O Batista Pioneiro

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ANO 86 | Nº 05 | MAIO DE 2012 Rua Elizeu Faria, 157 - 81720-130 - Curitiba - PR

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Jornal OBP

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ANO 86 | Nº 05 | MAIO DE 2012 Rua Elizeu Faria, 157 - 81720-130 - Curitiba - PR

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Órgão Oficial de Informação daConvenção Batista Pioneira do Sul do Brasil

A publicação é de responsabilidade da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Jornal. A Redação se reserva o direito de resumir as matérias. Matérias a serem publicadas devem ser enviadas para o endereço da Redação e de preferência em CD ou por e-mail.

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Integridadena família

Explorando o tema da integridade na perspectiva de que essa virtude nos aponte muito mais os desafios do que somos cha-mados a ser do que a reprovação do que somos ou fomos, é que recebemos o convite a examinar o tema da integridade na família através das páginas do Batista Pioneiro.

Poderia ser traçado um perfil de família ideal, inatingível para a maioria das pessoas, e certamente encontraríamos aí algumas atitudes básicas, como: desdém por aqueles que se posicionassem entendendo que o ideal é utópico e, portanto, inalcançável; frustração para quem tentasse adequar a si e sua família a um padrão impossível; ânimo para alguns idealistas, mas seguido de um gosto amargo de desânimo, tudo porque simplesmente não dá pra viver de maneira legalista impondo altos padrões para si e para os demais membros da nossa família ou das famílias dos outros.

Basta um olhar rápido para as famílias apresentadas na Bíblia, e veremos que experimentar integridade na família é um grande desafio. Senão, vejamos:

• Na primeira família já houve acordo de casal para desobediência e homicídio por causa de ciúmes;

Junho: Mulher CristãAgenda da Pioneira

02 Dia internacional de oração pelas crianças em crise

07 Feriado Nacional

7-9 Congresso de Mulheres da Pioneira (Leão de Judá, PR)

10 Dia do Pastor

23 Dia da Educação Cristã Missionária

23-24 Encontrão de Líderes (Regionais)

29-30 Reunião JEVAM – (Ijuí, RS)

GRATIDÃO:

INTERCESSÃO:Pela Assembleia da Convenção Pioneira de 25 a 29 de julho de 2012: �Pela celebração do 50º aniversário da PIB em Nova Santa Rosa (PR); �Pelo orador oficial, Pr. Christoph Haus; �Pela efetiva implantação das nove Regionais da Pioneira; �Pela Campanha de Missões Mundiais através da EBM � International e da JMM;Pelo início das obras de ampliação do Lar Irmãos Dentzer (Toledo, PR); �Pelas obras de ampliação da Faculdade Batista Pioneira (Ijuí, RS); �Pela preparação das atividades do mês da família nas igrejas e congregações; �Pela comemoração do Dia de Ação Social na Convenção Batista Brasileira �(acesse: www.batistas.com);Pela Campanha dos 100 Dias que impactarão o Brasil (Campanha de Oração pelo �Brasil – JMN);Pela realização da Conferência Missionária Anual da EBM � International na Espanha (2 a 6 de maio).

Pela realização do STLP Módulo 4 na Regional Fronteira (em Santa Rosa, RS); �Pelo fechamento dos balanços de 2011 e apresentação dos relatórios anuais; �Pelo período que a secretária Guimel Penha esteve na secretaria da Convenção; �Pela chegada da nova secretária Fabiana Silvestrini desde fins de março; �Pelas famílias integradas nas igrejas e congregações. �

• Na família de Abraão houve mentira so-bre estado civil; experiência extra conjugal e filho fora do casamento; prosperidade nos negócios sendo causa de discórdia;

• Na família de Jacó há um festival de situações, como poligamia; filhos preteridos e filhos preferidos; traição entre irmãos; e até incesto;

• Na família de Davi também não faltou desconfiança entre os irmãos; adultério e as-sassinato; traição do filho para com o pai;

• Até mesmo a família de Jesus experi-mentou descrença entre os irmãos.

Porém, um olhar um pouco mais atento, revela-nos que essas mesmas famílias luta-ram para superar suas próprias fraquezas, frustrações e pecados, encontrando lugar de arrependimento e de mudanças signi-ficativas, desafiando-nos a uma atitude semelhante. Veja:

• Adão e Eva se tornaram os progenitores da raça humana, e mesmo tendo perdido um filho assassinado pelo próprio irmão, não se entregaram ao abatimento e depressão, tiveram outros filhos e filhas, e cultivaram a terra mesmo com inço e espinhos;

• Abraão e Sara aprenderam os jogos amo-rosos como casal que se ama e se perdoa,

e tiveram o filho da promessa. O tio abriu mão da melhor terra em prol do sobrinho Ló, e quando este se colocou em perigo, o tio intercedeu por ele e foi em seu auxílio;

• Jacó e seus filhos sofreram as conse-quências de sete anos de colheitas frus-tradas, mas se uniram buscando soluções para preservação da família. O filho traído perdoou os irmãos e a comunhão foi res-taurada;

• Davi, mesmo sendo um grande guer-reiro, não deixou sem amparo um menino portador de necessidades especiais, membro da família oponente, mas o trouxe para a mesa do rei; mesmo tendo problemas sérios com os filhos, foi usado por Deus para pre-parar o sucessor, o qual foi o homem mais sábio de seus dias;

• Embora inicialmente descrente acerca de quem era Jesus e qual era seu ministério, os irmãos de Jesus se tornaram seus segui-dores e um deles chegou a ser morto por causa de sua fé.

Isso me faz pensar que integridade não está tanto relacionada com o passado, uma vez que não podemos mudá-lo, mas com o futuro que ainda pode ser construído. Ou seja, integridade aponta muito mais para o modo como queremos viver do que para o modo como vivemos até aqui.

Muitas famílias, mesmo sendo cristãs há gerações, continuam se magoando, criticando, e provocando mau testemunho em função de brigas, negócios mal feitos,

PastorSamuel Esperandio

Diretor Executivoda CBPSB

EDITORIAL

trapaças, traições, ou meramente por não gostarem de certas atitudes uns dos outros. Buscar a integridade na família, portanto, implica em aceitar o desafio de aprender a perdoar e ser perdoado, a reconhecer o valor das pessoas mesmo que tenham falhas e erros, assim como nós mesmos.

Além de viver isso na própria família, Jesus exemplificou através da parábola do Filho Pródigo o que significa buscar a in-tegridade na família. Talvez aquela estória devesse ser chamada de “A Parábola do Pai Amoroso”, que ama indistintamente seus filhos e compartilha com eles tudo o que tem e todo o seu amor.

Nesta edição de O Batista Pioneiro está lançado o desafio de trabalharmos pela Integridade na família, “não tapando o sol com a peneira”, como se tudo estivesse bem, mas reconhecendo e confessando pecados e fraquezas, confiantes que receberemos de Deus a bênção da comunhão familiar e do fortalecimento de vínculos e do sentimento de pertencimento. Tenha uma boa leitura, você e sua família!

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TEMA DO MÊS

Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1Co 10.12-13).

Nós, homens, somos tentados. Não importa se você é jovem, se você é adoles-cente, ou se você é um homem crente há muitos anos casado e pai de família. Todos somos tentados.

Infelizmente todos os dias homens cris-tãos caem na tentação e põem tudo a perder. E assim, sem perceber, estão destruindo tudo o que construíram durante a vida, estão jogando fora anos de dedicação e trabalho. Estão magoando os filhos, decepcionando a família e perdendo toda a reputação ad-quirida na sociedade.

Conta-se a história de um homem que tinha como animal de estimação um leão e há muitos anos criava esse animal. Um dia, enquanto o leão lambia a mão de seu dono, acidentalmente os seus dentes arranharam a sua pele e o leão começou a sentir o bom gosto do sangue e atacou o seu dono até matá-lo. E você deve estar pensando: “que imprudente, que perigoso ter um animal de estimação tão perigoso”. Mas, sabia que quando você se coloca em situações de tentação também está criando um animal perigoso que a qualquer momento pode se levantar contra você e te matar? Ficar conversando muito, ou ter amizade com uma mulher que não seja a sua esposa é de certa forma criar um animal perigoso que a qualquer momento pode te matar.

Temos que tomar muito cuidado para não cedermos de maneira nenhuma às tentações. Precisamos olhar para alguns detalhes da Palavra de Deus que nos ajudam a entender e ficarmos preparados para enfrentarmos esses desafios.

Precisamos ficar atentos e ter humil-dade. Esse é o início para evitarmos en-frentar uma tentação. Às vezes os homens são soberbos e orgulhosos. Você mesmo pode estar pensando: “para que eu preciso aprender isso? Eu sou fiel a Deus e a minha esposa, isso jamais vai acontecer comigo”. Isso é um grande perigo: se considerar forte de mais, achar que isso não vai acontecer com você.

Todos sentimos os mesmos desejos, al-guns tem uma fraqueza em uma área, outros em outra, mas todos estamos sujeitos às mesmas tentações. Então não pense: “isso não vai acontecer comigo”. A sua vontade e o desejo de Deus é que realmente não aconteça. Mas nunca se sinta forte demais. Porque a partir do versículo 12 podemos entender que, para cair, basta estarmos em pé.

O que devemos fazer é sermos sempre humildes diante de Deus e até mesmo diante das pessoas. Sempre reconhecer que preci-samos da força do Espírito Santo para não cairmos em tentações, e ter a consciência de que só Deus pode nos livrar.

