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Notas às Demonstrações Financeiras

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Notas às Demonstrações Financeiras

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Notas às Demonstrações Financeiras

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ÍNDICE

I. Relatório de Gestão

1. Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva ………………………………………………………………………………. 5

2. O Novo Banco dos Açores ………………………………………………………………………………………………. 7 - Composição Acionista ………………………………………………………………………………………… 7 - Órgãos Sociais………………………………………………………………………………………………………… 8 - Principais Acontecimentos de 2014……………………………………………………………………… 10 - Presença Geográfica e Rede de Distribuição ……………………………………………………… 11 3. Enquadramento Económico ………………………………………………………………………………………… 13

- Breve caracterização da economia Açoriana ……………………………………………………. 13 - Situação Económica Internacional ……………………………………………………………………… 15 - Situação Económica Nacional ……………………………………………………………………………. 16 - Situação Económica da Região Autónoma dos Açores ……………………………………. 18

4. Estratégia e Modelo de Negócio ……………………………………………………………………………………. 27 - Banca de Retalho……………………………………………………………………………………………………. 29 - Private Banking ……………………………………………………………………………………………………… 39 - Empresas …………………...…………………………………………………………………………………………… 40 - Municípios e Institucionais …………………………………………………………………………………… 42 5. Recursos Humanos ………………………………………………………………………………………………………… 45

6. Análise do Risco de Crédito ……………………………………………………………………………………………. 48

7. Análise da evolução da atividade …………………………………………………………………………….… 51 - Principais indicadores …………………………………………………………………………………………… 51 - Evolução previsível da Sociedade ………………………………………………………………………… 60

8. Demonstrações Financeiras …………………………………………………………………………………………. 61

9. Notas Finais ……………………………………………………………………………………………………………………. 64

- Declaração de Conformidade sobre a informação financeira apresentada …. 64 - Proposta de Aplicação de Resultados …………………………………………………………………. 65 - Agradecimento ………………………………………………………………………………………………………. 66

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II. Demonstrações Financeiras e Notas às Contas

1. Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas …………………………………………………… 67

2. Anexo – Adaptação das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e do Commitee of European Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e Valorização dos Ativos …………………………………………………………………. 147

3. Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas…………………………………… 150

4. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ……………………………………………………………………. 153

III. Informação sobre o Governo da Sociedade

1. Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores .………. 157

2. Acionistas titulares de direitos especiais ………………………………………………………………. 157

3. Restrições em matéria de direito de voto……………………………………………………………… 158

4. Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e

alteração dos estatutos da sociedade……………………………………………………………………. 158

5. Poderes do órgão de administração ……………………………………………………………………… 159

6. Sistemas de controlo interno e de gestão de risco ……………………………………………… 159

IV. Anexos

Anexo 1 – Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização do Novo Banco dos Açores, apresentada pela Comissão de Vencimentos na Assembleia Geral de 25 de março de 2015. ………………………….. 160

Anexo 2 – Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos

Açores, S.A. ……………………………………………………………………………………………………… 166

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MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA Senhores Acionistas,

O primeiro semestre de 2014 decorreu dentro do orçamentado e com resultados muito positivos. O

segundo semestre foi marcado pelos efeitos colaterais que a Instituição sofreu com o colapso do ex

BES e que teve o seu ponto mais alto na medida de Resolução que foi aplicada àquele Banco. Esses

fatos influenciaram em grande medida a atividade do BES dos Açores / Novo Banco dos Açores nos

últimos 5 meses do ano.

O ex BES dos Açores, no contexto da medida de Resolução, apesar de não ter estado na sua origem,

foi incluído no perímetro do Novo Banco. Na Assembleia Geral dos Acionistas do BES dos Açores de 7

de outubro de 2014, foi deliberado pelos Acionistas adotar o nome de Novo Banco dos Açores,

seguindo, assim, a marca do acionista maioritário que é o Novo Banco, que detém 57,5% do capital

social da Instituição, sendo os restantes 42,5% de acionistas regionais, mais precisamente 13 Santas

Casas das Misericórdias dos Açores, com 32,5%, com particular destaque para a Santa Casa da

Misericórdia de Ponta Delgada com 30%, e os restantes 10% pertencentes ao acionista Grupo

Bensaúde. Depois, foi solicitado ao Banco de Portugal o registo do nome de Novo Banco dos Açores,

tendo o mesmo sido autorizado em 22 de outubro de 2014.

Não obstante os impactos negativos decorrentes do colapso do BES, o nosso Banco continuou a

desenvolver a sua atividade com muita persistência e resiliência. Os recursos de balanço sofreram no

ano em análise uma quebra de -10,1%, passando de 331.8 milhões de euros para 298.2 milhões de

euros, sendo que a maior quebra sofrida foi nos Recursos fora de Balanço. Quanto ao Crédito, neste

mesmo período, registou-se uma evolução positiva de +1,5%.

O Exercício de 2014 terminou com um Resultado Bruto de 5,5 milhões de euros, o que representa um

crescimento de cerca 41% relativamente a 2013. Tal evolução ficou a dever-se a uma melhoria do

Resultado Financeiro de mais 34,6% relativamente ao período homólogo e a um crescimento também

positivo do Serviço a Clientes de 3,5%, o que se traduziu num crescimento do Produto Bancário de

mais 13,4%. Acresce que o Novo Banco dos Açores, no período em análise, conseguiu reduzir os

Custos Operativos em 0,6%.

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O Resultado Líquido, negativo, no montante de 2.1 milhões de euros, foi altamente influenciado pelo

forte aumento do provisionamento para crédito a Clientes, mais 4.094 milhares de euros do que em

2013. Não fosse este elevado reforço de provisões, o Banco teria um Resultado Líquido Positivo. A este

movimento de Provisões também não são alheios o desempenho da economia e os seus

constrangimentos, dificultando em muito a resolução de vários processos.

O Crédito Vencido em 31 de dezembro de 2014 era de 18.296 milhares de euros e as Provisões

acumuladas para Crédito eram de 26.340 milhares de euros, sendo que uma grande parte do crédito

vencido já está coberto por consideráveis garantias reais.

O ano de 2014 encerrou com um Ativo Líquido de 437,5 milhões de euros, o que representa uma

variação, relativamente a 2013, de -1,8%.

Tal como no passado, no ano de 2015, iremos continuar a nossa política de dinamização do Banco,

muito ativa e rigorosa, de forma a continuarmos a constituir um elemento fundamental para o

Desenvolvimento Económico e Social dos Açores, e em especial das suas empresas, e em conformidade

com as nossas responsabilidades de sermos o único Banco a operar na Região com sede nos Açores.

A todos os nossos Colaboradores um agradecimento especial por terem contribuído para ultrapassar

este ano muito difícil. O empenho de todos faz com que o Novo Banco dos Açores esteja à altura dos

atuais desafios e possa continuar a ser um Banco de referência na Região Autónoma dos Açores.

Manifestamos o nosso agradecimento também aos Colaboradores do Novo Banco, da Companhia de

Seguros Tranquilidade e das outras Empresas do Grupo Novo Banco, com quem trabalhamos todos os

dias e das quais recebemos valiosa colaboração, designadamente através do fornecimento de serviços

e produtos no quadro do modelo de externalização que se pretende cada vez mais eficiente e do qual

se espera um relevante contributo para a continuada redução do nosso Cost to Income.

Registamos um agradecimento aos Órgãos de Fiscalização do Banco, com particular destaque para o

Conselho Fiscal, pelo trabalho desenvolvido no exercício agora findo. Uma palavra também de

agradecimento para os Membros do Conselho Consultivo pelo apoio prestado para o desenvolvimento

da nossa atividade.

Queremos também salientar o nosso agradecimento às Autoridades Monetárias e Financeiras Nacionais

e Regionais, com particular destaque para o Banco de Portugal e para a Vice-Presidência do Governo

Regional que tutela a área das Finanças Regionais, das quais temos tido todo o apoio.

Registamos também um agradecimento muito especial aos nossos Acionistas e aos nossos Clientes,

empresas e institucionais, e particulares, sejam residentes nos Açores ou nas Comunidades de

Emigrantes, pela forte e valiosa contribuição para o desenvolvimento do Novo Banco dos Açores.

Gualter José Andrade Furtado Jaime José Matos da Gama

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Relatório e Contas de 2014 7 2014

O NOVO BANCO DOS AÇORES

Composição Acionista

Accionista Nº Acções%

Capital Social

Novo Banco, SA 2.144.191 57,5236%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações SGPS, SA 372.750 10,0000%

Banco Espírito Santo de Investimento, SA 213 0,0057%

Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande 53.250 1,4286%

Santa Casa da Misericórdia de Nordeste 24.022 0,6445%

Santa Casa da Misericórdia da Horta 12.750 0,3421%

Santa Casa da Misericórdia da Calheta 500 0,0134%

Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo Maia 531 0,0142%

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Porto 266 0,0071%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Santa Cruz Flores 213 0,0057%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Santo António Lagoa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia de Vila Praia da Graciosa 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia da Madalena 106 0,0028%

Santa Casa da Misericórdia do Corvo 21 0,0006%

Total 3.727.500 100,00%

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Órgãos Sociais

Os órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, face ao seu estatuto de sociedade anónima, são eleitos

em Assembleia Geral e estão localizados na sede social do Banco.

A gestão do Novo Banco dos Açores é assegurada por um Conselho de Administração com

competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e representação da Sociedade, praticando

todos os atos necessários à prossecução das atividades do Banco.

O Conselho de Administração é composto por nove membros, dos quais seis são não executivos. A

gestão corrente da sociedade é delegada numa Comissão Executiva, composta por três membros.

O Conselho de Administração do NB dos Açores reúne, por norma, uma vez por mês, e reunirá

extraordinariamente sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois Administradores.

A composição dos Órgãos Sociais para o triénio 2014 – 2016 é atualmente a seguinte:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: - Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz

Vice-Presidente: - Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota

Secretário: - Dr. João Afonso Pereira Gomes da Silva

Conselho de Administração

Presidente: - Dr. Jaime José Matos da Gama

Vice-Presidente: - NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. José João Guilherme

Vogais: - NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. José Eduardo Fragoso Tavares de

Bettencourt

- NOVO BANCO, S.A. representado por Dr. Luís Miguel Cordeiro Guimarães de

Carvalho

- Dr. José Francisco Gonçalves Silva

- Dr.ª Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

- Dr. Gualter José Andrade Furtado

- Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

- Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

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Relatório e Contas de 2014 9 2014

Comissão Executiva

Presidente: - Dr. Gualter José Andrade Furtado

Vice-Presidente: - Dr. António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues

Vogal: - Dr. Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Conselho Fiscal

Presidente: - Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha

Vogais: - Dr. António Maurício Couto Tavares Sousa

- Dr. José Manuel dos Santos Gaudêncio

Suplente - Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira

Revisor Oficial de Contas

Efectivo - PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC - Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, Ld.ª, representada por José Manuel Henriques Bernardo ou Aurélio Adriano

Rangel Amado

Suplente: - Jorge Manuel Santos Costa

Comissão Executiva

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues Vice-Presidente

Gualter José Andrade Furtado Presidente

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Vogal

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Relatório e Contas de 2014 10 2014

Principais Acontecimentos de 2014

14 fevereiro – O BES dos Açores divulga os resultados do exercício de 2013. O resultado líquido do

exercício foi de -1.025 milhares de euros

21 março – Reunião do Conselho Consultivo no âmbito da qual é promovida uma conferência com a participação do Dr. Luís Cabral de Melo, empresário na área das tecnologias da informação e Dr. Carlos Andrade, Economista Chefe do Banco Espírito Santo

25 março - O BES dos Açores e o Governo Regional dos Açores assinam um Protocolo ao abrigo do Programa de Apoio Extraordinário no âmbito do Crédito à Habitação para Agregados Familiares com Salários em Atraso.

27 março - Em Assembleia-geral Anual os Acionistas aprovam o relatório de gestão, as contas do exercício e a aplicação dos resultados e elegem os membros dos órgãos sociais para o triénio 2014/2016

- Assinatura de protocolo com a INSULAC - Produtos Lácteos Açorianos, SA

30 abril - É inaugurado o Business Continuity Site (instalações alternativas) situado na freguesia de Rabo de Peixe, no 1º andar do edifício da Agência naquela localidade.

16 maio - O BES dos Açores esteve presente na Feira Agrícola AgroTer 2014, que decorreu na Praia da Vitória.

19 maio - O BES dos Açores assina um Protocolo com a Direcção Regional da Energia no âmbito do Proenergia.

21 maio - O BES dos Açores, a Secretaria Regional da Solidariedade Social e a Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura assinam um Protocolo no âmbito do Programa ADI para a concretização do Prémio “Eu aposto no meu Futuro”.

4 julho - O BES dos Açores homenageia o Dr. Augusto de Ataíde, primeiro Presidente do Conselho de Administração do Banco, atribuindo o seu nome à Sala de reuniões do Conselho de Administração.

3 de agosto - Na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, o BES dos Açores é incluído no perímetro de consolidação do Grupo Novo Banco.

22 outubro - Por deliberação da Assembleia Geral e após autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo Banco dos Açores.

20 novembro - Uma delegação do Novo Banco dos Açores desloca-se ao Canadá para contactos com a Comunidade Açoriana e reforço das relações com os seus Clientes.

31 dezembro – O Novo Banco dos Açores termina o ano com um resultado líquido negativo de 2.121 milhares de euros.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 11 2014

Presença Geográfica e Rede de Distribuição

Telefone 296 307 000 Fax 296 307 006

Telefone 296 309 000 Fax 296 309 001

Telefone 296 287 231 Fax 296 629 416

CENTRO PRIVATEPraça Gonçalo Velho, 2 - r/c

SEDE - PONTA DELGADA

Rua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta delgada

CENTRO DE EMPRESAS DE PONTA DELGADA

Praça Gonçalo Velho, 2 - 1º - Ponta Delgada

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 12 2014

AGÊNCIAS

S. MIGUEL

CENTRO NB 360º HOSPITAL DIVINO ESPÍRITO SANTOGrotinha - Arrifes

Telefone 296 287 231 Fax 296 629 416 Telefone - 296 282 167 Fax - 296 307 684

SEDE NORDESTERua Hintze Ribeiro, 2 - 8 - Ponta Delgada Estrada Regional, 9 - Lomba da Fazenda

Telefone - 296 628 345 Fax - 296 307 054 Telefone - 296 488 048 Fax - 296 480 184

ANTERO DE QUENTAL RABO DE PEIXEAvenida Antero de Quental, 37 Ponta Delgada Rua Infante D. Henrique, 10 - Rabo de Peixe

Telefone - 296 629 047 Fax - 296 301 624 Telefone - 296 492 115 Fax - 296 490 284

ARRIFES RIBEIRA GRANDELargo da Saúde - Arrifes Rua El-Rei D. Carlos I, 49 - Ribeira Grande

Telefone - 296 682 002 Fax - 296 301 694 Telefone - 296 472 850 Fax - 296 470 524

CANDELÁRIA VILA FRANCA DO CAMPOEstrada Regional, 139 - Candelária Rua Teófilo Braga, 17 - Vila Franca do Campo

Telefone - 296 295 420 Fax - 296 295 267 Telefone - 296 582 007 Fax - 296 539 184

FAJÃ DE BAIXORua do Vigário Geral, 1 e 1A - Fajã de Baixo

Telefone - 296 630 510 Fax - 296 630 511

TERCEIRA FAIAL

ANGRA DO HEROÍSMO HORTA

Rua de S. João, 45 - Angra do Heroísmo Rua Vasco da Gama - Horta

Telefone - 295 215 125 Fax - 295 217 546 Telefone - 292 292 902 Fax - 292 202 194

LAMEIRINHO PICO

Centro Empresarial de Angra MADALENA

Rua Dr. Aníbal Bettencourt, 242 G Rua Engº Alvaro de Freitas, s/nº - Madalena

Angra do Heroísmo Telefone - 292 628 510 Fax - 292 628 511

Telefone - 295 403 580 Fax - 295 403 581

SANTA MARIA

PRAIA DA VITÓRIA VILA DO PORTO

Rua de jesus, 2 - Praia da Vitória Rua Dr. Luis Bettencourt - Vila do Porto

Telefone - 295 543 200 Fax - 295 543 001 Telefone - 292 307 033 Fax - 292 307 035

NBNET DOS AÇORES

www.novobancodosacores.pt

NBDIRECTO DOS AÇORES

707 296 365

Praça Gonçalo Velho, 2 - r/c

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 13 2014

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Breve caracterização da economia Açoriana

A Região Autónoma dos Açores (R.A.A.) é constituída por 19 concelhos distribuídos por nove ilhas. O

Grupo Ocidental abarca os concelhos do Corvo, Santa Cruz das Flores e de Lajes das Flores. Os

concelhos de Santa Cruz da Graciosa, Vila da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Velas, Calheta,

Horta, São Roque do Pico, Madalena e de Lajes do Pico constituem o Grupo Central. O Grupo Oriental é

formado pelos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Nordeste,

Povoação e de Vila do Porto.

A área total da R. A. Açores ascende a 2 322 Km2, cerca de 2.5% da superfície terrestre portuguesa. Em

2011, Ponta Delgada era o concelho mais populoso da região (37º no ranking de Portugal). Já Angra do

Heroísmo era aquele que apresentava maior densidade populacional (89º no ranking em Portugal).

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Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 14 2014

Segundo o Censos de 2011, a população residente era de 246.746 indivíduos o que equivale a um

crescimento populacional de 2,8% (4.983 indivíduos) nos últimos 10 anos representando 2,3% da

população residente em Portugal. Analisando a relação de masculinidade, traduzida pelo rácio

homens/mulheres, continuamos a ser uma região com mais mulheres do que homens, ou seja, 50,8%,

da população são indivíduos do sexo feminino (125.213) e 49,2% da população são indivíduos do sexo

masculino (121.533).

Este crescimento da população Açoriana é, maioritariamente, explicado pelo aumento do saldo natural

(nascimentos - óbitos), de 4.756 indivíduos tendo sido o saldo migratório estimado (imigração –

emigração) negativo no montante de -417 indivíduos. O número de famílias (81.718) cresceu cerca de

13,5% na última década e o número médio de pessoas por família decresceu de 3,4 em 2001 para 3 em

2011.

De 2001 a 2011, apenas as ilhas de S. Miguel, Terceira e Corvo viram crescer a sua população em valores

superiores a 1%. A ilha do Faial manteve o seu nível de população, com uma ligeira variação, e as

restantes ilhas tiveram decréscimos populacionais superiores a 1%. Os crescimentos populacionais

refletiram-se em 7 dos 19 municípios da Região dos quais, salientam-se os seguintes concelhos: Ribeira

Grande (12%), Ponta Delgada (4%), Praia da Vitória (4%) e Lagoa (2%).

Há uma tendência natural de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais

funções administrativas e económicas. Nos últimos anos, verifica-se que o crescimento demográfico

em algumas ilhas é a consequência da desertificação de outras, o que acontece devido aos fluxos

migratórios entre ilhas, tanto de mão-de-obra especializada, como de indiferenciada. Este movimento

migratório tem como objetivos a obtenção de emprego e de melhores condições de vida e é

essencialmente na ilha de S. Miguel que se verifica a concentração deste crescimento.

Os Açores são a Região do País com população mais jovem.

ILHAS/ANOS 2001 2011 Δ% DISTR. %

Santa Maria 5.578 5.552 -0,47% 2,25%

S. Miguel 131.609 137.830 4,73% 55,86%

Terceira 55.833 56.437 1,08% 22,87%

Graciosa 4.780 4.391 -8,14% 1,78%

S.Jorge 9.674 9.171 -5,20% 3,72%

Pico 14.806 14.148 -4,44% 5,73%

Faial 15.063 14.994 -0,46% 6,08%

Flores 3.995 3.793 -5,06% 1,54%

Corvo 425 430 1,18% 0,17%

TOTAL 241.763 246.746 2,06% 100,00%FONTE: SREA

AÇORES POPULAÇÃO RESIDENTE

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 15 2014

Qualquer que seja o cenário considerado estima-se que a população dos Açores continuará a crescer

lentamente nos próximos anos.

Também, no período de 2001 a 2011, assistimos a um crescimento significativo dos alojamentos (17,1%)

e dos edifícios (12,8%). Presentemente, na Região Autónoma dos Açores, o número de alojamentos é de

109.324 e o número de edifícios é de 98.807, ou seja, foram construídos mais 11.222 edifícios residenciais

na última década.

Para se fazer uma abordagem à Economia da Região e perceber o que se passou nos Açores em 2014, é

necessário proceder ao seu enquadramento no contexto internacional, Europeu e Nacional.

Situação Económica Internacional

Em 2014, o mundo assistiu a um abrandamento da economia na sua globalidade, em parte, devido à

desaceleração das economias dos países emergentes e em desenvolvimento.

Em 2014, a volatilidade dos índices bolsistas internacionais persistiram motivada por:

Nos Estados Unidos os principais índices estarem com uma evolução positiva;

Na área do Euro assistiu-se a uma queda do preço das ações provocado pela instabilidade

política de alguns países, como a Grécia, e dúvidas quanto ao ritmo do crescimento económico

mundial;

A crise financeira da Rússia acompanhada pela descida acentuada do preço do petróleo;

Em dezembro a taxa de câmbio do Euro desvalorizou face às principais divisas internacionais.

No 3º trimestre de 2014 a desaceleração das economias de países como o Japão, a China, a Rússia, o

Brasil e o México afetaram negativamente o PIB do G20. Em contrapartida o PIB da Índia e da Indonésia

mantiveram a sua rota crescente.

Os Estados Unidos da América, durante o 3º trimestre do ano findo, apresentou um bom crescimento

do PIB e as perspetivas para 4º Trimestre do ano apontavam para a manutenção de um forte

dinamismo da atividade económica consequência de uma procura interna crescente acompanhada de

uma boa evolução do mercado de trabalho, com o aumento da produção industrial e vendas a retalho.

No 3º trimestre do ano o PIB europeu manteve um crescimento de cerca de 1% em termos homólogos,

consequência do abrandamento do investimento compensado por uma melhoria do consumo e das

exportações. No final do ano, o sentimento económico abrandou fruto de uma quebra de confiança dos

empresários do comércio a retalho e dos consumidores. Contudo, as previsões apontam para uma

melhoria da atividade económica no 4º trimestre do ano devido a um aumento da produção industrial e

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 16 2014

das vendas a retalho na Europa. A taxa de desemprego manteve-se e a inflação baixou para 0,3%

influenciada pela redução dos preços da energia.

Em dezembro de 2014, o preço do petróleo sofreu um decréscimo acentuado em reflexo de uma oferta

superior à procura.

Nos finais de 2014 as taxas de juro de curto prazo da zona euro estabilizaram e subiram ligeiramente

nos EUA. Até ao dia 22 de dezembro a taxa Euribor a 3 meses era de 0,08% e a dos EUA subiu para

0,24%.

O abrandamento do crescimento económico e designadamente nos países emergentes e em

desenvolvimento teve reflexos negativos no crescimento do comércio Mundial de produtos e serviços.

Situação Económica Nacional

Em Portugal, a retoma económica continua a ser feita a um ritmo lento. O 3º trimestre de 2014 ficou

marcado por um crescimento homólogo de 1,1% do PIB (Contas Nacionais Trimestrais do INE) motivado

pelo contributo positivo da procura interna e pelo contributo negativo da procura externa. Por sua vez,

o consumo privado teve uma variação positiva de 2,7% especialmente na sua componente de Bens

Duradouros, bem como do investimento em 3,7%.

No que refere ao indicador de atividade económica do INE, em outubro houve uma ligeira

desaceleração, embora tivesse havido um crescimento homólogo de 2,8%. Contudo, assistiu-se a uma

melhoria generalizada dos indicadores de confiança com exceção do indicador para os serviços.

Até ao final do mês de outubro, em termos homólogos, verificou-se que, na indústria transformadora o

índice de produção desceu 0,3% e o índice do volume de negócios cresceu em 1,5%. Por outro lado, o

índice de produção, na construção civil e obras públicas, teve uma quebra de 5,8% e o índice de volume

de negócios nos serviços apresentou uma quebra de 2,3%. O índice de volume de negócios do comércio

a retalho teve um incremento de 0,8%.

Em relação ao emprego, até ao final do 3º trimestre a taxa de desemprego, segundo o Eurostat, voltou

a decrescer para 13,6%, menos 2,1% do que o mês homólogo de 2013. Portugal registou em setembro

uma das maiores quedas homólogas da taxa desemprega entre os Estados-membros da União

Europeia.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 17 2014

Em outubro e de acordo com as estatísticas do INE a taxa de desemprego, voltou a baixar para os 13,4%

e o emprego cresceu 1,6%.

No final de novembro de 2014, estavam registados cerca de 598 mil desempregados nos centros de

emprego, o que representou uma descida em termos homólogos de 13,6%. As ofertas e as colocações

de emprego em outubro e novembro tiveram acréscimos de 1,5% e 18,4% respetivamente. Novembro

terminou com cerca de 237 mil trabalhadores abrangidos por instrumentos de Regulação Coletiva de

Trabalho.

A taxa de inflação em Portugal em 2014 foi negativa cifrando-se em -0,3%. Este é o valor mais baixo

desde 2009, ano em que os preços também haviam caído (-0,8%). A taxa de inflação portuguesa no

período homólogo de 2013 foi marginalmente positiva no valor de 0,3%.

Em finais de 2014, contrariamente à evolução dos índices bolsistas internacionais, o índice PSI-20 sofreu

uma desvalorização, afetando tanto os bancos como algumas empresas do setor energético. No dia 22

de dezembro de 2014, o PSI-20 apresentava uma desvalorização de 26% face a 2013.

Em outubro, a taxa de variação anual dos empréstimos ao setor privado não financeiro, estabilizou em

-4,8%, devido à evolução dos empréstimos destinados aos particulares. No que refere ao crédito

atribuído às empresas não financeiras, deteriorou-se.

A variação do crédito a particulares manteve-se estabilizada em -3%, em outubro 2014, consequência

da estabilização do crédito à habitação. O crédito ao consumo apresentou uma variação menos

negativa.

As taxas de juro das operações do crédito diminuíram tanto para as empresas como para os

particulares.

Até novembro de 2014, o défice global provisório das Administrações Públicas (AP), na ótica da

contabilidade pública, foi de 6.420,3 M€, uma melhoria de 2.765,5 M€ face ao período homólogo.

A execução orçamental até o final de novembro de 2014 e face ao período homólogo de 2013

caracterizou-se por:

Um crescimento da receita fiscal de 6,2%, justificada principalmente pelo aumento do IRS (9%), do

IVA (7%), do imposto sobre veículos (33,7%), do imposto sobre tabaco (7,7%) e do imposto único de

circulação (22,5%);

A receita não fiscal registou uma diminuição de 22,3% motivado pela diminuição de outras receitas

de capital o efeito de base relativa à concessão do serviço aeroportuário de apoio à aviação civil,

às transferências correntes de outros subsetores das administrações públicas, aos rendimentos de

propriedade e a outras receitas correntes;

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 18 2014

• Aumento da despesa total em 0,2% e uma redução da despesa primária de 0,2% (crescimento das

despesas com pessoal).

• Diminuição das transferências de capital para outros subsetores das administrações públicas em

32,5%, em particular para a administração regional como consequência da aplicação da Lei das

Finanças Regionais, das outras despesas correntes e das transferências para a União europeia.

Os Serviços e Fundos Autónomos aumentaram o seu excedente em 659,7 M€ e o excedente da

Segurança Social apresentou uma redução de 44,73 M€.

A administração local passou de um défice de 180 M€ para um excedente de 352 M€, a administração

regional diminuiu o défice em 461,7 M€ e o Estado em 1.157,7 M€

De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, em outubro de 2014, a dívida pública das

Administrações Públicas foi de 225,2 M€, menos 3.975,4 M€ que no final de setembro.

Mantêm-se os desequilíbrios estruturais nas Contas Públicas Portuguesas, sendo de prever, que os

ajustamentos terão de continuar, ainda que “amenizados” por uma intenção de contrariar a realidade

por parte de alguns protagonistas políticos.

No que refere às contas externas, os dados do INE relativos ao comércio internacional português, no

final de outubro, em termos médios homólogos, apontavam para uma subida das importações de 1,2%

e de uma subida das exportações em 9,4%. O aumento das exportações verificou-se tanto para o

mercado comunitário como para o mercado extracomunitário.

No fim de outubro de 2014, o excedente acumulado da balança corrente foi de 1.088 milhões de Euros, o

que representou uma melhoria face ao período homólogo de 2013, proveniente de uma melhoria dos

saldos das balanças de serviços, rendimentos primários e secundários. A balança corrente e de capital

apresentou uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 852 milhões de euros, o que

representou um decréscimo face ao excedente registado durante o ano.

Situação Económica da Região Autónoma dos Açores

A envolvente internacional e a situação económica nacional, tiveram os seus reflexos na Região

Autónoma dos Açores em 2014. A sua economia foi afetada, padecendo dos mesmos sintomas da

Economia Portuguesa.

Até novembro 2014, e na ótica da contabilidade pública, assistiu-se a um novo decréscimo do excedente

orçamental de 13,4 M€, sendo os resultados influenciados pelo pagamento de dívidas a fornecedores de

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 19 2014

anos anteriores. É de salientar que em novembro de 2013 o excedente orçamental já tinha sofrido um

decréscimo de 18 M€, em virtude de um ritmo mais acelerado de aumento da despesa face ao da

receita. A execução orçamental da Administração Regional, face a 2013, caracterizou-se por:

• Uma diminuição da receita total de 5,8%, sobretudo devido à diminuição das transferências de

Capital do Estado, resultado da alteração à Lei de Finanças Regionais, pela evolução do IRC na

Região e diminuição das transferências de Capital da UE.

• Uma redução da despesa total de 4,6%, que é explicada pela redução de 15,8% das outras

transferências, pelo decréscimo de 49,2% dos subsídios e do abrandamento de 31% do

investimento. Estas variações negativas foram mais que suficientes para compensar o aumento de

50,4% da despesa com juros.

No final de setembro, a Região viu a sua taxa de desemprego reduzir para 15,7%, o que representou um

decréscimo de 2% face ao período homólogo.

Refira-se que, tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Açores era mais baixa do que no resto do

país. Esta situação inverteu-se, tendo este indicador atingido valores superiores à taxa de desemprego

Nacional, que em igual período era de 13,1%. A taxa de desemprego tanto Nacional como Regional

apresentam tendências decrescentes.

No terceiro trimestre de 2014, em termos

homólogos, a população total dos Açores

manteve-se estável, enquanto a sua população

ativa reduziu de 121.762 trabalhadores para 121.744

(-0,2%). Por sua vez a população desempregada

apresentou uma redução de 21.509 trabalhadores para 19.068 (-11.3%) e a taxa de desemprego passou

de 17,7% para 15,7%. Estes decréscimos podem ser explicados pela emigração, por uma melhoria de

oferta de emprego em alguns setores de atividade, pelo empreendedorismo e políticas de apoio ao

emprego do Governo Regional dos Açores.

Nos Açores, o setor com maior número de trabalhadores é o terciário onde estão incluídos os

trabalhadores da Administração Pública.

