Noticiário 11 03 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Objeto de licitação de R$ 72 milhões da prefeitura chama atenção do TCE Oposição considera como 'escândalo' edital que prevê custo cinco vezes maior Tribunal de Contas e Ministério Público Especial apontam risco de limitação de competitividade em concorrência que prevê contratação de seis serviços de natureza diversificada dentro do mesmo pacote PÁG. 3 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), sexta-feira 11 de março de 2016 Ano XL, Nº 8963 Fundador/Diretor: Oscar Pires DIVULGAÇÃO PM SYLVIO SAVINO facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Lideranças da oposição reagiram ontem ao que foi considerado por eles como o "maior escândalo de Macaé", após analisar as informações do Tribunal de Contas do Es- tado (TCE), que decidiu vetar edital da prefeitura que previa gastos cinco vezes maior que o calculado pelo órgão, vi- sando a licitação de serviços de reforma e manutenção de escolas públicas da rede mu- nicipal. Durante a sessão or- dinária da última quarta-feira (9), o caso foi qualificado pelo vereador Maxwell Vaz (SDD) como uma tentativa grossei- ra de superfaturar contratos. Amaro Luiz (PRB) conside- rou a decisão do TCE como a comprovação da estratégia do governo em tentar bloquear ações da oposição. PRESOS SUSPEITOS DE ROUBO NO LAGOMAR PROMUR PROMOVE EVENTO BENEFICENTE RESTAURANTE POPULAR É OPÇÃO DE ECONOMIA R$ 1,00 POLÍCIA, PÁG.6 CIDADE, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.5 Denúncia de caos no acesso à saúde ÍNDICE TEMPO COTAÇÃO DO DÓLAR POLÍTICA CIDADE Pacientes relatam encerramento de apoio psiquiátrico PÁG. 7 KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Briga por posto de prefeito esquenta cenário político da cidade Apesar de denúncia de pacientes, prefeitura alega normalidade Calendário Eleitoral pressiona mudanças Até dia 2 de abril, candidatos devem deixar cargos de assessoria PÁG. 3 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 37º C Mínima 24º C Compra R$ 3,6402 Venda R$ 3,6414 Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍTICA ECONOMIA POLÍTICA CADERNO DOIS Marcel: "O governo quer esconder o PT" Mais peso no bolso do consumidor Dossiê da Saúde é 'pauta-bomba' Samba na Rinha agita Macaé hoje Vereador reivindica reconhecimento do governo federal PÁG. 6 Juros reduzem poder de compra da população PÁG. 5 Exibição de imagens foi barrada por estratégia de bancada PÁG. 3 Mistura Rica comanda a animação desta sexta CAPA Danilo: "Com R$ 10 milhões dá para reformar escolas e construir novas unidades" O vice-prefeito Danilo Funke (REDE) rebateu a jus- tificativa de erro técnico, ao comentar a decisão do TCE de vetar o edital da prefeitura que prevê despesas cinco vezes maiores que as calculadas pelo órgão. Em postagem nas redes sociais, Danilo cobrou "maior respeito com o dinheiro públi- co". "As obras das escolas do município não foram liberadas pelo TCE porque há superfa- turamento de mais de R$ 10 milhões. Não foi erro técnico, com certeza. A conclusão que eu chego é que a vultosa quan- tia poderia até servir, não ape- nas para reformar escolas, mas para construir outras novas", escreveu Danilo. O vice-prefeito completou a sua postagem elo- giando o trabalho dos conse- lheiros do TCE. MARIANNA FONTES Expectativa era de que unidade fosse transformada em creche GERAL Moradores denunciam foco do Aedes aegypti Além dos novos empreendi- mentos, o Alto da Glória, que é uma das áreas mais valorizadas da cidade, também tem recebi- do o projeto “Meu criadouro, minha vida”. Focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, estão deixando alguns morado- CIDADE EU LEITOR, O REPÓRTER Acúmulo de lixo provoca proliferação do mosquito res do bairro com medo. Essa semana, moradores do bairro procuraram o jornal O DEBA- TE, por meio da plataforma do WhatsApp, para denunciar um terreno particular na Rua João Alves Jobim Saldanha, locali- zada atrás de um condomínio residencial. PÁG. 2 Construção parada gera invasão de escola na Ajuda O abandono de obras públicas pela Prefeitura gera uma série de problemas aos macaenses. Sem o término das obras, o cidadão deixa de ser bene- ficiado com o que seria entregue ao município. Além disso, o local aberto, exposto e abandonado acaba provocando problemas de segurança. É o que vem acontecendo no bairro Ajuda de Baixo com a construção inacabada de uma escola. O local é frequentemente utilizado por usuários de drogas, que costumam ficar no interior do pré- dio, tanto de dia quanto à noite. De acordo com a prefeitura, os trabalhos serão retomados após adequação do projeto, necessário para a revisão orçamentária. PÁG. 6 Segundo moradores, estrutura inacabada virou ponto de práticas ilícitas que geram insegurança

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O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Objeto de licitação de R$ 72 milhões da prefeitura chama atenção do TCE

Oposição considera como 'escândalo' edital que prevê custo cinco vezes maior

Tribunal de Contas e Ministério Público Especial apontam risco de limitação de competitividade em concorrência que prevê contratação de seis serviços de natureza diversificada dentro do mesmo pacote PÁG. 3

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), sexta-feira11 de março de 2016Ano XL, Nº 8963Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM SYLVIO SAVINO

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Lideranças da oposição reagiram ontem ao que foi considerado por eles como o "maior escândalo de Macaé", após analisar as informações do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE), que decidiu vetar edital da prefeitura que previa

gastos cinco vezes maior que o calculado pelo órgão, vi-sando a licitação de serviços de reforma e manutenção de escolas públicas da rede mu-nicipal. Durante a sessão or-dinária da última quarta-feira (9), o caso foi qualificado pelo

vereador Maxwell Vaz (SDD) como uma tentativa grossei-ra de superfaturar contratos. Amaro Luiz (PRB) conside-rou a decisão do TCE como a comprovação da estratégia do governo em tentar bloquear ações da oposição.