A segunda coisa é ficarmos atentos: cuide-se, não dê brecha, não se coloque em situações de tentação. Se você não está preparado para enfrentar, é melhor fugir. É melhor ser criticado pelos amigos como aquele que não olha para mulheres do que desagradar a Deus. Nesta área todo o cui-dado é pouco.

As tentações são comuns aos homens. Muitos homens às vezes ficam se martiri-zando porque estão sendo tentados. Vamos esclarecer uma coisa: ser tentado não é pecado, pecado é ceder à tentação. Jesus foi tentado. O versículo diz que as tentações que vêm até nós são comuns aos homens, ou seja, acontece com todo mundo. Não é só você que está sendo tentado, nesse momento muitos irmãos em Cristo estão enfrentando algum tipo de tentação.

É bom que você saiba disso para que você olhe ao seu redor e preste atenção não só naqueles que estão caindo – naquele que traiu a esposa, naquele que roubou a empresa, naquele que se deu bem fazendo algum tipo de falcatrua –, mas você pode olhar para os que estão vencendo, aqueles que há anos estão casados com a mesma mulher, que trabalharam e venceram na vida sem precisar fazer coisas erradas. Apesar do mundo estar mal, existem milhares de homens cristãos ao nosso redor que estão vencendo as tentações. Você também pode vencer.

Deus está no controle. Outra coisa impor-tante de lembrarmos é que Deus está no con-trole de todas as situações. Ele é soberano. O texto diz: “não permitirá”, ou seja, Deus não nos tenta; no máximo, ele permite algumas tentações em nossa vida para amadurecer-nos, provar a nossa fé, nos fazer crescer, ou para resolvermos aquela área da nossa vida que ainda não está resolvida.

Você pode suportar e vencer a tentação. Nada além do que você pode suportar; isso é o que o versículo está dizendo. Por mais que pareça difícil, por mais que pareça

pesado demais, você pode suportar. Se Ele permitiu, Ele sabe que você aguenta. Deus não põe excesso de peso em você. E as vezes em que você pecou e caiu? Será que foi tentação demais? Não. Você poderia ter suportado se estivesse preparado e se tivesse lutado mais. O fato de ceder não quer dizer que você não aguenta, quer dizer no mínimo que você se entregou.

Os esquimós têm uma prática para prote-gerem suas aldeias dos ataques dos lobos. Eles molham uma faca com sangue. O frio congela o sangue e eles deixam a faca de ponta para cima no gelo. O lobo fareja o sangue, começa a lamber a faca, porque tem um gosto bom de sangue. Assim ele continua até cortar a própria língua e nem percebe que o gosto que sente é do próprio sangue. E continua até a morte. Assim é o pecado: ele parece ter um gostinho bom, mas na verdade, você está fazendo mal a você mesmo. O pecado nunca vai te satis-fazer. Pecado leva a mais pecado, vira um ciclo vicioso. O pecado tira a sua liberdade de dizer “não”, a sua liberdade de escolha. E nunca vai te satisfazer, porque satisfação somente temos em Deus.

Quando for tentado lembre-se da conse-quência do pecado. Por exemplo: o pai de família casado há anos que adultera. Ele acaba com a paz em sua vida, ele perde a esposa, perde os filhos, decepciona os pais, perde a reputação na sociedade; tudo o que ele construiu durante anos é destruído. E se este homem for cristão, desagrada a Deus, perde a comunhão com Ele e com a igreja. A Bíblia diz que o salário do pecado é mor-te; o preço é muito alto, as consequências são destruidoras, não vale a pena ceder à tentação.

Mas o versículo 13 termina com uma so-lução, com uma esperança em meio a tantos desafios: Deus é fiel. E por causa da sua fidelidade é que conseguimos vencer, por-que quando resistimos, ele nos providencia um escape, uma maneira de nos aliviar, uma maneira para sermos menos tentados. Fica para nós o compromisso e a responsabili-dade de não cedermos a nenhuma tentação e de mantermos uma conduta moral e ética irrepreensível que glorifique a Deus, respei-te a família e impacte a sociedade.– Obreiro Wagner Buteseke IB Emanuel em Condor, RS

As tentações do homem cristão

Pr. Edemar Gundt IBP em Linha RepúblicaIBP em Vila Oito de AgostoCaixa Postal, 65 - CEP 98895-000Senador Salgado Filho - RS(55) 3614.1002 / (55) 9710.9808

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Relatos da vida de um emigrante para o Brasil

Liebich – Uma História de Fé, Esperança e Amor por Zidrone Liebich Moreira

Sob este título, o irmão Gustav Feuerharmel, filho mais novo dos nossos irmãos pioneiros Karl e Friederike Feuerharmel, produziu um volumoso manuscrito que nos permite ver, além da biografia dos seus pais, diversos detalhes novos, valiosos e interessantes sobre os tempos iniciais da nossa obra. Somos gratos ao irmão Feuerharmel por nos ter colocado este mate-rial à disposição para publicação. Ele foi publicado em alemão em capítulos no Missionsbote (antecessor do Batista Pioneiro) de agosto de 1951 a julho de 1953. (Trad.: Roland Körber / SP)

Em comemoração aos 50 anos do Lar da Criança Henrique Liebich, o Batista Pioneiro publicará mensalmente a história da família Liebich contada pela filha de Henrique, Zidrone Liebi-ch Moreira. O texto na íntegra pode ser solicitado para a Zidrone pelo email [email protected], ou então baixado do site da Pioneira em http://cbpsb.weebly.com/44---lchl.html

Após vários minutos de deliberação, o juiz se levantou e primeiramente deu uma breve instrução, com a qual os soldados subita-mente tomaram posição e saíram da sala em silêncio. Em seguida, dirigindo-se aos nossos dois amigos, prosseguiu:

“Pois bem, estejam livres! Não é só na América e em outros países que existe liber-dade de fé e consciência: aqui entre nós no Brasil ainda mais. Cada um pode realizar aqui suas reuniões e seus exercícios religiosos da maneira que quiser. Ninguém tem o direito de intervir nisso ou de perturbar tais práticas. Caso algo semelhante se repita entre vocês, invoquem a lei, que os protegerá.”

Assim estavam livres novamente. O terrível cárcere ficara para trás. Como homens, cuja honradez era de novo publicamente reconhe-cida, dirigiram-se à saída da sala e desceram a escadaria até a rua. Um feliz sentimento de gratidão perpassou-lhes o coração quando finalmente puderam de novo respirar o ar puro da natureza livre em vez da catinga da prisão. Caminharam pela Rua dos Andradas, que levava a uma praça aberta. Tendo quase chegado lá, um senhor aproximou-se deles

Fui perguntar ao Pastor Oscar Horn como poderia ensinar as crianças da comunidade. Ele me forneceu um material chamado “Jóias de Cristo” com histórias bíblicas para crianças. Comecei então a praticar, contando histórias bíblicas para as crianças aos domingos à tarde.

Mais tarde, fiz um curso bíblico por correspondência pelo Seminário Batista do Recife – só me aceitaram porque con-fundiram meu nome com uma pessoa do sexo masculino. O envelope onde recebia as lições vinha sempre endereçado ao Sr. Zidrone.

Escrevi para eles informando o erro e, como resposta, me disseram que eu poderia fazer o curso. Entretanto, eu não receberia o diploma, já que o curso era destinado a homens que desejassem ser pastores ou obreiros. Como almejava o conhecimento, aceitei as imposições dessas condições.

Quero registrar a bênção que foi o apoio recebido por parte do Pr. Oscar Horn: em-préstimos de livros, aulas particulares sobre Exegese e Homilética, a arte de preparar sermões e Estudos Bíblicos.

Aos 17 anos, recebi uma incumbência

saudando-os gentilmente e perguntou se não seriam os senhores Feuerharmel e Neitzke de Formosa, acabados de ser absolvidos pelo tri-bunal. Quando confirmaram, espantados, ele mesmo se apresentou como Karl Trein. Con-gratulou-os pela liberdade recém-conquistada e convidou-os para se hospedarem em sua ampla casa. Como lhes fez bem a gentileza desse nobre patrício depois dos muitos meses de malvadeza e, principalmente, das semanas de encarceramento.

Depois de poderem novamente se arrumar como gente, foram hospedados com toda a atenção, e como já estava escurecendo, o hospedeiro convidou-os a também passarem a noite ali, o que ambos aceitaram com grati-dão. Quando então comunicaram sua angústia por não terem consigo nenhum centavo para pagar as contas, o Sr. Trein respondeu sorrindo que não se preocupassem: alguém pagaria tudo.

Na manhã seguinte, após o desjejum, seu hospedeiro conduziu-os a uma sala separada, onde foram gentilmente saudados por um senhor desconhecido que indagou sobre sua situação. Era o deputado provincial Karl Von

Koseritz, ao qual deviam essencialmente sua libertação. Este os convidou para um bom copo de vinho e discutiu toda a situação com eles, tratando de informar-se também sobre suas famílias, sua situação econômica e sobre como pretenderiam voltar para casa. Quando lhe expuseram sua aflição a respeito, ele lhes entregou uma quantia suficiente em dinheiro, observando que essa ajuda consistia simplesmente numa obrigação humanitária. Comunicaram-lhe também sua preocupação relativa às suas montarias retidas em Rio Par-do e que seriam indispensáveis não somente para a viagem de volta, mas também para o trabalho na roça. O Sr. Von Koseritz também tinha solução para isso, prometendo-lhes pro-videnciar imediatamente uma ordem escrita do chefe geral da polícia que pudessem levar e, se necessário, apresentar. Prestou-lhes tam-bém este serviço necessário. Despediram-se com profunda gratidão desses homens que tanta humanidade e benefício lhes prestaram e que quase os fez esquecer de todas as amar-guras passadas nos dias precedentes.

