Noticiário 11 03 2016
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O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ
Objeto de licitação de R$ 72 milhões da prefeitura chama atenção do TCE
Oposição considera como 'escândalo' edital que prevê custo cinco vezes maior
Tribunal de Contas e Ministério Público Especial apontam risco de limitação de competitividade em concorrência que prevê contratação de seis serviços de natureza diversificada dentro do mesmo pacote PÁG. 3
www.odebateon.com.br
Macaé (RJ), sexta-feira11 de março de 2016Ano XL, Nº 8963Fundador/Diretor: Oscar Pires
DIVULGAÇÃO PM SYLVIO SAVINO
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twiter/odebate
issuu/odebateon
Lideranças da oposição reagiram ontem ao que foi considerado por eles como o "maior escândalo de Macaé", após analisar as informações do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE), que decidiu vetar edital da prefeitura que previa
gastos cinco vezes maior que o calculado pelo órgão, vi-sando a licitação de serviços de reforma e manutenção de escolas públicas da rede mu-nicipal. Durante a sessão or-dinária da última quarta-feira (9), o caso foi qualificado pelo
vereador Maxwell Vaz (SDD) como uma tentativa grossei-ra de superfaturar contratos. Amaro Luiz (PRB) conside-rou a decisão do TCE como a comprovação da estratégia do governo em tentar bloquear ações da oposição.
PRESOS SUSPEITOS DE ROUBO NO LAGOMAR
PROMUR PROMOVE EVENTO BENEFICENTE
RESTAURANTE POPULAR É OPÇÃO DE ECONOMIA
R$ 1,00
POLÍCIA, PÁG.6 CIDADE, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.5
Denúncia de caos no acesso à saúde
ÍNDICETEMPO
COTAÇÃO DO DÓLAR
POLÍTICA CIDADE
Pacientes relatam encerramento de apoio psiquiátrico PÁG. 7
KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES
Briga por posto de prefeito esquenta cenário político da cidade Apesar de denúncia de pacientes, prefeitura alega normalidade
Calendário Eleitoral pressiona mudançasAté dia 2 de abril, candidatos devem deixar cargos de assessoria PÁG. 3
EDITORIAL 4
PAINEL 4
GUIA DO LEITOR 4
ESPAÇO ABERTO 4
CRUZADINHA C2
HORÓSCOPO C2
CINEMA C2
AGENDA C2
Máxima 37º CMínima 24º C
Compra R$ 3,6402Venda R$ 3,6414 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)
POLÍTICA ECONOMIA POLÍTICA CADERNO DOIS
Marcel: "O governo quer esconder o PT"
Mais peso no bolso do consumidor
Dossiê da Saúde é 'pauta-bomba'
Samba na Rinha agita Macaé hoje
Vereador reivindica reconhecimento do governo federal PÁG. 6
Juros reduzem poder de compra da população PÁG. 5
Exibição de imagens foi barrada por estratégia de bancada PÁG. 3
Mistura Rica comanda a animação desta sexta CAPA
Danilo: "Com R$ 10 milhões dá para reformar escolas e construir novas unidades"O vice-prefeito Danilo Funke (REDE) rebateu a jus-tificativa de erro técnico, ao comentar a decisão do TCE de vetar o edital da prefeitura que prevê despesas cinco vezes maiores que as calculadas pelo órgão. Em postagem nas redes
sociais, Danilo cobrou "maior respeito com o dinheiro públi-co". "As obras das escolas do município não foram liberadas pelo TCE porque há superfa-turamento de mais de R$ 10 milhões. Não foi erro técnico, com certeza. A conclusão que
eu chego é que a vultosa quan-tia poderia até servir, não ape-nas para reformar escolas, mas para construir outras novas", escreveu Danilo. O vice-prefeito completou a sua postagem elo-giando o trabalho dos conse-lheiros do TCE.
MARIANNA FONTES
Expectativa era de que unidade fosse transformada em creche
GERAL
Moradores denunciam foco do Aedes aegyptiAlém dos novos empreendi-mentos, o Alto da Glória, que é uma das áreas mais valorizadas da cidade, também tem recebi-do o projeto “Meu criadouro, minha vida”. Focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, estão deixando alguns morado-
CIDADE
EU LEITOR, O REPÓRTER
Acúmulo de lixo provoca proliferação do mosquito
res do bairro com medo. Essa semana, moradores do bairro procuraram o jornal O DEBA-TE, por meio da plataforma do WhatsApp, para denunciar um terreno particular na Rua João Alves Jobim Saldanha, locali-zada atrás de um condomínio residencial. PÁG. 2
Construção parada gera invasão de escola na Ajuda
O abandono de obras públicas pela Prefeitura gera uma série de problemas aos macaenses. Sem o término das obras, o cidadão deixa de ser bene-ficiado com o que seria entregue ao município. Além disso, o local aberto, exposto e abandonado acaba provocando problemas de segurança.
É o que vem acontecendo no bairro Ajuda de Baixo com a construção inacabada de uma escola. O local é frequentemente utilizado por usuários de drogas, que costumam ficar no interior do pré-dio, tanto de dia quanto à noite. De acordo com a prefeitura, os trabalhos serão retomados após adequação do projeto, necessário para a revisão orçamentária. PÁG. 6
Segundo moradores, estrutura inacabada virou ponto de práticas ilícitas que geram insegurança
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016
Cidade NOTA
CRIADOURO
Moradores denunciam focos do AedesProblema está ocorrendo em um terreno particular Rua João Alves Jobim Saldanha, no Alto da Glória
A lém dos novos empre-endimentos, o Alto da Glória, que é uma das
áreas mais valorizadas da ci-dade, também tem recebido o projeto “Meu criadouro, minha vida”. Focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, estão deixando alguns moradores do bairro com medo.
Essa semana, moradores do bairro procuraram o jornal O DEBATE por meio da plata-forma do WhatsApp para de-nunciar um terreno particular na Rua João Alves Jobim Sal-danha, atrás de um condomí-nio residencial. Segundo eles, a área, que é cercada, está há um bom tempo sem receber manutenção e limpeza. Para piorar, além do mato, entulhos e restos de resíduos viram am-
bientes favoráveis para que o mosquito deposite seus ovos e se prolifere.
