O Alcorão Diz Que Alá Deu a Terra de Israel e Jerusalém Aos Judeus

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 O Alcorão diz que Alá deu a Terra de Israel e Jerusal ém aos judeus Por: Abdul Hadi Palazzi  O Alcorão diz: "Para Moisés.... [Alá] deu nove sinais claros. Pergunte aos israelitas como ele [Moisés] primeiro apareceu entre eles. O Faraó disse a ele: 'Moisés, eu posso ver que voc ê está enfeitiçado'. 'Você sabe perfeitamente', ele [Moisés] respondeu, 'que ninguém além do D-us dos céus e da terra revelou estes sinais visíveis. Faraó, você está condenado'". " O Faraó procurou assustar [os israelitas] fora da terra [de Israel]: mas [Alá] o submergiu [o Faraó] junto com todos os que estavam com ele. Ent ão [Alá] disse aos israelitas: 'Habitem nesta terra [a Terra de Israel]. Quando a promessa também é para o futuro [Fim dos Dias] e vier a ser cumprida, [Alá] os reunirão [os israelitas] todos juntos [na Terra de Israel]." " [Alá] revelou o Alcorão com a verdade e com a verdade ele permanece. N ós o enviamos [Maomé] adiante só para proclamar boas novas e fazer advertências". [Alcorão, "Viagem Noturna", capítulo 17:100-104] Comentários do Sheik professor Palazzi:  O Senhor quis dar a Abraão uma bênção dupla, por Ismael e por Isaac, e ordenou aos descendentes de Ismael que deveriam habitar no deserto de Arábia e aos de Isaac em Canaã.  O Alcorão reconhece a Terra de Israel como a heran ça dos judeus e explica que, antes do Último Julgamento, os judeus retornar ão para residir lá. Esta profecia está se cumprindo. Os muçulmanos precisam reconhecer o Estado de Israel como um Estado judeu. Existe alguma razão fundamental que proíba os muçulmanos de reconhecer Israel como um Estado amistoso? Creio que uma resposta negativa para essa pergunta é aceita como verdadeira pela opinião popular. Minha colocação, entretanto, não é baseada na opinião popular ou na posição política atual, mas numa análise teológica de fontes islâmicas autênticas. Ver o retorno judaico a Israel como uma invas ão do Ocidente e sionistas como modernos colonizadores é novidade. Isso não tem nenhuma base na autêntica fé islâmica. De acordo com o Alcorão, nenhuma pessoa, povo ou comunidade religiosa pode reivindicar o direito permanente de posse sobre qualquer território. A Terra pertence exclusivamente a D-us, e Ele é livre para confiar soberania sobre a terra para quem Ele deseje por em qualquer período de tempo que Ele escolha. " Diga: 'O D-us, Rei do reino (1), Tu deste o reino para quem Tu favoreces, e Tu despojastes o reino àquele a que Tu favoreces; Tu prov ês com honra a quem Tu favoreces, e Tu trouxeste o humilde a quem Tu favoreces: O melhor de tudo está em Vossa mão. Verdadeiramente, Tu tens o poder sobre todas as coisas'".

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O Sagrado livro do Islã apresenta a propriedade da terra de Israel sendo legitimamente do povo judeu conforme instrução de Alah.

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O Alcorão diz que Alá deu a Terra de Israel e Jerusalém aos judeus

Por: Abdul Hadi Palazzi

 

O Alcorão diz: "Para Moisés.... [Alá] deu nove sinais claros. Pergunte aosisraelitas como ele [Moisés] primeiro apareceu entre eles. O Faraó disse a

ele: 'Moisés, eu posso ver que você está enfeitiçado'. 'Você sabeperfeitamente', ele [Moisés] respondeu, 'que ninguém além do D-us dos céuse da terra revelou estes sinais visíveis. Faraó, você está condenado'".

" O Faraó procurou assustar [os israelitas] fora da terra [de Israel]: mas[Alá] o submergiu [o Faraó] junto com todos os que estavam com ele. Então[Alá] disse aos israelitas: 'Habitem nesta terra [a Terra de Israel].Quando a promessa também é para o futuro [Fim dos Dias] e vier a sercumprida, [Alá] os reunirão [os israelitas] todos juntos [na Terra deIsrael]."

