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5 REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(1), jan. mar. 2003 Notícias da REM A Samarco comemorou o dia in- ternacional da água, dia 22 de março, com a apresentação de uma série de ações de melhoria da qualidade e apro- veitamento dos recursos hídricos pela empresa. A mineradora lançou uma campanha para a redução do gasto da água, através de um incentivo ao Cam- po de Idéias (programa já adotado que vem dando bons resultados para a empresa). Os empregados que derem sugestões que venham a ser implanta- das vão ganhar um kit e R$ 500,00. O analista de meio ambiente da Sa- marco, Euzimar Augusto da Rocha Ro- sado, explicou que os grandes projetos para reduzir o consumo dos recursos hí- dricos já foram adotados pela minerado- ra. Agora, segundo ele, é preciso fazer pequenos ajustes, afirmando, ainda, que são os empregados que podem dar boas dicas para se conseguir esse objetivo. Entre os projetos adotados, a Samarco já é referência mundial na questão da água de lastro (água que é captada pelos navios em seus paí- ses de origem e armazenada em seus tanques para manter estabilidade e segurança e que é despejada quan- do se chega aos portos). A minera- dora, que é uma empresa 100% ex- portadora e recebe várias embarca- ções estrangeiras em seu Terminal Portuário de Ponta Ubu (ES), exige que o navio troque a água progres- sivamente em alto mar até chegar a costa brasileira para evitar impactos ao meio ambiente marinho local. A água do mar de um outro país contém microorganismos exóticos que podem vir a afetar o ecossistema maríti- mo no Brasil. Para evitar riscos dessa natureza, a Samarco criou um programa de controle e gerenciamento desse eflu- ente. Ele monitora os tanques de lastros das embarcações e a qualidade da água do mar e das praias vizinhas. Também são controlados os sistemas de óleo combustível, esgoto sanitário, geração e tratamento de resíduos e emissões at- mosféricas dos navios. Como a água é um insumo funda- mental no processo produtivo da Samar- co, desde a planta de beneficiamento em Germano às etapas de pelotização em Ubu, passando pelo mineroduto, a em- presa criou também metas para a redu- ção do uso dos recursos hídricos dentro da empresa. Uma delas já foi obtida no ano pas- sado, na unidade de Ubu. O objetivo era reduzir a vazão de alimentação da Esta- ção de Tratamento de Efluentes para 1.500 m 3 / hora. Isso foi possível com a recirculação da água utilizada pela Sa- marco. A outra meta, que deve ser obti- da no final desse ano, é a redução em 35% da água bombeada das duas fontes captadoras (rio Piracicaba e córrego San- tarém) com relação aos valores de 1999. Naquela época, a Samarco captava 2,45 m 3 /Tmsc (tonelada métrica seca) e o ob- jetivo é reduzir para 1,59 m 3 /Tmsc. Em 2002, a mineradora já havia reduzido esse consumo para 1,61 m 3 /Tmsc. Além desses projetos, a Samarco incentiva programas de voluntariado dos empregados que buscam o melhoramen- to da qualidade da água. Em Mariana, a empresa apóia o Limpa Carmo, que visa à limpeza do principal ribeirão que corta a cidade. O outro projeto é o Sorria Rio Pardo, no qual moradores do município de Muniz Freire (ES) foram capacitados para atuarem como agentes da brigada ecológica nas margens do rio Pardo. Eles têm a missão de conscientizar a comuni- dade sobre os problemas causados pela poluição da água e do solo e convencê- la a não jogar o lixo no rio. Todos dois projetos têm apoio das prefeituras muni- cipais. Outro grande projeto da Samarco é o Salvamar. Lançado em 2000, o progra- ma tem como objetivo a reciclagem do óleo queimado utilizado por embarcações turísticas e pesqueiras de Guarapari (ES). A empresa recupera o produto e depois o repassa a preços simbólicos aos pes- cadores, para reutilização. Desde então já foram recolhidos, reciclados e reutili- zados mais de 2.500 litros de óleo. A Samarco é a única empresa brasi- leira que vai participar do Global Com- pact, programa da Organização das Na- ções Unidas (ONU) voltado para o meio ambiente. Samarco comemora o dia internacional da água Foi nomeado, dia 31/01/2003, o novo Diretor Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, o Engº de Minas Miguel Antônio Cedraz Nery, em lugar do Geólogo Marcelo Ribeiro Tunes. Também tomou posse como Diretor Geral Adjunto do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM o Geólogo João César De Freitas Pinheiro, em lugar do Geólogo Osvaldo Barbosa Ferreira Filho. DNPM tem novos diretores

