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NONA EDIÇÃO SEGUNDO SEMESTRE 2013

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NONA EDIÇÃO ­ SEGUNDO SEMESTRE 2013

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Revista Autômato 2013 Segundo Semestre 3

EDITORIALNa nona edição do autômato

apresentamos alguns dos eventos eprojetos realizados com sucesso pelo PETesse ano, VIII EAEM, Inclusão Digital, IVSemana de Iniciação Científicas. Todosdo PET agradecemos desde já o tempodedicado à leitura do nosso jornal.

Temos também uma matéria sobrea impressão 3D, apontada por muitoscomo o futuro da manufatura devido aseu baixo custo e facilidade. Você jáconhece o Laboratório de Mecânica dosSólidos e Impactos em estruturas? Aindanão? Então descubra mais informaçõessobre esse laboratório e seus projetos emnossa matéira. Há também umaentrevista com um aluno da mecatrônicaque está estagiando no setor, nela ele falade sua experiência e o quanto ela estáagregando valor para a sua formação.

Mas como ninguém é de ferro,estamos inaugurando nessa edição aseção PET Cultural. Essa sessão visa dasdicas em cada edição de livros, filmes,sites, blogs, eventos, músicas e jogosrelacionados de certa maneira àengenharia, visando uma maiordisseminação cultural na comunidadepoliténica que não seja relacionada atemáticas técnicas. Além dessa novidade,nossa edição também conta com umpassatempo para os leitores: oHashiwokakero, um desafiante quebracabeça de origem japonesa.

Convidamos todos os nossasleitores a enviarem artigos que queirampublicar, ou sugestões de matérias aserem realizadas. Os interessados devemenviar um email [email protected] com oassunto "AUTÔMATO".

A todos, uma ótima leitura!Gabriel Emídio dos Santos

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AUTÔMATO

Novembro de 2013

Editor:Gabriel Emídio dos Santos

Redatores:Amanda Victor VernabelGabriel Emídio dos SantosJorge Luiz Moreira SilvaMyrian Bronneberg VélezStephanie F. ScortecciRenan Ricardo Marchetto

Fotografia:PET­MecatrônicaROBTECROCCOOrionPenguinEdiouro ­ SinergiaArqueiro

Mandem seus textos para arevista:[email protected]

Impressão:Gráfica da Escola Politécnica da USP

Tiragem:400 exemplares

Os textos são de responsabilidadeexclusiva de seus autores.

SUMÁRIO

0 5 IIIEAEM

0 6

V

L

PET Divulga

AImpressão3D

0 7

0 8

0 Entrevistacom

Estagiário

Revista Autômato Segundo Semestre4

aboratório demecânica dos

sólidos eimpactos em

estrturas

1

6 H1 ashiwokakero

3 PET Cultural1

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VIII EAEM

Por Jorge Luiz Moreira Silva

A Escola Avançada de EngenhariaMecatrônica (EAEM) é um curso organizadopelo PET­Automação e Sistemas com oobjetivo de apresentar o curso deEngenharia Mecatrônica na EscolaPolitécnica da USP (EPUSP) aos alunos doensino médio. A EAEM tem duração de umasemana, ocorrendo de domingo a domingo,nas férias escolares de inverno. Durante oevento, 25 alunos, de todo o Brasil, ficamalojados no Centro de Práticas Esportivas daUSP, realizando todas as refeições nasdependências da USP. O curso consiste deuma sequência de aulas, palestras e visitas alaboratórios, possuindo duração integral, noperíodo de 8:00 até 22:00.

Todas as aulas têm como tema asdisciplinas básicas do curso de EngenhariaMecatrônica, como Sistemas Dinâmicos eEletrônica Digital, e são ministradas porprofessores docentes da USP, sendo amaioria da Escola Politécnica. Além disso,parte dessas aulas possui atividades práticascomo a construção de pontes­de­macarrão esua posterior avaliação com cargasaplicadas, ou no laboratório de Eletrônica naconstrução e simulação de circuitos lógicos.As palestras consistem na apresentação deequipes de extensão da EPUSP, ou naexposição de temas relevantes aos alunos nadefinição de sua escolha profissional, comomesas redondas com professores daMecânica, Elétrica e Mecatrônica.

Essas palestras têm o intuito de expor aspossibilidades de atividades dentro daEPUSP.

