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www.fdte.org.br Boletim Informativo da FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia Novembro/2014 Ano 2 Nº 12 Educação Robótica: Alunos da Poli rumo ao Japão pág.5 Poli Cidadã promove oficina de Carrinhos de Rolimã pág. 6 Quali e FDTE oferecem certificação pela ASQ pág. 7 Time Line A vida de Alexandre Vannucchi Leme, jovem estudante morto pela ditadura pág.2 Acontece na USP Professor Cardoso é o novo diretor da FUSP pág.3 Projeto FDTE participa do programa do submarino nuclear brasileiro pág.4 O que estou lendo Dica de leitura do professor Túlio Nogueira Bittencourt pág. 8 A Academia Nacional de Engenharia (ANE), fundada em 1991, reconhece e homenageia os expoentes da engenharia nacional e auxilia o governo e a sociedade nas questões que tenham a engenharia como enfoque principal. Em assembleia geral realizada em outubro, na Fundação Padre Leonel França, mantenedora da PUC- -RJ, a ANE elegeu novos membros, entre eles o diretor da Escola Politécnica da USP (Poli), professor José Roberto Castilho Piqueira. “Fui pego de surpresa, recebi uma carta informando que havia sido eleito. “Não me passava pela cabeça que seria digno desta honraria”, afirma. Paulo Augusto Vivacqua, presidente da ANE, diz que para o indicado a eleição representa uma grande distinção. “Para a academia entram apenas engenheiros com uma vida de re- alizações reconhecidas pelo país”. Com a posse dos novos acadêmicos, a ser realizada no dia 27 de novembro, no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, a academia passa a contar com 160 membros. Vivacqua diz que, com a eleição, a ANE ganha mais prestígio para influenciar nas decisões do governo em áre- as como transporte, distribuição da população e pesquisas espaciais. “Os novos membros reforçam a entidade e lhe dão autoridade para cumprir sua missão e para a Poli é importan- te ter um professor no quadro da ANE, principalmente pelo papel que ela exerce na sociedade”. O Contra-Almirante da Marinha, Alan Paes Leme Arthou, presidente do Conselho de Recursos Naturais da ANE, ex- plica que a academia é formada por pessoas que se des- tacam em pesquisas e no exercício da profissão. “A ANE reúne engenheiros de renome que estudam e discutem assuntos referentes ao desenvolvimento da engenharia. O professor Piqueira foi eleito por sua história e pelo que fez pela engenharia nacional. O professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, afirma que a eleição do professor Piqueira é um reconhecimento ao ser humano de perfil espontâ- neo, estudioso e agregador e também ao seu trabalho pelo desenvolvimento da engenharia. “A indicação estreita ain- da mais o relacionamento da Poli com a Marinha na execu- ção dos projetos que atuam em conjunto”, afirma. Segundo o professor Piqueira, o principal projeto da Poli com a Marinha do Brasil é o curso de Engenharia Naval para os oficiais da Marinha, criado na década de 1950. Esse projeto gerou pesquisas em conjunto, como as do programa nuclear, do ciclo do combustível para o pro- grama nuclear brasileiro, de infraestrutura e de projetos relativos ao arsenal de marinha. Em alguns submarinos convencionais o projeto de estrutura foi realizado em conjunto com a escola; a automação e modernização das fragatas e das corvetas foram realizadas em con- junto com a Poli. “A Marinha convive conosco, é como se uma parte da Poli fizesse parte da Marinha. Isso nos honra muito. A Marinha tem trabalhos de infraestrutura, fundações, ciência ambien- tal, engenharia nuclear, en- genharia naval, construção naval e engenharia oceâ- nica, o que favorece a for- mação de nossos alunos”, afirma. Piqueira diz estar feliz com a eleição para a ANE por ser reconhecido pelo seu tra- balho. “Estou completando 40 anos de carreira neste ano e ao receber esse reconhecimento fico honrado e feliz”. O professor lembra que grandes nomes como Paula Souza, Ramos de Azevedo, Figueiredo Ferraz, Roberto Salmeron, Ari Torres, Olavo Setúbal, passaram pela Poli como alunos, professores e como diretores. “A Poli inteira está sendo honrada com essa indicação. Há grandes expoentes da engenharia na Poli, a escola tem muitas competências que podem ser úteis para a nação”, conclui. PROFESSOR PIQUEIRA, DIRETOR DA POLI, É ELEITO NOVO ACADÊMICO DA ANE Professor José Roberto Castilho Piqueira, novo acadêmico da ANE Professor Kazuo Nishimoto Paulo Augusto Vivacqua

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Boletim Informativo da FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia

Novembro/2014Ano 2Nº 12

EducaçãoRobótica: Alunos da Poli rumo ao Japão pág.5

Poli Cidadã promove oficina de Carrinhos de Rolimã pág. 6

Quali e FDTE oferecem certificação pela ASQ pág. 7

Time LineA vida de Alexandre Vannucchi Leme, jovem estudante morto pela ditadura pág.2

Acontece na USPProfessor Cardoso é o novo diretor da FUSP pág.3

ProjetoFDTE participa do programa do submarino nuclear brasileiro pág.4

O que estou lendoDica de leitura doprofessor Túlio Nogueira Bittencourt pág. 8

A Academia Nacional de Engenharia (ANE), fundada em 1991, reconhece e homenageia os expoentes da engenharia nacional e auxilia o governo e a sociedade nas questões que tenham a engenharia como enfoque principal. Em assembleia geral realizada em outubro, na Fundação Padre Leonel França, mantenedora da PUC--RJ, a ANE elegeu novos membros, entre eles o diretor da Escola Politécnica da USP (Poli), professor José Roberto Castilho Piqueira. “Fui pego de surpresa, recebi uma carta informando que havia sido eleito. “Não me passava pela cabeça que seria digno desta honraria”, afirma.