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Page 1: Notícias da REM - SciELOREM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(1), jan. mar. 2003 5 Notícias da REM A Samarco comemorou o dia in-ternacional da água, dia 22 de março, com a apresentação

5REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(1), jan. mar. 2003

Notícias da REM

A Samarco comemorou o dia in-ternacional da água, dia 22 de março,com a apresentação de uma série deações de melhoria da qualidade e apro-veitamento dos recursos hídricos pelaempresa. A mineradora lançou umacampanha para a redução do gasto daágua, através de um incentivo ao Cam-po de Idéias (programa já adotado quevem dando bons resultados para aempresa). Os empregados que deremsugestões que venham a ser implanta-das vão ganhar um kit e R$ 500,00.

O analista de meio ambiente da Sa-marco, Euzimar Augusto da Rocha Ro-sado, explicou que os grandes projetospara reduzir o consumo dos recursos hí-dricos já foram adotados pela minerado-ra. Agora, segundo ele, é preciso fazerpequenos ajustes, afirmando, ainda, quesão os empregados que podem dar boasdicas para se conseguir esse objetivo.

Entre os projetos adotados, aSamarco já é referência mundial naquestão da água de lastro (água queé captada pelos navios em seus paí-ses de origem e armazenada em seustanques para manter estabilidade esegurança e que é despejada quan-do se chega aos portos). A minera-dora, que é uma empresa 100% ex-portadora e recebe várias embarca-ções estrangeiras em seu TerminalPortuário de Ponta Ubu (ES), exigeque o navio troque a água progres-sivamente em alto mar até chegar a

costa brasileira para evitar impactosao meio ambiente marinho local.

A água do mar de um outro paíscontém microorganismos exóticos quepodem vir a afetar o ecossistema maríti-mo no Brasil. Para evitar riscos dessanatureza, a Samarco criou um programade controle e gerenciamento desse eflu-ente. Ele monitora os tanques de lastrosdas embarcações e a qualidade da águado mar e das praias vizinhas. Tambémsão controlados os sistemas de óleocombustível, esgoto sanitário, geraçãoe tratamento de resíduos e emissões at-mosféricas dos navios.

Como a água é um insumo funda-mental no processo produtivo da Samar-co, desde a planta de beneficiamento emGermano às etapas de pelotização emUbu, passando pelo mineroduto, a em-presa criou também metas para a redu-ção do uso dos recursos hídricos dentroda empresa.

Uma delas já foi obtida no ano pas-sado, na unidade de Ubu. O objetivo erareduzir a vazão de alimentação da Esta-ção de Tratamento de Efluentes para1.500 m3/ hora. Isso foi possível com arecirculação da água utilizada pela Sa-marco. A outra meta, que deve ser obti-da no final desse ano, é a redução em35% da água bombeada das duas fontescaptadoras (rio Piracicaba e córrego San-tarém) com relação aos valores de 1999.Naquela época, a Samarco captava 2,45m3/Tmsc (tonelada métrica seca) e o ob-

jetivo é reduzir para 1,59 m3/Tmsc. Em2002, a mineradora já havia reduzido esseconsumo para 1,61 m3/Tmsc.

Além desses projetos, a Samarcoincentiva programas de voluntariado dosempregados que buscam o melhoramen-to da qualidade da água. Em Mariana, aempresa apóia o Limpa Carmo, que visaà limpeza do principal ribeirão que cortaa cidade. O outro projeto é o Sorria RioPardo, no qual moradores do municípiode Muniz Freire (ES) foram capacitadospara atuarem como agentes da brigadaecológica nas margens do rio Pardo. Elestêm a missão de conscientizar a comuni-dade sobre os problemas causados pelapoluição da água e do solo e convencê-la a não jogar o lixo no rio. Todos doisprojetos têm apoio das prefeituras muni-cipais.

