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O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 18 - Nº 08 AGO/08 QUANDO DEUS ESCREVE O OBITUÁRIO Jack Williams O homem que pegou o assassino de Ghandi havia morrido há cinco meses quan- do o jornal de Boston publicou seu obituá- rio. Herbert Reiner Júnior, diplomata de car- reira, entrou para o Ministério das Relações Exteriores dos Estados Unidos em 1947. Em 30 de janeiro de 1948, Reiner foi a uma reu- nião de oração na esperança de ver Ghandi, nem que fosse de relance. Aquela foi a últi- ma reunião de Ghandi. Um nacionalista hindu, enfurecido por causa da aproximação de Ghandi com os muçulmanos, conseguiu passar pelos auxili- ares do líder e acertar-lhe três tiros. En- quanto os presentes ficaram paralisados di- ante da cena terrível, Herbert Reiner agar- rou o assassino e entregou-o nas mãos da polícia indiana. O ato de Herbert acabou na primeira página dos jornais do mundo intei- ro. O obituário de Reiner foi publicado em 26 de maio de 2000, no Los Angeles Time. Lembro-me disso porque estava me prepa- rando para uma convenção na Califórnia. O óbito do cavalheiro famoso foi composto de vinte e cinco linhas. Eu esperava mais, pois se tratava do homem que capturou o assassino de Ghandi. Lembrei-me, então, de que Deus escre- veu obituários curtos na Bíblia. A maioria é profundamente breve; nenhum é grandioso. Alguns personagens bíblicos bastante im- portantes não mereceram mais que uma confirmação do fato de terem morrido. Por exemplo, o primeiro homem, Adão, morreu com 930 anos de idade. Seu obituá- rio pode ser lido rapidinho. São três versículos em Gênesis 5 (vs 3-5). O que Deus estava pensando? Ora, os jornais usam mais espaço que isso para relatar a morte de um desocupado qualquer que morre por aí. O modelo de óbitos reduzidos a umas poucas palavras bem escolhidas, não im- porta a reputação do morto, pode ser visto pela Bíblia toda. Pensemos em Abraão, o cavalheiro que se chamava Abrão (Gn 12.1), deixou a pátria quando estava com 75 anos e saiu à procu- ra de uma cidade e acabou se tornando “o amigo de Deus” (Tiago 2.23). Quando Abraão morreu aos 175 anos, a notícia de sua morte limitou-se a quatro versículos (Gênesis 25.7-10). Entoamos cânticos que falam de sua fé e pregamos mensagens explicando a aliança de Deus com Abraão. Por que Deus não escreveu um obituário completo sobre o pai da fé? Jacó, o homem cujo nome foi mudado para Israel (Gênesis 35.10), não foi mais pri- vilegiado. O obituário de Jacó é do tamanho de um único versículo (Gênesis 49.33). Eliseu, aquele extraordinário profeta que recebeu a porção dobrada do espírito de Elias, mereceu um obituário de apenas um versículo (2Reis 13.20), e metade dele fala sobre uma invasão dos moabitas! Eu espe- rava mais! Até mesmo o obituário de Jesus é im- pressionantemente curto, embora seja repe- tido quatro vezes nos Evangelhos. Claro que o obituário de Jesus teve de ser reescri- to três dias mais tarde, pois o Senhor se re- cusou a continuar morto. A maioria dos heróis da fé teve um obi- tuário de não mais de uma linha; alguns nem foram mencionados. O maior legislador de todos os tempos, Moisés, conseguiu uma referência de quatro versículos em Deuteronômio 34 (vs 5-8). Sinceramente, acho que ele merecia bem mais. O Senhor Deus não fez pouco caso de Moisés, particularmente em vista do minús- culo obituário de Noé. Lembrem-se de que Noé foi o camarada que construiu uma arca de madeira de cipreste e salvou a raça hu- mana inteira (Gênesis 6.14). A notícia da morte de Noé foi dada em, mais ou menos, quinze palavras (Gênesis 9.29). Davi—o compositor de hinos do Anti- go Testamento, salmista de imensa ternura de Israel, matador de gigante, um homem segundo o coração de Deus, rei e solda- do—repousa atrás de um obituário do ta- manho de um cartão de visita, nada mais que dois versículos e meio (1Crônicas 29.26-28). O musculoso Sansão recebeu um espa- ço de dois versículos (Juízes 16.30-31). Gideão, que com apenas trezentos ho- mens, venceu, num audacioso ataque no- turno, um exército tão mais numeroso que o seu que ele desistiu de fazer a contagem dos soldados, teve de se contentar com um obituário de um único versículo (Juízes 8.32). Esperem, esperem que vem mais. O ho- mem mais sábio que o mundo conheceu— Salomão—tem seu obituário espremido num cantinho em 1Reis 11.43. João Batista, a quem Jesus chamou de inigualável entre os nascido de mulher (Mateus 11.11), recebeu um versículo no fi- nal da vida (Mateus 14.10). Em minha opi- nião, ele merecia muito, muito mais. O objetivo aqui é mostrar que a obra de Deus continua mesmo quando o povo de Deus morre. Abraão morre—Isaque se des- taca. Moisés morre—Josué lidera Israel através do Jordão. Elias é elevado num re- demoinho—Eliseu toma sua capa. Estevão morre no último versículo de Atos 7. Atos 8 começa com a mão de Deus já estendida sobre um jovem chamado Saulo de Tarso. A obra de Deus nunca é in- terrompida. O povo de Deus enxuga as lá- grimas, levanta a cabeça e continua em frente. Continuação na página 5

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O AMIGÃO do PastorUm Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 18 - Nº 08 AGO/08

QUANDO DEUSESCREVE O OBITUÁRIO

Jack Williams

O homem que pegou o assassino deGhandi havia morrido há cinco meses quan-do o jornal de Boston publicou seu obituá-rio.

Herbert Reiner Júnior, diplomata de car-reira, entrou para o Ministério das RelaçõesExteriores dos Estados Unidos em 1947. Em30 de janeiro de 1948, Reiner foi a uma reu-nião de oração na esperança de ver Ghandi,nem que fosse de relance. Aquela foi a últi-ma reunião de Ghandi.

Um nacionalista hindu, enfurecido porcausa da aproximação de Ghandi com osmuçulmanos, conseguiu passar pelos auxili-ares do líder e acertar-lhe três tiros. En-quanto os presentes ficaram paralisados di-ante da cena terrível, Herbert Reiner agar-rou o assassino e entregou-o nas mãos dapolícia indiana. O ato de Herbert acabou naprimeira página dos jornais do mundo intei-ro.

O obituário de Reiner foi publicado em26 de maio de 2000, no Los Angeles Time.Lembro-me disso porque estava me prepa-rando para uma convenção na Califórnia. Oóbito do cavalheiro famoso foi composto

de vinte e cinco linhas. Eu esperava mais,pois se tratava do homem que capturou oassassino de Ghandi.

Lembrei-me, então, de que Deus escre-veu obituários curtos na Bíblia. A maioria éprofundamente breve; nenhum é grandioso.Alguns personagens bíblicos bastante im-portantes não mereceram mais que umaconfirmação do fato de terem morrido.

Por exemplo, o primeiro homem, Adão,morreu com 930 anos de idade. Seu obituá-rio pode ser lido rapidinho. São trêsversículos em Gênesis 5 (vs 3-5). O queDeus estava pensando? Ora, os jornaisusam mais espaço que isso para relatar amorte de um desocupado qualquer quemorre por aí.

O modelo de óbitos reduzidos a umaspoucas palavras bem escolhidas, não im-porta a reputação do morto, pode ser vistopela Bíblia toda.

Pensemos em Abraão, o cavalheiro quese chamava Abrão (Gn 12.1), deixou a pátriaquando estava com 75 anos e saiu à procu-ra de uma cidade e acabou se tornando “oamigo de Deus” (Tiago 2.23).

Quando Abraão morreu aos 175 anos, anotícia de sua morte limitou-se a quatroversículos (Gênesis 25.7-10). Entoamoscânticos que falam de sua fé e pregamosmensagens explicando a aliança de Deuscom Abraão. Por que Deus não escreveuum obituário completo sobre o pai da fé?

Jacó, o homem cujo nome foi mudadopara Israel (Gênesis 35.10), não foi mais pri-vilegiado. O obituário de Jacó é do tamanhode um único versículo (Gênesis 49.33).

Eliseu, aquele extraordinário profeta querecebeu a porção dobrada do espírito deElias, mereceu um obituário de apenas umversículo (2Reis 13.20), e metade dele falasobre uma invasão dos moabitas! Eu espe-rava mais!

Até mesmo o obituário de Jesus é im-pressionantemente curto, embora seja repe-tido quatro vezes nos Evangelhos. Claroque o obituário de Jesus teve de ser reescri-to três dias mais tarde, pois o Senhor se re-cusou a continuar morto.

A maioria dos heróis da fé teve um obi-tuário de não mais de uma linha; algunsnem foram mencionados. O maior legislador

de todos os tempos, Moisés, conseguiuuma referência de quatro versículos emDeuteronômio 34 (vs 5-8). Sinceramente,acho que ele merecia bem mais.

O Senhor Deus não fez pouco caso deMoisés, particularmente em vista do minús-culo obituário de Noé. Lembrem-se de queNoé foi o camarada que construiu uma arcade madeira de cipreste e salvou a raça hu-mana inteira (Gênesis 6.14). A notícia damorte de Noé foi dada em, mais ou menos,quinze palavras (Gênesis 9.29).