“Meu apartamento é de fren-te e já matei alguns mosquitos, entre eles, o Aedes. Não sei co-mo eles foram aparecer no 9º andar”, relata uma moradora, que pede para não ser identifi-cada.
As imagens enviadas mos-tram também uma caixa d'água abandonada e sem tampa. “Fi-camos com medo, pois muito se fala de risco de epidemia. A gen-te tem todo o cuidado dentro de casa para não deixar recipientes com água parada. Isso acaba fa-zendo com que o nosso esforço seja em vão. Eu tenho criança pequena em casa, que são alér-gicos à picada de mosquito, e fico com medo. Não podemos dar bobeira, pois é algo sério”, diz a moradora Adrilane Rosa.
Vale ressaltar que a prefeitu-ra possui um contato para que a
população possa tirar dúvidas e denunciar esses possíveis cria-douros. Cabe a ela também pro-curar o proprietário para que a situação seja normalizada.
Segundo ela, é importante a participação de pessoas neste processo de denúncias de fo-co de mosquito. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 221 solicitações da população foram atendidas pelo Centro de Controle de Zoonozes.
Os canais para recebimento de solicitações como essa são na sede do CCZ, localizado à Rua Augusto de Carvalho, 101, no bairro Imbetiba. Ou ainda pelos telefones: 2772-6333 e 2765-8700, ramal 249 e ainda pelo e-mail: [email protected].
Sobre este caso específico, ela disse que foi encaminhado para que eles possam tomar providências.
AUTORIZAÇÃO PARA VISTORIAR IMÓVEIS
Em fevereiro, o Ministério da Saúde adotou uma medida pro-visória, a de nº 712, que amplia os poderes das autoridades de saúde de âmbito federal, esta-duais e municipais no combate ao inseto. A publicação foi feita na edição do dia 1º no Diário Oficial da União e já se encon-tra em vigor.
Entre as medidas está a pos-sibilidade de ingresso forçado em imóveis públicos e privados considerados abandonados ou em situação de ausência dos responsáveis. Isso só poderá ser feito em extremos casos e apenas para combater os focos do mosquito.
“Para efeitos de fiscalização, o imóvel será considerado aban-donado quando for constatada flagrante ausência prolongada de utilização, o que pode ser verificado por suas caracterís-ticas físicas, por sinais de ine-xistência de conservação, pelo relato de moradores da área ou por outros indícios que eviden-ciem a sua não utilização”, ex-plica o MS em nota ressaltando que a ausência será classificada quando, após duas tentativas do agente de saúde, realizadas em dias e horários alternados, em um intervalo de 10 dias, não for localizado um responsável para
Marianna [email protected]
a abertura. Uma medida similar foi rea-
lizada pelo governo municipal em janeiro de 2014. Na época foi publicado o Decreto 005/14, dando às autoridades munici-pais a autorização para ingres-sar em áreas particulares, como residências, terrenos, edifícios ou estabelecimentos em que ela não conseguir entrar após três tentativas.
Apesar de polêmica, a per-missão do ingresso dos agentes, que devem estar devidamente identificados, são fundamentais para controle de vetores e tam-bém para orientar a própria po-pulação sobre a importância de
ajudar no combate. Apenas 10 minutos por sema-
na podem proteger a sua famí-lia e também os seus vizinhos. Entre as dicas estão: não deixe água da chuva acumulada sobre a laje; mantenha fechados os depósitos de água como caixas d’água, tonéis e barris; encha de areia até às bordas os pratinhos de vasos de plantas; guarde gar-rafas viradas de cabeça para baixo; guarde pneus e outros objetos que podem acumular água tampados e em locais co-bertos; coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada. Não jogue o lixo em terrenos baldios.
DIVULGAÇÃO
Moradores de prédio ao lado relatam que já mataram mosquitos da espécie em casa
CAFÉ COM ARTE
Promur promove evento bene�cente
Desde que foi criado, o Projeto Mulher Reciclando (Promur), que fica situado dentro da Malvinas, tem sido uma alternativa para di-versas mulheres carentes, muitas delas desempregadas ou com ida-de avançada, que se capacitam e, com o fruto do aprendizado, con-seguem obter uma renda para suas famílias.
Mesmo em meio às dificulda-des, a iniciativa tem se fortaleci-do a cada ano que passa e feito a diferença na vida de várias “guer-
Evento social será realizado em abril, na sede do projeto na Malvinas
reiras”. Como forma de arrecadar recursos para regularizar toda a documentação, o Promur vai re-alizar no próximo mês o evento “Café com Artes”.
Segundo a fundadora do Pro-mur, Magali de Almeida Cézar Ma-chado, o ingresso será vendido ao preço de R$ 10, que dará direito ao lanche que será servido. Durante o evento será feito um bazar com todos os trabalhos das alunas.
“Contamos com o apoio de todos para que a gente possa continuar realizando esse trabalho dentro da comunidade. Vai ser uma tarde muito agradável, onde as pessoas poderão conhecer mais sobre o nosso projeto e também contribuir comprando alguma coisa do bazar.
Também faremos duas surpresas no dia, que nem as alunas estão sabendo”, conta Magali.
Os interessados podem com-prar o seu convite na sede do Promur, situado na Rua Maria José Mahon Santos, 1.071 - Mal-vinas (segunda a sexta-feira - das 8h às 16h) ou por telefone: (22) 99921-4234.
O Promur foi criado no dia 31 de março de 2007 pela professora de artes Magali de Almeida Cézar Machado após ter ficado desem-pregada. Atualmente, ele oferece capacitação a mulheres com ida-des entre 16 e 83 anos, moradoras da Malvinas e de outras comuni-dades carentes do município.
Dentro do projeto são ofereci-dos diversos cursos gratuitos, en-tre eles, corte e costura, pintura em tecido, tricô no tear, crochê e capitonê. Entre os parceiros está o Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep).
