Biblia de Jerusalém

2008
GÊNESIS I. As origens do mundo e da humanidade 1. A CRIAÇÃO E A QUEDA 1 Primeiro relato da criação 1 No princípio, Deus criou o céu e a terra. 2 Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e um vento de Deus pairava sobre as águas. 3 Deus disse: "Haja luz" e houve luz. 4 Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. 5 Deus chamou à luz "dia" e às trevas "noite". Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. 6 Deus disse: "Haja um firmamento no meio das águas e que ele separe as águas das águas", e assim se fez. 7 Deus fez o firmamento, que separou as águas que estão sob o firmamento das águas que estão acima do firmamento, 8 e Deus chamou ao firmamento "céu". Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia. 9 Deus disse: "Que as águas que estão sob o céu se reúnam numa só massa e que apareça o continente" e assim se fez. 10 Deus chamou ao continente "terra" e à massa das águas "mares", e Deus viu que isso era bom. 11 Deus disse: "Que a terra verdeje de verdura: ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente" e assim se fez. 12 A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie,frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. 13 Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia. 14 Deus disse: "Que haja luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que eles sirvam de sinais, tanto para as festas quanto para os dias e os anos; 15 que sejam luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra" e assim se fez. 16 Deus fez os dois luzeiros maiores: o grande luzeiro para governar o dia e o pequeno luzeiro para governar a noite, e as estrelas. 17 Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, 18 para governarem o dia e a noite, para separarem a luz e as trevas, e Deus viu que isso era bom. 19 Houve uma tarde e uma manhã: quarto dia. 20 Deus disse: "Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, sob o firmamento do céu" e assim se fez. 21 Deus criou as grandes serpentes do mar e todos os seres vivos que rastejam e que fervilham nas águas segundo sua espécie, e as aves aladas segundo sua espécie, e Deus

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  • 1. GNESIS I. As origens do mundo e da humanidade 1. A CRIAO E A QUEDA 1 Primeiro relato da criao 1No princpio, Deus criou o cu e a terra.2Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e um vento de Deus pairava sobre as guas. 3Deus disse: "Haja luz" e houve luz. 4Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. 5Deus chamou luz "dia" e s trevas "noite". Houve uma tarde e uma manh: primeiro dia. 6Deus disse: "Haja um firmamento no meio das guas e que ele separe as guas das guas", e assim se fez. 7Deus fez o firmamento, que separou as guas que esto sob o firmamento das guas que esto acima do firmamento, 8e Deus chamou ao firmamento "cu". Houve uma tarde e uma manh: segundo dia. 9Deus disse: "Que as guas que esto sob o cu se renam numa s massa e que aparea o continente" e assim se fez. 10Deus chamou ao continente "terra" e massa das guas "mares", e Deus viu que isso era bom. 11Deus disse: "Que a terra verdeje de verdura: ervas que dem semente e rvores frutferas que dem sobre a terra, segundo sua espcie, frutos contendo sua semente" e assim se fez. 12A terra produziu verdura: ervas que do semente segundo sua espcie, rvores que do, segundo sua espcie,frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. 13Houve uma tarde e uma manh: terceiro dia. 14Deus disse: "Que haja luzeiros no firmamento do cu para separar o dia e a noite; que eles sirvam de sinais, tanto para as festas quanto para os dias e os anos; 15 que sejam luzeiros no firmamento do cu para iluminar a terra" e assim se fez. 16Deus fez os dois luzeiros maiores: o grande luzeiro para governar o dia e o pequeno luzeiro para governar a noite, e as estrelas. 17Deus os colocou no firmamento do cu para iluminar a terra, 18para governarem o dia e a noite, para separarem a luz e as trevas, e Deus viu que isso era bom. 19Houve uma tarde e uma manh: quarto dia. 20Deus disse: "Fervilhem as guas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, sob o firmamento do cu" e assim se fez. 21Deus criou as grandes serpentes do mar e todos os seres vivos que rastejam e que fervilham nas guas segundo sua espcie, e as aves aladas segundo sua espcie, e Deus viu que isso era bom. 22Deus os abenoou e disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a gua dos mares, e que as aves se multipliquem sobre a terra." 23Houve uma tarde e uma manh: quinto dia. 24Deus disse: "Que a terra produza seres vivos segundo sua espcie: animais domsticos, rpteis e feras segundo sua espcie" e assim se fez. 25Deus fez as feras segundo sua espcie, os animais domsticos segundo sua espcie e todos os rpteis do solo segundo sua espcie, e Deus viu que isso era bom. 26Deus disse: "Faamos o homem nossa imagem, como nossa semelhana, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do cu, os animais domsticos, todas as feras e todos os rpteis que rastejam sobre a terra". 27Deus criou o homem sua imagem, imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou. 28Deus os abenoou e lhes disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a; dominai sobre os peixes do mar, as aves do cu e todos os animais que rastejam sobre a terra." 29Deus disse: "Eu vos dou todas as ervas que do semente, que esto sobre toda a superfcie da terra, e todas as rvores que do frutos que do semente: isso ser vosso alimento. 30A todas as feras, a todas as aves do cu, a tudo o que rasteja sobre a terra e que animado de vida, eu dou como alimento toda a verdura das plantas" e assim se fez. 31Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom. Houve uma tarde e uma manh: sexto dia.

2. 2 1Assim foram concludos o cu e a terra, com todo o seu exrcito. 2Deus concluiu no stimo dia a obra que fizera e no stimo dia descansou, depois de toda a obra que fizera. 3 Deus abenoou o stimo dia e o santificou, pois nele descansou depois de toda a sua obra de criao. 4aEssa a histria do cu e da terra, quando foram criados. A experincia da liberdade. O paraso 4bNo tempo em que Iahweh Deus fez a terra e o cu, 5no havia ainda nenhum arbusto dos campos sobre a terra e nenhuma erva dos campos tinha ainda crescido, porque Iahweh Deus no tinha feito chover sobre a terra e no havia homem para cultivar o solo. 6Entretanto, um manancial subia da terra e regava toda a superfcie do solo. 7Ento Iahweh Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hlito de vida e o homem se tornou um ser vivente. 8 Iahweh Deus plantou um jardim em den, no oriente, e a colocou o homem que modelara. 9Iahweh Deus fez crescer do solo toda espcie de rvores formosas de ver e boas de comer, e a rvore da vida no meio do jardim, e a rvore do conhecimento do bem e do mal. 10Um rio saa de den para regar o jardim e de l se dividia formando quatro braos. 11O primeiro chama-se Fison; rodeia toda a terra de Hvila, onde h ouro; 12 puro o ouro dessa terra na qual se encontram o bdlio e a pedra de nix. 13O segundo rio chama-se Geon: rodeia toda a terra de Cuch. 14O terceiro rio se chama Tigre: corre pelo oriente da Assria. O quarto rio o Eufrates. 15Iahweh Deus tomou o homem e o colocou no jardim de den pra o cultivar e o guardar. 16E Iahweh Deus deu ao homem este mandamento: "Podes comer de todas as rvores do jardim. 17Mas da rvore do conhecimento do bem e do mal no comers, porque no dia em que dela comeres ters que morrer. 18Iahweh Deus disse: "No bom que o homem esteja s. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda."19Iahweh Deus modelou ento, do solo, todas as feras selvagens e todas as aves do cu e as conduziu ao homem para ver como ele as chamaria: cada qual devia levar o nome que o homem lhe desse. 20O homem deu nomes a todos os animais, s aves do cu e a todas as feras selvagens, mas, para o homem, no encontrou a auxiliar que lhe correspondesse. 21Ento Iahweh Deus fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu. Tomou uma de suas costelas e fez crescer carne em seu lugar. 22Depois, da costela que tirara do homem, Iahweh Deus modelou uma mulher e a trouxe ao homem. 23Ento o homem exclamou: "Esta, sim, osso de meus ossos e carne de minha carne! Ela ser chamada 'mulher', porque foi tirada do homem!" 24Por isso um homem deixa seu pai e sua me, se une sua mulher, e eles se tornam uma s carne. 25 Ora, os dois estavam nus, o homem e sua mulher, e no se envergonhavam. 3 A queda 1A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos, que Iahweh Deus tinha feito. Ela disse mulher: "Ento Deus disse: Vs no podeis comer de todas as rvores do jardim?" 2A mulher respondeu serpente: "Ns podemos comer do fruto das rvores do jardim. 3Mas do fruto da rvore que est no meio do jardim, Deus disse: Dele no comereis, nele no tocareis, sob pena de morte." 4A serpente disse ento mulher: "No, no morrereis! 5Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abriro e vs sereis como deuses, versados no bem e no mal." 6 A mulher viu que a rvore era boa ao apetite e formosa vista, e que essa rvore era desejvel para adquirir discernimento. Tomou-lhe do fruto e comeu. Deu-o tambm a seu marido, que com ela estava e ele comeu. 7Ento abriram-se os olhos dos dois e perceberam que estavam nus; entrelaaram folhas de figueira e se cingiram. 8Eles ouviram o passo de Iahweh Deus que passeava no jardim brisa do dia e o homem e sua mulher se esconderam da presena de Iahweh Deus, entre as rvores do jardim. 9Iahweh Deus chamou o homem: "Onde ests?", disse ele. 10"Ouvi teu passo no jardim," respondeu o homem; "tive medo porque estou nu, e me escondi." 11Ele retomou: "E 3. quem te fez saber que estavas nu? Comeste, ento, da rvore que te proibi de comer!" 12 O homem respondeu: "A mulher que puseste junto de mim me deu da rvore, e eu comi!" 13Iahweh Deus disse mulher: "Que fizeste?" E a mulher respondeu: "A serpente me seduziu e eu comi." 14Ento Iahweh Deus disse serpente: "Porque fizeste isso s maldita entre todos os animais domsticos e todas as feras selvagens. Caminhars sobre teu ventre e comers poeira todos os dias de tua vida. 15Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagar a cabea e tu lhe ferirs o calcanhar." 16 mulher ele disse: "Multiplicarei as dores de tuas gravidezes, na dor dars luz filhos. Teu desejo te impelir ao teu marido e ele te dominar." 17Ao homem, ele disse: "Porque escutaste a voz de tua mulher e comeste da rvore que eu te proibira, comer, maldito o solo por causa de ti! Com sofrimentos dele te nutrirs todos os dias de tua vida. 18Ele produzir para ti espinhos e cardos, e comers a erva dos campos. 19 Com o suor de teu rosto comers teu po at que retornes ao solo, pois dele foste tirado. Pois tu s p e ao p tornars." 20O homem chamou sua mulher "Eva", por ser a me de todos os viventes.21Iahweh Deus fez para o homem e sua mulher tnicas de pele, e os vestiu. 22Depois disse Iahweh Deus: "Se o homem j como um de ns, versado no bem e no mal," que agora ele no estenda a mo e colha tambm da rvore da vida, e coma e viva para sempre!"23E Iahweh Deus o expulsou do jardim de den para cultivar o solo de onde fora tirado. 24Ele baniu o homem e colocou, diante do jardim de den, os querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o caminho da rvore da vida. 18 Ele produzir para ti espinhos e cardos, e comers a erva dos campos. 19Com o suor de teu rosto comers teu po at que retornes ao solo, pois dele foste tirado. Pois tu s p e ao p tornars." 