Davi—o compositor de hinos do Anti-go Testamento, salmista de imensa ternurade Israel, matador de gigante, um homemsegundo o coração de Deus, rei e solda-do—repousa atrás de um obituário do ta-manho de um cartão de visita, nada maisque dois versículos e meio (1Crônicas29.26-28).

O musculoso Sansão recebeu um espa-ço de dois versículos (Juízes 16.30-31).

Gideão, que com apenas trezentos ho-mens, venceu, num audacioso ataque no-turno, um exército tão mais numeroso que oseu que ele desistiu de fazer a contagemdos soldados, teve de se contentar com umobituário de um único versículo (Juízes8.32).

Esperem, esperem que vem mais. O ho-mem mais sábio que o mundo conheceu—Salomão—tem seu obituário espremidonum cantinho em 1Reis 11.43.

João Batista, a quem Jesus chamou deinigualável entre os nascido de mulher(Mateus 11.11), recebeu um versículo no fi-nal da vida (Mateus 14.10). Em minha opi-nião, ele merecia muito, muito mais.

O objetivo aqui é mostrar que a obra deDeus continua mesmo quando o povo deDeus morre. Abraão morre—Isaque se des-taca. Moisés morre—Josué lidera Israelatravés do Jordão. Elias é elevado num re-demoinho—Eliseu toma sua capa.

Estevão morre no último versículo deAtos 7. Atos 8 começa com a mão de Deusjá estendida sobre um jovem chamadoSaulo de Tarso. A obra de Deus nunca é in-terrompida. O povo de Deus enxuga as lá-grimas, levanta a cabeça e continua emfrente.Continuação na página 5

O AMIGÃO do PastorPágina 2 AGO/08

Editorial

O AMIGÃO do PastorUm Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo

Batista, Fundamentalista

Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, PatríciaElaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertasvoluntárias. Escreva para o endereço abaixo para maiores informações. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamentona conta número 295-4, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal à Editora Maranata.Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone: (0xx 35) 3832-2704. Fax: (0xx 35) 3832-2455. E-mail:[email protected]. Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigosque solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, nãoexpressando necessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata.

PAI, VOCÊ ANDAOCUPADO DEMAIS?

Morris Chalfant

O Dia dos Pais foi criado em 1910 emhonra de progenitores do mundo todo. Noentanto, “seguir os passos do pai” deixoude ser uma prática na sociedade de hoje emdia.

Alexandre, o Grande, seguiu os passosde seu pai, rei da Macedônia, e saiu aconquistar o mundo entre 336 e326 a.C,com a invencibilidade de exércitostreinados por seu pai a vida inteira.

Johann Strauss, o famoso compositor,seguiu os passos de seu extraordinário pai,maestro querido e reverenciado de Viena,Áustria.

John Quincy, sexto presidenteamericano, era filho de John Adams,segundo presidente dos Estados Unidos.

Por mais assustador que seja, os filhos,de modo geral, espelham as mesmasqualidades de seus pais. Basta olhar ascrianças ao redor para descobrirmos oshábitos, maneirismos, palavras e atitudesde seus pais. As características talvez sejamdistorcidas e exageradas, mas, no fundomesmo, são exatamente as mesmas.

A Bíblia se refere muito aos pais. Éevidente que os pais são extremamenteimportantes aos olhos de Deus.

“E vós, pais, não provoqueis vossosfilhos à ira, mas criai-os na disciplina e naadmoestação do Senhor” (Efésios 6:4).

“Esposas, sede submissas ao própriomarido, como convém no Senhor.Maridos, amai vossas esposas e não astrateis com amargura. Filhos, em tudoobedecei a vossos pais; pois fazê-lo égrato diante do Senhor. Pais, não irriteisos vossos filhos, para que não fiquem

desanimados” (Colossenses 3:18-21).É aos pais que a Bíblia apresenta suas

instruções. A responsabilidade final detransformar as crianças em adultos foi dadaaos pais.

Ser pai é um dos maiores privilégiosdeste mundo, e uma de suas mais sériasresponsabilidades.

Deus abençoou Abraão e honrou-osobremaneira porque ele ordenaria “a seusfilhos e a sua casa depois dele” (Gênesis18:19). O Novo Testamento deixa claro quea promessa de Deus é “para vós e vossosfilhos” (Atos 2:39).

Assim como Noé recebeu a ordem deconstruir a arca “para a salvação de suacasa” (Hebreus 11.7), a cada homem éconfiada a extraordinária responsabilidadede colocar sua família na “arca” dasegurança providenciada em Jesus Cristo.

O pai que assume essaresponsabilidade e a cumpre, deixará parasua família as coisas mais importantes eexcelentes deste mundo. Ele mostrará aseus filhos onde encontrar a felicidadegenuína, e iluminará para eles os caminhoselevados da nobreza e da verdade.

Louis Pasteur, famoso cientista francês,estava bastante atarefado em seulaboratório quando recebeu a notícia deque seu pai estava gravemente enfermo. Ocientista partiu imediatamente, mas nãoconseguiu chegar a tempo de ver o pai comvida.

Naquela mesma noite, Pasteur escreveuà família: “Devo tudo a meu pai. Na minhajuventude, meu pai me impediu de viver emmás companhias e instilou em mim o hábitode trabalhar, e foi exemplo de uma vidahonesta e bem vivida”.

É importante que os pais jamais seesqueçam de que são modelos para seusContinuação na página 6

Prezado leitor,

Neste número temos o artigo intitulado:“Cruzada da Crura”, de Alfred H. Pohl. Trata-se do testemunho pessoal de alguém queconheceu por dentro o “sistema operacional”das chamadas “curas divinas”. Como todapessoa que serve a DEUS com um coraçãosincero, esse irmão não pôde permanecerenvolvido com os falsos curandeiros, queenganam os incautos, movidos pela ganânciafinanceira e pelo renome que lhes é conferidopelo suposto poder de cura que afirmampossuir. Vemos que os mínimos resultadosdessas campanhas de cura, não passam deproblemas puramente psicológicos. A Palavrade DEUS é muito clara em mostrar que o domde curar foi temporário, somente nos diasapostólicos da igreja. Não somos cépticosquanto ao poder de DEUS em curar, mas osomos quanto ao falso dom dos curandeirosmodernos. Quando levamos o tão propaladodom de cura atual à luz da Bíblia, vemos quenão passa de um grande engodo. Nãosejamos enganados. DEUS não justifica aingenuidade; Ele quer que sejamosexaminadores da Palavra. O SENHOR vosabençoe! Pr. Cleber R. Neves

O AMIGÃO do PastorAGO/08 Página 3

CRUZADA DA CURAAlfred H.Pohl

Testemunho Pessoal sobre uma Cruza-da de Cura

Cresci num ambiente espiritual queenfatizava o ensino e a prática da cura divi-na. Campanhas sobre cura divina eram mui-to divulgadas e atraíam multidões de longee de perto, geralmente às custas dos doen-tes que precisavam de cuidados e transpor-te especiais. No entanto, para a maioria dosdoentes, as campanhas eram uma decep-ção. As esperanças dos enfermos eram tãoelevadas, mas morriam depois que todo oalvoroço passava.

Alguns experimentavam alívio momen-tâneo da dor, porém quase nenhum colhiaresultados permanentes. Mas quando issose tornava claro, o “curandeiro” estava lon-ge demais para ser questionado ou dar ex-plicações. Aos doentes nada mais restava anão ser culpar a si mesmos pela falta de fée, em alguns casos, perder a fé de uma vezpor todas.

Esse tipo de procedimento em relaçãoaos enfermos é assunto sério e deve ser in-quirido à luz da Bíblia. A obra de Cristo jáfoi muito envergonhada por pessoasinescrupulosas que se diziam profetas, rea-lizadoras de milagres e portadoras do domde curar. O apóstolo Pedro nos avisa a res-peito dessa gente: “...por avareza, farão devós negócio com palavras fingidas” (2

Pedro 2:1-3). Que coisa horrorosa! Fingirque são “bons samaritanos” quando, porganância, tudo o que querem é explorarpessoas que, ao menos, possam lhes dardinheiro.

Quero deixar bem claro que acredito emcura divina. Já testemunhei Deus curar do-entes como resposta de oração, e nãoaconteceu no ambiente sensacionalista decampanhas, mas no procedimento bíblicosingelo de Tiago 5.14-16. Também não que-ro que pensem que sou contra oração a fa-vor dos enfermos; longe de mim tal procedi-mento. No entanto, creio que devemosprestar atenção às advertências claras daBíblia em relação aos falsários e enganado-res que vêm em nome de Cristo, mas nãovêm de Cristo (Mateus 7.21-23).

Antes de examinarmos algunsversículos sobre o assunto, gostaria de fa-lar sobre uma campanha da qual fui atuante,ocasião em Deus abriu meus olhos e enxer-guei as práticas enganosas empregadasnesse tipo de coisa. Quando me integrei àcampanha, eu acreditava piamente nagenuinidade de quem curava e no seu domde curar. Fiz tudo o que pude para ajudá-lo.Dei-lhe cem por cento de meu apoio; enco-rajei amigos doentes a viajar longas distân-cias para serem curados.

