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[ÍNDICE DE SEGURANÇA ENERGÉTICA INTELIGENTE UL - CPLP BRIEFING REPORT] 29 de Maio de 2012 11 Moçambique 2008 2009 Dependência Energética 0% 0% Ponderadores Índice Desenvolvimento Energético AIE 3% Índice de Segurança Energética Inteligente 0,14 0,11 Moçambique é o quarto país da CPLP com o melhor desempenho do ISEI (0,14 e 0,11), sendo a inexistência de dependência energética e as elevadas percentagens de energia primária renovável (96,7%) e de eletricidade verde (98%) os principais contribuidores para este resultado. Contudo, o índice verificou uma diminuição entre 2008 e 2009 devido sobretudo ao aumento da intensidade energética da economia, dado que por ser um país em arranque na sua fase de desenvolvimento, ainda não possui um sistema energético maturo, eficiente e que assegure a universidade do acesso aos serviços energéticos à população no seu todo. Todavia, as descobertas recentes de vastas reservas de gás natural em Moçambique desvelam uma oportunidade para que o país se torne num dos principais exportadores mundiais de Gás Natural Liquefeito (GNL). Por isso, a prazo, Moçambique poderá um dos centros de excelência na E&P de gás natural, podendo ser este um dos seus principais pilares para uma segurança energética inteligente. Tendo em conta o perfil energético da economia moçambicana, para que esta consiga reforçar de forma inteligente a sua segurança energética, propõe-se as seguintes linhas de política (em muito semelhantes às da economia angolana): Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Estudar a introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos (GPL, diesel), em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias. Fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação, criando emprego sustentado a nível local, bem como estudar formas de utilização racional do gás natural – poderão ser desenvolvidas iniciativas de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos, sendo possível neste domínio estabelecer iniciativas de cooperação técnico-científica com Portugal, devido ao conhecimento e boas práticas portuguesas neste domínio Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) em território nacional, fomentando projetos de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP (p.e. Brasil, Portugal, Moçambique e Timor-Leste).

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[ÍNDICE DE SEGURANÇA ENERGÉTICA INTELIGENTE UL - CPLP BRIEFING REPORT] 29 de Maio de 2012

11

Moçambique

2008 2009

Dependência Energética

0%

0%

Ponderadores Índice Desenvolvimento Energético AIE

3%

Índice de Segurança Energética Inteligente

0,14 0,11

Moçambique é o quarto país da CPLP com o melhor desempenho do ISEI (0,14 e 0,11), sendo a

inexistência de dependência energética e as elevadas percentagens de energia primária renovável

(96,7%) e de eletricidade verde (98%) os principais contribuidores para este resultado.

Contudo, o índice verificou uma diminuição entre 2008 e 2009 devido sobretudo ao aumento da

intensidade energética da economia, dado que por ser um país em arranque na sua fase de

desenvolvimento, ainda não possui um sistema energético maturo, eficiente e que assegure a

universidade do acesso aos serviços energéticos à população no seu todo.

Todavia, as descobertas recentes de vastas reservas de gás natural em Moçambique desvelam uma

oportunidade para que o país se torne num dos principais exportadores mundiais de Gás Natural

Liquefeito (GNL). Por isso, a prazo, Moçambique poderá um dos centros de excelência na E&P de gás

natural, podendo ser este um dos seus principais pilares para uma segurança energética inteligente.

Tendo em conta o perfil energético da economia moçambicana, para que esta consiga reforçar de forma

inteligente a sua segurança energética, propõe-se as seguintes linhas de política (em muito semelhantes

às da economia angolana):

• Introdução de tecnologias avançadas na utilização da energia primária renovável (na sua

maioria, material lenhoso e biomassa), para aumentar a eficiência do sistema energético sem

agravar a sua intensidade carbónica nem a intensidade energética da economia. Estudar a

introdução de sistemas descentralizados de produção de energia eléctrica híbridos (GPL,

diesel), em que se utilize biomassa (lenha e resíduos agrícolas). Esta iniciativa também pode

servir de fornecimento energético para instalação de novas indústrias.

• Fomentar a produção de biocombustíveis sustentáveis para consumo interno e exportação,

criando emprego sustentado a nível local, bem como estudar formas de utilização racional do

gás natural – poderão ser desenvolvidas iniciativas de cooperação técnico-científica (formação

avançada e I&D) nestes domínios com países da CPLP

• Melhorar as infra-estruturas de acesso e distribuição de serviços energéticos, sendo possível

neste domínio estabelecer iniciativas de cooperação técnico-científica com Portugal, devido ao

conhecimento e boas práticas portuguesas neste domínio

• Manter e aumentar a prospeção para a Exploração&Produção (E&P) de hidrocarbonetos não

convencionais (deep off-shore, shale gas, oil shale) em território nacional, fomentando projetos

de cooperação técnico-científica (formação avançada e I&D) nestes domínios com países da

CPLP (p.e. Brasil, Portugal, Moçambique e Timor-Leste).