Nº 377 Edição Brasil
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www.americaeconomia.com.brJULHO, 2009
maioresda América Latinaempresas
BRASIL
R$ 20
4 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Nº 377 / JULHO, 2009
NESTA EDIÇÃO
SEÇ ÕES
35 >MUNDOS PARALELOSA real situação da gigante Pdvsa é um mistério.
38 >FOGO CRUZADOPetrobras vira alvo no
tiroteio político brasileiro.
40 >PELO EQUILÍBRIOEmbraer faz 40 anos em
busca da diversifi cação
de mercados.
44 >ASSENTOS VAZIOSCompanhias aéreas la-tino-americanas lançam um sinal de alerta.
46 >FOCO NO BOLSOWal-Mart México agora quer conquistar seus clientes com um banco.
8>ÍNDICE 10>AECOM 12>CARTAS 16>MEMO 18>EDITORIAL 20>ANIMAL POLÍTICO 24>PISTAS 28>MOVIMENTOS159>CAPITAL ABERTO162>CLICS & CHIPS165>INTERFACES167>NEGÓCIO FECHADO177>VISÕES178>LINHA DIRETA
40
172
38
61
EmpresasComeça na pág.
da América latina
SE8>
1012161820
AS 500Maiores
48 >LINHA DISCADACompanhias lutam para aumentar a concorrên-cia no setor de telecom mexicano.
50 >RALLY VOLTAICONo Chile, a Enersis tem bons motivos para sorrir.
52 >OURO VERDEEra agrícola do grupo Perez Companc chega com desafi os.
54 >ENTREVISTAMoisés Naím defende que o hemisfério está dividido.
56 >NOVA DESORDEM MUNDIALQuais serão os temas que dominarão o debate eco-nômico daqui adiante? CA
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70
82
78
74 72
806 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 20096 AMÉRICAECONOMIA É / JULHO 2009
OPINIÃO
154 >Marcelo Giugale reúne dez lições aprendidas com a crise.
155 > Obama não faz promessas vazias, defende Abraham Lowenthal.
156 >As “Multiemergentes”apontam à inovação, diz Javier Santiso.
157 >Investimento produtivo é o desafi o pendente, segundo o chileno Ricardo Ffrench-Davis.
158 >Para John Edmunds, divergências das moedas latino-americanas criará oportunidades.
160 >IBIZCloud computing, uma opção viável.
162 >CLICSUm telefone multimídia de negócios é a nova aposta da Polycom.
172 >TROCA DE MARCHAOs vendedores de carros de luxo não reclamam da região.
NESTA EDIÇÃO
SETORES66>ALIMENTOS68>AUTOMOTIVO70>BEBIDAS72>COMÉRCIO74>ELETRICIDADE76>MINERAÇÃO78>PETRÓLEO E GÁS80> PETROQUÍMICA82>SIDERURGIA84>TELECOMUNICAÇÕES
ILUS
TRAÇ
ÕES
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O
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ÍNDICE DE EMPRESASOS NÚMEROS REFEREM-SE À PRIMEIRA PÁGINA EM QUE AS EMPRESAS SÁO CITADAS.EXCLUI AS EMPRESAS QUE FIGURAM EM GRÁFICOS E RANKINGS
8 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
A-B-C-DABCEB .........................................................34Accenture ....................................................183Acciona .........................................................60Accival-Citi ...................................................26Aceitera General Deheza ............................143Acer .............................................................185Activa ............................................................64ADK Automotive ..........................................82Adobe ..........................................................183Aeroméxico ...................................................51Agora Corretora ............................................65Agra/FNP ......................................................81AIG Universal Processing Center ...............188AIG .......................................................34, 188Airbus ............................................................56Alcaraz Cabrera Vásquez ..............................40Alfa................................................................26Alicorp ........................................................181AlixPartners ..................................................30Allergy Therapeutics ...................................191Alpek .............................................................95Alstom .........................................................188Amazon .......................................................183AmBev ..........................................................84AMD ...........................................................183América Móvil ................................48, 98, 181Amoco Oil .....................................................42Andreoli MS&L ............................................65Andrews International .................................189Anglo American Sur ...................................143Antofagasta PLC ...................................91, 124Aqua Chile ....................................................24Aracruz Celulose .........................................128Arce Rojas Consultores .................................93ArcelorMittal .................................................97Arcor .......................................................63, 81Argos ...........................................................181Audi .............................................................193Aviacsa ..........................................................51Avic ...............................................................56Axtel ..............................................................46Azul Linhas Aéreas .................................51, 52Azure Ventures ............................................191B2W ............................................................137Baja Celular Mexicana ..................................46Banchile Inversiones .....................................60Banco de Galicia y Buenos Aires ...............188Banco Ibi .....................................................188Banco Ixe ......................................................59Banco Salvadoreño-HSBC Salvador...........188Banco Wal-Mart ............................................59Bancolombia ...............................................183Bancor .........................................................188BancoSal .....................................................188Banorte ........................................................188Bavaria ..........................................................85BBVA ....................................................71, 188Bemis ..........................................................189Bestphone ......................................................46BGH ..............................................................34BHP Billiton..................................................26BMW .....................................................56, 193Bodega Familia Zuccardi ..............................32Boeing ...........................................................56Bolsa de Valores de Nueva York ...................65Bombardier ...................................................56Bradesco ......................................................188Brasil Foods ..................................................80Braskem ..................................26, 95, 128, 188Braspag .......................................................188Bristow Group .............................................191British Telecom .............................................66Bulltick Capital Markets ...............................71C&A ............................................................188Cablemás .......................................................44Cablevisión Monterrey ..................................44Cablevisión....................................................44Carbones del Cerrejón .................................143Carlyle Group ..............................................189Carozzi ..........................................................63Carrefour ...........................................26, 78, 87Casas Bahia ...................................................87Cemex ...........................................24, 181, 189Cemig ............................................................89Cencosud .................................78, 86, 157, 181Cervecería Cuauhtémoc Moctezuma ............85Cessna ...........................................................54CF Industries .................................................95Chrysler .........................................................82Cifra-Aurrerá .................................................58Cisco .............................................................99Citi...........................................................50, 72Citrix ...........................................................182Claro Telecom ...............................................99Cobranzas y Servicios .................................188Coca-Cola .....................................................85Codelco .........................................90, 157, 188Coignizant ...................................................197Colbún .........................................................124Collahuasi .....................................................91Colombiana de Comercio .............................76Com. Brasiliana de Energia ..........................89Com. Luz y Fuerza del Centro ......................89
Comisión Federal de Electricidad .......................44, 89, 99, 188
Compañía Financiera Argentina .................188Copa ..............................................................51Copec ..........................................................181Coromandel Fertilizers ................................191Cosan .............................................................81CPFL Energia ................................................89Crif ..............................................................197CSAV ..........................................................181CSN ...............................................................97CVC ............................................................189D&S ..............................................................87Danone ........................................................154Datamonitor ..................................................85De Martino ....................................................67Dell ..............................................................183Deloitte ..........................................................87Delphi ....................................................83, 154Delverde Industri Alimentari ........................63Digicel ...........................................................66Dish ...............................................................48Disney ...........................................................29DN Consultores .............................................98Dow Brasil ....................................................95Dow Jones .....................................................80
