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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA CENTRO DE CINCIAS AGRRIAS CURSO DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA TESE DE DOUTORADO

Alternativas de controle da queima das folhas do inhame (Dioscorea cayennensis)

NOELMA MIRANDA DE BRITO

Areia PB 2009

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NOELMA MIRANDA DE BRITO

Alternativas de controle da queima das folhas do inhame (Dioscorea cayennensis)

Tese apresentada Universidade Federal da Paraba, como parte das exigncias do Programa de PsGraduao em Agronomia, para a obteno do ttulo de Doutor.

Orientadora: Dra. Luciana Cordeiro do Nascimento

Areia PB 2009ii

Ficha Catalogrfica Elaborada na Seo de Processos Tcnicos da Biblioteca Setorial de Areia-PB, CCA/UFPB. B862a Brito, Noelma Miranda de. Alternativas de controle da queima das folhas do inhame (Dioscorea cayennensis)./ Noelma Miranda de Brito. Areia - PB: UFPB/CCA, 2009. 88f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Federal da Paraba - Centro de Cincias Agrrias, Areia, 2009.

Bibliografia.

Orientador: Luciana Cordeiro do Nascimento. Co-Orientador: Egberto Arajo. 1. Inhame 2. Inhame controle 3. Inhame queima das folhas controle I. Nascimento, Luciana Cordeiro do (Orientador) II. Arajo, Egberto (Co-orientador) III. Ttulo.

CDU 582.575.1

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NOELMA MIRANDA DE BRITO

Alternativas de controle da queima das folhas do inhame (Dioscorea cayennensis)BANCA EXAMINADORA

_______________________________________Profa. Dra. Luciana Cordeiro do Nascimento Orientadora CCA/UFPB

________________________________________Prof. Dr. Ademar Pereira de Oliveira Examinador CCA/UFPB

_______________________________________Prof. Dr. Egberto Arajo Examinador CCA/UFPB

_______________________________________Prof. Dr. Rildo Sartori Barbosa Colho Examinador IPA

_______________________________________Prof. Dr. Sami Jorge Michereff Examinador UFRPE

AREIA PB 2009

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A DEUS...

Por me mostrar que as oportunidades na vida so dadas a quem as merece e se elas no foram concedidas porque no chegou o momento oportuno.

A MINHA FAMLIA...

Meus pais, Olmpio Rubens de Brito e Mildredes Miranda de Brito pelo exemplo de amor, dedicao e compreenso que mesmo a distncia ensinou-me a superar as adversidades ao longo dessa jornada e lembrar que o amor pela vida nos impulcionam a seremos pessoas melhores. E os meus irmos Nedson, Nelma, Noelson e Noilson, pelo companheirismo, solidariedade e incentivo, pois nem sempre a presena fsica necessria para que essas aes sejam demonstradas.

DEDICO.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS... Por ser meu guia, meu mestre espiritual nesta etapa da vida e por estar presente em todos os momentos da minha vida.

AOS MEUS ORIENTADORES... Luciana Cordeiro do Nascimento, Egberto Arajo e Ademar Pereira de Oliveira, pela instruo e experincias acadmicas transmitidas que contriburam enormemente para a realizao deste trabalho.

AOS PROFESSORES DO PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA... Pelo ensino e dedicao para minha formao acadmica e profissional na rea de Agronomia.

AOS FUNCIONRIOS... Do laboratrio de Fitopatologia: Francisca Maria Souto (Chiquinha) e Tomaz de Aquino (Tmas) Do laboratrio de Microbiologia: Cosme Ribeiro Dantas Do laboratrio de Entomologia Agrcola: Severino Joo Numeriano de Sousa (Nino) Do laboratrio de Botnica: Saulo Alves de Lima Do Setor de Olericultura (Ch de Jardim): Genival Gomes da Silva (Vav), Francisco de Castro Azevedo (F), Francisco Silva do Nascimento (Chico) Do departamento de Fitotecnia: Inaldo Gomes de Oliveira (Na) Da secretaria do Programa de Ps-Graduao em Agronomia: Ccera Eliane de Arajo e Jos Ribeiro Dantas Filho (Zezinho). Pelo auxlio nos procedimentos relativos pesquisa, aos assuntos burocrticos e institucionais.

AOS PROFESSORES...

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Dr. Rildo Sartori Barbosa Coelho e Dr. Sami Jorge Michereff, da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Dr. Walter E. Pereira, Centro de Cincias Agrrias UFPB, pela ajuda e colaborao nesta pesquisa.

AO CNPq... Pela concesso da bolsa de estudo que me manteve nesta longa jornada da pesquisa.

AOS MEUS QUERIDOS AMIGOS... Cynthia, Catarina, Erbs, Emanuele, Felipe, Iane, Jandi, Joo Paulo, Juliana, Mcio, Maria do Socorro (Corrinha), Maria Rocha, Maria do Socorro (tecnloga), Socorro (Recife), Nairan, Valria, Wagner pelo auxlio nos momentos difceis e pelo companherismo ao longo de todo o perodo de estudos.

AOS ESTAGIRIOS... Maria Alexandra (Al), Michele Santos (Mimi) e Ricardo de O. Lacerda (Beb) pelo apoio no Laboratrio de Fitopatologia, auxiliando nas pesquisas.

AOS COLEGAS... A todos os meus colegas de curso, Mestrado e Doutorado, pela convivncia, incentivo e colaborao durante as atividades acadmicas.

A todos aqueles que direta ou indiretamente contriburam para a realizao deste trabalho.

O MEU SINCERO AGRADECIMENTO.

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MENSAGEM

Devemos lembrar que: Quase tudo possvel quando se tem dedicao e habilidade, pois, grandes trabalhos so realizados no pela fora, mas, pela perserverana... (Autor desconhecido) ... e que muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcanar triunfos e glrias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar filas com os pobres de esprito, que nem gozam muito, nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que no conhece a vitria nem a derrota. (Theodore Roosevelt)

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SUMRIO

DEDICATRIA........................................................................................................................V AGRADECIMENTO...............................................................................................................VI MENSAGEM..........................................................................................................................VII LISTA DE FIGURAS............................................................................................................ XI LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... XIII RESUMO ..............................................................................................................................XIV ABSTRACT............................................................................................................................XV CAPTULO I 1. INTRODUO GERAL ...................................................................................................... 1 2. REVISO DE LITERATURA ..............................................................................................3 3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...............................................................................11 CAPTULO ll CONTROLE DE Curvularia eragrostidis IN VITRO COM O USO DE PRODUTOS NATURAIS........................................................................................................23 RESUMO.................................................................................................................................24 ABSTRACT.............................................................................................................................25 1. INTRODUO..................................................................................................................26 2. MATERIAL E MTODOS...............................................................................................28 3. RESULTADO E DISCUSSO .........................................................................................31 4. CONCLUSES ................................................................................................................. 42 5.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................43 CAPTULO lll CONTROLE DE Curvularia eragrostidis NA CULTURA DO INHAME (Dioscorea cayennensis) COM O USO PRODUTOS NATURAIS, FUNGICIDAS E INDUTOR DE RESISTNCIA...............................................................................................48 RESUMO ................................................................................................................................49 ABSTRACT.............................................................................................................................50 1. INTRODUO...................................................................................................................51 2. MATERIAL E MTODOS...............................................................................................53 3. RESULTADOS E DISCUSSO ...................................................................................... 57 4. CONCLUSES .................................................................................................................75

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5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................... 76 ANEXOS ............................................................................................................................... 83

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LISTA DE FIGURAS

CAPTULO II

FIGURA 1. Percentagem de inibio do crescimento micelial de C. eragrostides com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

FIGURA 2. Percentagem de inibio da esporulao de C. eragrostidis com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B) e gengibre (C).

FIGURA 3. Percentagem de inibio da germinao de condios de C. eragrostidis em condio de claro contnuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

FIGURA 4. Percentagem de inibio da germinao de condios de C. eragrostidis em condio de escuro contnuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

CAPTULO III

FIGURA 5. Folhas de inhame com manchas foliares causadas por Curvularia eragrostidis aos 90 dias aps o plantio.

FIGURA 6. rea foliar de amostras do estrato superior de plantas de inhame tratadas com gua (T1), extrato de nim (T2), extrato de gengibre (T3), Extrato de citronela (T4), Extrato de alho (T5), os fungicidas Azoxistrobina (T6) e o Mancozeb (T8), Silicato de sdio (T7) e o ASM (T9).