" [Alá] revelou o Alcorão com a verdade e com a verdade ele permanece. Nós

o enviamos [Maomé] adiante só para proclamar boas novas e fazeradvertências".

[Alcorão, "Viagem Noturna", capítulo 17:100-104]

Comentários do Sheik professor Palazzi: 

O Senhor quis dar a Abraão uma bênção dupla, por Ismael e por Isaac, eordenou aos descendentes de Ismael que deveriam habitar no deserto de

Arábia e aos de Isaac em Canaã. 

O Alcorão reconhece a Terra de Israel como a herança dos judeus e explicaque, antes do Último Julgamento, os judeus retornarão para residir lá.Esta profecia está se cumprindo.

Os muçulmanos precisam reconhecer o Estado de Israel como um Estado judeu.

Existe alguma razão fundamental que proíba os muçulmanos de reconhecerIsrael como um Estado amistoso?

Creio que uma resposta negativa para essa pergunta é aceita comoverdadeira pela opinião popular. Minha colocação, entretanto, não é baseada na opinião popular ou na posição política atual, mas numa análiseteológica de fontes islâmicas autênticas.

Ver o retorno judaico a Israel como uma invasão do Ocidente e sionistascomo modernos colonizadores é novidade. Isso não tem nenhuma base naautêntica fé islâmica. De acordo com o Alcorão, nenhuma pessoa, povo oucomunidade religiosa pode reivindicar o direito permanente de posse sobre

qualquer território. A Terra pertence exclusivamente a D-us, e Ele é livrepara confiar soberania sobre a terra para quem Ele deseje por em qualquer

período de tempo que Ele escolha.

" Diga: 'O D-us, Rei do reino (1), Tu deste o reino para quem Tu

favoreces, e Tu despojastes o reino àquele a que Tu favoreces; Tu provêscom honra a quem Tu favoreces, e Tu trouxeste o humilde a quem Tu

favoreces: O melhor de tudo está em Vossa mão. Verdadeiramente, Tu tens o

poder sobre todas as coisas'".

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(2) [Alcorão 3:26]Do verso corânico acima deduzimos um princípio básico da filosofiamonoteística da história: D-us decide como Ele deseja no relacionamentoentre povos e nações. Às vezes Ele dá uma terra a um povo, e às vezes Eleretoma Sua posse e a dá a outro povo.

 Em geral, podemos afirmar que Ele entrega como uma recompensa pela

fidelidade e a toma de volta como um castigo pela maldade, mas esta regra

não nos permite dizer que os caminhos de D-us sempre sejam simples eclaros aos nossos olhos, visto que os Seus segredos são inacessíveis aointelecto humano.

 

Usar o Islã como uma base para impedir que os árabes reconheçam osdireitos de soberania dos judeus sobre a Terra de Israel é novidade. Nãosão encontradas tais convicções nas fontes islâmicas clássicas.Concluindo, o anti-sionismo como consequência lógica da fé islâmica é umerro. Esta conclusão representa a falsa transformação do Islã de uma

religião para uma ideologia secularizada. 

Essa falsa transformação do Islã foi feita, na realidade, pelo últimomufti de Jerusalém, Haj Amin el-Husseini. Ele foi a pessoa maisresponsável, moral e materialmente, pelas repetidas derrotas árabes no seuconflito com os judeus de Israel.

 

Husseini não só incitou os árabes contra os judeus. Ele também encorajou atortura e o assassinato de todos os árabes que corretamente haviamentendido que a cooperação árabe para com os judeus era uma preciosaoportunidade para o desenvolvimento da Terra de Israel. Husseini terminou

sua vida infeliz colocando seus pervertidos ensinamentos religiosos a

serviço dos maléficos e pagãos nazistas. 

