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    1www.raizeditora.pt

    Novo Plural 11 11. ano

    AOS PROFESSORES

    Este teste constitudo por 4 grupos independentes. O professor usar apenas aquelesque considerar pertinentes e teis para o diagnstico das suas turmas.

    As muitas tarefas que se impem ao professor no incio do ano letivo, bem como oelevado nmero de turmas/alunos condicionam, naturalmente, a escolha do tipo deteste diagnstico a utilizar.

    Procurou-se, pois, apresentar uma proposta de teste flexvel e facilitadora do trabalho,sendo o grupo I (Leitura e Gramtica) totalmente constitudo por itens de respostafechada, que permitem uma rpida correo.

    Quanto aos grupos II e III (que contemplam a Escrita), embora de natureza muitodiferente, podero ser considerados em alternativa.

    Relativamente Oralidade (2. parte do grupo IIIe grupo IV), poder ser aplicada numaperspetiva de diagnstico global da turma, sem a preocupao de registo formal, mas

    com o objetivo de propiciar uma interao inicial e uma primeira abordagem daargumentao (contedo a trabalhar no incio do ano).

    Sem abandonarmos a opo de seguir um fio condutor dos diversos grupos, optmos porpartir de um texto de temtica leve e mesmo divertida, passando a um registo poticono grupo II, para, finalmente, nos dois ltimos grupos, apresentarmos temas daatualidade que devero merecer a ateno e consciencializao por parte dos alunos.Caber, mais uma vez, ao professor orientar a escolha com adequao.

    Assim sendo, apresentamos as solues, deixando ao professor a liberdade de atribuir

    cotaes, de acordo com as escolhas feitas.

    TESTE DE AVALIAO DIAGNSTICA 11. ANO

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    NOME: __________________________________________ N.: ___ TURMA: ___ ANO LETIVO: _____/_____

    PROFESSOR: ______________________________________________________ DATA: _____/_____/_____

    GRUPO I

    L, com muita ateno, o texto a seguir transcrito e que corresponde a uma crnica publicada peloescritor Afonso Reis Cabral, num jornal digital.

    As gralhasDas trs espcies de gralha que habitam em Portugal,

    est por definir qual a mais comum.No litoral do Alentejo, vemo-las em bandos, mais em

    terra do que no ar. Assentam como mo que come e, emconjunto, limpam os campos, perturbam os agricultores ematam os pssaros pequenos com bicadas repetidas nacabea. Quando levantam, deixam os camposenvergonhados, de to nus. As penas parecem-se com asdos corvos em tom menos carregado, mas o corpodiminuiu-se no parentesco. Tambm crocitam. No vero, ovento passa quente pelas asas enquanto trocam grasnidosao abrigo do Sol. Perderam o medo aos espantalhos mastm-no aos apitos. Poisam onde querem, ainda que oshomens, de brao no ar, pretendam afast-las das colheitas. A, partem em crculo,

    aguardam que os homens se retirem, e regressam sem verdadeiramente terem ido. Sim, agemcomo mo que come.

    Eu, que no sei o que a agricultura, no imagino olhar um campo e fazer dele umdesafio. Trat-lo. Enquadr-lo no tempo, plant-lo e domin-lo. Torn-lo uma extenso davontade. E no imagino, quando a colheita cresce, v-la predada pelas gralhas.

    S encontro paralelo noutra espcie de gralha, que se estendeu alm do Alentejo,nidificando onde calha. E calha sempre em qualquer texto. Mesmo numa crnica. Atacam aescrita como as colheitas, mas, ainda que as procuremos com a obsesso do agricultor, elasinsistem, pequenas quando procuradas e grandes quando achadas.

    A caa s gralhas devia dar paz, como se apanh-las assegurasse, pelo menos, algocerto e pacfico no texto. S que nada pacfico no campo da escrita.

    Ao encontr-las, levantam voo e poisam noutra letra, aninhando-se. Procur-las implicaa compreenso do voo e dos hbitos de predao. Onde poisam, comem e esgravatam. Porm,quando se pensa que o texto foi finalmente catado dessa ave, ela volta num pairar que quaseno toca nas palavras, e mesmo assim as descompe.