20O homem chamou sua mulher "Eva", por ser a me de todos os viventes.21Iahweh Deus fez para o homem e sua mulher tnicas de pele, e os vestiu. 22 Depois disse Iahweh Deus: "Se o homem j como um de ns, versado no bem e no mal," que agora ele no estenda a mo e colha tambm da rvore da vida, e coma e viva para sempre!"23E Iahweh Deus o expulsou do jardim de den para cultivar o solo de onde fora tirado. 24Ele baniu o homem e colocou, diante do jardim de den, os querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o caminho da rvore da vida. 4 Caim e Abel 1O homem conheceu Eva, sua mulher; ela concebeu e deu luz Caim, e disse: "Adquiri um homem com a ajuda de Iahweh." 2Depois ela deu tambm luz Abel, irmo de Caim. Abel tornou- se pastor de ovelhas e Caim cultivava o solo. 3 Passado o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oferenda a Iahweh; 4Abel, por sua vez, tambm ofereceu as primcias e a gordura de seu rebanho. Ora, Iahweh agradou-se de Abel e de sua oferenda. 5Mas no se agradou de Caim e de sua oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido. 6Iahweh disse a Caim: "Por que ests irritado e por que teu rosto est abatido? 7Se estivesses bem disposto, no levantarias a cabea? Mas se no ests bem disposto no jaz o pecado porta, como animal acuado que te espreita; podes acaso domin-lo?" 8Entretanto Caim disse a seu irmo Abel: "Saiamos." E, como estavam no campo, Caim se lanou sobre seu irmo Abel e o matou. 9Iahweh disse a Caim: "Onde est teu irmo Abel?" Ele respondeu: "No sei. Acaso sou guarda de meu irmo?" 10Iahweh disse: "Que fizeste! Ouo o sangue de teu irmo, do solo, clamar para mim! 11Agora, s maldito e expulso do solo frtil que abriu a boca para receber de tua mo o sangue de teu irmo. 12Ainda que cultives o solo, ele no te dar mais seu produto: sers um fugitivo errante sobre a terra." 13Ento Caim disse a Iahweh: "Minha culpa muito pesada para suport-la. 14V! Hoje tu me banes do solo frtil, terei de ocultar-me longe de tua face e serei um errante fugitivo sobre a terra: mas o primeiro que me encontrar me matar!" 15Iahweh lhe respondeu: "Quem matar Caim ser vingado sete vezes." E Iahweh colocou um sinal sobre Caim, a fim de que no 4. fosse morto por quem o encontrasse. 16Caim se retirou da presena de Iahweh e foi morar na terra de Nod, a leste de den. A descendncia de Caim 17Caim conheceu sua mulher, que concebeu e deu luz Henoc. Tornou-se um construtor de cidade e deu cidade o nome de seu filho, Henoc. 18 A Henoc nasceu Irad, e Irad gerou Maviael, e Maviael gerou Matusael, e Matusael gerou Lamec. 19Lamec tomou para si duas mulheres: o nome da primeira era Ada e o nome da segunda, Sela. 20Ada deu luz Jabel: ele foi o pai dos que vivem sob tenda e tm rebanhos. 21O nome de seu irmo era Jubal: ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela. 22Sela, por sua vez, deu luz Tubalcaim: ele foi o pai de todos os laminadores em cobre e ferro; a irm de Tubalcaim era Noema. 23Lamec disse s suas mulheres: "Ada e Sela, ouvi minha voz, mulheres de Lamec, escutai minha palavra: Eu matei um homem por uma ferida, uma criana por uma contuso. 24 que Caim vingado sete vezes, mas Lamec, setenta e sete vezes!" Set e seus descendentes 25Ado conheceu sua mulher. Ela deu luz um filho e lhe ps o nome de Set "porque," disse ela, "ele me concedeu" outra descendncia no lugar de Abel, que Caim matou." 26Tambm a Set nasceu um filho, e ele lhe deu o nome de Ens, que foi o primeiro a invocar o nome de Iahweh. 5 Os Patriarcas anteriores ao dilvio 1Eis o livro da descendncia de Ado: No dia em que Deus criou Ado, ele o fez semelhana de Deus. 2Homem e mulher ele os criou, abenoou-os e lhes deu o nome de "Homem", no dia em que foram criados. 3 Quando Ado completou cento e trinta anos, gerou um filho sua semelhana, como sua imagem, e lhe deu o nome de Set. 4O tempo que viveu Ado depois do nascimento de Set foi de oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5Toda a durao da vida de Ado foi de novecentos e trinta anos, depois morreu. 6Quando Set completou cento e cinco anos, gerou Ens. 7Depois do nascimento de Ens, Set viveu oitocentos e sete anos, e gerou filhos e filhas. 8Toda a durao da vida de Set foi de novecentos e doze anos, depois morreu. 9Quando Ens completou noventa anos, gerou Cain. 10Depois do nascimento de Cain, Ens viveu oitocentos e quinze anos, e gerou filhos e filhas. 11 Toda a durao da vida de Ens foi de novecentos e cinco anos, depois morreu. 12 Quando Cain completou setenta anos, gerou Malaleel. 13Depois do nascimento de Malaleel, Cain viveu oitocentos e quarenta anos, e gerou filhos e filhas. 14Toda a durao da vida de Cain foi de novecentos e dez anos, depois morreu. 15Quando Malaleel completou sessenta e cinco anos, gerou Jared. 16Depois do nascimento de Jared, Malaleel viveu oitocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas. 17Toda a durao da vida de Malaleel foi de oitocentos e noventa e cinco anos, depois morreu. 18Quando Jared completou cento e sessenta e dois anos, gerou Henoc. 19Depois do nascimento de Henoc, Jared viveu oitocentos anos e gerou filhos e filhas. 20Toda a durao da vida de Jared foi de novecentos e sessenta e dois anos, depois morreu. 21Quando Henoc completou sessenta e cinco anos, gerou Matusalm. 22Henoc andou com Deus. Depois do nascimento de Matusalm, Henoc viveu trezentos anos, e gerou filhos e filhas. 23 Toda a durao da vida de Henoc foi de trezentos e sessenta e cinco anos. 24Henoc andou com Deus, depois desapareceu, pois Deus o arrebatou. 25Quando Matusalm completou cento e oitenta e sete anos, gerou Lamec. 26Depois do nascimento de Lamec, Matusalm viveu setecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas. 27Toda a durao da vida de Matusalm foi de novecentos e sessenta e nove anos, depois morreu. 28 Quando Lamec completou cento e oitenta e dois anos, gerou um filho. 29Deu-lhe o nome de No, porque, disse ele, "este nos trar, em nossas tarefas e no trabalho de 5. nossas mos, uma consolao tirada do solo que Iahweh amaldioou." 30Depois do nascimento de No, Lamec viveu quinhentos e noventa e cinco anos, e gerou filhos e filhas. 31Toda a durao da vida de Lamec foi de setecentos e setenta e sete anos, depois morreu. 32Quando No completou quinhentos anos, gerou Sem, Cam e Jaf. 6 Filhos de Deus e filhas dos homens 1 Quando os homens comearam a ser numerosos sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, 2os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e tomaram como mulheres todas as que lhes agradaram. 3 Iahweh disse: "Meu esprito no se responsabilizar indefinidamente pelo homem, pois ele carne; no viver mais que cento e vinte anos."4Ora, naquele tempo (e tambm depois), quando os filhos de Deus se uniam s filhas dos homens e estas lhes davam filhos, os Nefilim habitavam sobre a terra; estes homens famosos foram os heris dos tempos antigos. 2. O DILVIO A corrupo da humanidade 5Iahweh viu que a maldade do homem era grande sobre a terra, e que era continuamente mau todo desgnio de seu corao. 6Iahweh arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e afligiu-se o seu corao. 7E disse Iahweh: "Farei desaparecer da superfcie do solo os homens que criei e com os homens os animais, os rpteis e as aves do cu , porque me arrependo de os ter feito." 8 Mas No encontrou graa aos olhos de Iahweh. 9Eis a histria de No: No era um homem justo, ntegro entre seus contemporneos, e andava com Deus. 10No gerou trs filhos: Sem, Cam e Jaf. 11A terra se perverteu diante de Deus e encheu-se de violncia. 12 Deus viu a terra: estava pervertida, porque toda carne tinha uma conduta perversa sobre a terra. Preparativos do dilvio 13Deus disse a No: "Chegou o fim de toda carne, eu o decidi, pois a terra est cheia de violncia por causa dos homens, e eu os farei desaparecer da terra. 14Faze uma arca de madeira resinosa; tu a fars de canios e a calafetars com betume por dentro e por fora. 15Eis como a fars: para o comprimento da arca, trezentos cvados; para sua largura, cinqenta cvados; para sua altura, trinta cvados. 16Fars um teto para a arca e o rematars um cvado mais alto; fars a entrada da arca pelo lado, e fars um primeiro, um segundo e um terceiro andares. 17"Quanto a mim, vou enviar o dilvio, as guas, sobre a terra, para exterminar de debaixo do cu toda carne que tiver sopro de vida: tudo o que h na terra deve perecer. 18Mas estabelecerei minha aliana contigo e entrars na arca, tu e teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. 19De tudo o que vive, de tudo o que carne, fars entrar na arca dois de cada espcie, um macho e uma fmea, para os conservares em vida contigo. 20De cada espcie de aves, de cada espcie de animais, de cada espcie de todos os rpteis do solo, vir contigo um casal, para os conservares em vida. 21Quanto a ti, rene todo tipo de alimento e armazena-o; isto servir de alimento para ti e para eles." 22 No assim fez; tudo o que Deus lhe ordenara, ele o fez. 7 1Iahweh disse a No: "Entra na arca, tu e toda a tua famlia, porque s o nico justo que vejo diante de mim no meio desta gerao. 2De todos os animais puros, tomars sete pares, o macho e sua fmea; dos animais que no so puros, tomars um casal, o macho e sua fmea 3(e tambm das aves do cu, sete pares, o macho e sua fmea), para perpetuarem a raa sobre toda a terra. 4Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, e farei desaparecer da superfcie do solo 6. todos os seres que eu fiz." 5No fez tudo o que Iahweh lhe ordenara. 6No tinha seiscentos anos quando veio o dilvio, as guas sobre a terra. 7No com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos entrou na arca para escapar das guas do dilvio. 8(Dos animais puros e dos animais que no so puros, das aves e de tudo o que rasteja sobre o solo, 9um casal entrou na arca de No, um macho e uma fmea, como Deus ordenara a No.)" 10Passados sete dias chegaram as guas do dilvio sobre a terra. 11 No ano seiscentos da vida de No, no segundo ms, no dcimo stimo dia do segundo ms, nesse dia jorraram todas as fontes do grande abismo e abriram-se as comportas do cu. 12A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. 13Nesse mesmo dia, No e seus filhos, Sem, Cam e Jaf, com a mulher de No, e as trs mulheres de seus filhos, entraram na arca, 14e com eles as feras de toda espcie, os animais domsticos de toda espcie, os rpteis de toda espcie que rastejam sobre a terra, os pssaros de toda espcie, todas as aves, tudo o que tem asas. 15Com No, entrou na arca um casal de tudo o que carne, que tem sopro de vida, 16e os que entraram eram um macho e uma fmea de tudo o que carne, conforme Deus lhe ordenara. E Iahweh fechou a porta por fora. A inundao 17Durante quarenta dias houve o dilvio sobre a terra; cresceram as guas e ergueram a arca, que ficou elevada acima da terra. 18As guas subiram e cresceram muito sobre a terra e a arca flutuava sobre as guas. 19As guas subiram cada vez mais sobre a terra e as mais altas montanhas que esto sob todo o cu foram cobertas.20As guas subiram quinze cvados mais alto, cobrindo as montanhas. 21 Pereceu ento toda carne que se move sobre a terra: aves, animais domsticos, feras, tudo o que fervilha sobre a terra, e todos os homens. 22Morreu tudo o que tinha um sopro de vida nas narinas. Isto , tudo o que estava em terra firme. 23Assim desapareceram todos os seres que estavam na superfcie do solo, desde o homem at os animais, os rpteis e as aves do cu: eles foram extintos da terra; ficou somente No e os que estavam com ele na arca. 24A enchente sobre a terra durou cento e cinqenta dias. 8 Vazo das guas 1Deus lembrou-se ento de No e de todas as feras e de todos os animais domsticos que estavam com ele na arca; Deus fez passar um vento sobre a terra e as guas baixaram. 