Comparando o terceiro trimestre de 2014 com

o trimestre homólogo de 2013, verifica-se uma

melhoria do emprego no setor primário e

secundário e uma degradação do emprego no

setor terciário. O setor primário gerou 161

novos postos de trabalho, o setor secundário gerou 2.593 postos de trabalho, apresentando

crescimentos de postos de trabalho tanto nas indústrias transformadoras como na construção. De

POPULAÇÃO AÇORES Set-13 Set-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

POPULAÇÃO TOTAL 247.671 247.538 -0,1%

POPULAÇÃO ATIVA 121.762 121.474 -0,2%

TAXA DE ATIVIDADE 49,2% 49,1% -0,1%

POPULAÇÃO EMPREGADA 100.252 102.405 2,1%

POPULAÇÃO DESEMPREGADA 21.509 19.068 -11,3%

TAXA DE DESEMPREGO 17,7% 15,7% -2,0%

FONTE: SREA

POPULAÇÃO EMPREGADA Set-13 Set-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

SECTOR PRIMÁRIO 13.564 13.725 1,2%

SECTOR SECUNDÁRIO 13.359 15.952 19,4%

SECTOR TERCIÁRIO 73.329 72.728 -0,8%

TOTAL 100.252 102.405 2,1%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 20 2014

setembro de 2013 a setembro de 2014, a população empregada cresceu 2,1%, significando um

crescimento de 2.153 postos de trabalho.

Em igual período, o setor terciário perdeu 601 postos de trabalho representando um decréscimo

homólogo de 0,8%.

Até ao final de setembro de 2014, de acordo com os dados disponíveis pelo SREA, os diferentes setores

de atividade na Região registaram comportamentos diferenciados. A crise que se vive nos Açores

mantém-se. A dúvida no futuro persiste e as expectativas dos agentes económicos continuam a ser

incerteza. O tecido empresarial está frágil, aumentou o número de insolvências, tanto empresariais

como individuais. Durante o ano de 2014 dissolveram-se 138 empresas. Foram declaradas 56

insolvências e surgiram 570 empresas novas, muitas das quais, graças ao empreendedorismo, ao

microcrédito e políticas de apoio ao emprego do Governo Regional. Desde 2009, nos Açores, 2014 foi o

ano que registou o maior número de criação e de insolvências de empresas, no que refere às

dissoluções de empresas decresceu 7% em 2014 face ao período homólogo.

A Agricultura nos Açores manifesta um conjunto de peculiaridades que, no quadro económico atual,

estimulam uma atenção especial por parte das entidades públicas, face às debilidades que aparentam

outros setores, concentrando em si um potencial de criação de emprego, de inovação e de capacidade

exportadora.

O fenómeno de perca de emprego nos principais centros urbanos conduz, também, à preocupação da

preservação e criação de emprego no território rural da Região Autónoma dos Açores, onde a

Agricultura, a par do turismo, podem desempenhar um importante papel.

Até novembro de 2014, a Agricultura tem estado a registar uma evolução positiva, face ao ano anterior.

O setor primário e em especial a produção agropecuária constitui um dos principais pilares da

economia açoriana. Na última década, os Açores mantiveram, em termos territoriais, uma grande

especialização na utilização dos solos dedicada à produção pecuária, de forma muito expressiva, no

âmbito da produção de leite, dedicando o seu uso à produção forrageira (erva e milho forrageiro). As

ilhas de S. Miguel, Terceira e S. Jorge apresentaram uma forte propensão para o aumento da produção

FONTE: D&B

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 21 2014

leiteira. Produção que, atualmente, já representa cerca de 30% da produção portuguesa e 95% da

produção açoriana. Os Açores produzem cerca de um terço do leite produzido no país com apenas 2,5%

da SAU (superfície agrícola útil). A estabilidade na recolha, transformação e acesso aos mercados dos

produtos lácteos, a regularidade do pagamento mensal do leite, apenas nas ilhas de S. Miguel e

Terceira, e o investimento na modernização das unidades industriais e explorações agrícolas têm

contribuído para o fortalecimento desse setor. Nas restantes ilhas, com exceção da ilha Graciosa, os

investimentos no setor leiteiro não se traduziram em retorno visível pelos seguintes motivos:

• Abandono sucessivo da atividade, apesar do investimento em novas unidades industriais como

é no caso das ilhas do Pico, do Faial e das Flores.

• Criação de bovinos para a produção intencional de carne como um setor determinante, em

algumas ilhas.

• O mercado de “exportação” para o continente português constitui o destino mais importante

dos produtos derivados do leite e da carne dos Açores. Relativamente às exportações para fora

do país, registam-se crescimentos sustentados, designadamente, no setor dos laticínios.

A confirmar esta liderança, os dados disponibilizados pelo SREA, até novembro de 2014, são suficientes

para se constatar a evolução positiva do setor. De janeiro a novembro do ano em curso, foram

entregues nas fábricas 533.352 milhares

de litros de leite, o que representou um

acréscimo de 7,9% (38.834 milhares de

litros de leite), face ao mês homólogo do ano anterior. Contribuíram para este acréscimo os seguintes

fatores:

• Fraca oscilação dos preços dos fatores de produção (rações, adubos e combustíveis);

• Condições climatéricas favoráveis ao longo do ano.

Por outro lado a agropecuária açoriana foi afetada pelo aumento da carga fiscal e redução do preço do

leite pago ao produtor, embora não tivesse sido aplicada a sazonalidade no que refere ao preço do leite,

especialmente na ilha de S. Miguel, onde o leite tem o preço mais elevado. Esta situação provocou

discrepância no preço do leite pago ao produtor, nas diferentes ilhas dos Açores.

UNIDADE: 1000 litros Nov-13 Nov-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

ENTREGA DE LEITE EM FÁBRICA 494.518 533.352 7,9%

FONTE: SREA

ENTREGA DE LEITE EM

FÁBRICA POR ILHA

UNIDADE: 1000 litros

Nov-13 Nov-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

S.MIGUEL 321.158 346.699 8,0%

TERCEIRA 123.877 135.774 9,6%

GRACIOSA 6.915 6.753 -2,3%

SÃO JORGE 24.790 26.083 5,2%

PICO 5.742 6.017 4,8%

FAIAL 11.343 11.431 0,8%

FLORES 677 573 -15,3%

CORVO 16 21 30,4%

TOTAL 494.518 533.352 7,9%

FONTE: SREA

ENTREGA DE LEITE EM

FÁBRICA POR ILHA

UNIDADE: 1000 litros

Nov-14PESO NA

PRODUÇÃO

S.MIGUEL 321.158 65%

TERCEIRA 123.877 25%

SÃO JORGE 24.790 5%

FAIAL 11.343 2%

GRACIOSA 6.945 1%

PICO 5.742 1%

FLORES 677 0%

CORVO 16 0%

TOTAL 494.548 100%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 22 2014

Até ao final do mês de novembro de 2014, verificou-se um crescimento da produção leiteira em todas

as ilhas dos Açores com exceção da Graciosa e das Flores. As Flores foi a ilha onde a redução da

entrega de leite em fábrica foi mais acentuada (-15,3%), na ilha Graciosa o decréscimo foi de 2,3%. Os

maiores aumentos de entrega de leite em fábrica foram nas ilhas Terceira (9,6%), S. Miguel (8%) e S.

Jorge (5,2%).

A produção leiteira açoriana é liderada pela ilha de S. Miguel (65%), seguindo-se da Ilha Terceira (25%) e

da Ilha de S. Jorge (5%). Estas três ilhas representam 95% da produção do leite na Região Autónoma dos

Açores.

De janeiro a novembro de 2014, e como consequência

imediata do acréscimo da produção leiteira, os

principais produtos lácteos produzidos nos Açores

viram aumentar a sua produção, com exceção da

produção de natas que decresceu -34,4%, face a igual

período do ano anterior. A produção de iogurte

manteve-se inalterável.

Nas ilhas de S. Miguel e Terceira, a produção de leite

e laticínios está estruturada e com capacidade de acesso aos mercados com produtos de grande

consumo, bem como, de outros de valor diferenciado e acrescentado.

Em relação à produção total de carne na Região, até ao final de novembro 2014, verificou-se uma

redução de -2,3% face ao mês homólogo. Esta

redução foi influenciada por um decréscimo, em igual

período, de 7,4% na produção de carne de bovinos e

de um decréscimo de 0,8% na produção de carne de

aves.

O reflexo da queda da produção de carne de bovinos e aves, na produção total de carne nos Açores,

durante os onze primeiros meses de 2014, foi suavizado pelo acréscimo da produção de carne de suínos

(10,4%). É de referir que a carne de bovino exportada é feita em carcaça em detrimento da exportação

dos animais vivos para abate.

Dos setores emergentes, a produção de carne de elevada qualidade, poderá merecer honras de

potencial exportador com vantagens nas ilhas onde a produção leiteira não pode ganhar dimensão

verdadeiramente exportadora.

PRINCIPAIS PRODUTOS

LÁCTEOS PRODUZIDOS

DURANTE O ANO DE 2014Nov-13 Nov-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

LEITE PARA CONSUMO

(1000 litros)

114.888 117.656 2,4%

NATAS (1000 litros) 276 181 -34,4%

LEITE EM PÓ (Ton.) 13.094 15.120 15,5%

MANTEIGA (Ton.) 8.117 9.140 12,6%

IOGURTE (Ton.) 348 348 0,0%

QUEIJO (Ton.) 26.147 27.282 4,3%

FONTE: SREA

ABATE DE GADO

(produção de carne)Nov-13 Nov-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

BOVINOS (Ton.) 12.162 11.263 -7,4%

SUÍNOS (Ton.) 4.430 4.879 10,1%

AVES (Ton.) 4.296 4.261 -0,8%

TOTAL 20.888 20.403 -2,3%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 23 2014

Apesar da situação económica atual e dos seus constrangimentos, o setor agropecuário da Região, é

um setor de sucesso e deve-se em parte aos seguintes fatores:

• As empresas agrícolas manifestaram algum rejuvenescimento com a entrada no mercado de jovens

agricultores (projetos de 1ª instalação), principalmente, filhos de agricultores com a colaboração

destes e reforma antecipada.

• As condições climáticas e de solos associadas ao know-how, adquirido nas últimas três décadas,

foram determinantes para a situação atual.

• A marca Açores, qualidade e o sabor dos produtos dos Açores estão a ser reconhecidos nos

mercados externos.

Contudo, a lavoura Açoriana vive também com

algumas expectativas e incertezas face à

imprevisibilidade do comportamento dos mercados,

com o fim das quotas leiteiras em 31 de março de 2015, associados a constrangimentos no

cumprimento dos seus compromissos bancários face às reduções do preço do leite pago ao produtor.

No quadro de referência estratégico que terminou em 2013, muitos investimentos agrícolas ficaram por

executar em face da escassez de recursos financeiros e transitarão para os instrumentos do período

2014-2020. Este facto traduz alguma apetência e atratividade do setor nas diversas vertentes, pecuária-

leite, pecuária-carne e horto-fruti-floricultura.

No setor das pescas, em 2014, verificou-se

um decréscimo de -34,8% na quantidade

total de pescado descarregado nos portos

dos Açores em consequência das condições marítimas que se fizeram sentir nas ilhas durante o

inverno, que não permitiram a saída para o mar da frota pesqueira, especialmente os barcos de boca

aberta, bem como a redução das quotas de pescado e possível afastamento da costa dos cardumes. A

diminuição da captura do atum foi a responsável pera redução do pescado descarregado nos portos da

Região.

O valor do pescado descarregado foi de 27.532 m€, o que representou um decréscimo de 19,1% em

relação a dezembro de 2013, embora o setor das

pescas continue a oferecer um grande potencial

de crescimento económico para a RAA.

A zona económica exclusiva dos Açores, com quase um milhão de km2 de superfície, possui uma rica e

diversificada população marinha, oferecendo um vasto leque de peixe fresco para consumo interno e

exportação, bem como para os enlatados. A espécie mais representativa em termos económicos é o

UNIDADE: kg Dez-13 Dez-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

QUANTIDADE DE PESCA

DESCARREGADA13.961.245 9.100.036 -34,8%

FONTE: SREA

UNIDADE: 1000 € Dez-13 Dez-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

VALOR DA PESCA

DESCARREGADA34.033 27.532 -19,1%

FONTE: SREA

PRODUÇÃO DE

CIMENTODez-13 Dez-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

PRODUÇÃO LOCAL 87.265 69.837 -20,0%IMPORTAÇÃO DO

CONTINENTE37.989 46.205 21,6%

TOTAL 125.254 116.042 -7,4%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 24 2014

atum, a principal apanha das frotas pesqueiras comerciais, embora continuem a existir problemas

relacionados com a sua congelação, transformação e exportação.

No final do 3º trimestre de 2014 o setor secundário, para além do aumento do consumo de energia,

registou comportamento positivo no emprego, com um crescimento homólogo do emprego de 19,4%,

que se verificou tanto na indústria transformadora como na construção civil.

Com comportamento negativo, durante o ano de 2014,

continuaram as vendas acumuladas do cimento que

decresceram 15,2% em relação a 2013. A produção local

acumulada de cimento, em igual período,

decresceu -7,2% e as importações de cimento do

continente aumentaram 21,6%.

O número de licenciamentos de edifícios reduziu 10,8%, de janeiro a novembro de 2014, baixando de um

total de 547 edifícios licenciados em novembro de 2013, para 488 edifícios licenciados até ao final de

novembro de 2014. Verificou-se também, uma redução de 24,5% no número de edifícios novos em

construção para habitação, baixando de um total de 188 edifícios em construção, em novembro de

2013, para 142 edifícios até ao final de novembro de 2014. A redução das vendas de cimento, o

decréscimo verificado no número de licenciamento de edifícios, bem como, o decréscimo do número de

edifícios novos em construção, revelam claramente o comportamento negativo do setor da construção.

Em 2014, tal como em 2013, o setor da construção civil e obras públicas é sem dúvida um dos setores

mais afetados pela crise que se vive na Região Autónoma dos Açores, que continua a degradar-se

embora tivesse contribuído, até ao final do terceiro trimestre do ano, positivamente para a criação de

novos postos de trabalho colaborando para uma melhoria social na Região. Com o volume de obras

públicas reduzido, com as limitações decorrentes das imposições à diminuição dos rácios de

transformação dos Bancos, que resultam em menor crédito à habitação, ao investimento e à

construção, com a diminuição da procura provocada pela crise, o futuro do setor não se apresenta

animador.

O consumo acumulado de energia elétrica, em 2014,

apresentou um ligeiro decréscimo face a igual período

em 2013, tendo-se verificado apenas, reduções nos

consumos domésticos e serviços públicos. Em igual

período verificaram-se aumentos de consumo na

indústria, comércio e serviços e iluminação pública. Em

igual período, a produção acumulada de energia

VENDAS DE CIMENTO Dez-13 Dez-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

QUANTIDADE TOTAL

(Ton.)129.187 109.552 -15,2%

FONTE: SREA

EDIFÍCIOS Nov-13 Nov-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

TOTAL DE EDIFÍCIOS

LICENCIADOS547 488 -10,8%

CONSTRUÇÕES

NOVAS HABITAÇÕES188 142 -24,5%

FONTE: SREA

PRODUÇÃO DA

ENERGIA ELÉTRICA

MWh

Dez-13 Dez-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

TÉRMICA 517.049 502.574 -2,8%

GEOTÉRMICA 174.266 182.870 4,9%

OUTRAS 100.814 103.423 2,6%

TOTAL 792.129 788.867 -0,4%

FONTE: SREA CONSUMO DE ENERGIA

MWhDez-13 Dez-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

DOMÉSTICOS 248.569 244.860 -1,5%

TOTAL INDUSTRIAL 119.681 121.018 1,1%

COMÉRCIO E SERVIÇOS 238.599 240.735 0,9%

SERVIÇOS PÚBLICOS 82.331 81.051 -1,6%

ILUMINAÇÃO PÚBLICA 30.487 30.612 0,4%

TOTAL 719.667 718.276 -0,2%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 25 2014

elétrica sofreu um decréscimo de 0,2%, com decréscimo de -2,8% na produção de energia térmica e

acréscimos nas energias alternativas.

Durante 2014, mantêm-se a opinião de que a evolução das vendas nos Açores continua a ser, negativa

tanto no comércio por grosso como a retalho. Continuam a existir expectativas negativas sobre o

comportamento do volume de vendas. As previsões para o volume de encomendas a fornecedores no

setor são para continuar o seu trajeto descendente. O nível de aprovisionamentos em armazém, tanto

no comércio por grosso como no comércio a retalho, é considerado pelos empresários como estando

abaixo do normal.

Com o rendimento das famílias a baixar, os reflexos negativos no consumo privado fizeram-se sentir no

setor comercial bem como no da restauração.

Até novembro de 2014, as vendas de veículos automóveis

contribuíram favoravelmente para o desenvolvimento do

setor dos serviços com um crescimento de 16,9%. As

vendas veículos de mercadorias cresceram 20,5% e os

veículos ligeiros, por sua vez, cresceram 16,3%, influenciados pela aquisição de viaturas por parte das

rent-a-car para renovação ou reposição das frotas.

O total de mercadorias movimentadas nos portos de Ponta Delgada e Praia da Vitória, até setembro de

2014 foi de 412.000 t, o que se traduziu num decréscimo de -7,6% face ao período homólogo. O

movimento total de mercadorias decresceu -6,7% no porto de Ponta Delgada e -9,7% no porto da Praia

da Vitória. Os portos de Ponta Delgada e da Praia da Vitória registaram decréscimos do movimento de

mercadorias a nível nacional (-16,9% e -14,7%) e acréscimos do movimento de mercadorias a nível

internacional

(37,9% e 6,%).

Nos primeiros onze meses de 2014 registou-se um

aumento de 5,7% de passageiros desembarcados

nos aeroportos açorianos, proporcionando um

crescimento positivo no âmbito dos serviços.

Até ao final de outubro de 2014, o setor do turismo

teve um comportamento positivo com o aumento

homólogo de 2,4% do nº de hóspedes e, por sua vez,

AUTOMÓVEIS

NOVOS VENDIDOSNov-13 Nov-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

LIGEIROS 1.567 1.822 16,3%

COMERCIAIS 293 353 20,5%

TOTAL 1.860 2.175 16,9%

FONTE: SREA

UNIDADE: tPORTOS TOTAL NACIONAL INTERNACIONAL TOTAL NACIONAL INTERNACIONAL

PONTA DELGADA 291.000 211.000 80.000 -6,7% -16,9% 37,9%

PRAIA DA VITÓRIA 121.000 87.000 34.000 -9,7% -14,7% 6,3%

TOTAL 412.000 298.000 114.000 -7,6% -8,6% 26,7%

FONTE: INE

MOVIMENTO DE MERCADORIAS

3º TRIMESTRE 2014TAXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA %

AEROPORTOS DOS

AÇORES - MOVIMENTO

DE PASSAGEIROSNov-13 Nov-14

VARIAÇÃO

HOMOLOGA

DESEMBARQUE DE

PASSAGEIROS804.463 850.165 5,7%

EMBARQUE DE

PASSAGEIROS810.650 854.902 5,5%

FONTE: SREA

DORMIDAS -

HOTELARIA

TRADICIONAL

Out-13 Out-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

PORTUGUESES 336.175 356.517 6,1%

ESTRANGEIROS 649.911 622.464 -4,2%

TOTAL 986.086 978.981 -0,7%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 26 2014

o número de dormidas em igual período teve um comportamento negativo de -0,7%. Contudo, e em

igual período, registou-se um aumento homólogo de 6,1% nas dormidas com origem em Portugal, que

representaram 36% do total de dormidas e uma redução de 4,2% de dormidas, com origem no

estrangeiro, que representaram 64% do total de dormidas.

Os hóspedes portugueses da hotelaria tradicional, até

final de novembro e relativamente a outubro de 2013,

cresceram 4,6% e, em igual período, verificou-se um

crescimento de 0,5% relativamente aos hóspedes

estrangeiros.

Destes dados estatísticos podemos concluir que até outubro de 2014, embora tivesse crescido o

número de hóspedes na hotelaria tradicional, reduziu o tempo de permanência nos estabelecimentos

hoteleiros da Região.

Os maiores números de estrangeiros que visitaram os

Açores, durante os primeiros onze meses de 2014, tiveram

origem na Alemanha (23%), nos países nórdicos (11%), na

Espanha (11%), nos Estados Unidos da América (10%) e na

Holanda (9%). Em igual período verificou-se uma redução

nos estrangeiros com origem nos países nórdicos, na

Áustria e Bélgica.

O Turismo nos Açores tem um elevado potencial ainda não concretizado.

A taxa média de inflação nos Açores, em dezembro de 2014, foi de 0,26% (SREA), valor superior à taxa

de inflação a nível nacional, que em igual período foi de -0,28% (INE). Em 2013, as referidas taxas tinham

sido de 1,86% e 0,27% respetivamente.

Face à conjuntura mundial, comunitária e nacional, o ano de 2014 para os Açorianos, foi um ano difícil,

tal como já tinha sido o ano de 2013, embora o Governo dos Açores tenha tomado medidas para

dinamizar a economia regional de modo a fomentar o emprego, o investimento e o consumo através do

reforço da competitividade regional, melhoria das exportações, apoiar e incentivar o desenvolvimento

da agricultura, através da redução do investimento público e um reforço das verbas destinadas a

apoiar as empresas, a promoção do emprego e o apoio social, bem como o reforço das verbas

destinadas a setores produtivos como a agricultura, pesca e o turismo.

O Novo Banco dos Açores tem sido um Parceiro muito ativo na concretização destas medidas,

participando em todos os Protocolos promovidos pelo Governo dos Açores.

HOSPEDES -

HOTELARIA

TRADICIONAL

Out-13 Out-14VARIAÇÃO

HOMOLOGA

PORTUGUESES 144.648 151.257 4,6%

ESTRANGEIROS 162.636 163.496 0,5%

TOTAL 307.284 314.753 2,4%

FONTE: SREA

HOSPEDES ESTRANGEIROS -

HOTELARIA TRADICIONALNov-14

PESO NO

SETOR

ALEMANHA 39.406 23%

PAÍSES NORDICOS 18.612 11%

ESPANHA 18.091 11%ESTADOS UNIDOS A

AMÉRICA17.198 10%

HOLANDA 14.584 9%

FONTE: SREA

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 27 2014

ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO

Atividade Comercial - Estratégia e Modelo de Negócio

O NOVO BANCO DOS AÇORES assume como principais eixos de desenvolvimento e diferenciação

estratégicos a prestação de serviços caracterizados pela excelência e permanente orientação para as

necessidades de cada cliente. A sua evolução serve todos os segmentos de clientes particulares,

empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros

através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às

suas necessidades. O posicionamento do NOVO BANCO DOS AÇORES assenta assim em três pilares: (i)

conhecimento aprofundado das necessidades dos diferentes segmentos, (ii) desenvolvimento da oferta

em função das necessidades identificadas e (iii) proposta das soluções melhor ajustadas a cada

segmento.

A capacidade de distribuição é um dos fatores fundamentais para o posicionamento competitivo do

Banco nos Açores. A 31 de dezembro de 2014 o NOVO BANCO DOS AÇORES dispunha de uma rede de

retalho de 17 balcões. A rede de balcões é complementada por um centro especializado e totalmente

dedicado ao segmento de empresa, um centro 360º e Private e Departamento de Municípios e

Institucionais.

4

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 28 2014

Retalho (17 Balcões)

Centro Private

Municípios e Institucionais

Médias Empresas (1 Centro)

O NOVO BANCO DOS AÇORES tem prosseguido uma consistente e clara estratégia de crescimento

orgânico no mercado regional e rejuvenescimento dos seus Balcões. Neste âmbito, a 3 de fevereiro de

2014, foi inaugurado o novo Centro 360º e Private, privilegiando novos formatos, mais eficientes e

flexíveis. A nossa estratégia suportada no desenvolvimento de um modelo multi-especialista de

abordagem ao mercado regional e num forte dinamismo comercial junto dos segmentos de clientes

particulares, empresas e institucionais, tem permitido atingir consecutivos ganhos de quota de

mercado. A quota média de mercado mais que duplicou entre 2002 e 2014, passando de 3,5% para

14,4%.

Para além da presença física, o NOVO BANCO DOS AÇORES desenvolveu desde muito cedo uma

abordagem multicanal na sua relação com os Clientes, em particular através da Internet, esta

abordagem tem vindo a ser progressivamente aprofundada e alargada através, por exemplo, da adoção

de uma metodologia de CRM (Customer Relationship Management) que assegura a integração entre os

diferentes canais de interação com os Clientes e do progressivo recurso a desmaterialização de

processos.

Evolução da Banca de Retalho

Movimento Financeiro = Recursos + Crédito

O NOVO BANCO DOS AÇORES quer recuperar desígnios do crescimento sustentado da sua atividade

por forma a:

-11,1% -2,4% -7,0%

Total Recursos Total Aplicações Movimento Financeiro

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 29 2014

Reforçar o posicionamento no mercado regional através da captação de novos Clientes, particulares

e empresas e do reforço do share-of-wallet (em particular na vertente da poupança) na atual base

de Clientes, através de uma oferta diversificada de produtos e serviços inovadores apoiada em

iniciativas de cross-selling e de cross-segment como a bancassurance e o assurfinance (em parceria

com a Companhia de Seguros Tranquilidade);

Apoio às empresas Açorianas em fase de internacionalização e ao setor agrícola, através de: (i)

parcerias com entidades locais; (ii) missões comerciais com empresários a países relevantes; (iii) um

know-how reconhecido em trade finance, uma área de negócio em que o Grupo Novo Banco tem

consistentemente liderado o mercado português; e (iv) através de equipas e estruturas dedicadas e

especializadas no apoio às empresas em processo de internacionalização (entre as quais se pode

destacar a Unidade Internacional Premium, única no panorama nacional);

A eficiência deverá continuar a ser uma das prioridades estratégicas, continuando o esforço de redução

do rácio Cost to Income.

Banca de Retalho

Na sua abordagem aos Clientes de retalho o NOVO BANCO DOS AÇORES aposta numa oferta

diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus Clientes. A criação de

propostas de valor diferenciadas assenta no desenvolvimento constante dos produtos e dos serviços

disponibilizados aos Clientes mas também na adoção de critérios de segmentação ajustados às

características dos Clientes, na elevada qualidade do serviço prestado e na eficácia da comunicação.

O NOVO BANCO DOS AÇORES criou propostas de valor inovadoras ao nível do Retalho, em concreto

para Clientes afluentes (“NB 360’”), para pequenas empresas e empresários em nome individual

(“Negócios”) e para mass market (“Particulares de Retalho”). Estes Clientes são atualmente servidos por

uma rede de 17 balcões. A atividade do Retalho desenvolveu-se em 2014 em torno de três dimensões

centrais de atuação: i) impulsionar a economia Açoriana no apoio às empresas na concessão de crédito;

ii) elevado esforço de captação de recursos; iii) manutenção de importantes níveis de cross-selling.

Nas suas opções estratégias o NOVO BANCO DOS AÇORES encara o setor agrícola como um dos

principais parceiros de negócio. Esta opção resulta de se assumir o setor agrícola como de grande

relevância na economia Açoriana.

Ao nível da captação de recursos, registou-se um decréscimo, -11,2% face a 2013, resultado do colapso

do BES. Para apoiar o crescimento dos recursos foram recentemente lançadas várias campanhas

publicitárias, para além do lançamento de várias soluções inovadoras, a campanha de Recursos “O

Rendimento Voltou” e a Poupança NB Júnior “Sonhar e Poupar é muito bom”.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 30 2014

O ano de 2014 permitiu ainda aumentar o número de clientes fidelizados (+ 12.1%), como consequência

da consolidação das abordagens segmentadas, visando servir de forma cada vez mais especializada os

vários segmentos, tendo em consideração as suas respetivas necessidades financeiras.

Para assegurar a manutenção de níveis sustentados de cross-selling, a dinâmica comercial suportou-se

num conjunto alargado de produtos e serviços.

Adicionalmente, observou-se em 2014 uma elevada dinâmica de captação de Clientes mais de 3.000,

fruto da articulação entre a rede de balcões e os principais canais de captação de Clientes (em

particular os programas Cross-segment, Assurfinance e Promotores Externos).

Assurfinance: Uma parceria de sucesso entre o NOVO BANCO DOS AÇORES e a Tranquilidade

Uma parceria vocacionada para o negócio através de um canal de angariação abrangente e

significativo, solidificada por uma forte relação entre Novo Banco dos Açores, Companhia de Seguros

Tranquilidade e uma rede de Agentes de Seguros - componente Assurfinance.

Esta tem sido a parceria de sucesso e de relação que apresenta distinção, inovação e valor no âmbito

da atuação no mercado regional - Açores, com a multiplicidade de produtos Banca e Seguros. Tudo se

conjuga na complementaridade a uma rede de balcões do NB Açores e que é para continuar.

O Assurfinance, de forma sustentada e programada, desenvolve a sua atividade comercial onde impera

o consistente contributo na captação de Clientes, Recursos e Venda de Imóveis - DGI.

O 1º semestre do ano de 2014 configurou-se pela positiva na captação em termos gerais. Alguns

Agentes Assurfinance, imbuídos de forte sentido, cumpriram os objetivos determinados. Fizeram um

resultado insofismável de grande contributo para os resultados do ano.

Resultados Assurfinance 2014

161 150

Real Obj.

107%GC:

Captação de clientes1º semestre. Em nº de clientes

209

300

Real Obj.

70%GC:

Captação de clientes 2014Em nº de clientes

No NB Açores, assistiu-se a um decréscimo na captação de clientes ...

ainda que, assegurando uma quota de 10,5%

2013

2014

8%

Quota AF

NB dos Açores

10,5%

(+3pp face a 2013)

DGI Ultrapassámos o objetivo em 2014

Venda de imóveisMilhares de euros

579

300

Real Obj.

Montante

GC Acum.: 193%

Pipeline

27%*

* Quota Assurfinance NB dos Açores

Montante Montante

193m€ 4 processos 3 Agentes

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 31 2014

Falar do 2º semestre é recordar a queda do BES e a forte influência negativa na ação dos Agentes

Assurfinance. O efeito produzido provocou arrefecimento na atividade que derivou para um resultado

menos conseguido.

Todavia, o exercício da atividade Assurfinance no todo desenvolveu-se em consonância com o

programado.

Ocorreram alguns acontecimentos de relevo, entre os quais, indiferenciadamente, e distinta,

identificam presença de intervenientes do programa Assurfinance:

3º Edição da Feira de Emprego - realizada em 30 abril e promovida pela Escola Profissional da Vila

Franca do Campo no Pavilhão Multiúsos Açor Arena. Feira, com espaço destinado à Agente Conceição

Quental - lugar representativo e identificado no essencial pelo Banco, C. S. Tranquilidade através de

cartazes e folhetos expostos.

Interesse e presença de parceiros na conjugação de esforços para a oferta e colocação de produtos

Banca / Seguros, e para a importância da captação de novos Clientes.

1ª Campanha de Captação Assurfinance 2014 – outro acontecimento que ocorreu com premiação para

alguns balcões, Rabo de Peixe um dos premiados.

O ano face a todas as vicissitudes exógenas teve um curso positivo de resultados, mesmo

comparativamente com o ano anterior.

O Assurfinance subsiste e realça-se pela capacidade, pela dinâmica e pela diferença da sua essência

como canal de captação para o Novo Banco dos Açores.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 32 2014

Residentes no Estrangeiro

Em 2014, o NOVO BANCO DOS AÇORES continuou a acompanhar os seus Clientes Residentes no

Estrangeiro através de dois Canais – Balcões e Gestores de Relação à Distância.

Neste segmento, a utilização de novas tecnologias, nomeadamente a ferramenta NBNET, é uma aposta

estratégica essencial com vista a manter uma relação de proximidade dos Clientes com o nosso Banco.

Tal como já vinha sendo feito no passado, o Banco continua o acompanhamento aos emigrantes na

Bermuda a partir da Região Autónoma dos Açores. O Banco procura

acompanhar esses Clientes desde o início do processo de emigração para

esse destino, dando particular interesse às suas necessidades e

procurando, em simultâneo, complementar o apoio que os mesmos têm

tido quando se deslocam à nossa Região Autónoma dos Açores. Este é um

mercado que vamos continuar a acompanhar como objetivo de

aprofundarmos mais este importante nicho de mercado.

