NotiFax de 31 de Maio de 2009

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Boletim Quinzenal do Instituto Português de Cultura de Caracas

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Caracas, Venezuela * Ano IX – Época II * 31 de Maio de 2009 RIF: J301839838

Fernando Pinto do Amaral, convidado especial.

O professor universitário, poeta, crítico literário e agora também romancista, Fernando Pinto do Amaral é o convidado do Instituto Português de Cultura para os actos culturais onde serão recordadas dois poetas maiores da literatura portuguesa e universal: Luís de Camões e Fernando Pessoa.

Como deve ser do conhecimento de todos, as comemorações do Dia de Portugal – a 10 de Junho – coincidem com a data que se convencionou ser a da morte do autor d’Os Lusíadas. O 13 de Junho marca o nascimento do poeta dos heterónimos. Distanciadas por practicamente três séculos, ambas as datas servem ao Instituto Português de Cultura para duas importantes jornadas de divulgação da Cultura Portuguesa, o que nos leva ao esforço adicional de trazer até à Venezuela uma figura intelectual que ajude a dar mais brilho aos respectivos eventos.

Fernando Pinto do Amaral (Lisboa, 1960) encaixa perfeitamente nesses objetivos na medida em que é uma figura de reconhecido valor no actual panorama da literatura portuguesa.

Inscreveu-se originalmente na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, mas a meio da carreira “descobriu” que a sua vocação eram as Letras e matriculou-se no respectivo curso, que frequentou até chegar ao doutoramento. Em 1987, aos 27 anos, já era professor do Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras que o tinha formado. Três anos depois, em 1990, publica o seu primeiro livro de poemas Acédia, a que se seguem A Escada de Jacob (1993), Às Cegas (1997), igualmente um conjunto de poemas. Anteriormente, agora na área do ensaio, tinham saído do prelo O Mosaico Florido – Modernidade e Pós-Modernidade na Poesia Portuguesa Mais Recente (1991), que lhe merece o respectivo prémio do Pen Club; e, no ano seguinte, Na Órbita de Saturno. Em 2000 volta à poesia e publica Poesia Reunida, a que se seguem, dois títulos mais: Pena Suspensa (2004) e A Luz da Madrugada (2007).

Este ano acaba de ver a luz o romance O Segredo de Leonardo Volpi. Não é, porém, a sua primeira incursão no campo da narrativa. Em 2006 editou Área de Serviço e Outras Histórias de Amor, conjunto de contos.

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Para além desta obra, reconhecida dentro e fora de Portugal (está traduzido para o castelhano), Pinto do Amaral tem colaboração dispersa por várias revistas especializadas e jornais diários: Ler, A Phala, Colóquio/Letras, entre outros. O diário Público é um dos jornais onde vemos o seu nome com frequência, bem seja como articulista ou como sujeito de recensões literárias. Recentemente foi a vez do JL/ Jornal de Letras lhe dedicar duas páginas.

Fernando Pinto do Amaral é membro do Pen Clube Português, talvez a maior e mais antiga organização de escritores do mundo. Foi criada em Londres, no começo da segunda década do século passado pelo Prémio Nobel, John Galsworth (1932). Apesar de várias tentativas feitas durante a ditadura, o Pen Clube Português só viria a ser fundado depo is do 25 de Abril. José Gomes Ferreira, Maria Velho da Costa, Oscar Lopes, José Cardoso Pires, Jacinto do Prado Coelho, Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Torga e Casimiro de Brito foram alguns dos sócios-fundadores.

O nosso convidado para os eventos de Junho tem igualmente o nome vinculado a várias traduções. A versão portuguesa de As Flores do Mal, do francês Baudelaire, valeu-lhe dois prémios: o da Associação Portuguesa de Escritores e o do Pen Clube. Traduziu igualmente os Poemas Saturnianos, de Verlaine, assim como a obra poética de Jorge Luis Borges, argentino ligado a Portugal, e a da chilena Gabriela Mistral. É igualmente prefaciador de várias edições de antologias poéticas. Para terminar este breve escorço recordamos que, em 2008, obteve o Prémio Goya para Fado da Saudade, cantado por Carlos do Carmo.

10 de Junho, às 19: 30 h.

Inauguração da Exposição “Camões”, Centro Português.

10 de Junho, às 20 h. Salão Nobre, do Centro Português

Fernando Pinto do Amaral Professor universitário, poeta, ensaísta e

romancista. Palestra:Camões como símbolo de Portugal. 11 de Junho, 10 h Palestra na Universidad Central de Venezuela

13 de Junho, às 11 h. Celarg, Altamira

Fernando Pinto do Amaral Conferência:

La poesía de Fernando Pessoa y su significado en la actual literatura portuguesa

www.institutoportuguesdecultura.blogspot.com Visite o nosso blogue!

Informações em português, castelhano, inglês e francês. Actualizações frequentes

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* Portuense conquista Prémio Edmundo Bettencourt

António Augusto Rebordão e Cunha Navarro, (Porto, 1993), representado em várias antologias, acaba de conquistar com o livro A Cama do Gato o Prémio Edmundo Bettencourt, galardão criado pela Câmara Municipal do Funchal para honrar a memória do poeta e cantor madeirense, que viveu entre 1899 e 1973.

António Rebordão, poeta e ficcionista que já mereceu diferente reconhecimentos literários, é autor de sete romances, um livro de contos, outro de crónicas, duas peças de teatro, dois ensaios e um livro de poesia.