Ao fim da semana, os alunos acessamo Laboratório de Protótipos para vivenciarde perto as máquinas em funcionamento.Eles são desafiados a construir um protótipomecânico para uma competição entre eles. Omaterial que eles podem utilizar é fornecido

a eles no início do dia para que façam seuprojeto até o final do expediente. Asmedidas e geometria da usinagem dosmateriais são definidas pelos própriosalunos, mas todo o manuseio dosequipamentos é feito por técnicos da oficinaou estudantes da EPUSP.

Ao fim, no último dia, os pais sãoconvidados a assistir à competição dosprotótipos e à celebração final com entregade certificados.

Este ano, 2013, ocorreu a VIII ediçãoda EAEM com um número recorde de 181inscritos de 5 estados brasileiros. Alémdisso, pela primeira vez, com o apoio doGrêmio Politécnico e do Centro Acadêmicoda Mecânica, foi possível cortar grande partedo custo pessoal de cada participante,possibilitando uma maior acessibilidadepara alunos de escolas públicas. Essa ediçãocontou com 32 horas de aula, 12 horas depalestras, 7 horas na oficina, presença de 7equipes de extensão e de 16 professoresdoutores da USP.

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Palestra com professores das EngenhariasElétrica, Mecânica e Mecatrônica

Participantes e monitores da VIII EAEM

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LABORATÓRIO DE MECÂNICADOS SÓLIDOS E IMPACTO EM

ESTRUTURASPor Stephanie F. Scortecci e Renan Duarte

Esse laboratório é apenas um doslaboratórios do PMR (Departamento deMecatrônica da POLI). Você já imaginoucomo são analisados os testes de impactos?Ou o estudo de uma material sólido? Não ésurpresa para nenhum politécnico que ummaterial não é totalmente rígido (apesar demuitas vezes considerarmos esse caso).Definir um corpo como totalmente rígido éapenas mais uma aproximação feita parafacilitar a analise de um impacto, oumovimento de um corpo.

Mas e quando o que queremos éexatamente saber a deformação do corpodurante o movimento? Ou o comportamentodurante um impacto? Considerar um corpocompletamente rígido nem sempre é corretona análise de um problema. Imagine umcrash­test, não há sentido nesse caso nãolevar em consideração que o corpo sofreuma deformação, se o objetivo do teste é aanalise da deformação do corpo.

Mas será que apenas em impactos aaproximação de corpo rígido é errada?Imagine agora um corpo girando, umabarra, que por algum motivo não podevariar seu comprimento em 0,01mm. Se nãofor considerada a deformação do corpo nomovimento não teremos como saber qualmaterial usar e qual a velocidade limite queesse corpo pode ter sem atingir o limiteespecificado.

Agora que ficou clara a importânciadesse tipo de estudo, podemos esclarecercomo o estudo é realizado. Utilizando ateoria de elementos finitos podemos

discretizar o corpo em n partes, sendo que onumero n varia de acordo com a precisãoque se quer na analise. Elementosinfinitesimais, tem integral, e ainda é umcorpo com 3 dimensões, bateu aqueledesespero só por parecer com asintermináveis aulas de física do biênio ?Nãose preocupe! Nesse caso é apenas uma levesemelhança, pois na prática a modelagem den elementos são bem mais interessantes,úteis e por que não dizer ,em certo ponto,intuitivas. Fazemos a análise desejada dosobjetos através de modelos computacionais ede softwares específicos. Ou quandodesconhecido o material que estamostrabalhando podemos obter os dadosnecessários realizando ensaios práticos.

O maior projeto do grupo: AUS(automóvel urbano seguro)

Você já reparou na quantidade decarros no transito que tem apenas uma (commenor frequência 2) pessoa(s) no interior doveiculo? Se não, repare enquanto estiverindo para casa . Nossa ideia, fazer um carroseguro para 2 pessoas. Sim sabemos que issojá existe, mas existe um modelo brasileiro?Adaptado para a nossa realidade?

O projeto AUS tem como objetivotrazer para a nossa Escola o conhecimentode como fazer um automóvel, partindo deuma folha em branco e uma ideia.

Se interessou pela idéia dolaboratório? Procure um dos professores quetrabalham no local: Marcilio Alves, LarissaDriemeier e Tarcisio A. Coelho.