2Fecharam-se as fontes do abismo e as comportas do cu: deteve-se a chuva do cu 3e as guas pouco a pouco se retiraram da terra; as guas baixaram ao cabo de cento e cinqenta dias 4e, no stimo ms, no dcimo stimo dia do ms, a arca encalhou sobre os montes de Ararat. 5As guas continuaram escoando at o dcimo ms e, no primeiro do dcimo ms, apareceram os picos das montanhas. 6No fim de quarenta dias, No abriu a janela que fizera na arca 7e soltou o corvo, que foi e voltou, esperando que as guas secassem sobre a terra. 8Soltou ento a pomba que estava com ele para ver se tinham diminudo as guas na superfcie do solo. 9A pomba, no encontrando um lugar onde pousar as patas, voltou para ele na arca, porque havia gua sobre toda a superfcie da terra; ele estendeu a mo, pegou-a e a fez entrar para junto dele na arca. 10Ele esperou ainda outros sete dias e soltou de novo a pomba fora da arca. 11A pomba voltou para ele ao entardecer, e eis que ela trazia, no bico, um ramo novo de oliveira! Assim No ficou sabendo que as guas tinham escoado da superfcie da terra. 12Ele esperou ainda outros sete dias e soltou a pomba, que no mais voltou para ele. 13Foi no ano seiscentos e um da vida de No, no primeiro ms, no primeiro do ms que as guas secaram sobre a terra. No retirou a cobertura da arca; olhou, e eis que a superfcie do solo estava seca! 14No segundo ms, no vigsimo stimo dia do ms, a terra estava seca. 7. A sada da arca 15Ento assim falou Deus a No: 16"Sai da arca, tu e tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos contigo. 17Todos os animais que esto contigo, tudo o que carne, aves, animais e tudo o que rasteja sobre a terra, faze-os sair contigo: que pululem sobre a terra, sejam fecundos e multipliquem-se sobre a terra." 18No saiu com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos; 19e todas as feras, todos os animais, todas as aves, todos os rpteis que rastejam sobre a terra saram da arca, uma espcie aps a outra. 20No construiu um altar a Iahweh e, tomando de animais puros e de todas as aves puras, ofereceu holocaustos sobre o altar. 21Iahweh respirou o agradvel odor e disse consigo: "Eu no amaldioarei nunca mais a terra por causa do homem, porque os desgnios do corao do homem so maus desde a sua infncia; nunca mais destruirei todos os viventes, como fiz. 22Enquanto durar a terra, semeadura e colheita, frio e calor, vero e inverno, dia e noite no ho de faltar." 9 A nova ordem do mundo 1Deus abenoou No e seus filhos, e lhes disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra. 2Sede o medo e o pavor de todos os animais da terra e de todas as aves do cu, como de tudo o que se move na terra e de todos os peixes do mar: eles so entregues nas vossas mos.3Tudo o que se move e possui a vida vos servir de alimento, tudo isso eu vos dou, como vos dei a verdura das plantas. 4Mas no comereis a carne com sua alma, isto , o sangue. 5Pedirei contas porm, do sangue de cada um de vs. Pedirei contas a todos os animais e ao homem, aos homens entre si, eu pedirei contas da alma do homem. 6Quem derrama o sangue do homem pelo homem ter seu sangue derramado. Pois imagem de Deus o homem foi feito. 7Quanto a vs, sede fecundos, multiplicai-vos, povoai a terra e dominai-a." 8Deus falou assim a No e a seus filhos: 9"Eis que estabeleo minha aliana convosco e com os vossos descendentes depois de vs, 10e com todos os seres animados que esto convosco: aves, animais, todas as feras, tudo o que saiu da arca convosco, todos os animais da terra. 11Estabeleo minha aliana convosco: tudo o que existe no ser mais destrudo pelas guas do dilvio; no haver mais dilvio para devastar a terra." 12Disse Deus: "Eis o sinal da aliana que instituo entre mim e vs e todos os seres vivos que esto convosco, para todas as geraes futuras: 13porei meu arco na nuvem e ele se tornar um sinal da aliana entre mim e a terra. 14Quando eu reunir as nuvens sobre a terra e o arco aparecer na nuvem, 15 eu me lembrarei da aliana que h entre mim e vs e todos os seres vivos: toda carne e as guas no mais se tornaro um dilvio para destruir toda carne. 16Quando o arco estiver na nuvem, eu o verei e me lembrarei da aliana eterna que h entre Deus e os seres vivos com toda carne que existe sobre a terra." 17Deus disse a No: "Este o sinal da aliana que estabeleo entre mim e toda carne que existe sobre a terra." 3. DO DILVIO A ABRAO No e seus filhos 18Os filhos de No, que saram da arca, foram Sem, Cam e Jaf; Cam o pai de Cana. 19Esses trs foram os filhos de No e a partir deles se fez o povoamento de toda a terra. 20No, o cultivador, comeou a plantar a vinha. 21Bebendo vinho, embriagou-se e ficou nu dentro de sua tenda. 22Cam, pai de Cana, viu a nudez de seu pai e advertiu, fora, a seus dois irmos. 23Mas Sem e Jaf tomaram o manto, puseram-no sobre os seus prprios ombros e, andando de costas, cobriram a nudez de seu pai; seus rostos estavam voltados para trs e eles no viram a nudez de seu pai. 24 Quando No acordou de sua embriaguez, soube o que lhe fizera seu filho mais jovem. 25 E disse: "Maldito seja Cana! Que ele seja, para seus irmos, o ltimo dos escravos!" 26 E disse tambm: "Bendito seja Iahweh, o Deus de Sem, e que Cana seja seu escravo! 27 Que Deus dilate Jaf, que ele habite nas tendas de Sem, e que Cana seja seu escravo!" 8. 28Depois do dilvio, No viveu trezentos e cinqenta anos. 29Toda a durao da vida de No foi de novecentos e cinqenta anos, depois morreu. 10 povoamento da terra 1Eis a descendncia dos filhos de No, Sem, Cam e Jaf, aos quais nasceram filhos depois do dilvio: 2Filhos de Jaf: Gomer, Magog, Madai, Jav, Tubal, Mosoc, Tiras. 3Filhos de Gomer: Asquenez, Rifat, Togorma. 4Filhos de Jav: Elisa, Trsis, os Cetim, os Dodanim. 5A partir deles fez-se a disperso nas ilhas das naes. Esses foram os filhos de Jaf, segundo suas terras e cada qual segundo sua lngua, segundo seus cls e segundo suas naes. 6Filhos de Cam: Cuch, Mesraim, Fut, Cana. 7Filhos de Cuch: Saba, Hvila, Sabata, Regma, Sabataca. Filhos de Regma: Sab, Dad. 8Cuch gerou Nemrod, que foi o primeiro potentado sobre a terra. 9Foi um valente caador diante de Iahweh, e por isso que se diz: "Como Nemrod, valente caador diante de Iahweh." 10Os sustentculos de seu reino foram Babel, Arac e Acad, cidades que esto todas na terra de Senaar. 11Dessa terra saiu Assur, que construiu Nnive, Reobot-Ir, Cale, 12e Resen entre Nnive e Cale ( a grande cidade).13Mesraim gerou os de Lud, de Anam, de Laab, de Naftu, 14de Patros, de Caslu e de Cftor, de onde saram os filisteus. 15Cana gerou Sdon, seu primognito, depois Het, 16e o jebuseu, o amorreu, o gergeseu, 17o heveu, o araceu, o sineu, 18o ardio, o samareu, o emateu; em seguida dispersaram-se os cls cananeus. 19A fronteira dos cananeus ia de Sidnia em direo de Gerara, at Gaza, depois em direo de Sodoma, Gomorra, Adama e Seboim, at Lesa. 20Esses foram os filhos de Cam, segundo seus cls e suas lnguas, segundo suas terras e suas naes. 21Uma descendncia nasceu tambm a Sem, o pai de todos os filhos de Hber e irmo mais velho de Jaf. 22Filhos de Sem: Elam, Assur, Arfaxad, Lud, Aram. 23Filhos de Aram: Hus, Hul, Geter e Mes. 24Arfaxad gerou Sal e Sal gerou Hber. 25A Hber nasceram dois filhos: o primeiro chamava-se Faleg, porque em seus dias a terra foi dividida, e seu irmo chamava-se Ject. 26Ject gerou Elmodad, Salef, Asarmot, Jar, 27Aduram, Uzal, Decla, 28Ebal, Abimael, Sab, 29Ofir, Hvila, Jobab; todos esses so filhos de Ject. 30Eles habitavam a partir de Mesa, em direo de Sefar, a montanha do Oriente. 31Esses foram os filhos de Sem, segundo seus cls e suas lnguas, segundo suas terras e suas naes. 32Esses foram os cls dos descendentes de No, segundo suas linhagens e segundo suas naes. Foi a partir deles que os povos se dispersaram sobre a terra depois do dilvio. 11 torre de Babel 1Todo o mundo se servia de uma mesma lngua e das mesmas palavras. 2Como os homens emigrassem para o oriente, encontraram um vale na terra de Senaar e a se estabeleceram. 3Disseram um ao outro: "Vinde! Faamos tijolos e cozamo-los ao fogo!" O tijolo lhes serviu de pedra e o betume de argamassa. 4Disseram: "Vinde! Construamos uma cidade e uma torre cujo pice penetre nos cus! Faamo-nos um nome e no sejamos dispersos sobre toda a terra!" 5Ora, Iahweh desceu para ver a cidade e a torre que os homens tinham construdo. 6E Iahweh disse: "Eis que todos constituem um s povo e falam uma s lngua. Isso o comeo de suas iniciativas! Agora, nenhum desgnio ser irrealizvel para eles. 7Vinde! Desamos! Confundamos a sua linguagem para que no mais se entendam uns aos outros." 8Iahweh os dispersou dali por toda a face da terra, e eles cessaram de construir a cidade. 9Deu-se-lhe por isso o nome de Babel, pois foi l que Iahweh confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra e foi l que ele os dispersou sobre toda a face da terra. Os Patriarcas depois do dilvio 10Eis a descendncia de Sem: Quando Sem completou cem anos, gerou Arfaxad, dois anos depois do dilvio. 11Depois do nascimento de Arfaxad, Sem viveu quinhentos anos, e gerou filhos e filhas. 12Quando 9. Arfaxad completou trinta e cinco anos, gerou Sal. 13Depois do nascimento de Sal, Arfaxad viveu quatrocentos e trs anos, e gerou filhos e filhas. 14Quando Sal completou trinta anos, gerou Hber. 15Depois do nascimento de Hber, Sal viveu quatrocentos e trs anos, e gerou filhos e filhas. 16Quando Hber completou trinta e quatro anos, gerou Faleg. 17Depois do nascimento de Faleg, Hber viveu quatrocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas. 18Quando Faleg completou trinta anos, gerou Reu. 19Depois do nascimento de Reu, Faleg viveu duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas. 20Quando Reu completou trinta e dois anos, gerou Sarug. 21Depois do nascimento de Sarug, Reu viveu duzentos e sete anos e gerou filhos e filhas. 22Quando Sarug completou trinta anos, gerou Nacor. 23Depois do nascimento de Nacor, Sarug viveu duzentos anos, e gerou filhos e filhas. 24Quando Nacor completou vinte e nove anos, gerou Tar. 25Depois do nascimento de Tar, Nacor viveu cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas. 26 Quando Tar completou setenta anos, gerou Abro, Nacor e Ar. A descendncia de Tar 27Eis a descendncia de Tar: Tar gerou Abro, Nacor e Ar. Af gerou L. 28Ar morreu na presena de seu pai Tar, em sua terra natal, Ur dos caldeus. 29Abro e Nacor se casaram: a mulher de Abro chamava-se Sarai; a mulher de Nacor chamava-se Melca, filha de Ar, que era o pai de Melca e de Jesca. 30Ora, Sarai era estril, no tinha filhos. 31Tar tomou seu filho Abro, seu neto L, filho de Ar, e sua nora Sarai, mulher de Abro. Ele os fez sair de Ur dos caldeus para ir terra de Cana, mas, chegados a Har, ali se estabeleceram. 32A durao da vida de Tar foi de duzentos e cinco anos, depois ele morreu em Har. II. Histria de Abrao 12 Vocao de Abrao 1Iahweh disse a Abro: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei. 2Eu farei de ti um grande povo, eu te abenoarei, engrandecerei teu nome; s uma bno! 3Abenoarei os que te abenoarem, amaldioarei os que te amaldioarem. Por ti sero benditos todos os cls da terra." 4 Abro partiu, como lhe disse Iahweh, e L partiu com ele. Abro tinha setenta e cinco anos quando deixou Har. 5Abro tomou sua mulher Sarai, seu sobrinho L, todos os bens que tinham reunido e o pessoal que tinham adquirido em Har; partiram para a terra de Cana, e l chegaram. 