Àquela época, creio que 1947, eu faziaparte do corpo docente do seminário teoló-gico de nossa denominação em Saskatoon,cidade do Canadá. As reuniões de curaaconteciam no auditório da igreja, adjacenteaos dormitórios e escritório da faculdade.

Minha responsabilidade era levar os maisdoentes—como as pessoas que vinham demaca, por exemplo—para os dormitórios. O“curandeiro” desta campanha em particularse chamava William Branham, dos EstadosUnidos. Ele havia sido convidado por al-guns líderes de nossa igreja para ministrarem algumas de nossas maiores cidades. Oscultos eram muito concorridos; as pessoasvinham de bem longe, e até de outros esta-dos.

Quando o senhor Branham terminava areunião no auditório, eu o pegava pelo bra-ço e íamos de quarto em quarto para que eleorasse pelos enfermos incapazes de partici-par das reuniões públicas ou de ficar em pénas filas da cura. Desse modo, eu mantinhaum contato bem próximo com Brahmam eobservava de perto o que acontecia. Vourepetir: eu ficava bem junto dele e orava fer-vorosamente com ele pela cura daquelaspessoas queridas que sofriam tanto. Quan-do Brahman assegurava aos enfermos queeles estavam curados, eu me alegrava e lou-vava a Deus juntamente com eles.

O costume do senhor Brahman era pe-gar na mão do doente e dizer algo assim:“As vibrações em sua mão me revelam quevocê tem câncer. Mas vou orar por você epedir que Deus lhe dê a cura.” Depois deorar, ele afirmava: “As vibrações se foram, ocâncer desapareceu. Você está curado! Po-rém, se sentirá muito doente por uns trêsdias; esse é o tempo que o corpo leva parase livrar das células mortas do câncer. Con-tudo, não se preocupe, você está curado.Somente confie em Deus”. Era com palavrasassim que ele garantia aos sofredores queeles recuperariam a saúde. Certamenteaquelas almas preciosas se enchiam de es-perança e alegria; muitos respondiam ofere-cendo uma grande soma em dinheiro, quan-tia muito além de suas posses. Muitas ve-zes, o dinheiro era dado a mim, para que euo repassasse ao senhor Branham, o que eufazia de todo o coração, pois eu tambémacreditava nele.

Esta é uma pequena amostra do queacontecia diariamente durante a campanhatoda, mas dá para vislumbrar a alegriaprovocada pelas declarações de cura feitaspor esse homem, e a farta esperança que eradada a dezenas de pessoas mergulhadasem dor e sofrimento. Eu gostaria de afirmarque todas essas pessoas, ou um bom nú-mero delas, realmente se recuperaram. Masnão dá. O tempo passou, a campanha aca-bou, e o senhor Branham e sua turma foramembora. Começamos, então, a ver os resul-tados serem postos à prova. Foi uma épocamuito difícil para nós, particularmente para

Continuação na próxima página

O AMIGÃO do PastorPágina 4 AGO/08

ELDORADO SANTO

Durante a corrida do ouro no EstadosUnidos, ouvia-se por todos os lados:“Ouro! Ouro!” Buscar, buscar, buscar; ves-tígio, vestígio, vestígio; indícios, indícios,indícios!

Os caçadores de ouro encontraram ves-tígios (lascas e pepitas), descobriram pe-quenos veios, e também acreditaram em ru-mores. Naturalmente houve também o“ouro dos trouxas”. Os escavadores acredi-taram nas minas “salgadas” (falsas) e mine-raram onde outros já haviam minerado mui-tas vezes, e deram crédito a todos osboatos que já foram ditos pelos lábioshumanos. No entanto, por mais quebuscassem, não encontraram o Eldorado, afonte de todo o ouro.

Do mesmo jeito, ainda hoje, pessoas domundo inteiro correm daqui para lá, de umlado para o outro, buscando a verdade. Oque não percebem é que a verdade estábem na cara delas (nas páginas da Bíblia).

(John Gillmartin - Pulpit Helps)

“cruzada da cura” (da página 3)mim, porque, uma a uma, as pessoas quevi—com meus dois olhos—serem “cura-das” e assim confirmadas pelo “curandei-ro”, foram morrendo. Nossa fé foi severa-mente testada. Parentes dos mortos per-guntavam: “Por quê?” O que poderíamosresponder?

Tive de me fazer várias perguntas. Seaquelas pessoas haviam mesmo sido cura-das, por que morreram? Sua fé era fraca?Por que, então, tantos fraquejaram na fé eperderam a cura? A situação estava emacordo com as curas registradas na Bíblia?As pessoas que foram curadas por Jesus epelos apóstolos perderam a cura? Será queelas também estavam sujeitas a uma recaí-da, se fraquejassem na fé? Ou será que ascuras desse tal Brahnam não eram genuí-nas, mas pura enganação? Pior, será quehavíamos sido vítimas de um grande golpe?

Todas essas perguntas foram sendorespondidas aos poucos, nos dias e sema-nas após a campanha. Não há tempo nemespaço para eu relatar tudo o que aconte-ceu, mas irei contar alguns dos incidentesmais importantes.

Nas primeiras semanas depois da cam-panha, começamos a ouvir relatos de curasque não duraram nada. Ou as pessoas havi-am voltado à condição original ou haviammorrido. Era aflitivo! Alguns repórteres bis-bilhoteiros haviam feito uma investigação.A publicação deles enlameou a reputação etestemunho de nossas igrejas, à medidaque mais e mais pessoas que, supostamen-te, haviam sido curadas continuavam doen-tes.

Um dia, quando eu estava ocupado noescritório da faculdade, recebi uma visita.Reconheci o cavalheiro assim que ele en-trou; era o pai de um de nossos alunos, eum senhor bastante respeitado em nossadenominação. Durante a campanha, ele ha-via colocado a esposa, que estava comcâncer, num avião e trazido-a a Saskatoon.Ele havia me telefonado do aeroporto per-guntando para onde a ambulância deverialevar a esposa, para que orassem a favordela.

Preparei tudo e coloquei-a em um dosdormitórios. Naquela noite, quando o se-nhor Branham terminou a reunião no audi-tório da igreja, levei-o ao quarto da mulher,ele orou por ela e declarou-a curada. Nempreciso dizer o quanto nos alegramos! Felizda vida, o casal retornou ao aeroporto evoou para casa.

Agora, vários dias mais tarde, o queridoirmão sentou-se diante de mim no escritó-rio, de coração pesado e mente confusa. Eleviajara mais de 300 quilômetros para con-

versar comigo. Mas antes que ele abrisse aboca, eu já sabia do que se tratava. Mesmoassim, o questionamento dele ainda meatinge com força.

“Irmão Pohl, você estava ao lado dacama de minha esposa naquela noite emque o senhor Branham orou por ela e decla-rou-a curada?”

“Estava. Eu estava bem ao lado dacama”, respondi.

“Então, você pode me explicar como éque minha esposa, que foi curada há al-guns dias, encontra-se num túmulo agora?”

Meus amigos, creio que está foi a per-gunta mais difícil que já tive de responderna vida! Meu coração se condoeu poraquele irmão tão querido. Senti sua dor.Mas o que poderia lhe dizer?

Deveria lhe responder que ele e a famílianão tiveram fé suficiente? No entanto, suafamília era muito respeitada em nossa deno-minação pela vida dedicada a Deus. Ou de-veria abrir o jogo e dizer que, talvez, o se-nhor Brahnam não tinha o dom de curar eque fomos todos enganados? Tal admissãoiria pôr em sérias dúvidas a sabedoria e in-tegridade dos líderes denominacionais quehaviam convidado Brahnam para ir ao Ca-nadá ministrar às nossas igrejas.

Na verdade, nem me lembro do que ex-pliquei ao querido irmão. Todavia sei quecomecei a pensar profundamente naquilotudo. Comecei a questionar seriamente nos-sa abordagem quanto ao ensino e práticada cura divina. Contudo, não posso garan-tir que muita gente tenha feito a mesma coi-sa.

Muitos poderão afirmar que esse casofoi uma exceção. Será? Se foi, então houve“exceções” demais! Vou citar outro caso.

Numa tarde, durante a campanha, atendia uma chamada telefônica. Era de um pastorpentecostal de Ontário. Ele havia chegadono aeroporto com sua esposa—doente comcâncer—e uma enfermeira. Como nas ou-tras ocasiões, levei-os a um dos quartos; nahora certa, o ser Branham orou pela senho-ra e a declarou curada. Novamente, a alegriafoi geral. Lembro-me de que o pastor medeu um cheque “gordo” a ser entregue aosenhor Branham. Enquanto me entregava ocheque, o pastor comentou que não pode-ria oferecer tanto, mas que o senhorBranham merecia, pois havia curado sua es-posa, e eles haviam gastado milhares dedólares com médicos que não resolveramnada,

Algumas semanas mais tarde, eu, comosecretário de missões de nossa denomina-ção, fui visitar as igrejas de Ontário. Quan-do estava nos arredores da cidade daqueleContinuação na próxima página

A maior mentira do planeta é: “Sereicompletamente feliz assim que conseguirtudo o que desejo”.

(Pulpit Helps)

O AMIGÃO do PastorAGO/08 Página 5

A qualidade de vida que a pessoa teveé mais interessante do que o tamanho doobituário que anuncia sua morte. Deusmantém um arquivo atualizado e completoem algum lugar muito mais importante (Jó16.19).