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Por Amanda Victor Vernabel e MyrianBronneberg Vélez

IV SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICAProjeto voltado para alunos da Escola

Politécnica, a IV edição da Semana de IC foium sucesso! O evento consistiu em umasemana de 4 a 8 de novembro em que osalunos da Escola Politécnica quedesconhecem a possibilidade da execução deuma Iniciação Científica tiveram aoportunidade de entrar em contato comdiversos professores do Departamento deMecatrônica, que apresentaram labaratóriose se colocaram a disposição dos alunos parase unirem às suas pesquisas, auxiliá­los comtrabalhos e ter artigos publicados para acomunidade científica, aproveitando osbenefícios que uma universidade oferece.

O PET ­ Automação e Sistemas estána quarta edição do evento, que ocorrerá emNovembro de 2013, e vê neste projeto aoportunidade de expandir o conceito dapesquisa na universidade, de modo que aprática seja cada vez mais presente no meiodos alunos de graduação.

Se você se interessou por algum dostemas e projetos apresentados pelosprofessores, ou se não pode comparecer masestá interessado em ingressar numa iniciaçãocientífica, entre em contato com umprofessor. Aqui seguem os emails:Prof. Dr. Newton ­ [email protected]. Dr. Gilbeto ­ [email protected]. Dr. Rafael ­ [email protected]. Dr. Batalha ­ [email protected]. Dr. Tarcísio ­ [email protected]. Dr. Rodrigo ­ [email protected]. Dr. Furukawa ­ [email protected]. Dr. Emilio ­ [email protected]. Dr. Myiagi ­ [email protected]. Dr. Buiochi ­ [email protected]

ID ­ INCLUSÃO DIGITALFoi concluída mais uma edição do

projeto de Inclusão Digital, parceria entre oPET ­ Automação e Sistemas, o Poli Cidadã eo CCE. Ele visa a inclusão de pessoas quepossuem pouca experiência comcomputadores no mundo digital. Paramuitos alunos, esta é uma oportunidadeúnica de aprender, aos poucos, a utilizar atecnologia tão solicitada no mundo de hoje.

Conhecimentos de hardware,Windows, Microsoft Word, Internet esegurança na web foram contemplados nocurso. As aulas foram ministradas pelosmonitores voluntários, e contaram com oauxílio de uma apostila (elaborada pelogrupo) para cada assunto.

Para os monitores, esta é umaexperiência única de ensinar conceitos tãointrínsecos ao nosso cotidiano àqueles quenão o conhecem.

Este ano o projeto pode contar com 22monitores, permitindo que fossemdisponibilizadas 4 Turmas que atenderam a46 alunos, todos funcionários daUniversidade de São Paulo.

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PET DIVULGA

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Por Jorge Luiz Moreira Silva

Impressão 3D, conhecida tambémcomo manufatura aditiva, é um método quevem ganhando destaque devido à sua altaflexibilidade e baixo custo. Com umaimpressora 3D é possível “imprimir” desdepeças simples, como peças de xadrez, atépróteses e mecanismos, como a redução deum motor. Para isso, é necessário ter apenaso equipamento de impressão, sua matériaprima e o desenho em CAD.

Este inovador método de manufaturafunciona através da deposição de materialem camada ultrafinas, da ordem de dezenasde micrômetros, uma acima da outra. Asoma de milhares destas resultará noproduto final. Dessa forma, quanto maisfinas e precisas maior será a precisão demanufatura do produto final. Os métodostradicionais utilizam como matéria­primatermoplásticos de alta resistência. Nestecaso, um tubo de plástico de diâmetro pré­definido é passado por um extrusor a altatemperatura e, então, é depositado numambiente de menor temperatura,possibilitando seu posterior aumento deresistência mecânica.

O uso de termoplásticos confere aoproduto final algumas limitações mecânicas,

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como baixa resistência à esforços e a altastemperaturas. Isso, porém, não impede queseja utilizada na indústria de prototipagemrápida. Até alguns anos atrás, a produção deum protótipo possuía alto custo financeiro ede tempo pelo fato de ser produzido apenasum com características bem específicas.Hoje, em algumas horas e com um customínimo é possível materializar um desenhoem CAD.

