Número 72 janeiro/fevereiro 2015 Nesta edição · no tempo da nossa vida. Seguir os passos de...

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Editorial: “O TEMPO É BREVE...ARREPENDEIVOS E ACREDITAI NO EVANGELHO.” janeiro/fevereiro 2015 Número 72 Movimento da Mensagem de Fátima na Diocese de Beja Movimento da Mensagem de Fátima na Diocese de Beja Nesta edição: Adoração Eucarística com Crianças e Jovens (Grandaços- Ourique) 2 Meditação: “Carta a Diogneto3 Os Cinco Primeiros Sábados XVIII 4 faz “parar” e o transforma em sinal de vida eterna Ele mesmo. As suas propostas e o convite à conversão - a aceitação dessa assimilação da sua divindade e da sua intemporalidade à nossa humanidade e à nossa temporalidade permite então ao homem vencer o carácter breve e passageiro da sua existência e lançam no na própria eternidade. Acreditar no Evangelho e pô- lo em prática é portanto o caminho da realização plena no tempo da nossa vida. Seguir os passos de Jesus é já pormo-nos em marcha em direcção à eternidade, S . Paulo advertenos para a brevidade do tempo (1Coríntios, 7, 2931) e mostra -nos a relatividade das coisas deste mundo. A consideração da brevidade da vida cria em nós uma angustiante tensão entre a temporalidade como lugar desejado das nossasvivências de forma permanente e a constatação do carácter efémero e passageiro de todas as coisas e também da nossa própria existência. No entanto, esta temporalidade existencial permite o encontro do homem com o projecto salvífico de Deus que confere ao seu próprio destino um carácter de intemporalidade e dá pleno sentido ao desejo que o homem tem do eterno. Por isso, S. Paulo convida-nos, enquanto “é tempo”, a aceitarmos a ocasião “única” dessa realização intemporal. É o próprio Senhor Jesus Cristo que nos mostra então o que verdadeiramente permanece no tempo, o que o num processo transformante da realidade da nossa existência. Nesta brevidade do tempo que passa, iremos viver mais uma Quaresma - tempo forte do apelo de Jesus “arrependei -vos e acreditai no Evangelho” no cumprimento do tempo da salvação e na expectativa do Reino de Deus. Este apelo ao arrependimento e à penitência próprio da vivência da Quaresma é também nuclear na mensagem de Nossa Senhora em Fátima . “Não ofendam mais a Nosso Senhor...” constitui o ponto fulcral de toda a mensagem de Fátima revelando a sincronia e a convergência com o Evangelho e com a sua mensagem. Nossa Senhora vem lembrar- nos, actualizando na brevidade do nosso tempo, o essencial para que em nós se realize o projecto de salvação convertermo-nos a Seu Filho Jesus Cristo. Pe. Mário Capa, Assistente

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Editorial: “O TEMPO É BREVE...ARREPENDEI­VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO.”

janeiro/fevereiro 2015 Número 72

Movimento da Mensagem de Fátima na Diocese de BejaMovimento da Mensagem de Fátima na Diocese de Beja

Nesta edição:

Adoração

Eucarística com

Crianças e

Jovens

(Grandaços-

Ourique)

2

Meditação:

“Carta a

Diogneto”

3

Os Cinco

Primeiros

Sábados XVIII

4

faz “parar” e o transforma em

sinal de vida eterna – Ele

mesmo. As suas propostas e

o convite à conversão ­ a

aceitação dessa assimilação

da sua divindade e da sua

intemporalidade à nossa

humanidade e à nossa

temporalidade – permite então

ao homem vencer o carácter

breve e passageiro da sua

existência e lançam –no na

própria eternidade.

Acreditar no Evangelho e pô­

lo em prática é portanto o

caminho da realização plena

no tempo da nossa vida.

Seguir os passos de Jesus é

já pormo­nos em marcha

em direcção à eternidade,

S . Paulo adverte­nos para

a brevidade do tempo

(1Coríntios, 7, 29­31) e mostra

­nos a relatividade das coisas

deste mundo. A consideração

da brevidade da vida cria em

nós uma angustiante tensão

entre a temporalidade como

lugar desejado das

nossasvivências de

forma permanente e a

constatação do

carácter efémero e

passageiro de todas

as coisas e também

da nossa própria

existência.