PRESOS SUSPEITOS DE ROUBO NO LAGOMAR

PROMUR PROMOVE EVENTO BENEFICENTE

RESTAURANTE POPULAR É OPÇÃO DE ECONOMIA

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 CIDADE, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.5

Denúncia de caos no acesso à saúde

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

POLÍTICA CIDADE

Pacientes relatam encerramento de apoio psiquiátrico PÁG. 7

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

Briga por posto de prefeito esquenta cenário político da cidade Apesar de denúncia de pacientes, prefeitura alega normalidade

Calendário Eleitoral pressiona mudançasAté dia 2 de abril, candidatos devem deixar cargos de assessoria PÁG. 3

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 37º CMínima 24º C

Compra R$ 3,6402Venda R$ 3,6414 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍTICA ECONOMIA POLÍTICA CADERNO DOIS

Marcel: "O governo quer esconder o PT"

Mais peso no bolso do consumidor

Dossiê da Saúde é 'pauta-bomba'

Samba na Rinha agita Macaé hoje

Vereador reivindica reconhecimento do governo federal PÁG. 6

Juros reduzem poder de compra da população PÁG. 5

Exibição de imagens foi barrada por estratégia de bancada PÁG. 3

Mistura Rica comanda a animação desta sexta CAPA

Danilo: "Com R$ 10 milhões dá para reformar escolas e construir novas unidades"O vice-prefeito Danilo Funke (REDE) rebateu a jus-tificativa de erro técnico, ao comentar a decisão do TCE de vetar o edital da prefeitura que prevê despesas cinco vezes maiores que as calculadas pelo órgão. Em postagem nas redes

sociais, Danilo cobrou "maior respeito com o dinheiro públi-co". "As obras das escolas do município não foram liberadas pelo TCE porque há superfa-turamento de mais de R$ 10 milhões. Não foi erro técnico, com certeza. A conclusão que

eu chego é que a vultosa quan-tia poderia até servir, não ape-nas para reformar escolas, mas para construir outras novas", escreveu Danilo. O vice-prefeito completou a sua postagem elo-giando o trabalho dos conse-lheiros do TCE.

MARIANNA FONTES

Expectativa era de que unidade fosse transformada em creche

GERAL

Moradores denunciam foco do Aedes aegyptiAlém dos novos empreendi-mentos, o Alto da Glória, que é uma das áreas mais valorizadas da cidade, também tem recebi-do o projeto “Meu criadouro, minha vida”. Focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, estão deixando alguns morado-

CIDADE

EU LEITOR, O REPÓRTER

Acúmulo de lixo provoca proliferação do mosquito

res do bairro com medo. Essa semana, moradores do bairro procuraram o jornal O DEBA-TE, por meio da plataforma do WhatsApp, para denunciar um terreno particular na Rua João Alves Jobim Saldanha, locali-zada atrás de um condomínio residencial. PÁG. 2

Construção parada gera invasão de escola na Ajuda

O abandono de obras públicas pela Prefeitura gera uma série de problemas aos macaenses. Sem o término das obras, o cidadão deixa de ser bene-ficiado com o que seria entregue ao município. Além disso, o local aberto, exposto e abandonado acaba provocando problemas de segurança.

É o que vem acontecendo no bairro Ajuda de Baixo com a construção inacabada de uma escola. O local é frequentemente utilizado por usuários de drogas, que costumam ficar no interior do pré-dio, tanto de dia quanto à noite. De acordo com a prefeitura, os trabalhos serão retomados após adequação do projeto, necessário para a revisão orçamentária. PÁG. 6

Segundo moradores, estrutura inacabada virou ponto de práticas ilícitas que geram insegurança

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016

Cidade NOTA

CRIADOURO

Moradores denunciam focos do AedesProblema está ocorrendo em um terreno particular Rua João Alves Jobim Saldanha, no Alto da Glória

A lém dos novos empre-endimentos, o Alto da Glória, que é uma das

áreas mais valorizadas da ci-dade, também tem recebido o projeto “Meu criadouro, minha vida”. Focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, estão deixando alguns moradores do bairro com medo.

Essa semana, moradores do bairro procuraram o jornal O DEBATE por meio da plata-forma do WhatsApp para de-nunciar um terreno particular na Rua João Alves Jobim Sal-danha, atrás de um condomí-nio residencial. Segundo eles, a área, que é cercada, está há um bom tempo sem receber manutenção e limpeza. Para piorar, além do mato, entulhos e restos de resíduos viram am-

bientes favoráveis para que o mosquito deposite seus ovos e se prolifere.

“Meu apartamento é de fren-te e já matei alguns mosquitos, entre eles, o Aedes. Não sei co-mo eles foram aparecer no 9º andar”, relata uma moradora, que pede para não ser identifi-cada.

As imagens enviadas mos-tram também uma caixa d'água abandonada e sem tampa. “Fi-camos com medo, pois muito se fala de risco de epidemia. A gen-te tem todo o cuidado dentro de casa para não deixar recipientes com água parada. Isso acaba fa-zendo com que o nosso esforço seja em vão. Eu tenho criança pequena em casa, que são alér-gicos à picada de mosquito, e fico com medo. Não podemos dar bobeira, pois é algo sério”, diz a moradora Adrilane Rosa.

Vale ressaltar que a prefeitu-ra possui um contato para que a

população possa tirar dúvidas e denunciar esses possíveis cria-douros. Cabe a ela também pro-curar o proprietário para que a situação seja normalizada.

Segundo ela, é importante a participação de pessoas neste processo de denúncias de fo-co de mosquito. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 221 solicitações da população foram atendidas pelo Centro de Controle de Zoonozes.

Os canais para recebimento de solicitações como essa são na sede do CCZ, localizado à Rua Augusto de Carvalho, 101, no bairro Imbetiba. Ou ainda pelos telefones: 2772-6333 e 2765-8700, ramal 249 e ainda pelo e-mail: [email protected].

Sobre este caso específico, ela disse que foi encaminhado para que eles possam tomar providências.

AUTORIZAÇÃO PARA VISTORIAR IMÓVEIS

Em fevereiro, o Ministério da Saúde adotou uma medida pro-visória, a de nº 712, que amplia os poderes das autoridades de saúde de âmbito federal, esta-duais e municipais no combate ao inseto. A publicação foi feita na edição do dia 1º no Diário Oficial da União e já se encon-tra em vigor.

Entre as medidas está a pos-sibilidade de ingresso forçado em imóveis públicos e privados considerados abandonados ou em situação de ausência dos responsáveis. Isso só poderá ser feito em extremos casos e apenas para combater os focos do mosquito.

“Para efeitos de fiscalização, o imóvel será considerado aban-donado quando for constatada flagrante ausência prolongada de utilização, o que pode ser verificado por suas caracterís-ticas físicas, por sinais de ine-xistência de conservação, pelo relato de moradores da área ou por outros indícios que eviden-ciem a sua não utilização”, ex-plica o MS em nota ressaltando que a ausência será classificada quando, após duas tentativas do agente de saúde, realizadas em dias e horários alternados, em um intervalo de 10 dias, não for localizado um responsável para

Marianna [email protected]

a abertura. Uma medida similar foi rea-

lizada pelo governo municipal em janeiro de 2014. Na época foi publicado o Decreto 005/14, dando às autoridades munici-pais a autorização para ingres-sar em áreas particulares, como residências, terrenos, edifícios ou estabelecimentos em que ela não conseguir entrar após três tentativas.