A fim de eliminar as limitaçõesmecânicas, foram desenvolvidas formas dese realizar a impressão 3D com outrasmatérias primas, como ligas metálicas. Paraisso, a matéria­prima é, primeiramente,reduzida a partículas de pequeno diâmetro.Elas são, então, depositadas em um tanque eaplainadas. Um feixe de laser é aplicadorapidamente de forma que apenas aprimeira camada de partículas se liquefaça ese solidifique rapidamente, formando aprimeira camada. Em seguida, mais pó écolocado sobre essa camada e o laser éjogado novamente, criando­se a próximacamada. Realizando­se isso várias vezes asdiversas camadas são produzidas, umasobre a outra, formando o produto final.

O produto final criado pelo métododa impressão 3D possui algumas vantagensem relação ao método tradicional comoausência de pontos de concentração de stresse maior possibilidade de otimização devidoà ausência de limites geométricos, tornando­se mais leve. A General Electric Aviation,por exemplo, pretende até o início de 2016iniciar a produção de algumas peças críticasutilizadas em aviões em impressoras 3D.

Especialistas especulam qual seria ofuturo dessa nova tecnologia. Aplicaçõespodem existir na indústria alimentícia,

A IMPRESSÃO 3D

Impressora 3D ­ ProJet 1500

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na indústria civil, na indústria mecânica eem muitas outras. No primeiro caso, umapizza baixada na Internet poderia ser“impressa” na casa da própria pessoa.

No segundo, uma casa com um baixonúmero de operários poderia ser construídaem menos de uma semana, dependendoapenas do tempo de cura do concreto. Porfim, o controle de composição de cada parteda impressão pode levar a uma otimizaçãode peças mecânicas, fazendo com quefiquem mais leves, mais precisas, com maiorvida útil e que tenham maior confiabilidade.

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Exemplo de produtos fabricados em umaimpressora 3D

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Por Gabriel Emídio dos Santos

O estágio é essencial para a formação de umprofissional completo, além de serobrigatório para que o politécnico se forme.Contudo percebe­se uma grandedesinformação destes em relação ao estágio.Pensando nisso o Autômato realizou umaentrevista sobre o tema com o ex­PetianoIgor Luiz Bastos, que está no 5º Ano daEngenharia Mecatrônica. Confira abaixo:

1) Autômato: Onde você está estagiando, ehá quanto tempo?Igor Luiz Bastos: Sou estagiário na Philips,mais especificamente em uma empresabrasileira que a Philips adiquiriu a algunsanos chamada Dixtal, é uma empresa deprodutos médicos, desenvolve monitoresmultiparâmetros, leitores ECG, módulosdiversos e máquinas de Anestesia também.Eu estou lá desde janeiro desse ano (2013).

2) Autô: Foi difícil encontrar uma vaga deestágio na área de mecatrônica?Igor: Não acho que seja difícil, pois no cursotemos uma interdicisplinariedade quepermite atuarmos em diversas áreas, e essefato tenho percebido conversando comoutros alunos que estão estagiando ouatuando no mercado já. O interessante paraos alunos da mecatrônica é que eles podembuscar vagas em áreas que mais seidentifiquem, no entanto, se você gosta defazer de tudo um pouco (do queaprendemos no curso) o desafio é encontraruma vaga estágio que exiga toda essainterdisciplinariedade, e isso é mais raro.Hoje, a maioria das oportunidadesconcentram­se na indústria de Software, masno ”segmento” de vagas interdisciplinares

ENTREVISTA COM ESTAGIÁRIO

existem algumas vagas em Pesquisa eDesenvolvimento (a que eu estou hoje é emP&D) e outras em interfaces, que étipicamente um atividade do engenheiromecatrônico integrando de sistemas.Resumindo, a maior dificuldade é o alunoidentificar sua aptidões e escolher as áreasnas quais gostaria de atuar, após isso équestão de localizar as vagas e correr atrásda aprovação nos processos seletivos.

3) Autô: Como foi o processo seletivo desseprograma de estágio?Igor: O processo seletivo para ingressarnesse estágio foi igual a maioria dosprocessos seletivos de grandes empresas,com o diferencial de exigir uma provatécnica cobrando conhecimentos específicosde engenharia para canditatos as vagas deP&D(semelhante uma prova com diversasdisciplinas). No geral, esses processosseletivos consistem em (i) inscrição online epreenchimento de curriculum, (ii) prova delógica online e teste de inglês, (iii) dinâmicade grupo, (iv) entrevista em grupo (algunsprocessos), (v) painel com gestores (algunsprocessos), (vi) prova técnica (algunsprocessos) e (vii) entrevista com gestor(Ufa!). Alguns processos acabam tendo todasessas fases, são processos seletivos bemgrandes (parecidos com processos seletivosde trainee).