E-F-G-HE.ON .............................................................61EchoStar ........................................................48EcofysValgesta ..............................................61Ecopetrol .......................93, 128, 140, 181, 189EDF ...............................................................61El Mercurio ...................................................72El Universal ...................................................22Eletrobras ......................................................89Eletropaulo ....................................................89Elementia ....................................................189Ely Lilly ......................................................183Embotelladora Andina ..................................85Embotelladoras Arca .....................................85Embraer .........................................................52EMC Corporation ..........................................32Empresa Generadora del Austro .................188Enap ..............................................................93Endesa España ..............................................60Endesa ...........................................................89Enel Green Power .........................................61Enel ...............................................................60Energías Ambientales Oaxaca ....................188Energy Consult ..............................................95Enersis .....................................60, 89, 157, 181Envirosell ......................................................87Eratech ..........................................................67Ernst&Young.................................................95Euromonitor ..................................................84Everis ............................................................30Éxito ............................................................181Falabella ..................................78, 86, 157, 181Farmacias Benavides .....................................76Femsa ....................................................85, 181Fiat Automóveis ............................................83Fiat ................................................................82Financial Times .............................................72Finca Maipú ..................................................32Fitch Ratings .....................................62, 85, 97Ford Motor Company ....................................83Ford .........................................................32, 82Foreign Policy ...............................................68Fox News ......................................................22Frigorífi co O’Higgins ....................................63Frost & Sullivan ......................................51, 98Funai ...........................................................189Gafi sa ..........................................................189Garda World Security..................................189Gartner ..................................................99, 183GE ...................................................36, 56, 191General Motors de México ...........................83General Motors .......................................72, 82Genomma Lab .............................................189Gerdau Açominas ........................................143Gerdau Aços Longos .....................................97Gerdau ...................................................97, 181Glencore International ................................189Globovisión ...................................................22Gol .................................................................51Grupo Actinver ......................................97, 188Grupo Alfa ..................................................143Grupo Bimbo ................................................81Grupo Brescia ...............................................95Grupo Carso ................................................189Grupo Collados .............................................97Grupo Gigante ...............................................59Grupo Gloria ...............................................181Grupo Imsa ............................................97, 154Grupo Industrial Lala ....................................81Grupo Maseca ...............................................81Grupo México .......................................91, 143Grupo Modelo ...............................................84Grupo Nacional de Chocolates ...................181Grupo Pão de Açúcar ....................................87Grupo Pegasus.............................................188Grupo Pepsico ...............................................85Grupo Salinas ................................................48
Grupo Schincariol .........................................84Grupo Silvio Santos ....................................188Grupo Ultra ...................................................93Grupo Viz ....................................................154Hainan Airlines .............................................56Helados San Isidro Labrador ........................63Hocol ...........................................................189Holcim ...........................................................24Honda ......................................................54, 82Huddle Group ................................................32Huhtamaki Oyj ...........................................189Hylsamex ....................................................154Hyundai .........................................................82
I-J-K-LIberdrola Renovables ..................................188Iberdrola ........................................................61IBM .............................................................183Ibope ...........................................................191IDC ................................................................99Ideiasnet ......................................................188Idesa ..............................................................26IHS Global Insight ......................................193Imazon ...........................................................26Indura ..........................................................182Industrias CH ................................................97Industrias Nacobre ......................................189Industrias Peñoles .........................................91Infomine ........................................................91Instituto Costarricense de Electricidad .........66Intel ...............................................36, 183, 185Inverseguros ..................................................61ISA ..............................................................181Itaipú Binacional ...................................89, 124Iusacell ..........................................................48Ixe Grupo Financiero ..................................188JBS ..............................................................191Kmine ..........................................................188KPMG ...............................................40, 66, 83Kraft Foods ...................................................87La Prensa .......................................................22Lan ........................................................51, 157LarrainVial ....................................................61Ledesma ........................................................34Lehman Brothers .........................................154LG ...............................................................185Lider Aviação ..............................................191
M-N-O-PMapfre .........................................................188Marine Harvest ..............................................24Marubeni .....................................................191Maximixe ......................................................91Megacable .....................................................46Mercedes-Benz ...........................................194Mercer ...........................................................34Merrill Lynch ..........................................84, 97Met-Mex Peñoles ..........................................97Métrica ..........................................................86Mexicana de Aviación ...................................51Mexichem......................................................95Microsoft .....................................................182Minera Antamina ..........................................91Minera Barrick
Misquichilca .......................................124Minera Escondida .................91, 124, 128, 157Minera México ..............................................91Minera Spence ............................................157Mintel ............................................................85Mitsubishi .....................................................56MMX .............................................................97Molino Cañuelas .........................................191Molinos Río de la Plata .................................62Movistar ........................................................48Multiexport....................................................24Multiplan Consultoria
Aeronáutica ...........................................54Munchi’s .......................................................63MVS ..............................................................48Nacional Financiera ......................................34Nec ..............................................................184Nemak .........................................................154Nestlé de México ..........................................81Nestlé ............................................................81Nexant ...........................................................94Nexxo Financial Corporation ......................188Nissan Mexicana ...........................................83Nissan ............................................................82Nitratos del Perú ...........................................95Occidental de Colombia ..............................124Operadora Unefón .........................................46Organización Soriana ....................................87OXY ............................................................124Pão de Açúcar .......................................26, 191Parmalat ........................................................65Parque Arauco ...............................................86Patagonia .............................................124, 128PDVSA ........................38, 66, 77, 93, 128, 191Pemex Gas y Petroquímica ...........................95Pemex Petroquímica .....................................95Pemex Refi nación .................................93, 128Pemex ......................................77, 92, 128, 182Pequiven ................................................94, 188