Depois de Husseini veio Gamal al-Din 'Abd al-Nasser. Nasser estruturou sua

política no Pan-Arabismo, ódio e desprezo pelos judeus, e uma aliança coma atéia União Soviética. As terríveis escolhas de Nasser foram fatorescríticos para manter o atraso árabe. Felizmente, a maioria dos erros deNasser foi corrigida posteriormente pelo mártir Anwar Sadat.

(3)

Após a queda do nasserismo, movimentos fundamentalistas islâmicos fizeramdo anti-sionismo o principal produto da sua propaganda, Eles estabeleceram

a negativa de qualquer direito dos judeus à Terra de Israel como está enraizado no autêntico Islã e derivado dos princípios religiosos islâmicos

autênticos.

A Terra de Israel na exegese do Alcorão

O programa muçulmano fundamentalista para usar o Islã como um instrumentopolítico de guerra contra os judeus encontra seu principal obstáculo nopróprio Alcorão. A Torah a (Biblia) e o Alcorão declaram de forma bemclara que o direito dos israelitas à Terra de Israel não depende deconquistas e colonização. Este direito flui do testamento de D-usOnipotente.

Ambas as escrituras, a judaica e a islâmica ensinam que D-us, através de

Seu servo escolhido Moisés, decidiu livrar a descendência de Jacob daescravidão no Egito e os constituir como herdeiros da Terra Prometida.

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Aqueles que reivindicam que a soberania judaica sobre a Terra de Israel é algo novo e baseados em políticas humanas negam a revelação divina eprofecia divina como explicitamente está expresso em nossos LivrosSagrados (a Torah (Bíblia) e Alcorão).O Alcorão relata as palavras pelas quais Moisés ordenou que os israelitasconquistassem a Terra:

 " E [lembre-se] quando Moisés disse ao seu povo: 'O meu povo, mantenha namemória a graça de D-us para convosco, quando ele criou os profetas entrevós, fez-lhe os reis, e deu a você o que Ele não tinha dado a qualqueroutro entre os povos. O meu povo, entre na Terra Santa que D-us designou

para você, e não retroceda de maneira desonrosa, para que então você nãoseja destruído, por sua própria ruína'". [Alcorão 5:20-21]

Além disso — e aqueles que tentam sempre usar o Islã como uma arma contraIsrael ignoram por conveniência este ponto — o Alcorão Santo refere-seexplicitamente ao retorno dos judeus à Terra de Israel antes do ÚltimoJulgamento — onde diz: "E depois disso Nós [Alá] dissemos aos Filhos de

Israel: 'Habite com segurança na Terra Prometida. E quando a últimaadvertência vier para passar, nós iremos reuni-lo junto a uma multidãounificada'". [Alcorão 17:104]

Dessa forma, do ponto de vista islâmico, não há nenhuma razão fundamentalque proíba os muçulmanos de reconhecerem Israel como um Estado amigo.

O Islã e normalização de relações entre estados islâmicos e o Estadojudeu

Documentos da OLP (Organização da Libertação da Palestina) não podem serconsiderados islâmicos de forma alguma. Os líderes da OLP são um bando decriminosos e ladrões, e os árabes serão as maiores vítimas de qualquersuposto "Estado palestino" sob a liderança deles.

Não acredito que o Islã seja fator de impedimento para a normalizaçãoentre os árabes e o Estado de Israel. O problema real é que os membros dasclasses dirigentes dos países árabes acreditam que sua autoridade e poderseriam ameaçados pela democracia, pela modernização e pela educação nomundo árabe. Eles usam uma interpretação distorcida do Islã como umaferramenta política, e infelizmente a maioria dos árabes sem cultura e naignorância acreditam na sua propaganda venenosa. 

Creio que nós temos que retornar ao tempo em que o Islã esteve navanguarda do progresso científico e no diálogo entre as crenças. Ao invés

de falsos "líderes" como Kadhafi, Saddam Hussein, Arafat [el-Husseini] ouYassin, nós os muçulmanos, precisamos novamente de verdadeiros líderescomo al-Ghazali, Ibn Rushd e Ibn Khaldum.

 

O rei Fayssal do Iraque disse: "Os árabes, e particularmente os educadosentre eles, têm que olhar para o movimento Sionista com profundasimpatia".

