Noções Básicas de Lógica• Definição de Lógica: é uma disciplina

filosófica que estuda as leis, os princípios e as regras do pensamento e do discurso.

• Operações Básicas de Lógica: Conceito, Juízo e Raciocínio.

• Expressões Verbais: Termo (conceito), Proposição (juízo) e Argumento (raciocínio).

• Pela apreensão (sensitiva ou outra) concebemos as noções/conceitos;

• Pelo Juízo relacionamos conceitos uns com outros;• Através do raciocínio combinamos juízos e alcançamos

conhecimentos.

• CONCEITO: Ideia/Noção formada por abstracção e generalização, constituída por caracteres essenciais (não acidentais da realidade) .

• “Na linguagem corrente, nome e termo são sinónimos. Rigorosamente, a palavra termo significa limite e é assim chamada por ser o extremo de uma proposição. Os termos, ie, as ideias representadas pela sua expressão verbal, são, portanto, os limites da proposição. E termo define-se como a expressão verbal de uma ideia” V. MAGALHÃES-VILHENA, pmf, P. 283.

JUÍZOS e PROPOSIÇÕES

• Definição de Juízo: “é uma operação racional q consiste em afirmar ou negar uma coisa de outra coisa”;

• “ O mais simples acto do pensamento é o juízo. Pensar, disse Kant, é julgar. Julgar é o acto de afirmar. A um juízo expresso por palavras chama-se proposição. Dito de outro modo: proposição é a expressão verbal de um juízo”. V.MAGALHÃES-VILHENA, Id., p.282.

• Nem todas as frases são Proposições, só as que constituem afirmações ou negações, ie, as frases declarativas, pois são as únicas susceptíveis de serem Verdadeiras ou Falsas

• Frases Exclamativas, Interrogativas, Pedidos, Dúvidas, não sãonão são proposições

• Para Kant, O Juízo/Proposição “é o lugar da Verdade”

• Estrutura dos juízos: S é P ou S não é P

• Ex: “A mesa é redonda” (a mesa não é redonda)• Sujeito = Conceito do qual se afirma ou nega algo (a mesa)• Predicado = o q se afirma ou nega do sujeito (ser redonda)• Cópula = Verbo que estabelece a ligação entre os termos da

proposição.

• Definição de RaciocínioDefinição de Raciocínio: é um acto do pensamento lógico que tende a tirar uma conclusão a partir de determinadas premissas

• Tipos de raciocínio: dedutivo, indutivo, por analogia

• “A operação mental que nos permite passar de uma ideia a outra ideia e acreditar nesta, que nos permite extrair uma ou mais noções de outras, extrair juízos de outros juízos, chama-se raciocínio. Raciocínio é um enlace de juízos”. V.MAGALHÃES-VILHENA, Id., p.282.

• “O raciocínio é uma operação discursiva do pensamento (...) orientada para uma conclusão. (...) É a operação do espírito que de uma ou mais relações conhecidas conclui logicamente outras relações. Raciocinar é concluir. Concluir é inferir, ie, tirar uma proposição de uma ou mais proposições em que está implicitamente contida”. V.MAGALHÃES-VILHENA, Id., p.305

VALOR LÓGICO das PROPOSIÇÕES• Verdade e falsidade são os valores lógicos dos

Juízos/Proposições, porque veiculam informações sobre o real e podem estar de acordo ou não com ele

• Verdade e falsidade dizem respeito à matéria ou conteúdo dos Juízos/Proposições

• Verdade: Diz-se do valor lógico de uma proposição que está de acordo com a realidade.

Ex. “Os mamíferos são vertebrados”

• Falsidade. O inverso.Ex: “Os mamíferos são aves”

VALOR LÓGICO Dos ARGUMENTOS• Validade/Invalidade é o valor lógico dos

raciocínios/argumentos• Validade: é a Forma do raciocínio/argumento; a

coerência interna do raciocínio, ie, se das premissas é legítimo extrair uma conclusão

• A Validade é Independente da Verdade• Num raciocínio/argumento há a considerar o

conteúdo (Significado das proposições que o formam ) e a forma (encadeamento das proposições independentemente do seu conteúdo)

FALÁCIAS

• Falácias = erros de raciocínio, raciocínios inválidos, argumentos viciosos.

• As FALÁCIAS são Formais e Informais• Formais = Erros na aplicação das regras do raciocínio• Informais = Do uso da Linguagem• FALÁCIAS: Se voluntários = Sofismas Se involuntários = Paralogismos

• Não há uma classificação universalmente aceite de Falácias

• “Falácias (num sentido mais amplo) são erros que ocorrem nos argumentos e que afectam a sua irrefutabilidade. Em latim, o verbo fallere significa “falir”. Argumentos falaciosos são enganosos, pois parecem ser, superficialmente, bons argumentos. (...) Sempre que raciocinamos inválida ou irrelevantemente, ou seja, se aceitamos premissas que não deveríamos, ou não fazemos uso adequado dos factos relevantes à nossa disposição, cometemos uma falácia”.

J. Nolt-D. Rohatyn, Lógica, S. Paulo, McGraw-Hill, 1991, pp.344-5