Paulo Augusto Vivacqua, presidente da ANE, diz que para o indicado a eleição representa uma grande distinção. “Para a academia entram apenas engenheiros com uma vida de re-

alizações reconhecidas pelo país”. Com a posse dos novos acadêmicos, a ser realizada no dia 27 de novembro, no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, a academia passa a contar com 160 membros.

Vivacqua diz que, com a eleição, a ANE ganha mais prestígio para influenciar nas decisões do governo em áre-

as como transporte, distribuição da população e pesquisas espaciais. “Os novos membros reforçam a entidade e lhe dão autoridade para cumprir sua missão e para a Poli é importan-te ter um professor no quadro da ANE, principalmente pelo papel que ela exerce na sociedade”.

O Contra-Almirante da Marinha, Alan Paes Leme Arthou, presidente do Conselho de Recursos Naturais da ANE, ex-plica que a academia é formada por pessoas que se des-tacam em pesquisas e no exercício da profissão. “A ANE reúne engenheiros de renome que estudam e discutem assuntos referentes ao desenvolvimento da engenharia. O professor Piqueira foi eleito por sua história e pelo que fez pela engenharia nacional.

O professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, afirma que a eleição do professor Piqueira é um reconhecimento ao ser humano de perfil espontâ-neo, estudioso e agregador e também ao seu trabalho pelo desenvolvimento da engenharia. “A indicação estreita ain-da mais o relacionamento da Poli com a Marinha na execu-ção dos projetos que atuam em conjunto”, afirma.

Segundo o professor Piqueira, o principal projeto da Poli com a Marinha do Brasil é o curso de Engenharia Naval para os oficiais da Marinha, criado na década de 1950. Esse projeto gerou pesquisas em conjunto, como as do programa nuclear, do ciclo do combustível para o pro-grama nuclear brasileiro, de infraestrutura e de projetos relativos ao arsenal de marinha. Em alguns submarinos convencionais o projeto de estrutura foi realizado em conjunto com a escola; a automação e modernização das fragatas e das corvetas foram realizadas em con-junto com a Poli. “A Marinha convive conosco, é como se uma parte da Poli fizesse parte da Marinha. Isso nos honra muito. A Marinha tem trabalhos de infraestrutura, fundações, ciência ambien-tal, engenharia nuclear, en-genharia naval, construção naval e engenharia oceâ-nica, o que favorece a for-mação de nossos alunos”, afirma.

Piqueira diz estar feliz com a eleição para a ANE por ser reconhecido pelo seu tra-balho. “Estou completando 40 anos de carreira neste ano e ao receber esse reconhecimento fico honrado e feliz”. O professor lembra que grandes nomes como Paula Souza, Ramos de Azevedo, Figueiredo Ferraz, Roberto Salmeron, Ari Torres, Olavo Setúbal, passaram pela Poli como alunos, professores e como diretores. “A Poli inteira está sendo honrada com essa indicação. Há grandes expoentes da engenharia na Poli, a escola tem muitas competências que podem ser úteis para a nação”, conclui.

PROFESSOR PIQUEIRA, DIRETOR DA POLI, É ELEITO NOVO ACADÊMICO DA ANE

Professor José Roberto Castilho Piqueira, novo acadêmico da ANE

Professor Kazuo Nishimoto

Paulo Augusto Vivacqua

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EDITORIAL

A FDTE tem apoiado, de todas as formas, iniciati-vas que despertem nos politécnicos o sentimento de cidadania. Somos engenheiros (alguns de nós o serão, em breve). Mais que engenheiros, no en-tanto, somos cidadãos, inseridos num mundo que nos trata - dependendo de quem somos - com ex-tremo desequilíbrio. Chama a atenção a iniciativa desenvolvida pelo POLIGEN - Grupo de Estudos de Gênero da Escola Politécnica, cujo objetivo é o de-

QUESTÃO DE GÊNERObate das questões de gênero. Mas... que questões de gênero? É aí que começa o problema: sequer nos damos conta de que há uma “questão de gêne-ro”. O que resulta em pequeno apoio ao POLIGEN, que tem enfrentado a questão de forma solitária, à exceção de pequeno grupo de colaboradores.

Iniciativas como os programas desenvolvidos pelo Poli Cidadã, coordenado pelo professor An-tonio Luis Campos Mariani, e o Programa de Pré Iniciação Científica, coordenado pelo professor José Roberto Castilho Piqueira, contribuem com a formação de um engenheiro melhor, cidadão e consciente das necessidades do mundo em que vive. Justiça seja feita: ainda que grande parte da

nossa comunidade não priorize essas iniciativas (que, no fim, são sempre desenvolvidas pelos mesmos abnegados), ela os apoia e se entusias-ma com elas.

A questão de gênero é um dos grandes temas a serem enfrentados pela nossa sociedade. A mu-lher ganha menos por funções equivalentes - é um fato. A mulher nem sempre tem o respeito de seus pares ao exercer funções de liderança - é outro fato. A mulher é a maior vítima de violên-cia doméstica, simplesmente porque é mais fraca fisicamente que o homem. E o que a engenharia tem com isso? Tudo. Essa mulher que é tratada de forma desigual é nossa mãe, nossa irmã, nossa fi-lha, nossa esposa. Antes de sermos engenheiros, somos cidadãos, que, ao educarmos outros cida-dãos, devemos transmitir valores mais equilibra-dos e justos, única forma de termos um mundo melhor para nossas mulheres. A FDTE manifesta publicamente seu apoio à iniciativa do POLIGEN, bem como ao movimento “he for she”, tema do recente discurso da atriz Emma Watson na ONU.

