NORMAS PARA A TRANSFORMAÇÃO e TRATAMENTO · PDF fileNORMAS PARA A...
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NORMAS PARA A TRANSFORMAÇÃO e TRATAMENTO DE
PLANTAS AROMÁTICAS e ESPECIARIAS
ÍNDICE
1. Colheita
2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares de transformação
3. Secagem e outros Métodos de Transformação
3.1 Secagem
3.2 Outros Métodos
4. Transformação Posterior
4.1 Seccionamento e Corte
4.2 Limpeza
4.3 Mistura
5. Desinfecção e Esterilização
1. Colheita
Na colheita é imperativo uma limpeza impecável. Isto significa que os produtos colhidos
devem estar totalmente limpos de doenças, tecidos mortos, manchas ou marcas de terem
sofrido pancadas, material em decomposição, etc. De modo a prevenir contaminação
microbiana, é importante garantir que as ervas não entrem em contacto com o solo durante a
colheita. Se for necessário lavagem, deve ser usada água potável, sem aditivos. Esta água de
limpeza deve ser totalmente removida das ervas antes de posterior transformação.
2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares de Transformação 2.1 Ingredientes e Aditivos – Em princípio, todas as matérias primas Demeter podem
ser usadas. Complementarmente, podem ser utilizados os seguintes:
Sal (ver Parte A – tabela 5.4)
Adoçantes (ver Parte A – tabela 5.4)
E 170 – Carbonato de Potássio
2.2 Auxiliares de Transformação
Dióxido de Carbono para esterilização e moagem a frio
Nitrogénio para esterilização e moagem a frio
3. Secagem e Outros Métodos de Transformação A secagem deve ser tão lenta e suave quanto possível, mantendo a máxima qualidade
e usando as condições óptimas para cada produto. As temperaturas de secagem serão
determinadas pelo produto. Todo o processo deve ser controlado de modo que seja
mantida uma higiene impecável.
3.1 Secagem
Secagem direta pelo Sol, como forma de encurtar o tempo de colheita, através de
morte natural das folhas, só é permitida para frutos e sementes de ervas
medicinais. (ex: funcho). A secagem em si não deve ser feita no campo por razões
de higiene.
É possível usar-se uma instalação de secagem por Sol indireto ou ar, num lugar à
sombra protegido de pestes e outros factores de contaminação (ex: tabuleiros de
secagem). Métodos artificiais de secagem em prateleiras ou correias de convecção,
usando vácuo, secagem por congelamento ou por condensação, são permitidos.
Em princípio, secagem direta usando combustíveis fósseis ou extração por água
química, é proibido (exceções estão listadas em 3.2 – outros métodos). O uso de
métodos de poupança de energia e energia solar são recomendados.
Os produtos secos não podem ser cobertos com extratos como aminoácidos,
ácidos gordos, açúcares ou emulsionantes. Materiais naturais (por exemplo: óleos)
de qualidade Demeter ou biológicos certificados pelos regulamentos CEE 834/2007
e 880/2008 ou por outros regulamentos biológicos válidos são autorizados como
agentes de tratamento de superfície.
Secagem por alta frequência é proibida.
3.2 Outros Métodos de Transformação
Conservação por mergulho em óleos vegetais ou vinagre (pickles) de qualidade
Demeter ou em produtos biológicos certificados pelos regulamentos 834/2007 e
889/2008 ou outro legalmente válido, é possível.
Secagem com electrólitos é permitido mas o único electrólito permitido é o sal (ver
2.1).
Congelamento profundo é permitido.
4. Transformação Posterior 4.1 Seccionamento e Corte
O seccionamento de ervas aromáticas e especiarias implica sempre perda de óleos
essenciais. Portanto, sempre que possível, as ervas e especiarias devem ser
vendidas inteiras ou grosseiramente cortadas. A maquinaria e métodos normais de
moagem e seccionamento podem se usados para redução do tamanho. Se, no
processo, houver produção de pó, este deve ser removido e o ar usado no efeito
deve ser filtrado antes de lançado na atmosfera.
Métodos de redução do tamanho que usem nitrogénio ou dióxido de carbono
como agentes de arrefecimento são permitidos. Métodos de moagem a frio por
Nitrogénio, ciclo fechado, são preferíveis por razões de conservação energética.
4.2 Limpeza
São permitidos todos os métodos de limpeza física (ex: peneiras, filtragem, escolha,
máquinas e magnetos de remoção por pedras, etc.)
4.3 Misturas
A produção de misturas de ervas e especiarias é permitida. O único agente
adicionável permitido é o Carbonato de Cálcio – E 170.
5. Desinfecção e Esterilização A carga bacteriológica é determinada pela colheita e transformação das ervas e
especiarias. Portanto, deve ser dada atenção aos métodos utilizados.
Empresas que trabalham com produtos sensíveis devem escolher particularmente ervas e
especiarias que foram colhidas, transformadas e armazenadas da melhor maneira possível. Em
muitos casos, isto já garante um baixo nível de contaminação microbiológica.
Desinfecção só deve ser usada quando absolutamente necessária. Métodos de desinfecção
permitidos são somente o uso de calor seco ou húmido. Desinfecção usando vapor
sobreaquecido, onde isto seja tecnicamente possível, é preferível a outros métodos de
desinfecção por calor. No geral, tratamentos usando fortes fontes de calor por um período de
tempo curto são os mais eficientes (por exemplo: 105 – 115ºC durante 2 a 5 minutos).
O uso de radiação ionizada assim como micro-ondas como desinfecção é proibido assim como
tratamentos químicos.
Para controlo de pestes, congelamento após secagem é permitido.