Apesar de polêmica, a per-missão do ingresso dos agentes, que devem estar devidamente identificados, são fundamentais para controle de vetores e tam-bém para orientar a própria po-pulação sobre a importância de

ajudar no combate. Apenas 10 minutos por sema-

na podem proteger a sua famí-lia e também os seus vizinhos. Entre as dicas estão: não deixe água da chuva acumulada sobre a laje; mantenha fechados os depósitos de água como caixas d’água, tonéis e barris; encha de areia até às bordas os pratinhos de vasos de plantas; guarde gar-rafas viradas de cabeça para baixo; guarde pneus e outros objetos que podem acumular água tampados e em locais co-bertos; coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada. Não jogue o lixo em terrenos baldios.

DIVULGAÇÃO

Moradores de prédio ao lado relatam que já mataram mosquitos da espécie em casa

CAFÉ COM ARTE

Promur promove evento bene�cente

Desde que foi criado, o Projeto Mulher Reciclando (Promur), que fica situado dentro da Malvinas, tem sido uma alternativa para di-versas mulheres carentes, muitas delas desempregadas ou com ida-de avançada, que se capacitam e, com o fruto do aprendizado, con-seguem obter uma renda para suas famílias.

Mesmo em meio às dificulda-des, a iniciativa tem se fortaleci-do a cada ano que passa e feito a diferença na vida de várias “guer-

Evento social será realizado em abril, na sede do projeto na Malvinas

reiras”. Como forma de arrecadar recursos para regularizar toda a documentação, o Promur vai re-alizar no próximo mês o evento “Café com Artes”.

Segundo a fundadora do Pro-mur, Magali de Almeida Cézar Ma-chado, o ingresso será vendido ao preço de R$ 10, que dará direito ao lanche que será servido. Durante o evento será feito um bazar com todos os trabalhos das alunas.

“Contamos com o apoio de todos para que a gente possa continuar realizando esse trabalho dentro da comunidade. Vai ser uma tarde muito agradável, onde as pessoas poderão conhecer mais sobre o nosso projeto e também contribuir comprando alguma coisa do bazar.

Também faremos duas surpresas no dia, que nem as alunas estão sabendo”, conta Magali.

Os interessados podem com-prar o seu convite na sede do Promur, situado na Rua Maria José Mahon Santos, 1.071 - Mal-vinas (segunda a sexta-feira - das 8h às 16h) ou por telefone: (22) 99921-4234.

O Promur foi criado no dia 31 de março de 2007 pela professora de artes Magali de Almeida Cézar Machado após ter ficado desem-pregada. Atualmente, ele oferece capacitação a mulheres com ida-des entre 16 e 83 anos, moradoras da Malvinas e de outras comuni-dades carentes do município.

Dentro do projeto são ofereci-dos diversos cursos gratuitos, en-tre eles, corte e costura, pintura em tecido, tricô no tear, crochê e capitonê. Entre os parceiros está o Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep).

WANDERLEY GIL

Projeto oferece cursos de capacitação para mulheres carentes de Macaé

Desrespeito na Orla de Imbetiba. Veículos continuam transitando pela contramão na Av. Elias Agostinho.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 3

PolíticaOPÇÕES

Calendário Eleitoral pressiona mudanças no quadro políticoRegra impõe alterações no quadro administrativo da prefeitura e no plenário da Câmara

Márcio [email protected]

Apesar da disputa acontecer em outubro, as eleições já promovem mudanças im-

portantes no quadro político do município. Faltando pouco me-nos de sete meses para a realiza-ção do pleito, o momento volta a ser de discussão sobre a filiação partidária.

De acordo com o Calendário Eleitoral, aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, todas as lide-ranças políticas que pretendem disputar as eleições deste ano devem estar filiadas a um parti-do político até o próximo dia 2 de abril.

A regra foi alterada de acordo com a minirreforma política, sancionada pelo governo federal em setembro do ano passado, às vésperas do vencimento do pra-zo antigo de filiação, que deter-minava aos candidatos o registro partidário até um ano antes da realização do pleito.

Com a ampliação do prazo de filiação, a cidade assistiu uma verdadeira 'dança das cadeiras'. Solenidades de filiação acabaram sendo substituídas por quebra de alianças, e até mesmo mudança de posições na política da cidade.

Um dos casos mais emblemá-ticos é o PSB, partido que chegou a abrigar dois nomes de peso que compõem o alto escalão do go-verno.

No entanto, após o episódio de intervenção da legenda, assumida no Estado pelo senador Romário, o PSB viu a saída dos integrantes do governo, abrindo as portas para o vereador Chico Machado,

CRÉDITO

Posto mais alto da política municipal, a vaga de prefeito é cobiçada por candidatos que reforçam projetos para as eleições

pré-candidato a prefeito pela li-nha de oposição. Mas antes disso, o partido chegou a 'flertar' com o vereador Igor Sardinha, hoje no PRB, e o vice-prefeito Danilo Funke, que assinou com a REDE.

"Este é o momento da política de base, de conquistar partidos para formar um projeto forte e sólido. Eu sou pré-candidato a prefeito pelo PSB", confirmou Chico.

Além de Chico, Igor Sardinha e André Longobardi (PR) lança-ram pré-candidaturas a prefeito da cidade.

A 'dança das cadeiras' da fase

pré-eleitoral registra caso seme-lhante do PSB com o PMDB.

Apesar de ter sido aliado do projeto político que apoiou a candidatura do deputado Chris-tino Áureo (PSD) a prefeito de Macaé em 2012, o PMDB acabou abrigando, a partir do ano pas-sado, um número expressivo de lideranças ligadas ao governo, atraindo inclusive o atual chefe do poder Executivo, que assumiu a presidência da comissão provi-sória da legenda.

Casa que acolheu os remanes-centes do PSB, o PMDB abraçou ainda ex-integrantes do PDT,

PPL, com potencial de aglutinar também dissidentes do PT.

DESCOMPATIBILIZAÇÃOO próximo dia 2 de abril mar-

ca também o prazo-limite para a desincompatibilização, processo que exige dos candidatos a saída de cargos comissionados, funções gratificadas e de confiança junto às estruturas administrativas dos poderes Executivo e Legislativo.

Com isso, o vereador Guto Gar-cia também precisará reassumir sua cadeira na Câmara, hoje ocu-pada pelo parlamentar José Pres-tes (PV), suplente.