André S. Gertsenchtein

TIME LINE

No dia 2 de outubro a editora Contexto lançou, na Livraria Cultura, o livro “Alexandre Van-nucchi Leme: Jovem, estudante, morto pela ditadura”. A obra relata os acontecimen-tos que envolveram o engajamento político de Alexandre até sua morte. Em sua introdução, Aldo Vannucchi, o autor do livro e tio de Ale-xandre, afirma que “lembrá-lo é recuperar o passado para criar o novo. É devolvê-lo à me-mória da sociedade brasileira. É o irrefragável direito à verdade. É preciso denunciar de que é

capaz uma ditadura militar. É preciso acabar com o si-lêncio e a acomodação que sepulta no esquecimento e exclui da memória nacio-nal toda a bárbara tortura por que passamos. A Nação deve ter inteira consciência do que foi essa ditadura que espalhou o terror entre todos brasileiros.”

A VIDA DE ALEXANDRE VANNUCCHI LEME: JOVEM ESTUDANTE MORTO PELA DITADURA

História – Alexandre Vannucchi Leme militava na Ação Libertária Nacional (ALN). Foi preso pela Ope-ração Bandeirantes em 16 de março de 1973 e tor-turado até a morte. Cursava o quarto ano de Geolo-gia na USP. Era o representante dos estudantes na Congregação do Instituto de Geociências. Partilhava das lutas comuns aos estudantes da época. Editou um boletim especial do Centro Acadêmico da Escola sobre o ciclo da exploração do ferro. Tomou posição contra o modo como a Transamazônica estava sen-do construída e passou a fazer exposições e palestras em faculdades e escolas do 2° grau junto a outros colegas. Teve seu nome conhecido devido a desin-formação sobre sua morte, aos 22 anos. Enquanto o governo afirmava que ele teria sido vítima de atrope-lamento, líderes estudantis alegavam que sua morte teria acontecido por tortura.

Depois do silêncio imposto pelo AI-5, em 1968, os estudantes da USP voltaram a se reagrupar e, em 26 de março de 1976, criaram o Diretório Central dos Estudantes-Livre da USP (DCE-Livre da USP),

reconstituído e batizado com o nome de Alexan-dre. O DCE-Livre Alexandre Vannucchi Leme é a entidade representativa dos estudantes nos cam-pi da USP da capital e do interior e tem a função de organizar e expressar os anseios e posições po-líticas dos estudantes.

Ana Beatriz Vannucchi Leme Macoris, sobri-nha de Alexandre, colaboradora da FDTE,

Aldo Vannucchi e Míriam Vannucchi Leme, irmã de Alexandre, no lançamento do livro

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ACONTECE NA USP

Em março deste ano o professor José Roberto Cardoso assumiu o cargo de diretor executivo da FUSP - Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (USP), a convite do reitor da USP, Marco Antônio Zago, presidente do conselho curador da fundação. “Fiquei muito sensibilizado pelo convite feito pelo Magnífico Reitor”, afirma Cardoso.

Ele explica que a FUSP é uma fundação de apoio à Universidade de São Paulo à semelhança da FDTE, só que atua em toda a universidade. “Ela não fica focada apenas na parte tecnológica, mas coorde-na projetos em todas as áreas”, afirma. A FUSP tem projetos com o governo, FINEP, BNDES, como é o caso da Biblioteca Brasiliana. O BNDES financiou parte da biblioteca e a gestão dos recursos foi feita pela FUSP. “Também temos iniciativas com a FINEP envolvendo empresas como a Embraer, Petrobras, entre outras. Somos especializados em gerir esse tipo de projeto”, diz.

O diretor superintendente da FDTE, André Steagall Gertsenchtein lembra que o professor também é membro do Conselho Curador da FDTE e que isso tem um significado simbólico muito importante. “O professor Cardoso sempre disse que as duas fundações tinham papéis complementares. A pre-sença dele na FDTE e na FUSP mostra que é pos-sível que as duas fundações trabalhem de mãos dadas, e é assim que nos sentimos”, afirma.

André Gertsenchtein comenta que quando as-sumiu a FDTE ela estava afastada da Poli e era imprescindível que houvesse uma reaproxima-ção. O professor Cardoso, que antes de assumir a FUSP era diretor da Escola Politécnica da USP (Poli), ajudou muito nesse processo. “O professor, até pela sua história dentro da FDTE, teve papel extremamente importante na sua recuperação, e se não fosse ele a aproximação com a Poli não te-ria ocorrido. Tenho certeza de que terá um papel primordial na FUSP para imprimir ritmo e cultura positivos na instituição”, diz.

Cardoso conta que o seu relacionamento com a FDTE vem de décadas e que todos os ex-dire-tores, diretores atuais, instituidores da própria fundação são amigos que ele preza muito. “Te-nho um carinho especial pela FDTE”, diz ele, ao comentar que nos últimos anos, até 2011, exis-tiu um afastamento entre a Poli e a FDTE, algo que nunca havia ocorrido. “Era uma situação re-sultante de conflitos oriundos de posições pes-

soais e não institucionais e que não era possível continuar, pois a Poli precisa muito da FDTE e vice-versa”. Ele conta que estava presente no dia em que André Gertsenchtein assumiu a di-retoria da FDTE e apresentou sua proposta de trabalho, que implicava em restabelecer o rela-cionamento com a Poli, com parcerias corretas e com transparência. “Desde aquele momento vi que estávamos em bom caminho. A Poli se beneficiou muito com o retorno do bom rela-cionamento com a FDTE”, afirma.