WANDERLEY GIL
Projeto oferece cursos de capacitação para mulheres carentes de Macaé
Desrespeito na Orla de Imbetiba. Veículos continuam transitando pela contramão na Av. Elias Agostinho.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 3
PolíticaOPÇÕES
Calendário Eleitoral pressiona mudanças no quadro políticoRegra impõe alterações no quadro administrativo da prefeitura e no plenário da Câmara
Márcio [email protected]
Apesar da disputa acontecer em outubro, as eleições já promovem mudanças im-
portantes no quadro político do município. Faltando pouco me-nos de sete meses para a realiza-ção do pleito, o momento volta a ser de discussão sobre a filiação partidária.
De acordo com o Calendário Eleitoral, aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, todas as lide-ranças políticas que pretendem disputar as eleições deste ano devem estar filiadas a um parti-do político até o próximo dia 2 de abril.
A regra foi alterada de acordo com a minirreforma política, sancionada pelo governo federal em setembro do ano passado, às vésperas do vencimento do pra-zo antigo de filiação, que deter-minava aos candidatos o registro partidário até um ano antes da realização do pleito.
Com a ampliação do prazo de filiação, a cidade assistiu uma verdadeira 'dança das cadeiras'. Solenidades de filiação acabaram sendo substituídas por quebra de alianças, e até mesmo mudança de posições na política da cidade.
Um dos casos mais emblemá-ticos é o PSB, partido que chegou a abrigar dois nomes de peso que compõem o alto escalão do go-verno.
No entanto, após o episódio de intervenção da legenda, assumida no Estado pelo senador Romário, o PSB viu a saída dos integrantes do governo, abrindo as portas para o vereador Chico Machado,
CRÉDITO
Posto mais alto da política municipal, a vaga de prefeito é cobiçada por candidatos que reforçam projetos para as eleições
pré-candidato a prefeito pela li-nha de oposição. Mas antes disso, o partido chegou a 'flertar' com o vereador Igor Sardinha, hoje no PRB, e o vice-prefeito Danilo Funke, que assinou com a REDE.
"Este é o momento da política de base, de conquistar partidos para formar um projeto forte e sólido. Eu sou pré-candidato a prefeito pelo PSB", confirmou Chico.
Além de Chico, Igor Sardinha e André Longobardi (PR) lança-ram pré-candidaturas a prefeito da cidade.
A 'dança das cadeiras' da fase
pré-eleitoral registra caso seme-lhante do PSB com o PMDB.
Apesar de ter sido aliado do projeto político que apoiou a candidatura do deputado Chris-tino Áureo (PSD) a prefeito de Macaé em 2012, o PMDB acabou abrigando, a partir do ano pas-sado, um número expressivo de lideranças ligadas ao governo, atraindo inclusive o atual chefe do poder Executivo, que assumiu a presidência da comissão provi-sória da legenda.
Casa que acolheu os remanes-centes do PSB, o PMDB abraçou ainda ex-integrantes do PDT,
PPL, com potencial de aglutinar também dissidentes do PT.
DESCOMPATIBILIZAÇÃOO próximo dia 2 de abril mar-
ca também o prazo-limite para a desincompatibilização, processo que exige dos candidatos a saída de cargos comissionados, funções gratificadas e de confiança junto às estruturas administrativas dos poderes Executivo e Legislativo.
Com isso, o vereador Guto Gar-cia também precisará reassumir sua cadeira na Câmara, hoje ocu-pada pelo parlamentar José Pres-tes (PV), suplente.
TRANSPARÊNCIA
Dossiê da Saúde é 'pauta-bomba' para o governoConsiderada como 'pau-ta-bomba' por membros da bancada que defende o governo dentro da Câmara de Vereado-res, a apresentação do 'Dossiê da Saúde', elaborado pelos vereado-res Igor Sardinha (PRB) e Amaro Luiz (PRB) cria um embate pro-fundo sobre a transparência e as regras do regimento interno do parlamento.
Recursos disponíveis em Audi-ências Públicas e nas apresenta-ções de balanços fiscais feitas pe-la equipe do governo, o telão de exibição de vídeos e fotografias, disponível no plenário do Palácio Natálio Salvador Antunes passou a ser o motivo de discórdia entre a oposição e a situação, mediada pela presidência da Casa sob ar-gumentos registrados no regi-mento interno da casa.
Por duas vezes seguidas, as imagens que comprovam o co-lapso da rede pública de saúde fo-ram proibidas de serem exibidas no plenário. A alegação da presi-dência da Casa é que os recursos audiovisuais não constam como apoio ao discurso dos vereadores no grande expediente, segundo o regimento.
Já a oposição interpreta que a proibição do uso do sistema também não está prevista pelo regimento, cabendo assim uma decisão democrática e transpa-rente do plenário, respeitando a solicitação dos vereadores.
Em meio a esse impasse, ain-da não se sabe quando haverá a apresentação das imagens na Casa.
WANDERLEY GIL
Marcel apontou 'debandada' do governo para o PMDB
Oposição considera edital da prefeitura vetado pelo TCE como o "maior escândalo de Macaé"
GESTÃO
Proposta de licitação previa custo cinco vez maior que o calculado pelo Tribunal
Lideranças da oposição reagiram ontem ao que foi considerado por eles como o "maior escândalo de Macaé", após analisar as informações do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE), que decidiu vetar edital da prefeitura que previa gastos cinco vezes maior que o calculado pelo órgão, visando a licitação de serviços de reforma e manutenção de escolas públi-cas da rede municipal.
De imediato, a decisão do TCE ganhou destaque nos discursos dos vereadores que formam o bloco de oposição ao governo na Câmara. Durante a sessão ordinária da última quarta-feira (9), o caso foi qualificado pelo vereador Maxwell Vaz (SDD) como uma tentativa grosseira de superfaturar contratos.
"O maior escândalo de Macaé saiu na tela (site) do TCE. A pre-feitura recebeu parecer contrá-rio do edital. Os serviços de R$ 12 milhões previstos pelo gover-no, custariam R$ 2 milhões na análise do Tribunal. Ou seja, R$ 10 milhões superfaturados. En-quanto tentam se esconder por de trás da crise, demonstram que, na verdade, a cidade se en-contra diante de uma gestão em crise", disse Maxwell.
Na mesma sessão, Igor Sar-
ABANDONO
Marcel Silvano diz: "o governo quer esconder o PT de projetos importantes da cidade"
"Grandes obras da cidade foram construídas com recur-sos garantidos pelo governo federal". A afirmativa compõe o discurso do vereador Marcel Silvano (PT), que reivindicou do governo o reconhecimento da contribuição do seu partido na consolidação de projetos execu-tados no município.