Tragicamente, verdadeiros líderes tais como Fayssal foram silenciados, efanáticos como Haj Amin al-Husseini prevaleceram.

As más conseqüências da vitória do fanatismo são claras para que todos

vejam: judeus expulsos de países árabes onde viveram em paz durante maisde mil anos, refugiados "palestinos", terrorismo, etc. Para evitar futuros

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erros nós temos que aprender com o nosso próprio passado.

Infelizmente, existem árabes que acreditam que eles têm que lutar contraIsrael até que o destruam completamente (uma tragédia que eu não acreditoque em tempo algum D-us de Israel permitirá que aconteça — Nuncanovamente!).

Infelizmente, também há israelenses ingênuos e tolos que acreditam,inacreditavelmente para mim, que eles alcançarão a "paz" com seus vizinhosárabes, dando ao assassino "Arafat" [el-Husseini] um Estado, um exército,etc. Isto é insano. Vocês judeus são supostamente famosos por suainteligência. Como podem alguns de seus "líderes" serem tão bobos?

Pela perspectiva do mundo natural, não sou otimista sobre o que o futuroguarda. Porém, da perspectiva sobrenatural de fé, nós que acreditamos emD-us temos que enfrentar o futuro com uma atitude positiva.

Temos que ter fé que nós veremos o dia quando a paz real e a prosperidade

 — que só pode estar baseada na verdadeira fé em D-us e na Palavra Dele (aTorah e Tradição rabínica para vocês; a Bíblia,dos Cristãos o Alcorão e aautêntica tradição islâmica para nós) — se esparramarão através do mundo.Enquanto isso, temos que trabalhar juntos para preparar um futuro melhor.

Os muçulmanos devem reconhecer a soberania judaica sobre JerusalémDo ponto de vista islâmico, há alguma razão fundamental que proíba osmuçulmanos de reconhecer Jerusalém como um Lugar Santo islâmico e como aCapital do Estado de Israel?

Percebo que uma resposta negativa para a questão acima seja admitida comocerta pela opinião popular. Minha colocação, porém, não está baseado naopinião popular ou na situação política atual, mas numa análise teológicade fontes islâmicas autênticas.

Jerusalém no Alcorão 

O argumento mais comum contra o reconhecimento muçulmano da soberaniaisraelense sobre Jerusalém é que, desde que al-Quds [Jerusalém] (4) é umLugar Santo para muçulmanos, os muçulmanos não podem aceitar que sejagovernado por não-muçulmanos, porque tal aceitação equivaleria a umatraição do Islã.

Antes de expressar nosso ponto de vista nesta questão, temos que refletirna razão pela qual Jerusalém e a Masjid al-Aqsa [a mesquita de Al-Aksa]

ocupam tal posição sacra na fé islâmica. 

Como é bem conhecida, a inclusão de Jerusalém entre lugares santosislâmicos deriva da al-Mi'raj, a Ascensão do Profeta Maomé ao céu. AAscensão iniciou no Rochedo, normalmente identificada por sábiosmuçulmanos como a Pedra de Fundação do Templo judaico em Jerusalém,referindo-se a fontes judaicas.

Recordar esta ligação exige-nos que admitamos que não há nenhuma conexãoentre al-Miraj [a Ascensão] e os direitos soberanos muçulmanos sobreJerusalém uma vez que quando al-Miraj aconteceu, a Cidade não estava sobadministração islâmica, e sim bizantina. Além disso, o Alcorão reconhece

expressamente que Jerusalém representa para os judeus o mesmo que Mecapara os muçulmanos.

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Nós lemos:

" ...Eles não seguirão a direção da sua oração (qiblah), nem vossa artepara seguir sua direção da oração; nem realmente irão eles seguir um aooutro a direção da oração..."

(5)

Todos os comentaristas corânicos explicam esse "qiblah" de vossa [direçãoda oração para muçulmanos] é claramente a Ka'bah (Kaaba) de Meca, enquanto"sua qiblah" [a direção da oração para judeus] recorre ao Monte de Temploem Jerusalém.

