Noticiário 05 e 06 06 2016

16
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Contribuição da indústria cobre o déficit das receitas do petróleo Novo Horizonte ainda sem esperança de melhorias Dados consolidados pelo governo, entre janeiro e abril deste ano, rebatem justificativas da própria gestão sobre efeitos da crise que deram base à defesa pelo empréstimo dos royalties questionado na Justiça PÁG. 3 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda- feira, 6 de junho de 2016 Ano XLI, Nº 9037 Fundador/Diretor: Oscar Pires WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon CRISE AMPLIA DEMANDA POR POLÍTICA SOCIAL GASTO COM SAÚDE PESA NO BOLSO DO CONSUMIDOR ESPECIAL DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE R$ 1,50 GERAL, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.8 Suplemento, PÁG.13 Potencial de Macaé reforça projeto de R$ 230 milhões do segmento offshore Israel Viana é campeão da Federação de Judô ÍNDICE TEMPO GERAL ESPORTE GERAL Atleta macaense conquistou título carioca através de medalhas acumuladas PÁG.10 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Associação tem mais de 100 atletas que colecionam vitórias Israel Viana é faixa marrom e disputa na categoria Meio Médio Ascom: 10 anos de incentivo ao esporte Data será comemorada com corrida que acontece neste domingo PÁG. 10 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 32º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) GERAL GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS Material de obra interdita trecho de via Painel especial vai abrir fórum de feira Debate incerto sobre reajuste de servidores ‘Pano de Roda: O Circo chegou!’ Problema causa transtornos ao trânsito do local PÁG. 5 RSE Bacia de Campos começa no próximo dia 14 PÁG. 11 Governo ainda não sinalizou índice de revisão PÁG. 3 Rinha das Artes recebe grande espetáculo CAPA 775 milhões Arrecadação total obtida pelo governo de janeiro a abril deste ano (1º Quadrimestre) 737 milhões Receita Corrente Líquida registrada pelo governo de janeiro a abril 690 milhões Estimativa de arrecadação do governo de janeiro a abril deste ano 68,91% Ao gerar arrecadação total de R$ 29,4 milhões, o IPTU já atingiu 68,91% da meta de arrecadação estimada pelo governo para o ano 40,12% Com arrecadação total de R$ 235 milhões, o ISS já alcançou 40,12% do total de receitas previstas pelo governo para 2016 DESEMPENHO FISCAL DO GOVERNO EM 2016 Receitas Previsão Consolidada Acréscimo Totais R$ 690 milhões R$ 737 milhões 6,82% Próprias R$ 415 milhões R$ 473 milhões 14,08% Royalties R$ 116 milhões R$ 92 milhões -20,36% Vinculadas R$ 159 milhões R$ 171 milhões 7,73% S ozinho, o volume de recursos gerados pelas receitas próprias arrecadadas pelo governo no primeiro quadrimestre deste ano, que tem como principal base a contribuição da indús- tria offshore, já é suficiente para cobrir com folga o déficit registrado nos repasses dos royalties e na cota da Parti- cipação Especial do petróleo, acumulado entre janeiro e abril. E o excesso de receitas resultado desta equação se acentua na medida em que outras fontes tributárias do município também são ava- liadas. PÁG. 3 WANDERLEY GIL Desempenho da indústria garante ao governo equilíbrio fiscal Merrel diz que Mapa da Firjan vai ajudar a recuperar economia GERAL O DEBATE Evandro Cunha, Francisco Navega, Marcelo Reid e Oscar Pires "Entendo que se houver in- vestimento baseado na credi- bilidade do novo governo, co- mo destacou em seu discurso o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, afirmando que as medidas que vêm sendo adota- das têm o objetivo de transmi- tir previsibilidade, pois dentro de mais algum tempo o país poderá recuperar a economia e abrir boas perspectivas para as empresas voltarem a ser o motor do processo de desen- volvimento". A declaração feita quarta-fei- ra pelo presidente da Comis- são Municipal da Firjan, Mar- celo Viana Reid (Merrel), após participar de evento presidido por Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, na sede da Instituição, mostrou a força e prestígio do empresariado que, cansado da alta carga tributária, busca soluções a curto e médio prazo para sair da crise. O documen- to lançado oficialmente tem o objetivo de tornar mais fortes as propostas das indústrias do Estado. PÁG. 6 PÁG. 7 BAIRROS EM DEBATE KANÁ MANHÃES Lixo descartado de forma irregular denuncia problema de limpeza pública encarado pelos moradores do local Já se passaram 10 meses desde a última visita do Bairros em Debate ao Novo Horizonte. Entretanto, a situação no local permanece da mesma maneira. Apesar de promessas, melhoria que é bom, nada. Enquanto isso, mesmo sem perder as esperan- ças, o sentimento de quem vive ali é de esquecimento. Sem ter mais a quem recorrer, os mora- dores procuraram a nossa equi- pe de reportagem novamente essa semana. O bairro sofre um dos maiores contrastes sociais do município. Enquanto as be- las residências chamam atenção no lado nobre, a parte carente fica escondida atrás de tantos problemas, os quais parecem estar invisíveis para quem pas- sa por ali, principalmente aos olhos do poder público. Diante disso, essa semana o Bairros em Debate volta para retratar, mais uma vez, a realidade dessas fa- mílias. PÁG. 9

description

 

Transcript of Noticiário 05 e 06 06 2016

Page 1: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Contribuição da indústria cobre o dé�cit das receitas do petróleo

Novo Horizonte ainda sem esperança de melhorias

Dados consolidados pelo governo, entre janeiro e abril deste ano, rebatem justificativas da própria gestão sobre efeitos da crise que deram base à defesa pelo empréstimo dos royalties questionado na Justiça PÁG. 3

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016Ano XLI, Nº 9037Fundador/Diretor: Oscar Pires

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

CRISE AMPLIA DEMANDA POR POLÍTICA SOCIAL

GASTO COMSAÚDE PESANO BOLSO DOCONSUMIDOR

ESPECIALDIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

R$ 1,50

GERAL, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.8 Suplemento, PÁG.13

Potencial de Macaé reforça projeto de R$ 230 milhões do segmento offshore

Israel Viana é campeão da Federação de Judô

ÍNDICETEMPO

GERAL ESPORTE

GERAL

Atleta macaense conquistou título carioca através de medalhas acumuladas PÁG.10

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Associação tem mais de 100 atletas que colecionam vitórias Israel Viana é faixa marrom e disputa na categoria Meio Médio

Ascom: 10 anos de incentivo ao esporte Data será comemorada com corrida que acontece neste domingo PÁG. 10

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 32º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS

Material de obra interdita trecho de via

Painel especial vai abrir fórum de feira

Debate incerto sobre reajuste de servidores

‘Pano de Roda: O Circo chegou!’

Problema causa transtornos ao trânsito do local PÁG. 5

RSE Bacia de Campos começa no próximo dia 14 PÁG. 11

Governo ainda não sinalizou índice de revisão PÁG. 3

Rinha das Artes recebe grande espetáculo CAPA

775 milhõesArrecadação total obtida pelo governo de janeiro a abril deste ano (1º Quadrimestre)

737 milhõesReceita Corrente Líquida registrada pelo governo de janeiro a abril

690 milhõesEstimativa de arrecadação do governo de janeiro a abril deste ano

68,91%Ao gerar arrecadação total de R$ 29,4 milhões, o IPTU já atingiu 68,91% da meta de arrecadação estimada pelo governo para o ano

40,12%Com arrecadação total de R$ 235 milhões, o ISS já alcançou 40,12% do total de receitas previstas pelo governo para 2016

DESEMPENHO FISCAL DO GOVERNO EM 2016

Receitas Previsão Consolidada AcréscimoTotais R$ 690 milhões R$ 737 milhões 6,82%Próprias R$ 415 milhões R$ 473 milhões 14,08%Royalties R$ 116 milhões R$ 92 milhões -20,36%Vinculadas R$ 159 milhões R$ 171 milhões 7,73%

Sozinho, o volume de recursos gerados pelas receitas próprias

arrecadadas pelo governo no primeiro quadrimestre deste ano, que tem como principal base a contribuição da indús-tria offshore, já é suficiente para cobrir com folga o déficit registrado nos repasses dos royalties e na cota da Parti-cipação Especial do petróleo, acumulado entre janeiro e abril. E o excesso de receitas resultado desta equação se acentua na medida em que outras fontes tributárias do município também são ava-liadas. PÁG. 3

WANDERLEY GIL

Desempenho da indústria garante ao governo equilíbrio fiscal

Merrel diz que Mapa da Firjan vai ajudar a recuperar economia

GERAL

O DEBATE

Evandro Cunha, Francisco Navega, Marcelo Reid e Oscar Pires

"Entendo que se houver in-vestimento baseado na credi-bilidade do novo governo, co-mo destacou em seu discurso o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, afirmando que as medidas que vêm sendo adota-das têm o objetivo de transmi-tir previsibilidade, pois dentro de mais algum tempo o país poderá recuperar a economia e abrir boas perspectivas para as empresas voltarem a ser o motor do processo de desen-volvimento".

A declaração feita quarta-fei-ra pelo presidente da Comis-são Municipal da Firjan, Mar-celo Viana Reid (Merrel), após participar de evento presidido por Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, na sede da Instituição, mostrou a força e prestígio do empresariado que, cansado da alta carga tributária, busca soluções a curto e médio prazo para sair da crise. O documen-to lançado oficialmente tem o objetivo de tornar mais fortes as propostas das indústrias do Estado. PÁG. 6

PÁG. 7

BAIRROS EM DEBATEKANÁ MANHÃES

Lixo descartado de forma irregular denuncia problema de limpeza pública encarado pelos moradores do local

Já se passaram 10 meses desde a última visita do Bairros em Debate ao Novo Horizonte.Entretanto, a situação no local permanece da mesma maneira. Apesar de promessas, melhoria que é bom, nada. Enquanto isso, mesmo sem perder as esperan-ças, o sentimento de quem vive

ali é de esquecimento. Sem ter mais a quem recorrer, os mora-dores procuraram a nossa equi-pe de reportagem novamente essa semana. O bairro sofre um dos maiores contrastes sociais do município. Enquanto as be-las residências chamam atenção no lado nobre, a parte carente

fica escondida atrás de tantos problemas, os quais parecem estar invisíveis para quem pas-sa por ali, principalmente aos olhos do poder público. Diante disso, essa semana o Bairros em Debate volta para retratar, mais uma vez, a realidade dessas fa-mílias. PÁG. 9

Page 2: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Cidades Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

EDIÇÃO: 331 PUBLICAÇÃO: 17 DE FEVEREIRO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Objeto luminoso foi visto por 4 pessoas

Um objeto em forma retangular e de grande dimensão, totalmente iluminado e com cores fortes e jatos de luz vermelha e alaranjada nas partes superior e inferior, foi observado por quatro pessoas na madrugada de domingo, por volta das 4h30min, quando retornavam para casa.

Carnaval já é preocupação do povo

Em todos os lugares onde se chega, o assunto é um só: Carnaval. Tudo indica que a partir de hoje, quando a Rua Dr. Télio Barreto, local onde será o desfile de Escola de Samba e blocos, começa a receber a deco-ração sobre o tema “Mascarada”, do artista Eli Peron Frongillo e ainda de custo desconhecido, os festejos de Momo será a preocupação de quem a cada dia está invadindo as lojas para as compras de roupas alegres, fantasias e mantimentos para todo o período.

