Novo informativo junho - Exército Brasileiro · DPHCEx (RJ) - Informativo 001 - Maio 2017 Sistema...

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Gen Bda Severino de Ramos Bento da PAIXÃO Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Editorial Sistema Cultural do Exército DPHCEx (RJ) - Informativo 002 - Junho 2017 Prezado Leitor, prosseguindo com a intenção de trazer a público as ações que visam a atingir os objetivos do Sistema Cultural do Exército (SCEx), apresentamos o presente informativo. Neste nº2, prosseguimos com a explanação sobre o SCEx, uma vez que o entendimento das possibilidades deste sistema por parte de todos os seus integrantes possibilitará uma melhor articulação dele com os demais sistemas culturais do país. Nas ‘‘notas culturais’’, destaca- mos a existência do Oficial de Ligação Cultural do Exército Brasileiro em Portugal, mais um importante vetor para aprofundar o relacionamento entre estas duas instituições. Enfim, com foco na cultura, desejamos a todos uma boa leitura. O Exército reconhece-se como fundamental na dinâmica da vida do País e compreende a aproximação do Sistema Cultural do Exército com o Sistema Cultural Nacional como canal perene e fértil de sua comunicação com outros setores da sociedade brasileira, em particular com as demais Forças Armadas e com os espaços civis de cultura. Além disso, vê a atividade cultural como influente estímulo ao patriotismo e ao orgulho pela nacionalidade, pois, como um dos principais agente da História do Brasil, possui um rico patrimônio histórico e artístico cultural nas Organizações Militares, que deve ser amplamente divulgado.¹ A atividade cultural não se limita apenas aos aspectos passados. Estes são as bases, os fundamentos, mas cultura compreende também aspectos do comportamento humano. Uma instituição será grandiosa somente se seus integrantes também o forem, por isso, suas mentes devem estar plenas de valores positivos. O Sistema Cultural do Exército (SCEx) prevê, em simultaneidade com as ações de preservação do patrimônio, pesquisa histórica e divulgação, mecanismos de influência intelectual sobre os públicos interno e externo, num processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento de mentalidade coerente com a realidade social do país e com a evolução da humanidade. O Exército é parte da Sociedade Brasileira, por ela criado e nutrido, e para ela são dedicadas as suas ações.² ¹Ref.: Revista Verde Oliva - ano XXXVIII - nº 208 - out/nov/dez 2010 ²Ref.: Boletim do Exército nº 9 de 28 de fevereiro de 2003 O Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), constitui o órgão central do SCEx. Cabe ao DECEx, dentre outras ações, orientar a execução da Política Cultural do Comandante do Exército; efetivar a integração do Sistema Cultural com os demais sistemas de 1ª ordem do EB; e disciplinar, por meio da Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), as atividades e eventos do SCEx.

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Gen Bda Severino de Ramos Bento da PAIXÃO

Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército

Editorial

DPHCEx (RJ) - Informativo 001 - Maio 2017

Sistema Cultural do Exército

DPHCEx (RJ) - Informativo 002 - Junho 2017

Prezado Leitor,

prosseguindo com a intenção de

trazer a público as ações que visam a

atingir os objetivos do Sistema Cultural

do Exército (SCEx), apresentamos o

presente informativo.

Neste nº2, prosseguimos com a

explanação sobre o SCEx, uma vez que o

entendimento das possibilidades deste

sistema por parte de todos os seus

integrantes possibilitará uma melhor

articulação dele com os demais sistemas

culturais do país.

Nas ‘‘notas culturais’’, destaca-

mos a existência do Oficial de Ligação

Cultural do Exército Brasileiro em

Portugal, mais um importante vetor

para aprofundar o relacionamento

entre estas duas instituições.

Enfim, com foco na cultura,

desejamos a todos uma boa leitura.