FIGURA 7. rea foliar de amostras do estrato mediano de plantas de inhame tratadas com gua (T1), extrato vegetal de nim (T2), extrato de gengibre (T3), Extrato de

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citronela (T4), alho (T5), os fungicidas Azoxistrobina (T6) e o Mancozeb (T8), Silicato de sdio (T7) e o ASM (T9).

FIGURA 8. rea foliar de amostras do estrato inferior de plantas de inhame tratadas com gua (T1), extrato vegetal de nim (T2), extrato de gengibre (T3), citronela (T4), alho (T5), os fungicidas Azoxistrobina (T6) e o Mancozeb (T8), Silicato de sdio (T7) e o ASM (T9).

FIGURA 9. Influncia dos perodos de aplicao de sobre o comprimento de tberas de inhame dos tratamentos Testemunha (T1), Extrato de nim (T2), Extrato de gengibre (T3), Extrato de citronela (T4) e Extrato de alho (T5).

FIGURA 10. Influncia dos intervalos de aplicao sobre o comprimento de tberas de inhame dos tratamentos Azoxistrobina (T6), Silicato de sdio (T7), Mancozeb (T8), ASM (T9).

FIGURA 11. Influncia dos perodos de aplicao de extratos sobre o peso mdio de tberas de inhame com os tratamentos Testemunha (T1), Extrato de nim (T2), Extrato de gengibre (T3), Extrato de citronela (T4) e Extrato de alho (T5).

FIGURA 12. Influncia dos perodos de aplicao de extratos sobre o peso mdio de tberas de inhame com os tratamentos Azoxistrobina (T6), Silicato de sdio (T7), Mancozeb (T8), ASM (T9).

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LISTA DE TABELAS

CAPTULO II

TABELA 1. Percentagem de inibio do crescimento micelial de Curvularia eragrostidis, com uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

TABELA 2. Percentagem de inibio da esporulao de Curvularia eragrostidis com uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

TABELA 3. Percentagem de inibio da germinao de condios de Curvularia eragrostidis, com o uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

CAPTULO III

TABELA 4. rea abaixo da curva de progresso da doena (AACPD) em plantas pulverizadas com extratos vegetais, fungicidas, indutor de resistncia e o Silicato de sdio. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

TABELA 5. rea foliar do inhame aps pulverizao com extratos vegetais, fungicidas e o indutor de resistncia e o Silicato de sdio. CCA, Areia - PB, 2009.

TABELA 6. Influncia dos perodos de aplicao de extratos vegetais, indutor de resistncia, dos fungicidas qumicos e Silicato de sdio sobre o peso mdio de tberas de inhame na colheita. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

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ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE Curvularia eragrostidis NA CULTURA DO INHAME (Dioscorea cayennensis)

RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar a eficincia de indutores de resistncia, fungicidas qumicos e naturais in vitro e in vivo para a definio de estratgias de controle da doena queima das folhas do inhame, visando o manejo integrado da cultura e a reduo na aplicao de produtos qumicos. O trabalho foi desenvolvido no Laboratrio de Fitopatologia e no Setor de Olericultura do Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal da Paraba (CCA/UFPB). Testou-se os extratos de alho, citronela, gengibre e nim (5, 15, 25, 35, 45% por litro de gua). Determinou-se o crescimento micelial, a esporulao e a germinao de esporos aps 48 horas em regime de luz claro contnuo e escuro contnuo. Aplicou-se em condies de campo aos 90 dias aps o plantio, atravs de pulverizaes a cada 15, 25, 35 e 45 dias a influncia do ASM 20g, Silicato de sdio 20g, Azoxistrobina 16g, Mancozeb 200g + 10mL de alquil fenol poliglicolter por 100L de gua e dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim a 25% + 5mL de leo mineral/100L, nas plantas de inhame e determinou-se a sua influncia sobre a severidade da queima, a rea foliar e sobre as carctersticas produtivas da planta. Os melhores resultados nas anlises in vitro foram observados com os extratos a 25%, reduzindo o crescimento micelial, a esporulao e germinao do fungo. Os extratos de alho, citronela, gengibre e nim na concentrao de 25% mostram-se eficientes no controle in vitro de C. eragrostidis, em todas as anlises realizadas. As menores mdias da rea abaixo da curva de progresso da doena (AACPD) foram observadas nas aplicaes dos produtos a cada 15 dias e as maiores mdias foram observadas nas aplicaes a cada 45 dias, indicando que nestas aplicaes os produtos utilizados no se mostraram efetivos na proteo das plantas. Maiores reas foliares foram observadas nas aplicaes em intervalos de 15 dias. No houve diferenas estatsticas entre os tratamentos com a aplicao dos produtos a cada 15 e 45 dias sobre o peso mdio de tberas de inhame na colheita. A aplicao dos produtos a cada 25 dias proporcionaram as maiores mdias para o peso de tberas para os tratamentos com extrato de gengibre com 2,27Kg e o fungicida Azoxistrobina com 2,03Kg, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Palavras-chave: queima das folhas, controle qumico, controle natural

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ALTERNATIVE CONTROL OF Curvularia eragrostidis ON YAM (Dioscorea cayennensis) ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the efficiency of induced resistance, chemical and natural fungicides in vitro and in vivo for development of strategies to control the disease from burning leaves of the yam. The following treatment were tested: extracts of Allium sativum, Cymbopogon nardus, Zingiber officinale and Azadirachta indica (5, 15, 25, 35, 45% per liter of water). The mycelial growth, sporulation and germination of the spores were determined after 48 hours under continuous light and continuous dark clear. Curvularia eragrostidis severity assay was performed in healthy leaves of yam previously sprayed with each treatment using greater concentrations. Field application was done 90 days after planting by spraying every 15, 25, 35 and 45 days with ASM 20g, 20g of sodium silicate, 16g of Azoxystrobin, Mancozeb 200g + 10mL of alkyl phenol poliglicolter by 100L of water and plant extracts from Allium sativum, Cymbopogon nardus, Zingiber officinale and Azadirachta indica to 25% + 5mL oil mineral/100L of water on plants with subsequent determination of their influence on the severity of the burn, foliar area and the productivity. The best results in tests in vitro were observed with the extracts to 25%, reducing the mycelial growth, sporulation and germination. The extracts of A. sativum, C. nardus, Z. officinale and A. indica in the concentration of 25% and providing efficient control of in vitro C. eragrostidis in all tests performed. There was influence of the ranges of application on the fresh mass of the treatments with extracts of Z. officinale, A. indica and C. nardus. The application every 15 provided greater accumulation of overground dry mass for the A. sativum extract. Larger foliar areas were observed in applications at intervals of 15 days. The lowest average area under the disease progress curve (AACPD) were observed in the applications of the products every 15 days and the highest averages were found in the applications every 45 days, indicating that the products used in these applications were not effective in protection of plants. Larger leaf areas were observed in applications at intervals of 15 days. There were no differences between treatments with the application of product every 15 to 45 days on the average weight of tubers of yam harvesting. The application of product every 25 days provided the highest average for the weight of tubers for the treatment with ginger extract with 2,27kg and 2,03kg with Azoxystrobin fungicide, differing statistically from the other treatments.