TRANSPARÊNCIA

Dossiê da Saúde é 'pauta-bomba' para o governoConsiderada como 'pau-ta-bomba' por membros da bancada que defende o governo dentro da Câmara de Vereado-res, a apresentação do 'Dossiê da Saúde', elaborado pelos vereado-res Igor Sardinha (PRB) e Amaro Luiz (PRB) cria um embate pro-fundo sobre a transparência e as regras do regimento interno do parlamento.

Recursos disponíveis em Audi-ências Públicas e nas apresenta-ções de balanços fiscais feitas pe-la equipe do governo, o telão de exibição de vídeos e fotografias, disponível no plenário do Palácio Natálio Salvador Antunes passou a ser o motivo de discórdia entre a oposição e a situação, mediada pela presidência da Casa sob ar-gumentos registrados no regi-mento interno da casa.

Por duas vezes seguidas, as imagens que comprovam o co-lapso da rede pública de saúde fo-ram proibidas de serem exibidas no plenário. A alegação da presi-dência da Casa é que os recursos audiovisuais não constam como apoio ao discurso dos vereadores no grande expediente, segundo o regimento.

Já a oposição interpreta que a proibição do uso do sistema também não está prevista pelo regimento, cabendo assim uma decisão democrática e transpa-rente do plenário, respeitando a solicitação dos vereadores.

Em meio a esse impasse, ain-da não se sabe quando haverá a apresentação das imagens na Casa.

WANDERLEY GIL

Marcel apontou 'debandada' do governo para o PMDB

Oposição considera edital da prefeitura vetado pelo TCE como o "maior escândalo de Macaé"

GESTÃO

Proposta de licitação previa custo cinco vez maior que o calculado pelo Tribunal

Lideranças da oposição reagiram ontem ao que foi considerado por eles como o "maior escândalo de Macaé", após analisar as informações do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE), que decidiu vetar edital da prefeitura que previa gastos cinco vezes maior que o calculado pelo órgão, visando a licitação de serviços de reforma e manutenção de escolas públi-cas da rede municipal.

De imediato, a decisão do TCE ganhou destaque nos discursos dos vereadores que formam o bloco de oposição ao governo na Câmara. Durante a sessão ordinária da última quarta-feira (9), o caso foi qualificado pelo vereador Maxwell Vaz (SDD) como uma tentativa grosseira de superfaturar contratos.

"O maior escândalo de Macaé saiu na tela (site) do TCE. A pre-feitura recebeu parecer contrá-rio do edital. Os serviços de R$ 12 milhões previstos pelo gover-no, custariam R$ 2 milhões na análise do Tribunal. Ou seja, R$ 10 milhões superfaturados. En-quanto tentam se esconder por de trás da crise, demonstram que, na verdade, a cidade se en-contra diante de uma gestão em crise", disse Maxwell.

Na mesma sessão, Igor Sar-

ABANDONO

Marcel Silvano diz: "o governo quer esconder o PT de projetos importantes da cidade"

"Grandes obras da cidade foram construídas com recur-sos garantidos pelo governo federal". A afirmativa compõe o discurso do vereador Marcel Silvano (PT), que reivindicou do governo o reconhecimento da contribuição do seu partido na consolidação de projetos execu-tados no município.

Através de uma reflexão po-lítica, Marcel apontou que a construção das mais de duas mil casas no Bosque Azul e a urba-nização da Nova Esperança são frutos de investimentos repas-sados pela União, hoje sob o co-mando de Dilma Rousse¥ (PT).

Parlamentar cobrou reconhecimento da participação do governo federal em obras

"O devido crédito político não é dado ao nosso partido. As obras são vistas apenas com o olhar local, de pessoas que es-tiveram envolvidas na sua con-solidação. Mas quem garantiu o dinheiro foi o governo do PT, e isso precisa ser esclarecido", apontou Marcel.

O vereador qualificou como "debandada" a migração de lideranças ligadas ao gover-no municipal para a comissão provisória do PMDB, presidida atualmente pelo prefeito.

"Todos estão indo para o PMDB de Eduardo Cunha, de Pezão, de Sérgio Cabral. E isso não é bom para a cidade", disse.

Marcel afirmou que, agora, o diretório municipal do seu par-tido trabalha com o objetivo de restruturar o PT, buscando uma linha de independência.

dinha (PRB), líder da oposição afirmou que o caso reacende o caos administrativo da cidade.

"Muito mais precisa ser inves-tigado sobre essa administração que brinca com as pessoas", dis-parou Igor.

Amaro Luiz (PRB) conside-rou a decisão do TCE como a comprovação da estratégia do governo em tentar bloquear ações da oposição.

"O TCE demonstrou porque as escolas não são reformadas e porque nossas Emendas Im-positivas não são aplicadas. Por causa do superfaturamento. Isso não é administração, isso é sacanagem", declarou Amaro no plenário da Câmara.

Danilo rebate justi�cativa de 'erro técnico' em editalO vice-prefeito Danilo Funke (REDE) rebateu a jus-tificativa de erro técnico, ao comentar a decisão do TCE de vetar o edital da prefeitura que prevê despesas cinco vezes maiores que as calculadas pelo órgão.

Em postagem nas redes so-ciais, Danilo cobrou "maior res-peito com o dinheiro público".

"As obras das escolas do mu-nicípio não foram liberadas pelo TCE porque há superfa-

turamento de mais de R$ 10 milhões. Não foi erro técnico, com certeza. A conclusão que eu chego é que a vultosa quan-tia poderia até servir, não ape-nas para reformar escolas, mas para construir outras novas", escreveu Danilo.

O vice-prefeito completou a sua postagem elogiando o tra-balho dos conselheiros do Tri-bunal de Contas.

"Ainda bem que o TCE está atento", registou.

WANDERLEY GIL

“Os serviços de R$ 12 milhões sairiam por R$ 2 milhões. Ou seja, R$ 10 mi superfaturados”MAXWELL VAZ, VEREADOR

WANDERLEY GIL

“O TCE demonstrou porque as Emendas Impositivas não são cumpridas: obras superfaturadas”AMARO LUIZ, VEREADOR

WANDERLEY GIL

“A vultosa quantia dava para reformar escolas e construir novas unidades no município”DANILO FUNKE, VICE-PREFEITO

Paulo Antunes (PMDB) afirmou que governo não pode ser culpado por problemas da segurança pública

NOTA

O prazo modificará também o quadro de secretários da adminis-tração municipal.

Apesar das convenções ocorre-rem apenas em julho, quando os candidatos serão escolhidos, ao menos cinco secretários deverão deixar o governo, por serem co-tados a assumir a vaga de vice na chapa da reeleição.