CEDAE pede à população para economizar água

A reclamação de moradores dos bairros da

cidade pela falta de água que está ocorren-do há vários dias, levou a Superintendên-cia Regional da CEDAE a pedir à população que economize o líquido precioso, porque o consumo aumentou consideravelmente e as localidades com final de rede ou em partes mais altas estão sendo sacrificadas devido a baixa pressão.

Força da indústria garante equilíbrio das contas públicas

A participação da indús-tria na geração das re-ceitas recolhidas pelos

cofres públicos municipais ajuda a manter o equilíbrio das contas geradas pelo gover-no no segundo "ano da crise".

Consolidada através do Imposto Sobre Serviço (ISS) a contribuição de todas as empresas e prestadoras de serviços, que participam da cadeia econômica fomentada

pelas operações o�shore, foi capaz de gerar para o governo um excesso de mais de R$ 41 milhões em receitas já conso-lidadas pelos cofres públicos neste ano.

Mesmo com a previsão pessimista da administra-ção municipal, o ISS segue batendo recordes de arreca-dação e superando índices antes mesmo do balanço fis-cal referente a maio.

Ministério Público propõe ação contra a prefeitura ao atestar a ilegalidade de empréstimoAção Civil Pública tem como objetivo recorrer a liminar da Justiça contra a execução de qualquer ato administrativo do governo com base em lei que autoriza operação de crédito, sancionada no feriado

KANÁ MANHÃES

Page 3: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 3

PolíticaEXCESSOS

Contribuição da indústria cobre dé�cit do petróleoDados consolidados pelo governo rebatem justificativas sobre efeitos da crise que deram base à defesa pelo empréstimo dos royaltiesMárcio [email protected]

Sozinho, o volume de recur-sos gerados pelas receitas próprias arrecadadas pelo

governo no primeiro quadri-mestre deste ano, que tem como principal base a contribuição da indústria o�shore, já é sufi-ciente para cobrir com folga o déficit registrado nos repasses dos royalties e na cota da Par-ticipação Especial do petróleo, acumulado entre janeiro e abril. E o excesso de receitas resulta-do desta equação se acentua na medida em que outras fontes tributárias do município tam-bém são avaliadas.

Atestados pelo Portal da Transparência, os dados são oriundos do Relatório de De-sempenho da Prefeitura, apre-sentada nesta semana pela se-cretaria municipal de Fazenda na Câmara de Vereadores. E as próprias informações oficiais do governo rebatem a principal pauta defendida pelo Executivo: a necessidade do empréstimo dos royalties.

Como foi confirmada pelo próprio governo, Macaé fechou as contas referentes ao período de janeiro e abril deste ano com um excesso de mais de R$ 47 milhões, mesmo adicionando nesta conta as perdas geradas pela queda dos repasses do pe-tróleo.

Esse "milagre", visto perante a análise pessimista da própria administração municipal em relação ao desempenho fiscal do município, se deve princi-palmente à força da indústria do petróleo, que sobrevive aos efeitos da crise provocada prin-cipalmente pela falta de acesso a novos negócios.

Segundo consta o balanço do governo, enquanto as quatro parcelas dos royalties e a pri-meira cota da Participação Es-pecial geraram um déficit de R$ 23,6 milhões, a arrecadação de recursos próprios garantiram ao governo um superávit pri-mário de R$ 58 milhões.

O excesso de receitas se de-

ve principalmente ao desem-penho da arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviço) e do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços). Isso comprova que a contribuição da indústria foi capaz de cobrir as perdas do petróleo e ainda dei-xar, nas contas do governo, um excesso de receitas na ordem dos R$ 34,8 milhões. E isso ape-nas nos quatro primeiros meses de 2016.

Além da cota das receitas pró-prias, Macaé fechou o primeiro

quadrimestre acumulando um excesso de mais de R$ 12,2 mi-lhões em receitas vinculadas, que representam a segunda mais importante unidade or-çamentária do município.

Ou seja, enquanto os R$ 116 milhões gerados pelo petróleo apresentaram uma queda de R$ 23,6 milhões no total de receitas estimadas para serem arrecada-das no quadrimestre, o governo passou a contabilizar um exces-so de mais de R$ 70,7 milhões em receitas próprias (R$ 473

milhões ) e vinculadas (171 mi-lhões) no mesmo período.

E também de acordo com os dados do governo, Macaé já consolidou no primeiro dos quadrimestres 40% do total de receitas estimadas para serem arrecadadas no ano.

Isso representa também que o município já foi capaz de re-colher 40% do total das receitas próprias previstas para o ano e 33,35% do volume de receitas vinculadas estimadas para se-rem consolidadas em 2016.

WANDERLEY GIL

Desempenho da indústria no 'ano da crise' garante ao governo equilíbrio fiscal no quadrimestre

775 milhõesArrecadação total obtida pelo governo de janeiro a abril deste ano (1º Quadrimestre)

737 milhõesReceita Corrente Líquida registrada pelo governo de janeiro a abril

690 milhõesEstimativa de arrecadação do governo de janeiro a abril deste ano

DESEMPENHO FISCAL DO GOVERNO EM 2016

Receitas Previsão Consolidada AcréscimoTotais R$ 690 milhões R$ 737 milhões 6,82%Próprias R$ 415 milhões R$ 473 milhões 14,08%Royalties R$ 116 milhões R$ 92 milhões -20,36%Vinculadas R$ 159 milhões R$ 171 milhões 7,73%

68,91%Ao gerar arrecadação total de R$ 29,4 milhões, o IPTU já atingiu 68,91% da meta de arrecadação estimada pelo governo para o ano

40,12%Com arrecadação total de R$ 235 milhões, o ISS já alcançou 40,12% do total de receitas previstas pelo governo para 2016

DESPESAS

Gastos com pessoal deixam governo em situação complicada

Mesmo com a redução de qua-se R$ 120 milhões no ano com despesa de pessoal, o que pode es-tar incluído o corte 'sub judice' do pagamento das incorporações, o governo ainda vive situação com-plicada em relação às despesas com pessoal, e o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. E pelos dados apresentados nesta semana pela Controladoria Geral da prefeitura, esse problema se arrasta desde o ano passado.

Hoje, o comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com as despesas de pessoal chega ao patamar dos 54,47%, acima do limite prudencial e do teto máxi-mo permitido pela Lei de Respon-sabilidade Fiscal.

E esse limite é estabelecido ao considerar apenas o desempenho do município com a arrecadação de receitas próprias e vinculadas,

Reforma não garantiu adequação de despesas de acordo com Lei de Responsabilidade Fiscal

sem adicionar os valores referen-tes aos royalties.

Seguindo essa diretriz, enten-de-se que o superávit acumu-lado pelo governo, no primeiro quadrimestre de 2016, não foi suficiente para assegurar a ade-quação de despesas com a folha, de acordo com o teto da Lei.

Se o governo atingisse apenas o percentual previsto de arre-cadação na Lei Orçamentária Anual (LOA), o gasto excessivo em despesas com a folha seria ainda maior.

O governo espera corrigir essa falha até o último quadrimestre de 2016.

INDEFINIÇÃO

Executivo ainda gera incertezas sobre o reajuste dos servidores

O superávit primário das receitas próprias e a despesa excessiva com a folha de pes-soal não são os únicos pontos centrais de avaliação e discus-são sobre o desempenho orça-mentário do município neste ano. Falta adicionar a esse de-bate a definição do índice de revisão salarial dos servidores, para este ano.

Aguardada para maio, consi-derado como a data-base para a definição do acordo coletivo da categoria, a decisão sobre o reajuste ainda depende de um diálogo não aberto pelo gover-no junto ao Sindicato dos Ser-vidores Públicos Municipais de Macaé (Sindservi).

E apesar das tentativas constantes da Câmara, atra-vés dos vereadores do bloco de oposição, de pressionar o go-

Falta de diálogo com sindicato adia ainda mais decisão esperada para maio

verno para apresentar algum posicionamento sobre o rea-juste, incertezas ainda pairam sobre a definição do índice de revisão salarial da categoria.

Hoje, em ano de crise, o governo deve garantir a revi-são salarial apenas sobre os vencimentos dos servidores efetivos, ou concursados. Eles somam 12.935 profissionais que estão inseridos na folha de pagamento da prefeitura.

Assim como ocorreu no ano passado, o governo não deve conceder reajuste salarial pa-ra assessores e comissionados, que correspondem a 1.227 profissionais lotados na folha de pagamento.

Os contratados, que somam 822 profissionais, também não deverão ter acesso ao re-ajuste.

54,47%Índice de gastos do governo com a folha mesmo com superávit

54%Limite máximo de gastos com a folha definido por Lei

NÚMEROS

Maio e JunhoMeses pendentes de pagamento de reajuste salarial dos servidores retroativos, no ano passado

Vereadores contribuiram com informações no proceso de judicialização do empréstimo dos royalties

NOTA

PONTODE VISTAFaltando quatro meses para as eleições de outubro, quando os eleitores macaenses estarão escolhendo o prefeito, vice e vereadores para a próxima legislatura, a “panela de pressão” já esquentou o suficiente para que os analistas partidários pu-dessem ter na ponta da língua respostas rápidas para a futura solução política e administrativa.

Continua dando muito o que falar a “operação royalties”, iniciada pela prefeitura e que pretende conseguir junto ao Banco do Brasil um empréstimo, ou antecipação de receita dos royalties, ou seja lá que nome queiram dar, que pode va-riar de R$ 200 a R$ 300 milhões.

Cliton Silva Santos, membro da Comissão Municipal da Firjan, em todas as oportunidades que se colocam à sua frente, cobra da entidade a conclusão do projeto da Unidade Cabiúnas do Senai que, por causa da crise econômica, teve as obras paralisadas. Ele afirma que, concluído agora, será a oportunidade de formar mão de obra para o futuro. O projeto teve apoio da Petrobras.

Há muitos anos - e bota anos nisso - a Petrobras iniciou o projeto de revitalização do melhor cinema que existiu em Macaé, que foi o Cine Clube de Macaé. A edificação, com as obras prontas e ainda não entregues à população, por causa das dificuldades de caixa da empresa, se transformou num “projeto fantasma”. Os sócios antigos do Cine Clube temem que acabe nas garras da Igreja Universal...

Até domingo.

Os pré-candidatos a vereador nas eleições de outubro, principalmente os que não têm cargos comissionados, reclamam que já estão sentindo na pele o uso da máquina no pleito deste ano. Alguns pretendentes a cargos eletivos, mesmo considerados da linha de frente do governo, também já sentem a “pressão” e imaginam a dificuldade para integrar a bancada futura de 17 vereadores.

Olimpíada política

Contra ou a favor?

Como o prefeito que saiu do PV e foi para o ninho do PMDB tratou de colocar em-baixo das asas os principais pré-candidatos a vereador, a “briga” na tropa peeme-debista está grande. Alguns experts que vivem o dia a dia político fazem contas de que a bancada do PMDB, em vez de crescer por ter os melhores e mais consagrados nomes co-mo pré-candidatos, e que há várias legislaturas vêm sendo reeleitos, pode até encolher por causa da nova legislação eleitoral. Agora, quase che-gando a hora da campanha que teve o prazo diminuído para 45 dias, o teste das ur-nas passa primeiro pelo crivo das convenções partidárias, quando são homologados os nomes dos pré-candidatos e as coligações dos partidos. Co-mo estão proibidas as doações de empresas para partidos ou candidatos, podem alguns pensar que “haverá pouco di-

nheiro em circulação” até por causa da repercussão da Ope-ração Lava-Jato, que ainda vai continuar fazendo vítimas pelo caminho enquanto esti-verem sendo feitas delações premiadas, das quais é aguar-dada, com a maior expectati-va, a de Marcelo Odebrecht, que pode ser “uma metralha-dora ponto 100”, como assim a definiu o ex-senador José Sarney em conversa gravada com o ex-diretor da Trans-petro Sérgio Machado, e que sacudiu o mundo político de Brasília. E Macaé estará lon-ge disso tudo? Muita gente acredita que não. A própria Justiça Eleitoral estará e, pa-rece, já está trabalhando para evitar o famoso “caixa dois de campanha”, que é considera-do crime. Bem, o campo está minado e como em política vale tudo, só não vale perder e falta pouco para saber quem sairá vencedor dessa “olimpí-ada política”.