Key-words: leaf blight, chemical control, natural control

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1. INTRODUO GERAL

O inhame, tambm conhecido como car-da-costa (Dioscorea cayennensis Lam.), uma monocotilednea da famlia Dioscoreaceae que no Nordeste, se destaca como alimento, por sua alta qualidade nutritiva, rica em vitaminas, carboidratos e amido, constituindo-se alimento bsico para populao e ainda ser utilizada na agroindstria (SANTOS et al., 1998; SANTOS, 2008; OLIVEIRA, 2009). A maioria das espcies de Dioscorea so originadas das zonas tropicais da sia e do Oeste da frica (LEONEL et al., 2006; SANTOS, 1996; 2008; MONTEIRO & PERESSIN, 2009). No Brasil, as espcies mais cultivadas so D. cayennensis Lam. e D. alata L. A espcie D. cayennensis, possui um nico cultivar, denominado vulgarmente de Car-da-costa, inhame-da-costa ou simplesmente inhame (inhame amarelo) e o segundo possui duas cultivares, o Car-So Tom e o Car-namb (MOURA, 2005; MONTEIRO & PERESSIN, 2009). Na cultura do inhame ocorrem vrias doenas, predominanando os de natureza fngica que se verificam tanto na parte area, interferindo na fotossntese, como nas tberas, interferindo no armazenamento das substncias de reserva (MENEZES, 2002; GARRIDO, 2005). Nas condies edafoclimticas do Nordeste brasileiro, a queima das folhas do inhame, causada pelo fungo Curvularia eragrostidis a doena mais freqente em D. cayennensis, em casos severos, verifica-se o desfolhamento da planta, trazendo como conseqncia a reduo em torno de 40% no peso das tberas comerciais (MOURA, 2002; GARRIDO et al., 2003a; MOURA, 2005), alm de perdas de produtividade em conseqncia da reduo da capacidade fotossinttica da planta (GARRIDO et al., 2003b; GARRIDO, 2005). O patgeno, em condies favorveis de temperatura e umidade, provoca a formao de manchas circulares e necrticas nas folhas e nas hastes da planta (SANTOS, 1998; 2008). A induo de resistncia de plantas a patgenos, fator importante a ser considerados nos mais variados tipos de patossistemas vegetais, tem sido alvo de diversos estudos com o uso de agentes biticos, como organismos no-patognicos ou atenuados, e abiticos como quitosana, cido saliclico, acibenzolar-S-metil (ASM) entre outros. Estes agentes tm sido utilizados na induo de resposta de defesa nas espcies vegetais, contra infeces virais, fngicas e bacterianas (BENATO, 2002; CARDOSO FILHO, 2003; SOARES et al., 2006; SOARES et al., 2008). A utilizao de extratos de plantas medicinais com propriedades antifngicas, outra alternativa que se destaca pelo seu potencial ecolgico e podem ser unida as demais prticas de manejo integrado de doenas (CARVALHO et al., 2002a). 1

Diante do exposto, entende-se ser necessrio a realizao de pesquisas relacionadas com a utilizao de produtos naturais, indutores de resistncia e fungicida qumico que reduzam a severidade da queima das folhas. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficincia de indutores de resistncia, fungicidas qumicos e extratos vegetais no controle da queima das folhas do inhame, visando o manejo integrado da doena e a reduo na aplicao de produtos qumicos na cultura.

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2. REVISO DE LITERATURA

2.1 Aspectos gerais sobre o inhame

No Brasil estima-se que ocorram 150 a 200 espcies de Dioscorea, nico gnero comestvel da famlia Dioscoreaceae, em todas as regies do pas, sendo a maioria das espcies ainda pouco estudada (PEDRALLI, 2002; WIKIPDIA, 2008; MONTEIRO & PERESSIN, 2009). As espcies de Dioscorea cultivadas originaram-se das zonas tropicais da sia e do Oeste da frica (SANTOS, 1996; SANTOS, 2008). Dentre as espcies de inhame cultivadas, as mais importantes, por suas tberas comestveis so: D. cayennensis Lam. (inhame amarelo), D. rotundata Poir. (inhame branco), D. alata L. Many (inhame gua), D. trifida L. e D. esculenta L. Schott (SANTOS, 1996; 2008; MONTEIRO & PERESSIN, 2009). Nos principais estados brasileiros produtores Bahia, Paraba, Pernambuco, Alagoas e Maranho, as espcies mais cultivadas so D. cayennensis Lam. var. rotundata Poir. e D. alata L.. Segundo Souza & Resende (2003), dentro de cada espcie existe variao principalmente na forma dos tubrculos, na cor da polpa e na adaptao ecolgica. Dentre as espcies de Dioscorea cultivadas no Brasil, D. cayennensis vem se destacando no Nordeste brasileiro em decorrncia da importncia como alimento de alta qualidade nutritiva. uma espcie tuberosa de alto potencial, rica em vitaminas do complexo B, (contendo altos teores de tiamina, ribofavina e niacina), vitamina A e C, carboidratos e gros de amido (responsveis pela alta digestibilidade), alm de ser considerada fonte natural de fitohormnio para as mulheres, constituindo-se em alimento bsico para populao, com usos na agroindstria (SANTOS et al., 1998; SANTOS & MACEDO, 2002; MIRANDA, 2008). Apesar da importncia que a cultura representa para o agronegcio nordestino, a produtividade baixa, em decorrncia das condies inadequadas de manejo da cultura, fertilidade do solo, uso de tberas semente de qualidade inferior e problemas fitossanitrios (SUE & WICKHAM, 1998; GARRIDO, 2005; OLIVEIRA et al., 2006) O desenvolvimento de novas tecnologias em complementao as atuais, pode vir a contribuir para a melhoria da produtividade e qualidade da cultura, possibilitando assim, a oferta de um produto de qualidade para atender as exigncias dos mercados interno e externo como Estados Unidos,

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Espanha, Reino Unido e Holanda (SANTOS, 1996; SANTOS et al., 1998; MESQUITA, 2002; GARRIDO et al., 2003b; OLIVEIRA et al., 2006).

2.2 Queima das folhas do inhame

Vrias doenas afetam a cultura do inhame, das quais os fungos predominam como agentes causais, tanto na parte area, interferindo na fotossntese, como nas tberas, causando perdas na ps-colheita (MENEZES, 2002). Entre os principais patgenos que causam doenas foliares na cultura, destacam-se Colletotrichum gloeosporioides (Penz) Sacc., Curvularia eragrostidis (P. Henn.) Meyer, Phyllosticta dioscoreaecola P. Brun., Phyllosticta dioscoreae Cooke., Micosphaerella dioscoreaecola Sydow., Cercospora ubi Raciborski, Pestalotiopsis cruenta (Kleb.) Steyaert, Rizoctonia solani J. G. Khn (AMUSA et al., 2003; BAUDIN, 2008; VAN DER, 2008; MONTEIRO & PERESSIN, 2009). A queima das folhas, causada pelo fungo C. eragrostidis, uma importante doena da parte area na cultura do inhame, que pode incidir sobre plantios irrigados e de sequeiro em todos os estados produtores. Em altas severidades, pode ocasionar perdas na produo em at 100%. O sintoma primrio uma mancha foliar necrtica, de colorao marrom escura, freqentemente circundada por um halo amarelo, tendendo ao formato circular e podendo atingir em mdia 2 a 3 cm de dimetro. comum a coalescncia de manchas, formando grandes reas necrosadas (MOURA, 2005). Incidindo sobre plantas jovens, que possuem folhas em desenvolvimento, o crescimento significativamente reduzido e as folhas retorcidas, apresentando um quadro tpico de nanismo, resultando em grandes perdas de produo. Com menor freqncia, aparecem leses nos pecolos e ramos, que resultam em um rpido colapso da folha, de sete a dez dias aps o incio da mesma. O sintoma secundrio ou reflexo o pequeno tamanho das tberas comerciais e tberas sementes (SANTOS, 1996; MOURA, 2005). Em condies favorveis, como temperaturas noturnas de 20 a 22C com umidade relativa de 100% e temperaturas diurnas, na faixa de 25 a 28C, com umidade relativa de 65%, e presena do vento, a doena pode provocar, em pouco tempo, a destruio completa dos campos de cultivo, com o aparecimento de grandes reas de plantas queimadas e mortas (SANTOS et al., 1998; MICHEREFF et al., 2000).

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A

espcie

C.

eragrostidis

pertence

Classe

Deuteromycetes,

Sub-classe

Hyphomicetidae, Ordem Moniliales e Famlia Dematiaceae (BARNETT & HUNTER, 1972; ALEXOPOLUS & MIMS, 1979; MENEZES & OLIVEIRA, 1993). Apresenta como sinonmias Brachysporium eragrostidis Henn, Spondylocladium maculans Brancroft e Curvularia maculans (Brancroft) Boedijan (ELLIS, 1971). Em meio de cultura apresenta conidiforos com dimenses de 521 x 6 m (RAMOS, 1991; MOURA, 2005), solitrios ou em grupos, simples ou raramente ramificados, retos a flexuosos, algumas vezes geniculados, multiseptados, com colorao marrom, variando no comprimento, com aproximadamente 6 m de espessura. Os condios apresentam forma elipsoidal ou ovide, com dimenses de 18 37 x 11 20 m, com trs septos, sendo que o septo mediano apresenta-se com uma espessa banda escura, as clulas centrais com colorao marrom escura e as clulas externas de colorao marrom plida (SIVANESAN, 1990). De acordo com Moura (2005) esse fungo cresce vigorosamente em meio de cultura BDA, formando colnias circulares de aspecto cotonoso e de colorao negra. A penetrao de C. eragrostidis foi verificada em folhas, em ambas as faces do limbo foliar de D. cayennensis, determinando que as inoculaes possam ser feitas indistintamente e, para o seu controle, pulverizar ambas as faces das folhas (RAMOS, 1991). Alm de D. cayennensis, D. alata e D. rotundata (MAFRA, 1996), C. eragrotidis tem sido constatado em espcies botnicas de outras famlias como sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), batata doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.), amendoim (Arachis hypogea L.), abacaxi (Ananas comosus (L.) Merr) (MENEZES & OLIVEIRA, 1993), e arroz (Oryza sativa L.) (RASHID, 2001).