Perdigão ........................................................80Perez Companc .............................................62Petrobras Distribuidora .................................93Petrobras ...24, 64, 77, 93, 95, 128, 140, 181, 191Petroecuador .................................93, 128, 191Petrolera Pecom ............................................62PetroMacareo ..............................................191PetroPerú .................................................93, 95PetroVietnam ...............................................191Philips .........................................................189Polimérica .....................................................94Polycom ......................................................184Ponto Frio....................................................191Porsche ........................................................193Pratt & Whitney ............................................56Propilsur ........................................................94Prudential Financial ....................................188Pyramid Research .........................................99
Q-R-S-TQuattor Participações ....................................95Química Estrella ............................................63Racsa .............................................................66Recalcine .....................................................191Refi nería del Pacífi co ..................................191Renault ..........................................................83Reputation Institute .......................................65Rio Tinto ...............................................26, 188Ripley ............................................................86Rolls Royce ...................................................56Sadia ......................................................80, 128Samsung ......................................................184SanDisk .......................................................185Santander GBM ............................................60Santander .....................................................191SAP .............................................................182Select .......................................................48, 99Siderar .........................................................181Siemens .........................................................32Sigdo Koppers ...............................................95Sigla ..............................................................89Sigma ............................................................81SK Energy .....................................................95Solidus...........................................................96Sonda .............................................................31SonicWall ......................................................30Southern Copper
Corporation ...................................91, 181SQM ..............................................24, 157, 191Standard & Poor’s .............................73, 89, 93Sun Microsystems ...............................183, 197Taca ...............................................................50Talon Metals ................................................188Tam................................................................51Techint ...................................................97, 154Telcel .......................................................46, 99Teleamazonas ................................................22Telecom .......................................................181Telefónica Argentina ...................................181Telefónica Brasil .........................................181Telefónica México.........................................46Telefónica Perú ...........................................181Telefónica ..............................................66, 140Telefónica-Movistar ......................................98Teléfonos de México ...................................154Telemar..........................................................99Telesp ............................................................99Televisa .........................................................44Telmex Internacional .....................................99Telmex .............................................44, 99, 181Tenaris ...................................................97, 181Ternium México ..........................................154Ternium .........................................................97Tigo-Amnet ...................................................66Tim Participações ..........................................99Toyota ............................................................82
U-V-W-X-YUltrapar .......................................................181Unipar ...........................................................95Urbi .............................................................137Usiminas .......................................................97Vale ...............................................91, 128, 181Varig ..............................................................51Viñas Santa Julia ...........................................32Vivo ...............................................................99Volcán..........................................................181Volkswagen de México .................................83Volkswagen ...................................................83Wal-Mart de México .....................................58Wal-Mart Supercenter ...................................87Wal-Mart .........................................26, 87, 140WalMex .................................................87, 181Websense .......................................................32Williams Cos .................................................42WPP ............................................................191Wuhan Street .................................................97Xerox .............................................................32Yara Fertilizantes ..........................................95YouTube ........................................................22YPF .......................................................93, 181YPFB.............................................................93
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10 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
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FOI O AUMENTO DE VENDAS DA JBS-FRIBOI EM 2008. PRESENTE EM 11 PAÍSES, A MULTINACIONAL É BRASILEIRA DE MAIOR DESTAQUE DO RANKING DAS MAIORES MULTILATINAS.
FOI A NOTA DE SÃO PAULO NO ÍNDICE “TAMANHO E DINAMISMO ECONÔMICO” DO RANKING DAS MELHORES CIDADES PARA FAZER NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA, NO QUAL FICOU EM PRIMEIRO LUGAR.
Além disso, acesse os rankings completos de:As 500 Maiores Empresas da América Latina
As 500 Maiores Empresas do Chile
As 500 Maiores Empresas do Peru
Comentários dos leitores de americaeconomia.com.br
Acomunidadeopina
Ranking
O Brasil tem de agir em relação aos hermanos e não ser apenas rebocado
Jonas Belchior, , sobre entrevista com o ex-embaixador José Botafogo
Gonçalves
Temos que aceitar no Mercosul um golpista como Chávez que não respeita os direitos
privados e os direitos da imprensa?Antonio Carlos Polato, sobre entrevista com o deputado Fernando Gabeira
Deveríamos seguir o exemplo dos EUA de respeito às instituições, e contratos.
Somente dessa forma a América Latina poderá ser considerada segura para investimentosMarcelo A. Juarez, comenta a nota “Venezuela nacionaliza ativos de 60
petrolíferas”
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USA (Fl)+1.305.808.5900
Argentina0800.800.4677
Brasil0800.771.4747
Chile +56.2.422.5900
Perú+51.1.705.5700
Panamá+50.7.314.0324
Venezuela0800.4677.288
Colômbia +57.1.611.9000
ILUSTRAÇÃO DA MATÉRIA “SOB A MIRARA DO TITÔ, AMÉRICAECONOMIA Nº376, DE JUNHO DE 2009
EUAO melhor cliente!
ChinaEuropa
Compram-se jogadoresJunk food, junk bonds
Ali,problema da Odebrecht
Aqui,problema dos EUA
E outros petroproblemas Futura rota
ao Pacífico (mas passa por Machu Picchu?)
E onde fica a Petrobras nisso?
Energia e meu primeiro relógio
falsificado
Tangódromoe muitas ofertas
Bom vinho. Bom esqui
Carne e cassinos
Aqui mora o Chaves com “S”
Inauguram-se embaixadas
Énossa!
Oceano Pacífico
Rio ParanáRio Amazonas
Esta é uma
homenagem a
Steinberg, do
New Yorker,
e à The Economist
CARTASE COMENTÁRIOS
12 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
América Latina IBrasil, grande país e
povo. Festa e mais festa.
Com uma historia de
desencontros com seus
próprios vizinhos e
que, nos últimos anos,
tem buscado inserir-se
no mundo global, tal
como descreve a matéria
(“Sob a mirada do titã”,
AméricaEconomia N° 376,
junho, 2009). Não acho
que o Brasil será o país
líder que a região requer.
Mostra disso é o famoso
Mercosul. E agora, mais
recentemente, a Unasul.
Em seu próprio âmbito
de infl uência (Argentina,
Paraguai, Uruguai), não
conseguiu até agora
unifi car nem dar forma a
nada. Como poderia liderar
algo maior e mais diverso?
Porque essa história de
que a América Latina é
uma entidade comum
unida por um passado e
por raízes semelhantes
é somente pretensão.
Somos parecidos, mas tão
diferentes que eu falaria
de sub-regiões. Colocar-
nos de acordo requer
vontade e compromisso
e uma série de condições
que difi cilmente se
conjugarão. O Brasil
crescerá e será um jogador
mundial importante, mas
difi cilmente arrastará a
região em sua escalada ao
bem-estar comum.
Daniel MezaAssunção, Paraguai
Brasil e América Latina IIBrasil, Ordem e Progresso.