    Ainda no foi inventado o mtodo perfeito de caa. Talvez prender uma gralha palavrae faz-la chamar as outras. Apanh-las em falso e expuls-las. Mas elas percebem,escondem-se e continuam a nidificar depois da ltima leitura.

    A terceira espcie a gente que se faz gralha. Grandes passares, evoluram da tpicavizinha de xaile, generalizada no rs-do-cho ou no primeiro direito, passaram pelas vivas--de-vivos, como se diz no Delfim1, que cochicham em bando nos vos de escada, e cresceramsempre que se deixava a lngua solta.

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    _________________________________1.romance de Jos Cardoso Pires; 2.seres da mitologia escandinava, habitantes de grutas e dasflorestas e recentemente recuperados pelo cinema; 3.cincia que estuda as aves.

    At agora encontrvamo-las dispersas. Uma vez por outra tropevamos num destesespcimes, s que entretanto, por fora dos hbitos gregrios, arranjaram poiso nas redessociais e nos comentrios. mnima contrariedade, crocitam, excitam-se, abanam as asas,

    fincam as unhas. Debicam sempre que possvel, e sempre possvel.Prefiro v-las como gralhas do que como trolls2. que um trollno tem a agilidade e a

    resposta fcil de um pssaro. A ornitologia3explica tudo.

    Afonso Reis Cabral, Observador, 14.07.2015

    1. Para responderes a cada um dos itens, seleciona a opo que melhor completa a afirmao,

    adequadamente, de acordo com o sentido do texto.1.1 O primeiro pargrafo introduz

    a. o tema do texto: as trs espcies de aves de uma determinada famlia.

    b.o tema do texto: as trs espcies de gralha.

    c.uma hiptese de tema para o texto.

    d.o tema do texto: a gralha portuguesa.

    1.2 No segundo pargrafo, o autor caracteriza a primeira espcie de gralhas, afirmando que,

    a. como os corvos, mas mais pequenas, so aves predadoras das colheitas e roubam as outras

    aves.b.semelhantes aos corvos, voam pouco, comem aquilo que apanham e apenas se assustam com

    a presena humana.

    c. semelhantes aos corvos, andam poisadas em bandos e, com persistncia, devoram ascolheitas e atacam os pssaros mais pequenos.

    d. vivendo em bando no litoral alentejano, perturbam os agricultores com os seus gritos,semelhantes ao crocitar dos corvos.

    1.3No terceiro pargrafo, o autor apresenta

    a.uma reflexo pessoal decorrente do pargrafo anterior.

    b.a sua ignorncia sobre agricultura.

    c.a sua irritao face ao das gralhas sobre os campos.

    d.uma reflexo pessoal, que faz a passagem do pargrafo anterior para o pargrafo seguinte.

    1.4Nas linhas 20 a 32, o autor, referindo-se s gralhas tipogrficas, afirma que

    a.elassurgem mais nuns textos do que noutros.

    b.so muito difceis de apanhar, quando se procuram, e mostram-se quando menos se espera.

    c.elas saltam no texto, de linha em linha.

    d. preciso inventar um mtodo de as combater.

    A - LEITURA

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    1.5 Na expresso pequenas quando procuradas e grandes quando achadas (l. 23), a anttesesublinha

    a. a gravidade da ocorrncia de gralhas nos textos.b.a pouca importncia que se deve atribuir s gralhas.

    c. a dificuldade em encontrar as gralhas.

    d.a alegria de encontrar uma gralha.

    1.6 A partir da linha 33, o autor identifica a terceira espcie gente que se faz gralha ,apontando

    a.as vizinhas coscuvilheiras e os frequentadores das redes sociais sempre prontos a atacar.

    b. os grupos de mulheres com casamentos infelizes, que se desforram a coscuvilhar.

    c. a vizinha que espreita, coscuvilheira.

    d. as vivas que, solitrias, falam umas com as outras.

    1. Preenche o quadro com as palavras do texto pertencentes ao campo lexical no qual podersenquadrar a palavra gralha. Deves ter em conta as subdivises propostas.

    1. NOMES 2. VERBOS

    hipernimos hipnimos outros

    gralha

    holnimos mernimos

    2. O texto construdo atravs da utilizao do campo semntico de gralha, em trs diferentesacees. Faz corresponder, a cada uma das acees 2. e 3., a alnea que melhor explica a associaosemntica ao pssaro.