Uma das razões de Deus escrever obitu-ários reconhecidamente curtos pode ser en-contrada na descrição que Hebreus 11.38faz dos que morreram pela fé: “De quem omundo não era merecedor...”.

Uma celebração somente para convida-dos foi planejada para a abertura do livro davida no último dia. Quando isso acontecer,veremos claramente que os que morreramna fé, nunca morreram de verdade (João11.25). Estavam apenas habitando com oSenhor, no mistério que chamamos de mor-te (2 Coríntios 5.8).

Por outro lado, gosto da maneira queDeus escreve o obituário de seus filhos.Todos eles terminam com uma vírgula, enão com um ponto final.

(Sword of the Lord)

“Quando Deus escreve” (da página 1)

AS “CORTADAS”DE DEUS

No início da Primavera, a videira excla-ma: “Que bom que o Inverno se foi! Meusproblemas acabaram! O Verão está chegan-do e o pomar vai ficar lindo!”

No entanto, o jardineiro vem com seufacão e corta a videira aqui e ali. Os ramoscomeçam a cair. A videira acusa: “Assassi-no! Por que você está me cortando?”

“Desculpe”, responde o jardineiro, “nãotenho a intenção de matá-la. Mas se eu nãofizer estes cortes, você vai ser ridicularizadapor todas as outras vinhas até o final da es-tação.”

Os meses se vão. Um dia o jardineiropassa debaixo da treliça cheias de cachosde uva. A videira agradece: “Muito obriga-da. O senhor não poderia ter feito gentilezamaior do que me cortar com seu facão”.

“O Senhor corrige a quem ele ama.”“Toda vara em mim que não dá fruto, a tira;e limpa toda aquela que dá fruto, para quedê mais fruto.”

(T. DeWitt Talmage)

“cruzada da cura” (da página 4)pastor, procurei saber a respeito do estadode saúde de sua esposa; fui informado deque ela havia morrido. Isso deve ter sidoum soco no estômago do pastor! Mas nãofoi tudo. Fiquei sabendo que o pastor diri-gia um programa de rádio na cidade. Aoretornar das reuniões de cura, anunciou atodos os ouvintes que sua esposa haviasido milagrosamente curada. No entanto,poucos dias mais tarde, ele teve de informarque a esposa havia falecido. Segundo medisseram, seu programa de rádio sofreu umtremendo golpe.

Meus amigos, que tipo de testemunho éesse? Para o mundo, “isso não faz nenhumsentido”. Tem coisa errada nesse negócio!

O pastor não teve fé suficiente?Isso aconteceu com as pessoas curadas

pelo Senhor Jesus ou por seus apóstolos?Se aconteceu, onde está registrado? Nós,cristãos, achamos que é “sinal de amor ebondade” não reprovar esse tipo de coisa.Mas será que é mesmo amor e bondade? Ésinal de amor permitir que coisas assimaconteçam em nossas igrejas, às custas dosofrimento desnecessário, da agonia e de-cepção dos enfermos? Mais importante, ébíblico não lidar com a falsidade e o engano(ver Tito 1.7-14)?

Os líderes da igreja são chamados a“proteger” as ovelhas...ou os lobos?

Um dos grandes motivos de eu ter dei-xado o Movimento foi o fato de nossa de-nominação—e do Movimento do Dom deLínguas em geral—não lidar com os prega-dores famosos que precisavam ser corrigi-dos ou impedidos. Cheguei à conclusãoque entusiasmo e grandiosidade eram deimportância mínima, se o trabalho genuínodo Espírito Santo, enaltecendo a Deus, nãoestivesse presente nas reuniões de cura.

Embora pudesse dizer muito mais, devoconcluir com este resumo: acredito queDeus realiza curas hoje em dia. Seu métodoé revelado em Tiago 5.14-15: a pessoa do-ente deve chamar os presbíteros da igreja.Hoje, no entanto, acontece o contrário: os“curandeiros” vão atrás dos enfermos! Re-colhe-se uma grande oferta, e muito do di-nheiro, se não todo ele, fica com o curan-deiro.

Mais uma vez quero lembrar do avisode 2Pedro 2.3: “por avareza, farão de vósnegócio com palavras fingidas”. Infeliz-mente, por causa disso, “será blasfemado ocaminho da verdade”. Essa atitude enver-gonha o Evangelho de Cristo.

Devemos, também, examinar os resulta-dos das campanhas modernas de cura ecompará-los com o que aconteceu a Cristoe seus apóstolos. Qual a porcentagem dosdoentes realmente curados hoje em dia?Normalmente, de acordo com o que tenhoobservado, a porcentagem é baixa. É verda-de que alguns são curados. Sem dúvida,existe a cura psicológica, e há pessoas cujafé alcança o Senhor Jesus. Estes, creio eu,são curados apesar de quem proclama acura. No entanto, são bem poucos.

Não se deixem enganar pelo tanto depessoas que são curadas em campanhas.Pode ser pura enganação. Envolvido naanimação e no espírito da reunião, vocêpode ser facilmente enganado. Tive a opor-tunidade de estar “por dentro” deste tipode reunião em particular, e vi como as coi-sas funcionam. Se o tempo permitisse, rela-taria vários exemplos de pessoas no auditó-

rio que imaginaram ter presenciado um mila-gre quando nada havia realmente aconteci-do.

O mais importante é que a baixa porcen-tagem de gente curada hoje fica em posiçãodesfavorável com os registros bíblicos. Arespeito do próprio Senhor Jesus, lemos emMateus 8.16: “E, chegada a tarde, trouxe-ram-lhe muitos endemoninhados, e ele,com a sua palavra, expulsou deles os espí-ritos e curou todos os que estavam enfer-mos”. Sobre os apóstolos, lemos em Atos5.16: “E até das cidades circunvizinhasconcorria muita gente a Jerusalém, con-duzindo enfermos e atormentados de espí-ritos imundos, os quais todos eram cura-dos” (Atos 5:16). Naqueles dias, era desne-cessário perguntar: “Alguém foi curado?”Não! Todos foram curados! O dom de curaera real e verdadeiro.

Era genuíno. Que o pessoal de hoje queafirma ter o dom de cura, produza esse tipode resultado! É triste dizer, mas ficam a verpoeira.

Além disso, alguns dos “curandeiros”modernos, parecem se “especializar” em cu-rar alguns tipos de doenças. Eles ficam lon-ge dos casos mais complicados, como para-lisia, por exemplo. No entanto, as curas rea-lizadas por Jesus e os apóstolos, não se li-mitavam a certos tipos de doenças. Lemosa respeito de Jesus que ele curava “todasas enfermidades e moléstias entre o povo”Continuação na página 7

O AMIGÃO do PastorPágina 6 AGO/08

A SABEDORIA DE SALOMÃO“Todos os caminhos do homem sãolimpos aosseus olhos, mas o Senhorpesa os espíritos.”

PV. 16:2

“Pai… ocupado demais? (da página 2)filhos. Embora antigo, o ditado continuaverdadeiro: “Filho de peixe, peixinho é”. Seo “peixão” é de qualidade, provavelmente o“peixinho” também exibirá uma vida boa eútil.

Tal pai, tal família. Tenha isso como umprincípio filosófico. As exceções ocasionaisnão invalidam a regra, pois ela é orgânica.Os pais imprimem sua marca nos filhos demodo aleatório, mas tão certo quantoprojeta sua sombra por onde passa num diaensolarado. Mesmo que não queira fazerisso, o pai não tem outra alternativa.

Um empresário bastante conhecidonuma cidade do interior estava preocupadocom seu filho e, assim, foi conversar com odiretor da escola do menino, em busca desugestões sobre como tratar o problema. Odiretor deu-lhe esta resposta extraordinária:

Demita-se da presidência da Câmarado Comércio. Deixe o cargo para alguémcuja família já esteja criada e não precisetanto da atenção do pai quanto seu filho.Sua responsabilidade mais importante nospróximos cinco anos, depois de prover asnecessidades de sua família, é ficar emcasa com seu filho. Ajude-o com as liçõesde casa; interesse-o naquilo que vocêtrabalha; transforme-se em seu amigo ecamarada.

Se der ao menino o mesmo tempo eatenção que dá agora à Câmara doComércio, você salvará a criança e, muitoprovavelmente, estará beneficiando acidade.

Pai, você anda ocupado demais? Hojeem dia o custo de vida é muito alto, e amaioria dos pais tem de trabalhar muitomais tempo, quando não em dois empregos,para pagar as despesas do lar. Nesse caso,é muito fácil esquecer de mostrar o amorque as crianças necessitam.

É mais fácil ficar em casa nos domingosde manhã, em vez de ir à escola dominicalcom as crianças. Contudo, a igreja não éuma convenção para onde a família enviauma delegação. É seu dever ser um exemplocristão a seus filhos.

“Perdemos nossa filha mais velha”, umcasal contou ao pastor. Este expressousuas condolências e também seu pesar emnão ter sabido da morte da moça.

“Não, não”, o pai apressou-se aresponder, “ela não morreu fisicamente, masmoral e espiritualmente. Nós a perdemos, ea culpa é minha!”

“Como assim?”, o pastor indagou aobom homem, que era um cidadão respeitadona comunidade.

A resposta veio rápida e certeira: “Euvivia muito ocupado”.

No coração dos Estados Unidos, ondea agricultura toma conta da paisagem, aplantação de um lavrador mostrou-seextraordinariamente boa. Pouco antes dacolheita, uma terrível tempestade de granizodesceu sobre a lavoura. A plantação ficoucompletamente destruída.