2.3 Utilizao de extratos vegetais no controle de fitopatgenos

Os produtos naturais desenvolvidos para o controle de pragas e doenas so geralmente extratos aquosos e ps-secos, utilizados logo aps a obteno, e pelos produtos formulados base de leos e de extratos misturados a substncias inertes que melhoram as caractersticas, propriedades fsico-qumicas e eficincia, evitando a degradao e constituindo-se em produtos comerciais que podem ser armazenados (LAGUNES & RODRGUEZ, 1994). Existem no Brasil, atualmente, extratos de plantas comercializados tais como o Bioalho, Neemazal, Ecolife-40, etc. (BETTIOL et al., 2006).

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As pesquisas com mtodos alternativos eficientes, que ofeream menos riscos que os fungicidas qumicos convencionais, determinam o uso de produtos naturais, obtidos de diversas partes da planta, e constituem-se numa perspectiva bastante promissora ao manejo integrado de doenas e pragas (PENTEADO, 1999; INNECCO, 2004). O alho (Allium sativum L.) utilizado na forma de tinturas, extratos e misturados com outros materiais no controle de doenas bacterianas, mldio, brusone, podrido do colmo, da espiga e raiz em milho e sorgo, manchas foliares (Alternaria spp., Helminthosporium spp), podrides e ferrugem (ABREU JNIOR, 1998; PENTEADO, 2001; SOUZA, 2007). Apresenta como principais constituintes qumicos alicina, inulina, nicotinamida, galantamina, ajoeno, cidos fosfrico e sulfrico, vitaminas A, B e C, protenas e sais minerais, leos essenciais, glicosdios, glicinas, resinas, enzimas e sulfuretos (VIEIRA, 1992; LORENZI & MATOS, 2002; MARTINS et al., 2003). Muitos trabalhos vm sendo desenvolvidos com o alho na forma de leo e de extratos aquosos ou hidrlicos no controle de diferentes doenas de plantas. Resultados promissores foram observados por Ribeiro & Bedendo (1999), Nery (2006) e Nascimento et al., (2008) com extrato de alho no controle da antracnose em mamoeiro, cauada pelo fungo C. gloeosporioides. Viegas et al., (2005) observaram a eficincia in vitro do leo essencial de alho no controle de fungos do grupo Aspergillus flavus isolados de amendoim. Souza et al., (2007) observaram a influncia do extrato de alho sobre o desenvolvimento do Fusarium proliferatum (Matsush) Nirenberg ex Gerlach & Nirenberg em milho. Outra espcie promissora a citronela (Cymbopogon nardus (D.C.) Stapt), uma planta muito utilizada na fabricao de perfumes e cosmticos, sendo tambm til como repelente de insetos e, atualmente, utilizada no controle de fitopatgenos (MARTINS et al., 2003; BALDO, 2005; FRANZENER et al., 2007). O leo retirado das folhas tem mais de 80 componentes, entre eles: citronelal, geraniol, limonemo. Os teores de leo essencial na matria seca e na matria fresca so de 1,4% e 0,84% respectivamente (KETOH et al., 2002). Franzener et al., (2007) observaram efeito significativo de hidrolato de citronela no controle bacteriano de Xanthomonas campestris pv. campestris a medida que se aumentava a concentrao do produto. Resultados semelhantes foram obsrvados por Baldo (2005) no efeito in vitro de Cladosporium fulvum na cultura do tomateiro e por Candido et al., (2007) usando extrato aquoso de resduos orgnicos de citronela no controle de F. oxysporum f. sp.

vasinfectum em quiabeiro. Medice et al., (2007) verificaram efeito significativo do leo

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essencial de citronela sobre a ferrugem asitica da soja (Phakopsora pachyrhizi Sydow & P. Syndow). O gengibre (Zingiber officinale Roscoe) apresenta como componentes principais o gingerol, zingibereno, bisaboleno, citral, borneol, cafeno, cineol, sesquiterpenos, alm de acares, protenas, vitaminas do complexo B e vitamina C e carboidratos. O seu leo essencial apresenta um aroma e ao antimicrobiana, que s aparece no rizoma fresco (VIEIRA, 1992; LORENZI & MATOS, 2002; MARTINS et al., 2003). Assim como o alho, o gengibre tem sido utilizado em virtude do potencial fungitxico sobre uma gama de fitopatgenos, incluindo C. eragrostidis, em inhame, interferindo no aspecto do crescimento in vitro deste fungo (CARVALHO et al., 2002a) e diminuindo o crescimento de C. gloeosporioides isolado de goiabeira (ROZWALKA et al. 2008). Rodrigues et al., (2007) observaram resultados satisfatrios na reduo do desenvolvimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum em alface e Rodrigues et al., (2006) no controle in vitro de Helminthosporium sp. em bananeira. O nim (Azadirachta indica A. Juss.) vem sendo utilizado na prtica como inseticida, tendo ao de contato contra pulges, tripes, Spodoptera furgiperda e outras pragas e no controle da mancha de Alternaria, tombamento (R. solani), Fusarium, S. rolfsii (ABREU JNIOR, 1998; PENTEADO, 2001). Existem mais de 418 espcies de pragas e insetos que ocorrem em vrios pases que so afetados pelos extratos de nim (ABREU JNIOR, 1998). Em quiabeiro, Candido et al., (2007) observaram efeitos significativos de extratos aquosos de resduos orgnicos de nim sobre F. oxysporum f. sp. vasinfectum. J Carneiro (2003) observou a influncia do extrato e do leo essencial de nim no controle do odio (Oidium lycopersici Cook e Massee) na cultura do tomateiro e Medice et al., (2007) verificaram efeito significativo do leo essencial de nim sobre a ferrugem asitica da soja (Phakopsora pachyrhizi).

2.4 Induo de resistncia em plantas a patgenos

A proteo natural das plantas est baseada em uma srie de barreiras pr-formadas e ps-formadas (TAIZ & ZEIGER, 2004). Os fatores de resistncia pr-formados so aqueles presentes na planta antes do contato com o patgeno. J os ps-formados, esto ausentes ou em baixo nvel antes da infeco, sendo produzidos ou ativados em resposta presena do

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patgeno. Em ambas as categorias, os fatores envolvidos na resistncia podem ser subdivididos em estruturais ou bioqumicos. Os estruturais atuam como barreiras fsicas, enquanto os bioqumicos atuam atravs da produo de substncias txicas ou repelentes ao patgeno ou criando condies adversas ao estabelecimento deste na planta (PASCHOLATI & LEITE, 1994). Estas defesas tambm podem ser ativadas pelo tratamento com agentes biticos ou abiticos, de natureza inorgnica, orgnica ou sinttica. Essas molculas capazes de ativar respostas de defesas nas plantas so chamadas de elicitores, atuando como indutores de resistncia (STICHER et al., 1997). A percepo se d quando molculas do agente indutor se ligam a molculas receptoras situadas, provavelmente, na membrana plasmtica da clula vegetal. Essas reaes desencadeiam a ativao de vrios mecanismos de defesa (RESENDE et al., 2002). Os elicitores podem induzir a resistncia local adquirida (RLA), a resistncia induzida (RI), que se divide na resistncia sistmica induzida (RSI) ou a resistncia sistmica adquirida (RSA) (TERRY & JOYCE, 2004). A RI pode ser caracterizada como uma resposta de defesa ao ataque de um determinado patgeno, produzida longe do ponto de infeco e translocado para este, ou reao local que sirva para limitar a expanso da colonizao do patgeno (SOUZA, 2005). Esta pode ser ativada em plantas por uma srie de substncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou a subseqente atividade do patgeno em seus tecidos, por meio de mecanismos de defesa prprios (ATHAYDE SOBRINHO et al., 2005; NOJOSA et al., 2005; RESENDE et al., 2007). Alguns produtos apresentam a capacidade de durante a interao patgeno hospedeiro ativarem o sistema de defesa das plantas por vrios meios, resultando na produo de substncias txicas aos patgenos, impedindo o estabelecimento destes. Alguns compostos produzidos pelas plantas possuem ao antimicrobiana, enquanto outros restringem o desenvolvimento de patgenos pela formao de barreiras estruturais (OLIVEIRA et al., 2001; RESENDE et al., 2007). O desenvolvimento neste campo de ativadores est relacionado descoberta de anlogos funcionais do cido saliclico. Neste sentido, algumas classes de indutores qumicos de RSA foram identificados e dois compostos tem sido intensivamente estudados: o cido 2,6dicloroisonicotnico e o acibenzolar-S-metil (KESSMANN et al., 1994). Compostos do grupo dos benzotiadiazoles (BTH), como o acibenzolar-S-metil caracterizado pela ativao do