PROFESSOR CARDOSO É O NOVO DIRETOR DA FUSP

será construído pela USP. “Esta foi uma ação importante e a participação da FDTE foi deci-siva na elaboração do projeto, suprindo parte dos recursos e gerenciando todo o processo”, afirma. O professor diz ter ficado decepciona-do quando se descobriu que a USP estava em situação financeira preocupante, o que levou à suspensão de qualquer obra nova. “O proje-to já havia sido aprovado pela reitoria anterior, inclusive com recursos destinados para a obra. Continuaremos lutando para construir o edifí-cio, tanto com recursos da USP como externos”, promete.

Professor José Roberto Cardoso: O que existe entre as entidades é cooperação e sinergia

“O POLI-INOVA JÁ HAVIA SIDO APROVADO

PELA REITORIA ANTERIOR”

“O QUE EXISTE ENTRE AS ENTIDADES É COOPERAÇÃO E

SINERGIA.”Poli-InovaGertsenchtein afirma que outra ação do pro-fessor Cardoso merecedora de destaque é o edifício Poli-Inova. “Um projeto grande e muito expressivo que ele conduziu do começo ao fim, conseguindo inclusive terminar o projeto exe-cutivo, deixando-o em condições de ser cons-truído no momento em que houver verba orça-mentária”, diz. Cardoso lembra que o Poli-Inova

Ele explica que a estratégia será tentar obter doações e que a FDTE irá exercer papel rele-vante na captação e gestão desses recursos. “O próprio Ruy Ohtake, autor do projeto arquitetô-nico e executivo, disse que também sairá atrás de recursos para a obra. A proposta do prédio muda, de fato, toda a engenharia. É algo que precisa ser terminado para que a escola assuma sua liderança”, afirma Cardoso.

SinergiaA FUSP tem uma atuação similar à da FDTE e as entidades não competem entre si. Cada qual tem sua especialidade, seu modo de agir e os coorde-nadores escolhem de acordo com as suas necessi-dades. “O que existe entre as entidades é coopera-ção e sinergia”, diz Cardoso, explicando que esta sinergia existe também em ações globais, envol-vendo várias fundações.

Como exemplo o professor relata que recente-mente a solução de um problema econômico junto ao Tribunal de Contas carecia de posição única das fundações. “Conseguimos tomar deci-sões globais com sete ou oito fundações, resulta-do de uma parceria entre a FUSP e a FDTE sobre a melhor solução. Foi importante por mostrar que as fundações estão imbuídas de um propósito co-mum de apoio à USP, com pensamento uníssono no que se refere à sua organização e postura”, con-clui Cardoso.

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PROJETO

A FDTE e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) assinaram no início de setembro, acordo de parceria para a realização de pesquisa, de-senvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).

A Marinha do Brasil tem investido na expansão e desenvolvimento da tecnologia brasileira com objetivo de proteger e garantir a soberania bra-sileira no mar. Com esse propósito, Brasil e França firmaram acordo que deu início ao programa de desenvolvimento de submarinos. O programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e mais quatro submarinos convencionais. A primeira fase de im-plantação do programa prevê a construção de um Estaleiro e de uma Base Naval (EBN) em Itaguaí, no Rio de Janeiro.

com Propulsão Nuclear (Cogesn) com apoio do CTMSP e da Amazul.

O acordo, assinado pelo diretor-superintendente da FDTE, André Steagall Gertsenchtein e pelo dire-tor-presidente da Amazul, vice-almirante Ney Za-nella dos Santos, estabelece que a FDTE e a Amazul façam a pesquisa, o desenvolvimento e a implanta-ção do Projeto Conceitual, bem como a elaboração de documentos, incluindo estudos, relatórios téc-nicos, pareceres, especificações técnicas e de com-pras, referentes à parte de concepção do projeto, sob a responsabilidade do CTMSP. A duração total do projeto está prevista para 20 meses.

A Amazul, estatal constituída em agosto de 2013, tem a missão de viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear brasileiro, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e ca-pacita recursos humanos de alto nível, e busca se associar com organizações públicas e privadas de alta tecnologia.

O diretor-presidente da Amazul, Ney Zanella dos Santos, lembrou que esta não é a primeira vez que a Marinha do Brasil - agora por intermédio da Ama-zul - se une à Universidade de São Paulo, apoiada pela FDTE, para gerar inovação e progresso para a ciência e a engenharia nacionais, agregando valor a projetos de grande interesse para a sociedade bra-

sileira em prol do desenvolvimento nacional. André Steagall Gertsenchtein afirmou que a Marinha, de certa forma, é a razão pela qual a FDTE foi insti-tuída, uma vez que foi a contratante do primeiro projeto da fundação, o Computador G10, que deu início à indústria da computação no Brasil.

FDTE PARTICIPA DO PROGRAMA DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO

André S. Gertsenchtein, diretor-superintendente da FDTE cumprimenta o vice-almirante Ney Zanella do Santos, presidente da Amazul

“...ESTA NÃO É APRIMEIRA VEZ QUE

A MARINHA SE UNE À USP...”