Há ainda especulações sobre secretários e presidentes de au-tarquias e fundações, que pode-rão se lançar como candidatos a uma das atuais 17 vagas que formam o plenário da Câmara de Vereadores.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

As figuras emblemáticas das duas composições do Veícu-lo Leve sobre Trilhos (VLT) voltam a ganhar destaque no cenário político da cidade, sendo alvo de um debate que traz do passado o enfrentamento entre dois governos.

É fato: apenas 40% das pessoas com perda de audição reco-nhecem que ouvem mal. O preconceito, junto com a falta de informação, faz com que a maioria que sofre do pro-blema demore vários anos para tomar uma providência.

Justificativas

Vencendo o preconceito para ouvir melhor

Porém, a atual situação de abandono dos vagões é capaz de evidenciar as conexões que

envolvem essas duas administrações públicas, não tão distintas.

É notório que a concepção do projeto do transporte ferroviário de passageiros apresentou falhas estru-turais e de avaliações orçamentárias, apostando alto em uma parceria en-tre o governo municipal e a União baseada no repasse de mais de R$ 40 milhões.

É verdade também que o ônus pelos erros nos cálculos referentes à viabilidade do projeto, estrutura-do na administração passada, foram herdados pela gestão atual que, den-tro todas as promessas de mudanças registradas em seu “Plano de Gover-no”, se comprometeu a desenvolver estudos técnicos capazes de imple-mentar o VLT, dentro de critérios rigorosos de segurança.

No entanto, desde a 'gestão das fa-lhas' até o 'governo das promessas', as duas composições do VLT, adqui-ridas ao custo de R$ 25 milhões, ho-je se acabam com o tempo. Mesmo atravessando administrações que se apresentavam como antagônicas, os vagões tiveram o mesmo destino dentro desses dois governos: o aban-

dono e o desperdício.Do petróleo vieram os recursos

aplicados pelo governo passado para dar início ao projeto do VLT inacabado. Também dos royalties poderiam vir o dinheiro necessá-rio para colocar a proposta de novo nos trilhos, dentro dos mais de R$ 1,5 bilhão de recursos arrecadados pela prefeitura apenas entre 2013 e os dois primeiros meses deste ano.

Opções foram criadas nos últi-mos dois anos para garantir uma saída política e administrativa para o imbróglio chamado VLT. Nessa história, o governo do Estado surge como a salvação para dar fim a um verdadeiro elefante branco insta-lado em pleno centro da cidade. Porém, assim como as intempéries do passado, imprevistos surgiram nesse meio tempo, atrasando até mesmo a construção do Arco Viá-rio de Santa Tereza.

Antes da caça às bruxas, ou aos culpados, a população quer res-postas. A do desperdício gerado no passado tudo mundo já sabe. Mas as justificativas para a per-manência das duas composições destruídas e abandonadas na anti-ga estação ferroviária do Miramar, não convencem.

O que é lamentável, porque a perda auditiva é cumulativa e, se nada for feito a tempo,

a dificuldade para ouvir será cada vez maior.

A realidade é que nas ruas não faltam homens e mulheres de to-das as idades usando óculos, mas no caso da deficiência auditiva, persiste uma grande resistência em usar aparelhos nos ouvidos. E por que isso acontece? Porque a maioria desconhece os avanços tecnológicos que permitiram a criação de aparelhos auditivos mi-núsculos ou até mesmo invisíveis, os intra-auriculares.

Indivíduos com problemas de audição tendem a se isolar do con-vívio social, podendo até mesmo chegar à depressão. Têm dificulda-des de relacionamento na família, no trabalho e entre amigos. O que ocorre é um constrangimento, de ambas as partes, devido à embara-ços na comunicação. Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, porque poucos têm coragem de admitir a surdez. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante.

À medida em que você envelhe-ce, as células ciliadas do ouvido interno começam a se degene-rar. Algumas pessoas perdem a audição mais cedo do que outras. Muitos já começam a sentir o pro-blema quando estão na "faixa" dos 40 anos. Pesquisas revelam que um em cada cinco adultos com mais de 40 anos e mais da meta-de de todas as pessoas com idade acima de 80 anos sofrem de perda auditiva.

Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, 25 milhões de brasi-leiros têm dificuldades para ouvir. Além de uma exposição contínua a ruídos - seja no trabalho, nas ruas ou em casa -, outros fatores podem levar à perda de audição: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada. No caso dos idosos, o déficit auditivo pode ocorrer por causa de mu-

danças degenerativas naturais do envelhecimento, chamadas de presbiacusia.

A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ou-vir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta frequência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a di-ficuldade de ouvir o que as pesso-as dizem para você. Infelizmente, muitas vezes, quando o indivíduo procura tratamento, o caso já está mais grave. A perda se dá de ma-neira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge estágios mais avançados.

Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, é importante consul-tar logo um médico otorrinolarin-gologista que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de testes como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado e, muitas vezes, o uso de prótese auditiva resolve o problema.

Cabe aos fonoaudiólogos indi-car qual tipo e modelo de apare-lho atenderá as necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Não há demérito algum em usar uma prótese auditiva, já que atualmen-te existem aparelhos com design moderno, como os da Telex, com tecnologia digital, que não causam constrangimento para quem os usa. Então, por que não fazer uso dessa tecnologia e voltar a ouvir com clareza, sentindo-se mais confiante para conversar com os familiares e colegas de trabalho? O aparelho auditivo devolve a au-toestima, proporcionando bem-estar, liberdade, alegria e qualida-de de vida!

(*) Isabela Papera é fonoaudió-loga da Telex Soluções Auditivas; graduada em fonoaudiologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com pós-graduação em audiologia e marketing.

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AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

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CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

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CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

RetrocessoA Câmara de Vereadores de Macaé que, por várias vezes, foi pioneira ao extinguir o voto secreto, ao instituir as Emendas Impo-sitivas e de criar o projeto itinerante, nesta semana perdeu mais uma oportunidade de sair na frente, em nome da democracia e da transparência, e retrocedeu ao proibir a exibição de vídeos e imagens durante o dis-curso dos vereadores no grande expedien-te. O último a ser transmitido foi o relato da mãe do adolescente que morreu no HPM.

GreveO Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência do Estado (Sinds-prev) enviou ao governo municipal comuni-cado sobre o início da greve de servidores dos quadros da secretaria municipal de Saúde e da Fundação Municipal de Saúde. O ato terá início na próxima segunda-feira, dia 14. Mas atualmente, os profissionais já promovem um protesto velado, ao utilizar um laço preto em seus jalecos de trabalho.

EleiçõesA estratégia do governo em escolher o ad-versário que vai brigar contra o projeto de reeleição acabou caindo “por água abaixo”, através da afirmação do deputado estadual Christino Aúreo (PSD) de que permanecerá à frente da secretaria estadual de Agricul-tura, estando fora do pleito municipal deste ano. O plano era tentar desconstruir as pré-candidaturas de Igor Sardinha (PRB), Chi-co Machado (PSB), Danilo Funke (REDE) e André Longobardi (PR).