6Abro atravessou a terra at o lugar santo de Siqum, no Carvalho de Mor. Nesse tempo os cananeus habitavam nesta terra. 7Iahweh apareceu a Abro e disse: " tua posteridade que eu darei esta terra." Abro construiu ali um altar a Iahweh, que lhe aparecera. 8Dali passou montanha, a oriente de Betel, e armou sua tenda, tendo Betel a oeste e Hai a leste. Construiu ali um altar a Iahweh e invocou seu nome. 9Depois, de acampamento em acampamento, foi para o Negueb. Abrao no Egito 10Houve uma fome na terra e Abro desceu ao Egito, para a ficar, pois a fome assolava a terra. 11Quando estava chegando ao Egito, disse sua mulher Sarai: "V, eu sei que s uma mulher muito bela. 12Quando os egpcios te virem, diro: ' sua mulher,' e me mataro, deixando-te com vida. 13Dize, eu te peo, que s minha irm, para que me tratem bem por causa de ti e, por tua causa, me conservem a vida." 14 De fato, quando Abro chegou ao Egito, os egpcios viram que a mulher era muito bela. 15Viram-na os oficiais de Fara e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para o palcio de Fara. 16Este, por causa dela, tratou bem a Abro: ele veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos, servas, jumentas e camelos. 17Mas Iahweh feriu Fara com grandes pragas, e tambm sua casa, por causa de Sarai, a mulher de Abro. 18Fara chamou Abro e disse: "Que me fizeste? Por que no me declaraste que ela era tua 10. mulher? 19Por que disseste: 'Ela minha irm!', de modo que eu a tomasse como mulher? Agora eis a tua mulher: toma-a e vai-te!" 20Fara o confiou a homens que os conduziram fronteira, ele, sua mulher e tudo o que possua. 13 Separao de Abrao e de L 1Do Egito, Abro, com sua mulher e tudo que possua, e L com ele, subiu ao Negueb. 2Abro era muito rico em rebanhos, em prata e em ouro. 3Seus acampamentos conduziram-no do Negueb at Betel, no lugar onde primeiro armara sua tenda, entre Betel e Hai, 4no lugar em que outrora construra o altar, e l Abro invocou o nome de Iahweh. 5L, que acompanhava Abro, tinha igualmente ovelhas, bois e tendas. 6A terra no era suficiente para sua instalao comum: tinham posses imensas para poderem habitar juntos. 7Houve uma disputa entre os pastores dos rebanhos de Abro e os dos rebanhos de L (nesse tempo os cananeus e os ferezeus habitavam essa terra). 8Abro disse a L: "Que no haja discrdia entre mim e ti, entre meus pastores e os teus, pois somos irmos! 9Toda a terra no est diante de ti? Peo-te que te apartes de mim. Se tomares a esquerda, irei para a direita; se tomares a direita, irei para a esquerda." 10L ergueu os olhos e viu toda a Plancie do Jordo, que era toda irrigada antes que Iahweh destrusse Sodoma e Gomorra como o jardim de Iahweh, como a terra do Egito, at Segor. 11L escolheu para si toda a Plancie do Jordo e emigrou para o oriente. Assim eles se separaram um do outro. 12Abro estabeleceu-se na terra de Cana e L estabeleceu-se nas cidades da Plancie; ele armou suas tendas at Sodoma. 13Ora, os habitantes de Sodoma eram grandes criminosos e pecavam contra Iahweh. 14Iahweh disse a Abro, depois que L se separou dele: "Ergue os olhos e olha, do lugar em que ests, para o norte e para o sul, para o oriente e para o ocidente. 15Toda a terra que vs, eu ta darei, a ti e tua posteridade para sempre. 16 Tornarei a tua posteridade como poeira da terra: quem puder contar os gros de poeira da terra poder contar teus descendentes! 17Levanta-te! Percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque eu ta darei." 18Com suas tendas, Abro foi estabelecer-se no Carvalho de Mambr, que est em Hebron, e l construiu um altar a Iahweh. 14 A campanha dos quatro grandes reis 1No tempo de Amrafel, rei de Senaar, de Arioc, rei de Elasar, de Codorlaomor, rei de Elam, e de Tadal, rei dos goim, 2estes fizeram guerra contra Bara, rei de Sodoma, Bersa, rei de Gomorra, Senaab, rei de Adama, Semeber, rei de Seboim e o rei de Bela (este Segor). 3Estes ltimos se juntaram no vale de Sidim (que o mar do Sal). 4Por doze anos ficaram sujeitos a Codorlaomor, mas no dcimo terceiro anose revoltaram. 5No dcimo quarto ano vieram Codorlaomor e os reis que estavam com ele. Derrotaram os rafaim em Astarot-Carnaim, os zuzim em Ham, os emim na plancie de Cariataim, 6os horitas nas montanhas de Seir at El-Far, na margem do deserto. 7Eles voltaram e vieram Fonte do Julgamento (que Cades); derrotaram todo o territrio dos amalecitas e dos amorreus, que habitavam Asasontamar. 8Ento o rei de Sodoma, o rei de Gomorra, o rei de Adama, o rei de Seboim e o rei de Bela (este Segor) fizeram uma expedio e se colocaram em ordem de batalha contra eles no vale de Sidim, 9contra Codorlaomor, rei de Elam, Tadal, rei dos goim, Amrafel, rei de Senaar, e Arioc, rei de Elasar: quatro reis contra cinco! 10Ora, o vale de Sidim estava cheio de poos de betume; na sua fuga o rei de Sodoma e o rei de Gomorra caram neles, e o resto se refugiou na montanha. 11Os vencedores tomaram todos os bens de Sodoma e de Gomorra, e todos os seus alimentos, e se foram. 12Eles tomaram tambm L (o sobrinho de Abro) e seus bens, e se foram; ele morava em Sodoma. 13Um sobrevivente veio informar Abro, o hebreu, que habitava no Carvalho do amorreu Mambr, irmo de Escol e de Aner; eles eram os aliados de Abro. 11. 14Quando Abro soube que seu parente fora levado prisioneiro, fez sair seus aliados, seus familiares, em nmero de trezentos e dezoito, e deu perseguio at D. 15Ele os atacou de noite, em ordem dispersa, ele e seus homens, derrotou-os e perseguiu-os at Hoba, ao norte de Damasco. 16Recuperou todos os bens, e tambm seu parente L e seus bens, assim como as mulheres e a tropa. Melquisedec 17Quando Abro voltou, depois de ter derrotado Codorlaomor e os reis que estavam com ele, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Save (que o vale do Rei). 18Melquisedec, rei de Salm, trouxe po e vinho; ele era sacerdote do Deus Altssimo. 19Ele pronunciou esta bno: "Bendito seja Abro pelo Deus Altssimo que criou o cu e a terra, 20e bendito seja o Deus Altssimo que entregou teus inimigos entre tuas mos." E Abro lhe deu o dzimo de tudo. 21O rei de Sodoma disse a Abro: "Dme as pessoas e toma os bens para ti." 22Mas Abro respondeu ao rei de Sodoma: "Levanto a mo diante do Deus Altssimo que criou o cu e a terra: 23nem um fio, nem uma correia de sandlia, nada tomarei do que te pertence, para que no digas: 'Eu enriqueci Abro'. 24Nada para mim. Somente o que meus servos comeram, e a parte dos homens que vieram comigo, Aner, Escol e Mambr; eles tomaro sua parte." 15 As promessas e a aliana divinas 1Depois desses acontecimentos, a palavra de Iahweh foi dirigida a Abro, numa viso: "No temas, Abro! Eu sou o teu escudo, tua recompensa ser muito grande." 2Abro respondeu: "Meu Senhor Iahweh, que me dars? Continuo sem filho..."3Abro disse: "Eis que no me deste descendncia e um dos servos de minha casa ser meu herdeiro." 4Ento foi-lhe dirigida esta palavra de Iahweh: "No ser esse o teu herdeiro, mas algum sado de teu sangue." 5Ele o conduziu para fora e disse: "Ergue os olhos para o cu e conta as estrelas, se as podes contar", e acrescentou: "Assim ser a tua posteridade." 6Abro creu em Iahweh, e lhe foi tido em conta de justia. 7Ele lhe disse: "Eu sou Iahweh que te fez sair de Ur dos caldeus, para te dar esta terra como herana." 8 Abro respondeu: "Meu Senhor Iahweh, como saberei que hei de possu-la?" 9Ele lhe disse: "Procura-me uma novilha de trs anos, uma cabra de trs anos, um cordeiro de trs anos, uma rola e um pombinho." 10Ele lhe trouxe todos esses animais, partiu-os pelo meio e colocou cada metade em face da outra; entretanto, no partiu as aves. 11As aves de rapina desceram sobre os cadveres, mas Abro as expulsou. 12Quando o sol ia se pr, um torpor caiu sobre Abro e eis que foi tomado de grande pavor. 13Iahweh disse a Abro: "Sabe, com certeza, que teus descendentes sero estrangeiros numa terra que no ser a deles. L eles sero escravos, sero oprimidos durante quatrocentos anos. 14Mas eu julgarei a nao qual sero sujeitos, e em seguida sairo com grandes bens. 15Quanto a ti, em paz, irs para os teus pais, sers sepultado numa velhice feliz. 16 na quarta gerao que eles voltaro para c, porque at l a iniqidade dos amorreus no ter atingido o seu cmulo." 17Quando o sol se ps e estenderam-se as trevas, eis que uma fogueira fumegante e uma tocha de fogo passaram entre os animais divididos. 18Naquele dia Iahweh estabeleceu uma aliana com Abro nestes termos: " tua posteridade darei esta terra, do Rio do Egito at o Grande Rio, o rio Eufrates, 19os quenitas, os cenezeus, os cadmoneus, 20os heteus, os ferezeus, os rafaim, os amorreus, os cananeus, os gergeseus e os jebuseus." 16 Nascimento de Ismael 1A mulher de Abro, Sarai, no lhe dera filho. Mas tinha uma serva egpcia, chamada Agar, 2e Sarai disse a Abro: "V, eu te peo: Iahweh no permitiu que eu desse luz. Toma, pois, a minha serva. Talvez, por ela, eu venha a ter filhos." E Abro ouviu a voz de Sarai. 3Assim, depois de dez anos que Abro residia na terra de Cana, sua mulher Sarai tomou Agar, a egpcia, sua serva, e deu-a como mulher 12. a seu marido, Abro. 4Este possuiu Agar, que ficou grvida. Quando ela se viu grvida, comeou a olhar sua senhora com desprezo. 5Ento Sarai disse a Abro: "Tu s responsvel pela injria que me est sendo feita! Coloquei minha serva entre teus braos e, desde que ela se viu grvida, comeou a olhar-me com desprezo. Que Iahweh julgue entre mim e ti!" 6Abro disse a Sarai: "Pois bem, tua serva est em tuas mos; faze-lhe como melhor te parecer." Sarai a maltratou de tal modo que ela fugiu de sua presena. 7 O anjo de Iahweh a encontrou perto de uma certa fonte no deserto, a fonte que est no caminho de Sur. 8E ele disse: "Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais?" Ela respondeu: "Fujo da presena de minha senhora Sarai." 9O Anjo de Iahweh lhe disse: "Volta para a tua senhora e s-lhe submissa." 10O Anjo de Iahweh lhe disse: "Eu multiplicarei grandemente a tua descendncia, de tal modo que no se poder cont-la." 11 O Anjo de Iahweh lhe disse: "Ests grvida e dars luz um filho, e tu lhe dars o nome de Ismael, pois Iahweh ouviu tua aflio. 12Ele ser um potro de homem, sua mo contra todos, a mo de todos contra ele; ele se estabelecer diante de todos os seus irmos." 13A Iahweh, que lhe falou, Agar deu este nome: "Tu s El-Ro", pois, disse ela, "Vejo eu ainda aqui, depois daquele que me v?"14Foi por isso que se chamou a este poo de poo de Laai-Ro; ele se encontra entre Cades e Barad. 15Agar deu luz um filho a Abro, e Abro deu ao filho que lhe dera Agar o nome de Ismael. 16Abro tinha oitenta e seis anos quando Agar o fez pai de Ismael. 17 A aliana e a circunciso 1Quando Abro completou noventa e nove anos, Iahweh lhe apareceu e lhe disse: "Eu sou El Shaddai, anda na minha presena e s perfeito. 2Eu instituo minha aliana entre mim e ti, e te multiplicarei extremamente." 3E Abro caiu com a face por terra. Deus lhe falou assim: 4"Quanto a mim, eis a minha aliana contigo: sers pai de uma multido de naes. 5E no mais te chamars Abro, mas teu nome ser Abrao, pois eu te fao pai de uma multido de naes. 6Eu te tornarei extremamente fecundo, de ti farei naes, e reis sairo de ti. 7Estabelecerei minha aliana entre mim e ti, e tua raa depois de ti, de gerao em gerao, uma aliana perptua, para ser o teu Deus e o de tua raa depois de ti. 8A ti, e tua raa depois de ti, darei a terra em que habitas, toda a terra de Cana, em possesso perptua, e serei o vosso Deus. 9Deus disse a Abrao: "Quanto a ti, observars a minha aliana, tu e tua raa depois de ti, de gerao em gerao. 