O júri do prémio Edmundo Bettencourt, que vai na sexta edição, foi este ano constituído por Ana Margarida Falcão, Nelson Veríssimo, José Viale Moutinho, Fernando Figueiredo e Maria Aurora Homem, e analisou cerca de quarenta obras concorrentes. O prémio foi outorgado considerando os méritos do autor com o "cuidado na utilização da linguagem, profundidade cronológica, sustentado domínio da técnica narrativa, consolidado numa metalinguagem sobre a construção romanesca". Foi ainda realçada "a forma e dinâmica da malha de linhas entrecruzadas herdada do título (A Cama do Gato), o folguedo infantil com barbante que se ligaram duas pontas e que duas pessoas vão tirando alternadamente uma dos dedos da outra, dando ao cordel disposições variadas e simétricas, como esclarece a epigrafe que abre o romance".

* Berlusconi, agastado, proíbe edição de Saramago.... .

O primeiro-ministro italiano, dono da editorial Einaudi e, “por coincidência” de vários outros meios de comunicação – jornais, rádios, estações de televisão e q.b. – não gostou do conteúdo de O Caderno, a publicação mais recente do Nobel, e decidiu que já não publicará mais as obras de José

Saramago. A notícia apareceu inicialmente na edição electrónica de L’Expresso, depois em Corriere della Sera e posteriormente um pouco por todo o mundo.

O que é que está na origem desta decisão de Berlusconi? Só isto: A mais recente obra de José Saramago, já publicada em Portugal e Espanha, contém "algumas críticas muito duras" acerca de Silvio Berlusconi, definindo-o como "delinquente, corrupto, um líder mafioso". Il Cavalieri não gostou. Está no seu direito. Saramago tomou a decisão com filosofia. "Simplesmente acontece que a editora é propriedade de Silvio Berlusconi, compreendo, entendo muito bem que a editora não queira editar livros que atacam o proprietário, atacam ou criticam". "Isto não é nada dramático, é assim", frisou, acrescentando "ter a informação de que a Einaudi sofreu por se ter atrevido a publicar livros contra Silvio Berlusconi". Ao que parece, Einaudi pediu a Saramago que eliminasse em O Caderno as referências a Berlusconi mas que o autor recusou. Ficarão os italianos, mercado onde Saramago tem já editados quase todos os seus livros, sem ler este O Caderno? Parece que não vai ser assim. José Saramago, que acaba de ver A

Viagem do Elefante (ilustração ao lado) publicada na Holanda, adiantou que, "ainda este ano", a Bolatti Boringhieri, uma editora importante mas que "não anda nas bocas do mundo", irá publicar a tradução italiana de O Caderno.

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* Tuna Universitária do Porto em Venezuela Está em Venezuela, para uma série de apresentações em distintas cidades (Porlamar, Caracas,

Valência, Maracay, etc.) a secular Tuna Universitária do Porto. “Datam do século XIX as primeiras notícias da Tuna Académica do Porto. Em 1891 a Tuna

Académica do Porto, sob a direcção de Raul Laroze Rocha, apresenta-se em Salamanca e Madrid. Mais tarde, no Carnaval de 1897, realiza nova digressão a Espanha, apresentando-se em Santiago de Compostela, sob a regência de Carlos Quilez. Em 1899, participa nas comemorações do primeiro centenário do nascimento de Almeida Garrett, sob direcção de Henrique Carneiro.” (...)

“Em 1961 sob a direcção de Belarmino Soares, adopta o nome de "Tuna do Orfeão Universitário do Porto". Em 22 de Março de 1962 no Sarau Comemorativo do 50º Aniversário do OUP a Tuna reúne várias gerações no palco do Coliseu do Porto. Participa nos variados espectáculos do OUP e nas suas Digressões. Edita, em 1962, um EP com os temas: "Amores de Estudante", "Clavelitos" e "Suite Académica". Alguns anos depois, sob a regência de Nelson Durão grava um segundo EP, desta vez incluindo "O Nosso Encontro", "Adeus Coruña" e "Miscelânea". (...)

A Tuna Universitária do Porto é Irmanada com a Tuna de Medicina de Murcia e, desde 2001, com a Tuna de Veteranos da Corunha. Ao longo da sua secular existência actuou nos quatro cantos de Portugal (Continente, Açores, Madeira e Macau) e em latitudes tão diversas como: Europa (Espanha, França, Suiça, Holanda, Grécia, Inglaterra, Alemanha, Polónia...) África (Angola, Moçambique, Cabo Verde e África do Sul) Ásia (China, Índia, Malásia, Tailândia e Hong-Kong) e América (Brasil, Venezuela, EUA e Argentina).

* Efemérides... 19 de Maio de 1890 – Nasce em Lisboa, Mário de Sá-Carneiro, poeta, contista e ficcionista, que se consagrou como grande figura do Modernismo português e da Geração d’Orpheu. Suicidou-se muito jovem em Paris (ainda não tinha 26 anos) e a sua grande obra é, para muitos, A Confissão de Lúcio (1913). Dele disse o seu amigo Fernando Pessoa: «...O Sá-Carneiro não teve biografia: teve génio. O que disse foi o que viveu.» 23 de Maio de 1881. Neste dia vinha ao mundo, na Guarda, uma das grandes figuras portuguesa do século XX: Sacadura Cabral, herói da travessia aérea do Atlântico Sul, epopeia na qual contou com a colaboração preciosa de Gago Coutinho. 30 de Maio de 1850. Data do nascimento, no Rio de Janeiro, de Sebastião de Magalhães Lima, republicano e fundador do jornal O Século, que já não existe.

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