Para citar só um dos comentaristas muçulmanos mais importantes, lemos no

Comentário de Qadn Baydawn:

" Verdadeiramente, em suas orações os judeus orientam-se para o Rochedo(sakhrah), enquanto os cristãos se orientam em direção ao Oriente..." (6) 

Em oposição completa ao que fundamentalistas "islâmicos" continuamentereivindicam, o Livro do Islã [o Alcorão] — como vimos agora mesmo —reconhece Jerusalém como a direção judaica da oração. 

Alguns comentaristas muçulmanos também citam o Livro de Daniel (7) comouma prova para isto.

Depois de repassar as relevantes passagens corânicas relativas a esteassunto, concluímos que, como ninguém pode negar aos muçulmanos asoberania completa sobre Meca, do ponto de vista islâmico — apesar dasreivindicações contrárias e infundadas - não há nenhuma razão para que osmuçulmanos neguem ao Estado de Israel - que é um Estado judeu — asoberania completa sobre Jerusalém.

Lugares Santos islâmicos 

Sentimentos antijudaicos expressos pelas lideranças islâmicas através doOriente Médio são, na realidade, de natureza não religiosa, mas,especialmente, política. A melhor prova disto está no fato de que oantijudaísmo islâmico é bastante recente.

 Omar terminou com a proibição romana que impedia os judeus de entrar emJerusalém, os califas de Ummayad em C órdoba construíram uma sinagoga paraMaimônides, e Salahu-d-Din (Saladino), depois de derrotar os cruzados,escreveu aos líderes judeus: "Seu exílio terminou. Quem queira voltar é bem-vindo".

Fayssal, o último rei do Iraque expressava abertamente suas simpatias pelomovimento sionista, enquanto o rei Abdullah, da Jordânia era compelido aempreender uma guerra contra Israel pelos outros líderes árabes.

Recentemente, o residente árabe ["palestino"] do Wakf (autoridade

religiosa para os lugares santos muçulmanos de Israel) fezpronunciamentos, tais como que o Muro Ocidental (Kotel) não é um santuário

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judeu, mas, particularmente, a parede pela qual o [corcel] do Profeta foi

amarrado, ou, na melhor das hipóteses, a parede que cerca a mesquitamuçulmana. O Wakf também declarou que todos de Hebron deveriam mudar paraa situação de árabes residentes da Autoridade ["Palestina"], e que osjudeus seriam proibidos de rezar na Caverna dos Patriarcas.

Essa espécie de declarações feitas pelos gângsters da OLP são ridículas eabsurdas.

O Kotel foi efetivamente, de acordo com a tradição islâmica, o lugar ondeal-Buraq [o corcel do Profeta] foi amarrado, mas já era uma parteexistente da estrutura do Templo. Os muçulmanos nunca rezaram perto dele,e nunca teve uma relevância especial para o Islã. Pelo contrário, todo omundo sabe como é importante para os judeus ortodoxos.

Com exceção de Meca, nenhum outro lugar santo islâmico está fora doslimites para não-muçulmanos. Fontes históricas dizem que o Profeta Maomé entreteve uma delegação de cristãos de Najran na Mesquita de Medina, e

lhes permitiu celebrar uma missa dentro da mesquita, não obstante o fatode que ritos cristãos podem incluir palavras que estão em desacordo com oIslã [como declarar que Jesus é D-us]. 

Não há nada no culto judaico que possa ser considerado em oposição aosmuçulmanos, e nada na lei islâmica impede aos judeus de rezarem em Haramal-Sharif / Har Habayyit (o Monte de Templo), na Caverna de Machpelá ou emqualquer outro lugar que é considerado santo pelos muçulmanos. 

Toda vez que eu encontro aqueles que dizem o contrário, eu lhes peço queidentifiquem uma única fonte islâmica autorizada como prova legal da suaafirmação. Nenhum deles alguma vez respondeu a esse meu pedido.