Mas o projeto aprovado pela Câmara Municipal, denominado de “cheque em branco” pelos verea-dores de oposição e por p a r t e d a s o c i e d a d e q u e não deseja ver o município endividado pelos próximos 15 ou 20 anos, não contém no seu texto nenhum indi-cativo de onde será gasto tanto dinheiro, uma vez que a proposta aprovada pelo “rolo compressor” da bancada do governo não es-pecifica em que será apli-cado. Depois que “a bola rolou em campo questio-nando a situação”, come-çaram a surgir possíveis alternativas que deixaram cada vez mais em dúvida os contribuintes que pagam em dia seus impostos. Em Cabo Frio, por exemplo, também o prefeito, com receita bem menor do que a de Macaé - aqui o muni-cípio arrecadou em apenas quatro anos quase R$ 8 bi-lhões - é questionado pelo Ministério Público sobre a operação e a população foi às ruas. Também por aqui,

já provocado, o MP cui-da de exigir explicações e tenta barrar o empréstimo por estar supostamente eivado de erros, já que os espectadores que compa-r e c e r a m a o p l e n á r i o d o Poder Legislativo, embora exercessem forte pressão, não conseguiram demover os vereadores. Até mesmo “Teco Comunidade”, vere-ador suplente que deveria permanecer no cargo por 120 dias, foi tirado de cam-po porque pretendeu votar de acordo com a sua consci-ência. Quando se descobriu que poderia ser contra, já que sua comunidade não vem recebendo os benefícios prometidos pelo governo, acabou afastado. Será que valeu a lição? As instituições e a sociedade civil organiza-da, consultadas pelo prefei-to, também demonstraram contrariedade. Que os juros serão mortais, não tenham dúvidas. Agora, administrar uma receita de R$ 2 bilhões por ano, não é tão fácil como todos podem ver. E você: é contra ou a favor?

PONTADA

Page 4: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Os ventos das eleições já começam a movimentar o cenário político da cidade, promovendo, assim como a brisa sobre os galhos das árvores, as mudanças de posições e posturas entre os pré-candidatos cotados a disputar os postos dos Poderes Executivo e Legislativo, uma indefinição que mede também a opinião ouvida nas ruas. E verdade seja dita, não está bom para nenhum dos dois lados!

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado em 1972 e sur-giu com o objetivo de promover uma conscientização global sobre o tema, proporcionando formação e incentivando ati-tudes ambientais importantes para o futuro do planeta.

Influências

Dia Mundial do Meio Ambiente

No mês que antecede as decisões sobre os no-mes que entrarão de

forma efetiva, no páreo elei-toral, junho começa com as expectativas que envolvem a definição do vice para com-por a chapa majoritária do projeto da reeleição, e tam-bém sobre qual membro da oposição assumirá a lideran-ça do projeto que unifica dis-cursos, antes inimagináveis, mas aproximados diante de um hiato também imensurá-vel deixado pelo “governo da mudança”.

Se no governo ocorre uma guerra interna velada pela chan-ce de assumir, de forma indire-ta, a administração de Macaé diante de uma jogada política já com vistas às eleições regionais de 2018, no lado da oposição há também uma disputa indi-vidual dos quatro nomes que propagam com bastante força as agruras marcadas por uma gestão que ascendeu ao posto mais alto da política municipal carregando um potência alta de expectativas, transformadas em frustração após três anos e cinco meses de inércia e postura con-traditória.

Se na atual administração mu-

nicipal mede-se também nomes capazes de substituir a maior liderança do projeto de poder, em face da rejeição elevada e crescente encontrada nas ruas, no lado da oposição há divergên-cias quanto aos caminhos que serão trilhados com um único objetivo: derrubar aquele que, um dia, foi capaz de abraçar e de unir quase todos os lados.

A verdade é que, por mais que haja um processo de enfraqueci-mento econômico e até mesmo orçamentário da cidade, vista a pujança marcada nas adminis-trações municipais passadas, a possibilidade de assumir o poder de gestão da cidade que perma-necerá, por vários anos, com a referência de Capital Nacional do Petróleo, é capaz de gerar efeitos surpreendentes entre aqueles que possuem, de forma positiva ou negativa, chances de se lançar como candidatos a prefeito e vereadores de Macaé em outubro deste ano.

E enquanto a Lava-Jato e a Justiça não promovem novas surpresas, os ventos das eleições vão empurrando projetos para frente, e dispersando pelo cami-nho propostas que perdem força em meio ao jogo, sujo ou limpo, da política local.

Nesses 44 anos, desde a criação da data, muitos foram os avanços e as

contribuições em prol da na-tureza, mas ainda há um lon-go caminho a ser percorrido. Uma questão que ultrapassa o ponto de vista apenas pre-servacionista, pois precisa ser entendida também como algo necessário para as presentes e futuras gerações.

O Papa Francisco, um apaixonado pela Obra da Criação, lançou em 2015 a sua Encíclica “Louvado Se-ja”, que nos convida a um diálogo acerca do que ele chama de “nossa Casa Co-mum”. O documento apre-senta a temática ambiental considerando inseparáveis a preocupação com a natureza que nos abraça, a prática da justiça para com os mais ne-cessitados, o empenho parti-cular de cada um na sociedade e a busca da paz interior.

O Papa Emérito, Bento XVI, também voltou seu olhar pa-ra essa questão e propôs “re-conhecer que o ambiente natural está cheio de chagas causadas pelo nosso com-portamento irresponsável, uma cultura que molda a convivência humana, e por consequência, o próprio am-biente social também vive suas chagas.”

Neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a Campanha da Fraternidade Ecumênica, com o tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade” e o lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não se-ca” (Am 5,24). A partir desta

temática, conclamou a popu-lação a assumir o desafio de proteger essa Casa Comum e a se unir por um desenvolvi-mento sustentável e integral.

As propostas da Encíclica e da Campanha da Fraternida-de apontam para uma ecolo-gia integral, que apresente o lugar específico que o ser hu-mano ocupa no mundo, bem como suas relações com a rea-lidade que o cerca assumindo a responsabilidade com essa Casa Comum.

É necessário entender que o meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabili-dade de todos. Significado que nos permite olhar de maneira diferente o que está ao nosso redor, e ser solidários com o próximo.

Hoje, na perspectiva am-biental, o planeta é uma grande herança que deve ser passada de geração para ge-ração, e cujos frutos devem beneficiar a todos.

É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos ou-tros, que somos responsáveis pelo bem-estar do outro.

O Meio Ambiente é a ex-pressão de um desígnio de amor e de verdade que nos chama a uma vocação autên-tica, enraizada na liberdade responsável de gerir, guardar e cultivar todo esse patrimô-nio que não tem idioma, nem nacionalidade, e que é sem fronteiras.

Marcelo Chaves é missionário da Comunidade Canção Nova, jornalista e apresentador do Pro-grama Preservação Ambiental, na TV Canção Nova.

KA

MA

NH

ÃE

S

PAINEL

EXPEDIENTE GUIA DO LEITOR Telefones úteis

EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e agências de Notícias

CNPJ: 29699.626/0001-10 - Registradona forma de lei.DIRETOR RESPONSÁVEL: Oscar Pires.SEDE PRÓPRIA: Rua Benedito Peixoto, 90 - Centro - Macaé - RJ.Confeccionado pelo Sistema de Editoração AICS e CTP (Computer to Plate).Impresso pelo Sistema Offset.

CIRCULAÇÃO: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

A direção do O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor.

Filiado à ADJORI-RJ - Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ABRAJORI - Associação Brasileira de Jornais do Interior. ANJ - Agência Nacional de Jornais. ADI Brasil - Associação dos Jornais Diários do Interior.

REPRESENTANTE: ESSIÊ PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO S/C LTDA.

SÃO PAULO: R. Abílio Soares, 227/8º andar - Conjunto 81 - CEP: 04005-000 Telefone: (11) 3057-2547 e Fax: (11) 3887-0071 • RIO DE JANEIRO: Av. Princesa Isabel, 323 - sala 608 - CEP: 22011-901 - Telefone: (21) 2275-4141 • BRASÍLIA: SCS Ed. Maristela, sala 610 / DF - CEP: 70308-900 - Telefone: (61) 3034-1745(61) 3036-8293.TEL/FAX: (22) 2106-6060, acesse: http://www.odebateon.com.br/, E-MAIL: [email protected], COMERCIAL: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215, E-MAIL: [email protected], classificados: E-mail: [email protected]

POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

A Agência de Trabalho, Educação Profissional e Renda (Agetrab) está oferecendo 805 vagas para cursos gratuitos de qualificação profissional do Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep).

QuestionamentosDe serviço de limpeza pública a contrato da Saúde, passando por demandas da Educa-ção e de projetos previstos pela secretaria de Obras, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem promovido uma série de questionamentos à prefeitura sobre licitações em curso desde 2014. Ao suspender os editais, a Corte bus-ca primeiramente zelar pelo erário e garantir redução de gastos. Em um ano, a economia comprovada pelo próprio governo bateu R$ 80 milhões.

Taxa Falando em questionamentos, o Tribunal de Contas do Estado também está de olho, se-gundo a oposição ao governo na Câmara, na vigência de um decreto do Executivo que promove a anistia de taxa de fiscalização que deveria ser paga pela SIT, ao prestar o serviço de transporte público. Somado a isso, o TCE apura também fatos referentes à isenção na cobrança de multas aplicadas à empresa, por infrações de trânsito. Em um ano, mais de R$ 1 milhão deixaram de ser recolhidos.

Empréstimo Corre também a denúncia sobre os emprésti-mos consignados de servidores que, embora descontados no contra-cheque, não estariam sendo repassados pela prefeitura às financei-ras ou agências bancárias. O caso passa a ser investigado pela Câmara de Vereadores, com base em situação semelhante denunciada em outros locais do país. Se for mesmo compro-vada, a denúncia pode virar um processo de apropriação indébita. A conferir!

ApropriaçãoE 'apropriação indébita' é o termo que passa a ser utilizado por vereadores para criticar a dívida do governo com os servidores que se arrasta há quase um ano. É que, apesar da lei prever o pagamento retroativo, até hoje os 12 mil profissionais do quadro efetivo da prefei-tura não viram a 'cor do dinheiro' referente ao reajuste salarial que deveria ser aplicado sobre os vencimentos de maio e junho do ano pas-sado. O governo promete pagar, só não sabe quando.

Folha E para ficar registrado, estes são os números referentes a folha de pagamento da prefei-tura: 17.538 servidores em atividade, sendo 12.935 concursados, 1.227 assessores e co-missionados, 822 contratados, o que gera uma despesa empenhada de pouco mais de R$ 1 bilhão para este ano, quando a pre-visão orçamentária é de R$ 2.081 bilhões. Segundo o governo, em 2014, 730 novos servidores foram convocados. A maioria por força da Justiça.