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sistema de resistncia de plantas, apresentando caractersticas anlogas a dos ativadores naturais desses mecanismos (SOUZA, 2005). O acibenzolar (Ester-S-metil do cido benzo-(1,2,3)-triadiazole-7-carbotiico, ASM, BHT, Bion, Actigard) talvez o mais potente ativador sinttico da resistncia sistmica adquirida descoberto (KESSMANN et al., 1994; PASCHOLATI, 2002; SOARES et al., 2008). O ASM no apresenta propriedades antimicrobianas, porm, aumenta a resistncia das plantas s doenas (CIA et al., 2007). um produto extremamente mvel devido a natureza de cido fraco. Na planta apresenta movimentos acropetal e basipetal (SOUZA, 2005). Pode ser enquadrado na definio de um indutor de resistncia, pois fornece proteo a um amplo espectro de patgenos, induz a expresso dos mesmos marcadores moleculares e bioqumicos e no apresenta atividade antimicrobiana direta (KESSMANN et al., 1994). Este composto representa uma promessa como um mtodo alternativo ao controle convencional de doenas, possibilitando a reduo ou a substituio dos fungicidas empregados no controle de fitopatgenos (CIA et al., 2007). Em virtude desta ao, vrios trabalhos desenvolvidos tem demonstrado a eficcia do ASM na induo de resistncia nas plantas (DANTAS et al., 2004; BALBI-PEA et al., 2006; RODRIGUES et al., 2006; SOARES et al., 2008) . Os nutrientes minerais podem afetar a reao das plantas a patgenos e os efeitos destes ao incrementar a resistncia, podem estar associados alterao nas respostas das plantas aos ataques de patgenos, com o aumento de barreiras mecnicas, como a lignificao e a sntese de compostos txicos (POZZA et al., 2004a). Segundo Zambolim et al., (2006) os elementos minerais esto envolvidos em todos os mecanismos de defesa das plantas como componentes integrais ou ativadores, inibidores e reguladores do metabolismo celular. Dentre os minerais, o silcio (Si), que o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre, no considerado elemento essencial para o crescimento das plantas, porm til e benfico, devido aos efeitos proporcionando maior tolerncia ao dficit hdrico, maior resistncia a toxidade de metais pesados e menor intensidade de pragas (POZZA et al., 2004b). Dannon & Wydra (2004) observaram que a incidncia de Ralstonia solanacearum [(Smith, 1896) Yabuuchi et al., 1995] em plantas de tomate suscetveis ou moderadamente resistentes foi significativamente reduzida com a adio de Si na soluo nutritiva. Plantas de trigo fertilizadas com Si e cultivadas em casa de vegetao e no campo tambm apresentaram

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reduo da severidade da mancha salpicada [Mycospharela graminicola (Fuckell) Schroeter] e da podrido do colmo (Fusarium spp.). Outro relato da eficincia do Si foi observado por Pratissoli et al., (2007) com reduo da incidncia de varola [Asperisporum caricae (Speg.) Maubl.] em mamoeiro. A aplicao de Si na forma de silicato de potssio e de silicato de sdio, em cultivos hidropnicos de pepino, reduziu a severidade do mldio pulverulento [Podosphaera xanthii (Castagne) U. Braun & S. Takam] (MIYAKE & TAKAHASHI, 1983; ADATIA & BESFORD, 1986). A adio de silicato de potssio em soluo nutritiva, bem como em pulverizaes foliares, aumentou significativamente o perodo latente de P. xanthii em folhas de pepino, abbora, melo, alm de reduzir o nmero de colnias desse fungo (MENZIES et al., 1992). O uso de silicato de clcio e silicato de sdio em cultivos hidropnicos de pepino e roseira prtica freqente na Europa, visando o controle do odio pulverulento [Sphaerotheca fugilinea (Schelect. ex. Fr.) Poll] (BLANGER et al., 1995).

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Controle de Curvularia eragrostidis in vitro com o uso de produtos naturais

CAPTULO II

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CONTROLE DE Curvularia eragrostidis IN VITRO COM O DE USO DE PRODUTOS NATURAIS

RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade fungitxica dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim no controle in vitro de Curvularia eragrostidis na cultura do inhame (D. cayennensis). Testaram-se os extratos de alho, citronela, gengibre e nim (5, 15, 25, 35, 45%) atravs da deposio de disco de colnia fngica (5 mm) em placas de Petri contendo o meio BDA, acrescido dos extratos e sendo a testemunha acrescida de gua. As placas de Petri foram incubadas 25 + 2 C e fotoperodo de 12 horas por sete dias. Avaliou-se o dimetro das colnias em dois sentidos opostos a cada 24 horas com uma rgua milimetrada. Determinou-se a contagem de esporos do fungo em hemacitmetro, aps a incubao. Para a germinao de esporos adicionou-se ao meio BDA, 0,1 mL de uma suspenso de 1,3 x 105 condios/mL, do fungo acrescido de 0,1 mL de uma soluo dos tratamentos e espalhadas sobre o meio BDA. As placas de Petri foram divididas em quatro quadrantes e incubadas no regime de luz claro contnuo e escuro contnuo. A avaliao foi realizada 48 horas aps a incubao com a percentagem de germinao dos condios determinada nos tratamentos em comparao com a testemunha. Baixas concentraes dos extratos de gengibre e nim foram eficientes na percentagem de inibio do crescimento micelial e esporulao de C. eragrostidis. A utilizao dos extratos a partir de concentraes de 25% apresentaram os maiores efeitos fitotxicos nas anlises in vitro, reduzindo o crescimento micelial, a esporulao e germinao do fungo.

Palavras-chave: Dioscorea cayennensis, queima das folhas, controle alternativo

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IN VITRO CONTROL OF Curvularia eragrostidis USING NATURAL PRODUCTS

ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the fungitoxic activity of plant extracts from garlic, citronella grass, ginger and neem on in vitro control of Curvularia eragrostidis. It was used following treatments: extracts of garlic, citronella grass, ginger and neem (5, 15, 25, 35, 45%) through the deposition of fugus colony disk (5 mm) obtained from Petri dishes containing PDA medium supplemented with treatments. For control only water was added. The Petri dishes were incubated at 25 2C and 12 hours photoperiod for seven days. The colony diameter was evaluated in two opposite directions every 24 hours using a millimeter ruler. At the end of incubation period, the number of spores was counted using hemacitometer. Spore germination was evaluated by adding to PDA medium 0,1 mL collected from a suspension of 1,3 x 105 conidia/mL plus + 0,1 mL of a solution of each treatment spread on PDA medium. The Petri dishes were divided into four quadrants and incubated in either continuous light or continuous dark. The evaluation was performed 48 hours after incubation by determining germination rate of conidia in comparison to control. Lower concentration of ginger and neen extracts were efficient on percentage of inhibition of mycelial growth and sporulation of C. eragrostidis.