Tal como seu lema
nacional, seus planos de
liderança não deixam de
ser uma boa intenção. O
Brasil é como pai furtivo
para os demais povos sul-
americanos. Sabemos que
existe, mas está longe a
ausente. Se autoexclui e se
refugia atrás de sua verde
fronteira. Com o Atlântico
no outro oposto, só se
vinculava com a América
pelas fronteiras com
Paraguai e Argentina. Em
estreita faixa territorial que
atuava seletiva, quantitativa
e qualitativamente como
fi ltro. Quanta perda de
tempo e de oportunidades.
O efeito de se arrastar e
de contagiar das políticas
internas do Brasil
repercutiam em toda a
América do Sul.
Mas os brasileiros pareciam
não se dar conta disso.
O futebol, o samba, o
Carnaval, Pele, Senna e
Xuxa eram sufi cientes. Era
seu mundo. A autarquia
perfeita e voluntária. A
globalização os pegou
desprevenidos. O Mercosul
imperfeito e pequeno os
despertou da letargia.
Mas preferem o mundo
global. Já se perfi lam e
têm presença nos fóruns
mundiais. Já estão tomando
o gosto de sair sempre na
foto. Se autoclassifi cam
como uma das dez maiores
economias do mundo. Lula
o cacareja. E já apresentou
seu próprio roteiro à
sociedade mundial. Como
tateando timidamente uma
praia desconhecida com
a ponta do pé, apresentou
uma série de interrogantes.
Nem reclamações, nem
protestos. Querem primeiro
saber a reação de seus pares
e calcular de que tamanho
pode ser seu atrevimento.
Em seu afã iconoclasta de
parecer sério, equilibrado
e neutro, não substitui
Chávez, não pede descontos
a Evo no preço do gás, e
mantém uma atitude fria
e distante com os temas
sul-americanos que causam
controvérsia. Oxalá seja
sufi ciente essa indiferente
política do “não ouço,
não vejo”, para se tornar
o líder, a locomotiva que
os povos sul-americanos
esperam. Sem paternalismos
hegemônicos, mas com
Ordem, chega o Progresso.
Moisés Mesones, Lima, Peru
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[email protected]@americaeconomia.com
CARTASE COMENTÁRIOS
14 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Teoria do portfólioSobre a nota de como
existem obstáculos
mentais e reais para
diversifi car portfólios
(“Investidores Irracionais”,
AméricaEconomia N°
376, junho, 2009), a Teoria
Moderna de Portfólios
de Markowitz supõe dois
elementos muito fortes: a
racionalidade nas decisões
e o conhecimento total do
mercado. Apesar de que esse
modelo deveria ser a base
para a tomada de decisões
fi nanceiras, além da
irracionalidade apresentada
na matéria, considero que a
informação nunca é total.
Porque os elementos são
muitos e no momento em
que se está tomando a
decisão, talvez em épocas
como agora, de grande
instabilidade, nunca se sabe
qual será o comportamento
do ativo.
Carlos Lasso,Montevidéu, Uruguai
México vs Brasil IÉ verdade que o México
sofre com narcotráfi co,
delinquência e insegurança.
E isso prejudica sua
imagem. Mas o México
é um país de instituições.
Com o elemento humano
que o tem diferenciado
positivamente, sairá adiante
e dará o exemplo.
Vejo sempre em suas
matérias que são muito
pró-brasileiros, quando
na verdade este país sul-
americano sofre dos mesmos
problemas que o México,
talvez até mais.
Mauricio AlfaroCidade do México
México vs Brasil IIAcho que tudo bem nós
mexicanos aceitarmos a
crítica contida na matéria
“O espelho não mente”
(AméricaEconomia Nº 376,
junho, 2009) para melhorar,
mas acho que sempre nos
comparam negativamente
com relação ao Brasil. A
marca-cidade que tenho
de São Paulo é a de uma
cidade grande com muitos
problemas de delinquência,
ainda piores que os da
Cidade do México. Por
exemplo, as famosas favelas,
com iguais problemas de
narcotráfi co, e a poluição.
Não sabia que era um
centro fi nanceiro mundial,
e isso porque procuro estar
bem-informado das fi nanças
mundiais.
Miguel Saavedra, Cidade do México
Ética e MBASobre a nota do efeito
da crise nas escolas de
negócio (“O dia do juízo”,
AméricaEconomia N° 376,
junho, 2009), a reação
destas foi semelhante à do
que fi zeram no caso Enron,
quando incorporaram o tema
da ética mais enfaticamente
em seus programas. É certo
que na origem de ambos os
casos encontramos aquela
parte da natureza humana
que teme relação com o
ético. Mas parece que ainda
resistem a ver que a ética e
a moral terão signifi cados
diferentes dependendo da
condição espiritual de cada
pessoa, uma condição que
se forja nos primeiros anos
e se consolida ao longo da
vida, moldada no ambiente
familiar, no entorno social,
pela fé, pela educação, etc.
Acho que são dois os
momentos em que uma
instituição acadêmica
pode ter impacto real e
efetivo na conduta das
pessoas. Primeiramente, na
educação básica, quando
uma pessoa enfrenta pela
primeira vez um processo
de ensino-aprendizagem
formal e sistematizado,
quando começa a preencher
seu hard disk. Em segundo
lugar, na etapa inicial
da educação superior,
quando o jovem está
muito permeável, depois
de sair da difícil etapa da
adolescência, com todas
as suas crises existenciais.
Daí a importância do
modelo e do conteúdo
educacional, que deve ser
dinamicamente coerente
e estar alinhado do nível
inicial à educação superior,
incluindo os programas de
mestrado e doutorado. Uma
recomendação às escolas de
negócios: não descuidem
da dimensão espiritual
do ser humano, em seus
processos de seleção e de
formação. Seria bom que
estudassem e encontrassem
aplicação à parábola do
bom semeador.
Godofredo TapayPiura, Peru
Erratas1- Na pág. 46 do Ranking de MBAs (edição N° 376), publicamos a foto de Olavo Setúbal no lugar da de
Ricardo E Setúbal, (abaixo).2- Nesse mesmo especial, (pág. 35), os indicadores fi nais para as cinco escolas que lideram a categoria Empreendimento são:
Fonte: AméricaEconomia Intelligence
3- No informe especial sobre Moçambique publicado na edição de maio de 2009, a grafi a correta do nome do presidente de Moçambique é Armando Guebuza.
Escola Índ. fi nalU. Adolfo Ibáñez 87,1U. del Desarrollo 82,1IESA 61,8Iteso 85,3Egade ZC 53,1
MEMO
16 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
CRISE COM ARTE
Quanta diferença em
relação ao ano passa-
do... Ao revisar nossas
projeções da edição do Ranking
das 500 Maiores Empresas
da América Latina publicado
em 2008, nos damos conta de
quão diferente era o mundo.