NOTAS:

1. A palavra original em árabe que traduzimos como "reino" é mulk, de umaraiz semita m-l-k que é comum ao árabe e o hebraico. De acordo com aterminologia teológica islâmica, os três sinônimos para "reino" são mulk,malakut e jabarut. Eles recorrem respectivamente aos níveis físicos,psíquicos e espirituais da existência. É claro que D-us pode ser chamado oRei de todos eles; se aqui só mulk é citado, isso decorre do fato de queeste verso está diretamente relacionado ao domínio terrestre. Parasimbolizar um reino no sentido secular e político, o árabe comumente usaoutro termo derivado da forma que é mamlakah.

2. Alcorão 3:26. Por razões tipográficas não é possível reproduzir aqui otexto em árabe original do Alcorão, que deve ser entendido não obstantecomo citado. Também aqui como em outros trechos corânicos, a traduçãoinglesa do significado das palavras corânicas do árabe é minha própria,mas baseado nos comentários ingleses mais autorizados, como o de M.Marmaduke Pickthall, "O Significado do Glorioso Alcorão" (Beirute, 1973),A. Yusuf 'Ali, "O Santo Alcorão - Texto, Tradução e Comentário" (Maryland,1983) e A.'A. Maududi, "O Santo Alcorão - Texto, Tradução e Notas Breves"(Lahore, 1986).

3. Ao usar o termo "mártir" eu não me refiro simplesmente àquele queperdeu sua vida por uma boa causa. Eu dou uma tradução precisa da palavra

"shahid" em árabe, que identifica um "mártir" no senso estritamentereligioso; quer dizer, alguém que perdeu sua vida servindo a causa de D-

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us. Uma vez que fazer a paz com ex-inimigos é uma ordem corânica explícita(veja no Alcorão 8:61), e levando em conta que, de acordo com Islã, Paz é o próprio D-us, qualquer crente que é morto por causa da sua procura pelaPaz deve ser entendido como um mártir religioso. As mesmas consideraçõesaplicam-se claramente a Yitzhak Rabin.

4.Nome árabe de Jerusalém, da raiz q-d-s, (do hebraico kadosh) quesignifica "santidade". É uma forma abreviada de Bayt al-Maqdis, "a CasaSantificada" ou "a Casa do Santuário", um exato equivalente do Beth[hebraico] ha-Mikdash. O nome originalmente se referia só ao Monte deTemplo, mas foi estendido posteriormente para a cidade como um todo. Esta

extensão do entendimento tornou-se comum entre os árabes do século 10e.C.em diante. Fontes islâmicas mais antigas usam o nome Iliyia, umaadaptação para a pronúncia árabe do nome romano Aelia [Capitolina]. 

5. Alcorão 2:145.

6. M. Shaykh Zadeh Hashiyaah 'ali Tafsir al-Qadn al-Baydawn (Istambul

1979), Vol. 1, pág. 456.

7. Daniel 6:10

* Abdul Hadi Palazzi é sheik, professor do Instituto de Pesquisas emEstudos Antropológicos, em Roma, e esteve nos Estados Unidos, comoprofessor convidado da Yale University, para realizar conferências sobreas possibilidades de trazer a democracia par o mundo árabe.

É conferencista no Departamento da História de Religião na Universidade deVelletri (Roma, Itália). Em 1987, assumiu a função de Imã (líderespiritual) da Comunidade islâmica italiana. Palazzi possui Ph.D emCiências islâmicas. Em 1989 foi designado membro do conselho da AssociaçãoMuçulmana Italiana (AMI) e depois seu secretário geral. Em 1991 assumiu adireção do Instituto Cultural da Comunidade islâmica italiana (ICCII), comum programa baseado no desenvolvimento de educação islâmica na Itália,refutação de fundamentalismo e fanatismo, e envolvimento fundo em diálogointerreligioso, especialmente com os judeus e cristãos.Em 1998, prof. Palazzi e dr. Asher Eder (Jerusalém, Israel) fundaram AAssociação Islã-Israel para promover uma ação muçulmana positiva emdireção aos judeus e a Israel, baseado na crença do Prof. Palazzi sobre osensinamentos autênticos de Maomé, como expressado no Alcorão e na Hadith(a Tradição Oral muçulmana). Palazzi é co-presidente muçulmano e o dr.Eder o co-presidente judeu da Associação.