TrabalhoE engana-se quem pensa que o ex-prefeito Riverton Mussi vai estar fora do processo eleitoral da cidade, neste ano. Ele tem tra-balhado junto a sua base eleitoral na cidade, promovendo reuniões com um número ex-pressivo de público presente. Ao optar por sair dos “holofotes da política” nos últimos três anos, agora ele ressurge com vontade até de fazer algumas análises sobre a ges-tão do município. O que será que ele tem a dizer?

ConexõesNa lista das conexões que existem entre a administração passada e o governo atual encontra-se também o projeto da escola que começou a ser construída no Parque da Cidade. A obra abandonada passou a ser uti-lizada até mesmo como abrigo para pessoas em situação de rua. O esqueleto do que seria uma unidade de ensino ajuda a criar ainda mais o cenário desolador visto todos os dias pelos moradores da Praia Campista.

BuracosEm três anos, ruas da região Sul da cidade foram pavimentadas com asfalto novo, apli-cado pela secretaria municipal de Serviços Públicos. Na sequência, parte dessas vias foi destruída pela Odebrecht Ambiental, dentro do cronograma das obras de sane-amento, cujos prazos seguem atrasados. Hoje, os moradores dessas áreas são pre-judicados pela atual situação do passeio público. É bom destacar que todos estão com o IPTU em dia!

SubsídioSegundo o Portal da Transparência, R$ 49 milhões em receitas dos royalties já estão comprometidos, neste ano, com o subsídio pago pela prefeitura à empresa SIT. Deste total, R$ 12 milhões já saíram dos cofres públicos e enviados para a empresa. Se, até setembro, a prefeitura realmente fizer a nova concessão do serviço, pode ser que essa despesa prevista inicialmente deva ser revista. Mas tem gente que acha difícil isso acontecer.

ÁguaÉ lamentável que nos últimos três anos, as-sim como nos anteriores, a água continue sendo um privilégio para poucos moradores da cidade. Por mais que o déficit do serviço eleve até o chamado “Custo Macaé” para as empresas offshore, o problema não con-segue ser solucionado, nem mesmo com a boa relação política firmada entre os gover-nos municipal e do Estado. Em ano de elei-ção, isso vai pesar na decisão da população.

RetornoE esse é o mês limite para que os pré-can-didatos ao processo eleitoral do próximo ano permaneçam na estrutura administrati-va do governo. De acordo com o calendário do TSE, até o dia 2 de abril, quem quiser entrar no páreo deve deixar cargos comis-sionados e funções gratificadas. O prazo marca também o retorno do vereador Guto Garcia (PMDB) ao parlamento municipal, deixando o posto de secretário municipal de Educação.

O trecho do Canal Macaé-Campos situado no São José do Barreto está assoreado. O depósito desses resíduos acaba afetando o sistema natural de drenagem das águas de chuva na cidade, causando alagamentos. A manutenção desses corpos hídricos é solicitada pela Câmara e pela população.

O novo larvicida adquirido pela Prefeitura de Macaé começou a ser utilizado na manhã desta quinta-feira (10). O produto tem ação de 24 horas na eliminação das larvas do Aedes aegypti que provoca a dengue, zika vírus e chicungunha.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 5

Economia Parte alta da cidade sofre com a falta d'água. Moradores de áreas nobres reclamam de abastecimento inefi ciente e gastos com caminhões-pipa.

NOTA

COMIDA A PREÇO DE CUSTO

Restaurante Popular segue como alternativa econômica

Strogonoff, arroz, batata palha, salada de alface e sobreme-sa de mamão: este foi o cardápio de ontem (10) no Restaurante Popular da Aroeira, que segue como uma ótima alternativa para economi-zar na hora do almoço. Com uma clientela originalmente composta por moradores e alunos de escolas da redondeza, segundo o adminis-trador do local, Flávio Cordeiro, nos últimos meses a procura pelo estabelecimento tem sido até um pouco maior, devido à crise.

De acordo com Flávio, a rotina tem sido assim: já com uma fila considerável de pessoas à espera, por volta das dez e meia da manhã, o local abre suas portas e, antes mesmo do relógio bater uma hora da tarde, todos os pratos já foram servidos.

“Na prática, comparando ao anti-go Restaurante Popular do Centro, não tivemos muitas mudanças no processo diário de servir as refei-

Por conta da crise, segundo administrador do local, procura aumentou nos últimos meses

ções. A única coisa que mudou foi o espaço, que agora é mais amplo. Fora isso, também temos percebi-do um leve aumento do fluxo nos últimos meses. Acredito que isso aconteça por conta da crise”, co-mentou Flavio.

Para garantir a qualidade do al-moço, segundo a nutricionista Tais dos Santos, o cardápio é formulado com equilíbrio.

“A base do cardápio é feijão, arroz ou macarrão, sempre acompanha-do de algum tipo de proteína, de preferência grelhada ou assada, mais salada e sobremesa”, reiterou a profi ssional.

Localizado na Avenida Gastão Schueler, na Aroeira, o restauran-te foi construído baseado nos mes-mos padrões do que funcionava no Centro da cidade. Com área de 1.055 metros quadrados, ambiente climatizado e capacidade para ser-vir cerca de mil refeições diárias ao preço de R$ 1, o atendimento no lo-cal começa a ser realizado, diaria-mente, em torno de 10h30. Além disso, conta com espaço de espera exclusivo para idosos e defi cientes, além de banheiros equipados para pessoas com necessidades espe-ciais.

SYLVIO SAVINO

Ontem, por volta das 11h, movimentação no local já era intensa

Mais peso no bolso do consumidorDINHEIRO

Guilherme Magalhã[email protected]

Como já era esperado, neste início de ano, as taxas médias de juros das principais moda-lidades de operação bancária - cheque especial, empréstimo e cartão de crédito - voltaram a subir, registrando patamares recordes. Sob expectativa de que se tornem ainda mais ca-ras ao longo de 2016, segundo

Juros de empréstimo, cheque especial e cartão de crédito voltam a subir

as instituições especializadas, a orientação é que tais alterna-tivas para conseguir dinheiro sejam evitadas ao máximo.

Em números específicos, deacordo com o Procon, de feve-reiro para março, a taxa média do cheque especial cobrada pe-los bancos subiu de 12,7% para 13% ao mês - alta de 0,23 ponto percentual. Já a do emprésti-mo pessoal subiu de 6,41% para 6,48%, representando uma al-ta de 0,07 ponto percentual. A pesquisa levou em consideração sete das principais instituições bancárias do país.

