVEIRA NETO, P. C. de; MAGALHÃES, I. L. A.; SARAIVA, A. A. S.

083 - PREVALÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE FOCOS E POSSÍVEIS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) NO ESTADO DE MATO GROSSO. BARROS, M. L.; OLIVEIRA, A. C. S. de; QUIXABEIRA-SANTOS, J. C.; AGUIAR, D. M.

084 - NOTIFICAÇÕES RELACIONADAS AO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE EQUÍDEA NO DISTRITO FEDERAL NO PERÍODO DE 2010 A 2017. MORAES, D.D.A.; FONSECA, E.F; MELLO, N.V.B.O.

085 - ASPECTOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE EM EQUÍDEOS DE TRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. MELLO, N. V. B. O.; ANGELO, I.C.; SANTOS, H.A.; MORAES, D.D.A.

086 - EXAMES DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA REALIZADOS NO ESTADO DO PIAUÍ, NO PERÍODO DE 2010 A 2016. NEIVA, C. B.; BARRETO, F. M.; BORGES NETO, A. C.; MOURA, J. I. A.; SOUSA, G. V.; LIMA, S. P. B.; SÁ, J. R.; OLIVEIRA, E. H. S.

087 - LEVANTAMENTO DOS FOCOS DE AIE NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2016. LACERDA, M.B.; CAMPELO, A.R.S.; JUNIOR, J.L.S.; NASCIMENTO, D.L.; SOUSA, F.D.N.; BRASIL, V.G.; ALMEIDA, E.C.

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088 - OCORRÊNCIA DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO PARANÁ DE 2007 A 2017. SOUZA, P.S.; KAHLOW, C.; DIAS, R.G.; PEREIRA, P.F.V.; MARÇAL, W.S.

089 - SITUAÇÃO DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NA REGIÃO DO VALE DO JAGUARIBE NO ESTADO DO CEARÁ – BRASIL ENTRE 2014 E 2016. SILVA, D.C.C.; ROCHA, C.S.; SARAIVA, D.V.; LOUREIRO, A.M.; MAIA, F.A.L.; OLIVEIRA, C.S.; JUNIOR, F.X.S.; CARVALHO, A.L.; NETO, P.C.O.

090 - INTOXICAÇÃO POR GLICOALCALÓIDES DA BATATA EM EQUINO APÓS NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITA DE SÍNDROME NERVOSA. RELATO DE CASO: RAPOSO, R.S.; PINTO, E.G.A.

091 - AÇÕES DO PROGRAMA DE SANIDADE DOS EQUÍDEOS DESENVOLVIDAS PELA ADAPAR EM 2016. SOUZA, P.S.; KAHLOW, C.; DIAS, R.G.; TAVARES, D.V.A.M.; RICCIARDI, M.F.; FREITAS, M.C.D.O.F.; ARRUA, C.B.; PEREIRA, P.F.V.; MARÇAL, W.S.

092 - AVALIAÇÃO DO USO DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS NA MICROBACIA DO MUTUM PERTENCENTE À APA DO RIO UBERABA-MG. PIERINI, F.G. GUARDA, V.L.M.

093 - IDENTIFICAÇÃO DO ATYPICAL PORCINE PESTIVIRUS (APPV) EM LEITÕES COM TREMOR CONGÊNITO NO BRASIL. GATTO, I.R.H.; ARRUDA, B.L.; ARRUDA, P.H.; SILVA, P.; OLIVEIRA, L.G.

094 - VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM SÚIDEOS ASSELVAJADOS PARA A PESTE SUINA CLÁSSICA NO ESTADO DE SÃO PAULO. FELICIO, A.L.A; FÉLIX, M.L; LAGATTA, L; MELLO, E. R.

095 - ANÁLISE DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ATIVA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DE SUÍNOS NO PEÍODO DE SETEMBRO 2014 A SETEMBRO DE 2017. TOMPOROSKI, A.; DIAS, R.G.; PIERRE, E.J.

096 - VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA EM SUÍDEOS ASSELVAJADOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. GALVANI, J.W. de C.; CAVAGNI, G. M.

097 - AVALIAÇÃO DA BIOSSEGURIDADE NAS GRANJAS DE REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. GONÇALVES, J.P.M.; COUTINHO, E.M.; CARVALHO, J.

098 - ATENDIMENTOS DE NOTIFICAÇÕES DO SENECAVÍRUS A PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL NO ESTADO DO PARANÁ EM 2014, 2015, 2016 e 2017. TOMPOROSKI, A.; DIAS, R.G.; PIERRE, E.J.; FREITAS, M.C.D. de O.; RICCIARDI, M.F.

099 - AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPORTAÇÃO DO VÍRUS DA FEBRE AFTOSA EM CARNE SUÍNA PRODUZIDA NO RIO GRANDE DO SUL, NO CASO DE A DOENÇA SER REINTRODUZIDA NA POPULAÇÃO DE BOVINOS VACINADOS. DORNELAS, M.F.; DELPHINO, M.V.C.; MOTA, A.L.A.A; GONÇALVES, V.S.P.

100 - TRANSPORTE DE CARÇACAS DE SUÍDEOS ASSELVAJADOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CAVAGNI, G.M.; GALVANI, J.W.C.

101 - AVALIAÇÃO DO RISCO PARA A INTRODUÇÃO DO VÍRUS DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA ATRAVÉS DA MOVIMENTAÇÃO DE SUÍNOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL. SCHETTINO, D.N.; PEREZ, A.M.

102 - CARACTERIZAÇÃO DE REDE DE TRÂNSITO DE SUÍNOS NO DISTRITO FEDERAL ENTRE 2016 E 2017. BUSO, D.S.; LICURGO, J.B.; MARSIAJ, P.A.P.

103 - FERRAMENTAS DA GESTÃO NA QUALIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DOS SUÍNOS SOB SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL DO MUNICIPIO DE SÃO LUIS – MA. BARROS, H.O.V.; COIMBRA, V.C.S.; NASCIMENTO, Z.J.B.; OLIVEIRA, L.J.S.

104 - A CONTRIBUIÇÃO DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (CCZ) NA ERRADICAÇÃO DA RAIVA ATRAVÉS DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA, NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL. FURTADO, D.M.; RAIOL, L.S.; MORAES, A.C.P.; CORRÊA, L.T.G.; MOREIRA, L.G.S.; GOMES, E.K.P.; NAUAR, S.J.S.F.; SILVA, R.N.S.

105 - OCORRÊNCIA DE ENDOPARASITAS GASTROINTESTINAIS EM OVINOS JOVENS NA REGIÃO AMAZÔNICA. SOUZA, M.G.M.; PANTOJA, D.K.S. Q.; PEREIRA, W.L.A.; SILVA, M.C.M.; TAVARES, H. A.; PAREDES, L.J.A.; COSTA, B.M.; SILVEIRA, K.F.; MENDES, F.F.; MOURA, M.A.O.; ANDRADE, S.L.S.; BERNAL, M.K.M.

106 - ANÁLISE DA VIGILÂNCIA DAS ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS EM RUMINANTES PELO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ, BRASIL, ENTRE 2013 E 2017. LAURINDO, E.E., BARROS FILHO, I.R.

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107 - PERFIL SANITÁRIO DO REBANHO OVINO DO PERÍMETRO IRRIGADO DAS VÁRZEAS DE SOUSA – PARAÍBA. LINS, J.G.G.; MARQUES, A.V.M.S.; RODRIGUES, S.D.

108 - AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM CAPRINOS JOVENS NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL. PANTOJA, D.K.S.Q.; SOUZA, M.G.M.; PEREIRA, W.L.A.; SILVA, A.L.M.; SILVA, M.C.M.

109 - LEVANTAMENTO DOS CADASTROS DE ABRIGOS DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS NO ESTADO DO PIAUÍ TRABALHADOS NO PERÍODO DE 2012 A 2016. MOURA, J. I. A.; BARRETO, F. M.; NEIVA, C. B.; SOUSA, G. V.; LIMA, S. P. B.; OLIVEIRA, E. H. S.; BARRETO, L. M.

110 - GEOPROCESSAMENTO NO ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE MORDEDURAS POR MORCEGOS HEMATÓFAGOS E RAIVA DOS HERBÍVOROS. PUGA, L. C. H. P.; FERREIRA, P. S.; PEREIRA, J. O. Z.; SILVA, M. R.; SOUZA, G. N.; BEVILACQUA, P. D.

111 - MORCEGOS HEMATÓFAGOS CAPTURADOS NO ESTADO DO PIAUÍ, NO PERÍODO DE 2012 A 2016. BARRETO, F. M.; MOURA, J. I. A.; NEIVA, C. B.; LIMA, S. P. B.; OLIVEIRA, E. H. S.; BARRETO, L. M.; SÁ, J. R.

112 - RECOMENDAÇÕES E PROCEDIMENTOS EM AÇÕES DE CONTROLE DIRETO DE MORCEGOS Desmodus rotundus (E. GEOFFROY, 1810) EM SITUAÇÃO DE COABITAÇÃO. PEREIRA, S.N.; COSTA, R.F.R.; PAULINO, J.M.; LIMA, E.E.; COSTA, R.V.C.; OLIVEIRA, M.A.; SILVA-JUNIOR, V.P.

113 - DESCRIÇÃO DA ATUAÇÃO DA AGÊNCIA GOIÂNIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - AGRODEFESA NO CONTROLE DA RAIVA NOS MUNICÍPIOS DE PALMEIRAS DE GOIÁS E PALMINÓPOLIS, ESTADO DE GOIÁS. MASSON, G.C.I.H; DIAS, L.O; OLIVEIRA, M; LEAL, A.A.; VASQUES, R. R.

114 - UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO MONITORAMENTO E CONTROLE POPULACIONAL DOS MORCEGOS HEMATÓFAGOS NAS ILHAS FLUVIAIS DO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA-PARÁ-BRASIL. RAMOS, O.S.; SILVA, L.P.; SOUZA, E.M.; SOUZA, S.M.F.; MELO, T.I.S.

115 - O SISTEMA DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇAS NERVOSAS EM HERBÍVOROS E A RAIVA RURAL NO BRASIL. SENA, E.F.; LAURINDO, E.E.; COSTA, M.C.R; VAZ, J.A.M.C.

115 - O SISTEMA DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇAS NERVOSAS EM HERBÍVOROS E A RAIVA RURAL NO BRASIL. SENA, E.F.; LAURINDO, E.E.; COSTA, M.C.R; VAZ, J.A.M.C.

115a - THE SURVEILLANCE SYSTEM OF NERVOUS SYNDROME IN HERBIVORES AND RURAL RABIES IN BRAZIL. SENA, E.F.; LAURINDO, E.E.; COSTA, M.C.R; VAZ, J.A.M.C.

116 - ACOMPANHAMENTO PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DE FOCO DE RAIVA EM HERBÍVOROS, NO MUNICÍPIO DE RUSSAS – CEARÁ. LOUREIRO, A.M.; DA SILVA, A.W.L.; DE CARVALHO, A.L.; DE MEDEIROS, E.G.; SILVA, D.C.C.; DE OLIVEIRA, C.S.; MAIA, F.A.L; SOUSA, F.J.N.; JÚNIOR, F.X.S.; JÚNIOR J.N.A.; MIRANDA, A.S.M.

117 - SITUAÇÃO DA RAIVA DOS HERBÍVOROS NO DISTRITO DA IBIAPABA, MUNICÍPIO DE CRATEÚS-CE. CARDOSO FILHO, F. C.; PINHO, J. B.; LOUREIRO, A. M.; SILVA, A.W. L.; SANTOS, N. V.; E. M QUEIROZ JUNIOR

118 - ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A SÉRIE HISTÓRICA DOS CASOS DE RAIVA DOS HERBÍVOROS DE 1977 A 2012 E SUA OCORRÊNCIA ENTRE 2013 E 2016 NO ESTADO DO PARANÁ. DOGNANI, R.; VIEIRA; R.G.V.; DIAS, R.G.

119 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA DOS HERBÍVOROS NO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2011 A 2016. BARRETO, F. M.; MOURA, J. I. A.; NEIVA, C. B.; BATISTA FILHO, D. M.; OLIVEIRA, E. H. S.; BARRETO, L. M.

120 - WORKSHOPS REGIONAIS SOBRE VIGILÂNCIA DAS SÍNDROMES NEUROLÓGICAS EM HERBÍVOROS NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. VAZ, J.A.M.C; DEPES, C.R.; DIZ, S.M.L.T.; FADIL, P.A.; DEL FAVA, C.; JUSTINO, L.N.B.; GONÇALVES, V.L.N.

121 - CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE RISCO ASSOCIADOS À PRESENÇA DE MEGNINIA SPP. EM GRANJAS DE POSTURA. OLIVEIRA, T.M., TEIXEIRA, C.M., ARCEBISPO, T.L.M, ANTUNES, K.D., REZENDE, L.C., CUNHA, L.M., DINIZ, S.A., NUNES, C.C., SILVA, M.X.

122 - FREQUÊNCIA DE ECTOPARASITOS EM GRANJAS DE RECRIA AVÍCOLAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS. OLIVEIRA, T.M., TEIXEIRA, C.M., ARCEBISPO, T.L.M, ANTUNES, K.D., REZENDE, L.C., CUNHA, L.M., DINIZ, S.A., NUNES, C.C., SILVA, M.X.

123 - CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE RISCO ASSOCIADOS À PRESENÇA DE PARASITOS DA ORDEM PHTHIRAPTERA EM GRANJAS COMERCIAIS DE POSTURA. OLIVEIRA T.M.; TEIXEIRA C.M; CUNHA L.M.; DINIZ S.A.; SILVA M.X.

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124 - DIVERSIDADE GENÉTICA DE Salmonella gallinarum ORIUNDA DE CASOS DE TIFO AVIÁRIO DE SANTA CATARINA. GADOTTI, D.L.; REBELATTO, R.; MACIEL, P. B.; DEZEN, D.; DUARTE, S.C.

125 - OCORRÊCIA DE Salmonella spp. EM AVES CRIADAS EXTENSIVAMENTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BRITO, B.G.; BRITO, K.C.T.

126 - PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA AVICULTURA PERNAMBUCANA: O DESAFIO PARA A SANIDADE. SOUSA, F.D.N; NASCIMENTO, D.L.; LIMA, P.R.B.; JUNIOR, J.L.S.; SILVA, E.G.; ALMEIDA, E.C; LIMA, D.D.C.C.

127 - ALTA MORTALIDADE DE LARVAS DE BICHO-DA-SEDA (Bombyx mori) CAUSADA POR INTOXICAÇÃO. KAHLOW, C.; DOGNANI, R.; DIAS, R.G.; SOUZA, P.S.; RICCIARDI, M.F.; CASTRO, J.H.T.; PEREIRA, P.F.V.; MARÇAL, W.S.

128 - PRESENÇA DO GÊNERO Perkinsus EM OSTRAS Crassostrea spp. DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL. NOLLI, P.K.W.; LIMA, L.C.; HAMMER, D.P.C.; ALVES, A.B.V.B.; MAFRA JR, L.L.

129 - DETECÇÃO DE Perkinsus marinus EM OSTRA Crassostrea rhizophorae NO RIO JAGUARIBE – CEARÁ. SILVA, D.C.C.; ROCHA, C.S.; SARAIVA, D.V.; VALE, S.F.V.; OLIVEIRA, G.G.; NETO, M.P.D.

130 - AÇÕES DO PROGRAMA ESTADUAL DE SANIDADE DE ANIMAIS AQUÁTICOS DESENVOLVIDAS EM PERNAMBUCO ENTRE MAIO/2014 E MAIO/2017. NASCIMENTO, D.L.; JUNIOR, J.L.S.; SOUSA, F.D.N.; CAMPELO, A.R.S.; ALMEIDA, E.C.

131 - AVALIAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS AQUÁTICOS EM PERNAMBUCO, 2016. NASCIMENTO, D.L.; CAMPELO, A.R.S.; JUNIOR, J.L.S.; SOUSA, F.D.N.; SANTANA, M.A.; ALMEIDA, E.C.

132 - ANÁLISES MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DE OSTRAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO EM DUAS LOCALIDADES DO NORDESTE PARAENSE. SILVA, M. C. M; TAVARES, H. A.; SOUSA, A. H.; ROCHA, D. C. C.

133 - MUDANÇA DA CONDIÇÃO SANITÁRIA BRASILEIRA PERANTE A OIE PARA DOENÇAS DE ANFÍBIOS. FONTANA, I.; CUNHA, E. A. P.

134 - OCORRÊNCIA E AÇÕES DE VIGILÂNCIA PARA Aethina tumida MURRAY (COLEOPTERA - NITIDULIDAE) NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. GOTTSCHALK, S.; PEREIRA, S. N.; PALMEIRA, J. L. T.; PAULINO, J. M.; ANTUNES, R. M.; COSWIG, L. T.; SILVA JR, V. P.; BOECHAT, R. M. A.

135 - FLORAÇÃO DE ALGAS DA ESPÉCIE Dinophysis acuminata AFETANDO O CONSUMO DE MOLUSCOS BIVALVES – AÇÕES DA AGENCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ FRENTE AO SURTO. SOBEZAK, C.C. CASTRO, J.H.T; CREDO, H.; SILVERIO, A.; KAHLOW, C.; RICCIARDI, M. F.; DIAS, R.G.; MARÇAL, W.S.; TAVARES, D.V.A.M.; SOUZA, P. S.; PEREIRA, P.F.V.

136 - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ –IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA. RICCIARDI, M.F.; KAHLOW, C.; MACIEL, C.S.; BECKER, G.; CASTRO, J.H.T.; MARÇAL, W.S.

137 - NOTIFICAÇÕES PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL (SVO) DA OCORRÊNCIA DE MORMO NO ESTADO DE GOIÁS. LEAL, A.A.; NOLETO, P. G.; COSTA, Y.L.; OLIVEIRA, V.S.F. VIEIRA, R.C.

138 - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS PRINCIPAIS ENFERMIDADES QUE ACOMETEM A CARCINICULTURA CEARENSE. SOUSA FILHO, O. P.; CARDOSO FILHO, F.C.; SOBREIRA NETO, J.A.

139 - ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVÍDEOS NAS PROPRIEDADES COM FLUXO INTENSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS PARA FEBRE AFTOSA, ENTRE JANEIRO A JUNHO DE 2017, NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL. FERREIRA, R.N; SILVA, A.C.C.; PEDREIRA, H.A.

140 - Coxiella burnetii EM CABRAS LEITEIRAS COM HISTÓRICO DE TRANSTORNOS REPRODUTIVOS NO BRASIL. OLIVEIRA, J.M.B.; ROZENTAL, T.; FORNEAS, D.; GUTIÉRREZ-EXPÓSITO, D.; ORTEGA-MORA, L.M.; PORTO, W.J.N.; OLIVEIRA, A.A.F.; LEMOS, E.R.S.; MOTA, R. M.

141 - CARACTERIZAÇÃO ESPACIAL E IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE ABRIGOS DE QUIRÓPTEROS E SUA RELAÇÃO COM OS CASOS DE RAIVA NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, BRASIL. PINHEIRO, A.C.L; ANJOS, D.M; SIMÕES, E.M; GOMES, A.A.B; CLEMETINO, I.J; AZEVEDO, S.S; ALVES, C.J.

142 - ANÁLISE DE REDES COMPLEXAS ALIADA À DEFESA SANITÁRIA ANIMAL. CARDOSO, D. L., CRUZ, J. F.; ROCHA, C. M. B. M.; MENEZES, R.

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OFICINAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL EM SEMANAS ACADÊMICAS PROMOVIDAS POR FACULDADES DE MEDICINA VETERINÁRIA NO ESTADO DO PARANÁ. VIEIRA, R.G.V.; FREITAS, M.C.D.O.; COSTA JR, C.A.; DOGNANI, R.; DIAS, R.G. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Paraná, Gerência de Saúde Animal, Rua dos Funcionários, 1559, CEP 80035-050, Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Animal health program workshops in academic congresses promoted by veterinary colleges in Paraná State.

A prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais de produção que causam impacto econômico e social dependem da participação de toda a sociedade, mas principalmente dos atores das cadeias produtivas pecuárias. No estado do Paraná, onde a produção animal atinge volumes recordes a cada ano, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) necessita cada vez mais da participação ativa dos médicos veterinários privados nas atividades de vigilância e prevenção de doenças. Historicamente, diversas atividades antes exclusivas do SVO têm sido delegadas aos médicos veterinários privados por meio de habilitações, autorizações e cadastros para execução destas atividades. No entanto, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR, tem observado deficiências na execução correta das atribuições delegadas aos médicos veterinários, bem como na qualidade das informações prestadas, seja por meio da Ficha Epidemiológica Mensal (FEM), Ficha Epidemiológica Avícola Mensal (FEAM) e demais relatórios específicos exigidos pelos programas sanitários oficiais. Parte dessas inconformidades se devem se ao fato destes profissionais terem obtido conhecimentos sobre defesa sanitária animal somente ao se depararem com as questões pertinentes a essa área da medicina veterinária. Os médicos veterinários da iniciativa privada têm alta capacidade de inserção no diversificado universo da produção animal paranaense, e o conhecimento sobre temas da defesa sanitária animal, ainda na vida acadêmica contribui para a formação de profissionais mais preparados, tanto para atuar na vigilância e prevenção de doenças, como na captação e processamento de informações sanitárias de todas a cadeias produtivas de animais do Paraná. Com o objetivo de informar estes profissionais sobre defesa sanitária animal e programas sanitários oficiais durante sua graduação, foi desenvolvida uma proposta de divulgação das atividades da Adapar em defesa sanitária animal nas semanas acadêmicas dos cursos de graduação de medicina veterinária no Paraná. O projeto aprovado em março de 2016, obteve naquele ano o envolvimento de seis universidades, sendo três públicas e três particulares, com 264 alunos de graduação participantes. No ano de 2017, de janeiro a agosto, foram também seis universidades, sendo duas públicas e quatro particulares, com 377 alunos participantes. A Adapar considera fundamental a parceria entre SVO e academia e que esta ação proporciona um aumento no nível de responsabilidade dos médicos veterinários privados que executam ações junto ao SVO. Existem atualmente na Adapar 844 médicos veterinários da iniciativa privada habilitados para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), 1044 para realização de exames de Brucelose e Tuberculose, 2798 cadastrados para a vacinação de fêmeas bovídeas contra Brucelose e ainda aproximadamente 1069 atuando como Responsáveis Técnicos (RTs) em granjas de suínos e aves no Paraná. Todos estes profissionais possuem relacionamento direto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e a ADAPAR, que respectivamente normatizam e executam a defesa sanitária animal no Estado do Paraná.

ANÁLISE DA BASE CADASTRAL DE ESTABELECIMENTOS RURAIS DO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL. PEDREIRA, H. A.; SENA, R. S. Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá - DIAGRO, Av. José Tupinambá, 196, CEP 68900-000, Macapá, AP, Brasil. E-mail: [email protected]. Analysis of the registration basis of rural properties of the state of Amapá, Brazil.

O cadastro agropecuário é base do serviço de defesa sanitária. Isto porque dispõe de diversas informações que apóiam a definição de estratégias e o planejamento das ações. Dessa forma, pretendemos apresentar os dados mais relevantes contidos nos arquivos da Agência, entre eles as explorações pecuárias, comparativo entre proprietários e produtores, municípios com maiores rebanhos e distribuição etária dos animais. A base cadastral do Estado do Amapá não se encontra em um sistema informatizado, portanto, sua análise foi realizada a partir de software que trabalha com planilhas e gráficos. Para a efetivação do cadastro é realizada visita in loco, para averiguação das informações, georreferenciamento do local e vistoria de rebanho. Mensalmente, os escritórios atualizam as planilhas, que são analisadas pelo setor responsável, identificando possíveis inconsistências e solicitando correções. Para o presente trabalho foi utilizada a atualização do mês de junho/2017. As informações foram agrupadas de acordo com as suas correspondências. A espécie bubalina é cinco vezes mais numerosa que a bovina, com 270.855 cabeças, sendo o rebanho total de bovídeos de 325.733 animais. São 1.993 estabelecimentos rurais no período, com 1.874 proprietários (donos da terra ou posseiros) e 2.139 produtores rurais (responsáveis por explorações pecuárias). Cutias do Araguari e Macapá são os municípios com os maiores quantitativos de rebanho, seguidos por Tartarugalzinho e Amapá. O rebanho de fêmeas é quase duas vezes maior que o de machos. Cerca de 43% do rebanho encontra-se na faixa etária acima de 36 meses. Esses são apenas alguns dos possíveis resultados que podem ser obtidos da base cadastral, que ainda precisa ser melhor trabalhada para promover uma análise completa, de modo a favorecer o sistema de defesa agropecuária.

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ANÁLISE DESCRITIVA DOS EVENTOS SANITÁRIOS SINDRÔMICOS REGISTRADOS NO SISTEMA CONTINENTAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (SIVCONT) NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2005 A 2016. ALVES, A.L. Superintendência Federal de Agricultura em Santa Catarina, Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal, Rua João Grumiché, 117, CEP 88.102-600, São José/SC, Brasil. E-mail: [email protected]. Descriptive Analysis of the syndromic sanitary events registered in the Continental Epidemiological Surveillance System (SIVCONT) in the State of Santa Catarina in the period from 2005 to 2016.

A captação, compilação, análise e divulgação de dados de ocorrência de doenças animais permite fornecer subsídios para elaboração e implementação de medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças animais relevantes para pecuária e saúde pública e embasar a certificação sanitária para manutenção de relações comerciais internacionais. Objetivando gerar instrumentos de gestão para os coordenadores dos programas sanitários no estado de Santa Catarina e fomentar uma auto avaliação dos sistemas de vigilância sindrômica no estado, realizou-se um levantamento dos dados registrados no SivCont para as quatro síndromes – Vesicular (SV), Nervosa (SN), Hemorrágica dos Suínos (SH) e Respiratória e Neurológica das Aves (SRNA), de 2005 a 2016, relativos ao estado de Santa Catarina, e análise das séries temporais e distribuição espacial da concentração dos eventos por síndrome. A SRNA foi responsável pela maioria dos atendimentos (6.883 - 68%) do serviço veterinário oficial, apresentando um pico em 2012 e mantendo-se com uma média de, aproximadamente, 1.000 eventos por ano. A SH teve o menor número de eventos (527 – 5%), evidenciando oscilações e três momentos de pico (2009, 2011 e 2012). Em 2015 observou-se uma “explosão” de eventos de SV, com 1.547 registros do total de 1.711 no período avaliado. A SN também apresentou oscilações com picos em 2006 e 2012, totalizando 1.025 (10%) registros. A maioria dos eventos de SV (95%), SRNA (88%) e SH (88%) ocorreu no Oeste Catarinense, onde se concentram os rebanhos de suínos (77%) e aves (83%). Os eventos envolvendo SN predominaram nas mesorregiões do Vale do Itajaí (42%), Sul Catarinense (21%) e Grande Florianópolis (18%). A região Serrana caracterizou-se como área de silêncio epidemiológico, apesar de possuir a segunda maior concentração de bovinos e ovinos e maior concentração de equinos do estado. Essa análise, aliada à identificação dos fatores relacionados aos indicadores utilizados, como quantitativo de servidores e unidades veterinárias, treinamentos, restrições orçamentárias, aplicação de medidas sanitárias diferenciadas, fatores ambientais, epidemiológicos e socioculturais, constitui importante ferramenta de gestão para o delineamento de estratégias de defesa sanitária animal diferenciadas e otimizadas.

LEVANTAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES DE SÍNDROMES NEUROLÓGICAS PELO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO DISTRITO FEDERAL ENTRE 2010 E 2017. PINTO, E.G.A¹.; RAPOSO, R.S.¹; BUSO, D.S.¹. Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural/ SEAGRI-DF – Defesa Agropecuária. Brasília, DF. E-mail: [email protected]. Neurologic syndromes investigated by Official Veterinary Service in Federal District, Brazil, from 2010 to 2017.

O serviço veterinário oficial (SVO), dentre diversas atribuições, é responsável pelo atendimento às notificações de suspeitas de doenças neurológicas em animais de interesse pecuário, adotando procedimentos previstos pelos programas nacionais de controle da Raiva dos Herbívoros e prevenção das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs). Neste levantamento, são apontados dados das ações desenvolvidas pelo serviço veterinário oficial do DF, visando avaliar a qualidade do serviço e a necessidade de melhorias nas ações. Entre janeiro de 2010 e agosto de 2017, foram abertas 786 investigações de suspeitas de doenças de interesse do SVO/DF após notificações realizadas por produtores rurais ou terceiros, ou durante atividades de vigilância ativa, das quais 285 eram suspeitas de doenças neurológicas (36% do total das investigações) com o envolvimento de 372 animais. Por meio de investigações clínico-epidemiológicas, necropsias e/ou ensaios laboratoriais, foram obtidos diagnósticos conclusivos em 57% dos casos (162 investigações), destacando-se as clostridioses (43 animais), as intoxicações (50 animais) e doenças infecciosas com acometimento do sistema nervoso (21 animais). Foram contabilizados sete casos positivos de Raiva em Herbívoros no período, representando 2,45% dos atendimentos de suspeitas de doenças nervosas e 1,88% dos animais avaliados. Devido à autólise do material, impossibilidade de colheita ou ausência de achados macro e microscópicos significativos não foi possível a obtenção de diagnósticos conclusivos em 43% das investigações (123 atendimentos). No período avaliado, foram testados 268 encéfalos para Raiva, sendo 177 ruminantes, 85 equídeos e 6 suídeos, e ainda 17 morcegos hematófagos e não hematófagos. De 164 encéfalos bovinos, 68 tiveram o tronco encefálico enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) para exames de Imunohistoquímica e Histopatologia por serem negativos para Raiva e estarem na faixa etária alvo da pesquisa de EETs, todos com resultado negativo. Foram ainda remetidos para pesquisa de EETs, 19 encéfalos de animais que passaram por abate de emergência em abatedouros sob inspeção distrital, totalizando 87 troncos encefálicos remetidos ao LANAGRO. Analisando ano a ano os números das ações de investigações de doenças neurológicas, observou-se crescimento progressivo no número de notificações, atendimentos e diagnósticos conclusivos ao longo do período avaliado. Ressaltamos que em 2010 o SVO/DF passou por grande reestruturação, com a nomeação de médicos veterinários e técnicos, e estabelecimento de parcerias com universidades para realização de exames laboratoriais resultando na melhoria quantitativa e qualitativa dos atendimentos. Com isso, concluímos que a constante vigilância das doenças neurológicas com profissionais qualificados e o suporte laboratorial visando diagnósticos conclusivos são indispensáveis, uma vez que diversas enfermidades neurológicas possuem caráter zoonótico e constituem importantes causas de óbitos, impactando negativamente nos rebanhos de todos os estados brasileiros e Distrito Federal.

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ANÁLISE DOS REGISTROS ZOOSSANITÁRIOS DOS FORMULÁRIOS DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS E INFORMES EPIDEMIOLÓGICOS MENSAIS DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL DO AMAZONAS DE 2014 A 2016. MESQUITA, D.C.; SILVA, W.S.; CIRIANO, C.M.; SILVA, J.S.; PADINHA, J.S.; LIMA, H.R; CABRAL, P.F.F.; REIS, A.C.; BELTRÃO, E.P.; PINTO, W.B. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas, Av. Carlos Drummond de Andrade, n° 1.460, Bloco G, ULBRA, Conjunto Atílio Andreazza, Bairro Japiim. E-mail:[email protected]. Analysis of zoosanitary records of the monthly epidemiological disease investigation forms of the official animal health defense service of the Amazonas from 2014 to 2016.

O Estado do Amazonas, por meio da ADAF, participa e colabora com o Sistema Nacional de Informação Zoosanitária (SIZ) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) por meio dos formulários de investigação de suspeitas de doenças alvo, dos informes epidemiológicos mensais. O presente estudo teve como objetivo a análise das ocorrências de doenças atendidas pelo SVE/AM. Os dados foram extraídos de formulários epidemiológicos referentes ao período de 2014 a 2016. Foram obtidos os registros de 225 atendimentos, sendo estes divididos em 22 suspeitas e ocorrências de doenças: 1. Doenças causadas por Parapoxivírus (4 = 1,78%); 2. Ectima contagioso (1 = 0,44%); 3. Suspeita de língua azul (1= 0,44%); 4. Traumatismo (1 = 0,44%); 5. Conidiobolomicose (1 = 0,44%); 6. Doença do edema suíno (1 = 0,44%); 7. Paresia puerperal (1 = 0,44%); 8. Habronemose (1 = 0,44%); 9. Suspeita de Ptiose (1 = 0,44%); 10. Mormo confirmado (1 = 0,44%); 11. Suspeita de AIE (1 = 0,44%); 12. Tétano (2 = 0,89%); 13. Clostridiose (2 = 0,89%); 14. Coriza em aves (2 = 0,89%); 15. Suspeita de mormo (6 = 2,67%); 16. Suspeita de doença vesicular (8 = 3,56%); 17. Raiva confirmado (7 = 3,11%); 18. Intoxicação por planta tóxica (8 = 3,56%); 19. Suspeita de doença nervosa (10 = 4,44%); 20. Tuberculose (42 = 18,67%); 21. Anemia infecciosa equina (46 = 20,44%); 22. Brucelose (78 = 34,67%). De acordo com o estudo, a maior frequência de atendimentos registrados neste período foram referentes aos casos de brucelose. Os dados não representam a realidade de sua ocorrência, não permitindo realizar análises de prevalência, incidência, distribuição, nem comparações ou predições. O presente estudo aponta a importância de se desenvolverem ações voltadas para incrementar o número de registros de atendimentos a notificações de doenças animais do estado do Amazonas. A análise quantitativo-descritiva dos registros permite o monitoramento da qualidade do serviço e o conhecimento das enfermidades mais frequentemente notificadas e/ou diagnosticadas no estado por meio de atividades de vigilância desenvolvida pelo órgão de defesa sanitária estadual.

NOTIFICAÇÕES DE DOENÇAS RECEBIDAS PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2011 A 2016. GUIMARÃES, C. M. M.; SANTOS, T. M. V.; MOURA, J. I. A.; FORTES, P. F. G. A.; FERNANDES, L. C.; BARRETO, F. M. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected]. Notifications of diseases received by the official veterinary service of the state of Piauí in the period from 2011 to 2016.

A vigilância epidemiológica é caracterizada como um conjunto de procedimentos, de natureza sistemática e permanente, por meio do qual tomamos conhecimento dos eventos relacionados com a presença de doenças e os respectivos meios de combate, em uma determinada área geográfica. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (ADAPI) promove a vigilância epidemiológica no Estado e realiza o atendimento às doenças de notificação obrigatória listadas na Instrução Normativa nº 50, de 24 de setembro de 2013, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O presente trabalho efetua a comparação do número de atendimentos às suspeitas de doenças de notificação obrigatória realizados pela ADAPI, entre os anos de 2011 a 2016. Os dados foram obtidos dos Formulários Iniciais (FORM IN), preenchidos no primeiro atendimento e enviados à Coordenação de Epidemiologia da ADAPI. No período avaliado, foram realizados um total de 121 atendimentos à notificações (100%), dos quais 16 (13,22%) ocorreram em 2011, 09 (7,44%) em 2012, 27 (22,31%) em 2013, 09 (7,44%) em 2014, 18 (14,88%) em 2015 e 42 (34,71%) em 2016. Observou-se que houve um aumento no número de atendimentos à notificações no ano de 2013, em relação aos anos anteriores, seguido por uma queda de 14,87% no ano de 2014. A partir desse período, constatou-se um crescente aumento no número de atendimentos, atingindo em 2016 o maior percentual em comparação aos anos anteriores. Esse aumento pode ser justificado pela realização de treinamentos de epidemiologia junto ao corpo técnico da ADAPI, bem como, pelo aumento do registro de notificações de suspeitas de mormo e ocorrência de focos no Estado, a partir de 2015. Já a queda no número de notificações, observada nos anos de 2012 e 2014, pode ser relacionada à falta de recursos, pois nos anos em que houveram mais notificações havia convênio com o MAPA em vigência, consequentemente, mais recursos foram destinados para vigilância e ações de educação sanitária. Deste modo, a ADAPI deve estar sensível à ocorrência de doenças de notificação obrigatória, para assegurar a obtenção contínua e oportuna de dados que irão contribuir na elaboração de estratégias e apoio aos programas de prevenção, tanto para o controle, como para a erradicação de doenças.

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DADOS DO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL REGISTRADOS NOS INFORMES EPIDEMIOLÓGICOS MENSAIS DO ESTADO DO CEARÁ, EM 2015 E 2016. LOUREIRO, A.M.; DE CARVALHO A.L.; GONÇALVES, A.G.C.M.; NETO, J.A.S.; NOJOSA, A.N; DA SILVA, C.J.; JÚNIOR, E.M.Q.; FILHO, F.C.C.; MORENO, J.O.; MAMEDES, J.E.L.; PINHEIRO, J.H.T.; DE ALENCAR, O.D.; NETO, P.C.O.; EVANGELISTA, R.A.E.; DE LIRA, S.F.; OLIVEIRA, T.E.S.; MARTINS, F.R.P. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Av. Bezerra de Menezes, 1820, CEP 60325-002, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Data of the official animal health defense service in the monthly epidemiological record of the State of Ceará, in 2015 and 2016.

Os Informes Epidemiológicos Mensais, registram os dados dos serviços estaduais de defesa sanitária animal sobre a ocorrência de doenças, atividades de vacinação, controle e diagnósticos laboratoriais. Os dados epidemiológicos presentes neste informe proveem os sistemas de informação dos Estados e do MAPA sobre saúde animal, contemplando doenças com importância econômico sanitária e/ou como zoonose que não possuem um programa sanitário específico do MAPA. A análise deste informe permite conhecer as enfermidades mais frequentemente diagnosticadas em cada estado ou região do Brasil. Com este objetivo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará realizou um estudo quantitativo descritivo de suspeitas de doenças notificadas registradas nos informes epidemiológicos mensais do Estado, de janeiro a dezembro, nos anos de 2015 e 2016. Em 2015, foram registradas 2390 suspeitas notificadas das doenças: 23 (1,05 %) de Mormo, 2079 (95,23 %) de AIE, 03 (0,13%) de brucelose, 02 (0,09%) de tuberculose, 02 (0,09%) tipo vesicular, 59 (2,70%) tipo nervosa. Em 2016, foram registradas 648 suspeitas notificadas das doenças: 11 (1,69%) de Mormo, 579 (89,35%) de AIE, 07 (1,08%) de brucelose, 02 (0,30%) de tuberculose, 34 (5,24%) tipo nervosa e nenhum registro do tipo vesicular. Os números apresentados referem-se a informações encaminhadas em função das notificações e atividades relacionadas ao controle e vigilância de doenças contempladas nos informes e, portanto, não são adequadas para a determinação da prevalência destas doenças. Para isso, teriam que ser realizados estudos epidemiológicos específicos. Este estudo constatou maior frequência de anemia infecciosa equina das demais registradas nos informes mensais, seguida pelas enfermidades do tipo nervosa. Merecida importância deve ser dada aos registros de ocorrências nos informes epidemiológicos para que seja possível traçar um perfil das doenças que acometem as populações animais.

VIGILÂNCIA SINDRÔMICA NO ESTADO DA PARAÍBA REALIZADA NO PERÍODO DE 2005 - 2015. LOPES, M.M.; SILVA, A. H.; LIMA, J.V.O.; VIANA, M. A. S.; BRAZ, V.B. Superintendência Federal de Agricultura no estado da Paraíba, BR 230 Km 15, Morada Nova, Cabedelo, Paraíba, Brasil, CEP: 58109-303. E-mail: [email protected]. Syndromic surveillance in the state of Paraíba in the period 2005- 2015.

A notificação de suspeitas e o acompanhamento de eventos sanitários, baseados na vigilância sindrômica a partir da observação de conjuntos de sinais clínicos específicos, além de serem registrados em formulários específicos do serviço veterinário oficial, também são inseridos no Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica - SivCont. O Sistema em questão representa um mecanismo para registro e análise de dados e informações, permitindo a demonstração de que os sistemas nacionais de vigilância dos países participantes possuem adequada sensibilidade e especificidade para assegurar a condição sanitária do país em relação a determinadas doenças. Também fornece transparência na troca de informações e possibilita, às gerências do serviço veterinário oficial (SVO), avaliar o procedimento adotado em cada atendimento. Atualmente, o serviço veterinário do Brasil utiliza quatro síndromes configuradas no sistema pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA): síndrome vesicular, síndrome nervosa, síndrome hemorrágica dos suínos e síndrome respiratória e neurológica das aves. O presente trabalho teve por objetivo demonstrar as ocorrências sanitárias lançadas no SivCont, no estado da Paraíba, no período de 2005-2015, considerando as quatro síndromes relacionadas. A partir dos registros extraídos em planilha Excel e da análise espacial realizada, observou-se que as síndromes nervosa e vesicular detêm o maior número de registros de atendimento a suspeitas no período avaliado, seguidas das síndromes hemorrágica dos suínos e respiratória das aves, respectivamente. Nos registros avaliados também foi possível verificar o uso do apoio laboratorial nos atendimentos realizados, sendo o maior número de amostras colhidas nos atendimentos referentes a suspeitas de síndrome nervosa. De acordo com os lançamentos efetuados também foi possível verificar que a principal fonte de notificação foi oriunda de proprietários, seguida de terceiros e vigilância do SVO. Em todas as síndromes verificamos a existência de vários municípios do estado da Paraíba sem registro de investigação ou com número reduzido de atendimentos realizados pelo SVO no período em questão. Avaliando o histórico dos registros efetuados no SivCont, observou-se que é necessário envidar esforços no sentido de melhorar os dados referentes à vigilância de todas as síndromes relacionadas, investindo em ações de educação sanitária e capacitação dos integrantes do Sistema Nacional de Informação Zoossanitária.

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PROPRIEDADES RURAIS FISCALIZADAS PELA ADAF EM VIGILÂNCIA ATIVA NO ESTADO AMAZONAS NO PERÍODO DE 2013-2016. *1BORGES, R.A.G.; 2CIRIANO, C.M. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF, Avenida Carlos Drumond de Andrade 1460, Conjunto Atílio Andreazza-Japiim, CEP 69.007-730, Manaus, AM, Brasil. E-mail: [email protected] 1ADAF/Manicoré/AM; 2ADAF Central – PNFA. Rural properties taught by adaf in active surveillance in the amazon state in the period 2013-2016.

O Serviço Oficial Veterinário (SVO) do estado do Amazonas é efetuado pela ADAF – Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas, autarquia estadual criada pela lei estadual nº 3.801 de 29/08/2012. Antes do advento e criação desta agência, o SVO era realizado por uma comissão pertencente à SEPROR – Secretaria de Produção Rural/AM, fato esse que desfavorecia em muito a compilação de dados oficiais e a estruturação de estratégias eficientes no combate às doenças infectocontagiosas, principalmente a Febre Aftosa, doença de maior interesse e impacto na economia do setor primário nacional. Através da ADAF fiscalizações rotineiras e padronizadas foram implantadas em todo território estadual, promovendo a sanidade animal, em especial do rebanho bovino. O objetivo principal deste trabalho é demonstrar que a criação da referida autarquia estadual - que se tornou pertinente também por orientação e exigência do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - propiciou exponencialmente o aumento de bovídeos inspecionados através de uma fiscalização denominada Vigilância Ativa, ou seja, quando o SVO por livre iniciativa, não depende de denúncias e ou solicitações em seus escritórios, para comparecer às propriedades rurais. Nesse tipo de abordagem patas e bocas são observados com a intenção de se detectar vesículas ou epitélio de vesículas rompidas, sugestivos de doenças vesiculares que apresentam tal sintomatologia, tais como a já citada Febre Aftosa e Estomatite Vesicular. Essas vigilâncias em seu caráter preventivo, contribuem para a elevação do status sanitário do rebanho amazonense, que na atual conjuntura se encontra na classificação ministerial de Risco Médio para Febre Aftosa, pretendendo-se em processo junto ao MAPA e a OIE – Organização Mundial de Saúde Animal, a certificação de Estado Livre de Febre Aftosa com Vacinação. Em números recolhidos da GDA – Gerência de Defesa Animal da ADAF, as inspeções de bovídeos (bovinos e bubalinos) em todo território estadual - tiveram a seguinte evolução: No primeiro ano pós-fundação da agência 2013, 3.116 animais foram inspecionados; em 2014=16.321 animais inspecionados; em 2015=101.352 animais inspecionados e em 2016=118.831 animais inspecionados; um crescimento aproximado de 3.800% no período. Tais dados demonstram a consolidação do Serviço Estadual Amazonense através da criação da ADAF, refletida no aumento de bovídeos inspecionados no período citado.

A PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO EM SANIDADE AGROPECUÁRIA. 1GEBARA, C.M.S.; 1MELANDA, H.; 1SILVA, M.; 2DOLIVEIRA, C. D.; 3SERA, A. W..1Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, ADAPAR, Rua dos Funcionários 1559 Curitiba-PR. [email protected]. 2Instituto paranaense de assistência técnica e extensão rural, EMATER, Curitiba-PR .3 Federação da agricultura do estado do Paraná, FAEP, Curitiba - PR. The critical historic pedagogy as a tool for education in agriculturial health.

A educação sanitária é uma ferramenta que torna a Defesa Agropecuária mais eficiente no combate as moléstias infecciosas, e foi incluída no plano estratégico 2017-2026 do Programa de Febre Aftosa, como diretriz estratégica e meta global. Com o objetivo de aprimorar a educação sanitária, a ADAPAR elaborou o projeto “Educando para promover a sanidade”. O primeiro módulo, realizado em 2015, capacitou médicos veterinários e engenheiros agrônomos, da ADAPAR e EMATER, para atuarem como facilitadores, em um método de palestras baseado na metodologia histórico crítica. Nas palestras realizadas pelos fiscais de defesa agropecuária da ADAPAR percebia-se que não existia um padrão metodológico, com a realização de palestras, muitas vezes ricas em conteúdo, porém distantes da realidade social e econômica dos produtores, caracterizando-se por deixar o ouvinte como sujeito passivo, que somente escuta, mas não participa. Essa nova metodologia, no entanto, inclui um método diferenciado de trabalho que consiste na realização de passos para a participação ativa do ouvinte: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final. Por meio dessas etapas, o palestrante mostra a relação entre o conteúdo e as necessidades de vida do ouvinte, valoriza os conhecimentos e experiências trazidas por esses ouvintes, sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo. Na prática social final, é firmado um compromisso entre os presentes, visando as novas práticas propostas. Como resultado dessa primeira etapa do projeto foram capacitados 88 Fiscais de Defesa Agropecuária da ADAPAR e 32 profissionais da EMATER. Também 06 palestras com temas prioritários da ADAPAR, em sanidade animal e vegetal, foram adaptas ao novo modelo. O projeto Educando para promover a sanidade, continua em andamento, em 2016 houve a segunda etapa, e nesse processo podemos concluir que apesar das dificuldades em quebrar os paradigmas impostos pelos métodos tradicionais de ensino, pelo qual muito dos profissionais envolvidos estavam acostumados a trabalhar, a cada nova palestra realizada, foram relatados diversos avanços na relação Fiscal de Defesa Agropecuária e produtor, além dos compromissos assumidos para as novas práticas visando a evolução da sanidade agropecuária paranaense.

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THE PROCESS OF THE INTERNATIONAL OFFICIAL RECOGNITION OF ANIMAL HEALTH SITUATION. SENA, E.F.; ¹ALVES. L.L.; ²BORGES, C.H.P. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bloco D, anexo A, Brasília, DF, [email protected].

In order to preserve animal and human health in the world, the international trade of live animals, their products and by-products, is based on sanitary guarantees, and the official sanitary recognition is one of the tools for this guarantee. The main purpose of official recognition is offer credibility and transparency of the health procedures applied by a country regarding the product to be marketed. As a consequence of this recognition, trade between countries is facilitated as well as the reach of international markets, even the highly demanding ones.The main official sanitary recognition is carried out by international organizations, but may also be promoted by bilateral agreements between the importing country and the sanitary authority of the exporting country. About recognition by an international institution in the field of animal health, the World Organization for Animal Health (OIE) has been the official institution for the recognition of health status for trade purposes, as agreed by the World Trade Organization (WTO) since 1998. For official recognition by OIE, among other procedures, the country must respond to a complex and specific questionnaire on the regulations and actions of the Official Veterinary Service (OVS) and activities of the related private sector, to be evaluated by several levels of that institution. Once sanitary recognition is achieved, it should be annually revalidated by sending information on the surveillance and prevention actions carried out by OVS and private sector. At any time, there may be demotion or suspension of official recognition, due to sanitary occurrence or noncompliance with the recommendations of the OIE Terrestrial Animal Code.The recognition by OIE is voluntary and achieves the following diseases: Foot-and-mouth disease (FMD), Classical swine fever (CSF), Bovine spongiform encephalopathy (BSE), Peste des petits ruminants, Contagious bovine pleuropneumonia and African horse sickness. Until September 2017, the OIE recognized Brazil as a free country for the last three diseases and as negligible risk for BSE - the lowest risk category. For FMD and CSF, the recognition has been gradual, by zones. Currently, 53% of the Brazilian territory is recognized by the OIE as being free of CSF, and this area is responsible for 100% of exported meat pork by Brazil and industrial rearing of pigs. In the case of FMD, currently 77% of the national territory is recognized by the OIE as free from this disease, where is located about 99% of the susceptible domestic herd. The expansion of the FMD free area is evolving, and in 2017 Brazil submitted a request to OIE to evaluate the other areas of the country, aiming in 2018 the recognition of 100% of the national territory as free from FMD. In order to accomplish the requirements for official recognition, by OIE or third countries, it is essential the close acting of the Official Veterinary Service (SVO) and the private sector, sharing responsibilities, aiming to maintain or expand the access of the Brazilian animal products in the international market.

O PROCESSO DE RECONHECIMENTO INTERNACIONAL OFICIAL EM SAÚDE ANIMAL. SENA, E.F.; ¹ALVES. L.L.; ²BORGES, C.H.P. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bloco D, anexo A, Brasília, DF, [email protected].

Para preservar a saúde animal e humana no mundo, o comércio internacional de animais vivos, seus produtos e subprodutos, é balizado por garantias sanitárias, sendo o reconhecimento sanitário oficial uma das ferramentas para essa garantia. O reconhecimento oficial tem por principal objetivo oferecer credibilidade e transparência dos procedimentos sanitários aplicados por um país quanto ao produto a ser comercializado. Como consequência desse reconhecimento, o comércio entre os países é facilitado, assim como o alcance de mercados internacionais, até mesmo os altamente exigentes. O principal reconhecimento sanitário oficial é aquele realizado por organismos internacionais, mas pode também ser promovido por tratativas bilaterais entre o país importador e a autoridade sanitária do país exportador. Quanto ao reconhecimento por instituição internacional no âmbito da saúde animal, desde 1998 a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é o organismo de reconhecimento oficial de situação sanitária para efeitos comerciais, conforme acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC). Para o reconhecimento sanitário oficial pela OIE, dentre outros procedimentos, o país deve responder a um questionário complexo e específico, que aborda as normas e ações do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e as atividades do setor privado relacionado, a ser avaliado por diversas instâncias daquele organismo. Uma vez alcançado o reconhecimento sanitário, esse deverá ser revalidado anualmente mediante o envio de informações das atividades de vigilância e prevenção da enfermidade em questão, no âmbito do SVO e do setor privado. A qualquer momento, poderá haver rebaixamento ou suspensão do reconhecimento oficial, por ocorrência sanitária ou descumprimento das recomendações do Código de Animais Terrestres da OIE. O reconhecimento pela OIE é voluntário e alcança as seguintes enfermidades: febre aftosa (FA), peste suína clássica (PSC), encefalopatia espongiforme bovina (EEB), peste dos pequenos ruminantes, pleuropneumonia contagiosa bovina e peste equina. Até setembro de 2017, o Brasil obteve reconhecimento pela OIE como país livre para as 3 últimas enfermidades e como risco insignificante para EEB – categoria de menor risco. Para FA e PSC, o reconhecimento vem sendo gradual, por zonas. Atualmente, 53% do território brasileiro é reconhecido pela OIE como livre de PSC, sendo essa área responsável por 100% tanto da carne suína exportada pelo Brasil como da criação industrial de suínos. No caso de FA, atualmente 77% do território nacional é reconhecido pela OIE como livre dessa enfermidade, região onde se localiza cerca de 99% do rebanho doméstico suscetível. A ampliação da área livre de FA está em curso, sendo que em 2017 o Brasil submeteu pleito à OIE para avaliação das demais áreas do país, visando em 2108 o reconhecimento de 100% do território nacional como livre de FA. No sentido de cumprir os requisitos que permitem o reconhecimento oficial, pela OIE ou por terceiros países, é fundamental a atuação estreita do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e do setor privado, compartilhando responsabilidades, para manter ou ampliar o acesso dos produtos brasileiros de origem animal no mercado internacional.

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IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE TRIAGEM DE AMOSTRAS EM LABORATÓRIO CREDENCIADO NA REDE NACIONAL DE LABORATÓRIOS VETERINÁRIOS. MORAIS, J.S.C.; AMARAL, H.R.D.; NOLETO, P. G.; VIEIRA R.C. LABVET/AGRODEFESA; Rod. R-2, Área: AR4, Campus Samambaia, Goiânia/Goiás/Brasil; e-mail: [email protected]. Implementation of the Sample Screening Service in laboratory accredited in the National Veterinary Laboratories Network.

O LABVET faz o apoio técnico laboratorial às ações de defesa sanitária animal, à saúde pública, aos médicos veterinários que atuam no campo, produtores rurais de Goiás e outros estados, diagnosticando com qualidade e confiabilidade, doenças que atingem e comprometem o setor pecuário e a sociedade, suportado por um Sistema de Gestão em conformidade com os requisitos da NBR ISO/IEC 17.025:2005 e acreditado pelo INMETRO (CRL 0981). Realiza exames para Anemia Infeciosa Equina, Botulismo, Brucelose, Mormo, bacteriológico e parasitológico diversos, dá suporte aos inquéritos epidemiológicos realizados pelo serviço veterinário oficial (SVO) e prepara e encaminha amostras aos laboratórios de referência. O LABVET conta com a sala de triagem, desde 2014, montada com recursos de convênio com o MAPA, dedicada a avaliação técnica das amostras que entram no laboratório, permitindo verificar sua viabilidade analítica antes do encaminhamento à rotina do laboratório ou ao acondicionamento e envio aos laboratórios de referência. Com o objetivo de verificar a importância do serviço de triagem para o incremento nas ações de defesa sanitária do Estado de Goiás, foram analisados os dados de recebimento e encaminhamento de amostras de 2013 a 2016. Nos anos de 2013/2014, anteriores à estruturação da sala de triagem, foram recebidas para encaminhamento 175 amostras, sendo elas para diagnóstico de Suspeita de Síndromes Vesiculares (14), Encefalite Equina (19), BSE (90), Confimatório de Mormo (17), Reteste de AIE (32) e determinação de variante de vírus rábico (03). Após a estruturação da sala de triagem, com a aquisição de freezer -86ºC, Refrigerador, Centrífuga, computador e ar-condicionado, foram criados procedimentos para recebimento, para verificação da qualidade e viabilidade analítica das amostras, para preenchimento de formulários e procedimentos para envio de transporte de substâncias biológicas, como regulamenta a UN33. Nos anos 2015/2016, houve um acréscimo surpreendente no número de amostras recebidas e preparadas para envio. Nestes anos um total de 19.396 amostras foram recebidas, principalmente devido ao fato do LABVET estar preparado para auxiliar nos inquéritos epidemiológicos programados pelo serviço de defesa, como por exemplo o Inquérito de Febre Aftosa, de Doença de New Castle e Influenza Aviária, de Brucelose e também de vigilância para controle de PSC. Diante dos dados apresentados podemos constatar que o SVO do Estado de Goiás teve um grande incremento de qualidade do seu serviço após a estruturação da sala de triagem de amostras, mostrando-se capaz de atender plenamente às demandas de vigilância ativa e passiva desenvolvidas pelo SVO.

PARTICIPAÇÃO DO CRMV-GO E AGRODEFESA NA ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE, NAS AÇÕES DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL, NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2013 - 2017. BRAGA, R.S.1; SILVA, M.O.1,2; VIEIRA, R.C.1,2. 1 Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás, Av. Universitária, 2169 - Setor Leste Universitário, 74610-100, Goiânia-GO, Brasil 2Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Goiânia, Goiás. E-mail: [email protected]. Participation of CRMV-GO and AGRODEFESA in guidance and health education in the animal health defense actions, in the state of Goias during 2013-2017.

Nosso objetivo é apresentar as atividades desenvolvidas, de forma conjunta pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODEFESA), Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (SFA/MAPA-GO) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO), na orientação sobre educação sanitária entre 2013 a 2017. As atividades foram divididas em duas diretrizes: educação continuada, com a capacitação de médicos veterinários autônomos, e averiguação de infrações éticas, com fiscalização e julgamentos de processos éticos. Os seminários de responsabilidade técnica instituídos pelo CRMV-GO objetivam orientar os profissionais responsáveis técnicos de suas responsabilidades perante sociedade, atualizando-os da legislação vigente, inclusive a importância nos programas oficiais. Esses seminários foram divididos em: módulo básico e avançado, este destinado aos profissionais já atuantes nas cinco principais áreas: comércio de produtos agropecuários, clínica médica, fábrica de ração, eventos pecuários e indústria de alimentos. Nesse período, foram realizados 17 seminários básicos e 46 avançados, totalizando 3.823 participantes; cinco cursos de atualização dos profissionais habilitados no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) e um sobre a ocorrência da introdução do Mormo no estado. Em conjunto, foram encaminhados ao CRMV-GO denúncias de possíveis infrações éticas averiguadas em fiscalizações do MAPA e AGRODEFESA. Foram julgados 146 processos éticos, destes 43 de profissionais atuantes como autônomos em programas nacionais de saúde animal e 57 atuantes como responsáveis técnicos. Desses, 67% dos profissionais julgados receberam penalização, conforme o Código de ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002. Apesar da promoção de atividades objetivando a atualização dos profissionais, houve um crescente aumento na abertura de processos éticos nessas áreas, devido à integração entre os órgãos e efetividade nas fiscalizações. Tal parceria mostrou ser de grande relevância, pois complementou as ações realizadas de forma isolada por cada entidade, tornando eficaz a atuação da defesa sanitária e punindo todos os responsáveis pelas irregularidades cometidas. Preventivamente, soma-se a educação continuada com a realização de cursos e seminários, na tentativa de orientar o profissional em conduta proba, ética e competente na prestação de seus serviços.

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AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA VETERINÁRIO EM ALAGOAS, DE 2007 A 2016. LAGES, S. L. S.; LACERDA, M. J. S. R. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Av. Fernandes Lima, 72, CEP 57050-900, Maceió, AL, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of veterinary surveillance system in Alagoas-Brazil, 2007-2016.

A manutenção do sistema de vigilância epidemiológico é atividade relevante para o serviço veterinário oficial (SVO). No Brasil, o modelo adotado da vigilância é a sindrômica, cujos alvos de notificação são doenças que afetam significativamente a saúde pública, produção animal ou comércio internacional, a exemplo da febre aftosa, peste suína clássica, influenza aviária etc. Neste sistema, produtores e comunidades desempenham papeis importantes na notificação de sinais clínicos ao SVO. Quatro são as síndromes investigadas: vesicular (SV), nervosa (SN), hemorrágica dos suínos (SHS), respiratória ou nervosa de aves (SRNA). Medidas quantitativas e qualitativas são utilizadas para avaliar a eficiência desse sistema, como: tempo de ação do produtor e reação do SVO, sensibilidade e especificidade. Com o objetivo de avaliar o sistema de vigilância passiva no Estado de Alagoas, no período de 2007 a 2016, foi realizada análise descritiva dos dados registrados no Sistema de Continental de Vigilância Epidemiológica – SivCont. No período estudado, foram registradas 195 ocorrências sanitárias distribuídas em três síndromes, sendo a nervosa a com maior número de notificações 66,67% (130/195), seguida pela vesicular 32,82% (64/195). A síndrome RNA teve apenas uma única notificação e a SHS sem notificações. A espécie bovina foi a principal espécie deflagradora do sistema, com 82% das notificações. O produtor foi o principal notificante (81%). O tempo de ação global (período entre o início dos sinais e notificação ao serviço) foi em média 4,9 dias [0-55 dias] e o tempo de reação global médio (período entre notificação e atendimento a suspeita) foi de 0,32 dia [0-6 dias]. A distribuição das ocorrências ao longo do tempo não foi uniforme, sofrendo decréscimo em reflexo a greves de servidores do SVO. O sistema foi capaz de identificar e confirmar corretamente 49% das ocorrências de síndrome nervosa, sendo a raiva a única doença alvo identificada. Com relação a síndrome vesicular, o sistema foi capaz de descartar a possibilidade da ocorrência da febre aftosa ou estomatite vesicular em 100% das ocorrências, em contrapartida só foi capaz de identificar diagnóstico diferencial em 64% das mesmas, denotando boa sensibilidade, porém com especificidade reduzida. A distribuição espacial global das ocorrências apontou concentração desigual entre regionais. Apesar do cumprimento ao preconizado na legislação sanitária quanto aos prazos de notificação, atenção veterinária e diagnóstico, o presente estudo apontou espaços para melhorias do sistema em Alagoas.

ENDESA ATENDIMENTO A NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITAS DE ENFERMIDADES (VIGILÂNCIAS PASSIVAS) NO ESTADO DE GOIÁS EM 2016. TOLEDO, D.C.; LEAL, A.A.; SILVA, M.O.; REIS, S.A. **Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Av. Circular, n.º466, Qd.87, Lt.02, Setor Pedro, CEP 74823-020, Goiânia, Goiás. E-mail: [email protected] Attendance of notification of suspicions deseases (passive surveillance) in the state of Goiás in 2016.