Através de uma reflexão po-lítica, Marcel apontou que a construção das mais de duas mil casas no Bosque Azul e a urba-nização da Nova Esperança são frutos de investimentos repas-sados pela União, hoje sob o co-mando de Dilma Rousse¥ (PT).
Parlamentar cobrou reconhecimento da participação do governo federal em obras
"O devido crédito político não é dado ao nosso partido. As obras são vistas apenas com o olhar local, de pessoas que es-tiveram envolvidas na sua con-solidação. Mas quem garantiu o dinheiro foi o governo do PT, e isso precisa ser esclarecido", apontou Marcel.
O vereador qualificou como "debandada" a migração de lideranças ligadas ao gover-no municipal para a comissão provisória do PMDB, presidida atualmente pelo prefeito.
"Todos estão indo para o PMDB de Eduardo Cunha, de Pezão, de Sérgio Cabral. E isso não é bom para a cidade", disse.
Marcel afirmou que, agora, o diretório municipal do seu par-tido trabalha com o objetivo de restruturar o PT, buscando uma linha de independência.
dinha (PRB), líder da oposição afirmou que o caso reacende o caos administrativo da cidade.
"Muito mais precisa ser inves-tigado sobre essa administração que brinca com as pessoas", dis-parou Igor.
Amaro Luiz (PRB) conside-rou a decisão do TCE como a comprovação da estratégia do governo em tentar bloquear ações da oposição.
"O TCE demonstrou porque as escolas não são reformadas e porque nossas Emendas Im-positivas não são aplicadas. Por causa do superfaturamento. Isso não é administração, isso é sacanagem", declarou Amaro no plenário da Câmara.
Danilo rebate justi�cativa de 'erro técnico' em editalO vice-prefeito Danilo Funke (REDE) rebateu a jus-tificativa de erro técnico, ao comentar a decisão do TCE de vetar o edital da prefeitura que prevê despesas cinco vezes maiores que as calculadas pelo órgão.
Em postagem nas redes so-ciais, Danilo cobrou "maior res-peito com o dinheiro público".
"As obras das escolas do mu-nicípio não foram liberadas pelo TCE porque há superfa-
turamento de mais de R$ 10 milhões. Não foi erro técnico, com certeza. A conclusão que eu chego é que a vultosa quan-tia poderia até servir, não ape-nas para reformar escolas, mas para construir outras novas", escreveu Danilo.
O vice-prefeito completou a sua postagem elogiando o tra-balho dos conselheiros do Tri-bunal de Contas.
"Ainda bem que o TCE está atento", registou.
WANDERLEY GIL
“Os serviços de R$ 12 milhões sairiam por R$ 2 milhões. Ou seja, R$ 10 mi superfaturados”MAXWELL VAZ, VEREADOR
WANDERLEY GIL
“O TCE demonstrou porque as Emendas Impositivas não são cumpridas: obras superfaturadas”AMARO LUIZ, VEREADOR
WANDERLEY GIL
“A vultosa quantia dava para reformar escolas e construir novas unidades no município”DANILO FUNKE, VICE-PREFEITO
Paulo Antunes (PMDB) afirmou que governo não pode ser culpado por problemas da segurança pública
NOTA
O prazo modificará também o quadro de secretários da adminis-tração municipal.
Apesar das convenções ocorre-rem apenas em julho, quando os candidatos serão escolhidos, ao menos cinco secretários deverão deixar o governo, por serem co-tados a assumir a vaga de vice na chapa da reeleição.
Há ainda especulações sobre secretários e presidentes de au-tarquias e fundações, que pode-rão se lançar como candidatos a uma das atuais 17 vagas que formam o plenário da Câmara de Vereadores.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016
Opinião NOTA
ESPAÇO ABERTO
EDITORIAL FOTO LEGENDA
As figuras emblemáticas das duas composições do Veícu-lo Leve sobre Trilhos (VLT) voltam a ganhar destaque no cenário político da cidade, sendo alvo de um debate que traz do passado o enfrentamento entre dois governos.
É fato: apenas 40% das pessoas com perda de audição reco-nhecem que ouvem mal. O preconceito, junto com a falta de informação, faz com que a maioria que sofre do pro-blema demore vários anos para tomar uma providência.
Justificativas
Vencendo o preconceito para ouvir melhor
Porém, a atual situação de abandono dos vagões é capaz de evidenciar as conexões que
envolvem essas duas administrações públicas, não tão distintas.
É notório que a concepção do projeto do transporte ferroviário de passageiros apresentou falhas estru-turais e de avaliações orçamentárias, apostando alto em uma parceria en-tre o governo municipal e a União baseada no repasse de mais de R$ 40 milhões.
É verdade também que o ônus pelos erros nos cálculos referentes à viabilidade do projeto, estrutura-do na administração passada, foram herdados pela gestão atual que, den-tro todas as promessas de mudanças registradas em seu “Plano de Gover-no”, se comprometeu a desenvolver estudos técnicos capazes de imple-mentar o VLT, dentro de critérios rigorosos de segurança.
No entanto, desde a 'gestão das fa-lhas' até o 'governo das promessas', as duas composições do VLT, adqui-ridas ao custo de R$ 25 milhões, ho-je se acabam com o tempo. Mesmo atravessando administrações que se apresentavam como antagônicas, os vagões tiveram o mesmo destino dentro desses dois governos: o aban-
dono e o desperdício.Do petróleo vieram os recursos
aplicados pelo governo passado para dar início ao projeto do VLT inacabado. Também dos royalties poderiam vir o dinheiro necessá-rio para colocar a proposta de novo nos trilhos, dentro dos mais de R$ 1,5 bilhão de recursos arrecadados pela prefeitura apenas entre 2013 e os dois primeiros meses deste ano.
Opções foram criadas nos últi-mos dois anos para garantir uma saída política e administrativa para o imbróglio chamado VLT. Nessa história, o governo do Estado surge como a salvação para dar fim a um verdadeiro elefante branco insta-lado em pleno centro da cidade. Porém, assim como as intempéries do passado, imprevistos surgiram nesse meio tempo, atrasando até mesmo a construção do Arco Viá-rio de Santa Tereza.