À tarde dirigiram-se ao porto para nova-mente embarcar num vapor fluvial que os

ESPECIAL

levou até Rio Pardo ao longo dos próximos dias. Ali dirigiram-se primeiro a um hotel e, na manhã seguinte, à delegacia de polí-cia para requisitar os seus cavalos. Como previam, inicialmente alegaram não saber nada dos cavalos. No entanto, o ofício do chefe de polícia fez com que aparecessem rapidamente. Bastou um chamado amigo aos cavalos para estes relincharem alegremente em resposta.

Depois de ainda terem alimentado bem os animais, montaram-nos e trotaram pelo cam-po numa viagem de sete horas até Santa Cruz. O trajeto que lhes trouxera tanta miséria lhes pareceu agora bem simpático. À tardinha che-garam a Santa Cruz, onde pernoitaram. Mas já bem cedo de manhã vemo-los novamente cavalgando para fora da cidadezinha em di-reção a Vila Tereza. Seu parceiro comercial local, Jakob Doern, saudou-os com alegria e supriu-os fartamente.

Antes de deixá-los seguir viagem, tiveram de relatar detalhadamente todas as suas ex-periências. Em troca, o comerciante também esqueceu de cobrar a fatura.

(continua)

por parte de meu pai Henrique: ensinar os Estudos Bíblicos às quintas feiras à noite, em nossa casa, para os vizinhos.

Além disso, eu ainda trabalhava como secretária e líder dos jovens. O Templo da Igreja ficava a 7 km de distância da fazenda, e fui vendo quanto trabalho havia naquele lugar para que eu fosse uma verdadeira missionária.

Em 10 de outubro de 1950 nasceu Odeti, a caçula das mulheres.

No ano de 1952, meu pai e seu vizinho, Matias Wagner, resolveram fazer uma sociedade para fabricar tijolos. A olaria foi montada nas terras do senhor Matias, onde a terra era mais apropriada. A finalidade era fazer tijolos, vender e construir suas casas de alvenaria.

O trabalho foi feito com os empregados de ambos e dos filhos mais velhos. Eram três de cada lado, tudo muito divertido! As construções foram feitas em 1954 e cada um fez a sua casa. Para Henrique e sua família foi um tempo de muito sacrifício porque, nesse tempo, Benjamim precisou servir o exército, mas as plantações precisavam de cuidados e a olaria não podia parar.

Então, papai reuniu a família, como sempre fazia, quando tinha que tomar alguma decisão. Dessa vez, a dificuldade era que só daria para pagar os pedreiros e ele não poderia contratar os serventes. “Como vamos fazer?”, perguntou papai, e ele mesmo respondeu: “Vamos esperar até o próximo ano”. Então eu disse que, se Al-bertina – que era nossa empregada –, topar trabalhar comigo como servente, vamos dar conta. Então, foi iniciada e terminada a construção.

Neste ano um tanto conturbado, mamãe estava grávida e, no dia 26 de junho, nasceu o filho Roberto.

Em Monte Alvão havia muita necessidade de uma parteira, pois o hospital era distante e não havia transporte motorizado. Por isso, Frieda era muito solicitada para atender as mulheres da região em seus partos.

Em 24 de outubro de 1954 ela foi fazer o parto de uma moça solteira que havia vindo para a fazenda com o pretexto de trabalhar, mas, na verdade ela queria ter o filho longe da família, dar a criança e voltar como se nada tivesse acontecido.

Um casal de idosos agregados na fazen-

da Liebich a abrigou em sua casa e queria adotar a criança. Porém, quando o menino nasceu, o casal estava enfermo e disse à ela que estava desistindo da adoção. Mamãe Frieda, além de fazer o parto, ficou dando assistência ao bebê, à mãe e ao casal.

Quando o menino tinha oito dias de vida, a mãe o abandonou, deixando-o com o casal. Quando mamãe chegou para dar assistência, encontrou o casal desesperado.

Então, ela trouxe o menino com ela e, como amamentava seu filho Roberto de quatro meses, passou a amamentar também o menino a quem deu o nome de Astrogildo. Papai notificou ao Juizado de Ijuí e recebeu a guarda provisória da criança.

Em 1956, no dia 9 de julho nasceu Vilson, o caçula da família.

No ano de 1957, Henrique e Frieda co-memoraram as bodas de prata – 25 anos de casados – e, realmente, eles eram um casal exemplar, o qual colheu e espalhou muitas bênçãos em sua existência.

Em 1958, Naomi, sua filha mais velha, casou-se com Willi Von Der Fee.

(continua)

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FACULDADE BATISTA PIONEIRA

ERRATA: a legenda da segunda foto na reportagem “Pioneiros nas terras bíblicas” da edição passada está errada. O correto é: Pioneiros nas escadarias do Templo de Jerusalém, com o professor Sayão.

Gostaria de compartilhar com os irmãos algumas poucas experiências amealhadas du-rante uma viagem às Terras Bíblicas, incluindo Turquia e Grécia. Para aqueles que alguma vez estiveram nestas terras, vale a frase: “hoje lemos a Bíblia bem diferente de como a líamos antes”. Organizado pelo Pr. Luiz Sayão, em parceria com a Faculdade Batista Pioneira (Ijuí, RS), foi elaborado um roteiro de visitas a diversas localidades de Israel que têm um forte enfoque sobre a história de Jesus, segui-da de visitas a localidades que tiveram uma importante relação com a vida do Apóstolo Paulo. Destaque deve ser dado ao fato de que o grupo era formado por 50 pessoas, todos irmãos em Cristo. Destes, éramos 8 membros de igrejas da Pioneira. A visita a Israel iniciou-se em Tel Aviv de onde partimos para a cidade de Jope, distante poucos quilômetros ao sul, em cujo porto Jonas embarcou em um navio para fugir à ordem dada por Deus. Há ainda remanescente parte da antiga cidade com casas de pedra e ruas estreitas. Após identificarmos a casa de Pedro, o Tanoeiro (At 10.43), onde o Apóstolo Pedro permaneceu após ressuscitar

Semana Missionária 2012

Tabita, partimos para a localidade onde se en-contram as ruínas de Cesareia Marítima. Desta cidade o Apóstolo Paulo, após um período de prisão, foi enviado a Roma depois de haver-se identificado como cidadão romano (At 23.24). Tratam-se das ruínas de um imponente porto romano, onde ainda se pode ver, além de mui-tas ruínas, o teatro construído na cidade.

Desta localidade nos dirigimos para Me-giddo. Trata-se de uma colina artificial, em uma planície (Planície de Jesreel – Ap 16.16 – Batalha de Armagedon), resultado do acúmulo de restos de cidades que foram destruídas. Contam-se restos de cerca 26 cidades destruídas. Em 1Cr 7.29 lemos que esta área era da tribo de Manassés e em 1Re 9.15 lemos que o Rei Salomão recolheu tri-butos para construir a casa do Senhor e a sua casa neste local. Há indícios de que há mais de 10.000 anos a.C. esta terra já era usada. Saindo de Megiddo, rumamos para o noroeste, a Tiberíades, junto ao Mar da Galileia para pernoite. Importante notar que a parte norte de Israel é a parte fértil com amplas planícies rodeadas de montanhas.

Na manhã seguinte rumamos para sudoeste, cerca de 15 km, para a cidade de Nazaré, onde visitamos a réplica de um vilarejo da época de Jesus. Trata-se de uma réplica de uma aldeia retratando hábitos e costumes da época de Jesus. Vimos os terraços do terreno onde são cultivadas plantações de uvas e olivas. Ainda andando na área, foi-nos apresentado um la-gar, onde se espremiam as uvas para produzir o vinho. Nada mais é que uma pequena depres-são na superfície de um bloco de rocha. Um pequeno canal cortado na borda da depressão permitia que o sumo produzido escorresse e fosse coletado por um recipiente. Continuan-do, visitamos um espremedor de azeite. Em seguida visitamos a réplica de uma sinagoga. Foi onde aprendemos que uma sinagoga era um espaço construído para abrigar pessoas da comunidade que se reuniam para conversar sobre assuntos gerais. Havia também um mo-mento em que a Torá era lida. Esta, na forma de um rolo de pergaminho, ficava no centro da construção, sobre uma pequena mesa. Havia três momentos. O primeiro e o segundo era quando judeus simplesmente liam a Palavra de Deus. O terceiro momento era reservado para a pessoa que, depois de ler, deveria fazer a interpretação do que havia sido lido (Lc 4.14-31). Em uma oficina de carpinteiro, equipada de instrumentos rudimentares, aprendemos que José, pai de Jesus, conhecido como car-pinteiro, era na verdade um construtor.

Depois desta visita, rumamos novamente para nordeste, cerca de 20 km, quando chega-mos de volta às margens do Mar da Galileia, em Cafarnaum, para onde Jesus se dirigiu depois que fugiu de Nazaré (Lc 4.31). A visita a este local foi de grande emoção. Sentados, numa tarde de céu azul, temperatura amena, à sombra de uma grande árvore ao lado das ruí-nas da sinagoga onde Jesus ensinou, o pastor Sayão nos fez retornar quase 2.000 anos para

vermos Jesus ensinando na sinagoga e curando um homem que tinha um espírito imundo (Lc 4.33), e depois se dirigir para a casa de Pedro (Lc 4.38) situada a poucas dezenas de metros da sinagoga, onde curou a sogra de Pedro. São emoções sentidas que fogem da capacidade da gente descrevê-las. Após visitarmos estes locais tão impactantes não sabíamos a surpresa que nos esperava. Bordejando o Mar da Gali-leia, alguns bem poucos quilômetros na dire-ção sul, chegamos ao local onde foi realizado o sermão da montanha (Lc 6.17-49). Num local mais tranquilo nos reunimos e o pastor Sayão voltou a fazer uma pequena preleção. Durante esta preleção, de certa forma incorporando a maravilha das palavras de Jesus e o Seu amor pela humanidade, a emoção ultrapassou o controle do Pr. Sayão e lágrimas fluíram de seus olhos e de todos os demais em sua volta. Foi uma tarde que certamente marcou todos nós que ali estávamos.