“...PROGRAMA VIABILIZARÁ A PRODUÇÃO DO

SUBMARINONUCLEAR ...”

O Complexo Radiológico compreende áreas em que serão aplicadas normas nacionais e interna-cionais de segurança nuclear, daí a necessidade de um rigoroso projeto conceitual, anterior às fases seguintes do projeto e de construção do complexo. Essas áreas compreendem a manuten-ção de reatores nucleares, instalações marítimas, suporte e instalações do submarino de propulsão nuclear (SN-BR), instalação de proteção física e gestão de emergência, entre outras.

Neste complexo, que a Marinha constrói em parceria com a Odebrecht, serão realizadas as etapas de construção, montagem, integração, lançamento, operação e manutenção dos novos submarinos. O complexo integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), que está sendo conduzido pela Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino

A FDTE, fundação de notória especialização na área de pesquisa e desenvolvimento, com mais de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas da engenharia, foi criada por professores da Poli com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico da engenharia brasileira. A instituição é reconhecida pela contribuição que tem dado ao país nas questões ligadas ao seu desenvolvimen-to. Grandes feitos contribuíram para esse reco-nhecimento. Do Laboratório de Sistemas Digitais nasceu o histórico "Patinho Feio", como foi chama-do o primeiro computador brasileiro, construído em 1972. Com o patrocínio da Marinha foi desen-volvido o G10, que se tornou o segundo computa-dor genuinamente brasileiro. Entre os resultados do projeto, surgiram profissionais capacitados, di-versas ramificações na difusão do conhecimento e empresas nacionais para atuarem no setor.

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EDUCAÇÃO

Dois brasileiros da equipe de robóti-ca da Escola Politécnica da USP, Thun-deRatz, estão de malas prontas para competir na modalidade de sumô no Japão. Marx Thezolin de Paula e Lu-cas Rebelo Dal’Bello viajam para Tó-quio, com apoio da FDTE, onde irão participar do All Japan Robot-Sumo Tournament, competição da Fujisoft, que será realizada a partir do dia 14 de dezembro. Marx é aluno do curso de Engenharia Mecatrônica da Poli e Lucas Rebelo, ex-aluno da Poli, estu-da Ciências Moleculares na USP.

A homologação para competir no Japão veio após o robô Stonehenge sagrar-se campeão na categoria Sumô Rádio Controlado 3 kg na competição Winter Challenge X, realizada de 18 a 20 de julho no Instituto Mauá de Tec-nologia, em São Caetano, no ABC paulista. A com-petição, organizada pela RoboCore, contou com 727 competidores e 306 robôs, tendo a ThundeRatz participado com 13 projetos em 10 categoriais. Com a homologação, as três primeiras equipes classificadas no Winter Challenge X nas modalida-des Sumô Rádio Controlado e Sumô Autônomo receberam o convite para participar da competi-ção mundial no Japão. Jéssica Fernanda Kons, que divide a capitania da equipe com Gabriel Ribeiro Reis, explica que esta é a primeira vez que o Brasil é homologado. “Participamos da prova sem essa informação, ficamos sabendo uma semana depois, com o troféu já em casa, quando nos avisaram que estávamos sendo convidados para ir ao Japão”. Fundada em 2001 por estudantes de engenharia da Poli, a ThundeRatz, composta por 34 estudan-tes e orientada pelo professor Marcos Barretto, desenvolve desde o projeto até o robô final, inclu-sive as placas eletrônicas. A equipe é formada por alunos de vários cursos da Poli, como Mecânica, Mecatrônica e Elétrica. Da Elétrica participam alu-nos do curso Sistemas de Computação, Sistemas Elétricos, Sistemas de Controle. “As pessoas en-tram na equipe no primeiro ou segundo ano e os veteranos que se formam passam o conhecimen-to aos que estão chegando”, comenta Jéssica. DESAFIO ROBÓTICOO robô Stonehenge começou a ser desenvolvido por membros da equipe em 2012 e logo na primei-ra competição garantiu a sexta posição. “Depois disso aprimoramos o projeto, que venceu outras duas provas em 2012. Desde então continua em

primeiro nos desafios que participa, tendo conquis-tado cinco títulos nacionais”, afirma Thezolin. Jéssica diz que o Stonehenge é um projeto ro-busto e que já venceu equipes do México e do Rio de Janeiro, que já participaram da compe-tição do Japão, ficando em segundo e terceiro lugares, respectivamente. “Estamos otimistas, pois já ganhamos deles aqui no Brasil, ou seja, já vencemos equipes que subiram ao pódio no Japão”, diz confiante. CATEGORIASO desafio robótico começou com o Combate de Robôs e passou a abranger outras categorias, como Sumô Rádio Controlado, Seguidor de Linha, Hóquei e Trekking. Combate – Esta é a prova que mais chama a aten-ção do público porque é aço baten-do em aço gerando muita faísca com impacto de toneladas. Tem cinco ca-tegorias definidas por peso máximo: 1,36 kg – 5,5 kg – 13,6 kg – 27,3 kg e 55 kg. No exterior existem robôs de combate com até 110 quilos. Sumô – Este desafio é dividido em quatro categorias: Robô de 3 kg Rádio Controlado; Robô de 3 kg Autônomo; Robô de 500 g Au-tônomo e Robô de 1 kg de Lego Autônomo. Os autônomos lutam sozinhos. A ThundeRatz ainda não tem o robô de 500 g, que está em desenvolvimento.