O barril de petróleo estava a
US$ 130, logo alcançaria os
US$ 170 e países que tinham
demonstrado bom desempenho
macroeconômico temiam que
a infl ação chegasse
aos dois dí-
gitos.
Todo mundo sabia que os
Estados Unidos entrariam
em crise, mas as teses então
comentadas do soft landing (aterrissagem suave) e o de-coupling (desconexão das
economias emergentes das
desenvolvidas) alimentavam
uma visão otimista de que a
situação estaria sob controle.
Mas em setembro tudo foi para
o ralo. O preço do petróleo caiu
para US$ 30 o barril, o mundo
começou a falar de defl ação, o
desemprego disparou e as mo-
edas latino-americanas de livre
fl utuação despencaram.
Por isso, a edição 2009 do
Ranking das 500 Maiores
Empresas da América Latina é
particularmente valiosa. É uma
clara testemunha do momento
em que a região começou a
acusar notoriamente o golpe
da crise econômica mais
aguda desde a Gran-
de Depressão. Uma
história que pode ser
lida nos milhares
de números e
resultados in-
cluídos nesta
edição. Como,
por exemplo,
a surpre-
endente
queda do lucro das empresas
brasileiras e mexicanas, respec-
tivamente de 71% e 112%.
Mas os números não contam
apenas histórias. Com eles
também se pode fazer arte.
Assim os vê Álvaro Araya,
diretor de arte de América-
Economia, com a equipe de
diagramação e fotografia
(na foto). «Não buscamos
nada de números no ar», diz
Araya. «Queremos números
com signifi cado, números de
verdade.» Números concretos
para mostrar a história real das
empresas e da crise.
Felipe Aldunate M.Diretor Editorial
SEBA
STIÁ
N PÉ
REZ
DIRETORElias Selman Carranza
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVOGloria Landabur C.
PUBLISHER BRASILJosé Roberto Maluf
DIRETOR EDITORIAL Felipe Aldunate M.
EDITOR EXECUTIVO BRASIL Solange Monteiro
EDITOR BRASIL Dubes Sônego
DIRETOR DE ARTE Álvaro Araya Urquiza
EDITOR DE FOTOGRAFIA Miguel Candia
EDITOR ADJUNTO Rodrigo Lara
EDITORES EXECUTIVOSJuan Pablo Rioseco, Eduardo Thomson
EDITORESAntonio Delgado (Miami), Arly Faundes (México)REPÓRTERES Sergio Spagnuolo (Brasil), Soledad Gómez, Matías Rodo Yuricevic (Santiago)
CORRESPONDENTESARGENTINA Juan Pablo DalmassoCOLÔMBIA Lucia ValdésMÉXICO Carolina SolísPERU Fernando ChevarríaURUGUAI Guillermo PeregrinoVENEZUELA Doroty KronickAMÉRICA CENTRAL Ricardo CastilloMIAMI Carlos Molina
DIAGRAMADORESSebastián Caro P., Riffka Schiro-Kauer J., Jenny García S.
REVISORAAdriana Casaroti
AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE(Estudos e Projetos Especiais)DIRETOR Rodrigo DíazSUBDIRETOR Jaime Contreras SoriaCOORDENADORA DE ESTUDOS Daniela GonzálezANALISTAS Paula Saavedra, Andrea Almeida
AMÉRICAECONOMIA.COMDIRETOR DE ESTRATÉGIAS DIGITAIS Rodrigo GuaiquilEDITOR BRASIL Marcelo GalliEDITOR Marcelo GarcíaREPÓRTERES Bianca Lima (Brasil), Alejandra Clavería, Pablo Jamett, Patricia Zvaighaft, María Paz ÓrdenesTRADUTOR Juan PardoWEBMASTER José Fuentes
MARKETINGDIRETOR Marcelo Silva Symmes (Chile)
BRASILElisangela Silva ([email protected])
Rafael Borsanelli ([email protected]) +55 11 3097-7666
PUBLICIDADEGERENTE COMERCIAL Sidney Espósito ([email protected])+55 11 3097-7676EXECUTIVAS DE CONTAAndréa Tupinambá ([email protected]) +55 11 3097-7659Priscila Ferreira ([email protected]) +55 11 3097-7664
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EUA+305 648-9071MÉXICO+5255 5254-2400ARGENTINA+5411 4383-8410CHILE+562 290-9400PERU+511 610-7217
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PRESIDENTENils StrandbergCHAIRMANRobert R. Paradise
SEBASTIÁN, JENNY, ÁLVARO, RIFFKA, MIGUEL E FERNANDO
AméricaEconomia é uma publicação mensal da Nanbei Ltd. •Impressa na Quebecor World Chile S.A. Publicação periódica•Registro PP09-0011
AFP
EDITORIAL
18 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Écerto: 2009 será re-
cordado como um dos
anos mais duros na histó-
ria recente do México. A
profunda crise global im-
pacta mais fortemente esse
país que qualquer outro da
América Latina. Fala-se
em quedas de dois dígitos
na atividade econômica pa-
ra o atual trimestre e os que
vêm. Além disso, a guerra
entre o governo e os cartéis
do narcotráfi co gerou um
forte aumento da violên-
cia. O número de mortos
vinculados a esse confl ito
já é 80% mais alto que em
2008. A isso ainda se soma
a infl uenza A (H1N1) – que
a princípio queriam batizar
de gripe mexicana – pan-
demia global que pilhou o
país no contrapé.
Mas atenção, não se
confunda. O México tem
demonstrado que está lon-
ge de ser um Estado falido.
Ainda que a recente no-
meação de Carlos Pascual
– especialista em países em
confl ito e falidos – como
embaixador dos EUA no
México tenha ressuscitado
em alguns grupos de Was-
hington a tese surgida há
alguns meses de que o país
latino-americano seguia
o caminho de outros com
fracassos governamentais
como Somália, Haiti ou
Iraque, a realidade é muito
diferente.
As três crises simultâ-
neas que afetam o maior
país de língua espanhola do
mundo estão sendo abor-
dadas por um governo que
ainda tem capacidade de
ação. E, tal como demons-
trou com o surgimento da
infl uenza, pode ser efetiva.
O governo só não tem
visto o mesmo resultado
em sua batalha contra os
cartéis do narcotráfi co e
ATENÇÃO AO MÉXICO
contra a crise econômica.
Na primeira, apesar de
registrar triunfos militares
importantes, o poder e a
capilaridade dos grupos
que levam as drogas aos
EUA não foram afetados
de forma óbvia.