VLTHá também o caso dos R$ 4 milhões que se-riam devolvidos pela Empresa Bom Sinal, res-ponsável por construir as duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos. O dinheiro é fruto de recuperação judicial proposta pela própria empresa, diante da não conclusão e entrega da terceira composição prevista para chegar a Ma-caé entre 2012 e 2013. Pelo que foi apurado, a prefeitura foi comunicada sobre o processo, mas teria perdido o prazo para recorrer.

Desperdício Assim como ocorre na orla da Praia dos Cavaleiros, ruas da região central da ci-dade registram o desperdício de energia, diante de postes da rede pública de ilumi-nação acesos em plena luz do dia. Mas, o que poucos sabem, é que o pagamento do serviço é feito pela própria população, atra-vés da 'contribuição' cobrada mensalmente nas contas da Ampla. Sem a fiscalização e a manutenção devida, o dinheiro do povo acaba indo pelo ralo.

Manutenção Alvo de vandalismo, depredação e até da revolta de usuários, abrigos de passageiros que utilizam o transporte público municipal estão passando por manutenção, como limpeza, pintura e restauração. A medida é válida, porém, não garante o conforto es-perado pelos milhares de macaenses que dependem dos coletivos para trabalhar, estudar ou ir ao posto de saúde. Em alguns casos, os abrigos não conseguem proteger do sol e da chuva.

Sujeira Por outro lado, os espaços públicos da cidade acabaram sendo tomados por uma verdadeira poluição visual, que fere diretamente ao Có-digo de Posturas. Postes, abrigos de passa-geiros e até fachadas de prédios passaram a ser utilizados como espaços de propaganda de serviços e de compra e venda, uma prática que tem crescido em função da crise que redu-ziu postos de trabalho. Se a moda pegar, não vai sobrar espaço limpo no centro da cidade.

Materiais inservíveis estão descartados, de forma não muito regular, na Cidade Universitária. As cadeiras e mesas, de uso administrativo, poderiam ser restauradas e doadas para unidades da rede pública de Saúde que se encontram em estado deplorável. Até mesmo a 123ª Delegacia Legal de Macaé poderia ser beneficiada pela doação, após o conserto dos móveis.

Page 5: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 5

SOCIAL

Crise amplia problemas sociais em MacaéCoordenador do Centro POP nega que esteja aumentando o número de pessoas em situação de rua

Ludmila [email protected]

A crise financeira que o país vem enfrentando já deixou centenas de pessoas desem-

pregadas. Em Macaé, o cenário não tem sido diferente, e dados apon-tam que os postos de trabalhos vêm minguando, o que afeta dire-tamente o orçamento das famílias e, em alguns casos, tem provocado o despejo e o aumento da popula-ção de rua.

Diante dessa nova realidade, a população macaense tem de-nunciado o aumento de pessoas em tal situação. De acordo com o morador da Granja dos Cavaleiros, Dirant Ferraz, o bairro, que até ho-je não apresentava o problema, já registra pessoas perambulando ou dormindo pelo local.

Ainda segundo o morador Di-rant, pessoas em situação de rua também podem ser vistas dormin-do dentro de uma agência bancária, na Praia dos Cavaleiros. Neste lo-cal, os moradores de rua aguardam o encerramento do expediente do banco para, então, entrar e dormir ali. Outros pontos que foram alvos de denúncias são a Rua Ana Bene-dita, na Glória, em um estabeleci-mento comercial, que quando fecha sua marquise tem servido de abrigo a essas pessoas; e Praia Campista, na entrada de uma pousada desa-tivada; na areia da praia Campista e dos Cavaleiros, casais também foram vistos dormindo.

Em contato com o coordenador do Centro Pop (Serviço Especiali-zado em Abordagem Social), Edi-valdo Santos, o mesmo afirma que não há um aumento de pessoas em situação de rua no município. O que pode estar ocorrendo é a mi-

gração de pessoas nesta condição a locais de abrigo, por conta do frio e da chuva.

“Há três meses quando assumi o Centro Pop, Macaé contava com 77 pessoas em situação de rua. Hoje, estamos reduzidos a cerca de 20 pessoas, que é um número dentro do esperado, uma situação equili-brada. Tenho ciência da questão de pessoas dormindo nessa agência bancária e uma equipe de aborda-gem vai fazer contato com essas pessoas para podermos ajudá-los. Quanto aos outros locais, iremos verificar as denúncias”, informou Edivaldo.

Ainda segundo o coordenador, a equipe do Centro Pop já identificou na cidade 13 novas pessoas, que já foram abordadas e referenciadas pelo serviço. Sendo que quatro desses novos cidadãos serão recam-biados às suas cidades de origem. Além disso, Edivaldo informou que o cidadão que avistar pessoas em situação de rua pode informar ao Centro Pop para que as medidas necessárias sejam tomadas.

CENTRO POPO Serviço Especializado em

Abordagem Social é um serviço

da secretaria municipal de Desen-volvimento Social da Prefeitura de Macaé, que oferece atendimento para pessoas que vivem nas ruas da cidade, resgatando e reinte-grando-as na sociedade. O centro é responsável por orientar, atender e encaminhar para outros serviços públicos os moradores de rua. Eles recebem lanche, um ticket para encaminhamento ao Restaurante Popular, higiene pessoal (banho), atendimento psicossocial, orienta-ções jurídicas, aula de dança, capo-eira e outros serviços.

O Centro é referência no estado do Rio de Janeiro, com o excelente atendimento às pessoas sem mora-dia na cidade.

Após a triagem no Centro Pop, os que desejam a reintegração na sociedade são encaminhados para a Pousada da Cidadania. A pousada fornece uma moradia temporária e serviços de saúde, educação, assistência social, cur-sos de qualificação, entre outros, ajudando essas pessoas no resgate da própria autoestima.

O Centro Pop fica localizado na Rua José Bruno de Azevedo, nº 99 (ao lado do Terminal Central), tele-fone: 2796-1084, de 8h às 17h.

COLUNA

Ramiro Campos dá dicas de como ajudar um familiar dependente químico

O tenente-coronel Ramiro Campos fala novamente sobre o tema drogas. Desta vez, o ex-comandante da PM, dá dicas sobre como identificar e ajudar um familiar que esteja usando drogas.

COMO AGIR QUANDO SEDESCOBRE O ENVOLVIMENTODE FAMILIARES COM DROGAS?

Enfrentar o problema com per-severança, demonstrando imediato desejo de ajudar, nunca se omitir ou achar que é uma fase e logo vai passar. É fundamental impedir o progresso, não adianta repressão chamando o familiar de maconheiro, vagabundo, marginal, inútil. Deve ser aberto um canal de diálogo para descobrir como chegou nas drogas, e de imediato bus-car ajuda de grupos especializados no assunto como Narcóticos Anônimos, psicólogos ou clinicas de reabilita-ção. A família não pode dar espaço ao comodismo, dificilmente consegue resultados positivos sozinha, mesmo porque o desajuste pode estar nela, sendo o usuário nada mais que o sin-toma mais aparente, a ajuda tem que ser para todos. Esta fase é da preven-ção secundária e não pode mais haver descuido, ela só existe porque houve falha na prevenção primária, que é a conscientização de não usar drogas pelo dialogo e educação.

QUAIS OS INDÍCIOS PRELIMINARES DO CONSUMODE DROGAS NA FAMÍLIA?

A droga geralmente aparece na adolescência. Muitas vezes, como uma ponte que permite o estabelecimento de falsos laços sociais, propiciando o jovem a pertencer a um grupo de "iguais", sem cobranças, compromis-sos e limites. Os indícios dividem-se em três: 1- Comportamentais: troca constante de amigos, não levando estes para convívio familiar; afasta-mento dos velhos amigos de infância e familiares; mudança de personalidade

O tenente-coronel também mostra os malefícios de diferentes entorpecentes

(irritação, apático, indiferente, sono-lento, agitado); pouco interesse pelos estudos com queda de rendimento es-colar; abandono de coisas que gostava de fazer como leitura, esportes, entre outros. 2- Físicos: olhos avermelhados, pupilas dilatadas, risadas sem causa, tosse intensa, falta de concentração e corrimento nasal constante. 3- Mate-riais: sumiço de dinheiro ou objetos dentro de casa, ou posse por parte do jovem de roupas e objetos de valor in-compatível com a renda familiar. Tais comportamentos também podem surgir na fase adulta.

QUAIS OS MALEFÍCIOS DAS DROGAS?

O malefício é único, destruição do maior bem tutelado pelo ordenamen-to jurídico a "vida", desenvolvendo um efeito cascata que atinge a família e amigos. Primeiramente deixa de amar a si mesmo, comprometendo toda fa-mília; passa a ser agressivo com todos ao seu redor; comete pequenos delitos como furtos para sustentar o vício; se for jovem será aliciado para trabalhar no tráfico, pois lá rapidamente ganha-rá dinheiro e terá destaque na comuni-dade através do poder bélico. É assus-tador, mas em algumas vezes é preso ou morto em confronto com policiais ou bandidos rivais. Infelizmente, o vi-ciado, quando adulto, sempre acha que tem controle sobre o assunto. Porém, é inverdade.

QUAIS AS DROGAS MAIS CONSUMIDAS E SEUS MALEFÍCIOS?

1- Cocaína: é consumida por ina-lação, injeção ou fumo, causando de-pendência imediata e risco de morte súbita mesmo no primeiro consumo. 2- Ectasy: consumida como pílula, ina-lação ou injeção, possui propriedades estimulantes e alucinógenas, provo-ca insuficiência renal, cardiovascu-lar, além de lesão cerebral afetando os neurônios. 3 - Heroína: é feita de morfina, causa imediata dependên-cia, problemas físicos, morte e aborto para mulheres grávidas. 4- Maconha: é fumada, causando grandes riscos à saúde do usuário como deficiência na memória, perda de coordenação e au-

mento de frequência cardíaca. 5- Cra-ck: é fumado, possui prazer efêmero e devastador para o organismo, causa hipertensão, problemas cardíacos e respiratórios.

COMO EVITAR QUE A DROGA CHEGUE EM NOSSA CASA?

A família deve expor o assunto e investir no debate sem preconceitos, mostrar aos filhos que existem outras opções na vida que proporcionam pra-zer imediatos e sem efeitos colaterais, como exemplo podemos citar, espor-te, passeios e viagens. Os pais devem sempre seguir as seguintes recomen-dações: acompanhar as atividades de seus filhos; estabelecer regras e con-dutas claras no lar, envolver-se afetiva-mente com a vida dos filhos, respeitar os ritos familiares e religiosos, e por fim, estabelecer claramente na hie-rarquia familiar direitos e obrigações. A formação de cada um de nós vem da família, esta tem a função de proteger seus filhos e favorecer neles o seu ple-no desenvolvimento de competências.

QUAIS OS MAIORES ERROS COMETIDOS PELOS PAIS QUANDO DESCOBREM OFILHO ENVOLVIDO COM DROGAS?

Geralmente os pais sentem-se cul-pados, questionando onde erraram na educação do filho, não entendem por que está acontecendo com eles se nunca deixaram faltar nada em casa, culpam os grupos sociais a qual o filho pertence, não é hora de penitências e sim de ações imediatas. Outros er-radamente dizem que preferem que os filhos consumam drogas com ele, do que na rua com amigos. Por fim, alguns renegam amor e apoio à coisa mais preciosa que possuem na vida, seus filhos. Devemos ter em mente que o adolescente é um viajante que deixou um lugar e ainda não chegou no seguinte, vive um intervalo entre liberdades anteriores e responsabili-dades/compromissos subsequentes.