Outro grande projeto da Samarco éo Salvamar. Lançado em 2000, o progra-ma tem como objetivo a reciclagem doóleo queimado utilizado por embarcaçõesturísticas e pesqueiras de Guarapari (ES).A empresa recupera o produto e depoiso repassa a preços simbólicos aos pes-cadores, para reutilização. Desde entãojá foram recolhidos, reciclados e reutili-zados mais de 2.500 litros de óleo.

A Samarco é a única empresa brasi-leira que vai participar do Global Com-pact, programa da Organização das Na-ções Unidas (ONU) voltado para o meioambiente.

Samarco comemora o dia internacional da água

Foi nomeado, dia 31/01/2003, o novo Diretor Geral do Departamento Nacional de ProduçãoMineral - DNPM, o Engº de Minas Miguel Antônio Cedraz Nery, em lugar do Geólogo MarceloRibeiro Tunes. Também tomou posse como Diretor Geral Adjunto do Departamento Nacional deProdução Mineral - DNPM o Geólogo João César De Freitas Pinheiro, em lugar do GeólogoOsvaldo Barbosa Ferreira Filho.

DNPM tem novos diretores

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A seriedade do ensino e a solidezdo embasamento científico, oferecidospela ESCOLA DE MINAS, legendáriaforja de líderes e de cidadãos úteis aodesenvolvimento brasileiro, têm sidocoroadas de êxito nesses 125 anos devida fecunda.

Em fins de dezembro último, numinvulgar exemplo de culto familiar, reuni-ram-se no Rio de Janeiro os três filhos,os seis netos, os seis bisnetos e váriosamigos de CARLOS GOMES FILHO,para comemorar o seu primeiro centená-rio de nascimento.

Esse culto familiar foi uma forma demarcar, em seus netos e bisnetos, o va-lor de um avô que foi um homem excep-cional. O culto de Carlos Gomes pelosvalores familiares, que ele soube trans-ferir aos filhos, veio da educação recebi-da de um pai de oito filhos, patriarca in-dustrial da tradicional Campos dosGoytacazes, no Estado do Rio.

A educação doméstica e formaleram para Carlos Gomes o seu mais pre-cioso apanágio, o zelo pela sua família, oamor pela sua esposa e a veneração dosfilhos. Foi sempre um esposo românticoe apaixonado. Foi, também, um eternopreocupado com o futuro do Brasil. Es-tudioso, com visão especializada de ge-ólogo e com a compreensão geral da ge-ografia brasileira, expressou suas apre-

ensões em vários artigos publicados nosjornais da época.

Carlos Gomes era um homem alegremas, ao mesmo tempo, um homem compoucas ilusões, às vezes pessimista. Eratímido e extremamente modesto, emboramuito sociável. Pregava, em todas asoportunidades, a união familiar, expres-sando zelo especial por sua genitora epelas irmãs solteiras. Cultivava, com ca-rinho fraternal, as velhas amizades uni-versitárias, nascidas na Escola de Mi-nas.

Esta foi a segunda aura dominantena vida de Carlos Gomes: a dedicação àgeologia e, sobretudo, ao aproveitamen-to adequado de nossos recursos mine-rais. A primeira e grande aura foi, sem-pre, seu grande amor pela família. Quan-to à sua vida profissional, faremos algu-mas referências aos traços mais marcan-tes desse técnico, modesto, sério e com-petente.

Terminado o curso primário, deixousua terra natal para ingressar no ColégioPedro II, no Rio de Janeiro. Em virtudeda preferência de numerosos conterrâ-neos seus, de Campos, transferiu-se parao Colégio Rio Branco, embrião do Insti-tuto Lafaiete. Adquirindo uma boa basehumanística, mudou-se para Ouro Preto,onde freqüentou o curso anexo do Dr.Geraldo da Silveira. Ingressou na Escolade Minas em 1924, tendo completado seucurso de engenharia de minas e civil comreconhecido brilhantismo, tanto que foiadmitido como auxiliar no Posto Meteo-rológico de Ouro Preto, cargo que ocu-pou até 1930, época em que se formou.Pelo entusiasmo com que se referia à suacidade natal, foi apelidado de “Campis-ta”, como era chamado por todos os co-legas que com ele conviveram.