E nisso tampouco ajuda
a permissividade do país
vizinho com o comércio de
armas. Justamente o escri-
tório de supervisão do go-
verno dos EUA (GAO, na
sigla em inglês) divulgou
um estudo no qual critica
fortemente a falta de uma
estratégia de seu país pa-
ra colocar fi m nesse fl uxo
que acaba fortalecendo os
cartéis.
Por sorte, o México ain-
da tem mais recursos para
enfrentar a crise econômi-
ca. Apesar de seu impacto,
o governo tem se movido
na direção correta. A velo-
cidade é que não tem sido
a ideal: como em todo o
mundo, a equipe econômi-
ca do ministro da Fazenda
Agustín Carstens errou ao
projetar a profundidade
da crise e muitas medidas
contracíclicas se viram
bloqueadas por entraves
legais.
Mas o governo acudiu a
uma acertada combinação
de medidas que evitaram
uma resultado ainda pior,
sem a necessidade de im-
plicar um maior défi cit
fi scal, o que dá tranquili-
dade às classifi cadoras e
permitirá manter fl uxos de
fi nanciamento.
Além disso, a conjuntu-
ra é uma oportunidade para
que o governo promova
mais fortemente uma sé-
rie de reformas que estão
pendentes e que devem
dar mais competitividade
à economia mexicana e à
sua indústria, que inclusive
sem crise já estava indican-
do esgotamento e perda de
mercados.
Também é preciso olhar
de forma otimista o fato
de que a jovem economia
mexicana tenha suportado
bem os embates anteriores
e que a institucionalidade
dos partidos continue vi-
gente, diferentemente de
outros países latino-ameri-
canos menos golpeados.
Não devemos ser ingê-
nuos. Os desafios enfren-
tados pelos mexicanos são
enormes e o governo nem
sempre tem acertado na
hora de enfrentá-los. Mas
acompanhando de perto
o que se desenvolve em
nível doméstico é fácil
comprovar que nenhum
dos Estados hoje consi-
derados falidos no mundo
nunca esteve à altura de
uma nação como o Méxi-
co.
A JOVEM DEMOCRACIA MEXICANA SUPORTOU OS EMBATES.DSU
PUBLIRREPORTAJE
World Trade Center, 8th Floor, Marbella, Panamá.
Tel.: 302-9400. [email protected]
Ernesto Chong, CFO PMC Group.
Jogando lenha na fogueira Neste momento o mundo vive uma forte recessão econô-mica, que se manifestou há quase um ano. A pergunta é: poderemos sair rápido da crise? Embora minha opinião soe desagradável, eu acho que não.
Desde o princípio da crise, os gover-nos dos países mais ricos do mundo, tanto a OCDE como o G-20, agenda-ram reuniões de chefes de Estado e ministros de Economia, com a ideia de coordenar esforços conjuntos para enfrentar a crise global. A razão disso é que todos entendem que a crise tem alcance mundial, independentemente de onde se tenha manifestado. Inva-riavelmente, nestes congressos os representantes de cada país falam com firmeza sobre a necessidade de adotar ações conjuntas e enfatizam na obrigatória cooperação entre go-vernos. Porém, apenas termina o con-gresso, cada governo toma suas pró-prias decisões e medidas de política econômica, abandonando totalmente o princípio da cooperação internacio-nal.
Os países estão empregando medi-das protecionistas que, ao invés de ajudar, podem e vão agravar a crise e a situação do cidadão comum. Um exemplo são as políticas do atual go-verno estadunidense, que desde sua posse parece estar empenhado em aplicar medidas protecionistas para, supostamente, favorecer as indústrias nacionais em detrimento das indús-trias de outros países, para o que se tem utilizado o slogan “Buy American” (compre o americano). Estas medidas protecionistas se vendem muito bem no plano político, e por isso têm sido sempre uma das ferramentas predile-tas dos governos populistas, mas no âmbito econômico só trazem mazelas e não benefícios, começando pelo fato de que com estas políticas se inibe a eficiência.
Em virtude da lei de vantagens com-parativas, o livre comércio internacio-nal favorece todos os participantes. Como consequência dessa lei, cada um se focaliza em produzir aquilo em que é mais competente e eficiente. O resultado é mais e melhores produ-tos, com preços mais baixos. Todos nos tornamos mais ricos desse modo, tanto produtores como consumidores – estes últimos ao terem um amplo leque de possibilidades a melhores preços.
No entanto, a lei de vantagens compa-rativas requer o livre comércio. No mo-mento em que cada governo começa a colocar-lhe restrições, o livre comér-cio se inibe e deixa de projetar seu máximo potencial. E é precisamente isso o que está acontecendo, com cada governo tomando agora medi-das para restringir as importações de certos bens.
O protecionismo econômico também está se manifestando de outra forma, que é a de perseguir a concorrência tributária entre países. Neste item os países mais ricos (OCDE e G-20) pa-recem estar se coordenando contra países com melhores sistemas impo-sitivos que não pertencem a seus se-letos grupos. A renovada guerra con-tra os países de baixa carga tributária, aos que chamam depreciativamente paraísos fiscais, é o resultado do des-espero que estão assistindo os gover-nos dos países ricos frente à súbita redução das arrecadações tributárias nacionais. E em vez de se adaptarem, reduzindo gastos estatais excessivos, o que fazem é matar o mensageiro.
A verdadeira solução para as finanças estatais em época de crise é apertar o cinto (reduzir o gasto público). E, além disso, reduzir impostos. Sim, mesmo parecendo irônico, reduzir impostos traz duas coisas muito positivas: em primeiro lugar, dá um novo fôlego às empresas e aos consumidores, que também estão passando dificulda-des com a crise, e em segundo lugar, se consegue estimular um pouco a economia através da oferta, pois os impostos altos são uma barreira aos negócios e ao reduzi-los, obviamente, se reduz a barreira e se beneficia o ambiente de negócios.
Infelizmente, os governos parecem estar padecendo de uma séria miopia que os está levando a tomar medidas que podem ser populares em seus países, mas que realmente prejudi-cam os seus próprios povos e o resto do mundo, ao inibir ainda mais o co-mércio mundial que já, em si, está so-frendo bastante por conta da crise. Se continuarmos por este rumo, por mais que me doa dizer isso, penso que a crise vai se agravar e durar mais que o necessário.
ANIMAL POLÍTICO
20 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
[COLÔMBIA]A SOMBRA DE “MARTÍN SOM-BRA”A negativa da Suprema Corte de
Justiça da Colômbia de extraditar aos
Estados Unidos Eli Mendoza – conhe-
cido como “Martín Sombra” – proe-
minente carcereiro das FARC, sinaliza
que o Poder Judiciário colombiano
se sente forte o sufi ciente para lidar
com a situação dos guerrilheiros
capturados. Há pouco tempo, a
corte também negou a extradição de
outros dois insurgentes vinculados
ao sequestro dos norte-americanos
Keith Stansell, Marc Gonsalves e
Thomas Howes.