Por forma a continuar a garantir a ligação entre os nossos Clientes

residentes nos E.U.A. e a nossa Instituição e dignificar a distinção recebida

no passado pelo Conselho Luso-Americano de Liderança dos EUA, PALCUS – Portuguese American

Leadership Council of the United States, na categoria de “Corporate Leadership in Community Service”,

pelo seu apoio e envolvimento à comunidade lusodescendente norte-americana e pelo seu dinamismo

na criação e desenvolvimento de oportunidades de investimento entre Portugal e os EUA, foram

criadas soluções que possibilitam a manutenção destas relações e de prestação de um serviço de

proximidade e acompanhamento regular aos nossos Clientes.

O contexto adverso sentido numa fase a priori e no seguimento da medida de resolução aplicada pelo

Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo, S.A. que culminou com a criação do NOVO BANCO, S.A. em

agosto de 2014 teve impacto na atividade do segmento. No entanto, no final de 2014, após um período

inicial de maior adversidade, já há sinais positivos de recuperação e crescimento da atividade.

11.81811.282

2013 2014

Evolução dos Recursos(milhares de euros)

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 33 2014

Promotores Externos

A Atividade de Promoção Externa tem como objetivo promover o Banco junto dos clientes e não

clientes, seguindo os requisitos legais presentes na Legislação Bancária no cumprimento desta

atividade. A atividade do promotor é de mera prospeção de clientes potenciais prestando informação

sobre produtos e serviços bancários disponibilizados pelo NOVO BANCO DOS AÇORES. Esta nova

realidade foi implementada em outubro 2012 apresentando no final de 2014 uma carteira de 587

clientes e recursos na ordem de 2,5 M€. Foram captados durante o ano de 2014, 160 novos clientes

através deste canal. Estes resultados são verdadeiramente encorajadores para se continuar a

desenvolver a rede de promotores externos.

Rede de Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES

NB 360: Dedicado a quem ganhou o direito a esperar mais do seu banco

Para o segmento dos Clientes afluentes, foi inaugurado a 3 de fevereiro o novo Centro 360º e Private,

permitindo um serviço dedicado para o cliente que ganhou o direito a esperar mais do seu banco,

relações de confiança, soluções competitivas e o acompanhamento de um gestor dedicado. O NB 360°

garante um elevado padrão de qualidade através do acompanhamento permanente de um gestor

dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas as necessidades especificas

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 34 2014

dos Clientes. A competitividade da proposta de valor do segmento 360° assenta num conjunto de

iniciativas estratégicas e distintivas, sendo de destacar as seguintes:

• Compromisso NB 360°: tangibilizacção da excelência no

serviço ao Cliente em objetivos concretos, assegurando

uma postura profissional, rigorosa e dedicada com

eficácia na resolução de problemas e uma atitude

proativa na apresentação das melhores soluções para

as necessidades de cada Cliente;

• Oferta competitiva: oferta de produtos inovadores que

respondem as necessidades dos Clientes afluentes,

como e o caso da oferta de produtos estruturados e da poupança por impulso e em áreas que vão para

além das necessidades financeiras, com ofertas específicas para saúde e lazer;

• NBnet Trading: uma solução inovadora de fácil navegação e utilização para negociação em bolsa que

integra num único interface um vasto leque de funcionalidades;

O segmento representa mais de 62% do total de recursos do retalho, constituindo assim uma base

estável de funding do NOVO BANCO DOS AÇORES.

Crescimento do segmento NB 360 (Afluentes)

Movimento Financeiro = Recursos + Crédito

Negócios no Retalho: Apoio a Micro e Pequenas Empresas dos Açores

Os sinais na economia dos Açores são positivos face a 2013 onde verificou-se uma dinâmica positiva na

criação de novas empresas. O ano foi também positivo para alguns setores da economia, com destaque

para a Agricultura, onde a produção de leite superou as melhores expectativas.

Foi neste contexto que o NOVO BANCO DOS AÇORES apostou no crescimento deste segmento por via

da concessão de Crédito Negócios, com forte impacto nas receitas de produto bancário, e pela

-13,9% -3,6% -11,1%

Total Recursos Total Aplicações Movimento Financeiro

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 35 2014

captação de novos clientes tesouraria, isto é, com maioria da tesouraria no NOVO BANCO DOS

AÇORES.

Durante o ano de 2014 a produção de Crédito Negócios superou os 10 M€, o que permitiu crescer 8% no

stock de crédito negócios (+2,5 M€). De destacar que esta produção foi efetuada em 313 novos

contratos pelo que o valor médio por contrato é de 30 mil euros.

A aposta no setor agrícola contribuiu de forma decisiva

para a obtenção dos resultados mencionados

anteriormente visto que 60% da produção de Crédito

Negócios foi efetuada neste setor. O Setor Agrícola é

um dos principais setores dos Açores, produtor de bens

transacionáveis com potencial de exportação e com

representatividade em termos nacionais.

De referir que o NOVO BANCO DOS AÇORES tornou-se

em maio de 2014 no Banco exclusivo para os agricultores da Ilha Terceira anteciparem o subsídio

Prémio aos Produtores de Leite. Foi assim satisfeita uma reivindicação de alguns anos. Através desta

parceria com a Associação Agrícola da Ilha Terceira

foram concedidos cerca de 750 mil euros de crédito a

mais de 40 agricultores.

Em 2014 captou-se 306 novas empresas e ENI’s e

aumentou-se o stock de TPA’s em 76 TPA’s.

Durante o ano foram lançados dois novos projetos:

Negócios com Futuro e NB Express Bill.

Com base numa análise prévia dos elementos

económico financeiros de todas as empresas da região, selecionamos um conjunto de empresas

clientes e não clientes, onde o NOVO BANCO DOS AÇORES pretende ser o seu principal parceiro

financeiro. Estas empresas, denominadas Negócios com Futuro, estão a ser alvo de uma abordagem

específica, sendo desenvolvida uma oferta competitiva ao nível de condições de tesouraria e de crédito.

Através do NB Express Bill o NOVO BANCO DOS AÇORES demonstrou ser um banco inovador e pioneiro

na disponibilização de uma solução de gestão de pagamentos, altamente flexível e inovadora, que

permite à empresa efetuar a gestão dos seus pagamentos, assegurando aos fornecedores a garantia

de recebimento na data de vencimento e a possibilidade de antecipar os fundos. Esta solução permitiu

durante o ano de 2014 assegurar o pagamento de 442 mil euros através de 288 ordens de pagamento.

Com a experiência e conhecimento adquirido neste primeiro ano de implementação prevê-se um

crescimento sustentado na utilização deste produto.

O NOVO BANCO DOS AÇORES certificou 10 empresas do segmento de negócios como PME Líder. O

objetivo do banco é continuar a crescer neste segmento de empresas.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 36 2014

É com esta orientação estratégica que vamos procurar em 2015 continuar a crescer na quota de

mercado das Micro e Pequenas Empresas.

Crescimento do segmento de Negócios (Retalho)

Movimento Financeiro = Recursos + Crédito

Particulares de Retalho: Acreditar, Um Bom Começo

Verificaram-se, no ano de 2014, transformações na economia portuguesa que obrigaram o Banco a

adotar um ajustamento no seu posicionamento ao nível da oferta de produtos de poupança e de

proteção do quotidiano, indo assim ao encontro das prioridades das famílias portuguesas.

Ao nível da poupança é de destacar a inovadora oferta

de Poupança Programada e Micro Poupança, que

alarga substancialmente o universo de famílias com

poupança regular, quer por via de entregas mensais, a

partir de pequenos montantes (10 euros), quer por via

do arredondamento de um conjunto vasto de

movimentos (cartões de débito e seguros, …),

permitindo a cada família poupar com toda a conveniência. Em complemento, o lançamento de

produtos de aforro competitivos e inovadores numa lógica de diversificação e obtenção de maiores

rentabilidades para os clientes, como a Conta Rendimento Mensal, e o DP NB 92 dias, acompanhados

por ações de comunicação de elevada visibilidade, que contribuíram de forma decisiva para o

-11,6%

2,4%

-3,0%

Total Recursos Total Aplicações Movimento Financeiro

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 37 2014

crescimento significativo. Num cenário de maior incerteza, o Banco continua a privilegiar a oferta de

seguros que protegem os agregados familiares perante situações imprevistas.

Como reflexo deste posicionamento, o NOVO BANCO DOS AÇORES dispõe atualmente de uma série

alargada e competitiva de famílias de seguros, sendo de distinguir pelo contexto que o segmento

atravessa, o Seguro de Proteção do Salário (riscos de Desemprego Involuntário ou Hospitalização e

Incapacidade temporária absoluta), que garante uma indemnização complementar de 35% durante seis

meses em caso de desemprego involuntário.

“Um novo Futuro, pede um novo poupar” – e por isso também os Canais Diretos suportam os novos

conceitos de poupança como a Micro Poupança, a Poupança Programada, e as soluções NB Super

Rendimento, com especial destaque para o Orçamento Familiar, que apoia o esforço de poupança das

famílias portuguesas, permitindo uma visão rápida e sem esforço do seu perfil de despesas e receitas,

de forma totalmente integrada com o NBnet. Esta inovadora solução tem sido um sucesso.

O NOVO BANCO DOS AÇORES surge em 2014, novamente, como parceiro associado ao Cartão

Interjovem, iniciativa do Governo dos Açores que visa promover a mobilidade e o turismo juvenil nas

ilhas dos Açores, reforçando a sua posição como único Banco com sede nos Açores e em harmonia com

o slogan do Cartão “Com o Cartão InterJovem, vais longe!”. Para o efeito o NOVO BANCO DOS AÇORES

disponibiliza um desconto de 10% na aquisição do cartão InterJovem com abertura de conta nos

Balcões do NOVO BANCO DOS AÇORES e possibilitando, ainda que, a aquisição do cartão seja gratuita

caso domicilie o seu ordenado.

Crescimento do segmento Particulares Retalho

Movimento Financeiro = Recursos + Crédito

Formação

A política de formação adotada foi muito importante na valorização dos Recursos Humanos do Novo

Banco dos Açores, permitindo melhorar a qualidade e os níveis de competência e motivação dos

-4,0% -3,4% -3,6%

Total Recursos Total Aplicações Movimento Financeiro

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 38 2014

Colaboradores. No Ano 2014 manteve-se a aposta no programa de formação Atitude centrado na

melhoria contínua da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da relação com o Cliente,

permitindo que seja considerado o banco que melhor serve os clientes.

A consolidação das abordagens segmentadas e de relacionamento com os Clientes possibilitaram o

crescimento da Banca de Retalho, onde importa destacar:

Evolução do crédito nos negócios com um elevado grau de seletividade, que se traduziu num

aumento de 2.4% com produção de + 10M€.

Captação de 3.024 clientes sendo que o número de clientes ativos no retalho seja 29.567, o que

representa + 3.5% face a 2013. Como suporte para estes resultados esteve o forte contributo de

Cross-segment com 27% e os canais Assurfinance com 12% e Promotores com 8%.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 39 2014

Private Banking

A atividade de private banking no Novo Banco dos Açores foi integrada no Centro 360 e Private. Essa

integração, desde fevereiro de 2014, permitiu maior grau eficiência e qualidade do serviço prestado aos

Clientes. Com uma oferta baseada num visão integrada do cliente, consubstanciada em soluções de

investimento que satisfaçam as suas necessidades financeiras e patrimoniais. O desenvolvimento de

uma relação de confiança é um dos pilares desta atividade, assegurada por um gestor private, e por

toda a equipa do Centro 360, com elevadas competências técnicas e relacionais.

O ano de 2014 continuou a ser marcado por uma grande aversão ao risco, também neste segmento. O

Novo Banco dos Açores respondeu de forma cuidada aos anseios dos Clientes fazendo sempre

tomarem a correta perceção da relação risco versus rentabilidade. Continuamos a desenvolver uma

relação de confiança e de grande comunicação com os Clientes de forma a responder proativamente a

todos os seus anseios e preocupações.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 40 2014

Empresas

Após um período desenvolvido num difícil contexto Macroeconómico, em que o Setor Financeiro em

Portugal teve de enfrentar vários desafios, verificou-se em 2014, especialmente após o término do

programa de assistência financeira a Portugal, alguma estabilização e recuperação de importantes

indicadores da atividade económica, nomeadamente, a melhoria do índice de confiança dos

consumidores e empresários.

Não obstante esta melhoria manteve-se uma política de aumento das provisões face ao crédito

vencido, procurando-se preventivamente antecipar potencial de quebra da qualidade dos ativos.

Contudo, a atividade da Direcção de Empresas desenvolveu-se ainda num ambiente difícil. Apesar de

algum abrandamento, continuou-se a assistir a inúmeros processos de falências, insolvências, ações

judiciais, penhoras e reclamações de crédito.

A Direcção de Empresas manteve constante a sua ação de proximidade aos Clientes dos segmentos de

Grandes, Pequenas e Médias Empresas, disponibilizando um acompanhamento especializado, a par de

uma abrangente oferta e soluções diversificadas.

Especial relevo para a Solução NB Express Bill a

qual se trata de uma oferta da mais elevada

inovação existente no setor financeiro,

disponibilizando às empresas Açorianas um

valioso instrumento financeiro que promove

segurança nos negócios, disponibiliza liquidez

imediata e promove a disciplina nos pagamentos e

recebimentos entre empresas. Em 2014 foram emitidas mais de 550 ordens NB Express Bill num total

aproximado de 10 milhões de euros.

A Direcção de Empresas manteve e reforçou a oferta para a área de empresas disponibilizada pelo

Banco mantendo as características largamente reconhecidas pelos seus Clientes: oferta inovadora com

soluções únicas e exclusivas, abrangendo as mais diferentes vertentes, nomeadamente necessidades

de apoio à gestão de tesouraria, apoios ao investimento, cobertura de risco cambial e de taxa de juro. A

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 41 2014

parceria com a Companhia de Seguros Tranquilidade manteve-se e foi incrementada com várias ações

de dinamização procurando-se desta forma também disponibilizar às empresas dos Açores uma vasta

oferta não financeira

A nível dos recursos humanos e após renovação da totalidade dos quadros da Direcção de Empresas

verificada em 2013, procedeu-se no inicio de 2014 à implementação e execução de um plano de

formação especifico e presencial para os colaboradores do Novo Banco dos Açores junto de Centros de

Empresas do NOVO BANCO, procurando desta forma disponibilizar uma experiencia e uma

aproximação à realidade e às boas práticas existentes em estruturas semelhantes ao Centro de

Empresas do NOVO BANCO DOS AÇORES com o intuito da melhoraria do acompanhamento e

aconselhamento dos seus Clientes e das soluções disponibilizadas pelo Banco.

A captação de novos Clientes manteve-se como um dos principais objetivos da ação da Direcção de

Empresa, tendo em 2014 se atingido o número recorde de empresas captadas.

Em termos de informação quantitativa, a Direcção de Empresas originou em 2014 um Volume de

Negócios de 137.8 milhões de euros.

Ao nível dos Recursos de Clientes, verificou-se um saldo final da ordem dos 48,5 milhões de euros, valor

este altamente influenciado pelo que ocorreu no segundo semestre do ano, designadamente o colapso

do BES. Em termos de decomposição, 16,9% corresponde a saldos em depósitos à ordem, sendo os

restantes 83.1%, maioritariamente, Depósitos a Prazo.

Em termos de Aplicações, o saldo final foi de 89,8 milhões de euros, tendo-se observado, em termos

médios, um valor na ordem dos 89,3 milhões de euros. Neste agregado, a variável de maior relevância

foi o Crédito Directo que atingiu em termos médios os 62,2 milhões de euros, correspondendo a 69.6%

do Crédito Total da Direcção de Empresas.

Ao nível do crédito por assinatura, o valor global de garantias prestadas atingiu em 2014, em termos

médios, o saldo de 12,7 milhões de euros, correspondendo a 14,2% do total do Crédito da Direcção de

Empresas.

Nas operações de desintermediação financeira e, em especial, em relação ao Leasing Mobiliário e

Imobiliário, o saldo médio verificado em 2014 foi da ordem dos 14,9 milhões de euros, correspondendo a

16.7% do total do Crédito verificado da Direcção de Empresas.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 42 2014

Municípios e Institucionais

O desenvolvimento da atividade comercial pode ser observado em duas fases distintas. Uma primeira

fase, nomeadamente no primeiro semestre de 2014, em que devido ao rácio de transformação se situar

abaixo dos 70%, permitiu focalizar a sua ação na rentabilidade e por esta via, observou-se um

crescimento da concessão de crédito mais

acentuado. Numa segunda fase, nomeadamente

no segundo semestre de 2014, já num contexto

de constrangimentos, a ação comercial focalizou-

se na retenção e angariação de Recursos, o que

permitiu que a redução neste semestre fosse

minimizada por esta atitude proativa.

Como objetivo estratégico, manteve-se o modelo em que o DMI trabalhou de uma forma mais profunda

e transversal os atuais Clientes, procurando responder às necessidades específicas da gestão financeira

das instituições de caráter público.

A relação desta Direção com o Setor Institucional tem vindo, ano após ano, a ganhar maior

importância, uma vez que o Setor Público apresenta um peso da ordem dos 30% no total da população

ativa ou, 27,1% se considerarmos a população empregada e ainda em relação ao PIB Regional, cujas

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 43 2014

“Receitas Públicas” representam aproximadamente 37% e se acrescentarmos o Setor Autárquico e

Empresarial do Estado, o peso relativo situa-se acima dos 50%, o que demonstra a elevada importância

que o Estado/Setor Público Regional têm no mercado regional açoriano.

O exercício de 2014 no segmento Municípios e Institucionais, pautou-se por um crescimento da

atividade financeira, nomeadamente do Crédito concedido a Clientes, da ordem dos 19,73%,

correspondente a um saldo da ordem dos 48,6 Milhões de euros e numa diminuição dos Recursos, da

ordem dos 9,72%%, correspondente a um Saldo no final do exercício da ordem dos 53,8 Milhões de

euros.

Este aumento da atividade com crescimento acentuado no Crédito e diminuição dos Depósitos,

permitiu com que o Movimento Financeiro do segmento tenha crescido na ordem dos 2,21%,

correspondente a um aumento do saldo médio na ordem dos 2,4 milhões de euros, consolidando-se

assim num valor global da ordem dos 102,4 Milhões de euros, em termos de saldo de Balanço.

Ao nível setorial, o maior relacionamento do DMI é com o setor governamental, com destaque para o

setor da saúde, seguindo-se o setor autárquico. As misericórdias dos Açores são também um setor

muito importante para o Novo Banco dos Açores.

Neste exercício, foi dado um passo importante, na ampliação da gestão da

tesouraria global da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão – RIAC, bem como

outro passo importante foi a gestão da área afeta ao Emprego, em que os

fluxos comunitários passaram também a ser geridos pelo Banco. Além disso,

também foi uma realidade a manutenção da gestão da tesouraria global da

Segurança Social dos Açores, cada vez mais consolidada, representando um

projeto de elevada importância para o Banco e um contributo de elevado

relevo para o desempenho do D.M.I. na melhoria da quota de mercado, que

tem sido uma realidade, desde a sua criação.

Fundações, Escolas Secundárias, Centrais Sindicais, etc., foram áreas de intervenção do D.M.I., embora

com dimensão mais reduzida, mas sempre com elevada importância de atuação.

Em relação às áreas de atuação da Direção, os principais

enfoques centraram-se na captação de Clientes de pequena

dimensão, como por exemplo as Juntas de Freguesia, os

Centros Sócio-Culturais e Paroquiais e as Comissões

Fabriqueiras das Igrejas.

Além disso, a atuação na captação das tesourarias das

Instituições foi muito importante, se considerarmos que a

colocação de Terminais Automáticos de Pagamentos (TPA’s)

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 44 2014

atingiu os 308 terminais de pagamento do Banco instalados em instituições.

O pagamento de salários e a fornecedores através do Banco, apresenta um crescimento muito

interessante, observando-se a transformação do sistema PS2 em NBNet, permitindo assim minimizar

os custos afetos ao Banco e criar maior eficiência na gestão destes processos por parte das

Instituições.

Além do referido, o DMI intermediou um conjunto de Protocolos, que foram assinados com várias

Instituições.

A responsabilidade social do D.M.I. tem estado sempre presente na sua atuação, até mesmo o

relacionamento e a proximidade com as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS’s, com

os Centros Sociais e Paroquiais e muitas outras instituições de cariz social, tem levado a que durante a

época festiva do Natal, a Direção tenha dinamizado através dos colaboradores do Banco, a angariação

de verbas no sentido da atribuição de cabazes de Natal a

famílias e agregados carenciados economicamente e

socialmente. Em 2014 foi possível contemplar 16 famílias

carenciadas, que assim tiveram um Natal melhor.

Assim, em 2014 o rumo definido para o exercício, embora

com muitos percalços, acabou neste segmento por ter um

desempenho positivo, permitindo também ajudar num

contexto global do Banco, minimizar os efeitos nefastos da crise já referenciada.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 45 2014

RECURSOS HUMANOS

Em 31 de dezembro de 2014 o NB dos Açores apresentava um quadro de pessoal com 101

colaboradores, incluindo nove situações de suspensão do contrato individual de trabalho e uma

situação de destacamento. Em comparação com o final do ano de 2013, verifica-se a manutenção do

número de Colaboradores.

Os Colaboradores do Banco encontram-se distribuídos entre as áreas comerciais (76,2%) e serviços

centrais (23,8%), mantendo a mesma estrutura que se registava em dezembro de 2013.

99 101 101

2012 2013 2014

Evolução do nº de colaboradores

2013 2014

Áreas Comerciais 76,2% 76,2%

Serviços Centrais 23,8% 23,8%

5

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 46 2014

Verifica-se que a maior concentração de Colaboradores do Banco se regista nas funções específicas e

comerciais. As funções de chefia representam cerca de 20% do quadro de pessoal.

A Ilha de S. Miguel, onde se encontra sedeada a empresa e a maioria dos seus balcões, concentra cerca

de 79% dos colaboradores.

A média etária dos colaboradores do banco registou uma ligeira subida para cerca de 43 anos. Os

Colaboradores com mais de 50 anos representam 39,6 do total do quadro de Pessoal.

5

20

29

38

9

5

21

32 35

8

Directivas Chefias Funções específicas Comerciais Administrativas

Distribuição dos Colaboradores por Funções

2013 2014

Distribuição dos Colaboradores por Ilha

Ilha de S. Miguel 79,2%

Ilha Terceira 12,9%

Ilha do Faial 3,0%

Ilha do Pico 3,0%

Ilha de Stª Maria 2,0%

Total 100,0%

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 47 2014

A antiguidade média dos Colaboradores do Banco situa-se nos 19 anos.

No que respeita à formação académica, verificou-se um aumento significativo da percentagem de

colaboradores com formação superior; iniciando a atividade em 2002 com cerca de 10% de

colaboradores licenciados, o NB dos Açores em 2014 já regista nos seus quadros licenciados que

representam cerca de 48% dos Colaboradores.

16,8%

31,7%

11,9%

39,6%

Menos de 30 anos Entre 30 e 40 anos Entre 40 e 50 anos Mais de 50 anos

Distribuição dos Colaboradores por grupo etário - 2014

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 48 2014

ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO

Estrutura de Carteira de Crédito

A carteira de crédito apresentou em 31 de dezembro de 2014, um crescimento de 1,5%, face ao final do

exercício anterior. Este ligeiro acréscimo reflete uma política que tem por base análises de risco ainda

mais criteriosas em função da situação socioeconómica que se vive na Região Autónoma dos Açores. A

atual política de crédito do Banco continua direcionada, por um lado, para produtos de baixo risco

destinados a particulares, embora se tivesse verificado um decréscimo neste segmento de mercado e,

por outro, para o segmento de empresas, procurando sempre uma política de diversificação da carteira

de crédito, privilegiando-se os setores e empresas de melhor rating. Com o rigor implementado nas

análises de risco de crédito a empresas, associado ao aumento da procura de crédito por parte das

empresas dos diversos setores de atividade, o Novo Banco dos Açores, durante o ano de 2014,

aumentou o crédito concedido a empresas em 12,6%, desenvolvendo todos os esforços e dando o seu

contributo para a manutenção e desenvolvimento do tecido empresarial do Região.

milahres de euros

Tipo de Crédito Dez-13 Dez-14 Δ %

Crédito Total (bruto) 384 689 390 463 1,5%

Habitação 227 680 222 063 -2,5%

Particulares (Outro) 32 114 26 897 -16,2%

Empresas 124 895 141 503 13,3%

6

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 49 2014

Qualidade de crédito

Durante o ano de 2014, tal como nos anos anteriores, continuou-se o esforço de melhoria assinalável ao

nível do perfil de risco da atividade creditícia, dando continuidade à tendência verificada desde a

constituição do Banco.

O rácio do crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 4,6% (Dez.13: 4,3%).

Como resultado do aumento da sinistralidade, registou-se um maior esforço de provisionamento da

carteira de crédito, resultante do rigor e prudência em função da conjuntura difícil que atravessamos, e

da aplicabilidade das normas prudenciais em vigor. Como corolário desta tendência, o custo de

imparidade no ano de 2014 situou-se em 2,1%, (Dez.13: 1,1%).

O ligeiro incremento de crédito vencido implicou um aumento do nível da cobertura de crédito vencido

por provisões, que se situou nos 146,2%.

4,3

4,6

Dez,13 Dez,14

Crédito Vencido (>90 dias) / Crédito a Clientes (%)

1,10

2,10

Dez,13 Dez,14

Custo da Imparidade do Crédito % (Provisões / Crédito a Clientes)

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 50 2014

Este desempenho é o corolário da prioridade atribuída nos últimos anos ao desenvolvimento da função

risco, bem como aos instrumentos de apoio à decisão, continuando o caminho de reforço de garantias e

da maior seletividade do crédito, não obstante a crise financeira que atravessamos, que nos permite

continuar a encarar o futuro com otimismo.

114,4

146,2

Dez,13 Dez,14

Cobertura do Crédito Vencido (> 90 dias) % (Provisões para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias)

absoluta relativa

DADOS DE BASE (milhares de euros)

Crédito a Clientes (bruto) 384 689 390 463 5 774 1,5%

Crédito Vencido 17 019 18 297 1 278 7,5%

Crédito Vencido > 90 dias 16 440 18 022 1 582 9,6%

Crédito em Risco (1) 37 043 39 498 2 455 6,6%

Crédito Reestruturado (2) 4 540 8 687 4 147 91,3%

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco (2) 4 163 5 978 1 815 43,6%

Provisões para Crédito 18 806 26 340 7 534 40,1%

INDICADORES (%)

Crédito Vencido / Crédito a Clientes (bruto) 4,4 4,7 0,3 p.p.

Crédito Vencido > 90 dias / Crédito a Clientes (bruto) 4,3 4,6 0,3 p.p.

Crédito em Risco(1)

/ Crédito a Clientes (bruto) 9,6 10,1 0,5 p.p.

Crédito Reestruturado(2)

/ Crédito a Clientes (bruto) 1,2 2,2 1,0 p.p.

Crédito Reestruturado não incluido no Crédito em Risco(2)

/

Crédito a Clientes (bruto)1,1 1,5 0,4 p.p.

Provisões para Crédito / Crédito Vencido 110,5 144,0 33,5 p.p.

Provisões para Crédito / Crédito Vencido > 90 dias 114,4 146,2 31,8 p.p.

Provisões para Crédito / Crédito em Risco(1) 50,8 66,7 15,9 p.p.

Provisões para Crédito / Crédito a Clientes 4,9 6,7 1,9 p.p.

Carga de Provisões para Crédito 1,1 2,1 1,0 p.p.

(1) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2011 do Banco de Portugal.(2) De acordo com a definição constante da Instrução nº32/2013 do Banco de Portugal.

31-Dez-13Variação

31-Dez-14

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 51 2014

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE

Principais indicadores

Relativamente ao exercício de 2014 salientamos:

- o resultado líquido foi negativo e atingiu os 2.121 milhares de euros tendo a sua evolução sido marcada

pelo enorme esforço de provisões para crédito;

- os recursos totais de clientes registaram uma quebra de 21,4% enquanto o crédito concedido a

clientes registou uma variação homóloga de +1,5%;

- o rácio Cost to Income registou uma evolução de 66,0% em 2013 para 57,8% em 2014 e o rácio Cost to

Income comercial situou-se nos 73,9% (88,3% em 2013);

7

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 52 2014

ATIVIDADE

Relativamente à evolução da atividade no ano de 2014 destacamos o seguinte:

- o ativo líquido do banco situou-se nos 437,5 milhões de euros (-1,8% que no período homólogo);

- os recursos de clientes registaram uma redução de 10,1%;

- os recursos totais de clientes, incluindo a desintermediação, apresentam uma quebra de 21,4%

- o crédito concedido a clientes cresceu cerca de 5,8 milhões de euros (+1,5 %);

RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO

No ano de 2014 o crédito concedido a Clientes voltou a registar uma evolução positiva, nomeadamente

por efeito do crédito concedido às empresas. Após um período com crescimentos negativos (até março

de 2014), a concessão de crédito a Clientes regista, em termos médios crescimentos positivos,

comparativamente com os períodos homólogos.

Milhares de euro

Variáveis - Evolução da Actividade Dez.13 Dez.14Variação

(% )

Act ivo Líquido 445 .5 07 43 7.496 -1,8 %

Crédito a Clientes (bruto ) 3 8 4.68 9 3 90.463 1,5 %

Crédito a Particulares 259.794 249.886 -3,8%

- Habitação 227.680 222.899 -2,1%

- Outro Crédito a Particulares 32.114 26.987 -16,0%

Crédito a Empresas 124.895 140.577 12,6%

Recursos Tota is de Clientes 496.8 94 3 90.3 5 4 -21,4%

Recursos de Clientes 331.796 298.227 -10,1%

Recursos de Desintermediação 165.098 92.127 -44,2%

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 53 2014

O rácio de transformação de Recursos de Balanço em Crédito situou-se em 122% (100% em 2013)

enquanto o rácio de transformação de Depósitos em Crédito registou um aumento de 12 p.p. (de 110%

para 122%).

Evolução do Crédito a ClientesValores médios

(crescimento face ao período homólog o do ano anterior)

-0,7%-1,6%

-0,7%-0,7%

-0,1%

-5,3%

-5,7%

-5,7% -6,3%

-0,4%

2,3%

3,9%

1,6%

Dez-11 Mar-12 Jun-12 Set-12 Dez-12 Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13 Mar-14 Jun-14 Set-14 Dez-14

Milhares de euro

Rácio de T ransformação Dez.13 Dez.14

CRÉDITO A CLIENTES

Créd ito a Clientes (bruto ) 3 8 4.68 9 3 90 .463

Provisões 18.806 26.341

Crédito a Clientes (líquido) 365.883 364.122

RECURSOS DE BALANÇO

Depósitos de Clientes 331.796 298.227

Recursos de Balanço (1) 366.809 298.227

RÁCIOS DE TRANSFORMAÇÃO

Depósitos de Clientes em Crédito (2) 110% 122%

Recursos de Balanço em Crédito (2) 100% 122%

(1) - Inclui Emissões de Obrigações de Caixa (última emissão liquidada em setembro 2014)(2) - Crédito a Clientes líquido

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 54 2014

CAPITAIS PRÓPRIOS

Os capitais próprios e equiparados totalizaram 34,1 milhões de euros, valor inferior em cerca de 4,9

milhões de euros ao final do ano anterior (39,0 milhões de euros).