O Serviço Veterinário Estadual (SVE), Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODEFESA), do estado de Goiás é responsável pela realização de vigilância veterinária, seja ela passiva ou ativa, para doenças de notificação obrigatória, conforme IN MAPA nº50 de 2013. Na vigilância passiva o SVE atende suspeitas oriundas de notificações de proprietários ou terceiros. Os atendimentos realizados para fundamentação ou não das suspeitas de Síndromes Vesicular, Nervosa, Hemorrágica dos Suínos e Respiratória e Nervosa das Aves são registrados semanalmente no Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SIVCONT), criado e mantido pelo PANAFTOSA, podendo ser confirmadas ou descartadas. Em 2016, de acordo com dados obtidos do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (SIDAGO), foram realizadas 221 vigilâncias passivas, ou seja, foram atendidas 221 notificações de suspeita de ocorrência de doença. As 221 vigilâncias passivas foram realizadas nas 12 Unidades Regionais de Goiás, compreendendo 53 municípios, com atendimento a suspeitas em abelhas, aves, bovinos, equídeos, suídeos e caprinos. Foram 81 atendimentos a equídeos, 59 a aves, 52 a bovídeos, 28 a suídeos, 01 a abelhas e 01 a caprinos. Dos 221 atendimentos, 92 foram compatíveis com suspeita de síndromes, sendo registrados no SIVCONT. No ano em questão ocorreram 37 atendimentos a Síndrome Nervosa, 51 a Síndrome Respiratória e Nervosa de Aves, quatro atendimentos a suspeita de Síndrome Vesicular e não ocorreu atendimento a suspeita de Síndrome Hemorrágica de Suínos. Dos 37 atendimentos registrados para Síndrome Nervosa, 16 resultaram em focos de Raiva dos Herbívoros (10 bovinos, 05 equinos e 01 caprino), 20 obtiveram resultados negativos a Raiva dos Herbívoros e um teve seu diagnóstico comprometido devido a inadequação do material. Nas 51 ocorrências atendidas para Síndrome Respiratória e Nervosa de Aves a mortalidade ocorreu devido a erro de manejo. Dos quatro atendimentos para Síndrome Vesicular, três foram compatíveis clínica e epidemiologicamente com Varíola Bovina e um positivo laboratorialmente a Pseudovaríola Bovina. A vigilância passiva é extremamente importante para a manutenção da sanidade animal no Estado, por isso é essencial a conscientização de toda a cadeia pecuária sobre a relevância da notificação das suspeitas de doenças para a vigilância das diversas enfermidades que acometem os animais, de modo a se promover a diminuição de áreas sem informação e aprimorar e desenvolver os programas sanitários da área animal em Goiás.

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ATENDIMENTOS A SUSPEITAS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO DISTRITO FEDERAL, NO PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DE 2017. OLIVEIRA, A.C.; CESAR, M.F.G; LICURGO, J.B.; DEFENSOR, R.H.; CAMPOS, E.B.C; MARSIAJ; P.A.P . Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Subsecretaria de Defesa Agropecuária, Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP: 70770-914, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Investigation of suspected mandatory notifiable diseases reportings by the official veterinary service of the Federal District, from january to june 2017.

O serviço veterinário oficial (SVO) é responsável por garantir a sanidade animal, contribuindo com ações e medidas de Saúde Pública. O objetivo deste trabalho é descrever as informações contidas nos Formulários de Investigação Inicial (FORM IN) preenchidos pelos médicos veterinários do SVO/DF, no primeiro semestre de 2017, mediante estatística descritiva. Foram investigadas 71 notificações de doenças, sendo atendidas 31 (43,65%) ocorrências em bovinos, 29 (40,85%) em equinos, 08 (11,27%) em aves comerciais, 01 (1,41%) em suínos, 01 (1,41%) em muar e 01 (1,41%) em caprino. As suspeitas iniciais de doenças alvos das vigilâncias sindrômicas representaram 30 (42,25%) casos, sendo 03 (4,23%) vesiculares, 01 (1,41%) hemorrágica dos suínos, 18 (25,35%) nervosas e 08 (11,27%) respiratórias ou nervosas em aves. As demais (41; 57,75%) referiram-se a suspeitas tais como mormo, AIE, brucelose, traumas, entre outras. As fontes de notificação foram terceiros (34; 47,89%), vigilância ativa pelo SVO (19; 26,76%) e propriedades (18; 25,25%). Sinais clínicos (30; 42,25%), notificação por meio de teste de diagnóstico positivo (22; 30,99%) e mortalidade (16; 22,54%) foram os principais motivos para iniciar a investigação epidemiológica. O tempo médio de reação do SVO foi de 24:24 h, com mediana de 05:40 h, enquanto o tempo médio de ação foi de aproximadamente 4,8 dias, com mediana de 4 dias. O prazo médio de encerramento de investigações foi de 20,7 dias. Em 11 casos (15,49%) o atendimento foi finalizado no próprio FORMIN e em 21 ocorrências (29,58%), as investigações ainda não haviam sido encerradas até o processamento dos dados. Observou-se que as notificações de doenças no DF são expressivas quando comparada proporcionalmente a outros estados com rebanhos maiores. A média do tempo de reação no DF foi inferior a média nacional para o mesmo período (30:13 h), média esta que inclui apenas as vigilâncias sindrômicas de doenças alvos (SIVCONT), esse resultado pode ser atribuído à alta capilaridade do SVO/DF e tamanho do território. Os possíveis fatores que influenciaram o tempo para o encerramento das investigações seriam extrínsecos ao SVO/DF, tais como o tempo de recuperação e/ou morte do animal, a coleta e envio de material, a entrega de resultado de diagnóstico laboratorial e as especificidades para encerramento de cada enfermidade.

1225 TREINADOS APÓS 14 ANOS DE CURSO PNCEBT REALIZADO PELA ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DA UFG. SOUZA, A.M.¹*; DIAS FILHO, F.C.¹; CUNHA, P.H.J.¹; JAYME, V.S.¹; MOURA, V.M.B.D.¹; BASTOS, T.S.A.¹; DAVID, G.N.I.¹; GALINDO, A.S.D.²; PIRES, G.R.C.³. 1Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. E-mail: *[email protected]; 2Fiscal Federal Agropecuário MAPA-GO, Goiânia, Goiás, Brasil; 3Fiscal Estadual Agropecuário AGRODEFESA, Goiânia, Goiás, Brasil. 1225 trained professionals after 14 years of PNCEBT course realized by Escola de Veterinária e Zootecnia of UFG.

Objetivando capacitar médicos veterinários para realizar colheita de material clínicos, realização de testes de triagem de diagnóstico laboratorial e emissão de atestados diagnóstico de brucelose e tuberculose, a Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG) vem oferecendo cursos de treinamento e habilitação para este profissional atuar de acordo com o estabelecido pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT). Iniciado na EVZ/UFG em 2004, com o reconhecimento do MAPA através da Portaria nº 44 de 18/07/2003 MAPA – D.O.U. nº 138 de 21/07/2003. Cada curso, contemplando atividades teóricas e práticas, com duração de cinco dias e carga horária total de 40 horas, é ministrado para turmas de no máximo 20 participantes. Apenas participantes com frequência de 100% e média mínima de 7,0 na avaliação final fazem jus aos certificados. Em Goiás, a EVZ/UFG é a única Instituição do Estado que oferece treinamento e capacitação de médicos veterinários autônomos para sua inserção no PNCEBT. Após 14 anos de realização do curso (2004 a 2017), a EVZ/UFG contabiliza o total de 1225 profissionais treinados. Sendo 75% homens, originados principalmente das seguintes unidades federativas: Goiás (78,6%), Distrito Federal (5,5%), Mato Grosso (3,8%), Minas Gerais (2,6%), Tocantins (2,3%) e Pará (2,0%). As demais unidades federativas (Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) somam juntas 5,2%. Conclui-se que esta ação é essencial para aprimorar o diagnóstico a campo e para a inserção dos profissionais nos programas de certificação ou monitoramento de rebanhos. Além disso, os resultados obtidos têm contribuído para melhor atuação conjunta entre o setor público e privado, promovendo crescimento profissional e ampliando a competitividade do Estado de Goiás no cenário nacional e do País no mercado internacional, com reflexos diretos na produção, na sanidade animal e na saúde humana.

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TEMPO DE AÇÃO E REAÇÃO DO SERVIÇO VETERINÁRIO DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2006 a 2016 *PINHO, A.P.V.B.1; CARMO, E. A. R.1; SANTOS, G. F. S.1; GALINDO, G. A. R.1; OLIVEIRA, J. P.1; TABOSA, K. F.1; RIBEIRO, L. C2. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará1, Av. Pedro Miranda 1666, CEP 66085-023, Belém-PA, Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento2. E-mail: [email protected]. Action and reaction time of the veterinary service of the agricultural defense agency of the state of Para, for the period 2006 to 2016.

O tempo de ação representando pelo intervalo de tempo entre provável início da doença e a notificação, e, tempo de reação é o intervalo de tempo entre a notificação e o atendimento pelo serviço veterinário oficial (SVO) são elementos fundamentais para avaliação das ações dos atendimentos às notificações de doenças dos animais. O objetivo deste estudo foi analisar a capacidade e o preparo do serviço veterinário oficial frente a notificação de suspeita de doenças. O presente trabalho é um estudo descritivo e com base em levantamento epidemiológico das informações registradas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará no sistema SivCont, no período compreendido entre 2006 a 2016. Foi utilizado o software Microsoft Excel® para analisar o intervalo de tempo entre o provável início da ocorrência e a notificação, e, o intervalo de tempo entre a notificação e o atendimento do SVO. Foram avaliadas 1.388 ocorrências sanitárias. Deste total, com relação ao tempo de ação, 20,75% (288) das notificações se deu em até 1 dia, 58,08% (806) de 2 até 15 dias; 9,36% (130) de 16 até 30 dias e 11,81% (164) com mais de 30 dias para notificar o serviço veterinário. Já com relação ao tempo de reação, observou-se que 68,22% (947) registros de notificação foram atendidos no mesmo dia em que foi recebida a notificação, enquanto que 26,88% (373) foram atendimentos realizados após 1 (um) dia da notificação realizada, 1,95% (27) das notificações foram atendidas apenas 2 (dois) dias após a comunicação e 2,95% (41) foram atendimentos realizados com mais de 2 dias de notificação. Diante do exposto, conclui-se que a maioria das notificações foram atendidas pelo SVO dentro do prazo estabelecido em legislação, porém concluiu-se também que há necessidade de melhorar o tempo de ação das notificações por parte da vigilância passiva, pois a rápida notificação ao SVO é fundamental para que os focos de doenças sejam controlados e erradicados com primazia.

ATUAÇÃO DO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL NO FORTALECIMENTO DA DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ NO ANO DE 2016.* GONÇALVES, A.G.C.M; NETO, P.C.O.; MORENO, J.O.; CARVALHO, A.L.; NETO, M.C.; LOUREIRO, A.M.; LIRA, S.F.; JÚNIOR, E.M.Q.; FILHO, F.C.C.; SILVA, C.B.; MAIA, F.A.L.; OLIVEIRA, C.S.; LIMA, R.R.; SOUSA, F.T.M.; ALENCAR, O.D.; SARAIVA, A.A.S.**; MAGALHÃES, I.L.A.** Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI, Av. Bezerra de Menezes, 1820 – São Gerardo, CEP 60325-002 – Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Action of the official veterinary service in the strengthening of agricultural defense in Ceará state in 2016.

A Agência de Defesa Agropecuária (ADAGRI) é a autoridade estadual em Sanidade Agropecuária no Estado do Ceará, com a missão de proteger a saúde dos animais e propiciar a qualidade sanitária dos produtos e subprodutos de origem animal, promovendo a sustentabilidade desses setores e a segurança alimentar humana. O trabalho tem como objetivo central apresentar a consolidação das atividades registradas em 2016, visando dar maior transparência, além de permitir o monitoramento das ações e metas consideradas estratégicas para o fortalecimento da sanidade animal, subsidiando a discussão para superação dos obstáculos e aperfeiçoamento do planejamento das ações. As informações foram extraídas dos Relatórios Mensais de Sanidade Animal (RMSA’s) e sistema informatizado – Sidagro. Como resultado, observou-se a manutenção da qualidade do cadastro agropecuário das propriedades rurais e criadores com suas explorações pecuárias conforme demonstrado na tabela 1. Foram realizadas atividades de vigilância epidemiológica em áreas e propriedades de risco contabilizando 275 fiscalizações. Diante das irregularidades observadas, lavrou-se 1.803 autos de infração, apreensão de 5.643 kg de produtos lácteos e 1.371 kg de produtos cárneos por irregularidades de conservação e/ou sem registro no serviço de inspeção. Foram fiscalizados 626 estabelecimentos que comercializam produtos de uso veterinário. Quanto ao controle de trânsito, registrou-se 138.726 GTA informatizadas e 47 blitz volantes. Os servidores realizaram 484 palestras abordando os programas sanitários contemplando um público de 4.190 pessoas. Quanto à vacinação contra febre aftosa, o Ceará mais uma vez atingiu os índices nas etapas de vacinação, conforme demonstrado na tabela 2. Foram registrados 19 casos suspeitos para raiva em herbívoros, sendo 10 casos confirmados da doença com diagnóstico laboratorial. Foram fiscalizados 314 eventos agropecuários, contemplando 49.130 bovídeos, 22.168 ovinos, 6.975 caprinos, 124 suídeos e 10.363 equídeos. Foram realizados 30.884 exames de brucelose, ao qual foram detectados 6 focos, com 10 bovinos positivos, sendo os mesmos eutanasiados. Foram realizados 33.642 exames de tuberculose, ao qual foram detectados 7 focos, com 08 bovinos positivos, sendo os mesmos. Para o controle da anemia infecciosa equina – AIE foram realizados 27.401 exames para diagnóstico de AIE, sendo 579 exames positivos e ainda um total 3.163 exames pendentes para sacrifício. Quanto ao controle do mormo registrou-se 6 resultados positivos, 5 resultados inconclusivos e 2 resultados anticomplementar nos testes de fixação de complemento, realizados nos laboratórios credenciados no ano de 2016. Diante do exposto, conclui-se que o trabalho do Serviço Veterinário Oficial da ADAGRI foi de fundamental importância para mais uma vez consolidar a condição sanitária conquistada para febre aftosa, fortalecer a vigilância e prevenção para as doenças, protegendo o patrimônio pecuário cearense com suas atividades de fiscalização no ano de 2016. Entretanto, há necessidade de realizar capacitação técnica continuada dos servidores, recursos financeiros para o desenvolvimento das ações, aperfeiçoamento no planejamento das atividades nos demais programas sanitários, bem como informatizar o RMSA como instrumento eficaz de registro, compilação e análise das informações para que seja possível alcançar um sistema de vigilância e monitoramento eficiente e sensível.

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EMISSÃO DA E-GTA NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE ABRIL A SETEMBRO DE 2017 E SUA MIGRAÇÃO PARA PGA.* GONÇALVES, A.G.C.M; NETO, P.C.O.; NETO, J.A.S.; ROCHA, C.S.; QUIRINO, M. H. R.; CARVALHO, P.R.L.; MEDEIROS, E.G.; EVANGELISTA, R.A.E.; PINHEIRO, J.H.T.; MAMEDES, J.E.L.; SILVA, J.J.; ROCHA, H.P. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI, Av. Bezerra de Menezes, 1820 – São Gerardo, CEP 60325-002 – Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Issuance of e-GTA in the state of Ceará in the period of April to September 2017 and its migration for PGA.

A Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) estabelecida em 2011 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e alterada em outubro de 2014, foi implantada visando integrar nacionalmente as informações referentes ao trânsito de animais por meio de um Banco de Dados Único (BDU) em uma plataforma eletrônica denominada PGA (Plataforma de Gestão Agropecuária). Desta forma, considerando a obrigatoriedade em atender as normas federais, a ADAGRI iniciou as emissões de e-GTA, em abril de 2017, realizando a migração das informações diariamente para a PGA. A PGA é uma plataforma pública informatizada de integração de sistemas, com objetivo de melhorar a qualidade e o acesso às informações para toda a sociedade agropecuária, além de uniformizar e informatizar os processos de trabalho. Dentre as diversas atividades desempenhadas pelo Serviço Veterinário Oficial, o controle de trânsito animal destaca-se como uma das mais relevantes da fiscalização agropecuária. Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia da informação em todas as áreas do conhecimento, a ADAGRI implementou e padronizou o sistema informatizado para registrar e gerenciar as suas atividades de vigilância e de fiscalização. A e-GTA é um instrumento de fundamental importância para o sistema de Defesa Sanitária Animal, tanto no aspecto de rastreamento de problemas sanitários como na análise de dados, permitindo o estabelecimento de fluxos de trânsito e outras questões de importância sanitária. Dessa forma, o presente estudo está calcado nas informações de trânsito oficiais migradas para PGA consultando o link de acesso http://indicadores.agricultura.gov.br/pga/index.htm e teve como objetivo principal a identificação da movimentação dos animais no período de abril a setembro de 2017 das e-GTAs emitidas no Ceará e dos registros de e-GTA com destino ao Ceará no referido período, auxiliando no planejamento das ações de vigilância e de fiscalização em defesa sanitária animal. Os dados obtidos na PGA foram agrupados por fluxo de movimentação e somadas às quantidades de animais por espécie e de e-GTA’s, facilitando ainda na elaboração de mapas utilizando o software Terraview. Por meio da PGA foi possível além de analisar o trânsito intraestadual dos animais, realizar também a consulta do ingresso de animais no Ceará com mais eficiência, demonstrando ser uma ferramenta segura e transparente para o Serviço Veterinário Oficial. Dessa forma, pode-se concluir que a consulta das emissões de e-GTA por meio da PGA é uma ferramenta de suporte às atividades de vigilância para SVO, uma vez que há integração interestadual, universalização da emissão de e-GTA, maior disponibilidade e acesso a informação dos animais transitados no país, garantindo a transparência, integridade e confiabilidade do trânsito animal.

O LÚDICO E A EDUCAÇÃO SANITÁRIA ANIMAL. OLIVEIRA, S.S.1,3; LOPES, R.2; CHIG, L.A.2; ZARZENON, M.A.P.3; OLIVEIRA, S.M.3; DIDA, V.L3.1Centro Universitário de Várzea Grande - Univag, Av. Dom Orlando Chaves, 2655, Cristo Rei, CEP 78118-000, Várzea Grande, MT, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Unic- Universidade de Cuiabá, Cuiabá, MT. 3Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, Nossa Senhora do Livramento, MT. The ludic and animal health education, Mato Grosso State, Brazil.

Um recurso didático dinâmico com expectativa de garantir resultados eficazes na educação é o lúdico. É uma prática que exige extremo planejamento e cuidado na execução da atividade elaborada. Objetivou-se levar ao público uma forma de conscientização das leis sanitárias animais utilizando se do lúdico. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram confeccionadas peças com intuito de conservar os materiais biológicos relacionados aos programas de defesa animal, visando fortalecer a situação sanitária local. Dentre os materiais confeccionados estão: cabeça, membros anteriores e posteriores de bovino com lesões que simulam febre aftosa, quirópteros hematófagos e não hematófagos, galinha e peixe, conservados por meio da técnica de taxidermização. Fazem parte também do acervo, serpentes que foram encontradas já sem vida na natureza e em condições viáveis, foram coletadas e conservadas em frascos de vidro com formol e identificadas por herpetólogo. Os quirópteros e serpentes são utilizados para se observar a morfologia (dos quirópteros hematófagos e não hematófagos) (serpentes venenosas das não venenosas). Para alertar a população quanto ao transporte de animais, há um caminhão boiadeiro de brinquedo, adquirido comercialmente, no qual está fixado a ele a seguinte frase - “Sem GTA (Guia de transporte animal) não embarco, é fria”. Estes materiais são utilizados em eventos como feiras, reuniões comunitárias, escolas e outros locais públicos. Ficando disponíveis nos estandes ou são levados para as salas de aula, para visualização dos produtores, alunos e demais visitantes, como fonte de sensibilização quanto à educação sanitária animal. A utilização dos sentidos (visão, tato e audição) torna a memorização no processo ensino-aprendizagem atrativa, agradável, prazeroso e realista quanto a compreensão de novas informações recebidas. Já que, nem sempre é possível o uso de tecnologia como data “show” em locais públicos, afastados da cidade, além de que, a apresentação de imagens pode não representar as condições reais, têm-se as peças lúdicas como forma de encurtar o conhecer teórico-prático, favorecendo o despertar da curiosidade do público e facilitando o entendimento sobre as questões sanitárias. Uma das peças que tem chamado à atenção do público infantil é o caminhão boiadeiro. Notou-se que todas as crianças ao ver o caminhão boiadeiro na exposição, se direcionaram para o mesmo, atraindo também a atenção dos adultos que são conduzidos pelas mesmas. Espera-se que ao longo do tempo, esse processo de educar, transforme as atitudes das pessoas, conscientizando-as quanto seus deveres e responsabilidades, que resultarão em benefícios aos animais dentre eles o próprio ser humano. Esse projeto está sendo desenvolvido gradativamente, questionários epidemiológicos estão sendo aplicados. Outras peças serão confeccionadas mediante avaliação do impacto de contribuição deste instrumento em alcançar o objetivo proposto e a necessidade local. Busca-se com isso fornecer subsídios aos programas educativos.

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TREINAMENTO DE GRADUANDOS EM MEDICINA VETERINÁRIA EM AÇÕES DE DEFESA AGROPECUÁRIA COM ÊNFASE NO TRANSITO ANIMAL. FONSECA, A.A.*; FREIRE, M.M.; MIYAKI, C.M; FOGAÇA, C.D; ROMITTO, G.C; CARSCH, G.; PAARMANN, F.A. Divisão de Defesa Agropecuária, Superintendência Federal de Agricultura de SP, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rua 13 de maio 1558, CEP 01327-002, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]. Training of students in veterinary medicine in actions of agricultural defense with emphasis in the animal traffic.

Graduandos em Medicina Veterinária necessita se aprofundar no treinamento em ações de Defesa Sanitária Animal, ramo de atuação profissional que é pouco salientado na grade curricular das universidades. O serviço veterinário brasileiro é composto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelas Secretarias de Agricultura nas Unidades Federativas, respeitando o Código Zoosanitário Internacional, sendo o Brasil, país membro da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Serviço de Saúde Animal e das Superintendências Federais de Agricultura de São Paulo (SSA/SFA-SP) realizam fiscalizações das ações de saúde animal, objetivando a garantia de saúde do consumidor, a ampliação da produtividade e qualidade do rebanho nacional. O controle no trânsito internacional é realizado pela fiscalização da importação e exportação de animais vivos, produtos e derivados de origem animal e de materiais genéticos em interface com o Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA). Assim, são instruídos processos, emitidos pareceres e autorizado o embarque, inclusive no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) dos pedidos de importação e exportação conforme exigências sanitárias. Desde dezembro de 2015, o SSA/SFA utiliza o SISCOMEX web com certificação digital, demonstrando maior agilidade na inclusão dos requisitos sanitários. Para exportação de animais e material genético destinado à multiplicação animal, o Certificado Zoosanitário Internacional é emitido pelo SVA mediante parecer prévio do SSA, pois é necessária verificação “in loco” dos animais ou materiais a serem exportados. Para exportações, o SSA/SFA-SP emite declarações sanitárias para produtos agropecuários, especialmente, com relação à Encefalopatia Espongiforme Bovina e Febre Aftosa. Desde 2014, uma ferramenta “web” gratuita recebe pedidos para análise de licenciamento de importação de produtos de origem animal, onde um formulário “on line” é preenchido pelo cidadão, cadastrando suas importações. O número de documentos emitidos pela SSA/SFA-SP no controle do trânsito internacional de animais e de produtos de origem animal desde 2012 até o primeiro semestre de 2016 foram: 293 Certificados Internacionais (Sudão e pré-exportação); 7.656 Autorizações de Exportação de Animais Vivos e Materiais de Multiplicação Animal; 6.826 Autorizações de Importação de Animais Vivos, Material de Multiplicação e Produtos de Origem Animal Não Comestíveis; 111.324 anuências prévias para importação; 158 anuências sanitárias para fins de exportação. O estagiário do SSA/SFA-SP participa destas ações, sendo um importante treinamento, ampliando a visão sobre atuações do MAPA e campo de trabalho.

*Estagiária e bolsista do SFA-SP, convênio MAPA e Centro de Integração Empresa Escola (CIEE)O Serviço de Saúde Animal está inserido na Divisão de Defesa Agropecuárias das Superintendências Federais de Agricultura (SSA/DDA/SFA) e realiza fiscalizações das ações de saúde animal,

ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO, PARASITOLÓGICO E MOLECULAR DA TRIPANOSSOMÍASE BOVINA DE AMOSTRAS ENCAMINHADAS AO HOSPITAL VETERINÁRIO DE UBERABA-MG. MACEDO, D.M.R.¹, SILVA, C.C.², GARCIA, G.C.², NAVARRO, A.P.G.², SOUZA, D.M.², BITTAR, J. F.F.², BITTAR, E.R.². Rua Manoel Brandão, 160, CEP 38060-035, Uberaba, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Universidade de Uberaba², Uberaba, MG. Serological, parasitologico and molecular study of samples sent to the veterinary hospital of Uberaba-MG.

A tripanossomíase causada pelo Trypanosoma vivax gera prejuízos à pecuária. Trabalho realizado na microrregião de Uberaba-MG, em 2012, mostrou que 100% dos animais eram negativos no exame parasitológico e que somente 21,1% dos bovinos apresentavam anticorpos anti T. vivax. Em outro levantamento sorológico realizado a partir de amostras recebidas pelo Hospital Veterinário de Uberaba no período de 2013 a 2014, foi observado que 15,15% (35/231) e 31,24% (184/589) respectivamente, apresentavam positividade na detecção de anticorpos anti- T. vivax. Atualmente, têm-se observado, em exames sorológicos realizados pelo HVU, que a soroprevalência tem elevado, os títulos sorológicos são variados e os surtos da doença estão diminuindo, o que pode ser justificado pelo desenvolvimento de resposta imunológica dos animais ao agente, e a estabilidade da doença. Assim, o presente trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo de bovinos submetidos a exames parasitológicos e sorológicos para a tripanossomíase bovina junto ao HVU, no período de 2015 a 2016, a fim de se conhecer o perfil parasitológico e sorológico dos animais perante a doença após três anos da detecção dos primeiros surtos na região, bem como correlacionar os títulos sorológicos dos animais à presença do agente por PCR. Das 7464 amostras encaminhadas para o HVU, 990 foram para pesquisa parasitológica e 6474 para a sorologia. Na pesquisa parasitológica observou-se a presença de tripomastigota de T. vivax em 5,96% das amostras (59/990). Na sorologia 78,83% (5104/6474) apresentaram anticorpos IgG anti T. vivax, com títulos variando de 80 a 1280. No teste molecular, identificou-se DNA de T. vivax em 96% (24/25) das amostras positivas no esfregaço sanguíneo da papa leucocitária. A identificação de DNA nas amostras negativas no parasitológico e positivas na sorologia com diferentes títulos foi de 5% (5/100) sendo 7,69% (2/26) na titulação 1:80, 3,85% (1/26) na titulação 1:160, 6,25% (1/16) na 1:640 e 6,25% (1/16) na titulação de 1:1280. Não foi observado DNA de T. vivax na titulação 1:320. Neste contexto, pode-se concluir que os animais estão tendo contato com o agente o que permite o desenvolvimento de resposta imune. E que a detecção do DNA do parasito ocorre independente do título sorológico que o animal apresenta.

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HEMOPARASITOSES EM BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ. SOUZA, M.G.M.; OLIVEIRA, G.S.; PEREIRA, W.L.A; BENIGNO, R.N.M.; BERNAL, M.K.M.; ANDRADE, S.L.S.; MOURA, M.A.O.; SARAIVA, D.K.P.; MONGER, S.G.B.; SOUZA, N.F.; SOUSA, R.T.R.; CARDOSO, A.M.C. Universidade Federal Rural da Amazônia Avenida Presidente Tancredo Neves, nº 2501, Terra Firme, CEP 66.077-830, Belém, PA, Brasil. Email: [email protected]. Hemoparasitosis in bovids slaughtered in the municipality of Belem, PA.

Na rotina do abate de animais para consumo, ocorrem condenações por doenças infecciosas e parasitárias, muitas destas apresentando caráter zoonótico. As parasitoses nesses mamíferos podem acarretar prejuízos que refletem em um menor ganho de peso, perda de rendimento da carcaça, diminuição na produção de leite, podendo levar o bovídeo ao óbito. Os hemoparasitas influenciam diretamente na sanidade animal, causando significativas perdas econômicas e dentre eles podemos citar o Anaplasma marginale e a Babesia sp., que promovem a chamada tristeza parasitária. Objetivou-se com esse estudo avaliar a ocorrência de hemoparasitas em bovinos e bubalinos abatidos no estado do Pará. Foram realizadas coletas de amostras sanguíneas de 261 animais abatidos em um matadouro sob inspeção federal, situado no município de Belém, deste total 170 eram bovinos e 91 bubalinos, provenientes dos municípios de Marabá, Cachoeira do Arari e Tailândia. Das amostras sanguíneas coletadas foram confeccionados esfregaços em lâminas de vidro e coradas pelo método Panótico Rápido. Posteriormente, estas foram observadas em microscopia óptica com objetiva de 100x no Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia (LAPA/UFRA). Dos animais estudados 26,0% (n=68) foram positivas, sendo que em 51,48% (n=35) estavam presentes unicamente Anaplasma marginale, e em 33,82% (n=23) Babesia sp. Ademais, houve 14,70% (n=10) casos de infecção mista, ocorrendo tanto Babesia sp. quanto o Anaplasma marginale. Dado exposto observou-se a presença de hemoparasitas em bovinos e bubalinos, verificando certa susceptibilidade das criações de bovídeos a estes agentes etiológicos no Estado do Pará.

SURTO DE TRICOSTRONGILOSE EM REBANHO BOVINO DO MUNICÍPIO DE COROMANDEL - MG. RELATO DE CASO. * MOREIRA, M.A.S1 2; da SILVA, C.C.2; PAULA, R.P.O.2; RODRIGUES, D.A2. 1Instituto Mineiro de Agropecuária, Rua Arthur Bernardes, 654, CEP 38550-000, Coromandel, MG, Brasil. 2Faculdade Cidade Coromandel, Av. Adolfo Timóteo da Silva, 433, Brasil Novo. Coromandel, MG. CEP: 38 550 000. E-mail: [email protected]. Tricostrongylosis outbreak in bovine herd of the municipality of Coromandel – MG. Case report.

Os ruminantes podem ser parasitados por diversos nematoides pertencentes a superfamília Trichostrongyloidea. Nesta família encontramos os gêneros Haemonchus spp.; Trichostrongylus spp.; Cooperia spp.; Ostertagia spp. e Hyostrongylus. Relatamos a ocorrência de um surto de tricostrongilídeos no rebanho bovino de uma propriedade localizada no município de Coromandel-MG. Refere-se a uma propriedade com 77 bovinos de corte, faixa etária variando entre 20 e 25 meses, criados no sistema extensivo e oriundos de um evento pecuário realizado no próprio município. Os animais foram diretamente introduzidos na propriedade, sem passar por isolamento, quarentena e vermifugação. Cerca de dois meses após introdução destes novilhos na propriedade os sintomas começaram a aparecer em todos os bovinos. Os sintomas apresentados eram pelos arrepiados e sem brilho, emagrecimento progressivo, corrimento nasal seroso, tosse seca principalmente quando movimentados, dispneia, pneumonia e culminou com a morte de 17 novilhos (22%). Ao detectar o aparecimento dos sintomas discriminados acima os animais foram tratados com antimicrobianos (benzilpenicilina) na dose recomendada pelo fabricante e apresentavam melhora durante o tratamento, contudo ao interromper o tratamento os animais pioravam. Foi realizado exame parasitológico de fezes de um animal e o resultado obtido foi de 23400 ovos de tricostrongílideos por grama de fezes. Diante do resultado do exame de fezes o tratamento indicado foi de 7,5 mg/Kg de levamisol SC e 15 mL de sulfadoxina com trimetropim. Os animais apresentaram melhora no quadro clínico e as mortes cessaram. Dois meses após a instituição do tratamento nova amostra de fezes foi coletada e obtivemos no resultado a presença de 1.200 ovos de tricostrongílideos por grama de fezes. Recomendamos repetir o tratamento acima e posteriormente repetir o exame visto que o normal para a espécie bovina é um valor inferior a 200 ovos por grama de fezes. No terceiro exame não foram encontrados ovos nas fezes. A partir deste relato verifica-se que é indispensável realizar o controle estratégico das helmintoses e que ao introduzir bovinos no plantel devemos adotar medidas de controle e profilaxia.

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Sarcocystis spp. EM AMOSTRAS DE VÍSCERAS IN NATURA DE BOVINOS E BUBALINOS ABATIDOS NO ESTADO DO PARÁ. CRUZ, R.S.; NETO, J.R.N.S.; ANDRADE, S.L.S.; MANGAS, T.P.; MARTINS-HATANO, F.; BERNAL, M.K.M.; SOUZA, M.G.M.; AGUIRRA, L.R.V.M.; BENIGNO, R.N.M. Universidade Federal Rural da Amazônia¹. Avenida Presidente Tancredo Neves, nº 2501, Terra Firme, CEP 66.077-830, Belém, PA, Brasil. Email: [email protected]. Sarcocystis spp. In samples of in natura viscera of bovines and bubalinos slaughtered in the state of Pará.

O gênero Sarcocystis pertence à Família Sarcocystidae e são considerados coccídeos obrigatórios e/ou facultativos de diversas espécies. O Pará possui o terceiro maior rebanho bovino do Brasil e os bovinos são os hospedeiros intermediários para três espécies de sarcocistos: Sarcocystis cruzi, Sarcocystis hirsuta e Sarcocystis hominis, A espécie Sarcocystis hominis é pouco patógena aos bovídeos, porém gera danos à saúde humana por ser zoonótica. O Sarcocystis cruzi, cujo hospedeiro definitivo é o cão, provoca doença severa em bovinos. Apesar disso, não existem muitos estudos sobre a situação da sarcocistose bovina na região, especialmente em carne de bovídeos submetidas ao processo de abate e destinado ao consumo humano. Sendo assim, o presente trabalho objetivou estudar a infecção por Sarcocystis spp. em carne e vísceras de bovídeos no estado do Pará, Brasil. Foram coletadas 136 amostras de carne dos músculos masseter e diafragma de 68 animais (40 bovinos e 28 bubalinos), no período de outubro de 2014 a julho de 2015, provenientes dos municípios de Novo Repartimento, Cachoeira do Arari, Rurópolis, Vigia de Nazaré e Pacajá, todos pertencentes ao estado do Pará. As amostras foram mantidas refrigeradas em recipientes térmicos e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia (LAPA/UFRA) para processamento em duas técnicas de análise: a do exame a fresco que consiste na compressão de uma pequena quantidade da amostra em duas lâminas histológicas para observação do sarcocisto em microscopia óptica. E a técnica da digestão peptídica, utilizada para liberar os bradizoítos dos cistos teciduais. Na primeira técnica foram utilizadas 100 amostras de 50 gramas, e na segunda 136 amostras de 10 gramas. 95,6% das amostras analisadas pela digestão peptídica foram positivas, pois apresentaram bradizoítos de Sarcocystis spp. Das amostras dos 28 bubalinos analisados, o diafragma de um espécime foi negativo para o parasito e nos bovinos, todos os diafragmas foram positivos à sarcocistose. Quanto ao masseter, cinco amostras foram negativas, destas, quatro pertencem a bubalinos e uma a bovino. Não foram encontrados cistos no exame a fresco. Conclui-se que das análises realizadas, considerável quantidade apresentou infecção por Sarcocystis, gerando riscos aos consumidores que se alimentam das carnes em questão.

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO DA RAIVA EM BOVINOS E EQUINOS NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2011 A SETEMBRO DE 2017. MORAES, A.C.P.; RAIOL, L.S.; FURTADO, D.M.; CORRÊA, L.T.G.; MOREIRA, L.G.S.; GOMES, E. K. P.; SILVA; L.C.S.; SILVA, R.N.S.; Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA, Campus Belém, Pará. E-mail: [email protected] Epidemiological survey of anger in cattle and equine in the state of Pará in the period from 2011 to september 2017.Parte superior do formulário

Para este trabalho, foram analisados dados obtidos através da Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Pará. (ADEPARÁ), acerca da distribuição da raiva no estado durante o período de 2011 a setembro de 2017. Considerando apenas os testes positivos na prova biológica, o padrão confirmatório utilizado pelo ministério da agricultura. No ano de 2011 a ADEPARA notificou 59 propriedades no estado, destas 15 confirmaram raiva em herbívoros (25,42%), 10 em bovinos (66,66%) e 5 em equinos (33,33%), com apenas 26,26% das notificações confirmadas os animais foram vacinados para raiva. Castanhal apresentou maior número de casos, no ano de 2012 foram notificadas 67 propriedades rurais, sendo que 10 (14, 92%) apresentaram confirmação para a raiva em herbívoros, 8 casos em bovinos (80%) e 2 em equídeos (20%), das propriedades confirmadas somente 40 % vacinaram seus animais. O maior número de focos foram as cidades de Santa Isabel e Castanhal. Em 2013 notificou-se 55 propriedades rurais no estado do Pará, das quais (17%) apresentaram confirmação para a raiva em herbívoros (30,9%), não foram coletados dados de vacinação nesse ano. Rurópolis apresentou maior número de focos. No ano de 2014 a ADEPARA notificou 58 propriedades rurais no estado do Pará, com 27 (46, 55%) apresentando confirmação para a raiva em herbívoros, sendo 20 casos em bovinos (74,07%) e 7 em equídeos (25,94%), das propriedades confirmadas para raiva apenas 33,33 % vacinaram seus animai. Dom Eliseu, Rondon do Pará, Ulianópolis e Bel Figueiredo apresentaram os maiores focos no ano. Em 2015 a ADEPARA notificou 61 propriedades rurais em que 20 (32,7%) apresentaram confirmação para a raiva em herbívoros, sendo 15 casos em bovinos (75%) e 5 em equídeos (25%), das propriedades confirmadas para raiva apenas 30 % vacinaram seus animais. Ulianópolis e Paragominas mostraram os maiores focos neste ano. No ano de 2016 se notificou 59 propriedades rurais, sendo 8 (13,55%) casos confirmados para raiva, 7 casos (87,5%) em bovinos e 1 (12,5%) em equino, das propriedades confirmadas apenas 25% realizaram vacinação antirrábica, Paragominas apresentou o maior numero de focos. E recentemente em 2017 foram relatadas 78 propriedades rurais no estado do Pará, sendo 11 (14,10%) apresentando confirmação para a raiva em herbívoros, 9 casos em bovinos (81,81%) e 2 em equídeos (18,19%), das propriedades confirmadas para raiva apenas 36, 36 % realizaram a vacinação antirrábica. Em que Conceição do Araguaia e Ipixuna do Pará e Bragança apresentaram focos confirmados. Recomenda-se a intensificação no controle da raiva em herbívoros pois os focos e notificação de raiva mudam a cada ano a fim de evitarmos perdas em nosso rebanho, prejuízo aos criadores em uma melhor proteção para a população.

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ATENDIMENTO À NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA COM SUSPEITA DE RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA NO MUNICÍPIO DE AURORA DO PARÁ, REALIZADO PELO SERVIÇO VETERINÁRIO ESTADUAL DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ. *LIMA, S.A.A.; FILHO, J. G. S.; LIMA, R.A.B.; PINHO, A.P.V.B.; CARMO, E.A.R.; GALINDO, G.A.R.; OLIVEIRA, J.P. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, Av. Pedro Miranda 1666, CEP 66085-023, Belém-PA, Brasil. E-mail: [email protected]. Notification service of disease with suspected bovine infectious rinotraqueíte in the municipality of Aurora do Para, performed by the state veterinary service of the agricultural defense agency of the state of Pará.

A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) é uma enfermidade causada pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1), de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial conforme estabelecido na Instrução Normativa Nº 50 de 24/09/2013. O objetivo do presente trabalho foi relatar a ocorrência de um caso de IBR no município de Aurora do Pará, estado do Pará, realizado pelo serviço veterinário estadual da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ). O caso ocorreu em uma propriedade rural situada entre as coordenadas geográficas 02º15’10.0”e 47º27’44.1”. O produtor rural procurou a Unidade Local de Sanidade Agropecuária (ULSA) de Aurora do Pará no dia 26/04/2017 para notificar que uma vaca de seu rebanho, acima de 36 meses, estava apresentando lesões avermelhadas na vulva, com aspecto inflamado e edemaciado. O atendimento à notificação foi realizado no mesmo dia da comunicação. Durante a visita na propriedade foi realizado estudo epidemiológico, anamnese e avaliação clínica, onde foi observado sinais clínicos como: lesões na vulva e vagina com mucosa muito edemaciada e apresentando pústulas e secreção sanguinolenta, ausência de febre, sendo a ocorrência apenas nessa fêmea, que também apresentou histórico de parição há 2 meses, porém o bezerro não sobreviveu. Foi coletada amostra sanguínea, enviou-se o soro para o Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico. No método de virusneutralização obteve-se resultado reagente (1,8), confirmando-se o diagnóstico de IBR. Após o resultado, a médica veterinária responsável pela ULSA foi até a propriedade para entregar o resultado laboratorial ao proprietário e fazer as orientações necessárias para o controle e erradicação da doença tais como: encaminhar o animal para o abate com serviço de inspeção federal ou estadual e realizar a vacinação do rebanho. As vacinas contra IBR são eficazes para reduzir a manifestação clínica da doença, porém a vacina não é capaz de prevenir a infecção já estabelecida no rebanho.

LEVANTAMENTO DOS CASOS DE ESTOMATITE VESICULAR NO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2006 A 2017. LIMA, S. P. B.; BARRETO, F. M.; NEIVA, C. B.; MOURA, J. I. A. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected]. Cases of vesicular stomatitis in the state of Piauí in the period from 2006 to 2017.

A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa causada por um RNA-vírus, pertencente à Família Rhabdovirídae, gênero Vesiculovírus. Existem dois tipos imunologicamente distintos do vírus da EV, classificados como New Jersey e Indiana, sendo esse último classificado em três subtipos: Indiana Clássica (Indiana I), Cocal (Indiana II) e VSAV (Indiana III/Alagoas). Os sinais clínicos da EV são indistinguíveis da febre aftosa e da doença vesicular dos suínos, portanto a EV faz parte do sistema de vigilância para as doenças vesiculares. Este trabalho objetivou verificar a ocorrência da EV no Estado do Piauí, bem como avaliar as notificações das suspeitas de doenças vesiculares realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí – ADAPI. Avaliou-se os registros existentes de casos suspeitos, confirmados e reagentes de estomatite vesicular no Estado do Piauí e que foram notificados, no período de 2006 a 2017. Os casos foram coletados na base de dados do Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica-SivCont do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa – PANAFTOSA e na base de dados do setor de epidemiologia da ADAPI. Foram encontrados 40 casos suspeitos no Estado do Piauí. Após o exame laboratorial, 03 foram confirmados para o vírus indiana, 03 animais reagentes aos vírus Alagoas, Cocal e Indiana e um animal reagente ao vírus Alagoas. Geograficamente, em todo o estado houve suspeita de doença vesicular. Dos 224 municípios do Estado do Piauí, apenas 34 notificaram suspeitas de doenças vesiculares. Nos focos de estomatite vesicular as espécies afetadas foram a bovina em Redenção do Gurguéia, Regeneração e Campinas do Piauí, a ovina no município de Amarante e equina em Teresina. Este último, a notificação foi em decorrência da vigilância, já que foi detectada precocemente em uma inspeção de animais durante uma exposição agropecuária. A maioria das notificações de suspeitas de enfermidade vesicular são provenientes dos proprietários e de terceiros, isto é um bom indicador, pois mostra a interação e proximidade das pessoas com a instituição, desmistificando o órgão por ser fiscalizador. A notificação, o atendimento e registro da informação feitos rapidamente são fundamentais para o sucesso das ações emergenciais. No Estado do Piauí há a necessidade de intensificar a busca ativa de enfermidades vesiculares, incrementar as fiscalizações em propriedades e aumentar as ações educativo-sanitárias, reduzindo desta forma casos subnotificados.

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OCORRÊNCIA DA ESTOMATITE VESICULAR A PARTIR DAS NOTIFICAÇÕES DE SUSPEITAS DE SÍNDROME VESICULAR NO ESTADO DO CEARÁ – BRASIL ENTRE 2013 E 2016. ROCHA1, C.S.; ANTUNES2, J.M.A.P.; MOURA2, G.H.F.; IBIAPINA1, I.G.; CORTEZ1, A.A.; NOGUEIRA1, G.C.; FILHO1, O.P.S.; SILVA1, D.C.C.; ALMEIDA1, J.C.B.M.; CARVALHO1, A.L.; ALMEIDA1, M.M.; CRISTINO1, F.A.C.; LOUREIRO, A.M.; JUNIOR1, D.B.C.; 1ADAGRI – Agência de Defesa Agropeuária do Estado do Ceará. Av. Bezerra de Menezes, 1820 - São Gerardo, Fortaleza - CE, CEP: 60325-002. 2UFERSA – Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Av. Francisco Mota, 572 - Costa e Silva, Mossoró - RN, CEP: 59625-900. Email: [email protected] . Occurrence of Vesicular Stomatitis from notifications of supected vesicular syndrome in the state of Ceará – Brazil in the period of 2013 and 2016.

Estomatite Vesicular é uma enfermidade viral causada por um vírus que pertence à Família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus pertencente ao grupo de síndromes vesiculares de notificação obrigatória pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Principal doença de referência no diagnóstico laboratorial diferencial para Febre Aftosa, a Estomatite Vesicular acomete, além dos animais biungulados, os equídeos e os seres humanos apresentando sintomas clínicos semelhantes aos da Febre Aftosa. O objetivo do trabalho foi avaliar a ocorrência dos focos de Estomatite Vesicular a partir das notificações de suspeitas de Síndrome Vesicular no Estado do Ceará – Brasil entre 2013 e 2016. Durante este período a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (ADAGRI) registrou 51 notificações de Síndromes Vesiculares em propriedades rurais. Após investigação inicial, 18 casos (35,29%) foram considerados descartados para síndrome vesicular sendo associados a outras causas e 33 casos (64,71%) foram considerados prováveis sendo realizada a colheita de amostras dos animais sintomáticos. Foram coletadas amostras de soro, epitélio e líquido esôfago-faríngeo (LEF), dependendo da idade das lesões dos animais acometidos, e enviadas ao Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) em Minas Gerais e no Pará. Os resultados laboratoriais confirmaram a presença de anticorpos para Estomatite vesicular pelo método de neutralização viral ou detecção do Vesiculovírus através do teste de ELISA sandwich Indireto em 24 propriedades rurais correspondendo a 47,05% da totalidade propriedades notificadas como síndrome vesicular neste período, e 72,7% das propriedades consideradas casos prováveis. Em algumas amostras de epitélio o vírus pôde ser subtipificado como sendo o Indiana 3 ou Alagoas através de fixação de complemento 50%. Em 2 propriedades as amostras foram positivas também pelo diagnóstico molecular através da RT-PCR do LEF. As propriedades confirmadas como foco permaneceram interditadas durante toda investigação, foram aplicadas medidas de biosseguridade, restrições de trânsito e sofreram monitoramento quinzenal do Serviço Veterinário Oficial (SVO) até 21 dias após a cura clínica do último animal sintomático seguindo o que determina o Plano de Ação para Febre Aftosa – volume I do MAPA.

ESTOMATITE VESICULAR EM BOVINOS DO MUNICÍPIO DE BALSAS – MA. RELATO DE CASO. 1*PEDROSA, K.Y.F.; CARVALHO, R.F.B de.; COSTA FILHO, V.M.; ARRUDA, R.C.N. de; BEZERRA, D.C.; BEZERRA, N.P.C. Universidade Estadual do Maranhão, Av. Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís, Maranhão, Brasil e Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão/AGED-MA, Edifício Jorge Nicolau, Av. Castelo Branco, 13, São Francisco, CEP 65076-090, São Luís, Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Vesicular stomatitis in bovine animals of the municipality of Balsas - MA: case report

A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença viral que pode afetar ruminantes, equídeos e suínos e causar vesículas, erosões e úlceras na boca, bandas coronárias dos cascos, prepúcio, úbere e tetas. A transmissão ocorre pela picada de insetos infectados ou por contato direto entre animais. O objetivo do estudo foi relatar a ocorrência de casos de EV ocorridos no Município de Balsas - Maranhão no período de janeiro a setembro de 2017. Para isso, foram utilizados os formulários de investigação de doenças inicial (FORM-INs) e formulário de investigação de doenças complementar (FORM-COMs) sobre o episódio sanitário e o diagnóstico laboratorial da EV. Foi notificado ao serviço veterinário oficial (SVO) a ocorrência de animais adultos enfermos (um touro e duas vacas) com estomatite, sialorreia e anorexia em uma propriedade rural do Município de Balsas. O SVO procedeu imediatamente a visita à proriedade-foco que detinha 288 bovinos de corte criados em ciclo completo com reprodução, 44 equinos, três muares, um asinino. Foram examinados e inspecionados, na primeira visita, 54 bovinos e nove equídeos. Destes, apenas tês manifestavam sinais clínicos sugestivos de EV. Procedeu-se à coleta de material biológico dos animais enfermos (epitélio lingual do reprodutor e amostras de sangue) e uma segunda coleta de sangue dos mesmos animais, após 15 dias, para a realização de sorologia pareada. As amostras biológicas foram enviadas ao laboratório LANAGRO de Pedro Leopoldo – MG para a realização do diagnóstico. Foi realizado também monitoramento em duas propriedades rurais com vínculo epidemiológico (trânsito e proximidade) à propriedade-foco, além de realização de atividades em educação sanitária aos produtores sobre a enfermidade. No diagnóstico laboratorial houve detecção de anticorpos para Vesiculovírus pela técnica de neutralização viral (Alagoas vesiculovirus) e detecção de material genético (RNA) por RT-qPCR. Não houve soroconversão igual ou superior a quatro vezes o título inicial na sorologia pareada. Contudo, a detecção de RNA específico do vírus e a evolução clínica da doença constatado no monitoramento da propriedade são suficientes para estabelecer o diagnóstico de EV. 1Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA*Mestrando do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal da UEMA e Fiscal Estadual Agropecuário da AGED/MA

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SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO HERPESVÍRUS BOVINO TIPO 1 EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. 1*BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; DIAS FILHO, A.F.; PEDROSA, K.Y.F.; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S. Universidade Estadual do Maranhão, Av. Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís, Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Soroprevalence of bovine herpesvirus 1 infection in cattles herds in the Sao Luís Island - MA

Entre as principais causas de perdas na produtividade de bovinos destacam-se as infecções causadas pelo herpesvírus bovino (BoHV-1), vírus da diarreia viral bovina e Brucella abortus. Outras infecções, como a causada pelo vírus da leucose enzoótica bovina e Mycobacterium tuberculosis, também podem reduzir a produtividade. No Brasil, somente a brucelose e tuberculose bovina são de controle obrigatório, por afetarem diversas espécies animais e serem importantes zoonoses. Ainda assim, muitos produtores utilizam vacinação somente contra brucelose, mas não implementa outro tipo de controle para as demais doenças. Objetivou-se com o estudo determinar a soroprevalencia do BoHV-1 em rebanhos bovinos criados em sistema de produção semi-intensivo na Ilha de São Luís - Maranhão. Foram selecionados 16 rebanhos bovinos não vacinados e analisados sorologicamente 160 amostras séricas de fêmeas bovinas acima de 24 meses por meio da detecção qualitativa de anticorpos anti-BoHV-1 através da técnica de ELISA. A seleção dos rebanhos foi realizada a partir do cadastro de propriedades rurais, sob maior risco epidemiológico, existentes na base da Unidade Veterinária Local. O cálculo do número de rebanhos foi determinado pelo grau de confiança do resultado (95%), nível de precisão desejado (3%) e valor da prevalência esperada (69%), por meio da fórmula para amostras simples aleatórias. As propriedades avaliadas nesse estudo representam o protótipo da propriedade com finalidade para corte existente atualmente no Maranhão: possuem bovinos da raça nelore e mestiços, os bovinos são alimentados em pastagens e suplementados com minerais e ração, não utilizam inseminação artificial e, como controle sanitário, vacina apenas contra febre aftosa e não realizam testes para o diagnóstico de doenças periodicamente. A introdução de novos animais na propriedade é feita, sem considerar aspectos sanitários das doenças infectocontagiosas. A prevalência de fêmeas bovinas reagentes ao BoHV-1 foi de 68,12% com 100% dos rebanhos positivos. Recomenda-se que sejam tomadas medidas de prevenção e controle, como remoção gradual de animais infectados, incluindo os persistentemente infectados, proceder a quarentena ao ingresso de novos animais, bem como a realização de exames sorológicos e futuros estudos sobre a possibilidade de incluir a vacina anti-BVDv no calendário vacinal dos rebanhos bovinos do Maranhão.1Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA*Docente da UEMA

ESTUDO RETROSPECTIVO DOS CASOS POSITIVOS DE LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM ACHADOS FRIGORÍFICOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, NOS ANOS DE 2011 A JULHO DE 2017. *SOUZA, A. D. S.; *QUIXABEIRA SANTOS, J. C.; *MUTZENBERG, E. R.; *NÉSPOLI, J. M. B.; *BUENO, D. S. A. INDEA/MT - Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Av. Arquimedes Pereira Lima - Nº 1000 - Bairro Jardim Itália – Cuiabá, MT, Brasil, CEP: 78.060-746. Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. E-mail: [email protected]. Retrospective study of positive cases of Enzootic Bovine Leukosis in cold storage in the state of Mato Grosso, from 2011 to July 2017.

A Leucose Enzootica Bovina – LEB é uma doença viral que se caracteriza por apresentar lesões semelhantes ao linfoma, com formações tumorais de aspecto firme e coloração esbranquiçada. Os dados epidemiológicos foram obtidos por meio de achados frigoríficos positivos para a doença, que são de notificação obrigatória ao Instituto de Defesa Agropecuária do estado de Mato Grosso – INDEA. O objetivo foi realizar o levantamento da ocorrência de animais positivos que apresentaram a manifestação clínica da doença em achados de frigoríficos de Serviço de Inspeção Federal – SIF, no estado de Mato Grosso no período de janeiro de 2011 a junho de 2017, a fim de se compreender melhor a epidemiologia da doença. Nesse período, 42 animais apresentaram lesões suspeitas para a doença. Fragmentos dos tecidos foram coletados e submetidos ao exame de PCR em tempo real. Dos 42 casos suspeitos para a doença, bovinos foram confirmados com a presença do vírus da LEB, sendo observado uma ocorrência da doença em 26,19% dos casos. Dois casos ocorreram em 2011, de animais provenientes do município de Nova Olímpia e Sinop, dois casos em 2012 de bovinos oriundos do município de Pontes e Lacerda, cinco casos ocorreram em 2013 com animais oriundos de Juara, Brasnorte, Vila Bela da Santíssima Trindade e Paranaíta, um caso foi registrado em 2014 de um animal procedente de Glória D’Oeste e um caso em 2015 de um bovino do município de Porto Esperidião. Todos esses municípios pertencem às mesorregiões Norte e Sudoeste do estado. A detecção e eliminação dos animais positivos constituem pontos fundamentais no controle da infecção da doença. A obrigatoriedade do diagnóstico da doença se faz importante na tentativa de controlar a infecção, uma vez que esta enfermidade se torna um problema sanitário, econômico e comercial. Não existe tratamento, seu prognóstico é desfavorável e no Brasil não existem programas profiláticos e de controle. Os resultados obtidos demonstram que o vírus está presente no rebanho bovino nas mesorregiões Norte e Sudoeste do estado de Mato Grosso e estudos epidemiológicos devem ser realizados com o objetivo de se avaliar a sua ocorrência, distribuição e fatores de risco no território mato-grossense, para que se possa definir com eficiência as melhores políticas públicas de combate da doença.

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ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PREVALÊNCIA DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM TRÊS MICRORREGIÕES DO TRIÂNGULO MINEIRO. MACEDO, D.M.R.¹, BITTAR, J.F.F.², BITTAR, E. R.² Instituto Mineiro de Agropecuária¹, Rua Manoel Brandão, 160, CEP 38060-035, Uberaba, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Universidade de Uberaba², Uberaba, MG. Analysis of risk factors and enzootic bovine leukemia prevalence in three triangulo mineiro micro regions.

A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma infecção viral que acomete bovinos e pode manifestar - se na forma de linfocitose persistente ou pela presença de linfossarcomas. Está mundialmente distribuída e causa perdas econômicas, principalmente na pecuária leiteira. Este trabalho objetivou avaliar a prevalência da Leucose Enzoótica Bovina em rebanhos bovinos de três microrregiões do Triângulo Mineiro (Araxá, Frutal e Uberaba), totalizando 14 municípios, 83 propriedades trabalhadas, e correlacionar com os achados epidemiológicos como: tipo de atividade, manejo sanitário e reprodutivo e o grau de tecnificação das propriedades. Para a avaliação soroepidemiológica, foram colhidas 853 amostras de soro de bovinos fêmeas, mestiças, com idade superior a 24 meses (8 a 15 amostras por propriedade pelo método aleatório sistemático) para a caracterização da prevalência de anticorpos séricos antivírus da Leucose dos Bovinos por meio da prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA). Também foi aplicado um questionário objetivando conhecer algumas características das propriedades estudadas. Após a determinação do número de animais positivos e negativos, foi realizada a análise estatística pelo método Qui-quadrado com nível de significância de 5%. Das 853 amostras analisadas, 19,1% (164/853) apresentaram anticorpos antivírus da LEB e em 79,5% (66/83). das propriedades pelo menos uma amostra foi positiva. A soroprevalência da LEB nas microrregiões de Araxá, Frutal e Uberaba foi respectivamente de 19,5%, 10,5% e 25,0%. A soroprevalência da LEB nas microrregiões do Triângulo Mineiro foi estatisticamente superior nas fêmeas lactantes e nas propriedades com sistema de manejo intensivo e semi-intensivo, manejo reprodutivo com prática de inseminação artificial e com uso de ordenha mecânica. Nesse contexto, pode-se concluir que a falta de conhecimento da doença pelos produtores, a falta de manejo sanitário das propriedades e a ausência de controle sanitário no trânsito de animais contribuem para a disseminação da LEB.

SOROPREVALENCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO VÍRUS DA LEUCOSE ENZOÓTICA EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. 1* FREITAS, L.M. de A.; BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ARRUDA, R.C.N. de. Universidade Estadual do Maranhão, Av. Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís, Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Soroprevalence of enzootic leucosis virus infection in cattles herds in the Sao Luís Island - MA

A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma enfermidade neoplásica infectocontagiosa, pluri-sintomática, de evolução crônica, que afeta, particularmente, a linhagem celular linfoide dos animais. O agente etiológico é o vírus da leucose bovina (VLB). Considerando os prejuízos que a LEB determinam à pecuária nacional ao comprometerem a performance produtiva dos rebanhos, reduzindo a produção, estabelecendo sucessivas condenações de carcaças em matadouros e restringindo o comércio de animais, realizou-se este estudo com o objetivo de determinar a soroprevalencia da infecção pelo VLB em rebanhos bovinos criados em sistema de produção semi-intensivo na Ilha de São Luís - Maranhão. Foram selecionados 16 rebanhos bovinos e analisados sorologicamente 160 amostras séricas de fêmeas bovinas, acima de 24 meses, através da técnica de Imunodifusão Radial Dupla de Ouchterlony-IDGA-LEB. Não foram incluídos nesse estudo bovinos machos, fêmeas no puerpério, quinze dias antes ou quinze dias após o parto. A seleção dos rebanhos foi realizada a partir do cadastro de propriedades rurais, sob maior risco epidemiológico, existentes na base da Unidade Veterinária Local. O cálculo do número de rebanhos foi determinado pelo grau de confiança do resultado (95%), nível de precisão desejado (3%) e valor da prevalência esperada (54%), por meio da fórmula para amostras simples aleatórias. Foi identificada soroprevalência de 62,50% para o VLB com 100% dos rebanhos positivos. Assim, pode-se inferir que os motivos da alta prevalência da infecção estudada são diversos, entre eles: (i) o VLB têm a capacidade de se estabelecer de forma definitiva nos bovinos pela infecção persistente, dessa forma, a introdução de apenas um animal na propriedade contendo o micro-organismo seria suficiente para a posterior disseminação e perpetuação da infecção nos bovinos; (ii) o desconhecimento dos aspectos sanitários e da patogenia da infecção pelo VLB, associado às dificuldades e custos de diagnóstico, inibem as iniciativas de se implementar programas de controle anteriormente à introdução de animais na propriedade, ou na investigação das causas infecciosas relacionadas aos problemas produtivos e reprodutivos. O estudo mostra que a infecção estudada encontra-se presentes em altos percentuais nos animais e rebanhos. 1Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA*Mestranda do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal da UEMA

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A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA ATIVA COMO AÇÃO DO SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL E NO DIAGNÓSTICO DE LÍNGUA AZUL EM BOVINO NO MUNICÍPIO DE IRACEMA, ESTADO DE RORAIMA. 1PAIVA, D.M.R.; 2FARIAS, R.C.C.; 3LEAL, M.A.C. 1Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima, Unidade de Defesa Agropecuária de Iracema, Rua São Raimundo s/n CEP 69348-000, Iracema, RR, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Universidade do Estado do Pará – UEPA/CCBS, Travessa Perebebuí, 2623, CEP 66087-662, Belém, PA, Brasil. The importance of active surveillance as an action of the animal health defense service and the diagnosis of bluetongue virus in bovine in the municipality of Iracema, State of Roraima.