Depois de uma noite bem dormida (e cedo interrompida), após o café nos dirigimos para o norte de Israel rumo ao Monte Hermom, nos limites com o Líbano e a Síria. Logo à chegada encontramos um dos rios que formam o rio Jordão com as suas águas provenientes do de-gelo da neve do Monte Hermom. Caminhamos algumas centenas de metros rumo à montante do rio até chegarmos a Dã, onde se encontra um conjunto de ruínas de um antigo palácio do rei Jeroboão (1Re 12.22-30). Neste local, Jeroboão construiu um bezerro de ouro para ser adorado. Ainda é possível ver-se os locais onde ficavam os altares para os sacrifícios. Ali próximo também encontramos a “porta canaanita”, a entrada de uma antiga cidade que data de 2000 a.C. Possivelmente Abraão tenha passado por este local. Este foi o passeio mais ao norte de Israel. Mas a história continua no mês que vem...

A Páscoa é para muitos sinônimo de descanso e reunião com a família. Na Fa-culdade não foi bem assim: foram dias de muito trabalho, mas também de reunião com a família FBP em mais uma de suas viagens missionárias. A semana iniciou com palestras sobre o tema “A Missão Integral da Igreja”, realizadas pelo Pr. Samuel Esperan-dio. A temática abordada retrata a missão da igreja no mundo, sendo apoiada no binômio evangelização e ação social. A missão da igreja não é só salvar a alma, mas o ser humano. Os demais dias foram marcados por apresentações do musical “Corra para a

Cruz” pelo coro da Faculdade. No dia 4 de abril a apresentação foi na praça da cidade de Três Passos; no dia 5 de abril, na Igreja Batista da Glória (em Carazinho); no dia 6 de manhã na Igreja Batista Independente Betel (Cândido Godói) e à noite na praça na cidade de Giruá. O musical é repleto de testemunhos dos alunos da Faculdade e mostra que, não importando a situação e nem mesmo a sua gravidade, a solução está na cruz de Jesus. Além das apresentações musicais, houve também apresentações do Ministério de Pantomima pelos alunos da instituição.

Experiências de uma viagem às Terras Bíblicas - Parte 1 por Nelson Ellert (IBASP)

Acima, teatro romano em Cesareia Marítima; ao lado, à esquerda, entrada da cidade de Meggido; ao lado, à direita, prensa de Olivas em Nazaré.

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“Tudo posso naquele que me fortalece.”

(Fp 4.13)

TEMA 2012: Ser como Cristo : Meu ideal Desafiados a ser padrão de integridade

DIVISA: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).

HINO OFICIAL: Brilha, Jesus! (G. Kemdrick)

PresidenteVice-Presidente:Secretária:Vogais:

Suplentes:

Secretária Executiva:

Jurema SchmidtDagmar ZagonelLiliane S. D. FerrazVânia SchieweSilvana GrossIris BeuterLoni D. SchollShirley FreySara SälzerAna Cláudia de Almeida Christal

CONTA BANCÁRIABanco do BrasilAg. 2823-1C/c 12834-1

UFMB PioneiraRua Elizeu Faria, 157 - casa 1Xaxim - 81720-130 - Curitiba, PRFone/Fax: (41) 3376.0271E-mail: [email protected]

ANUÁRIO 2011

ENTRE NÓSJUNTA FEMININA MISSIONÁRIA

No dia internacional da mulher recebi um e-mail que se referia à diferença de ser uma mulher forte e uma mulher de força. Entre vários exemplos, dizia que a mulher forte malha todo dia para manter seu corpo em forma; mas a mulher de força constrói relacionamentos para manter sua alma em forma. A mulher forte não tem medo de nada; a mulher de força demonstra coragem em meio aos seus medos. A mulher forte não permite que ninguém tire o melhor dela; a mulher de força dá o melhor de si para todos. A mulher forte comete erros e evita-os no futuro; a mulher de força percebe que os erros na vida também podem ser bênçãos inesperadas e aprende com eles. A mulher forte tem o olhar de segurança na face; a mulher de força tem a graça. Uma mulher forte acredita que ela é forte o suficiente para a jornada; uma mulher de força tem fé que é durante a jornada que ela se tornará forte.

Pensei nas figuras de algumas mulheres fortes perante a sociedade hoje e não foi difícil identificá-las na mídia.

Porém percebi que qualquer mulher, não só a que passa a imagem na mídia, é forte. Qualquer uma de nós, mesmo a mais fragi-lizada, tem seus momentos de mulher forte e esses momentos não são poucos. Pense no que é capaz uma mãe que vê seu filho injustiçado ou uma mulher obstinada com um objetivo a alcançar. Observe uma filha cuidando de uma mãe doente. Enfim, as circunstâncias da vida nos fazem fortes.

Cheguei à conclusão que ser uma mulher forte ou fraca depende de alguns fatores da nossa vida. Há mulheres criadas para serem fortes. São preparadas por suas famílias ou se fortalecem em reação às circunstâncias vividas ou exigências no decorrer de sua existência.

Fiquei pensando sobre o assunto e fui buscar na Bíblia alguns exemplos. Percebi que a grande diferença não está no status que conquistamos por nossa força perante a sociedade, mas está no caráter moldado pela força que vem de Deus. Vejamos alguns exemplos.

MULHER FORTEMULHER DE FORÇA

MULHER

MEDITAÇÃO

Vamos começar por MARIA, a mãe de Jesus (leia Lc 1.26). Primeiramente vejamos quem era Maria naquele contexto da cultura judai-ca: uma desconhecida donzela da desprezada cidade de Nazaré. Uma mulher fraca perante a sociedade. Era noiva de José. O noivado naque-la cultura era um laço formal entre um homem e uma mulher quase como o casamento, porém sem união física. A lei de Moisés previa a pena de morte por apedrejamento para a quebra irresponsável desse compromisso (fornicação, adultério, incesto, estupro). Sob determinadas circunstâncias o noivado poderia ser desfeito por carta de divórcio. José era chamado de marido de Maria, mesmo que não houvesse contato físico. Em Mt1.19 e seguintes vemos a reação de José, sendo um homem justo. A resposta de Maria ao anjo Gabriel revelou a sua perfeita compreensão das Escrituras e a sua disposição de obedecer a Deus. A confiança ir-restrita de Maria agradou o coração de Deus (Lc 1.38). Embora a notícia fosse arrasadora, ela se submeteu com alegria à tarefa que lhe fora atribuída. Seu cântico de louvor (Lc 1.46-55) descreve um coração perspicaz, transbordante de exaltação ao Senhor. Maria achou graça diante de Deus e foi capaz de reconhecer essa graça e usufruir sem medo, pois nela habitava a força que vem de Deus.

Outra mulher de força foi ESTER (leia Et 2.16-17). Quem era Ester: a mulher fraca e desconhecida que se tornou forte perante a sociedade persa. Mulher judia, órfã e sem lar. Criada por um parente mais velho (Mordecai). Teve seu “destino” mudado quando participou do “concurso de beleza” e venceu, tornando-se rainha. Foi escolhida exclusivamente por sua beleza e pela atração que exerceu sobre o rei Assuero (não era filha de rei que pudesse ser influente politicamente). Ao deparar-se com o grande desafio quando foi informada que o povo judeu tinha uma data marcada para ser extinto por Hamã (o segundo no poder, após o rei Assuero), Ester poderia se preservar e ficar no seu lugar de rainha, sem se envolver com o drama de seu povo. Mas Mordecai faz a seguin-te pergunta: “Quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada à rainha?” (Et 4.4-14). O que estava subentendido naquela pergunta? Nenhuma posição privilegiada pode isentar uma pessoa da responsabilidade de responder ao chamado de Deus. Apesar da situação parecer perdida, Deus nunca se encontra de mãos atadas. Uma oportunidade dada por Deus é um privilégio concedido a um

indivíduo. Então, corajosamente, Ester formu-lou seu plano, mesmo que significasse morrer tentando (Et 4.15-17). Ester aprendeu na corte a preparar-se fisicamente, mas também aprendeu a preparar-se espiritualmente com jejum. Com paciência e no momento certo, Ester apresentou seu caso ao Rei, não questionou justiça nem retidão, não cobrou, mas pediu humildemente por misericórdia para si e seu povo. A orienta-ção divina dirigiu os pensamentos, palavras e ações de Ester. O que aconteceu a Ester é uma lembrança a todas as mulheres da soberania de Deus. Para realizar a vontade de Deus ela usou sua beleza, sua inteligência, sua atitude de respeito para com seu marido bem como sua fé admirável e destemida. Por meio de sua “obediência”, Ester tornou-se uma verdadeira estrela (significado persa da palavra Ester) para seu povo.