Quem quiser pode enviar sugestão de pauta para o e-mail do Tenente-coronel Ramiro Campos, o endereço é: [email protected]

DIVULGAÇÃO

População denuncia aumento de pessoas em situação de rua em diferentes bairros da cidade

Page 6: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

FUTURO

Merrel diz que Mapa do Desenvolvimento da Firjan vai ajudar a recuperar economiaPresidente da Comissão Municipal avalia como positiva a expectativa de novos negócios no Estado

"Entendo que se houver in-vestimento baseado na cre-dibilidade do novo governo,

como destacou em seu discurso o ministro da Fazenda Henri-que Meirelles, afirmando que as medidas que vêm sendo adota-das têm o objetivo de transmitir previsibilidade, dentro de mais algum tempo o país poderá re-cuperar a economia e abrir boas perspectivas para as empresas voltarem a ser o motor do pro-cesso do desenvolvimento". A declaração feita quarta-feira pe-lo presidente da Comissão Mu-nicipal da Firjan, Marcelo Viana Reid (Merrel), após participar de evento presidido por Eduar-do Eugênio Gouveia Vieira, na sede da Firjan, mostrou a força e prestígio do empresariado que, cansado da alta carga tributária, busca soluções a curto e médio prazo para sair da crise.

Lançado oficialmente no fi-

nal do mês que marcou o Dia da Indústria, com a presença de quase 500 empresários, do governador em exercício Fran-cisco Dornelles e do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro para

o período 2016-2025, serviu não só de incentivo, mas como uma injeção de ânimo à classe empreendedora e também pa-ra nortear o planejamento dos governos federal, estadual e municipal.

Merrel que estava acom-

panhado de Evandro Cunha, Francisco Navega, Oscar Pires e João Paulo, que participaram do almoço, disse que os membros da Comissão Municipal de Ma-caé tiveram participação efetiva na elaboração do projeto desde o início. Navega lembrou que

do Mapa do Desenvolvimento anterior, lançado em 2006, 75% das propostas foram aproveita-das pelos governos federal, es-tadual e municipal e 25% estão sendo executados. "Estamos vendo as mudanças acontece-rem, graças a esta enorme con-

tribuição da Firjan", disse.O documento lançado oficia-

mente que tem o objetivo das propostas tornar as indústrias do Estado mais fortes, versam sobre o Sistema Tributário, Mercado de Trabalho, Infra-estrutura, Gestão e Políticas Públicas e Gestão Empresa-rial está disponível no site da Firjan que pode ser acessado pelas pessoas que desejarem conhecer detalhadamente o Mapa do Desenvolvimento que foi desenvolvido em todas as regionais com a colaboração dos empresários.

Para o gerente regional Mario Luiz Concebida, os empresários de Macaé e de Campos devem entender que a importância das empresas sediadas em Macaé e que podem continuar prestan-do serviços à industria de óleo e gás é inquestionável e todos de-vem pensar na regionalização.

O DEBATE O DEBATE

Navega, Merrel, Mario Luiz Concebida e Evandro Cunha na FirjanEduardo Eugênio, Dornelles e o ministro Henrique Meirelles

Page 7: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 7

MÁRCIO SIQUEIRA

Processo de instalação da empresa foi apresentado durante reunião da Comissão da Firjan

INVESTIMENTOS

Potencial de Macaé reforça projeto de R$ 230 milhões do segmento offshore Planejada em 2011, instalação da WHWirth projeta o município para o mercado internacional do petróleo

Márcio [email protected]

Apesar de ainda estar no centro da crise do petró-leo nacional, Macaé é a

única cidade do Norte Flumi-nense capaz de comemorar a consolidação de investimentos na ordem de R$ 230 milhões, fruto do capital internacional do segmento de óleo e gás. E o início da operação da empresa norue-guesa WHWirth, no complexo industrial de Imboassica, repre-senta o que só a Capital Nacional do Petróleo ainda é capaz de pro-porcionar no país, em termos de oportunidades proporcionadas pela produção da principal ma-triz energética global.

A base da WHWirth em Ma-caé representa a mais moderna base de operações do segmento de perfuração (riser e topside) no mundo, um projeto desen-volvido por um grupo investi-dor norueguês, que administra também a Aker Solutions sedia-da em Rio das Ostras.

Ao gerar 200 empregos for-mais, a empresa torna-se um marco na cidade em virtude dos fatos que marcam o seu proces-so de instalação na cidade.

Planejada em 2011, a constru-ção da planta da WHWirth em Macaé foi desenvolvida ainda na era em que as atividades in-ternacionais do petróleo gera-vam números recordes, tanto em volume de produção quan-

to em lucros que projetavam o barril do petróleo para o maior valor comercial da história do setor o�shore.

Por força da crise internacio-nal do setor, iniciada no final de 2014, a instalação da compa-nhia superou as dúvidas quan-to à retomada de negócios no mercado nacional do petróleo, um processo garantido exclu-sivamente pelo potencial da cidade e da Bacia de Campos, que ainda é capaz de atrair no-vos investimentos do capital es-trangeiro do setor de óleo e gás.

"Nós participamos da inau-guração da planta da WHWirth, e reconhecemos que sua conso-lidação garante uma chancela muito importante para Macaé

nesse atual momento do mer-cado do petróleo nacional", afirmou Marcelo Reid, presi-dente da Comissão Municipal da Firjan.

Ao atuar em um dos prin-cipais setores das atividades offshore, a consolidação da MHWirth na cidade reforça também as expectativas de ne-gócios ligados ao setor de ex-ploração e de produção do pe-tróleo, segmento responsável pela transformação econômica

e social registrada por Macaé ao longo de 40 anos.

"A planta começou a ser cons-truída em um outro cenário do mercado internacional do pe-tróleo. Mas decidimos continu-ar com o projeto por acreditar no potencial de novos negócios que ainda existem nessa região da Bacia de Campos", afirmou o gerente de operações da em-presa, Fábio Emboava, durante apresentação realizada na última quarta-feira (1) na reunião da Co-

missão Municipal da Firjan.E a expectativa é que esse dis-

curso e exemplo da MHWirth consiga atrair ainda mais inves-timentos de grandes empresas do petróleo internacional.

"Vivemos um momento de boas novas, com o posiciona-mento da Petrobras e com pro-jetos que estão se consolidando em Macaé. E isso nos dá fôlego para apostar na reestruturação da cadeia de óleo e gás", afir-mou Merrel.

Page 8: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

INFLAÇÃO

Saúde segue impactando diretamente no bolso do consumidorSegundo Abrafarma, reajuste nos preços dos medicamentos já impulsionou receitas de redes farmacêuticas em 13%

Guilherme Magalhã[email protected]

Mostrando-se como um dos neg ócios mais lucrativos frente ao

avanço dos níveis de infla-ção, de acordo com os últi-mos dados atualizados da Associação Brasileira de Re-des de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o reajuste nos preços dos medicamentos já impulsionou os resultados financeiros das principais redes varejistas de farmácias atuantes no país. Em abril, uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) vali-dou o aumento de até 12,5% no preço de mais de 9 mil re-médios.

Em números específicos, nos quatro primeiros meses deste ano, o faturamento das 28 empresas do setor asso-ciadas à Abrafarma teve alta de aproximadamente 13% em relação ao mesmo período de 2015. Na prática, o cresci-mento foi acima da inflação, que gira em torno de 9,34% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril.

No início do mês passado, segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o reajuste médio no preço dos medicamentos impactou diretamente na inflação, pesando ainda mais no bolso das famílias de baixa renda.

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, que calcula as varia-ções de preços para quem ganha entre 1 e 2,5 salários mínimos, levando em consi-deração que a taxa geral do indicador passou de 0,44% (março) para 0,69% (abril),

KANÁ MANHÃES

Medicamentos nas prateleiras já estão mais caros

um dos fatores que mais pe-sou no resultado foi a alta dos preços relativos à saúde e cuidados pessoais, repre-sentando um salto de 0,36% para 3,49%.

Segundo o texto de aprova-ção do reajuste concedido pe-la CMED, o aumento de 12,5% refere-se ao índice máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos me-dicamentos. Na prática, isso significa que nem todos os 9 mil remédios controlados pelo governo, e incluídos na regulação, tiveram o aumento máximo concedido.

Conforme informações cedidas pela Interfarma - associação que representa os principais laboratórios farmacêuticos do país -, foi a primeira vez em mais de 10 anos que o governo autorizou um reajuste anual de preços acima da inflação. No ano passado, o reajuste máximo autorizado foi de 7,7%. Já em 2014, o reajuste foi de 5,6%.

Ainda de acordo com a In-terfama, o reajuste acima da inflação seria reflexo da crise econômica no setor farma-cêutico, de modo que, pelas regras do setor, o cálculo do reajuste também leva em conta fatores como produti-vidade da indústria e varia-ções dos custos de insumos.

“A forte alta do dólar e das tarifas de energia elétrica tiveram forte impacto nos custos da indústria, cuja boa parte da matéria-prima é importada. Assim, a produ-tividade do setor foi nega-tiva, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. Assim, os fatores de produtividade acabaram sendo anulados", explicou em nota o órgão na ocasião.

CONSUMO

Mais segurança para o consumidor

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa), todos os pro-dutos industrializados, como alimentos e bebidas, devem passar a informar nos rótulos a presença de ingredientes que possam causar alergia aos consumidores. Aprovada em junho do ano passado, a nor-ma está prevista para entrar em vigor no dia 3 de julho.

Alegando que o prazo inicial

Rótulos de produtos devem ter aviso para alérgicos a partir do mês que vem

de um ano era insuficiente pa-ra a adequação das embalagens dos produtos, segundo o órgão de defesa do consumidor ‘Re-clameAqui’, cerca de 35 asso-ciações de empresas enviaram pedidos para prorrogar o prazo por até mais um ano e seis me-ses. A Anvisa negou.

Segundo a resolução, todas as embalagens de alimentos e bebidas deverão passar a exibir o alerta "Alérgicos: contém" ou "Alérgicos: pode conter" em le-tras maiúsculas, e em negrito, logo após a lista de ingredien-tes - ao lado da já conhecida inscrição "contém glúten".

“Alguns dos ingredientes re-

WANDERLEY GIL

Estimativas apontam que 35% das empresas ainda não se adequaram à norma

lacionados a alergias alimen-tares como leite, ovos, trigo, peixe, crustáceos, soja, dife-rentes tipos de castanha e látex natural devem ser informados nos rótulos. Antes, a crítica era no sentido de que a presença desses componentes não era divulgada, ou que eram infor-mados com nomes técnicos”, explicou a Anvisa, ressaltando que já é possível encontrar no mercado diversos produtos adaptados à nova exigência.

Estimativas da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) apontam que 35% das empresas ainda não se adequaram à norma.

SERVIÇO

Bancos passarão a ser obrigados a trocar notas falsas

Poucas pessoas sabem, mas dentro de algumas se-manas todas as instituições bancárias do país serão obri-gadas a substituir, imediata-mente, notas falsas sacadas em seus respectivos caixas eletrônicos. De acordo com a determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN), até então, não havia regra fixa para casos do gênero, e

Medida valerá apenas para cédulas retiradas dentro da agência bancária

os bancos podiam se negar a trocar as cédulas.

Ainda segundo a CMN, a aplicação da regra depende de regulamentação adicio-nal, que deve ser totalmente estabelecida ainda este mês. Pela resolução, os bancos se-rão obrigados a reter as notas e enviá-las ao Banco Central (BC) em um prazo ainda a ser definido.