A língua azul é uma enfermidade cosmopolita, de caráter infeccioso e não contagioso, transmitida por vetores hematófagos do gênero Culicoides. A etiologia é viral, gênero Orbivirus e família Reoviridae, o sorogrupo do vírus da língua azul contém cerca de 26 sorotipos que podem acometer ruminantes domésticos e selvagens, com destaque para os ovinos que apresentam sinais clínicos da doença de forma letal e os caprinos e bovinos que podem ser assintomáticos, mas de grande importância na epidemiologia. Os sinais clínicos em ruminantes variam de subclínicos a agudos com febre, podendo ocorrer edema de face, pálpebras e orelhas, hemorragias e ulcerações nas membranas mucosas, secreção nasal, erosões em bochecha e língua, além de hemorragia na região coronária dos cascos e claudicação. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de língua azul em um bovino diagnosticado pelo serviço de defesa agropecuária do Estado de Roraima no dia 16/06/2016. Em uma propriedade no município de Iracema - RR, foram avaliados 10 bezerros de 0 a 12 meses, feito o exame clínico da cavidade oral e dos membros anteriores e posteriores, foram identificados 4 animais com epitélio da língua descamando e um com lesão circular com bordas elevadas na mucosa inferior da língua. A propriedade foi interditada e tomadas as medidas sanitárias para propriedade foco, material para exame foi coletado como sangue e epitélio em descamação da língua. Foi seguido o Fluxo de Atendimento à Notificação de Suspeita de Doenças Vesiculares (Comunicação ao responsável do programa de febre aftosa, preparação do material e documentação FORM-IN, FORM-LAB E FORM-SV para envio ao laboratório), incluir infromações no Sivcont, comunicação a SEDESA/SFA, DSA/SDA/MAPA. O material coletado foi encaminhado para o Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) em Minas Gerais, onde são realizados exames para suspeita de febre aftosa e outras doenças vesiculares. A vigilância ativa e visitação na propriedade continuou de 15 em 15 dias com exames clínicos subsequentes não observando sinais clínicos de doenças vesiculares no rebanho. Após o resultado do exame de reação em cadeia da polimerase quantitativo em tempo real (RT-qPCR) resultando em um bezerro positivo para o vírus da língua azul detectado do epitélio em descamação da língua. Através do relato do caseiro obteve-se a informação de que dentro de um ano existia criação de ovinos na propriedade, sugerindo assim possível relação na contaminação do rebanho local. A propriedade foco foi desinterditada. Conclui que a vigilância ativa é de extrema importância para identificação de sinais clínicos e definição do diagnóstico diferencial, além de atentar para o histórico das propriedades, para que o atendimento em propriedades focos sejam eficazes e surtos possam ser solucionados com adoção adequada de medidas de controle e profilaxia, assim como evitar perdas econômicas para pecuária do Estado de Roraima.

1Fiscal Agropecuário Estadual da ADERR; Aluna de pós-graduação em Defesa Sanitária Animal.2Estagiária de Medicina Veterinária da UEPA3Orientador - Médico Veterinário da UEPA

AÇÕES DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA EMPREGADAS NO PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA EXECUTADAS PELA ADAGRO EM 2016. PONTUAL, K.A.Q, SOUSA, F.D.N, ANJOS, E.G.dos, MIRANDA, F.G.de, ALMEIDA, E.C. de. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (ADAGRO) Av. Caxangá, 2200, Cordeiro, Recife, Pernambuco, Brasil, CEP: 50721-000. E-mail: [email protected]. Health education actions employed in the National Program for the Eradication and Prevention of Foot-and-Mouth Disease implemented by ADAGRO in 2016.

A educação sanitária é uma ferramenta estratégica muito utilizada em órgãos de defesa sanitária animal para a disseminação, construção e apropriação de conhecimentos com vistas à mudança de atitude e de comportamento. As ações educativas devem ser claras, textuais, visuais ou orais e ter regularidade para alcançar diversas faixas de idade. Esta ferramenta permeia todos os programas sanitários e mais enfaticamente o PNEFA por ser o Programa mais antigo trabalhado em todo país. Em Pernambuco, as ações são elaboradas nas Unidades Regionais (UR) e executadas de forma descentralizada por médicos veterinários e técnicos das Unidades Veterinárias Locais (UVLs) em conselhos municipais, associações, etc e também, utilização de carros de som e plano de mídia anual para rádios em todo o Estado. A coordenação do Programa de educação sanitária produz/auxilia na elaboração de materiais digitais e gráficos, tais como apresentações, vídeos, panfletos, cartilhas e cartazes, apóia ações in loco e consolida dados. Foram analisados e compilados os dados enviados pelas URs, sendo contabilizadas as atividades relacionadas ao PNEFA em 2016. As atividades de maior destaque foram em rádios: inserções de “spots” (2.910) e entrevistas (77); palestras (60), reuniões em sindicatos/conselhos rurais (42), divulgação em carro de som (30), entrevistas em televisão (5) e reuniões técnicas para discussões de metas (4), além de distribuição de panfletos e folders. Verificou-se que os meios de divulgação em massa naquele ano foram fundamentais uma vez que escutar rádio é um hábito forte na área rural desde as primeiras horas do dia. Esta estratégia repercutiu bem, principalmente, nas etapas de vacinação. A comprovação está no resultado da cobertura vacinal (média de 96,5% nas quatro últimas etapas). Porém, ainda há muito por fazer além das ações anuais planejadas e executadas. O público infantojuvenil corresponde a uma parcela decisiva para consolidar a importância das medidas sanitárias necessárias e este em sido alcançado de forma indireta. Por isso, é necessário trabalhar melhor em escolas municipais/estaduais. Como perspectiva próxima, é um desafio real desenvolver uma forma de comunicar as populações via mídias sociais, especialmente por meio da telefonia móvel.

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AÇÕES DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA EMPREGADAS NO PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA EXECUTADAS PELA ADAGRO EM 2016. PONTUAL, K.A.Q, SOUSA, F.D.N, ANJOS, E.G.dos, MIRANDA, F.G.de, ALMEIDA, E.C. de. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (ADAGRO) Av. Caxangá, 2200, Cordeiro, Recife, Pernambuco, Brasil, CEP: 50721-000. E-mail: [email protected]. Health education actions employed in the National Program for the Eradication and Prevention of Foot-and-Mouth Disease implemented by ADAGRO in 2016.

A educação sanitária é uma ferramenta estratégica muito utilizada em órgãos de defesa sanitária animal para a disseminação, construção e apropriação de conhecimentos com vistas à mudança de atitude e de comportamento. As ações educativas devem ser claras, textuais, visuais ou orais e ter regularidade para alcançar diversas faixas de idade. Esta ferramenta permeia todos os programas sanitários e mais enfaticamente o PNEFA por ser o Programa mais antigo trabalhado em todo país. Em Pernambuco, as ações são elaboradas nas Unidades Regionais (UR) e executadas de forma descentralizada por médicos veterinários e técnicos das Unidades Veterinárias Locais (UVLs) em conselhos municipais, associações, etc e também, utilização de carros de som e plano de mídia anual para rádios em todo o Estado. A coordenação do Programa de educação sanitária produz/auxilia na elaboração de materiais digitais e gráficos, tais como apresentações, vídeos, panfletos, cartilhas e cartazes, apóia ações in loco e consolida dados. Foram analisados e compilados os dados enviados pelas URs, sendo contabilizadas as atividades relacionadas ao PNEFA em 2016. As atividades de maior destaque foram em rádios: inserções de “spots” (2.910) e entrevistas (77); palestras (60), reuniões em sindicatos/conselhos rurais (42), divulgação em carro de som (30), entrevistas em televisão (5) e reuniões técnicas para discussões de metas (4), além de distribuição de panfletos e folders. Verificou-se que os meios de divulgação em massa naquele ano foram fundamentais uma vez que escutar rádio é um hábito forte na área rural desde as primeiras horas do dia. Esta estratégia repercutiu bem, principalmente, nas etapas de vacinação. A comprovação está no resultado da cobertura vacinal (média de 96,5% nas quatro últimas etapas). Porém, ainda há muito por fazer além das ações anuais planejadas e executadas. O público infantojuvenil corresponde a uma parcela decisiva para consolidar a importância das medidas sanitárias necessárias e este em sido alcançado de forma indireta. Por isso, é necessário trabalhar melhor em escolas municipais/estaduais. Como perspectiva próxima, é um desafio real desenvolver uma forma de comunicar as populações via mídias sociais, especialmente por meio da telefonia móvel.

VIGILÂNCIA E VACINAÇÃO OFICIAL DO REBANHO BOVÍDEO DO AMAZONAS NA FRONTEIRA COM A COMLÔMBIA. BELTRÃO, E.P.; CIRIANO, C.M.; LIMA, H.R; SILVA, J.; SILVA, W.S; MESQUITA. D.C; DIAS, R.M.; WEILLER, J.H.; SMITH, B; SOUZA, A.G. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas, Av. Carlos Drummond de Andrade, n° 1.460, Bloco G, ULBRA, Conjunto Atílio Andreazza, Bairro Japiim,Manaus-AM.E-mail: [email protected]. Surveillance and official vaccination of the Amazon bovidae herb at the frontier with Colombia.

O extremo Oeste do Estado do Amazonas, possui um efetivo bovídeo em torno de 3475 animais, distribuído em 04 (quatro) Municípios (Tabatinga, Benjamin Constant, Santo Antônio do Iça, Japurá), estes municípios fazem fronteira com Colômbia, onde houve a ocorrência de 04 (quatro) focos de febre aftosa entre junho e julho de 2017, as propriedades foco distam aproximadamente 500km dos municípios brasileiros. A realização do trabalho objetivou intensificar as ações de defesa agropecuária nos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Santo Antônio do Iça, Japurá, na fronteira com a Colômbia. O trabalho foi executado através de levantamento de formulário de vigilância ativa (inspeção de patas e boca) e relatório final de vacinação contra febre aftosa, para o índice vacinal foi considerado a relação do número de bovídeos existentes pelo número de animais vacinados em cada município, para o índice de vigilância ativa foi considerado a relação do número de explorações pecuária pelo número de propriedades realizada a vigilância ativa. Os índices vacinais foram: Tabatinga 93,66%; Santo Antônio do Içá 94,48%; Japurá 100%; Benjamin Constant 100%. Os índices de vigilância ativa foram: Tabatinga 94,28%; Santo Antônio do Içá 91,17%; Japurá 62,5%; Benjamin Constant 100%. No município de Tabatinga não atingiu 100% de cobertura vacinal em função de algumas propriedades estarem em reserva indígena, e o acesso nesta localidade só pode ser realizado com autorização prévia da Fundação Nacional do Índio-FUNAI. Em Santo Antônio do Içá a vacinação não atingiu todo o efetivo bovídeo, devido às particularidades geográficas, bem como, as dificuldades de acesso às explorações pecuárias. Na vigilância ativa, não foi encontrado nenhuma suspeita de doença vesicular, nas propriedades que foram realizadas a ação. A execução da ação foi essencial como medida preventiva do rebanho bovídeo dos municípios supracitados, contribuindo para erradicação da febre aftosa no Estado do Amazonas, pois, o Estado está na eminência de mudança de status sanitário (nível Nacional) da atual área de médio risco para área livre de febre aftosa com vacinação.

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CORRÊNCIA DE DOIS CASOS DE VARÍOLA BOVINA NO MUNICÍPIO DE BRASIL NOVO, ESTADO DO PARÁ EM 2016. *PINHO, A.P.V.B.; GIRARDELI, G. L.; SANTOS, G. F. S.; GUERRA, J. M. S.; TODA, I. P. S. P.; GALINDO, G. A. R.; OLIVEIRA, J. P. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará1, Av. Pedro Miranda 1666, CEP 66085-023, Belém-PA, Brasil. E-mail: [email protected]. Occurrence of two cases of bovine pox in the municipality of Brasil Novo, state of Pará, in 2017.

A varíola bovina é uma zoonose e provoca lesões cutâneas localizadas nos tetos das vacas, apresentam-se nas formas proliferativas, ulceradas ou em crostas. Este trabalho teve como objetivo relatar dois casos de varíola bovina no município de Brasil Novo, estado do Pará, ocorrido no ano de 2016. A notificação foi realizada por meio de denúncia anônima à Unidade Local de Sanidade Agropecuária de Brasil Novo no dia 19/05/2016 às 09:20h. O denunciante relatou que duas propriedades rurais situadas entre as coordenadas geográficas 03º33’11.7” latitude e 52º40’51.6” de longitude e 03º33’55,5” latitude e 52º40’28,1” longitude encontravam-se com algumas vacas apresentando feridas nos tetos. Foi realizado o atendimento à notificação pelo médico veterinário do serviço veterinário estadual no mesmo dia, às 15:30h. Na anamnese e inspeção clínica foi possível observar lesões papulares com evolução característica de vesículas, presença de pústulas e crostas no úbere, além de redução na produção leiteira. Também foi constatado a presença de lesões ulceradas nas mãos dos ordenhadores. Portanto, a partir da identificação da provável causa de varíola, coletou-se amostras de sangue de nove animais da primeira propriedade e quatro da segunda para o diagnóstico de varíola bovina. O material coletado foi enviado para o Laboratório de Diagnóstico de Doenças Virais do Laboratório Nacional Agropecuário - LANAGRO/MG. Após a análise laboratorial, foi constatado que todos os animais se apresentaram reagente no ensaio de neutralização viral para detecção de anticorpos para o vírus da vaccínia bovina, com resultados variando entre 0,6 à 2,1. Concluiu-se que há circulação do vírus da vaccínia nas propriedades estudadas em função do diagnóstico em bovinos, porém não se pode afirmar que o bovino transmitiu a doença para os humanos, pois não foi realizado exames laboratoriais nos ordenhadores. Os proprietários e todos os trabalhadores das duas propriedades foram orientados quanto aos riscos de infecção dos seres humanos pelo contato direto com os animais acometidos, bem como a importância de implantação de medidas de prevenção, higiene e controle dessa enfermidade.

SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO CAUSADA PELO VÍRUS DA DIARREIA VIRAL BOVINA EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. 1* PEDROSA, K.Y.F.; BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ABREU-SILVA, A.L. Universidade Estadual do Maranhão, Av. Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís, Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Soroprevalence of bovine viral diarrhea virus infection in cattles herds in the Sao Luís Island - MA

O BVDV é um vírus classificado na família Flaviviridae e no gênero Pestivirus. A infecção pelo BVDV pode causar quadro clínico respiratório, digestivo, reprodutivo, doença das mucosas, síndrome hemorrágica e imunodepressão, contudo, as maiores perdas resultam da infecção de fêmeas prenhes, devido à ocorrência de natimortalidade, malformações fetais, nascimento de bezerros fracos, persistentemente infectados e imunotolerantes ao vírus. Considerando a importância que a diarreia viral bovina apresenta na pecuária, realizou-se este estudo com o objetivo de determinar a soroprevalência do BVDV em rebanhos bovinos criados em sistema de produção semi-intensivo na Ilha de São Luís, Maranhão. Foram selecionados 16 rebanhos bovinos e analisados sorologicamente 160 amostras séricas de fêmeas bovinas não vacinadas, acima de 24 meses, para a detecção qualitativa de anticorpos anti-BVDV através da técnica de ELISA. Não foram incluídos no estudo bovinos machos, fêmeas no puerpério, quinze dias antes ou quinze dias após o parto. A seleção dos rebanhos foi realizada a partir do cadastro de propriedades rurais, sob maior risco epidemiológico, existentes na base da Unidade Veterinária Local. O cálculo do número de rebanhos foi determinado pelo grau de confiança do resultado (95%), nível de precisão desejado (3%) e valor da prevalência esperada (65%), por meio da fórmula para amostras simples aleatórias. Foi identificada soroprevalência de 66,87% com 100% dos rebanhos reagentes. As propriedades avaliadas representam o protótipo da propriedade com finalidade para corte existente atualmente no Estado: possuem bovinos da raça nelore e mestiços, alimentados em pastagens e suplementados com minerais e ração, não utilizam inseminação artificial, como controle sanitário, vacinam apenas contra febre aftosa e não realizam testes para o diagnóstico de doenças periodicamente. A introdução de novos animais é feita sem considerar aspectos sanitários das doenças infectocontagiosas. Consequentemente é grande a possibilidade de introdução de animais infectados, o que pode ter refletido nos resultados de soroprevalência identificados. A alta prevalência para o BVDV nos animais e rebanhos indica a ampla disseminação desse vírus nas propriedades avaliadas e, possivelmente, em outros municípios desse Estado que exploram a mesma atividade e utilizam procedimentos de manejo sanitário similar aos utilizados nos rebanhos amostrados. 1Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA*Mestrando do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal da UEMA

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INQUÉRITO SOROEPIDEMIOLÓGICO PARA AVALIAÇÃO DE CIRCULAÇÃO VIRAL DO APHTOVIRUS NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL. ROCHA, C.S.; BARROS, J.S.; FEITOSA, M.S.; COSTA, R.H.S; JUNIOR, J.N.A.; SARAIVA, D.V.; CARVALHO, P.R.L; QUEIROZ-JUNIOR, E.M.; MAIA, F.A.L.; SILVA, D.C.C.; SILVA, A.W.L.; MORENO, J.O.; ARRUDA, I.J.; NETO, M.C.; OLIVEIRA, T.E.S.; SILVA, C.B.; TEIXEIRA, P.G.M.; FERREIRA, F.F.; NETO, P.C.O.; PINHEIRO, J.H.T.; OLIVEIRA, C.S. ADAGRI – Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará. Av. Bezerra de Menezes, 1820 - São Gerardo, Fortaleza - CE, 60325-002. Email: [email protected] . Soroepidemiological inquery to evaluate viral circulation of aphtovirus in the state of Ceará, Brazil.

Durante o período de 2012 a 2013 o Ceará fez parte dos Estados dos Circuitos Pecuários Norte e Nordeste que participaram do estudo soroepidemiológico para avaliação de circulação viral na área proposta para ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação no Brasil. A comprovação de ausência de circulação do Aphtovirus nos últimos 12 meses através de um inquérito soroepidemiológico específico representou a fase final de avaliação para a mudança de status sanitário de acordo com as diretrizes do MAPA e da OIE. O inquérito iniciou em Março/2012 após auditoria do MAPA na qual o Ceará obteve resultado satisfatório que o qualificou para participar do estudo. O MAPA selecionou aleatoriamente 290 propriedades de maior risco para compor 290 UPAs (Unidades Primárias de Amostragem) com base nas informações prestadas pela ADAGRI. Após as Visitas Prévias, 324 propriedades compuseram as 290 UPAs distribuídas em 142 municípios. Para o cálculo do tamanho da amostra foram utilizados softwares recomendado pela OIE, empregando a opção para distribuição hipergeométrica, com nível de confiança mínimo de 95% e prevalência esperada de 1% (MAPA, 2007). A população amostral foi composta por 7.055 bovinos (entre 06 e 24 meses) e 3.335 pequenos ruminantes (acima de 03 meses). A seleção dos animais coletados foi realizada através dos métodos de amostragem aleatória simples e simplificada (MAPA, 2007). Na fase de Colheitas de Amostras foram coletadas e enviadas 10.336 amostras para análise no LANAGRO-PE. Todas as propriedades foram monitoradas quinzenalmente durante o estudo. Os resultados demonstraram que 214 propriedades obtiveram amostras não reagentes ao vírus da Febre Aftosa sendo liberadas. As outras 110 propriedades/UPAs obtiveram pelo menos um animal reagente ao exame sorológico. Foi realizado Colheita Pareada em 90 propriedades/UPAs e reinício do estudo em 20 propriedades/UPAs (devido à perda de identificação superior a 55% nos pequenos ruminantes) passando por nova visita prévia e colheita de amostras. Propriedades com colheita pareada sem aumento ou manutenção de animais reagentes e propriedades com nova colheita de amostras que mantiveram a correlação com os bovinos inicialmente amostrados sem animais reagentes foram liberadas, totalizando 98 propriedades/UPAs. As demais 12 propriedades/UPAs tiveram aumento ou manutenção de animais reagentes. O processo de Sentinelização das 12 propriedades/UPAs ocorreu utilizando 18 bovinos (entre 06 a 12 meses) sem histórico de vacinação contra Febre Aftosa e resultado não reagente ao exame sorológico para Febre Aftosa. Foi realizada a Colheita de Amostra do animal sentinela no desembarque na propriedade e, no 15º dia, a Colheita Pareada do animal sentinela e de todos os animais amostrados da propriedade. Em abril/2013 os resultados demonstraram que todas as amostras obtiveram resultado sorológico não reagente comprovando a ausência de circulação do vírus da Febre Aftosa no Estado do Ceará.

A UTILIZAÇÃO DO FUNDO DE INDENIZAÇÃO NO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE E BRUCELOSE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. ETGES, R.N1.; GROFF, A.C.M1., KERBER, R2. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul1, Av. Getúlio Vargas, 1384, CEP 90150-004, Porto Alegre, RS, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal2, Praça Osvaldo Cruz, 15, sala 914, CEP 90038-900, Porto Alegre. RS, Brasil. E-mail: [email protected]. The use of the indemnity fund in the control of tuberculosis and brucellosis in the State of Rio Grande do Sul.

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (FUNDESA) é um fundo privado que tem por finalidade complementar as ações de desenvolvimento e defesa sanitária animal no Estado e também efetuar o pagamento de indenizações no caso de sacrifício sanitário de animais por doenças definidas em programas oficiais. Com o objetivo de verificar a utilização do FUNDESA como ferramenta de apoio ao controle da tuberculose e brucelose bovina, avaliamos o histórico anual do número de requerimentos de indenização, o quantitativo de animais indenizados, valores pagos em indenizações e o número de animais testados, bem como as variações destes números no período de 2009 até 2014, comparando com o período de 2015 até setembro de 2017, após a alteração nas normas estaduais de controle destas doenças. Desde 2009, quando o fundo começou a atuar nas indenizações, foram abertos 2.148 processos de indenização pela eliminação de animais reagentes a tuberculose ou brucelose, com a indenização de 11.483 bovinos, em um volume total de R$ 11.483.770,09. Foram testados, neste período, 1.292.430 animais. As médias anuais de solicitações de indenização, número de animais indenizados, valores pagos e número de animais testados de 2009 até 2014, comparadas com o período de 2015 até setembro de 2017 tiveram um aumento de, respectivamente, 91%, 132%, 204% e 82%. Há evidente evolução tanto no quantitativo de requerimentos, bem como no quantitativo de animais e valores pagos como indenização nestes dois períodos avaliados. Estes aumentos ocorreram devido ao incremento nos valores pagos por animal indenizado, ao maior rigor na legislação sanitária no RS, alterada a partir de 2015, bem como devido ao reconhecimento da participação do Fundo no programa. Também deve ser ressaltada a existência no Rio Grande do Sul de uma indenização por “Risco Alimentar”, utilizada nos casos de vazio sanitário, na qual o produtor recebe 25% da média mensal de produção de leite durante três meses. Quando ocorre o vazio sanitário, recomendado ou determinado pelo Serviço Veterinário Oficial, além da indenização pelos reagentes positivos, também é paga indenização para os animais negativos do rebanho, o que aumenta o número de animais indenizados. Sem a existência e a plena participação do FUNDESA, mesmo com a obrigatoriedade na legislação para eliminação de animais reagentes positivos, a ação da defesa sanitária animal seria muito prejudicada e não haveria tamanha evolução na detecção e no saneamento dos focos de brucelose e tuberculose.

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IDENTIFICAÇÃO SOROLÓGICA DA BRUCELOSE E DA LEPTOSPIROSE EM VACAS RECEPTORAS DE EMBRIÕES. 1DINIZ, J.V.A.; 2OBA E.; 2SATRAPA, R.; 2DE FREITAS, R.R.; 2LUCKNER, M.N.; 3PITUCO, E.M.; 3OKUDA, L.H.; 1NOGUEIRA, M.M.B.; 1DA SILVA, L.O. 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, Rua Vasconcelos, 708, COHAB, CEP: 69940-000, Sena Madureira, AC, Brasil. E-mail: [email protected]. 2UNESP, Botucatu, SP, Brasil; SEAP/EMDGA, Rio Branco, AC, Brasil; 3Instituto Biológico, São Paulo, SP, Brasil. Brucellosis and leptospirosis sorological identification in embryos receptor cows.

A brucelose e a leptospirose são antropozoonoses de origem bacteriana e de caráter infectocontagioso. A brucelose é, indiscutivelmente, um dos principais problemas sanitários do rebanho bovino brasileiro associada diretamente com a ocorrência de abortos, sendo quase sempre a responsável por infecções nos bovinos e associada frequentemente a problemas reprodutivos. Já leptospirose também é zoonótica, cosmopolita, que acomete varias espécies de animais domésticos, silvestres e roedores. A incidência da leptospirose em países em desenvolvimento é mais elevada em regiões tropicais, notadamente durante a estação das chuvas. Com objetivo de identificar a incidência da doença, utilizaram-se 158 vacas mestiças (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus) como receptoras de embrião, submetidas à Transferência de Embriões em Tempo Fixo (TETF), no mesmo momento foi colhida, de cada receptora, uma amostra de sangue por venopunção da veia coccígea. Para o diagnóstico sorológico de brucelose, utilizou-se a técnica de fixação de complemento (FC) e para leptospirose, a técnica de soroaglutinação microscópica (SAM) na presença de pelo menos 18 sorovares de leptospiras cultivadas em laboratório. O teste foi realizado pelo Centro de P&D de Sanidade Animal do Instituto Biológico de São Paulo. O diagnóstico de gestação e a reavaliação das receptoras prenhas para confirmação da prenhez ou de abortamento foram realizados no 25º e no 55º dia após a TETF respectivamente, ambos por ultrassonografia (Aloka SSD 550, Aloka, Japan). Das 158 receptoras que receberam os embriões, 98,1% (155/158) apresentaram títulos negativos para brucelose e 1,9% (3/158) positivos. Já os resultados da leptospirose foram 45,5% (77/158) reagentes e 54,4% (86/158) não. Das 54 receptoras prenhas, 3 apresentaram positividade, e das 11 que abortaram no 55˚ dia após a TETF, 2 (2/11) apresentaram títulos positivos para brucelose, com titulação de 640 UI para cada uma das receptoras. Já para leptospirose, 27 foram reagentes, e dos 11 abortamentos observados no 55º dia, 3 estavam entre receptoras reagentes para os seguintes sorovares (acompanha o valor da titulação): L. icterohaemorrhagiae (200), L. wolffi (200) e L. hardjo (400), um animal; L. wolffi (400) e L. hardjo (400) um animal; L. wolffi (1600) e L. hardjo (1600). Conclui-se, pelo diagnóstico sorológico, que ambas as enfermidades são incidentes no rebanho do Acre em maior ou menor escala e afetam o desempenho reprodutivo. A menor incidência de brucelose possivelmente deva-se aos programas de defesa sanitária animal em quanto que, em relação à leptospirose a proximidade dos rebanhos com animais silvestres e o intenso regime de chuvas da região propiciariam sua maior ocorrência.

Financiador: Fundação de Amparo do Estado do Acre – FAPAC e com apoio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC

CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES COMO LIVRE DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE UTILIZANDO O SISTEMA DE DEFESA AGROPECUÁRIA E A IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL DOS BOVÍDEOS. ETGES, R.N1.; GROFF, A.C.M1., LIPP, M.,2 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul1, Av. Getúlio Vargas, 1384, CEP 90150-004, Porto Alegre, RS, Companhia Estadual de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul2, Praça dos Açorianos, S/N, CEP 90010-340, Porto Alegre. RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Official bovine brucellosis and tuberculosis herd certification thru use of the official animal health system and individual identification of the cattle.

A certificação de propriedades como livre de brucelose (BRU) e tuberculose (TUB) é uma das ações previstas no Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Para aprimorar o processo nas propriedades leiteiras, foi publicada em 2016 uma Instrução Normativa estadual que estabelece regras para a certificação, utilizando como ferramenta o Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), e a vinculação das propriedades rurais às empresas de laticínios. No SDA, as propriedades participantes são vinculadas ao laticínio para o qual entregam leite “in natura” para processamento. Este laticínio indica o Médico Veterinário Habilitado, Responsável Técnico (RT) pela certificação, que realiza a identificação individual de todos os bovídeos da propriedade com o BRINCO DEFESA RS, que é um conjunto de identificação padrão Sisbov, composto de um brinco visual e um boton com “chip” eletrônico, contendo um número único no Brasil, fornecido pela Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O RT registra no SDA a identificação dos animais e insere os resultados dos testes de tuberculose e brucelose em cada um dos animais identificados. No momento em que é finalizada a identificação e registro dos testes no SDA, a propriedade é classificada como RASTREADA e recebe um status quanto ao controle da brucelose e tuberculose, quais sejam: NÃO CONTROLADA (NCT), FOCO OU SUSPEITA (FOCO), CERTIFICAÇÃO NÍVEL 1(CTN1) ou LIVRE, sendo que estes status são gerados para as propriedades através do próprio SDA, pois no Sistema estão estabelecidas as “regras de negócio” de acordo com as normas do PNCEBT. Depois de rastreada, a propriedade somente fará movimentações de bovídeos identificados individualmente, listados na Guia de Trânsito Animal (GTA). Caso a propriedade receba bovídeos não rastreados, na emissão da GTA deverá ser incluído um brinco comum provisório, onde constará data de nascimento e data dos testes negativos. Este brinco provisório será substituído no destino pelo BRINCO DEFESA RS. Até outubro de 2017, aderiram a este Programa 409 propriedades, que estão em diferentes status, sendo:110 NCT, 8 FOCO BRU, 11 FOCO TUB, 233 CTN1 BRU, 221 CTN1 TUB, 61 LIVRE BRU e 67 LIVRE TUB. Nestas propriedades, já estão identificados com o BRINCO DEFESA RS 22.813 bovídeos. Este processo automatizado proporciona muitas vantagens, pois além da agilidade do SDA na análise e emissão dos certificados, garante o cumprimento das regras para a certificação e a manutenção da rastreabilidade dos animais. Também é uma maneira de iniciar o processo de identificação e rastreabilidade do rebanho, associado a um programa sanitário.

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ÍNDICES VACINAIS CONTRA FEBRE AFTOSA E BRUCELOSE EM REBANHO BOVINO DE HUMAITÁ, AMAZONAS. *1LANER, D.; 2KRZYZANIAK, A.C.; 3SOARES, V.E.; 4ORLANDI, C.M.B. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF, Avenida Transamazônica, 1890, São Pedro, CEP 69.800-000, Humaitá, AM, Brasil. E-mail: [email protected]. 1,2 Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF Humaitá/AM, 1,

3, 4 Universidade Brasil, Descalvado/SP. Bovine herd vaccination index for Foot and Mouth Disease and Brucellosis in Humaitá, Amazonas.

O Amazonas possui um rebanho de 1.136.232 bovinos e 74.277 bubalinos distribuídos em 62 municípios. Humaitá, município localizado na região sul do estado, possui um rebanho de 21.186 bovinos, criados em sistema extensivo ou semi-extensivo em regiões de terras firmes ou em áreas de difícil acesso como várzeas altas. A vacinação do rebanho faz-se necessária para a prevenção de doenças infecciosas, sendo a vacina contra a Febre Aftosa obrigatória por Lei Estadual nº 2.923 /2004, regulamentada em 2005 e aplicada aos bovinos e bubalinos de todas as idades (Instrução Normativa MAPA nº 44/2007). A vacinação contra Brucelose, não menos importante, também foi tornada obrigatória em fêmeas bovinas e/ou bubalinas entre 3 a 8 meses de idade pela Instrução Normativa SDA nº 06/2004, condição mantida pela Instrução Normativa SDA nº19/2016; no AM esta determinação passou a ser executada com maior afinco no a partir do início de 2012, por meio do cumprimento do Memo. Circular 03/2012/CODESAV/SEPROR. Devido às diferenças na legislação para a realização das respectivas vacinações, foram investigados os índices vacinais contra a Febre Aftosa e Brucelose entre os anos de 2012 a 2017 no município citado. Foram selecionadas 43 propriedades, com total de 10.472 bovinos dentre 207 propriedades ativas cadastradas na Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas – ADAF. As propriedades foram classificadas de acordo com o número de cabeças nos respectivos rebanhos: 21 pequenas propriedades (0 a 21 bovinos; n= 281); 13 médias propriedades (22 a 65 bovinos; n=512) e 09 grandes propriedades (acima de 65 bovinos; n= 9.679). Aplicou-se presencialmente um questionário sanitário aos produtores de onde foram obtidos dados referentes às práticas de vacinação. Os índices de vacinação nas pequenas, médias e grandes propriedades foram de 13%, 14%, 45% respectivamente para Brucelose e 100% para FA em todas as propriedades. A taxa de vacinação contra FA foi superior à Brucelose, possivelmente pela necessidade da execução da vacinação contra Brucelose ser exclusiva aos médicos veterinários cadastrados ou vacinadores cadastrados. Aos produtores em desacordo com o Art. 9º do Decreto Estadual, aplicam-se infrações correspondentes ao inciso acometido referente às vacinações obrigatórias. Os menores índices de vacinação para Brucelose em relação à Aftosa em pequenas e médias propriedades (abaixo de 15%) e em grandes propriedades (abaixo de 50 %) ocorrem pela dificuldade de acesso, falta de assistência técnica e de profissionais cadastrados para atuação nas áreas envolvidas. O baixo índice de vacinação para Brucelose contribui para o aumento do risco de contaminação do rebanho na região de Humaitá e no estado do Amazonas, por tratar-se de região expressiva quanto ao número de animais. Esses baixos índices também expõe a mão de obra local atuante no campo a esta zoonose. *Diego Laner: Discente do Programa de Mestrado Stricto sensu Profissional em Produção Animal – Universidade Brasil, campus Descalvado. SP.

OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA NO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA – MG. FERREIRA, P. S.; TOMICH, R.G.P; PUGA, L.C.H.P. Instituto Mineiro de Agropecuária, Escritório Seccional de Juiz de Fora, Rua Maria Perpétua, 72, CEP 36056-420, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. E-mail: [email protected]. Incidence of Brucellosis e Tuberculosis in the county of Juiz de Fora – MG.

A brucelose e a tuberculose são doenças bacterianas de grande importância para a saúde pública e animal, causando inúmeros prejuízos econômicos para a bovinocultura. O Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) define as estratégias para a diminuição da prevalência e incidência destas doenças nos rebanhos bovinos e bubalinos, de acordo com a classificação de risco das Unidades da Federação (MAPA, 2017). O objetivo deste trabalho -é apresentar os casos de brucelose e tuberculose em propriedades rurais com bovinos em Juiz de Fora – MG no período de 2014 a 2016. O município de Juiz de Fora, situado na região da Zona da Mata Mineira, possui um total de 55189 bovinos distribuídos em 989 propriedades rurais com predominância de bovinocultura leiteira. Foram coletados dados dos exames realizados pelos médicos veterinários habilitados para a realização de exames para ambas as doenças em Juiz de Fora. Todos os casos positivos ou inconclusivos para brucelose e tuberculose pelos testes de triagem preconizados pelo PNCEBT foram submetidos aos exames confirmatórios e investigados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária. No período estudado, foram realizados 2717 exames de brucelose e tuberculose em animais de 377 propriedades rurais em Juiz de Fora. Destas, duas propriedades apresentaram resultados positivos para brucelose pelo teste de 2-Mercaptoetanol, sendo um animal em uma propriedade e dois animais em outra e duas propriedades com um animal positivo em cada uma para tuberculose pelo Teste Cervical Comparativo. A prevalência encontrada foi de 0,53% de focos e 0,11% de animais positivos para brucelose e de 0,53% de focos e 0,07% de animais positivos para tuberculose. Estudos epidemiológicos realizados em Minas Gerais por Oliveira et al. 2016 revelaram a prevalência de 4,83% de focos e 1,23% de animais positivos para brucelose em 2011 e 4,80% de focos e 1,80% de animais positivos para tuberculose em 2013 na região da Zona da Mata Mineira. Apesar da baixa ocorrência das doenças encontrada no presente estudo, os dados indicam que ainda há presença da brucelose e tuberculose nos rebanhos bovinos de Juiz de Fora, sendo necessária a implantação de ações voltadas para a educação sanitária dos criadores para aumentar o número de exames nos rebanhos bovinos, vacinação regular de bezerras contra brucelose e maior controle sanitário das criações.

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AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO RIO GRANDE DO SUL* PEZZINI, T.G.; PEREIRA, R.T.; FAUTH, E. E.; TODESCHINI, B.** Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Superintendência Federal de Agricultura no RS, Av. Loureiro da Silva, 515, CEP 90010-420, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of National Program of Control and Eradication of Brucellosis and Tuberculosis in state of Rio Grande do Sul.

Nos últimos anos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vem trabalhando para ser reconhecido pela qualidade e agilidade na implementação de políticas públicas de estímulo ao setor agropecuário. Dentre estas medidas, à indenização de produtores rurais para a identificação e eliminação dos animais reagentes positivos para tuberculose tem sido reconhecida como uma importante ferramenta de estímulo aos pecuaristas para o saneamento dos rebanhos no RS. Inserida no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), esta indenização objetiva viabilizar ao produtor rural um suporte financeiro para aquisição de novos animais, para a manutenção de seu rebanho e até mesmo para a retomada da atividade pecuária frente ao sacrifício obrigatório dos animais positivos para tuberculose. Este trabalho teve como objetivo apresentar a evolução do PNCEBT no estado do Rio Grande do Sul como uma ferramenta de saúde pública e sanidade dos rebanhos. Para isto, foram coletados dados referente ao número de animais reagentes positivos para tuberculose sacrificados, o número de processos de indenização nas propriedades rurais e o número de municípios atingidos, entre os anos 2010 até 2016. Em 2010 foram sacrificados 336 animais, de 145 propriedades em 8 municípios; em 2011 foram 344 animais, de 86 propriedades em 13 municípios; 2012 foram 177 animais em 52 propriedades de 12 municípios; em 2013, foram 220 animais sacrificados oriundos de 29 propriedades rurais, em 14 municípios. Já em 2014, foram 838 animais oriundos de 77 propriedades, em 31 municípios. Em 2015, foram 1.627 animais sacrificados oriundos de 183 propriedades, atingindo 77 municípios. Em 2016, foram 2.182 animais sacrificados oriundos de 284 propriedades, em 110 municípios. Desta forma, os resultados nos mostram que o número de animais sacrificados/ano com tuberculose aumentou em 1232,8% no período de 2010 a 2016, enquanto os números de processos indenizatórios em propriedades rurais beneficiadas com as indenizações aumentaram em 195,9% no mesmo período no Estado do Rio Grande do Sul, tendo atingido 164 dos 496 municípios deste Estado. A tuberculose é uma importante zoonose causadora de prejuízos econômicos e sociais devido ao impacto negativo que gera na produtividade dos rebanhos e dos riscos que Acarreta à saúde humana. A estratégia adotada pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose para saneamento dos rebanhos por meio da eliminação de animais reagentes e indenização de produtores rurais mostra-se altamente eficaz no estado do Rio Grande do Sul no controle desta importante enfermidade.

CAPACITAÇÃO DE VACINADORES NO CURSO “MANEJO E APLICAÇÃO DE VACINAS CONTRA BRUCELOSE” COMO FERRAMENTA EPIDEMIOLOGICA E ECONÔMICA NO SERVIÇO OFICIAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO TOCANTINS. MACIEL H.N.C.; AGUIAR D.M.C.; FONSECA D. S. Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins, Quadra 104 Sul, Rua SE 01, Lote 44 Centro, CEP 77020-014, Palmas, TO, Brasil. E-mail: [email protected]. Training of vaccinators in the course “handling and application of vaccines against brucellosis” as an epidemiological and economic implement Tocantins’ the official department of livestock defense.

As vacinas com as cepas B19 e RB-51 utilizadas no Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PECEBT do Tocantins, são vacinas vivas atenuadas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e normatizadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. As cepas são as que melhor induzem imunidade às fêmeas bovídeas, mas são patogênicas ao homem. Sendo a brucelose uma importante zoonose para o homem, sob a ótica da saúde pública a doença toma proporções alarmantes em relação à quantidade de pessoas com baixo rendimento e/ou incapacidade para o trabalho e o consumo de alimentos (proteína de origem animal) contaminados. No Estado do Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária – Adapec -TO - instituiu a obrigatoriedade da capacitação de auxiliares de médicos veterinários do PECEBT no curso “Manejo e Aplicação de Vacinas Contra Brucelose” para atuarem no programa. O presente trabalho tem por objetivo, demonstrar que essa capacitação é uma vertente importante do PECEBT, visto que o programa obriga a vacinação de fêmeas bovídeas. Vacinadores auxiliares do PECEBT, assumem nas propriedades rurais, o papel de agentes de saúde e manipuladores competentes na utilização das vacinas, cujo manuseio incorreto pode infectar pessoas. O curso ofertado garante aos participantes conhecimento sobre o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose– PNCEBT MAPA, por meio da identificação dos aspectos técnicos da brucelose e orientações sobre as vacinas e como manuseá-las. Médicos veterinários da Adapec – TO - instrutores do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) - ministram a capacitação com duração de 16 horas de ensino teórico e orientação e supervisão da prática de vacinação. Desde 2011 até julho de 2017, 2.570 vacinadores foram capacitados (gerando emprego, renda e inclusão social) e contribuindo diretamente com o PECEBT, na diminuição das perdas econômicas com rebanhos infectados e afastamento/tratamento de pessoas do grupo de risco em decorrência da enfermidade. A capacitação de vacinadores do PECEBT é uma ferramenta sustentável do Serviço Oficial sendo uma estratégia economicamente viável, aceita pela sociedade e que não interfere negativamente ao meio ambiente.

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CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES COMO LIVRES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE NO ESTADO DE SANTA CATARINA E OS PRINCIPAIS EQUÍVOCOS DETECTADOS NO PROCESSO DURANTE O 1º SEMESTRE DO ANO DE 2017. ANDRADE, D.R.T.; BAUMGARTEN, K.D.; NEVES, M.V.O.; GESSER, F.V. CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. Florianopolis, SC. E-mail: [email protected] Certification of herds as free of Brucellosis and Tuberculosis in the Santa Catarina State and the major mistakes detected in the process during the first semester of the year 2017.

O Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) prevê, desde a publicação do regulamento técnico por meio da Instrução Normativa nº 06, de 08 de janeiro de 2004, a certificação de propriedades como livres de brucelose e tuberculose, como sendo de adesão voluntária. Em outubro de 2016, o processo de certificação foi alterado pela IN 19, possibilitando que o processo se tornasse mais rápido, porém não menos eficaz, diminuindo a quantidade de exames de rebanho exigidos de três para dois exames e aumentando o intervalo entre os testes, permanecendo como sendo de adesão voluntária e com prazo de vigência de 12 meses. Em março deste ano, a IN 19/2016 foi alterada pela IN 10, no entanto, o processo de certificação permaneceu sem alterações. Em Santa Catarina, as certificações de propriedades como livres de brucelose e tuberculose ocorrem desde 2006 e, até o final do 1º semestre de 2017, 594 certificados tinham sido emitidos. No entanto, como muitas propriedades não permanecem no processo, seja por descumprimento a legislação de defesa sanitária animal, seja por não ter interesse em renovar o certificado, aproximadamente 50% delas permaneciam ativas. Como os bovinos de Santa Catarina possuem identificação individual, o processo neste Estado torna-se um pouco mais criterioso, uma vez que a apresentação da quantidade de testes realizados condizente com quantidade de animais existentes na propriedade não é suficiente, havendo necessidade de confrontar as informações de testes com inventário de animais, individualmente. Durante o 1º semestre de 2017, foram emitidos 183 certificados novos e/ou renovados, após 278 processos terem sido analisados, ou seja, somente 65,82% dos processos, efetivamente, culminaram na certificação da propriedade. Essa diferença incorre de equívocos cometidos durante o processo na propriedade ou na documentação a ser encaminhada ao órgão estadual de defesa sanitária animal, muitas vezes somando-se diversos equívocos em um mesmo processo. Os erros detectados foram animais sem os respectivos atestados de exames de rebanho ou de movimentação (75,79%), erro de digitação do número do brinco do animal (26,31%), erro de preenchimento de documentação ou falta de alguma documentação (16,84%) e dentre outros (12,63%), como erro de cadastro, por exemplo. Os equívocos cometidos no processo elevam o tempo médio entre a finalização do processo na propriedade e a emissão do certificado, quando não inviabilizam a emissão do mesmo.

SOROPREVALENCIA DA INFECÇÃO CAUSADA POR Brucella abortus EM REBANHOS BOVINOS DA ILHA DE SÃO LUÍS - MA. 1*BEZERRA, N.P.C.; BEZERRA, D.C.B.; DIAS FILHO, A.F.; PEREIRA, H.M.P.; SANTOS, H.P.S.; ARRUDA, R.C.N. de. Universidade Estadual do Maranhão, Av. Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís, Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Soroprevalence of Brucella abortus infection in cattles herds in the Sao Luís Island - MA

A brucelose é uma das zoonoses mais importantes e difundidas no mundo e são inúmeros os prejuízos ocasionados por essa doença em bovinos. No rebanho, tem-se a diminuição na produtividade de leite e carne, desvalorização do preço de comercialização dos animais e dos produtos de origem animal provenientes de regiões endêmicas, aumento do intervalo entre partos, ocorrência de abortamentos em fêmeas doentes, esterilidade, indicação de sacrifício dos animais reagentes e consequente gasto com a compra de outros animais para reposição no rebanho. O agente etiológico da brucelose bovina é a Brucella abortus, espécie altamente patogênica. Esta espécie também apresenta importância clínico-epidemiológica e é considerada patogênica para humanos. Considerando os prejuízos que a brucelose determina à pecuária, realizou-se este estudo com o objetivo de determinar a soroprevalência da infecção por B. abortus em rebanhos bovinos criados em sistema de produção semi-intensivo na Ilha de São Luís - Maranhão. Foram selecionados 16 rebanhos bovinos e analisados sorologicamente 160 amostras séricas de fêmeas bovinas não vacinadas e acima de 24 meses, através do antígeno acidificado tamponado, como teste de triagem, e os testes do 2-Mercaptoetanol e Soroaglutinação Lenta em Tubos nas titulações de 1:25, 1:50, 1:100 e 1:200 para as amostras reagentes no AAT. Não foram incluídos no estudo bovinos machos, fêmeas no puerpério, quinze dias antes ou quinze dias após o parto. Foi identificada soroprevalência de 3,12% (n=05/160) para B. abortus. Dos 16 rebanhos avaliados, cinco foram positivos, resultando em 31,25% de rebanhos-foco. Este resultado indica que apesar de um conjunto de ações sanitárias oficiais conduzidas ao longo das últimas décadas em praticamente todas as regiões do Brasil, a brucelose ainda é problema comum e preocupante. Assim, observa-se que o comportamento epidemiológico da brucelose nesta área não difere daquele encontrado nacional e internacionalmente, onde se tem uma maior relevância da enfermidade em relação à unidade epidemiológica de rebanho quando comparada ao animal, devido ao baixo potencial de disseminação da enfermidade. 1Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA*Mestranda do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal da UEMA

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SOROCONVERSÃO ATRIBUÍVEL À VACINAÇÃO DE BEZERRAS COM A CEPA B-19 DE Brucella abortus. SANTOS, A.J.F.1; ALMEIDA, K.S.2; BAPTISTA, F.2; SILVA, M.A.G.2; ALEXANDRINO, B.2; FERREIRA, J.M.1. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins, Rua Deuserina Ayres, S/Nº, CEP 77.813-390, Araguaína, TO, Brasil1. Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, TO, Brasil2. E-mail1: [email protected]. Seroconversion attributable to vaccination of heifers with the strain B-19 of Brucella abortus.

A brucelose bovina é uma antropozoonose cosmopolita, causada por Brucella abortus, que gera perdas econômicas para a cadeia produtiva de carne e leite. Com o objetivo de determinar o coeficiente de soroconversão atribuível à vacinação de bezerras com a cepa B-19 de B. abortus, foram analisadas 330 amostras de soro sanguíneo de 110 bezerras com três a oito meses de idade provenientes de cinco propriedades no município de Araguaína/TO. Foi realizado um ensaio randomizado com dois grupos de bezerras, intervenção e controle, cada um com 55 animais. O dia zero (D-0) do experimento foi marcado a partir da primeira coleta de sangue imediatamente antes da vacinação das bezerras do grupo intervenção. As coletas de sangue pós-vacinação foram realizadas nos dias 7 (D-7), 14 (D-14) e 21 (D-21). O ensaio randomizado foi realizado até o D-14, quando as bezerras do grupo controle foram vacinadas com cepa B-19. A coleta de 55 amostras de sangue no D-21 permitiu repetir, com o grupo controle, a determinação da soroconversão no sétimo dia pós-vacinação. Todas as amostras de soro sanguíneo foram submetidas ao teste do AAT. As análises estatísticas foram realizadas com o software WinPepi® (versão 11.43) e o coeficiente de soroconversão atribuível à vacinação foi calculado subtraindo-se da incidência de soroconversão no grupo intervenção àquela do grupo controle. No D-7 a soroconversão no grupo intervenção foi de 94,55% (IC 95% [84,88% a 98,84%]) e no grupo controle foi nula (IC 95% [0,00% a 6,49%]). No D-14 a soroconversão no grupo controle continuou sendo nula e a do grupo intervenção foi de 98,18% (IC 95% [90,28% a 99,95%]). Assim, a soroconversão atribuível à vacinação pode variar entre 78,39% (84,88% - 6,49%) e 92,35% (98,86% - 6,49%), e entre 83,79% (90,28% - 6,49%) e 93,46% (99,95% - 6,49%) no D-7 e D-14, respectivamente. No D-21 a soroconversão nas 55 bezerras utilizadas no grupo controle vacinadas no D-14 foi de 100% (IC 95% [93,51% a 100%]), mas sem diferença significativa (p<0,05) em relação à resposta no D-7 do grupo intervenção. Visando monitorar a vacinação, a FAO recomenda que sejam realizados testes de diagnóstico utilizando o AAT em duas a três semanas pós-vacinação em amostragens aleatórias de bezerras vacinadas com a cepa B-19, tendo como parâmetro uma soroconversão de 80%. Os resultados deste estudo permitem recomendar ao SVO que institua auditoria da vacinação, com coleta aleatória de amostras de sangue a partir do sétimo dia em bezerras declaradas como vacinadas com a cepa B-19, utilizando a prova do AAT como teste de diagnóstico e considerando um coeficiente mínimo de soroconversão de 75%, visando o monitoramento do processo de vacinação realizado sob responsabilidade técnica de médicos veterinários cadastrados nos Programas Estaduais de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.

PREVALÊNCIA DE TUBERCULOSE E DESTINO DAS CARCAÇAS EM BOVÍDEOS ABATIDOS NO MATADOURO MUNICIPAL DE MAUÉS-AM. SANTOS, F.P. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas- ADAF. Av. Carlos Drumond de Andrade, 1460, ULBRA, bloco G. CEP 69.077-730. Manaus, AM, Brasil. E-mail: [email protected]. Prevalence of tuberculosis and carcass fate in bovine animals slaughtered at the Maués-AM municipal slaughterhouse.

A tuberculose bovina é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada principalmente pelo Mycobacterium bovis. É uma zoonose mundialmente reconhecida que além de ser um problema de saúde pública, proporciona grandes perdas econômicas e impactos negativos ao mercado da carne e leite em países em desenvolvimento. A principal via de infecção é a aerógena. Referente à sanidade os búfalos apresentam mais resistência que os bovinos, mas as lesões macroscópicas nas carcaças são indistinguíveis entre as duas espécies. Devido à carência de literatura sobre prevalência da tuberculose no estado do Amazonas e levando em consideração o impacto econômico causado pelas condenações de carcaças nos matadouro-frigoríficos regionais, o presente trabalho teve como objetivo investigar através dos registros mensais de abate e avaliar a prevalência de tuberculose e o destino das carcaças de bovídeos abatidos no matadouro-frigorífico municipal, em Maués-AM. O estudo foi realizado no período de maio de 2015 a maio de 2016 com 5936 bovídeos oriundos de vários municípios da calha do baixo Amazonas e alguns paraenses. Encontrou-se 0,32% das carcaças apresentando lesões sugestivas de tuberculose, sendo 0,22% entre bovinos e 1,23% entre bubalinos. 33.33% dos bovinos eram machos e 66,66% fêmeas enquanto que 100% dos bubalinos eram fêmeas. 91,66% das lesões em bovinos e 71,42% das lesões em bubalinos estavam localizadas em linfonodos traqueobrônquicos confirmando a via aérea como a principal forma de transmissão. Os animais com lesões eram provenientes de quatro diferentes municípios, todos amazonenses. Devido à característica das lesões, 15,78% das carcaças tiveram as vísceras condenadas e foram liberadas para consumo in natura, enquanto as demais foram condenadas, inutilizadas com benzocreol e descartadas na lixeira municipal. Os resultados encontrados permitem concluir que a vigilância em abatedouros é de extrema importância para avaliar a prevalência de tuberculose em rebanhos bovídeos e auxiliar, associado ao teste de tuberculinização, no controle e erradicação da enfermidade. A prevalência de tuberculose encontrada no abatedouro demonstra que a enfermidade está amplamente difundida nos rebanhos bovídeos dos municípios da calha do baixo Amazonas.

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AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM TUBERCULOSE ANIMAL NO ESTADO DO PARANÁ NO TRIÊNIO 2014 - 2016. RODRIGUES, D.L.1; CASTRO, J.H.T.2; KOLODA, M.2; KULM, H.B1.; BORSOI, A3; TAKIUCHI, E4. 1MAPA, SFA-PR Rua José Veríssimo, 420. CEP 82820-000, Curitiba, PR. E-mail: [email protected]. 2ADAPAR, Curitiba, PR. 3Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR. 4Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, PR. Evaluation of animal tuberculosis surveillance in Paraná state in the triennium 2014 - 2016.

O rebanho de bovinos e bubalinos no Estado do Paraná (PR) é constituído de aproximadamente 9.414.000 cabeças, sendo estimado 1.782.000 animais ordenhados, com uma produção anual acima de 4,5 bilhões de litros de leite. A vigilância em tuberculose bovina e bubalina no Estado tornou-se diferenciada devido ao Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose que estabeleceu a obrigatoriedade de realização de exames anuais de tuberculose para o rebanho leiteiro, com prazo final de comprovação no mês de maio de cada ano. A prevalência estimada em bovinos no Estado é de 2,15% (IC 95%: 1,31-3,00), tendo como principais fatores de risco identificados propriedades com mais de 22 fêmeas acima de 24 meses e ordenha mecânica. Os dados a respeito dos testes para tuberculose e casos da doença no estado do Paraná, nos anos de 2014 a 2016, foram compilados a partir do Sistema de Informação Zoosanitária (SIZ) e analisados. O número de propriedades testadas no triênio foi de 35.313 em 2014, 49.512 em 2015 e 45.819 em 2016. A partir dos animais testados foram realizados 535.030, 856.802 e 805.769 testes de tuberculinização nos respectivos anos. O percentual médio de testes com resultado reagente durante o triênio foi de 0,26% e o percentual médio de testes com resultados inconclusivo foi de 0,37%. O número de casos em fêmeas para os anos citados foram, respectivamente, 1.281, 1.714, 1.120 e em machos, respectivamente, 27, 36 e 38. Quanto aos focos ocorridos no triênio, para os respectivos anos os números foram 444, 372 e 420 focos. Para cada foco foram registrados em média, 3,41 casos da doença. Durante o triênio, pode-se notar que em 2015 houve maior número de propriedades testadas, que resultou em maior número de testes totais, maior número de animais reagentes e maior incidência de casos registrados em fêmeas. Entretanto, 2015 foi o ano com o menor número de focos. O número de casos de fêmeas reagentes foi significativamente maior que o número de casos de machos reagentes, uma vez que a exigência de exames pelo Programa Estadual é para fornecedores de leite. Permanece no Estado o desafio em relação ao gado de corte, para o qual não foi contemplada a obrigatoriedade de realização de exames anuais. No período avaliado, o Estado do Paraná respondeu por 27,57% das notificações da doença no Brasil.

APLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE BOVINA NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL *AVILA, L.N.; **GONÇALVES, V.S.P.; ***PEREZ, A.M.* Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB), avenida Ademar de Barros, 967, Ondina, Cep: 40170110, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: [email protected]. **Universidade de Brasília, Brasília – Brasil. ***Universidade de Minnesota, Estados Unidos da América. Epidemiological tools applied to the control of bovine tuberculosis in the State of Bahia, Brazil.

A tuberculose bovina (BTB) é uma doença infecciosa de grande importância por causar prejuizos econômicos aos rebanhos e à saúde pública. Este trabalho foi realizado nas regiões Centro (3) e Nordeste (4) da Bahia. Num primeiro passo, um estudo transversal foi conduzido entre 2008 e 2010, com o objectivo de estimar a prevalência e comparar as características dos focos encontrados e dos factores de risco descritos para a doença no estado. Numa segunda fase foi realizada uma caracterização espacial, a fim de quantificar a distribuição da doença. Numa terceira etapa foi realizada uma análise do risco de introdução da doença, a fim de avaliar o risco de disseminação entre regiões. O estado foi dividido em quatro regiões e foram amostrados um total de 18.810 bovinos adultos e 1.350 propriedades. Foi aplicado o teste cervical comparado em cada animal seleccionado e tomadas as coordenadas de cada propriedade amostrada por meio de GPS (Sistema de Posicionamento Global). O teste Cuzick e Edwards e análise de rastreio espacial (spatial scan statistic) foram usados para identificar agrupamentos espaciais de BTB. Na análise de risco, foi quantificada a probabilidade de introdução da doença em rebanhos livres de BTB no Sul da Bahia. Os resultados mostraram uma prevalência de BTB no rebanho de 0,3% (95% IC: 0% - 0,88% para a região 3) e 0,6% (95% IC: 0% - 1,49% para a região 4). Para prevalencia de animais adultos (mais de 24 meses) com BTB de 0,03% (IC del 95%: 0% - 0,09% para região 3) e de 0,04% (IC de 95%: 0% - 0,11% para região 4). Nos 3 focos encontrados nas regiões 3 e 4 da Bahia se detectou os mesmos fatores de risco descritos na literatura para o estado; tipo de propriedade de leite e maiores rebanhos (mais de 18 fêmeas ≥ 24 meses). Não foi detectada evidência significativa (P <0,05) de cluster ou aglomeração espacial, possivelmente devido à baixa prevalência da doença. Estes resultados sugerem que BTB tem uma baixa prevalência no estado da Bahia e uma distribuição homogênea, não se recomendando ações de regionalização. O maior risco de ocorrência é em explorações leiteiras e em tipo de rebanhos maiores. Na análise de risco, o risco anual de introdução de animais infectados com BTB em propriedades livres do Sul da Bahia através do movimento de bovinos vivos é muito baixo; com um risco médio de 0.006084 para a Região Oeste, 0.001133 para Região Nordeste e 0.001714 para a Região Central. Os movimentos não oficiais representaram cerca de 90% desse risco, indicando a importância da conscientização dos produtores em adquirir animais com resultados negativos para a doença. Este estudo permitiu aumentar a compreensão da epidemiologia da BTB na Bahia. As estratégias de controle para a enfermidade no estado deveriam incluir vigilância direcionada a propriedades de leite e maior coibição aos movimentos não oficiais.

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AVALIAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM BRUCELOSE ANIMAL NO ESTADO DO PARANÁ NO TRIÊNIO 2014 - 2016. RODRIGUES, D.L.1; CASTRO, J.H.T.2; KOLODA, M.2; KULM, H.B1.; BORSOI, A3; TAKIUCHI, E4. 1MAPA, SFA-PR Rua José Veríssimo, 420. CEP 82820-000, Curitiba, PR. E-mail: [email protected]. 2ADAPAR, Curitiba, PR. 3Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR. 4Universidade Federal do Paraná, Palotina, PR. Evaluation of animal brucellosis surveillance in Paraná state in the triennium 2014 - 2016.

A vigilância em brucelose bovina e bubalina no estado do Paraná (PR) tornou-se diferenciada devido ao Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose que estabeleceu a obrigatoriedade de realização de exames anuais de brucelose para o rebanho leiteiro, com prazo final de comprovação no mês de maio de cada ano. O rebanho de bovinos e bubalinos no PR é constituído de aproximadamente 9.414.000 cabeças, sendo estimados 1.782.000 animais ordenhados, com produção de mais de 4,5 bilhões de litros de leite. Os dados a respeito dos testes para brucelose, casos e focos da doença no estado do PR, nos anos de 2014 a 2016, foram compilados a partir do Sistema de Informação Zoosanitária (SIZ) e analisados. A quantidade de testes de Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) realizados foram 503.538 testes em 2014, 746.391 testes em 2015 e 700.733 testes em 2016. Foram encontrados 2178 (0,43%), 1648 (0,22%) e 1221 (0,17%) de ATT reagentes nos respectivos anos de 2014, 2015 e 2016, sendo que a quantidade de amostras testadas no 2-mercaptoetanol (2-ME) totalizaram 82,74% do número de AAT reagentes. A quantidade de casos de brucelose registrada foi de 0,25%, 0,14% e 0,12% do total de animais testados, respectivamente, no triênio. A média de focos no período analisado foi de 513 por ano, que correspondeu a 2,1 animais por foco. A partir dos dados foi possível observar que frente a 2014 houve aumento no número de testes de AAT realizados nos anos de 2015 e 2016, e que, ao longo do triênio, o maior número de testes realizados ocorreu nos meses de maio, podendo ser explicado pela data final da entrega dos laudos prevista na portaria que disciplina o fornecimento de leite in natura. Quanto aos casos de brucelose, é possível notar que foram diminuindo com o passar dos anos analisados, dados que podem ser interpretados como resultado positivo do programa aplicado no estado. A vigilância realizada no período teve como alvo principal o rebanho leiteiro e alcançou parte significativa desta população, porém ao compararmos o número de testes realizados com o tamanho do rebanho leiteiro, percebe-se que a maioria das vacas ordenhadas não foram testadas conforme preconizavam as normas estaduais. Notou-se decréscimo percentual de animais ATT reagentes, bem como decréscimo no número de casos de brucelose registrados ao longo do triênio analisado.

OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE BOVINA NA PARAÍBA (2006-2015). SILVA JÚNIOR, F.J.T.M. *; SALLES, P.A.; ROSADO, F.; ALVES, A.J; ALVES JÚNIOR, J.A; CLEMENTINO, I.J; SILVA, S.M.A; UFPB (Universidade Federal da Paraíba, Campus III, Areia- Paraíba). E-mail: [email protected]. Occurrence of Bovine Brucellosis in the state of Paraiba (2006-2015)

A brucelose bovina é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e considerada uma zoonose infectocontagiosa de importância tanto econômica como de saúde pública, estando presente na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sendo de notificação obrigatória. O objetivo deste trabalho foi descrever a distribuição dos casos positivos para brucelose bovina notificados ao Serviço de Defesa Sanitária Animal do Estado da Paraíba no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2015. Os dados foram fornecidos pela Gerência Operacional de Defesa Animal (GODA), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba (SEDAP), referentes aos diagnósticos positivos para brucelose notificados pelos médicos veterinários habilitados para executar ações previstas no Programa nacional de controle e erradicação da brucelose e tuberculose – PNCEBT. No período considerado (2006-2015) foram examinadas em torno de 46.236 propriedades no estado da Paraíba das quais, em média 17,5 propriedades apresentaram casos positivos para a zoonose. Nos anos estudados, foram examinados aproximadamente 74.718 animais dos quais 585 destes foram notificados como positivo para brucelose no Estado. A distribuição da zoonose neste intervalo de anos mostrou-se variável conforme cada mesorregião Paraibana. O maior número de casos, 384 (65%) ocorreu no Sertão Paraibano, seguido do Agreste Paraibano com 164 (28%) casos e, a menor quantidade de casos ocorreram na Borborema e Mata Paraibana que apresentaram 19 (3%) e 15 casos (2,5%), respectivamente. Considerando-se a distribuição temporal das notificações, o maior número de notificações foi registrado no ano de 2011, e nos anos consecutivos o número de notificações decresceu. Os dados evidenciam que a brucelose bovina está presente em todas as mesorregiões do estado da Paraíba, ocorrendo notificações de casos em todos os anos do período estudado.

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TUBERCULOSE EM BOVINOS NA PARAIBA (2006-2015). SILVA, S.M.A*; SILVA JÚNIOR, F.J. T. M.; SALLES, P.A.; ROSADO, F.; ALVES, A.J.; FERREIRA, R.R.; BARRETO, E.C.; FIGUEIREDO, P.R.N.; CLEMENTINO, I.J. E-mail: [email protected]. UFPB (Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Areia-Paraíba. Tuberculosis in cattle of the Paraiba (2006-2015).

A tuberculose bovina é uma Zoonose difundida mundialmente que causa preocupação nos Órgãos de Saúde e de Defesa Sanitária Animal e Inspeção de Produtos de Origem Animal. A forma mais utilizada para o diagnóstico da infecção é por meio do teste de tuberculinização como prevê o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal – PNCEBT. Este trabalho tem por objetivo descrever a ocorrência de tuberculose no estado da Paraíba, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2015. Os dados foram fornecidos pela Gerencia Operacional de Defesa Animal (GODA), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba (SEDAP). No período foram realizados 202.627 exames de tuberculinização em bovinos no estado da Paraíba, dos quais 385 (0,19%) foram reagentes positivos, estando distribuídos nas várias mesorregiões do Estado. Dos 385 positivos 180 (46,75%) foram do Sertão Paraibano, 40 (10,39%) da mesorregião Borborema, 28 (7,27%) da Zona da Mata e 137 (35,58%) do Agreste Paraibano. Os resultados mostram que a maior concentração de casos positivos encontra-se na mesorregião do sertão paraibano, seguida da zona da mata. Em relação ao sexo observou-se que as fêmeas são mais acometidas que os machos, provavelmente devido a sua maior permanecia nas propriedades rurais nas regiões estudadas. Dentre os anos considerados, o ano de 2009 apresentou a maior quantidade de casos que os demais anos. Os resultados mostram que ocorreu um declínio de diagnósticos positivos no decorrer dos anos estudados, o que pode ter ocorrido devido à melhoria do manejo sanitário e profilático, realizados nas propriedades das mesorregiões paraibanas, tanto pelos proprietários como melhor atuação da Defesa Agropecuária do Estado. Apesar da importância desta enfermidade tanto no aspecto econômico quanto de saúde pública e dos avanços do PNCEBT, a tuberculose ainda está presente no estado da Paraíba. .

DETECÇÃO DE Brucella sp. EM AMOSTRAS DE SANGUE DE BÚFALOS (Bubalus bubalis) ORIUNDOS DA MESORREGIÃO DO MARAJÓ. PARDAVIL, G.S.S.¹; SANTOS, C.M.P.²; CORRÊA, L.T.G.¹; MOREIRA, L.G.S.¹; FURTADO, D.M.¹; MORAES, A.C.P.¹; RAIOL, L.S.¹; CASSEB, A.R³. Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, Av. Perimetral, 2501 - Terra Firme, Belém - PA, CEP: 66077-830. ¹Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia. ²Médica Residente do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira- HOVET/UFRA. ³Prof. Dr. Adjunto III- Instituto da Saúde e Produção Animal- Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Belém, Pará. E-mail: [email protected]. Detection of BRUCELLA SP in samples of blood of Buffalos (Bubalus bubalis) from the Marajó Meso-region.

O crescente efetivo na criação de bubalinos na região Amazônica, em especial no Pará, demanda um cuidado maior com a vigilância, tratamento, erradicação e prevenção de doenças de importância econômica e de saúde pública. Entre as doenças que atinge os bovídeos, a brucelose é uma importante doença infectocontagiosa possuindo ampla distribuição mundial, tendo grande importância zoonótica e econômica. Os métodos de diagnóstico da brucelose, usualmente dependem de testes sorológicos e de cultivo direto, podendo não ter muita sensibilidade. Desta forma se objetivou a detecção do agente da brucelose, a Brucella sp., utilizando o método da PCR (Polymerase Chain Reaction) convencional, em 97 amostras de sangue de bubalinos, 5 fêmeas e 92 machos provenientes de cinco municípios da mesorregião do Marajó, abatidos em matadouro-frigorífico no município de Belém entre agosto e novembro de 2015. Entre as 97 amostras analisadas 33% se apresentaram positivas pelo método de diagnóstico molecular. Destas amostras, 38% eram de bubalinos provenientes do município de Chaves, 28% do município de Cachoeira do Arari, 19% do município de Soure, 13% do município de Santa Cruz do Arari e 3% do município de Salvaterra. Constatou-se então que a Brucella sp. encontra-se presente nos rebanhos de bubalinos da mesorregião do Marajó, onde o município que apresentou a maior ocorrência de animais positivos foi Chaves e o que apresentou a menor ocorrência foi o município de Salvaterra.

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A VIGILÂNCIA ATIVA DA BRUCELOSE COM O APOIO DA INDÚSTRIA LEITEIRA E DA REDE BRASILEIRA DE LABORATÓRIOS DE CONTROLE DA QUALIDADE DO LEITE. BAUMGARTEN, K.D.; ANDRADE, D.R.T.; SURDI, L.C.; FLORES, P.R.S.; BOLSANELLO, C.D.; SANTOS, C.M.Z.; PESSIN, F.; PEREIRA, F.; ULSENHEIMER, I.N.; SILVA, J.C.; NOEBAUER, M.; PEREIRA, M.E.G.; DETTMER, R.; VENTURINI, S.M.N. CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. Florianópolis, SC. e-mail: [email protected] The brucellosis surveillance supported by dairy industry and the Brazilian network of milk quality control laboratories.

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal instituiu em 2016 a classificação dos estados conforme o grau de risco para estas doenças. E para a evolução da erradicação da brucelose, o serviço veterinário oficial dos estados classificados como A deverão implantar medidas de vigilância epidemiológica para a detecção de focos. Antecipadamente a esta norma, a CIDASC elaborou um Projeto Piloto de Erradicação da Brucelose Bovina que teve como objetivo detectar rebanhos infectados através de análise de amostras de leite de tanque entregue aos laticínios. O Projeto teve início em 2011 e detectando dificuldades em utilizar o Ring Test como única prova para vigilância ativa, foi introduzido ao protocolo o diagnóstico de ELISA em leite. Em 2016, cinco laboratórios da Rede Brasileira de Laboratório de Controle da Qualidade do Leite – RBQL foram contatados para verificar a possibilidade de incluir o exame de brucelose nas amostras de leite recebidas para o monitoramento da qualidade. Apenas um deles, situado em Curitiba, aceitou realizar o diagnóstico por possuir um laboratório de sanidade animal anexo ao RBQL. Dois grandes laticínios da região oeste do estado, que enviavam amostras de leite para o monitoramento da qualidade neste laboratório, concordaram em ter o leite também testado para brucelose. Entre julho e setembro de 2016 foram analisadas 4.035 amostras de leite de tanque, sendo uma amostra por propriedade fornecedora, destas 102 foram reagentes positivas no ELISA. As propriedades foram interditadas para a movimentação bovina e os animais tiveram o soro coletado para o testes de triagem e confirmatório, para o saneamento do foco no rebanho. Esta vigilância ativa utilizando a parceria dos laticínios e a disponibilidade do laboratório da RBQL demonstrou agilidade na coleta e envio de amostras, sem aumentar em nada o custo de logística para os laticínios. O único custo acrescido para esta vigilância foi de R$ 7,00 por amostra analisada, que neste Projeto foi financiado pelo estado. Comparando este custo da vigilância da brucelose com outras alternativas hoje utilizadas, pelos laticínios e pelo Serviço Veterinário Oficial de alguns estados, como a exigência de apresentar um teste sorológico de todos os animais do rebanho uma vez ao ano, a economia do produtor é significativa. A introdução do diagnóstico de brucelose, nas análises de monitoramento da qualidade do leite realizadas nos laboratórios da RBQL, seria um avanço para a vigilância ativa da doença, nos estados classificados como A, devido ao custo reduzido visto que utilizaria a logística e o controle de amostras e propriedades já existentes na cadeia produtiva do leite, e o custo do exame em amostra de leite é menor que o custo do exame sorológico do rebanho.

CARACTERIZAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVINOS POR FINALIDADE DE TRÂNSITO NO DISTRITO FEDERAL. LICURGO, J.B.; BUSO, D.S.; CESAR, M.F.G.; OLIVEIRA, A.C. Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal. Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP: 70770-914, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Characterization of cattle movement per purpose of movement in the Federal District.

Conhecer a estrutura e os padrões de movimentação animal e as preferências de comércio são úteis para auxiliar a tomada de decisões. Analisando os dados de GTAs emitidas para bovinos no Distrito Federal de julho de 2016 a junho de 2017, observou-se que as finalidades “engorda”, “abate”, “recria” e “reprodução” foram responsáveis por 87,44% das emissões de guias no período. Foi realizada a caracterização da movimentação de bovinos para cada uma dessas finalidades, utilizando o Programa R e o software QGis, visando o conhecimento da dinâmica de cada uma delas. A finalidade “engorda” foi a mais comum no período analisado (59,51% das GTAs emitidas), com um total de 1.701 propriedades, distribuídas em 106 comunidades. As finalidades “recria” e “reprodução” registraram 648 propriedades em 34 comunidades; e 392 distribuídas em 21 comunidades, respectivamente. Foi detectada apenas uma comunidade para a finalidade “abate”, com 204 propriedades. Os mapas de calor das propriedades que vendem mais animais mostraram padrões diferenciados para cada finalidade. Para as finalidades “abate” e “recria”, o mapa mostrou uma maior concentração na região do Rio Preto. A finalidade “engorda” foi a que mostrou maior dispersão pelo território, com uma concentração maior nas regiões de Planaltina e Rio Preto, que possuem propriedades com rebanhos maiores. Já a finalidade “reprodução” mostrou uma concentração grande na região de Brasília, devido a uma propriedade especializada em melhoramento genético, que promove regularmente leilões. Os mapas de calor das propriedades que mais receberam bovinos demonstraram igualmente diferenças entre as finalidades. Para a finalidade “abate”, a concentração maior foi em 2 frigoríficos específicos. Para “engorda”, observa-se uma concentração maior no oeste do DF e municípios do entorno de Goiás, estendendo para nordeste de Goiás até sudoeste da Bahia, além do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. Para “recria”, a concentração é mais dispersa por todo o território do DF e entorno de Goiás, estendendo até sudoeste de Goiás, além também do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. A finalidade “reprodução” foi a que apresentou a maior proporção de GTAs interestaduais e maior dispersão por todo o território do Brasil. Na geração do gráfico de comunidades, nota-se também que as propriedades com maior movimentação de bovinos para cada finalidade são diferentes. O conhecimento das diferentes dinâmicas de movimentação de bovinos no Distrito Federal permite adotar estratégias diferenciadas para enfermidades com formas de transmissão distintas, tornando a atuação do Serviço Oficial mais eficaz.

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ANÁLISE DA REDE DE MOVIMENTAÇÃO DE BOVINOS NO DISTRITO FEDERAL. LICURGO, J.B.; BUSO, D.S.; CESAR, M.F.G.; OLIVEIRA, A.C. Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal. Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP: 70770-914, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Analysis of the network of cattle movement in the Federal District.

Em uma rede de movimentação animal, as unidades epidemiológicas de interesse são representadas por nós, enquanto a movimentação animal entre cada nó é representada por arestas. As comunidades são conjuntos de nós relacionados entre si de maneira significativa, compartilhando propriedades ou com características de comércio similares na rede. Nesse estudo, os nós foram representados por propriedades rurais e frigoríficos constantes no relatório de GTAs emitidas para bovinos no Distrito Federal, no período de julho de 2016 a junho de 2017, utilizado como banco de dados. Para a análise da rede, foi utilizado o Programa R. A análise mostrou um total de 2.237 propriedades com registro de movimentação de bovinos (universo de 2.851 propriedades cadastradas) e 3.097 arestas, distribuídas em 160 comunidades. A maior comunidade detectada apresentou 40 propriedades. Apesar do número elevado de propriedades com registro de movimentação no período, a análise demonstrou baixo fluxo de animais, com uma média de grau de entrada (Kin) e de grau de saída (Kout) de 19,07 animais e mediana de 3 bovinos por movimentação. O kin máximo observado em um nó foi de 3.596 bovinos, correspondente a um frigorífico. O kout máximo foi de 1.192 bovinos, correspondente a uma propriedade cujo objetivo principal da criação é o comércio de animais. O cálculo do grau de vizinhos (propriedades com comércio entre si) gerou um valor médio de 1,45 vizinhos por nó, e mediana de 1 vizinho apenas. Os valores máximos de kin e kout de vizinhos foram de 99 e 43, respectivamente. Os valores discrepantes são indicativos de que uma pequena parcela dos rebanhos do DF é responsável pela maior parte do trânsito de bovinos, confirmado quando o gráfico do Princípio de Pareto é gerado. Nele, observa-se que menos de 20% das propriedades do DF são responsáveis pela comercialização de 80% dos bovinos. A análise da assortatividade revelou uma rede disassortativa, com nós de grau elevado conectados a nós de grau baixo, e vice-versa. Gerando o gráfico de comunidades, observou-se que as propriedades responsáveis pelas maiores movimentações no DF são aquelas cujos proprietários têm como atividade principal a compra e venda de bovinos ou aquelas propriedades que atuam também como estabelecimentos de eventos. A análise realizada permite conhecer a dinâmica da movimentação de bovinos no estado, além de auxiliar na tomada de decisões sobre a forma de atuação mais eficaz em casos de suspeita de doenças infecciosas, evitando a disseminação dessas.

PERFIL SANITÁRIO DO REBANHO BOVINO LEITEIRO DA MICRORREGIÃO DE SOUSA NO ALTO SERTÃO DA PARAÍBA.* LINS, J.G.G.**; MARQUES, A.V.M.S.; RODRIGUES, S.D.; SILVA, N.I.S.; DUARTE, A.L.L. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Rua Presidente Tancredo Neves, s/n, Jardim Sorrilândia, Sousa, PB, Brasil. E-mail: [email protected]. Sanitary profile of the dairy cattle herd of the microregion of Sousa in the Alto Sertão of Paraiba.

A caracterização de um sistema de produção faz-se importante para auxiliar no desenvolvimento e aplicação de tecnologias que levem em consideração a realidade local promovendo o desenvolvimento de sistemas produtivos autossustentáveis e que proporcionem, ao produtor, um conhecimento maior sobre manejo sanitário, nutricional, reprodutivo e melhoramento genético. Objetivou-se descrever eficácia referente ao uso das práticas sanitárias nos rebanhos bovinos de leite da cidade de São Francisco, no Alto Sertão paraibano. Foram obtidas informações sobre os aspectos técnicos e zootécnicos de 10 unidades de produção, através da aplicação de questionário do tipo entrevista estruturada. Cada propriedade foi visitada para avaliação das instalações, equipamentos e manejo sanitário adotado. Verificou-se que 100% dos produtores vacinam seus animais contra a febre aftosa e contra a raiva; 80% dos produtores vacinam seus animais contra a brucelose; e que apenas 30% dos produtores vacinam seus animais contra o carbúnculo sintomático. Quanto a Vermifugação, 90% dos produtores vermifugam seu rebanho. Quanto à limpeza periódica das instalações, 100% dos produtores realizam limpeza das instalações, sendo que 40% limpam a cada dois meses, e 60% limpam em intervalos maiores. Dos criadores entrevistados, apenas 20% tem acesso a assistência médico veterinária e realizam descarte anual. Foi relatado por 60% dos produtores, que seus rebanhos apresentam mastite; 80% dos produtores afirmam que seus rebanhos apresentam tristeza parasitária; 80% dos produtores afirmam que seus rebanhos apresentam bicheira; 70% dos produtores disseram que seus rebanhos apresentam diarreia. Casos de abortos ocasionais em suas propriedades foram relatados por 40% dos produtores, e apenas 10% afirmaram que seus rebanhos apresentaram casos de Ceratoconjutivite. Nenhum produtor relatou casos de edema de barbela, tuberculose, brucelose, dermatofilose, ectima e hipocalcemia em sua propriedade. Quanto ao tipo de ordenha realizado, 100% dos produtores realizam a ordenha manualmente. Quanto à limpeza dos tetos, 80% dos produtores realizam pré-dipping e apenas 10% dos produtores realizam o pós-dipping. 60% dos produtores fazem o descarte dos primeiros jatos de leite, e apenas 10% dos produtores utilizam a caneca do fundo preto. Quanto ao uso de EPIs, 90% dos produtores utilizam apenas bota de borracha. De uma maneira geral, constatou-se, uma baixa produtividade nos rebanhos locais, o que pode estar relacionado ao baixo nível tecnológico, inexistência e, em boa parte da área pesquisada, ineficiente assistência técnica e manejos sanitários.

*Financiador: CNPq.

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EMISSÃO DE GUIAS DE TRÂNSITO ANIMAL PARA BOVÍDEOS NO MUNICÍPIO DO CAREIRO DA VÁRZEA, AMAZONAS (JULHO DE 2014 A JULHO DE 2017). * GOMES, C.B; CARDOSO, N.S; ALBUQUERQUE R.C. ** Unidade Veterinária Local, Agência de Defesa Agropecuária e Florestal - ADAF, Careiro da Várzea, AM, Brasil. E-mail: [email protected]. The issuance of the traffic of animal guide for bovidae in Careiro da Várzea, Amazonas (July 2014 to June 2017).

No Brasil o documento oficial para transporte de animais é a Guia de Trânsito Animal (GTA), que possui dados sobre destino, finalidade, meio de transporte e condições sanitárias. Este trabalho apresenta uma síntese dos MAPAS DE CONTROLE MENSAL DE EMISSÃO DE GTAs, da Unidade Veterinária Local (UVL) do Careiro da Várzea. O município possui território de 2.631 km², sendo 95% dessa área de várzea. O rebanho bovídeo do Careiro da Várzea varia em quantidade de acordo com período da cheia e vazante dos rios Solimões, Negro, Madeira e Amazonas. Em 2004 um foco de febre aftosa foi diagnosticado no município. O Estado do Amazonas iniciou a taxação do GTA em julho de 2016. Este trabalho tem o objetivo de apresentar a evolução da emissão de GTAs, total de bovídeos envolvidos, finalidades frequentes e os destinos principais que ocorreram no período de julho de 2014 a julho de 2017. Este estudo foi obtido por meio de uma fonte secundária através dos MAPAs DE CONTROLE MENSAL DE EMISSÃO DE GTAs, da UVL do Careiro da Várzea, ADAF. Analisamos as espécies Bovinas e Bubalinas nos anos de 2014 até 2017. As variáveis descritas foram anos, meses, destino e finalidade. As informações foram organizadas em tabelas, utilizando-se o programa Microsoft Word e Microsoft Excel e saída no programa SPSS 21. Foram emitidos para bovídeos 271 GTAs de julho a dezembro de 2014, destes 153 para engorda, 122 para abate e 3 para reprodução, em 2015 foram emitidos 1790 GTAs, destes 1138 para engorda, 648 para abate e 4 para reprodução, em 2016 foram emitidos 2113 GTAs, destes 1155 para engorda, 955 para abate e 3 para reprodução, de janeiro a julho de 2017 foram emitidos 2390 GTAs, destes 1644 para engorda, 745 para abate e 1 para reprodução. Movimentaram-se 12290 bovídeos em 2014, 75234 em 2015, 60568 em 2016 e 77418 em 2017. Os destinos mais frequentes foram Careiro da Várzea, Manaus, Careiro, Iranduba e Rio Preto da Eva. Os resultados revelaram: crescente adesão ao documento oficial de trânsito, mesmo com a taxação iniciado em julho de 2016, ao ponto que ano de 2017 foi o que mais se emitiu GTAs, a finalidade de engorda tornou-se a mais prevalente anualmente, e que há intenso trânsito de bovídeos no Careiro da Várzea no primeiro semestre.

ANÁLISE DE REDE DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVÍDEOS NO ESTADO DO PARÁ. CORÔA, R.S. B1,2; SARAIVA, E. A.1; XAVIER, D.A.1; OLIVEIRA, J. P.2.; CARDOSO, D.L. 3,4; RAIA, V.A.5; De PAULA N.S.1; NASCIMENTO, G.K.K.1; ABEL, I. 1Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento, Instituto de Medicina Veterinária, , Universidade Federal do Pará (UFPA), Br 316, KM 68. 68743-000, Castanhal, Pará, Brasil. 2Agência de Defesa Agropecuária do Pará-ADEPARA Av. Pedro Miranda, n°1666, CEP:66085-023, Fone: (91) 32101100, Belém do Pará, PA, Brasil, E-mail: [email protected] 3 Instituto Agropecuário de Minas Gerais, Perdões, Minas Gerais, Brasil, 4 Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Lavras, Lavras, Minas Gerais 5 Programa de Pós Graduação em Ciências em Saúde, Universidade Federal do Mato Grosso, Sinopi, Mato Grosso. Network analysis of cattle movements in Pará State.

O trânsito de bovídeos intra e interestadual é fundamental para o escoamento da produção pecuária do estado do Pará. Porém, a circulação de animais vivos é preocupante pela possibilidade de propagação de patógenos e requer vigilância constante das agências de defesa agropecuária. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi identificar o padrão de comercialização de bovídeos no estado do Pará. Para obter dados das movimentações ocorridas no período de 2014 a 2015 utilizou-se informações da Guia de Trânsito Animal (GTA) que foram submetidas à análise de fluxo de redes. A base de dados foi composta por informações obtidas de 452.142 movimentações que transportaram 11.221.847 bovídeos. A rede foi composta por 100653 nós, 388.988 arestas, organizadas em cinco comunidades pecuárias (CPs) que demostraram um padrão geográfico no comércio entre os municípios. As movimentações ocorreram principalmente por meio de rodovias (88,6%) seguido do modo a pé (7,3%). O comercio ocorreu prioritariamente dentro do estado, especialmente entre municípios de uma mesma CP. Apesar de terem sido observados dois grandes polos de movimentações para fora do estado nas CPs 4 e 5, todas as comunidades mantiveram relação comercial com outro estado, sendo 23 unidades federativas envolvidas nesse processo, onde. A maioria mantém relação comercial com as propriedades paraenses, principalmente com a região Sudoeste e o Sudeste, responsáveis pelo maior volume de animais transportados para outros estados. A relação entre as CP’s mostrou uma dinâmica no comercio de animais e pode ser influenciado por questões regionais e ambientais que interferem nas transações comerciais entre as comunidades. O padrão geográfico observado pode ser justificado pela distribuição da malha rodoviária, inexistente em algumas regiões. Além disso, as hidrovias muitas vezes impõem uma barreira para o transporte de animais em algumas comunidades. Conhecer as transações entre comunidades pode ser estratégico para promover intervenções, uma vez que a identificação de comunidades bem consolidadas pode ser uma ferramenta útil para controlar a circulação de patógenos.

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DIAGNÓSTICO DO FLUXO DE TRÂNSITO DE BOVÍDEOS NO ESTADO DO AMAZONAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017. LIMA, H.R.; CIRIANO, C.M.; SILVA, J.; SILVA, W.S.; MESQUITA. D.C.; BELTRÃO, E.P.; PADINHA, J.S.; CABRAL, P.F.F.; REIS, A.C.; PINTO, W.B. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas, Av. Carlos Drummond de Andrade, n° 1.460, Bloco G, ULBRA, Conjunto Atílio Andreazza, Bairro Japiim, Manaus, Amazonas. E-mail: [email protected]; [email protected]. Diagnosis of the flow of bovine traffic in the state of Amazonas in the first half 2017.

O controle de trânsito animal destaca-se como uma das atividades mais relevantes na área de fiscalização em defesa sanitária animal. Com o referido trabalho, objetivou-se a identificação e conhecimento do fluxo de movimentação de animais. O Estado foi subdividido em 4 zonas estratégicas, baseadas em características específicas, onde foram analisadas as informações de movimentação de bovídeos no Estado do Amazonas no primeiro semestre de 2017, através do quantitativo de Guias de Trânsito Animal (GTA) emitidas. O levantamento das informações permitiu constatar a emissão de 21.552 Guias de trânsito para todas as finalidades e um total de 418.757 de bovídeos movimentados. Na zona 2 (calha do Rio Amazonas), apresentou o maior fluxo de bovídeos no Estado, apesar de possuir a segunda maior concentração de animais por região (12.526 - 64,53% guias emitidas e 281.766 – 67,29% bovídeos movimentados), com destaque ao município de Parintins, cujo índices das finalidades engorda e abate foram os mais expressivos (50.930 – 18,08% bovídeos e 1.947 – 15,54% guias emitidas). Nesta região, a atividade pecuária é realizada em dois sistemas geográficos distintos, onde há o deslocamento sazonal dos animais em função do ciclo das águas. A zona 1 (Sul do Amazonas), detém a maior concentração de bovídeos no estado, entretanto, obteve um total de 6.534 - 33,66% de GTA emitidas e 131.431 - 31,39% de rebanho movimentado, com destaque para o município de Boca do Acre (2.241 – 34,30% guias emitidas para 58.343 – 44,39% bovídeos) para as finalidades engorda seguida de abate. No que tange aos valores reduzidos na zona 3 (Calha do Solimões), compreendeu em 350 - 1,80% guias emitidas e 5.560 - 1,33% bovídeos transitados, justificado pela baixa concentração de animais na região. Na zona 4 (Alto Rio Negro), não houve registro de guias emitidas (0 – 0,0%), considerando a geografia rica em barreiras naturais de florestas com baixos índices de explorações pecuárias. Este estudo é imprescindível para o Serviço Veterinário Oficial, no diagnóstico e rastreabilidade dos rebanhos bovídeos com detecção dos fluxos mais intensos de movimentação. As peculiaridades da região amazônica exigem estratégia no planejamento das ações de intensificação de vigilâncias e fiscalizações, para um preventivo e eficaz controle à dinâmica da vulnerabilidade de veiculação e introdução de enfermidades.

PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE BOVINOS VIVOS DE SANTA CATARINA: SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL, FORTALE-CIDOS PELA ATUAÇÃO DA AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO FEDERAL. ANDRADE, B.M.G. MESSERSCHMIDT, *H. R.; KROETZ, J. Superintendencia Federal de Agricultura em Santa Catarina/ Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Ani-mal, Rua João Grumiché, n°177, CEP 88102-600, São José, SC, Brasil. E-mail: [email protected] export of Santa Catarina live bovine animals: animal health and well-being, strengthened by the federal audit and supervision.

A primeira exportação de bovinos vivos de Santa Catarina com destino à Turquia, movimentou vários setores do agronegócio catarinense, contando com a participação fundamental dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários da Saúde Animal, em conjunto com o Serviço de Vigilância Agropecuária do Porto de Imbituba e o Serviço Veterinário Estadual. O Estado possui Estabelecimento de Pré Embarque – EPE 001/SC, em Imbituba, distante 10km do Porto. As reuniões entre serviço veterinário oficial e a empresa interessada, reforçaram os critérios contidos na Instrução Normativa nº 13, de 30 de março de 2010 e o cumprimento dos requisitos sanitários firmados entre Brasil e Turquia. O serviço veterinário oficial expressou preocupação constante com o Bem-estar dos bovinos a serem exportados. Antes da chegada dos animais no EPE, foram realizadas inspeções no local a fim de verificar a potabilidade da água, a presença de sombrites, a infraestrutura, itens importantes voltados ao bem-estar animal. Os animais foram sendo aclimatados com o confinamento e a ração, de modo a não sofrerem estresse durante o percurso da viagem. Em todas as etapas do descarregamento dos animais, período da quarentena, até a finalização do Embarque, os Auditores Fiscais Federais Agropecuários estiveram presentes de modo a orientar, acompanhar e fiscalizar os trabalhos realizados pelos funcionários da empresa exportadora. Pelo protocolo sanitário firmado entre Brasil e Turquia, somente embarcam animais que cumpram os requisitos: identificação individual; quarentenas em propriedades controladas; tratamentos contra endo e ectoparasitas, leptospirose; vacinação contra IBR; sorologia negativa para algumas doenças. Ao todo foram realizados em torno de 20.000 exames. Cerca de 290 toneladas de feno e 127 toneladas de ração, embarcaram antes dos terneiros para permitir a alimentação durante os 25 dias de viagem até a Turquia. Para o embarque foi montada uma estrutura projetada para permitir o aparte de animais que nos momentos prévios ao embarque apresentassem condições desfavoráveis para a viagem (p.ex. traumatismo, apatia). Durante o embarque de 3568 animais, apenas um não foi embarcado em função de lesão mecânica no membro dianteiro esquerdo. O procedimento de embarque dos animais foi realizado em 42 horas consecutivas. Ao término do embarque e da conferência documental, foram emitidos 12 Certificados Zoossanitários Internacionais (modelo CE.TR.BO.EG.AGO.15) em função dos diferentes importadores.

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AVALIAÇÃO DO TRÂNSITO ANIMAL NO MUNICÍPIO DE HUMAITÁ, AMAZONAS, APÓS O INÍCIO DA COBRANÇA DA GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL – GTA. 1KRZYZANIAK, A.C.; *2 LANER, D. Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF, Avenida Transamazônica, 1890, São Pedro, CEP 69.800-000, Humaitá, AM, Brasil. E-mail: [email protected]. 1,2 Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas – ADAF Humaitá/AM, 2 Universidade Brasil, Descalvado/SP. Valuation of animal transit in the municipality of Humaitá, Amazonas, after the initiation of the charge of the animal transit guide – GTA.

Humaitá, município localizado na região sul do estado, possui um rebanho de 21.186 bovinos, criados em regiões de terras firmes ou em áreas de difícil acesso como várzeas altas, distribuídos em 207 propriedades ativas, conforme dados da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas – ADAF. Predominam as pequenas e médias propriedades rurais onde o tipo de exploração pecuária é o sistema de cria, com venda de bezerros na desmama, o que indica um lucro rápido para o criador. Para a comercialização dos bovinos entre propriedades, é obrigatória a emissão da GTA em atendimento a Lei Estadual 2.923/2004, regulamentada em 2005, seguindo também à Instrução Normativa (IN) nº44/2007, Instrução Normativa nº 06/2004 revogada pela IN nº 19/2016, garantindo assim o controle sanitário contra a febre aftosa e brucelose dos animais em trânsito e entre propriedades. O trânsito de animais para qualquer finalidade, e por qualquer meio de transporte sem a GTA é irregular, sendo o transportador e/ou proprietário multados pela ADAF, podendo ainda ocorrer o sacrifício sanitário dos animais. A ADAF iniciou a cobrança da GTA e outras taxas em 1º de julho de 2016, através da Portaria ADAF nº 105/2016, visando o fortalecimento estrutural e melhoria no atendimento. Para a emissão da GTA deve-se recolher a taxa de indenização sanitária por animal ou lote destes, além da opção de contribuir em favor do fundo de defesa agropecuária do estado do Amazonas - FUNDEPEC por animal ou lote transportado, junto ao pagamento da GTA, garantindo a segurança econômica dos produtores em casos de sacrifícios ou abate de animais para fins sanitários, em decorrência de doenças pré definidas aprovadas por um conselho deliberativo formado pelo FUNDEPEC/AM. Após anos de isenção de taxas, avaliou-se a emissão da GTA para trânsito animal realizado nos doze meses anteriores e posteriores à aplicação da cobrança, para determinar se houve resistência dos criadores quanto à cobrança. Nos meses anteriores 851 GTA foram emitidas e 18 multas aplicadas devido à ausência da mesma, nos meses posteriores 760 GTA emitidas e 24 multas aplicadas. Houve diferença de 11% a menos na emissão de GTA entre os dois períodos. Nas duas comparações os grandes produtores (acima de 65 bovinos) que mais concentraram a emissão do documento zoossanitário. Nota-se uma pequena queda na emissão de GTA provocado pelo trânsito irregular de animais, pela negligência dos criadores e/ou transportadores e desvio de rotas de fiscalização, assim, faz-se necessário aumentar as atividades de educação sanitária com o público alvo, aumentar a fiscalização volante e periódica nos pontos que apresentam maiores índices de trânsito animal para garantir o maior controle dos animais e propriedades, e consequentemente contribuindo para a segurança sanitária do rebanho estadual e nacional.

NOTIFICAÇÕES ATENDIDAS PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL REGISTRADAS NO SISTEMA CONTINENTAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (SIVCONT) NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017 EM SANTA CATARINA. MEDITSCH, R. G. M.; VELOSO, F.P.; TAVARES, S.G.; OLMOS, A.R.; FERREIRA, F.C.; PEREIRA T.C.*; SOUZA, V. A.*. Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC, Rod. Admar Gonzaga, 1588, Itacorubi, CEP 88034-001, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: [email protected]. Notifications assisted by the oficial veterinary service and registered in the Epidemiological Information and Surveillance System (SIVCONT) in the first semester of 2017 in Santa Catarina.

O SivCont - Sistema Continental de Vigilância do Centro Panamericano de Febre Aftosa/OPAS/OMS foi criado para dar transparência da vigilância sindrômica, no qual são registradas as notificações atendidas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) de suspeitas de síndromes nervosas (NE), vesiculares (VE), hemorrágicas dos suínos (HE) e respiratória e nervosa das aves (RNA), doenças de notificação obrigatória, objeto de vigilância do SVO. A análise sistemática destes dados subsidia a gestão dos programas sanitários em Santa Catarina, por meio da avaliação permanente dos dados gerados nas Unidades Veterinárias Locais. No presente trabalho, são apresentadas informações referentes ao primeiro semestre de 2017, contemplando as seguintes variáveis: ocorrência e distribuição das notificações por síndrome; suspeitas de casos prováveis e resultados; tempo decorrido entre a notificação e o atendimento pelo SVO e, origem das notificações. Foram registrados 469 atendimentos neste período, dos quais 426 (90,8%) foram referentes à síndrome RNA, 21(4,48%) à síndrome HE, 13 (2,77%) à síndrome NE e 9 (1, 92%) à síndrome VE. A maioria das notificações de RNA, HE e VE concentra-se na Região Oeste, onde localiza-se o polo da produção pecuária no Estado, da suinocultura e a avicultura. O volume observado para a síndrome RNA pode ser atribuído ao modelo de vigilância para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, que estabelece um ponto de corte no índice de mortalidade da granja como referência para deflagrar as notificações. Do total de atendimentos, foram constatadas 13 (2,77%) suspeitas de casos prováveis de doenças-alvo, com colheita de amostras para envio laboratorial, sendo 9 (69,23%) em NE, 3 (23,08%) em RNA e 1 (7,69%) em VE. Os resultados das colheitas realizadas foram todos negativos para as doenças-alvo inseridas nas síndromes RNA, VE e HE. Os resultados das colheitas para NE resultaram em quatro casos positivos para raiva. Uma amostra apresentou-se imprópria para análise e quatro estão em processamento. Das 469 notificações, 94,7% foram atendidas em até 24 horas, o que pode ser considerado satisfatório para o indicador “tempo de reação”. Quanto à origem, 86% dos atendimentos foram provenientes da categoria “propriedade”, 4% da categoria “vigilância pelo SVO” e 10% da categoria “terceiros”. Estes resultados demonstram a relevância que os produtores, tratadores, responsáveis técnicos e profissionais vinculados às propriedades rurais representam, devendo estar permanentemente sensibilizados e comprometidos com o sistema de vigilância. Na avaliação global dos dados, contudo, fica patente o elevado grau de notificações oriundas de uma cadeia produtiva que dispõe de alta assistência técnica, como é o caso da avicultura industrial. Em contrapartida, revela-se a necessidade de incrementar o volume de notificações associadas às demais síndromes, para que possam cumprir seu propósito de permitir uma “reação” precoce frente à suspeita de doenças-alvo.

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ANÁLISE DE REDE E TEORIA DOS GRAFOS COM ÊNFASE AO FLUXO DE BOVÍDEOS DISTRIBUIDOS EM COMUNIDADES PECUÁRIAS EM BELÉM DO PARÁ, BRASIL EM 2014 A 2015. CORÔA, R.S.B.; OLIVEIRA, J.P. Agência de Defesa Agropecuária do Pará-ADEPARA. Av. Pedro Miranda, n°1666, CEP:66085-023, Fone: (91) 32101100, Belém do Pará, PA, Brasil. E-mail:[email protected]. RAIA, V. A.; SARAIVA, E. A.; XAVIER, D.A; AZEVEDO, C. F.; NASCIMENTO, K. K. G.; ABEL, I. Laboratório de Epidemiologia e Geoprocessamento-EPIGEO/UFPA/Castanhal. Av. dos Universitários, s/n°- Jaderlandia, Castanhal–PA, CEP:68746-630, F:(91)33114608. Network Analysis And Graph Theory With Enfase To The Flow Of Bovine Distributed In Livestock Communities In Belém Do Pará, Brazil In 2014 To 2015.

O referido estudo identificou a movimentação de bovídeos por meio da análise do fluxo de rede e da teoria dos grafos. Para isso, um estudo retrospectivo foi desenvolvido, no qual foram consideradas 452.142 Guias de Trânsito Animal, em 144 municípios, emitidas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, nos anos de 2014 e 2015. Para tanto realizamos análise de fluxo de redes considerando informações disponibilizadas em banco de dados com informações oriundas de Guias de trânsito Animal. Enquanto que a teoria dos grafos permitiu analisar a circulação de bovídeos demonstrando que municípios de destinos e origens foram representados por nós, tal como o caminho percorrido por bovídeos entre os mesmos, descritos como arestas que ligam os nós imensamente conectados em rede. De modo que foi identificado 100.653 nós, e 388.988 arestas na movimentação de 11.221.847 bovídeos em cinco comunidades pecuárias, de acordo com as características geográficas e comerciais da região. Estando inseridos no Estado 108.746 propriedades pecuárias, um quantitativo de rebanho bovino equivalente a 19.165.028, liderados por município de São Félix do Xingu, enquanto que o rebanho bubalino contabilizou 507.882 e com maior número de animais representado por município de Chaves, situado na Ilha do Marajó. Dessa forma, concluímos que a análise de rede no transito de bovídeo no Estado do Pará permitiu a identificação de cinco comunidades pecuárias.

ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS SANITÁRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO LANÇADAS NO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CONTINENTAL EM 2016. SCHIAVO, P.1; COSTA, R. F.R.2; MILHOMENS, C.A.S.2; VIDAL, L.S.O.2; 1- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro. Avenida Rodrigues Alves, 129, CEP 20081-250 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected] 2- Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro. Niterói, RJ, Brasil. Analysis of Sanitary Occurrences in Rio De Janeiro State inserted into the Continental Surveillance System in 2016.

O Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SivCont) é uma aplicação em plataforma WEB do Sistema Continental de Informação e Vigilância Epidemiológica do PANAFTOSA que permite aos países comunicação e acesso em tempo real às informações relacionadas à ocorrência de eventos sanitários animais para as síndromes vesicular, nervosa, respiratória ou nervosa em aves, hemorrágica em suínos e patologias granulomatosas internas. Com o objetivo de elencar fatores que influem nas ocorrências e apontar intervenções que contribuiriam para melhoria da qualidade da atenção veterinária, foram analisadas as ocorrências inseridas no SivCont durante o ano de 2016, referentes ao Estado do Rio de Janeiro. Em 2016 foram informadas 41 ocorrências no Estado do Rio de Janeiro, sendo 42,5% delas na mesorregião do Médio Paraíba; 20,0% no Noroeste Fluminense; 17,5% na mesorregião Serrana; 12,5% no Centro-Sul fluminense; 5,0% no Norte fluminense; 2,5% na mesorregião Metropolitana e nenhuma ocorrência na região da Costa Verde e Baixadas Litorâneas. As ocorrências mais frequentes (87,5% dos casos informados) são as síndromes nervosas, com diagnóstico positivo para raiva em 51,43% destes casos e diagnóstico positivo para Scrapie em 1 (0,025%) caso. Durante este período, como em anos anteriores, não houve registro de suspeita de síndrome vesicular, embora seja evidente a disposição para a notificação de doenças em bovinos, espécie relacionada a 70% das ocorrências. Em somente um dos casos não houve remessa de material, mesmo havendo lapsos entre a ocorrência e a notificação e/ou atendimento, e, ainda assim, 55% dos casos permanecem sem diagnóstico conclusivo após a exclusão das doenças-alvo, considerando, também, as limitações do sistema, que lista poucos diagnósticos diferenciais, algumas vezes limitando a classificação da ocorrência para negativa à doença alvo e seu principal diagnóstico diferencial. A frequência das ocorrências parece estar mais relacionada à sensibilidade da população e das unidades de atenção veterinária que à incidência dos eventos sanitários per se, embora relação com características das regiões seja notada. Limitações da aplicação por vezes impossibilitam a inserção/extração de informações completas sobre a ocorrência. Analisando todos os relatórios em conjunto é possível concluir que 1) a raiva em herbívoros é a ocorrência sanitária mais importante e frequente no Estado do Rio de Janeiro; 2) ações de educação sanitária e treinamentos das equipes de atenção devem ser priorizados pelos serviços de Defesa Animal e não devem sofrer interrupção, sob pena de intervir tardia e inefetivamente na recrudescência de doenças já controladas; 3) ampliação da capacidade laboratorial, tanto para processamento quanto para desenvolvimento de novos diagnósticos permitiriam esclarecer e desenvolver as investigações, merecendo atenção e planejamento, dado o investimento e tempo requerido para a implantação; 4) apesar das limitações, a ferramenta ainda é pouco explorada em todas as suas potencialidades.

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AVALIAÇÃO DO TEMPO DE ATENDIMENTO A SUSPEITA DE DOENÇAS VESICULARES PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DO ACRE SÉRIE HISTÓRICA 2005-2017. SILVA, J.C.T.; LEITE NETO, L. Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre, Rodovia AC 40, 1054, Loteamento Santa Helena, CEP: 69908-640. Rio Branco, AC, Brasil. E-mail:[email protected]. Time’s evaluation of attendance to vesicular syndrome by the official veterinary surveillance acre’s state historical series 2005-2017.

Os protocolos de atendimento a suspeita de doença vesicular regulamentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) por meio da Instrução Normativa nº 44, de 2 de outubro de 2017 e do Plano de ação para Febre Aftosa volume I de 2009, determinam que o serviço veterinário oficial (SVO) deverá atender as suspeitas de doença vesicular no prazo de até 12 horas, resultando na confirmação ou, no descarte de caso de febre aftosa. Os casos prováveis exigem investigações complementares, incluindo diagnóstico laboratorial. Um dos indicadores de eficiência do sistema de vigilância veterinária é o número de notificações atendidas. A vigilância será passiva quando demandada pelo proprietário ou terceiros e ativa quando detectado pelo SVO. Um dos indicadores da sensibilidade do SVO pode ser mensurado pelo número de notificação, preferencialmente feito pelo proprietário, que indica boa interação do SVO com a comunidade local. O presente trabalho propõe avaliar os atendimentos de doença vesicular realizados pelo serviço veterinário oficial do Estado do Acre no período de 2005 – 2017, tendo como variáveis o tempo de atendimento e o tempo de notificação da vigilância passiva. Os dados foram obtidos do Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica (SIVCONT) do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA). Foram atendidas 34 notificações distribuídas em 11 dos 22 municípios, das 34 notificações, 11(29,4%) foram qualificadas como caso provável de doença vesicular com diagnóstico laboratorial negativos para febre aftosa e estomatite vesicular, o restante estava associado a lesão traumática por corpo estranho ou pododermatite ocorrida no período chuvoso. Quanto ao tempo de atendimento 31(91,18%) foram atendidas em até 12 horas e 3(8,82%) no prazo máximo de 24 horas. Avaliando a vigilância passiva, das 24 notificações, 20(83,33%) foram feitas por proprietários e 4(16,67%) por terceiros, o menor tempo de notificação registrado foi de 1 dia e o maior de 61 dias, com média de 19 dias, entre o aparecimento do primeiro animal doente e a notificação. O resultado do desempenho do SVO quanto ao tempo de atendimento atendeu ao protocolo do MAPA em 91,18% do número de notificações, registrando apenas 8,82% de atendimentos no prazo de 24 horas. Quanto ao desempenho da vigilância passiva, o tempo de notificação variou de 1 a 61 dias, com média de 19 dias, demonstrando a necessidade de incremento no Programa de Educação e Saúde, principalmente nos municípios que apresentaram maior tempo de notificação, bem como nos municípios onde não houveram registros de suspeitas de doenças vesiculares, dando uma maior atenção aos veículos de divulgação em massa, como televisão, rádio e internet.

TRANSIÇÃO PARA ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO: ADEQUAÇÃO DO PNEFA PARA O RIO GRANDE DO SUL. RIGON, G.M., GROFF, F.H.S., DOS SANTOS, L.C., GOCKS, M. Divisão de Defesa Sanitária Animal, Departamento de Defesa Agropecuária, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul, Avenida Getúlio Vargas, 1384, salas 10 a 15, CEP 90150-004, Bairro Menino Deus, Porto Alegre, RS, Brasil. [email protected]. Transition to free zone of foot-and-mouth disease where vaccination is not practised: adequacy of pe pnefa to Rio Grande do Sul.

Visando o avanço da condição sanitária em febre aftosa no Brasil, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) apresentou o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) 2017-2026 (PE PNEFA 2017-2026), para transição do reconhecimento de áreas livres de febre aftosa para “zona em que não se aplica a vacinação”. O Rio Grande do Sul, reconhecido como área livre “com vacinação” desde novembro de 2002, foi inserido no bloco “V” do calendário de evolução. Como decisão estratégica, foi definido pelo SVO/RS da necessidade de executar as operações do PE PNEFA, criando condições adequadas para a transição no momento em que os envolvidos – cadeias produtivas e Serviço Veterinário – decidam encaminhar o projeto. Foi aplicada uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) para direcionar o trabalho, mapeando as condições internas e externas ao SVO/RS. Após, levantados os aspectos inerentes ao Estado constantes nas operações descritas no PE PNEFA. O resultado dessa análise é o Plano de Ação para o biênio 2017-2018, envolvendo setor público e privado, no contexto de compartilhamento de ações, visando resolver pendências e pontos críticos a uma possível evolução da condição sanitária em relação à febre aftosa. As medidas previstas no projeto abrangem vários aspectos estruturais em Saúde Animal, refletindo sobre outros programas sanitários em execução. Estão estabelecidos 39 projetos, divididos em nove operações. A execução iniciou-se em junho/2017, com conclusão prevista para dezembro/2018. Como resultado preliminar, em outubro/2017 estão concluídos (inseridos na rotina ou finalizados) 09 projetos (23%), em andamento 11 projetos (28%) e em processo inicial ou planejamento 19 (49%).

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ANÁLISE DO PARÂMETRO “CONTABILIZAÇÃO DE REBANHO EM AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO” COMO INDICADOR DE TRÂNSITO IRREGULAR DE BOVÍDEOS. CESAR, M.F.G.; LICURGO, J.B.; OLIVEIRA, A.C.; MARSIAJ, P.A.P.; TEIXEIRA, A.B.E.* Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Subsecretaria de Defesa Agropecuária, Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP: 70770-914, Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]. Analysis of the parameter “herd inspection in official supervisory actions” as an indicator of irregular bovine movement.

O rebanho bovídeo no DF está estimado em aproximadamente 93.100 cabeças distribuídas em 2.863 propriedades. No período de Janeiro a Julho de 2017 foram emitidos pelo SVO/DF 2.152 termos de fiscalização. Destes, 60,7% referem-se às atividades de fiscalização em propriedades rurais. Dentre as atividades de fiscalização destacam-se as realizadas para contabilização do rebanho, utilizada como indicador de trânsito irregular, pois se considera a diferença existente entre o número de animais constantes no cadastro do SVO/DF e contabilizados no momento da fiscalização. Quando a diferença não é justificada, caracteriza-se a ocorrência de trânsito irregular na propriedade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados das atividades de fiscalização que contabilizam rebanhos bovídeos em propriedades rurais do DF para a indicação de regiões com maior concentração de propriedades com divergência entre o rebanho declarado e fiscalizado. As divergências observadas são relatadas nos termos de fiscalização, sendo aplicadas as sanções administrativas cabíveis aos produtores. No período considerado, o SVO da SEAGRI/DF realizou 707 visitas a propriedades rurais tendo como finalidade a contabilização de rebanhos por meio das atividades de fiscalização in loco, que incluem as fiscalizações para conferência de Guia de Trânsito Animal (GTA), conferência de rebanho declarado zerado, vigilâncias ativas, além das atividades de vacinação assistida/fiscalizada. Nas visitas realizadas com estas finalidades, em 547 propriedades foram contabilizados rebanhos bovinos. Verificou-se a conformidade entre o número de bovinos declarados e vistoriados em 68,2% propriedades fiscalizadas. Em 31,8% das propriedades foi constatada diferença entre o número de bovinos cadastrados e existentes no momento da fiscalização. Após confecção e análise do mapa de calor das propriedades com divergência no rebanho, observou-se que as regiões de Sobradinho, Sobradinho II, Recanto das Emas e São Sebastião apresentaram maiores concentrações de propriedades com diferença no número de bovinos. Considerando que aproximadamente 30% das propriedades fiscalizadas no período apresentaram diferença entre animais cadastrados e existentes, este levantamento sugere ao SVO a necessidade de intensificação da fiscalização de trânsito de animais nas regiões com maior densidade de propriedades com rebanhos divergentes, além do incremento das atividades de educação sanitária referentes à conscientização do produtor sobre a obrigatoriedade da emissão de Guia de Trânsito Animal para qualquer tipo de movimentação animal e manutenção do seu cadastro atualizado junto aos órgãos de Defesa Agropecuária.

*Estagiária do MAPA – Bolsista do CIEE

INOVAÇÃO TECNOLOGICA NO SISTEMA DE EMISSÃO DE COMPROVANTE DE VACINAÇÃO CONTRA A BRUCELOSE, RELATÓRIOS SANITÁRIOS E EXAMES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE DA AGENCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ. CASTRO, J.H.T.1; KOLODA, M.1; AMORIM, E. A.1; RODRIGUES, D.L.2; RICCIARDI, M.F.1; RICCIARDI, M.F.

1; MENDES, E.L.G.1. KAHLOW, C.1; DIAS, R.G.1; MARÇAL, W.S.3; SOUZA, P.S.1; PEREIRA, P.F.V.3 1ADAPAR, Rua dos Funcionários, 1559. CEP 80085-050, Curitiba, PR. E-mail:[email protected]. 2MAPA – SFA/PR. 3UEL – Londrina, PR. Technological Innovation in the Brucellosis’s Vaccination, Health Reports and Brucellosis and Tuberculosis’ Exams System of the Animal and Plant Health Inspection Agency of Paraná.

A bovinocultura de corte e de leite para o Estado do Paraná, constituído de aproximadamente 9.414.000 cabeças de bovinos e bubalinos, tem grande relevância no agronegócio do estado, uma vez que são estimados 1.782.000 animais ordenhados com produção de mais de 4,5 bilhões de litros de leite/ano. Segundo a legislação em vigor no Estado, para o fornecimento de leite in natura aos estabelecimentos leiteiros localizados no Paraná, são exigidos exames de brucelose e tuberculose em todo o rebanho leiteiro. Para modernizar e agilizar o sistema de informação e auditagem documental e aumentar a confiabilidade dos dados apresentados pelos Médicos Veterinários Cadastrados para efetuar a vacinação contra a brucelose e habilitado para fazer os exames de brucelose e tuberculose, o Estado disponibilizou em 2015, em seu sistema informatizado denominado Sistema de Defesa Sanitária Animal - SDSA, dois módulos on-line de informação de dados. O primeiro módulo possibilita o lançamento on-line das vacinações e exames executados pelos profissionais, diretamente no cadastro do produtor. O segundo módulo faz a emissão on-line de laudos de exames de brucelose e tuberculose e de atestados de vacinas de brucelose. Com o lançamento das informações on-line, é possível a emissão de relatórios de atividades dos profissionais cadastrados e habilitados, que pode então ser entregue nas Unidades Locais de Sanidade |Agropecuária da ADAPAR mensalmente, diretamente no respectivo sistema. O SDSA foi desenvolvido em tecnologia ASP, com banco de dados MS-SqlServer 2008. As supracitadas inovações agilizaram a comprovação dos serviços e a inclusão de dados no cadastro da propriedade, além de conferir maior praticidade e confiabilidade por meio dos filtros que auxiliam o profissional na utilização do sistema, reduzindo a ocorrência de erros e fraudes nos atestados e laudos emitidos.

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USO DA CAPTURA DE MORCEGOS COMO FERRAMENTA NA CLASSIFICAÇÃO DE ESPÉCIE E INVESTIGAÇÃO DE Bartonella spp. 1* MESQUITA, E.T.K de C.; PEDROSA, K.Y.F.; BEZERRA, N.P.C.; DIAS FILHO, A.F.; ARRUDA, R.C.N. de; SANTOS, H.P.S.; BRAGA, M. do S. C.O. Universidade Estadual do Maranhão, Avenida Lourenço Vieira da Silva, s/n, Cidade Universitária Paulo VI – Tirirical, CEP 65055- 70, São Luís Maranhão, Brasil e Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão/AGED-MA, Edifício Jorge Nicolau, Av. Castelo Branco, 13, São Francisco, CEP 65076-090, São Luís Maranhão, Brasil. E-mail: [email protected]. Use of bats capture as a tool in the classification of species and research of Bartonella spp.

Os morcegos são transmissores de várias enfermidades, como a paramyxomatose, raiva e ultimamente têm sido evidenciados como reservatórios da Bartonella spp., seja manutenção ou transmissão a outros mamíferos, assim como, são objetos de estudos seus ectoparasitas, espoliações, saliva, fezes, entre outros mecanismos. A formação de colônias, longevidade, diversidade, hábitos alimentares e dispersão, favorecem a dissipação das bactérias no meio rural ou urbano, evidenciando o bom potencial zoonótico, e ainda há a possibilidade de causar em humanos febre, coceiras, endocardites e menigoencefalites. Nesse contexto, o objetivo deste artigo foi demonstrar que durante o trabalho de capturas de morcegos hematófagos e não hematófagos, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) pode ser uma ferramenta de auxílio na investigação e monitoramento de zoonoses. Para isso, foram utilizados nas capturas dos morcegos, 2 redes de neblinas de 12 m de comprimento, espalhadas na lateral em um curral, onde haviam um bovino e um asinino agredidos, respectivamentes atacados na cauda e no pescoço, como também, armou-se outra rede de 9 m próximo a um puleiro de galinhas, onde aves estavam sendo agredidas nos pés, outra rede de 7 m foi colocada próxima a uma mangueira (Mangifera indica). Durante a captura dos morcegos, procedeu-se a mensuração no antebraço direito, avaliação de peso e anilhamento, bem como utilizou-se de chaves de identificação de quirópteros, para classificar as espécies. Foram capturados 6 (seis) Artibeus planirostri, 2 (dois) Diaemus youngi, 2 (dois) Carollia perspicillata, 1 (um) Sturnira tildae, e 1 (um) Chiroderma trinitatum, assim, 10 espécimes foram encaminhados a UEMA para análise da raiva e foram retirados fragmentos de fígado, coração e baço, para encaminhamento à UNESP Jaboticabal, visando a detecção de material genético por PCR e identificação de Bartonella spp. Foram libertados para futuros monitoramentos 1 (um) Artibeus planirostri e 1 (um) Diaemus youngi. Conclui-se que o trabalho de capturas, deve ser uma ferramenta na investigação e monitoramento de zoonoses, que poderiam baixar custos com parcerias, técnica e científicas com as universidades, agências de defesa animal, ministérios da saúde e da agricultura.

* Mestre e Fiscal Estadual Agropecuário da AGED/MA, Doutora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e, Mestre e Auditor Fiscal Federal Agropecuário do MAPA (SFA/MA).

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS DE MORMO EM SANTA CATARINA ENTRE 2015 E 2016 MACHADO, S.M.; MEDITSCH, R.G.M; SESSIN, A. P.*; CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Rodovia Admar Gonzaga-1588, Itacorubi, Florianópolis, CEP 88034-001, Santa Catarina, Brasil. E-mail: [email protected]. Historic of occurrence of glanders in Santa Catarina in 2015 and 2016.

O Mormo é uma doença infectocontagiosa provocada pela bactéria Burkholderia mallei, pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira é mais comum em asininos e muares e a forma crônica acomete mais os equinos. Trata-se, ainda, de uma importante zoonose, cuja letalidade dos casos clínicos humanos é alta. A infecção humana ocorre por contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como através de objetos contaminados. Foram analisados os informes epidemiológicos mensais, laudos recebidos e demais documentos oficiais de investigação gerados pelo Serviço Veterinário Oficial. Este trabalho se propõe a relatar um histórico dos casos de mormo ocorridos entre 2015 e 2016. Após 10 anos sem registros de focos um médico veterinário da CIDASC suspeitou por sinais clínicos cutâneos e respiratórios da doença em um equino no município de São Cristóvão do Sul, em janeiro de 2015. Após confirmado o foco em abril, a CIDASC tomou as medidas necessárias para controle e saneamento, com a intensificação das ações de vigilância. Foi realizada investigação epidemiológica e confirmados mais 8 focos em propriedades do mesmo município e um foco no município de Ponte Alta. A partir da vigilância no trânsito foi detectado mais um foco no município de Rodeio. Após investigação de vínculos de trânsito deste foco em 53 propriedades, por participação em evento irregular, foram detectados mais 6 focos ainda em 2015 nos municípios de Blumenau (2), Indaial (3) e Timbó (1). Neste mesmo ano, por vigilância de trânsito, foram detectados focos nos municípios de Tijucas, um foco e um vínculo; e um foco em Campo Erê. Durante o ano de 2016 foi detectado apenas um foco no Estado, em São José do Cerrito, decorrente de vigilância de trânsito. Em dezembro de 2016 totalizavam no Estado 21 focos com 30 animais sacrificados, todos da espécie equina, sendo 20 encerrados e apenas um ainda em regime de saneamento. Durante o período analisado enfrentou-se dificuldades relativas aos exames disponíveis para diagnóstico de mormo, que junto ao aumento da demanda de diagnóstico em todo o país e a existência de apenas um Lanagro – Laboratório Nacional Agropecuário realizando o exame complementar, estendeu-se o tempo de investigação e saneamento em até 3 meses a mais do que o realmente necessário, em muitos casos. Palavras Chave: Mormo, histórico, Santa Catarina.

*Estagiária Cidasc – Discente do curso de Zootécnia.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO MORMO NO ESTADO DE RORAIMA NO PERÍODO DE 2014 A 2016. *MAMED, A.P.C.S.; **GOMES, F.E.; *SANTANA, A.C.; ***MELO, S.A.N.; Centro de Ciências Agrárias, Campus Cauamé, BR 174, Km 12, Monte Cristo, Cep: 69300-000, Boa Vista / RR. E-mail: [email protected]. Epidemiological profile of mormo in the state of roraima in the period from 2014 to 2016

O Mormo é uma doença infecciosa produzida pelo Burkholderia mallei, é uma doença que acomete os equinos de modo geral. A forma crônica da doença é caracterizada por nódulos e ulcerações com tendência a necrosar e formar lesões de pele, nas mucosas das vias respiratórias altas e nos pulmões. O Brasil possui o maior rebanho de solípedes da América Latina e é o terceiro maior do mundo. O Estado de Roraima é situado no extremo Norte do Brasil. Hoje no estado de Roraima tem-se registrado cerca de 30.940 cabeças de equinos. É uma doença de caráter zoonótico que é de grande importância para a saúde pública. E como até hoje nenhum método de imunização é conhecido, ele vem sendo tratado com o uso de antimicrobianos. O tratamento é inapropriado em países comprometidos com a sua erradicação. Equinos importados de áreas endêmicas são submetidos ao teste de maleína, e os reativos são eliminados (Beer, Joaquim et. al. 1988). O objetivo desse trabalho é apresentar que o Estado de Roraima não obteve casos positivos de mormo, através dos dados coletados e fornecidos pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR). A coleta e exames foram realizados entre o período de 2014 a 2016 em 872 propriedades nos 15 municípios do estado, onde os procedimentos de coleta da matéria para exame foram desenvolvidos por médicos veterinários do quadro da ADERR e remetidos para o laboratório CDV/ São Luís-MA. Foram enviadas 3.834 amostras de sangue para o laboratório CDV ao longo dos três anos de pesquisa e partir dos resultados obtidos, não houve nenhum caso positivo de mormo, o que demonstra que o programa de sanidade de equídeos no Estado de Roraima está atingindo o seu objetivo. Considerando os dados fornecidos pela ADERR, o Estado de Roraima não apresentou nenhum caso de mormo nesse período o que se pode concluir que os mecanismos de controle da doença estão funcionando de modo satisfatório.

*Estudante de Medicina Veterinária, CCA/ UFRR, Boa Vista RR **Médico Veterinário e Professor do Centro de Ciências Agrárias /CCA/ UFRR, Boa Vista RR.***Medico veterinário da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima.

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA EM EQUIÍDEOS NATURALMENTE INFECTADOS POR Burkolderia mallei *SILVA, K.P.C.; NUNES, A.C.B.T.; MOTA, R.A., LAGES, S.L.S.; LIMA, L.A.R.; CASTRO, R.S.; ROCHA L.O.; JÚNIOR, L.C.S.; SILVA JÚNIOR, M.B. *Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Zona Rural de Viçosa-AL, S/N, Alagoas, CEP: 57700-970, Brasil. E-mail: [email protected]. Immunological response in equine naturally infected by burkolderia mallei.