Hóquei – Como no esporte olímpico que surgiu no Canadá, dois times de três robôs se enfrentam com objeti-vo de levar um disco até o gol. Ganha quem fizer mais gols durante o tem-po de jogo.

Seguidores de Linha – São Robôs Autônomos cujo objetivo é seguir uma linha branca em uma pista de fundo preto. Utiliza algoritmos de controle e vence o robô que fizer o percurso em menor tempo. Jéssica conta que a ThundeRatz foi campeã nesta categoria até os Mexicanos co-meçarem a competir no Brasil. Trekking – Robô grande, autônomo, cujo desafio é completar um percurso com cones e placas brancas de 1 m² dentro de um campo de futebol. Ven-

ce aquele que terminar a prova em menor tempo. HISTÓRIAEm 1998 a Estrutura Curricular da Poli (EC-2) possi-bilitou a criação de grupos de extensão, permitindo que a equipe Los Cuervos fosse criada em 2001 por quatro amigos que se interessaram pelo comba-te de robôs - prova que crescia no exterior. A Poli, Unicamp, Unifei e o ITA se uniram e promoveram um pequeno campeonato, sendo que cada facul-dade participava com sua equipe. Em 2005 a Los Cuervos foi reformulada e passou a se denominar ThundeRatz. No mesmo ano começou a ser reali-zada a Winter Challenge, organizada pela empresa Robocore, sendo a primeira competição no Brasil seguindo as regras da Robot Fighting League, dos EUA, criada em 2002. A Winter Challenge está em sua décima edição e a ThundeRatz já ganhou diver-sos campeonatos.

ALUNOS DA POLI RUMO AO JAPÃO

Thezolin de Paula e Lucas Rebelo Dal’Bello exibem o Stonehenge

Professor Marcos Barretto, Jéssica Fernanda Kons, Lucas Rebelo Dal’Bello; Marx Thezolin de Paula e

Gabriel Ribeiro Reis na oficina da equipe ThundeRatz

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Com a orientação de alunos e alunas da Escola Politécnica da USP, jovens da Comunidade São Remo projetaram e fabricaram cinco carrinhos de rolimã ao participarem de oficina promovida pelo programa Poli Cidadã em parceria com o Centro Acadêmico da Engenharia Mecânica (CAM).

O professor do departamento de Engenharia Mecânica, Antonio Luis de Campos Mariani, coorde-nador do Poli Cidadã, afirma que o resultado da quarta oficina foi excelente. “O evento envolveu 30 estudantes da Poli e 17 meninos e meninas que estudam na Esco-la Estadual Emygdio de Barros com o objetivo de despertar e motivar alunos e alunas de 10 a 14 anos a seguirem uma carreira técnica”.

Os jovens da comunidade foram divididos em cinco equipes com quatro crianças cada. Uma era projetista, que é quem registra no diário as ideias do projeto; outra era calculista, que media as madeiras e os eixos para calcular o centro, aprendendo a trabalhar em equipe e en-tendendo o porquê estudam matemática; outra era designer, responsável pelos desenhos do car-rinho. A quarta criança cuidava das ferramentas

solicitadas para cada uma das tarefas - as escalas para medir, as chaves para apertar os parafusos, entre outras. Cada equipe recebeu um diário de projeto com um roteiro de trabalho; dois eixos de aço com furos e usinados na ponta para encaixar o rolamento; e pranchas de madeira. Uma pran-

cha principal para fazer o chassi e outras para as laterais, freios e detalhes.

No início dos trabalhos foi feita uma apresentação sobre a im-portância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ensi-nando a trabalhar com equipa-mento de segurança. Cada crian-ça e cada monitor receberam um jaleco de proteção, óculos de segurança, luvas e máscaras para usarem quando estivessem ser-rando a madeira. O patrocínio da FDTE, da Escola Politécnica e da

ASHRAE, viabilizaram recursos para os materiais, EPIs e ferramentas.

A primeira parte da tarefa foi desenhar o pro-jeto e medir as peças. Mariani conta que cada equipe desenhou seu carrinho de um jeito e de-pois as crianças passaram a fabricá-los. “Os pro-jetos foram desenvolvidos a partir da ideia das

IV OFICINA DE CARRINHOS DE ROLIMÃcrianças da comunidade. Tem carrinho com ae-rofólio, com proteção lateral reforçada, com de-senhos simbolizando o nome da equipe, tudo decidido pelas equipes. No sábado definiram os projetos e começaram a construí-los.

No domingo as crianças terminaram os carrinhos e participaram de um programa de saúde bucal, pois neste ano a oficina contou com a parceria da Faculdade de Odontologia e 11 estudantes – a maioria moças – fizeram palestra e desenvolve-ram atividades com as crianças, que foram dividi-das em dois grupos.

Foram montados pequenos consultórios e as crianças receberam uma cartilha, um kit, e par-ticiparam de palestra sobre cárie, alimentação e importância da escovação correta. Após o almo-ço o pessoal da Odontologia acompanhou cada criança para verificar como elas escovam seus dentes. Depois disso foi feita aplicação de flúor como complemento da atividade de saúde bu-cal. “A equipe da Odontologia ficou muito feliz porque as crianças estão bem orientadas e com os dentes bem cuidados”, afirmou Mariani.