No entanto, esta

temporalidade

existencial permite o

encontro do homem

com o projecto

salvífico de Deus que

confere ao seu próprio

destino um carácter de

intemporalidade e dá pleno

sentido ao desejo que o

homem tem do eterno. Por

isso, S. Paulo convida­nos,

enquanto “é tempo”, a

aceitarmos a ocasião “única”

dessa realização intemporal.

É o próprio Senhor Jesus

Cristo que nos mostra então o

que verdadeiramente

permanece no tempo, o que o

num processo transformante

da realidade da nossa

existência.

Nesta brevidade do tempo

que passa, iremos viver mais

uma Quaresma ­ tempo forte

do apelo de Jesus “arrependei

­vos e acreditai no

Evangelho”­ no cumprimento

do tempo da salvação e

na expectativa do Reino

de Deus.

Este apelo ao

arrependimento e à

penitência próprio da

vivência da Quaresma é

também nuclear na

mensagem de Nossa

Senhora em Fátima .

“Não ofendam mais a

Nosso Senhor...”

constitui o ponto fulcral

de toda a mensagem de

Fátima revelando a

sincronia e a

convergência com o

Evangelho e com a sua

mensagem.

Nossa Senhora vem lembrar­

nos, actualizando na

brevidade do nosso tempo, o

essencial para que em nós se

realize o projecto de salvação

– convertermo­nos a

Seu Filho Jesus Cristo.

Pe. Mário Capa, Assistente

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comunidade paroquial de

Ourique, crianças de

Grandaços e de Santana da

Serra, acompanhadas das

respetivas catequistas, fizeram

uma adoração a Jesus

Eucaristia. Castro Verde

esteve também representado.

A adoração foi feita nos

moldes do guião “Temas para

adorações eucarísticas com

crianças” editado pelo

Movimento da Mensagem de

Fátima e o tema escolhido foi o

do mês de janeiro: “Adoremos

Jesus nosso amigo”.

No fim, aproveitando o facto de

estarmos em presença do

Senhor e de ser a hora

estipulada para a corrente de

oração pela paz, unimos as

nossas vozes a todos aqueles

que colaboraram com o pedido

da Ajuda à Igreja que Sofre.

Inês Carvalho,

Responsável Setor Juvenil N o dia 25 de janeiro,

pelas 16 horas, na

Igreja de Santo António dos

Grandaços, pertencente à

Página 2

“Entretanto, amanhecia o

dia 13 de agosto. O povo

chegava de todos os sítios,

desde a véspera. Todos

queriam ver-nos,

interrogar-nos e fazer-nos

os seus pedidos, para que

os transmitíssemos à

Santíssima Virgem. (...) Em

meio desta lida, aparece

uma ordem do Sr.

Administrador para ir a

casa da minha tia, que lá

me esperava. (...) Quando

cheguei, estava ele em um

quarto com meus primos.

Aí nos interrogou e fez

novas tentativas para nos

obrigar a revelar o segredo

e a prometer que não

voltaríamos à Cova da

Iria.”

(Memórias da Irmã Lúcia,

6ª Ed., pg. 74)

Adoração Eucarística (Crianças e Adolescentes) em Grandaços

O Rosário com as crianças em Moura

A s crianças do MMF de Moura, com a responsável, M.ª

Isabel Cortes, no dia em que orientaram o terço do mês do

Rosário (outubro de 2014).

Retiro Quaresmal: 21 de março de 2015

Peregrinação a Tui e Pontevedra: 9 a 13 de abril de 2015

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“Carta a Diogneto”

Página 3 Número 72

O s cristãos sempre

foram perseguidos e

o que é paradoxal, é que

quantos mais morriam, mais

nasciam.

A Carta a Diogneto é um

exemplar do Cristianismo

primitivo que descreve quem

eram e como viviam os

cristãos dos primeiros

séculos. Trata-se, para

grande parte dos estudiosos,

da “joia mais preciosa

da literatura cristã primitiva.

Foi encontrado em

Constantinopla no século XV.

Transcrevemos os parágrafos

V e VI em homenagem aos

nossos irmãos que hoje

sofrem perseguições e mortes

por acreditarem em Jesus:

“Os cristãos não se distinguem

dos outros homens nem por

sua terra, nem por sua língua,

nem por seus costumes. Eles

não moram em cidades

separadas, nem falam línguas

estranhas, nem têm qualquer

modo especial de viver. Sua

doutrina não foi inventada por

eles, nem se deve ao talento e

à especulação de homens

curiosos; eles não professam,

como outros, nenhum

ensinamento humano. Pelo

contrário: mesmo vivendo em

cidades gregas e bárbaras,

conforme a sorte de cada um,

e adaptando-se aos costumes

de cada lugar quanto à roupa,

ao alimento e a tudo o resto,

eles testemunham um modo

de vida admirável e, sem

dúvida, paradoxal.