10E eis a minha aliana, que ser observada entre mim e vs, isto , tua raa depois de ti: todos os vossos machos sejam circuncidados. 11Fareis circuncidar a carne de vosso prepcio, e este ser o sinal da aliana entre mim e vs. 12Quando completarem oito dias, todos os vossos machos sero circuncidados, de gerao em gerao. Tanto o nascido em casa quanto o comprado por dinheiro a algum estrangeiro que no de tua raa, 13dever ser circuncidado o nascido em casa e o que for comprado por dinheiro. Minha aliana estar marcada na vossa carne como uma aliana perptua. 14O incircunciso, o macho cuja carne do prepcio no tiver sido cortada, esta vida ser eliminada de sua parentela: ele violou minha aliana." 15 Deus disse a Abrao: "A tua mulher Sarai, no mais a chamars de Sarai, mas seu nome Sara. 16Eu a abenoarei, e dela te darei um filho; eu a abenoarei, ela se tornar naes, e dela sairo reis de povos." 17Abrao caiu com o rosto por terra e se ps a rir, pois dizia a si mesmo: "Acaso nascer um filho a um homem de cem anos, e Sara que tem noventa anos dar ainda luz?" 18Abrao disse a Deus: "Oh! Que Ismael viva diante de ti!" 19Mas Deus respondeu: "No, mas tua mulher Sara te dar um filho: tu o chamars Isaac; estabelecerei minha aliana com ele, como uma aliana perptua, para ser seu Deus e o de sua raa depois dele. 20Em favor de Ismael tambm, eu te ouvi: eu o abeno, o tornarei fecundo, o farei crescer extremamente; gerar doze prncipes e dele farei uma grande nao. 21Mas minha aliana eu a estabelecerei com Isaac, que Sara 13. dar luz no prximo ano, nesta estao." 22Quando terminou de falar, Deus retirou-se de junto de Abrao. 23Ento Abrao tomou seu filho Ismael, todos os que nasceram em sua casa, todos os que comprara com seu dinheiro, todos os machos dentre os de sua casa e circuncidou a carne de seu prepcio, nesse mesmo dia, como Deus lhe dissera. 24 Abrao tinha noventa e nove anos de idade quando foi circuncidada a carne de seu prepcio, 25e Ismael, seu filho, tinha treze anos de idade quando foi circuncidada a carne de seu prepcio. 26Nesse mesmo dia foram circuncidados Abrao e seu filho Ismael, 27e todos os homens de sua casa, filhos da casa ou comprados por dinheiro a um estrangeiro, foram circuncidados com ele. 18 A apario de Mambr 1Iahweh lhe apareceu no Carvalho de Mambr, quando ele estava sentado na entrada da tenda, no maior calor do dia. 2Tendo levantado os olhos, eis que viu trs homens de p, perto dele; logo que os viu, correu da entrada da tenda ao seu encontro e se prostrou por terra. 3E disse: "Meu senhor, eu te peo, se encontrei graa a teus olhos, no passes junto de teu servo sem te deteres. 4Traga-se um pouco de gua e vos lavareis os ps, e vos estendereis sob a rvore. 5Trarei um pedao de po, e vos reconfortareis o corao antes de irdes mais longe; foi para isso que passastes junto de vosso servo!" Eles responderam: "Faze, pois, como disseste". 6 Abrao apressou-se para a tenda, junto a Sara, e disse: "Toma depressa trs medidas de farinha, de flor de farinha, amassa-as e faze pes cozidos." 7Depois correu Abrao ao rebanho e tomou um vitelo tenro e bom; deu-o ao servo que se apressou em prepar-lo. 8 Tomou tambm coalhada, leite e o vitelo que preparara e colocou tudo diante deles; permaneceu de p, junto deles, sob a rvore, e eles comeram. 9Eles lhe perguntaram: "Onde est Sara, tua mulher?" Ele respondeu: "Est na tenda." 10O hspede disse: "Voltarei a ti no prximo ano; ento tua mulher Sara ter um filho". Sara escutava, na entrada da tenda, atrs dele. 11Ora Abrao e Sara eram velhos, de idade avanada, e Sara deixara de ter o que tm as mulheres. 12Riu-se, pois, Sara no seu ntimo, dizendo: "Agora que estou velha e velho tambm est o meu senhor, terei ainda prazer?" 13Mas Iahweh disse a Abrao: "Por que se ri Sara, dizendo: 'Ser verdade que vou dar luz, agora que sou velha?' 14Acaso existe algo de to maravilhoso para Iahweh? Na mesma estao, no prximo ano, voltarei a ti, e Sara ter um filho." 15Sara desmentiu: "Eu no ri". disse ela, porque tinha medo; mas ele replicou: "Sim, tu riste." A intercesso de Abrao 16Tendo-se levantado, os homens partiram de l e chegaram a Sodoma. Abrao caminhava com eles, para os encaminhar. 17Iahweh disse consigo: "Ocultarei a Abrao o que vou fazer, 18j que Abrao se tornar uma nao grande e poderosa e por ele sero benditas todas as naes da terra? 19Pois eu o escolhi para que ele ordene a seus filhos e sua casa depois dele que guardem o caminho de Iahweh, realizando a justia e o direito; deste modo Iahweh realizar para Abrao o que lhe prometeu." 20Disse ento Iahweh: "O grito contra Sodoma e Gomorra muito grande! Seu pecado muito grave! 21Vou descer e ver se eles fizeram ou no tudo o que indica o grito que, contra eles, subiu at mim; ento ficarei sabendo." 22Os homens partiram de l e foram a Sodoma. Iahweh se mantinha ainda junto de Abrao. 23Este aproximou-se e disse: "Destruirs o justo com o pecador? 24Talvez haja cinqenta justos na cidade. Destruirs e no perdoars cidade pelos cinqenta justos que esto em seu seio? 25 Longe de ti fazeres tal coisa: fazer morrer o justo com o pecador, de modo que o justo seja tratado como o pecador! Longe de ti! No far justia o juiz de toda a terra?"26Iahweh respondeu: "Se eu encontrar em Sodoma cinqenta justos na cidade, perdoarei toda a cidade por causa deles." 27Disse mais Abrao: "Eu me atrevo a falar ao meu Senhor, eu que sou poeira e cinza. 28Mas talvez faltem cinco aos cinqenta justos: 14. por causa de cinco destruirs toda a cidade?" Ele respondeu: "No, se eu encontrar quarenta e cinco justos." 29Abrao retomou ainda a palavra e disse: "Talvez s existam quarenta." E ele respondeu: "Eu no o farei por causa dos quarenta." 30Disse Abrao: "Que meu senhor no se irrite e que eu possa falar: talvez ali se encontrem trinta." E ele respondeu: "Eu no o farei se ali encontrar trinta." 31Ele disse: "Eu me atrevo a falar a meu Senhor: talvez se encontrem vinte." E ele respondeu: "No destruirei por causa dos vinte." 32Ele disse: "Que meu Senhor no se irrite e falarei uma ltima vez: talvez se encontrem dez." E ele respondeu: "No destruirei, por causa dos dez." 33Iahweh, tendo acabado de falar com Abrao, foi-se e Abrao voltou para o seu lugar. 19 A destruio de Sodoma 1Ao anoitecer, quando os dois Anjos chegaram a Sodoma, L estava sentado porta da cidade. Logo que os viu, L se levantou ao seu encontro e prostrou-se com a face por terra. E disse: "Eu vos peo, meus senhores! Descei casa de vosso servo para a passardes a noite e lavar-vos os ps; de manh retomareis vosso caminho." Mas eles responderam: "No, ns passaremos a noite na praa." Tanto os instou que foram para sua casa e entraram. Preparou-lhes uma refeio, fez cozer pes zimos, e eles comeram. Eles no tinham ainda deitado quando a casa foi cercada pelos homens da cidade, os homens de Sodoma, desde os jovens at os velhos, todo o povo sem exceo. 5Chamaram L e lhe disseram: "Onde esto os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que deles abusemos." L saiu porta e, fechando-a atrs de si, 7disse-lhes: "Suplico-vos, meus irmos, no faais o mal! 8Ouvi: tenho duas filhas que ainda so virgens; eu vo-las trarei: fazei-lhes o que bem vos parecer, mas a estes homens nada faais, porque entraram sob a sombra de meu teto." 9Mas eles responderam: "Retira-te da! Um que veio como estrangeiro agora quer ser juiz! Pois bem, ns te faremos mais mal que a eles!" Arremessaram-se contra ele, L, e chegaram para arrombar a porta. 10Os homens, porm, estendendo o brao, fizeram L entrar para junto deles, na casa, e fecharam a porta. 11Quanto aos homens que estavam na entrada da casa, eles os feriram de cegueira, do menor at o maior, de modo que no conseguiam encontrar a entrada. 12Os homens disseram a L: "Ainda tens algum aqui? Teus filhos,tuas filhas, todos os teus que esto na cidade, faze-os sair deste lugar. 13 Porque vamos destruir este lugar, pois grande o grito que se ergueu contra eles diante de Iahweh, e Iahweh nos enviou para extermin-los." 14L foi falar com seus futuros genros, que estavam para casar com suas filhas: "Levantai-vos," disse ele, "deixai este lugar, porque Iahweh vai destruir a cidade." Mas seus futuros genros acharam que ele gracejava. 15Raiando a aurora, os Anjos insistiram com L, dizendo: "Levanta-te! Toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui se encontram, para que no pereas no castigo da cidade." 16E como ele hesitasse, os homens o tomaram pela mo, bem como sua mulher e suas duas filhas, pela piedade que Iahweh tinha dele. Eles o fizeram sair e o deixaram fora da cidade. 17Enquanto o levavam para fora, ele disse: "Salva-te, pela tua vida! No olhes para trs de ti nem te detenhas em nenhum lugar da Plancie; foge para a montanha, para no pereceres!" 18L lhe respondeu: "No, meu Senhor, eu te peo! 19 Teu servo encontrou graa a teus olhos e mostraste uma grande misericrdia a meu respeito, salvando-me a vida. Mas eu no posso me salvar na montanha, sem que me atinja a desgraa e eu venha a morrer. 20L est aquela cidade, bastante prxima, para a qual posso fugir; ela pouca coisa. Permite que eu fuja para l (porventura ela no pouca coisa?), e nela viverei!" 21Ele lhe respondeu: "Fao-te ainda esta graa: no destruirei a cidade de que falas. 22Depressa, refugia-te l, porque nada posso fazer enquanto no tiveres chegado l." por isso que se deu a essa cidade o nome de Segor. 23 Quando o sol se erguia sobre a terra e L entrou em Segor, 24Iahweh fez chover, sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogo vindos de Iahweh, 25e destruiu essas cidades e toda a Plancie, com todos os habitantes da cidade e a vegetao do solo. 26Ora, a mulher de L 15. olhou para trs e converteu-se numa esttua de sal. 27Levantando de madrugada, Abrao foi ao lugar onde estivera na presena de Iahweh 28e olhou para Sodoma, para Gomorra e para toda a Plancie, e eis que viu a fumaa subir da terra, como a fumaa de uma fornalha! 29Assim, quando Deus destruiu as cidades da Plancie, ele se lembrou de Abrao e retirou L do meio da catstrofe, na destruio das cidades em que L habitava. Origem dos moabitas e dos amonitas 30L subiu de Segor e se estabeleceu na montanha com suas duas filhas, porque no ousava continuar em Segor. Ele se instalou numa caverna, ele e suas duas filhas. 31A mais velha disse mais nova: "Nosso pai idoso e no h homem na terra que venha unir-se a ns, segundo o costume de todo o mundo. 32Vem, faamos nosso pai beber vinho e deitemo-nos com ele; assim suscitaremos uma descendncia de nosso pai." 33Elas fizeram seu pai beber vinho, naquela noite, e a mais velha veio deitar-se junto de seu pai, que no percebeu nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. 34No dia seguinte, a mais velha disse mais nova: "Na noite passada eu dormi com meu pai; faamo-lo beber vinho tambm nesta noite e vai deitar-te com ele; assim suscitaremos uma descendncia de nosso pai." 35 Elas fizeram seu pai beber vinho tambm naquela noite, e a menor deitou-se junto dele, que no percebeu nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. 36As duas filhas de L ficaram grvidas de seu pai. 37A mais velha deu luz um filho e o chamou Moab; o pai dos moabitas de hoje. 38A mais nova deu tambm luz um filho e o chamou Ben-Ami; o pai dos Ben-Amon de hoje. 20 Abrao em Gerara 1Abrao partiu dali para a terra do Negueb e habitou entre Cades e Sur. Ele foi morar em Gerara. 2Abrao disse de sua mulher Sara: " minha irm," e Abimelec, rei de Gerara, mandou buscar Sara. 3Mas Deus visitou Abimelec em sonho durante a noite, e lhe disse: "Vais morrer por causa da mulher que tomaste, pois ela uma mulher casada." 