OExército reconhece-se como fundamental na dinâmica da vida do País e compreendea aproximação do Sistema Cultural do Exército com o Sistema Cultural Nacional como canal perene e fértil de sua comunicação com outros setores da sociedade brasileira,

em particular com as demais Forças Armadas e com os espaços civis de cultura. Além disso, vê a atividade cultural como influente estímulo ao patriotismo e ao orgulho pela nacionalidade, pois, como um dos principais agente da História do Brasil, possui um rico patrimônio histórico e artístico cultural nas Organizações Militares, que deve ser amplamente divulgado.¹

A atividade cultural não se limita apenas aos aspectos passados. Estes são as bases, os fundamentos, mas cultura compreende também aspectos do comportamento humano.Uma instituição será grandiosa somente se seus integrantes também o forem, por isso, suas mentes devem estar plenas de valores positivos. O Sistema Cultural do Exército (SCEx) prevê, em simultaneidade com as ações de preservação do patrimônio, pesquisa histórica e divulgação, mecanismos de influência intelectual sobre os públicos interno e externo, num processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento de mentalidade coerente com a realidade social do país e com a evolução da humanidade. O Exército é parte da Sociedade Brasileira,por ela criado e nutrido, e para ela são dedicadas as suas ações.²

¹Ref.: Revista Verde Oliva - ano XXXVIII - nº 208 - out/nov/dez 2010²Ref.: Boletim do Exército nº 9 de 28 de fevereiro de 2003

O Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), constitui o órgão centraldo SCEx. Cabe ao DECEx, dentre outras ações, orientar a execução da Política Cultural do Comandante do Exército; efetivar a integração do Sistema Cultural com os demais sistemas de 1ª ordem do EB; e disciplinar, por meio da Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), as atividades e eventos do SCEx.

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celebração do 72º aniversário do término da Segunda Guerra Mundial, mais conhecida

como “Dia da Vitória”, em solenidade realizada pelo Ministério da Defesa na manhã de 8 de maio de 2017 no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), Aterro do Flamengo (RJ).

O Decreto nº 5.023, de março de 2004, criou a Medalha da Vitória em

A Medalha da Vitória se destina a agraciar militares das Forças Armadas, civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais e bombeiros militares e organizações militares e instituições civis nacionais que: tenham contribuído para a difusão dos feitos da Força Expedicionária Brasileira e dos demais combatentes brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial; participado de conflitos internacionais na defesa dos interesses do País; integrado missões de paz; prestado serviços relevantes ou apoiado o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.

Neste ano, 97 personalidades civis e militares, 28 ex-combatentes da FEB, além de três instituições foram contempladas. O AHEx, Organização Militar subordinada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), responsável por salvaguardar o patrimônio documental e histórico no âmbito do Exército Brasileiro, recebeu a medalha por haver organizado e arquivado todos os documentos disponíveis relacionados à presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) naquela Grande Guerra, além de possibilitar a pesquisa e consulta pública deste

Desta forma, o AHEx, ao receber esta justa homenagem, tem o seu papel e a sua missão valorizados como guardiões da memória dahistória militar do Brasil.

o dia 29 de maio, uma comitiva do “Reserve Officers Training Corps (ROTC / EUA) ,

Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva do Exército dos Estados Unidos, esteve no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM).

A visita dos 33 cadetes norte-americanos teve como objetivos conhecer o Espaço Cultural,aprender sobre a participação da Força Expedicionária Brasileira no Teatro de Operações da Europa e apreender os aspectos da idealização, construção e inauguração do MNMSGM.

Fotografias: Sd PAULO VICTOR / MNMSGM.

Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial recebe visita de comitiva de Oficiais do Exército dos EUA

DPHCEx realiza visita de Orientação Técnica no CMNE

N

Arquivo Histórico do Exército é condecorado no Dia da Vitória

OArquivo Histórico do Exército (AHEx) foi condecorado com a Medalha da Vitória durante a

especial na 2ª Guerra Mundial. reconhecimento à atuação do Brasil em defesa da liberdade e da paz mundial, em

DPHCEx realizou, entre os dias 23 e 26 de maio de 2017, uma Visita de Orientação Técnica (VOT) ao Comando Militar do Nordeste (CMNE) e Organizações Militares (OM) vinculadas nas cidades de Recife e São Bento do Una. Com objetivo de elaborar proposta de ampliação do Espaço Cultural do CMNE, Sala de Exposição “Castelo Branco”; visitar o Espaço Cultural (EC) da 10ª Companhia de Engenharia de CombateA

(10ª Cia E Cmb); divulgar a legislação cultural em vigor, bem como as diretrizes e a padronização de procedimentos a serem adotados na área cultural, a comitiva foi composta pela 1º Ten Lydia (Arquiteta); 1º Ten Quintela (Historiador) e 1º Ten Fernanda (Museóloga).