4) Autô: Quais tarefas você realiza comoestagiário?Igor: Eu realizo tarefas diversas, porexemplo, elaboração e execução de testes,estudos de viabilidade, análises técnicas edesenvolvimento de subconjuntos paraalgumas máquinas. Hoje tenho trabalhadotambém no desenvolvimento de algunssoftwares para auxiliar o processamentodedados que obtemos dos registros dosequipamento que estão em campo e etc.

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5) Autô: Qual a carga horária média detrabalho?Igor: A minha jornada é de 24 horas porsemana, ou seja, fico cerca de 7 horasdurante 4 dias por semana no estágio (1 horade almoço). A carga horária varia muito deempresa, assim como a flexibilidade nocumprimento dessas horas, é importanteficar atento sempre se a empresa que vocêfaz estágio vem cumprindo a lei de estágio(lei numero 11.788 de 25 de Setembro de2008). No mercado a carga horária variaentre 20 e 30 horas.

6) Autô: Como funciona a dinâmica detrabalho?Igor: No meu caso trabalho no setor de P&Dalocado na equipe de equipamentos deAnestesia, ou seja, estou em uma equipe deengenheiros. No entanto, esse é um dossetores mais interdisciplinares, poisengenheiros das diversas equipes(Hardware, Software e etc) são alocadospara trabalhar exclusivamente no setor, comisso existem muitas possibilidades deinteração com engenheiros de outras áreastambém, principalmente por se tratarem deproblemas que necessitam de interface entreas diversas áreas da empresa. Além disso, oestágio é regido por projetos, que podem serpequenos ou grandes, além das tarefasdiárias. Para conseguir conciliar tudo énecessário planejamento, organizaçãopessoal, e habilidade em trabalhar emequipe e lidar com pessoas. É um grandeaprendizado para um futuro engenheiro,que não só projetará equipamentos, mas simequipamentos que serão projetados,fabricados e usados por pessoas.

7) Autô: Quais os principais assuntos quevocê pode aprender com o estágio?Igor: Acho que a maior parte dos assuntosque podemos aprender está relacionado arelacionamento interpessoal, e acredite issonão é tão simples, principalmente para

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estudantes de engenharia que tiveram poucaexperiência em trabalhar em grupos,participar de equipes e etc. Além disso, comos projetos que são desenvolvidos ao longodo estágio, a parte técnica da formaçãotambém é desenvolvida. Os assuntostécnicos variam muito da atribuição doestagiário, mas acredite, não faltarãodesafios e coisas nas quais você terá totaldesconhecimento de como realizar!

8) Autô: O estágio influenciou na hora deescolher o tema de seu trabalho deformatura (TF)?Igor: Não influenciou, nem acho que devainfluenciar, mas é uma opinião pessoal.Acredito que vincular o TF ao estágio sejaarriscado, pois você pode sair do estágio nomeio do ano, depender de prazos daempresa e etc, ou seja, mais riscos. Noentanto, talvez o importante nem seja isso,mas sim combater a especialização precoce.Acredito que o TF deva ser desenvolvidosobre um tema que o aluno tem vontade deestudar, criar algo e etc. O TF é uma dasraras oportunidades em que temos liberdadede escolher exatamente o que queremosfazer. No começo do quinto ano osprofessores passam uma lista com diversostemas sugeridos (pelos professores), mas éimportante lembrar ao aluno que ele podepropor um tema ao orientador, buscandoassim desenvolver o que lhe interessarealmente. Aproveitem essa oportunidade!

9) Autô: Qual é a importância decomplementar a graduação através doestágio?Igor: O estágio aproxima principalmente oaluno do mercado, e de como o jogofunciona. Ao sairmos dos muros da USPvemos os problemas reais queenfrentaremos, o dia­a­dia de engenheiro, epodemos tentar nos imaginar daqui a algunsanos e traçar estratégias. Além de tudo isso oestágio também serve para conhecermos do

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que gostamos e em que gostamos detrabalhar, que tipo de dinâmica de trabalhofuncionamos melhor, e podemos aprendermuito sobre o nosso perfil como profissional.Tudo isso auxilia no direcionamento decarreira, desenvolvimento pessoal eprofissional. Do ponto de vista técnico, oestágio possibilita compreendermos o papeldo engenheiro nas empresas e fortalecer ovínculo entre o que aprendemos e a práticada engenharia.