O caso do “Sombra”, de 56 anos, é
um verdadeiro “caso-testemunho”:
era encarregado de Ingrid Betancourt
e é acusado de tratos particularmen-
te degradantes.
O fato pode ajudar o governo do
presidente Uribe em seu plano de
recuperação real e simbólica de
soberania. A administração de Obama
não considerará o caso como motivo
de atrito relevante.
[PERU]VOLUNTARIS-MO OU ENTU-SIASMO?O presidente peruano Alan García
mostrou jogo de cintura e astúcia ao
apoiar a revogação dos decretos 1090
e 1064, que deram origem ao levanta-
mento indígena e o qual resultou na
morte de cerca de 30 a 40 policiais e
civis. Este triste episódio, em sintonia
com outros, parece mostrar que o
governo de García está muito mais
direcionado por impulsos volunta-
ristas do que por uma estratégia
consistente em temas de longo prazo.
O Peru – assim como Equador,
Colômbia, Venezuela e Bolívia –
necessita de uma estratégia coerente
e de longo prazo para usufruir e
preservar suas selvas amazônicas.
Uma na qual os indígenas sejam
sócios, e não adversários.
[LIBERDADE DE IMPRENSA]PERAS E MAÇÃSTratando-se da mídia, são tempos
revoltosos. Para os presidentes da
Venezuela, Equador e Bolívia, suas
estratégias de confronto direto e
ameaças de fechamento contra ve-
ículos de comunicação de oposição
tentam evitar que ultrapassem os
limites legais e caiam na sedição.
Segundo os diretores desses meios
(Globovisión, Teleamazonas e o diá-
rio La Prensa) e a oposição da cada
país, trata-se de uma política para
amedrontar e calar os críticos.
Os três casos são muito distintos.
Na Bolívia a imprensa crítica está
em boa situação, e no Equador
se trata de um processo mais
ruidoso e azedo do que perigoso. Na
Venezuela, entretanto, efetivamente
o projeto chavista tenta calar toda a
oposição relevante no médio prazo.
As brigas continuarão.
[MÉXICO]O “PEDÁGIO” DA REPUG-NÂNCIAEnquanto a guerra com o narcotráfi -
co continua ocupando as autorida-
des do México, a revelação de que
quase 10 mil cidadãos de outros
países foram sequestrados, extor-
quidos, roubados e torturados, em
sua passagem pelo país em busca
de morar ilegalmente nos EUA, terá
efeitos de longo prazo. O número é
assustador, já que inclui registros
de apenas seis meses, e abundam
assassinatos a sangue frio e
estupros. A maioria das vítimas são
hondurenhos (67%), salvadorenhos
(18%) e guatemaltecos (13%), mas
também há equatorianos, brasileiros
e até chilenos e peruanos.
Não é garantido que a cumplicidade
aberta de policiais neste “pedá-
gio” possa levar a atritos com os
governos de Honduras e El Salvador,
mas a imagem do México como país
no qual reina o crime continuará
crescendo.
[URUGUAI]CAMPANHA PRESIDENCIAL ACIRRADACom sua indicação praticamente
ganha, o candidato ofi cial José
“Pepe” Mujica não tem certeza
se enfrentará o ex-presidente Luis
AFP
O PERU DEVERÁ APRENDER A CONCILIAR DESENVOLVIMENTO COM DEMANDAS CIDADÃS ANTES QUE ESTAS EXPLODAM EM SUA CARA
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ANIMAL POLÍTICO
22 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
UM LINDO POSTAL DE UM BRASIL QUE ATUA GLOBALMENTE. MAS SÓ GESTOS NÃO BASTAM
Alberto “Cuqui” Lacalle ou o sena-
dor Jorge Larrañaga; embora tudo
pareça indicar que o primeiro será
seu concorrente. Se as eleições
fossem agora, a Frente Ampla
(de Mujica) teria 44% e o Partido
Nacional (Lacalle), 37%. Haveria
um segundo turno em novembro e
ambos seriam obrigados a seduzir
os eleitores do Partido Colorado
(8%) e os indecisos (10%).
Carismático e sagaz, Mujica tem
contra ele seu passado de guer-
rilheiro tupamaro nestes setores.
Astuto e desbocado, a pedra no
sapato de Lacalle é a crença
generalizada, aceita como fato, de
que ele enriqueceu ilicitamente
durante seu governo. O fi m está
aberto.
[CONE SUL]APRENDENDO COM A GRIPE A(H1N1)A expansão da gripe A(H1N1) no
Cone Sul não é uma surpresa;
lamentavelmente tampouco é o
fato de que os sistemas sanitários
da Argentina e do Chile tenham
mostrado escassez de recur-
sos, ainda no marco de poucos
contágios e virulência baixa. As
compras atrasadas de antivirais
e as políticas erráticas de fecha-
mento de escolas são um sinal
disso. Mas o pior é que ambos
os governos (iguais ao resto da
América Latina) não informaram
suas estratégias de aquisição da
vacina específi ca que está sendo
criada, algo feito pela maioria dos
países desenvolvidos.
Uma possível segunda onda de
contágio pelo vírus (no hemisfério
Sul) deve ser esperada e, para
neutralizá-la, é necessário asse-
gurar estoques da nova vacina. Ao
não fazê-lo, a região está à mercê
da caridade de companhias farma-
cêuticas que têm assegurado
que providenciarão recursos aos
países pobres.
[BRASIL]EMOÇÃO E PERIGO NAS GRANDES LI-GASLula visitou a cidade russa de
Ecaterimburgo em meados de junho
levando estampada na camisa a letra
“B”, da sigla Bric: bloco integrado
pelas economias emergentes Brasil,
Rússia, Índia e China. Mas sua men-
sagem havia sido transmitida alguns
dias antes pelo chanceler Celso
Amorim, em uma reunião acadêmica
pouco concorrida em Paris: “O G-8
acabou como grupo de decisão polí-
tica”. E acrescentou: “não sei como
será enterrado, embora às vezes um
enterro ocorra suavemente”. Quando
se trata de política, o clube agora
deve incluir Brasil, China e Rússia.
Há propostas de criar um grupo
decisório no qual os quatro Bricss
convivam com um só representante,
para lidar com União Europeia, Grã-
Bretanha, Japão e EUA.
O Bric teve sua origem em um
conceito publicitário para vender
fundos mútuos e papéis de mercados
emergentes. Embora Lula queira criar
um bloco político a partir destas si-
glas, a reunião na Rússia deixa claro
que não haverá conquistas concretas
no curto prazo.