Após a tempestade, pai e filho foramverificar o prejuízo. O garoto fitou os olhosno que era antes um belo campo de trigo.Com lágrimas, ele olhou para o pai,esperando ouvir palavras de desespero. Ohomem começou a entoar com voz calma ohino: “Rocha Eterna”.

Muito tempo depois, quando o garotoera homem feito, ele explicou: “Aquele foi osermão mais extraordinário que já ouvi navida”.

Seu pai perdeu uma colheita, mas, quemsabe, aquele não foi o momento emtransformou a vida do filho? A criançatestemunhou na prática a fé de um paiverdadeiramente cristão.

Pais, seus filhos já presenciaram vocêsorando, agradecendo antes das refeições,dando seu testemunho de conversão pelagraça de nosso Senhor, lendo a Bíblia?

Se treinarem os filhos no caminho emque devem andar, se viverem de modosanto em casa, no trabalho e nacomunidade, vocês serão pais bemsucedidos. Algum dia, seus filhosconfirmarão que vocês agiram corretamentecom eles. Vocês estarão sempre, de modocarinhoso, na lembrança deles, pois lhesdeixaram uma herança de boas influências.Sua vida será sempre uma inspiração e umabênção para seus filhos.

(Sword of the Lord)

A BATALHA PELOEQUILÍBRIO

Eric Litke

Ele é um rebelde. Usa as roupas erradas,diz coisas erradas e convive com pessoaserradas. Seu olhar frio e penetrante disfarçao ódio e a tristeza. Uma criança de rua?Não, uma criança nascida “nos fundos daigreja”.

Não estou falando de mim. Fui um bomfilho de pastor. Não é que eu tenha meesquecido de ser rebelde; nunca preciseiser. Meu pai sempre me deu atenção. Nascinos fundos da igreja, como dizem, mas paramim, o rótulo só tem conotações positivas.Meu pai sabia que, embora a igreja tivessemuitos líderes espirituais, eu tinha apenasum pai. Ele investiu tempo fazendo com queeu me sentisse amado, e demonstrou quetinha dois ministérios: um na igreja e outro

em casa.É uma triste ironia que os homens a

quem foi confiado a liderança de igrejastenham lares que sofram por falta deliderança. O pastor pode ficar tão envolvidona obra de Deus, ajudando os feridos eabandonados, que acaba não enxergandoos ferimentos e abandonos que deixa emseus rastros. Sua própria família é a maisnecessitada de todas.

Mesmo que, aparentemente, o pastorfaça tudo certinho em casa, não há garantianenhuma de que seus filhos reagirão domodo que ele espera. As palavras deProvérbios 22.6: “Ensina a criança nocaminho em que deve andar, e, aindaquando for velho, não se desviará dele”, émais uma admoestação do que umapromessa. O versículo não afirma quetodos os filhos rebeldes são resultado totaldo fracasso dos pais. No entanto, éimportante dar todos os passos paragarantir o equilíbrio entre o ministério emcasa e fora dela. O problema tem de serdiscutido.

Em 1998, a renomada organização depesquisa evangélica Barna, revelou que49% dos pastores (americanos) afirmou quesuas famílias “sofrem de modosignificativo” com as pressões e exigênciasdo ministério pastoral. Em estudo realizadoem 2001 pela revista “Pulpit and Pew”(algo como Púlpito e Congregação), 43%das esposas de pastores mostraram-seressentidas com o tempo que o ministérioexige de seus maridos. Em igrejas com mais

Continuação na próxima página

O AMIGÃO do PastorAGO/08 Página 7

“QUE BOM VER VOCÊ!”

“Que bom ver você!” é um cumprimentobastante usado, não é mesmo? Por queserá?

Esta frase foi dita pela primeira vez porum senhor que estava ficando cedo. Umasobrinha tinha ido visitá-lo. Antes, o cava-lheiro podia enxergá-la muito bem, mas ago-ra ele não podia “vê-la” como quem tem avisão perfeita. No entanto, a maneira de seexpressar não refletia a atitude de alguémque vivia na escuridão.

A saudação “Que bom ver você!” émuito significativa. Alguém sofrendo de“disfunção de alegria” poderia ter tido: “Eugostaria muito de enxergar você, mas tenhode agüentar as aflições da cegueira”. Nãoera este o caso do nosso amigo! A sobrinhao descreveu como alguém radiante, comuma atitude muito saudável em relação àvida.

Qual o efeito dessa atitude na sobrinha?Ela explicou: “Fico envergonhada só emlembrar das vezes em que reclamei das coi-sas”.

(Sword of the Lord)

“cruzada da cura” (da página 5)(Mateus 9:35). E conforme Atos 5.16, comos apóstolos “todos eram curados” (Atos5:16). É óbvio que lidavam com todos os ti-pos de doenças e moléstias.

Finalmente, não podemos nos esquecerque o dom de sinais milagrosos foi dadoaos apóstolos, e a quem eles autorizassem,como credencial apostólico quando foramchamados a completar o alicerce da igrejaque Cristo havia começado (Efésios 2.20).É a isso que Paulo se refere em 2Co 12.12 aodefender seu apostolado diante da igreja deCorinto. Lemos: “Os sinais do meuapostolado foram manifestados entre vós,com toda a paciência, por sinais, prodígi-os e maravilhas”. Minha pergunta é: Sealém dos apóstolos ou daqueles autoriza-dos por eles, qualquer outro pudesse reali-zar curas e milagres realmente verdadeiros,então quais seriam e onde estariam os si-nais de um apóstolo? Temos, então, deconcluir que esses dons especiais de cura erealizações de milagres foram dados aosapóstolos como credenciais à medida queterminavam de colocar o alicerce da Igreja, equando o trabalho foi encerrado, e eles dei-xaram o cenário terreno, esses dons cessa-ram.

A grande manifestação de milagres queacompanharam Cristo e os apóstolos nosprimórdios da igreja terminou com a mortedos apóstolos.

Tentarmos reproduzir isso hoje só resul-ta em confusão e dá margem para enganose desapontamentos. Creio que a históriaatual prova isso.

A história da igreja também nos mostraque com a morte dos apóstolos findou-se agrande manifestação de dons miraculosos.Parece que até mesmo no fim de seu minis-tério, Paulo não usava seu dom de curar,pois escreveu a Timóteo: “...deixei Trófimodoente em Mileto” (2 Timóteo 4:20).

Se o ensino atual de que Deus desejaque todos os seus filhos sejam saudáveis evivam bem o tempo todo for verdadeiro,por que Paulo não exercitou seu dom decura e pôs Trófimo de pé? Claro queTrófimo seria de grande ajuda no ministériode Paulo. Mas parece que, já naquela épo-ca, o dom de curar havia passado.

Isso não significa que Deus não possacurar ou não cure hoje em dia. Ele continuasoberano e responde, sim, às orações, senos aproximarmos dele conforme Tiago5.14-15. Graças a Deus, muitos são curados,não pelo dom, mas pela “oração de fé”.

Contudo, não devemos esperar a mes-ma exibição maravilhosa de curas e milagresque acompanharam o ministério de Cristo eo dos apóstolos, pois isso pertenceu a eles

como credenciais, e aos primórdios da igre-ja. Hoje, nós “andamos por fé e não porvista” (2 Coríntios 5:7).

(Way of Life)

“equilíbrio” (da página 6)

de cem membros, duas entre três esposasse ressentem desse tempo.

“Não acho que subimos no conceito deDeus quando somos ‘bem-sucedidos’ naigreja, mas fracassamos em casa”, admitiu opastor Michael Easley. “Em minha opinião,é pecado o pastor colocar seu trabalhoacima de sua família. Acho que essecomportamento trará sériasconseqüências”, afirmou Easley.

A tentação de se consumir no ministérioestá presente em todos os níveis. A“overdose” de trabalho varia conforme otamanho da igreja, mas sempre existe. “Issoé algo com que todos os pastores têm delidar, de uma forma ou de outra”, explicou opastor Jason Hess. “Na maioria das vezes, aamante do pastor não é outra mulher, e sima igreja.”

A perigosa desconexão entre aliderança no púlpito e a liderança no larrepercute negativamente não só na família,mas no ministério também. Somosadvertidos em 1Timóteo 3.5: “Pois, sealguém não sabe governar a própria casa,como cuidará da igreja de Deus?”.

Qual é a causa dessa desconexãoperigosa?

Quando meu pai voltava da igreja,geralmente cansado e esgotadoemocionalmente, ele sabia que a perguntaseria inevitável: “Papai, vamos jogar bola?”E quase sempre, se ele voltava antes doescurecer, a resposta era afirmativa.

Meu pai exercia várias funções. Ele erapastor, professor, administrador,conselheiro, mas só uma delas realmenteimportava a seu filho de dez anos. Eu queriater um pai. Papai investiu tempo para memostrar que eu era importante para ele.Ainda que de modo limitado, por causa daimaturidade, eu entendia que meu pai tinhaum trabalho importante na igreja. Porém, eutambém sabia que para ele, ser “pai” era otrabalho mais importante de todos.

A tentação de medir os resultados dopastorado por intermédio da lente secular égrande. Por esse prisma, o sucesso ésempre medido em termos de crescimentoporcentual, número de batismos e oconceito da igreja na sociedade local,explicou o pastor Mike Waldrop.