Para terminar, vejamos a história de RUTE (Rt 1.1-6). Destacou-se na história como exemplo de caráter feminino. Quem era Rute: Moabita, provavelmente cresceu numa nação polígama adorando falsos deuses. Foi intro-duzida a um relacionamento próximo e de aprendizado com uma mulher sábia e estável – Noemi –, mãe de uma família hebréia que se mudou de Belém para Moabe. Rute fora casada com um dos filhos de Noemi e Elimeleque: Malom. Tanto Rute quanto sua cunhada Orfa ligaram-se afetivamente à sogra e ficaram ainda mais unidas quando todas se tornaram viúvas. Orfa voltou para seu povo, mas Rute rompeu com seu passado, tomou por base a revelação divina ensinada por Noemi. Deus usa a fidelidade de mulheres simples para cumprir seus planos extraordinários. Ele proveu para as duas mulheres desamparadas: segurança para a jovem viúva por meio do casamento com Boaz; e prosperidade para Noemi por meio de Obede, o filho de Rute e Boaz (Rute 4.14). Um grande rei para Israel e até mesmo o Messias por meio dessa mulher estrangeira (Obede veio a ser pai de Jessé, e este o pai de Davi).

Poderia continuar a busca na Bíblia que encontraria muitas mulheres de força, como Débora (a juíza que julgou todo o Israel e liderou um general numa batalha vitoriosa), Joquebede (mãe de Moisés que desafiou o rei-no perverso do faraó e colocou em prática um plano criativo para salvar seu filho que acabou liderando seu povo para longe da escravidão) e diversos outros exemplos.

Para concluir, compreendi que, sendo mulhe-res fortes ou frágeis, a grande diferença não está

no status que conquistamos por nossa força perante a sociedade, mas no caráter moldado por Deus. A mulher de força se deixa moldar através da obediência e da confiança deposi-tada em Deus. Ela busca a orientação divina, não se firma nos seus próprios desejos e conhecimentos. A mulher de força reconhece a graça de ser filha de Deus e transborda de alegria por isso.

O mesmo tipo de influência que tiveram as mulheres da Bíblia fica evidente hoje em mulheres de todo o mundo que usam seus dons e talentos para liderar, criar famílias e sustentar o corpo de Cristo. As mulheres têm uma capacidade enorme de exercer im-pacto na sociedade, em seus lares, na igreja e em sua vida profissional. A questão não é se temos ou não influência; a questão está na opção que escolhemos: ser uma mulher forte por nossos próprios meios e métodos, andando na carne, ou ser uma mulher de força, andando em Espírito, como Ester aprendeu a fazer, trazendo salvação para os seus amados. Ser uma mulher de força, como Maria que usufruiu da graça e transbordou de alegria em fazer a vontade de Deus, ou ainda, como Rute, que deixou-se ser usada por Deus no cumprimento de seu plano por meio da fidelidade e confiança depositada em Deus.

Os desafios da mulher de hoje não são di-ferentes. Enfrentamos problemas com nossos filhos quando eles se afastam de Deus por doença ou drogas ou questões que o mundo traz. Em nosso trabalho enfrentamos batalhas com nossos colegas, chefia ou circunstân-cias criadas pelo inimigo. Na nossa igreja, Deus quer usar as pessoas para realizar seus planos. Em nosso casamento já não temos o mesmo vigor e alegria porque a rotina tomou conta de nosso relacionamento. Somos desa-fiadas quando a doença chega para arrebatar a vida de nossos queridos.

Quem sabe se para uma conjuntura como esta é que você foi elevada a rainha? Quem sabe se para uma conjuntura como esta é que você foi elevada a ser esposa, mãe, filha, profissional, líder de um ministério, líder política? A força vem de Deus. Nossa par-te? Obediência, fé, busca do conhecimento na Palavra, confiança no poder de Deus, reconhecimento da graça de sermos filhas de Deus. Sejamos Mulheres de força com a graça de Deus!

– Liliane Ferraz

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JUNTA FEMININA MISSIONÁRIA

ENTRE NÓS

ATENÇÃO: informações sobre o Congresso de Mulheres 2012

NOTÍCIAS

Queridas irmãs, Nosso Congresso está chegando...

Estamos entrando em contato para pas-sar algumas informações importantes. Por favor, repassem a todas as mulhe-res que participarão do congresso para que ninguém esteja desinformada. Nos congressos anteriores deixamos nossa marca de Mulheres Cristãs em Ação participando de um projeto social. Desta vez não será diferente, por isso escolhemos o PEPE – Pedacinho do Céu de Curitiba (PR) para que seja o nosso alvo abençoador. Cada mulher

inscrita no congresso terá a oportunidade de ser instrumento de Deus na vida destas crianças. Para isso, pedimos que cada uma traga consigo o item segundo sua regio-nal. Essa oferta pode ser feita em produto ou em dinheiro. No caso dos cartuchos para impressora, as irmãs deverão fazer a oferta em dinheiro, pois em Curitiba eles têm um custo menor. Queridas, não percam a oportunidade de usarem toda a sua generosidade e amor. Entre em con-tato com a responsável pela sua regional para saber seu item.

Não se esqueçam de trazer: roupa de cama, toalhas, roupa de banho, cobertor, travesseiro, materiais de higiene pessoal, roupa esporte (tarde da beleza), Bíblia, muita disposição e amor.

Teremos dois jantares especiais: Jantar das Máscaras (qualquer máscara serve, teremos algumas máscaras à venda para eventuais esquecimentos) e Jantar das Gêmeas (pode ser roupa, sapato ou cabelo iguais – usem a criatividade).

Durante o congresso teremos uma ban-da ministrando o louvor, mas não quere-mos abrir mão da participação das irmãs

com números especiais de música, que podem ser tocadas ou cantadas. Lem-bramos ainda que na tarde de sábado cada regional terá aproximadamente 5 minutos para participar com números especiais que caracterizem a sua região. Cada regional deverá providenciar uma caracterização visual (echarpe, ban-dana, chapéu) que poderão ser usados todos os dias.

Um grande abraço,

– Ana Claudia A. Christal

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Nonoai, RS – O dia 31 de março foi um dia di-ferente para a cidade de Nonoai, pois tivemos um dia muito gostoso na presença do nosso Deus. Jovens e adolescentes caminharam pela cidade junto com o Pr. Filipe e seu amigo Hugo levando muito amor, alegria e falando o quanto cada um é importante para Deus, não deixando de convidar todos para uma noite muito especial. A Banda de Chapecó (SC) ministrou o louvor para a galera, grupo que tem sido muito usado por Deus. Houve testemunhos, apresentações de teatros e pantomima, músicas especiais e uma palavra muito edificante trazida pelo Pr. Roberto da Igreja Batista Pioneira de Nonoai. Ficamos maravilhados pelo resultado obtido, afinal, à noite tivemos mais de 120 participantes (dentre eles, visitantes não convertidos), número que fez lotar a igreja! Um sábado EXTREMamente diferente, confirmando que Deus está no controle de todas as coisas! Foi um investimento nas nossas vidas espi-

JUNTA DA MOCIDADE E ADOLESCENTES

Extreme Jumap Centro em Nonoairituais e também nas vidas das pessoas que não conhecem a Deus, pois não perdemos a oportunidade de evangelizar (e nem podemos perder!) e de dizer a todos o que Ele já fez por nós. Por fim, queremos agradecer à Igreja Ba-tista Pioneira de Nonoai pela ótima recepção, e também pelos deliciosos lanches oferecidos pelo grupo. Temos a certeza de que Deus irá fazer muita coisa boa nesta cidade. Com muita alegria podemos confirmar que o EXTREME JUMAP foi uma bênção!– Geovane Scheibner

JUNTA DE SERVIÇO SOCIAL

Cotia, SP – No domingo de Páscoa pre-paramos um gostoso café da manhã para todos os acolhidos do Lar Criança Feliz de Cotia. Também participaram os irmãos da Congregação Batista Pioneira em Co-tia. Foram momentos de comunhão e ale-gria seguidos de um culto inspirador, no qual fomos desafiados a proclamar com alegria que Jesus vive, que Ele nos ama e quer nos salvar. Tivemos a presença de 9 visitantes muito atentos à mensagem.Na sequência, foram entregues ovos de páscoa por funcionários da empresa Arcadis-Logos, entre eles Gisele Teixeira e William dos Reis, ambos ex-acolhidos (por cerca de dez anos) do Lar Criança Feliz de Cotia.

Páscoa Feliz em Cotia

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o

fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mateus 25.37-40

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Batismos em Boqueirão do Leão

Sábados com os juniores e adolescentes em Santa Helena

Boqueirão do Leão, RS – Foi realizado no dia 25 de março o batismo de 3 irmãos: Valmir Cervi, Nathali Sanini e Antonio Marcelo Bueno. Estes irmãos estavam sen-do discipulados há alguns meses e, depois de darem seus testemunhos, se submeteram

Santa Helena, PR – Desde a Trans temos re-cebido um grupo de juniores e adolescentes aqui na igreja. Eles não têm apenas parti-cipado dos cultos e das demais atividades, como muitas vezes aparecem com um “novo integrante” para o grupo. Desde março sen-timos a necessidade de desvinculá-los do culto infantil, realizando um dia de estudo e atividades para essa nova faixa etária. A partir de então, todos os sábados, às 15h, reunimos os juniores na igreja. Alternamos com eles entre sábados de estudos bíblicos

JUNTA DE EVANGELISMOE MISSÕES

com convicção ao batismo nas águas. Mui-tos familiares e amigos estiveram presentes, assim como vários irmãos da igreja de Santa Cruz. Foi o primeiro batismo realizado em Boqueirão do Leão.