    1. gralha(pssaro) pssaro que anda,frequentemente, em bando,e cujo grasnar barulhentoincomoda.

    2. gralha(pessoa) a.pessoa que fala muito,parecendo uma gralha agrasnar.

    b.pessoa cujo barulhoincomoda por andar em bando.

    3. gralhatipogrfica a.elemento que desvirtua osentido do texto.

    b.elemento que provoca umrudo na leitura do texto.

    B - GRAMTICA

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    2.1 Considerando que foi a partir de gralha(pssaro) que se constituram as outras acees, escolhea alnea que corresponde ao processo de formaodessas acees:

    a.derivao imprpria;

    b.extenso semntica;

    c. derivao no afixal.

    3. Associa a cada nmero (1, 2, 3, 4, 5) as alneas correspondentes s palavras que se formaramsegundo o processo indicado no quadro.

    1. DERIVADA PORPREFIXAO

    2. DERIVADA PORSUFIXAO

    3. DERIVADA PORPARASSNTESE

    4. COMPOSIO 5. EXTENSOSEMNTICA

    a. envergonhados b.parentesco c.rs-do-chod. passares e.redes (sociais) f.debicar

    4. Poisam onde querem, ainda que os homens, de brao no ar, pretendam afast-las das colheitas.(ll. 13-14)

    4.1Escolhe a alnea correspondente opo correta.

    a.Este perodo contm uma orao subordinante, uma subordinada substantiva relativa e umasubordinada adverbial condicional.

    b. Este perodo contm uma orao subordinante, uma subordinada substantiva relativa e umasubordinada adverbial concessiva.

    c.Este perodo contm duas oraes coordenadas e uma subordinada adverbial concessiva.

    4.2Seleciona a alnea que completa adequadamente a afirmao.

    O sujeito da primeira orao

    a. trs espcies de gralha. (l. 1)

    b.indeterminado.

    c. subentendido.

    5. S que nada pacfico no campo da escrita. (l. 25)

    Assinala a alnea correspondente afirmao verdadeira.

    a. As expresses sublinhadas desempenham, respetivamente, as funes sintticas de sujeito,predicativo do sujeito e complemento oblquo.

    b. As expresses sublinhadas desempenham, respetivamente, as funes sintticas de sujeito,complemento direto e modificador do nome.

    c. As expresses sublinhadas desempenham, respetivamente, as funes sintticas de sujeito,modificador do nome e complemento oblquo.

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    GRUPO II

    L, com muita ateno, o poema a seguir transcrito.

    Os poemas so pssaros que chegam

    Os poemas so pssaros que chegamno se sabe de onde e pousamno livro que ls.Quando fechas o livro, eles alam voocomo de um alapo.

    Eles no tm pousonem porto;alimentam-se um instante em cadapar de mos e partem.E olhas, ento, essas tuas mos vazias,no maravilhado espanto de saberesque o alimento deles j estava em ti...

    Mrio Quintana, Poesia Completa, Nova Aguilar

    1.Os poemas so pssaros. (l.1)

    Considerando os trs primeiros versos, prope uma interpretao para esta metfora.

    2. Segundo o texto, quando o leitor fecha o livro, os poemas no ficam fechados dentro dele.

    Interpreta o percurso dos poemas, referido nos versos 4 a 9.

    3. Explica de que modo os trs ltimos versos apresentam uma concluso, dando sentido relao

    leitor-poesia.

    4. Faz a anlise da estrutura formal do poema.

    LEITURA DO TEXTO / ESCRITA

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    EDUCAO LITERRIA

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    GRUPO III

    O cartaz aqui reproduzido integra uma campanha levada a cabo no Brasil contra o abandono dosanimais. Observa-o e l o texto com muita ateno.

    CARTA DE UM CO ABANDONADO AOS SEUS DONOS

    Imagina-te no lugar do animal abandonado. difcil? Para ele tambm No tendo obtido qualquer resultado com a afixao do cartaz, o co (ou o gato) decidiu escrever umacarta aos seus donos, na esperana de que ela chegue ao destino.

    Escreve essa carta, na qual relates aquilo que vivenciaste e sentiste, desde o dia em que ficastesozinho.