No relatório sobre o levanta-mento, o órgão de defesa do consu-

midor destacou o caráter negativo das modalidades.

"O consumidor deve fugir dos juros do cheque especial e utilizar o empréstimo pessoal só em caso de emergência, ou se for substituir uma dívida com juros maiores", explicou um trecho do relatório sobre a pesquisa.

CARTÃO DE CRÉDITO: MAIORES J U R O S E M V I N T E A N O S

Em fevereiro último, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), o cartão de crédito registrou sim-plesmente a maior taxa média de juros em vinte anos, chegando a 419,6%. Em outubro de 1995, a mo-

dalidade registrou uma taxa média de juros de 459,5% ao ano.

Por sua vez, no cheque espe-cial, os juros de 255,9% ao ano são os maiores desde julho de 1999, quando chegaram a 278,48%. Já o empréstimo pessoal fi cou mais caro tanto em bancos (de 69% para 70,17%) quanto em fi nanceiras (de 155,76% para 157,47%).

Por fi m, todas as demais modaliPor fi m, todas as demais modalidades de crédito para pessoas físicas - pesqui-sadas pela Anefac - mostraram alta em fevereiro: no comércio, os juros passaram de 92,29% para 94,49%. Já no fi nanciamento de automóveis, a taxa subiu de 31,37% ao ano em ja-neiro para 31,68% em fevereiro.

Impostos arrecadados já ultrapassam 362 milhões no município este ano

DINHEIRO

De acordo com "impostômetro", valor corresponde a contribuições pagas desde o primeiro dia de 2016

Com menos de um trimes-tre de 2016 completado, de acordo com o impostômetro, o valor pago pelos macaenses em "contribuições" já superou o patamar de R$ 362 milhões este ano.

Entre as comparações mais

curiosas propostas pelo site do impostômetro, a respeito do que seria possível fazer com tanto dinheiro estão a contra-tação de 27 mil professores do ensino fundamental por ano, pagar a conta de luz de todos os brasileiros durante dois anos, instalar 4 mil quilômetros de redes de esgosto e construir 10 mil casas populares.

Em âmbito nacional, a marca já é superior a R$ 405 bilhões. Destinado à União, aos esta-dos e aos municípios, a marca também equivale ao montante pago em impostos e taxas em

território nacional desde o pri-meiro dia do ano.

RECORDE À VISTA

Levando em consideração que, no dia 30 de dezembro de 2015, foi alcançada pela primeira vez em um ano a marca inédita de R$ 2 trilhões pagos pelos brasileiros em impostos, e que, até fevereiro deste ano, o montante pago já é superior ao mesmo período do ano passado, em 2106 a expecta-tiva é que a ferramenta registre um novo recorde de arrecadação do governo.

SOBRE O IMPOSTÔMETROTendo completado uma década

de atividade no ano passado, o ob-jetivo da ferramenta é conscienti-zar os trabalhadores sobre a alta carga tributária, e incentivá-los a cobrar dos governos por serviços públicos de qualidade. Pelo site www.impostometro.com.br é pos-sível descobrir outras formas de aplicar o montante arrecadado, como, por exemplo, quantos postos de saúde poderiam ser construídos em um ano. Ainda no site, pode-se levantar os valores que as popula-ções de cada estado e município do país pagaram em tributos.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016

Polícia NOTA

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO

Suspeitos de roubo são presos no LagomarUma guarnição da Polí-cia Militar (PM) seguiu para a Rodovia Amaral Peixoto, próximo ao Terminal do Lagomar, com o objetivo de identifi car dois suspeitos em uma motocicleta que teriam praticando roubos a tran-seuntes, em Cabiúnas.

De acordo com as informa-ções, um policial militar que estava de folga avistou os ele-mentos, e acompanhou o tra-jeto percorrido por eles, acio-nando a guarnição da PM. Em um posto de combustí-vel, os elementos pararam para abastecer e a guarnição aproveitou para abordá-los. Com um dos suspeitos, de 30 anos, foi encontrado um revólver de calibre 38 e qua-tro munições intactas em sua cintura. Ao verificar a pla-ca da motocicleta, a polícia constatou que nada constava quanto a roubo ou furto.

Os suspeitos foram enca-minhados para a 123ª DP, onde verifi cou-se que contra o outro elemento, de 19 anos, havia um mandado de prisão preventiva em seu desfavor, na 128ª DP de Rio das Ostras. Os dois permaneceram pre-sos.

CASIMIRO DE ABREU

Uma denúncia anônima informou a PM que uma menor de idade estaria guar-dando uma arma de fogo para o seu namorado, em sua pró-pria residência, no Centro de Casimiro de Abreu.

No local, a guarnição en-trou em contato com a jo-vem, que teria informado aos policiais que seu namorado é morador de Silva Jardim. Após revista na casa foi en-contrada uma garrucha de cano longo e munições de calibres 36 e 28. Diante dos fatos, a adolescente e sua ge-nitora foram conduzidas até a 121ª DP, onde a menor foi ouvida e liberada.

INSEGURANÇA

Obras abandonadas seguem sendo ocupadasDesta vez, a obra de uma escola na Ajuda de Baixo é utilizada por usuários de drogasLudmila [email protected]

O abandono de obras públi-cas pela Prefeitura gera uma série de problemas

aos macaenses. Sem o término das obras, o cidadão deixa de ser benefi ciado com o que seria entregue ao município. Além disso, o local aberto, exposto e abandonado acaba provocando problemas de segurança.

É o que vem acontecendo no bairro Ajuda de Baixo, com a construção inacabada de uma escola. O local é frequente-mente utilizado por usuários de drogas, que costumam fi car no interior do prédio, tanto de dia quanto à noite.

“À noite é mais comum a gente perceber a presença de-les. Eles costumam ascender fogueiras lá dentro. A gente fi ca com medo, porque apesar de serem viciados não sabemos se a intenção é de apenas se escon-der para o consumo de drogas. Sabemos que eles podem assal-tar, até mesmo para continuar comprando as drogas. Temos medo também de estarem mui-to alterados e estuprar alguém, não sabemos quem são essas

pessoas, a índole delas e do que são capazes”, disse Wanda da Sylva.

Para a moradora, é preciso que a Prefeitura retorne com as obras, já que com a constru-ção de mais uma escola toda a comunidade seria benefi ciada.

“A situação seria resolvida se a Prefeitura entregasse o que prometeu: uma escola. Mas, caso não faça isso, é essencial que feche o local para que nin-guém tenha acesso às estrutu-

ras abandonadas.Na semana passada, o Jornal

O DEBATE mostrou outra obra, também de uma escola que está abandonada no Parque da Cida-de, na Praia Campista. Segundo moradores, a ocupação do local, não é apenas de usuários de dro-gas, mas serve de esconderijo para elementos que cometeram assaltos, ou mesmo para aqueles que têm este objetivo. Além dis-so, mostramos que existem cin-co barracos instalados dentro da

obra, ou seja, pessoas estão mo-rando em alojamentos da obra.