Iniciou sua carreira profissionalcomo engenheiro siderurgista, na Com-panhia Belgo Mineira, em Sabará, porindicação de seu antigo professor Dr.Clodomiro de Oliveira. Pelo seu invulgardinamismo, mercê de sua reconhecidadedicação ao trabalho, assumiu, ao fimde pouco tempo, o posto de engenhei-

ro-chefe do Bureau d’Études dessa po-derosa empresa.

De seus trabalhos em Sabará des-tacam-se estudos e instalações de for-nos, recuperadores de calor, etc. O pri-meiro forno para recoser fio de arame datrafilaria da Belo Mineira foi projetado econstruído por esse campista, oriundoda “Casa de Gorceix”.

Estudou, ainda, o rio Taquarussu,no Município de Caeté, para implanta-ção da atual usina hidrelétrica, e cons-truiu numerosos núcleos operários lo-calizados às margens do rio Sabará. Foiesse engenheiro que começou os primei-ros estudos para a Usina de Monlevade,no rio Piracicaba, tributário do rio Doce.

Um pouco antes da criação do DE-PARTAMENTO NACIONAL DA PRO-DUÇÃO MINERAL – DNPM, CarlosGomes ingressou no “Serviço Geológi-co e Mineralógico do Brasil”, a convitede seu Diretor, o grande geólogo e líderde todo um pequeno pugilo de devota-dos estudiosos da Terra, Dr. EuzébioPaulo de Oliveira. Foi nas viagens pelointerior do Brasil, sobretudo na faixa li-torânea e no Brasil Central, que CarlosGomes adquiriu um conhecimento realdo nosso potencial mineral, bem comodo imenso manancial hídrico, que, mui-tas vezes, é mal aproveitado. Por essas eoutras atitudes semelhantes, ele era umhomem que se indignava com o desper-dício dos recursos humanos, naturais emateriais.

Percorreu esses brasis caminhan-do por trilhas a pé, de carro ou em lombode burro, sobretudo no Estado do Riode Janeiro setentrional, no RecôncavoBaiano e na Chapada do Araripe. Nossertões nordestinos, por volta do inícioda década de 30, costumava levar consi-go, além de seus instrumentos de traba-lho, caderneta de campo e um cantil comágua, uma carta do Padre Cícero, comosalvo-conduto para possíveis encontroscom o bando de Lampião.

Na região de Brasília, quando ain-da se projetava a capital brasileira, pes-quisou rochas calcárias para a instala-

Centenário de um grande geólogo: Carlos Gomes FilhoJ.R. de Andrade Ramos

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1936 - 2003

Não esconda seu trabalho. Publique-o na REM.

67 anos divulgando ciência.

ção de fábricas de cimento. Foi sócio efe-tivo do Clube de Engenharia do Rio deJaneiro e da Associação Mineira dosEngenheiros, sendo particularmenteatento aos problemas fluminenses e mi-neiros.

Patriota na mais alta significação dotermo, sem xenofobismo, mas com acen-drado sentimento de brasilidade, CarlosGomes dirigiu todo seu dinamismo pro-fissional e sua capacidade técnica paraproblemas econômicos e sociais do Bra-sil. Publicou inúmeros trabalhos sobretemas gerais, como dados para a históriada siderurgia brasileira, subsídios para ahistória do São Francisco, característi-cas da cordilheira mestra do sudeste bra-sileiro e das planícies fluminenses, ob-servações geológicas sobre a faixa lito-rânea do Rio Grande do Norte a São Pau-lo, geologia da Chapada do Araripe ealguns outros temas.

No estudo específico do apro-veitamento de recursos e em proposi-

ções de vanguarda, escreveu sobre a“hulha branca”, sobre a grafita de SãoFidélis, sobre o cálculo de cubilots, so-bre a destilação seca da madeira, sobre ociclo completo da fabricação de açúcarde cana, sobre o consumo de vapor nasusinas açucareiras, sobre a broca docafé, sobre a fábrica de seda de Seropé-dica e alguns outros temas específicos.Sua versatilidade foi imensa, face ao seusólido embasamento científico e à suaextraordinária criatividade.