O capital social do Banco, no valor de 18,6 milhões de euros, encontra-se representado por 3.727.500

ações com um valor nominal de 5 euros cada.

RESULTADOS

O resultado líquido alcançado pelo NB dos Açores no exercício de 2014 apresenta-se negativo em 2.121

milhares de euros.

Milhares de euro

Dez.13 Dez.14 Variação

Capital 18.638 18.638 0,0%

Prémios de Emissão 6.681 6.681 0,0%

Reservas de Reavaliação 418 -2.430 ….

Outras Reservas e Resultados Transitados 14.314 13.374 -6,6%

Resultado do Exercício -1.025 -2.121 ….

Dividendos Antecipados 0 0 ….

Total 3 9.026 3 4.142 -12,5 %

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 55 2014

Para o nível de resultados obtido contribuíram decisivamente os seguintes fatores:

- crescimento do resultado financeiro em cerca de 1.457 milhares de euros (+34,6%)

- crescimento dos proveitos de serviços a Clientes em 156 milhares de euros (+3,5%)

- aumento do esforço de provisionamento para crédito (+4.094 milhares de euros).

PRODUTO BANCÁRIO

Verifica-se que o resultado financeiro (+34,6% que em 2013) recuperou algum peso na composição do

produto bancário, atingindo os 43,3% (36,5% em 2013). Por outro lado, o peso dos proveitos por serviços

prestados a Clientes regista um decréscimo, passando de 38,2% em 2013 para 34,9% em 2014. O

resultado das operações financeiras e diversos também diminui o seu peso no produto bancário ao

evoluir para 21,8% (2013: 25,3%).

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Resultado Financeiro 4.214 5.671 1.457 34,6%

+ Serviço Clientes 4.413 4.569 156 3,5%

= Produto Bancário Comercial 8.627 10.24 0 1.613 18,7%

+ Resultado Operações Financeiras e Diversos 2.920 2.851 -69 -2,4%

= Produto Bancário 11.54 7 13.091 1.54 4 13,4 %

- Custos Operativos 7.617 7.568 -49 -0,6%

= Resultado Bruto 3.930 5.523 1.593 4 0,5%

- Provisões - Reposições 4.849 8.237 3.388 69,9%

Risco Crédito 4.045 8.139 4.094 101,2%

Títulos 0 0 0 -

Outras 804 98 -706 -87,8%

= Resultado antes Impostos -919 -2.714 -1.795 ,, ,

- Impostos 106 -593 -699 ,,,

Impostos Correntes -116 115 231 ,,,

Impostos Diferidos 62 -868 -930 ---

Contribuição s/ Sector Bancário 160 160 0 0,0%

= Resultado Líquido -1.025 -2.121 -1.096 ….

Var iação Dez.14Variáveis Dez.13

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 56 2014

RESULTADO FINANCEIRO E MARGEM

A evolução das taxas de mercado e a política de preços adotada pelo banco em 2014, tudo isto,

combinado com a evolução registada nos recursos de Clientes, influenciou o comportamento da

margem financeira que se situou nos 1,35% (0,93% em 2013), possibilitando melhores índices de

rentabilidade do Novo Banco dos Açores.

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO BANCÁRIO

36,5% 43,3%

38,2%34,9%

25,3% 21,8%

2013 2014

Resultado Financeiro Serviços Clientes Resultados Mercados

0,7

8%

0,9

3%1,0

4%

1,3

5%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Evolução da Margem Financeira

2013 2014

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 57 2014

O resultado financeiro atingiu 5.671 milhares de euros e registou um crescimento de 1.457 milhares de

euros em relação a 2013, influenciado pela diminuição dos proveitos obtidos em Outras Aplicações, mas

compensado sobretudo pela redução dos custos pagos por Depósitos e Outros Recursos.

CUSTOS OPERATIVOS

A evolução dos custos de funcionamento (diminuição de 0,6% em termos homólogos) foi determinada

pelo comportamento verificado nos Gastos gerais Administrativos (-2,9%) e nas Amortizações (-1,2%).

Os Custos com Pessoal aumentaram 0,9%.

Milhares de euros

Resultado Financeiro Dez.13 Dez.14 variação

Proveitos ( Juros Activos) 15.568 13.780 -1.788

- de Crédito 13.151 13.134 -17

- de Outras Aplicações 2.417 646 -1.771

Custos ( Juros Passivos) 11.354 8.109 -3.24 5

- de Depósitos 9.472 7.065 -2.407

- de Outros recursos 1.882 1.044 -838

Resultado Financeiro 4 .214 5.671 1.4 57

Milhares de euros

Absoluta Relativa

Custos com Pessoal 4.020 4.058 38 0,9%

Gastos Gerais Administrativos 2.575 2.500 -75 -2,9%

Amortizações 1.022 1.010 -12 -1,2%

Total 7.617 7.568 -4 9 -0,6%

CUSTOS OPERATIVOS 20142013Variação

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 58 2014

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA

A evolução registada no produto bancário comercial e nos custos operativos determinou uma

recuperação tanto no Cost to Income com uma redução homologa de 8,2 p.p., como no Cost to Income

comercial (sem mercados) (-14,4 p.p.).

A evolução verificada no total do Ativo, nos Custos Operativos e no número de colaboradores

originaram um aumento no rácio Custos Operativos / Ativo Médio e uma redução no indicador Ativo

por Empregado.

PROVISIONAMENTO

O ano de 2014 foi marcado por um elevado reforço de provisões, que totalizaram 8.237 milhares de

euros, o que constituiu um esforço superior em 3.388 milhares ao do exercício de 2013. Para esse

aumento do esforço de provisionamento contribuiu um maior nível de provisões para crédito com mais

4.094 milhares de euros, e para Imóveis com menos 706 milhares de euros. As Provisões para Crédito

registam em 31 de dezembro de 2013 um valor acumulado de 26,3 milhões de euros.

Ind icadores de Produt ividade e Efic iência Dez.13 Dez.14 Variação

Cost to Income (sem mercados) 88,3% 73,9% -14,4 p.p.

Cost to Income (com mercados) 66,0% 57,8% -8,2 p.p.

Custos Operativos / Activo Médio 1,58% 1,69% 0,11 p.p.

Activo por Empregado (€.000) 4.411 4.248 -3,7%

Milhares de euros

Dotações para Provisões Dez.13 Dez.14

para Crédito a Clientes 4.045 8.139 4.094 101,2%

para Títulos 0 0 0 -

para Outros Riscos e Encargos 804 98 -706 -87,8%

Total 4.8 49 8 .23 7 3 .3 8 8 69,9%

Variação

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 59 2014

INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL

%

SOLVABILIDADE (g)

Fundos Próprios/Ativos de Risco (a) 8,5 6,2

Fundos Próprios de Base/Ativos de Risco (a) 8,3 6,2

Core Tier I /Ativos de Risco (a) 8,3 6,2

QUALIDADE DO CRÉDITO

Crédito com Incumprimento (b) / Crédito Total (c) 5,1 6,9

Crédito com Incumprimento, líquido (c)/ Crédito Total, líquido (c) 0,3 0,2

Crédito em Risco(c/f) / Crédito Total (c) 9,6 10,1

Crédito em Risco, líquido (c/f)/ Crédito Total, líquido (c) 5,0 3,6

RENDIBILIDADE

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Ativo Líquido médio -2,3 -7,1

Produto Bancário (d)/Ativo Líquido médio 2,4 2,9

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios médios (e) -2,3 -7,1

EFICIÊNCIA

Custos de Funcionamento (d)+ Amortizações / Produto Bancário (d) 66,0 57,8

Custos com Pessoal / Produto Bancário (d) 34,8 31,0

TRANSFORMAÇÃO

(Crédito Total(c)- Provisões para Crédito(c))/ Depósitos de Clientes (f) 110,3 122,1

(a) Valores calculados com base no método BIS II padrão

(b) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003/DSB do Banco de Portugal

( c) De acordo com a definição constante da Instrução nº22/2011 do Banco de Portugal

( d) De acordo com a definição constante da Instrução nº16/2004 do Banco de Portugal

( e) Incluem Interesses que não controlam

( f) De acordo com a definição constante da Instrução nº23/2004 do Banco de Portugal

( g) dezembro de 2014 (informação provisória). Relativamente ao Rácio de Solvabilidade o Novo Banco, como

acionista de referência, tomará as medidas necessárias para o repor nos níveis regulamentares.

31-Dez-13 31-Dez-14

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 60 2014

Evolução previsível da Sociedade

O ano 2015 para o Novo Banco dos Açores irá ser marcado pela decisão que for tomada relativamente

ao futuro do seu principal acionista, o Novo Banco.

Apesar desta incógnita, o Banco continuará a desenvolver a sua atividade tendo como grande objetivo

a continuação do trabalho que tem vindo a ser desenvolvimento no sentido de consolidar a sua quota

de mercado. Para atingir esse objetivo propõe-se continuar a desenvolver uma abordagem segmentada

e próxima da sociedade, que permita o aumento da quota através da captação de novos Clientes e da

fidelização dos Clientes existentes.

O Banco em 2015 irá privilegiar o reforço da captação / recuperação de depósitos, o aprofundamento da

seletividade do crédito (sem deixar de apoiar os setores mais dinâmicos da economia) e uma atuação

muito cuidada de prevenção e cobertura do risco do crédito.

O Banco irá desenvolver diversas ações de índole comercial. Prevê-se a assinatura de Protocolos com

empresas e Instituições com o objetivo de captação de novos Clientes. Pretende-se o aprofundamento

de relações e a cooperação com todas as entidades envolvidas no processo de desenvolvimento dos

Açores, quer sejam privadas quer sejam oficiais.

No ano de 2015 iremos continuar a nossa política de dinamização do Banco muito ativa e rigorosa, de

forma a continuarmos a constituir um elemento fundamental para o Desenvolvimento Económico e

Social dos Açores, e em conformidade com as nossas responsabilidades de sermos o único Banco a

operar na Região com sede nos Açores.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 61 2014

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

8

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 62 2014

(em milhares de euro)

ACTIVO

1.Caixa e disponibilidades em bancos centrais.......................................... 4.717 0 4.717 4.220

2.Disponibilidades em outras instituições de crédito ................................... 17.848 0 17.848 14.934

3.Activos financeiros detidos para negociação......................................... 0 0 0 0

4.Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados........... 3 0 3 3

5.Activos financeiros disponíveis para venda........................................... 12.780 62 12.718 20.493

6.Aplicações em instituições de crédito ...................................................... 8.243 0 8.243 7.257

7.Crédito a clientes...................................................................................... 390.463 23.758 366.705 368.365

8.Investimentos detidos até à maturidade.................................................... 0 0 0 0

9.Activos com acordo de recompra............................................................ 0 0 0 0

10.Derivados de cobertura.......................................................................... 0 0 0 1

11.Activos não correntes detidos para venda............................................ 12.876 1.163 11.713 12.462

12.Propriedades de investimento................................................................ 0 0 0 0

13.Outros activos tangíveis......................................................................... 10.020 4.263 5.757 6.158

14.Activos intangíveis................................................................................. 6.601 5.244 1.357 1.399

15.Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos...... 0 0 0 0

16.Activos por impostos correntes............................................................. 82 0 82 464

17.Activos por impostos diferidos............................................................... 4.051 0 4.051 3.644

18.Outros activos........................................................................................ 4.302 0 4.302 6.107

TOTAL DO ACTIVO 471.986 34.490 437.496 445.507

PASSIVO

1.Recursos de bancos centrais.................................................................. 0 0 0 0

2.Passivos financeiros detidos para negociação....................................... 0 0 0 0

3.Outros passivos financeiros ao justo valor atraves de resultados.......... 0 0 0 0

4.Recursos de outras instituições de crédito ............................................... 99.272 0 99.272 34.264

5.Recursos de clientes e outros empréstimos............................................ 298.227 0 298.227 331.796

6.Responsabilidades representadas por títulos............................................. 0 0 0 35.013

7.Passivos financeiros associados a activos transferidos........................ 0 0 0 0

8.Derivados de cobertura............................................................................. 651 0 651 624

9.Passivos não correntes detidos para venda........................................... 0 0 0 0

10.Provisões.................................................................................................. 2.605 0 2.605 2.508

11.Passivos por impostos correntes........................................................... 35 0 35 0

12.Passivos por impostos diferidos............................................................ 176 0 176 495

13.Instrumentos representativos de capital................................................ 0 0 0 0

14.Outros passivos subordinados.............................................................. 0 0 0 0

15.Outros passivos..................................................................................... 2.388 0 2.388 1.781

TOTAL DO PASSIVO 403.354 0 403.354 406.481

CAPITAL

16.Capital..................................................................................................... 18.638 0 18.638 18.638

17.Prémios de emissão................................................................................ 6.681 0 6.681 6.681

18.Outros instrumentos de capital............................................................... 0 0 0 0

19.Acções próprias.................................................................................... 0 0 0 0

20.Reservas de reavaliação........................................................................ -2.430 0 -2.430 418

21.Outras reservas e resultados transitados............................................. 13.374 0 13.374 14.314

22.Resultado do exercício ........................................................................... -2.121 0 -2.121 -1.025

23.Dividendos antecipados........................................................................ 0 0 0 0

TOTAL DO CAPITAL 34.142 0 34.142 39.026

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL 437.496 0 437.496 445.507

N OVO B A N C O D OS A ÇOR ES, SA

BALANÇO EM 31 DE DEZEM BRO DE 2014

B A LA N ÇO

31 de dezembro de 2014

31 de dezembro

de 2013VA LOR A N T ES

D E P R OVISÕES,

IM P A R ID A D E E

A M OR T IZ A ÇÕE

S

P R OVISÕES,

IM P A R ID A D E E

A M OR T IZ A ÇÕES

VA LOR LÍ QUID O

O Conselho de Administração

Jaime José Matos da GamaJosé João Guilherme

José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt

Luis Miguel Cordeiro Guimarães de CarvalhoGualter José Andrade Furtado

António Manuel da Silva Nogueira RodriguesJosé Francisco Gonçalves Silva

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

O Técnico Oficial de Contas

Luis Miguel Rosário Baptista

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 63 2014

(em milhares de euro)

13.816 16.113

8.145 11.899

5.671 4.214

378 87

5.296 5.205

730 792

675 (110)

11 21

1.708 2.844

14 12

(92) (94)

12.931 11.387

4.058 4.020

2.500 2.575

1.010 1.022

101 (228)

8.039 4.273

0 0

97 804

-2 .874 -1.079

(753) (54)

115 (116)

(868) 62

-2 .121 -1.025

15 13

NOVO B ANCO DOS AÇORES, SA

D EM ON ST R A ÇÃ O D E R ESULT A D OS A T É 31 D E D EZ EM B R O D E 2014

D EM ON ST R A ÇÃ O D E R ESULT A D OS31 de dezembro

de 2014

31 de dezembro

de 2013

9. Resultados de alienação de outros activos...............................

1. Juros e rendimentos similares...........................................................

2. Juros e encargos similares.................................................................

M argem F inanceira

3. Rendimentos de instrumentos de capital.....................................

4. Rendimentos de serviços e comissões.......................................

5. Encargos com serviços e comissões...........................................

6. Resultados de activos e passivos avaliados ao justo

valor através de resultados........................................................

7. Resultados de activos financeiros

disponíveis para venda................................................................

8. Resultados de reavaliação cambial.........................................

17. Imparidade de outros activos líquida de

10. Outros resultados de exploração..................................................

P ro duto bancário

11. Custos com pessoal..........................................................................

12. Gastos gerais administrativos......................................................

13. Amortizações do exercício ........................................................

14. Provisões líquidas de reposições e anulações.....................

15. Correcções de valor associadas ao crédito a

clientes e valores a receber de outros devedores

(líquidas de reposições e anulações)..........................................

16. Imparidade de outros activos financeiros líquida

de reversões e recuperações.........................................................

reversões e recuperações...............................................................

R esultado antes de impo sto s

Impostos

18. Correntes.............................................................................................

19. Diferidos...............................................................................................

R esultado apó s impo sto s

Do qual: Resultado líquido após impostos

de operações descontinuadas....................................................

O Técnico Oficial de Contas

Luis Miguel Rosário Baptista

O Conselho de Administração

Jaime José Matos da GamaJosé João Guilherme

José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt

Luis Miguel Cordeiro Guimarães de CarvalhoGualter José Andrade Furtado

António Manuel da Silva Nogueira RodriguesJosé Francisco Gonçalves Silva

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 64 2014

NOTAS FINAIS

Declaração de conformidade sobre a informação financeira apresentada

Os membros do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, SA, declaram que:

- as demonstrações financeiras do Novo Banco dos Açores, SA, relativas aos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2013 e em 31 de Dezembro de 2014 foram preparadas de acordo com as Normas

de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definido pelo Banco de Portugal no Aviso 1/2005 de 21

de Fevereiro de 2005);

- tanto quanto é do seu conhecimento as demonstrações financeiras referidas na alínea anterior

dão uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos

resultados do NB dos Açores, de acordo com as referidas Normas e foram objeto de aprovação

na reunião do Conselho de Administração realizada no dia 25 de Fevereiro de 2015;

- o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição

financeira do NB dos Açores no exercício de 2014 e contém uma descrição sobre a evolução

previsível da sociedade.

9

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 65 2014

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos da alínea f) do nº 5 do artigo 66º e para efeitos da alínea b) do nº 1 do artigo 376º do Código

das Sociedades Comerciais e em conformidade com o Artº 28º dos Estatutos, o Conselho de

Administração do Novo Banco dos Açores propõe, para aprovação na Assembleia Geral, que o prejuízo

apurado no exercício de 2014, no montante de 2.120.768,18 euros, seja integrado na rubrica de “Outras

Reservas e Resultados Transitados”, do Balanço.

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 66 2014

Agradecimento

O Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores manifesta o seu agradecimento pela

confiança dos seus Clientes e Acionistas, pela lealdade e dedicação dos seus Colaboradores e pela

cooperação das Autoridades Governamentais e de Supervisão.

Ponta Delgada, 25 de fevereiro de 2015

O Conselho de Administração do BES dos Açores

Jaime José Matos da Gama José João Guilherme José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho Gualter José Andrade Furtado António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues José Francisco Gonçalves Silva Gustavo Manuel Frazão de Medeiros Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 67 2014

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS

I I

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 68 2014

(milhares de euros)

31.12.2014

Juros e proveitos similares 5 13 816 16 113

Juros e custos similares 5 8 145 11 899

Margem financeira 5 671 4 214

Rendimentos de instrumentos de capital 19 378 87

Rendimentos de serviços e comissões 6 5 296 5 205

Encargos com serviços e comissões 6 ( 730) ( 792)

Resultados de ativos e passivos ao justo valor através de resultados 7 675 ( 110)

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 8 11 21

Resultados de reavaliação cambial 9 1 708 2 844

Resultados da alienação de outros ativos 10 14 12

Outros resultados de exploração 11 ( 92) ( 94)

Proveitos operacionais 12 931 11 387

Custos com pessoal 12 4 058 4 020

Gastos gerais administrativos 14 2 500 2 575

Depreciações e amortizações 24 e 25 1 010 1 022

Provisões líquidas de anulações 30 101 ( 228)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 21 8 039 4 273

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 23 97 804

Custos operacionais 15 805 12 466

Resultado antes de impostos ( 2 874) ( 1 079)

Impostos

Correntes 31 115 ( 116)

Diferidos 31 ( 868) 62

Resultado líquido do exercício ( 2 121) ( 1 025)

Resultados por ação básicos (em euros) 15 (0,57) (0,28)14

Resultados por ação diluídos (em euros) 15 (0,57) (0,28)

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

Notas 31.12.2013

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 69 2014

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Resultado líquido do exercício ( 2 121) ( 1 025)

Outro rendimento integral do exercício

Itens que não serão reclassificados para resultados

Benefícios de longo prazo ( 2 770) ( 597)

Pensões - regime transitório 85 ( 23)

( 2 685) ( 620)

Itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados

Alterações de justo valor, líquidas de imposto ( 78) 1 086

( 78) 1 086

Total do rendimento integral do exercício ( 4 884) ( 559)

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 70 2014

(milhares de euros)

Notas 31.12.2014

Ativo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 16 4 717 4 220

Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 17 848 14 934

Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados 18 3 3

Ativos financeiros disponíveis para venda 19 12 718 20 493

Aplicações em instituições de crédito 20 8 243 7 257

Crédito a clientes 21 366 705 368 365

Derivados para gestão de risco 22 - 1

Ativos não correntes detidos para venda 23 11 713 12 462

Outros ativos tangíveis 24 5 757 6 158

Ativos intangíveis 25 1 357 1 399

Ativos por impostos correntes 31 82 464

Ativos por impostos diferidos 31 4 051 3 644

Outros ativos 26 4 302 6 107

Total de Ativo 437 496 445 507

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 27 99 272 34 264

Recursos de clientes 28 298 227 331 796

Responsabilidades representadas por títulos 29 - 35 013

Derivados para gestão de risco 22 651 624

Provisões 30 2 605 2 508

Passivos por impostos correntes 31 35 -

Passivos por impostos diferidos 31 176 495

Outros passivos 32 2 388 1 781

Total de Passivo 403 354 406 481

Capital Próprio

Capital 33 18 638 18 638

Prémios de emissão 33 6 681 6 681

Reservas e resultados transitados e outro rendimento integral 34 10 944 14 732

Resultado líquido do período ( 2 121) ( 1 025)

Total de Capital Próprio 34 142 39 026

Total de Passivo e Capital Próprio 437 496 445 507

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 e 2013

31.12.2013

Notas às Demonstrações Financeiras

Relatório e Contas de 2014 71 31 dezembro de 2013 71

(milhares de euros)

Reservas de

justo valor

Outras reservas,

resultados

transitados e

Outro rendimento

integral

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2012 17 500 6 681 2 127 10 988 13 115 2 289 39 585

Rendimento integral:

Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 34) - - 1 086 - 1 086 - 1 086

Desvios atuariais - - - ( 597) ( 597) - ( 597)

Pensões - regime transitório, líquido de imposto (ver Nota 13) - - - ( 23) ( 23) - ( 23)

Resultado líquido do período - - - - - ( 1 025) ( 1 025)

Total do rendimento integral do período - - 1 086 ( 620) 466 ( 1 025) ( 559)

Aumento de capital 1 138 - - - - - 1 138

Constituição de reservas - - - 1 151 1 151 ( 1 151) -

Dividendos distribuídos (a) - - - - - ( 1 138) ( 1 138)

Saldo em 31 de dezembro de 2013 18 638 6 681 3 213 11 519 14 732 ( 1 025) 39 026

Rendimento integral:

Alterações de justo valor, líquidas de imposto (ver Nota 34) - - ( 78) - ( 78) - ( 78)

Desvios atuariais - - - ( 2 770) ( 2 770) - ( 2 770)

Pensões - regime transitório, líquido de imposto (ver Nota 13) - - - 85 85 - 85

Resultado líquido do período - - - - - ( 2 121) ( 2 121)

Total do rendimento integral do período - - ( 78) ( 2 685) ( 2 763) ( 2 121) ( 4 884)

Aumento de capital - - - - - - -

Constituição de reservas - - - ( 1 025) ( 1 025) 1 025 -

Saldo em 31 de dezembro de 2014 18 638 6 681 3 135 7 809 10 944 ( 2 121) 34 142

(a) Corresponde a um dividendo por ação de 0,33 euros pagos às ações em circulação em 2013, respetivamente.

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

CapitalPrémios de

emissão

Resultado

líquido do

período

Total do

Capital

Próprio

Reservas, resultados transitados e outro rendimento

integral

Relatório e Contas de 2014 72

(milhares de euros)

Notas 31.12.2014 31.12.2013

Fluxos de caixa de atividades operacionais

Juros e proveitos recebidos 14 280 16 175

Juros e custos pagos ( 8 892) ( 12 291)

Serviços e comissões recebidas 5 296 5 205

Serviços e comissões pagas ( 730) ( 792)

Recuperações de créditos 253 251

Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores ( 4 044) ( 6 152)

6 163 2 396

Variação nos ativos e passivos operacionais:

Venda de ativos financeiros ao justo valor através de resultados 675 263

Aplicações em instituições de crédito ( 986) 40 328

Recursos de instituições de crédito 65 008 24 230

Crédito a clientes ( 8 481) 17 662

Recursos de clientes e outros empréstimos ( 32 784) ( 29 153)

Derivados para gestão de risco ( 174) 813

Outros ativos e passivos operacionais 2 654

Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais, antes de impostos

sobre os lucros 29 423 57 193

Impostos sobre os lucros pagos ( 425) ( 509)

28 998 56 684

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Dividendos recebidos 378 87

Compra de ativos financeiros disponíveis para venda ( 21 969) ( 327 706)

Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 29 764 326 084

Compra de imobilizações ( 568) ( 995)

Venda de imobilizações 1 -

7 606 ( 2 530)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Aumento de capital - 1 138

Reembolso de obrigações de caixa ( 35 000) ( 60 000)

Dividendos pagos - ( 1 138)

Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento ( 35 000) ( 60 000)

Variação líquida em caixa e seus equivalentes 1 604 ( 5 846)

Caixa e equivalentes no início do período 16 465 19 469

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 1 708 2 842

Variação líquida em caixa e seus equivalentes 1 604 ( 5 846)

Caixa e equivalentes no fim do período 19 777 16 465

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 16 4 717 4 220

Disponibilidades em Bancos Centrais

(Das quais, Disponibilidades de natureza obrigatória) (a) 17 ( 2 788) ( 2 689)

Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 17 848 14 934

19 777 16 465

(a) o NBA constitui as suas reservas mínimas indiretamente através do Novo Banco, S.A. (ver Nota 17)

NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

Relatório e Contas de 2014 73

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Montantes expressos em milhares de euros, exceto quando indicado)

NOTA 1 – ATIVIDADE

O Novo Banco Açores, S.A. (Banco ou NBA) é uma instituição financeira com sede em Ponta

Delgada, Portugal. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas,

Banco Central e demais agentes reguladores para operar em Portugal.

O Banco iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2002, resultado de uma aliança estratégica entre o

Grupo Banco Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada para a constituição de

um Banco vocacionado para a satisfação das necessidades financeiras da Região Autónoma dos

Açores, através de uma forte ligação às Misericórdias Açorianas e às comunidades de emigrantes

açorianos.

A 3 de agosto de 2014, e na sequência da Medida de Resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao

Banco Espírito Santo, seu acionista maioritário, o BES dos Açores foi incluído no perímetro de

consolidação do Grupo NOVO BANCO. Em outubro, por deliberação da Assembleia Geral e após

autorização do Banco de Portugal, foi alterada a denominação social do BES dos Açores para Novo

Banco dos Açores, acompanhando a marca definida para o acionista maioritário.

O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais

aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito, em títulos e em outros

ativos, prestando ainda outros serviços bancários. Para tal, o Banco conta com uma rede de 17

agências (31 de dezembro de 2013: 17 agências), um centro de empresas e um centro private.

O Banco faz parte do Grupo NOVO BANCO, pelo que as suas demonstrações financeiras são

consolidadas pelo NOVO BANCO, S.A., com sede na Avenida da Liberdade nº 195, em Lisboa.

Relatório e Contas de 2014 74

NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de

19 de julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei n.º

35/2005, de 17 de fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações

financeiras do NBA são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal

como definidas pelo Banco de Portugal.

As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia, com exceção de

algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a clientes e o

tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados transitados dos ajustamentos das

responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board

(IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee

(IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras do NBA agora apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2014 e foram preparadas de acordo com as NCA, as quais incluem os IFRS em vigor tal

como adotados na União Europeia até 31 de dezembro de 2014.

As políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras

referentes a 31 de dezembro de 2014 são consistentes com as utilizadas na preparação das

demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de dezembro de 2013.

Contudo, e tal como descrito na Nota 39, o Banco adotou na preparação das demonstrações

financeiras referentes a 31 de dezembro de 2014, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as

interpretações do IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de janeiro de 2014. As políticas

contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das demonstrações financeiras, descritas nesta

nota, foram adotadas em conformidade. A adoção destas novas normas e interpretações em 2014 não

teve um efeito material nas contas do Banco.

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não entraram em

vigor e que o Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem

também ser analisadas na nota 39.

Relatório e Contas de 2014 75

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais

próximo. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e

passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, ativos e

passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e

ativos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objeto de cobertura.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que o Banco efetue

julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e

os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças

destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que

envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e

estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na

Nota 3.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 25

de fevereiro de 2015.

2.2. Operações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa

de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são

reconhecidas em resultados.

Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira,

são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos

em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em

que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados,

exceto no que diz respeito às diferenças relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros

disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.3. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Classificação

O Banco classifica como derivados para gestão do risco os (i) derivados de cobertura e (ii) os

derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos ativos e passivos

designados ao justo valor através de resultados mas que não foram classificados como de cobertura.

Todos os restantes derivados são classificados como derivados de negociação.

Relatório e Contas de 2014 76

Reconhecimento e mensuração

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo

seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado

numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente

em resultados do exercício, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento

das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do

modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando

disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de

fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados

contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes

condições:

(i) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente

documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da

efetividade da cobertura;

(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da

transação e ao longo da vida da operação;

(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao

longo da vida da operação;

(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de

virem a ocorrer.

Cobertura de justo valor (fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor de

balanço desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado

por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor

dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo

valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o

instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de

Relatório e Contas de 2014 77

cobertura é descontinuada prospetivamente. Caso o ativo ou passivo coberto corresponda a um

instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade

pelo método da taxa efetiva.

Cobertura de fluxos de caixa (cash flow hedge)

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada

probabilidade (cash flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura

são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos exercícios em que o respetivo

item coberto afeta resultados. A parte inefetiva da cobertura é registada em resultados.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os

critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado

acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar

resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os montantes ainda registados

em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é

transferido para a carteira de negociação.

Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de

cobertura classificadas como coberturas de fluxos de caixa.

Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente

quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o

instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de

resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas

em resultados.

2.4. Crédito a clientes

A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de

venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao

cliente.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos

aos respetivos fluxos de caixa expiram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não

substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os ativos

foi transferido.

Relatório e Contas de 2014 78

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e

é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva,

sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

O Banco, de acordo com a sua estratégia documentada de gestão do risco, contrata operações de

derivados (derivados para gestão do risco) com o objetivo de efetuar a cobertura económica de certos

riscos de determinados créditos a clientes, sem contudo apelar à contabilidade de cobertura tal como

descrita na Nota 2.3. Nestas situações, o reconhecimento inicial de tais créditos é concretizado através

da designação dos créditos ao justo valor através de resultados. Desta forma, é assegurada a

consistência na valorização dos créditos e dos derivados (accounting mismatch). Esta prática está de

acordo com a política contabilística de classificação, reconhecimento e mensuração de ativos

financeiros ao justo valor através de resultados descrita na Nota 2.5.

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As

perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo

subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda

estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de

créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável

dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com

razoabilidade.

Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objetiva de

imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual,

o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera

de entre outros os seguintes fatores:

a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios

capazes de responder ao serviço da dívida no futuro;

a existência de credores privilegiados;

a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

Relatório e Contas de 2014 79

o endividamento do cliente com o setor financeiro;

o montante e os prazos de recuperação estimados.

Se para determinado crédito não existe evidência objetiva de imparidade numa ótica individual, esse

crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira

de crédito), o qual é avaliado coletivamente – análise da imparidade numa base coletiva. Os créditos

que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são

incluídos na avaliação coletiva.

Caso seja identificada uma perda por imparidade numa base individual, o montante da perda a

reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor atual dos fluxos de

caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva

original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um

crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva

perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflete os

fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos

inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base coletiva, os créditos são agrupados com base em

características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Banco.

Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada coletivamente, são

estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A

metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos

regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as

perdas reais.

De acordo com as NCA, o valor dos créditos deve ser objeto de correção, de acordo com critérios de

rigor e prudência para que reflita a todo o tempo o seu valor realizável. Esta correção de valor

(imparidade) não poderá ser inferior ao que for determinado de acordo com o Aviso n.º 3/95, do Banco

de Portugal, o qual estabelece o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões

específicas e genéricas.

Quando o Banco considera que determinado crédito é incobrável e tenha sido reconhecida uma perda

por imparidade de 100%, este é abatido ao ativo.

Relatório e Contas de 2014 80

2.5. Outros ativos financeiros

Classificação

O Banco classifica os outros ativos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção

que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados

Esta categoria inclui: (i) os ativos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o

objetivo principal de serem transacionados no curto prazo ou que são detidos como parte

integrante de uma carteira de ativos, normalmente de títulos em relação à qual existe evidência de

atividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo, e (ii) os ativos financeiros

designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas

em resultados.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos ativos financeiros como ao justo valor através

de resultados quando:

tais ativos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no

seu justo valor;

são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura

económica desses ativos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos

ativos e dos derivados (accounting mismatch); ou

tais ativos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados adquiridos pelo Banco que correspondem a instrumentos financeiros

contendo um ou mais derivados embutidos, por se enquadrarem sempre numa das três situações

acima descritas, seguem o método de valorização dos ativos financeiros ao justo valor através de

resultados.

Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou

determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à

maturidade e que não foram designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao

justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco

tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para

venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias

anteriormente referidas.

Relatório e Contas de 2014 81

Reconhecimento e mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)

investimentos detidos até à maturidade e (iii) ativos financeiros disponíveis para venda, são

reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que o Banco se compromete a

adquirir ou alienar o ativo.

Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de

transação, exceto nos casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que

estes custos de transação são diretamente reconhecidos em resultados.

Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento

dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios

associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os

riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são

valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Os ativos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto,

as respetivas variações reconhecidas em reservas, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja

identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas

potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a

estes ativos são reconhecidas também em reservas, no caso de ações e outros títulos de capital, e em

resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efetiva, e os

dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método

da taxa efetiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência

de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a

utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado,

técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a

refletir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados

em informações de mercado.

Relatório e Contas de 2014 82

Transferências entre categorias

O Banco apenas procede à transferência de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados

ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de ativos financeiros disponíveis para venda

para a categoria de ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a

capacidade de manter estes ativos financeiros até à sua maturidade.

Estas transferências são efetuadas com base no justo valor dos ativos transferidos, determinado na

data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respetivo valor nominal é reconhecida em

resultados até à maturidade do ativo, com base no método da taxa efetiva. A reserva de justo valor

existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa

efetiva.

Imparidade

Em conformidade com as NCA, o Banco avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um

ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade.

Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista

evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu

reconhecimento inicial, tais como: (i) para as ações e outros instrumentos de capital, uma

desvalorização continuada ou significativa no seu valor de mercado face ao custo de aquisição, e (ii)

para títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos

de caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado com

razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem

à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados

(considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro

e são registadas por contrapartida de resultados do exercício. Estes ativos são apresentados no

balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um ativo com uma taxa de juro variável, a

taxa de desconto a utilizar para a determinação da respetiva perda por imparidade é a taxa de juro

efetiva atual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos

detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e

essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o

reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Relatório e Contas de 2014 83

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda

potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo

valor atual, deduzida de qualquer perda por imparidade no ativo anteriormente reconhecida em

resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda por

imparidade diminui, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de

resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objetivamente

relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, exceto no que

se refere a ações ou outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são

reconhecidas em reservas.

2.6. Ativos cedidos com acordo de recompra e empréstimos de títulos

Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o

preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do

balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito

ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada

como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que

iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos

no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou

clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada

como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo

classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.5. Os

títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

2.7. Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua

liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes,

empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a

descoberto.

Relatório e Contas de 2014 84

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de

transação incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa

efetiva, com a exceção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor

através de resultados, as quais são registadas ao justo valor.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor

através de resultados quando:

são contratadas operações de derivados com o objetivo de efetuar a cobertura económica

desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos

derivados (accounting mismatch); ou

tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

Os produtos estruturados emitidos pelo Banco, por se enquadrarem sempre numa das situações acima

descritas, seguem o método de valorização dos passivos financeiros ao justo valor através de

resultados.

O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o

Banco estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados

em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito.

Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de

balanço do passivo e o valor de compra é registada em resultados.

2.8. Garantias financeiras

São considerados como garantias financeiras os contratos que requerem que o seu emitente efetue

pagamentos com vista a compensar o detentor por perdas incorridas decorrentes de incumprimentos

dos termos contratuais de instrumentos de dívida, nomeadamente o pagamento do respetivo capital

e/ou juros.

As garantias financeiras emitidas são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor.

Subsequentemente estas garantias são mensuradas pelo maior (i) do justo valor reconhecido

inicialmente e (ii) do montante de qualquer obrigação decorrente do contrato de garantia, mensurada à

data do balanço. Qualquer variação do valor da obrigação associada a garantias financeiras emitidas é

reconhecida em resultados.

As garantias financeiras emitidas pelo Banco normalmente têm maturidade definida e uma comissão

periódica cobrada antecipadamente, a qual varia em função do risco de contraparte, montante e

período do contrato. Nessa base, o justo valor das garantias na data do seu reconhecimento inicial é

aproximadamente equivalente ao valor da comissão inicial recebida tendo em consideração que as

Relatório e Contas de 2014 85

condições acordadas são de mercado. Assim, o valor reconhecido na data da contratação iguala o

montante da comissão inicial recebida a qual é reconhecida em resultados durante o período a que diz

respeito. As comissões subsequentes são reconhecidas em resultados no período a que dizem

respeito.

2.9. Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,

independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma

entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida

do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras

e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de

transação.

As distribuições efetuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como

dividendos quando declaradas.

2.10. Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a

possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo

seu valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.11. Ativos não correntes detidos para venda

Ativos não correntes ou grupos para alienação (grupo de ativos a alienar em conjunto numa só

transação e passivos diretamente associados que incluem pelo menos um ativo não corrente) são

classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado principalmente

através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objetivo da sua

venda), os ativos ou grupos para alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for

altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do ativo (ou grupo para alienação) como detido para

venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo para

alienação) é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos

para alienação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo

valor deduzido dos custos de venda.

Relatório e Contas de 2014 86

No decurso da sua atividade corrente de concessão de crédito o Banco incorre no risco de não

conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, o

Banco procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação

do crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos, salvo autorização concedida pelo Banco de

Portugal, de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à

prossecução do seu objeto social (nº1 do artigo 112º do RGICSF) podendo, no entanto, adquirir

imóveis por reembolso de crédito próprio, devendo as situações dai resultantes serem regularizadas no

prazo de 2 anos o qual, havendo motivo fundado, poderá ser prorrogado pelo Banco de Portugal, nas

condições que este determinar (art.114º do RGICSF).

O Banco tem como objetivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação. Estes imóveis

são classificados como ativos não correntes detidos para venda sendo registados no seu

reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda

e o valor de balanço do crédito concedido objeto de recuperação. Subsequentemente, estes ativos são

mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos

de venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes ativos, assim determinadas, são

registadas em resultados.

As avaliações destes imóveis são efetuadas de acordo com uma das seguintes metodologias,

aplicadas de acordo com a situação específica do bem:

a) Método de Mercado

O Critério da Comparação de Mercado tem por referência valores de transação de imóveis

semelhantes e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtido através de prospeção de mercado

realizada na zona.

b) Método do Rendimento

Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida,

atualizado para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados.

c) Método do Custo

O Método de Custo é um critério que decompõe o valor da propriedade nas suas componentes

fundamentais: Valor do Solo Urbano e o Valor da Urbanidade; Valor da Construção; e Valor de Custos

Indiretos.

As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de

serviços. Os relatórios de avaliação são analisados internamente com aferição da adequação dos

processos, comparando os valores de venda com os valores reavaliados dos imóveis.

Relatório e Contas de 2014 87

2.12. Outros ativos tangíveis

Os outros ativos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respetivas

amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são diretamente

atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros ativos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que

deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e

reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros ativos tangíveis são calculadas segundo

o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que refletem a vida útil esperada

dos bens:

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor

recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor

líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na

demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu

valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que

se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.13. Ativos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados,

assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes

custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes ativos a qual se situa

normalmente entre 3 a 6 anos.

Os custos diretamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais

seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício,

são reconhecidos e registados como ativos intangíveis. Estes custos incluem as despesas com os

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 35 a 50

Beneficiações em edifícios arrendados 10

Equipamento informático 4 a 5

Mobiliário e material 4 a 10

Instalações interiores 5 a 12

Equipamento de segurança 4 a 10

Máquinas e ferramentas 4 a 10

Material de transporte 4

Outro equipamento 5

Relatório e Contas de 2014 88

empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem diretamente

afetos aos projetos em causa.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como

custos quando incorridos.

2.14. Benefícios aos empregados

Pensões

Decorrente da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e subsequentes alterações

decorrentes dos 3 acordos tripartidos conforme descritos na Nota 13, o Banco constituiu um fundo de

pensões e outros mecanismos tendo em vista assegurar a cobertura das responsabilidades assumidas

para com pensões de reforma por velhice, invalidez, sobrevivência e ainda por cuidados médicos.

A cobertura das responsabilidades é assegurada através de um fundo de pensões gerido pela GNB –

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez

que definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a

reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade, anos de serviço e

retribuição.

As responsabilidades do Banco com pensões de reforma são calculadas semestralmente, em 31 de

dezembro e 30 de junho de cada ano, individualmente para cada plano, com base no Método da

Unidade de Crédito Projetada, sendo sujeitas a uma revisão anual por atuários independentes. A taxa

de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a

emissões de obrigações de empresas de alta qualidade, denominadas na moeda em que os benefícios

serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

O proveito/custo de juros com o plano de pensões é calculado pelo Banco multiplicando o

ativo/responsabilidade líquido com pensões de reforma (responsabilidades deduzidas do justo valor

dos ativos do fundo) pela taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das

responsabilidades com pensões de reforma e atrás referida. Nessa base, o proveito/custo líquido de

juros representa o custo dos juros associado às responsabilidades com pensões de reforma líquidas

do rendimento teórico dos ativos do fundo, ambos mensurados com base na taxa de desconto utilizada

no cálculo das responsabilidades.

Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente (i) os ganhos e perdas atuariais, resultantes

das diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos

Relatório e Contas de 2014 89

e perdas de experiência) e das alterações de pressupostos atuariais e (ii) os ganhos e perdas

decorrentes da diferença entre o rendimento teórico dos ativos do fundo e os valores obtidos, são

reconhecidos por contrapartida de capital próprio na rubrica de outro rendimento integral.

O Banco reconhece na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do

serviço corrente, (ii) o proveito/custo líquido de juros com o plano de pensões, (iii) o efeito das

reformas antecipadas, (iv) custos com serviços passados e (v) os efeitos de qualquer liquidação ou

corte ocorridos no período. O proveito/custo líquido com o plano de pensões é reconhecido como juros

e proveitos similares ou juros e custos similares consoante a sua natureza. Os encargos com reformas

antecipadas correspondem ao aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do

empregado atingir os 65 anos de idade.

O Banco efetua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis

mínimos fixados pelo Banco de Portugal como segue: (i) financiamento integral no final de cada

exercício das responsabilidades atuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível

mínimo de 95% do valor atuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no ativo.

Semestralmente, o Banco avalia, para cada plano, a recuperabilidade do eventual excesso do fundo

em relação às responsabilidades com pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução

em futuras contribuições necessárias.

No âmbito da preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o reconhecimento

do impacto apurado com referência a 31 de dezembro de 2004, decorrente da transição para as NCA,

que anteriormente estava a ser amortizado linearmente até 31 de dezembro de 2010 passou, com o

Aviso n.º 7/2008 do Banco de Portugal, a ser amortizado por um período adicional de 3 anos até 31 de

dezembro de 2012, com exceção da parte referente a responsabilidades relativas a cuidados médicos

pós-emprego e a alterações de pressupostos relativos à tábua de mortalidade, para a qual esse plano

de amortização pode ter a duração de sete anos.

Adicionalmente, e de acordo com o Aviso n.º 12/2005, do Banco de Portugal, para efeitos da

preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o acréscimo de responsabilidades

resultante das alterações dos pressupostos atuariais relativos à tábua de mortalidade efetuados

posteriormente a 1 de janeiro de 2005 é adicionado ao limite do corredor.

Benefícios de saúde

Aos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica através de um Serviço de

Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade

autónoma e é gerido pelo Sindicato respetivo.

Relatório e Contas de 2014 90

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio

de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e

intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.

Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a

6,50% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio

de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na

idade da reforma são efetuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões. Estes

benefícios estão cobertos pelo Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades

com pensões e benefícios de saúde.

No âmbito da preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA, o reconhecimento

do impacto apurado com referência a 31 de dezembro de 2004, decorrente da transição para as NCA,

que anteriormente estava a ser amortizado linearmente até 31 de dezembro de 2011 passou, com o

Aviso n.º 7/2008 do Banco de Portugal, a ser amortizado por um período adicional de 3 anos até 31 de

dezembro de 2014.

Prémios de antiguidade

No âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário, o NBA assumiu o compromisso de

pagar aos seus trabalhadores, quando estes completam 15, 25 e 30 anos ao serviço do Banco,

prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes, respetivamente, o salário

mensal recebido à data de pagamento destes prémios.

À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tem direito a um

prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até

reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Os prémios de antiguidade são contabilizados pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outros

benefícios de longo prazo a empregados.

O valor das responsabilidades do Banco com estes prémios de antiguidade é estimado

semestralmente com base no Método da Unidade de Crédito Projetada. Os pressupostos atuariais

utilizados baseiam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de mortalidade. A taxa

de desconto utilizada neste cálculo foi determinada com base na mesma metodologia descrita nas

pensões de reforma.

Relatório e Contas de 2014 91

Em cada período, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e

perdas atuariais e custos de serviços passados, é reconhecido em resultados.

Remunerações variáveis aos empregados

De acordo com o IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (participação nos

lucros, prémios e outras) atribuídas aos empregados e, eventualmente, aos membros executivos dos

órgãos de administração, são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

2.15. Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos

sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados com itens que são

reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida

dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de

ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento

em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável

apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou

substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço,

sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base

fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e

que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das

diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e passivos que não afetem quer o lucro

contabilístico quer o fiscal, na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os

impostos diferidos ativos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam

lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

2.16. Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii)

seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa

fiável do valor dessa obrigação.

Relatório e Contas de 2014 92

Nos casos em que o efeito do desconto é material, a provisão corresponde ao valor atual dos

pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.

São reconhecidas provisões para reestruturação quando o Banco tenha aprovado um plano de

reestruturação formal e detalhado e tal reestruturação tenha sido iniciada ou anunciada publicamente.

Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios esperados de um contrato

formalizado sejam inferiores aos custos que inevitavelmente o Banco terá de incorrer de forma a

cumprir as obrigações dele decorrentes. Esta provisão é mensurada com base no valor atual do menor

de entre os custos de terminar o contrato ou os custos líquidos estimados resultantes da sua

continuação.

2.17. Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de

ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares

ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efetiva. Os juros dos ativos e dos passivos

financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos

similares ou juros e custos similares, respetivamente.

A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros

estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais

curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro. A taxa de juro efetiva é

estabelecida no reconhecimento inicial dos ativos e passivos financeiros e não é revista

subsequentemente.

Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os

termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não

considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que

sejam parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos

diretamente relacionados com a transação. No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos

financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados

em juros e proveitos equiparados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração

da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles classificados como

derivados para gestão de risco (ver Nota 2.3), a componente de juro inerente à variação de justo valor

não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e passivos ao justo valor através de

resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros

Relatório e Contas de 2014 93

derivados para gestão do risco é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e

custos similares.

2.18. Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, como por

exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o ato

significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são

reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de

um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.

2.19. Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber

o seu pagamento é estabelecido.

2.20. Reporte por segmentos

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

2.21. Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos acionistas

do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação, excluindo o número médio

de ações próprias detidas pelo Banco.

Para o cálculo dos resultados por ação diluídos, o número médio ponderado de ações ordinárias em

circulação é ajustado de forma a refletir o efeito de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras,

como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre ações próprias concedidas aos

trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por ação, resultante do

pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são

exercidas.

Relatório e Contas de 2014 94

2.22. Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação,

onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de

Bancos Centrais.

NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de

Administração efetue julgamentos e faça as estimativas necessárias para decidir qual o tratamento

contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na

aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta Nota com o objetivo de

melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados do Banco e a sua

divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco é

apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado pelo

Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um

tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas

efetuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a

posição financeira do Banco e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente

relevantes.

3.1. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê

existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos ativos. Esta determinação requer julgamento, no

qual o Banco recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a

volatilidade normal dos preços dos instrumentos financeiros. Para o efeito e em consequência da forte

volatilidade dos mercados consideraram-se os seguintes parâmetros como triggers da existência de

imparidade:

(i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face

ao custo de aquisição;

Relatório e Contas de 2014 95

(ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objetiva de eventos com impacto no valor

recuperável dos fluxos de caixa futuros destes ativos.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de

modelos de avaliação (mark to model) os quais requerem a utilização de determinados pressupostos

ou de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar

num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos

resultados do Banco.

3.2. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros

valorizados ao justo valor

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é

determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes e realizadas em

condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos

de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de

rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de

pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou

julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes

daqueles reportados.

3.3. Perdas por imparidade no crédito sobre clientes

O Banco efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de

imparidade, conforme referido na Nota 2.4, tendo como referência os níveis mínimos exigidos pelo

Banco de Portugal através do Aviso n.º 3/95.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade

deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como

a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas,

quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em

níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados

do Banco.

Relatório e Contas de 2014 96

3.4. Impostos sobre os lucros

O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros. A determinação do montante

global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas

transações e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante

o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros,

correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pelo Banco,

durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta

forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes principalmente de diferenças na

interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco de

que não haverá correções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações

financeiras.

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e

estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e

outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

NOTA 4 – REPORTE POR SEGMENTOS

Considerando que o Banco não detém títulos de capital próprio ou de dívida que sejam negociados

publicamente, à luz do parágrafo 2 do IFRS 8 – Segmentos Operacionais, o Banco não apresenta

informação relativa aos segmentos.

NOTA 5 – MARGEM FINANCEIRA

O valor desta rubrica é composto por:

Relatório e Contas de 2014 97

As rubricas de proveitos e custos relativos a juros dos derivados para gestão de risco incluem, de

acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 e 2.17, os juros dos derivados de cobertura e

os juros dos derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados

ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, conforme políticas

contabilísticas descritas nas Notas 2.4, 2.5 e 2.7.

NOTA 6 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

De ativos/

passivos ao

custo amortizado

e ativos

disponíveis para

venda

De ativos/

passivos ao justo

valor através de

resultados

Total

De ativos/

passivos ao

custo amortizado

e ativos

disponíveis para

venda

De ativos/

passivos ao justo

valor através de

resultados

Total

Juros e proveitos similares

Juros de crédito 13 165 - 13 165 12 992 159 13 151

Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 569 - 569 1 969 - 1 969

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 46 - 46 88 - 88

Juros de derivados para gestão de risco - 6 6 - 815 815

Outros juros e proveitos similares 30 - 30 90 - 90

13 810 6 13 816 15 139 974 16 113

Juros e custos similares

Juros de recursos de clientes 7 095 - 7 095 9 472 - 9 472

Juros de responsabilidades representadas por títulos 829 - 829 1 863 - 1 863

Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 41 - 41 19 - 19

Juros de derivados para gestão de risco - 180 180 - 545 545

7 965 180 8 145 11 354 545 11 899

5 845 ( 174) 5 671 3 785 429 4 214

31.12.2014 31.12.2013

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados 3 530 3 598

Por garantias prestadas 1 314 932

Por operações realizadas com títulos 110 130

Por compromissos perante terceiros 47 1

Outros rendimentos de serviços e comissões 295 544

5 296 5 205

Encargos com serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 656 701

Por operações realizadas com títulos 47 57

Outros encargos com serviços e comissões 27 34

730 792

4 566 4 413

Relatório e Contas de 2014 98

NOTA 7 – RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

NOTA 8 – RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor desta rubrica é composto por:

NOTA 9 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Instrumentos financeiros derivados

Contratos sobre taxas de juro 306 133 173 315 543 ( 228)

306 133 173 315 543 ( 228)

Ativos e passivos financeiros ao justo

valor através de resultados

Títulos

Ações - - - 2 - 2

- - - 2 - 2

Outros Ativos financeiros (1)

Crédito a clientes - - - 62 437 ( 375)

- - - 62 437 ( 375)

Passivos financeiros (1)

Recursos de clientes 701 199 502 717 226 491

701 199 502 717 226 491

701 199 502 781 663 118

1 007 332 675 1 096 1 206 ( 110)

(1) inclui a variação de justo valor de ativos/passivos objeto de cobertura ou ao fair value option

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De outros emissores 53 42 11 30 9 21

53 42 11 30 9 21

Relatório e Contas de 2014 99

Esta rubrica inclui (i) resultados decorrentes de reavaliação cambial de ativos e passivos monetários

expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2; (ii)

resultados de compra e venda de moeda spot, nomeadamente com entidades do Grupo NOVO

BANCO.

NOTA 10 – RESULTADOS DA ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

NOTA 11 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

Os impostos diretos e indiretos incluem 160 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 160 milhares

de euros) relativos ao custo relacionado com a Contribuição sobre o Setor Bancário, criada através da

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Reavaliação cambial 7 017 5 309 1 708 8 138 5 294 2 844

7 017 5 309 1 708 8 138 5 294 2 844

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Ativos não correntes detidos para venda 14 12

14 12

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Outros proveitos/ (custos) de exploração

( 199) ( 192)

( 102) ( 101)

( 4) ( 5)

253 251

( 40) ( 47)

( 92) ( 94)

Outros

Impostos diretos e indiretos

Contribuições para o fundo de garantia de depósitos

Quotizações e donativos

Proveitos não recorrentes em operações de crédito

Relatório e Contas de 2014 100

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro de 2010 e cujo regime foi prorrogado pela Lei n.º 64 – B/2011,

de 30 de dezembro e pela Lei n.º 66 – B/2012 de 31 de dezembro (ver Nota 31).

NOTA 12 – CUSTOS COM PESSOAL

O valor dos custos com pessoal é composto por:

As remunerações e outros benefícios atribuídos aos membros do Conselho de Administração e do

Conselho Fiscal do Banco são apresentados como segue:

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o valor do crédito concedido ao Conselho de Administração e

Conselho Fiscal ascendia a 626 milhares de euros e 462 milhares de euros, respetivamente.

Por categoria profissional, o número de colaboradores do Banco analisa-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Vencimentos e salários 3 163 3 063

Remunerações 3 106 3 017

Prémios por antiguidade (ver Nota 13) 57 46

Outros encargos sociais obrigatórios 840 779

Custos com benefícios pós emprego (ver Nota 13) 15 84

Outros custos 40 94

4 058 4 020

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Conselho de Administração

Remunerações e outros benefícios a curto prazo 453 374

Benefícios pós emprego e outros encargos sociais 112 95

Prémios de antiguidade - -

Remunerações variáveis - -

565 469

Conselho fiscal 3 6

568 475

Relatório e Contas de 2014 101

NOTA 13 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma e benefícios de saúde

Em conformidade com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado com os sindicatos e vigente

para o setor bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às

suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de

sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de

anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no

ativo.

Em 30 de dezembro de 1987, o Banco constituiu um fundo de pensões fechado para cobrir as

prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência,

relativamente às obrigações consagradas no âmbito do ACT. Posteriormente e após obtida

autorização do Instituto de Seguros de Portugal, procedeu à alteração do Contrato Constitutivo do

Fundo de Pensões que passou a integrar todas as responsabilidades para com pensões e benefícios

de saúde (SAMS) e, no exercício de 2009, o subsídio por morte. Em Portugal, os fundos têm como

sociedade gestora a GNB – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Estão abrangidos por este benefício os empregados admitidos até 31 de dezembro de 2008. As novas

admissões a partir daquela data beneficiam do regime geral da Segurança Social.

Adicionalmente, com a publicação do Decreto-Lei n.1-A / 2011, de 3 de janeiro, todos os trabalhadores

bancários beneficiários da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários foram

integrados no Regime Geral de Segurança Social a partir de 1 de janeiro de 2011, que passou a

assegurar a proteção dos colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade e adoção e

ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na doença, invalidez,

sobrevivência e morte.

As pensões de reforma dos bancários integrados na Segurança Social no âmbito do 2.º acordo

tripartido continuam a ser calculadas conforme o disposto no ACT e restantes convenções, havendo

31.12.2014 31.12.2013

Funções diretivas 5 5

Funções de chefia 21 20

Funções específicas 32 29

Funções administrativas 43 47

101 101

Relatório e Contas de 2014 102

contudo lugar a uma pensão a receber do Regime Geral, cujo montante tem em consideração os anos

de descontos para este regime. Aos bancos compete assegurar a diferença entre a pensão

determinada de acordo com o disposto no ACT e aquela que o empregado vier a receber da

Segurança Social.

A taxa contributiva é de 26,6%, cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em

substituição da Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por

aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração o direito à pensão dos empregados no ativo

passa a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o

tempo de serviço prestado de 1 de janeiro de 2011 até à idade da reforma, passando os bancos a

suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.

No final do exercício de 2011 na sequência do 3º acordo tripartido, foi decidida a transmissão para a

esfera da Segurança Social, das responsabilidades com pensões em pagamento dos reformados e

pensionistas que se encontravam nessa condição à data de 31 de dezembro de 2011.

Ao abrigo deste acordo tripartido, foi efetuada a transmissão para a esfera da Segurança Social, das

responsabilidades com pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, a valores

constantes (taxa de atualização 0%), na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva

de Trabalho (IRCT) dos trabalhadores bancários, incluindo as eventualidades de morte, invalidez e

sobrevivência. As responsabilidades relativas às atualizações das pensões, benefícios

complementares, contribuições para o SAMS, subsídio de morte e pensões de sobrevivência diferida,

permaneceram na esfera da responsabilidade das instituições financeiras com o financiamento a ser

assegurado através dos respetivos fundos de pensões.

O acordo estabeleceu ainda que os ativos dos fundos de pensões das respetivas instituições

financeiras, na parte afeta à satisfação das responsabilidades pelas pensões referidas fossem

transmitidos para o Estado.

Na medida em que a transferência consiste numa transferência definitiva e irreversível das

responsabilidades com pensões em pagamento (mesmo que só relativas a uma parcela do benefício),

verificam-se as condições subjacentes ao conceito de liquidação previsto no IAS 19 ‘Benefícios a

empregados’ uma vez que se extinguiu a obrigação à data da transferência, relativa ao pagamento dos

benefícios abrangidos. Tratando-se de uma liquidação o respetivo efeito foi reconhecido em resultados

no exercício de 2011.

Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:

Relatório e Contas de 2014 103

1º ao 3º ano4º ano e

subsequentes

Pressupostos Atuariais

Taxas de rendimento esperado 3,50%

Taxa de desconto 2,50%

Taxa de crescimento de pensões 0,50% 0,00% 0,75%

Taxa de crescimento salarial 1,00% 1,00% 1,75%

Tábua de Mortalidade masculina

Tábua de Mortalidade feminina

31-12-2013

31-12-2014

4,50%

4,00%

TV 73/77 - 1 ano

TV 88/90

Pressupostos

Os participantes no plano de pensões são desagregados da seguinte forma:

A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades e níveis de cobertura reportáveis a

31 de dezembro de 2014 e 2013:

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.14 – Benefícios aos empregados, o Banco

procede ao cálculo das responsabilidades com pensões de reforma e dos ganhos e perdas atuariais

semestralmente.

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada

como segue:

31.12.2014 31.12.2013

Ativos 82 82

Reformados 32 39

TOTAL 114 121

(milhares de euros)

Ativos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço

Responsabilidades ( 15 674) ( 12 333)

Coberturas

Saldos dos Fundos 15 674 14 549

Ativos líquidos em balanço (ver Nota 26) - 2 216

Desvios atuariais acumulados reconhecidos em outro rendimento integral 6 135 3 499

Regime transitório - 65

31.12.2014 31.12.2013

Relatório e Contas de 2014 104

A evolução do valor dos fundos de pensões pode ser analisada como segue:

Os ativos dos fundos de pensões utilizados pelo Banco são detalhados como seguem:

Nos ativos do fundo de pensões não constam quaisquer títulos emitidos pelo Banco ou imóveis

utilizados em serviço próprio.

A evolução dos desvios atuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

Responsabilidades no início do exercício 12 333 10 969

Custo do serviço corrente 15 84

Custo dos juros 491 495

Contribuições dos participantes 66 66

(Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades

Alteração de pressupostos 4 353 1 262

(Ganhos) e perdas de experiência ( 1 584) ( 543)

Responsabilidades no final do exercício 15 674 12 333

31.12.2014 31.12.2013

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo dos fundos no início do exercício 14 549 13 600

Rendimento real do fundo 672 883

Contribuições do Banco 387 -

Contribuições dos empregados 66 66

Saldo dos fundos no final do exercício 15 674 14 549

(milhares de euros)

31.12.2014

Acções 4 593

Obrigações 7 342

Imóveis 279

Outros 3 460

Total 15 674

Relatório e Contas de 2014 105

A evolução do regime transitório pode ser analisada como segue:

Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados

como segue:

A evolução dos ativos/(responsabilidades) líquidas em balanço nos exercícios findos em 31 de

dezembro de 2014 e 2013 pode ser analisada como segue:

O evolutivo das responsabilidades e saldo dos fundos nos últimos 5 anos é analisado como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Desvios atuariais no início do exercício 3 499 3 078

(Ganhos) e perdas atuariais do período

- Alteração de pressupostos 4 353 1 262

- (Ganhos) e perdas de experiência ( 1 717) ( 841)

Desvios atuariais reconhecidos em outro rendimento integral 6 135 3 499

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 65 129

Amortização por reservas ( 65) ( 64)

Saldo final - 65

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Custo do serviço corrente 15 84

Custo/ (proveito) de juros 491 495

Rendimento esperado do fundo ( 539) ( 586)

Custos do exercício ( 33) ( 7)

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

No início do exercício 5 780 5 838

Custo do exercício 33 7

Amortização do regime transitório (por reservas) ( 65) ( 64)

Contribuições efectuadas 387 -

Outros - ( 1)

No final do exercício 6 135 5 780

Relatório e Contas de 2014 106

Prémio por antiguidade

Conforme referido na Nota 2.14, os trabalhadores que atinjam determinados níveis de antiguidade têm

direito a um prémio por antiguidade, calculado com base no valor da maior retribuição mensal efetiva a

que o trabalhador tenha direito no ano da sua atribuição. À data da passagem à situação de invalidez

presumível, o trabalhador terá direito a um prémio por antiguidade de valor proporcional àquele de que

beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as responsabilidades assumidas pelo Banco ascendem a 227

milhares de euros e 178 milhares de euros, respetivamente. Os custos reconhecidos no exercício com

o prémio por antiguidade foram de 57 milhares de euros (31 de dezembro de 2013:46 milhares de

euros).

Os pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com prémios de antiguidade são

os apresentados para o cálculo das pensões de reforma (quando aplicáveis).