O mormo é uma enfermidade zoonótica, contagiosa que afeta principalmente os equídeos, e tem atenção especial por parte da comunidade científica e pelas autoridades sanitárias no Brasil. A manutenção do agente nos animais, no ambiente e a característica granulomatosa de infecção torna a doença incurável. O comportamento do sistema imunológico dos animais, frente à infecção por B. mallei, ainda deixa algumas lacunas que devem ser sanadas afim de validar as técnicas de diagnóstico oficiais adotadas no Brasil. Objetivou-se avaliar a resposta imunológica em equídeos naturalmente infectados por B. mallei. Foram estudados 11 animais provenientes de uma propriedade considerada foco para mormo, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no Estado de Alagoas. Foram colhidas amostras de sangue, por venopunção da jugular, durante o período de três meses, em diferentes etapas com intervalo de sete dias entre cada colheita, no total de nove etapas. Para realização do teste, as amostras de sangue foram centrifugadas para obtenção do soro e armazenadas em alíquotas e congeladas para posterior utilização. Os animais positivos nos testes oficiais foram isolados dos demais durante todo o período experimental. Realizou-se a avaliação da curva de resposta imunológica contra a infecção por B. mallei em dois testes de ELISA indireto, com dois antígenos diferentes, sendo o antígeno 1 (A1) mais sensível, com ponto de corte de 35pp, e o antígeno 2 (A2) mais específico, com ponto de corte de 15pp. Dos 11 animais estudados, seis (54,54%) foram positivos em todas as etapas realizadas, onde no A1, a titulação variou de 42 a 99pp, e no A2, variou de 15 a 91pp. Demonstrando que em diferentes períodos de infecção, os animais apresentaram-se sempre reagentes em ambos os testes, mesmo variando de titulação, validando assim os testes de ELISAi. Já os animais negativos (45,46%) obtiveram uma variação mínima de título durante todo o período de coleta, no A1 a titulação variou de 11 a 34pp, e no A2 variou de 7 a 12pp. A avaliação dessas novas técnicas com antígenos mais purificados é importante para obter resultados fidedignos na identificação de animais em diferentes fases da infeção, uma vez que não existe atualmente nenhum tratamento eficaz para a doença.

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INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR Burkholderia mallei EM COBAIA: ESTUDO ANATOMOHISTOPATOLÓGICO, MICROBIOLÓGICO E MOLECULAR. SILVA, K.P.C.; ROCHA, L.O.; MOTA, R. A.; FALCÃO, M.V.D.; ARAÚJO, D.K.G.O.; FERREIRA, M.N.S.; OLIVEIRA, A.S.; MATOS, C.C.; SANTOS, E.M.C. Universidade Federal de Alagoas, Zona Rural de Viçosa S/N, CEP: 57700-000, Viçosa, AL, Brasil. E-mail: [email protected]. Experimental infection by Burkholderia mallei in guinea pig: anatomohistopathological, microbiological and molecular study.

O mormo é uma doença infectocontagiosa bacteriana causada por Burkholderia mallei, dentre as técnicas de diagnóstico e de pesquisa científica para a doença está a prova biológica de Strauss, baseada em infecção experimental de cobaios (Cavia porcellus). Com o objetivo de estudar os aspectos anatomohistopatológicos, microbiológicos e moleculares em cobaias, experimentalmente infectados com Burkholderia mallei, foram utilizados 10 cobaias (Cavia porcellus) machos distribuídos em dois grupos de 5 animais. Um grupo foi inoculado com amostra de B. mallei, identificada por testes fenotípicos e moleculares isolada de equídeos com mormo em foco natural da doença no estado de Alagoas. E um grupo controle foi inoculado com solução fisiológica esterilizada, ambos por via intraperitoneal. Os animais do grupo não infectado permaneceram saudáveis, sem apresentação de sinais clínicos e negativos aos exames anatomohistopatológico, microbiológico e molecular. Os animais do grupo experimental desenvolveram após quatro dias de inoculação orquite 100% (5/5), atrofia testicular 100% (5/5), edema de membros posteriores 40% (2/5), perda de peso 100% (5/5), apatia 80% (4/5), dispinéia 60% (3/5), taquicardia 100% (5/5) e secreção ocular bilateral 40% (2/5). Os achados anatomopatológicos observados foram orquite e epididimite purulenta bilateral 40% (2/5), orquite bilateral não purulenta 60% (3/5), fibrose testicular 40% (2/5), atrofia testicular 20% (1/5), epidídimo hemorrágico 40% (2/5), cordão espermático hemorrágico 20% (1/5) e esplenomegalia 60% (3/5). Na histopatologia, detectou-se lesões piogranulomatosas no testículo, baço e fígado dos animais infectados. A bactéria foi isolada do testículo, epidídimo e cordão espermático de 100% (5/5) destes e do baço de 20% (1/5). Utilizou-se para diagnóstico molecular o gene BURK fD1 (CCGAATTCGTCGACAACAGAGTTTGATCCTGGCTCAG) e BURK rD1 (CCCGGGATCCAAGCTTAAGGAGGTGATCCAGCC) tamanho do fragmento: 1500 pb, onde todos os órgãos afetados foram positivos na PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Os achados clínicos, histopatológicos, microbiológicos e moleculares são compatíveis com a infecção por B. mallei em cobaios, podendo servir como prova biológica para diagnóstico, manutenção e reativação da virulência da bactéria em laboratório, visando estudos mais aprofundados do agente que contribuam para estabelecer novas estratégias de controle e profilaxia para a doença nos animais e humanos.

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ESTUDO LONGITUDINAL DE EQUINOS COM MORMO MANTIDOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE CANANÉIA E DESEMPENHO DE TESTES SORODIAGNÓSTICO. NOGUEIRA, A.H.C.1; CHIEBAO, D.P.1; STEFANO, E.1; OKUDA, L.1; DEL FAVA, C1; NASSAR, A.F.C 1; ARAUJO, M.C.S.2.; SIMÕES, H.M.Q.2; ROSA, M.S.3; ALVIM, A. P.3; POMPEI, J3; MARQUES, G.H.F.2; PITUCO, E.M1. -1-Instituto Biológico – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP04014-900, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] 2 - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA 3-Centro Pan Americano de Febre Aftosa – OPAS/OMS Longitudinal study of horses with glanders kept at the quarantine station of cananeia and performance of serodiagnosis tests

O mormo é uma doença infectocontagiosa, de caráter agudo ou crônico, que acomete os equídeos. É causada pela bactéria Burkholderia mallei, que desencadeia formação de nódulos e úlceras principalmente no trato respiratório ou na pele dos animais. Essa enfermidade é zoonose de notificação compulsória, sem tratamento disponível e, quando detectada, é necessária a eutanásia do animal. A carência de kits validados de ELISA e western-blotting – WB e reconhecidos pela OIE para detecção de anticorpos anti-B. mallei para apoio no diagnóstico laboratorial, gera problemas na confirmação de focos da doença e na condução do programa de controle e erradicação do mormo. Com o aumento da ocorrência de casos clínicos no Brasil, houve a necessidade de se levantar dados e esclarecimentos quanto à patogenia, imunidade, diagnóstico e epidemiologia da doença. O presente estudo é desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Centro Pan Americano de Febre Aftosa Panaftosa – OPAS/OMS, e órgãos estaduais de sanidade agropecuária e tem por objetivos: desenvolver padronizar e validar métodos sorodiagnósticos e moleculares para identificação de animais infectados; avaliar a eficácia dos métodos de sorodiagnóstico na identificação de portadores crônicos; monitorar animais com infecção aguda e crônica provenientes de focos; acompanhar a dinâmica dos títulos de anticorpos em éguas prenhes soropositivas para mormo; avaliar a persistência de anticorpos colostrais em potros filhos de éguas naturalmente infectados; avaliar a transmissão via monta natural de garanhão naturalmente infectado. O critério para inclusão dos equinos no estudo foi apresentar resultados na técnica fixação de complemento - FC diferente de negativo (positivo, inconclusivo e anticomplementar). Estão sendo monitorados 33 equinos provenientes de focos dos estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, mantidos em isolamento na Estação Quarentenária do MAPA, localizada em Cananéia, SP. Amostras de sangue e secreções nasal e ocular estão sendo coletadas a cada quinze dias desde junho 2015. Neste período foram desenvolvidos e validados pelo Panaftosa em parceria com o Instituto Biológico de São Paulo dois métodos denominados ELISA BKM16 e WB: MORMO. Até agosto de 2017, sete éguas foram acasaladas com garanhão positivo para mormo e foram obtidos 5 potros. Foram realizadas 52 visitas para exame clínico detalhado e coleta de amostras, totalizando 1560 soros para detecção de anticorpos e 3120 secreções para pesquisa direta da bactéria por biologia molecular. Dados preliminares de inspeção clínica e sorodiagnóstico permitem concluir 02 grupos de equinos em fases distintas de evolução da doença: com manifestação clínica (n=04) e infecção crônica (n=10) e outro grupo controle negativo (n=19). Evidenciou-se alta concordância de resultados entre o teste ELISA e o WB. No período de estudo, um equino apresentou soroconversão identificada por ambos os métodos. Além disso, também foi possível detectar nestes testes a persistência de anticorpos colostrais em potros por até 70 dias de vida, resultados não identificados pela FC. O ELISA BKM16 é produzido com antígeno recombinante, desta forma não gera reação cruzada em consequência da maleinização, ao contrário da interferência que ocorre na FC ou com kits que utilizam antígeno bruto. O ELISA e WB apresentaram excelente desempenho, repetibilidade e reprodutibilidade, além da estabilidade no resultado em qualquer fase da gestação, enquanto que os resultados da FC apresentaram maiores variações em diferentes coletas do mesmo animal. Os resultados até o momento indicam que o kit ELISA BKM16 tem bom desempenho para confirmação de casos de mormo, tanto na fase aguda quanto crônica da doença, e é opção viável para realização de estudos de prevalência e controles das movimentações de equídeos. Considerando o grupo de equinos verdadeiramente positivos (positivo por PCR, ELISA, WB e FC), os dados obtidos abrem caminho para novas pesquisas, como avaliar a reativação da bactéria nos animais cronicamente infectados, a transmissão transplacentária, o risco de transmissão por secreções e excreção e a comparação do Kit ELISA BKM16 com outros kits do mercado. A previsão de encerramento do projeto é em 2019.

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RELAÇÃO ENTRE O QUANTITATIVO DE EXAMES DE AIE E MORMO REALIZADOS NO REBANHO EQUÍDEO DO CEARÁ E A OCORRÊNCIA DE ESPORTES EQUESTRES. CARVALHO, A.L. de¹; CARVALHO NETO, M. de²; OLIVEIRA NETO, P.C. de¹; MAGALHÃES, I.L.A.*; SARAIVA, A.A.S.* ¹Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Av. Bezerra de Menezes, 1820, CEP 60325-901, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected], ²Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Baturité, CE, Brasil. Relationship between the quantitative of AIE and Mormo exams carried out in the Ceará equine herd and the occurrence of equestrian sports,

Dentre os vários esportes equestres existentes no Brasil, a vaquejada é tida como o de maior apelo popular, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. No Estado do Ceará, nos anos de 2013 a 2016 houve, respectivamente, a realização de 249, 376, 429 e 348 esportes e exposições agropecuárias que tiveram a participação de equídeos e que foram considerados oficiais, isto é, devidamente cadastrados e fiscalizados pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI. Nesse universo, observou-se a predominância das vaquejadas, perfazendo aproximadamente 90 (noventa) por cento do total dos eventos. De acordo com a legislação estadual sanitária vigente, para o trânsito e a entrada de equídeos nos recintos dos eventos agropecuários, faz-se necessária a apresentação, dentre outros documentos zoossanitários, de exames negativos para a Anemia Infecciosa Equina – AIE e o Mormo. Com base na análise dos relatórios mensais encaminhados pela ADAGRI ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nos anos de 2013 a 2016 e no período de janeiro a setembro de 2017, foram realizados 31.904, 35.493, 33.924, 27.401 e 14.505 exames de AIE nos equídeos do Ceará, respectivamente, e 29.095, 31.895, 29.407, 23.619 e 11.588 exames de Mormo. Observa-se uma diminuição considerável de exames no ano de 2017, fato que pode ser explicado pela proibição da vaquejada no Estado, a partir de 06 de outubro de 2016, e a consequente ausência de vaquejadas oficiais. Diante do exposto, conclui-se que a realização de exames em equídeos para o diagnóstico das referidas doenças de importância sanitária é diretamente proporcional ao quantitativo de eventos equestres existentes, demonstrando assim, a relevância das ações de fiscalização agropecuária nestes certames.

* Estagiários – Alunos FAVET/UECE

PREVALÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE FOCOS E POSSÍVEIS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) NO ESTADO DE MATO GROSSO. * BARROS, M.L.; OLIVEIRA, A.C.S. de; QUIXABEIRA-SANTOS, J.C.; AGUIAR, D.M. INDEA/MT - Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Av. Arquimedes Pereira Lima - Nº 1000 - Bairro Jardim Itália – Cuiabá, MT, Brasil, CEP: 78.060- 746. E-mail: [email protected]. Prevalence, spatial distribution of focus and possible risk factor associated with equine infectious anemia (eia) in the state of Mato Grosso.

Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença infectocontagiosa crônica de etiologia viral, limitada a equídeos. O agente etiológico pertence à família Retroviridae e gênero Lentivirus. Uma vez infectado o equídeo será fonte de infecção por toda a vida e a doença não tem cura. O Vírus da Anemia Infecciosa Equina (VAIE) está frequentemente presente no sangue em quantidades significativas sendo transmitido de um equídeo infectado para um suscetível pela introdução percutânea de sangue infectado, geralmente mediado por vetores ou meios iatrogênicos. Este estudo objetiva estimar a soro prevalência da AIE por foco (propriedades com pelo menos um animal soropositivo) e de equídeos em Mato Grosso e nos diferentes ecossistemas (Amazônico, Cerrado e Pantanal), buscando informações epidemiológicas, fatores de risco, distribuição de focos e análise e espacial. Para cálculo de amostragem utilizou-se como parâmetros, prevalência de propriedade de 50%, erro absoluto de 6% e intervalo de confiança (IC) de 95%. Considerou-se como unidade primária e secundária as propriedades e equídeos, respectivamente. Analisou-se 3.858 amostras de soro sanguíneo de equídeos (N= 306.931) de 1067 rebanhos (N= 53.710), coletadas entre setembro e dezembro de 2014, nos 141 municípios do Estado. Utilizou-se o teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) para determinar a presença de anticorpos contra a proteína p26 do capsídeo do VAIE nos animais amostrados. As prevalências estimadas para o Estado foram 17,2% [IC95%; 14,9-19,8%] para rebanhos e de 6,6% [IC95%; 5,8-7,5%] para equídeos. As maiores prevalências estão no bioma Pantanal com 36,1% [IC95%; 30,8-41,7%] para propriedades e 17,0% [IC95%; 14,7-19,6%] para equídeos. A medida de distribuição espacial do risco relativo foi calculada conforme a densidade de Kernel onde verifica-se 3 clusters com os maiores valores de prevalência nas regiões noroeste (bioma Amazônico), Nordeste (Cerrado) e sul (Pantanal). Foi encontrado alto índice de relação espacial entre rebanhos com elevada prevalência intrarebanho localizados nos biomas Amazônia e Cerrado, enquanto a maior relação espacial de foco foi observada no Pantanal. Variáveis com efeito significativo, associados com a infecção pelo VAIE, foram relacionadas com características ambientais, mas com maior vigor nas variáveis que indicam a interferência humana. Com base nos resultados, pode-se concluir que a AIE está presente em todos os biomas avaliados do estado e a interferência humana foi associada com maior força ao processo de transmissão. O serviço de defesa agropecuária oficial de Mato Grosso, juntamente com a classe produtora, deverá definir estratégias mais adequadas ao seu cenário. Ressalta-se necessidade de se conhecer os aspectos epidemiológicos particulares da doença nos outros estados brasileiros e, em subpopulações de equídeos, visando controle e possível erradicação da doença. Estudos de prevalência mais abrangentes em outras regiões do Brasil devem ser desenvolvidos, com adoção de políticas sanitárias adequadas às situações epidemiológicas do país.

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NOTIFICAÇÕES RELACIONADAS AO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE EQUÍDEA NO DISTRITO FEDERAL NO PERÍODO DE 2010 A 2017. MORAES, D.D.A.; FONSECA, E.F; MELLO, N.V.B.O. SEAGRI/DF, Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP 70770-914, Brasília, DF, Brasil. Email: [email protected]. Notifications related to National Equidae Health Program in Federal District from 2010 to 2017.

Realizou-se levantamento dos atendimentos às notificações das doenças de equídeos entre 2010 e 2017. Em relação à anemia infecciosa equina (AIE) reagiram positivo ao teste 25 equinos, 05 muares e 03 asininos totalizando 33 animais em 2010; 26 equinos, 10 muares e 01 asinino, totalizando 37 animais em 2011; 26 equinos e 15 muares, totalizando 41 animais em 2012; 32 equinos e 07 muares, totalizando 39 animais em 2013; 33 equinos e 14 muares, totalizando 47 animais em 2014; 24 equinos e 08 muares, totalizando 32 animais em 2015; 19 equinos e 04 muares, totalizando 23 animais em 2016; 04 equinos e 02 muares, totalizando 06 animais até setembro de 2017. Em relação ao diagnóstico de mormo, em 2010 três equinos reagiram positivos no teste da maleína e até junho de 2017 não houve outros animais positivos no teste confirmatório. Entretanto, houve resultados diferentes de negativo no teste de fixação de complemento. Em 2010, 45 equídeos reagiram positivo, 08 anticomplementares, 22 inconclusivos; em 2011, 01 positivo, 05 anticomplementares e 03 inconclusivos; em 2012, 05 anticomplementares e 02 inconclusivos; em 2013, 01 positivo e 05 anticomplementares; em 2014, 01 anticomplementar; em 2015, 01 positivo e 02 anticomplementares; em 2016, 08 anticomplementares e 01 inconclusivo; em 2017, 03 positivos, 21 anticomplementares e 01 inconclusivo. Em relação a notificações das doenças neurológicas e resultados positivos para raiva foram diagnosticados apenas 03 equinos positivos, um em 2012 e dois em 2015. Em 2010 foram 04 atendimentos à notificações; em 2011, 09; em 2012, 12; em 2013, 08; em 2014, 09; em 2015, 30; em 2016, 8; e até agosto de 2017, 11 atendimentos. Em 2015 houve suspeita de durina no teste de fixação de complemento, porém o caso foi encerrado com resultado negativo nos testes confirmatórios. A análise dos dados permite observar um decréscimo nos casos de AIE, podendo ser atribuído à agilidade no controle dos focos e saneamentos realizados pelo SVO/DF. Em relação ao diagnóstico do mormo observa-se aumento dos resultados diferentes de negativo no teste de triagem, podendo ser atribuído à exigência de exames para trânsito interno após os dois resultados positivos nessa UF. Em relação a raiva, observa-se baixa incidência da doença devido à vacinação anual do rebanho equino e bovino. Nesse contexto, ratifica-se a necessidade de manter o serviço de vigilância atuante a fim de controlar os focos com eficiência e reduzir a prevalência de doenças endêmicas na região.

ASPECTOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE EM EQUÍDEOS DE TRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. MELLO, N.V.B.O.; SANTOS, H.A.; SANTOS F.N.; SILVA V.L.; MORAES, D.D.A.; ANGELO, I.C. Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Parque Estação Biológica, Asa Norte, CEP 70770-914, Brasília, DF, Brasil; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Veterinária. Email: [email protected]. Soropidemiological aspects of Leishmaniasis in traction equidae from the Federal District, Brazil.

A leishmaniose em equídeos é descrita desde 1927 e se manifesta na forma cutânea, benigna, tendo em sua maioria a cura espontânea. No Distrito Federal, equídeos de tração são amplamente usados como meio de transporte e trabalho, permanecendo dentro da cidade, em contato íntimo com cães e seres humanos. Vivem na maioria das vezes em currais comunitários, ambientes extremamente insalubres, sem condições higiênico-sanitárias, atraindo grande quantidade de insetos. A Defesa Agropecuária do Distrito Federal possui 1682 animais distribuídos em 20 regiões Administrativas. O cálculo do tamanho da amostra foi realizado de acordo com Medronho (2009). Admitindo-se uma prevalência esperada de 50% e um erro relativo de 5%, deveriam ser coletadas 384 amostras de sangue de equídeos, entretanto foram coletadas 411 amostras. A quantidade de amostras coletadas, em cada RA, foi aleatorizada através do programa Bioestat (Versão 5.0). O presente trabalho determinou a prevalência de anticorpos anti-Leishmania sp. através das técnicas de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e do Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e descreveu possíveis variáveis associadas com esta prevalência. Para a realização da RIFI, foram utilizadas formas promastigotas inteiras de Leishmania (L) infantum fixadas com formalina a 1% em PBS (Phosphate-buffered saline). Dos 411 equídeos amostrados, 178 (43,31%) foram sororreagentes no ELISA, 197 (47,93%) na RIFI e 111 (27,01%) reagentes em ambas técnicas ELISA/RIFI. Foi utilizado um questionário semiestruturado e as variáveis associadas com a prevalência de anticorpos foram analisadas pelo Qui quadrado, no programa BioEstat, versão 5.0. Variáveis consideradas significativas (p≤0,05) para os reagentes na RIFI: sexo, tempo de permanência com o proprietário e se os animais já deixaram o DF; reagentes no ELISA: sexo, localidade, métodos de redução de insetos no ambiente, tempo de permanência com o proprietário e se os animais já deixaram o DF; reagentes na RIFI/ELISA: sexo, usar repelente nos animais, se os animais já deixaram o DF, mucosa ocular e, entrada em áreas com córrego. O presente trabalho colaborou ao demonstrar a possibilidade de equídeos estarem se infectando e apresentando um papel importante na cadeia epidemiológica de Leishmania sp. e na manutenção da doença no território do DF.

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EXAMES DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA REALIZADOS NO ESTADO DO PIAUÍ, NO PERÍODO DE 2010 A 2016. NEIVA, C.B.; BARRETO, F.M.; BORGES NETO, A.C.; MOURA, J.I.A.; SOUSA, G.V.; LIMA, S.P.B.; SÁ, J.R.*; OLIVEIRA, E.H.S.**. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected] . *Agência Estadual de Defesa do Estado do Maranhão. **Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Equine infectious anemia tests performed in the state of Piauí worked in the period from 2010 to 2016.

A anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma enfermidade cosmopolita, causada por um vírus do gênero Lentivirus da família Retroviridae. Acomete cavalos, asininos e muares. Sua transmissão é feita pelos insetos hematófagos do gênero Tabanidae, de sangue e secreção corporal de animais infectados. É considerada a principal doença infecto-contagiosa da eqüideocultura brasileira, não havendo vacina nem tratamento eficazes. Hoje representa um grande obstáculo para o desenvolvimento da eqüideocultura, por ser uma doença transmissível e incurável, acarretando prejuízos aos proprietários que necessitam do trabalho desses animais e aos criadores interessados na melhoria das raças. O diagnóstico laboratorial é de fundamental importância para detecção dos portadores da doença que, de acordo com a legislação, devem ser sacrificados, promovendo o saneamento dos rebanhos. O objetivo deste estudo foi fazer o levantamento dos exames de AIE realizados pelos laboratórios credenciados no estado do Piauí, assim como dos positivos e os eutanasiados no período de 2010 a 2016. Fez-se o levantamento dos relatórios encaminhados para a coordenação do programa estadual de sanidade dos eqüídeos - PESE da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí – ADAPI, assim como das ações executadas após o resultado positivo. Observou-se que houve crescimento no número de exames realizados ao longo desse período, com exceção do ano de 2016 que houve uma diminuição de 13,6% em relação ao ano de 2015. Acredita-se que essa diminuição deveu-se ao fechamento de um dos laboratórios credenciados que realizava exames de AIE no estado. Ao todo, foram examinados 56.205 animais. Destes, 2.439 (4,34%) foram diagnosticados positivos para AIE. De acordo com a legislação vigente, os positivos devem ser sacrificados pelo sistema de defesa oficial. Dos animais positivos neste período, foram sacrificados apenas 1.121 (46%) animais. O baixo índice de sacrifícios destes animais, talvez se justifique pela falta de estrutura de materiais para o sacrifício, assim como falta de técnicos capacitados para executar a ação. Um maior investimento por parte do governo, com capacitações e reciclagens para melhor executar as ações, assim como o incremento das atividades no controle da AIE no estado seria interessante para otimizar os resultados e consequentemente um controle mais efetivo da doença.

LEVANTAMENTO DOS FOCOS DE AIE NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2016. LACERDA, M.B.; CAMPELO, A.R.S.; JUNIOR, J.L.S.; NASCIMENTO, D.L.; SOUSA, F.D.N.; BRASIL, V.G.; ALMEIDA, E.C. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco, Av. Caxangá, s/n, CEP 50721-000, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Survey of equine infectious anemia in pernambuco state- Brazil, 2016.

A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral crônica, causada por um retrovírus da subfamília dos lentivírus, que infectam membros da família Equidae. O principal meio de transmissão do agente ocorre através de picadas de insetos tabanídeos (Tabanus sp.) e de moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans), sendo estes apenas vetores mecânicos. Oficialmente o diagnóstico para AIE é feito através do teste de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA). Os animais positivos no teste de IDGA devem ser sacrificados e a propriedade interditada até eliminar os animais infectados conforme estabelecido no Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA). A AIE é um fator limitante para o trânsito de eqüídeos, interferindo assim na participação das espécies desta família em eventos de aglomerações animais. Realizou-se o levantamento dos focos de AIE no estado de Pernambuco por mesorregiões, avaliando o número de casos por espécie, a freqüência de focos nas mesorregiões e os municípios mais afetados pela enfermidade durante o ano de 2016. Os dados foram obtidosatravés dos registros da Divisão de Vigilância Epidemiológica e análise de Risco (DVEAR) da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco(ADAGRO).No período de análise deste trabalho foram observados 41 municípios afetadosno estado.A mesorregião que ocorreu maior número de focos registrados foi a Zona da Mata, com 40 focos (53,33%); a segunda mesorregião mais afetada foi o Agreste com 25 focos (33,33%), seguida pelo Sertão com 10 focos (13,33%). Os municípios com maiores números de casos positivos foram Pombos com 32 casos, Xexéu com 21 casos e Belém de Maria com 14 casos.Do total de 183 animais positivos, 145 erameqüinos,37 muares e um asinino. Conclui-se que a AIE é uma doença endêmica no estado de Pernambuco, apresentando maior freqüência nas mesorregiões da Zona da Mata e Agreste e que a espécie eqüina foi a mais afetada.

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OCORRÊNCIA DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO PARANÁ DE 2007 A 2017. *SOUZA, P.S. 1; KAHLOW, C.1; DIAS, R.G.1; PEREIRA, P.F.V.2; MARÇAL, W.S.3. 1Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Gerência de Saúde Animal. Rua dos Funcionários, 1559, Térreo, Bairro: Cabral, CEP 80.035-050, Curitiba, PR, Brasil. Email: [email protected] 2 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Ciências Veterinárias, Brasil. Occurrence of equine Infectious Anemia in Parana from 2007 to 2017.

A anemia infecciosa equina - AIE é um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura, por ser uma enfermidade sem tratamento, o que ocasiona perdas econômicas aos proprietários de equídeos. A legislação brasileira de saúde animal considera a AIE como doença de notificação compulsória, cabendo ao médico veterinário comunicar aos órgãos de defesa animal qualquer equino positivo para essa enfermidade.A Anemia Infecciosa Equina é causada por um RNA vírus, gênero Lentivirus, família Retrovirus. A doença acomete somente equídeos e todas as raças e idades são susceptíveis. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR atua nas ações de controle de AIE, executando-as de acordo com a instrução normativa 45/2004 MAPA, onde todas as propriedades que tem algum animal positivo são interditadas e o animal eutanasiado e destruído. Todos os demais equídeos da propriedade são testados duas vezes, em intervalo de 30 e 60 dias, e o soro é encaminhado ao Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti – CDME, laboratório oficial do Paraná, sem custo ao proprietário por se tratar de interesse sanitário para evitar o aparecimento de novos focos. Em complementação às colheitas de soro, é feita investigação epidemiológica para detectar a possível origem do foco, histórico de trânsito destes animais e participação em eventos hípicos. Para aprimorar o atendimento das ocorrências de casos no Paraná, a ADAPAR em 2017 realizou treinamento com todos os Fiscais de Defesa Agropecuária e Assistentes de Fiscalização da Agência em Sanidade dos Equídeos de modo atualizá-los na legislação vigente, bem como demonstrar a importância da educação sanitária que deve levar informações aos produtores ressaltando a necessidade de realização de exames de AIE. A ocorrência de AIE no Estado se mostra de maneira constante dentro de um índice endêmico médio de 36,58 casos por ano, considerando que os seguintes dados dos casos: 26 em 2007, 18 em 2008, 77 em 2009, 20 em 2010, 36 em 2011, 44 em 2012, 39 em 2013, 15 em 2014, 28 em 2015, 20 em 2016 e 23 em 2017 até agosto deste ano. Desta maneira a ADAPAR está trabalhando para atualização de cadastro de propriedades com equídeos, maior fiscalização de transito e em participação em eventos visando um maior controle da doença no estado do Paraná.

SITUAÇÃO DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NA REGIÃO DO VALE DO JAGUARIBE NO ESTADO DO CEARÁ – BRASIL ENTRE 2014 E 2016. SILVA, D.C.C.; ROCHA, C.S.; SARAIVA, D.V.; LOUREIRO, A.M.; MAIA, F.A.L.; OLIVEIRA, C.S.; JUNIOR, F.X.S.; CARVALHO, A.L.; NETO, P.C.O.; ADAGRI – Agência de Defesa Agropeuária do Estado do Ceará. Av. Bezerra de Menezes, 1820 - São Gerardo, Fortaleza - CE, 60325-002. Email: [email protected] . Situation of equine infectious anemia in the region of the Jaguaribe Valley in the State of Ceará – Brazil in the period of 2014 and 2016.

Nos últimos anos a ocorrência de equídeos acometidos por Doenças de Notificação Obrigatória na região do Vale do Jaguaribe no Estado do Ceará vem sendo registrada pelos Serviço Veterinário Oficial (SVO) com maior destaque para os casos positivos para Anemia Infecciosa Equina (AIE) que é uma doença infecciosa causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família Retrovírus, transmitida principalmente pela ação de vetores ou contato com fômites contaminadas com sangue infectado. O objetivo do trabalho foi avaliar a situação da Anemia Infecciosa Equina na região do Vale do Jaguaribe nos anos de 2014 a 2016 a partir dos exames laboratoriais realizados pelos Médicos Veterinários cadastrados no MAPA. Esta região possui importância histórica na criação de equídeos para Nordeste pois, segundo historiadores, os primeiros registros de evento agropecuário do tipo “vaquejada” remontam ao século XVIII e ocorreram na cidade de Morada Nova, conhecida popularmente como “Terra do Vaqueiro” localizada no vale jaguaribano. A região representada por 16 municípios possui uma população de aproximadamente 28.853 equídeos que representam cerca de 11,43% da população equídea total do Estado do Ceará, aproximadamente 252.475 animais (ADAGRI, 2016). Neste período foram realizadas 469 coletas de amostras de sangue para exame sorológico em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os resultados demonstraram que 61,41% (288) das amostras obtiveram resultado positivo para AIE com destaque para o município de Morada Nova com 140 casos, representando 48,61% do total de positivos na região, quatro vezes maior que o segundo município com maior ocorrência, Russas com 33 casos positivos. Esses resultados demonstram a alta prevalência da doença na região uma vez que mais da metade dos animais submetidos ao exame laboratorial foram diagnosticados portadores do vírus. Dentre os equídeos positivos, 83% (239) pertenciam a Fazendas de Criação e 17% eram oriundos de Haras onde o controle sanitário por meio de assistência veterinária e levantamento sorológico ocorrem com maior frequência. Eventos agropecuários se apresentam como importante fator de risco para a disseminação deste agente infeccioso em virtude da aglomeração de equídeos oriundos de propriedades diversas no mesmo recinto e da ausência de medidas de controle sanitário (LAGE et al., 2007). Durante os anos de 2014 a 2016 foram fiscalizados 153 eventos agropecuários com aglomeração de animais susceptíveis para AIE no Vale do Jaguaribe porém, alguns criadores insistem em participar de eventos como “bolão” e “pega de boi no mato” que ocorrem de maneira clandestina sem exigência dos documentos zoossanitários obrigatórios aumentando os riscos de transmissão da doença na região.

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AÇÕES DO PROGRAMA DE SANIDADE DOS EQUÍDEOS DESENVOLVIDAS PELA ADAPAR EM 2016. *SOUZA, P.S.

1; KAHLOW, C.1; DIAS, R.G.1; TAVARES, D.V.A.M. 1; RICCIARDI, M.F.1; FREITAS, M.C.D.O.F.1; ARRUA, C.B. 1; PEREIRA, P.F.V.2; MARÇAL, W.S.2. 1Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Gerência de Saúde Animal. Rua dos Funcionários, 1559,Térreo, Bairro: Cabral, CEP 80.035-050, Curitiba, PR, Brasil. Email: [email protected] 2 Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Ciências Veterinárias, Brasil. Equine Health Program Actions Develoed by Adapar in 2016.

A estrutura do serviço veterinário paranaense é composta pela Sede, pelo Centro de Diagnóstico Marcos Enrieti e por 20 Unidades Regionais de Sanidade Agropecuária – URS, 135 Unidades Locais de Sanidade Agropecuária - ULSA e 33 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário – PFTA. O Estado do Paraná, segundo os dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), que executa o Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos detêm atualmente o registro de 269.565 equídeos em 77.196 propriedades, consolidando com os dados apurados no Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de 2006, contava com um rebanho equino de 291.458 animais. No ano de 2016 foram realizados 794 novos cadastros ou atualizações cadastrais de propriedades com equídeos. A ação tem por finalidade aumentar a confiabilidade da base de dados para tomada de ações em casos de emergência. Em 2016 foram atendidas 42 propriedades com equídeos com colheita de material. Estas propriedades estavam em processo de saneamento para anemia infecciosa equina (perifocos), suspeita de mormo e encefalomielite equina.

INTOXICAÇÃO POR GLICOALCALÓIDES DA BATATA EM EQUINO APÓS NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITA DE SÍNDROME NERVOSA. RELATO DE CASO. RAPOSO. R.S.¹; PINTO, E.G.A¹. Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural/ SEAGRI-DF – Defesa Agropecuária. Brasília, DF. E-mail: [email protected]. Case report: Potato glycoalkaloids toxicity in equine after notification of suspected nervous syndrome.

O sistema de vigilância de síndromes nervosas dos serviços veterinários oficiais do Brasil visa o controle da Raiva dos Herbívoros e a prevenção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET). Para isso, o sistema conta com dois tipos de atividades: vigilância ativa, quando os médicos veterinários realizam a busca de alterações clínicas e/ou histopatológicas em propriedades ou abatedouros, e a vigilância passiva, iniciada após notificações de suspeitas realizadas por terceiros, motivando uma investigação clínica, epidemiológica e laboratorial para obtenção de diagnóstico. Em 2016, a Defesa Agropecuária/SEAGRI-DF recebeu 37 notificações de suspeitas de síndrome nervosa no território do Distrito Federal, identificando dois casos confirmados de Raiva em Herbívoros. Entre os casos não confirmados de Raiva, alguns chamaram a atenção pela peculiaridade e escassez de relatos na literatura. Em abril de 2016, houve a notificação de óbito de um equino macho, mestiço, 12 anos de idade, que apresentou sinais compatíveis com síndrome nervosa. Antes do óbito, apresentou alteração de comportamento, incoordenação motora, decúbito lateral, movimentos de pedalagem, moderada distensão abdominal e respiração ofegante. À necropsia, observou-se grande presença de gases no aparelho digestivo, distendido principalmente no ceco. Macroscopicamente, o encéfalo apresentou pontos hemorrágicos difusos em ambos os hemisférios cerebrais. Os sinais eram bem semelhantes a casos de raiva equina diagnosticados em 2015 na mesma região. Amostras do encéfalo tiveram resultado negativo para raiva nos ensaios de Imunofluorecência Direta (IFD) e Prova Biológica. Durante a investigação epidemiológica, o produtor relatou que mantinha na propriedade um barracão onde armazenava legumes para comercialização e por descuido, permitiu que o animal tivesse acesso às caixas contendo tubérculos e ingerisse quantidade equivalente a uma caixa inteira de batata-inglesa, cerca de 24 horas antes do óbito. Os sinais clínicos começaram a se manifestar de forma aguda, poucas horas após o consumo das batatas. Na literatura, existem poucos relatos de envenenamento por glicoalcaloides em animais, mas as evidências clínico-epidemiológicas permitem o diagnóstico conclusivo. A batata-inglesa (Solanum tuberosum) e outros tubérculos contêm numerosos esteróides alcalóides tais como a α-solanina, α-chaconina, solanidina, soladulcidina e tomatidina. A solanina é uma das principais toxinas encontradas nas batatas, seguida da charconina, o segundo alcalóide mais abundante neste tubérculo, sendo a casca da batata amarga a região de maior concentração dessas substâncias. O grande consumo desse tipo de tubérculo pode causar intoxicações agudas, subagudas ou crônicas, com envolvimento gastrointestinal e neurológico. A ocorrência deste caso demonstra que as intoxicações por plantas ou alimentos potencialmente tóxicos compreendem importantes diagnósticos diferenciais de Raiva e outras síndromes nervosas para os serviços veterinários oficiais, sendo fundamental a realização de uma minuciosa investigação epidemiológica para facilitar a obtenção do diagnóstico.

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AVALIAÇÃO DO USO DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS NA MICROBACIA DO MUTUM PERTENCENTE À APA DO RIO UBERABA-MG*. PIERINI, F.G.** GUARDA, V.L.M***. Universidade Federal de Ouro Preto - Campus Morro do Cruzeiro, S/N Morro do Cruzeiro 35400-000, Ouro Preto - MG, Brasil, Núcleo PROÁGUA, Secretaria do Sustentabilidade, sala 50. E-mail: [email protected]. Evaluation of the use of veterinary medicines and disposal of waste in Mutum microbacy to APA of river Uberaba-MG.

Os níveis crescentes de utilização de medicamentos veterinários e a possível contaminação ambiental causada por estes, os enquadram na categoria de poluentes emergentes. Garantir a disponibilidade de medicamentos veterinários eficazes para eliminar doenças contagiosas e, ao mesmo tempo, monitorar seus resíduos nos alimentos e no meio ambiente, necessita de estratégias que visem à saúde para pessoas, animais e ecossistema a partir da cooperação entre os serviços de saúde veterinária e humana, autoridades, políticos, produtores de animais e a indústria alimentícia, fundamentadas nas estratégias de Saúde Única. Este trabalho teve por objetivo diagnosticar o uso de medicamentos veterinários nos diferentes tipos de explorações animais e a destinação de resíduos na microbacia do córrego Mutum pertencente à Área de Proteção Ambiental-APA do rio Uberaba, fonte de abastecimento público no município. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura e o levantamento de dados através de um questionário semiestruturado, de abordagem qualitativa, no período de março a julho de 2016, aplicado em 23 propriedades identificadas nos limites da microbacia estudada, georreferenciadas previamente através do aplicativo Google Earth. Os resultados mostraram fragilidade da área frente ao uso de medicamentos veterinários, principalmente pelo baixo índice de suporte veterinário profissional (8% utilizam os serviços de um médico veterinário) e de registros de monitoramento para produção de alimentos seguros (30% tem caderno de anotações dos tratamentos oferecidos aos animais e 48% relataram ler a bula). As classes terapêuticas mais utilizadas foram vacinas (100%), antiparasitários (85%), antimicrobianos (65%) modificador orgânico (8%) homeopáticos e hormônios (4%). A disposição de embalagens de medicamentos se faz de forma satisfatória (61% utilizam uma caçamba de coleta pública, administrada pela prefeitura municipal; 4% tem como prática enterrar os resíduos e 26% fazem a prática mista) porém sua destinação final é irregular (aterro sanitário comum), carecendo de legislação e logística reversa. Quanto à disposição das carcaças, 69% das propriedades afirmam que deixam os cadáveres no próprio pasto para consumo de aves necrófagas. Os volumes de dejetos mais significativos são provenientes dos sistemas intensivos (confinamento bovino de 286 vacas e 3 galpões que alojam 78 mil aves por ciclo) sendo que a compostagem é o tratamento dado aos resíduos sólidos nos dois casos, com reaproveitamento em adubação, e os dejetos líquidos não recebem tratamento. A literatura confirma que há riscos para a saúde humana e impactos ao meio ambiente, provocados pelo uso de medicamentos veterinários em animais de produção, sendo a resistência antimicrobiana apontada como a mais preocupante. As estratégias mundiais para desenvolver a Saúde Única, apesar de paradigmáticas, são pertinentes para Áreas de Proteção Ambientais como a APA do rio Uberaba e reforçam a participação mais efetiva da medicina veterinária frente a invisibilidade dos riscos associados ao uso de medicamentos veterinários no cenário de saúde dos animais, da microbacia e humana.

IDENTIFICAÇÃO DO ATYPICAL PORCINE PESTIVIRUS (APPV) EM LEITÕES COM TREMOR CONGÊNITO NO BRASIL.* GATTO, I.R.H.1**; ARRUDA, B.L.2; ARRUDA, P.H.3; SILVA, P.1; OLIVEIRA, L.G.1. 1Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, CEP 14884-900, São Paulo, SP, Brasil. 2Iowa State University, Ames, Iowa, US. 3AMVC, Audubon, Iowa, US. E-mail: [email protected]. Identification of atypical porcine pestivirus (APPV) in piglets with congenital tremor in Brazil.

O atypical porcine pestivirus (APPV) foi previamente identificado em leitões com tremor congênito (CT) em seis países de três diferentes continentes. Dois estudos experimentais de grupos independentes demonstraram associação entre o APPV e o CT, síndrome do tipo A-II antes associada a um vírus desconhecido. Com o objetivo de investigar um caso e três surtos de CT, amostras das fazendas A, B, C e D localizadas no sudeste e sul do Brasil foram coletadas entre Fevereiro e Junho de 2017. Foram amostrados 13 leitões de 1 a 15 dias com CT e seis leitões não afetados de 1 a 3 dias de idade. Amostras de cérebro, cerebelo, tronco cerebral, medula espinhal cervical, linfonodo traqueobrônquico, linfonodo mesentérico, timo e baço foram coletados. As amostras foram fixadas em formalina, transferidas para álcool 70% e embebidas em parafina na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Jaboticabal, Brasil. Tecidos fixados e parafinados foram submetidos para a Iowa State University Veterinary Diagnostic Laboratory (ISU-VDL). Secções de 40µm de cada bloco foram cortadas e o RNA total foi extraído usando o “Mag-Bind® FFPE RNA Kit (Omega, Bio-tek)” por recomendações do protocolo. Uma PCR quantitativa em tempo real (qRT-PCR) visando a região NS3 do APPV foi realizada. Um ponto de corte para as amostras positivas foi estabelecido em valores de quantificação de ciclo (Cq) inferiores a 36. O RNA viral do APPV foi detectado por qRT-PCR no cerebelo ou cerebelo e medula espinhal de todos os leitões com CT. O RNA viral do APPV foi detectado apenas no cerebelo de um leitão clinicamente não afetado. A região da proteína NS3 foi sequenciada de amostras positivas selecionadas. As sequências completas e parciais da proteína NS3 gerada neste estudo foram alinhadas às sequências do APPV disponíveis no GenBank. As identidades nucleotídicas entre as sequências deste estudo e outras origens geográficas variaram entre 85,2% e 94,4% e formaram um cluster independente. Este relatório é de identificação e caracterização genética parcial do APPV em leitões com CT no Brasil. A análise filogenética revelou que as sequências brasileiras da proteína NS3 apresentam maior identidade nucleotídica com uma sequência previamente identificada nos Estados Unidos.

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VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM SÚIDEOS ASSELVAJADOS PARA A PESTE SUINA CLÁSSICA NO ESTADO DE SÃO PAULO. FELICIO, A.L.A; FÉLIX, M.L; LAGATTA, L; MELLO, E. R. Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Av. Brasil 2340, CEP 13.070-178, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]. Health surveillance in wild boar for classical swine fever in the state of São Paulo.

O Estado de São Paulo possui um rebanho suíno de aproximadamente 800.000 animais, e se destaca por ser um importante multiplicador de Genética Suína. O último foco de Peste Suína Clássica (PSC) em São Paulo foi registrado no município de Cândido Mota em janeiro de 1998, atualmente o estado é reconhecido internacionalmente junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O reconhecimento sanitário é fruto do trabalho de todo o setor produtivo paulista, incluindo o Serviço Veterinário Oficial, os produtores rurais, as indústrias processadoras e aos controladores de fauna exótica, novos atores no sistema de vigilância. O presente trabalho tem como objetivo divulgar as ferramentas utilizadas, bem como os resultados das atividades de vigilância sanitária realizadas com suídeos asselvajados no período entre 31/05/2015 à 10/09/2017, através de análises sorológicas, sempre norteadas pela Norma Interna nº 3 de 18 de setembro de 2014. Basicamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) órgão estadual executor trabalha na vigilância sorológica de suídeos asselvajados (javalis) mediante o recebimento das amostras coletadas por controladores de fauna exótica, devidamente treinados pela CDA e autorizados pela Secretaria de Meio Ambiente (SMA/SP). O Estado de São Paulo tem se dedicado, sobretudo, às atividades de vigilância sanitária somando neste período 14 exames laboratoriais realizados no Instituto Biológico (IB/SP) com todos os resultados negativos, o que nos confere segurança que o vírus da PSC não está circulando em nosso território. A vigilância associada às outras atividades do Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS) asseguram a manutenção do reconhecimento sanitário de zona livre de PSC junto à OIE, este por sua vez quando alcançado seguramente refletirá na valorização da suinocultura paulista.

ANÁLISE DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ATIVA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DE SUÍNOS NO PEÍODO DE SETEMBRO 2014 A SETEMBRO DE 2017.* TOMPOROSKI, A.; DIAS, R.G.; PIERRE, E.J. **Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná , Rua dos Funcionários, 1559, CEP 80035-050,Curitiba,PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Analysis of active health surveillance for classical swine fever in commercial pig establishments in the period of september 2014 to september 2017.

A vigilância sanitária ativa compreende um conjunto de ações que visam detectar de forma precoce a presença de um ou mais agentes patogênicos em uma população animal susceptível permitindo reação rápida. Em 2013 a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) inclui como reconhecimento internacional a Peste Suína Clássica (PSC). O Estado do Paraná devido a sua importância na suinocultura brasileira em setembro de 2014 implantou a vigilância sanitária ativa em granjas comerciais de suínos que abrangem ciclo completo (CC), unidades de produção de leitão (UPL), crechários (CR) e Terminações (T) denominando-a vigilância ativa direcionando-a para propriedades de maior risco. O objetivo geral é de maximizar a vigilância tornando a Defesa Sanitária Animal presente em todo o sistema de produção da suinocultura paranaense. A fiscalização e colheita de amostras envolvem 20 unidades regionais de sanidade agropecuária e com uma maior distribuição para seis regionais de importância significativa para a produção suína. A prioridade de colheita é para reprodutores (matrizes e cachaços) considerando que os mesmos trazem em si o histórico imunológico do rebanho e os suínos adultos, aqueles com mais de oito meses de idade. O número de amostras colhidas em cada granja considera a tabela 2 da NI 5/2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2009) tendo como máximo 35 amostras que são encaminhadas para processamento em teste Elisa para PSC. Em 2017 foram inclusas alterações na vigilância ativa permitindo a colheita direta em frigoríficos desde que selecionada a propriedade antecipadamente. Também foram estabelecidas fiscalizações em granjas de Terminações Independentes sem colheita além das Terminações que participam da vigilância ativa com colheita. Os resultados para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2014 foram de 189 fiscalizações em propriedades com 3829 amostras colhidas com resultado negativo em teste Elisa, em 2015 são de 210 fiscalizações em propriedades com 4621 amostras e três amostras de uma granja foram positivas em teste Elisa e submetidas à teste de Virusneutralização com resultado negativo, em 2016 tem-se 172 fiscalizações em propriedades com 5190 amostras com resultado negativo em teste Elisa e em 2017 até o mês de setembro foram realizadas 71 fiscalizações em propriedades com 2053 amostras colhidas com duas granjas apresentando duas amostras positivas em teste Elisa e negativas em teste de Vírusneutralização. Também até setembro de 2017 foram realizadas 12 fiscalizações em granjas de Terminações Independentes sem colheita de amostras. A vigilância sanitária ativa, como processo contínuo e permanente no Estado do Paraná possibilita a aproximação do serviço veterinário oficial com proprietários e responsáveis técnicos nas granjas comerciais de suínos corroborando com a documentação de atividades e conhecimento da realidade produtiva e sanitária da suinocultura paranaense bem como contribui para manutenção do reconhecimento internacional como área livre de PSC.*Financiador: Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar

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VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA EM SUÍDEOS ASSELVAJADOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. GALVANI, J.W. de C.; CAVAGNI, G.M. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação Av. Getúlio Vargas, 1384, CEP 90150-004, Rio Grande do Sul, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Health surveillance for classical swine fever in wild boar in the State of Rio Grande do Sul.

O Estado do Rio Grande do Sul (RS), desde 2015, é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OIE) como livre de Peste Suína Clássica (PSC), tendo registrado o último foco desta doença em 1991. Segundo a Norma Interna DSA n° 3, de 18 de setembro de 2014, nos estados brasileiros em que as populações domésticas são consideradas livres de PSC, a vigilância em suídeos asselvajados tem função complementar a validação da condição de ausência da doença e, conforme o Código Sanitário dos Animais Terrestres da OIE, se o país confirmar que um programa de vigilância está apropriadamente implementado, outro país membro não poderá impor restrições comerciais em resposta à notificação de presença do vírus da PSC na população asselvajada. Assim, o presente trabalho visa apresentar os resultados das atividades de vigilância em suídeos asselvajados, no RS, no período de janeiro de 2016 a agosto de 2017. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo, analisando-se os dados de sorologia em javalis (Sus scrofa) existentes no banco de dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI-RS). Assim, no ano de 2016 foram coletadas 10 amostras de soro de javalis, obtidas através da EMBRAPA Suínos e Aves que, mediante projeto de pesquisa, obteve as amostras de animais da região noroeste rio-grandense com o auxílio de agentes de manejo populacional (AMP). Em 2017, com a publicação, pela SEAPI-RS, da Instrução Normativa DSA n° 001/2017 que estabelece os procedimentos a serem cumpridos para a realização de coletas de amostras de suídeos asselvajados, visando à vigilância sorológica de PSC no RS e da Instrução Normativa DSA n° 002/2017 que estabelece os procedimentos a serem cumpridos para o transporte das carcaças de javalis abatidos, para fins de controle populacional no RS, as quais entraram em vigor em junho de 2017, obteve-se um quantitativo de 17 amostras, contando-se, inicialmente, com a colaboração de 28 AMP. As 27 amostras, referentes ao período de 2016 a 2017, foram encaminhadas ao Instituto de Pesquisas Desidério Finamor, no RS, para a execução da prova de triagem (ELISA), obtendo-se todos os resultados negativos para PSC. Conclui-se que tendo em vista o risco sanitário para as populações de suínos domésticos decorrentes do aumento na densidade populacional dos asselvajados, as ações de vigilância nesta população são de extrema importância para a manutenção da condição sanitária dos plantéis e, por conseguinte, do status livre de PSC.

AVALIAÇÃO DA BIOSSEGURIDADE NAS GRANJAS DE REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS.* GONÇALVES, J.P.M.; COUTINHO, E.M.,CARVALHO, J.** Instituto Mineiro de Agropecuária, Gerência de Defesa Sanitária Animal - GDA, Cidade Administrativa Tancredo Neves - Ed. Gerais - 10º andar - CEP: 31.630-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of Biosafety levels in certificated swinebreeders farms of Minas Gerais state.

O estado de Minas Gerais possui papel de destaque na suinocultura brasileira. O IMA- Instituto Mineiro de Agropecuária fiscaliza semestralmente as granjas de suínos que comercializam, distribuam e mantenham reprodutores suídeos para multiplicação animal. Nos meses de março e abril de 2017, com o objetivo de executar a certificação de GRSCS - Granjas de Reprodutores de Suídeos Certificadas os fiscais agropecuários Médicos Veterinários do Serviço Veterinário Oficial do IMA fiscalizaram 30 granjas. A metodologia utilizada foi conforme o previsto na IN 19/2002 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. As GRSCs estavam instaladas em 10 municípios, alojando 37.829 reprodutores. As condições básicas e específicas das granjas foram avaliadas. O Relatório de Vistoria em GRSCS foi aplicado e coletadas 1.634 amostras de soro. Das granjas fiscalizadas 29 estavam conformes e foram certificadas como livre de Peste Suína Clássica, Doença de Aujesky, Brucelose, Tuberculose e controladas para Leptospirose. Quanto ao nível de biosseguridade foi verificado que 6,89% (2/29) foram classificadas como A – Bem protegidas, 37,90% (11/29) obtiveram a classificação final B – Vulnerabilidade baixa, 51,72 % (15/29) C – Vulnerabilidade Moderada e 3,49% (1/29) D – altamente vulnerável. Para 96,51% das GRSCs de Minas Gerais foi obtida a classificação bem protegida baixa vulnerabilidade baixa e moderada. As GRSCs do estado de Minas Gerais demonstraram um baixo grau de vulnerabilidade a patógenos externos.

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ATENDIMENTOS DE NOTIFICAÇÕES DO SENECAVÍRUS A PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL NO ESTADO DO PARANÁ EM 2014, 2015, 2016 e 2017.* TOMPOROSKI, A.; DIAS,R.G.; PIERRE, E. J.; FREITAS, M.C.D. de O.; RICCIARDI, M.F.**Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná Instituto Biológico, Rua dos Funcionários, 1559, CEP 80035-050, Curitiba,PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Notices of notifications from the Senecavírus A to the official veterinary service in the state Paraná in 2014, 2015, 2016 and 2017.

O Senecavirus A – SVA (anteriormente denominado Seneca Valley Virus) é um Picornavirus que foi isolado em 1988 como contaminante em meios de cultura, e desde então foi isolado de suínos sadios e de animais com sinais clínicos variados, em diversas localidades dos Estados Unidos. Evidências sugerem que suínos são hospedeiros naturais desse vírus, e anticorpos específicos contra o SVA foram identificados em outras espécies animais, como bovinos, porém sem ocorrência de sinais clínicos. O objetivo geral é relatar os atendimentos realizados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO)) no Estado do Paraná no período de setembro de 2014 a setembro de 2017. A metodologia utilizada foi análise documental de atendimentos das notificações. Em novembro de 2014, suinocultores e técnicos do setor privado detectaram perdas neonatais, sem causa definida, com altas taxas de mortalidade, em leitões. As ocorrências, de setembro de 2014 a dezembro de 2014, foram notificadas ao SVO do Estado do Paraná como gatilho de mortalidade em suínos de maternidade tendo como causa provável clostridiose. No período de setembro a dezembro de 2014, 10 investigações foram de clostridiose não havendo suspeitas fundamentadas para Sênecavírus A. Em 2015 foram investigados 497 casos com sinais de doença vesicular, com preenchimento de formulário de investigação inicial (Form in), dos quais, 52 (11%) foram suspeitas fundamentadas com colheita de material para exame laboratorial. Todas as amostras resultaram negativas para doenças vesiculares como febre aftosa e estomatite vesicular. Em 2016 devido à ocorrência de sinais de doença vesicular, foram realizadas 205 investigações com abertura de Form-in’s, não havendo fundamentação nas investigações. Até setembro de 2017 à ocorrência de sinais de doença vesicular em suínos gerou abertura de 18 Form-in’s também não havendo fundamentação nas investigações. Em conformidade com a “Análise das notificações de Doença Vesicular dos Suínos (MAPA, 2017)” suspeitas investigadas pelo SVO que foram tratadas como caso provável de doença vesicular, com colheita de amostras para diagnóstico laboratorial, concentraram-se no primeiro semestre de 2015 e, mesmo no auge das notificações, as suspeitas foram descartadas sem investigação laboratorial, tendência que tem se mantido. Com o aumento de notificações a partir do mês de maio de 2015, as investigações com colheita de amostras diminuíram e a grande maioria dos diagnósticos finais de exclusão das doenças-alvo foram baseados em critérios clínico-epidemiológicos. O surgimento de novo padrão de ocorrência de suspeita de doença vesicular, afetando espécie pouco acometida por essa síndrome (suínos), em que as características de produção facilitam o controle sanitário, exigem maior agilidade do SVO para resolução rápida dos casos. Essas ocorrências geraram desafios para o sistema de vigilância, descritos e trabalhados principalmente a partir das experiências do país na espécie bovina. O atendimento a grande volume de suspeitas em um período curto de tempo, denota necessidade de aprimorar a capacidade técnica e operacional do SVO para enfrentar situação, comum em emergências zoossanitárias.

*Financiador: Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPORTAÇÃO DO VÍRUS DA FEBRE AFTOSA EM CARNE SUÍNA PRODUZIDA NO RIO GRANDE DO SUL, NO CASO DE A DOENÇA SER REINTRODUZIDA NA POPULAÇÃO DE BOVINOS VACINADOS. *DORNELAS, M.F.; *DELPHINO, M.V.C.; MOTA, A.L.A.A.; GONÇALVES, V.S.P. Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte, quadras 606-607, CEP: 70910-900, Brasília, DF. E-mail: [email protected]. Assessment of the risk of exporting the foot-and-mouth disease virus in pork from Rio Grande do Sul, in case the disease is reintroduced in vaccinated cattle.

O estado do Rio Grande do Sul (RS) destaca-se na suinocultura nacional pela qualidade tecnológica e sanitária do seu rebanho, consolidando-se como um importante produtor e exportador de carne suína no Brasil. Considerando a febre aftosa (FA) um dos entraves ao comércio internacional de carne suína e a importância deste setor para o estado, o objetivo deste estudo foi avaliar o risco de difusão do vírus da FA a partir de produtos suínos exportados pelo RS, no caso de reintrodução do vírus na população de bovinos vacinada. A pergunta a ser respondida é: qual seria probabilidade de um lote de suínos infectado chegar ao frigorifico e não ser detectado na inspeção, caso houvesse a reintrodução do vírus na população bovina, sem que a doença tivesse sido detectada? As granjas suínas estudadas foram retiradas de uma amostra aleatória de quatro importantes regiões produtoras, onde aplicamos um questionário sobre biosseguridade e vigilância. Para a construção do modelo estocástico, utilizamos árvores de cenários para quantificar os riscos ao longo da cadeia produtiva, que descrevem, resumidamente, a probabilidade de (1) as granjas se infectarem, (2) falha na vigilância nas granjas, e (3) falha de detecção no frigorífico. O risco final foi calculado para um período de quatro meses, tempo médio em que os leitões permanecem alojados nas granjas de terminação. Estimamos que em média 910 granjas de terminação produziriam o volume (kg) equivalente de exportação neste período. Partimos do pressuposto que a doença estaria presente na população bovina a uma prevalência de 0,2% de rebanhos e que o vírus seria transmitido aos suínos por meio de falhas de biosseguridade nas granjas, tais como a ausência de uniforme exclusivo e o acesso de pessoas alheias à produção. Os riscos foram calculados para cada tipo de granja: Unidades Produtoras de Leitões, Creches e Terminações, e consideramos uma distribuição de Pert (0,1; 0,5; 0,9) para a probabilidade de falha de detecção e notificação ao serviço veterinário. A falha na detecção nos frigoríficos foi obtida por entrevista estruturada aos veterinários da inspeção dos 13 frigoríficos de exportação do estado. Em 95% das 10.000 iterações do modelo estocástico, a probabilidade de exportar produtos suínos de uma granja infectada foi 3,83x10-4, ou seja, menor que quatro em 10.000. Em 50% das iterações, o risco foi de 2,65x10-5. Concluímos, portanto, que o risco de exportação do vírus da FA em carne suína do RS é muito baixo, mesmo considerando a possibilidade de circulação viral em bovinos. Este modelo permitirá identificar pontos críticos de controle da cadeia produtiva de suínos, nos quais será necessário investir para melhorar a segurança sanitária dos produtos exportados e aumentar a competitividade do setor.

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TRANSPORTE DE CARÇACAS DE SUÍDEOS ASSELVAJADOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CAVAGNI, G.M.; GALVANI, J.W.C. Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Av. Getúlio Vargas, 1384. Menino Deus, Porto Alegre/RS. CEP 90150-004 [email protected] Transport of carcasses of wild board in the state of Rio Grande do Sul.

Presente no Brasil desde o final da década de 1980, o suídeo asselvajado - javali tem provocado inúmeros danos ao meio ambiente e à produção agropecuária, o que levou o Ministério do Meio Ambiente a decretar sua nocividade e a autorizar sua captura e abate em todo território nacional, por tempo indeterminado. Na IN 03/2013 em seu artigo 6º, §3º, o IBAMA determina que o transporte de animais abatidos deverá atender à legislação vigente. Sendo assim, a SEAPI, através do Programa de Sanidade Suídea da Divisão de Defesa Sanitária Animal publicou as IN 002 e 004/2017 que estabelecem o transporte de carcaças de javalis abatidos para fins de controle populacional no Estado do Rio Grande do Sul, em vigor desde o dia 17 de junho deste ano. Para atender as normativas, os Agentes de Manejo Populacional – AMP autorizados pelo IBAMA necessitam passar por treinamento no órgão estadual, portar uma autorização de transporte, afixar um lacre na carcaça (região do jarrete) e entregar uma amostra de sangue ou soro do animal abatido ao Serviço Veterinário Oficial – SVO para vigilância de Peste Suína Clássica - PSC. Os AMP deverão transportar as carcaças sem retirar o couro da cabeça e das patas para que possam ser identificadas como sendo de suídeos asselvajados e em veículos que impossibilitem a dispersão de líquidos e odores. Até o momento, estão cadastrados e treinados para a atividade 28 AMP e foram emitidas 16 autorizações de transporte de carcaças. Cabe salientar, que cada autorização emitida pelo SVO permite que o AMP transporte até 20 carcaças de javalis. Em aproximadamente dois meses do início das atividades o SVO já recebeu 17 amostras com resultados negativos para PSC. Também está sendo implantado junto ao Sistema de Defesa Agropecuária (sistema informatizado de controle oficial) um módulo específico para cadastro de AMP, emissão da autorização de transporte, controle de numeração de lacres, identificação das amostras e resultados laboratoriais obtidos. Dessa maneira, o SVO aumenta a vigilância para PSC na população asselvajada e mantem o controle de trânsito com a rastreabilidade necessária para investigações epidemiológicas. Ainda, com a publicação da legislação e desenvolvimento deste trabalho, o SVO do RS, pioneiro na normatização do transporte de carcaças de javalis no Brasil, dá um grande passo em direção ao avanço do controle da condição sanitária de animais asselvajados e na compilação de dados oficiais sobre a ocorrência da espécie no Estado.