Os pastores acham sua identidadenesses números e, então, consome-se naperseguição do sucesso ministerial, e

acabam deixando de lado seu papel maisimportante, que serve de exemplo para aigreja: discipular sua própria família.

Quais são os efeitos desse desequilíbrio?O desequilíbrio entre igreja e família

pode ter conseqüências devastadoras paraestes dois grupos. A família irá, sem dúvidanenhuma, sofrer muito, caso o pastor gastetempo demais com os afazeres da igreja,porém a igreja também sofre com isso. A

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O AMIGÃO do PastorPágina 8 AGO/08

DEUS TEM A ÚLTIMAPALAVRA

“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei dizaos que estão debaixo da lei o diz, para quetoda boca esteja fechada e todo o mundoseja condenável diante de Deus.” (Roma-nos 3:19)

Uma conhecida revista americana ofere-ce uma coluna chamada “O Golpe Perfeito”,e nela o editor publica respostasespertinhas que silenciam todo e qualquersarcasmo, bravata e exibicionismo.

Outro nome para “O Golpe Perfeito” é“A Última Palavra”. Supostamente, as mu-lheres sempre têm a última palavra.

Um casal viajava em silêncio através dalonga estrada. Marido e mulher haviam dis-cutido e, agora, um se recusava a falar como outro; a situação já durava duas horas, eninguém havia dado um “pio”.

A certa altura, passaram diante de umterreno onde dois asnos pastavam, o mari-do não resistiu à tentação de dar uma cutu-cada na esposa e, apontando para os ani-mais, indagou com sarcasmo: “São parentesseus?”

A resposta veio mais rápida que um raio:

“Sim, por laços de casamento”.O homem se calou na hora.O apóstolo Paulo afirma em Romanos 3

que Deus também tem a última palavra.Com uma argumentação magistral, ele pro-va que todos nós estamos destituídos daglória de Deus.

Se alguém deseja reivindicar-se de al-gum modo justo perante Deus, a mediçãoterá de ser feita de acordo com o padrãoperfeito de Deus. Se alguém acha que podeser salvo através de suas próprias obras,Deus indica a lei e sua exigência de obedi-ência perfeita, e fecha a boca de todo mun-do.

O Espírito Santo, usando a caneta dePaulo, afirmou: “Sabemos que tudo o que alei diz aos que estão debaixo da lei o diz,para que toda boca esteja fechada” (Roma-nos 3:19).

Durante milhares de anos, Israel tentou,sob condições favoráveis, cumprir a lei efracassou, calando a boca de todas as pes-soas em todos os lugares. A última palavraé sempre de Deus!

A mensagem do Evangelho é: “Porquepela graça sois salvos, por meio da fé...Nãovem das obras, para que ninguém se glorie”(Efésios 2:8-9).

M. R. DeHaan - Sword of the Lord)

“equilíbrio” (da página 7)

credibilidade de alguém como pastor e suacredibilidade como pai estão intimamenterelacionadas.

Meu pai tinha credibilidade comopastor porque investia tempo em ser pai.Ele podia se apresentar à igreja como umlíder capaz (conforme 1Timóteo 3.4-5) ecomo exemplo de pai. O fato de papai estarsempre presente em minha vida nãosignificava que ele fizesse todas as minhasvontades, mas sim que, se ele tivesse deperder o jogo do meu time ou precisasseviajar no fim de semana, ele me explicava oporquê de sua ausência, e deixava claroque “marcaria presença”, se houvesseoutro jeito.

Quando a vida familiar do pastor nãoestá em ordem, “depois de um certo tempode negligência com o casamento e com osfilhos, os efeitos se alojam na família”,sentenciou um obreiro.

“À medida que questões derelacionamento e comunicação começam ainvadir matrimônio e comportamento dosfilhos, e o pastor se vê obrigado a investirtempo e esforço para resolver essasquestões, seu ministério na igreja seráprejudicado e, talvez, ele até perca suacredibilidade.”

Ao mesmo tempo, no entanto, é precisoter cuidado para não ser zeloso em excessoe dar prioridade demais à família. PeterDybvad, pastor e professor, observou que“no passado a igreja, de modo geral,consumia todo o tempo do pastor, e afamília dele ficava com o restinho queporventura sobrasse. Nos últimos cinco oudez anos, passamos de ‘oito pra oitenta’.Em muitos casos, quem fica com o restinhoé a igreja”.

O dr. Dybvad advertiu também sobreuma tendência preocupante entre osalunos da faculdade evangélica ondeleciona: “Alguns estudantes me explicaramque quando forem pastores, não dedicarãomais de 35 horas semanais ao ministério,pois a família vem em primeiro lugar. Vejoproblemas à frente. Temos de nosperguntar: ‘Entreguei-me de corpo e alma aJesus? Entreguei-me de corpo e alma aoministério, ou o pastorado vai ser apenasum bico?’”

Como resolver o problema?Não há solução fácil para resolver o

desequilíbrio entre pastorado e família. Nãodá para simplesmente admitir o problema,confessar o fracasso e “deixar como estápara ver como fica”.

Continuação na próxima página

O AMIGÃO do PastorAGO/08 Página 9

Em cada banco da igreja existe um cora-ção partido. Pregue para os que sofrem, enunca lhe faltarão ouvintes.

(Joseph Parker)

“equilíbrio” (da página 8)

Não podemos vacilar jamais, pois odiabo vai atacar através de qualquer frestaque encontrar. O inimigo mais perigoso éaquele que não vemos; então, o primeiropasso para evitar ou remediar o problema éreconhecer que precisamos lidar com ele.

Os pastores têm consciência de queservir a dois senhores—família e igreja—éuma batalha constante.

“Descobri que problemas, trabalho,pessoas, orçamentos e reuniões estarãosempre a meu redor”, declarou Easley. “Sãotarefas infindáveis. Participo de umamaratona, e não de uma corrida de cemmetros, e vou prosseguir nela pelo tempoque for necessário”, completou Easley.

Às vezes é preciso um acontecimentodramático para que nos lembremos daimportância da família.

Certo pastor foi hospitalizado comgripe, pneumonia e infecção bacterianasecundária. Seus filhos estavam com cincoe sete anos de idade. O pastor foi colocadono respirador artificial; os médicossentenciaram que ele não sobreviveria, masele sobreviveu. “A enfermidade mudou meujeito de encarar a vida e a importância queeu dava à família. Descobri que o mundonão iria parar depois que eu morresse.Então decidi dedicar mais tempo à minhafamília”.

Não precisamos de um lembrete tãosério para descobrir o valor das horaspassadas com nossa família.

Apresento alguns passos simples—mas não necessariamente fáceis—paraequilibrar pastorado e família.

Participar da maratona pelo períodoque for necessário significa fazer umadecisão consciente de gerenciar o tempo.“Os pastores cometem o erro de achar quesó precisam re-equilibrar suas vida umaúnica vez, e não continuamente”, afirmouHess. Não basta alcançar o equilíbrio; épreciso mantê-lo.

Talvez o aspecto mais difícil dogerenciamento do tempo é aprender a dizer“não”. O pastor Easley explicou quecolocou no papel seu alvo de dizer “não”mais vezes e com mais cortesia. O pastorPage afirmou que tem melhorado nessaárea, com o passar do tempo: “Quandomeus filhos eram pequenos, eu disse “não”menos vezes do que deveria. À medida quefui envelhecendo—e ficando mais sábio,espero—aprendi a não lotar meucalendário, e a ser mais gentil ao dizer“não”, protegendo, assim, a mim mesmo eao meu casamento.

Os pastores têm de manter a

perspectiva e reorganizar as prioridades deacordo com as circunstâncias. O pastorDybvad observou: “As perguntas quetenho de me fazer todos os dias, ao acordar,são: ‘Amo a Cristo mais do que a qualqueroutra coisa? Como posso edificar seuReino?’. Num dia, a família precisa mais demim; noutro dia, é a vez da igreja, noentanto, Cristo é minha paixão absoluta. Euo amo mais do que a qualquer pessoa oucoisa”.

Prestar contas a alguém é crucial. “Emminha experiência, os pastores que falhamno ministério—seja no aspecto moral, nocasamento, com os filhos ou com elesmesmos—sofrem de uma fraqueza emparticular: eles não têm amigos íntimos comquem conversar e que lhes falem a verdadede peito aberto”, diz Easley.

Ser criativo com o uso do tempo éextremamente frutífero no estabelecimento emanutenção do equilíbrio. O pastor Easleye a esposa almoçam fora todas as quartas-feiras. O pastor Waldrop vai ver os filhosna escola ou leva-os a uma lanchonete comregularidade. Passar tempo a sós com cadaum dos filhos é imensurável em fazer acriança entender o quanto ela é amada eimportante.

Às vezes, quando um pastoradocomeça a custar um preço alto demais àfamília, o melhor mesmo é afastar-se dele. Asegunda filha do pastor Page lhe disse que,na adolescência, ela se sentiu abandonadapor ele. Mais tarde, quando Page se viurepetindo o comportamento e ficando muitotempo longe de casa, ele foi para outroministério que lhe permitia ficar mais tempocom o filho. Algumas vezes, a situação dafamília exige que o pastor deixe o ministériototalmente.