O autor dessas notas teve o pra-zer de ter sido coleta do ilustre campista,na Divisão de Geologia e Mineralogia (doD.N.P.M.), que nós denominávamos de“Serviço Geológico”, pois era o rema-nescente do tradicional serviço, criadoem 1907. Além de colega, teve o privilé-gio de ter sido seu Diretor nos últimostempos de sua permanência no “Geoló-gico”, antes de aposentar-se.

Na vida e na obra de Carlos Go-mes Filho, foi o Brasil a razão de sua co-

ragem e da grandeza de seus estudos,procurando sempre soluções imediatase precisas para os seus grandes proble-mas econômicos, sociais e científicos.

Nosso herói, preso em 1976, a umleito de enfermo, faleceu em 17 de feve-reiro de 1986, deixando idéias e amigose, sobretudo, admiradores de sua privi-legiada inteligência. Como profissional,viveu sempre sugerindo soluções e irra-diando otimismo. Foi uma das mais legí-timas e representativas expressões daengenharia brasileira.

Cérebros imortais também falece-ram... A memória desse campista ilustre,entretanto, no despontar de um novo sé-culo, continuará a honrar nossa vetustaESCOLA DE MINAS. . .

O autor agradece à Dra. Eliane Go-mes Machnizh, psicóloga, com Mestra-do, filha de Carlos Gomes Filho, pelasinformações prestadas, sobretudo noâmbito familiar.

Continuação

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Dirigentes do Instituto Brasileiro deSiderurgia – IBS estiveram reunidos como Ministro do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior - MDIC, Luiz Fer-nando Furlan, em 11.03, em Brasília, paraapresentar análise detalhada das condi-ções de abastecimento do aço para o mer-cado interno e da evolução dos fatoresde custo, responsável pelo reajuste dospreços do aço.

Os representantes da siderurgiademonstraram, com números, que foi bemsucedido o esforço do setor em manter aindústria consumidora plenamente abas-tecida. Desse modo, os problemas sur-gidos no final do ano passado, decor-rentes de previsões pessimistas de al-guns setores consumidores quanto à de-manda daquele período, já foram quasetotalmente superados através do aumen-to da oferta interna, em detrimento dasexportações. O IBS ressaltou que o se-tor siderúrgico dispõe de capacidadeinstalada de produção de 32 milhões de

toneladas de aço bruto enquanto a de-manda do mercado interno situa-se emtorno de 18 milhões de toneladas.

Os reajustes ocorridos no aço, se-gundo os dados individuais de cadaempresa, resultaram em grande partedos efeitos da variação cambial nacotação dos insumos importados bemcomo daqueles referentes aos preçosinternacionais. Além disso, foram, emmédia, bastante inferiores aos valoresindicados pelos setores consumidoresem recente carta ao MDIC.

Se a intenção fosse obter maior re-ceita com os preços de exportações, asempresas não redirecionariam sua ofertapara melhorar o abastecimento do mer-cado interno, já que isto significa, nascondições atuais, para alguns produtos,perda de receita de 50 a 100 dólares, emmédia, por tonelada comercializada.

Lembraram, ainda, os dirigentes doIBS que a siderurgia mundial – Brasil

Abastecimento do mercado e os preços do açoinclusive – vinha acumulando prejuízoshá vários anos e que o atual nível inter-nacional de preços já apresenta sinaisde decréscimo, comprovando o carátercíclico que caracteriza o mercado mundi-al de aço.

Por último, os diretores do IBSmanifestaram repúdio ao pleito de al-guns segmentos consumidores de açopara aplicação de tributação ou con-tingenciamento das exportações dosetor, pois representam quebra de con-fiança e abandono das regras do mer-cado, que eles se lembram de defen-der somente quando lhes convém.Ressaltaram, a propósito, o aumentomédio de 29,5% nas exportações dossetores intensivos em aço no segun-do semestre de 2002, em comparaçãocom o semestre imediatamente anteri-or, demonstrando, assim, que o aço nãoconstituiu restrição à competitividadedos referidos setores.

Fonte: IBS

CVRD concluiaquisição da

RanaA Companhia Vale do Rio Doce

(CVRD) comunica que concluiu hoje aaquisição de 100% do capital da ElkemRana AS (Rana), empresa norueguesaprodutora de ferro ligas, pelo preço deUS$ 17,6 milhões. A Rana era uma sub-sidiária integral da Elkem ASA, da No-ruega.