NOTA 14 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2010

Responsabilidades ( 15 674) ( 12 333) ( 10 969) ( 9 686) ( 21 232)

Saldo dos fundos 15 674 14 549 13 600 2 512 21 232

Responsabilidades (sub) / sobre financiadas - 2 216 2 631 ( 7 174) -

(Ganhos) / Perdas de experiência

decorrentes das responsabilidades ( 2 769) ( 718) ( 816) 5 117 1 452

(Ganhos) / Perdas de experiência

decorrentes dos ativos do fundo 133 297 1 028 ( 2 733) ( 10)

Relatório e Contas de 2014 107

A rubrica Outros custos inclui, entre outros, segurança e vigilância, formação, tratamento de valores e

custos com serviços prestados pelo Agrupamento Complementar de Empresas (ACE).

Os honorários faturados durante o exercício de 2014 e 2013 pela Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, de acordo com o disposto no artº 66º-A do Código das Sociedades Comerciais, detalham-se

como se segue:

NOTA 15 – RESULTADOS POR AÇÃO

Resultados por ação básicos

Os resultados por ação básicos são calculados efetuando a divisão do resultado líquido atribuível aos

acionistas do Banco pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o ano.

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Rendas e alugueres 284 304

Publicidade e publicações 37 57

Comunicações e expedição 385 413

Conservação e reparação 69 86

Deslocações e representação 112 175

Água, energia e combustiveis 122 122

Transporte de valores 89 91

Material de consumo corrente 90 58

Serviços Informáticos 264 258

Mão-de-obra eventual 31 -

Trabalho independente 108 128

Sistema eletrónico de pagamentos 347 389

Judiciais, contencioso e notariado 120 106

Consultoria e auditoria 36 71

Outros custos 406 317

2 500 2 575

(milhares de euros)

31.12.2014

Revisão legal das contas anuais 29 25

Outros serviços de garantia de fiabilidade 10 17

Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria 8 15

Valor total dos serviços faturados 47 57

31.12.2013

Relatório e Contas de 2014 108

Resultados por ação diluídos

Os resultados por ação diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais ações

ordinárias diluidoras ao número médio ponderado de ações ordinárias em circulação e ao resultado

líquido atribuível aos acionistas do Banco.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 o Banco não detinha potenciais ações ordinárias diluidoras, pelo

que, o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico.

NOTA 16 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

NOTA 17 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Resultado líquido atribuível aos acionistas do Banco ( 2 121) ( 1 025)

Número médio de ações ordinárias em circulação (milhares) 3 728 3 614

Resultado por ação básico atribuível aos acionistas do Banco (em euros) (0,57) (0,28)

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 4 717 4 220

4 717 4 220

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Disponibilidades em outras instituições de

crédito no país

Depósitos à ordem 11 299 14 271

Cheques a cobrar 6 549 663

17 848 14 934

Relatório e Contas de 2014 109

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos primeiros

dias úteis subsequentes às datas em referência.

De acordo com o artigo 10º do Regulamento n.º 2818/98 do Banco Central Europeu de 1 de dezembro,

e através da carta circular com referência n.º 204/DMRCF/DMC de 5 de junho de 2001, o Banco de

Portugal autorizou o NBA a constituir as suas reservas mínimas indiretamente através do NOVO

BANCO, S.A. Mensalmente o NBA regulariza através de uma conta de depósito junto do NOVO

BANCO o valor respeitante ao nível mínimo de reservas de caixa a constituir. A 31 de dezembro de

2014, o saldo daquela conta era de 2788 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 2689 milhares

de euros), tendo a taxa média de remuneração no exercício sido de 0,16% (31 de dezembro de 2013:

0,55%).

NOTA 18 – OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

Estes títulos são cotados em mercado.

NOTA 19 – ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Ações 3 3

3 3

(milhares de euros)

Positiva Neg ativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 777 89 - - 866

De outros emissores 4 754 12 - - 4 766

Ações 4 085 3 063 - ( 62) 7 086

Saldo a 31 de dezembro de 2014 9 616 3 164 - ( 62) 12 718

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 999 29 - - 1 028

De outros emissores 12 313 106 - - 12 419

Ações 4 084 3 024 - ( 62) 7 046

Saldo a 31 de dezembro de 2013 17 396 3 159 - ( 62) 20 4 93

(1 ) custo de aquisição no que se refere às ações e custo amortizado para títulos de dívida

Reserva de justo valorCusto (1 ) Valor

balanço

Perdas por

imparidade

Relatório e Contas de 2014 110

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.5, o Banco avalia regularmente se existe

evidência objetiva de imparidade na sua carteira de ativos disponíveis para venda seguindo os critérios

de julgamento descritos na Nota 3.1.

Os valores relativos à reserva de justo valor encontram-se analisados na Nota 34.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Ativos financeiros disponíveis para venda são

apresentados como se segue:

A 31 de dezembro de 2014 e 2013, o escalonamento dos títulos disponíveis para venda por prazo de

vencimento é como segue:

Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:

A carteira de ativos financeiros disponíveis para venda gerou o recebimento de 378 milhares de

euros de dividendos.

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 62 63

Dotações - ( 1)

Saldo final 62 62

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Até 3 meses 31 10 362

De 3 meses a um ano 4 766 933

De um a cinco anos - 2 080

Mais de cinco anos 835 72

Duração indeterminada 7 086 7 046

12 718 20 4 93

(milhares de euros)

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 866 - 866 1 028 - 1 028

De outros emissores - 4 766 4 766 2 085 10 334 12 419

Ações 7 7 079 7 086 17 7 029 7 046

873 11 84 5 12 718 3 130 17 363 20 4 93

31.12.2014 31.12.2013

Relatório e Contas de 2014 111

NOTA 20 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 31 de dezembro de 2014, vencem juros

à taxa média anual de 0,38% (31 de dezembro de 2013: 0,54%).

O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de

dezembro de 2014 e 2013, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Aplicações em instituições de crédito no país

Depósitos 8 243 7 257

8 24 3 7 257

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

De 3 meses a um ano 8 243 7 257

8 24 3 7 257

Relatório e Contas de 2014 112

NOTA 21 – CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na Nota 37.

Em 31 de dezembro de 2014 o crédito vivo inclui cerca de 888 milhares de euros de crédito

renegociado (31 de dezembro de 2013: 611 milhares de euros). Estes créditos correspondem, de

acordo com a definição do Banco de Portugal, a créditos anteriormente vencidos, que através de um

processo de renegociação, passam a ser considerados como créditos correntes.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade evidenciadas como correção aos valores de

crédito no ativo, foram os seguintes:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Crédito interno

A empresas

Empréstimos 80 955 68 646

Créditos em conta corrente 40 824 41 245

Descontos e outros créditos titulados por efeitos 2 299 2 184

Factoring 2 418 -

Descobertos 16 274

Outros créditos 192 226

A particulares

Habitação 221 154 225 865

Consumo e outros 23 513 28 491

371 371 366 931

Crédito ao exterior

A particulares

Habitação 747 676

Consumo e outros 48 63

795 739

Crédito e juros vencidos

Até 3 meses 275 579

De 3 meses a 1 ano 894 2 854

De 1 a 3 anos 9 057 8 083

Há mais de 3 anos 8 071 5 503

18 297 17 019

390 463 384 689

Perdas por imparidade ( 23 758) ( 16 324)

366 705 368 365

Relatório e Contas de 2014 113

O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de dezembro de 2014 e 2013,

é como segue:

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2014, o Banco tem 2583 milhares de euros de provisões para

riscos gerais de crédito (31 de dezembro de 2013: 2482 milhares de euros), as quais de acordo com as

NCA são apresentadas no passivo (ver Nota 30).

A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:

NOTA 22 – DERIVADOS DE GESTÃO DE RISCO

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o justo valor dos derivados para gestão de risco em balanço

analisam-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 16 324 13 298

Dotações 8 137 5 193

Utilizações ( 605) ( 1 247)

Reversões ( 98) ( 920)

Saldo final 23 758 16 324

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Até 3 meses 26 776 28 123

De 3 meses a um ano 31 908 26 595

De um a cinco anos 30 667 20 533

Mais de cinco anos 282 815 292 419

Duração indeterminada 18 297 17 019

390 463 384 689

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Taxa fixa 22 596 26 668

Taxa variável 367 867 358 021

390 463 384 689

Relatório e Contas de 2014 114

Conforme política contabilística descrita na Nota 2.3, na rubrica de Derivados para gestão de risco são

registados os derivados contratados com o objetivo de efetuar a cobertura económica de determinados

ativos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados (e que não foram

designados como derivados de cobertura).

Derivados de cobertura

As operações de cobertura de justo valor em 31 de dezembro de 2014 e 2013 podem ser analisadas

como segue:

Em 31 de dezembro de 2014, a parte inefetiva das operações de cobertura de justo valor, que se

traduziu num proveito de 173 milhares de euros (31 de dezembro de 2013: proveito de 150 milhares de

(milhares de euros)

CoberturaGestão do

riscoTotal Cobertura

Gestão do

riscoTotal

Derivados para gestão do risco

Derivados para gestão do risco - Ativo - - - 1 - 1

Derivados para gestão do risco - Passivo ( 651) - ( 651) ( 624) - ( 624)

( 651) - ( 651) ( 623) - ( 623)

Justo valor dos Ativos e Passivos cobertos

Ativos financeiros

Crédito a clientes 779 - 779 577 - 577

Passivos financeiros

Recursos de clientes - - - - - -

779 - 779 577 - 577

31.12.201331.12.2014

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 3 733 ( 651) ( 29) 779 202

3 733 ( 651) ( 29) 779 202

(1) Inclui juro corrido

(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2014

Variação do

justo valor do

elemento

coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente

de justo valor

do

elemento

coberto (2)

Var. justo

valor do

derivado no

ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

(milhares de euros)

Interest Rate Swap Crédito a clientes Taxa de Juro 4 200 ( 623) 225 577 ( 375)

4 200 ( 623) 225 577 ( 375)

(1) Inclui juro corrido

(2) Atribuível ao risco coberto

31.12.2013

Variação do

justo valor do

elemento

coberto no

ano (2)

Risco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Componente

de justo valor

do

elemento

coberto (2)

Var. justo

valor do

derivado no

ano

Justo valor do

derivado (1)Nocional

Relatório e Contas de 2014 115

euros), foi registada por contrapartida de resultados. O Banco realiza periodicamente testes de

efetividade das relações de cobertura existentes.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os recursos de clientes à taxa fixa geridos numa ótica de justo

valor através de resultados não detinham derivados de gestão de risco associados.

As operações com derivados de gestão de risco em 31 de dezembro de 2014 e 2013, por maturidades,

podem ser analisadas como segue:

NOTA 23 – ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

O movimento dos ativos não correntes detidos para venda durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o

seguinte:

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade foram os seguintes:

(milhares de euros)

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

Mais de cinco anos 7 467 ( 651) 8 400 ( 623)

7 467 ( 651) 8 400 ( 623)

31.12.201331.12.2014

(milhares de euros)

Ativos não correntes detidos para venda

Imóveis 12 876 13 774

12 876 13 774

Perdas por imparidade ( 1 163) ( 1 312)

11 713 12 462

31.12.2014 31.12.2013

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 13 774 11 225

Entradas 1 900 5 427

Vendas ( 2 802) ( 2 878)

Outros movimentos 4 -

Saldo final 12 876 13 774

Relatório e Contas de 2014 116

NOTA 24 – OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 1 312 860

Dotações 162 862

Utilizações ( 247) ( 351)

Reversões ( 65) ( 58)

Diferenças de câmbio e outras 1 ( 1)

Saldo final 1 163 1 312

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Imóveis

De serviço próprio 4 547 4 546

Beneficiações em edifícios arrendados 2 040 2 038

6 587 6 584

Equipamento

Equipamento informático 906 944

Instalações interiores 1 060 1 060

Mobiliário e material 884 883

Equipamento de segurança 440 435

Máquinas e ferramentas 122 121

Material de transporte 21 21

3 433 3 464

10 020 10 048

Depreciação acumulada ( 4 263) ( 3 890)

5 757 6 158

Relatório e Contas de 2014 117

NOTA 25 – ATIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

Imóveis EquipamentoImobilizado

em cursoTotal

Custo de aquisição

Saldo a 31 de dezembro de 2012 6 392 3 324 22 9 738

Adições 6 73 304 383

Abates / vendas - ( 76) - ( 76)

Transferências 186 141 ( 327) -

Outros movimentos - 2 1 3

Saldo a 31 de dezembro de 2013 6 584 3 464 - 10 048

Adições 1 8 8 17

Abates / vendas - ( 44) - ( 44)

Transferências 2 5 ( 8) ( 1)

Saldo a 31 de dezembro de 2014 6 587 3 433 - 10 020

Depreciações

Saldo a 31 de dezembro de 2012 1 295 2 249 - 3 544

Amortizações do exercício 180 241 - 421

Abates / vendas - ( 76) - ( 76)

Outros - 1 - 1

Saldo a 31 de dezembro de 2013 1 475 2 415 - 3 890

Amortizações do exercício 190 226 - 416

Abates / vendas - ( 43) - ( 43)

Saldo a 31 de dezembro de 2014 1 665 2 598 - 4 263

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2014 4 922 835 - 5 757

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2013 5 109 1 049 - 6 158

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Adquiridos a terceiros

Sistema de tratamento automático de dados 6 244 5 700

Imobilizado em curso 357 350

6 601 6 050

Amortização acumulada (5 244) (4 651)

1 357 1 399

Relatório e Contas de 2014 118

NOTA 26 – OUTROS ATIVOS

A rubrica Outros ativos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

(milhares de euros)

Sistema de

tratamento

automático de

dados

Imobilizações em

cursoTotal

Custo de aquisição

Saldo a 31 de dezembro de 2012 5 028 409 5 437

Adições:

Adquiridas a terceiros 18 594 612

Transferências 653 ( 653) -

Outros movimentos 1 - 1

Saldo a 31 de dezembro de 2013 5 700 350 6 050

Adições:

Adquiridas a terceiros - 551 551

Transferências 544 ( 544) -

Saldo a 31 de dezembro de 2014 6 244 357 6 601

Amortizações

Saldo a 31 de dezembro de 2012 4 049 - 4 049

Amortizações do exercício 601 - 601

Outros movimentos 1 - 1

Saldo a 31 de dezembro de 2013 4 651 - 4 651

Amortizações do exercício 593 - 593

Saldo a 31 de dezembro de 2014 5 244 - 5 244

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2014 1 000 357 1 357

Saldo líquido a 31 de dezembro de 2013 1 049 350 1 399

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Devedores e outras aplicações

Devedores por bonificações de juros de crédito imobiliário 1 167 908

Sector público administrativo 1 057 1 318

Outros devedores diversos 563 170

2 787 2 396

Outros ativos

Ouro, outros metais preciosos, numismática, medalhística

e outras disponibilidades 45 45

Outros ativos 36 36

81 81

Proveitos a receber 184 247

Despesas com custo diferido 752 834

Outras contas de regularização

Outras operações a realizar 498 333

498 333

Pensões de reforma e benefícios de saúde (ver Nota 13) - 2 216

4 302 6 107

Relatório e Contas de 2014 119

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica de despesas com custo diferido inclui o montante de 636

milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 679 milhares de euros) relativo à diferença entre o valor

nominal dos empréstimos concedidos aos colaboradores do Banco no âmbito do ACT para o Setor

Bancário e o seu justo valor à data da concessão, calculado de acordo com o IAS 39, o qual é

reconhecido em custos com pessoal durante o menor do prazo residual do empréstimo e o número de

anos estimado de vida ativa remanescente do colaborador.

NOTA 27 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A rubrica Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como segue:

O escalonamento dos recursos de outras instituições de crédito por prazo de vencimento, a 31 de

dezembro de 2014 e 2013, é como segue:

NOTA 28 – RECURSOS DE CLIENTES

O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

No país

Depósitos 8 069 4 087

Recursos a muito curto prazo 91 000 30 000

Outros recursos 203 177

99 272 34 264

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Até 3 meses 99 272 34 264

99 272 34 264

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Depósitos à vista 66 218 73 473

Depósitos a prazo 208 285 235 590

Depósitos de poupança 21 564 21 633

Outros recursos 2 160 1 100

298 227 331 796

Relatório e Contas de 2014 120

O escalonamento dos Recursos de clientes e outros empréstimos por prazo de vencimento, a 31 de

dezembro de 2014 e 2013, é como segue:

NOTA 29 – RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

A rubrica Responsabilidades representadas por títulos decompõe-se como segue:

Durante o exercício de 2014, o Banco procedeu a reembolsos de 35 000 milhares de euros (31 de

dezembro de 2013: reembolsos de 60 000 milhares de euros).

A duração residual das Responsabilidades representadas por títulos, a 31 de dezembro de 2013, é

como segue:

NOTA 30 – PROVISÕES

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Exigível à vista 66 218 73 473

Exigível a prazo

Até 3 meses 105 358 89 491

De 3 meses a um ano 99 895 122 812

De um a cinco anos 24 956 44 243

Mais de cinco anos 1 800 1 777

232 009 258 323

298 227 331 796

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Obrigações de caixa - 35 013

- 35 013

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Até 3 meses - 13

De 3 meses a um ano - 35 000

- 35 013

Relatório e Contas de 2014 121

NOTA 31 – IMPOSTOS

O Banco está sujeito à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

(IRC) e correspondentes Derramas.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício,

exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de

capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de

capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

O cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 foi apurado em função de um montante de 30% do

lucro tributável estimado e com base numa taxa nominal de IRC de 23% aprovada pela Lei nº 2/2014,

de 16 de janeiro e de Derrama Municipal de 1,5%.

Adicionalmente, para efeitos do cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de dezembro de

2014, foi tomado em consideração o Decreto-Lei nº 127/2011, de 31 de dezembro, que regula a

transferência de responsabilidades pelos encargos com as pensões de reforma e sobrevivência dos

reformados e pensionistas para a Segurança Social e que, conjugado com o artigo 183º da Lei nº 64-

B/2011, de 30 de dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012), consagrou um regime especial

de dedutibilidade fiscal dos gastos e outras variações patrimoniais decorrentes dessa transferência:

O impacto decorrente da variação patrimonial negativa associada à alteração da política

contabilística de reconhecimento dos ganhos e perdas atuariais anteriormente diferidos, será

integralmente dedutível, em partes iguais, durante 10 anos, a partir do exercício que se iniciou

em 1 de janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de capital próprio;

O impacto decorrente da liquidação (determinado pela diferença entre a responsabilidade

mensurada de acordo com os critérios da IAS 19 e os critérios definidos no acordo) será

(milhares de euros)

Provisão

para riscos

gerais de

crédito

Outras

provisõesTotal

Saldo a 31 de dezembro de 2012 2 710 25 2 735

Reversões ( 228) - ( 228)

Outros movimentos - 1 1

Saldo a 31 de dezembro de 2013 2 482 26 2 508

Dotações 101 - 101

Utilizações - ( 4) ( 4)

Saldo a 31 de dezembro de 2014 2 583 22 2 605

Relatório e Contas de 2014 122

integralmente dedutível para efeitos do apuramento do lucro tributável, em partes iguais, em

função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas

responsabilidades foram transferidas (18 anos), a partir do exercício que se iniciou em 1 de

janeiro de 2012. Este impacto é registado em rubricas de resultados.

Os impostos diferidos ativos resultantes da transferência das responsabilidades e da alteração da

política contabilística do reconhecimento dos desvios atuariais são recuperáveis nos prazos de 10 e 18

anos, via rubricas de capital próprio e via rubricas de resultados, respetivamente.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em

vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou

substancialmente aprovadas na data de balanço. Assim, para o exercício de 2013, o imposto diferido

foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa agregada de 26,5%, resultante do somatório da

taxa de IRC (23%) aprovada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, da taxa de Derrama Municipal (1,5%)

e de uma taxa média prevista de Derrama Estadual (2%). Para o exercício de 2014, o imposto diferido

foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa agregada de 24,5%, resultante do somatório da

taxa de IRC (21%) aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de dezembro, da taxa de Derrama Municipal

(1,5%) antes referida e de uma taxa média prevista de Derrama Estadual (2%).

No exercício de 2013, o imposto diferido relativo a prejuízos fiscais reportáveis foi especificamente

apurado com base na taxa de IRC (23%) aprovada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, que alterou o

Código do IRC. Em 2014, em resultado da redução da taxa de IRC aprovada pela Lei nº 82-B/2014, de

31 de dezembro, o imposto diferido relativo a prejuízos fiscais reportáveis foi especificamente apurado

com base na taxa de 21%.

As declarações de autoliquidação do IRC do Banco ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento

pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos ou durante o período em que seja

possível deduzir prejuízos fiscais ou créditos de imposto (até doze anos, em função do exercício em

que forem apurados). Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos

devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da

Administração que, no contexto das demonstrações financeiras individuais, não ocorrerão encargos

adicionais de valor significativo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de dezembro de 2014 e

2013 podem ser analisados como seguem:

Relatório e Contas de 2014 123

O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a

expectativas de lucros futuros tributáveis.

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes

contrapartidas:

O imposto diferido reconhecido em reservas – outro rendimento integral inclui os desvios atuariais

reconhecidos também nesta rubrica, conforme descrito na Nota 13 – Benefícios a empregados.

O imposto reconhecido em resultados e reservas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de

2014 e 2013 teve as seguintes origens:

A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode

ser analisada como segue:

(milhares de euros)

Ativo Passivo Líquido

31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013

Instrumentos financeiros - 59 29 5 ( 29) 54

Imparidade no crédito a clientes 3 085 2 396 - - 3 085 2 396

Pensões 772 936 147 490 625 446

Prémios de antiguidade 55 46 - - 55 46

Prejuízos fiscais reportáveis 139 207 - - 139 207

Ativos/ (passivos) por imposto diferido 4 051 3 644 176 495 3 875 3 149

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo inicial 3 149 2 491

Imposto diferido reconhecido em

Resultados 868 ( 62)

Reservas de justo valor ( 83) 790

Reservas - outro rendimento integral ( 122) ( 148)

Outras reservas 63 78

Saldo final Ativo / (Passivo) 3 875 3 149

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Reconhecido

em resultados

Reconhecido

em reservas

Reconhecido

em resultados

Reconhecido

em reservas

Ativos financeiros disponíveis para venda - 83 - ( 790)

Imparidade no crédito a clientes ( 689) - 187 -

Pensões ( 301) 122 7 148

Prémios de antiguidade ( 9) - ( 3) -

Prejuízos fiscais reportáveis 131 ( 63) ( 129) ( 78)

Impostos Diferidos ( 868) 142 62 ( 720)

Impostos Correntes 115 ( 74) ( 116) 49

Total do imposto reconhecido ( 753) 68 ( 54) ( 671)

Relatório e Contas de 2014 124

No seguimento da Lei nº55-A/2010, de 31 de dezembro, foi criada a Contribuição sobre o Setor

Bancário, a qual não é elegível como custo fiscal, e cujo regime foi prorrogado pela Lei nº64-B/2011,

de 30 de dezembro, pela Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro e pela Lei nº 83-C/2013, de 31 de

dezembro. A 31 de dezembro de 2014 o Banco reconheceu como custo do exercício o valor de 160

milhares de euros (31 de dezembro de 2013: 160 milhares de euros), o qual foi incluído nos Outros

resultados de exploração – Impostos diretos e indiretos (ver Nota 11).

NOTA 32 – OUTROS PASSIVOS

A rubrica Outros passivos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 é analisada como segue:

NOTA 33 – CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Ações ordinárias

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Resultado antes de impostos ( 2 874) ( 1 079)

Contribuição Extraordinária sobre o Setor Bancário ( 160) ( 160)

( 2 714) ( 919)

Taxa de imposto 23,0 25,0

Imposto apurado com base na taxa de imposto ( 624) ( 230)

Dividendos 2,9 ( 80) 0,0 -

Custos não dedutíveis 0,0 0,0 -

Alteração de taxas e base tributável decorrente de Reforma do IRC -9,5 272 -20,6 222

Outros 13,2 ( 321) 4,3 ( 46)

29,7 ( 753) 8,7 ( 54)

% Valor % Valor

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Credores e outros recursos

Setor público administrativo 267 293

Credores diversos 740 527

1 007 820

Custos a pagar

Prémios por antiguidade (ver Nota 13) 227 178

Outros custos a pagar 640 638

867 816

Receitas com proveito diferido 14 18

Outras contas de regularização

Outras operações a regularizar 500 127

2 388 1 781

Relatório e Contas de 2014 125

Em 31 de dezembro de 2014, o capital social do Banco encontrava-se representado por 3 727 500

ações, com um valor nominal de 5 euros cada, as quais se encontram totalmente subscritas e

realizadas por diferentes acionistas, dos quais se destacam as seguintes entidades:

Prémios de emissão

Em 31 de dezembro de 2014, os prémios de emissão totalizaram 6681 milhares de euros, referentes

aos prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital.

NOTA 34 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS

TRANSITADOS

Reserva legal

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A

legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de

dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido

anual, até a um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e

dos resultados transitados, se superior.

Reservas de justo valor

As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de ativos

financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício

e/ou em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido.

% Capital

31.12.2014 31.12.2013

Novo Banco, S.A. 57,52%

Banco Espírito Santo, S.A. (a) - 57,52%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 30,00% 30,00%

Bensaúde Participações, SGPS, S.A. 10,00% 10,00%

Outros 2,48% 2,48%

100,00% 100,00%

(a) no âmbito da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo, S.A., a participação detida por

este no NB Açores foi transferida para o Novo Banco, S.A.

Relatório e Contas de 2014 126

Durante os exercícios de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado:

NOTA 35 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

A 31 de dezembro de 2014 e 2013, existiam os seguintes saldos relativos a contas extrapatrimoniais:

(milhares de euros)

Saldo em 31 de Dezembro de 2012 2 863 ( 736) 2 127 ( 2 198) 3 523 9 663 10 988

Alterações de justo valor 296 790 1 086 - - - -

Desvios atuariais - - - ( 597) - - ( 597)

Pensões - regime transitório - - - - - ( 23) ( 23)

Constituição de reservas - - - - 229 922 1 151

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 3 159 54 3 213 ( 2 795) 3 752 10 562 11 519

Alterações de justo valor 5 ( 83) ( 78) - - - -

Desvios atuariais - - - ( 2 770) - - ( 2 770)

Pensões - regime transitório - - - - - 85 85

Constituição de reservas - - - - - ( 1 025) ( 1 025)

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 3 164 ( 29) 3 135 ( 5 565) 3 752 9 622 7 809

Outro rendimento integral, Outras Reservas e Resultados

Transitados

Desvios

atuariais

Reservas de justo valor

Ativos

financeiros

disponíveis

p/ venda

Reservas

por

impostos

diferidos

Total

Reserva de

justo valor

Total Outras

Reservas e

Res.Trans.

Reserva Legal

Outras

reservas e

Resultados

Transitados

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda 9 616 17 396

Imparidade acumulada reconhecida ( 62) ( 62)

Custo amortizado dos ativos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 9 554 17 334

Valor de mercado dos ativos financeiros disponíveis para venda 12 718 20 493

Ganhos/(perdas) potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 3 164 3 159

Impostos diferidos ( 29) 54

3 135 3 213

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Saldo no início do período 3 213 2 127

Variação de justo valor 16 317

Alienações do período ( 11) ( 21)

Impostos diferidos reconhecidos no exercício em reservas (ver nota 31) ( 83) 790

Saldo no final do período 3 135 3 213

Relatório e Contas de 2014 127

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem numa mobilização de

fundos por parte do Banco.

Em 31 de dezembro de 2014 a rubrica de ativos dados em garantia inclui:

Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do

Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de 93 milhares de euros (31 de

dezembro de 2013: 72 milhares de euros);

Títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 742 milhares

de euros (31 de dezembro de 2013: 933 milhares de euros).

Estes títulos dados em garantia encontram-se registados na carteira de ativos financeiros disponíveis

para venda, e podem ser executados em caso de incumprimento, por parte do Banco, das obrigações

contratuais assumidas nos termos e condições dos contratos celebrados.

Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus

clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou

serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição

da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o

seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.

Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de

crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma

geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente,

requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de

crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da

contratualização dos mesmos.

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Passivos e avales prestados

Garantias e avales prestados 417 013 326 749

Ativos financeiros dados em garantia 835 1 005

417 848 327 754

Compromissos

Compromissos revogáveis 47 081 34 362

Compromissos irrevogáveis 5 442 5 442

52 523 39 804

Relatório e Contas de 2014 128

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas

operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial,

nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo

que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma

vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados

não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a

prestação de serviços bancários são como segue:

NOTA 36 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

O valor das transações do Banco com entidades do Grupo NB em 31 de dezembro de 2014 e 2013,

assim como os respetivos custos e proveitos reconhecidos, resumem-se como segue:

Todas as transações efetuadas com partes relacionadas são realizadas a preços normais de mercado,

obedecendo ao princípio do justo valor.

NOTA 37 – JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O justo valor dos ativos e passivos financeiros para o Banco é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Depósito e guarda de valores 223 566 326 275

Valores recebidos para cobrança 178 117

223 744 326 392

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos Ativos Passivos Garantias Proveitos Custos

NOVO BANCO 19 537 95 838 402 694 871 840 21 516 66 351 - 3 103 1 870

BEST - 2 878 - - - - 2 684 - - -

GNB VIDA - 26 915 - 39 627 - 27 067 - 18 201

GNB GA - 5 844 - - 111 - 4 301 - 95 129

ES ACE 2 - - - 3 31 - - - 13 40

ES INFORMÁTICA - - - - 264 - - - - 268

ES RECUPERAÇÃO CRÉDITO ACE - - - - 30 - 8 - - 31

GNB SEGUROS - 281 - - - - 3 566 - - -

UNICRE - - - - - - 2 - - -

19 537 131 756 402 694 913 1 903 21 516 103 979 - 3 229 2 539

Relatório e Contas de 2014 129

Os Ativos e Passivos ao justo valor do Banco foram valorizados de acordo com a seguinte hierarquia:

Valores de cotação de mercado – nesta categoria incluem-se as cotações disponíveis em mercados

oficiais e as divulgadas por entidades que habitualmente fornecem preços de transações para estes

ativos/passivos negociados em mercados líquidos.

Métodos de valorização com parâmetros/ preços observáveis no mercado – consiste na utilização

de modelos internos de valorização, designadamente modelos de fluxos de caixa descontados e de

avaliação de opções, que implicam a utilização de estimativas e requerem julgamentos que variam

conforme a complexidade dos produtos objeto de valorização. Não obstante, o Banco utiliza como

inputs nos seus modelos, variáveis disponibilizadas pelo mercado, tais como as curvas de taxas de

juro, spreads de crédito, volatilidade e índices sobre cotações. Inclui ainda instrumentos cuja

valorização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados

têm liquidez mais reduzida.

Métodos de valorização com parâmetros não observáveis no mercado – neste agregado incluem-

se as valorizações determinadas com recurso à utilização de modelos internos de valorização ou

cotações fornecidas por terceiras entidades mas cujos parâmetros utilizados não são observáveis no

mercado.