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Revista Autômato Segundo Semestre

Por Gabriel Emídio dos Santos

1º ­ Eu, RobôEste clássico da ficção científica reúne

nove histórias que, de forma sucessiva,discorrem sobre a evolução dos robôsatravés do tempo. A obra se inicia com oconto intitulado "Robbie", um robô­babáincapaz de falar que é discriminado erepudiado pelas pessoas da Terra,culminando com a proibição do uso de robôsno planeta. "Eu, robô" culmina no últimoconto, no qual a Terra é governada pelo"Coordenador Mundial" Stephen Byerley(sob o qual pairam suspeitas de ser um robô)que administra a Terra através do uso de 4"máquinas" que ditam o funcionamento daprodução, consumo e emprego da mão­de­obra. Apresenta ainda as três leis da robótica­ autopreservação dos robôs, obediênciadeles e superioridade dos humanos. Estãopresentes os contos:"Robbie""Brincando de Pique""Razão""Pegue aquele coelho!""Mentiroso!""Pequeno Robô perdido""Fuga!""Prova""O Conflito Evitável"

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2º ­ O Caçador de Andróides

Este romance de ficção científica éencenado em um futuro não tão distante, noano 2021, uma sombria, mortífera epermanente poeira radioativa cobre o céu,em conseqüência de uma terrível guerramundial que quase destruiu a Terra. Paraescapar da morte, a raça humana parte paraa colonização de outros planetas, ondedivide a existência com robôs humanóidescada vez mais sofisticados, os andróides.Alguns replicantes, porém, se rebelamcontra seus criadores e escapam de seudomínio. Eles estariam incógnitos se nãofosse a obstinação de um grupo muitoespecial de justiceiros a serviço da polícia ­os caçadores de andróides, dentre eles RickDeckard. Rick nesta empreitada arriscadacolocará em risco não só a sua vida, comotambém as suas crenças mais sólidas.

A obra foi adaptada, com assinalávelsucesso, ao cinema pelo diretor Ridley Scott,em 1982, com o título Blade Runner,apresentando Harrison Ford comoprotagonista.

PET CULTURALTOP 5 LIVROS SOBRE ROBÔS

Autor: Isaac Asimov

Editora: EDIOURO ­SINERGIA

Ano: 1950

Autor: Philip K. Dick

Editora: ROCCO

Ano: 1968

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3º ­ R.U.R. (Rossum's Universal RobotsEste livro, que originalmente é uma

peça, é responsável por introduzir a palavrarobô, substituindo as denominações antigascomo autômato. No livro os robôs sãoretratados como seres produzidos em massapara servir ao homem. Eles conseguem selembrar de tudo, mas não conseguem pensarem algo novo. Eventualmente a vida utópicaque eles proporcionam deixa de tersigificado, pois os humanos deixam de sereproduzir. Os Robôs então se revoltam,matando todos, menos um, de seus mestres.Eles devem agora aprender a se duplicaremse quiserem escapar da extinção. É então quedois robôs se apaixonam, sendo elesdenominados "Adão" e "Eva" pelo últimohumano que restou.

RUR exprime um profundodesencanto pela evolução da sociedadehumana marcada pela I Guerra Mundial e aascensão do totalitarismo. RUR é por issoantes de tudo um alerta dirigido àhumanidade, em que os robôs servem ademonstração de que a evolução científica etecnológica, em si mesma, não basta parafazer uma sociedade mais justa e feliz e pelocontrário pode servir de motor às maioresbarbaridades

Infelizmente o livro não chegou a sertraduzido para o português, sendo possívelachar versões em inglês.

Autor: Karel Capek

Editora: PENGUIN(EUA)

Ano: 1920

4º ­ Kill DecisionEste chocante suspense consilidou o

autor como um dos maiores escritores deficção científica da atualidade.