AVALIAÇÃO DO RISCO PARA A INTRODUÇÃO DO VÍRUS DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA ATRAVÉS DA MOVIMENTAÇÃO DE SUÍNOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL. SCHETTINO, D.N. 1; PEREZ, A.M.2 1 Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA/MT), Av. Arquimedes Pereira Lima, 1000, Jd. Itália, Cuiabá, MT, 2 Veterinary Population Medicine, College of Veterinary Medicine, University of Minnesota, Minnesota, USA. E-mail: [email protected] Risk assessment for the introduction of classical swine fever virus via pig movements into the State of Mato Grosso, Brazil.

A peste suína clássica (PSC) é uma doença devastadora de suínos que pode ter um grande impacto econômico nas regiões e países afetados. O Estado de Mato Grosso faz parte da zona livre de PSC reconhecida oficialmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). No entanto, o status para PSC é incerto em alguns estados e países localizados próximos, o que pode resultar em risco de introdução da doença em Mato Grosso. Aqui, utilizamos um modelo estocástico, com 10.000 interações, para quantificar o risco de introdução de PSC no Estado de Mato Grosso através da introdução de suínos vivos com o objetivo final de apoiar atividades de prevenção e detecção precoce na região. Foram confeccionados caminhos, após identificação do risco, e criadas árvores de “pior” cenário abordando a movimentação legal e ilegal de suínos de áreas livres do Brasil, assumindo um foco em área livre, com detecção posterior à movimentação e consequentemente proibição de trânsito, e assumindo trânsito ilegal de suínos de áreas não livres de PSC e contíguas à Mato Grosso (Pará e Amazonas e Bolívia). Os dados foram coletados do SINDESA, que é o sistema informatizado de vigilância animal do INDEA / MT, onde as informações legais de trânsito foram extraídas. Para o número total de suínos que entrou em 2016, foi considerado o número de animais que foi enviado para Mato Grosso; e para o cálculo da probabilidade de destino, que seria granja comercial de suínos ou propriedades com criação de suínos de “fundo de quintal”, usamos o período de 2013 a 2016. Para o movimento ilegal, usamos valores assumidos para o número de animais enviados para Mato Grosso, com base em opiniões de especialistas. Os resultados sugerem que o risco de introdução através do movimento de animais vivos é baixo, com um foco esperado, em média, a cada 50 anos. Os resultados são explicados, pelo menos em parte, porque os suínos geralmente são enviados para granjas comerciais, em torno de 96% em 2016, que têm níveis de biossegurança mais elevados em relação aos suínos de “fundo de quintal”. Embora o risco tenha sido baixo, os resultados foram sensíveis às mudanças nos status das fazendas de origem e dependem da manutenção de altos padrões de biossegurança nas fazendas de destino. Em conclusão, os resultados demonstram a importância de manter programas eficazes de vigilância e biossegurança para prevenir, ou detectar antecipadamente, a introdução da PSC no Estado, com ações que intensifiquem as fiscalizações para coibir trânsito ilegal, e ações de vigilância ativa do Serviço Veterinário Oficial priorizando áreas que favoreçam a entrada ilegal de animais ou em propriedades que possuam alto ingresso de animais.

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CARACTERIZAÇÃO DE REDE DE TRÂNSITO DE SUÍNOS NO DISTRITO FEDERAL ENTRE 2016 E 2017. BUSO, D.S.; LICURGO, J.B.; MARSIAJ, P.A.P. Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural/ SEAGRI-DF – Defesa Agropecuária. Brasília, DF. E-mail: [email protected].

O agronegócio da carne suína no Distrito Federal apresenta um relevante significado econômico e social. Atualmente, engloba um plantel de 12 mil matrizes suínas, o que equivale a uma produção anual de 32 mil toneladas de carcaça equivalente, gerando mais de seis mil empregos diretos e indiretos. Sendo importante o conhecimento do funcionamento dessa cadeia produtiva, o objetivo deste trabalho foi analisar a rede de trânsito de suínos no Distrito Federal, o que possibilitará futuro planejamento de medidas de defesa sanitária que possam proteger os rebanhos de doenças que ofereçam riscos à saúde humana e prejudiquem o comércio exterior. A partir de relatório contendo 2840 Guias de Trânsito Animal (julho/2016 a junho/2017), foram realizados cálculos estatísticos (software R Studio). Em uma matriz que considerava o número de animais movimentados, o grau de entrada foi de zero a 68350, com mediana 43,5 e média igual a 2055. O grau de saída variou de zero a 96080, com mediana e média iguais a zero e 2055, respectivamente. Já para uma matriz de vizinhos, verificou-se grau de entrada máximo igual a 13, e de saída igual a 33; mediana de entrada igual a um, e de saída igual zero, com médias iguais (1,30). A análise de Pareto demonstrou que mais de 90% das vendas e 80% das compras de suínos são realizadas por menos de 10% dos estabelecimentos pesquisados. Ao se avaliar a tendência de agrupamento entre os nós, ou seja, a probabilidade de dois vizinhos de um nó serem vizinhos entre si, as médias de coeficientes de aglomeração de entrada e saída foram 4,9 e 6,8%, respectivamente. As Cadeia de Contatos de Entrada e de Saída, que indicam as conexões (diretas ou indiretas) de um nó, resultaram em uma média igual a 1,8 em ambas as situações. Os valores máximos encontrados foram 17 conexões indiretas recebidas por um nó, e 34 enviadas. A média do grau médio de vizinhos diminui quanto maior for o grau, revelando uma rede disassortativa, ou seja, houve forte presença de nós de grau elevado conectados a nós de grau baixo. A distância mais curta na rede, ou seja, o menor caminho entre dois vértices resultou em uma média de 3,56 graus de separação. Foram encontrados 164 nós, em 20 comunidades distintas. Com base nos dados obtidos, podemos conhecer as propriedades mais relevantes em termos de trânsito, bem como as comunidades as quais pertencem, dispondo de informações que permitirão a tomada de ações em casos de suspeitas ou focos de doenças.

FERRAMENTAS DA GESTÃO NA QUALIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DOS SUÍNOS SOB SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL DO MUNICIPIO DE SÃO LUIS – MA. BARROS, H.O.V1.; COIMBRA, V.C.S.2.; NASCIMENTO, Z.J.B.2; OLIVEIRA, L.J.S.31 – Secretaria Municipal de Agricultura de São Luís – MA, BR 135, Km 0, Tirirical, CEP 65000-000, São Luís, MA, Brasil. E-mail: [email protected]. 2- Agencia de Defesa Agropecuária do Maranhão – AGED – MA, São Luís – MA, 3 – Agrolusa Agroindustrial Ltda, São Luís – MA. Tools of the quality management of the production chain of swine under institutional institution of the municipality of Luis – MA.

Objetivou-se apresentar a importância do fator de qualidade avaliando as Boas Práticas de Fabricação adotada em um abatedouro de suínos no município de São Luís Maranhão, sob inspeção municipal. No decorrer do estudo observou-se toda a atividade realizada no referido matadouro analisando o atendimento aos requisitos de qualidade das Boas praticas de Fabricação para implantação do APPCC . Durante o ano 2016, acompanhou-se o cumprimento das Boas Praticas de Fabricação, como: controle de pragas, higiene pessoal, abastecimento de água, exames laboratoriais da água e do produto, monitoramento de temperaturas das câmaras, e do tanque de escaldagem e limpeza e sanitização das instalações e equipamento para aplicação de ferramentas, métodos e princípios do APPCC, por meio de observação direta, análise de documentos bem como realizou-se treinamentos para que todos os funcionários compreendessem o que é o sistema, apontando as conformidades e não conformidades. A gestão de qualidade do estabelecimento envolve procedimentos de rotina onde são verificados e registrados em planilhas de controle de limites críticos dados sobre: pH e cloro da água, temperatura das camaras, temperatura do tanque de escaldagem, tempo de sangria, tempo de permanencia dos animais no tanque de escaldagem, entre outros. Todas as etapas do abatedouro atendem ao Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animais (RIISPOA). No abatedouro são aplicadas medidas de boas práticas desde a entrada do animal até a última etapa que é o transporte do produto final. No entanto, após o período do estudo foram observadas as conformidades e não conformidades, como: higiene pessoal insatisfatória, controle integrado de pragas não adequado e constatou-se que melhorias devem ser efetuadas principalmente no que se refere a conscientização dos atores envolvidos (enfocando os manipuladores nos processos de produção). Após o estudo sugeriu-se algumas mudanças, como substituição da empresa terceirizada para controle de pragas e ofereceu-se treinamento mais freqüentes aos funcionários, ou seja, o estudo evidencia que na cadeia produtiva da carne suína sob SIM no estado do Maranhão dispõe de ferramentas gerenciais com informações técnicas e administrativas, que influenciam na qualidade do produto final, oferecendo oportunidade de melhoria para satisfazer o consumidor final com um alimento íntegro e nutricional.

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A CONTRIBUIÇÃO DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (CCZ) NA ERRADICAÇÃO DA RAIVA ATRAVÉS DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA, NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL. FURTADO, D.M.¹; RAIOL, L.S.¹; MORAES, A.C.P.¹; CORRÊA, L.T.G.¹; MOREIRA, L.G.S.¹; GOMES, E.K.P.¹; NAUAR, S.J.S.F.¹; SILVA, R.N.S.². Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, Av. Perimetral, 2501 - Terra Firme, Belém - PA, CEP: 66077-830. ¹Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA. ²Prof. Dr. Associado I- Instituto da Saúde e Produção Animal- Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, Campus Belém, Pará. E-mail: [email protected]. The contribution of the zoonoses control center (ccz) in erradication of anger through the national campaingn of anti-rabica vaccination,in the state of Pará, Brazil.

O centro de controle de zoonoses Belém (CCZ) atua no controle de doenças ou infecções transmitidas pelos animais aos humanos, e desenvolvem também ações que visam controlar a população animal. A raiva é uma doença letal por isso em sua lista de ações o CCZ prioriza a vacinação de cães e gatos, através da campanha nacional de vacinação antirrábica. Frente a importância de tal ação, o presente resumo objetiva demonstrar a cobertura vacinal nos municípios de Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara, que fizeram parte da campanha anual de vacinação nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016. Os dados foram obtidos por meio do site do sistema de informação do programa nacional de imunização, acessados mediante visita técnica no centro de controle de zoonoses Belém, além de formulários designados aos profissionais do local. Com base na análise dos dados observou-se que o município de Belém nos anos de 2013 a 2016 não alcançou a cobertura vacinal estipulada. Sendo o ano de 2016 o que menos se obteve resultados com 32,77% da meta alcançada. Ananindeua tal qual Belém não obteve a cobertura vacinal esperada nos anos de 2013 a 2015. Porém em 2016 obteve 150,91% ultrapassando a meta esperada do mesmo ano. Benevides foi a que melhor obteve resultados, com 100% na média dos 4 anos. Marituba não alcançou as médias de cobertura vacinal sendo o ano de 2015 a menor com 70,85%. Nos anos de 2013 a 2015 Santa Bárbara foi a que mais se destacou ultrapassando a meta de cobertura vacinal em mais de 100%. E em 2016 obteve a menor cobertura vacinal do período analisado com apenas 9,30% de alcance. Diante dos dados apresentados é notável que os municípios participantes da campanha nacional de vacinação antirrábica apresentam dificuldades para cumprir a meta estipulada, visto que, na maioria dos anos essa meta não foi alcançada. Essa insatisfação pode estar relacionada com a diminuição do interesse da população em levar seus animais à campanha, desconhecimento sobre a campanha por parte do proprietário, ou por possuir nesses municípios outros postos de vacinação que funcionam durante o ano inteiro, logo, diminui o número de animais vacinados apenas nas campanhas. Segundo a secretaria municipal de saúde (Sesma), graças a essas campanhas de vacinação, Belém não registra casos de raiva transmitida de animais para humanos a cerca de 30 anos, o mesmo é relatado nos demais municípios, evidenciando a importância que a campanha nacional de vacinação antirrábica oferece à saúde pública.

OCORRÊNCIA DE ENDOPARASITAS GASTROINTESTINAIS EM OVINOS JOVENS NA REGIÃO AMAZÔNICA. SOUZA, M.G.M.¹; PANTOJA, D.K.S. Q.¹; PEREIRA, W.L.A.¹; SILVA, M.C.M.²; TAVARES, H. A.²; PAREDES, L.J.A.¹; COSTA, B.M.¹; SILVEIRA, K.F. ¹; MENDES, F.F.¹; MOURA, M.A.O.¹; ANDRADE, S.L.S¹; BERNAL, M.K.M¹. Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Tancredo Neves, Nº 250, CEP 66.077-830, Belém, PA, Brasil. ² Instituto Evandro Chagas, Rodovia BR 316, km 7, s/n, CEP 67.030-000. Occurrence of intestinal parasites in young sheep in the Amazon region.

Ovinos naturalmente albergam parasitos em maior ou menor grau, ainda que existam variações relacionadas ao animal e às condições ambientais. O parasitismo é um problema difícil de erradicar e o seu controle nas explorações de pequenos ruminantes é indispensável para a sobrevivência desses no setor agropecuário. O presente estudo teve como objetivo realizar uma avaliação parasitológica em ovinos jovens, de sete propriedades paraenses. Para tanto, foram coletadas amostras fecais de 145 ovinos jovens, com idade inferior a 12 meses, oriundos das mesorregiões metropolitana de Belém e Nordeste paraense. Os animais foram selecionados ao acaso, sem distinção de raça e sexo, apresentando ou não quadro diarreico, criados sobre regime semi-intensivo e extensivo. A coleta de amostras foi realizada no período de agosto a dezembro de 2015, onde foram obtidas diretamente da ampola retal, armazenadas em frasco coletor universal sem conservante e processadas em até 48 horas após a coleta. As análises foram realizadas no Laboratório de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas, através do exame direto com avaliação microscópica. Os resultados mostraram que dos 145 animais avaliados, 47,58% (69/145) evidenciaram resultado positivo para endoparasitas. Destes, observou-se uma ocorrência de 33,33% (23/69) de animais positivos para Ancylostoma sp., 27,53% (19/69) de Giardia sp., 15,94% (11/69) de Strongyloides stercoralis, 13,04% (9/69) de Entamoeba coli, 4,34% (3/69) para Entamoeba hystolitica e as porcentagens de animais positivos para Entamoeba nana e Isospora sp. foram iguais a 2,89% (2/69). Além disso, 15 animais do total avaliado apresentaram infecção mista, sendo sete animais acometidos por Ancylostoma sp. e Entamoeba coli, cinco animais com Ancylostoma sp. e Strongyloides stercoralis, um animal com Ancylostoma sp. e Giardia sp., um com Ancylostoma sp. e Entamoeba coli e um com Entamoeba nana e Entamoeba hystolitica. Mediante os resultados obtidos no estudo das infecções naturais, constatou-se a elevada ocorrência por endoparasitas em ovinos jovens criados em propriedades do Pará, evidenciando assim a necessidade de um controle sanitário mais efetivo em razão de sua importância econômica de modo a maximizar os índices produtivos e a rentabilidade do rebanho.

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ANÁLISE DA VIGILÂNCIA DAS ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS EM RUMINANTES PELO SERVIÇO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ, BRASIL, ENTRE 2013 E 2017. LAURINDO, E.E.¹; BARROS FILHO, I.R.2 1 Superintendência Federal de Agricultura no Paraná (SFA-PR), Curitiba-PR. E-mail: [email protected]. 2 Universidade Federal do Paraná – Setor de Ciências Agrárias – Departamento de Medicina Veterinária, Curitiba-PR. Analysis of Surveillance for Ruminants TSE by Official Veterinary Service in State of Paraná, Brazil, from 2013 to 2017.

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) e a Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (Scrapie) são doenças que já foram notificadas no território nacional. Porém, mesmo antes de sua ocorrência, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) já determinava o atendimento às notificações de suspeitas de doenças neurológicas em animais de produção, visando seu diagnóstico precoce. Os procedimentos a serem adotados durante esse atendimento estão previstos pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e, mais atualmente, pelo Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da EBB (PNEEB). Neste trabalho, foram analisados os dados das amostras de Sistema Nervoso Central (SNC) coletadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em atendimento a essas notificações, no período de 2013 a 2017. Entre janeiro de 2013 e julho de 2017, foram encaminhadas 342 amostras de SNC, que resultaram negativas para a raiva, para o diagnóstico diferencial das EET por meio de histopatologia e imunohistoquímica (IHQ). Não foram realizados os exames de histopatologia em 15,8% (54/342) destas amostras, devido à autólise ou outro comprometimento do material. Apesar disto, a técnica de IHQ não ficou comprometida pela qualidade do material, tendo sido realizada em 100% dos materiais enviados (342/342). Não houve nenhum caso positivo para as EET na técnica de IHQ no período analisado. Das amostras encaminhadas ao exame de histopatologia, 61,1% (176/288) não apresentaram alterações histopatológicas significativas. Os principais achados histopatológicos foram meningoencefalite não purulenta inespecífica - 8,3% (24/288), poliencefalomalácia – 4,8% (14/288), meningite não purulenta inespecífica – 3,1% (9/288) e meningoencefalite necrótica compatível com Herpesvírus – 2,7% (8/288). Analisando anualmente os números de amostras de SNC coletadas para investigações de doenças neurológicas, observou-se decréscimo progressivo no quantitativo ao longo do período avaliado (114 amostras em 2013 para 79 em 2016). Ressaltamos que esta vigilância está atrelada à vigilância da raiva e, quando há períodos com focos desta, tende-se a aumentar vigilância para as EET. De qualquer modo, a vigilância das EET no Estado do Paraná, entre 2013 e 2016 atingiu 66.920 pontos na escala de vigilância proposta pela OIE. Com isso, concluímos que apesar do número de amostras oriundas do campo serem flutuantes ano após ano, o Estado consegue manter níveis satisfatórios de vigilância das EET.

PERFIL SANITÁRIO DO REBANHO OVINO DO PERÍMETRO IRRIGADO DAS VÁRZEAS DE SOUSA – PARAÍBA* LINS, J.G.G.**; MARQUES, A.V.M.S.; RODRIGUES, S.D. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Rua Presidente Tancredo Neves, s/n, Jardim Sorrilândia, Sousa, PB, Brasil.E-mail: [email protected]. Sanitary profile of sheep breeding of the Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa – Paraiba.

O município de Aparecida, localizado na microrregião de Sousa, abriga cerca de 4.083 moradores da zona rural, onde grande parte destes são produtores da agricultura familiar e utilizam a criação de ovinos como fonte de renda alternativa. Neste contexto objetivou-se identificar as principais enfermidades infecciosas que afetam o rebanho ovino na região do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa/PB (PIVAS) e diante disto, sugerir medidas de controle adequadas à região, propiciando a capacitação e melhoria socioeconômica dos agricultores familiares beneficiários, promovendo sua sustentabilidade. O trabalho foi realizado em 15 áreas produtivas das 22 destinadas a produção no PIVAS, com produtores membros da Associação dos criadores de ovinos do Perímetro Irrigado das várzeas de Sousa (ACROPIVAS) e selecionados por extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER). O estudo abrangeu os anos de 2013 a 2015 e no período estudado foram acompanhados 852 animais, nos quais foram registrados 625 casos de enfermidades infecciosas. Após analisar os resultados, observou-se que a linfadenite caseosa (26,6%; 5,0%; 2,2%), a mastite (13,3%; 0,0%; 1,47%), a ceratoconjuntivite (13,3%; 1,42%; 0,0%), a pododermatite (10,0%; 3,2%; 0,0%) e o ectima contagioso (6,6%; 1,78%; 0,0%) foram às doenças mais frequentes nos anos de 2013, 2014 e 2015 respectivamente. Apesar da adoção de novas tecnologias por parte dos criadores e mudanças em práticas já estabelecidas ser difícil e requerer intensa assistência técnica e recursos, do ano 2013 para o ano de 2015, foi constatado uma redução significativa nos percentuais de todas as enfermidades. Tal fato justifica-se, nas melhorias realizadas a partir da adoção de medidas sanitárias básicas sugeridas como: limpeza periódica das instalações, quarentena, pedilúvio com solução de sulfato de cobre a 10% , esterqueira e drenagem das linfadenites de forma correta a fim de se evitar contaminação do rebanho. A adoção de práticas sanitárias básicas na criação de ovinos na região acompanhada é necessária e resultou numa notória diminuição das taxas de enfermidades que acometiam os rebanhos. A maior dificuldade de implantação de medidas sanitárias ou outras tecnologias nos sistemas produtivos do semiárido, estão ligadas à falta de recursos, de assistência técnica e à resistência dos produtores em modificar aspectos do manejo que já estão sendo realizados.

*Financiador: CNPq. **Bolsista - CNPq.

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AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM CAPRINOS JOVENS NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL. PANTOJA, D.K.S.Q.¹; SOUZA, M.G.M.¹; PEREIRA, W.L.A.¹; SILVA, A.L.M.²; SILVA, M.C.M². ¹Universidade Federal Rural da Amazônia, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 250, CEP 66.077-830, Belém, PA, Brasil. ²Instituto Evandro Chagas, Rodovia BR-316, km 7, s/n, CEP 67030-000, Ananindeua, PA, Brasil. E-mail: [email protected]. Parasitological evaluation in young goats in the state of Pará, Brazil.

O crescimento da produção de rebanho caprino apresenta como um dos principais entraves, a grande ocorrência de parasitoses gastrintestinais, que corresponde ao maior e mais grave problema sanitário dos pequenos ruminantes, principalmente em animais jovens, quando a imunidade não está completamente desenvolvida, acarretando em infestações intensas, desenvolvendo sinais clínicos, dificultando o crescimento e o ganho de peso do animal, inviabilizando economicamente a criação em alguns casos. O presente estudo teve por objetivo realizar uma avaliação parasitológica em caprinos jovens provenientes de sete propriedades localizadas em sete municípios distintos do Estado do Pará, selecionadas por apresentarem animais com a faixa etária buscada para a presente pesquisa. Foram coletadas amostras fecais de 51 caprinos com idade inferior a 12 meses, pertencentes aos municípios de Belém, Castanhal, Igarapé-Açu, Santa Bárbara, Santa Maria do Pará, São Francisco do Pará e São Miguel do Guamá entre o período de agosto a dezembro de 2015. Para o estudo os animais foram selecionados ao acaso, sem raça definida, de ambos os sexos, sendo 31 machos e 20 fêmeas, apresentando ou não quadro diarreico, criados em regime semi-intensivo e extensivo. As amostras foram armazenadas em frasco coletor universal sem conservantes processadas em um período de até 48 horas após a coleta, no setor de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas, com realização do exame direto, onde utilizou-se uma pequena alíquota do material fecal misturada com quatro a cinco gotas do corante lugol em duas lâminas de vidro para cada amostra, e coberta com lamínulas, seguida de observação ao microscópio. Os resultados encontrados evidenciaram que dos 51 animais do estudo, 76,47% (39/51), mostraram resultados positivos durante a realização do exame fecal. Entre os resultados, diagnosticou-se uma ocorrência de 54,90% (28/31) de Ancylostoma sp., 5,88% (3/51) de Giardia sp., 9,80% (5/51) de Isospora sp., 3,92% (2/51) de Entamoeba nana e 1,96% (1/51) com Trichuris sp. Nove animais apresentaram infecção concomitante, sendo dois para Ancylostoma sp. e Giardia sp.; dois para Ancylostoma sp. e Entamoeba nana e cinco para Ancylostoma sp. e Isospora sp. O presente resultado evidencia a alta ocorrência de enteroparasitas em pequenos ruminantes presentes nas propriedades estudadas, no caso, caprinos jovens, mostrando que medidas profiláticas e aplicação de tratamentos são necessários para buscar melhorias sanitárias na criação desses rebanhos nos municípios do Estado do Pará, visando melhorar a saúde dos animais e consequentemente a economia resultante de uma boa criação.

LEVANTAMENTO DOS CADASTROS DE ABRIGOS DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS NO ESTADO DO PIAUÍ TRABALHADOS NO PERÍODO DE 2012 A 2016. MOURA, J.I.A.; BARRETO, F.M.; NEIVA, C.B.; SOUSA, G.V.; LIMA, S.P.B.; OLIVEIRA, E.H. S.*; BARRETO, L.M.**. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected]. *Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. **Faculdade Estácio de Teresina. Survey of registers of shelters of vampire bats in the state of Piauí worked in the period from 2012 to 2016.

No mundo existem mais de mil espécies de morcegos. Destas, apenas três espécies são de morcegos hematófagos (MH) – Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngi, todas encontradas no Brasil. Os MH possuem uma grande capacidade de adaptação às modificações introduzidas pelo homem ao ambiente, tendo a capacidade de utilizar diferentes tipos de abrigos diurnos para sobrevivência. O estudo objetivou mapear abrigos de MH do estado do Piauí, cadastrados e georreferenciados pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí-ADAPI, no período de 2012 a 2016. O estado do Piauí possui uma área territorial de 251.611,932 km2, localizado no noroeste da Região Nordeste. Limita-se com cinco estados: Ceará e Pernambuco a leste, Bahia a sul e sudeste, Tocantins a sudoeste e Maranhão a oeste. Delimitado pelo Oceano Atlântico ao norte, possui uma população estimada de 3.204.028 habitantes, distribuídos em 224 municípios. Utilizou-se os cadastros de abrigos arquivados na ADAPI, os quais foram classificados em abrigos naturais e abrigos artificiais. Foram trabalhados 109 abrigos de morcegos hematófagos neste período, em 31 municípios, sendo 90 abrigos naturais e 19 artificiais. 83 abrigos (76,1%) encontram-se na região sul e 26 abrigos (23,9%) na região norte do estado. Analisando os casos positivos de raiva em herbívoros no estado nesse período, verificou-se que estavam concentrados em sua maioria na região sul, levando-nos a crer que a quantidade de abrigos com presença de morcegos hematófagos, é um fator que aumenta a probabilidade de aparecer a doença. Todos os abrigos trabalhados neste período foram georreferenciados com GPS. Tal ação é de extrema importância para o monitoramento dos abrigos e da presença ou não de morcegos hematófagos. Em 72 destes abrigos (66%), foi detectada a presença de pelo menos uma espécie de morcego hematófago durante os trabalhos, onde chamamos de abrigos ativos. A oferta de alimentos, grande adaptação, ausência de predadores naturais, assim como a falta de monitoramento periódico destes abrigos cadastrados pelo órgão oficial, faz com que a população desses animais permaneça em constante crescimento. A falta de recursos para intensificar as ações de cadastramento, controle e monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos prejudica os serviços realizados pela Agência.

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GEOPROCESSAMENTO NO ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE MORDEDURAS POR MORCEGOS HEMATÓFAGOS E RAIVA DOS HERBÍVOROS. * PUGA, L.C.H. P.¹; FERREIRA, P.S.¹; PEREIRA, J.O.Z.¹; SILVA, M. R.²; SOUZA, G. N.²; BEVILACQUA, P. D³. 1 - Instituto Mineiro de Agropecuária, Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia Papa João Paulo II, 4001 - Venda Nova -10º Andar Edifício Gerais – Bairro Venda Nova - CEP 31.630-901 - Belo Horizonte – MG, Brasil. E-mail: [email protected]; 2 – EMBRAPA – CNPGL, Juiz de Fora - MG; 3 – UFV, Viçosa - MG. Geoprocessing in the study of bites of vampire bats and rabies in herbivores.

O presente trabalho visa demonstrar a eficiência da utilização de softwares para previsão das áreas de ocorrência da raiva dos herbívoros. A baixa produção de insulina bem como o aumento de peso devido ao grande volume de sangue ingerido no forrageamento faz com que o morcego hematófago não se desloque por grandes distâncias, pois demanda muita energia. De 2012 a 2014 foram realizados 180 questionários nas propriedades, número de animais mordidos recentemente e presença de abrigos de morcegos hematófagos nas propriedades ou próximos. Todos os dados foram incluídos e processados em um sistema de informações geográficas por meio de análise estatística espacial. Foram criados buffers circunscritos de 1 a 12Km a partir dos abrigos para inclusão das propriedades com ocorrência de mordeduras. Obtivemos como resultado que 78,9% das 76 propriedades com ocorrência de mordeduras situam-se em um raio inferior a 3Km dos abrigos ativos. A cada quilômetro em direção ao abrigo ativo, aumenta a chance de ocorrência de mordeduras por morcegos em 1,232 vezes. A presença de abrigo ativo de morcegos na propriedade influencia em 3,253 vezes a ocorrência de mordeduras. A distância média calculada de voo dos morcegos hematófagos foi de 1.280m dos abrigos até às propriedades rurais e resultam em redução efetiva de até 93,75% da área de trabalho para controle da população desses morcegos, com relação às políticas e normas de controle da raiva vigentes no Brasil. A predição da ocorrência de mordeduras por morcegos hematófagos em herbívoros pôde ser visualizada em modelos espaciais utilizando krigagem, e demonstrou maiores valores nas regiões do vale do Rio Paraibuna (entre vertentes da bacia hidrográfica), fato já verificado empiricamente em atividades de captura de morcegos. Esse modelo pode ser utilizado para regiões de relevo semelhante para redução dos custos governamentais e do tempo no combate ao morcegos hematófagos e, consequentemente, para minimizar os prejuízos diretos e indiretos causados pela raiva na produção animal e saúde humana. Com base no presente estudo, a Instrução Normativa 5/2002 do MAPA deve ser revisada, reduzindo a área de 12Km de raio, para obtenção de maior eficiência no programa de controle da raiva animal.

MORCEGOS HEMATÓFAGOS CAPTURADOS NO ESTADO DO PIAUÍ, NO PERÍODO DE 2012 A 2016. BARRETO, F. M.; MOURA, J. I. A.; NEIVA, C. B.; LIMA, S. P. B.; OLIVEIRA, E. H. S*.; BARRETO, L. M**.; SÁ, J. R***. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected] . *Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. **Faculdade Estácio de Teresina. ***Agência Estadual de Defesa do Estado do Maranhão. Vampire bats population in the state of Piauí, in the period from 2012 to 2016.

A raiva é uma doença causada por um vírus, da família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. O ciclo rural é mantido principalmente por morcegos hematófagos (MH). O controle das populações desses morcegos é uma das medidas incluídas no Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, eliminando-os por meio do uso de substâncias anticoagulantes. O serviço de Defesa Agropecuária no Piauí é realizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí – ADAPI. O presente estudo teve como objetivo fazer o levantamento de MH capturados e tratados e amostras encaminhadas ao laboratório, no período de 2012 a 2016, no estado do Piauí. Para a captura, utilizou-se redes de neblina armadas em volta das fontes de alimento e abrigos de MH. 10% dos MH capturados foram encaminhados ao laboratório para análise da circulação viral. No restante, fez-se o tratamento para controle populacional, utilizando pasta tópica à base de warfarina a 2%. Analisou-se dados dos relatórios, e verificou-se que em 2012 foram capturados 709 MH, tratados 635 e enviados ao laboratório 74.capturados em 199 propriedades de 24 municípios. Em 2013, foram 444 MH capturados, 394 tratados e 50 enviados ao laboratório, capturados em 129 propriedades de 15 municípios. Em 2014, 393 MH capturados, 369 tratados e 24 enviados ao laboratório, capturados em 99 propriedades de 13 municípios. Em 2015, 249 MH capturados, 228 tratados, 21 enviados ao laboratório, 48 propriedades trabalhadas em 06 municípios. Em 2016, capturados 327 MH, 295 tratados, 32 enviados ao laboratório, 71 propriedades trabalhadas em 12 municípios. Observou-se uma diminuição gradativa na quantidade de municípios trabalhados, de propriedades atendidas e de animais capturados. Talvez essa queda se justifique pela falta de recursos para custear as despesas com a equipe de captura. As amostras encaminhadas ao laboratório foram 100% negativas para a raiva, mas não se pode dizer que não existe o vírus circulando, pois, o método de captura utilizado, direciona a amostragem para morcegos sadios, ou seja os que estão aptos a voarem de encontro às redes. Concluiu-se que há presença de MH em todas as regiões do Estado e, o controle destes, no Estado do Piauí ainda é realizado de forma parcial.

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RECOMENDAÇÕES E PROCEDIMENTOS EM AÇÕES DE CONTROLE DIRETO DE MORCEGOS Desmodus rotundus (E. GEOFFROY, 1810) EM SITUAÇÃO DE COABITAÇÃO.* PEREIRA, S.N.; COSTA, R.F.R.; PAULINO, J.M.; LIMA, E.E.; COSTA, R.V.C.; OLIVEIRA, M.A.; SILVA-JUNIOR, V.P.** Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA-RJ), Defesa Agropecuária, Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal. Niterói, RJ, Brasil. E-mail: [email protected]. Recommendations and procedures in the direct control of bats Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) in cohabitacion situation.

Vários estudos têm enfatizado um aumento significativo de casos de raiva transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810). É possível encontrar na literatura científica relatos de mortes de animais e de humanos que foram mordidos/espoliados diretamente por este quiróptero ou que tiveram contato indireto com a variante desmodontina, por meio de outras espécies. Este trabalho tem por objetivo apontar aspectos epidemiológicos da disseminação da raiva desmodontina em morcegos em situação de coabitação e destacar a importância do papel da Defesa Agropecuária no controle adequado do principal reservatório do vírus rábico na zona rural. Recentemente, foi noticiado no Estado de Pernambuco, o óbito de uma mulher com 36 anos de idade, ferida por um felino. Contudo, o laudo do exame rábico apontou tratar-se da variante 3 (AgV3), perfil antigênico comum na espécie D. rotundus. Tal variante já foi detectada em morcegos hematófagos, como o Diphylla ecaudata Spix, 1823, morcegos não hematófagos, felinos, cães e humanos, indicando contato com morcegos doentes, portadores da variante 3 (desmodontina). Esta informação fornece subsídios para aceitar a hipótese de que a disseminação do vírus rábico pode ser facilitada pela coabitação do D. rotundus com outros quirópteros, principalmente os não hematófagos, uma vez que podem ocorrer interações interespecíficas, como mordeduras nas lutas por espaços, aumentando a possibilidade de transmissão da doença. Assim, é importante enfatizar que o controle inadequado de morcegos D. rotundus, pode indiretamente viabilizar a dispersão viral, particularmente em abrigos artificiais, pois a desorganização causada entre os nichos de morcegos no mesmo abrigo, pelo uso de puçás e outros acessórios, facilitaria a interação interespecífica e a possível disseminação, caso haja vírus circulante. Nesse contexto, ressaltamos o risco para a Saúde Pública da disseminação entre as espécies não hematófagas. No Estado do Rio de Janeiro, tem sido observada uma predominância de casos positivos para raiva nestas espécies, particularmente em áreas urbanas. A presença de animais domésticos abandonados ou não pode representar um aumento desse risco pela possibilidade do contato com morcegos doentes. Portanto, em ações de controle direto em abrigos artificiais, recomenda-se realizar análise prévia da inexistência de convivência interespecífica. Em casos de coabitação, é indicado seguir as orientações prescritas para o controle em abrigo natural, tais como: adentrar excepcionalmente e realizar as ações de captura somente na parte externa do abrigo.

DESCRIÇÃO DA ATUAÇÃO DA AGÊNCIA GOIÂNIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - AGRODEFESA NO CONTROLE DA RAIVA NOS MUNICÍPIOS DE PALMEIRAS DE GOIÁS E PALMINÓPOLIS, ESTADO DE GOIÁS. MASSON, G.C.I.H; DIAS, L.O; ¹OLIVEIRA, M; ²LEAL, A.A. ³VASQUES, R. R. Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Unidade Regional Rio dos Bois, Rua Abel Coimbra, n° 99, quadra 23, lote 10ª, Centro, CEP 76190-000, Palmeiras de Goiás, GO, Brasil. E-mail: [email protected]. Description of the action by Goiania Agricultural Defense Agency Agrodefesa to control rabies focus in Palmeiras de Goiás and Palminópolis city, State of Goiás.

A raiva é uma encefalite aguda e fatal cujo agente é um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie vírus da raiva. Todos os mamíferos incluindo os seres humanos são susceptíveis a esta enfermidade. A doença apresenta quatro ciclos de que se inter-relacionam. No ciclo rural, o principal transmissor são os morcegos hematófagos Desmodus rotundus. É uma doença de notificação compulsória e alvo dos programas sanitários que objetivam seu controle por meio de vigilância ativa, passiva como o cadastro de abrigos, captura de morcegos, atendimento à notificação e vacinação. O objetivo deste é apresentar e divulgar as ações da Agrodefesa diante de um foco de Raiva em Palmeiras de Goiás e Palminópolis - GO. Após a notificação do produtor rural realizada no dia 05 de julho, propriedade rural foi visitada e identificou-se uma fêmea bovina de dois anos com manifestações clínicas sugestivas de raiva. O animal apresentava-se em decúbito lateral, opistótono, inquietação e sialorreia intensa. Segundo o proprietário o animal inicialmente apresentou incoordenação motora dos membros posteriores e relatou histórico de morte de outros três bovinos na propriedade. O animal foi sacrificado e coletou-se o encéfalo, que foi encaminhado ao laboratório de diagnóstico veterinário da Agrodefesa - Labvet. A amostra foi positiva para raiva no teste de Imunofluorescência Direta. Após o recebimento do laudo iniciamos o trabalho, conforme o Manual Técnico para o Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA. Inicialmente a propriedade foco foi notificada e, posteriormente, as propriedades circunvizinhas num raio de 12 km, delimitado com auxílio das coordenadas geográficas disponíveis no sistema SIDAGO da Agrodefesa e Google Earth®. Dentre as ações de vigilância ativa, durante as visitas, realizou-se a investigação epidemiológica, verificação de abrigos e casos suspeitos. Todo o trabalho foi realizado em sete dias, sendo notificadas 70 propriedades. Em propriedades sem cobertura vacinal foi realizada a vacinação assistida. Identificou-se também o abrigo dos morcegos onde se realizou a captura e alguns exemplares confirmando a circulação viral e infecciosidade da colônia, pois, dos quatro Desmodus rotundos capturados, um apresentou-se positivo para a raiva. Ao todo quatro propriedades de Palmeiras e duas em Palminópolis foram positivas para raiva apresentando nove e três animais positivos para raiva, respectivamente. Entretanto, a mortalidade em ambos os municípios foi maior que 60 animais. Conforme a IN 02/2017 da Agrodefesa os municípios em questão não são considerados áreas de risco para raiva, portanto a vacinação não é obrigatória. A atuação neste foco demonstrou a importância do pronto atendimento à notificação, vigilância ativa e principalmente as ações de educação sanitária, pois os produtores tinham receio de comunicar e serem penalizados. As informações clínico-epidemiológicas e as características ambientais sugerem a inclusão destes municípios na zona de risco para raiva em Goiás.

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UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO MONITORAMENTO E CONTROLE POPULACIONAL DOS MORCEGOS HEMATÓFAGOS NAS ILHAS FLUVIAIS DO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA-PARÁ-BRASIL 1 RAMOS, O.S.; 2 SILVA, L.P.; 3 SOUZA, E.M.; 3 SOUZA, S.M.F.; 3 MELO, T.I.S. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca- SEDAP- Trav. do Chaco, 2232- CEP 66.093-410, Marco, Belém, PA, Brasil Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará- ADEPARÁ- Av. Pedro Miranda, 1670-B, CEP 66085-023, Pedreira, Belém, PA, Brasil. Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua- SESAU- Rod. BR 316, Km 08, nº 411, CEP 67.030-133, Centro, Ananindeua, PA, Brasil. Use of geoprocessing as a tool in the monitoring and population control of the hematophagous bats in the fluvial islands of the Ananindeua-Pará-Brasil municipality.

A raiva é uma doença do sistema nervoso que acomete predominantemente os mamíferos, sendo fatal em praticamente 100% dos casos. Os herbívoros em geral, são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois embora participem do ciclo rural da doença, contribuem apenas como sentinela à existência do vírus. O município de Ananindeua pertence à região metropolitana de Belém/PA, margeada pelo Rio Maguari, possui 14 ilhas fluviais. O objetivo do presente estudo foi gerar mapas geográficos de áreas propícias para o ataque espoliativo de morcegos hematófagos em diferentes espécies animais no município de Ananindeua/PA, criando um banco de dados geográficos de eventos relacionados ao ataque e assim subsidiar o melhor controle populacional dos quirópteros. Foi realizado o cadastramento e o georreferenciamento em localidades com propriedades onde animais domésticos (bovinos, suínos e aves) estavam sendo espoliados por quirópteros. Foram atendidas 5 propriedades da Ilha João Pilatos, 1 na Ilha Viçosa e 1 na Ilha Santa Rosa. Os mapas foram elaborados utilizando-se o sistema ARC. GIS 9,3, bases cartográficas do município de Ananindeua e o equipamento GPS MAP 60 CSX Garmin. Foram capturados 35 morcegos hematófagos, georreferenciados e cadastrados 6 abrigos artificiais, 3 abrigos naturais e 7 pontos de captura, gerando um mapa para avaliação espacial. Ao se inter-relacionar as bases de dados georreferenciados e expressá-las visualmente no mapa digital, observou-se que a localização dos abrigos e das propriedades atacadas por morcegos encontram-se nas proximidades dos manguezais que margeiam as ilhas. Sabe-se que certas características de uma região determinam altas populações de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus em áreas próximas aos rios, por favorecerem um maior número de abrigos. O presente estudo indicou que possivelmente os morcegos se deslocam pelos manguezais e que o georreferenciamento é importante ferramenta no controle de ataques de quirópteros em animais e, consequentemente, no controle da raiva em herbívoros.

O SISTEMA DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇAS NERVOSAS EM HERBÍVOROS E A RAIVA RURAL NO BRASIL. SENA, E.F.; ²LAURINDO, E.E.; ³COSTA, M.C.R; 4VAZ, J.A.M.C. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bloco D, anexo A, Brasília, DF, [email protected]. ²Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Curitiba, Paraná. ³ Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Belo Horizonte, Minas Gerais. 4Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Campinas, São Paulo.

A vigilância do Serviço Veterinário Oficial (SVO) brasileiro é principalmente direcionada à investigação de enfermidades sindrômicas, e não de enfermidades isoladas, visando aumentar a sensibilidade dessa vigilância. As síndromes de interesse do SVO são: vesiculares, nervosas, hemorrágicas dos suínos, e respiratórias e nervosas das aves. No caso das síndromes nervosas em herbívoros, as doenças-alvo são: raiva, encefalites equinas e as encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET). No Brasil, a vigilância de doenças nervosas em herbívoros é predominantemente direcionada à raiva, doença endêmica na região rural. No mapa de risco de raiva no mundo (2012), da Organização Mundial de Saúde – OMS, todo o território brasileiro é apresentado na região de alto risco para a doença. Desde 1966, o Brasil aplica medidas específicas para raiva herbívora, sendo atualmente vigente o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), que visa reduzir a ocorrência da doença, mediante as seguintes ações: vigilância epidemiológica; vacinação estratégica das espécies suscetíveis; educação em saúde; controle dos transmissores da raiva no ambiente rural. Devido à importância da raiva, no Brasil é obrigatória a notificação de suspeita ou ocorrência de síndromes nervosas em herbívoros ao SVO, que deve atender a notificação e aplicar os procedimentos de investigação e controle para preservar a saúde humana e animal. Na área rural, o principal transmissor da raiva é o morcego hematófago Desmodus rotundus, espécie amplamente distribuída no território brasileiro. Esses morcegos se abrigam em cavernas, fendas e buracos de árvores e construções abandonadas. A grande oferta de abrigos e o significativo do rebanho no país, atualmente com mais de 218 milhões de bovinos e bubalinos, são os principais fatores contribuintes para a disseminação da raiva aos herbívoros, o que torna improvável a sua erradicação e requer a continuidade de ações específicas, tanto por segmentos oficiais como privados, para o efetivo controle da doença. A vigilância da raiva herbívora é essencialmente passiva, pois as ações de controle são decorrentes de notificação ao SVO, sendo fundamental um sistema sensível de notificação e investigação, para conhecimento da situação epidemiológica da doença e assim mitigar o risco para as pessoas e os animais na área rural.

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THE SURVEILLANCE SYSTEM OF NERVOUS SYNDROME IN HERBIVORES AND RURAL RABIES IN BRAZIL. SENA, E.F.; ²LAURINDO, E.E.; ³COSTA, M.C.R; 4VAZ, J.A.M.C. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bloco D, anexo A, Brasília, DF, [email protected]. ²Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Curitiba, Paraná. ³ Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Belo Horizonte, Minas Gerais. 4Superintendência Federal de Agricultura – SFA, Campinas, São Paulo.

The surveillance of the Official Veterinary Service (OVS) aims at the investigation of diseases grouped by syndromes, not diseases isolated in order to increase the sensitivity. Four syndromes are the objective of this surveillance: vesicular, nervous in herbivores, hemorrhagic of swine and aviary respiratory/nervous. In the case of nervous syndrome in herbivores, the target diseases are: rabies, equine encephalitis and transmissible spongiform encephalopathies (TSE). Surveillance of nervous disease syndromes in herbivores in Brazil is mainly addressed to rabies, which is considered endemic in rural areas. In the map of areas of risk for rabies in the world (2012), of the World Health Organization (WHS), the entire Brazilian territory is presented as high-risk area. Since 1966, Brazil has been adopting specific measures for rabies in herbivores, and is currently the National Program for Control of Rabies in Herbivores, which aims to reduce the occurrence of the disease, through the following actions: epidemiological surveillance; strategic vaccination of susceptible species; health education; control of the transmitters of rural rabies. Due the importance of rabies, in Brazil it is mandatory to report to the OVS any suspicion or occurrence of nervous diseases in herbivores, which will develop investigation and control activities, in order to preserve human and animal health. In the rural area, the main transmitter of rabies is the vampire bat Desmodus rotundus, widely distributed throughout the territory. These bats use as shelter caves, rifts and holes in trees and abandoned buildings. The great offer of these shelters and the significant herd in the country, currently around 218 million cattle and buffaloes, are the main contributing factors to the spread of rabies to herbivores, making unlikely the rural rabies eradication and requiring continuity of specific actions by official and private sectors, for the effective control of the disease . The surveillance of herbivorous rabies is essentially passive, since control actions are due to notification to the OVS, and a sensitive notification and investigation system is essential to know the epidemiological situation of the disease and so mitigate the risk to people and animals in the area rural. Between years 2011 to 2016, the Brazilian OVS recorded 4,958 rabies outbreaks in herbivores and were carried out 14,102 laboratory tests for rabies in these animals. In these period, of the 7,921 cases of herbivorous rabies, about 90% occurred in cattle, 9% in horses and 1% in small ruminants. Comparing 2016 with 2011, there was a 35% reduction in the number of laboratory tests, a 50% reduction in the number of outbreaks and a 43% reduction in the number of cases of herbivorous rabies. As for the distribution of the 412 outbreaks in 2016 in the Brazilian regions, 8% (35) occurred in the North, 16% (64) in the Northeast, 11% (45) in the Midwest, 38% (110) in the Southern and 27% (110) in the South region.

ACOMPANHAMENTO PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL DE FOCO DE RAIVA EM HERBÍVOROS, NO MUNICÍPIO DE RUSSAS – CEARÁ. LOUREIRO, A.M.; DA SILVA, A.W.L.; DE CARVALHO, A.L.; DE MEDEIROS, E.G.; SILVA, D.C.C.; DE OLIVEIRA, C.S.; MAIA, F.A.L; SOUSA, F.J.N.; JÚNIOR, F.X.S.; JÚNIOR J.N.A.; MIRANDA, A.S.M. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Av. Bezerra de Menezes, 1820, CEP 60325-002, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Accompaniment by the official veterinary service of rabies focus on herbivoros, in the municipality of Russas - Ceara.

A Raiva é uma zoonose de importância significativa na saúde pública, a qual acarreta prejuízos econômicos aos pecuaristas. É uma doença viral de notificação obrigatória no Brasil, com aproximadamente 100% de letalidade e que apresenta sintomatologia nervosa, como paralisia dos membros, movimentos de pedalagem, agressividade, convulsões, dentre outros. Os morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus são os principais responsáveis pela manutenção do vírus no ambiente rural, através de espoliações em animais de produção. O Estado do Ceará, possui 184 municípios em seu território, entre eles o município de Russas, localizado no Vale do Jaguaribe. O Serviço Veterinário Oficial (SVO), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI, na data de 08 de agosto de 2017, foi notificada por terceiros, de uma suspeita para raiva em herbívoro. Com isso, a Coordenação Estadual do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), direcionou a notificação ao escritório local da ADAGRI, núcleo local de Russas, o mais próximo da localidade, para atendimento e vigilância epidemiológica. Dia 09 de agosto, o Fiscal do núcleo de Russas, foi até a localidade e verificou animal apresentando sinais clínicos sugestivos de raiva, como: isolamento; andar cambaleante; paresia posterior seguido de decúbito esternal, caminhado para decúbito lateral com movimentos de pedalagens, além de um histórico de mortalidade de 31 animais, em um rebanho de aproximadamente 4.000 bovinos. Dia 10 de agosto, animal veio a óbito e o Fiscal realizou a coleta do material de sistema nervoso central, o qual foi encaminhado para diagnóstico, no Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen, no município de Fortaleza. O resultado diagnóstico foi positivo para raiva. A partir do caso confirmado, o SVO iniciou os trabalhos educativos e orientativos aos produtores da região para que vacinassem seus rebanhos e a busca ativa de abrigos de morcegos hematófagos, onde foram localizados 04 (quatro) abrigos, sendo 02 (dois) bueiros, 1 (um) canal e 1 (uma) furna, todos com presença de morcegos hematófagos. A equipe realizou controle populacional da espécie Desmodus rotundus, foram capturados 38 morcegos, dos quais 7 (sete) foram encaminhados para teste laboratorial e diagnosticados com resultados negativos para raiva. As atividades do programa estadual de controle da raiva, visam controlar ou minimizar os casos de raiva em herbívoros, no nosso estado, ações preconizadas pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), sendo as atividades educativas de grande importância, pois através destas ações conseguimos sensibilizar a população, entre criadores, produtores, profissionais da área de saúde, colegas médicos veterinários, a colaborarem com o serviço veterinário oficial, com as notificações de suspeitas de doenças neurológicas, além de repassarmos conhecimento sobre a doença e as formas de prevenção e profilaxia.

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SITUAÇÃO DA RAIVA DOS HERBÍVOROS NO DISTRITO DA IBIAPABA, MUNICÍPIO DE CRATEÚS-CE. CARDOSO FILHO, F.C.; PINHO, J.B.; LOUREIRO, A.M.; SILVA, A.W. L.; SANTOS, N.V.; QUEIROZ JUNIOR, E.M. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Avenida Bezerra de Menezes, 1820 – CEP: 60325-002, São Geraldo, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Situation of anger of the herbivoros in the Ibiapaba district in the municipality of Crateús - CE.

A raiva é uma doença viral, infecciosa e que se caracteriza como uma zoonose que acomete mamíferos terrestres causando encefalite aguda e é considerada ainda um grave problema econômico e em saúde pública devido sua alta letalidade. Ibiapaba é um distrito do município de Crateús, no interior do estado do Ceará, no Brasil. O nome do distrito é uma referência à serra da Ibiapaba, local onde a mesma se encontra. O objetivo deste estudo é analisar as notificações da raiva dos herbívoros durante o ano de 2017 de janeiro a setembro, no distrito da Ibiapaba, município de Crateús-CE. Utilizou-se, para a análise, o compilado oficial de notificações de casos suspeitos de raiva dos Herbívoros durante o ano de 2017 até o mês de setembro, referente ao município de Crateús-CE, fornecido pelo banco de dados da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará. Verificou-se a ocorrência de 15 notificações. Vale-se ressaltar que nos anos anteriores não houve notificações de animais com sintomatologia de raiva no município estudado. Dessas 15 notificações 8 (53,3%) se concentraram no distrito da Ibiapaba, número considerável uma vez que o município de Crateús tem 13 distritos. Durante o período pesquisado o serviço veterinário oficial recebeu 08 notificações do distrito estudado, vale-se ressaltar que todas ocorreram nos meses de agosto e setembro, sendo que dessas 7 (87,5%) acometeram a espécie bovina e apenas 1 (12,5%) afetaram outra espécie, no caso um ovino. As localidades com notificações na Ibiapaba foram: 03(37,5%) no Quirino, 03 (37,5%) Barra do Sobradinho, Poty e Saco da Cruz com uma cada. Foi possível a realização de coleta em 6 (75%) das notificações, sendo que as que não foram possíveis foi devido ao estado avançado de decomposição da carcaça, devido a notificação tardia. As amostras coletadas foram processadas no LACEN-CE e no IMA-MG. Após as notificações o Serviço Veterinário Oficial começou o trabalho de orientação aos produtores da região para que vacinassem seu rebanho e pela busca de abrigos de morcegos hematófagos, onde pode-se localizar um abrigo localizado abaixo da linha férrea naquela localidade com a presença de aproximadamente 100 morcegos hematófagos. Essas notificações começaram a surgir após uma semana de educação sanitária com produtores e estudantes de cursos relacionados com área agrária, demonstrando que uma educação sanitária bem-feita -trará resultados significativos ao trabalho da defesa sanitária animal, podendo ser instituída não só no programa da raiva, – como também nos demais programas sanitários.

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A SÉRIE HISTÓRICA DOS CASOS DE RAIVA DOS HERBÍVOROS DE 1977 A 2012 E SUA OCORRÊNCIA ENTRE 2013 E 2016 NO ESTADO DO PARANÁ. DOGNANI, R.; VIEIRA; R.G.V.; DIAS, R.G. Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Rua dos Funcionários, 1559, CEP 80035-050, Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Comparative analysis of the historical series of cases of rabies in large animals from 1977 to 2012 and its occurrence from 2013 to 2016 in the state of Paraná, Brazil.

A raiva é a enfermidade nervosa de maior ocorrência nos herbívoros domésticos do Paraná e possui grande importância econômica e em saúde pública. Apesar de sua importância, poucos estudos sobre a doença no estado do Paraná foram desenvolvidos. Dentre estes, Dognani et al. (2016), analisaram a série histórica da ocorrência da raiva dos herbívoros de 1977 a 2012, verificando a ocorrência de ciclicidade (a cada 18 anos) e de áreas de maior risco para a enfermidade. O objetivo deste estudo é analisar a ocorrência da raiva dos herbívoros entre 2013 e 2016, compararam-se os dados de ocorrência (número de casos, município, espécie animal acometido) com os mesmos dados observados no período de 1977 a 2012. Utilizou-se, para a análise, o compilado oficial de casos da doença durante o período de 2013 a 2016, fornecido pelo banco de dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. Verificou-se a ocorrência de 84 casos em 2013, 35 casos em 2014, 39 casos em 2015 e 42 casos em 2016. Entre as espécies, os bovinos representaram 83.5% dos casos (167), seguido pelos equideos com 12% (24) e as demais espécies de herbívoros domésticos com 4,5% (9), mantendo o perfil anteriormente observado. Observou-se que a curva de ocorrência do período de 2013 a 2016 segue a tendência do período anterior demonstrada por Dognani et al. (2016), quando se estimou o momento do ponto mínimo da curva de casos para o ano de 2017. Os municípios de Prudentópolis (35), Ipiranga (16), Guarapuava (15), Piraquara (14) e Turvo (13) foram os com maior número de casos confirmados, em contraste com os resultados do período de 1977 a 2012 (municípios de Castro, Tibagi e São José dos Pinhais). A mesorregião de Sudeste apresentou o maior número de casos, seguida das mesorregiões Centro-Sul e Centro-Oriental. O estudo demonstra que a enfermidade, apesar de encontrar-se em período de baixa ocorrência, esta em difusão pelo estado, com expansão do número de casos além das áreas de ocorrência tradicional. Sugere-se que a presença de abrigos, principalmente os artificiais, na mesorregião Sudeste esteja favorecendo a multiplicação do transmissor, potencializando o risco da enfermidade e mantendo a tendência, verificada por Dognani et al. (2016), de expansão do número de casos da raiva nesta mesorregião.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA RAIVA DOS HERBÍVOROS NO ESTADO DO PIAUÍ NO PERÍODO DE 2011 A 2016. BARRETO, F.M.; MOURA, J.I.A.; NEIVA, C. B.; BATISTA FILHO, D.M.; OLIVEIRA, E.H. S.*; BARRETO, L.M.**. Agência de Defesa Agropecuária do Piauí. Rua 19 de Novembro, 1980, CEP 64002-540, Teresina, PI, Brasil. [email protected] . *Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. **Faculdade Estácio de Teresina. Epidemiological profile rabies of herbivores in the state of Piauí in the period from 2011 to 2016.

A raiva é uma zoonose conhecida desde os tempos remotos. É uma encefalomielite viral, aguda, endêmica em muitas regiões do mundo, destacando-se pelas perdas econômicas na pecuária e por ser uma zoonose fatal. O principal reservatório é o morcego hematófago Desmodus rotundus. No estado do Piauí, a partir do ano de 2006, com a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí - ADAPI e a contratação de Médicos Veterinários para atuar no serviço veterinário estadual, foi possível incrementar as ações do programa de controle da raiva dos herbívoros, com o maior número de amostras encaminhadas para diagnóstico laboratorial. O objetivo desse estudo foi traçar o perfil epidemiológico da raiva no estado no período de 2011 a 2016, de acordo com os dados registrados na ADAPI. Avaliou-se os dados obtidos no formulário de Investigação de doenças inicial (FORM-IN) de cada coleta realizada em atendimento de notificação realizada pelos Médicos Veterinários da ADAPI, acompanhados dos respectivos laudos de exames das amostras, emitidos pelo Laboratório de Patologia Animal da ADAPI no período de 2011 a 2016. Utilizou-se a técnica de Imunofluorescência direta (IFD) para o diagnóstico da doença. Foram analisados um total de 65 formulários enviados ao laboratório para diagnóstico de raiva, sendo que os dados e resultados necessários para o desenvolvimento do presente trabalho foram extraídos dos 26 formulários que resultaram positivos para a raiva dos herbívoros. De 65 amostras de herbívoros coletadas, 40% foram positivas para raiva. Dentre os positivos, 92,30% foram da espécie bovina. Todos os animais estavam abaixo dos três anos de idade. 68% dos animais acometidos não foram vacinados contra a raiva e 11%, sem qualquer tipo de informação a respeito da vacinação. Podemos afirmar que a raiva dos herbívoros é uma doença endêmica distribuída em todo o estado do Piauí, acometendo principalmente bovinos jovens, independente do sexo. A maioria dos casos ocorreu nos meses de maio e novembro. Existe a necessidade de um maior investimento nas ações de defesa sanitária voltadas para a prevenção da doença com campanhas de vacinação, controle de morcegos hematófagos e um amplo trabalho de educação sanitária para conscientizar toda a população sobre a importância da doença.

WORKSHOPS REGIONAIS SOBRE VIGILÂNCIA DAS SÍNDROMES NEUROLÓGICAS EM HERBÍVOROS NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. VAZ, J.A.M.C; DEPES, C.R2; DIZ, S.M.L.T2; FADIL, P.A2; DEL FAVA, C.3; JUSTINO, L.N.B2; GONÇALVES, V.L.N2. Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo, SFA-SP, Av. Heitor Penteado, 2145, Campinas, SP, CEP 13087-000, Brasil, E-mail: [email protected]. 2 Coordenadoria de Defesa Agropecuária – CDA/SAA-SP, Campinas-SP, 3 Instituto Biológico de São Paulo – IB/SAA-SP, São Paulo-SP. Regional workshops about surveillance of neurological syndromes in herbivors in São Paulo state, Brazil.

A adequada colheita de amostras do sistema nervoso central (SNC) de herbívoros é essencial para possibilitar os diagnósticos diferenciais de raiva, das encefalopatias e outras enfermidades do SNC. Em ruminantes, é também fundamental para a manutenção do status sanitário do país como de risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (EEB). O responsável pela colheita exerce papel importantíssimo, visto que inicia a investigação das suspeitas ou ocorrências, observa os aspectos clínicos e epidemiológicos, colhe, prepara o material para envio aos laboratórios de diagnóstico e executa as notificações ao serviço oficial. Os autores planejaram e realizaram workshops regionais objetivando conscientizar e orientar os profissionais e estudantes quanto aos procedimentos técnicos, visando efetivo diagnóstico das síndromes neurológicas, especialmente raiva e encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET). Foi elaborado procedimento operacional padrão (POP) sobre acondicionamento e transporte de amostras do SNC de ruminantes, disponibilizado aos participantes. Os eventos ocorreram entre 2015 e 2016 em regionais com fatores de risco para a raiva e a EEB, em locais estratégicos (instituições de ensino superior, cooperativas e sindicatos rurais), em parceria com os Escritórios de Defesa Agropecuária Regionais/CDA e o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP). Em cada workshop foram realizadas palestras técnicas sobre os Programas Nacionais e Estaduais da raiva dos herbívoros e da EEB, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, acondicionamento e transporte de amostras biológicas e importância dos formulários (FORM-NOTIFICA, FORM-SN). Foram exibidos vídeos demonstrativos de sintomas e procedimentos de colheita. Houve estudos de casos com exemplos práticos. Cada participante recebeu um CD com as palestras, os formulários, legislações, manuais técnicos e o POP. Foram realizados 16 workshops nas regionais: São João da Boa Vista, Botucatu, Itapeva, Piracicaba, Sorocaba, Marília, Tupã, Presidente Prudente, São Paulo, Fernandópolis, Andradina, Franca, Ourinhos, Guaratinguetá, Barretos e Ituverava. Ao todo, foram capacitadas 1480 pessoas, sendo 553 profissionais (37,8%) e 927 graduandos do último ano de medicina veterinária (62,6%). Ao final de cada evento, foi aplicado questionário educativo. A média geral das notas da avaliação foi 8,3. Podemos concluir que o aproveitamento foi satisfatório e o objetivo alcançado, foram abordados conteúdos enfatizando a importância da adoção correta dos procedimentos visando o diagnóstico diferencial das síndromes neurológicas, resultando em diminuição do percentual de descarte de amostras para o diagnóstico das EETs.