Antes da caça às bruxas, ou aos culpados, a população quer res-postas. A do desperdício gerado no passado tudo mundo já sabe. Mas as justificativas para a per-manência das duas composições destruídas e abandonadas na anti-ga estação ferroviária do Miramar, não convencem.
O que é lamentável, porque a perda auditiva é cumulativa e, se nada for feito a tempo,
a dificuldade para ouvir será cada vez maior.
A realidade é que nas ruas não faltam homens e mulheres de to-das as idades usando óculos, mas no caso da deficiência auditiva, persiste uma grande resistência em usar aparelhos nos ouvidos. E por que isso acontece? Porque a maioria desconhece os avanços tecnológicos que permitiram a criação de aparelhos auditivos mi-núsculos ou até mesmo invisíveis, os intra-auriculares.
Indivíduos com problemas de audição tendem a se isolar do con-vívio social, podendo até mesmo chegar à depressão. Têm dificulda-des de relacionamento na família, no trabalho e entre amigos. O que ocorre é um constrangimento, de ambas as partes, devido à embara-ços na comunicação. Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, porque poucos têm coragem de admitir a surdez. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante.
À medida em que você envelhe-ce, as células ciliadas do ouvido interno começam a se degene-rar. Algumas pessoas perdem a audição mais cedo do que outras. Muitos já começam a sentir o pro-blema quando estão na "faixa" dos 40 anos. Pesquisas revelam que um em cada cinco adultos com mais de 40 anos e mais da meta-de de todas as pessoas com idade acima de 80 anos sofrem de perda auditiva.
Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, 25 milhões de brasi-leiros têm dificuldades para ouvir. Além de uma exposição contínua a ruídos - seja no trabalho, nas ruas ou em casa -, outros fatores podem levar à perda de audição: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada. No caso dos idosos, o déficit auditivo pode ocorrer por causa de mu-
danças degenerativas naturais do envelhecimento, chamadas de presbiacusia.
A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ou-vir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta frequência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a di-ficuldade de ouvir o que as pesso-as dizem para você. Infelizmente, muitas vezes, quando o indivíduo procura tratamento, o caso já está mais grave. A perda se dá de ma-neira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge estágios mais avançados.
Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, é importante consul-tar logo um médico otorrinolarin-gologista que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de testes como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado e, muitas vezes, o uso de prótese auditiva resolve o problema.
Cabe aos fonoaudiólogos indi-car qual tipo e modelo de apare-lho atenderá as necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Não há demérito algum em usar uma prótese auditiva, já que atualmen-te existem aparelhos com design moderno, como os da Telex, com tecnologia digital, que não causam constrangimento para quem os usa. Então, por que não fazer uso dessa tecnologia e voltar a ouvir com clareza, sentindo-se mais confiante para conversar com os familiares e colegas de trabalho? O aparelho auditivo devolve a au-toestima, proporcionando bem-estar, liberdade, alegria e qualida-de de vida!
(*) Isabela Papera é fonoaudió-loga da Telex Soluções Auditivas; graduada em fonoaudiologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com pós-graduação em audiologia e marketing.
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DELEGACIA DA MULHER 2772-0620
GUARDA MUNICIPAL 2773-0440
AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700
CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520
CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256
CORREIOS (SEDE) 2759-3390
CORREIOS CENTRO 2762-7527
CEG RIO 0800-28-20-205
RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058
CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314
CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294
CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441
RetrocessoA Câmara de Vereadores de Macaé que, por várias vezes, foi pioneira ao extinguir o voto secreto, ao instituir as Emendas Impo-sitivas e de criar o projeto itinerante, nesta semana perdeu mais uma oportunidade de sair na frente, em nome da democracia e da transparência, e retrocedeu ao proibir a exibição de vídeos e imagens durante o dis-curso dos vereadores no grande expedien-te. O último a ser transmitido foi o relato da mãe do adolescente que morreu no HPM.
GreveO Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência do Estado (Sinds-prev) enviou ao governo municipal comuni-cado sobre o início da greve de servidores dos quadros da secretaria municipal de Saúde e da Fundação Municipal de Saúde. O ato terá início na próxima segunda-feira, dia 14. Mas atualmente, os profissionais já promovem um protesto velado, ao utilizar um laço preto em seus jalecos de trabalho.
EleiçõesA estratégia do governo em escolher o ad-versário que vai brigar contra o projeto de reeleição acabou caindo “por água abaixo”, através da afirmação do deputado estadual Christino Aúreo (PSD) de que permanecerá à frente da secretaria estadual de Agricul-tura, estando fora do pleito municipal deste ano. O plano era tentar desconstruir as pré-candidaturas de Igor Sardinha (PRB), Chi-co Machado (PSB), Danilo Funke (REDE) e André Longobardi (PR).
TrabalhoE engana-se quem pensa que o ex-prefeito Riverton Mussi vai estar fora do processo eleitoral da cidade, neste ano. Ele tem tra-balhado junto a sua base eleitoral na cidade, promovendo reuniões com um número ex-pressivo de público presente. Ao optar por sair dos “holofotes da política” nos últimos três anos, agora ele ressurge com vontade até de fazer algumas análises sobre a ges-tão do município. O que será que ele tem a dizer?
ConexõesNa lista das conexões que existem entre a administração passada e o governo atual encontra-se também o projeto da escola que começou a ser construída no Parque da Cidade. A obra abandonada passou a ser uti-lizada até mesmo como abrigo para pessoas em situação de rua. O esqueleto do que seria uma unidade de ensino ajuda a criar ainda mais o cenário desolador visto todos os dias pelos moradores da Praia Campista.
BuracosEm três anos, ruas da região Sul da cidade foram pavimentadas com asfalto novo, apli-cado pela secretaria municipal de Serviços Públicos. Na sequência, parte dessas vias foi destruída pela Odebrecht Ambiental, dentro do cronograma das obras de sane-amento, cujos prazos seguem atrasados. Hoje, os moradores dessas áreas são pre-judicados pela atual situação do passeio público. É bom destacar que todos estão com o IPTU em dia!