(milhares de euros)

Cotações de

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros

observáveis no

mercado

Modelos de

valorização com

parâmetros não

observáveis no

mercado

31 de dezembro de 2014

Caixa e disponibilidades bancos centrais 4 717 - - - 4 717 4 717

Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 848 - - - 17 848 17 848

Ativos finan. ao justo valor através de resultados - 3 - - 3 3

Ativos financeiros disponíveis para venda 1 485 873 - 10 360 12 718 12 718

Aplicações em instituições de crédito 8 243 - - - 8 243 8 243

Crédito a clientes 363 274 - 3 431 - 366 705 323 448

Derivados para gestão do risco - - - - - -

Ativos financeiros 395 567 876 3 431 10 360 410 234 366 977

Recursos de outras instituições de crédito 99 272 - - - 99 272 99 272

Recursos de clientes e outros empréstimos 297 906 - 321 - 298 227 298 227

Derivados para gestão do risco - - 651 - 651 651

Passivos financeiros 397 178 - 972 - 398 150 398 150

31 de dezembro de 2013

Caixa e disponibilidades bancos centrais 4 220 - - - 4 220 4 220

Disponibilidades em outras instituições de crédito 14 934 - - - 14 934 14 934

Ativos finan. ao justo valor através de resultados - 3 - - 3 3

Ativos financeiros disponíveis para venda - 3 130 10 350 7 013 20 493 20 493

Aplicações em instituições de crédito 7 257 - - - 7 257 7 257

Crédito a clientes 364 169 - 4 196 - 368 365 316 681

Derivados para gestão do risco - - 1 - 1 1

Ativos financeiros 390 580 3 133 14 547 7 013 415 273 363 589

Recursos de outras instituições de crédito 34 264 - - - 34 264 34 264

Recursos de clientes e outros empréstimos 237 019 - 94 777 - 331 796 331 796

Responsabilidades representadas por títulos 35 013 - - - 35 013 35 013

Derivados para gestão do risco - - 624 - 624 624

Passivos financeiros 306 296 - 95 401 - 401 697 401 697

Custo Amortizado Justo ValorTotal Valor de

Balanço

Valorizados ao Justo Valor

Relatório e Contas de 2014 130

O movimento dos ativos financeiros valorizados com recurso a métodos com parâmetros não

observáveis no mercado, durante o exercício de 2014, pode ser analisado como segue:

Os principais parâmetros utilizados, durante os exercícios de 2014 e 2013, nos modelos de valorização

foram os seguintes:

Curvas de taxas de juro

As taxas de curto prazo apresentadas refletem os valores indicativos praticados em mercado

monetário, sendo que para o longo prazo os valores apresentados representam as cotações para swap

de taxa de juro para os respetivos prazos:

Volatilidades de taxas de juro

Os valores a seguir apresentados referem-se às volatilidades implícitas (at the money) que serviram de

base para a avaliação de opções de taxa de juro:

(milhares de euros)

Saldo no início do período 7 013

Aquisições 4 754

Transferências ( 1 469)

Variação de valor 62

Saldo no fim do período 10 360

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

Overnight 0,0100 0,1750 0,4500 0,1100 0,1100 0,4100

1 mês 0,0180 0,3100 0,5250 0,1941 0,1600 0,4100

3 meses 0,0780 0,1900 0,6000 0,2870 0,3300 0,5200

6 meses 0,1710 0,5000 0,7400 0,3890 0,4100 0,7350

9 meses 0,1662 0,6000 0,7393 0,3981 0,4500 0,8100

1 ano 0,1635 0,4325 0,6476 0,4130 0,3050 0,6412

3 anos 0,2240 1,2610 1,1400 0,7715 0,8560 1,4342

5 anos 0,3600 1,7900 1,4490 1,2580 1,7490 2,1337

7 anos 0,5320 2,0390 1,6450 1,6820 2,4270 2,5770

10 anos 0,8195 2,2790 1,8430 2,1550 3,0280 2,9876

15 anos 1,1528 2,5020 2,0673 2,5809 3,5230 3,3160

20 anos 1,3268 2,6160 2,1838 2,7139 3,7200 3,4170

25 anos 1,4169 2,6660 2,2211 2,7399 3,8080 3,4380

30 anos 1,4718 2,6910 2,2320 2,7309 3,8520 3,4360

31.12.2014 31.12.2013

Relatório e Contas de 2014 131

Câmbios e volatilidade cambiais

Seguidamente apresentam-se as taxas de câmbio (Banco Central Europeu) à data de balanço e as

volatilidades implícitas (at the money) para os principais pares de moedas, utilizadas na avaliação dos

derivados:

O Banco utiliza nos seus modelos de avaliação a taxa spot observada no mercado no momento da

avaliação.

Índices sobre cotações

No quadro seguinte, resume-se a evolução dos principais índices de cotações e respetivas

volatilidades utilizadas nas valorizações dos derivados sobre ações:

(%)

EUR USD GBP EUR USD GBP

1 ano 283,60 69,94 49,46 112,77 75,90 49,18

3 anos 102,30 57,67 61,19 65,30 72,76 55,78

5 anos 94,22 49,13 59,26 53,30 50,62 45,99

7 anos 84,35 44,41 55,17 45,20 38,21 38,55

10 anos 67,52 40,68 49,61 36,80 31,55 31,80

15 anos 53,72 35,58 41,94 30,68 35,58 26,58

31.12.2014 31.12.2013

Cambial 31.12.2014 31.12.2013 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano

EUR/USD 1,2141 1,3791 9,57 9,34 9,03 8,93 8,93

EUR/GBP 0,7789 0,8337 7,67 7,69 8,30 8,18 8,10

EUR/CHF 1,2024 1,2276 2,95 3,42 3,70 4,08 4,28

EUR/NOK 9,0420 8,3630 15,57 13,61 11,50 10,65 10,40

EUR/PLN 4,2732 4,1543 7,29 7,42 7,50 7,58 7,75

EUR/RUB 72,3370 45,3246 68,60 56,00 48,96 22,50 41,69

USD/BRL a) 2,6527 2,3621 15,00 14,50 14,45 14,55 14,65

USD/TRY b) 2,3326 2,1467 12,55 12,92 13,58 13,96 14,30

Volatilidade (%)

a) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/BRL

b) Calculada com base nos câmbios EUR/USD e EUR/TRY

31.12.2014 31.12.2013 Variação % 1 mês 3 meses

DJ Euro Stoxx 50 3 146 3 109 2,5 24,58 21,31 27,02

PSI 20 4 799 6 559 -18,0 24,45 23,11 -

IBEX 35 10 280 9 917 -2,1 25,94 22,61 -

FTSE 100 6 566 6 749 -1,7 18,03 14,69 15,03

DAX 9 806 9 552 7,1 22,50 19,73 19,50

S&P 500 2 059 1 848 6,2 13,76 13,10 15,04

BOVESPA 50 007 51 507 -11,7 33,78 34,02 26,38

Volatilidade

implícita

Volatilidade históricaCotação

Relatório e Contas de 2014 132

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos ativos e passivos

financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e

Aplicações em instituições de crédito

Estes ativos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Crédito a clientes

O justo valor do crédito a clientes é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa esperados

de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas.

Os fluxos de caixa futuros esperados das carteiras de crédito homogéneas, como por exemplo o

crédito à habitação, são estimados numa base de portfolio. As taxas de desconto utilizadas são as

taxas atuais praticadas para empréstimos com características similares.

Recursos de bancos centrais e Recursos de outras instituições de crédito

Estes passivos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do

respetivo justo valor.

Recursos de clientes e outros empréstimos

O justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na atualização dos fluxos de caixa

esperados de capital e de juros, considerando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente

definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflete as taxas praticadas para os créditos com

características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são

renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu

justo valor.

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados

O justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis; caso não existam, é estimado

com base na atualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes

instrumentos.

NOTA 38 – GESTÃO DOS RISCOS DE ATIVIDADE

O Banco está exposto aos seguintes riscos decorrentes do uso de instrumentos financeiros:

Risco de crédito;

Risco de mercado;

Risco de liquidez;

Relatório e Contas de 2014 133

Risco operacional.

Risco de crédito

O Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do

incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o

Banco no âmbito da sua atividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente nos

produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes, e em

produtos de negociação – swaps, forwards e opções (risco de contraparte).

É efetuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interação entre as várias

equipas envolvidas na gestão de risco ao longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito.

Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das

metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e

circuitos de decisão.

O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à

evolução das exposições de crédito e monitorização das perdas creditícias, é efetuado regularmente

pelo Comité de Risco. São igualmente objeto de análises regulares o cumprimento dos limites de

crédito aprovados e o correto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de

crédito no âmbito da atividade corrente das áreas comerciais.

Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:

A repartição por setores de atividade, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013,

encontra-se apresentada conforme segue:

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito 26 091 22 191

Ativos financeiros disponíveis para venda 5 632 13 447

Crédito a clientes 366 705 368 365

Derivados para gestão de risco - 1

Outros ativos 2 971 2 643

Garantias e avales prestados 417 013 326 749

Compromissos irrevogáveis 5 442 5 442

1 179 534 738 838

Relatório e Contas de 2014 134

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade (a) Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 10 926 ( 464) - - - - 9

Indústrias Extrativas 615 ( 42) - - - - 292

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 3 919 ( 47) - - - - 7

Texteis e Vestuário 164 ( 4) - - - - -

Curtumes e Calçado - - - - - - -

Madeira e Cortiça 467 ( 80) - - - - -

Papel e Indústrias Gráficas 976 ( 234) - - - - -

Refinação de Petróleo - - - - - - -

Produtos Quimicos e de Borracha - - - - - - -

Produtos Minerais não Metálicos 1 048 ( 14) - - - - 55

Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 910 ( 239) - - - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 509 ( 43) - - - - 41

Fabricação de Material de Transporte 1 - - - - - 2

Outras Industrias Transformadoras 67 ( 1) - - - - -

Eletricidade, Gás e Água 1 ( 1) - - - - 470

Construção e Obras Públicas 9 875 ( 2 875) - - - - 7 908

Comércio por Grosso e a Retalho 42 110 ( 12 052) - - - - 3 141

Turismo 8 523 ( 843) - - - - 489

Transportes e Comunicações 14 086 ( 456) - - - - 431

Atividades Financeiras 510 ( 21) - - 1 501 ( 3) 402 694

Atividades Imobiliárias 2 438 ( 874) - - - - 693

Serviços Prestados às Empresas 11 019 ( 242) 3 - 5 647 ( 59) 210

Administração e Serviços Públicos 7 735 ( 10) - - 5 632 - 18

Outras atividades de serviços coletivos 23 678 ( 514) - - - - 387

Crédito à Habitação 222 899 ( 3 146) - - - - -

Crédito a Particulares 26 987 ( 4 139) - - - - 166

TOTAL 390 4 63 ( 26 34 1) 3 - 12 780 ( 62) 4 17 013

(a) inclui provisão para imparidade no valor de 23 758 milhares de euros (ver Nota 21) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 583 milhares de euros (ver Nota 30)

31.12.2014

Crédito sobre clientesAtivos financeiros detidos para

venda Garantias

prestadas

Outros ativos fin.

ao justo valor

através de

resultados

Derivados para

gestão de risco

(milhares de euros)

Valor bruto Imparidade (a) Valor bruto Imparidade

Agricultura, Silvicultura e Pesca 7 438 ( 399) - - - - 7

Indústrias Extrativas 989 ( 184) - - - - 321

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco 4 024 ( 347) - - - - 1

Texteis e Vestuário 180 ( 4) - - - - -

Madeira e Cortiça 534 ( 66) - - - - -

Papel e Indústrias Gráficas 995 ( 133) - - - - -

Produtos Químicos e de Borracha 19 - - - - - -

Produtos Minerais não Metálicos 953 ( 11) - - - - 57

Indústrias Metalurgicas de Base e p. metálicos 971 ( 218) - - - - 50

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Elétricos 1 738 ( 114) - - - - 41

Fabricação de Material de Transporte 7 - - - - - 2

Outras Industrias Transformadoras 100 ( 2) - - - - -

Eletricidade, Gás e Água 7 ( 1) - - - - 470

Construção e Obras Públicas 9 850 ( 1 763) - - 7 986 - 7 548

Comércio por Grosso e a Retalho 37 378 ( 7 213) - - - - 3 318

Turismo 4 374 ( 741) - - - - 523

Transportes e Comunicações 8 223 ( 186) - - - - 648

Atividades Financeiras 0 - - 1 1 488 ( 3) 312 296

Atividades Imobiliárias 2 493 ( 510) - - - - 993

Serviços Prestados às Empresas 11 541 ( 126) 3 - 10 048 ( 60) 220

Administração e Serviços Públicos 26 683 ( 51) - - 1 028 - 27

Outras atividades de serviços coletivos 6 394 ( 335) - - 5 - -

Crédito à Habitação 227 680 ( 2 773) - - - - -

Crédito a Particulares 32 114 ( 3 629) - - - - 227

TOTAL 384 685 ( 18 806) 3 1 20 555 ( 62) 326 74 9

(a) inclui provisão para imparidade no valor de 16 324 milhares de euros (ver Nota 21) e provisão para riscos gerais de crédito no valor de 2 482 milhares de euros (ver Nota 30)

Crédito sobre clientes

31.12.2013

Ativos financeiros detidos para

venda Garantias

prestadas

Outros ativos fin.

Ao justo valor

através de

resultados

Derivados para

gestão de risco

Relatório e Contas de 2014 135

Risco de mercado

O Risco de mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa

do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de

câmbio e preços de ações e de mercadorias.

A gestão de risco de mercado é integrada com a gestão do balanço através da estrutura ALCO (Asset

and Liability Committee) constituída ao mais alto nível da instituição. Este órgão é responsável pela

definição de políticas de afetação e estruturação do balanço bem como pelo controlo da exposição aos

riscos de taxa de juro, de taxa de câmbio e de liquidez.

Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das

perdas potenciais sob condições adversas de mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR)

é utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um intervalo de

confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são

históricas com base num período de observação de um ano. Como complemento ao VaR têm sido

desenvolvidos cenários extremos (stress-testing) que permitem avaliar os impactos de perdas

potenciais superiores às consideradas na medida do VaR.

O Banco apresenta um valor em risco (VaR) de 92 milhares de euros para as suas posições de

negociação (31 de dezembro de 2013: 52 milhares de euros).

No seguimento das recomendações de Basileia II (Pilar 2) e da Instrução nº 19/2005, do Banco de

Portugal, o NBA calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia

do Bank of International Settlements (BIS) classificando todas as rubricas do ativo, passivo e

extrapatrimoniais, que não pertençam à carteira de negociação, por escalões de repricing.

milhares de euros

31.12.2014 31.12.2013

Dezembro Média anual Máximo Mínimo Dezembro Média anual Máximo Mínimo

Risco cambial 92 53 92 29 52 33 52 15

Total 92 53 92 29 52 33 52 15

Relatório e Contas de 2014 136

O modelo utilizado para o cálculo da análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira

bancária baseia-se numa aproximação ao modelo da duração, sendo efetuados cenários paralelos

para deslocação da curva de rendimentos de 100 p.b. em todos os escalões de taxa de juro e cenários

de deslocação da curva de rendimentos não paralelos, superiores a um ano em 100 p.b..

No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de

ativos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013,

bem assim como os respetivos saldos médios e os juros do período:

(milhares de euros)

Montantes

elegíveis

Não

sensíveisAté 3 meses

De 3 a 6

meses

De 6 meses

a 1 anoDe 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 30 804 11 268 11 299 8 237 - - -

Crédito a clientes 389 493 - 262 266 95 064 5 436 23 540 3 188

Títulos 12 690 7 089 - - 4 766 - 835

Total 273 565 103 301 10 202 23 540 4 023

Recursos de outras Inst. de Crédito 99 272 - 99 272 - - - -

Depósitos 294 353 - 121 740 45 835 68 886 57 792 100

Total 221 012 45 835 68 886 57 792 100

GAP de balanço (Activos - Passivos) 21 006 52 553 57 466 ( 58 684) ( 34 252) 3 923

Fora de Balanço - - 3 733 - - - ( 3 733)

GAP estrutural 21 006 56 286 57 466 ( 58 684) ( 34 252) 190

GAP acumulado 56 286 113 752 55 068 20 816 21 006

31.12.2014

(milhares de euros)

Montantes

elegíveis

Não

sensíveisAté 3 meses

De 3 a 6

meses

De 6 meses

a 1 anoDe 1 a 5 anos Mais de 5 anos

Aplicações e disp. em Inst. de Crédito 26 403 4 883 14 268 7 251 - 1 -

Crédito a clientes 383 262 - 252 536 97 748 5 908 24 054 3 017

Títulos 20 468 7 049 10 334 933 - 2 080 72

Total 277 138 105 932 5 908 26 135 3 089

Recursos de outras Inst. de Crédito 34 264 - 34 264 - - - -

Depósitos 328 196 - 122 523 31 555 96 336 77 623 160

Títulos emitidos 35 000 - 35 000 - - - -

Total 191 787 31 555 96 336 77 623 160

GAP de balanço (Activos - Passivos) 20 741 - 85 352 74 377 ( 90 428) ( 51 488) 2 929

Fora de Balanço - - 4 200 - - - ( 4 200)

GAP estrutural 20 741 89 552 74 377 ( 90 428) ( 51 489) ( 1 271)

GAP acumulado 89 552 163 928 73 501 22 012 20 741

31.12.2013

(milhares de euros)

31.12.2014 31.12.2013

Aumento

paralelo de

100 pb

Diminuição

paralela de

100 pb

Aumento

depois de 1

ano de 50pb

Diminuição

depois de 1

ano de 50pb

Aumento

paralelo de

100 pb

Diminuição

paralela de

100 pb

Aumento

depois de 1

ano de 50pb

Diminuição

depois de 1

ano de 50pb

Em 31 de Dezembro 366 (366) 120 (120) 984 ( 984) 341 ( 341)

Média do exercício 577 (577) 193 (193) 1 276 (1 276) 555 ( 555)

Máximo para o exercício 890 (890) 257 (257) 1 640 (1 640) 726 ( 726)

Mínimo para o exercício 366 (366) 120 (120) 984 ( 984) 341 ( 341)

Relatório e Contas de 2014 137

No que se refere ao risco cambial, a repartição dos ativos e dos passivos, a 31 de dezembro de 2014 e

2013, por moeda, é analisado como segue:

Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco atual ou futuro que deriva da incapacidade de uma instituição solver as

suas responsabilidades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais.

O risco de liquidez pode ser subdividido em dois tipos:

• Liquidez dos ativos (market liquidity risk) - consiste na impossibilidade de alienar um

determinado tipo de ativo devido à falta de liquidez no mercado, o que se traduz no

alargamento do spread bid/offer ou na aplicação de um haircut ao valor de mercado.

(milhares de euros)

Saldo médio

do período

Juro do

período

Taxa de

juro

média

Saldo médio

do período

Juro do

período

Taxa de

juro

média

Ativos monetários 16 422 77 0,47% 40 992 358 0,87%

Crédito a clientes 394 325 13 134 3,33% 389 341 13 151 3,38%

Aplicações em títulos 10 439 569 5,45% 24 531 2 059 8,39%

Ativos financeiros 421 186 13 780 3,27% 454 864 15 568 3,42%

Recursos monetários 44 827 215 0,48% 14 358 19 0,13%

Recursos de clientes 333 898 7 065 2,12% 360 599 9 472 2,63%

Outros recursos 24 781 829 3,35% 58 083 1 863 3,21%

Recursos diferenciais 17 680 - - 21 824 - -

Passivos financeiros 421 186 8 109 1,93% 454 864 11 354 2,50%

Resultado Financeiro 5 671 1,35% 4 214 0,93%

31.12.2014 31.12.2013

(milhares de euros)

Posições à

Vista

Posições a

Prazo

Posição

Líquida

Posições à

Vista

Posições a

Prazo

Posição

Líquida

USD DOLAR DOS E.U.A. 2 163 - 2 163 930 - 930

GBP LIBRA ESTERLINA ( 2) - ( 2) ( 18) - ( 18)

DKK COROA DINAMARQUESA 65 - 65 72 - 72

CHF FRANCO SUICO 8 - 8 37 - 37

SEK COROA SUECA 15 - 15 20 - 20

NOK COROA NORUEGUESA 39 - 39 35 - 35

CAD DOLAR CANADIANO 745 - 745 1 130 - 1 130

AUD DOLAR AUSTRALIANO - - - 1 - 1

3 033 - 3 033 2 207 - 2 207

31.12 .201331.12.2014

Relatório e Contas de 2014 138

• Financiamento (funding liquidity risk) - consiste na impossibilidade de financiar no mercado os

ativos e/ou refinanciar a dívida que está a maturar, na moeda desejada. Esta impossibilidade

pode ser refletida através de um forte aumento do custo de financiamento ou da exigência de

colateral para a obtenção de fundos. A dificuldade de (re)financiamento pode conduzir à venda

de ativos, ainda que incorrendo em perdas significativas. O risco de (re)financiamento deve ser

minimizado através de uma adequada diversificação das fontes de financiamento e dos prazos

de vencimento.

Os bancos estão sujeitos a risco de liquidez por inerência do seu negócio de transformação de

maturidades (emprestadores de longo prazo e depositários de curto prazo), sendo assim crucial uma

gestão prudente do risco de liquidez.

Com o objetivo de avaliar a exposição global ao risco de liquidez são elaborados relatórios que

permitem não só identificar os mismatch negativos, como efetuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

(milhões de euros)

Montantes

Elegíveisaté 7 dias

de 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a 1

ano

superior a 1

ano

ATIVOS

Caixa e disponibilidades 11 11 - - - - -

Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 20 11 - - 8 - -

Crédito a clientes 371 1 2 5 15 11 338

Títulos 12 - - - - - 12

Total 23 2 5 23 11 350

PASSIVOS

Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 99 99 - - - - -

Depósitos de clientes 294 5 2 14 4 4 266

Títulos Emitidos - - - - - - -

Outros passivos exigíveis a curto prazo 4 4 - - - - -

Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 52 - - 1 1 - 50

Total 108 2 15 5 4 316

GAP (Ativos - Passivos) ( 85) - ( 9) 18 7

GAP Acumulado ( 85) ( 85) ( 94 ) ( 76) ( 69)

Buffer de activos liq > 12 meses -

31.12.2014

(milhões de euros)

Montantes

Elegíveisaté 7 dias

de 7 dias até 1

mêsde 1 a 3 meses de 3 a 6 meses

de 6 meses a 1

ano

superior a 1

ano

ATIVOS

Caixa e disponibilidades 5 5 - - - - -

Aplicações e disponibilidades em Instituições de crédito e Bancos Centrais 22 14 - - 7 - -

Crédito a clientes 367 1 2 6 13 10 334

Títulos 20 - 10 - - - 9

Outros ativos líquidos 1 1 - - - - -

Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) - - - - - - -

Total 21 12 6 20 10 34 3

PASSIVOS

Recursos de Instituições de crédito, Bancos Centrais e Outros empréstimos 34 34 - - - - -

Depósitos de clientes 328 10 2 6 4 9 297

Títulos Emitidos 35 - - - 5 30 -

Outros passivos exigíveis a curto prazo 2 2 - - - - -

Fora de Balanço (Compromissos e Derivados) 40 - - - 1 - 38

Total 4 6 2 6 10 39 335

GAP (Ativos - Passivos) ( 26) 10 ( 1) 11 ( 29)

GAP Acumulado ( 26) ( 16) ( 17) ( 5) ( 35)

Buffer de activos liq > 12 meses -

31.12.2013

Relatório e Contas de 2014 139

O Gap acumulado a um ano passou de -34 721 milhares de euros em dezembro de 2013 para -68 629

milhares de euros em dezembro de 2014 na sequência da não renovação das emissões de médio e

longo prazo e consequente aumento do financiamento até um ano.

Adicionalmente, e de acordo com a instrução nº13/2009 do Banco de Portugal, o gap de liquidez é

definido como (Ativos líquidos – Passivos voláteis) / (Ativo – Ativos líquidos) * 100 em cada escala

cumulativa de maturidade residual, onde os ativos líquidos incluem tesouraria e títulos líquidos e os

passivos voláteis incluem a tesouraria, as emissões, os compromissos assumidos, os derivados e

outros passivos. Este indicador permite uma caracterização da posição de liquidez do risco de

wholesale das instituições.

De acordo com a evolução do Gap acumulado, o gap de liquidez até um ano do NBA era, a 31 de

dezembro de 2014, de -18,40 que compara com -11,2 no período homólogo do ano anterior.

Risco operacional

O Risco operacional traduz-se, genericamente, na probabilidade de ocorrência de eventos com

impactos negativos, nos resultados ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de

procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pessoas ou motivados por

acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos. Entende-se, assim, risco operacional como o

cômputo dos seguintes riscos: operativa, de sistemas de informação, de compliance e de reputação.

Para gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que visa assegurar a

uniformização, sistematização e recorrência das atividades de identificação, monitorização, controlo e

mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada no

Departamento de Risco Global exclusivamente dedicada a esta tarefa.

Gestão de Capital e Rácio de Solvabilidade

O principal objetivo da gestão de capital consiste em assegurar o cumprimento dos objetivos

estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital, respeitando e fazendo cumprir os

requisitos mínimos de fundos próprios definidos pelas entidades de supervisão.

A definição da estratégia a adotar em termos de gestão de capital é da competência da Comissão

Executiva encontrando-se integrada na definição global de objetivos do Banco.

Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a

Diretiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser

observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio

mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as

instituições deverão cumprir.

Relatório e Contas de 2014 140

O Parlamento Europeu e o Conselho aprovaram em 26 de junho de 2013 a Diretiva 2013/36/EU e o

Regulamento (EU) nº 575/2013 que passaram a regular na União Europeia, respetivamente, o acesso

à atividade das instituições de crédito e empresas de investimento e a determinação de requisitos

prudenciais a observar por aquelas mesmas entidades a partir de 1 de janeiro de 2014. Estes

normativos transpõem para o ordenamento jurídico europeu as recomendações do Comité de Basileia,

normalmente designadas por Basileia III.

O Aviso 6/2013 de 23 de dezembro do Banco de Portugal veio regulamentar o regime transitório

previsto naquele Regulamento em matéria de fundos próprios, estabelecer medidas de preservação de

capital e determinar um rácio de Common Equity Tier I (CET1) não inferior a 7%.

Atualmente, no novo ordenamento jurídico de Basileia III, os elementos de capital do NB Açores para

efeitos da determinação do rácio de solvabilidade, dividem-se em Fundos Próprios Principais de nível 1

( ou Common Equity Tier I ), Fundos Próprios de nível 1 (ou Tier I), Fundos Próprios de nível 2 (ou

Tier II ) e Fundos Próprios Totais, com a seguinte composição:

Common Equity Tier I: Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, os

prémios de emissão, as reservas elegíveis e os resultados positivos retidos do exercício quando

certificados. Também é dedutível ao Common Equity Tier I o valor elegível dos ativos intangíveis,

desvios atuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a

empregados, valor excedente dos ativos por impostos diferidos e de participações em sociedades

financeiras e, quando aplicável, os resultados negativos do exercício.

Tier I : Para além dos valores considerados como Common Equity Tier I, esta categoria inclui,

quando aplicável, as ações preferenciais e instrumentos de capital híbridos.

Tier II : Incorpora essencialmente, quando aplicável, dívida subordinada emitida elegível.

O capital do NB Açores é essencialmente constituído por elementos de Common Equity Tier I.

O quadro seguinte apresenta um sumário dos cálculos de requisitos de capital do NBA para 31 de

dezembro de 2014 e 2013:

Relatório e Contas de 2014 141

Com o objetivo de recolocar o rácio de solvabilidade do Novo Banco dos Açores em níveis compatíveis

com o exigido, o Novo Banco, como acionista de referência, irá tomar as medidas compatíveis com

este ajustamento, prevendo-se que à data da realização da Assembleia Geral do Novo Banco dos

Açores esta reposição esteja já concretizada.

NOTA 39 – Normas recentemente emitidas

Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2014

IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz parte do projeto

de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar o conceito de “deter atualmente

o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes

brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos.

A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco.

IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’. Esta alteração trata

da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha

sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender. A adoção desta alteração

não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco.

(milhares de euros)

BIS II

31.12.2014 01.01.2014 31.12.2013

A - Fundos Próprios

Capital ordinário realizado, Prémios de Emissão e Ações Próprias 25 319 25 319 25 319

Reservas e Resultados elegíveis (excluindo reservas de justo valor) 11 253 12 265 13 288

Ativos Intangíveis ( 271) ( 267) ( 1 399)

Desvios Atuariais com responsabilidades pós-emprego com impacto prudencial ( 4 311) ( 1 639) ( 1 341)

Reservas de justo valor com impacto prudencial - - -

Outros efeitos ( 1 582) ( 1 896) 765

Common Equity Tier I / Core Tier I ( A1 ) 30 408 33 782 36 632

Ações Preferenciais e Hibridos - - -

Outros efeitos - - -

Tier I ( A2 ) 30 408 33 782 36 632

Divida Subordinada elegível - - -

Outros efeitos - - 1 361

TIER II - - 1 361

Deduções - - ( 475)

Fundos Próprios Elegíveis ( A3 ) 30 408 33 782 37 518

B- Ativos de Risco ( B ) 490 062 (1) 449 647 442 647

C- Rácios Prudenciais

Rácio Common Equity Tier I / Core Tier 1 ( A1 / B ) 6,2% 7,5% 8,3%

Rácio Tier 1 ( A2 / B ) 6,2% 7,5% 8,3%

Rácio de Solvabilidade ( A3 / B ) 6,2% 7,5% 8,5%

(1) Valor provisório

BIS III

Relatório e Contas de 2014 142

IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’. A alteração à

IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de

um derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara

de compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. A

adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Banco.

Alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 - ’Entidades de investimento’. A alteração define uma Entidade de

investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da

IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como Entidades de investimento, cujos investimentos em

subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à

IAS 39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. A adoção destas alterações não teve impacto

nas demonstrações financeiras do Banco.

IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’. A IFRS 10 substitui todos os

procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e

na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O

princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas

subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. A adoção desta norma não teve impacto

nas demonstrações financeiras do Banco.

IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos

conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas

(direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos

pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional de

empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. A adoção desta norma não teve impacto nas

demonstrações financeiras do Banco.

IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma estabelece os requisitos

de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como: subsidiárias, acordos

conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e

efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. A adoção desta norma não teve impacto

nas demonstrações financeiras do Banco.

Alterações à IFRS 10, 11 e 12, ‘Regime de transição’. Esta alteração clarifica que, quando um

tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os

comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente,

sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A

alteração introduzida na IFRS 11, refere-se à obrigação de testar para imparidade o investimento

Relatório e Contas de 2014 143

financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação

específicos estão incluídos na IFRS 12. A adoção destas alterações não teve impacto nas

demonstrações financeiras do Banco.

IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista, na sequência da

emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em

subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara demonstrações

financeiras separadas. A adoção desta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do

Banco.

IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’. A IAS 28 foi

revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para

investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de aplicação

do método de equivalência patrimonial. A adoção desta alteração não teve impacto nas

demonstrações financeiras do Banco.

Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é

obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014, ou em data posterior,

e que o Banco decidiu não adotar antecipadamente:

Normas

IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A

alteração dá indicação relativamente à materialidade e agregação, a apresentação de subtotais, a

estrutura das demonstrações financeiras e a divulgação das políticas contabilísticas. Não se esperam

impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta

alteração.

IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a utilização de métodos de

cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra

consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos

associados ao ativo. É de aplicação prospetiva. Não se esperam impactos materialmente relevantes

nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao

Relatório e Contas de 2014 144

processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de

empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua

contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço. Não se

esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção

desta alteração.

IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está

sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração permite que uma entidade aplique

o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias,

empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é

de aplicação retrospetiva. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações

financeiras com a adoção desta alteração.