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CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE RISCO ASSOCIADOS À PRESENÇA DE MEGNINIA SPP. EM GRANJAS DE POSTURA. OLIVEIRA, T.M.; TEIXEIRA, C.M.; ARCEBISPO, T.L.M.; ANTUNES, K.D.; REZENDE, L.C.; CUNHA, L.M.; DINIZ, S.A.; NUNES, C.C.; SILVA, M.X. Escola de Veterinária da UFMG, Av,. Anônio Carlos, 6627 – CP 567 CEP: 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Epidemiological characterization and risk evaluation associated with the presence of Megninia spp. in posture farms.

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar e caracterizar os riscos para a presença de Megninia spp. em galpões de granjas de postura de Minas Gerais, utilizando para isso Análise de Correspondência (AC). Foi utilizado um banco de dados secundário e adaptado para este estudo, com informações de 402 galpões de 42 propriedades comerciais de galinhas poedeiras. As variáveis utilizadas para compor o modelo de correspondência foram selecionadas através de testes de Qui-quadrado (P≤0,05). Foi construído um índice de risco para a presença de Megninia spp. a partir de variáveis consideradas como fatores de risco para a presença desses ectoparasitos. O gráfico da AC produzido para a caracterização epidemiológica da presença de Megninia spp. apresentou um valor de qui-quadrado acumulado de 58,55%. Observa-se que houve uma associação do índice de risco com a faixa de idades das aves, entre a presença Megninia spp. e a utilização de óleo mineral e de acaricida na ração e, por último, uma associação entre a presença de rolinhas (Columbina talpacoti) e a ausência de ácaros do gênero Megninia. Estes resultados fornecem conhecimento sobre a epidemiologia de Megninia spp. Além disso, estas informações poderão contribuir na tomada de decisão diminuindo os riscos de possíveis infestações nos plantéis e dos efeitos negativos decorrentes por esse por esse parasitismo.

FREQUÊNCIA DE ECTOPARASITOS EM GRANJAS DE RECRIA AVÍCOLAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS. OLIVEI-RA, T.M.; TEIXEIRA, C.M.; ARCEBISPO, T.L.M.; ANTUNES, K.D.; REZENDE, L.C.; CUNHA, L.M.; DINIZ, S.A.; NUNES, C.C.; SILVA, M.X. Escola de Veterinária da UFMG, Av,. Anôni Carlos, 6627 – CP 567 CEP: 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Frequency of ectoparasites in poultry farms in the state of Minas Gerais.

A avicultura industrial de postura é uma atividade de grande importância para a economia do Brasil sendo a produção realizada predominantemente em sistema de criação em gaiolas, com fase ou etapa de cria, recria e produção ou postura. Estas etapas do sistema de produção podem apresentar infestações por Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778), Ornithonyssus bursa (Berlese, 1888) e Ornithonyssus sylviarum (Canestrini e Fanzago, 1877), os quais são ácaros hematófagos que podem determinar danos econômicos, produtivos e sanitários para os plantéis. Além disso, insetos da ordem Phthiraptera como Menacanthus stramineus, Menacanthus cornutus e Menacanthus pallidulus também parasitam galinhas de postura sendo essas espécies responsáveis por danos aos seus hospedeiros, com a ocorrência de microhemorragias e anemias graves. Somado a isso, o acúmulo de esterco nesses sistemas de criação tende a favorecer o desenvolvimento de algumas espécies de moscas sinantrópicas, dependendo das condições biogeocenóticas. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a frequência dos ectoparasitos descritos anteriormente em granjas e galpões de recria do estado de Minas Gerais. A avaliação foi realizada a partir de um banco de dados secundário adaptado de Cunha (2013). As visitas às granjas de recria foram realizadas durante os meses de março a julho de 2012. Foram visitados 18 estabelecimentos, sendo avaliados 29 galpões. Verificou-se que 83% das granjas e 51% dos galpões avaliados apresentavam ectoparasitos em suas criações. Dentre os ectoparasitos, observou-se a presença de O. sylviarum em 31% dos galpões, de O. bursa, M. pallidus e M. cornutus em 10% e de M. stramineus em 13%. Além disso, observou-se a presença de dípteros, do gênero Chrysomia sp. em 34% dos galpões, da espécie Musca domestica em 20% e o e do gênero Fannia sp. em 7%. Além da presença individual dos ectoparasitos, verificou-se em 51% dos galpões, a ocorrência simultânea de mais de um tipo de ectoparasito. Dessa maneira, concluiu-se que ácaros hematófagos, malófagos e moscas estão presentes em galpões de granjas com sistemas de recria, o que ressalta a necessidade de estudos epidemiológicos que possam contribuir na elaboração de estratégias de controle mais eficazes contra estes ectoparasitos, uma vez que as aves podem sair da recria para a postura infestadas pelos ectoparasitos.

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CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE RISCO ASSOCIADOS À PRESENÇA DE PARASITOS DA ORDEM PHTHIRAPTERA EM GRANJAS COMERCIAIS DE POSTURA. OLIVEIRA T.M*; TEIXEIRA C.M; CUNHA L.M.; DINIZ S.A.; SILVA M.X. Escola de Veterinária da UFMG, Av. Antônio Carlos, 6627 – CP 567 CEP: 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: [email protected]. Epidemiological characterization and risk assessment associated with the presence of the Phthiraptera order parasites in commercial laying farms

A ordem Phthiraptera é constituída por invertebrados popularmente conhecidos como piolhos. Esta ordem é dividida em quatro subordens, e entre elas apenas duas (Ischnocera e Amblycera) tem espécies que são encontradas parasitando as aves. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar e caracterizar o risco para a presença de ftirápteros em galpões de granjas de postura de Minas Gerais. Foi realizado uma Análise de Correspondência (AC) utilizando um banco de dados secundário com informações de 402 galpões de 42 propriedades comerciais de galinhas poedeiras. Foi construído um índice de risco para a presença de ftirápteros a partir de variáveis descritas como fatores de risco para a presença desses ectopa-rasitos. As variáveis utilizadas para compor o modelo de correspondência foram selecionadas através de teste de Qui-qua-drado (p ≤ 0,05). O gráfico da AC produzido para a caracterização epidemiológica da presença de ftirápteros apresentou um valor de qui-quadrado acumulado de 53,59%. Observou-se uma associação do dos três índices de risco para a presença de ftirápteros com a presença de as aves sinantrópicas, galinhas de subsistência e controle de ectoparasitos. Estes resultados fornecem conhecimento sobre a epidemiologia de ftirápteros, além de contribuir na tomada de decisão para controle desses ectoparasitos, reduzindo os efeitos negativos decorrentes por esse parasitismo e diminuindo os riscos de possíveis infesta-ções nos plantéis.

* Bolsista de Doutorado FAPEMIG

DIVERSIDADE GENÉTICA DE Salmonella Gallinarum ORIUNDA DE CASOS DE TIFO AVIÁRIO DE SANTA CATARINA. GADOTTI, D.L1.3; REBELATTO, R2; MACIEL, P. B3; DEZEN, D1; DUARTE, S.C2. Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia. Faculdade de Medicina Veterinária. Rodovia SC 283 - km 17 - CEP 89703-720 - Concórdia – SC. Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]. 1- Instituto Federal Catarinense, 2- Embrapa Suínos e Aves, 3- Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina –CIDASC. Genetic diversity of Salmonella Gallinarum from cases of Santa Catarina.

Salmonella Gallinarum (SG) é um sorovar específico de aves que causa o Tifo aviário, uma enfermidade de notificação obrigatória que se manifesta de forma aguda ou crônica e determina septicemia em aves. Em Santa Catarina (SC), do início de 2012 até fevereiro de 2017, houve 96 notificações ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) de Tifo Aviário. A caracterização destas cepas tem grande importância para avaliações epidemiológicas. Uma das técnicas mais usadas para tipificação de Salmonella é a Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE). Nesta técnica o DNA é imobilizado na agarose, segmentado por enzimas de restrição e separado pelo tamanho quando submetidos a um pulso elétrico, gerando padrões de DNA específicos. Este estudo objetivou estudar a diversidade genética de SG oriundas de casos de tifo aviário em SC, buscando identificar similaridade ou dissimilaridade entre as estirpes isoladas dos focos. Foram analisadas 56 cepas de SG oriundas do Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) - Campinas, que na Embrapa Suínos e Aves foram submetidas a análises por PFGE segundo protocolo padronizado pelo pulsenet CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). As similaridades entre os perfis obtidos na PFGE foram baseados na comparação visual de padrões de bandas de isolados corridos em géis e comparados entre si pelo uso do software BioNumerics (versão 3.0; Applied Maths). As semelhanças entre os padrões de fingerprints dos isolados foram determinados com base no coeficiente de correlação de Dice e o valor de tolerância da posição da banda foi de 1.7%. O dendograma foi gerado pelo UPGMA (Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Mean) e os isolados foram considerados do mesmo pulsotipo quando o número e a localização das bandas foram indistinguíveis. Os isolados com diferença de uma banda foram considerados de pulsotipos distintos. Foram obtidos 16 pulsotipos com número de bandas variando entre 9 e 11 e com similaridade entre eles de 95,7 a 63,1% (figura 1). Dos 16 pulsotipos obtidos, o que engloba o maior número de isolados é constituído por 57,1% das amostras analisadas (32/56). Um segundo pulsotipo é constituído por 10,7% dos isolados (6/56) e um terceiro por 5,4% (3/56). Obtive-se ainda, dois pulsotipos com 3,5% dos isolados cada (2/56) e outros 11 pulsotipos compostos por uma amostra cada (1,8%). O número de pulsotipos gerados foi elevado, porém mais da metade dos isolados se agrupam em um mesmo pulsotipo e três pulsotipos englobam mais de 70% dos isolados estudados. Assim, podemos inferir que existe variabilidade genética nos isolados de SG oriundos de casos de tifo aviário de SC, mas a maior porcentagem apresenta similaridade entre si. Posteriormente, os resultados obtidos com o PFGE serão avaliados concomitantemente aos fatores de riscos presentes nas granjas de onde as cepas foram obtidas.

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OCORRÊCIA DE Salmonella spp. EM AVES CRIADAS EXTENSIVAMENTE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BRITO, B.G.*; BRITO, K.C.T.* Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Laboratório de Saúde das Aves e Inovação Tecnológica, Estrada do Conde, 6.000, CEP 92.990-000, Eldorado do Sul, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Occurence of Salmonella spp. in avian in the state of Rio Grande do Sul.

Foi avaliada a ocorrência de Salmonella spp. em aves criadas em sistemas extensivos no estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado a partir das aves encaminhadas para o diagnóstico no Laboratório de Saúde das Aves e Inovação Tecnológica do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Eldorado do Sul, nos anos de 2006 a 2016. Foram avaliadas 88 aves, entre as quais podemos citar galinhas, patos, avestruzes, cisnes, marrecos, pavões e perus. O isolamento de Samonella spp. foi realizado a partir dos órgãos e fezes das aves, que foram semeados em caldo brain heart infusion, caldo tetrationato e caldo Rappaport-Vassiliadis e incubados durante 24 horas a 37˚ e 42˚C. Em seguida, cada um dos caldos previamente incubados foi inoculado em ágar Hektoen e ágar verde brilhante e incubados a 37˚C durante 24 horas. As colônias suspeitas foram submetidas a provas bioquímicas e testes sorológicos. Foi diagnosticado a presença de Salmonella spp. em 4/88 (4,54%) das aves, sendo que as amostras foram isoladas somente de galinhas.

*Bolsista Produtividade do CNPq.

PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA AVICULTURA PERNAMBUCANA: O DESAFIO PARA A SANIDADE. SOUSA, F.D.N; NASCIMENTO, D.L.; LIMA, P.R.B.; JUNIOR, J.L.S.; SILVA, E.G.; ALMEIDA, E.C; LIMA, D.D.C.C. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco, Av. Caxangá, s/n, CEP 50721-000, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Pernambucan Poultry Growth Perspectives: The Challenge For Health.

Pernambuco é o maior produtor de ovos e carne de frango da região Nordeste, gerando mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com o SEBRAE, a perspectiva é que a produção de frango e ovos estadual duplique o volume de negócios na próxima década, sendo identificadas oportunidades em vários pontos da cadeia principal: produção de matrizes, incubatórios, abatedouros, engorda com espaço para produtores integrados e independentes, além da postura comercial. Este cenário de incremento da produtividade torna necessário um maior rigor sanitário e conhecimento das enfermidades que possam causar prejuízos ao plantel produtivo do estado. Objetivou-se elencar os principais desafios na condução de medidas sanitárias para atender as demandas de crescimento da avicultura pernambucana. No cadastro pecuário da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco-ADAGRO, existem 1120 estabelecimentos de avicultura comercial, sendo 60 de postura comercial e 1060 de corte. Estes estabelecimentos precisam adotar medidas de biosseguridade previstas nas instruções normativas do Programa Nacional de Sanidade Avícola, base legal para execução das atividades de defesa sanitária animal voltadas para este setor por parte da ADAGRO. As demandas contemplam também o requerimento à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco – ADAGRO do registro dos estabelecimentos da avicultura comercial com prazos previstos na IN 08/2017 e o atual estágio de alerta sanitário para influenza aviária emitido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) dada a ocorrência da enfermidade no continente americano. A ADAGRO executa o monitoramento de enfermidade em aves de subsistência no entorno de sítios de aves migratórias (Coroa do Avião e Ilha de Fernando de Noronha) com colheita de amostras e envio ao Lanagro-SP. Além do incremento de atividades de vigilância e medidas de biosseguridade, compete à ADAGRO promover a melhoria da captação de informações sobre doenças de notificação obrigatória em sanidade avícola, haja vista que os informes enviados pela coordenação estadual do programa ao MAPA relatam constantemente vacinações para bronquite infecciosa das galinhas, doença de marek, doença de Newcastle, gumboro e salmoneloses, mas sem registro oficial de ocorrência dessas enfermidades. Diante do exposto, a garantia de crescimento da avicultura pernambucana requer a adoção e acompanhamento de medidas de biosseguridade respaldadas pela legislação de defesa sanitária animal, assim como melhor conhecimento sobre as enfermidades de ocorrência endêmica nos plantéis avícolas por meio de estudos epidemiológicos capazes de nortear o planejamento específico para controle e/ou erradicação das enfermidades de maior ocorrência.

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ALTA MORTALIDADE DE LARVAS DE BICHO-DA-SEDA (Bombyx mori) CAUSADA POR INTOXICAÇÃO *KAHLOW, C.1; DOGNANI, R.1; DIAS, R.G.1; SOUZA, P.S.1; RICCIARDI, M.F.1; CASTRO, J.H.T.1; PEREIRA, P.F.V.2; MARÇAL, W.S.2. 1Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Gerência de Saúde Animal. Rua dos Funcionários, 1559, Térreo, Bairro: Cabral, CEP 80035-050, Curitiba, PR, Brasil. Email: [email protected] 2Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Ciências Veterinárias, Brasil. High Mortality of Silkworm Larvae Caused by Poisoning.

O Paraná é responsável por mais de 80% da produção nacional de casulos verdes de bicho-da-seda do país. Assim como em outros sistemas de produção, a alta mortalidade é sempre alvo de atenção por parte da Defesa Agropecuária. Na sericicultura, uma das principais causas de mortalidade elevada é a intoxicação por agrotóxicos. Este trabalho é um relato de caso de investigação de mortalidade de larvas de bicho-da-seda por suspeita de intoxicação, realizada por Fiscais de Defesa Agropecuária da Adapar e tem o objetivo de subsidiar o fiscal a campo, demonstrando as dificuldades encontradas na identificação causal e nos protocolos de fiscalização para este tipo de evento. Em fevereiro de 2017 houve uma notificação de mortalidade de 100% das larvas alojadas em exploração de produção comercial de casulos, estando estas larvas na quarta idade. Os animais apresentaram sinais clínicos compatíveis com intoxicação (inapetência, emese, contorção e óbito). Suspeitou-se que as folhas de amora utilizadas na alimentação estavam contaminadas por um produto utilizado para o controle de cascudinhos (Alphitobius diaperinus) no aviário próximo ao cultivo de amoreiras (Morus sp.). Para confirmar esta hipótese, foram enviadas amostras de folhas de amoreira para ensaio de multiresíduos de agrotóxicos, que analisa laboratorialmente mais de 300 princípios ativos, incluindo o suspeito da contaminação. O período de realização dos testes foi de duas semanas, confirmando a suspeita, com resultado positivo para Cipermetrina (0,03/mg/kg). Os demais princípios ativos pesquisados não foram detectados no material analisado. Neste caso, a suspeita de envenenamento se deu, não por agrotóxicos, mas por deriva de produto utilizado para controle de infestação por cascudinho em um aviário próximo, demonstrando que essas intoxicações podem ser causadas por outros produtos e fontes, além dos defensivos agrícolas. Assim, entende-se que a consciência da importância da notificação em eventos de alta mortalidade, a rápida identificação da suspeita do quadro clínico, a ação conjunta entre as áreas animal e vegetal na fiscalização da correta aplicação de agrotóxicos na lavoura e do uso adequado de produtos veterinários são fatores determinantes para o diagnóstico conclusivo, dando subsídios para a correta tomada de decisões do fiscal de defesa agropecuária, frente ao evento que motivou a notificação.

* Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. (ADAPAR).

PRESENÇA DO GÊNERO Perkinsus EM OSTRAS Crassostrea spp. DO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL*. NOLLI, P.K.W.**; LIMA, L.C.; HAMMER, D.P.C.; ALVES, A.B.V.B.; MAFRA JR, L.L. Universidade Federal do Paraná, Centro de Estudos do Mar, Avenida Beira Mar, s/n. CEP 83.255-976. Pontal do Paraná, PR, Brasil. Email: [email protected]. Presence of the genus Perkinsus in oysters Crassostrea spp. from Paranaguá Estuarine Complex, Paraná, Brazil.

A malacocultura vem se destacando no cenário da aquicultura nacional e, para que a atividade progrida de maneira sustentável, o controle sanitário dos moluscos bivalves é fundamental. A enfermidade perkinsiose, causada por espécies de protozoários do gênero Perkinsus, embora não acometa a saúde humana, é capaz de afetar particularmente ostras, assim impactando a atividade aquícola. No Paraná, os cultivos de ostras ainda são de pequena escala e estão concentrados na baía de Guaratuba e no Complexo Estuarino de Paranaguá - CEP. Visando ampliar informações sobre a presença e o papel de patógenos de interesse em malacocultura, o Centro de Estudos do Mar da UFPR incluiu o parasito Perkinsus em seus estudos. Assim, em cada uma das quatro estações do ano, entre junho de 2016 e junho de 2017, foram realizadas coletas, diretamente das lanternas de ostreiculturas do CEP, de 40 ostras Crassostrea spp. adultas. Acondicionadas em caixas isotérmicas até início das análises, as ostras foram medidas, higienizadas, abertas e examinadas macroscopicamente. Seguindo protocolos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), fragmentos de brânquias e de reto foram excisados e acondicionados em Meio Tioglicolato Fluido de Ray (RFTM), durante 7 dias, em ambiente escuro. Após incubação, os fragmentos foram macerados, corados com lugol 3% e avaliados em microscópio óptico. A presença de hipnóporos de Perkinsus spp. foi detectada em exemplares de ostras nas quatro estações, com prevalência entre 10 e 75%. Segundo a Escala de Mackin (1 a 4), houve baixa intensidade de infecção (1), exceto no inverno de 2017, cujo grau de infecção foi intenso (4), em que os trofozoitos aumentados de volume, esféricos e de coloração azul-negra estavam facilmente visíveis. Apesar de, em anos anteriores, já se ter registrado Perkinsus spp. no nordeste brasileiro, este é o primeiro registro da presença do parasito em ostras do litoral do Paraná. Considerando que o sul do país é atualmente responsável pela quase totalidade da produção nacional de bivalves, o monitoramento continuado desse patógeno merece consideração.

*Financiador: CAPES** Mestranda bolsista

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DETECÇÃO DE Perkinsus marinus EM OSTRA Crassostrea rhizophorae NO RIO JAGUARIBE – CEARÁ. SILVA1, D.C.C.; ROCHA1, C.S.; SARAIVA1, D.V.; VALE1, S.F.V.; OLIVEIRA1, G.G.; NETO2, M.P.D. 1ADAGRI – Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará. Av. Bezerra de Menezes, 1820 - São Gerardo, Fortaleza - CE, 60325-002. 2Instituto de Ciências do Mar – LABOMAR, Universidade Federal do Ceará – UFC, Av. da Abolição, 3507, Meireles, CEP 60165-081, Fortaleza, CE. Email: [email protected] Detection of Perkinsus marinus in the oyster Crassostrea rhizophorae in Jaguaribe river – Ceará.

A Perkinsiose ou “Dermo” é uma doença de Notificação Obrigatória à OIE que acomete animais aquáticos da classe Bivalvia causando redução de taxa de crescimento, debilidade, redução da capacidade reprodutiva e alta mortalidade nas espécies susceptíveis. O agente infeccioso causador é um protozoário da espécie Perkinsus marinus que é transmitido por contato direto entre os hospedeiros infectados. Em 2015, a ADAGRI foi notificada por um estudante de Doutorado da Universidade Federal do Ceará – UFC que, durante uma pesquisa sobre patógenos de ostras da espécie Crassostrea rhizophorae, identificou em laboratório a presença do agente infeccioso em animais extraídos do Estuário do Rio Jaguaribe, localizado no município de Fortim-CE. Após a notificação, a ADAGRI iniciou investigação epidemiológica na qual foram coletadas 134 amostras (animais inteiros) na localidade Braço do Cumbe, parte do Estuário do Rio Jaguaribe. O material foi enviado ao Laboratório Oficial Central – AQUACEN, ligado a Rede Nacional de Laboratórios – RENAQUA, para confirmação do foco por meio de diagnóstico oficial. Amostras de manto e brânquias, de cada animal, foram coletadas e agrupadas para extração de DNA e para realização de técnica molecular de PCR. Os exames não detectaram a presença de Perkinsus sp. em 107 amostras. Foi detectado Perkinsus behaiensis em 26 amostras. Apenas uma amostra apresentou resultado positivo para Perkinsus marinus pelo método PCR MET MOL 002, confirmando a presença do protozoário. Por ser uma área de exploração extrativista e de livre fluxo de corrente de águas, uma maior investigação por todo o estuário é necessária para se propor medidas de controle e erradicação de focos. Além disso, é importante realizar atividades de educação sanitária nas comunidades ribeirinhas que dependem desta atividade produtiva.

AÇÕES DO PROGRAMA ESTADUAL DE SANIDADE DE ANIMAIS AQUÁTICOS DESENVOLVIDAS EM PERNAMBUCO ENTRE MAIO/2014 E MAIO/2017. NASCIMENTO,D.L.; JUNIOR, J.L.S.; SOUSA, F.D.N.; CAMPELO, A.R.S.; ALMEIDA, E.C. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco, Av. Caxangá, s/n, CEP 50721-000, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Actions of the State Health Program of Aquatic Animals developed in Pernambuco between may/2014 and may/2017.

A aqüicultura é responsável pelo aumento da oferta mundial do pescado e tem crescido em Pernambuco, sobretudo em função das condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento desta atividade. No Brasil é uma das áreas da agropecuária com alto potencial para produção de proteína animal, auxiliada pelo litoral de mais de oito mil quilômetros e 12% da água doce disponível do planeta. Porém, os problemas sanitários da atividade são considerados um importante entrave para o desenvolvimento da aqüicultura nacional. O Programa Estadual de Sanidade de Animais Aquáticos (PESAA) de Pernambuco visa assegurar a prevenção, o controle e a erradicação de doenças, contribuindo para o aumento da produtividade e da inocuidade da matéria-prima. Objetivou-se descrever as ações do PESAA realizadas entre maio/2014 a maio/2017, compilando os dados obtidos dos Relatórios Mensais de Execução de Atividades. As ações do programa foram contempladas na região de abrangência da pesca e aqüicultura do estado. Realizou-se cadastro/atualização cadastral em 40 municípios do estado, sendo 12 municípios da regional Palmares (125 visitas), 12 municípios da regional Recife (58 visitas) e três municípios da regional Serra Talhada (55 visitas), totalizando 324 visitas a estabelecimentos de criação de animais aquáticos. Foram executadas 211 vigilâncias ativas em estabelecimentos do estado e nas fiscalizações de trânsito (barreiras fixas e móveis) inspecionou-se 1346 partidas de animais aquáticos. Nas atividades voltadas a pesca extrativista, visando verificar as condições higiênico-sanitárias das embarcações e do desembarque do pescado, fiscalizou-se 45 embarcações pesqueiras e 30 ações de desembarques de pescado. Foram contempladas ainda atividades de supervisões internas voltadas as ações do PESAA (15), capacitações em sanidade de animais aquáticos (4), participações em congressos e seminários (13) e palestras voltadas a comunidade (47), além da elaboração e distribuição de material educativo (cartilha, folder e vídeo). Para assegurar a sanidade dos animais aquáticos é necessário um Serviço Veterinário Oficial estadual estruturado, capacitado e apto a atuar de forma precoce nas medidas de controle e erradicação de doenças, visam fortalecer a produção aquícola do estado, ofertando produtos seguros e ampliando a participação desse setor nos mercados interno e externo.

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AVALIAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS AQUÁTICOS EM PERNAMBUCO, 2016. NASCIMENTO, D.L.; CAMPELO, A.R.S.; JUNIOR, J.L.S.; SOUSA, F.D.N.; SANTANA, M.A.; ALMEIDA, E.C. Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco, Av. Caxangá, s/n, CEP 50721-000, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected]. Evaluation of the control of aquatic animal traffic in Pernambuco, 2016.

As ações de fiscalização do trânsito animal em Pernambuco são realizadas por postos fixos de fiscalização agropecuária, que estão localizados nos municípios de Xexéu (divisa PE-AL), Ambó (divisa PE-PB) e Marcolândia (divisa PE-PI), e pelas fiscalizações volantes. Em Pernambuco, a Lei n° 12.228 de 21/06/2002, com a finalidade de evitar riscos de difusão de doenças no rebanho estadual, estabelece a obrigatoriedade da fiscalização do trânsito inter e intraestadual de animais, seus produtos e subprodutos e material biológico, destinados a quaisquer fins. A Guia de Trânsito Animal (GTA) é a certificação zoossanitária oficial para transporte animal no Brasil. Objetivou-se analisar as fiscalizações de trânsito de animais aquáticos no estado de Pernambuco. Os dados foram obtidos do SIAPEC (relatório dos postos fixos) e dos Relatórios de Fiscalizações Móveis, onde foram inspecionadas 625 e 721 partidas de animais aquáticos respectivamente, totalizando 1346 GTA’s. As fiscalizações móveis foram realizadas em Goiana, Região Metropolitana do Recife e Jatobá, onde foi observado que a procedência dos animais foi de Alagoas (0,13%), Bahia (1,2%), Paraíba (0,41%) e Pernambuco (97,6%). Já o destino destas partidas foi principalmente para Bahia (34,5%), São Paulo (9,8%), Distrito Federal (7%), Alagoas (5%), Sergipe (4,8%) e outros (38,9%). Avaliando as espécies inspecionadas nas fiscalizações móveis, verificaram-se quatro GTA’s de crustáceos, 452 GTA’s de peixes ornamentais e 265 GTA’s de tilápia e seus alevinos. Em relação as barreiras fixas, a procedência foi do Rio Grande do Norte (65,6%), Paraíba (29,9%), Pernambuco (1,44%), Bahia (1,28%), Ceará (0,8%), Sergipe (0,64%), Maranhão (0,17%) e São Paulo (0,17%). O destino foi, sobretudo para Bahia (33,4%), Sergipe (31,8%), Pernambuco (29,8%) entre outros (5%). Verificando as espécies fiscalizadas nas barreiras fixas, contabilizou-se 417 GTA’s de crustáceos e 208 GTA’s de peixes e seus alevinos. Conclui-se que nas fiscalizações móveis prevalece o trânsito de peixes ornamentais e tilápia e seus alevinos. Já as fiscalizações nos postos fixos são caracterizadas pelo trânsito de crustáceos (em todos os seus estágios). Os dados obtidos afirmam que obrigatoriedade da fiscalização do trânsito em Pernambuco é uma das medidas para evitar a disseminação de doenças, tendo em vista a diversidade dos estados de procedência que percorrem o estado de Pernambuco para chegarem ao destino final.

ANÁLISES MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DE OSTRAS DESTINADAS AO CONSUMO HUMANO EM DUAS LOCALIDADES DO NORDESTE PARAENSE. SILVA, M.C.M; TAVARES, H.A.; SOUSA, A.H.; ROCHA, D. C.C. Instituto Evandro Chagas/SVS/MS, Rod. BR 316, km 7, s/no, Bairro Levilândia, CEP 67.030-000, Ananindeua/Pará/Brasil. E-mail: [email protected]. Microbiological and parasitological analyses of oysters intended for human consumption in two areas of the Pará state, Brazil.

A extensa área estuarina do Pará vem recebendo investimentos das esferas públicas visando a ampliação da ostreicultura, com grande potencial para exportação. Este aumento da cadeia produtiva e da oferta deverá ser acompanhado da implementação do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves objetivando “garantir padrões mínimos de qualidade e proteger o homem dos efeitos nocivos de alguns contaminantes” (Instrução Normativa 07/2012, MPA/MAPA). Este estudo teve como objetivo realizar uma análise da situação higiênico-sanitária das ostras destinadas ao consumo humano, com ênfase na pesquisa de enteroparasitas e enterobactérias, em duas áreas com ostreicultura estabelecida. Em cada localidade foram realizadas duas coletas em períodos diferentes (março, abril e junho/2017). As áreas (1 e 2) de cultivo possuem características distintas, uma das quais é considerada área de reserva extrativista (Área1). Foram obtidas 12 ostras de cada área e transportadas ao Instituto Evandro Chagas/IEC para as análises microbiológicas e parasitológicas. As análises laboratoriais foram realizadas utilizando um triturado da parte mole in natura de cada lote. Para identificação de enterobactérias foram empregadas técnicas de isolamento e identificação bioquímica/sorológica. Para pesquisa de parasitas foram utilizados métodos microscópico e imunológico comercial (Rida®Quick Cryptoporidium/Giardia/Entamoeba comb. R-Biopharma). Em relação aos parasitas, apenas uma amostra foi positiva para pesquisa de Cryptosporidium sp. (mês junho/Área 1). As principais espécies/gêneros de enterobactérias identificadas foram: Área 1 - E. coli, Salmonella sp., Vibrio fluvialis, Aeromonas sobria e Klebisiella spp.; Área 2 - E. coli, V. parahaemolyticus, V. alginolyticus e Klebsiella spp. Os resultados observados, ainda que preliminares, demonstraram que as ostras produzidas nestas áreas estavam contaminadas por microorganismos capazes de causar doença no homem. Estes achados alertam para a necessidade da implantação da vigilância higiênico-sanitário, visando garantir padrões mínimos de qualidade e proteger a saúde do consumidor.

Fonte financiadora: Instituto Evandro Chagas/Ministério da Saúde.

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MUDANÇA DA CONDIÇÃO SANITÁRIA BRASILEIRA PERANTE A OIE PARA DOENÇAS DE ANFÍBIOS. FONTANA, I.; CUNHA, E. A. P. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Departamento de Saúde Animal, Esplanada dos Ministérios, bloco D, CEP 70.043-900, Brasília, DF. E-mail: [email protected]. Change of the Brazilian health status towards OIE for amphibian diseases.

O cultivo da rã-touro Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802) ou Rana catesbeiana, nativa da América do Norte, iniciou-se no Brasil no final da década de 1930. Com uma produção anual de aproximadamente 400t, o país é atualmente o segundo maior produtor do mundo, ficando atrás somente de Taiwan. Apesar de o diagnóstico de enfermidades de anfíbios estar disponível na rede oficial de laboratórios desde 2012, não há registro de envio de material biológico de rãs pelos órgãos executores de saúde animal. Isso tudo, somado ao fato de não haver vigilância de enfermidades de anfíbios, fez com que a situação sanitária do Brasil perante à OIE fosse considerada desconhecida tanto para populações de anfíbios domésticos quanto selvagens. Considerando o princípio da transparência entre os países membros da OIE, este trabalho teve como objetivo comunicar a nova condição sanitária do Brasil em relação à presença do fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd) e do Ranavirus. Foram revisadas 11 publicações científicas, dos últimos onze anos e criteriosamente selecionadas, que tratam da ocorrência dos agentes no País com base em testes diagnósticos preconizados pela OIE. Para o caso do Bd, causador da quitridiomicose, identificaram-se publicações indicando sua presença em amostras de anfíbios selvagens tão antigas quanto 1935. Além disso, há fortes evidências de que tanto a linhagem panzoótica global quanto a linhagem endêmica brasileira do fungo estejam amplamente distribuídas do nordeste da Bahia até a região sudeste de SC. Em relação ao ranavirus, foram encontradas informações recentes de sua ocorrência em cultivos comerciais em GO e SP, inclusive indicando o trânsito de rãs-touro como potencial causa da entrada e difusão deste agente no Brasil. Sabendo da possibilidade de transmissão bidirecional de doenças entre populações de anfíbios domésticos e selvagens, estas informações são relevantes não apenas para a ranicultura industrial, mas também numa perspectiva conservacionista, visto que o Brasil é o país com maior diversidade de anfíbios do mundo. Frente à estas constatações e, privilegiando as fortes evidências técnico-científicos disponíveis na literatura internacional em detrimento às deficiências da vigilância, foram inseridas mudanças no informe à OIE, alterando a condição de ausência de informação de Bd em populações selvagens para a condição de presente. Da mesma maneira, a ausência de informação para ocorrência de ranavirus em populações de anfíbios domésticos foi atualizada para a condição de enfermidade suspeita, porém sem confirmação. Apesar da modificação realizada, o recurso de revisão bibliográfica deve ser utilizado de forma limitada e com extrema cautela.

OCORRÊNCIA E AÇÕES DE VIGILÂNCIA PARA Aethina tumida MURRAY (COLEOPTERA - NITIDULIDAE) NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. GOTTSCHALK, S.1; PEREIRA, S.N.2; PALMEIRA, J.L.T.2; PAULINO, J.M.2; ANTUNES, R.M.2; COSWIG, L.T.1; SILVA JR, V.P.2; BOECHAT, R.M.A.2 1- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro. Avenida Rodrigues Alves, 129, CEP 20081-250 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected] 2- Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro. Niterói, RJ, Brasil. Occurrence and surveillance actions for Aethina tumida in the Rio de Janeiro State.

O pequeno besouro das colmeias, Aethina tumida Murray, é nativo da África Subsaariana e tem sido relatado em vários países ao redor do mundo. Sua primeira notificação no Brasil ocorreu no Município de Piracicaba, Estado de São Paulo, em 2015. Após confirmação de diversos focos de A. tumida naquele Estado, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) do Estado do Rio de Janeiro, considerando a potencial gravidade desta doença para a apicultura nacional e a existência de atividade migratória nesta criação, iniciou ações de cadastramento e investigação epidemiológica em apiários em todo o Estado do Rio de Janeiro, e não apenas nas áreas de divisa com o Estado de São Paulo. Num trabalho conjunto da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (CDSA/SEAPPA-RJ) e do Serviço de Inspeção e Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro (SISA/SFA-RJ) foram implementadas ações de educação sanitária, vigilância ativa fomento a notificação de focos, visando conhecer melhor a situação sanitária das colmeias do Estado. Com este fim, foram realizadas: elaboração e distribuição de folheto explicativo sobre o pequeno besouro das colmeias; produção de armadilhas; treinamentos de técnicos do SVO para detecção de A. tumida; reuniões com apicultores; atualização do cadastro apícola e vigilância ativa em todos os produtores localizados à 20 km da divisa com o Estado de São Paulo e arbitrariamente em outras áreas do Estado do Rio de Janeiro, utilizando o cadastro estadual de apicultores. A execução destas atividades resultou na notificação de três focos de A. tumida em colmeias de abelhas Apis mellifera no segundo semestre de 2016, dois focos no Município do Rio de Janeiro e um no Município de Nova Iguaçu. Não foram observados danos às colmeias infestadas. A identificação dos espécimes suspeitos foi realizada pelo Laboratório de Entomologia Geral do Instituto Biológico de São Paulo. Em 2017, o SVO está dando continuidade ao cadastramento de apicultores e a busca ativa do pequeno besouro das colmeias em todo o Estado. A distância entre os locais de notificação da A. tumida no Brasil e o desconhecimento da epidemiologia deste coleóptero em nosso país sugerem que o levantamento de sua área de ocorrência deva ser ampliado para outras Unidades da Federação.

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FLORAÇÃO DE ALGAS DA ESPÉCIE Dinophysis acuminata AFETANDO O CONSUMO DE MOLUSCOS BIVALVES – AÇÕES DA AGENCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ FRENTE AO SURTO.; SOBEZAK, C.C.; C ASTRO, J.H.T; CREDO, H.3; SILVERIO, A. 4; KAHLOW, C.5; RICCIARDI, M.F. 1 ; DIAS, R.G. 1; MARÇAL, W.S. 2; TAVARES, D.V.A.M. 1; SOUZA, P.S. 1 ; PEREIRA, P.F.V. 10 1ADAPAR, Rua dos Funcionários, 1559. CEP 80085-050, Curitiba, PR. E-mail:[email protected]. 2 UEL, Londrina, PR. Flowering of Dinophysis acuminata Algae Affecting the Consumption of Bivalve Molluscs - Actions of the Animal and Plant Health Inspection Agency of Paraná Related to the Outbreak.

No mêses de abril e maio de 2016 todo o litoral sul brasileiro incluindo o litoral paranaense foram afetados pela floração de algas da espécie Dinophysis acuminata, responsável pela produção de toxina DSP a qual se acumula em moluscos bivalves, que quando consumidos pelas pessoas podem desenvolver um quadro de toxinose alimentar com sintomas de diarreia, náuseas e vômitos, mas sem riscos mais sérios. Este evento que durou cerca de um mês sendo um fator ambiental e que ocorre naturalmente nos mares e oceanos de todo o mundo. Neste caso o Governo de Estado por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - Adapar e da Secretaria de Estado da Saúde resolveram proibir o comércio de moluscos bivalves (ostras, mexilhões e berbigão) até que os níveis voltassem à normalidade. As unidades locais da Regional de Paranaguá da respectiva agência realizaram amostragens encaminhadas ao laboratório do Instituto Federal de Santa Catarina IFSC/Itajaí/SC, para acompanhar os níveis de toxina DSP presente em ostras cultivadas nas baías de Paranaguá e Guaratuba, até a liberação para o consumo humano após o recebimento de dois exames consecutivos com níveis aceitáveis de toxina com intervalo de sete dias. Para uma monitoria constante conforme prevê a legislação e preocupado com eventos como estes, que podem afetar significativamente a saúde publica e a comercialização destes moluscos, a Adapar está implantando de forma contínua, um programa de monitoramento higiênico-sanitário em locais de produção no litoral paranaense.

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ – IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA. RICCIARDI, M. F.1; KAHLOW, C. 1; MACIEL, C. S. 1; BECKER, G. 1; CASTRO, J.H.T.1; MARÇAL, W.S.2 1ADAPAR, Rua dos Funcionários, 1559. CEP 80035-050, Curitiba, PR; 2Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Ciências Veterinárias, Brasil. E-mail: [email protected]. Socio-environmental responsibility at the Animal and Plant Health Inspection Agency of Paraná State – Implementing solidary selective waste collection.

A Adapar, com a Portaria nº 230 de 27 de novembro de 2015, instituiu a Comissão de Responsabilidade Socioambiental, para implantação do Projeto de Coleta Seletiva Solidária, que consiste na doação dos resíduos recicláveis gerados na Autarquia para cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis habilitadas, como determina o Decreto Estadual 4.167 de 20 de janeiro de 2009. Este Decreto dispõe sobre a obrigatoriedade da separação seletiva dos resíduos sólidos recicláveis, gerados pelos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta paranaenses e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, em consonância com a Lei Federal n° 12.305 de 2 de agosto de 2010, denominada Política Nacional de Resíduos Sólidos. A Política admite a disposição final em aterros sanitários, de apenas rejeitos (resíduos sólidos que não mais podem ser reaproveitados, reciclados ou tratados, esgotadas todas as possibilidades de recuperação por processos tecnológicos licenciados e economicamente viáveis, restando apenas a disposição final ambientalmente adequada). A coleta seletiva solidária traz enormes ganhos à sociedade, entre eles: diminuir a exploração dos recursos naturais; reduzir a poluição do solo, da água e do ar e os resíduos encaminhados aos aterros sanitários; prolongar a vida útil dos aterros sanitários; diminuir os gastos com a limpeza pública; gerar emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis, fortalecendo a sua organização e a melhoria de suas condições de trabalho. Para implementar a Coleta Seletiva Solidária a Comissão aplicou um questionário para elaborar o diagnóstico situacional em todas as unidades da Adapar, possibilitando a aquisição do material necessário para a segregação dos resíduos gerados na origem. Por meio do Edital de Chamada Pública Permanente, as associações ou cooperativas foram habilitadas para recolher, ao longo de um semestre, o material reciclável produzido pela instituição. Neste processo, habilitaram-se as associações que atenderam às exigências legais e realizou-se sorteio dentre as associações ou cooperativas que demonstraram interesse em um mesmo município, para estabelecer a ordem de coleta, conforme Termo de Compromisso firmado entre a Adapar e as Associações e Cooperativas habilitadas. A Sede da Adapar já doou às cooperativas um total de sete mil kg de materiais recicláveis. Este quantitativo tende a aumentar à medida que as demais unidades da Adapar firmem Termo de Compromisso com as cooperativas locais.

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NOTIFICAÇÕES PELO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL (SVO) DA OCORRÊNCIA DE MORMO NO ESTADO DE GOIÁS. LEAL, A.A.; NOLETO, P. G.; COSTA, Y.L.; OLIVEIRA, V.S.F.; VIEIRA, R.C. LABVET/AGRODEFESA; Rod. R-2, Área: AR4, Campus Samambaia, Goiânia/Goiás/Brasil; e-mail: [email protected]. Notifications by the Official Veterinary Service of Glanders occurrence in the State of Goiás.

O mormo é uma doença infecto-contagiosa, causada pela Burkholderia mallei, com potencial zoonótico, que acomete equídeos na maioria das vezes com curso crônico e latente. Está descrita desde 450 a.C., foi diagnosticada no Brasil primariamente no século XIX, declarada como erradicada na década de 1960, mas que, provavelmente, nunca tenha deixado de existir no país. Há 16 anos a doença tem sido descrita como reemergente em quase todo Brasil, inclusive no Estado de Goiás, quando teve sua primeira notificação em 2014. De acordo com a instrução normativa IN nº 24 (05/04/2004) do MAPA os equinos procedentes de Unidades da Federação onde fora diagnosticado mormo só poderão adentrar em Estados onde não tenha havido diagnóstico positivo mediante a apresentação de exame negativo e ausência de sinais clínicos, o que muitas vezes dificulta o trânsito de animais e a realização de eventos equestres. Este resumo tem como objetivo descrever as ocorrências de mormo no Estado de Goiás de 2014 a setembro de 2017, por meio do diagnóstico de triagem realizado pela técnica de fixação de complemento (FC) e diagnóstico confirmatório por Western Blotting (WB). Durante este período ocorreram 21 casos suspeitos com resultado positivo no WB, envolvendo no foco 20 propriedades e 556 animais. Após a instauração do foco essas propriedades foram interditadas e iniciou-se o processo de saneamento naquelas propriedades onde houve a eutanásia do animal positivo. Desde a instauração do primeiro foco, 07 (33,3%) animais foram submetidos à eutanásia. Outros seis animais (28,6%) foram submetidos a uma nova coleta para exame de WB que resultou negativa, portanto os focos foram encerrados por determinação judicial ou por determinação do MAPA. Um caso (4,7%) foi encerrado após a realização de um exame de PCR do sangue (exigido pela justiça) que resultou negativo. Três animais (14,3%) ainda não foram submetidos à eutanásia e os focos estão sem solução, pois aguardam por decisão judicial. Quatro animais (19,1%) serão submetidos a novos exames confirmatórios por decisão do SVO. Portanto, neste período não houve um padrão no processo de resolução dos focos, não houve repetibilidade nos resultados quando realizados novos exames confirmatórios dos animais e por muitas vezes a decisão sanitária foi realizada por meio de processo judicial e não a cargo do SVO. Concluímos assim que há a necessidade urgente de definição de técnicas de diagnóstico de triagem e confirmatórias e também de medidas legais que sustentem todas as ações do SVO.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS PRINCIPAIS ENFERMIDADES QUE ACOMETEM A CARCINICULTURA CEARENSE. SOUSA FILHO, O. P.; CARDOSO FILHO, F C.; SOBREIRA NETO, J A.; Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará, Avenida Bezerra de Menezes, 1820 – CEP: 60325-002, São Geraldo, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. Epidemiological surveillance of the main diseases affecting the shrimp farming in Ceará

A produção nacional de camarões marinhos da espécie Litopenaeus vannamei atualmente é liderada pelo estado do Ceará. A atividade é de suma importância para o agronegócio cearense, o setor tem novas perspectivas após a retomada das exportações do produto depois de uma década. Barreiras comerciais, a queda acentuada do volume produzido e enfermidades diversas foram os responsáveis pela retração da carcinicultura nos últimos anos. As doenças de etiologia viral são as principais responsáveis por perdas nos viveiros de engorda, o vírus da mionecrose infecciosa (IMNV) e agora o vírus da mancha branca (WSSV) tornaram-se endêmicos em toda região Nordeste do Brasil e representam um alto risco sanitário para as fazendas de cultivo e consequências negativas na produção nacional de camarão. Com o objetivo de contribuir para uma carcinicultura mais forte e sustentável, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará – ADAGRI, através do programa estadual de sanidade de organismos aquáticos, estabelecerá a vigilância epidemiológica oficial das enfermidades virais e bacterianas constantes na lista de enfermidades de notificação obrigatória da OIE. Serão identificados os fatores de risco ao aparecimento das enfermidades nos camarões cultivados para a elaboração de um programa de monitoramento sanitário em todas as unidades de produção, sejam laboratórios de pós-larvas, fazendas de engorda e plantas de beneficiamento. O plano diretor irá implementar estratégias para a detecção rápida das doenças a partir do atendimento às notificações do setor produtivo e vigilância ativa com diagnóstico clínico e epidemiológico, testes presuntivos e moleculares de acordo com o código sanitário de animais aquáticos da OIE, do qual também serão considerados às medidas de prevenção e controle de focos para impedir a disseminação das enfermidades para outros territórios. A verificação do perfil epidêmico dessas enfermidades no estado do Ceará possibilitará o estabelecimento de barreiras sanitárias eficientes, para salvaguardar o potencial do agronegócio no Estado.

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ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVÍDEOS NAS PROPRIEDADES COM FLUXO INTENSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS PARA FEBRE AFTOSA, ENTRE JANEIRO A JUNHO DE 2017, NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL. FERREIRA, R.N; SILVA, A.C.C.; PEDREIRA, H.A. Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá – DIAGRO, Av. José Tupinambá, n.196, CEP.68900-000, Macapá, AP, Brasil. E-mail: [email protected]. Analysis of bovine movements in the properties with intense flux of animals susceptible for foot-and-mouth disease, january to june 2017, in the state of Amapá, Brazil

Os estabelecimentos pecuários com fluxo intenso de animais são considerados de maior risco para a introdução da Febre Aftosa. Com o objetivo de identificar a distribuição espacial e compreender os padrões existentes nas propriedades classificadas como de maior movimentação de animais susceptíveis, no Estado do Amapá, nos meses de janeiro a junho de 2017, realizou-se a análise dos dados do fluxo de movimentação na base de trânsito estadual, utilizando-se o sistema de informação geográfica QGIS e a análise estatística descritiva. Constatou-se que 14 propriedades possuem fluxo intenso de bovídeos, com 4 a 29 movimentações (9 das 14 propriedades, com até 10 movimentações), de origens e destinos diferentes, ocorridas dentro do período. Este quantitativo corresponde a aproximadamente 1,26% do total de propriedades do estado (1.984), nas quais concentram-se em torno de 21.366 bovídeos (7,8% da população estadual de bovídeos). Observou-se que 6 propriedades com grande fluxo, encontram-se no município de Tartarugalzinho, e 4 em Macapá. Em 9 dos 15 municípios do Estado não há propriedades com esta característica de risco para febre aftosa. Ao analisar o fluxo de animais quanto ao quantitativo de bovídeos movimentados, verifica-se que em 5 propriedades, houve movimentação de menos de 50 animais nestes meses. Observou-se ainda, que não há relação proporcional entre quantidade de movimentações e número de animais movimentados. O risco de disseminação do vírus da febre aftosa é maior nas propriedades que mais movimentam, mesmo quando o quantitativo de animais transitados é pequeno. O baixo número de propriedade com grande fluxo de bovídeos no primeiro semestre no Estado, espelha a dificuldade na realização do trânsito animal, e consequente fiscalização do mesmo, no período de monções, em que ocorre o alagamento de grandes áreas de campo nos municípios com maiores concentrações de criações. A análise dos dados de movimentação de bovídeos em criações permite ao serviço de defesa detectar as propriedades consideradas de maior risco para febre aftosa, assim como avaliar as características da movimentação de animais dentro do Estado, concentrando estrategicamente maior atenção da vigilância epidemiológica nas áreas e períodos críticos para o controle da doença.

Coxiella burnetii EM CABRAS LEITEIRAS COM HISTÓRICO DE TRANSTORNOS REPRODUTIVOS NO BRASIL.* OLIVEIRA1, J.M.B.; ROZENTAL2, T.; FORNEAS2, D.; GUTIÉRREZ-EXPÓSITO3, D.; ORTEGA-MORA3, L.M.; PORTO4, W.J.N.; OLIVEIRA1, A.A. F.; LEMOS2, E.R.S.; MOTA1, R. M.** 1 Departamento de Medicina Veterinária, Laboratório de Doenças Infectocontagiosas dos Animais Domésticos, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, 52171-900, Recife, PE, Brasil. 2Laboratório de Hantavirose e Rickettsiose, FIOCRUZ, Pavilhão Hélio e Peggy Pereira, sala B115, Rio de Janeiro, RJ. 3SALUVET, Departamento de Saúde Animal, Faculdade de Ciência Veterinária, Universidade Complutense de Madrid, Madrid, Espanha. 4Unidade Educacional Viçosa, Campus Arapiraca, Universidade Federal de Alagoas, Viçosa, AL. E-mail: [email protected]. Coxiella burnetii in dairy goats with a history of reproductive disorders in Brazil

A febre Q / coxielose é uma zoonose de distribuição mundial causada por Coxiella burnetii, uma bactéria gram-negativa intracelular obrigatória. Embora C. burnetii tenha uma ampla gama de reservatórios, incluindo ruminantes, cães, gatos, aves e carrapatos, apenas ovinos, caprinos e bovinos são considerados os principais reservatórios que podem afetar diretamente a saúde humana. Apesar de a doença ser geralmente assintomática ou subclínica, o aborto é um desfecho clínico sério entre os ruminantes. Este estudo foi conduzido para investigar a seroprevalência de C. burnetii e infecção entre cabras no Brasil. As amostras de soro de 312 cabras coletadas de um rebanho de cabras leiteiras com histórico de falha reprodutiva foram testadas por ELISA para anticorpos anti-C. burnetii. As amostras de cotilédones de 23 placentas foram analisadas por nested-PCR para a presença do DNA bacteriano. A seroreatividade de ELISA foi encontrada em 55,1% (172/312; IC 95% = 49,4% -60,7%) das amostras de soro analisadas. O DNA de C. burnetii foi detectado em 8,7% (2/23) das amostras placentárias testadas, onde ambos os animais também eram soropositivos. Este estudo relata a primeira descrição da infecção por C. burnetii em um surto de aborto em cabras no Brasil. Os resultados apontam para a importância de incluir esta doença em programas de sanidade animal e saúde pública, bem como sobre a lista de doenças abortivas em cabras no Brasil.

*Financiador: CNPq. **Doutorando – Bolsista CNPq.

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CARACTERIZAÇÃO ESPACIAL E IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE ABRIGOS DE QUIRÓPTEROS E SUA RELAÇÃO COM OS CASOS DE RAIVA NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, BRASIL. PINHEIRO, A.C.L; ANJOS, D.M; SIMÕES, E.M.; GOMES, A.A. de B.; CLEMETINO, I.J.; AZEVEDO, S.S.; ALVES, C.J. UAMV-CSTR-UFCG. Av. Universitária, SN. Bairro Santa Cecilia. Patos – PB. CEP: 58700-970 E-mail correspondência: [email protected]. Spatial characterization of chiroptera shelters in relation to rabies occurrences in the semi-arid region, Brazil.

O vírus rábico se propaga por vários ciclos epidemiológicos dificultando seu controle e previsibilidade de ocorrência. Ferramentas de geoprocessamento como os SIG’s possibilitam um monitoramento mais eficiente da distribuição e fatores que podem estar contribuindo para o processo de ressurgimento de surtos. Desta forma, foi estruturado o trabalho de pesquisa que teve como objetivo a caracterização geoespacial dos abrigos ou cavernas nas diferentes mesorregiões do estado da Paraíba, a partir de ambientes preservados e não preservados. Foram utilizados dados fornecidos pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, do período entre 2007 a 2015, dados coletados da plataforma digital do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A representação geográfica foi produzida através do software QGIS 2.16.0 – Nodebo. Foram plotados buffers com raio de 10 km dos abrigos cadastrados e das ocorrências de raiva no Estado para verificar os possíveis locais de circulação do vírus. Foram cadastrados 93 abrigos no período entre 2007 e 2015, distribuídos em 22 municípios, 15 microrregiões e representados em todas as mesorregiões, em destaque a do Agreste Paraibano concentrando 47,31% do total de abrigos do morcego D. rotundus. Do total de abrigos cadastrados 66 (71%) estão classificados como artificiais e 27 (29%) como naturais. As subnotificações das ocorrências da raiva para o Estado revelam a necessidade de aumentar o trabalho de cadastramento de abrigos de morcegos hematófagos, com ênfase a espécie D. rotundus como também expandir as informações coletadas nas propriedades rurais, para fomentar o banco de dados e possibilitar uma maior cobertura de previsibilidade do vírus rábico.

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ANÁLISE DE REDES COMPLEXAS ALIADA À DEFESA SANITÁRIA ANIMAL. * CARDOSO, D. L.1,2**, CRUZ, J. F.3; ROCHA, C. M. B. M.1; MENEZES, R.3 - (1) Universidade Federal de Lavras – UFLA, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, Lavras (MG), (2) Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, Belo Horizonte (MG), (3) Florida Institute of Technology – FIT – Melbourne – FL – EUA. E-mail: HYPERLINK “mailto:[email protected][email protected]. Complex network analysis as a useful tool allied to animal health.

A movimentação de animais é considerada um dos fatores de risco para disseminar doenças. A identificação e monitoramento de áreas ou estabelecimentos de maior risco que facilitam essa condição é um trabalho árduo, uma vez que, o trânsito é complexo e intenso. Análises de risco por meio de redes complexas vem ganhando espaço em estudos na área de epidemiologia. Com o objetivo de identificar áreas ou estabelecimentos considerados de maior risco para disseminação de doenças foi utilizada a análise de redes complexas com dados de movimentação de bovídeos em Minas Gerais. Para tanto, o banco de dados das Guias de Trânsito Animal (GTAs), cedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária com informações de transporte de bovídeos, em 2013 foi utilizado. As análises foram feitas usando linguagem de programação Python e as bibliotecas de processamento de grafos NetworkX e iGraph. Para a análise de redes complexas, foram considerados os vértices como cada estabelecimento e as arestas como as movimentações de acordo com as GTAs. Para identificar o efeito da remoção de estabelecimentos com alto grau de conectividade no tamanho do Giant Component (GC), ordenou-se, em ordem decrescente de grau, os estabelecimentos por mês de movimentação (i), procedeu-se com a remoção desses vértices em dois meses consecutivos (i e i+1) e os resultados foram comparados. Os dados foram agrupados em 01, 07 e 28 dias, observando-se o número de vértices, arestas e a proporção de vértices no GC comparado com o total de vértices (NGC/NT). Foram analisadas 918.816 GTAs com 190.513 estabelecimentos (fazendas, frigoríficos e recinto de eventos pecuários) que movimentaram 15.575.408 animais. A maior parte do trânsito ocorreu entre as distâncias de 10m a 50 km (68,01%), sendo pouco frequentes os deslocamentos com distância superior a 200 km (7,8%). As análises diárias (Dt= 01 dia) apresentaram sazonalidade de seis meses, com valores crescentes nos dias que antecedem os meses de campanha de vacinação contra febre aftosa (maio e novembro). As análise semanais (Dt = 07 dias), apresentaram aumento no número de vértices e arestas nas primeiras semanas, destacando-se da 14a até a 17a semana. Mensalmente (Dt = 28 dias), o primeiro semestre apresentou uma tendência crescente no número de vértices e arestas, e decrescente no segundo semestre. A NGC/NT com Dt = 07 dias apresentou maior proporção na 20a a 23a semana e com Dt = 28 dias, crescente nos primeiros cinco meses. A remoção dos estabelecimentos de alto grau (mês i) apresentou mesma eficiência nos meses i e i+1, isto é, houve redução na NGC/NT na mesma magnitude. Com esses resultados, mostrou-se que o trânsito acontece de forma regionalizada. No primeiro semestre, em especial nos meses que antecedem as campanhas de vacinação, o trânsito apresenta-se mais conectado, com cenário favorável à disseminação de doenças. O grau de conectividade mostrou-se eficaz na desestruturação da rede, que pode ser utilizada para identificação de estabelecimentos de maior risco para realizar vigilância.