SubsídioSegundo o Portal da Transparência, R$ 49 milhões em receitas dos royalties já estão comprometidos, neste ano, com o subsídio pago pela prefeitura à empresa SIT. Deste total, R$ 12 milhões já saíram dos cofres públicos e enviados para a empresa. Se, até setembro, a prefeitura realmente fizer a nova concessão do serviço, pode ser que essa despesa prevista inicialmente deva ser revista. Mas tem gente que acha difícil isso acontecer.
ÁguaÉ lamentável que nos últimos três anos, as-sim como nos anteriores, a água continue sendo um privilégio para poucos moradores da cidade. Por mais que o déficit do serviço eleve até o chamado “Custo Macaé” para as empresas offshore, o problema não con-segue ser solucionado, nem mesmo com a boa relação política firmada entre os gover-nos municipal e do Estado. Em ano de elei-ção, isso vai pesar na decisão da população.
RetornoE esse é o mês limite para que os pré-can-didatos ao processo eleitoral do próximo ano permaneçam na estrutura administrati-va do governo. De acordo com o calendário do TSE, até o dia 2 de abril, quem quiser entrar no páreo deve deixar cargos comis-sionados e funções gratificadas. O prazo marca também o retorno do vereador Guto Garcia (PMDB) ao parlamento municipal, deixando o posto de secretário municipal de Educação.
O trecho do Canal Macaé-Campos situado no São José do Barreto está assoreado. O depósito desses resíduos acaba afetando o sistema natural de drenagem das águas de chuva na cidade, causando alagamentos. A manutenção desses corpos hídricos é solicitada pela Câmara e pela população.
O novo larvicida adquirido pela Prefeitura de Macaé começou a ser utilizado na manhã desta quinta-feira (10). O produto tem ação de 24 horas na eliminação das larvas do Aedes aegypti que provoca a dengue, zika vírus e chicungunha.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 5
Economia Parte alta da cidade sofre com a falta d'água. Moradores de áreas nobres reclamam de abastecimento inefi ciente e gastos com caminhões-pipa.
NOTA
COMIDA A PREÇO DE CUSTO
Restaurante Popular segue como alternativa econômica
Strogonoff, arroz, batata palha, salada de alface e sobreme-sa de mamão: este foi o cardápio de ontem (10) no Restaurante Popular da Aroeira, que segue como uma ótima alternativa para economi-zar na hora do almoço. Com uma clientela originalmente composta por moradores e alunos de escolas da redondeza, segundo o adminis-trador do local, Flávio Cordeiro, nos últimos meses a procura pelo estabelecimento tem sido até um pouco maior, devido à crise.
De acordo com Flávio, a rotina tem sido assim: já com uma fila considerável de pessoas à espera, por volta das dez e meia da manhã, o local abre suas portas e, antes mesmo do relógio bater uma hora da tarde, todos os pratos já foram servidos.
“Na prática, comparando ao anti-go Restaurante Popular do Centro, não tivemos muitas mudanças no processo diário de servir as refei-
Por conta da crise, segundo administrador do local, procura aumentou nos últimos meses
ções. A única coisa que mudou foi o espaço, que agora é mais amplo. Fora isso, também temos percebi-do um leve aumento do fluxo nos últimos meses. Acredito que isso aconteça por conta da crise”, co-mentou Flavio.
Para garantir a qualidade do al-moço, segundo a nutricionista Tais dos Santos, o cardápio é formulado com equilíbrio.
“A base do cardápio é feijão, arroz ou macarrão, sempre acompanha-do de algum tipo de proteína, de preferência grelhada ou assada, mais salada e sobremesa”, reiterou a profi ssional.
Localizado na Avenida Gastão Schueler, na Aroeira, o restauran-te foi construído baseado nos mes-mos padrões do que funcionava no Centro da cidade. Com área de 1.055 metros quadrados, ambiente climatizado e capacidade para ser-vir cerca de mil refeições diárias ao preço de R$ 1, o atendimento no lo-cal começa a ser realizado, diaria-mente, em torno de 10h30. Além disso, conta com espaço de espera exclusivo para idosos e defi cientes, além de banheiros equipados para pessoas com necessidades espe-ciais.
SYLVIO SAVINO
Ontem, por volta das 11h, movimentação no local já era intensa
Mais peso no bolso do consumidorDINHEIRO
Guilherme Magalhã[email protected]
Como já era esperado, neste início de ano, as taxas médias de juros das principais moda-lidades de operação bancária - cheque especial, empréstimo e cartão de crédito - voltaram a subir, registrando patamares recordes. Sob expectativa de que se tornem ainda mais ca-ras ao longo de 2016, segundo
Juros de empréstimo, cheque especial e cartão de crédito voltam a subir
as instituições especializadas, a orientação é que tais alterna-tivas para conseguir dinheiro sejam evitadas ao máximo.
Em números específicos, deacordo com o Procon, de feve-reiro para março, a taxa média do cheque especial cobrada pe-los bancos subiu de 12,7% para 13% ao mês - alta de 0,23 ponto percentual. Já a do emprésti-mo pessoal subiu de 6,41% para 6,48%, representando uma al-ta de 0,07 ponto percentual. A pesquisa levou em consideração sete das principais instituições bancárias do país.
No relatório sobre o levanta-mento, o órgão de defesa do consu-
midor destacou o caráter negativo das modalidades.
"O consumidor deve fugir dos juros do cheque especial e utilizar o empréstimo pessoal só em caso de emergência, ou se for substituir uma dívida com juros maiores", explicou um trecho do relatório sobre a pesquisa.
CARTÃO DE CRÉDITO: MAIORES J U R O S E M V I N T E A N O S
Em fevereiro último, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), o cartão de crédito registrou sim-plesmente a maior taxa média de juros em vinte anos, chegando a 419,6%. Em outubro de 1995, a mo-
dalidade registrou uma taxa média de juros de 459,5% ao ano.
Por sua vez, no cheque espe-cial, os juros de 255,9% ao ano são os maiores desde julho de 1999, quando chegaram a 278,48%. Já o empréstimo pessoal fi cou mais caro tanto em bancos (de 69% para 70,17%) quanto em fi nanceiras (de 155,76% para 157,47%).