Key words: Dioscorea cayennensis, leaf blight, alternative control

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1. INTRODUO

O aumento do uso de agrotxicos na produo de alimentos, o alto custo no controle qumico, o aumento da resistncia dos fitopatgenos, o impacto sobre o ambiente causado pelos produtos qumicos e a procura por alimentos sem resduos de agrotxicos tem levado o homem necessidade de se obter alternativas de controle de doenas de plantas (GUINI & KIMATI, 2000). Dentre essas tecnologias alternativas, o uso de subprodutos de plantas medicinais pode ser uma alternativa vivel, seja do ponto de vista econmico, seja do ponto de vista ambiental (ZANELLA et al., 2002; RODRIGUES et al., 2006). A utilizao de produtos com atividade antimicrobiana, a partir de plantas, intensiva devido crescente resistncia dos microrganismos patognicos frente aos produtos sintticos. Alm disso, o uso destes pesticidas a longo prazo, podem causar impactos negativos para a sociedade e para o meio ambiente, devido a poluio causada pelos resduos qumicos. Frente a esse problema, uma estratgia visando o emprego de novas tecnologias na agricultura moderna, tem sido desenvolvida com o uso de extratos vegetais ou leos essenciais provenientes de plantas, para o controle de doenas e pragas, que visem causar menos danos ao ambiente e a sade humana (AMARAL e BARA, 2005). As plantas medicinais contm princpios ativos que so responsveis por suas aes teraputicas, desencadeando diversas reaes nos vegetais, animais e nos seres humanos (PEGLOW e VELLOSO, 2002). Muitos extratos de plantas medicinais tm sido testados no controle de doenas em plantas como o alho (Allium sativum L.), o capim citronela [Cymbopogon nardus (D.C.) Stapt], o gengibre (Zingiber officinalis Roscoe) e o nim (Azadirachta indica A. Juss.), com efeito significativo sobre fitopatgenos (RIBEIRO & BEDENDO, 1999; RODRIGUES et al., 2006; RODRIGUES et al., 2007; SILVA et al., 2007). Trabalhos vm sendo realizados no controle in vitro de C. eragrostidis, fungo responsvel pela queima das folhas do inhame com resultados promissores (ANDRADE et al., 1994; MICHEREFF et al., 1994; MICHEREFF FILHO et al., 1994; CARVALHO et al., 2002; SOARES et al., 2006; SOARES et al., 2008), porm, relatos com extratos vegetais so pouco difundidos ou inexistentes, o que justifica a realizao desta pesquisa.

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Com base no exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade fungitxica dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim no sobre C. eragrostidis isolado de folhas de inhame.

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2. MATERIAL E MTODOS 2.1 Obteno e manuteno do isolado O isolado de C. eragrostidis utilizado nesta pesquisa foi obtido a partir de folhas com sintomas tpicos da doena queima das folhas e identificado como CMM-708, pertencente Coleo de Culturas de Fungos Fitopatognicos Professora Maria Menezes CMM, do Departamento de Agronomia, rea de Fitossanidade da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O isolado foi conservado em tubos de ensaio contendo meio batata-dextrose-gar (BDA) em geladeira e em gua esterilizada pelo mtodo de Castellani (1976).

2.2 Preparo dos extratos vegetais Na preparao dos extratos, foram utilizados 100 g do material vegetal (bulbos de alho (Allium sativum L.); rizomas de gengibre (Zingiber officinale Roscoe); folhas de nim (Azadirachta indica A. Juss.) e citronela (Cymbopogon nardus (D.C.) Stapt)), triturados em liquidificador contendo 250 mL de gua destilada esterilizada (ADE) e 250 mL de lcool etanlico P.A., colocados em um recipiente de vidro e submetidos, por um perodo 96 horas, ao processo de extrao por infuso. Posteriormente, os extratos foram filtrados atravs de papel de filtro esterilizado e mantidos em recipiente aberto, durante 72 horas, para favorecer a evaporao do lcool. Aps esse perodo o material foi submetido radiao ultravioleta por 30 minutos (UV), de acordo com metodologia adaptada de Coutinho et al., (1999) e Rodrigues et al., (2006). Os extratos obtidos foram coletados e armazenados em refrigerador a 4C para o uso subseqente nos ensaios em laboratrio.

2.3 Potencial fungitxico de extratos vegetais sobre o crescimento micelial de C. eragrostidis A fungitoxidade dos extratos vegetais foi avaliada determinando-se a percentagem de inibio do crescimento micelial de C. eragrostidis em placas de Petri contendo o meio batata-dextrose-gar (BDA), acrescido das diferentes concentraes dos extratos de alho, capim citronela, gengibre e nim, nas concentraes de 5, 15, 25, 35, 45%. Ao meio BDA fundente (45C) adicionou-se os tratamentos em estudo nas diferentes dosagens e concentraes anteriomente descritas, e vertidas para placas de Petri. No centro de

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cada placa foi colocado um disco de colnia jovem do fungo (5mm), obtidos de cultura pura de C. eragrostidis. Para a testemunha foram utilizadas apenas placas de Petri contendo BDA. As placas contendo os tratamentos foram mantidas 25 + 2 C com fotoperodo de 12 horas, durante sete dias. As avaliaes foram realizadas a cada 24 h, atravs da medio do dimetro das colnias em dois sentidos opostos, com o auxlio de uma rgua milimetrada.

2.4 Potencial fungistxico de extratos vegetais sobre a esporulao de C. eragrostidis Os discos de colnia fngica (5mm) com sete dias de idade, foram depositados no centro de placas de Petri, contendo o meio BDA, acrescido das diferentes concentraes dos extratos anteriormente descritos e em seguida foram mantidos em laboratrio durante sete dias 25 + 2 C com fotoperodo de 12 horas. Aps este perodo, avaliou-se a produo de condios. Para o preparo da suspenso de condios, foram adicionados 20 mL de ADE nas placas contendo cada tratamento individualmente, para facilitar a remoo do miclio, mediante o uso de escova de cerdas macias. O material foi filtrado em duas camadas de gaze esterilizada, e a concentrao determinada em hemacitmetro, com microscpio ptico, obtendo-se uma mdia de cinco leituras para cada um dos tratamentos.

2.5 Anlise da atividade in vitro de extratos vegetais sobre a germinao de C. eragrostidis Foi adicionado ao meio de cultura BDA, 0,1mL de uma suspenso de C. eragrostidis, (1,3 x 105 condios/mL), acrescida de 0,1mL dos extratos de alho, citronela, gengibre, e nim nas concentraes de 5, 15, 25, 35, 45%. A suspenso foi espalhada sobre o meio de cultura com o auxlio de uma ala de Drigalski. As placas contendo os tratamentos foram submetidas a dois regimes de luz, claro contnuo e escuro contnuo. As placas foram divididas em quatro quadrantes por riscas na sua parte interior externa, onde foram realizadas duas leituras ao microscpio tico, aps 48 horas de incubao, de forma aleatria. O mesmo procedimento foi realizado para a testemunha. Cada repetio foi representada por um quadrante. A avaliao do efeito dos indutores sobre a porcentagem de germinao dos condios do fungo foi realizada atravs da contagem de condios germinados por quadrante e comparados com os condios germinados na testemunha. Foram considerados germinados os condios que

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apresentavam a emisso do tubo germinativo de tamanho igual ou superior ao tamanho do condio no germinado (QUIRINO et al., 2005).

2.6 Anlises estatsticas Para a anlise do crescimento micelial, esporulao e germinao de condios do fungo, determinaram-se a percentagem de inibio do crescimento micelial (PIC), a percentagem de inibio da esporulao (PIE) e a percentagem de germinao de condios (PIG), para cada extrato em relao ao tratamento testemunha, por meio das frmulas apresentadas a seguir. PIC = (Dimetro da testemunha dimetro do tratamento) x 100 Dimetro da testemunha

PIE = (Esporulao da testemunha esporulao do tratamento) x 100 Esporulao da testemunha

PIG = (Germinao da testemunha germinao do tratamento) x 100 Germinao da testemunha

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (4 x 5 + 1) quatro extratos vegetais, testados em cinco concentraes + testemunha (ADE), totalizando 20 tratamentos, com cinco repetices para o PIC e PIE e para o PIG quatro repeties. Os dados foram submetidos anlise de varincia pelo teste F, comparando as mdias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para as anlises estatsticas foi utilizado o software SAEG 7,0 (1997).