Campo missionário em CrissiumalCrissiumal, RS – No dia 18 de dezem-bro de 2011, a Igreja Batista Pioneira em Crissiumal (RS) esteve em festa. Obtivemos um acréscimo de duas novas irmãs. Durante o testemunho e batismo das adolescentes Pauline Watte Klein e Tayná da Rosa Scherner, pudemos per-ceber a alegria em seus corações, junta-mente com suas famílias, em obedecer ao chamado do Senhor e abrir seu coração, deixando Cristo transformar suas vidas. Seus testemunhos serviram de motiva-ção para todos os presentes. Louvamos a Deus pelas vidas dos novos membros da congregação, desejando que sejam prestativas na obra do Senhor.No dia 18 de março de 2012 fomos todos impactados pelo testemunho e batismo da Fernanda Isabel Martins Cavalheiro. Fernanda é um presente de Deus para a congregação em Crissiumal, pois em seu testemunho, além de mostrar o quão importante é Cristo em sua vida, também

mostrou que já está envolvida nas progra-mações da igreja e que será sempre útil na obra. Louvamos a Deus pela vida da Fernanda, desejando que Deus a abençoe ricamente e continue firme na obra do Senhor.A noite de 24 de março de 2012 foi muito especial para os jovens e alguns adultos. Realizamos um culto especial de despe-dida do casal missionário em Humaitá re-cheado de muito louvor e uma mensagem que tocou todos os corações, ministrada pela seminarista Camila. Tudo regado a chimarrão, um bom bate-papo e ainda um gostoso churrasco. Louvamos a Deus pelo convite da irmã Celi e agradecemos aos irmãos de Humaitá pela recepção. Es-távamos reunidos em 28 pessoas adultas e mais algumas crianças.– Pr. Valmir e Joseana Krummenauer

Abaixo, na foto maior, culto especial em Humaitá. Bem abaixo, à esquerda, o Pr. Valmir com Tayná e Pauline; e à direita, o pastor e a Fernanda, também recebendo seu certificado de batismo.

e sábados de diversão. Quinzenalmente, realizamos o CAMPLAY – Campeonato de Futebol no Playstation 3. Os juniores curtiram a ideia e começaram a trazer ou-tros amigos para participarem também. As regras da competição são simples e claras, e teremos premiação no fim da brincadeira. A intenção, claro, é tê-los mais perto da igreja, falar-lhes numa linguagem mais específica e proporcionar diversão e entrosamento entre eles. Orem por essa atividade em especial.

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IGREJAS

Batismos conjuntos em Passo FundoPasso Fundo, RS – No dia 04/12/2011 foi realizado um batismo em conjunto, ocorrido na Igreja Batista em Passo Fundo (igreja mãe) que contou com a participação da Igre-ja Missão Batista em Passo Fundo (igreja filha). Na foto, da esquerda para a direita: Pr. Cláudio, batizandos da Missão (irmã Al-meri P. Pruença, Gabriella Borges, Gabriella

Gasperin, Jhonatan Rosman, Leonardo Vincensi), batizanda da igreja mãe (irmã Ercila Lovatto Bauermann), Pr. Paulo e Pr. Laerte (da igreja mãe). Foram momentos de muita alegria e comunhão para glória de Deus! “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl 133.1).– Pr Cláudio Vincensi

Culto de despedida do Pr. NeumannMal. Cândido Rondon, PR – No dia 11 de Março de 2012 tivemos um culto diri-gido pelo Pr. Gustavo Neumann (Pastor Emérito), ocasião em que ele despediu-se dos púlpitos. O querido pastor irá mo-rar em Toledo, no Lar Irmãos Dentzer. O culto foi marcado por muita emoção, uma vez que a igreja tem muito carinho e amor pelo Pr. Neumann que cooperou nos trabalhos da PIB Rondon por mais de 25 anos. Ele falou da importância que a igreja teve na sua vida e relem-brou momentos marcantes, ressaltando ainda o amor pela obra. O texto usado pelo Pr. Gustavo Neumann encontra-se em João 3.16, cujo conteúdo mostra o amor de Deus para conosco. Tivemos ainda a despedida do Pr. Edemar Gunt e sua esposa Roseli, juntamente com o filho Frederico, que foram chamados para o ministério no Rio Grande do Sul e agora irão pastorear a Igreja Batista de Linha República e a Igreja Batista em Vila Oito de Agosto, em Senador Salgado Filho. A PIB Rondon agradece de coração pelo trabalho realizado por esses homens que um dia aceita-ram o desafio de pregar a Palavra do Evangelho e deseja que Deus continue derramando as ricas bênçãos sobre a vida de cada um. – Giancarlo Wondracek

Batismos em Serafina CorrêaSerafina Corrêa, RS – O dia 15 de abril foi de festa no campo missionário de Se-rafina Corrêa. Durante o culto público foi realizado o batismo de 9 amados irmãos que decidiram viver a sua vida conforme os princípios da Palavra do Senhor. Foi um momento especial para todos nós; afinal, este foi o primeiro batismo que eu (como missionário) realizei, e também foi o pri-meiro batismo em Serafina Corrêa depois da saída do Pr. Eduardo. A maioria dos batizados é fruto do trabalho do Pr. Eduardo e também do irmão Rogério, que dá aulas de capoeira. Estiveram presentes conosco alguns irmãos da PIB de Gravataí (igreja mãe), o irmão Luis Lauter (membro da JE-

VAM) e o seminarista Luís Ritzel (aluno da nossa faculdade e membro da IBP de Santa Cruz do Sul) que trouxe a mensagem da Palavra de Deus. Só temos que glorificar ao Senhor por nos proporcionar essa bênção em tão pouco tempo de ministério na cidade. A Ele toda a glória. Na foto, os batizados (da esquerda para a direita): Rafael Somacal, Maurício Rodrigues, Luis Felipe da Silva, Pedro Barp, Sandinéia Rocha, João Paulo Reis, Emanuel Pereira, Ana Beatriz Pereira e Alan Pereira. Que o Senhor nos abençoe na continuidade do ministério aqui em Serafina Corrêa e na caminhada com Jesus Cristo. – Fabiano Silva Gomes

Batismos conjuntos em República e Vila Oito de AgostoSenador Salgado Filho, RS – No mês de ja-neiro, na noite do domingo dia 15, as igrejas batistas pioneiras de Linha República e Vila Oito de Agosto reuniram-se para a realiza-ção do batismo de cinco jovens regenerados pelo nosso Senhor Jesus Cristo: Karolaine Schröeder, Dione Grau, Oséias Kamien, Raiana Kuiven e Taline Hanel. As igrejas parabenizam estes novos convertidos e de-

sejam a eles que a graça de Deus em Jesus Cristo os fortaleça pra que eles se mante-nham firmes em seu compromisso com a sua fé até o fim. “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.7).– Pr. Andrei Spanamberg

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IGREJAS

Uma igreja viva com um Cristo vivo em PanambiPanambi, RS – Mais de 600 pessoas acompanharam o grande culto de celebração da vitória de Jesus na Segunda Igreja Batista de Panambi! Foi uma noite de grandes bênçãos que envolveu diversos ministérios da igreja: um painel foi pintado para a ocasião, o Ministério Infantil apresentou uma cantata e houve a encenação da morte e ressurreição de Jesus pelo Ministério Jovem. Além disso, o grupo de louvor dirigiu cânticos de vitória e o evento foi completado com a mensagem do Pr. Daniel Wächter intitulada “Um Cristo vivo para um povo vivo”. Aconteceram decisões ao lado do Senhor, além de muita comunhão, alegria, união e paz com a presença do Cristo vivo entre nós.

Dia Internacional da Mulher em CarazinhoCarazinho, RS – No dia 06 de março de 2012 as irmãs da Igreja Batista Boas Novas de Carazinho promo-veram um encontro com a participação de 50 mulhe-res para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A programação iniciou com louvor, oração e poema enfatizando a valorização da mulher. Em seguida foi realizada uma palestra de proteção à saúde da mulher, tendo como palestrante de ocasião a Sra. Marisa Catapan (responsável pela Liga de Combate ao Câncer de Mama de Carazinho). Depois foi servido um delicioso jantar com saladas e galinhada feito pelo Pr. Airton Nickel. Agradecemos a Deus pela vida de cada irmã que participou e pelas bênçãos derramadas sobre a vida de cada mulher.– Marluza Zirbes

Ordenação de Andrei SpanambergSenador Salgado Filho, RS – Na ma-nhã do dia 11 de dezembro de 2011 as igrejas batistas pioneiras de Linha República e Vila Oito de Agosto, de Senador Salgado Filho (RS), reali-zaram a cerimônia de ordenação de seu obreiro Gilberto Andrei da Silva Spanamberg. A mensagem da cerimô-nia coube ao Pr. Erich Luiz Leidner, à época Presidente da OPBB secção Pioneira. Damos glórias a Deus com gratidão em nossos corações por mais esta vitória! Agradecemos ao nosso Deus, aos irmãos e aos pastores presentes por podermos nos reunir e cumprir mais esta tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).

Culto de posse em Linha RepúblicaSenador Salgado Filho, RS – Com muita alegria compartilhamos a posse do Pr. Ede-mar Gundt com sua esposa Roseli e o filho Frederico no dia 01/04/12 para pastorear a Igreja Batista Pioneira Linha Repúbli-ca e Igreja Batista Pioneira Vila Oito de Agosto. A celebração do culto contou com a presença de convidados, representantes da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil e da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil – Seção Pioneira, e presença de irmãos das igrejas da região. O culto esteve sob a direção do irmão Menno Schüür, que também trouxe uma palavra de saudação aos presentes. Após o hino “Que alegria neste dia” (HCC 611), toda a congregação

orou pedindo a presença de Deus para este momento tão especial. Depois das palavras de boas vindas proferidas pelo presidente da Igreja Batista Linha República, Menno Schüür, e Igreja Batista Vila Oito de Agosto, Alvino Hasper, também pastores e irmãos presentes fizeram uso da palavra – como de costume – para saudar e desejar um ministério abençoado ao Pr. Edemar e sua família. Quem trouxe o recado de Deus foi o Pr. Erich Schmidtke, que em seguida fez a oração de posse. Após a celebração, as duas igrejas e convidados saborearam um delicioso churrasco – que estava uma delícia.