Vivem na sua pátria, mas

como se fossem forasteiros;

participam de tudo como

cristãos, e suportam tudo

como estrangeiros. Toda a

pátria estrangeira é sua

pátria, e cada pátria é para

eles estrangeira. Casam-se

como todos e geram

filhos, mas não abandonam os

recém-nascidos.

Compartilham a mesa, mas

não o leito; vivem na carne,

mas não vivem segundo a

carne; moram na terra,

mas têm a sua cidadania no

céu; obedecem às leis

estabelecidas, mas, com a

sua vida, superam todas as

leis; amam a todos e são

perseguidos por todos;

são desconhecidos e, ainda

assim, condenados; são

assassinados, e, deste

modo, recebem a vida; são

pobres, mas enriquecem a

muitos; carecem de tudo, mas

têm abundância de tudo; são

desprezados e, no desprezo,

recebem a glória; são

amaldiçoados, mas, depois,

proclamados justos; são

injuriados e, no entanto,

bendizem; são maltratados e,

apesar disso, prestam tributo;

fazem o bem e são punidos

como malfeitores; são

condenados, mas se alegram

como se recebessem a vida.

Os judeus os combatem como

estrangeiros; os gregos os

perseguem; e quem os odeia

não sabe dizer o motivo desse

ódio.

Assim como a alma está no

corpo, assim os cristãos estão

no mundo. A alma está

espalhada por todas as partes

do corpo; os cristãos, por

todas as partes do

mundo. A alma habita no

corpo, mas não procede do

corpo; os cristãos habitam

no mundo, mas não

pertencem ao mundo. A alma

invisível está contida num

corpo visível; os cristãos são

visíveis no mundo, mas a sua

religião é invisível.

A carne odeia e combate a

alma, mesmo não tendo

recebido dela nenhuma

ofensa, porque a alma a

impede de gozar dos prazeres

mundanos; embora não

tenha recebido injustiça por

parte dos cristãos, o mundo os

odeia, porque eles se opõem

aos seus prazeres

desordenados. A alma ama a

carne e os membros

que a odeiam; os cristãos

também amam aqueles que os

odeiam. A alma está

contida no corpo, mas é ela

que sustenta o corpo; os

cristãos estão no mundo,

como numa prisão, mas são

eles que sustentam o mundo.

A alma imortal habita

em uma tenda mortal; os

cristãos também habitam,

como estrangeiros, em

moradas que se corrompem,

esperando a incorruptibilidade

nos céus. Maltratada no comer

e no beber, a alma se

aprimora; também os cristãos,

maltratados, se multiplicam

mais a cada dia.

Esta é a posição que Deus

lhes determinou; e a eles não

é lícito rejeitá-la”.

(Cf. http://www.aleteia.org/pt/q?

query=carta%20a%20Diogneto)

“Se me não engano,

foi também no

decurso deste mês

[agosto], que

adquirimos o

costume de dar a

nossa merenda aos

nossos pobrezinhos

(...) Minha Mãe

começou também,

no decurso deste

mês, a estar um

pouco mais em paz.

Ela costumava dizer:

- Se houvesse, nem

que fosse uma só

pessoa mais, que

visse alguma coisa,

eu talvez acreditasse;

mas, entre tanta

gente, só eles

verem!”

(Memórias da Irmã

Lúcia, 6ª Ed., pg. 76)

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Seminário

Diocesano de Beja

Rua D. Afonso

Henriques, 1-A 7800 Beja

Edição e Composição:

António Louro

Impressão:

Gráfica Minhota

Publicação bimensal

dos e a pen-

sar sei lá o

quê! Maria

não. Vai,

logo, ter

com os ser-

ventes de

mesa e diz-

lhes: Se o

meu Filho

vier ter con-

vosco e vos

pedir algu-

ma coisa, suplico-vos: “Fazei

tudo o que Ele vos disser!”

Oh, admirável fé de Maria!

Jesus parece fechar todas as

portas, e Maria age como se

as tivesse aberto. A fé de

Maria é tão grande que nada

a faz abalar! Ela, a Mulher da

fé pura, inquebrantável, perfei-

ta! Sim, é grande a fé de

Maria!