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3. RESULTADO E DISCUSSO

3.1 Potencial fungitxico de extratos vegetais sobre o crescimento micelial de C. eragrostidis Os resultados obtidos da avaliao do PIC de C. eragrostidis utilizando extratos vegetais podem ser observados na Tabela 1. Dos quatro extratos vegetais utilizados, os de gengibre e nim destacaram-se j na concentrao de 5%, com PIC de 68,63 e 53,48% respectivamente e no havendo diferenas estatsticas entre eles. Os resultados indicam que provavelmente que os constituintes destes extratos apresentam potencial fungitxico sobre o desenvolvimento do fungo, mesmo em baixas concentraes e aumento o potencial de controle com o aumento das concentraes. A partir da concentrao de 25% no houve diferenas estatsticas entre os extratos utilizados.

Tabela 1. Percentagem de inibio do crescimento micelial de Curvularia eragrostidis, com uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

Concentraes (%) Tratamentos Alho Citronela Gengibre Nim Testemunha CV= 7,7% DMS= 13,83*Mdias seguidas das mesmas letras minsculas nas linhas e masculas nas colunas no diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5 8,73 dC* 29,23 cCD 68,63 bA 53,48 bB 0,0 e

15 28,4 cdB 30,67 cCD 94,06 aA 93,82 aA

25 93,92 aA 93,92 aA 94,06 aA 93,82 aA

35 93.92 aA 93,92 aA 94,06 aA 93,82 aA

45 93,92 aA 93,92 aA 94,06 aA 93,82 aA

Carvalho et al., (2008) avaliando o efeito do extrato de plantas medicinais, como o gengibre, no controle do micelial de C. eragrostidis, observaram que o crescimento micelial do fungo no foi inibido, alterado ou diminudo por nenhum dos tratamentos testados em relao a testemunha, porm, houve uma diferena de vigor do fungo nos tratamentos contendo o extrato de gengibre, em cujas placas, as colnias apresentaram-se com espessuras 31

e pigmentaes visivelmente inferiores aquelas dos miclios encontrados nos tratamentos da testemunha. Esse comportamento tambm foi observado no presente trabalho e pode ser explicado por Surh (2002) provavelmente pela influncia do gingerol, um dos compostos presentes no extrato, que atua como antioxidante e/ou inibidor de biossntese do fungo. O emprego desses extratos vegetais vem sendo assinalados no controle in vitro de fungos fitopatognicos em outros patossistemas com resultados promissores (RIBEIRO & BEDENDO, 1999; ZANELLA et al., 2002; NASCIMENTO et al., 2008; ROZWALKA et al., 2008). Resultados observados em trabalhos utilizando estes extratos tem demonstrado a eficincia dos mesmos em outros patossistemas, como o de Rodrigues et al., (2007) que observaram a influncia de diferentes concentraes do extrato aquoso de gengibre sobre o desenvolvimento micelial do fungo Sclerotinia sclerotium in vitro, com reduo de 92,5%, na concentrao do extrato de 25%. Oliveira (2008) observou que concentraes do extrato de nim a 20% no se mostraram eficientes no controle in vitro de Fusarium gutiforme em abacaxizeiro. Porm, em concentraes de 30 e 40% o extrato de nim no permitiu o crescimento micelial, apresentado grande potencial no controle do fungo. Houve interao significativa das concentraes sobre o crescimento micelial de C. eragrostidis (Figura 1). Observa-se que com o aumento da concentrao dos extratos maior o potencial de inibio do crescimento micelial do fungo, destacando os extratos de gengibre e nim (Figura 1C e D), mostrando-se bastante eficientes, mesmo em baixas concentraes. Esses efeitos inibitrios constatados neste trabalho tambm j foram observados em outras pesquisas com o mesmo objetivo.

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A120

By = 0,0993+ 428,81x - 472,36x2 R2 = 0,8191

120100 80 y = - 27,029+ 610,4x-749x 2 R2 = 0,9062PIC (%)100 80

PIC (%)

6040

6040

20

200

0 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

5%

15%

25% Concentrao (%)

35%

45%

C

D

120120

100100 80

80

PIC (%)

PIC (%)

6040 20 0 5% 15%

y = 60,819+ 232,5x -363,29x R2 = 0,8571

6040 20 0 y = 41,09+ 368,82x-576,29x2 R2 = 0,8571

25% Concentrao (%)

35%

45%

5%

15%

25% Concentrao (%)

35%

45%

Figura 1. Percentagem de inibio do crescimento micelial de C. eragrostides com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

Razwalka et al., (2008) afirmam que o uso de diferentes concentraes de extratos vegetais podem resultar em maior ou menor eficincia de controle fngico, assim como na credibilidade dos dados obtidos. De acordo com Ribeiro & Bedendo (1999), o extrato de alho inibiu siginificativamente o crescimento micelial de C. gloeosporioides, de forma crescente e proporcional ao aumento das concentraes do extrato, com reduo de at 67,6% em relao testemunha. Zanella et

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al., (2002), observaram que o extrato de citronela inibiu o crescimento micelial de Macrophomina phaseolina em at 53%. Crippa et al.,(2009) relataram o efeito do extrato aquoso de gengibre sobre o crescimento de Colletotrichum sp. proveniente de flores ornamentais de grberas e rosas.

3.2 Efeito do potencial fungitxico dos extratos vegetais sobre a esporulao de C. eragrostidis Os efeitos das diferentes concentraes dos extratos vegetais no controle da esporulao de C. eragrostidis podem ser verificadas na Tabela 2. Observa-se que apenas o extrato de citronela na concentrao de 5% foi o que apresentou a menor percentagem de inibio da esporulao (PIE) diferindo estatisticamente em relao aos demais extratos. Para as demais concentraes no foram observadas diferenas significativas entre os extratos.

Tabela 2. Percentagem de inibio da esporulao de Curvularia eragrostidis com uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

Concentraes (%) Tratamentos Alho Citronela Gengibre Nim Testemunha CV= 5,98% DMS= 13,61*Mdias seguidas da mesma letra minscula nas colunas e maisculas nas linhas no diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5 97,0 aA* 72,2 bB 99,5 aA 100,0 aA 0,0 c

15 97,6 aA 99,3 aA 100,0 aA 100,0 aA

25 99,8 aA 99,6 aA 100,0 aA 100,0 aA

35 99,8 aA 99,6 aA 100,0 aA 100,0 aA

45 99,6 aA 99,8 aA 100,0 aA 100,0 aA

No se tem informaes sobre o efeito do extrato de citronela sobre C. eragrostidis, que apesar de apresentar menor controle da esporulao na concentrao de 5%, para as demais concentraes mostrou-se bastante efetiva, visto que em outros trabalhos realizados 34

com esta planta medicinal, vem se evidenciando grande potencial para o controle de fitopatgenos como o observado por Moreira et al., (2008) avaliando o potencial da citronela no controle de fungos. Lima (2007) constatou a eficincia da citronela no controle de C. gossypii C. gossypii var. cephalosporioides South. var. cephalosporioides Costa. Todos os tratamentos utilizados neste trabalho mostram potencial de inibio sobre a esporulao de C. eragrostidis. Resultados apresentados em outros trabalhos indicam eficincia ou a ineficincia dos extratos vegetais em resposta as atividades microbianas de vrios patgenos de plantas. Paula et al., (2008) afirmam que o extrato vegetal de alho mostrou-se eficiente no controle in vitro Phomopsis phaseoli var. sojae. Resultados

contrrios aos observados neste trabalho no mostram efeitos promissores dos extratos sobre atividades antimicrobianas. Ribeiro & Bedendo (1999) constataram que o extrato de alho em diferentes concentraes, no apresentou efeito inibitrio sobre a produo de esporos de C. gloeosporioides. Rodrigues et al., (2006) observaram que diferentes concentraes do extrato de gengibre promoveram um leve aumento na esporulao de Helminthosporum sp. em bananeira, diferindo dos resultados apresentados pelos extratos de gengibre e alho em C. eragostidis. Houve influncia das concentraes dos extratos vegetais de alho, citronela e gengibre sobre a esporulao de C. eragrostidis (Figura 2). Observa-se que com o aumento das concentraes ocorreu um aumento progressivo da percentagem de inibio da esporulao do fungo, indicando grande potencial fitotxico destas plantas sobre a atividade biolgica de C. eragrostidis.

