FUNDAO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS- FESCFACUKDADE DE FILOSOFIA, CINCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRAS- FAFICCURSO: FILOSOFIADISCIPLINA: TICAPROFESSOR: PE. MIGUELALUNA: CAMILA MENDES DE SOUZA

O BEM AMADO O Bem-Amado,filme de Guel Arraes,foi umatelenovelabrasileiraescrita porDias Gomes, produzida pelaRede Globoe levada ao ar em 1973. Inspirada numapea teatraldo prprioautor, escrita em1962, foi a primeira novela produzida emcoresnateleviso brasileira. O trama conta a histria doprefeitoOdorico Paraguau (empossado depois do assassinato de seu antecessor), umpolticocorruptoe cheio de artimanhas, que tem como meta prioritria em suaadministraonacidadefictcia deSucupira, a inaugurao docemitriolocal. Acontece que ningum morre e a inaugurao nunca acontece. Enquanto isso, na imprensa de oposio, o inimigo de Odorico, seu concorrente poltico e dono do jornal A Trombeta, Vladimir (Tonico Pereira) faz pesadas crticas sua administrao. Alm disso, sua filha descolada (Maria Flor) e as solteironas do local (as irms Cajazeiras, Andra Beltro, Zez Polessa e Drica Moraes) no o do descanso. Durante todo o filme, o prefeito age maquiavelicamente, armando tramas para que morra algum, e enfim concretizar a inaugurao da grande obra do governo: O cemitrio local, sendo sempre mal-sucedido. Para obter xito, Odorico traz de volta a Sucupira um filho da terra:Zeca Diabo, umpistoleiro redimido, que recebe a misso de matar algum para a inaugurao do cemitrio. E, mesmo enfrentando os desaforos deJuarez Leo,mdicopersonalstico da oposio, que faz um bomtrabalhoem Sucupira, salvandovidas- para desespero de Odorico-, ao final, Zeca Diabo, revoltado, mata Odorico, que, finalmente, inaugura ocemitrio.O filme uma stira poltica. Sucupira sempre foi uma metfora para o jeito regionalista de fazer poltica no Brasil, e o filme obviamente tomaria isso como ponto de partida. Odorico uma caricatura de todos os polticos corruptos que agem em benefcio prprio, passando pelos direitos da populao, de maneira antitica. Odorico representa a figura do poltico que, uma vez com o poder, no pratica a tica da responsabilidade, fazendo de seus eleitores meras peas para concretizar suas ambies, no importando-se com as consequncias sociais que geram seus atos imorais.