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FALECIMENTOS

Alberto Frederico Kumm28/11/1919 – 01/01/2012Rio Ponte, ES – Nasceu dia 28/11/1919. Foi casado com Guilhermina Bullerjahn (in memorian) de cujo matrimônio lhe nasceram sete filhos. Na manhã do dia 1º de janeiro de 2012 o Senhor levou o irmão Alberto, vindo a falecer tranquilo, dormindo em casa onde ficava sob os cuidados de sua nora Maria Gums Kumm. Lúcido até os últimos dias, não se cansava de contar o que Deus havia feito em sua vida. Foi batizado pelo Pr. Luiz Jubrael, sendo o primeiro a aceitar Cristo em sua região – pomerana e tradicional –, abrindo as portas de sua casa para os cultos. Em seguida, com ajuda de familiares, construiu o templo onde Deus é cultuado e adorado até hoje. Sempre amou a obra do Senhor. Alcançou a idade de noventa e dois anos, um mês e dois dias. “Como são felizes os que em Ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração” (Sl 84.5).– Marilena Kumm Lima

Geraldo Fietz27/12/1926 – 26/11/2011Faleceu no dia 26 de novembro de 2011 nosso amado irmão Geraldo Fietz. Irmão Geraldo nasceu no dia 27 de dezembro de 1926, alcançando a idade de 85 anos e um mês. O irmão Geraldo deixa muita saudade à sua esposa, filhos, netos, igreja e um vasto círculo de amigos. Apesar da idade, o irmão Geraldo sempre que podia estava presente nas atividades da igreja e participava do coral de instrumentos que muito amava. Deixa um testemunho fiel de servo do Senhor. Que o consolo do Senhor seja com todos os familiares atingidos pela partida do nosso irmão. – Pr. Héldor Sackvil

Ruth Herta Fürstenau11/02/1927 – 24/03/2012“Porém, acima de tudo, o que queremos é agradar ao Senhor, seja vivendo no nosso corpo aqui, seja vivendo lá com o Senhor” (2Co 5.9). A nossa querida mãe Ruth (nascida Zachotzky) nasceu em Mülheim-Ruhr, na Alemanha, no dia 11/02/1927. Jovem ainda, foi batizada na igreja batista da mesma cidade. Frequentava a igreja desde criança, participando da escola dominical e assistindo aos cultos juntamente com seus pais e irmãos.Na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, começaram os bombardeios na cidade e frequentemente ela teve que se refugiar no porão da casa com a família e outros moradores. Num ataque aéreo, em 1943, a casa foi destruída, mas como todos estavam no porão, a vida deles foi poupada como por um milagre de Deus. Em dezembro de 1951 casou-se com Werner Fürstenau, cerimônia realizada pelo Pr. Erich Rieseberg.Em maio de 1952, o casal, os sogros e o cunhado emigraram para o Brasil, fixando residência em Lajeado Candeia e pouco tempo depois em Santa Rosa (RS). Do casamento nasceram seis filhos: Angelica (casada com Arthur Vuille dit Bille), Klaus (casado com Rosemarie Nehring), Iris (casada com Roberto Braun), Udo (casado com Rosely Witzke), Renate (casada com Ot-mar Plec) e Carin (casada com Marcos Ellert). Teve 14 netos e 2 bisnetos. Em 1969 a família mudou-se para a cidade de São Paulo. Em 1973 o marido Werner veio a falecer, deixando a nossa mãe viúva e nós, filhos, órfãos de pai, sendo quatro deles ainda menores.Ruth sempre foi ativa nas igrejas das quais foi membro. Participava regularmente dos cultos e estudos bíblicos, do coral, da MCA, escola dominical, corpo diaconal, visitava idosos e pessoas necessitadas da igreja. Servia ao Senhor com alegria e disposição. Em 2008 foi morar no Lar de Idosos em Toledo (PR). Enfrentou a doença e tratamentos sucessivos com paciência e resignação. Também nesse período foi uma bênção para muitas pessoas.No dia 24/03/2012 à tarde, o Senhor, na sua misericórdia, a chamou para o Lar Celestial. O culto de despedida foi realizado na igreja do lar com a participação musical de irmãs de Mal. Cândido Rondon, familiares, palavras do Pr. Nilton Schweigert e cânticos congregacionais, sendo um destes “Solang mein Jesus lebt und seine Kraft mich hebt, muss Furcht und Sorge von mir fliehn, mein Herz in Lieb erglühn”. Ruth aprendeu esse hino na escola dominical na Alemanha. No cemitério ainda foram faladas palavras de consolo e cantado o hino: “Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti”. Queremos colocar o seguinte versículo sobre essa querida mãe: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). – Elsbeth Fürstenau Schlatter

Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.Salmos 116.15

IGREJAS

117 anos da Igreja Leta com muitas atividadesBozano, RS – No dia 25 de março de 2012 a Igreja Batista em Bozano – mais conhecida por Igreja Leta – comemorou seus 117 anos. Foi um mês inteiro de preparativos, no qual os irmãos se uniram para pintar a reformar o templo e o antigo salão de festas. Pela ma-nhã, realizamos um culto festivo que contou com a presença de irmãos de Nova Ramada, Ijuí e Ajuricaba, bem como de vizinhos da Linha 11. Na abertura, o Pr. David Winter destacou a história do povo leto desde sua difícil situação em meio às guerras até sua chegada no porto de Laguna (SC), de onde iniciou uma jornada até o local que hoje é conhecido por Linha 11 Leste, no município de Bozano, comparando sua saga com a de Israel em busca pela terra prometida e por paz. A obreira Ingelid Gundt trouxe uma rica mensagem inspirativa para a ocasião; o grupo de coreografia de Nova Ramada e o

irmão Neri de Ajuricaba (com seu acordeão) deram um toque especial na adoração ao nosso grande e amado Pai. Para o almoço foram colocadas as mesas sob a sombra das árvores, como nos velhos tempos. Pudemos ouvir muitas histórias contadas pelos vizi-nhos de como eram os almoços dos letos batistas 50 ou 60 anos atrás, quando eram crianças. Contam eles que participavam da Escola Dominical, corriam por aquele gramado e subiam nas árvores agora muito altas. Como foi bom o testemunho que os irmãos letos deixaram e a semente que lançaram por amor ao evangelho. Para com-pletar, fomos à tarde até o Acampamento Batista Pioneiro para realizar o batismo de três novos irmãos. Após pregar sobre o texto bíblico em que Jesus foi apresentado ao templo e batizado por João Batista, o Pr. David pediu que o irmão João orasse pelo

seu filho Moisés, a irmã Maria pela sua nora Beatriz e a irmã Enilza por seu filho Pedro Henrique. Após esse momento acom-panhado de grande emoção, os três foram batizados e cantou-se um hino. Depois, os irmãos ficaram conversando em baixo da sombra das árvores, até que todos, felizes, foram para suas casas. – Pr. David Winter

Guilherme Crem WeishauptEm 24/08/11 partiu para estar com o Senhor o irmão Guilherme Crem Weishaupt, aos 67 anos, deixando esposa, filhos e netos, felizmente todos também nos caminhos do Senhor. Nascido em lar cristão na cidade de Cotia (SP), manteve-se fiel a Deus em toda sua vida. Chegou à igreja batista em 1983 e desde então colaborou com as igrejas onde passou, especialmente louvando a Deus com seu acordeon e violão. – Gilberto Weishaupt. Nos últimos anos era membro da Congregação Batista de Cotia no Lar Criança Feliz. A igreja e as crianças, em especial, vibravam e se alegravam com a presença e a execução dos hinos com o seu acordeon ou violão e muitas vezes com seus solos muito bem preparados. Louvamos a Deus pelo marcante testemunho que deixou a todos nós. “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Dn 12.3). – Pr. Manfredo Landenberger

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Limites e possibilidades do Acampamento Batista PioneiroNa maioria das vezes os limites são mais

fáceis de ver, pois tem a ver com o lado negativo das coisas, muito mais destacado e procurado pela natureza humana. Não é diferente no Acampamento Batista Pionei-ro. Se quisermos encontrar defeitos, basta uma pequena olhada e encontraremos uma moita de capim que precisa ser arrancada, um formigueiro inconveniente, uma pere-reca grudada na janela do dormitório, uma pedra solta no caminho, um galho caído no bosque, um arame da cerca enferrujado ou algum palanque de madeira podre e comido por cupins – coisas muito comuns em um sítio de 12 hectares. Natureza e ser humano se encontram, um busca manter o ambiente o mais natural possível, o outro deseja transformá-lo o máximo possível. O que para um é positivo, para o outro é desconfortável. Essa é a criação de Deus sendo administrada pelo ser humano, criado à imagem e semelhança do Criador mas que sofreu uma queda – e muito grande. Conforme a Palavra de Deus entregue por Paulo, “pois a criação ficou sujeita à vai-dade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Sabemos que toda a criação geme como se estivesse com dores de parto até agora” ( Rm 8.20-22). A natureza como criação de Deus está sempre presente na história do ser humano narrada na Bíblia. O majestoso jardim do Éden foi

ACAMPAMENTO BATISTA PIONEIRO

Mal. Cândido Rondon, PR – Perante os convidados presentes, os jovens Fabio Gundt e Gisele Engel disseram “sim” e uniram-se pelos sagrados laços do ma-trimônio no templo da Primeira Igreja Batista em Marechal Cândido Rondon (PR) no dia 18 de fevereiro de 2012. Fabio é filho do Pr. Edemar e Roseli Gundt e Gisele é filha de Werner e Rozeli Engel. A cerimônia religiosa foi celebrada pelo Pr. Nilton Schweigert. Ao casal, que Deus os abençoe!