4Abimelec, que ainda no tinha se aproximado dela, disse: "Meu Senhor, vais matar algum inocente? 5Acaso no foi ele que me disse: ' minha irm,' e ela, ela mesma, no disse: ' meu irmo'? Foi com boa conscincia e mos puras que fiz isso!" 6Deus lhe respondeu no sonho: "Tambm eu sei que fizeste isso em boa conscincia, e fui eu quem te impediu de pecar contra mim, no permitindo que a tocasses. 7Agora, devolve a mulher desse homem: ele profeta e interceder por ti, para que vivas. Mas se no a devolveres, saibas que certamente morrers, com todos os teus." 8Abimelec levantou-se cedo e chamou todos os seus servos. Narrou-lhes tudo isso e os homens tiveram grande temor. 9Em seguida Abimelec chamou Abrao e lhe disse: "Que nos fizeste? Que ofensa cometi contra ti para que atraias to grande culpa sobre mim e sobre meu reino? Tu me fizeste como no se deve fazer." 10E Abimelec disse a Abrao: "Quem te pediu para agir assim?" 11Abrao respondeu: "Eu disse para comigo: Certamente no haver nenhum temor de Deus neste lugar, e me mataro por causa de minha mulher. 12Alm disso, ela realmente minha irm, filha de meu pai, mas no filha de minha me, e tornou-se minha mulher. 13Ento, quando Deus me fez andar errante longe de minha famlia, eu disse a ela: Eis o favor que me fars: em todo lugar em que estivermos, dirs a meu respeito que eu sou teu irmo." 14Abimelec tomou ovelhas e bois, servos e servas e os deu a Abrao, e lhe devolveu sua mulher Sara. 15Disse ainda Abimelec: "Eis que a minha terra est aberta diante de ti. Estabelece-te onde bem quiseres." 16A Sara, ele disse: "Eis aqui mil siclos de prata que dou a teu irmo. Isto ser para ti um como vu lanado sobre os olhos de todos os que esto contigo, e ests justificada de tudo isso." 17Abrao intercedeu junto de Deus e Deus curou Abimelec, sua 16. mulher e seus servos, a fim de que pudessem ter filhos. 18Pois Iahweh tornara estril o seio de todas as mulheres na casa de Abimelec, por causa de Sara, a mulher de Abrao. 21 Nascimento de Isaac 1Iahweh visitou Sara, como dissera, e fez por ela como prometera. 2Sara concebeu e deu luz um filho a Abrao j velho, no tempo que Deus tinha marcado. 3Ao filho que lhe nasceu, gerado por Sara, Abrao deu o nome de Isaac. 4 Abrao circuncidou seu filho Isaac, quando ele completou oito dias, como Deus lhe ordenara. 5 Abrao tinha cem anos quando lhe nasceu seu filho Isaac. 6E disse Sara: "Deus me deu motivo de riso, todos os que o souberem riro comigo." 7Ela disse tambm: "Quem teria dito a Abrao que Sara amamentaria filhos! Pois lhe dei um filho na sua velhice." Expulso de Agar e Ismael 8A criana cresceu e foi desmamada, e Abrao deu uma grande festa no dia em que Isaac foi desmamado. 9Ora, Sara percebeu que o filho nascido a Abrao da egpcia Agar, brincava" com seu filho Isaac, 10e disse a Abrao: "Expulsa esta serva e seu filho, para que o filho desta serva no seja herdeiro com meu filho Isaac." 11Esta palavra, acerca de seu filho, desagradou muito a Abrao, 12mas Deus lhe disse: "No te lastimes por causa da criana e de tua serva: tudo o que Sara te pedir, concede-o, porque por Isaac que uma descendncia perpetuar o teu nome, 13mas do filho da serva eu farei tambm uma grande nao, pois ele de tua raa." 14Abrao levantou-se cedo, tomou po e um odre de gua que deu a Agar; colocou-lhe a criana sobre os ombros e depois a mandou embora. Ela saiu andando errante no deserto de Bersabia. 15Quando acabou a gua do odre, ela colocou a criana debaixo de um arbusto 16e foi sentar-se defronte, distncia de um tiro de arco. Dizia consigo mesma: "No quero ver morrer a criana!" Sentou-se defronte e se ps a gritar e chorar. 17Deus ouviu os gritos da criana e o Anjo de Deus, do cu, chamou Agar, dizendo: "Que tens, Agar? No temas, pois Deus ouviu os gritos da criana, do lugar onde ele est. 18Erguete! Levanta a criana, segura-a firmemente, porque eu farei dela uma grande nao." 19 Deus abriu os olhos de Agar e ela enxergou um poo. Foi encher o odre e deu de beber ao menino. 20Deus esteve com ele; ele cresceu e residiu no deserto, e tornou-se um flecheiro. 21Ele morou no deserto de Far e sua me lhe escolheu uma mulher da terra do Egito. Abrao e Abimelec em Bersabia 22Naquele tempo, Abimelec veio, com Ficol, o chefe de seu exrcito, dizer a Abrao: "Deus est contigo em tudo o que fazes. 23Agora pois, jura-me aqui, por Deus, que no me enganars, nem a minha linhagem e parentela, e que ters para comigo para com esta terra em que vieste como hspede a mesma amizade que tive por ti." 24Abrao respondeu: "Sim, eu o juro!" 25Abrao repreendeu a Abimelec a respeito do poo que os servos de Abimelec tinham usurpado. 26E Abimelec respondeu: "Eu no sei quem pde fazer isso: tu jamais me informaste a respeito, e somente hoje ouo falar disso." 27Abrao tomou ovelhas e bois e os deu a Abimelec, e ambos concluram uma aliana. 28Abrao ps parte sete ovelhas do rebanho, 29e Abimelec lhe perguntou: "A que servem essas sete ovelhas que puseste parte?" 30Ele respondeu: " para que aceites de minha mo essas sete ovelhas, a fim de que sejam um testemunho de que eu cavei este poo." 31Por isso se chamou este lugar Bersabia, porque ali ambos fizeram juramento. 32Depois que concluram aliana em Bersabia, Abimelec levantou-se, com Ficol, o chefe de seu exrcito, e retornaram terra dos filisteus. 33Abrao plantou uma tamargueira em Bersabia, e a invocou o nome de Iahweh, Deus de Eternidade. 34Abrao residiu por muito tempo na terra dos filisteus. 17. 22 O sacrifcio de Abrao 1Depois desses acontecimentos, sucedeu que Deus ps Abrao prova e lhe disse: "Abrao! Abrao!" Ele respondeu: "Eis-me aqui!" 2Deus disse: "Toma teu filho, teu nico, que amas, Isaac, e vai terra de Mori, e l o oferecers em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei." 3Abrao se levantou cedo, selou seu jumento e tomou consigo dois de seus servos e seu filho Isaac. Ele rachou a lenha do holocausto e se ps a caminho para o lugar que Deus havia indicado. 4 No terceiro dia, Abrao, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5Abrao disse a seus servos: "Permanecei aqui com o jumento. Eu e o menino iremos at l, adoraremos e voltaremos a vs." 6Abrao tomou a lenha do holocausto e a colocou sobre seu filho Isaac, tendo ele mesmo tomado nas mos o fogo e o cutelo, e foram-se os dois juntos. 7 Isaac dirigiu-se a seu pai Abrao e disse: "Meu pai!" Ele respondeu: "Sim, meu filho!" "Eis o fogo e a lenha," retomou ele, "mas onde est o cordeiro para o holocausto?" 8 Abrao respondeu: " Deus quem prover o cordeiro para o holocausto, meu filho", e foram-se os dois juntos. 9Quando chegaram ao lugar que Deus lhe indicara, Abrao construiu o altar, disps a lenha, depois amarrou seu filho e o colocou sobre o altar, em cima da lenha. 10Abrao estendeu a mo e apanhou o cutelo para imolar seu filho. 11Mas o anjo de Iahweh o chamou do cu e disse: "Abrao! Abrao!" Ele respondeu: "Eis-me aqui!" 12O Anjo disse: "No estendas a mo contra o menino! No lhe faas nenhum mal! Agora sei que temes a Deus: tu no me recusaste teu filho, teu nico." 13Abrao ergueu os olhos e viu um cordeiro, preso pelos chifres num arbusto; Abrao foi pegar o cordeiro e o ofereceu em holocausto no lugar de seu filho. 14A este lugar Abrao deu o nome de "Iahweh prover", de sorte que se diz hoje: "Sobre a montanha, Iahweh prover." 15O Anjo de Iahweh chamou uma segunda vez a Abrao, do cu, 16dizendo: "Juro por mim mesmo, palavra de Iahweh: porque me fizeste isso, porque no me recusaste teu filho, teu nico, 17eu te cumularei de bnos, eu te darei uma posteridade to numerosa quanto as estrelas do cu e quanto a areia que est na praia do mar, e tua posteridade conquistar a porta de seus inimigos. 18Por tua posteridade sero abenoadas todas as naes da terra, porque tu me obedeceste." 19Abrao voltou aos seus servos e juntos puseram-se a caminho para Bersabia. Abrao residiu em Bersabia. A descendncia de Nacor 20Depois desses acontecimentos anunciou-se a Abrao que Melca tambm dera filhos a seu irmo Nacor: 21seu primognito Hus, Buz, seu irmo, Camuel, pai de Aram, 22Cased, Azau, Feldas, Jedlad, Batuel 23(e Batuel gerou Rebeca). So os oito filhos que Melca deu a Nacor, o irmo de Abrao. 24Ele tinha uma concubina, chamada Roma, que tambm teve filhos: Tab-Gaam, Tas e Maaca. 23 O tmulo dos Patriarcas 1A durao da vida de Sara foi de cento e vinte e sete anos, 2e ela morreu em Cariat Arbe (que Hebron), na terra de Cana. Abrao veio cumprir o luto por Sara e chor-la. 3Depois Abrao levantou-se diante de seu morto e falou assim aos filhos de Het: 4"No meio de vs sou um estrangeiro e um residente. Concedei-me uma posse funerria, entre vs, para que leve meu morto e o enterre." 5Os filhos de Het deram esta resposta a Abrao: 6"Meu senhor, ouve-nos! Tu s um prncipe de Deus entre ns; enterra teu morto na melhor de nossas sepulturas; ningum te recusar sua sepultura a fim de que possas enterrar teu morto." 7Abrao levantou-se e se inclinou diante dos homens da terra, os filhos de Het, 8e assim lhes falou: "Se consentis que eu leve meu morto e o enterre, ouvi-me e intercedei por mim junto a Efron, filho de Seor, 9a fim de que ele me ceda a gruta de Macpela, que lhe pertence e que est na extremidade de seu campo. Que ele ma d por seu pleno valor, na vossa presena, como posse funerria." 10Ora, Efron estava sentado entre os filhos de Het, e Efron, o heteu, respondeu a Abrao, ouvindo-o os filhos de Het e todos os que entravam pela porta de 18. sua cidade: 11"No, meu senhor, ouve-me! Eu te dou o campo e te dou tambm a gruta que nele est, fao-te este dom na presena dos filhos de meu povo. Enterra teu morto." 12 Abrao se inclinou diante dos homens da terra 13e assim falou a Efron, diante dos homens da terra: "Se concordas, ouve-me, eu te peo! Darei o preo do campo, aceita-o de mim, e l enterrarei meu morto." 14Efron respondeu a Abrao: 15"Meu senhor, ouveme; uma terra de quatrocentos siclos de prata, o que isso entre mim e ti? Enterra teu morto." 16Abrao deu seu consentimento a Efron. Abrao pesou para Efron o dinheiro de que falara, diante dos filhos de Het: quatrocentos siclos de prata corrente entre os mercadores. 17Assim o campo de Efron, que est em Macpela, defronte de Mambr, o campo e a gruta que ali est, e todas as rvores que esto no campo, em seu limite, 18 passaram a ser propriedade de Abrao, diante dos filhos de Het, de todos os que entravam pela porta de sua cidade. 19Em seguida Abrao enterrou Sara na gruta do campo de Macpela, defronte de Mambr (que Hebron), na terra de Cana. 20Foi assim que o campo e a gruta que ali est foram adquiridos por Abrao dos filhos de Het, como posse funerria. A Casamento de Isaac 1Abrao era ento um velho avanado em dias, e Iahweh em tudo havia abenoado a Abrao. 2Abrao disse ao servo mais velho de sua casa, que governava todos os seus bens: "Pe tua mo debaixo de minha coxa. 3Eu te fao jurar por Iahweh, o Deus do cu e o Deus da terra, que no tomars para meu filho uma mulher entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito. 4Mas irs minha terra, minha parentela, e escolhers uma mulher para meu filho Isaac."5Perguntou-lhe o servo: "Talvez a mulher no queira me seguir aqui nesta terra; ser preciso que eu conduza teu filho para a terra de onde saste?" 6 Abrao lhe respondeu: "Em nenhum caso leva meu filho para l. 7Iahweh, o Deus do cu e o Deus da terra, que me tomou de minha terra paterna e da terra de minha parentela, que me disse e que jurou que daria esta terra minha descendncia, Iahweh enviar seu anjo diante de ti, para que tomes l uma mulher para meu filho. 