Manter o equilíbrio requercomunicação com a igreja e com a família.Waldrop explica: “Às vezes, a igreja precisade mais tempo, e a família paga o preço.Outras vezes, a família precisa de maisatenção, às custas da igreja”. A chave,segundo Waldrop, é explicar a situação àfamília ou à igreja. O pastor Hultenconcorda: “Tenho usado 1Timóteo 3.4-5 eexplicado (aos líderes da igreja) que seminha família não estiver bem, não possodesempenhar minha função de pastor. Eupreciso de tempo para manter minha famíliasaudável”.

Acima de tudo, não perca aesperança. À medida que os pastores vãoentendendo a necessidade de equilíbrio, éinevitável que o equilíbrio se fortaleça.Juntado sua voz às de Easley e Dybvad,Page acrescentou: “Fico animado ao vertantos pastores jovens mais bem sucedidos

em manter equilíbrio entre família eministério do que eu fui, quando tinha aidade deles”.

Oremos com todo fervor para que cadafilho de pastor veja sua infância na igrejacomo uma bênção, exatamente como euvejo.

(Eric Litke, cresceu no estadoamericano de Wisconsin, onde seu paié pastor há mais de vinte anos. Quando

escreveu este artigo, Eric estavaterminando o curso de Jornalismo numa

faculdade evangélica na cidade deMinneapolis. - Pulpit Helps)

Alguém tem de ser supremo em nossasvidas. Se não for Jesus Cristo, será outrapessoa muito inferior a ele.

Dá para conciliar estas afirmações: “Soucrente, mas não me interesso por missões”?

As portas do sucesso estão apoiadasnas dobradiças dos obstáculos.

Emoções não substituem ações.

Aqueles que tentam fazer alguma coisae falham são muito melhores que aquelesque não tentam fazer nada e são bemsucedidos.

É preciso coragem para levantar e falar;às vezes, também é preciso coragem parasentar e ouvir.

(Pulpit Helps)

Diplomata é alguém que pensa duasvezes antes de não dizer nada.

O AMIGÃO do PastorPágina 10 AGO/08

A MORTE DA IGREJA

Um pastor muito dedicado, cujo coraçãoera cheio de zelo missionário, avisou queno culto da noite a igreja recolheria umaoferta para missões, e encorajou o liberalis-mo financeiro dos irmãos.

Um membro da igreja, homem rico, masegoísta, foi conversar com o pastor: “O se-nhor vai acabar com essa igreja se continu-ar pedindo, pedindo e pedindo! Nenhumaigreja agüenta isso. O senhor vai matar aigreja!”

Depois da mensagem, o pastor dirigiu-se à congregação:

“O irmão João me avisou que vou matara igreja se continuar pedindo ofertas. Meusirmãos, nenhuma igreja morre disso. Se al-guém souber de uma igreja que morreu por-que ofertou muito ao Senhor, ficarei agrade-cido se me disserem onde fica, pois querovisitá-la. Irei escalar as paredes daqueletemplo, à luz da lua, e exclamar: ‘Benditossão os que morrem no Senhor’”.

(Sword of the Lord)

QUALIDADESNECESSÁRIAS

AOS PAISJohn Lineberry

O Dia dos Pais é uma das maisimportantes ocasiões do ano. As famílias sereúnem em doce comunhão parahomenagear seus pais.

A história demonstra de modo claro queos pais influenciam grandemente seusfilhos, seja para o bem ou para o mal. Ospais são heróis de sua prole. As criançasenchem a boca quando dizem “meu pai”!

Um pai caminhava sobre a neve fresca,enquanto se dirigia ao bar. De repente ohomem percebeu que estava sendoseguido pelo filho pequeno. O meninoexplicou: “Papai, estou caminhando nassuas pegadas”.

O coração do pai foi atingido peloarrependimento, e ele voltou para junto dafamília.

Deus concedeu pais às famílias paraque ajudassem a instruir as crianças noscaminhos do Senhor. Os pais têm oprivilégio de ensinar a seus filhos asgrandes verdades da Palavra de Deus (Dt6.6-7).

Pai SalvoAo nos concentrarmos nas qualidades

de um pai cristão, certamente a primeiraexigência é que ele seja salvo. O carcereirode Filipos, um pai, creu no evangelho deCristo para a salvação de seus pecados (At16.30-33). A fé do carcereiro brilhouintensamente, de todo o coração, iluminadapelo esplendor do Espírito Santo.

Foi uma experiência magnífica a quePaulo e Silas tiveram ao testemunhar opoder transformador da Palavra nasalvação do carcereiro. Esse poder atingiutodas as pessoas de sua família, e elastambém aceitaram a mensagem doevangelho.

Um pai salvo entende que as riquezasdeste mundo irão desaparecer, e ensinamaos filhos o único caminho que leva à vidaeterna em Cristo, e este é o melhor presentede todos. As riquezas da redenção irãodurar para sempre (Ef 2.7).

Pai PacienteA paciência é uma qualidade

fundamental do pai crente. A vida deAbraão ilustra bem essa verdade. O termoPACIÊNCIA traz em si a idéia de PERMANECERCALMO, SERENO E TRANQÜILO SOB PRESSÕES.

Abraão estava com setenta e cincoanos quando Deus lhe prometeu um filho.

O tempo passava, e Abraão continuavaesperando pacientemente que Deuscumprisse a promessa.

A paciência do patriarca fortaleceu suafé em Deus.

O pai que instila em seus filhos ostraços da paciência em aguardar no Senhor,é espiritualmente muito rico.

Pai que ConfiaConfiança é outra característica do pai

crente. Jó é um exemplo de alguém queconfiou em Deus em meio a um sofrimentoprofundo. Nada é mais eficaz em polir odiamante da confiança que o sofrimento.

Satanás havia erroneamente acusado Jóde honrar a Deus por causa dos benefíciosque recebia. Uma grande disputa foiestabelecida entre Deus e Satanás arespeito das intenções do servo do Senhor.

Jó perdeu filhos, empregados, saúde,riquezas e bens. Os dias negros dadepressão e sofrimentos desceram sobre Jócom o peso de uma montanha. Suas noitesse tornaram mais longas por causa dastribulações. Seus dias eram agonizantes porcausa das úlceras que tomaram conta deseu corpo. Porém, com toda a confiança, Jóentregou sua causa ao Senhor.

A confiança de Jó em Deus ajudou-o adiscernir uma verdade: o Senhor, em suainfinita sabedoria, jamais cometeria umaasneira. O amor transbordante de Deus oimpediria de fazer qualquer coisa ruim oucruel a seu povo.

Jó, em toda confiança, se entregou àperfeita vontade de Deus, e disse: “Aindaque ele me mate, nele esperarei” (Jó 13.15).Ele entregou tudo ao Senhor, afirmando:“Mas ele sabe o meu caminho; se ele meprovasse, sairia eu como o ouro” (Jó23:10).

Deus honrou sua confiança e devolveu-lhe tudo em dobro (42.10).

Embora os filhos de Jó não tenhamvivido para testemunhar o grande exemplodo pai, a história dele está cuidadosamentedocumentada na Bíblia para nós aconhecermos e segui-la. Confiar em Deusna adversidade é um legado que o pai podedeixar a seus filhos.

Pai CorajosoA coragem é uma virtude da mente e do

coração que capacita a pessoa a encarar osperigos e dificuldades com firmeza deespírito e de compromisso.

Josué foi um estrategista militarcorajoso que liderou Israel na conquista deCanaã.

Deus tornou Josué aceitável diante do

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Quatro coisas nunca retornam: a palavrafalada, a flecha ligeira, a vida passada e aoportunidade negligenciada.

(Sword of the Lord)

O AMIGÃO do PastorAGO/08 Página 11

NÚMERO ERRADO.SERÁ?

Spugeon explicou: “Para realizar sua ta-refa de testemunha de Cristo, mire-se noexemplo dele. Cristo vivia testemunhando:no poço de Samaria, no templo em Jerusa-lém, no tanque de Genesaré, no cume domonte”.

A verdade é que todo cristão foi salvopra testemunhar! No entretanto, muitos quedeveriam testemunhar diariamente não têmuma palavra a dizer em favor do Salvador eSenhor. Por quê? Provavelmente porque opoder lhes foi sugado pelo mundanismo. Seprosseguirem sem o Espírito e sem amor,irão se tornar meros “címbalos quesoam”—infrutíferos e ineficazes.

Muitos usam a desculpa da “falta deoportunidade”, mas se a pessoa realmenteama a Deus, as oportunidades são“fabricadas”.

Lembro-me de uma querida irmã de nos-sa igreja que estava confinada em casa porcausa de uma doença, mas que orava cons-tantemente por mais oportunidades de ser-vir. Logo o telefone tocou. Alguém haviadiscado o número dela por engano, porém airmã aproveitou a chance e respondeu:“Não, meu amigo, na verdade eu estavaorando para que alguém entrasse em conta-to comigo hoje para que eu pudesse teste-munhar do meu maravilhoso Salvador”.

A irmã deu um testemunho comovedore, no final da conversa, o não-crente estavaprofundamente comovido.

Dali em diante, ela orava fervorosamen-te para que muitas outras pessoas discas-sem o número dela por engano, e Deus res-pondeu suas petições.

Várias vezes o telefone tocou e a irmãdava seu bom testemunho.

A história se espalhou a respeito desseministério e, em pouco tempo, a irmã estavaaconselhando muita gente, orando por ou-tros e levando almas a Cristo por meio dotelefone.