Novo Machado, RS – Realizou-se, no dia 25 de fevereiro de 2012, o casamento do Pr. Andrei Spanamberg com Márcia Hennig. A cerimônia foi dirigida pelos pastores Dirceu Mittelstad e David Winter na Igreja Batista Zoar, na cidade de Novo Machado. Os noivos agradecem a Deus por esta bênção, e aos pastores, irmãos, pais e familiares agradecem o carinho recebido de todos. Que Deus os abençoe ricamente.

Curiitiba, PR – No dia 07/02/2012 o casal Arno e Iris Ickert comemorou 25 anos de casamento junto com a suas filhas Daniela e Débora. Agradecemos a Deus pela vida deles.– Daniela e Débora

Casamento de Fabio Gundt e Gisele Engel

Casamento do Pr. Andrei Spanamberg e Márcia Hennig

Bodas de Prata de Arno e Iris Ickert

FAMÍLIA

providenciado para abrigar e alimentar Adão e Eva; o Mar Vermelho foi usado como rota para a libertação da opressão; o deserto foi o lugar onde Israel aprendeu a ter fé; os montes Ebal e Gerizim simbolizaram a bênção e a maldição; acácias, ciprestes e cedros foram derrubados para que o taber-náculo fosse construído; bezerros, ovelhas e pombinhos foram sacrificados para que o diálogo entre Deus e o ser humano fosse possível. Essa é a trajetória da natureza atra-vés da Bíblia. Mas ainda não acabou, pois tanto as pessoas como a natureza gemem, aguardando o Dia Final. Aqui que entram as possibilidades do Acampamento, onde a própria natureza que sofre junto com a queda do ser humano pode ser parceira na obra de batalhar para a liberdade da glória dos filhos de Deus, para a salvação em Jesus Cristo. É a natureza sendo usada por Deus no processo da revelação e salvação do ser humano, a coroa da criação. Milhares de pessoas passaram ao longo desses anos aqui no Acampamento para ouvir a Palavra de Deus e desfrutar da natureza e de algumas comodidades construídas pelos humanos, muitas pessoas aqui foram tocadas por Deus e tiveram as mais variadas experiências. Uma parte delas entregou sua vida a Jesus Cristo, outras se sentiram confrontadas a confessar e abandonar seus pecados, a acordar de seu sono espiritual, a envolver-se mais na obra de Deus, a cuidar melhor de suas famílias, a ser mais grato a Deus e não lhe roubar o dízimo. Consolo, paz, perdão,

amor, força, cura, esperança e vida eterna foram encontrados aqui no Acampamento com Deus e com seus semelhantes. Essa é a razão dele existir; é por isso que quando trabalhamos no Acampamento devemos prestar atenção e não cometer o engano de achar que estamos apenas cavando buracos, arrancando pedras, cortando o mato e a gra-ma, plantando árvores, arrumando estrada e açude ou qualquer outra coisa, porque na verdade estamos cuidando do lugar onde muitas pessoas já se encontraram e muitas ainda se encontrarão com Deus. Estamos, na verdade, confeccionando mais um pedaço de um grande folheto evangelístico, vivo e natural que será lido por quem passar por aqui. Logo, no Acampamento Batista Pioneiro não lidamos com pedras, mas com

vidas – tanto com as que já foram salvas por Jesus como com as que ainda serão para o louvor da glória de Deus. Todo e qualquer investimento nesse local objetiva tão so-mente isso, e vale a pena. Se pudéssemos reunir a um só tempo todas as pessoas que vivenciaram e testemunharam o que acima foi descrito, teríamos uma grande multidão em coro gritando a plenos pulmões: “o Acampamento Batista Pioneiro é um lugar muito especial, pois lá eu me encontrei com Deus!” A Convenção Batista Pioneira tem o privilégio de ter um lugar assim. Que juntos possamos administrá-lo para a edificação da Igreja, preparando o mundo para a volta de Jesus Cristo.– Pr. David Winter (Diretor do ABP)

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CASAMENTO NA PERSPECTIVA DIVINA“Goza a vida com a mulher que amas,

todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debai-xo do sol” (Ec 9.9).

1 – Desfrute a vida com a pessoa amada.Observe que a Palavra de Deus aponta o amor como elo de ligação e como fator de aproximação de um homem a uma mulher. Deus está nos ensinando que é o amor que legitima e sustenta o casamento. O que é desfrutar? A palavra é bem intensa e sugere a vida íntima, o amor e a sexualidade como bênção de Deus para o casamento e dentro do casamento.

a) Ao homem, Deus está dizendo que des-frute a vida com a mulher que ama. Assim sendo, posso dizer que a vontade de Deus para a sua vida inclui uma plena e satisfa-tória convivência com sua esposa.

b) À mulher, Deus está dizendo que desfrute a vida com o homem que ama. Assim sendo, posso dizer que a vontade de Deus para a sua vida inclui uma plena e satisfatória convivência com seu esposo. Deus capacitou cada um com habilidades e potencialidades de modo que sejam capazes de desfrutar. Lembrem-se de que o prazer sexual é santo e pode ajudá-los a caminha-rem juntos e a descobrirem o que significa de fato ser uma só carne. Por meio dele vocês poderão ampliar a família bem como fortalecer o casamento!

2 – Desfrute a vida com a pessoa que Deus te deu. Observe que a Palavra de Deus aponta o casamento como uma dádiva. Se vocês compreendem que um representa o presente de Deus para o outro, ajam como tal. Vivam de maneira que o nome do Senhor seja engrandecido através de seus atos.

a) Ao homem, Deus está dizendo que é dádiva para sua esposa. Assim eu asseguro a você, meu irmão, que você é a resposta de Deus às orações de sua noiva quando ela pediu ao Senhor um companheiro.

b) À mulher, Deus está dizendo que é dádiva para seu esposo. Assim eu asseguro a você, minha irmã, que você é a resposta de Deus às orações de seu noivo quando ele pediu ao Senhor uma companheira. Deus aproximou e uniu vocês porque desejava abençoá-los mutuamente. Antes de reclamar ou murmurar por alguma coisa que não ficou bem feita ou por alguma fraqueza ou limitação do outro, agradeça pelo presente de Deus. Lembre-se do Senhor em tudo o que fizerem!

3 – Aproveite a porção que Deus separou para você. Observe que a Palavra de Deus revela que existe uma porção separada para cada pessoa nesta vida. Seja então esta porção de Deus reservada um para o outro.

A ideia aqui é a de complemento e encaixe no aspecto físico, emocional, social e tam-bém espiritual.

a) Ao homem, Deus está dizendo: você é uma porção separada por Deus para a espo-sa. Assim, afirmo para você, meu irmão, que o seu melhor deve ser dedicado à sua esposa, pois a vontade de Deus é que ela reconheça em você uma boa porção recebida das mãos do Senhor.

b) À mulher, Deus está dizendo: você é uma porção separada por Deus para o esposo. Assim afirmo para você, minha irmã, que o seu melhor deve ser dedicado ao seu esposo, pois a vontade de Deus é que ele reconheça em você uma boa por-ção recebida das mãos do Senhor. Muitos casais fracassam, pois ficam esperando o melhor do outro. A Bíblia nos desafia a sermos a melhor porção que o outro possui ou recebeu. Se vocês agirem assim em seu casamento terão muito mais motivos para celebrar do que queixas e lamentos para reclamar.

4 – Faça do seu trabalho algo útil para o casamento. O trabalho é mais uma das exigências da vida que pode roubar tempo e qualidade de vida de um casal. Seja na-queles lares onde somente o marido trabalha ou naqueles onde ambos têm a dura incum-bência de buscar o sustento, os problemas são frequentes quando não compreendemos o papel do trabalho em nossas vidas.

a) Ao homem, Deus está dizendo: o tra-balho não pode prejudicar seu casamento. Por isso quero que você compreenda que o trabalho é um meio para manter sua vida e família. Trabalhe para viver com dignidade e não viva apenas para trabalhar. O casa-mento vai requerer tempo e convivência e sua esposa vai ocupar um bom tempo em sua agenda diária.

b) À mulher, Deus está dizendo: o tra-balho não pode prejudicar seu casamento. Por isso quero que você compreenda que o trabalho é um meio para manter sua vida e família. Trabalhe para viver com dignidade e não viva apenas para trabalhar. O casa-mento vai requerer tempo e convivência e seu esposo vai ocupar um bom tempo em sua agenda diária.

Viveremos pouco tempo neste mundo, ainda que a média de vida dos brasileiros es-teja na casa dos 78 anos. Por isso, desfrutem da criação mais abençoada desta vida que é o casamento. Faça de seu casamento uma bela recompensa que Deus proporciona por todo trabalho árduo que tiverem debaixo do sol. Nossa oração é que seu casamento seja conduzido por estas e outras perspectivas que encontramos na Palavra de Deus.

– Pr. Jadai Silva de Souza

TEMA DO MÊS