Alterações à IFRS 10 e IAS 28, ‘Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua

Associada ou Empreendimento conjunto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta

alteração clarifica que na venda ou contribuição de ativos entre um investidor e uma sua associada ou

empreendimento conjunto, o ganho/perda apurado é reconhecido na totalidade quando os ativos

transferidos constituem um negócio, e apenas parcialmente (na quota-parte detida por terceiros)

quando os ativos transferidos não constituem um negócio. Não se esperam impactos materialmente

relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de

consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração

ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção

à obrigação de consolidar aplica-se a uma empresa holding intermédia que constitua uma subsidiária

de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência

patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma entidade de

investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que é uma

“Entidade de investimento”. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações

financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016).Esta alteração ainda está sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização

da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis

os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. Não se esperam impactos

materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta alteração.

Relatório e Contas de 2014 145

Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

julho de 2014). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.

Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS

24 e IAS 38. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do

Banco com a adoção desta alteração.

Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar na União Europeia nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3,

IFRS 13, e IAS 40. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras

do Banco com a adoção desta alteração.

Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2016). Estas melhorias ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.

Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Não se

esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção

desta alteração.

IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS

9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e

passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do

modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da

contabilidade de cobertura. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações

financeiras do Banco com a adoção desta norma.

IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após

1 de janeiro de 2017). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e

exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar

serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito,

conforme previsto na “metodologia dos 5 passos”. Não se esperam impactos materialmente relevantes

nas demonstrações financeiras do Banco com a adoção desta norma.

Relatório e Contas de 2014 146

Interpretações

IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 17 de junho

de 2014). A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que

o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que

não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que

obriga ao pagamento. Não se esperam impactos materialmente relevantes nas demonstrações

financeiras com a adoção desta alteração.

Relatório e Contas de 2014 147

ANEXO

Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of

European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à

Valorização dos Ativos

(Carta-Circular nos

97/2008/DSB de 3 de Dezembro e Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto)

O Banco de Portugal, através da Carta Circular nº58/2009/DSB de 5 de Agosto de 2009 reiterou “a necessidade de

as instituições continuarem a dar adequado cumprimento às recomendações do Financial Stability Forum (FSF),

bem como às recomendações do Committee of European Banking Supervisors (CEBS), no que se refere à

transparência da informação e à valorização de ativos, tendo em conta o princípio da proporcionalidade”

constantes das Cartas-Circulares nos 46/2008/DSB de 15 de Julho de 2008 e 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de

2008.

O Banco de Portugal recomenda que seja elaborado um capítulo ou anexo específico nos documentos de prestação

de contas exclusivamente dedicado aos aspetos mencionados nas respetivas recomendações do CEBS e do FSF.

No presente anexo procurou-se dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal utilizando remissões para

a informação apresentada, quer no Relatório de Gestão, quer nas Notas Explicativas às Demonstrações

Financeiras relativos aos exercícios de 2013 e 2014.

I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio

No capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão, faz-se uma descrição

detalhada sobre a estratégia e o modelo de negócio do Banco.

2. Estratégias e objetivos

As estratégias e objetivos do Banco estão igualmente divulgados no capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e

Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão.

3., 4. e 5. Atividades desenvolvidas e contribuição para o negócio

No capítulo 4 “Atividade Comercial – Estratégia e Modelo de Negócio” do Relatório de Gestão apresenta-se

informação acerca das atividades desenvolvidas e sua contribuição para o negócio.

Relatório e Contas de 2014 148

II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos

No capítulo 6 “Análise do Risco de Crédito” do Relatório de Gestão dá-se informação detalhada sobre o risco de

crédito do Banco.

Também na Nota Explicativa 38 é apresentada diversa informação que, em conjunto, permite obter a perceção

sobre os riscos incorridos pelo Banco e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo.

III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8.,9., 10. e 11. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados e comparação dos impactos entre períodos

Durante o exercício de 2014 consideramos terem ocorrido factos com impactos materialmente relevantes na

atividade, nomeadamente, a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao Banco Espírito Santo,

principal acionista do BES dos Açores, cujas consequências imediatas se traduziram na acentuada saída de

recursos de Clientes, principalmente da desintermediação.

Em 2014 a atividade desenvolveu-se num quadro de referência de dificuldades económicas do país e também da

região, com impacto no agravamento do risco pelo que o Banco realizou um reforço total de provisões de 8,1

milhões de euros (+4,1 milhões de euros que no exercício de 2013).

12. Decomposição dos write-downs entre realizados e não realizados

Os proveitos e custos relacionados com os ativos e passivos detidos para negociação, dos ativos e passivos ao justo

valor através de resultados e dos ativos disponíveis para venda encontram-se desagregados por instrumento

financeiro nas Notas 7 e 8 às demonstrações financeiras. Adicionalmente, os ganhos e perdas não realizados dos

ativos disponíveis para venda constam das Notas 19 e 34

13. Turbulência financeira na cotação das ações do NB dos Açores

As ações do Banco não estão cotadas em nenhum mercado oficial, pelo que este ponto não é aplicável.

14. Risco de perda máxima

Na Nota Explicativa 38 divulga-se informação relevante sobre as perdas suscetíveis de serem incorridas em

situações de stress do mercado.

15. Responsabilidades do Banco emitidas e resultados

Na Nota Explicativa 29 faz-se divulgação sobre as condições das emissões realizadas em 2014.

IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFETADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições

17. Mitigantes do risco de crédito

18. Informação sobre as exposições do Grupo

O Banco não teve nenhuma exposição diretamente afetada pelo período de turbulência.

Relatório e Contas de 2014 149

19. Movimentos nas exposições entre períodos

Não aplicável

20. Exposições que não tenham sido consolidadas

Não aplicável

21. Exposição a seguradoras monoline e qualidade dos ativos segurados

O Banco não tem exposições a seguradoras monoline.

V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados

Estas situações estão desenvolvidas na Nota 2 – Principais Políticas Contabilísticas.

23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação

O Banco não realizou nenhuma operação de titularização até 31 de dezembro de 2014.

24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros

Ver comentários ao ponto 16 do presente Anexo. Nas Notas 2 e 37 referem-se as condições de utilização da opção

do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros.

VI. OUTROS ASPETOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação

O NB dos Açores, no contexto da sua política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira,

visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles instituídos pelas normas

contabilísticas em vigor ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Paralelamente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado, atendendo por um lado,

ao custo na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma pode proporcionar aos

diversos utilizadores.

De entre o conjunto de informação disponibilizada aos seus acionistas, clientes, colaboradores, entidades de

supervisão e ao público em geral, destacam-se o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e respetivas

Notas Explicativas.

O Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras são preparados de acordo coma as Normas de

Contabilidade Ajustadas (NCA), definidas pelo Banco de Portugal, e que se traduzem na aplicação às

demonstrações financeiras das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adotadas pela União

Europeia, conferindo um elevado grau de transparência à informação divulgada bem assim como de

comparabilidade.

Relatório e Contas de 2014 150

3 - Certificação Legal e Relatório do Revisor Oficial de Contas

Relatório e Contas de 2014 151

Relatório e Contas de 2014 152

Relatório e Contas de 2014 153

4 - Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Relatório e Contas de 2014 154

Relatório e Contas de 2014 155

Relatório e Contas de 2014 156

Relatório e Contas de 2014 157

INFORMAÇÃO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

1 – Participações qualificadas no capital social do NB dos Açores

Participações qualificadas no capital social do Novo Banco dos Açores em 31 de dezembro de 2014.

2 – Acionistas titulares de direitos especiais Identificação dos acionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos

Não existem acionistas titulares de direitos especiais.

Nº acções% Capita l Socia l

com direito de

voto

Novo Banco, SA 2.144.191 57,5236%

Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada 1.118.263 30,0003%

Bensaúde Participações, SGPS, SA 372.750 10,0000%

Total 3.635.204 97,5239%

Participações Qualificadas

Dez.14

I I I

Relatório e Contas de 2014 158

3 – Restrições em matéria de direito de voto Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial

Tem direito a voto o acionista titular de, pelo menos, duzentas ações, inscritas em seu nome em conta

de registo de valores mobiliários até ao décimo quinto dia anterior ao designado para a reunião da

Assembleia Geral, comprovando tal inscrição perante a sociedade, até às dezoito horas do quinto dia

útil anterior ao designado para a reunião.

Os acionistas que não possuam o número de ações necessário para terem direito de voto poderão

agrupar-se de forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar

na Assembleia Geral.

Não é admitido o voto por correspondência, salvo nos casos previstos em disposição legal imperativa.

Não existem restrições ao exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo

patrimonial.

Existe um acordo parassocial entre os dois maiores acionistas do Novo Banco dos Açores, o Novo

Banco, S.A. e a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, nos termos do qual, entre outras

matérias, são estabelecidos direitos de preferência recíprocos na alienação de ações do NB dos Açores.

4 – Nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e alteração

dos estatutos da sociedade Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade

Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização são eleitos em Assembleia Geral de

Acionistas.

Não existem regras específicas da sociedade para a falta ou impedimento definitivos de qualquer

Administrador, sendo prática do NB dos Açores que se proceda à cooptação de um substituto, que será

ratificada na Assembleia Geral imediatamente subsequente. O mandato do novo Administrador

terminará no fim do período para o qual o Administrador substituído tenha sido eleito.

Relatório e Contas de 2014 159

A alteração dos estatutos do NB dos Açores, nos termos legais, é deliberada pela Assembleia Geral. As

deliberações sobre alteração do contrato de sociedade devem ser aprovadas por dois terços dos votos

emitidos, quer a Assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação.

5 – Poderes do órgão de administração Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital

O Conselho de Administração tem a sua competência definida por lei e pelos estatutos do NB dos

Açores, cabendo-lhes os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade, em juízo e fora

dele.

No NB dos Açores, o Conselho de Administração não tem competência para deliberar um aumento de

capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do

Conselho de Administração.

6 – Sistemas de controlo interno e de gestão de risco Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira

O Novo Banco dos Açores detém um sistema de controlo interno (SCI), cuja gestão está confiada ao

Departamento de Compliance. Neste âmbito, a sua missão passa por gerir o SCI de forma eficiente e

eficaz, monitorizar os riscos e controlos, reportar externamente às entidades de supervisão e,

internamente, ao Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal, às restantes estruturas responsáveis

pela e monitorização do SCI do NB, aos sponsors dos processos de negócio, de suporte e tecnológicos.

No Novo Banco dos Açores, o controlo dos riscos está organizado de forma a abranger os riscos de

crédito, de mercados, de liquidez, de taxa de juro, de taxa de câmbio, operacional e de compliance. As

principais estruturas que se dedicam à prevenção e controlo dos riscos na atividade, são o Comité de

Risco, a Comissão de Análise de Risco de Crédito, o Grupo de Acompanhamento de Risco, o

Departamento de Risco Global, o Departamento de Compliance e o Departamento de Auditoria Interna.

Relatório e Contas de 2014 160

ANEXOS

Anexo 1 – Política de remuneração Política de remuneração dos órgãos sociais do Novo Banco dos Açores, S.A. (o «NBA») aprovada na Assembleia Geral de 25 de março de 2015

Política de remuneração dos órgãos sociais do

Novo Banco dos Açores, S.A.

(o «NBA»)

Política de remuneração dos órgãos sociais do NBA

1. Processo de aprovação da política de remuneração

a) Aprovação

A atual política de remuneração dos órgãos sociais do NBA foi aprovada, pela primeira vez, pela

Comissão de Vencimentos em onze de fevereiro de 2010, tendo sido proposta e aprovada

novamente nas Assembleias Gerais de vinte e oito de março de 2011, vinte e sete de março de 2012, 26 de março de 2013 e 27 de março de 2014.

b) Mandato da Comissão de Vencimentos

Nos termos do artigo vigésimo terceiro do contrato de sociedade, compete à Comissão de

Vencimentos estabelecer a remuneração dos Administradores do NBA.

A comissão de Vencimentos é atualmente composta por dois membros, eleitos em Assembleia

Geral de 31 de dezembro de 2014. O mandato da Comissão de Vencimentos é de 3 anos,

terminando o atual mandato em 2016.

c) Composição da Comissão de Vencimentos

Vitor Manuel Lopes Fernandes

Licenciado em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa.

Administrador do Novo Banco, S.A..

I V

Relatório e Contas de 2014 161

Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz

Advogado. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa.

Nenhum dos membros da Comissão de Vencimentos do NBA é membro do órgão de administração, ou tem qualquer vínculo familiar com algum dos seus membros.

Encontra-se presente em cada Assembleia Geral de Acionistas um representante da Comissão de Vencimentos.

d) Consultores externos

Não foram contratados quaisquer consultores externos para a definição da política de remuneração

dos órgãos sociais do NBA.

2. Remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral

Os membros da Mesa da Assembleia Geral não são remunerados.

3. Membros do órgão de fiscalização

Os órgãos de fiscalização do NBA são o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas.

O Conselho Fiscal é eleito pela Assembleia Geral do NBA para mandatos de 3 anos sendo composto por 3 membros efetivos e um suplente, sendo o Presidente designado pela Assembleia

Geral. Os membros do Conselho Fiscal auferem uma remuneração mensal fixa paga doze vezes ao

ano.

O Revisor Oficial de Contas (o efetivo e o suplente) é eleito pela Assembleia Geral por proposta

do Conselho Fiscal, para mandatos trienais. Relativamente ao Revisor Oficial de Contas efetivo, a sua remuneração é efetuada de forma independente e enquadrada por via do contrato de

prestação de serviços de revisão de contas com o Grupo Novo Banco, estando dessa forma em

linha com as práticas do mercado. O Revisor Oficial de Contas suplente não é remunerado.

4. Membros não executivos do Conselho de Administração

Os membros não executivos do Conselho de Administração não são remunerados.

Os membros que desempenhem funções executivas em órgãos de administração de sociedades em relação de domínio e/ou de grupo com o NBA, ou que exerçam funções específicas por indicação

do Conselho de Administração do NBA, poderão ser remunerados pelas referidas sociedades ou

pelo NBA, de acordo com o relevo das funções desempenhadas.

5. Membros da Comissão Executiva

a) Diferenciação de remuneração

Todos os membros da Comissão Executiva auferem remunerações diferenciadas, de acordo com os

respetivos percursos profissionais, funções desempenhadas e experiência profissional.

Os membros que desempenhem funções executivas em órgãos de administração de sociedades em

relação de domínio e/ou de grupo com o NBA, ou que exerçam funções específicas por indicação do Conselho de Administração do NBA, poderão ser remunerados pelas referidas sociedades ou

pelo NBA, de acordo com o relevo das funções desempenhadas.

Relatório e Contas de 2014 162

b) Composição da remuneração

A remuneração comporta uma parte fixa e, eventualmente, uma parte variável.

A remuneração dos membros da Comissão Executiva é fixada todos os anos até ao final de março,

nomeadamente tendo como base a avaliação do desempenho do exercício anterior.

c) Limites da remuneração

A parte fixa terá os limites que forem fixados pelo órgão competente e representará

aproximadamente 80% da Remuneração Total Anual.

A parte fixa é composta pelo vencimento dos membros da Comissão Executiva e por outros subsídios que são atribuídos a todos os colaboradores do NBA.

A parte variável para 2015 tem o limite máximo de 20% da remuneração total, não podendo exceder 5% dos lucros líquidos do exercício.

d) Equilíbrio na remuneração

A parte fixa representará aproximadamente 80% do total da remuneração, sendo os restantes 20%

atribuídos como parte variável sempre que o resultado líquido anual seja positivo.

A parte variável da remuneração será calculada no início de cada ano pela Comissão de Vencimentos em função dos seguintes fatores:

- Cumprimento dos principais objetivos constantes do Orçamento Anual do ano anterior, aprovado pelo Conselho de Administração: o Resultado Líquido do Exercício, o Cost-to-Income (rácio entre os

custos operativos e o produto bancário total) e o Return-on-Equity (rácio entre o resultado líquido e

capitais próprios);

- Desempenho segundo critérios não financeiros, incluindo o desempenho individual de cada

membro da Comissão Executiva e a evolução de indicadores associados à sustentabilidade do crescimento do Banco (nomeadamente o rácio de crédito / depósitos, o rácio de Core Tier 1), os

principais indicadores de Qualidade de Serviço, bem como o cumprimento das principais regras

associadas à atividade da instituição.

e) Mecanismos de Limitação da Remuneração Variável

A parte variável da remuneração apenas será atribuída, se até à data da sua colocação a

pagamento, no ano subsequente ao do seu apuramento, for sustentável à luz da situação financeira do NBA e se justificar tendo em conta o desempenho financeiro do NBA e de cada um

dos seus administradores executivos, não se verificando uma degradação estrutural do

desempenho do NBA. Cabe à Comissão de Vencimentos verificar e determinar a existência de uma

Remuneração Total Anual

Parte Variável (ca. 20%)

Parte Fixa (ca. 80%)

Relatório e Contas de 2014 163

degradação estrutural que consistirá, nomeadamente, na redução da rentabilidade dos capitais próprios (“Return-on-Equity”) para níveis inferiores a 5%.

A parte variável da remuneração poderá ser reduzida ou mesmo retida pelo NBA, nos casos em que

o desempenho financeiro da instituição regrida ou seja negativo e, ainda, em casos em que da conduta do administrador tenham resultado perdas significativas para a instituição, ou quando este

tenha deixado de cumprir os critérios de adequação e idoneidade.

f) Critérios para a avaliação de desempenho

A avaliação dos administradores executivos assenta tem por base os critérios financeiros e não financeiros seguintes:

“Cost-to-Income” (rácio entre os custos operativos e o produto bancário total) ,

indicador que traduz a atividade operacional do Banco, e que mede a capacidade de geração de receitas face aos custos operativos incorridos;

Resultado Líquido do Exercício, indicador que traduz o contributo para os acionistas, já

deduzido de dimensões não capturadas no Cost-to-Income, em particular o custo do risco,

os impostos e os interesses minoritários;

“Return-on-Equity” (rácio entre o resultado líquido e os capitais próprios), indicador que

mede a rentabilidade proporcionada em face do volume investido pelos acionistas;

Desempenho individual de cada membro da Comissão Executiva, por forma a identificar

o contributo relativo de cada administrador executivo para o resultado global do NBA, o que está refletido, de forma objetiva, na análise do desempenho das funções e

departamentos que estejam sob a sua responsabilidade, para além do contributo individual às decisões tomadas a nível colegial;

Rácio de crédito / depósitos, que qualifica o grau de equilíbrio da trajetória de

crescimento do NBA, e permite aferir se esse crescimento assegura o cumprimento dos

requisitos regulamentares de desalavancagem estabelecidos para o setor financeiro em Portugal;

Rácio de Core Tier 1, principal indicador para aferir a solvabilidade do ponto de vista

prudencial (com referências estipuladas tanto pelo Banco de Portugal como pela Autoridade Bancária Europeia);

Indicadores de Qualidade de Serviço, por forma a incorporar a opinião de base de

clientes do NBA sobre o grau de proteção dos seus interesses;

Cumprimento das principais regras associadas à atividade da instituição, avaliação a efetuar pelas funções de controlo interno que evidenciam eventuais

desconformidades nas áreas de risco, auditoria interna e de compliance e as medidas

implementadas/concretizadas para sanar tais insuficiências, as quais são reportadas ao Banco de Portugal.

g) Critérios em que se baseia a manutenção pelos administradores executivos das

ações que lhes tenham sido atribuídas

Não são atribuídas quaisquer ações ou opções sobre ações aos administradores executivos do NBA.

h) Critérios em que se baseia a eventual celebração de contratos relativos às ações atribuídas

Não são atribuídas quaisquer ações ou opções sobre ações aos administradores executivos do NBA.

Relatório e Contas de 2014 164

i) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários

Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável descritas na

presente política de remuneração.

j) Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram

concedidos

Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração.

k) Indemnizações pagas ou devidas a ex-membros executivos do órgão de

administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercício

Não foram pagas nem são devidas quaisquer indemnizações a antigos membros da Comissão Executiva relativamente à cessação das suas funções.

l) Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem

justa causa do administrador e sua relação com a componente variável da remuneração

Não existem quaisquer acordos que fixem montantes a pagar a membros da Comissão Executiva

em caso de destituição sem justa causa.

m) Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação se foram sujeitas a apreciação pela Assembleia Geral

O NBA não tem acordos que prevejam regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada.

n) Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores

Não são atribuídos aos administradores do NBA quaisquer benefícios não pecuniários de relevo.

6. Regras aplicáveis a todos os membros do órgão de administração

a) Pagamentos relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores

Não existem quaisquer pagamentos previstos em caso de destituição de administradores e qualquer cessação por acordo carece, no que respeita aos montantes envolvidos, de ser

previamente aprovada pela Comissão de Vencimentos.

b) Montantes pagos em 2014 aos membros dos órgãos sociais, incluindo os montantes

pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo

Relatório e Contas de 2014 165

i. Membros dos órgãos sociais (com exceção da Comissão Executiva)

ii. Membros da Comissão Executiva

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios

e Outros

Conselho Fiscal 2.900 0 0 2.900

José Maria Ribeiro da Cunha (a) 0 0 0 0

António Maurício do Couto Tavares Sousa (c) 0 0 0 0

José Manuel dos Santos Gaudêncio (c) 0 0 0 0

Rui Pedro Maco Ferreira Bento (b) 1.500 0 0 1.500

Octaviano Geraldo Cabral Mota (b) 600 0 0 600

Carlos Jorge Leitão Santos (e) 0 0 0 0

Luís Paulo Elias Pereira (a) (e) 800 0 0 800

Administradores não Executivos 0 84.477 0 84.477

Jaime José Matos da Gama (a) 0 75.000 0 75.000

José João Guilherme (c) 0 0 0 0

José Eduardo de Bettencourt (c) 0 0 0 0

Luis Miguel Cordeiro Guimarães de Carvalho 0 2.245 0 2.245

José Francisco Gonçalves Silva 0 1.995 0 1.995

Zita Maria Medeiros Correia Magalhães Sousa (d) 0 0 0 0

Augusto de Athayde Soares d'Albergaria (f) 0 0 0 0

João Eduardo Moura da Silva Freixa (e) 0 1.995 0 1.995

João Maria de Magalhães Barros de Melo Franco (e) 0 1.995 0 1.995

Luis Filipe Pinto Basto Bensaúde (b) 0 0 0 0

Luís Manuel do Couto Pacheco (a) (e) 0 1.247 0 1.247

Mesa Assembleia Geral 0 0 0 0

Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz (c) 0 0 0 0

Octaviano Geraldo Cabral Mota (a) 0 0 0 0

João Afonso Pereira Gomes da Silva (c) 0 0 0 0

Rui Manuel Duarte Sousa da Silveira (e) 0 0 0 0

Luis Paulo Elias Pereira (b) 0 0 0 0

Maria Madalena França Silva Quintanilha Mantas Moura (e) 0 0 0 0

Comissão de Vencimentos 0 0 0 0

António José Batista do Souto 0 0 0 0

Rui Manuel Duarte Sousa da Silveira 0 0 0 0

Total Órgãos Sociais s/ Comissão Executiva 2.900 84.477 0 87.377

(a) Eleitos em Assembleia Geral de 27/03/2014

(b) Não reconduzidos nos cargos

(c) Eleitos em Assembleia Geral de 7 de outubro de 2014

(d) Designada, por cooptação, em 28 de outubro de 2014

(e) Apresentaram o pedido de renuncia aos cargos

(f) Falecido em fevereiro de 2014

Novo Banco dos Açores

Fixa

Variável Total

Valores em unidades de euro

VencimentosSubsidios

e Outros

Gualter José Andrade Furtado 159.281 2.050 0 161.330

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues (a) 79.727 2.071 0 81.798

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros 92.578 2.041 0 94.619

Manuel Henrique Carvalho Rodrigues (b) 26.767 316 0 27.083

Total Comissão Executiva 358.353 6.478 0 364.831

(a) Eleito em Assembleia Geral de 27/03/2014

(b) Não reconduzido no cargo

Novo Banco dos Açores

Fixa

Variável Total

Relatório e Contas de 2014 166

Anexo 2 – Extrato da Ata da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores Extrato da Ata nº 19, da Assembleia Geral Anual do Novo Banco dos Açores realizada em 25 de março de 2015

No dia vinte e cinco de Março de dois mil e quinze, reuniu às dezasseis horas, nos termos do número 7

do artigo 12º dos Estatutos, com utilização de meios telemáticos (videoconferência) a Assembleia Geral

Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.", tendo a sociedade assegurado a segurança das

comunicações, procedendo-se através da presente ata ao registo do respetivo conteúdo e à

identificação dos intervenientes.

A Presidência da Assembleia Geral foi assumida pelo Sr. Dr. Francisco Marques da Cruz Vieira da Cruz

na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, presente na sede do “NOVO BANCO, S.A.” e

na ausência do Secretário da Mesa da Assembleia Geral, foi designada pelo Presidente da Mesa, com a

concordância de todos os acionistas, para secretariar a reunião a Sra. Dra. Maria Carolina Soares

Carreiro, presente na sede do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A."

Na sede social sita na Rua Hintze Ribeiro, números dois a oito, em Ponta Delgada, estiveram presentes,

o Sr. Octaviano Geraldo Cabral Mota, na qualidade de Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, o

Sr. Dr. José João Guilherme em representação do NOVO BANCO, S.A., o Sr. Dr. José Francisco

Gonçalves Silva em representação da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, o Sr. Dr. António

Bensaúde de Castro Freire em representação da “Bensaúde Participações, SGPS, S.A.”, o Sr. Nélson de

Jesus Tavares Correia em representação da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o Sr. Dr.

Gustavo Manuel Frazão de Medeiros em representação da Santa Casa da Misericórdia de Nordeste, o

Sr. Dr. Gualter José Andrade Furtado, em representação e do Banco Espírito Santo de Investimento,

S.A. e ainda na qualidade de Presidente da Comissão Executiva do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A., o

Sr. Dr. Jaime José Matos da Gama, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Dr.

António Manuel da Silva Nogueira Rodrigues, na qualidade de Vice-Presidente da Comissão Executiva, o

Sr. Dr. Dr. José Maria Rego Ribeiro da Cunha, na qualidade de Presidente do Conselho Fiscal, os Sr.s

Relatório e Contas de 2014 167

Dr.s António Maurício Couto Tavares Sousa e José Manuel dos Santos Gaudêncio na qualidade de

Vogais do Conselho Fiscal e ainda o Revisor Oficial de Contas, PricewaterhouseCoopers & Associados,

SROC – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., representada por José Manuel Henriques

Bernardo e Carlos José Rodrigues.

A Assembleia Geral Anual do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." reuniu a fim de deliberarem sobre a

seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Relatório de Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas, relativos ao

exercício de 2014.

2. Proposta de aplicação de resultados.

3. Apreciação geral da administração e fiscalização.

4. Apreciação das declarações da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração sobre,

respetivamente, a política de remunerações do órgão de administração e fiscalização e dos

demais dirigentes.

5. Designação de novos membros do Conselho Consultivo para o mandato em curso (2014/2016).

O Presidente da Mesa começou por cumprimentar os representantes das acionistas e também os

membros dos órgãos sociais presentes. De seguida verificou a conformidade dos mandatos de

representação e referiu que se encontravam presentes e devidamente representados acionistas

titulares de 3.712.689 ações, correspondentes a 99,6027% do capital social e que a presente

Assembleia havia sido regularmente convocada, mediante convocatória publicada no dia vinte e quatro

de Fevereiro no sítio das publicações On-Line da Direcção Geral dos Registos e do Notariado.

O Presidente da Mesa referiu, ainda, também ter sido publicada no dia treze de Março, respetivamente,

nos jornais “Açoriano Oriental” e “Correio dos Açores” a relação dos acionistas cujas participações

excedem 2% do capital social.

Disse, ainda, estarem reunidas as condições legais e estatutárias para que a presente Assembleia Geral

reúna e validamente delibere sobre todas as propostas constantes da sua Ordem de Trabalhos, tendo a

documentação à mesma inerente estado depositada, na sede da sociedade, e compilada em dossier

próprio, para consulta dos acionistas, nos quinze dias que antecederam a sua realização.

De seguida, declarou iniciados os trabalhos perguntando, se alguém entre os presentes pretendia usar

da palavra.

Como ninguém quis tomar a palavra, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta,

apresentada pelo Conselho de Administração, de aprovação do Relatório de Gestão e das Contas do

“NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” relativas ao exercício de 2014 (…)

O Presidente da Mesa pôs então à votação a proposta de aprovação do Relatório de Gestão e das

Contas do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” relativo ao exercício de 2014, tendo a mesma sido

aprovado por unanimidade de votos dos acionistas da sociedade, presentes e representados nesta

Assembleia Geral, e em consequência aprovados, tanto na generalidade como na especialidade, os

documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2014.

Relatório e Contas de 2014 168

Passando-se ao ponto número dois da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da

proposta de aplicação de resultados constante do Relatório do Conselho de Administração do “NOVO

BANCO DOS AÇORES, S.A.” que se transcreve:

“PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos da alínea f) do nº 5 do Art.º 66º e para efeitos da alínea b) do nº 1 do Artº. 376º do

Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com o Artº. 28º dos Estatutos, o Conselho de

Administração do “ NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A." propõe para aprovação na Assembleia Geral, que

o prejuízo apurado no exercício de 2014, no montante de 2.120.768,18 euros, seja integrado na rubrica

de “outras reservas e resultados transitados” do balanço.

O Presidente da Mesa pôs à votação a proposta de aplicação de resultados relativa ao exercício de dois

mil e catorze, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e

representados, nesta Assembleia Geral.

Entrando-se na apreciação do assunto constante do ponto número três da Ordem de Trabalhos que

decorre de uma obrigação de natureza legal, o Presidente da Mesa procedeu à leitura da proposta que

se encontra na mesa subscrita pelo acionista “NOVO BANCO, S.A.” (…)

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Passando-se à apreciação do assunto constante do ponto quatro da ordem de trabalhos, o Presidente

da Mesa perguntou aos presentes se tinham conhecimento do conteúdo do documento elaborado pela

Comissão de Vencimentos relativo à política de remunerações do órgão da administração e fiscalização

e dos demais dirigentes do NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A., que se encontra junto à documentação

relativa a esta Assembleia Geral. A esse propósito, o Presidente da Mesa referiu que em relação aos

“demais dirigentes” a politica não se aplica no caso do NOVO BANCO DOS AÇORES, por não existirem

cargos dirigentes relevantes. Como todos os presentes confirmaram ter conhecimento do conteúdo do

referido documento, foi dispensada a sua leitura, sendo o mesmo transcrito no texto desta ata:

(…)

A Declaração da Comissão de Vencimentos sobre a Política de Remunerações dos Órgãos Sociais do

Banco foi posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos acionistas, presentes e

representados, nesta Assembleia Geral.

Finalmente entrou-se na apreciação do último ponto da Ordem de Trabalhos. O Presidente da Mesa

referiu que o Conselho Consultivo é um órgão não estatutário instituído pelos acionistas, que tem por

atribuição acompanhar e pronunciar-se sobre aspetos da atividade do Banco relativamente aos quais o

seu Conselho de Administração entenda ouvir a sua opinião, é um órgão próprio do NOVO BANCO DOS

AÇORES, S.A. e as suas atribuições encontram-se consagradas em Regulamento próprio. De seguida,

procedeu à leitura da proposta, relacionada com este Órgão, que se encontra na mesa subscrita pelo

Presidente do Conselho de Administração do “NOVO BANCO DOS AÇORES, S.A.” (…)

(…) foi a referida proposta posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade de votos dos

acionistas, presentes e representados, nesta Assembleia Geral.

Relatório e Contas de 2014 169

Nada mais havendo a deliberar o Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão tendo da mesma sido

lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente da Mesa e por mim que na qualidade de

Secretária a elaborei.