E, como é a minha fé em Je-

sus?

É firme, ou é tão fraca que a

mínima dificuldade a faz vir

por terra?

Estou pronto a avançar pelos

caminhos da fé, mesmo se às

apalpadelas, ou nego-me a

dar o primeiro passo, sem,

antes, ter todas as seguran-

ças?

Contemplo, medito, rezo...

Pouco depois de Maria deixar

os serventes, Jesus aproxi-

mou-Se deles e disse: “Enchei

essas talhas de água”; e eles

assim fizeram. A seguir acres-

centou: “Tirai e levai ao chefe

de mesa.”

Os serventes podiam pensar:

Isto é demais! Nestas seis

talhas, nós pusemos água e

não vinho! A água vai continu-

ar a ser água. O chefe de me-

sa, ao provar, vai rir-se de

nós!... Os serventes não pen-

saram nada disso, antes, fize-

ram exatamente como Jesus

indicara.

A força inaudita da fé de Maria

4º Mistério Luminoso:

Jesus nas Bodas de Caná

da Galileia

Oração de entrega:

Virgem Santíssima, Mãe de

Deus e nossa Mãe!

Ao mostrar o vosso Imaculado

Coração, cercado de espi-

nhos, pedistes aos vossos

filhos consolo e reparação.

Queremos desagravar o vos-

so Imaculado Coração dos

nossos pecados e dos peca-

dos de toda a humanidade:

Eles são como espinhos, que

no vosso Coração se vão cra-

var, ferindo-vos e magoando-

vos.

Sejam o rosário que vamos

rezar e os quinze minutos de

companhia que Vos vamos

fazer, verdadeiros atos repa-

radores.

Fazei, Senhora, que o vosso

Imaculado Coração seja o

nosso refúgio e o caminho

seguro que nos conduza até

Deus. Ámen!

Leitura Bíblica: Jo 2,1-12

Maria, a Mulher atenta a todos

e a tudo, é a primeira a notar

a falta de vinho. Vai ter com o

seu Filho e diz-Lhe: “Não têm

vinho!” Jesus responde:

“Mulher, que temos nós a ver

com isso?”

A resposta parece um pouco

seca, rude e até um pouco

indelicada. Se fosse connos-

co, talvez ficássemos ressenti-

contagiou os serventes. Guia-

dos por ela, foram, em tudo,

dóceis às palavras de Jesus;

aceitaram trilhar os caminhos

obscuros da fé, tornando-se,

assim, para todos nós, mode-

los de verdadeiros discípulos.

Procuro crescer numa fé viva,

consciente e responsável?

Estou pronto, também eu, a

acolher docilmente Jesus e a

sua Palavra? Respondo pron-

tamente aos seus apelos, ou

prendo-me às minhas razões?

Contemplo, medito,rezo...

Conta a Irmã Lúcia que quan-

do chegou o momento de o

Francisco ir para o Céu, a

Jacinta fez as suas recomen-

dações: “Dá muitas saudades

minhas a Nosso Senhor e a

Nossa Senhora e diz-Lhes

que sofro tudo quanto Eles

quiserem, para converter os

pecadores e reparar o Imacu-

lado Coração de Maria.

Um dia, a Lúcia disse à

Jacinta: “A ti já te falta pouco

para ires para o Céu; mas eu!”

E ela voltando-se para a pri-

ma, respondeu: “Coitadinha!

Não chores. Lá, hei de pedir

muito, muito, por ti. Tu, é Nos-

sa Senhora que quer assim.

Se me quisesse a mim, ficava

contente, para sofrer mais

pelos pecadores.”

Que coração apaixonado! Que

alma ardente no amor de

Deus! Como era grande nela

o amor a Jesus e ao Imacula-

do Coração de Maria!

Diante de um amor assim, da

pequena Jacinta, somos nós

que nos sentimos pequeninos.

Faz-nos, Senhor, crescer no

teu amor e no amor ao Imacu-

lado Coração de Maria.

Contemplo, medito, rezo...

In “Primeiros Sábados -

Quinze Minutos de

Companhia a Nª Senhora”,

Fundação Maria Mãe da

Esperança

Os Cinco Primeiros Sábados XVIII

Secretariado

Diocesano de Beja

do Movimento da

Mensagem de

Fátima

Estamos na internet em:

http://sdbejammf. wordpress.

com