O MNMSGM, portanto, caracteriza-se como um dos principais pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro, onde o visitante nacional e estrangeiro, constata o valor do soldado

Durante a visitação, foram fornecidas as orientações técnicas que viabilizarão a regularização dos EC do CNME, especialmente o EC na 10ª CiaE Cmb, na cidade de São Bento do Una, onde esta localizado um memorial com a história da vida do General Zenildo de Lucena, então Ministro do ExércitoBrasileiro, no período de 1992 a 1998. A legislação cultural em vigor empregada na visita (IG 01.009 e IR 10.001) pode ser encontrada na páginaeletrônica da DPHCEx e poderá auxiliar a regularização dos outros EC em todo país.

Destacamos a descentralização de recursos do Sistema Cultural do Exército para o recém criado Centro Regional de Cultura Militar (CRCM) doCMNE e, também, para sua adequação no Quartel General. O Museu Militar do Forte do Brum, importante EC da cidade de Recife, também foi beneficiadocom recursos do SCEx para a consecução dos seguintes projetos: restauro da Capela; readequação das áreas do museu; e adequação museológica.

brasileiro, força e fortaleza do Exército de Caxias.

vasto acervo.

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Seção de Divulgação

e Comunicação Social(SDCS)

Chefe SDCS: TC Cleber

Jornalista: Ten Rebeca (24.211 Fenaj)

Projeto Gráfico e Diagramação:

Sgt Maryanna Souza

Colaboradores: Ten Ludmila,

Sgt HigorSgt Santos (MNMSGM)

Cb Lopes

Contatos:

(21) 2519-5091 (21) 2519-5095

(21) 98220-6637 (21) 99194-1617

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Oficial de Ligação Cultural do Exército em Portugal

Retirada da Laguna completa 150 anos

N

Missão Militar Francesa

Após visita do então Chefe do Estado-Maior do EB, Gen Ex ETCHEGOYEN, em agosto de 2015, ao Sistema Histórico Cultural do Exército Português, a referida autoridade identificou a riqueza cultural existente naquele país, assim como a excelência da infraestrutura da Diretoria de História e Cultura Militar (DHCM) do Exército Português (EP). A partir deste momento iniciaram as tratativas entre os dois Exércitos para a criação mútua dos cargos de Oficial de Ligação na Área Cultural.

A

m 11 de junho deste ano, completam-se 150 anos do episódio da Retirada da Laguna.EConcentrou-se em Campinas e depois em Uberaba, recebendo reforços. A tropa chegou à área invadida, em Coxim, em dezembro. No avanço em direção ao Paraguai, que durou muitos meses, os cavalos, meio de transporte e combate, foram dizimados por doença. A alimentação rareava, pela ausência de uma logística eficiente e pela tática de terra arrasada adotada pelo paraguaio em retirada. Mesmo assim, o Comandante, Coronel Carlos de MoraisCamisão, decidiu pelo avanço até a Fazenda Laguna, 30 km dentro do Paraguai, onde existiriam grandes rebanhos.

Em razão da relevância da missão e das oportunidades do aumento de intercâmbio entre os dois Exércitos, em 30 de junho de 2016, foi iniciada a missão de Oficial de Ligação na Área Cultural por parte do EB. Logo no inícioda missão, houve a visita do Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, o qual ratificou esta necessidadede se ter um Oficial permanente em contato com o setor cultural militar do Exército Português.

Missão Militar Francesa foi uma missão contratada em setembro de 1919 pelo governo brasileiro para auxiliar na instrução e na modernização do Exército. As negociações ocorreram em Paris, entre o adido militar Brasileiro na França, Coronel Malan d'Angrogne, e o ministro da Guerra

francês, Georges Clemenceau (1917-1920). Os termos do contrato estipulavam que oficiais franceses comandariam durante quatro anos as escolas de Estado-Maior (EEM), de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), de Intendência e Veterinária; e que o Brasil se comprometeria a privilegiar a indústria francesaem sua compra de armas e equipamentos militares com a condição de que o material oferecido, o prazo de entrega e os preços fossem no mínimo equivalentes aos de outros países fornecedores. Embora tenhasido contratada por quatro anos, a missão se estendeu por 20 anos: seu contrato foi renovado seis vezes. Sua atuação, embora se concentrasse no Distrito Federal, teve impacto nacional.