    NOTA: Diferentemente daquilo que acontece no cartaz, deves usar o portugus europeu.

    http://videos.sapo.pt/KEsIZNS0GRuZRv5CyaYU

    O endereo acima corresponde ao anncio de uma campanha de preveno do abandono animal,levada a cabo com o apoio de figuras pblicas.

    Se tiveres oportunidade, visiona o anncio e faz uma breve apreciao oralque incida nos seguintestpicos: formato utilizado, fora persuasiva, eficcia.

    ESCRITA

    ORALIDADE

    http://videos.sapo.pt/KEsIZNS0GRuZRv5CyaYUhttp://videos.sapo.pt/KEsIZNS0GRuZRv5CyaYUhttp://videos.sapo.pt/KEsIZNS0GRuZRv5CyaYU
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    GRUPO IV

    Como sabes, a Sria um pas fustigado por uma das mais terrveis guerras dos tempos modernos. O

    artista srio Tammam Azzam no se cansa de colocar a sua arte ao servio da paz, criando imagensque nos alertem, nos impressionem, nos faam tomar posio.

    APRECIAO CRTICA

    Faz uma breve apreciao crtica sobre cada uma destas obras do pintor (Twittere Sala de aula). Comoorientao, podes tentar responder, mentalmente, s dvidas ou s impresses que as imagens tesuscitam. Por exemplo, poders tentar responder s perguntas a seguir formuladas:

    O que mostra e o que sugere cada uma das imagens?

    Que elementos lhes conferem a fora emotiva e persuasiva?

    Que mensagens quer o artista transmitir?

    Como pode a arte contribuir para a paz?

    ORALIDADE

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    GRUPO I

    A - LEITURA1.1b.; 1.2c.; 1.3d.; 1.4b.; 1.5c.; 1.6a.

    B - GRAMTICA1.

    2. 2. a.; 3.b.;2.1 b.3.

    1. DERIVADA PORPREFIXAO

    2. DERIVADA PORSUFIXAO

    3. DERIVADA PORPARASSNTESE

    4. COMPOSIO 5. EXTENSOSEMNTICA

    debicar parentesco,passares

    envergonhados, rs-do-cho redes (sociais)

    4.1 b.; 4.2c.

    5. a.

    GRUPO II

    LEITURA DO TEXTO / ESCRITA1. Como os pssaros, que voam livres e surgem como uma surpresa de um destino indecifrvel, os poemas nascem do vooda imaginao e da criatividade, cuja origem igualmente misteriosa, at pousarem no livro pela mo do poeta.

    2. De acordo com o texto, os poemas s existem enquanto esto a ser lidos, e assim, uma vez fechado o livro, como se elespartissem, para morar nas mos de outros leitores.

    3. Depois de fechar o livro, o leitor fica de mos vazias, porque o poema no se pode agarrar. No entanto, sente a alegria deter interiorizado aquilo que leu, porque correspondeu a uma emoo que j estava dentro de si. O leitor, ao abrir o livro,abre as portas do seu corao ao entendimento do poema e, assim, ele prprio d mais sentido ao poema.

    4. O poema constitudo por uma nica estrofe com 10 versos brancos (sem rima) e com uma mtrica irregular. umacomposio completamente livre ao nvel formal, como frequente na poesia contempornea.

    GRUPO IIIO aluno mobilizar os conhecimentos anteriores relativos carta, no entanto, dever utilizar um estilo intimista, no formal,adequado situao proposta.Dever tambm proceder reviso textual.

    GRUPO IV

    Na primeira imagem, fundamental reconhecer o pssaro como o smbolo do Twitter, uma das mais importantes redessociais, aqui desenhado a sangue.Na segunda imagem, relevante a substituio dos alunos por sombras (Morreram? Esto prisioneiros? Partiram?)O mais importante ser, seguindo os tpicos propostos, realizar um primeiro momento de exerccio de argumentao econtra-argumentao (a pensar j no Programa do 11. ano).

    1. NOMES 2. VERBOShipernimos hipnimos outros crocitam, nidificando, nidificar,

    aninhando-se, debicampssaros, ave, passares gralha, corvos, bandos, bicadas, grasnidos,voo, ornitologia, caa

    holnimos mernimos

    pssaros, ave, passares,gralha, corvos

    penas, asas, unhas

    SOLUES