"As medidas visam proteger os clientes dos bancos, além de favorecer o trabalho de investigação", explicou em nota o órgão, ressaltando que a medida não vale para casos

de cédulas falsas recebidas em outros lugares como, por exemplo, no comércio.

De acordo com a Diretoria de Administração do BC, du-rante o processo de adapta-ção dos Bancos à nova medida é possível que ocorram frau-des, como clientes tentando trocar notas falsas que não foram sacadas no banco, mas isso será resolvido na relação do banco com o usuário.

Ainda segundo estimativas do BC, o índice de registro de notas falsas por milhão no Brasil passou de 150 para 75, de dez anos atrás até hoje.

KANÁ MANHÃES

Sem regra fixa, substituição de notas chega a demorar até 180 dias

Page 9: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 9

BAIRROS EM DEBATE Novo Horizonte

Novo Horizonte continua acumulando problemas no seu cotidianoMoradores relatam que melhorias não chegam na localidade, principalmente na parte mais carente Marianna [email protected]

Já se passaram 10 meses des-de a última visita do Bairros em Debate ao Novo Ho-

rizonte, entretanto, a situação no local permanece da mesma maneira. Apesar de promessas, melhoria que é bom, nada. En-quanto isso, mesmo sem perder as esperanças, o sentimento de quem vive ali é de esquecimento. Sem ter mais a quem recorrer, os moradores procuraram a nossa equipe de reportagem novamen-te essa semana.

O bairro sofre um dos maiores contrastes sociais do município. Enquanto as belas residências chamam atenção no lado nobre, a parte carente fica escondida atrás de tantos problemas, esses que parecem estar invisíveis para quem passa por ali, principalmen-te pelo poder público. Diante dis-so, essa semana o Bairros em De-bate volta para retratar, mais uma vez, a realidade dessas famílias.

FOTOS KANÁ MANHÃES

Bairro divide duas realidades. A parte carente, como de costume, é a que mais necessita de infraestrutura

Alagamentos ainda são comuns em alguns trechos Na lista de reclamações ain-da encontram-se as mesmas reivindicações. No topo estão os alagamentos em algumas ruas. Segundo a população, a água in-vade as casas, trazendo muitos estragos e prejuízos.

“A gente reza para não chover porque se acontecer é preciso correr para colocar tudo para o alto. Tem vizinho que já perdeu tudo por conta dos alagamen-tos. Muda o governo o que não muda é o problema do bairro”, relata um morador da Rua E3, que pede para não ser identifi-cado.

SEM ÁREAS DE LAZER, CRIANÇAS BRINCAM NA RUA

As praças são geralmente um ponto de encontro de morado-res do bairro, sendo a principal opção de lazer para a população. Mas no Novo Horizonte isso é apenas um sonho para quem vive ali. O bairro não possui ne-nhum espaço desse tipo, sen-do o mais próximo no Campo D'Oeste.

Sem opção de lazer, crianças e adolescentes são obrigados a brincar no meio da rua, sem nenhum tipo de segurança. Nas

ruas as opções de brincadeiras acabam se tornando perigosas e põem em risco a vida das pesso-as e das próprias crianças.

A única opção do bairro é um campo de terra improvisado,

que não oferece nenhum con-forto e segurança para seus fre-quentadores. “Já é uma área que sofre com a vulnerabilidade so-cial. Se você não oferece opções para as crianças e os jovens, eles

acabam sendo atraídos para o mundo das drogas e criminali-dade. Aqui não tem opção nem para o rico e muito menos para o pobre”, conta a moradora Ana Luiza.

Alagamentos são comuns em algumas localidades

Limpeza é alvo de reclamaçõesEnquanto a prefeitura mantém contrato que prevê a despesa de R$ 70 milhões para limpeza do município, no No-vo Horizonte serviços básicos como capina não estão sendo feitos com a frequência que ne-cessita.

A demora para atender o bair-ro resulta em outro problema: o descarte irregular. Boa parte dos terrenos baldios está to-mada não só pelo mato, como também pelo lixo e entulhos. A situação é pior na parte mais carente, onde a população não tem conscientização sobre as consequências desse ato, con-siderado ilegal segundo prevê a legislação municipal.

Além das zoonoses, esse pro-blema resulta em outras conse-quências, como, por exemplo, os alagamentos, comuns no bairro. “É preciso haver cooperação de ambas as partes. O poder públi-co tem que estar mais presente na vida da comunidade. Conver-sar, orientar os moradores e fa-zer o serviço regularmente, não

deixando o matagal tomar con-ta, por exemplo. Também cabe à população não fazer o descarte em qualquer local”, relata o mo-rador José Fernando.

Outro problema que o des-

carte causa é a obstrução do passeio. Em algumas ruas há materiais de obras em calça-das, situação que obriga os pe-destres a desviarem pela rua. “É um desrespeito com o pró-

ximo. Coloca a vida dos outros em risco. Mas isso só acontece porque sabem que vão ficar im-punes. A cidade tem leis que não são cumpridas”, diz a moradora Jéssica Andrade.

Limpeza depende da colaboração de todos

Veículos abandonadosO Novo Horizonte é um dos bairros onde a quantidade de veícu-los abandonados é grande. Mesmo com a prefeitura realizando o ser-viço de remoção, ainda é possível encontrar carros desmanchados largados em terrenos baldios.

Quem mora perto desses ter-renos reclama da situação. “Sim-plesmente jogam ali e ninguém faz nada. Coincidentemente tem dado ratos e barata em casa. Acredito que seja por conta disso. Pedimos à pre-feitura que tome uma providência”, pede uma moradora, que também não quer ser identificada.

Apesar de a Prefeitura promover ações de recolhimento, a quantida-

de de carros em estado de abando-no supera as operações realizadas.

Pensando em prevenir e comba-ter à proliferação de mosquito do gênero Aedes aegypti, o governo municipal sancionou um Decreto que prevê que os veículos abando-nados que estejam em condição potencial de se tornarem futuros criadouros serão removidos para o depósito público de veículos, sendo o proprietário notificado pessoal-mente ou por meio de edital. Além disso, todas as despesas decorren-tes da remoção e armazenamento serão de responsabilidade do dono, podendo também ser passíveis do pagamento de multa.

Buracos e pavimentação Em algumas vias, os buracos têm sido motivo de insatisfação dos condutores. Uma das piores é a Rua Salvador Antunes, antiga E12. Além das avarias, que colo-cam em risco a segurança viária, também há trechos onde o asfal-to já foi todo danificado. “Quando

chove fica um lamaçal aqui nesse trecho. Fica bem ruim de passar”, relata o morador Sílvio.

Na rua ao lado, a E11, o asfalto nem sequer chegou. “Já está na hora dessa via ser pavimentada. A acessibilidade aqui é horrível”, conta um morador.

Manutenção da pavimentação está na lista de reclamações

Veículos tomam conta de terrenos baldios

O que diz a PrefeituraProcurada, a prefeitura informou

que a limpeza preventiva dos buei-ros é feita de 15 em 15 dias a fim de não deixar as águas acumula-rem. Em relação aos alagamentos, projetos estão em fase de estudos para solução estrutural da questão.

Em relação as condições das vias, ela diz que foi realizada a ins-talação do asfalto frisado (na Rua E11 também) no início de 2015. Nos meses de junho e julho, a área será contemplada com serviços de reparos de recapeamentos.

Já a falta de limpeza, ela expli-

ca que foi realizado um mutirão de limpeza na quarta-feira (1°), na Rua E15 e na Rua 9, localizada atrás da Creche.

Quanto aos veículos, após ronda realizada pela equipe da secretaria de Serviços Públicos no local in-dicado pelo jornal, não foi encon-trado veículos com as caracterís-ticas indicadas de abandono. Na Rua Tucanos, localizada no Novo Horizonte, foram retirados cerca de 20 veículos, a ação é feita em conjunto com a secretaria de Mo-bilidade Urbana.

Page 10: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

JUDÔ

Israel Viana segue se destacando em competições

O Judoca macaense, Isra-el Viana, de apenas 17 anos, conquistou no último mês mais uma vitória em sua car-reira. Ele foi campeão cario-ca pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro. O atleta que vem se destacando no cenário da luta disputou na categoria sub 18 e sub 21. No total foram quatro lutas em cada categoria e venceu cinco por Ippon e três por pontos.

“Israel lidera atualmente o ranking estadual nas duas ca-tegorias e defende o titulo de melhor do ano conquistado pela segunda vez no ano passa-do”, orgulha-se o pai do atleta

O atleta foi campeão carioca no último mês pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro

Eleir Andrade Ferreira. No dia 25 deste mês, o jo-

vem atleta irá lutar pelo tro-féu Rio de Janeiro de Judô. De acordo com seu pai, ele irá disputar na categoria até 73 kg faixa marrom.

Israel encerrou o ano de 2015 com o titulo de melhor do estado do Rio pela Fede-ração e de melhor do Brasil pela CBJ e está iniciando o ano de 2016 com novas conquistas, o que para seu pai representa muita coisa, entre elas, que ele está man-tendo o mesmo nível do ano passado.

O atleta faz parte da equipe da Seleção Brasileira de Judô na categoria sub-18 e prati-ca o esporte desde criança. “Com mais de 140 competi-ções em seu currículo, Isra-el vem dando muito orgulho para Macaé e todo o Estado do Rio”, conta o pai.

Israel começou a se inte-

ressar pela prática esportiva aos cinco anos, por incentivo do pai. Atualmente, Israel é faixa marrom e disputa na categoria Meio Médio (até 73Kg) do Sub-18 e apesar da pouca idade, já tem planos para o futuro e um de seus sonhos é poder representar o país nas Olimpíadas de 2020, que será realizada em Tó-quio, no Japão. Entre os títu-los obtidos estão: tricampeão brasileiro pela Liga de Judô, campeão brasileiro pela CBJ, campeão sul-americano pela CBJ e campeão brasileiro de Jiu-Jítsu.

Israel representa a Acade-mia Umbra do Rio de Janeiro e conta com apoio e dedicação dos treinadores Thiago Gaia, Alex Moura e Iranel Floren-tino e com os patrocinadores Same Serviços Médicos, Aca-demia Novo Corpo, Colégio Ueda Peçanha e Brasas En-glish Course.

OPORTUNIDADE

Últimos dias de inscrição para cursos de extensão do Nupem / UFRJ

Interessados em parti-cipar dos cursos de extensão oferecidos pelo Projeto Uni-versidade-Escola do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nu-pem) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixei-ra devem ficar atentos ao prazo de inscrição. O procedimento pode ser feito até segunda-feira (6) mediante o preenchimen-to do formulário disponível em <http://goo.gl/forms/kN-jn3yhSJJwZ6Kk63>.

O Projeto, por meio dos cursos de extensão ofertados aos pro-fessores do Ensino Fundamen-tal e Médio, busca um espaço

As atividades têm como público-alvo os professores das Redes Municipal e Estadual de Macaé e região e demais interessados

de construção e interface de saberes, visando uma maior in-teração e troca de conhecimen-tos entre professores, alunos de graduação e pós-graduação da UFRJ Macaé - NUPEM e os pro-fessores que atuam nas escolas das Redes Municipal e Estadual de Macaé e região.