8Se a mulher no quiser te seguir, ficars desobrigado do juramento que te imponho. Em todo caso, no conduzas meu filho para l." 9O servo ps a mo sob a coxa de seu senhor Abrao e jurou assim proceder. 10O servo tomou dez camelos de seu senhor e, levando consigo de tudo o que seu senhor tinha de bom, ps-se a caminho para Aram Naaraim, para a cidade de Nacor. 11Ele fez ajoelhar os camelos fora da cidade, perto do poo, tarde, na hora em que as mulheres saem para tirar gua. 12 E disse: "Iahweh, Deus de meu senhor Abrao, s-me hoje propcio e mostra tua benevolncia para com meu senhor Abrao! 13Eis que estou junto fonte e as filhas dos homens da cidade saem para tirar gua. 14A jovem a quem eu disser: 'Inclina o teu cntaro para que eu beba' e que responder: 'Bebe, e tambm a teus camelos darei de beber,' esta ser a que designaste para teu servo Isaac, e assim saberei que mostraste benevolncia para com meu senhor." 15No havia ele acabado de falar, eis que saiu Rebeca, filha de Batuel, filho de Melca, a mulher de Nacor, irmo de Abrao, trazendo seu cntaro sobre o ombro. 16A jovem era muito bela; era virgem, nenhum homem dela se aproximara. Ela desceu fonte, encheu seu cntaro e subiu. 17O servo correu para diante dela e disse: "Por favor, deixa-me beber um pouco da gua de teu cntaro." 18Ela respondeu: "Bebe, meu senhor", e abaixou depressa seu cntaro sobre o brao e o fez beber. 19Quando acabou de lhe dar de beber, ela disse: "Vou dar de beber tambm a teus camelos, at que fiquem saciados." 20Apressou-se em esvaziar seu cntaro no bebedouro, correu ao poo para tirar gua e tirou-a para todos os camelos. 21O homem a observava em silncio, perguntando-se se Iahweh tinha ou no levado a bom termo sua misso. 22Quando os camelos acabaram de beber, o homem tomou um anel de ouro pesando meio siclo, que ps em sua narinas, e, em seus braos, dois braceletes pesando 19. dez siclos de ouro, 23e disse: "De quem s filha? Peo-te que mo digas. Haver lugar na casa de teu pai para que passemos a noite?" 24Ela respondeu: "Eu sou filha de Batuel, o filho que Melca gerou a Nacor," 25e prosseguiu: "Em nossa casa h palha e forragem em quantidade, e lugar para pernoitar." 26Ento o homem se prostrou e adorou a Iahweh, 27e disse: "Bendito seja Iahweh, Deus de meu senhor Abrao, que no retirou sua benevolncia e sua bondade a meu senhor. Iahweh guiou meus passos casa do irmo de meu senhor!" 28A jovem correu para anunciar aos da casa de sua me o que acontecera. 29Ora, Rebeca tinha um irmo que se chamava Labo, e Labo correu para o homem, na fonte. 30Pois quando viu o anel e os braceletes que trazia sua irm, e quando ouviu sua irm Rebeca dizer: "Eis como este homem me falou", ele foi ao encontro do homem e o achou ainda de p junto aos camelos, na fonte. 31Ele lhe disse: "Vem, bendito de Iahweh! Por que permaneces de fora, quando j preparei a casa e lugar para os camelos?" 32O homem veio casa e Labo descarregou os camelos, deu palha e forragem aos camelos e, a ele e aos homens que o acompanhavam, gua para lavarem os ps. 33Quando lhe ofereceram comida, ele disse: "No comerei antes de ter dito o que tenho a dizer." E Labo respondeu: "Fala." 34Ele disse: "Eu sou servo de Abrao. 35 Iahweh cumulou meu senhor de bnos e ele tornou-se muito rico: deu-lhe ovelhas e bois, prata e ouro, servos, servas, camelos e jumentos. 36Sara, a mulher de meu senhor, quando ele j era velho, gerou-lhe um filho, ao qual ele transmitiu todos os seus bens. 37 Meu senhor me fez prestar este juramento: 'No tomars para meu filho uma mulher entre as filhas dos cananeus, em cuja terra habito. 38Infeliz de ti se no fores minha casa paterna, minha famlia, escolher uma mulher para meu filho!' 39Eu disse a meu senhor: 'Talvez essa mulher no queira me seguir,' 40e ele me respondeu: 'Iahweh, na presena de quem eu ando, enviar seu Anjo contigo, ele te dar xito, e tomars para meu filho uma mulher de minha famlia, de minha casa paterna. 41Ento ficars desobrigado da minha maldio: irs minha famlia e, se eles te recusarem, estars livre de minha maldio.' 42Hoje cheguei fonte e disse: 'Iahweh, Deus de meu senhor Abrao, mostra, eu te peo, se ests disposto a levar a bom termo o caminho que percorri: 43eis-me aqui junto fonte; a jovem que sair para tirar gua, a quem eu disser: Por favor, d-me de beber um pouco da gua de teu cntaro, 44e que me responder: Bebe, e tirarei gua tambm para teus camelos, ser a mulher que Iahweh destinou ao filho de meu senhor.' 45Eu no acabara de falar comigo mesmo e eis que saiu Rebeca com seu cntaro sobre o ombro. Ela desceu fonte e tirou gua. Eu lhe disse: 'D-me de beber, por favor!' 46Ela logo abaixou seu cntaro e disse: 'Bebe; darei de beber tambm a teus camelos.' Eu bebi e ela deu de beber tambm a meus camelos. 47Eu lhe perguntei: 'De quem s filha?,' e ela respondeu: 'Eu sou a filha de Batuel, o filho que Melca deu a Nacor.' Ento eu coloquei este anel em suas narinas e estes braceletes em seus braos, 48 prosternei-me, adorei a Iahweh, bendisse a Iahweh, Deus de meu senhor Abrao, que me conduziu por um caminho de bondade, a fim de tomar para seu filho a filha do irmo de meu senhor.49Agora, se estais dispostos a mostrar benevolncia e bondade a meu senhor, declarai-mo; se no, declarai-mo, para que eu v para a direita ou para a esquerda." 50Labo e Batuel tomaram a palavra e disseram: "Isto procede de Iahweh, no te podemos dizer nem sim e nem no. 51Eis Rebeca na tua presena; toma-a e parte, que ela seja a mulher do filho de teu senhor, como disse Iahweh." 52Quando o servo de Abrao ouviu essas palavras, prostrou-se por terra diante de Iahweh. 53Tirou jias de prata e de ouro, e vestidos, e os deu a Rebeca; fez tambm ricos presentes a seu irmo e sua me. 54Comeram e beberam, ele e os homens que o acompanhavam, e passaram a noite. De manh, quando se levantaram, ele disse: "Deixai-me ir para o meu senhor." 55 Ento o irmo e a me de Rebeca disseram: "Que a jovem fique ainda dez dias conosco, em seguida ela partir." 56Mas ele lhes respondeu: "No me detenhais, pois foi 20. Iahweh quem me deu xito; deixai-me partir, a fim de que eu v para o meu senhor." 57 Eles disseram: "Chamemos a jovem e peamos-lhe seu parecer." 58Eles chamaram Rebeca e lhe disseram: "Queres partir com este homem?" E ela respondeu: "Quero." 59 Ento eles deixaram partir sua irm Rebeca, com sua ama, o servo de Abrao e seus homens. 60Eles abenoaram Rebeca e lhe disseram: "Tu s nossa irm: s tu milhares de mirades! Que tua posteridade conquiste a porta de seus inimigos!" 61Rebeca e suas servas se levantaram, montaram sobre os camelos e seguiram o homem. O servo tomou Rebeca e partiu. 62Isaac voltara do poo de Laai-Ro, e habitava na terra do Negueb. 63 Ora, Isaac saiu para passear no campo, ao pr-do-sol, e, erguendo os olhos, viu que chegavam camelos. 64E Rebeca, erguendo os olhos, viu Isaac. Ela apeou do camelo 65e disse ao servo: "Quem aquele homem, no campo, que vem ao nosso encontro?" O servo respondeu: " meu senhor." Ento ela tomou seu vu e se cobriu. 66O servo contou a Isaac todas as coisas que havia feito. 67E Isaac introduziu Rebeca em sua tenda: ele a tomou e ela se tornou sua mulher e ele a amou. E Isaac se consolou da morte de sua me. 25 A descendncia de Cetura 1Abrao tomou ainda uma mulher, que se chamava Cetura. 2Ela lhe gerou Zamr, Jecs, Mad, Madi, Jesboc e Su 3Jecs gerou Sab e Dad, e os filhos de Dad foram os assurim, os latusim e os loomim. 4Filhos de Madi: Efa, Ofer, Henoc, Abida, Elda. Todos esses so filhos de Cetura. 5Abrao deu todos os seus bens a Isaac. 6Quanto aos filhos de suas concubinas, Abrao lhes deu presentes e os enviou, ainda em vida, para longe de seu filho Isaac, para o leste, para a terra do Oriente. Morte de Abrao 7Eis a durao da vida de Abrao: cento e setenta e cinco anos. 8 Depois Abrao expirou; morreu numa velhice feliz, idoso, e foi reunido sua parentela. 9 Isaac e Ismael, seus filhos, enterraram-no na gruta de Macpela, no campo de Efron, filho de Seor, o heteu, que est defronte de Mambr. 10 o campo que Abrao comprara dos filhos de Het; nele foram enterrados Abrao e sua mulher Sara. 11Depois da morte de Abrao, Deus abenoou seu filho Isaac, e Isaac habitou junto ao poo de Laai-Ro. A descendncia de Ismael 12Eis a descendncia de Ismael, o filho de Abrao, que lhe gerou Agar, a serva egpcia de Sara. 13Eis os nomes dos filhos de Ismael, segundo seus nomes e sua linhagem: o primognito de Ismael, Nabaiot, depois Cedar, Adbeel, Mabsam, 14Masma, Duma, Massa, 15Hadad, Tema, Jetur, Nafis e Cedma. 16Esses so os filhos de Ismael e esses so os seus nomes por aduares e acampamentos: doze chefes de cls. 17Eis a durao da vida de Ismael: cento e trinta e sete anos. Depois ele expirou; morreu e foi reunido sua parentela. 18Ele habitou desde Hvila at Sur, que est a leste do Egito, na direo da Assria. Ele se estabeleceu defronte de todos os seus irmos. III. Histria de Isaac e de Jac Nascimento de Esa e Jac 19Eis a histria de Isaac, filho de Abrao. Abrao gerou Isaac. 20Isaac tinha quarenta anos quando se casou com Rebeca, filha de Batuel, o arameu de Pad-Aram, e irm de Labo, o arameu.21Isaac implorou a Iahweh por sua mulher, porque ela era estril: Iahweh o ouviu e sua mulher Rebeca ficou grvida. 22Ora, as crianas lutavam dentro dela e ela disse: "Se assim, para que viver?" Foi ento consultar a Iahweh, 23e Iahweh lhe disse: "H duas naes em teu seio, dois povos sados de ti, se separaro, um povo dominar um povo, o mais velho servir ao mais novo." 24Quando chegou o tempo de dar luz, eis que ela trazia gmeos. 25Saiu o 21. primeiro: era ruivo e peludo como um manto de plos; foi chamado de Esa. 26Em seguida saiu seu irmo, e sua mo segurava o calcanhar de Esa; foi chamado de Jac. Isaac tinha sessenta anos quando eles nasceram. 27Os meninos cresceram: Esa tornouse um hbil caador, correndo a estepe; Jac era um homem tranqilo, morando sob tendas. 28Isaac preferia Esa, porque apreciava a caa, mas Rebeca preferia Jac. Esa cede seu direito de primogenitura 29Certa vez, Jac preparou um cozido e Esa voltou do campo, esgotado. 30Esa disse a Jac: "Deixa-me comer dessa coisa ruiva, pois estou esgotado." por isso que ele foi chamado de Edom. 31Jac disse: "Vende-me primeiro teu direito de primogenitura." 32Esa respondeu: "Eis que eu vou morrer, de que me servir o direito de primogenitura?" 33Jac retomou: "Jura-me primeiro." Ele lhe jurou e vendeu seu direito de primogenitura a Jac. 34Ento Jac lhe deu po e o cozido de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e partiu. Assim desprezou Esa o direito de primogenitura. 26 Isaac em Gerara 1Houve uma fome na terra alm da primeira fome que teve lugar no tempo de Abrao e Isaac foi a Gerara, junto a Abimelec, rei dos filisteus. 2 Iahweh lhe apareceu e disse: "No desas ao Egito; fica na terra que eu te disser. 3 Habita nesta terra, eu estarei contigo e te abenoarei. Porque a ti e tua raa que eu darei todas estas terras e manterei o juramento que fiz a teu pai Abrao. 4Eu farei a tua posteridade numerosa como as estrelas do cu, eu lhe darei todas estas terras, e por tua posteridade sero abenoadas todas as naes da terra, 5porque Abrao me obedeceu, guardou meus preceitos, meus mandamentos, minhas regras e minhas leis." 6Isaac, pois, ficou em Gerara. 7Os homens do lugar interrogaram-no sobre sua mulher e ele respondeu: " minha irm." Ele teve medo de dizer: "Minha mulher," pensando: "Os homens do lugar me mataro por causa de Rebeca, pois ela bonita". 