Pensar no futuroAo final da 4ª Oficina de Carrinho de Rolimã houve uma conversa com as crianças convidan-do-as a pensar no futuro, visando motivá-las a estudar em escolas técnicas, mostrando que o estudo vale a pena e possibilita desenvolver um projeto, fabricar uma peça, e que adquirir experiência mais ligada à engenharia é uma possibilidade. As crianças da Comunidade São Remo foram estimuladas a estudar em uma escola técnica como o SENAI ou em Escolas Técnicas (ETEC). Mariani conta que junto com o certificado da Oficina, assinado pelo diretor da Poli, professor José Roberto Castilho Piqueira, pelo presidente do Centro Acadêmico, Marcus Pavani, e pelo coordenador do programa Poli Cidadã, cada participante recebeu um folheto informando quais são as escolas técnicas na região onde podem ter um complemento do ensino médio.

Monitores da Poli e da Faculdade de Odontologia posam com alunos da Comunidade São Remo na IV Oficina de Carrinhos de Rolimã

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A FDTE e a QUALI Treinamento & Certificação formalizaram parceria com objetivo de oferecer curso preparatório para o exame de certificação ‘Engenheiro da Qualidade’ da ASQ - American Society for Quality - aos integrantes da comu-nidade politécnica. O curso é ministrado pela QUALI em turmas abertas em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e em turmas in company por todo o Brasil.

A primeira ação da parceria consiste em promo-ver o curso de Engenheiro da Qualidade com desconto aos integrantes da comunidade poli-técnica que tenham vínculo com a FDTE. Tanto os cursos preparatórios, quanto os exames de certificação estão disponíveis em português para facilitar o acesso a todos os profissionais brasileiros.

Marta Kassab, gerente geral da QUALI, comen-ta que a parceria tem por objetivo fortalecer a articulação institucional entre as organizações, promovendo a valorização da área da Engenha-ria no setor e reconhecimento dos profissionais certificados. “O Brasil necessita de profissionais mais capacitados. Essa capacitação passa por um processo de aprofundamento de conhe-cimentos e certificação e a parceria possibili-ta que os profissionais de engenharia de São Paulo, que atuam nas grandes empresas e na academia, obtenham a certificação ASQ. O ob-

QUALI E FDTE OFERECEM CERTIFICAÇÃO PELA AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

jetivo é ter mais profissionais capacitados para enfrentar os desafios do mundo globalizado, aumentando a competitividade das organiza-ções brasileiras”, afirma.

Para André Steagall Gertsenchtein, diretor supe-rintendente da FDTE, a QUALI trouxe a possibili-dade de certificar os engenheiros ligados à FDTE pela ASQ, organização americana de alcance mundial. Ele comenta que a importância da qua-lidade é absoluta. “Não há projeto de engenharia que possa ser bem sucedido sem o controle de qualidade, sem técnicas e práticas para as quais as certificações oferecidas pela QUALI são indis-pensáveis. Poder oferecer à comunidade poli-técnica as certificações que a QUALI traz agrega grande valor para a FDTE e será muito bom para a comunidade politécnica”, diz.

CURSO PREPARATÓRIOA certificação de Engenheiro da Qualidade possi-bilita o conhecimento técnico profundo da área da qualidade e sua aplicação prática nas orga-nizações. Para estar apto a fazer o curso prepa-ratório ao exame de certificação, o profissional precisa ter oito anos de experiência prática em alguma das seguintes áreas: administração e li-derança; sistema da qualidade; projeto do pro-duto e processo; melhoria contínua ou métodos e ferramentas quantitativas. Destes oito anos, no mínimo três anos, devem ter sido exercidos

em cargo de tomada de decisões. Porém, se o candidato possui curso superior concluído, a ne-cessidade passa a ser de apenas quatro anos de experiência.

A QUALI está com inscrições abertas para o Cur-so Preparatório para Certificação em Six Sigma Belt, que será realizado de 1 a 5 de dezembro em horário comercial, com carga horária de 40 horas. Um profissional certificado em Six Sigma Black Belt contribui em projetos de inovação, em redução de custos e para o aumento da compe-titividade das empresas. No início de 2015 serão oferecidos os cursos preparatórios para certifi-cação de Engenheiro da Qualidade e Gestor da Qualidade, ainda sem calendário definido. Os membros da comunidade politécnica vinculados à FDTE terão desconto de 10% na inscrição.

EXCELÊNCIA EM GESTÃO A QUALI Treinamento e Certificação é uma joint venture do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) e ASQ, com o objetivo de treinar e capacitar profissionais na área de Ges-tão da Qualidade dentro dos rigorosos padrões da ASQ, que são aceitos internacionalmente como referência em qualidade. O PGQP tem a missão de promover a competitividade susten-tável do Rio Grande do Sul para melhoria da qua-lidade de vida das pessoas por meio da busca da excelência em gestão. Criado em 1992, o PGQP tem como presidente do Conselho Superior Jorge Gerdau Johannpeter, e do Conselho dire-tor Ricardo Menna Barreto Felizzola. Referência internacional, o PGQP soma mais de 1,3 milhão de pessoas envolvidas, com adesão de mais de 11 mil organizações associadas a uma rede de 80 comitês setoriais e regionais.

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOEm seus mais de 40 anos a FDTE foi responsável por projetos pioneiros e inovadores em todas as áreas da engenharia. Como Fundação de apoio à Escola Politécnica foi o principal canal para a transferência de tecnologia para a sociedade e de investimentos em projetos e pesquisas da POLI, resultando em ciclo virtuoso em benefício tanto da sociedade quanto da universidade. A FDTE tem importância expressiva na expansão e independência tecnológica do Brasil.