A transação foi aprovada pelo Fe-deral Cartel Office (FCO), da Alemanha,em 7 de fevereiro de 2003. Conforme di-vulgado no “press release” emitido pelaCVRD em 3 de fevereiro de 2003, a con-clusão da aquisição estava sujeita àaprovação do FCO, órgão de defesa dacompetição do governo alemão.

Usiminas diminui captação de água no rio Piracicaba

Em 2002, empresa atingiu índice de 92% de recirculação

Os sistemas de utilização e tratamento de água da Usiminas atingiramem 2002 o índice de 92% de recirculação – 1,7% a mais que no ano anterior.Para atingir esse índice, a siderúrgica investiu em um sistema de tratamentoe uso dos recursos hídricos onde são utilizados quatro centros de trata-mento de efluentes e vinte centros de recirculação que minimizam o consu-mo da água.

A siderúrgica estará comemorando o Dia Mundial da Água – 22 demarço – com uma programação interna para os funcionários e o plantio de240 mudas de árvores nativas nas margens dos rios Piracicaba e Doce, emIpatinga (MG), no dia 24, segunda-feira. No total, a Usiminas já plantoumais de 3 milhões de árvores na cidade, dentro do Programa Áreas Verdes.A empresa também desenvolve no seu dia-a-dia atividades de racionaliza-ção do recurso que envolvem conscientização dos funcionários para o usoda água nas diversas atividades desenvolvidas na usina.

Os efluentes hídricos (água já utilizada) não recirculados, antes deserem lançados no rio, são tratados em estações específicas. A água écaptada, tratada e armazenada na Lagoa da Anta, localizada na parte lesteda usina, entre os bairros Bela Vista e Das Águas. Com quase três quilôme-tros de diâmetro, ela é considerada a “caixa d´água” da Usiminas, pois de láé retirada toda a provisão para uso interno da fábrica.

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Presidente da Usiminas integrao Conselho de

Desenvolvimento do PaísA ampla atuação social da Usiminas continua ren-

dendo bons frutos para a empresa. O presidente doSistema Usiminas, Rinaldo Campos Soares, está na lis-ta oficial dos empresários convidados para fazer partedo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,que está em fase de montagem pelo presidente LuizInácio Lula da Silva. Rinaldo fará parte de um seletogrupo de representantes do setor industrial brasileiro,ao lado de gente como Abílio Diniz (Grupo Pão de Açú-car), Benjamin Steinbruch (CSN) e Jorge Gerdau (Gru-po Gerdau).

A siderúrgica, como se sabe, vem desenvolvendo,ao longo de seus 40 anos de operação, uma ampla atua-ção civilizadora no Vale do Aço, principalmente em seto-res como educação ambiental, urbanística e cultural.

À frente de um complexo industrial que faturoumais de R$ 9 bilhões em 2002, Rinaldo é um dos princi-pais defensores do fortalecimento do estratégico setorsiderúrgico brasileiro. Segundo o executivo, a produ-ção de aço é fundamental para o crescimento do Brasile, exatamente por isso, deve ficar sob controle do capi-tal nacional – ainda que o capital externo seja impor-tante para aporte de recursos e tecnologia.

Rinaldo tem defendido, ainda, a participação dogoverno federal na reestruturação do setor (leia-se fu-sões e aquisições), considerada essencial para que osprodutos nacionais não percam competitividade.

A primeira reunião do Conselho, cujo secretárioexecutivo é o ex-prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro,deve ser realizada dentro de um mês.

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REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(1), jan. mar. 200310

O Sistema Usiminas (Usiminas/Cosipa) comercializou 435,5 mil tone-ladas de laminados planos e produtosbeneficiados no mercado interno emfevereiro de 2003. Esse foi o maior vo-lume comercializado pela empresa nomês de fevereiro nos últimos cincoanos, confirmando o compromisso doSistema Usiminas com o abastecimen-to do mercado interno.

O resultado representou 73,2% dosnegócios totais realizados pela Usiminas/Cosipa no período. Em fevereiro de 2002,o Sistema Usiminas colocou no mercadointerno 406,9 mil toneladas de laminadosplanos e beneficiados.