Por fi m, todas as demais modaliPor fi m, todas as demais modalidades de crédito para pessoas físicas - pesqui-sadas pela Anefac - mostraram alta em fevereiro: no comércio, os juros passaram de 92,29% para 94,49%. Já no fi nanciamento de automóveis, a taxa subiu de 31,37% ao ano em ja-neiro para 31,68% em fevereiro.
Impostos arrecadados já ultrapassam 362 milhões no município este ano
DINHEIRO
De acordo com "impostômetro", valor corresponde a contribuições pagas desde o primeiro dia de 2016
Com menos de um trimes-tre de 2016 completado, de acordo com o impostômetro, o valor pago pelos macaenses em "contribuições" já superou o patamar de R$ 362 milhões este ano.
Entre as comparações mais
curiosas propostas pelo site do impostômetro, a respeito do que seria possível fazer com tanto dinheiro estão a contra-tação de 27 mil professores do ensino fundamental por ano, pagar a conta de luz de todos os brasileiros durante dois anos, instalar 4 mil quilômetros de redes de esgosto e construir 10 mil casas populares.
Em âmbito nacional, a marca já é superior a R$ 405 bilhões. Destinado à União, aos esta-dos e aos municípios, a marca também equivale ao montante pago em impostos e taxas em
território nacional desde o pri-meiro dia do ano.
RECORDE À VISTA
Levando em consideração que, no dia 30 de dezembro de 2015, foi alcançada pela primeira vez em um ano a marca inédita de R$ 2 trilhões pagos pelos brasileiros em impostos, e que, até fevereiro deste ano, o montante pago já é superior ao mesmo período do ano passado, em 2106 a expecta-tiva é que a ferramenta registre um novo recorde de arrecadação do governo.
SOBRE O IMPOSTÔMETROTendo completado uma década
de atividade no ano passado, o ob-jetivo da ferramenta é conscienti-zar os trabalhadores sobre a alta carga tributária, e incentivá-los a cobrar dos governos por serviços públicos de qualidade. Pelo site www.impostometro.com.br é pos-sível descobrir outras formas de aplicar o montante arrecadado, como, por exemplo, quantos postos de saúde poderiam ser construídos em um ano. Ainda no site, pode-se levantar os valores que as popula-ções de cada estado e município do país pagaram em tributos.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016
Polícia NOTA
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO
Suspeitos de roubo são presos no LagomarUma guarnição da Polí-cia Militar (PM) seguiu para a Rodovia Amaral Peixoto, próximo ao Terminal do Lagomar, com o objetivo de identifi car dois suspeitos em uma motocicleta que teriam praticando roubos a tran-seuntes, em Cabiúnas.
De acordo com as informa-ções, um policial militar que estava de folga avistou os ele-mentos, e acompanhou o tra-jeto percorrido por eles, acio-nando a guarnição da PM. Em um posto de combustí-vel, os elementos pararam para abastecer e a guarnição aproveitou para abordá-los. Com um dos suspeitos, de 30 anos, foi encontrado um revólver de calibre 38 e qua-tro munições intactas em sua cintura. Ao verificar a pla-ca da motocicleta, a polícia constatou que nada constava quanto a roubo ou furto.
Os suspeitos foram enca-minhados para a 123ª DP, onde verifi cou-se que contra o outro elemento, de 19 anos, havia um mandado de prisão preventiva em seu desfavor, na 128ª DP de Rio das Ostras. Os dois permaneceram pre-sos.
CASIMIRO DE ABREU
Uma denúncia anônima informou a PM que uma menor de idade estaria guar-dando uma arma de fogo para o seu namorado, em sua pró-pria residência, no Centro de Casimiro de Abreu.
No local, a guarnição en-trou em contato com a jo-vem, que teria informado aos policiais que seu namorado é morador de Silva Jardim. Após revista na casa foi en-contrada uma garrucha de cano longo e munições de calibres 36 e 28. Diante dos fatos, a adolescente e sua ge-nitora foram conduzidas até a 121ª DP, onde a menor foi ouvida e liberada.
INSEGURANÇA
Obras abandonadas seguem sendo ocupadasDesta vez, a obra de uma escola na Ajuda de Baixo é utilizada por usuários de drogasLudmila [email protected]
O abandono de obras públi-cas pela Prefeitura gera uma série de problemas
aos macaenses. Sem o término das obras, o cidadão deixa de ser benefi ciado com o que seria entregue ao município. Além disso, o local aberto, exposto e abandonado acaba provocando problemas de segurança.
É o que vem acontecendo no bairro Ajuda de Baixo, com a construção inacabada de uma escola. O local é frequente-mente utilizado por usuários de drogas, que costumam fi car no interior do prédio, tanto de dia quanto à noite.
“À noite é mais comum a gente perceber a presença de-les. Eles costumam ascender fogueiras lá dentro. A gente fi ca com medo, porque apesar de serem viciados não sabemos se a intenção é de apenas se escon-der para o consumo de drogas. Sabemos que eles podem assal-tar, até mesmo para continuar comprando as drogas. Temos medo também de estarem mui-to alterados e estuprar alguém, não sabemos quem são essas
pessoas, a índole delas e do que são capazes”, disse Wanda da Sylva.
Para a moradora, é preciso que a Prefeitura retorne com as obras, já que com a constru-ção de mais uma escola toda a comunidade seria benefi ciada.
“A situação seria resolvida se a Prefeitura entregasse o que prometeu: uma escola. Mas, caso não faça isso, é essencial que feche o local para que nin-guém tenha acesso às estrutu-
ras abandonadas.Na semana passada, o Jornal
O DEBATE mostrou outra obra, também de uma escola que está abandonada no Parque da Cida-de, na Praia Campista. Segundo moradores, a ocupação do local, não é apenas de usuários de dro-gas, mas serve de esconderijo para elementos que cometeram assaltos, ou mesmo para aqueles que têm este objetivo. Além dis-so, mostramos que existem cin-co barracos instalados dentro da
obra, ou seja, pessoas estão mo-rando em alojamentos da obra.