A parceria possibilita que os engenheiros da comunidade politécnica, que atuam em grandes empresas e na POLI, obtenham a certificação de Engenheiro da Qualidade da ASQ

Renata Lerch, Marta Kassab, André S. Gertsenchtein, Mark Olson e João Machado

EDUCAÇÃO

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ExpedienteFTDEDiretor-Superintendente: André Steagall GertsenchteinDiretor de Operações: João Antonio Machado NetoDiretor Administrativo e Financeiro: Antonio Carlos FonsecaDiretora de Assuntos Especiais: Edith RanziniCONSELHO CURADORPresidente: Nelson ZuanellaVice-Presidente: Célio TaniguchiMembros: Antonio Hélio Guerra VieiraClaudio Amaury Dall’Acqua

Lucas MoscatoIvan Gilberto Sandoval FalleirosJoão Cyro AndréJosé Roberto CardosoJosé Roberto Castilho PiqueiraEndereço: Av. Eusébio Matoso, 1375 – 6º andarPinheiros – São Paulo / SP - CEP: 05423-180Telefone: (11) 3132 - 4000Jornalista responsável: Luiz Voltolini (MTb - 11.095)Revisão: Maria Aparecida MasucciFotos: Zé Barretta - [email protected]ção: Samuel Coelho - [email protected]

Tiragem: 1.500 exemplaresPeriodicidade: bimestralA reprodução do conteúdo desta publicação é permitida mediante autorização prévia e citada a fonte

FDTE Informa é uma publicação da FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia. Disponível no site da entidade (www.fdte.org.br) e distribuída gratuitamente.Os textos e artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

selo FSC

CURTAS

O QUE ESTOU LENDO

PREMIAÇÃO - A Área de Concentração em En-genharia de Computação do programa de Pós--Graduação em Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP – Poli-USP promoveu, no úl-timo dia 30, o III Workshop de Pós-Graduação da Área de Pesquisa “Engenharia de Computação”, realizado no Anfiteatro da Engenharia Elétrica. O evento tem como intuito promover e fomen-tar pesquisas na área, bem como divulgar os trabalhos que estão sendo desenvolvidos. O workshop ocorre pelo terceiro ano consecuti-vo graças à grande dedicação e empenho das professoras Anna Helena Reali Costa e Cíntia Borges Margi. Na edição deste ano o workshop foi dividido nas seguintes seções: três palestras ministradas por professores convidados; apre-sentação dos trabalhos; apresentação de pôste-res; painel sobre a vida acadêmica e sessão de premiação.

Inscreveram-se 14 trabalhos de mestrado e 17 de doutorado e a FDTE premiou o melhor de cada uma das categorias. Segundo a professora Edith Ranzini, diretora de Assuntos Especiais da FDTE, a premiação destina-se a patrocinar a participa-ção dos alunos selecionados em conferências ou congressos que sejam de grande expressão. “A avaliação sobre a importância da conferência ou congresso será de responsabilidade do orientador do premiado”, afirma. O melhor trabalho de mestrado, intitulado “Me-thod to implement an autonomous Unmanned Aircraft System and to evaluate midair collision risk” está sendo desenvolvido por Thiago Toshio Matsumoto, com a orientação do professor João Batista Camargo Júnior. O melhor trabalho de doutorado, intitulado “Global and Local Analysis of Features Points for Deformable Object Pose Estimation”, é de autoria de Daniel Makoto Toku-naga, que conta com a orientação do professor Romero Tori.

HOUR OF CODE - Com o objetivo de despertar nas crianças o interesse pelo aprendizado de ci-ências da computação, o Centro de Engenharia Elétrica da Poli (CEE) promoveu, no último dia 8 de novembro, o evento Hour of Code, que visa ensinar programação para crianças carentes. O

Túlio Nogueira Bitten-court – professor de En-genharia Estrutural da Escola Politécnica da USP e presidente do Ibracon, Instituto Brasileiro do Concreto“No livro “Structures – or why things don´t fall down”, pu-blicado pela Penguim, o au-tor, professor James Edward Gordon, aborda com ele-

gância e profundidade a análise do comportamento de diversos tipos de estruturas e diferentes tipos de materiais estruturais. Ele apresenta uma abordagem his-tórica sobre a evolução do tema. Ao introduzir os conceitos básicos sobre o comportamento estrutu-ral, ele também avalia e compara as respostas dos diferentes tipos de materiais e sua eficiência ener-gética, um tema hoje mais atual

do que na época em que o livro foi escrito. A eficiência de diver-sos sistemas estruturais é tratada de forma clara e desconcertante-mente simples para os novatos e especialistas no tema. Eu diria que é um livro fundamental para quem tem interesse ou trabalha com engenharia de estruturas com aplicação de materiais tradi-cionais ou de materiais compósi-tos mais modernos”.

Daniel Makoto Tokunaga, professora Edith Ranzini, Bruno Trevizan de Oliveira e

professora Cíntia Borges Margi

evento, em parceria com a ONG Promove, que trabalha com crianças carentes, foi realizado no Labsoft e na sala dos alunos da Energia, onde há grande quantidade de computadores com acesso a internet. Cada aluno da Poli monitorou uma criança e depois de uma explicação sobre o Hour of Code guiaram as crianças pelo tutorial desenvolvido pela ONG americana Code.org, disponível no site http://learn.code.org/hoc/1. A ferramenta é didática e voltada para crianças pequenas. A iniciativa promoveu contato de alunos de Engenharia Elétrica e da Computação com crianças socialmente menos favorecidas, estimulando o interesse dos alunos da Poli pela melhoria da educação brasileira.

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Alunos da Poli monitorando crianças da ONG Promove no evento Hour of Code

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