As vendas de laminados do Siste-ma Usiminas no mercado interno vêmapresentando alta contínua desde o se-gundo semestre do ano passado, perío-do no qual representaram cerca de 67%dos negócios totais da Usiminas/Cosi-pa. Em janeiro de 2003, esse percentualsaltou para 72,6% e, em fevereiro, che-gou aos 73,2%. Nos dois primeiros me-ses de 2003 (janeiro/fevereiro), o Siste-ma Usiminas comercializou no mercadointerno 895,3 mil toneladas de laminadose produtos beneficiados.

Como resultado dessa política deatenção especial ao mercado interno,o Sistema Usiminas tem-se consolida-do como principal fornecedor de pro-dutos siderúrgicos planos para impor-tantes setores industriais do país,como automobilístico, autopeças, má-quinas e implementos agrícolas, equi-pamentos eletroeletrônicos, cofres emóveis, construção civil e tubos degrande diâmetro.

Usiminas

Somente na Usiminas, as vendaspara o mercado interno no segundo se-mestre de 2002 somaram 77,7% dos ne-gócios totais - percentual que pulou para78,3% em fevereiro desse ano. De janei-ro a fevereiro de 2003, a Usiminas comer-cializou 536,6 mil toneladas no mercadobrasileiro. Em igual período do ano pas-sado, a Usiminas comercializou 508 miltoneladas. O crescimento nesse ano, por-tanto, chegou a 5,5%.

Cosipa

A Cosipa, por sua vez, continuamantendo um volume maior de exporta-ções de placas, produto semi-acabadocom demanda menor no mercado inter-no. Ainda assim, a empresa colocou nomercado nacional 55,4% de seus produ-tos no segundo semestre do ano passa-do – volume que evoluiu para 65,9% emjaneiro e 66,8% em fevereiro desse ano.Nos dois primeiros meses do ano, a Co-sipa comercializou 358,7 mil toneladas deprodutos no mercado interno.

Produtos

A linha de produtos e as vendasdo Sistema Usiminas tiveram crescimen-to mais expressivo em galvanizados(60%) e linha de tiras a frio (43%), alémdo incremento das vendas de produtosbeneficiados, que nos primeiros mesesdo ano cresceram 44% em relação aomesmo período de 2002.

Em 2002, o Sistema Usiminasproduziu 8,4 milhões de toneladasde aço bruto, com a comercializaçãode 7,7 milhões de toneladas de pro-dutos siderúrgicos.

Sistema Usiminas aumenta vendas no mercado internoComercialização de laminados planos em fevereiro foi a maior dos

últimos cinco anos e representou 73,2% dos negócios totais emfevereiro

VI Curso de Uso deSensoriamento Remoto noEstudo do Meio Ambiente

Entre os dias 14 e 18 de julho, aCoordenação de Observação da Terra,através da Divisão de Sensoriamento Re-moto em parceria com as áreas de Ativi-dade de Treinamento e Difusão em Ciên-cia e Tecnologia Espaciais e o Serviçode Treinamento e Desenvolvimento doINPE estarão realizando o VI Curso deUso de Sensoriamento Remoto no Estu-do do Meio Ambiente.

Esse curso será direcionado aosprofessores dos ensinos fundamental emédio, pertencentes à rede pública e pri-vada e para graduados na área de edu-cação. Os objetivos serão: apresentar aimportância da ciência básica como prin-cipal geradora de novas idéias e tecno-logias, despertar uma possível vocaçãocientífica dos graduados e motivar edu-cadores a repensar a forma de apresen-tar a ciência a seus estudantes, além dereciclar e capacitar os professores, dis-ponibilizando as informações científicaspara educação e incentivar a interaçãodas instituições de ensino fundamentale médio com as atividades de pesquisado INPE.

Os cinco dias de curso serão di-vididos entre 14 palestras sobre diver-sos temas relacionados ao meio ambien-te e aulas práticas de cartografia, inter-pretação de mapas e imagens de satéli-tes e de geoprocessamento.

Para obter mais informações entrarem contato com:

Instituto Nacional de PesquisasEspaciais – INPE

Tânia Regina Freire SanchezTel: (12) 3945-6874E-mail: [email protected]: http: //www.inpe.br/relacoes_institucionais/calendario/calendario_2003.htm#julAssessoria de Imprensa - INPE/CRI

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