Você quer mesmo ser um ganhador dealmas? Ore sobre o assunto, e Deus prove-rá a oportunidade, mesmo que seja pelo nú-mero errado!

(H. G. Bosh - Sword of the Lord)

“qualidades… pais” (da página 10)povo (Js. 3.7). Nenhum líder será bemsucedido se não tiver a cooperação, apoio elealdade de seus liderados. Nenhum líderdará o melhor de si se for alvo perene decríticas negativas.

A coragem de Josué foi recompensada eaumentada com a promessa de que Deusestaria com ele e Israel em todas as suasnecessidades e circunstâncias.

No poder e provisão de Deus, Josuétriunfou sobre as nações inimigas queocupavam a terra.

Josué exemplificou um líder de coragemextraordinária. Ele tinha certeza de queDeus, presente entre eles, os libertaria doinimigo e do medo do inimigo. “Não tomandei eu? Sê forte e corajoso; não temas,nem te espantes, porque o SENHOR, teuDeus, é contigo por onde quer queandares” (Js 1:9).

A coragem de Josué iluminou a naçãode Israel nos dias negros da batalha. Essacoragem foi uma elevação espiritual para opovo. Ela capacitou Josué a acreditar queDeus lhe daria a vitória sobre Canaã, comohavia prometido a seus antepassados (Gn50.24).

A coragem de Josué o motivou aassumir um compromisso público ehistórico num momento de enorme crisenacional. Os israelitas estavam a ponto deabandonar o único e verdadeiro Deus paraadorar deuses pagãos. Como umagangrena, a corrupção moral cercava opovo. O medo, como uma doençaparalisante, também era uma ameaça.

Em grande demonstração de coragem,Josué assumiu o compromisso, juntamentecom sua família, de servir ao Senhor parasempre, sem se importar com os custo e asperdas. Suas palavras ecoam peloscorredores do tempo como umsustentáculo aos pais de todas as geraçõespara que sejam corajosos em suas decisõese tenham firmeza de propósitos. Josuéencerrou assim seu maravilhosocompromisso com Deus: “Eu e a minhacasa serviremos ao SENHOR” (Josué24:15).

Que este Dia dos Pais seja muitoespecial em sua família. Que todos os paissejam incentivados a guiar seus filhos a secomprometerem corajosamente com Deus ea jamais vacilarem nesses dias maléficos ede tolerância excessiva.

(Sword of the Lord)

POR QUE FALTAREAVIVAMENTO?

K. P. Yohannan

Deus prometeu um filho a Abraão eSara. No entanto, o tempo passava e nadade criança. Quando a fertilidade já não maisexistia para os dois, passaram a duvidar deque Deus conseguiria cumprir o prometido.Abraão e Sara agonizaram e questionaramdurante meses, e finalmente decidiram daruma mãozinha a Deus.

Como resultado de seu arrazoadocarnal, fizeram o que muitos de nós fazemoshoje quando a fé entra em crise: “bolaram”um plano. A serva de Sara, Hagar, foi usadacomo barriga de aluguel. A criança queAbraão teve com Hagar recebeu o nome deIsmael.

Embora não gostemos de admitir, omesmo acontece hoje em reuniões denegócios, obra missionária, apelosfinanceiros feitos do púlpito e comunicadosem geral de nossas igrejas. Nãoconseguimos esperar em Deus, e entãofazemos as coisas de nosso jeito. E, comoAbraão, pedimos que Deus abençoenossos esforços.

Ismael nasceu quando Abraão estavacom oitenta e seis anos. Em Gênesis 17.1Abraão está com noventa e nove anos e,muito provavelmente, incapaz de gerarfilhos. Chegou a hora de Deus agir. Nãohavia nada—absolutamente nada—emAbraão que o permitisse gerar um filho. ABíblia esclarece que Sara estava comnoventa anos e, portanto, muito além deseu período fértil. O nascimento de Isaqueseria um milagre, para que o mundosoubesse que sua nação era resultado dagraça, um povo criado pela graça emisericórdia de Deus.

Nós, povo de Deus da época presente,temos de abandonar nossos “ismaéis” ecircuncidar nossos corações. Sódeixaremos de produzir “ismaéis” quandopassarmos a depender de Deus. Comotemos coragem de nos socorrer nosconhecimentos do mundo como se Deusnão tivesse capacidade de realizar suaprópria obra? Não tenho dúvida nenhumade que estamos sendo enganados pelospoderes das trevas. Já faz tempo quedeixamos de ter fé em Deus e passamos aconfiar nos métodos de gerenciamento,marketing e conhecimentos da sociedademoderna. Dá para entender por que oramostão pouco hoje. Dá para entender por quenão passamos noites em oração esperandoque Deus nos revele seu plano. Não é de

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O AMIGÃO do PastorPágina 12 AGO/08

O AMIGÃO do PastorCaixa Postal, 7437270-000 Campo Belo - MG

IMPRESSOS

“por que falta?” (da página 11)estranhar que o poder, autoridade e glóriade Deus tenham desaparecido de nossasigrejas e campos missionários. Não é deespantar que caiamos na armadilha de todae qualquer novidade, filosofia epseudoteologia que nos é apresentada. Adependência em nós mesmos estáproduzindo uma nova geração de“ismaéis”!

(Watchword)

DO QUE VOCÊ NUNCA SEARREPENDERÁ

De falar a verdade.De viver em pureza de vida.De sua fé em Cristo.De reconhecer seus pecados.De fazer o melhor que puder.De pensar antes de julgar.De perdoar os inimigos.De ajudar um irmão caído.De ser leal à igreja.De defender seus princípios.De ser educado e gentil.De ofertar dinheiro à causa de Deus.De ser honesto nos negócios.

(2.000 plus Bible Illustrations)

VOCÊ PASSARIA NOSTESTES?

Teste do TEMPO. Você é crente veleiro,que progride em Cristo apenas se osventos estiverem favoráveis e as coisasocorrerem de acordo com sua vontade? Ouvocê é um rebocador, sulcando para frentede acordo com a Palavra de Deus, mesmoque a tempestade o assoleimpiedosamente? Apocalipse 2.10.

Teste da PREOCUPAÇÃO. Quem confianão se preocupa. Se vive preocupado,então não está confiando como deveria.Você não descobriu ainda que “Ele mantémem perfeita paz aquele cujos pensamentos

descansam nele” pois ele confia em DeusMateus 6.28; Lucas 12.27.

Teste do MUNDANISMO. Você pensaigual ao mundo, segue o mundo, comporta-se como o mundo? Sua vida é umtestemunho de que seus sentimentos eafeições estão nas coisas do alto e não nasda terra? Romanos 12.1.

Teste da CARTEIRA. No ano passado,quanto de sua renda financeira foi oferecidaà obra de Deus? Pelo menos se igualou aodízimo que os judeus entregavam antes quea graça de Deus fosse revelada em Cristo?Levítico 27.30; Neemias 12.44.

Teste do TRABALHO. Quanto de suaenergia é gasta na obra de Deus? É umaporção igual à que você gasta diariamenteganhando o pão material? João 9.4.

Teste da CONQUISTA DE ALMAS. Suavida e conversas apresentam Cristo demaneira atraente àqueles que não Oconhecem como Salvador e Senhor?Mateus 12.30; Romanos 15.5-6.

(2.000 plus Bible Illustrations)

REFLEXO DE SI MESMO

A vida cristã é bem interessante.Constantemente presenciamos um líder seposicionar frente aos seus liderados ecomumente dizer que as pessoas estãodesmotivadas, tristes e cabisbaixas. Mas...será que não é um reflexo dele mesmo? Nodia em que acordamos tristes, enxergamostudo triste. Ao acordarmos felizes, vemostudo de forma feliz. No dia em que estamosmal humorados, enxergamos apenaspessoas carrancudas. Para uma pessoatriste, o sorriso na face de outros não passade mera hipocrisia. Para uma pessoa feliz,sorriso estampado no rosto de outrem émotivação de viver. Para melhorentendermos está realidade, vamos trazer amemória uma crônica japonesa: “Temposatrás em um distante e pequeno vilarejo,havia um lugar conhecido como a casa dos1000 espelhos. Um pequeno e felizcãozinho soube deste lugar e decidiu

visitar. Lá chegando, saltitou feliz escadaacima até a entrada da casa. Olhou atravésda porta de entrada com suas orelhas bemlevantadas e a cauda balançando tãorapidamente quanto a dele. Abriu umenorme sorriso, e foi correspondido com1000 enormes sorrisos. Quando saiu dacasa, pensou: “que lugar maravilhoso”!Voltarei sempre, um montão de vezes. Nestemesmo vilarejo, um outro pequenocãozinho, que não era tão feliz quanto oprimeiro, decidiu visitar a casa. Escaloulentamente as escadas e olhou através daporta. Quando viu 1000 olhares hostis decães que o olhavam fixamente, rosnou emostrando os dentes, ficou horrorizado aover 1000 cães rosnando e mostrando osdentes para ele. Quando saiu, ele pensou:“Que lugar horrível, nunca mais voltoaqui”. Que tipo de reflexos você vê nosrostos das pessoas que você encontra?Todos os rostos do mundo são espelhos. Éapenas um reflexo de si mesmo!(Pr. Rinaldo Bezerra da I.B.Regular da

fé em Mossoró)

Perguntei: “Por que alguém não fazalguma coisa?” Percebi então que eu eraalguém!