Para comemorar os 100 anos da Missão Militar Francesa no Brasil, o Boletim do Exército nº 20,de 20 de maio de 2016, aprova a Diretriz do Comandante do Exército que trata das comemorações do centenário. Os eventos comemorativos deverão ser realizados ao longo dos anos de 2017 e 2019, tendo como ápice o dia 8 de setembro de 2019 (data da assinatura do contrato da missão).

Dentre as atividades previstas destacam-se: Congresso Internacional da Missão Militar Francesa; seminários, palestras, simpósios e ciclos de estudos de História Militar, com o tema “Missão Militar Francesa no Brasil”; exposição itinerante de painéis, divulgando a presença e o legado da MMF; inclusão no Programa Editorial da Biblioteca do Exército, para 2019, de uma edição especial da Revista do ExércitoBrasileiro comemorativa à MMF; produção de um Livro Especial do Centenário da MMF; eventos sociais, salões e gincanas de artes plásticas; Prêmio Cultural Pandiá Calógeras e Franklin Dória; Edição Especial Comemorativa da Revista Recrutinha sobre a MMF e inclusão de matéria específica na Revista Verde-Oliva;produção de um vídeo institucional sobre os 100 anos da Missão Militar Francesa, ressaltando aspectossobre a história, a influência, e o processo de modernização e evolução do Exército; criação de Selos Postais referentes aos feitos da MMF; moeda ou medalha comemorativa do centenário; criação da Medalha Militar do Centenário da Missão Militar Francesa no Brasil; e palestra Institucional “Centenário da MMF”.

A reação do Governo Imperial à invasão do Mato Grosso em dezembro de 1864, que deu início

à Guerra do Paraguai, foi organizar uma expedição que partiu de São Paulo em abril de 1865.

Ao chegar à fazenda, conquistada em combate, nenhum recurso mais havia e impôs-se uma retirada, iniciada entre 07 e 08 de maio de 1867. Foram trinta e cinco dias e cerca de 250 quilômetros de combate, fome intensa, cansaço,calor, lamaçais, temporais, incêndios nas macegas, armadilhas e assédio da cavalaria paraguaia - que recebera reforços.Pior foram as doenças. O cólera matou centenas de retirantes, inclusive o Comandante e o famoso Guia Lopes, fazendeirolocal que guiou a incursão e a retirada. Mesmo com todas as adversidades, a tropa chegou às linhas amigas no portoCanuto, às margens do rio Aquidauana, trazendo intactas as bandeiras, os canhões e a honra.

Ao recordar aquela expedição, não se comemora uma operação derrotada, mas relembra-se aqueles valentes que realizaram uma ação sobre-humana, demonstrando o espírito, a constância e os

Apoio Cultural

o dia 25 de maio de 2017, o Coronel de Infantaria ALEXANDRE Ribeiro de Mendonça - Oficial de Ligação na Área Cultural junto ao Exército Português foi agraciado com a Medalha Dom Afonso Henriques - Mérito do Exército (1ª classe). A referida medalha destina-se a galardoar

os militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho

Legenda: Entregou a medalha o Tenente General José Antônio Carneiro Rodrigues da Costa

Vice-Chefe do Estado Maior do Exército Português.

e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Exército.

www.dphcex.ensino.eb.br

valores humanos e militares cultuados pelo Exército Brasileiro.

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Com o passar dos anos, a data foi sendo divulgada. E com a extinção do feriado religioso de Santa Cruz, em 1930, por decreto de Getúlio

Cel Inf Alexandre Ribeiro de Mendonça - Oficial de Ligação na Área Cultural junto ao Exército Português ¹ ¹ O texto completo foi publicado

Descobrimento do Brasil: 3 de maio de 1500?

No Museu Militar de Lisboa, há um mural de azulejos portugueses que retrata a chegada de PedroÁlvares Cabral ao Brasil em 3 de maio de 1500. Ao primeiro olhar, pode parecer um erro histórico.

Durante séculos, o dia 3 de maio foi a data do nosso descobrimento, segundo o historiador português Gaspar Correia (1492-1563). Ele chegou a esta conclusão pelo fato de a mudança de nome da terra encontrada, de Ilha de Vera Cruz (dada por Cabral) para Terra de Santa Cruz (determinada pelo Rei D. Manuel I), razão da comemoração religiosa de Santa Cruz, que ocorria em Portugal no dia 3 de maio.