As opções são para os cursos de “Práticas em Ciências: carac-terísticas dos ambientes aquáti-cos Macaé”. As atividades serão realizadas nos dias 7, 14, 21 e 24 de junho no Nupem; “Mudanças Climáticas Pesquisa em Ecolo-gia e Ensino de Ciências”, com inicio em 9 de junho também no Nupem; “Uso de Equipamentos no Laboratório Ciências”, a par-tir do dia 14 de junho no Nupem e Laboratório da Escola Poliva-lente; “Ética e cidadania na es-cola: Desafios Contemporâne-os” que terá inicio no dia 23 de junho no Nupem; “Atualizações em aquecimento global e impli-cações para a saúde; "Propostas de abordagem de Metodologias

de Educação Ambiental” a par-tir desta segunda-feira (6) no Nupem.

A equipe organizadora do cur-so pede aos interessados para que, no ato da inscrição, fiquem atentos aos dias da semana, da-tas, horários e locais dos cursos e desta forma efetuar a inscrição se, realmente, tiverem disponi-bilidade de acompanhar as ati-vidades dos cursos oferecidos;

Ainda segundo os profissio-nais, apenas receberão Certifi-cado de Conclusão os cursistas que tiverem 75% de presença e atenderem às atividades pres-critas pelo professor responsá-vel pelo curso. Os Certificados serão expedidos e encaminha-dos em mãos aos cursistas con-cluintes no último dia de encon-tro de cada curso;

Em caso de dúvidas sobre qualquer etapa, além de outras informações, os interessados podem entrar em contato pe-lo e-mail: [email protected]

Ascom comemora hoje 10 anos de incentivo ao esporte

FESTA

Neste domingo (5), a Asso-ciação dos Corredores de Rua de Macaé (Ascom) vai completar 10 anos de incentivo à prática esportiva na cidade. A data será comemorada com uma corrida de 10km. A concentração para a prova será na Praia de Imbetiba.

A competição será limitada a 200 atletas. As inscrições foram gratuitas, sendo necessário ape-nas que os participantes da pro-

A data será comemorada com uma corrida de 10km. A concentração e largada será na Praia de Imbetiba às 7h

va levem, hoje (dia do evento), uma lata de leite em pó, já que toda a arrecadação será doada a uma instituição filantrópica do município.

Após a prova principal haverá corrida também para as crian-ças.

Fundada em 5 de junho de 2006, a Associação foi criada com o objetivo de reunir as pes-soas que sempre representaram Macaé em provas de pequenas e longas distâncias, para crianças e adultos.

De acordo com os atletas que fazem parte da instituição, as pessoas que se exercitam são muito mais saudáveis e felizes. “Inclusive já ajudamos mui-tas pessoas com problemas de

depressão e com vícios através desse esporte”, disseram os in-tegrantes.

Desde que foi criada, a Ascom já recebeu mais de 100 integran-tes, atletas que correm todas as distâncias: 5, 10, 15, 30, 42, 50 e também os ultramaratonistas.

“Nesses 10 anos de existência, a Ascom já acumulou um nú-mero muito grande de troféus e medalhas, pois cada competi-ção em que está representada, sempre há mais de dez atletas compondo a equipe. Daí, po-demos imaginar como é difícil contar todos os títulos de seus associados no decorrer de uma década”, ressaltam os diretores.

Ao longo desses anos, a As-sociação conquistou algumas

parcerias e incentivadores nas provas que organiza. “Temos um calendário de corridas anual, desde corridas rústicas a ultramaratonas, e estas são provas que já fazem parte do calendário macaense e do Rio de Janeiro, atraindo pessoas de todo Brasil”, lembram.

A equipe da Ascom agradece o apoio do Jornal O DEBATE, assim como todos que sempre acreditaram no potencial de seus atletas como a Farmá-cia Mais Brasil, Água Bicuda Grande, Academia Profysic, Meeting Emprendimentos, Aquiadesivos, Unimed Costa do Sol, Secretaria de Mobilida-de Urbana, Retroluk Material de Contrução.

DIVULGAÇÃO

A Associação conta com mais de 100 atletas que representam a cidade em competições

NUPEM / UFRJ

Pesquisador do Nupem / UFRJ fala sobre os recursos hídricos da cidade Mauricio Mussi Molisani (NUPEM/UFRJ), sugere reflexão sobre a questão da água no Rio Macaé e as mudanças na cobertura florestal

Juliane Reis [email protected]

Hoje, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data é pro-

pícia a uma série de reflexões, entre elas, sobre a qualidade dos ecossistemas de Macaé e o que devemos fazer para preservá-los. A sugestão é do pesquisador e professor da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira e do Núcleo em Ecolo-gia e Desenvolvimento Socio-ambiental de Macaé (Nupem), Mauricio Mussi Molisani.

O docente destaca que Macaé é privilegiada por possuir flo-restas, rios, lagoas, praias, ilhas, restingas, manguezais, além de toda biodiversidade encontrada nestas áreas e que dentre estes ecossistemas, o Rio Macaé e sua bacia hidrográfica podem ser considerados o mais importan-te, devido ao abastecimento de água para a população de Macaé e outros municípios; e atividades econômicas, como a agricultura, turismo, pecuária, usinas termo-elétricas e toda a cadeia produti-va do petróleo.

No entanto, ele alerta que nesta data comemorativa, a po-pulação de Macaé, governantes e empresários devem refletir se há água suficiente para todos, e se esta água é de boa qualidade.

“Os estudos do Plano de Re-cursos Hídricos da Região Hi-drográficas Macaé e das Ostras

mostraram que atualmente há água suficiente no rio para abas-tecer as atuais demandas. Porém, no futuro, esta conta pode não fe-char, pois a quantidade da água em trechos do rio onde ocorrem as principais captações, como em Severina irá continuar a mesma, mas em um cenário de aumento da população e das atividades econômicas poderemos esperar um aumento no consumo de água, o que pode gerar escassez, principalmente em períodos de estiagem de chuvas”, disse.

Segundo o pesquisador, em relação à qualidade das águas, estudos do NUPEM/UFRJ mos-tram que em geral as águas estão com qualidade satisfatória ao longo da bacia, porém em alguns trechos do rio podem-se obser-var indícios de contaminação, principalmente nos distritos e na zona urbana de Macaé, devi-do ao lançamento de esgoto sem tratamento.

Outra sugestão de Mauricio é nos perguntarmos quais os fato-res ambientais que controlam as chuvas na região que vão alimen-tar as águas do rio Macaé? De acordo com ele, esta é uma ques-tão complexa ainda sem respos-ta, embora estudos científicos no mundo indiquem que a presença das florestas pode ajudar na ma-nutenção das chuvas. Mauricio explica que a vegetação retira água do solo através das raízes e transporta esta água até as folhas, que através da evapotranspiração lança vapor de água e contribui

KANÁ MANHÃES

Um novo estudo do recurso hidrico está sendo feito por estudante e pesquisador do Nupem / UFRJ

para a umidade do ar, que pode favorecer as chuvas e, portanto a presença de água na bacia hidro-gráfica do rio Macaé.

“Ao longo do rio podemos ver grandes áreas de Mata Atlântica, principalmente na região de Fri-burgo e Casimiro de Abreu, e em locais de Macaé como o Parque Municipal Fazenda Atalaia, a Ma-ta do Estado e diversos pequenos fragmentos até mesmo na zona urbana do município. Porém, também podemos ver grandes áreas na bacia do Rio Macaé que já foram desmatadas ou as flo-restas que estão sendo retiradas para dar lugar a pasto, áreas de agricultura e urbanização. Nos

locais sem floresta podemos ob-servar a redução da biodiversida-de, o clima pode ficar mais seco com temperaturas mais altas e o solo começa a sofrer um processo de erosão, enquanto que onde há florestas temos mais biodiversi-dade, um clima mais ameno e úmido e os solos são preserva-dos. Em muitas áreas da bacia do Rio Macaé pode-se ver uma paisagem prístina devido à pre-sença das florestas, enquanto em outras áreas podemos ver uma paisagem degradada e um clima árido”, explica.

Para responder estas perguntas, o pesquisador lembra que uma dissertação do Programa de Pós

Graduação em Ciências Ambien-tais e Conservação do NUPEM/UFRJ campus Macaé está ava-liando se a presença das florestas e as mudanças nos usos dos solos podem influenciar a quantidade e qualidade das águas da Bacia do Rio Sana, que é um importante afluente do Rio Macaé.

De acordo com Mauricio, du-rante o ano de 2015-2016 estão sendo medidas a vazão e parâ-metros de qualidade das águas em 10 sub-bacias do Rio Sana (córregos São Bento, Santana, Peito de Pomba, Pedra Grande, Monte Alto, Monte Alegre, Mon-tanha, Glória, Deserto, Alegre) e comparando com os usos dos

solos de cada sub-bacia através da medição, utilizando imagens de satélite, das áreas de floresta, pastagem, agricultura e urbani-zação. Outros parâmetros serão medidos nas sub-bacias, como área, declividade, orientação, chuvas, e todos estes dados po-derão fornecer indícios sobre o papel da floresta, das atividades socioeconômicas e de fatores climáticos e do relevo na quan-tidade e qualidade das águas no Rio Sana.

“Podemos supor que em sub-bacias com maior presença de florestas teremos a água do rio com melhor qualidade e em maior quantidade, do que em uma sub-bacia onde há maior presença da urbanização. Este estudo irá for-necer dados importantes para a gestão dos recursos hídricos no Rio Macaé”, diz o professor Mau-ricio Mussi Molisani.

O estudo está sendo desenvol-vido pela aluna de pós-graduação do NUPEM/UFRJ, Stephanie Magalhães. Ela conta que com a pesquisa será possível avaliar a posição dos fragmentos de flo-restas nas sub-bacias, na água dos rios. “Poderemos ver se há diferenças nas águas de bacias que têm mais mata ciliar (que margeia os rios) ou que possuem fragmentos de floresta que estão distantes dos rios. Este estudo dará suporte para avaliar se o novo Código Florestal será efeti-vo na proteção das águas de rios, além de subsidiar ações parta re-florestamento”, explicou.

Page 11: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 Geral 11

POLÍTICA

TSE determina posse imediata do deputado eleito Carlos AugustoDecisão foi concedida na noite desta quinta-feira pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral

O presidente do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes,

concedeu na noite desta quin-ta-feira, dia 2, liminar ao de-putado eleito, Carlos Augusto Balthazar, para que ele possa tomar posse imediatamente na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). A decisão teve como base o julgamento do recurso extraordinário inter-posto pelos advogados de Car-los Augusto contra o acórdão do TSE que aplicava ao caso incidência de inelegibilidade em processo eleitoral ao qual

o deputado responde.- Tinha fé em Deus que a jus-

tiça seria feita. Tenho mais de 20 anos de vida pública e mui-to me orgulho de nunca ter tido nenhum processo administra-tivo, com atos ilícitos, roubo ou coisas do gênero. No entanto, fui muito perseguido na eleição de 2008 pelo candidato adver-sário, que moveu contra mim mais de 300 processos eleito-rais. Entre esses processos, está o que motivou o impedimento para que eu possa assumir a vaga de deputado – comentou Carlos Augusto.

O TSE já expediu comunica-do ao Tribunal Regional Elei-toral determinando que sejam tomadas as medidas cabíveis em caráter de urgência junto à Alerj. A previsão é que Car-los Augusto, que foi o deputado mais votado da legenda, com 31.846 votos, assuma sua va-ga na Assembleia no inicio da próxima semana.

PROCESSO - De acordo com o advogado de Carlos Au-gusto, Renato Vasconcellos, o ex-prefeito de Rio das Ostras foi condenado a três anos de inelegibilidade por ter parti-

cipado de um culto evangélico em comemoração ao aniver-sário de sua esposa durante a campanha eleitoral de 2008.