*Financiador: IMA, CAPES** Bolsista PDSE – CAPES

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índice por autor

ABEL, I. – 065, 070ABREU-SILVA, A.L. - 041AGUIAR D.M.C. - 049AGUIAR, D.M. - 083AGUIRRA, L.R.V.M. - 026ALBUQUERQUE R.C. - 064ALENCAR, O.D - 019ALEXANDRINO, B. - 052ALMEIDA, E.C. – 038, 087, 126, 130, 131ALMEIDA, J.C.B.M. - 030ALMEIDA, K.S. - 052ALMEIDA, M.M. - 030ALVES JÚNIOR, J.A. - 057ALVES, A.B.V.B. - 128ALVES, A.J. – 057, 058ALVES, A.L. - 003ALVES, C.J. - 141ALVES. L.L. - 011ALVIM, A. P. - 081AMARAL, H.R.D. - 012AMORIM, E. A. - 075ANDRADE, B.M.G.ANDRADE, D.R.T. – 050, 060ANDRADE, S.L.S. – 024, 026, 105ANGELO, I.C. - 085ANJOS, D.M. - 141ANJOS, E.G.DOS. - 038ANTUNES, J.M.A.P. - 030ANTUNES, K.D. – 121, 122ANTUNES, R.M. - 134ARAÚJO, D.K.G.O. - 080ARAUJO, M.C.S. - 081ARCEBISPO, T.L.M. – 121, 122ARRUA, C.B. - 091ARRUDA, B.L. - 093ARRUDA, I.J. - 042ARRUDA, P.H. - 093ARRUDA, R.C.N. – 031, 035, 051, 076AVILA, L.N. - 055AZEVEDO, C. F. - 070AZEVEDO, S.S. - 141BAPTISTA, F. - 052BARRETO, E.C. - 058BARRETO, F. M. – 006, 026, 029, 086, 109, 111, 119BARRETO, L. M. - 111BARRETO, L.M. – 109, 119BARROS FILHO, I.R. - 106BARROS, H.O.V. - 103BARROS, J.S. - 042

BARROS, M.L. - 083BASTOS, T.S.A. - 017BATISTA FILHO, D.M. - 119BAUMGARTEN, K.D. - 050BAUMGARTEN, K.D. - 060BECKER, G. - 136BELTRÃO, E.P. – 005, 037, 039, 066BENIGNO, R.N.M. – 024, 026BERNAL, M.K.M. – 024, 026BERNAL, M.K.M. - 105BEVILACQUA, P. D. - 110BEZERRA, D.C. - 031BEZERRA, D.C.B. – 032, 035, 041, 051BEZERRA, N.P.C. – 031, 032, 035, 041, 051, 076BITTAR, E.R. – 023, 034BITTAR, J. F.F. – 023, 034BOECHAT, R.M.A. - 134BOLSANELLO, C.D. - 060BORGES NETO, A.C. - 086BORGES, C.H.P. - 011BORGES, R.A.G. – 009, 037BORSOI, A. – 054, 056BRAGA, M. DO S.C.O. - 076BRAGA, R.S. - 013BRASIL, V.G. - 087BRAZ, V.B. - 008 BRITO, B.G. - 125BRITO, K.C.T. - 125BUENO, D. S. A. - 033 BUSO, D.S. – 004, 061, 062, 102CABRAL, P.F.F. – 005, 037, 066CAMPELO, A.R.S. – 087, 130, 131CAMPOS, E.B.C. - 016CARDOSO FILHO, F.C. – 117, 138CARDOSO, A.M.C. - 024CARDOSO, D.L. - 065CARDOSO, N.S. - 064CARMO, E. A. R. – 018, 028CARSCH, G. - 022CARVALHO NETO, M. DE - 082CARVALHO, A.L. – 019, 030, 089, 082CARVALHO, J. - 097CARVALHO, P.R.L. – 020, 042CARVALHO, R.F.B DE. - 031CASSEB, A.R. - 059CASTRO, J.H.T. – 054, 056, 075, 127, 135, 136CASTRO, R.S. - 079CAVAGNI, G.M. – 096, 100

CESAR, M.F.G. – 016, 061, 062, 074CHIEBAO, D.P. - 081CHIG, L.A. - 021CIRIANO, C.M. – 005, 009, 037, 039, 066CLEMENTINO, I.J. – 057, 058, 141COIMBRA, V.C.S. - 103CORÔA, R.S. B. – 065, 070CORRÊA, L.T.G. – 027, 059, 104CORTEZ, A.A - 030COSTA FILHO, V.M. 0 031COSTA JR, C.A. - 001COSTA, B.M. - 105COSTA, M.C.R. – 115, 115ACOSTA, R. F.R. – 071, 112COSTA, R.H.S. - 042COSTA, R.V.C. - 112COSTA, Y.L. - 137COSWIG, L.T. - 134COUTINHO, E.M. - 097CREDO, H. - 135CRISTINO, F.A.C. - 030CRUZ, R.S. - 026CUNHA L.M. - 123CUNHA, E. A. P. - 133CUNHA, L.M. – 121, 122CUNHA, P.H.J. - 017DA SILVA, A.W.L. - 116DA SILVA, C.J. - 007DA SILVA, L.O. - 044DAVID, G.N.I. - 017DE ALENCAR, O.D. - 007DE CARVALHO A.L. – 007, 116DE FREITAS, R.R. - 044DE LIRA, S.F. - 007DE MEDEIROS, E.G. - 116DE OLIVEIRA, C.S. - 116DE PAULA, N.S. - 065DEFENSOR, R.H. - 016DEL FAVA, C. – 081, 120DELPHINO, M.V.C. - 099DEPES, C.R. - 120DETTMER, R. - 060DEZEN, D. - 124DIAS FILHO, A.F. – 032, 051, 076 DIAS FILHO, F.C. - 017DIAS, L.O. - 113DIAS, R.G. – 001, 075, 088, 091, 095, 098, 118, 127, 135DIAS, R.M. - 039DIDA, V.L. - 021

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Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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DINIZ S.A. - 123DINIZ, J.V.A. - 044DINIZ, S.A. – 121, 122DIZ, S.M.L.T. - 120DOGNANI, R. – 001, 118, 127DOLIVEIRA, C. D. - 010DORNELAS, M.F. - 099DOS SANTOS, L.C. - 073DUARTE, A.L.L. - 063DUARTE, S.C. - 124ETGES, R.N. – 043, 045EVANGELISTA, R.A.E. – 007, 020FADIL, P.A. - 120FALCÃO, M.V.D. - 080FARIAS, R.C.C. - 036FAUTH, E. E. - 048FEITOSA, M.S. - 042FELICIO, A.L.A. - 094FÉLIX, M.L. - 094FERNANDES, L. C. - 006FERREIRA, F.C. - 069FERREIRA, F.F. - 042FERREIRA, J.M. - 052FERREIRA, M.N.S. - 080FERREIRA, P. S. – 047, 110FERREIRA, R.N. - 139FERREIRA, R.R. - 058FIGUEIREDO, P.R.N. - 058FILHO, F.C.C. – 007, 019FILHO, J. G. S. - 028FILHO, O.P.S. - 030FLORES, P.R.S. - 060FOGAÇA, C.D. - 022FONSECA D. S. - 049FONSECA, A.A. - 022FONSECA, E.F. - 084FONTANA, I. - 133FORNEAS, D. - 140FORTES, P. F. G. A. - 006FREIRE, M.M. - 022FREITAS, L.M. DE A. - 035FREITAS, M.C.D.O. – 001, 091, 098FURTADO, D.M. – 027, 059, 104GADOTTI, D.L. - 124GALINDO, A.S.D. - 017GALINDO, G. A. R. – 018, 028, 040GALVANI, J.W. DE C. – 096, 100GARCIA, G.C. - 023GATTO, I.R.H. - 093GEBARA, C.M.S. - 010

GESSER, F.V. - 050GIRARDELI, G. L. - 040GOCKS, M. - 073GOMES, E.K.P. - 104GOMES, A.A. DE B. - 141GOMES, C.B. - 064GOMES, E. K. P. - 027GOMES, F.E. - 078GONÇALVES, A.G.C.M. – 007, 019, 020GONÇALVES, J.P.M. - 097GONÇALVES, V.L.N. - 120GONÇALVES, V.S.P. – 055, 099GOTTSCHALK, S. - 134GROFF, A.C.M. – 043, 045GROFF, F.H.S. - 073GUARDA, V.L.M. - 092GUERRA, J. M. S. - 040GUIMARÃES, C. M. M. - 006GUTIÉRREZ-EXPÓSITO, D. - 140HAMMER, D.P.C. - 128IBIAPINA, I.G. - 030JAYME, V.S. - 017JÚNIOR J.N.A. - 116JUNIOR, D.B.C. – 030JÚNIOR, E.M.Q. – 007, 019JUNIOR, F.X.S. – 089, 116JUNIOR, J.L.S. – 087, 126, 130, 131JUNIOR, J.N.A. - 042JÚNIOR, L.C.S. - 079JUSTINO, L.N.B. - 120KAHLOW, C. – 075, 088, 091, 127, 135, 136KERBER, R. - 043KOLODA, M. – 054, 056, 075KROETZ, J. - 068KRZYZANIAK, A.C. – 046, 068KULM, H.B. – 054, 056LACERDA, M.B. - 087LACERDA, M.J.S.R. - 014LAGATTA, L. - 094LAGES, S. L. S. – 014, 079LANER, D. – 046, 068LAURINDO, E.E. – 106, 115, 115aLEAL, A.A. – 015, 113, 137LEAL, M.A.C. - 036LEITE NETO, L. - 072LEMOS, E.R.S. - 140

LICURGO, J.B. – 016, 061, 062, 074, 102LIMA, D.D.C.C. - 126LIMA, E.E. - 112LIMA, H.R. – 005, 037, 039, 066LIMA, J.V.O. - 008LIMA, L.A.R. - 079LIMA, L.C. - 128LIMA, P.R.B. - 126LIMA, R.A.B. - 028LIMA, R.R. - 019LIMA, S. P. B. – 011, 029LIMA, S.A.A. - 028LIMA, S.P.B. – 086, 109LINS, J.G.G. – 063, 107LIPP, M. - 045LIRA, S.F. - 019LOPES, M.M. - 008LOPES, R. - 021LOUREIRO, A.M. – 007, 019, 030, 089, 116, 117LUCKNER, M.N. - 044MACEDO, D.M.R. – 023, 034MACHADO, S.M. - 077MACIEL H.N.C. - 049MACIEL, C. S. - 136 MACIEL, P. B. - 124MAFRA JR, L.L. - 128MAGALHÃES, I.L.A. – 019, 082MAGALHÃES, I.L.A. - 082MAIA, F.A.L. – 019, 042, 089, 116MAMED, A.P.C.S. - 078MAMEDES, J.E.L. – 007, 020MANGAS, T.P. - 026MARÇAL, W.S. – 075, 088, 091, 127, 135, 136MARQUES, A.V.M.S. – 063, 107MARQUES, G.H.F. - 081MARSIAJ, P.A.P. – 016, 074, 102 MARTINS, F.R.P. - 007MARTINS-HATANO, F. – 026MASSON, G.C.I.H. - 113MATOS, C.C. - 080MEDEIROS, E.G. - 020MEDITSCH, R. G. M. – 069, 077MELANDA, H. - 010MELLO, E. R. - 094MELLO, N.V.B.O. – 084, 085

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MELO, S.A.N. - 078MELO, T.I.S. - 114MENDES, E.L.G. - 075MENDES, F.F. - 105MESQUITA, D.C. - 005MESQUITA, E.T.K DE C. - 076MESQUITA. D.C. – 037, 039, 066MESSERSCHMIDT, H. R. - 068MILHOMENS, C.A.S. - 071MIRANDA, A.S.M. - 116MIRANDA, F.G.DE. - 038MIYAKI, C.M. - 022MONGER, S.G.B. - 024MORAES, A.C.P. – 027, 059, 104MORAES, D.D.A. – 084, 085MORAIS, J.S.C. - 012MOREIRA, L.G.S. – 027, 059, 104MOREIRA, M.A.S. - 025MORENO, J.O. – 007, 019, 042MOTA, A.L.A.A. - 099MOTA, R. A. – 079, 080MOTA, R. M. - 140MOURA, G.H.F. - 030MOURA, J. I. A. – 006, 029, 086, 109, 111, 119MOURA, M.A.O. – 024, 105MOURA, V.M.B.D. - 017MUTZENBERG, E. R. - 033NASCIMENTO, D.L. – 087, 126, 130, 131NASCIMENTO, G.K.K. - 065NASCIMENTO, K. K. G. - 070NASCIMENTO, Z.J.B. - 103NASSAR, A.F.C. - 081NAUAR, S.J.S.F. - 104NAVARRO, A.P.G. - 023NEIVA, C. B. – 029, 086, 109, 111, 119NÉSPOLI, J. M. B. - 033NETO, J.A.S. – 007, 020NETO, J.R.N.S. - 026NETO, M.C. – 019, 042NETO, M.P.D. - 129NETO, P.C.O. – 007, 019, 020, 042, 089NEVES, M.V.O. - 050NOEBAUER, M. - 060NOGUEIRA, A.H.C. - 081NOGUEIRA, G.C. - 030

NOGUEIRA, M.M.B. - 444NOJOSA, A.N. - 007NOLETO, P. G – 012, 237NOLLI, P.K.W. - 128NUNES, A.C.B.T. - 079NUNES, C.C. – 121, 122OBA E. - 044OKUDA, L.H. – 044, 081OLIVEIRA NETO, P.C. DE - 082OLIVEIRA T.M. - 123OLIVEIRA, A.A. F. - 140OLIVEIRA, A.C. – 016, 061, 062, 074OLIVEIRA, A.C.S. DE - 083OLIVEIRA, A.S. - 080OLIVEIRA, C.S. – 019, 042, 089OLIVEIRA, E. H. S. – 111, 109, 119OLIVEIRA, E.H.S. - 086OLIVEIRA, G.G. - 129OLIVEIRA, G.S. - 024OLIVEIRA, J. P. – 018, 040, 065OLIVEIRA, J.M.B. - 140OLIVEIRA, J.P. – 028, 070OLIVEIRA, L.G. - 093OLIVEIRA, L.J.S. -103OLIVEIRA, M. - 113OLIVEIRA, M.A. - 112OLIVEIRA, S.M. - 021OLIVEIRA, S.S. – 021OLIVEIRA, T.E.S. – 007, 042OLIVEIRA, T.M. – 121, 122OLIVEIRA, V.S.F. - 137OLMOS, A.R. - 069ORLANDI, C.M.B. - 046ORTEGA-MORA, L.M. - 140PAARMANN, F.A. - 022PADINHA, J.S. – 005, 037, 066PAIVA, D.M.R. - 036PALMEIRA, J.L.T. - 134PANTOJA, D.K.S.Q. – 105, 108PARDAVIL, G.S.S. - 059PAREDES, L.J.A. - 105PAULA, R.P.O. - 025PAULINO, J.M. – 112, 134PEDREIRA, H. A. - 002PEDREIRA, H.A. - 139PEDROSA, K.Y.F. – 031, 032, 041, 076PEREIRA T.C. - 069

PEREIRA, F. - 060PEREIRA, H.M.P. – 032, 035, 041, 051PEREIRA, J.O.Z. - 110PEREIRA, M.E.G. - 060PEREIRA, P.F.V. – 075, 088, 091, 127, 135PEREIRA, R.T. - 048PEREIRA, S.N. – 112, 134PEREIRA, W.L.A. – 024, 105, 108PEREZ, A.M. – 055, 101PESSIN, F. - 060PEZZINI, T.G. - 048PIERINI, F.G. - 092PIERRE, E. J. – 098, 095PINHEIRO, A.C.L. - 141PINHEIRO, J.H.T. – 007, 020, 042PINHO, A.P.V.B. – 018, 028, 040PINHO, J.B. - 117PINTO, E.G.A. – 004, 090 PINTO, W.B. – 005, 037, 066PIRES, G.R.C. - 017PITUCO, E.M. – 044, 081POMPEI, J. - 081PONTUAL, K.A.Q. - 038PORTO, W.J.N. - 140PUGA, L.C.H.P. – 047, 110QUEIROZ JUNIOR, E.M. – 117, 042QUIRINO, M. H. R. - 020QUIXABEIRA-SANTOS, J.C. – 033, 083RAIA, V.A. – 065, 070RAIOL, L.S. – 027, 059, 104RAMOS, O.S. - 114RAPOSO, R.S. – 004, 090REBELATTO, R. - 124REIS, A.C. – 005, 037, 066REIS, S.A. - 015RIBEIRO, L. C. – 018, 121, 122RICCIARDI, M. F. – 136, 075, 075, 091, 098, 127, 135RIGON, G.M. - 073ROCHA L.O. - 079ROCHA, C.S. – 020, 030, 042, 089, 129ROCHA, D. C.C. - 132ROCHA, H.P. - 020ROCHA, L.O. - 080RODRIGUES, D.A. - 025

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RODRIGUES, D.L. – 054, 056, 075RODRIGUES, S.D. – 063, 107ROMITTO, G.C. - 022ROSA, M.S. - 081ROSADO, F. – 057, 058ROZENTAL, T. - 140SÁ, J.R. - 086SÁ, J.R. - 111SALLES, P.A. – 057, 058SANTANA, A.C. - 078SANTANA, M.A. - 131SANTOS F.N. - 085SANTOS, A.J.F. - 052SANTOS, C.M.P. – 059, 060SANTOS, E.M.C. - 080SANTOS, F.P. - 053SANTOS, G. F. S. – 018, 040SANTOS, H.A. - 085SANTOS, H.P.S. – 032, 035, 041, 051, 076SANTOS, N.V. - 117SANTOS, T. M. V. - 006SARAIVA, A.A.S. – 019, 082SARAIVA, D.K.P. - 024SARAIVA, D.V. – 042, 089, 129SARAIVA, E. A. – 065, 070SATRAPA, R. - 044SCHETTINO, D.N. - 101SCHIAVO, P. - 071SENA, E.F. – 011, 115SENA, R. S. - 002SERA, A. W. - 010SESSIN, A. P. - 077SILVA JR, V.P. - 134SILVA JÚNIOR, F.J. T. M. – 057, 058SILVA JÚNIOR, M.B. - 079SILVA M.X. - 123SILVA V.L. - 085SILVA, A. H. - 008SILVA, A.C.C. - 139SILVA, A.L.M. - 108SILVA, A.W.L. – 042, 117SILVA, C.B. – 019, 042SILVA, C.C. – 023, 025SILVA, D.C.C. – 030, 042, 089, 116, 129SILVA, E.G. - 126SILVA, J. – 037, 039, 066

SILVA, J.C. - 060SILVA, J.C.T. - 072SILVA, J.J. - 020SILVA, J.S. - 005SILVA, K.P.C. – 079, 080SILVA, L.P. - 114SILVA, M. - 010SILVA, M. R. - 110SILVA, M.A.G. - 052SILVA, M.C.M. – 105, 108, 132SILVA, M.O. - 013, 015SILVA, M.X. – 121, 122 SILVA, N.I.S. - 063SILVA, P. - 093SILVA, R.N.S. – 027, 104SILVA, S.M.A. – 057, 058SILVA, W.S. – 005, 037, 039, 066SILVA; L.C.S. - 027SILVA-JUNIOR, V.P. - 112SILVEIRA, K.F. - 105SILVERIO, A. - 135SIMÕES, E.M. - 141SIMÕES, H.M.Q. - 081SMITH, B. - 039SOARES, V.E. - 046SOBEZAK, C.C. - 135SOBREIRA NETO, J A. - 138SOUSA FILHO, O. P. - 138SOUSA, A.H. - 132SOUSA, F.D.N. – 038, 087, 126, 130, 131SOUSA, F.J.N. - 116SOUSA, F.T.M. - 019SOUSA, G.V. – 086, 109SOUSA, R.T.R. - 024SOUZA, A. D. S. - 033SOUZA, A.G. - 039SOUZA, A.M. -017SOUZA, D.M. - 023SOUZA, E.M. - 114SOUZA, G. N. - 110SOUZA, M.G.M. – 024, 026, 105, 108SOUZA, N.F. - 024SOUZA, P.S. – 075, 088, 091, 127, 135SOUZA, S.M.F. - 114SOUZA, V. A. - 069STEFANO, E. - 081

SURDI, L.C. - 060TABOSA, K. F. - 018TAKIUCHI, E. – 054, 056TAVARES, D.V.A.M. – 091, 135TAVARES, H. A. – 105, 132TAVARES, S.G. - 069TEIXEIRA, A.B.E. - 074TEIXEIRA, C.M. – 121, 122, 123TEIXEIRA, P.G.M. - 042TODA, I. P. S. P. - 040TODESCHINI, B. - 048TOLEDO, D.C. - 015TOMICH, R.G.P. - 047TOMPOROSKI, A. – 095, 098ULSENHEIMER, I.N. - 060VALE, S.F.V. - 129VASQUES, R. R. - 113VAZ, J.A.M.C. – 115, 115a, 120VELOSO, F.P. - 069VENTURINI, S.M.N. - 060 VIANA, M. A. S. - 008VIDAL, L.S.O. - 071VIEIRA R.C. – 012, 013, 137VIEIRA, R.G.V - 001VIEIRA, R.G.V. - 118WEILLER, J.H. - 039XAVIER, D.A. – 065, 070ZARZENON, M.A.P. - 021

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índice por palavras-chave

ABATE - 024, 061ABATEDOURO - 103, 126AÇÃO - 018AÇÕES - 016ADEQUADAS - 073AGENTES - 095AGRICULTORES - 107AGRONEGÓCIO - 102AGROPECUÁRIA - 100AGROPECUÁRIO - 002, 105AIE - 087, 089AMBIENTES - 085AMPLIAÇÃO - 042ANALISADAS - 071ANALISES - 066ANIMAIS - 001, 019, 020, 064, 130ANIMAL - 062ANTROPOZOONOSE - 052ANTROPOZOONOSES - 044APIÁRIOS - 134AQUÁTICOS - 130, 131AQUICULTURA - 128ATENDIMENTOS - 084AVALIAÇÃO - 042AVES - 124AVICULTURA - 122BACTÉRIA - 057, 077BEZERROS - 041BICHO-DA-SEDA - 127BIVALVES - 132BOVÍDEO - 039BOVÍDEOS - 065, 070, 074BOVINA - 041, 052, 053, 055, 056, 057BOVINO - 025, 026, 032, 037, 058 BOVINOCULTURA - 047, 075BOVINOS - 054, 140BRUCELOSE - 043, 044, 045, 046, 047, 049, 050, 052, 056, 057, 060, 075BUBALINA - 056BUBALINOS - 054CADASTRAMENTO - 134CAPRINOS - 140CARNE - 099, 102CATADORES - 136

CIRCULAÇÃO - 070CLÁSSICA - 101CLÍNICOS - 017COBAIOS - 080COCCÍDEOS - 026COLHEITA - 120COMPILAÇÃO - 009CONDIÇÕES - 073CONGÊNITO - 093CONSUMO - 024CONTAGIOSA - 079CONTROLE - 003, 043, 060, 090, 104, 106, 110, 128CRITÉRIOS - 067CRÔNICA - 083, 087CURSO - 017CUTÂNEAS - 040DADOS OFICIAIS - 009DEFESA - 012, 022DEFESA SANITÁRIA - 002, 007DIAGNOSTICO - 125DIARREIA - 135DISPONIBILIDADE - 092 DISTRIBUIÇÃO - 139DOENÇA - 018, 055, 057, 072, 077, 078, 096, 116, 137DOENÇAS - 001, 007, 069, 104ECONOMIA - 122EDUCAÇÃO - 038EDUCAÇÃO CONTINUADA - 013EDUCAÇÃO SANITÁRIA - 010, 013ENCEFALITE - 113ENCEFALITES - 115, 115AENCEFALOMIELITE - 119ENFERMIDADE - 025, 030, 079, 086, 088ENFERMIDADES - 076EPIDEMIOLÓGICA - 006EPIDEMIOLÓGICAS - 062EPIDEMIOLÓGICO - 014EPIDEMIOLÓGICOS - 005, 007EQUÍDEOS - 031EQUÍDEOS - 082, 083, 085, 086, 089EQUINAS - 115AEQUINOCULTURA - 088EQUINOS - 027, 078

ERRADICAÇÃO - 001, 003, 045, 050, 059, 060ESPÉCIES - 109ESTOMATITE - 029, 030ESTRATÉGICA - 066ESTRUTURA - 091ESTRUTURAÇÃO - 009EXPERIMENTAL - 080EXPORTAÇÃO - 022FEBRE AFTOSA - 010, 021, 037, 039, 042, 139FERRAMENTAS - 011aFINALIDADE - 061FISCALIZAÇÃO - 013, 074FORMULÁRIOS - 005, 008, 016FRONTEIRA - 039FUNGO - 133GALINHAS - 121, 123GASTRINTESTINAIS - 108GRANJAS - 097GRANJAS - 123HEMATÓFAGO - 112HEMATÓFAGOS - 021, 109, 110HERBÍVOROS - 027, 100, 106, 114HERPESVÍRUS - 032HOSPEDEIROS - 114INCUBATÓRIOS - 126INFECÇÃO - 080INFECCIOSA - 029, 117INFECÇÕES - 104INFECTOCONTAGIOSA - 035, 053, 077, 081, 083INFORMAÇÕES - 020, 066INSALUBRES - 085INSTRUÇÃO NORMATIVA - 067INTERESTADUAL - 065INVESTIGAÇÃO - 005JAVALI - 100LEITÕES - 093LEPTOSPIROSE - 044LESÕES - 040LEVANTAMENTO - 084LÍNGUA AZUL - 036MALACOCULTURA - 128MANCHA BRANCA - 138 MANEJO - 034, 063

V ENDESA

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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99

MATERIAIS - 136MATRIZES - 126MEDICAMENTOS - 092MIGRATÓRIA - 134MISSÃO - 019MOLUSCOS - 132MORCEGO - 112MORCEGOS - 076, 109, 110MORMO - 078MORTALIDADE - 098, 127MOVIMENTAÇÃO - 062NÁUSEAS - 135NEMATOIDES - 025NEONATAIS - 098NEOPLÁSICA - 035NERVOSO CENTRAL - 120NEUROLÓGICAS - 004NOTIFICAÇÃO - 015, 018, 069, 116, 137NOTIFICAÇÕES - 004, 084NOVILHOS - 025NUTRICIONAL - 063OBRIGATÓRIA - 046OCORRÊNCIA - 089, 100OCORRÊNCIAS - 071OIE - 133OSTRAS - 129OVINOS - 105, 107, 140PARASITÁRIAS - 024PARASITOLÓGICA - 105PARASITOLÓGICO - 023PARASITOSES - 108PATOGÊNICOS - 095PATÓGENOS - 129PECUÁRIA - 023, 065, 068PECUARISTAS - 048PESTE - 101PLANEJAMENTO - 002PLANO ESTRATÉGICO - 010POEDEIRAS - 121, 123POSTURA - 122PREVENÇÃO - 003, 059PROCEDIMENTOS - 006, 111aPROCESSO - 141PRODUTIVA - 132PRODUTORES - 012, 094

PROGRAMAS - 038PROPRIEDADES - 068, 121PROTOCOLOS - 072PROTOZOÁRIO - 129PROVAS BIOQUÍMICAS - 125QUALIDADE - 103QUIRÓPTEROS - 021RAIVA - 004, 027, 100, 106, 111, 112, 113, 115, 115a, 117, 119REBANHO - 054REBANHOS - 074RECICLÁVEIS - 136RECRIA - 061REEMERGENTE - 137 REPRODUTORES - 097RESSURGIMENTO - 141RHABDOVIRIDAE - 111RISCO - 099RNA-VÍRUS - 029RUMINANTES - 031, 108RURAIS - 068, 094SANEAMENTO - 048SANIDADE - 016, 130SANITÁRIA - 038, 133SANITÁRIAS - 064SANITÁRIO - 034, 063SARCOCYSTIDAE - 026SAÚDE - 019SAÚDE ANIMAL - 011ªSAÚDE PÚBLICA - 012SERICICULTURA - 127SERVIÇO - 091SERVIÇOS - 090SINAIS CLÍNICOS - 008SÍNDROMES - 090SINDRÔMICA - 008, 014SINTOMAS - 1235SISTEMA - 120SOCIOECONÔMICA - 107SOROEPIDEMIOLÓGICA - 034SOROVAR - 124SUÍDEO - 100SUÍDEOS - 095, 096SUÍNA - 099, 101, 102SUINOCULTORES - 098

SUÍNOS - 031, 094, 097, 103, 141SUSPEITA - 072SUSTENTABILIDADE - 107TEORIA DOS GRAFOS - 070 TESTES SOROLÓGICOS - 125TIFO AVIÁRIO - 124TRANSIÇÃO - 073TRÂNSITO - 020, 131TRANSMISSORES - 076TRANSPORTE - 064TRATAMENTO - 017, 022, 059, 088TREMOR - 093TRIPANOSSOMÍASE - 023TUBERCULINIZAÇÃO - 058TUBERCULOSE - 032, 043, 045, 047, 048, 049, 050, 053, 055, 058, 060, 075VACINAÇÃO - 037, 046VACINAS - 049VARÍOLA BOVINA - 040VETERINÁRIA - 015, 071, 091VETERINÁRIOS - 092VETORES - 036VIGILÂNCIA - 006, 014, 015, 056, 069, 096VIRAL - 116, 117VÍRUS - 030, 036, 041, 086, 087, 111, 113, 114, 138VIVEIROS - 138 ZOONOSE - 081, 119ZOONÓTICA - 079

índice por palavras-chaveV ENDESA

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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100

ACCREDITED - 012ACTION - 018, 019, 036

ACTIONS - 013, 022, 091

AGRICULTURAL HEALTH - 010

AIE - 082

ANALYSIS - 002, 034, 062, 065, 071, 074, 106, 118

ANIMAL - 001, 007, 011, 021, 054, 056, 064, 068, 086, 087, 089

ANTI-RABICA - 104

APHTOVIRUS - 042

ASPECTS - 085

ATTENDANCE - 015

AVIAN - 125

BATS - 112

BLOOD - 059

BOVIDAE - 039, 064

BOVIDS - 024, 025, 028, 031, 032, 033, 036, 037, 040, 041, 045, 053, 055, 057, 066, 067, 070

BOVINE - 074

BOVINES - 026

BRUCELLOSIS - 043, 044, 045, 046, 047, 048, 049, 050, 056, 057, 060, 075

BRUCELOSE - 052

BUBALINE - 026

BUFFALOS - 059

CAMPAINGN - 104

CAPTURE - 076

CARCASSES - 100

CASES - 029

CATTLE - 027, 058, 061, 062, 063, 065, 099, 051

CERTIFICATED - 097

CHARACTERIZATION - 061

CHARACTERIZATION - 121

CHARACTERIZATION - 123

CLASSICAL - 096

CLASSIFICATION - 076

COMMUNITIES - 070

COMPARATIVE - 118

CONTROL - 043, 048, 055, 060, 112, 113, 114

COURSE - 017

DEFENSE - 013, 022

DESCRIPTION - 113

DETECTION - 059

DIAGNOSIS - 066

DISEASE - 005, 006, 028, 046, 073, 099, 015, 115, 115a

DISTRIBUTED - 070

DISTRIBUTION - 083

DIVERSITY - 124

ECTOPARASITES - 122

EDUCATION - 013, 021, 038

EGG - 126

E-GTA - 020

ENZOOTIC - 033, 034, 035

EPIDEMIOLOGICAL - 003, 005, 007, 027, 049, 078, 119, 121, 123

EQUIDAE - 084, 085

EQUINE - 027, 079, 086, 087, 088, 089, 091

ERADICATION - 038, 048

EVALUATION - 014, 054, 056, 072, 092, 097, 108, 121

EXPERIMENTAL - 080

FARMS - 097

FEDERAL - 067, 084

FEDERAL DISTRICT - 061, 062

FEVER - 094, 095, 096

FOCUS - 083, 116

FREQUENCY - 122

FRONTIER - 039

GENETIC - 124

GEOPROCESSING - 110, 114

GLANDERS - 077

GLYCOALKALOIDS - 090

GOATS - 108

GUINEA PIG - 080

HEALTH - 094

HEMOPARASITOSIS - 024

HERBIVORES - 110, 116, 117, 119,

HERBIVORS - 120

HERPESVIRUS - 032

HISTORIC - 010, 077

HORSES - 081

HUMAN - 011

IDENTIFICATION - 093

Keywords

IMMUNOLOGICAL - 079

IMPLEMENTATION - 012

INCIDENCE - 047

INFECTION - 051, 080, 086, 087, 088, 089

INNOVATION - 075

INQUERY - 042

INTESTINAL - 105

INVESTIGATED - 004

INVESTIGATION - 005, 016

ISOLATED - 115, 115A

ISSUANCE - 020

LABORATORIES - 060

LARVAE - 127

LEPTOSPIROSIS - 044

LEUCOSIS - 035, 033

LEUKEMIA - 034

LUDIC - 021

MANAGEMENT - 103

MATRIX - 126

MICROREGION - 063

MIGRATION - 020

MOLECULAR - 023

MONITORING - 114

MORMO - 078, 082

MORTALITY - 127

MOVEMENTS - 065

NATIONAL - 104

NEUROLOGIC - 004120

NOTIFIABLE - 016

NOTIFICAÇÃO - 008

NOTIFICATION - 015

NOTIFICATIONS - 006, 030, 069, 084, 098

OCCURRENCE - 040, 057, 077, 082, 088, 104, 105, 125

OCCURRENCES - 071

OFFICIAL - 019

PARAMETER - 074

PARASITES - 104, 105, 123

PARASITOLOGICAL - 023, 108

PEDAGOGY - 010

PESTIVIRUS - 093

PIG - 095, 101, 102

V ENDESA

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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101

POPULATION - 111

PORCINE - 093

POTATO - 090

POULTRY - 122

POX - 040

PREVALENCE - 053, 083

PREVENTION - 038

PROCESS - 050

PRODUCTION - 126

PRODUCTS - 011

PROFESSIONALS - 017

PROFILE - 078, 107

PROGRAM - 091

QUALITY - 103

RABIES - 113, 116, 118, 119

RECOMMENDATIONS - 112

REGISTERS - 109

RESPONSE - 079

RINOTRAQUEÍTE - 028

RUMINANTS - 106

RURAL PROPERTIES - 002, 009

SAMPLES - 026

SANITARY - 063, 071, 107

SEROCONVERSION - 052

SERODIAGNOSIS - 081

SEROLOGICAL - 023

SERVICE - 007, 018, 069, 098

SHEEP - 104, 107

SILKWORM - 127

SITUATION - 117

SOROEPIDEMIOLOGICAL - 042

SOROLÓGICA - 044

SOROPIDEMIOLOGICAL - 085

KeywordsV ENDESA

SOROPREVALENCE - 032, 035, 041, 051

SPECIES - 076

STOMATITIS - 029, 031

STRAIN - 052

STUDY - 081

SURVEILLANCE - 009

SWINE - 094, 095, 096, 101, 102, 103

SYNDROME - 030

SYNDROMES - 004, 115, 115A, 120

SYSTEM - 003, 014

TOXICITY - 090

TRAFFIC - 064, 066

TRAINED - 017

TRAINING - 022

TRANSIT GUIDE - 068

TRANSITION - 073

TRANSPORT - 100

TRICOSTRONGYLOSIS - 025

TUBERCULOSIS - 043, 045, 047, 048, 050, 053, 054, 055, 058

VACCINATED - 099

VACCINATION - 037, 039, 046, 052, 075

VACCINES - 049

VAMPIRE BATS - 109, 110, 111

VESICULAR - 029, 030, 031

VESICULAR SYNDROME - 072

VETERINARY - 001, 014, 018, 019, 069, 072, 092, 098, 106

VIGILÂNCIA - 008

VIRAL DIARRHEA - 041

VIRUS - 036, 101

WORKSHOPS - 001

ZOONOSES - 052

Biológico, São Paulo, v.79, n.2, p. 9-97, jul./dez., 2017 - Suplemento

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Moção do V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal - ENDESA 2017Em busca da sustentabilidade

O Serviço Veterinário, representado por médicos veterinários do serviço oficial e do setor privado, reunidos em Belém – PA, para o V Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal, apresenta moção visando assegurar a sua sustentabilidade e fortalecimento.

O controle e erradicação das doenças nos animais é a garantia mais efetiva e econômica para assegurar a produção de alimentos e proteger o ser humano dos patógenos transmissíveis por animais. No conceito de Saúde Única, a saúde humana e a saúde animal são interdependentes e ligadas aos ecossistemas em que elas coexistem. Garantir serviços de saúde animal competentes, estruturados e aptos para detecção e adoção precoce de medidas sanitárias é fundamental para um mundo mais seguro.

O Serviço Veterinário garante suporte fundamental à produtividade dos rebanhos e produção de alimentos seguros aos consumidores nacionais e internacionais. São, portanto, objetivos do Serviço Veterinário: 1. controlar e erradicar doenças endêmicas no país, muitas delas zoonoses, 2. detectar e enfrentar doenças emergenciais ou exóticas, 3. assegurar o bem-estar na produção animal, 4. garantir a proteção do consumidor por meio da oferta de alimentos livres de perigos e 5. certificar os animais, material genético e produtos de origem animal ao comércio nacional e internacional.

O agronegócio representa aproximadamente 23% do PIB nacional com fortes perspectivas de crescimento e a atuação do Serviço Veterinário se reflete diretamente na economia nacional e segurança alimentar mundial. Assim, o Serviço Veterinário é parte intrínseca do patrimônio agropecuário nacional e por isso deve ser forte e de qualidade para viabilizar o crescimento do país.

Um Serviço Veterinário sustentável é aquele que detém qualidades para desempenhar a missão de preservação desse patrimônio e, ao mesmo tempo, desenvolve mecanismos para fortalecimento de suas capacidades de forma contínua e permanente. Um Serviço Veterinário deficitário representa uma ameaça à sociedade contemporânea e às futuras gerações, passando-se a um cenário sanitariamente vulnerável.

A sustentabilidade do Serviço Veterinário refere-se, portanto, à sua eficácia, eficiência, efetividade, flexibilidade, independência técnica e respaldo nos aspectos econômicos, administrativos, técnicos e jurídicos. A OIE estabelece que os Serviços Veterinários devam estar em conformidade com os princípios fundamentais- de natureza ética, organizacional, legislativa, regulamentar e técnica- independentemente da situação política, econômica ou social do país.

Assim, todos os atores envolvidos devem se comprometer em buscar soluções para garantir o alcance dos objetivos do Serviço Veterinário, mediante a manutenção de seus princípios fundamentais, mesmo diante das adversidades e circunstâncias que são inerentes aos países em desenvolvimento.

Consequentemente, é imperativo ao Serviço Veterinário:1. rever a missão do Serviço Veterinário Oficial para fazer frente aos desafios atuais e futuros;2. redefinir atribuições, responsabilidades e tarefas e compartilhamento entre as partes interessadas, evitando

vazios ou duplicação de esforços e ineficiências;3. adequar suas necessidades às tarefas estabelecidas para atender aos objetivos propostos;4. equacionar o papel do Estado e suas relações com o setor privado;5. desenvolver mecanismos eficientes para avaliação e impulsionamento de sua qualidade e desempenho;

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6. definir sobre formas de financiamento, públicas e privadas, buscando aprimoramento e soluções às fraquezas identificadas;

7. manter-se em constante processo de modernização.

Neste contexto, algumas ações são destacadas como propulsoras para alcançar as diretrizes listadas acima, entre elas: • Revisar e consolidar a base legal, tornando-a atual, harmonizada, objetiva, dinâmica e flexível a inovações tecnológicas,

evitando insegurança jurídica, obsoletismos e custos desnecessários;• Investir em agilidade, integração e inteligência aos processos do serviço veterinário federal e dos órgãos executores

de defesa sanitária animal, ampliando o uso de bases técnicas na formulação das políticas;• Garantir a consistência, qualidade e oportunidade do sistema de informação em saúde animal;• Ampliar e formalizar as redes de colaboração em saúde animal mediante fortalecimento de parcerias com diferentes

atores, visando dar maior capacidade, resistência e sustentabilidade e buscando o princípio da economicidade;• Capacitar estruturas técnicas para realizar avaliações de risco e subsidiar as políticas de saúde animal;• Investir na profissionalização da comunicação de risco para o fortalecimento da defesa sanitária animal;• Fomentar a adoção de boas práticas por todas as cadeias pecuárias como base para a profilaxia de doenças

infecto-contagiosas;• Ampliar o cumprimento dos padrões para o bem-estar animal na produção primária e no segmento industrial,

bem como do processo para certificação; • Desenvolver gestão laboratorial que permita agilidade na seleção, contratação e manutenção de capital intelectual

e recursos humanos, para viabilizar pesquisa, desenvolvimento e inovação em temas de interesse do Serviço Veterinário Oficial;

• Melhorar os processos de avaliação das capacidades e desempenho do Serviço Veterinário;• Fortalecer mecanismos de seleção e formação de médicos veterinários para as diferentes áreas de atuação, gestão

e estratégia do Serviço Veterinário Oficial;• Ampliar a inserção do médico veterinário privado em ações de responsabilidade compartilhada com o Serviço

Veterinário Oficial e os mecanismos de controle de sua atuação; • Ampliar a participação do setor pecuário em ações de responsabilidade compartilhada com o Serviço Veterinário,

definindo atribuições, limites e mecanismos de controle; • Fortalecer mecanismos para evitar e resolver conflitos de interesse entre o médico veterinário, público ou privado,

e setor regulado;• Aprimorar colaboração com a formação veterinária universitária e educação continuada compatibilizando com as

competências técnicas da defesa sanitária animal e necessidades do perfil profissional almejado pelo mercado;• Fortalecer iniciativas de educação em saúde animal em todos os elos da cadeia produtiva de animais;• Ampliar as cooperações técnicas do Serviço Veterinário com outros países;• Implementar instrumentos arrecadatórios a partir da prestação de serviços do Serviço Veterinário Oficial;• Implementar mecanismos eficientes para garantir a transferência de recursos financeiros públicos e privados

condizentes com a realidade pecuária e as necessidades do órgão executor de defesa sanitária animal de cada unidade federativa;

•Garantir a integração efetiva do Serviço Veterinário com demais serviços na execução de ações sob a abordagem de Saúde Única.

Dessa forma, como encaminhamentos em curto prazo, recomenda-se a ampla divulgação da presente moção a todos os atores envolvidos na esfera pública e privada na cadeia produtiva animal brasileira e devida sensibilização e formalização de compromissos e metas sobre o tema.

Ainda, propõe-se a criação de um Grupo Ad Hoc para a Sustentabilidade do Serviço Veterinário, que tenha representação intersetorial, para subsidiar a elaboração de um plano estratégico e a implantação das ações.

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

A Revista O BIOLÓGICO aceita para publica-ção, artigos originais de pesquisa científica relacio-nados com a sanidade animal e vegetal, proteção ambiental, biotecnologia, museologia/educação ambiental e áreas afins, cujos trabalhos se enqua-dram nas normas redatoriais.

Os trabalhos enviados para publicação deverão ser inéditos e destinados exclusivamente a esta Revista. A matéria publicada será de inteira respon-sabilidade do(s) autor(es). Os originais não aceitos para publicação serão devolvidos aos autores.

A publicação dos trabalhos dependerá da aná-lise efetuada pelo Corpo de Consultores Científicos e da aprovação do Comitê Editorial.

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Quando houver interesse em adquirir separatas do trabalho, solicitar ao Editor, correndo as despe-sas por conta do(s) autor(es).

Os originais devem ser enviados ao editor da Revista “O Biológico”, Dra. Márcia Maria Rebou-ças, Instituto Biológico - Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014-900, São Paulo, SP. Fone: (11) 5087-1703 E-mail: [email protected]

FORMA DE APRESENTAÇÃO: os trabalhos de-verão ser digitados em computador e impressos em quatro vias. Após as correções sugeridas pelos consultores, os trabalhos deverão ser enviados por E-mail: [email protected].

IDIOMA: o trabalho poderá ser redigido em portu-guês, inglês ou espanhol. Quando escrito em por-tuguês, o resumo deverá ter uma versão em inglês. No caso de artigo escrito em inglês ou espanhol deverá ter um resumo em inglês ou espanhol e ou-tro em português.

TÍTULO: (em letras maiúsculas) embora breve, deverá indicar com precisão o assunto tratado no artigo, focalizando bem a sua finalidade principal.

AUTOR(es):os nomes deverão ser inseridos abaixo do título do trabalho e deverão ser numerados.

ENDEREÇO: (do primeiro autor) deverá ser co-locado abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es). No caso de recebimento de auxílio para execução do trabalho, informar. Dos demais autores deverá ser colocado no rodapé da 1a lauda, somente o local de origem.

RESUMO: deverá apresentar concisamente o ob-jetivo do trabalho, métodos e conclusões. Não ul-trapassar duzentas palavras.

PALAVRAS-CHAVE: utilizar no máximo seis. Ha-vendo nomes científicos, incluí-los quando possí-vel.

ABSTRACT: deverá conter uma tradução para o inglês, do título do trabalho e do resumo. A seguir, relacionar também em inglês as mesmas palavras--chave (key words) já citadas (estas normas tam-bém são válidas para a versão em espanhol).

TABELAS E FIGURAS: deverão conter título claro e conciso que possibilite o seu entendimento sem consultas ao texto. No verso de cada figura deverá constar seu número, o(s) nome(s) do(s) autor(es) e o título do artigo. Os desenhos, gráficos, fotogra-fias, slides, esquemas, etc deverão ser numerados com algarismos arábicos e suas legendas deverão ter explicações breves. As fotografias deverão ser enviadas em papel fotográfico (exceto quando fo-rem obtidas por câmara digital). Figuras elabora-das eletronicamente deverão vir acompanhadas de seus arquivos originais em Excell, CorelDraw etc (um arquivo para cada figura). As tabelas não de-verão conter linhas verticais.

CONCLUSÕES: serão citadas em ordem de im-portância. Poderão constituir um ítem à parte ou serem incluídas na discussão.

AGRADECIMENTOS: poderão ser incluídos a pessoas ou instituições.

REFERÊNCIAS E CITAÇÕES NO TEXTO: cita-ção no texto e referências estão diretamente vincu-ladas. Todos os autores citados devem figurar nas referências, exceção para informações obtidas por canais informais que deverão ser citadas apenas no texto: (Junqueira, comunicação pessoal), (Jun-queira, informação verbal). A referência no texto deve seguir o sistema sobrenome do autor e ano de publicação e deverá estar em caixa alta reduzida ou versalete, tal como: 1 autor - Allan (1979) ou (Allan,1979); 2 autores - Lopes & Macedo (1982) ou (Lopes & Macedo, 1982); mais de 2 autores - Besse et al. (1990) ou (Besse et al., 1990); coin-cidências de autoria e ano de publicação - (Curi, 1998a ), (Curi, 1998b) ou (Curi, 1998a, 1998b). Nas referências seguir as recomendações da Nor-ma NBR 6023/2002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); as referências deverão estar em ordem alfabética de primeiro autor e ser apresentadas em folha a parte. A exatidão dos da-dos nas referências é da responsabilidade dos au-tores.

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Seguem exemplos que servirão de diretriz para a formatação e apresentação das referências:

a) Artigo de periódico

Andréa, M.M. & Pettinellii Júnior, A. Efeito de aplicações de pesticidas sobre a biomassa e a respiração de microrganismos de solos. Arqui-vos do Instituto Biologico, São Paulo, v.67, n.2, p.223-228, 2000.

Suplemento ou número especial

Hennen, J.F.; Hennen, M.M.; Figueiredo, M.B. Ín-dice das ferrugens (Uredinales) do Brasil. Arqui-vos do Instituto Biológico, v.49, p.1-201,1982. Suplemento 1.

b) Artigo de periódico em meio eletrônico

Felício, J.D.; Santos, R. da S.; Gonçales, E. Componentes químicos de vitis vinifera (Vitace-ae). Arquivos do Instituto Biologico., São Paulo, v.68, n.1, p.47-50, 2001. Disponível em:<http://www.biologico.br/arquivos/v68_1/9>. Acesso em: 5 mar. 2002.

c) Dissertações, Teses e Trabalhos Academicos

Peres, T.B. Efeito da aplicação de pesticidas na ati-vidade microbiológica do solo e na dissipação do 14C-Paration Metílico. 2000.75f. Disserta-ção (Mestrado em Ciências - Área de Tecnolo-gia Nuclear - Aplicações) - Instituto de Pesqui-sas Energéticas e Nucleares, São Paulo, 2000.

Simoni, I.C. Utilização de diferentes linhagens ce-lulares para propagação do vírus da doença in-fecciosa da bursa. 2001. 77f. Tese (Doutorado em Genética e Biologia Molecular - Área de Mi-crobiologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

Azevedo, L.A. Produção gráfica: tecnologia, pro-cessos e aplicações. 1989. 20f. Trabalho de Graduação (Disciplina Projeto de Produto IV) – Curso de Desenho Industrial, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1989.

Obs.: Datas nas dissertações e teses: a primeira corresponde ao ano de depósito e a segunda ao ano da defesa.

d) Dissertação/Tese, em meio eletrônico

Batista, A.S. Saccharomices cerevisae em milho armazenado e o efeito na redução de aflatoxi-coses. 2001. 96p. Dissertação (Mestrado – Mi-crobiologia Agrícola) - Escola Superior de Agri-cultura “Luiz de Queiroz” Universidade de São

Paulo, Piracicaba, 2001. Disponível em: <http://www.teses.usp.br>. Acesso em: 28 jun. 2005.

e) Livros no todo, folhetos etc.

Beckmann, N. (Ed.). Carbon-13 NMR spectrosco-py of biological systems. San Diego: Academic Press, 1995. 334p.

f) Livro em meio eletrônico

Sullivan, J.T. Electronic atlas of parasitology. New York: McGraw Hill, 2000. 1 CD-ROM.

g) Parte de livro (capítulo, trecho, fragmento etc.) Capítulo ou parte sem autoria específica – autor da parte é o mesmo autor da obra

Alberts, B.; Bray, D.; Lewis, J.; Raff, M.; Rob-erts, K.; Watson, J.D. Cell junctions, cell ad-hesion, and the extracellular matrix. In: ______. Molecular biology of the cell. 3th.ed. New York: Garland Publications, 1994. 1294p. Chap. 19.

Alves, S.B. Fungos entomopatogenicos. In: ______. Controle microbiano dos insetos. Pira-cicaba: FEALQ, 1998. p.289-370.

Parte com autoria específica

Banijamali, A. Thyroid function and thyroid drugs. In: Foye, W.O.; Lemke, T.L.; Williams, D.A. (Eds). Principles of medicinal chemistry. 4th. Ed. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins, 1995. chap.30, p.688-704.

Sem autoria e título da parte

Pupo, N.I.H. Pastagens e forrageiras: pragas, do-enças, plantas invasoras e tóxicas, controles. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrí-cola, 1977. p.166-167.

h) Trabalhos apresentados em eventos (Con-gressos, Reuniões etc.)

Alexandre, M.A.V.; Duarte, L.M.L.; Rivas, E.B.; Matos, M.F.; Chagas, C.M.A Tobamovirus in commercial impatiens. In: ENCONTRO NACIO-NAL DE VIROLOGIA, 7., 1994, São Lourenço, MG. Resumos. São Lourenço: 1994. p.14.

i) Trabalhos apresentados em eventos, divulga-dos em periódicos

Rivas, E.B.; Alexandre, M.A.V.; Duarte, L.M.L.; Galleti, S.R. Infecção natural de “dashee mo-saic virus” em Dieffenbachia sp. Summa Phyto-pathologica, v.24, n.1, p.71, 1998. Trabalho apre-sentado no CONGRESSO PAULISTA DE FITO-PATOLOGIA, 21., 1998, Botucatu.Resumos.

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j) Trabalhos apresentados em eventos, divulga-dos em suplemento de revistas

Braggio, M.M.; Fávaro, O.C.N.; Oliveira, M.M. Atividade antineoplásica da ficocianina. Ar-quivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.57, p.65, 1990. Suplemento.Trabalho apresentado na REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓ-GICO, 3, 1990, São Paulo. Resumo 096.

l) Trabalho apresentado em evento e divulgado em meio eletrônico

Silva, R.N. & Oliveira, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFI-CA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais. Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.pro-pes.ufpe.br/anais/educ/ceo4.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

Galleti, S.R.; Miyai, T.; Duarte, L.M.L.; Rivas, E.B.; Alexandre, M.A.V. Aspectos ultraestrutu-rais dos mitocôndrios de Eucharis sp. (Amarylli-daceae) infectada por um Potyviridae. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.68, 2001. Suplemento. Trabalho apresentado na REU-NIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 14.,2001, São Paulo. Resumo 47. 1 CD_ROM.

Mendes, M.C.; Braggio, M.M.; Haraguchi, M. Eficácia do extrato etanólico da legumino-sa Sesbania sesban em fêmeas do carrapato Boophilus microplus (Canes-trini,1887). Is. Ar-quivos do Instituto Biológico,São Paulo, v.68, 2001. Suplemento. Trabalho apresentado na REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGI-CO, 14., 2001, São Paulo. Resumo 110. Dis-ponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/arquivos/v68_suplemento/index.htm>. Acesso em: 24 mar. 2002.

m) Proceedings com título próprio e editoria

Arnason, J.T.; Mata, R.; Romeo J.T. (Eds.). Phy-tochemistry of medicinal plants. Proceedings of the 34th Annual Meeting of the Phytochemical Society of North America of Medicinal Plants, 1994, Mexico city, Mexico. New York: Plenum Press, 1995. 364p. (Recent Advances in Phyto-chemistry, 29).

n) Citação de citação (apud) (Menção a documen-to ao qual não se teve acesso direto, por inacessibi-lidade ou dificuldade de tradução).

Takacs, A.P. & Rauscher, E. [Virus infection of potato tubers showing necroting rings.] Gyurus-nekrozist mutato burgonyagumok virusferto-zottsegenek vizsgalata. Novenytermeles, v.49, n.3, p.221-225, 2000. apud CAB Abstracts on CD-ROM, 2000/08-2002/01.

o) Trabalho no prelo (todos os dados devem estar presentes na referência)

Almeida, M.M.G. O enfermeiro no planejamento fa-miliar. Revista Brasileira de Enfermagem, São Paulo, v.38, n.3, p.215-230, 1985. [No prelo].

Divulgação Técnica: o trabalho de divulgação téc-nico científico deverá ser composto dos seguintes ítens: título, nome(s) do(s) autor(es), endereço do primeiro autor, texto, palavras-chave. Resumo, tí-tulo em inglês, abstract, key words e referências bibliográficas (quando necessários). Nomes cientí-ficos de espécies ou drogas deverão obedecer re-gras e padrões internacionais.

Consultas: (publicação restrita aos técnicos do Instituto Biológico) as respostas às consultas deve-rão conter os seguintes ítens: título, nome do(s) au-tor(es), nome e origem do material, descrição dos sintomas e/ou sinais, agente causal, importância econômica e controle. As consultas devem ter no máximo uma lauda.

Notas e informações: notícias de interesse da ins-tituição serão publicadas a critério do Comitê Edi-torial.

Tese e dissertações: (publicação restrita aos técnicos do Instituto Biológico) será publicado o título, nome do autor, nome do orientador, data e local da defesa, e resumo em inglês.

Palestras: será publicado o título, nome, local de procedência do palestrante, texto e bibliografia consultada (quando necessária). Deverá ser citado o local onde a palestra foi proferida.

Suplemento: será publicado desde que haja interesse da Instituição.

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The journal O BIOLÓGICO accepts, for publi- cation, original scientific research articles regarding animal and plant health, environmental protection and related areas; to be accepted the text must con- form to the following publication standards.

The papers sent for publication must be previ- ously unpublished and meant for publication ex- clusively in this journal. The author(s) of the article will be solely responsible for its contents. Originals not accepted for publication will be returned to the authors.

Publication of the papers will depend on the analysis by the Group of Scientific Consultants and the approval of the Editorial Commitee.

Papers published in the O Biológico may be partially or totally transcribed to other journals as long as the Biológico are cited as the original source. Authors may request reprints of articles from the Editor, and the authors will be charged for the expenses thereof.

Form of Presentation: The papers should be typed on a computer and submitted as four printed-out copies. After the corrections suggested by the consultants are made, the works should be delivered Email:[email protected]. Each of the authors must initial each page of one of the print- outs. Whenever it is necessary to type words and/or titles in capital letters, use the menu item “Format/ Font/All Caps – do not use the “Caps Lock” key.

Language: the text can be written in Portuguese, Spanish or English. When written in Portuguese a second abstract must accompany in English. When the article is written in English or Spanish, the ab- stract should be in that language, accompanied by an abstract in Portuguese.

Title: (in capital letters) should be brief and offer a concise, accurate description of the subject of the article, focusing on its main purpose.

Author(s): should appear below the title and numbered. Address(es): (of the first author) should be placed below the name(s) of the author(s). Where the work has been supported by some source, the source should be named. For authors other than the first author, only the author’s institutional position should be given in a footnote.

Abstract: should concisely describe the aims of the study, its methods and conclusions, in Portuguese and without subdivision.

Tables and Figures: should be titled clearly and con- cisely in such a way as to allow for their understand- ing without consulting the text. The back of every figure should bear its number, the name(s) of the author(s) and the title of the article. Any drawings, graphs, photographs, slides, diagrams, etc., should be numbered with Arabic numerals and their captions should give brief explanations. The photographs should be sent on photographic paper (except when taken by digital camera). Figures drawn using digital software should be accompanied by their original files in Excel, CorelDraw, etc. (one file for each figure). The tables should not contain vertical lines.

Acknowledgments: acknowledgments can be given to people or institutions.

Bibliographic references and citation in the text: citation in the text and bibliographic references are directly linked. All the cited authors should figure in the bibliographic references, except for information obtained through informal channels, which should be cited only in the text: (walsh, personal commu- nication), (walsh, verbal information). The refer- ence in the text should follow the order of author’s last name and year of publication, and should be in the font sMall caps ou versalete, for example: 1 author – allan (1979) or (allan, 1979); 2 authors – lopes & Macedo (1982) or (lopes & Macedo, 1982); more than 2 authors – Besse et al. (1990) or (Besse et al., 1990); for coincidences of authorship or year published – (curi, 1998a), (curi, 1998b) or (curi, 1998a, 1998b). The bibliographic references should be formatted according to the standard NBR 6023/2000, of the Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); the references should be in alpha- betic order by the first author, and be presented on a separate page. The abbreviation of titles of periodicals in the bibliographic references should be done accord- ing to the “Serial Sources for the BIOSIS Data Base” and typed in italic font. The correctness of the biblio- graphic references is the responsibility of the authors.

Refer to the following examples for the format and presentation of the references:

a) Article in a periodical

Andréa, M.M. & Pettinelli Júnior, A. Efeito de aplicações de pesticidas sobre a biomassa e a respiração de microrganismos de solos. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.67, n.2, p.223-228, 2000.

PUBLICATION STANDARDS

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b) Article in a digital environment

Felício, J. D.; Santos, R. da S.; Gonçales, E. Componentes químicos de vitis vinifera (Vitaceae). Arquivos do Instituto Biologico., São Paulo, v.68, n.1, p.47-50, 2001. Disponível em: <http://www.biologico.br/arquivos/v68_1/9>. Acesso em: 5 mar. 2002.

c) Thesis or Dissertation

Peres, T.B. Efeito da aplicação de pesticidas na atividade microbiológica do solo e na dissipação do 14C-Paration Metílico. 2000.75f. Dissertação (Mestrado em Ciências - Área de Tecnologia Nuclear - Aplicações) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, São Paulo, 2000.

Simoni, I.C. Utilização de diferentes linhagens celulares para propagação do vírus da doença infecciosa da bursa. 2001. 77f. Tese (Doutorado em Genética e Biologia Molecular - Área de Microbiologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

Azevedo, L.A. Produção gráfica: tecnologia, processos e aplicações. 1989. 20f. Trabalho de Graduação (Disciplina Projeto de Produto IV) – Curso de Desenho Industrial, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1989.

d) Dissertation/Thesis, in a digital environment

Batista, A.S. Saccharomices cerevisae em milho armazenado e o efeito na redução de aflatoxicoses. 2001. 96p. Dissertação (Mestrado – Microbio- logia Agrícola) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2001. Disponível em: <http://www. teses.usp.br>. Acesso em: 28 jun. 2005.

e) Books, brochures etc.

Beckmann, N. (Ed.). Carbon-13 NMR spectroscopy of biological systems. San Diego: Academic Press, 1995. 334p.

f) Books in digital environment

Sullivan, J.T. Electronic atlas of parasitology. New York: McGraw Hill, 2000. 1 CD-ROM.

g) Part of a book (chapter, passage, fragment etc.) Chapter or passage without specific uthor- ship

Alberts, B.; Bray, D.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; Watson, J.D. Cell junctions,

cell adhesion, and the extracellular matrix. In: ______. Molecular biology of the cell. 3th.ed. New York: Garland Publications, 1994. 1294p. Chap. 19.

Alves, S.B. Fungos entomopatogenicos. In: _____. Controle microbiano dos insetos. Piracicaba: FEALQ, 1998. p.289-370.

Passage with specific authorship

Banijamali, A. Thyroid function and thyroid drugs.In: Foye, w.o.; leMke, t.l.; williaMs, D.A. (Eds). Principles of medicinal chemistry. 4th. Ed. Philadelphia: Lippincot Williams & Wi- lkins, 1995. chap.30, p.688-704.

h) Papers published for events (conferences, meetings etc.)

Alexandre, M.A.V.; duarte, l.M.l.; rivas, e.B.; Matos, M.F.; chaGas, C.M.A Tobamovirus in commercial impatiens. In: ENCONTRO NA- CIONAL DE VIROLOGIA, 7., 1994, São Lou- renço, MG. Resumos. São Lourenço: 1994. p.14.

i) Papers presented at events, published in jour- nals

Rivas, E.B.; Alexandre, M.A.V.; Duarte, L.M.L.; Galleti, S.r. Infecção natural de “dashee mosaic virus” em Dieffenbachia sp. Summa Phytopa- thologica, v.24, n.1, p.71, 1998. Trabalho apre- sentado no CONGRESSO PAULISTA DE FITOPATOLOGIA, 21., 1998, Botucatu.Resumos.

j) Papers published at events, published in jour- nal supplements

Braggio, M.M.; Fávaro, O.C.N.; Oliveira, M.M. Atividade antineoplásica da ficocianina. Arqui- vos do Instituto Biologico, São Paulo, v.57, p.65, 1990. Suplemento.Trabalho apresentado na REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIO- LÓGICO, 3., 1990, São Paulo. Resumo 096.

l) Papers presented at events and published in the digital environment

Silva, R.N. & Oliveira, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais. Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propes.ufpe.br/anais/educ/ceo4.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

Galleti, S.R.; Miyai, T.; Duarte, l.M.l.; Rivas, E. B.; Alexandre, M.A.V. Aspectos

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ultraestruturais dos mitocôndrios de Eucharis sp. (Amaryllidaceae) infectada por um Potyvir idae. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.68, 2001. Suplemento. Trabalho apresentado na REUNIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 14., 2001, São Paulo. Resumo 47. 1 CD_ROM.

Mendes, M.C.; Braggio, M.M.; Haraguchi, M. Eficácia do extrato etanólico da leguminosa Sesbania sesban em fêmeas do carrapato Bo-ophilus microplus (Canes-trini,1887). Arquivos do Instituto Biológico,São Paulo, v.68, 2001. Suplemento. Trabalho apresentado na REU-NIÃO ANUAL DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 14., 2001, São Paulo. Resumo 110. Disponível em: <http://www.biologico. sp.gov.br/arquivos/v68_suplemento/index. htm>. Acesso em: 24 mar. 2002.

m) Event published as a monograph

Arnason, J.T.; Mata, R.; Romeo J.T. (Eds.). Phy-tochemistry of medicinal plants. Proceedings of the 34th Annual Meeting of the Phytochemical Society of North America of Medicinal Plants, 1994, Mexico city, Mexico. New York: Plenum Press, 1995. 364p. (Recent Advances in Phyto- chemistry, 29).

n) Citation of a citation (Mention of a document to which direct access was not available, because it is inaccessible or there are difficulties in translating it.)

Arnason, J.T.; Mata, r.; Romeo J.T. (Eds.). Phy-tochemistry of medicinal plants. Proceedings of the 34th Annual Meeting of the Phytochemical Society of North America of Medicinal Plants, 1994, Mexico city, Mexico. New York: Plenum Press, 1995. 364p. (Recent Advances in Phyto- chemistry, 29).

o) Papers awaiting press (all of the data should be present in the reference)

Almeida, M.M.G. O enfermeiro no planejamento familiar. Revista Brasileira de Enfermagem, São Paulo, v.38, n.3, p.215-230, 1985. [No prelo].

Technical Reports: current issues, of agricul- tu-ral interest (reports of occurrences, management and control techniques, etc.). The technical report should consist of the following items: title, name(s) of the author(s), address of the main author and the institutional position of the others, abstract and key words in Portuguese, title, abstract and keywords in English or Spanish, the text itself and bibliogra-phy (when necessary). Scientific names of species and chemicals should conform to international stan-dards.

Consulting: (written only by Instituto Biológico staff) responses to consulting requests should consist of the following items: title, name(s) of the author(s), name and origin of the material, description of the symptoms and/or signs, causative agent, economic importance and control. These responses should be one page at maximum.

Notes and Information: news of interest to the institution will be published at the discretion of the Editorial Commitee.

Theses and Dissertations: (restricted to Instituto Biológico staff) notice will be given of the title, name of the author, name of the adviser, date and location of the defense, and the abstract in English.

Lectures: notice will be given of the title, name, institutional position of the lecturer and bibliographi- cal references (depending on the interest of the lec- turer). Abstract in English, Portuguese or Spanish is optional. The place where the lecture took place should also be reported.

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O BIOLÓGICOVolume 78 Número 2 Julho/dezembro - 2016

Suplemento