Linda McKinney é umamirmecologista, uma cientista que estuda aestrutura social das formigas. Sua carreiraacadêmica a deixou totalmentedespreparada para o dia em que suapesquisa é recrutada para ajudar a executarum exército de drones. Odin é um soldadodas Forças Especiais com uma perspectivaúnica sobre o inimigo que começou a atacaro território americano com dronesprogramados para buscar , identificar eexecutar as metas sem intervenção humana.

Juntos, McKinney e Odin devemretardar esse avanço tempo suficiente paraque o mundo reconheça o seu poderdestrutivo, porque há milhares de anos a"decisão de matar " durante a batalhamanteve­se nas mãos de seres humanos edesignando essa responsabilidade paramáquinas trarão não intencionais ,possivelmente irreversíveis , conseqüências .Mas à medida que forças, que nemMcKinney e Odin entendem, começam a sereunir , pode ser tarde demais para salvar ahumanidade da destruição pelas mãos denossa própria tecnologia .

Infelizmente o livro não chegou a sertraduzido ainda para o português, sendopossível achar versões em inglês.

Autor: Daniel Suarez

Editora: PENGUIN(EUA)

Ano: 2012

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Menção Honrosa ­ Guia do Mochileiro dasGaláxias

Apesar de não ser um livro sobrerôbos, é um livro com robôs e por isso leva amenção honrosa. Considerado um dosmaiores clássicos da literatura de ficçãocientífica, O guia do mochileiro das galáxiasvem encantando gerações de leitores aoredor do mundo com seu humor afiado. Estasérie tem como protagonista um inglêstípico, Arthur Dent, cercado por poucos eseletos amigos, entre os quais está FordPrefect. Em um dia de total ausência de sortepara Artur, Perfect revela ser habitante deoutro Planeta, que fazia pesquisa de campopara a nova edição do Guia dos Mochileirosdas Galáxias.

Artur nem mesmo tem muito tempopara absorver as novas informações, poisFord também compartilha com ele ainformação de que a Terra está em via decolisão com os interesses dos Vogons, umacivilização extraterrena que pretendeconstruir, no lugar do Planeta, uma viainterligando as galáxias que povoam oUniverso.

Ford toma a iniciativa da elaboraçãode um plano maluco, viajar comoclandestino na própria nave dos Vogon, econvida Artur para seguir ao seu lado. Nãodemora muito, porém, para que sejamdescobertos pelo líder da Frota deDemolição que os expulsa e os deixa à mercêda sorte no Cosmos.

Autor: Douglas Adams

Editora: Arqueiro

Ano: 1979

5º ­ The Humanoids

Este livro conta a história de quandoem um planeta distante: Asa IV, umbrilhante cientista cria os humanóides ­andróides pretos lustrosos programadospara servir a humanidade. Mas eles sãoservos perfeitos ­ ou mestres perfeitos?Lentamente, os humanóides se espalhampor toda a galáxia, ameaçando sufocar todoesforço humano. Um homem, um membroda classe dominante do planeta, vem atravésde uma força secreta que poderia ser a únicaesperança de derrotar as máquinas. Essegrupo oculto de rebeldes se junta para detera maré humanóide ... se não é já demasiadotarde.

Infelizmente o livro não chegou a sertraduzido para o português, sendo possívelachar versões em inglês.

Autor: Jack Williamson

Editora: Orion

Ano: 1949

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Por Myrian bronneberg Vélez (Sugestão do aluno Ivan Yukio Honda Tokutake – 3°ano Mecatrônica)

Pontes é um tipo de “quebra­cabeça” lógico, aonde temos círculos (ilhas) que deverãoser ligadas através de linhas (pontes). O objetivo é ligar todas as ilhas formando um grupoúnico respeitando as seguintes regras:

­ Só podemos utilizar retas que deverão começar e terminar em ilhas distintas;(Atenção não vale linhas inclinadas, somente perpendiculares!)

­ Não poderá ter cruzamentos entre as pontes ou passar “por cima” de uma ilha;­ No máximo 2 pontes poderão conectar um par de ilhas;­ O número da ilha deverá equivaler ao número de pontes;

Para você entender um pouco mais um exemplo será dado abaixo( Mas atenção ele não estácompleto, você deverá termina­lo!

16 Revista Autômato Segundo Semestre

HASHIWOKAKERO

OK! Agora é pra valer! Boa Sorte!

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Soluções

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