35

A10099,5 99120100 80

B

PIE (%)

98,5

PIE (%)

9897,5

y = 95,756 + 20,971x -27,143x2 R2 = 0,89

6040 20

y = 63,802+ 248,71x -386,43x 2 R2 = 0,8623

97 96,5 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%0 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

C

100,2100,1 100

PIE (%)

99,9

99,899,7 99,6 y = 99,346+ 4,5714x-7,1429x 2 R2 = 0,8571

99,599,4 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

Figura 2. Percentagem de inibio da esporulao de C. eragrostidis com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B) e gengibre (C).

Oliveira (2008) observou que todas as concentraes do extrato hidrolcoolico de alho mostram-se eficientes sobre a esporulao de F. gutiforme. Segundo a autora, concentraes de 30 e 40% o extrato de nim tambm apresentaram grande potencial no controle do fungo. J Lima (2007) indica que o leo de citronela apresentou potencial fungitxico inibidor sobre C.gossypii South. var. cephalosporioides, mesmo em baixas concentraes.

3.3 Anlise da atividade in vitro do potencial fungitxico de extratos vegetais sobre a germinao de condios de C. eragrostidis Todos os extratos mostraram potencial de controle sobre a germinao de condios de C. eragrostidis. Os menores efeitos na germinao de condios foram observados com o uso do extrato de citronela e nim na concentrao de 5% com PIG de 84% e 86,25%

36

respectivamente em condio de claro contnuo, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Houve influncia nestas concentraes no PIG em crelao dos regimes de luminosidade para esses tratamentos (Tabela 3).

Tabela 3. Percentagem de inibio da germinao de condios de Curvularia eragrostidis, com o uso de extratos vegetais. CCA/UFPB, Areia PB, 2009.

Condio de incubao Tratamentos Extrato de alho 5% Extrato de alho 15% Extrato de alho 25% Extrato de alho 35% Extrato de alho 45% Extrato de citronela 5% Extrato de citronela 15% Extrato de citronela 25% Extrato de citronela 35% Extrato de citronela 45% Extrato de gengibre 5% Extrato de gengibre 15% Extrato de gengibre 2 5% Extrato de gengibre 35% Extrato de gengibre 45% Extrato de nim 5% Extrato de nim 15% Extrato de nim 25% Extrato de nim 35% Extrato de nim 45% Testemunha CV=2,56% DMS= 6,25*Mdias seguidas de mesma letra minscula na linha e maiscula na coluna no diferem a 5% de probabilida de pelo teste de Tukey.

Claro 93,50 bA 94,00 abB 95,50 abA 97,75 abA 98,75 abA 84,00 cB 94,25 abA 93,50 bA 94,75 abA 94,75 abA 96,75 abA 97,25 abA 97.75 abA 97,75 abA 100,00 aA 86,25 cB 94,00 abA 95,25 abA 96,25 abA 97,25 abA 0,0 dD

Escuro 93,50 abcA 91,50 bcB 97,00 abA 97,75 abA 97,75 abA 89,00 cA 93,75 abcA 95,25 abcA 95,00 abcA 98,00 aA 95,00 abcB 97,75 abA 97,50 abA 98,50 aA 98,50 aA 95,00 abcA 95,00 abcA 95,50 abA 95,75 abA 96,00 abA 0,0 dD

37

Todos os extratos testados nos ensaios para a germinao indicam potenciais inibidores e/ou controladores de atividada microbiana, com ao direta sobre o patgeno alvo. Carvalho et al., (2008) e Lorenzi & Matos (2002) indicam que ervas aromticas como o alho e gengibre possuem ao bactericida, fungicida, pois apresentam em sua constituio qumica a aliicina, inulina, o gingerol e o shorgaol, respectivamente. Conferindo a estas plantas um alto potencial de controle de variados fitopatgenos. Morais (2004), por exemplo, observou que concentraes do extrato aquoso de alho a 20% inibiu a germinao de condios de F. oxysporum. Oliveira (2008) indicou que a utilizao de extratos vegetais de nim e alho em diferentes concentraes (20, 30 e 40%) podem ser uma alternativa de controle de F. gutiforme. Souza et al., (2007) relataram que os extratos de alho e capim-santo (Cymbopogon citratus Stapf.) inibiram a germinao do fungo F. proliferatum, porm de forma mais eficiente a partir da concentrao 2,5%. De acordo com os autores, estes extratos possuem princpios ativos inibidores, vislumbrando desta forma a possibilidade do emprego destes extratos na proteo do hospedeiro e/ou erradicao do patgeno.

38

A9810099 98PIG (%)

B96

y = 92,869 + 8x + 12,5x 2 R2 = 0,9739PIG (%)

94 92

97

9088 86

9695 94 93 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

y = 80,682+ 90,857x-135,71x2 R2 = 0,9198

8482 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

C100,5100 99,5PIG (%)

D9896

PIG (%)

99

y = 97,441 -9,5714x + 32,143x2 R2 = 0,834

94 92 y =83,563 + 73,357x-98,214x 2 R2 = 0,9385

98,598 97,5

9088 86 84

9796,5 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

5%

15%

25% Concentrao (%)

35%

45%

Figura 3. Percentagem de inibio da germinao de condios de C. eragrostidis em condio de claro contnuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

Segundo Carneiro (2008) o extrato de folhas de nim em baixas concentraes (2 e 4%) mostrou-se pouco efetivo no controle do odio (Oidium lycopersici) do tomateiro, melhorando com o aumento das concentraes, porm concentraes de 16% causaram efeito txico nas plantas. De acordo com Carneiro et al., (2007) o efeito do nim sobre os fungos varivel, dependendo, entre outros fatores, do patgeno alvo. Pignoni & Carneiro (2005), afirmam que

39

o extrato aquoso de nim tem apresentado efeito fugitxico sobre vrios patgenos que causam problemas foliares, como o odio da abobrinha (Sphaerotheca fuliginea), o odio do trigo (Erysiphe graminis f. sp. tritici), ferrugem da folha do trigo (Puccinia recondita f. sp. tritici), mancha de cercospora da beterraba (Cercospora beticola).O extrato de gengibre tambm tem sido relatado causando efeito inibitrio sobre fungos foliares em outras culturas, como o resultado observado por Silva (2005) que cita que o extrato de gengibre demonstrou ser um potente indutor de resistncia em plantas de cevada contra Bipolaris sorokiniana fungo causador de mancha foliar. Houve influncia das concentraes dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim sobre o PIG de C. eragrostidis incubado em regime de escuro contnuo de acordo com a anlise de regresso (Figura 4). Os efeitos inibitrios sobre a germinao de condios foram proporcionais ao aumento das concentraes dos extratos.

40

A9998 97PIG (%)

B99 98 97 96 95 94 93 92 91 90 89 885% 15% 25% Concentrao (%)

96

9594 93 y = 91,544+ 18,143x -6,7857x 2 R2 = 0,6676

PIG (%)

y = 88,682+ 34,857x-35,714x 2 R2 = 0,6574

9291 5% 15% 25% Concentrao (%) 35% 45%

35%

45%

C

D

96,2

99 98,5 98 97,5 97 96,5 96 95,5 95 94,5 5% 15%

96 95,8PIG (%)

y = 94,838 + 1,8571x1,7857x2 R2 = 0,9509

PIG (%)

95,6

y = 94,222+ 22,929x-30,357x R2 = 0,8791

2

95,495,2 95 94,8

25% Concentrao (%)

35%

45%

5%

15%

25% Concentrao (%)

35%

45%

Figura 4. Percentagem de inibio da germinao de condios de C. eragrostidis em condio de escuro contnuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

De acordo Rozwalka et al., (2008) o extrato de gengibre foi responsvel pelo controle em 92,7% de C. gloeosporioides em goiabeira (Psidium guajava L.). Resultados contrrios aos observados no presente trabalho foram obtidos por Rodrigues et al., (2006) que utilizando diferentes concentraes do extrato de gengibre no constatarm efeito inibitrio eficiente sobre Helminthosporum sp..

41

4. CONCLUSES Os extratos vegetais utilizados mostram efeito fitotxico sobre C. eragrostidis nas anlises in vitro, destacando-se os extratos de gengibre e nim que mesmo em baixas concentraes inibiram o crescimento micelial e a esporulao. A utilizao dos extratos vegetais de alho, capim citronela, gengibre e nim partir da concentrao de 25% apresentaram os maiores efeitos fitotxicos sobre C. eragrostidis, indicando serem estes uma alternativa potencial e vivel no controle deste patgeno.

42

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