8Ele estava l h muito tempo quando Abimelec, rei dos filisteus, olhando uma vez pela janela, viu que Isaac acariciava Rebeca, sua mulher. 9Abimelec chamou Isaac e disse: " evidente que tua mulher! Como pudeste dizer: ' minha irm'?" Isaac lhe respondeu: "Pensei comigo: corro o risco de morrer por causa dela." 10Retomou Abimelec: "Que nos fizeste? Por pouco algum do povo dormia com tua mulher e tu nos atrairias uma falta!" 11Ento Abimelec deu esta ordem a todo o povo: "Quem tocar neste homem e na sua mulher, morrer." 12Isaac semeou naquela terra e, naquele ano, colheu o cntuplo. Iahweh o abenoou 13e o homem se enriqueceu, enriqueceu-se cada vez mais, at tornar-se extremamente rico. 14Ele tinha rebanhos de bois e ovelhas e numerosos servos. Por causa disso os filisteus ficaram invejosos. Os poos entre Gerara e Bersabia 15Todos os poos que os servos de seu pai haviam cavado, do tempo de seu pai Abrao, os filisteus os haviam entulhado e coberto de terra. 16Abimelec disse a Isaac: "Vai-te daqui, pois te tornaste muito mais poderoso do que ns." 17Isaac partiu, pois, de l e acampou no vale de Gerara, onde se estabeleceu. 18Isaac cavou de novo os poos que tinham cavado os servos de seu pai Abrao e que os filisteus tinham entulhado depois da morte de Abrao, e lhes deu os mesmos nomes que seu pai lhes dera. 19Os servos de Isaac cavaram no vale e encontraram l um poo de guas vivas. 20Mas os pastores de Gerara entraram em disputa com os pastores de Isaac, dizendo: "A gua nossa!" Isaac chamou a este poo de Esec, pois querelaram por causa dele. 21Cavaram outro poo e houve ainda uma disputa a seu respeito; ele o chamou de Sitna. 22Ento partiu de l e cavou outro poo; e como por esse no disputaram, chamou-o de Reobot e disse: "Agora Iahweh nos deu o campo livre para que prosperemos na terra." 23De l ele subiu a Bersabia. 24Iahweh lhe 22. apareceu naquela noite e disse: "Eu sou o Deus de teu pai Abrao. Nada temas, pois estou contigo. Eu te abenoarei, multiplicarei tua posteridade em considerao a meu servo Abrao." 25Ali ele construiu um altar e invocou o nome de Iahweh. Ali ele armou sua tenda. Os servos de Isaac cavaram um poo. Aliana com Abimelec 26Veio v-lo Abimelec de Gerara, com Ocozat, seu conselheiro, e Ficol, o chefe de seu exrcito. 27Isaac lhes disse: "Por que vindes a mim, j que me odiais e me expulsastes do vosso meio?" 28Eles responderam: "Vimos com clareza que Iahweh estava contigo e dissemos: Que haja um juramento entre ns e ti e concluamos uma aliana contigo: 29jura que no nos fars nenhum mal, como tambm ns no te molestamos e te deixamos partir em paz. Agora, s um abenoado de Iahweh." 30Ele lhes preparou uma festa, e comeram e beberam. 31Levantando-se de madrugada, fizeram um juramento mtuo. Depois Isaac os despediu e eles o deixaram em paz. 32Ora, foi naquele dia que os servos de Isaac lhe trouxeram notcias do poo que cavaram, dizendo: "Encontramos gua!" 33Chamou ao poo Seba, donde o nome da cidade Bersabia, at hoje. As mulheres hetias de Esa 34Quando Esa completou quarenta anos, tomou como mulheres Judite, filha de Beeri, o heteu, e Basemat, filha de Elon, o heteu. 35Elas se tornaram uma amargura para Isaac e Rebeca. 27 Jac intercepta a bno de Isaac 1Isaac tornou-se velho e seus olhos se enfraqueceram a ponto de no mais enxergar. Ele chamou seu filho mais velho, Esa: "Meu filho!", disse-lhe, e este respondeu: "Sim!" 2Ele retomou: "Vs, estou velho e no conheo o dia de minha morte. 3Agora, toma tuas armas, tua aljava e teu arco, sai ao campo e apanha-me uma caa. 4Faze-me um bom prato, como eu gosto e traze-mo, a fim de que eu coma e minha alma te abenoe antes que eu morra." 5Ora, Rebeca ouvia enquanto Isaac falava com seu filho Esa. Esa foi, pois, ao campo apanhar uma caa para seu pai. 6Rebeca disse a seu filho Jac: "Ouvi teu pai dizer a teu irmo Esa: 7'Traze-me uma caa e faze-me um bom prato, eu comerei e te abenoarei diante de Iahweh antes de morrer.' 8Agora, ouve-me e faze como te ordeno. 9Vai ao rebanho e traze-me de l dois belos cabritos, e prepararei para teu pai um bom prato, como ele gosta. 10Tu o apresentars a teu pai e ele comer, a fim de que te abenoe antes de morrer." 11Jac disse sua me Rebeca: "V: meu irmo Esa peludo, e eu tenho a pele muito lisa. 12Talvez meu pai me apalpe: ver que zombei dele e atrairei sobre mim a maldio em lugar da bno." 13Mas sua me lhe respondeu: "Caia sobre mim tua maldio, meu filho! Obedece-me, vai e traze-me os cabritos." 14Ele foi busc-los e os trouxe para a sua me que preparou um bom prato, a gosto de seu pai. 15Rebeca tomou as mais belas roupas de Esa, seu filho mais velho, que tinha em casa, e com elas revestiu Jac, seu filho mais novo. 16Com a pele dos cabritos ela lhe cobriu os braos e a parte lisa do pescoo. 17Depois colocou o prato e o po que preparara nas mos de seu filho Jac. 18Jac foi a seu pai e disse: "Meu pai!" Este respondeu: "Sim! Quem s tu, meu filho?" 19Jac disse a seu pai: "Sou Esa, teu primognito; fiz o que me ordenaste. Levanta-te, por favor, assenta-te e come de minha caa, a fim de que tua alma me abenoe." 20Isaac disse a Jac: "Como a encontraste depressa, meu filho!" E ele respondeu: " que Iahweh teu Deus me foi propcio." 21Isaac disse a Jac: "Aproximate, pois, para que te apalpe, meu filho, para saber se s ou no o meu filho Esa." 22Jac aproximou-se de seu pai Isaac, que o apalpou e disse: "A voz a de Jac, mas os braos so os de Esa!" 23Ele no o reconheceu porque seus braos estavam peludos como os de Esa, seu irmo, e ele o abenoou. 24Disse: "Tu s meu filho Esa?" E o outro 23. respondeu: "Sim." 25Isaac retomou: "Serve-me e que eu coma da caa de meu filho, a fim de que minha alma te abenoe." Ele o serviu e Isaac comeu, apresentou-lhe vinho e ele bebeu. 26Seu pai Isaac lhe disse: "Aproxima-te e beija-me, meu filho!" 27Ele se aproximou e beijou o pai, que respirou o odor de suas roupas. Ele o abenoou assim: "Sim, o odor de meu filho como o odor de um campo frtil que Iahweh abenoou. 28 Que Deus te d o orvalho do cu e as gorduras da terra, trigo e vinho em abundncia! 29 Que os povos te sirvam, que naes se prostrem diante de ti! S um senhor para teus irmos, que se prostrem diante de ti os filhos de tua me! Maldito seja quem te amaldioar! Bendito seja quem te abenoar!" 30Isaac tinha acabado de abenoar a Jac e Jac acabava de sair de junto de seu pai Isaac, quando seu irmo Esa voltou da caa. 31 Tambm ele preparou um bom prato e o trouxe a seu pai. Ele lhe disse: "Que meu pai se levante e coma da caa de seu filho, a fim de que tua alma me abenoe!" 32Seu pai Isaac lhe perguntou: "Quem s tu?" "Sou teu filho primognito, Esa," respondeu ele. 33Ento Isaac estremeceu com grande emoo e disse: "Quem , pois, aquele que apanhou a caa e ma trouxe? Confiando, eu comi antes que tu viesses e o abenoei, e ele ficar abenoado!" 34Quando Esa ouviu as palavras de seu pai, gritou com muita fora e amargor e disse ao pai: "Abenoa-me tambm, meu pai!" 35Mas este respondeu: "Teu irmo veio com astcia e tomou tua bno." 36Esa retomou: "Com razo se chama Jac: a segunda vez que me enganou. Ele tomou meu direito de primogenitura e eis que agora tomou minha bno!" Mas, acrescentou, "no reservaste nenhuma bno para mim?" 37Isaac, tomando a palavra, respondeu a Esa: "Eu o estabeleci teu senhor, dei-lhe todos os seus irmos como servos e o provi de trigo e de vinho. Que poderia eu fazer por ti, meu filho?" 38Esa disse a seu pai: ", pois, tua nica bno, meu pai? Abenoa-me tambm, meu pai!" Isaac ficou silencioso e Esa se ps a chorar. 39Ento seu pai Isaac tomou a palavra e disse: "Longe das gorduras da terra ser tua morada, longe do orvalho que cai do cu. 40Tu vivers de tua espada, servirs a teu irmo. Mas, quando te libertares, sacudirs seu jugo de tua cerviz." 41Esa passou a odiar a Jac por causa da bno que seu pai lhe dera, e disse consigo mesmo: "Esto prximos os dias de luto de meu pai. Ento matarei meu irmo Jac." 42Quando foram relatadas a Rebeca as palavras de Esa, seu filho mais velho, ela chamou Jac, seu filho mais novo, e lhe disse: "Teu irmo Esa quer vingar-se de ti, matando-te. 43Agora, meu filho, ouve-me: parte, foge para junto de meu irmo Labo, em Har. 44Habitars com ele algum tempo, at que se passe o furor de teu irmo, 45at que a clera de teu irmo se desvie de ti e esquea o que lhe fizeste; ento te mandarei buscar. Por que vos perderia os dois num s dia?" Isaac envia Jac a Labo 46Rebeca disse a Isaac: "Estou aborrecida com a vida por causa das filhas de Het. Se Jac se casar com uma das filhas de Het, como estas, uma das jovens da terra, que me importa a vida?" 28 1Isaac chamou Jac, abenoou-o e lhe deu esta ordem: "No tomes uma mulher entre as filhas de Cana. 2Levanta-te, vai a Pad-Aram, casa de Batuel, o pai de tua me, e escolhe uma mulher de l, entre as filhas de Labo, o irmo de tua me. 3Que El Shaddai te abenoe, que ele te faa frutificar e multiplicar, a fim de que te tornes uma assemblia de povos. 4Que ele te conceda, bem como tua descendncia, a bno de Abrao, a fim de que possuas a terra em que vives e que Deus deu a Abrao." 5Isaac despediu a Jac e este partiu para Pad-Aram, para a casa de Labo, filho de Batuel, o arameu, e irmo de Rebeca, a me de Jac e Esa. Outro casamento de Esa 6Esa viu que Isaac tinha abenoado a Jac e o tinha enviado a Pad-Aram para l tomar mulher, e abenoando-o, lhe dera esta ordem: "No 24. tomes uma mulher entre as filhas de Cana." 7E Jac obedecera a seu pai e sua me e partira para Pad-Aram. 8Esa soube que as filhas de Cana eram malvistas por seu pai Isaac; 9foi casa de Ismael e tomou como mulher alm das que possua Maelet, filha de Ismael, filho de Abrao, e irm de Nabaiot. O sonho de Jac 10Jac deixou Bersabia e partiu para Har. 11Coincidiu de ele chegar a certo lugar e nele passar a noite, pois o sol havia-se posto. Tomou uma das pedras do lugar, colocou-a sob a cabea e dormiu nesse lugar. 12Teve um sonho: Eis que uma escada se erguia sobre a terra e o seu topo atingia o cu, e anjos de Deus subiam e desciam por ela! 13Eis que Iahweh estava de p diante dele e lhe disse: "Eu sou Iahweh, o Deus de Abrao, teu pai, e o Deus de Isaac. A terra sobre a qual dormiste, eu a dou a ti e tua descendncia. 14Tua descendncia se tornar numerosa como a poeira do solo; estender-te-s para o ocidente e o oriente, para o norte e o sul, e todos os cls da terra sero abenoados por ti e por tua descendncia. 15Eu estou contigo e te guardarei em todo lugar aonde fores, e te reconduzirei a esta terra, porque no te abandonarei enquanto no tiver realizado o que te prometi." 16Jac acordou de seu sonho e disse: "Na verdade Iahweh est neste lugar e eu no o sabia!" 17Teve medo e disse: "Este lugar terrvel! No nada menos que uma casa de Deus e a porta do cu!" 18Levantando-se de madrugada, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como uma estela e derramou leo sobre o seu topo." 19A este lugar deu o nome de Betel, mas anteriormente a cidade se chamava Luza. 20Jac fez este voto: "Se Deus estiver comigo e me guardar no caminho por onde eu for, se me der po para comer e roupas para me vestir, 21se eu voltar so e salvo para a casa de meu pai, ento Iahweh ser meu Deus 22e esta pedra que ergui como uma estela ser uma casa de Deus, e de tudo o que me deres eu te pagarei fielmente o dzimo." 29 Jac chega casa de Labo 1Jac se ps a caminho e foi para a terra dos filhos do Oriente. 2E eis que viu um poo no campo, junto ao qual estavam deitados trs rebanhos de ovelhas: era neste poo que se dava de beber aos rebanhos, mas a pedra que tapava a sua boca era grande. 3Quando todos os rebanhos estavam l reunidos, removiase a