No entanto, um documento esquecido por quase três séculos nos arquivos portugueses, trazido para oBrasil junto a milhares de outros, por ocasião da vinda da Família Real, acabou mudando a visão da história. Este documento foi descoberto pelo padre Manuel Aires de Casal (1754-1821), que o publicou em 1817, deixando evidente que o descobrimento acontecera em 22 de abril. Era a Carta de Pêro Vaz de Caminha, escrivão da frota

Turismo Militar

Oturismo tem revelado uma forte dinâmica na sociedade mundial: atrai investimento, dinamiza a economia, gera empregos e promove desenvolvimento tecnológico.

O turismo, quando gerido e planejado adequadamente, pode tornar-se um dos instrumentos mais vigorosos para afirmar a cultura e o patrimônio histórico e natural de qualquer país.

Forte Príncipe da Beira

Origem da Biblioteca do Exército

OForte Príncipe da Beira, em Rondônia, é uma das maioresobras edificadas pela engenharia militar portuguesa no Brasil Colonial. Está localizado à margem direita do Rio Guaporé,

na fronteira com a Bolívia, cerca de 25 quilômetros do municípiode Costa Marques, no Vale do Guaporé. A inauguração aconteceuem 20 de agosto de 1783, com o intuito de consolidar a ocupação da região disputada com os espanhóis.

O nome Real Forte do Príncipe da Beira, ou simplesmente, Forte do Príncipe da Beira, deveu-se ao ato de homenagear a D. José

Entretanto, há uma explicação para esta data.

de Cabral, considerada a nossa certidão de nascimento.

Vargas, a data de 22 de abril consolidou-se.

no Jornal do Exército Português - Edição de Outubro de 2016.

No ano de 1763, foi publicado, para divulgação pelos corpos de tropa, o Regulamento para o exercício e disciplina dos Regimentos de Infantaria dos Exércitos de Sua Majestade Fidelíssima de Portugal. Esse regulamento pode ser considerado como o

marco de origem da existência de bibliotecas dentro dos quartéis do Exército Português e se mantiveram, após o processo de independência, nos quartéis brasileiros. Estas bibliotecas serviam de meio fundamental para a instrução dos oficiais que, por estarem muitas vezes em locais isolados,

O objetivo de servir como meio auxiliar de instrução dos militares manteve-sequando da criação da Biblioteca do Exército, por ato do Ministro da Guerra, Franklin Américo de Menezes Dória, através do Decreto número

8336 de 17 de dezembro de 1881. Esta era uma solicitação antiga de uma parcela de integrantes do Exército, tendo finalmente vindo a lume.

Sua inauguração efetiva ocorreu em 4 de janeiro de 1882, contando, na solenidade de abertura, com a presença do Imperador D. Pedro II,grande incentivador do desenvolvimento cultural do país.

Localizada no Quartel-General do Exército, em frente ao Campo de Sant'Anna, atual Praça da República, foi esse evento

bastante concorrido, recebendo da imprensa da época grandes elogios pelo feito de se abrir mais um polo de difusão de cultura nacidade do Rio de Janeiro, então sede da Corte.

não dispunham de outros meios para se atualizarem.

O primeiro filho - o primogênito - dos reis portugueses tinhao título de Príncipe da Beira, qualquer que fosse o seu sexo. Era uma homenagem da monarquia à maior das províncias portuguesas,a Beira.

de Bragança.

No atual cenário da economia mundial, o turismo deve ser visto como fonte de recurso para a preservação do patrimônio militar. São diversos os Espaços Culturais (EC) homologados pelo

Comandante do Exército que conseguem, com sua visitação turística, gerar renda para a preservação e difusão do patrimônio e da história militar.

Em diferentes pontos do Brasil, o Exército Brasileiro dispõe de EC geradores de renda, com ampla visitação turística do patrimônio

histórico-militar. São exemplos de casos de sucesso os Fortes São Diogo e Santa Maria, em Salvador, que repletos de novas tecnologias atraem turistas do mundo todo para suas exposições. Em Recife,temos o Museu Militar Forte do Brum, e, em Porto Alegre, o MuseuMilitar do Comando Militar do Sul. No Rio de Janeiro, o Museu Histórico

do Exército e Forte de Copacabana (MHEx/FC) é um exemplo bem sucedido de Turismo Militar: trata-se do terceiro ponto turístico maisvisitado do Estado.