RESPOSTA

Em relação à escola da Aju-da, a secretaria municipal de Obras informou que as ade-quações necessárias para o término dos serviços iriam ultrapassar os percentuais le-gais do termo aditivo. Por isso, o órgão realizou nova licitação para complementar todos os serviços. De acordo com a prefeitura, os trabalhos serão retomados tão logo a parte bu-rocrática seja concluída.

MARIANNA FONTES

Obra de escola na Ajuda de Baixo segue abandonada e ocupada por usuários de drogas

Jovens são detidas por tráfi co de drogas. Em outra ação da PM, material pertencente ao tráfi co de drogas também foi apreendido.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016 7

GeralNOTA

REVISÃO

Objeto de licitação de R$ 72 milhões da prefeitura chama atenção do TCE

Com um parecer formado por 20 ressalvas, e composto por quatro páginas, o Tribunal de Contas do Estado determi-nou o adiamento do edital de licitação da prefeitura, e que prevê gastos de mais de R$ 72 milhões para a execução de serviços que vão desde limpeza e manutenção de vias e prédios públicos até a locação de máqui-nas e equipamentos, passando pela conservação de aterros sa-nitários. O objeto da concorrên-cia foi o que chamou a atenção dos conselheiros, e também do Ministério Público Especial, que cobrou à prefeitura 'infor-mações robustas'.

A decisão do Tribunal de Con-tas foi emitida após plenária realizada no dia 28 de julho do 2015 e provocou a suspensão da concorrência pública agendada pela prefeitura para o dia 17 de agosto do mesmo ano.

As ressalvas apontadas pelo Tribunal são referentes aos cus-tos e à comprovação dos gastos previstos em R$ 72.342.080,47. Entre as considerações, o TCE aponta que a previsão orça-mentária do edital 'se apresenta excessiva' em itens da planilha de gastos que somam R$ 7,8 milhões. Esses custos são refe-rentes à estimativa da 'Adminis-tração Local', parte do serviço que envolve a contratação de funcionários e de veículos.

Já o Ministério Público Espe-cial, que dá suporte ao Tribunal de Contas, enfatiza a ressalva que propõe a divisão dos obje-tos da licitação, uma forma de ampliar a competitividade na realização do certame, geran-do assim maior economia aos cofres do município.

Oito dias após a decisão do Tribunal de Contas, a prefeitu-ra deu publicidade do aviso de adiamento da licitação. No dia 15 de janeiro deste ano, o go-verno comunicou que parte das alterações propostas pelo TCE já haviam sido feitas no edital. Porém, a concorrência pública segue suspensa.

Ministério Público Especial chancela decisão que cobra do governo informações detalhadas de edital cuja concorrência pública segue adiada

TRANSTORNOS

Pacientes denunciam caos na saúdePronto-Socorro do Aeroporto suspendeu o atendimento psiquiátrico devido a falta de médicos Marianna [email protected]

Não é só a crise econômica que atinge Macaé. O caos na saúde pública do mu-

nicípio se agrava cada vez mais e já começa a refletir em algu-mas especialidades. Uma delas é a psiquiatria. Essa semana, alguns pacientes procuraram a nossa equipe de reportagem para relatar as dificuldades para conseguir atendimento.

Quem tem passado por isso é N.S., que pede para não ser identificada. Ela conta que o marido e o filho de 25 anos es-tão há duas semanas tentando atendimento para conseguir a receita de um medicamento que não podem ficar sem tomar.

“Fui na semana passada no Pronto-Socorro do Aeroporto e a médica disse que não poderia atender. Voltei lá nesta quarta-feira (9), e me falaram que todo mundo tinha sido exonerado. Já fui na Ouvidoria, no Jorge Caldas, no CAPS Betinho, no Núcleo Municipal de Saúde Mental e até na secretaria de Saúde, mas todas as tentativas foram sem sucesso. Inclusive, na Semusa me falaram que não poderiam fazer nada. Ficamos peregrinando nesse jogo de empurra. O medicamento é só com receita. Eles não podem ficar sem tomá-lo, devido a gra-vidade. Meu filho fica agressivo

e com distúrbios se ficar um dia sem tomar o remédio”, conta.

Na tarde de quarta-feira, a nossa equipe de reportagem foi até ao local onde conversou com funcionários. Eles confirmaram que não havia médico disponí-vel no momento e ainda alega-ram que não havia previsão de retorno, pois os profissionais tinham sido exonerados.

Por fim, ao serem questio-nados sobre o atendimento no Núcleo de Saúde Mental, eles disseram que o paciente cor-ria o risco de não conseguir ser avaliado devido a demanda ter sido direcionada para a outra unidade.

Isso mostra que, além da in-certeza, os pacientes enfrentam o transtorno para se deslocar para outros bairros. Vale res-saltar que o Parque Aeroporto é um dos mais populosos da cida-de. “Quem tem plano de saúde deveria dar graças a Deus por-que quem depende do sistema público, fica à mercê da sorte. É uma luta. Quando não tem atendimento, o jeito é deixar a doença e a dor de lado para en-frentar sol quente, ônibus, lon-gas caminhadas até o local que tenha. Enquanto a prefeitura maquia na televisão as 'melho-rias' que fazem, só quem está aqui passando sufoco no dia a dia é que sabe a verdade. Cadê os investimentos na saúde? Não é o governo que vive afirmando

que boa parte dos recursos é destinado para isso? Não sei aonde”, desabafa um dos pa-cientes, que também pede sigilo do nome.

Procurada, a prefeitura infor-mou que o atendimento de psi-quiatria é oferecido pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool

e Drogas (Caps AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), Caps Betinho e pela Gerência de Saúde Mental.

Apesar de o jornal ter com-provado que o atendimento não está sendo feito no Pronto-So-corro do Aeroporto, o governo municipal diz que as emergên-

cias são realizadas lá. Por fim, ressaltou que este

mês o município iniciou ainda o funcionamento da Residência Terapêutica, uma casa destina-da a servir de lar para ex-inter-nos de hospitais psiquiátricos contribuindo para ressocializa-ção deste público.

KANÁ MANHÃES

Nossa equipe esteve no local na tarde de quarta-feira, onde comprovou as denúncias

Caixa aumenta financiamento para imóveis usados. A partir de agora, será possível financiar até 70% do valor do imóvel pela instituição bancária.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, sexta-feira, 11 de março de 2016