- O problema é que o prazo dessa punição foi estendido por mais cinco anos por cau-sa de uma lei promulgada em 2010. Por isso recorremos na Justiça para que não houves-se a retroação da lei para não punir aqueles que já tivessem cumprido o período da pena, que no caso de Carlos Augus-to, que foi julgado em 2008 a três anos, terminaria em 2011 – explicou o advogado.

JORGE RONALD

Carlos Augusto, que foi o deputado mais votado da legenda, com 31.846 votos

Page 12: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

Page 13: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 13

Page 14: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ14 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

Degradação do Rio Macaé é cada vez mais visível Considerado o principal manancial da cidade, o rio segue como um depósito de esgoto 'in natura'

Juliane Reis [email protected]

Há décadas, o Rio Macaé vem lutando pela sobre-vivência, em especial na

tão conhecida Capital do Petró-leo. Apesar de ser um importan-te recurso hídrico responsável por abastecer diversos muni-cípios, ele está se tornando um rio contaminado por efluentes. Além de não contar mais com suas áreas de alagamentos fun-damentais para o armazena-mento de água da chuva, o rio continua recebendo despejos de efluentes e descarte irregular.

Com tudo isso, a sua degrada-ção está cada vez maior e mais visível aos olhos de quem passa por ele. Somados aos dejetos que recebe diariamente, o Rio Macaé também recebe outros tipos de resíduos descartados de maneira irregular, como pneus, garrafas pet, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra, que é consi-derada uma das mais poluídas da cidade.

E não é só isso. Quando o ní-vel do rio está baixo, é possível perceber as manilhas despejan-do os efluentes, além de alguns pontos já assoreados. Situação essa que vem ocorrendo há anos e que nos faz pensar na necessidade de medidas que devem ser tomadas pelo poder público para reverter esse qua-

dro. Uma iniciativa que deve ir muito além do fazer limpeza no canal. Especialistas consideram que é necessário um trabalho de educação ambiental com a po-pulação, que também deve fazer o seu papel e se conscientizar da importância deste recurso hídrico e que a sobrevivência humana depende dele.

O Rio compreende cerca de 1.766 km2 e abrange grande parte do município de Macaé e parcelas dos municípios de No-va Friburgo, onde estão locali-zadas as nascentes de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Con-ceição de Macabu e Carapebus sendo que, aproximadamente,

KANÁ MANHÃES

O manancial está cada vez mais assoreado. Além de esgoto, recebe também outros resíduos como pneus, e garrafa pet

82% da superfície da bacia está no município de Macaé, e seu nível já não tem sido o suficiente o bastante para abastecer a cida-de que tem enfrentado constan-temente a falta de água. Uma si-tuação que preocupa principal-mente especialistas.

Em entrevistas recente a Re-dação do Jornal, o professor da UFRJ/Nupem e Cientista Francisco Esteves falou da pre-ocupação que tem com o futuro da água em Macaé. “O municí-pio poderá vir a enfrentar uma crise muito grande com relação ao abastecimento em um futu-ro muito próximo. Pois estudos apontam que a quantidade de

água no Rio tem diminuído a ca-da ano. E o mais triste é que esta realidade não começou agora. E sim há bastante tempo quando a cidade começou a enfrentar a destruição de suas áreas de ala-gamento, as chamadas piscinas naturais como, por exemplo, as que hoje dão lugar à Linha Azul”, explicou.

Esteves orienta ainda que o município precisa parar com os aterros pela cidade, em seguida preservar as nascentes do Rio na Região Serrana através da cria-ção de Unidades de Conserva-ção. “É preciso preservar a mata que ainda existe e recuperar as áreas degradadas”, enfatiza.

Trilha acessível para de�cientes completa três anos

Marianna [email protected]

Considerado um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do estado, a Reserva Biológica da União, que corta os municípios de Macaé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, deu um grande passo ao criar a primeira trilha acessível para pessoas com deficiência, que completa três anos neste mês.

Essa iniciativa, que é pioneira na região, é fruto de uma parceria firmada entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodi-versidade (ICMBio), a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

“O projeto nasceu após rece-bermos um grupo de visitantes do Colégio Estadual Mathias Neto, de Macaé, que era composto por de-ficientes. Eles ficaram encantados por estarem conhecendo a mata, mas ficavam limitados a entrar na trilha, já que ela não era acessível. Enfrentamos diversas dificulda-des, mas conseguimos fazer com que ela fosse aprovada. Adaptamos a trilha para todos os tipos de defi-ciência, permitindo que essas pes-

soas possam interagir com o meio ambiente. Não é simplesmente uma caminhada. A partir de agora, essas pessoas vão poder conhecer a Mata Atlântica e, assim, levantar a bandeira do meio ambiente”, explicou o chefe da REBIO União, Whitson José da Costa Junior, na época da inauguração.

O projeto foi submetido pela REBIO União à Câmara de Com-pensação Ambiental do estado do Rio de Janeiro, que o aprovou e financiou integralmente, desti-nando o valor de R$ 311.778,92 à iniciativa. Ao FUNBIO, parceiro da SEA na gestão dos recursos de compensações ambientais estadu-ais, coube a execução do projeto.

Para sua elaboração, foram efe-tuadas consultas à legislação espe-cífica e bibliografias técnicas espe-cializadas, realizando a busca de in-formações junto a instituições com trabalhos voltados às pessoas com necessidades especiais, além de vi-sita ao Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Contou, ainda, com a valiosa colaboração de profissionais do CREA/RJ, pessoas com deficiência da região e a equipe da REBIO União, notadamente a de educadores ambientais.

WANDERLEY GIL

Mais de 3 mil pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a única trilha acessível para deficientes do país

Pioneira no país, Rebio União permite uma experiência única para pessoas com limitações

Page 15: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016 15

Estudos apontam balneabilidade das Lagoas do Parque Jurubatiba Entres as lagoas da unidade estão a Lagoa Jurubatiba no Lagomar, a Lagoa de Carapebus, e Lagoas da Garça, Preta e Paulista em Quissamã

Juliane Reis [email protected]

Em meio à degradação de recursos naturais visí-veis cada vez mais em

Macaé, como o Rio Macaé e Lagoa de Imboassica, na mes-ma cidade há exemplos de re-cursos hídricos preservados. Trata-se das lagoas do Parque Nacional da Restinga de Ju-rubatiba. Estudo recente re-alizado nas lagoas mostrou que os locais estão balneáveis e próprios para banho.

De acordo com informa-ções da gestão do Parque, essa foi a primeira vez que as águas do Parque passaram por análise e a iniciativa será realizada a cada três meses. A pesquisa deve acontecer ain-da este mês.

Entres as lagoas da unida-de estão a Lagoa Jurubatiba no Lagomar, a Lagoa de Ca-rapebus, além das Lagoas da Garça, Preta e Paulista em Quissamã.

O analista ambiental e sub-chefe da unidade, Marcos relaciona o resultado dos estudos ao fato das lagoas estarem protegidas em uma unidade de conservação de proteção integral, que é o Parque Nacional da Restin-ga de Jurubatiba, que abran-ge os municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã, sen-

do considerada a área de restinga mais extensa e uma das mais bem preservadas de todo o país.

“Os resultados são uma vitória para a conservação ambiental e demonstram a necessidade de se proteger os córregos, rios, lagoas e demais corpos hídricos: O Parque Jurubatiba é uma unidade de conservação que visa proteger as restingas e as lagoas costeiras, ambien-tes altamente ameaçados ao longo do país. As lagoas cos-teiras são ambientes facil-mente contamináveis, pois elas recebem as águas das bacias hidrográficas que as alimentam, e essas bacias na maioria das vezes estão com aglomerações urbanas ou industriais, que lançam nos afluentes diversos contami-nantes, como esgoto domés-tico e industrial”, disse.

O monitoramento nas la-goas da unidade será realiza-do trimestralmente através de uma empresa contratada pela Petrobras como uma das condicionalizantes do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre o ICMbio e a estatal. Esse monitorameto é feito como uma condicionante do licenciamento ambiental da ampliação do terminal de Cabiúnas.

KANÁ MANHÃES

Um novo estudo será realizado nas Lagoas da Unidade ainda este mês

Page 16: Noticiário 05 e 06 06 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ16 Macaé, domingo, 5 e segunda-feira, 6 de junho de 2016

Transforma investe em sustentabilidade ao realizar plantioPreservação do meio ambiente faz parte das políticas ambientais da empresa que promoveu ação especial em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

O cuidado com a natureza é um dever de todos, seja você um cidadão, um ges-

tor público ou um empresário. Essa preocupação faz parte de uma das principais missões da "Transforma Gerenciamento de Resíduos", que segue com ações por conta da Semana do Meio Ambiente.

Para marcar essa data tão im-portante, a empresa realizou ao longo de toda a semana um plantio de 100 mudas nativas da Mata Atlântica na sua base, localizada na Fazenda Espe-rança, na BR-101. A ação foi fei-ta em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e estudantes da rede pública de ensino.

Criada em 2002, a empre-sa, que emprega cerca de 170 profissionais, vem ao longo dos últimos 14 anos se dedicando à questão da sustentabilidade. Entre as políticas de responsa-bilidade social está a transfor-mação de áreas inutilizadas em espaços verdes.

“Nos dias de hoje, o assunto preservação do ambiente vai além de uma simples questão ética e legal, passando a ser uma questão de sobrevivência. Ela está diariamente em pauta e requer adesão imediata da sociedade. Deixou de ser ape-nas uma notícia e precisa ser incorporada como conduta no ambiente doméstico, nos escri-tórios, nas indústrias, nas lojas e nas empresas. É algo que afeta a nossa qualidade de vida no pre-sente e se impõe à sobrevivência das gerações futuras. Além de adotar atitudes e metas na roti-na, nos processos de produção, consumo e descarte, para me-

lhor conviver com as mudanças climáticas e com a escassez dos recursos naturais, a sociedade precisa se dedicar à educação ambiental como item básico de conhecimento que permeia todos os saberes. Na "Transfor-ma", a preservação do ambiente é mais que uma legislação a ser atendida. É uma causa, um ob-jetivo, a razão de ser do nosso negócio”, disse o diretor-presi-dente, Ricardo Rezende, duran-te a solenidade de abertura na última quarta-feira (1), evento que contou com a presença de autoridades e empresários ma-caenses.

A empresa está situada entre duas áreas de preservação da Mata Atlântica importantes: a Rebio União e o Parque Muni-cipal Atalaia. Atualmente, já são mais de 2 mil mudas plantadas em todo o terreno. Dos 836 mil metros quadrados 25,5% é de reserva natural.

Ricardo explicou que a "Transforma" viabiliza inúme-ros processos de transformação de resíduos industriais em ma-téria servível para reciclagem, reúso e reutilização. “Com tec-nologia de ponta, a nossa Uni-dade de Blendagem transforma resíduos industriais perigosos em energia.

De janeiro a maio do corren-te ano, foram transformados no nosso setor mais de 2 mi-lhões de quilos em bioenergia. Na Estação de Tratamento de Efluentes Industriais, a água contaminada torna-se límpida e pronta para reúso.

De janeiro a maio do corren-te ano, foram tratados quase 9 milhões de litros de efluentes industriais”, explica.

DIVULGAÇÃO

Transformar áreas inutilizadas na base, em espaços verdes é uma das ações da empresa

Equipe da Transforma compartilhou experiência com alunos Projeto ajuda a criar consciência em cidadania entre alunos

Diretor-presidente, Ricardo Rezende, defendeu política social Membros da Firjan apoiaram iniciativa ambiental da empresa