RESPOSTA
Em relação à escola da Aju-da, a secretaria municipal de Obras informou que as ade-quações necessárias para o término dos serviços iriam ultrapassar os percentuais le-gais do termo aditivo. Por isso, o órgão realizou nova licitação para complementar todos os serviços. De acordo com a prefeitura, os trabalhos serão retomados tão logo a parte bu-rocrática seja concluída.
MARIANNA FONTES
Obra de escola na Ajuda de Baixo segue abandonada e ocupada por usuários de drogas
Jovens são detidas por tráfi co de drogas. Em outra ação da PM, material pertencente ao tráfi co de drogas também foi apreendido.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 7
GeralNOTA
REVISÃO
Objeto de licitação de R$ 72 milhões da prefeitura chama atenção do TCE
Com um parecer formado por 20 ressalvas, e composto por quatro páginas, o Tribunal de Contas do Estado determi-nou o adiamento do edital de licitação da prefeitura, e que prevê gastos de mais de R$ 72 milhões para a execução de serviços que vão desde limpeza e manutenção de vias e prédios públicos até a locação de máqui-nas e equipamentos, passando pela conservação de aterros sa-nitários. O objeto da concorrên-cia foi o que chamou a atenção dos conselheiros, e também do Ministério Público Especial, que cobrou à prefeitura 'infor-mações robustas'.
A decisão do Tribunal de Con-tas foi emitida após plenária realizada no dia 28 de julho do 2015 e provocou a suspensão da concorrência pública agendada pela prefeitura para o dia 17 de agosto do mesmo ano.
As ressalvas apontadas pelo Tribunal são referentes aos cus-tos e à comprovação dos gastos previstos em R$ 72.342.080,47. Entre as considerações, o TCE aponta que a previsão orça-mentária do edital 'se apresenta excessiva' em itens da planilha de gastos que somam R$ 7,8 milhões. Esses custos são refe-rentes à estimativa da 'Adminis-tração Local', parte do serviço que envolve a contratação de funcionários e de veículos.
Já o Ministério Público Espe-cial, que dá suporte ao Tribunal de Contas, enfatiza a ressalva que propõe a divisão dos obje-tos da licitação, uma forma de ampliar a competitividade na realização do certame, geran-do assim maior economia aos cofres do município.
Oito dias após a decisão do Tribunal de Contas, a prefeitu-ra deu publicidade do aviso de adiamento da licitação. No dia 15 de janeiro deste ano, o go-verno comunicou que parte das alterações propostas pelo TCE já haviam sido feitas no edital. Porém, a concorrência pública segue suspensa.
Ministério Público Especial chancela decisão que cobra do governo informações detalhadas de edital cuja concorrência pública segue adiada
TRANSTORNOS
Pacientes denunciam caos na saúdePronto-Socorro do Aeroporto suspendeu o atendimento psiquiátrico devido a falta de médicos Marianna [email protected]
Não é só a crise econômica que atinge Macaé. O caos na saúde pública do mu-
nicípio se agrava cada vez mais e já começa a refletir em algu-mas especialidades. Uma delas é a psiquiatria. Essa semana, alguns pacientes procuraram a nossa equipe de reportagem para relatar as dificuldades para conseguir atendimento.
Quem tem passado por isso é N.S., que pede para não ser identificada. Ela conta que o marido e o filho de 25 anos es-tão há duas semanas tentando atendimento para conseguir a receita de um medicamento que não podem ficar sem tomar.
“Fui na semana passada no Pronto-Socorro do Aeroporto e a médica disse que não poderia atender. Voltei lá nesta quarta-feira (9), e me falaram que todo mundo tinha sido exonerado. Já fui na Ouvidoria, no Jorge Caldas, no CAPS Betinho, no Núcleo Municipal de Saúde Mental e até na secretaria de Saúde, mas todas as tentativas foram sem sucesso. Inclusive, na Semusa me falaram que não poderiam fazer nada. Ficamos peregrinando nesse jogo de empurra. O medicamento é só com receita. Eles não podem ficar sem tomá-lo, devido a gra-vidade. Meu filho fica agressivo
e com distúrbios se ficar um dia sem tomar o remédio”, conta.
Na tarde de quarta-feira, a nossa equipe de reportagem foi até ao local onde conversou com funcionários. Eles confirmaram que não havia médico disponí-vel no momento e ainda alega-ram que não havia previsão de retorno, pois os profissionais tinham sido exonerados.
Por fim, ao serem questio-nados sobre o atendimento no Núcleo de Saúde Mental, eles disseram que o paciente cor-ria o risco de não conseguir ser avaliado devido a demanda ter sido direcionada para a outra unidade.
Isso mostra que, além da in-certeza, os pacientes enfrentam o transtorno para se deslocar para outros bairros. Vale res-saltar que o Parque Aeroporto é um dos mais populosos da cida-de. “Quem tem plano de saúde deveria dar graças a Deus por-que quem depende do sistema público, fica à mercê da sorte. É uma luta. Quando não tem atendimento, o jeito é deixar a doença e a dor de lado para en-frentar sol quente, ônibus, lon-gas caminhadas até o local que tenha. Enquanto a prefeitura maquia na televisão as 'melho-rias' que fazem, só quem está aqui passando sufoco no dia a dia é que sabe a verdade. Cadê os investimentos na saúde? Não é o governo que vive afirmando
que boa parte dos recursos é destinado para isso? Não sei aonde”, desabafa um dos pa-cientes, que também pede sigilo do nome.
Procurada, a prefeitura infor-mou que o atendimento de psi-quiatria é oferecido pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool
e Drogas (Caps AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), Caps Betinho e pela Gerência de Saúde Mental.
Apesar de o jornal ter com-provado que o atendimento não está sendo feito no Pronto-So-corro do Aeroporto, o governo municipal diz que as emergên-
cias são realizadas lá. Por fim, ressaltou que este
mês o município iniciou ainda o funcionamento da Residência Terapêutica, uma casa destina-da a servir de lar para ex-inter-nos de hospitais psiquiátricos contribuindo para ressocializa-ção deste público.
KANÁ MANHÃES
Nossa equipe esteve no local na tarde de quarta-feira, onde comprovou as denúncias
Caixa aumenta financiamento para imóveis usados. A partir de agora, será possível financiar até 70% do valor do imóvel pela instituição bancária.
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016