[BRASIL]FUTURO DE-SASTRE OU FU-TURO ESPLEN-DOR?Há quem se oponha à chamada
“privatização” da Amazônia. Já quem
apoia diz que é sua salvação. O certo
é que a legalização e entrega de do-
mínio de uma superfície equivalente
ao tamanho da França, entre outras
medidas, será uma das decisões
de maior peso, no longo prazo, do
governo Lula. Com o respaldo do
ministro de Assuntos Estratégicos,
Roberto Mangabeira Unger, e a crítica
do ministro do Meio Ambiente Carlos
Minc esta é uma aposta forte. Seu
êxito – ou fracasso – será defi nido
nos detalhes e na implantação.
Se a legalização for transformada
em uma permissão de expansão
pecuária, o problema será agravado
de forma dramática. Se, em contra-
partida, emergir um novo modelo de
gerenciamento integrado da fl oresta
e da agricultura de diversas culturas,
o impacto será benéfi co.
AFP
SEGUINDO A PISTA
24 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
PUBLICAMOS: A companhia
mexicana de cimentos empreendeu o
maior processo de internacionalização
já realizado por uma companhia latino-
americana. Mas a Cemex tem vivido
um ciclo negativo principalmente
devido aos maus resultados registrados
nos Estados Unidos, na Espanha e na
Inglaterra – suas operações internacio-
nais mais importantes, mas também as
mais afetadas pela crise. (“Em busca do
Equilíbrio”, AméricaEconomia Nº 374,
abril, 2009)
O NOVO: Os maus resultados estão fazendo a mexicana perder terreno. Em junho, a suíça Holcim anunciou que compraria as operações australianas da Cemex por 2,02 bilhões de dólares aus-tralianos (US$ 1,64 bilhão), planejando um aumento de capital para fi nanciar a operação. Com isso, a Holcim, segunda maior fabricante de cimentos do mundo, terá acesso a mercados de rápido crescimento na Austrália; e a Cemex ganhará recursos que a ajudarão a refi nanciar US$ 14,5 bilhões em dívidas que vencem no fi nal de 2011 – US$ 4,1 bilhões este ano.
PUBLICAMOS: Mas os interesses de Gabrielli
vão além. Não apenas quer se transformar no
principal distribuidor e comercializador de
etanol no mundo. Também quer começar a
produzi-lo. “Estamos interessados na logística
e comercialização, mas estamos discutindo
como integrar o processo de produção”, afi r-
mou Gabrielli, conservadoramente. (“O ouro
verde da Petrobras”, AméricaEconomia Nº 338,
2 de abril, 2007)
O NOVO: Agora já não é mais discussão. O presidente executivo da Petrobras afi rmou em junho que a companhia buscará, além de novos
negócios, a compra de participações mino-ritárias em usinas de etanol. “Nossa posição provavelmente não será tentar o mercado de varejo, mas ser um player importante para expandir ao mercado internacional”, afi rmou. Segundo cálculos da estatal brasileira, em 2020 a gasolina representará apenas 17% do com-bustível usado em carros no Brasil. “Por isso, nossas cinco novas refi narias – que aumentarão a capacidade de refi no da empresa de 1,9 mi-lhão de barris/dia para 3,2 milhões de barris/dia – não produzirão gasolina, e sim diesel, GLP, combustível de avião e outros”, disse.
Soltando as garras
PUBLICAMOS: “A Mexichem tem desenvolvido uma estratégia que integra a operação vertical e
horizontalmente”, diz Luis Vallerino, analista de Accival-Citi, no México. “Um dos pontos positivos é
que isso a afasta dos riscos das commodities.” Esse plano é o que tem guiado as compras e a expansão
da companhia. (“Invisíveis e globais”, AméricaEconomia Nº 356, 1 de abril, 2008)
O NOVO: O grupo mexicano Mexichem anunciou recentemente que poderá iniciar a construção de uma fábrica petroquímica no Peru nos próximos dois anos, com investimentos de US$ 2 bilhões. O presidente do grupo, Antonio Del Valle, declarou que já começaram os estudos de viabilidade. Essa plan-ta concentraria a fabricação de insumos para a fabricação de plásticos, incluindo tubulações, e iniciaria operações em sete anos. Caso seja aprovado, o projeto contará com a associação de outras empresas, entre elas as mexicanas Idesa e Alfa e a brasileira Braskem.
PUBLICAMOS: Segundo projeções – conservadoras – da empresa SQM, a demanda mundial
de carbonato de lítio crescerá acima de 5% ao ano no período 2008-2018. Ainda que se trate de
reservas base – que ainda não foram bem-calculadas ou não foi defi nida sua viabilidade econômica
– a Bolívia e seu salar de Uyuni registram 5,4 milhões de toneladas, mas de qualidade inferior e, por
isso, mais caras de extrair. (“Os sauditas do sul”, AméricaEconomia Nº 373, 15 de março, 2009)
O NOVO: Mesmo com um panorama mais complexo do que no Chile e na Argentina, o governo de Evo Morales decidiu que irá produzir o carbonato de lítio sem parceiros. Freddy Beltrán, diretor geral de Mineração da Bolívia, afi rmou que o país quer produzir o insumo de forma soberana, ainda que tenha de buscar apoio fi nanceiro em um banco externo. Empresas japonesas e francesas manifes-taram interesse na exploração do lítio na Bolívia, mas Morales afi rmou só aceitar propostas para a industrialização do metal. Na Bolívia já está sendo construída uma fábrica piloto, que se espera estar pronta em 2010.
PUBLICAMOS: Tanto no Brasil quanto na Argentina os
problemas mais graves na malha aeroportuária têm sido de
recursos humanos e a demora dos governos em encontrar so-
luções. Por estar sob concessão privada desde 1998, Ezeiza
leva uma boa vantagem em relação a Guarulhos em reformas
e investimentos e, teoricamente, está preparado para atender
o fl uxo de 6 milhões de passageiros, equivalente a 85% da
demanda nacional. (“Quando sai meu vôo?”, AméricaEcono-
mia Nº 341, 21 de maio, 2007)
O NOVO: O ministro de Defesa brasileiro Nelson Jobim declarou em junho que o governo está considerando permitir que investidores estrangeiros apresentem ofertas para a cons-trução e administração de aeroportos no País como forma de mitigar o estancamento estrutural nessa indústria. Os modelos básicos para a concessão de quatro aeroportos – entre os quais Viracopos (Campinas) e o Galeão, no Rio de Janeiro –,estariam prontos em julho.
Sem parceiros
Atraso na decolagem
Passo atrás
Em crescimento
SEGUINDO A PISTA
26 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
PUBLICAMOS: Hoje, no Brasil, identifi ca-se que os
dois principais problemas da fl oresta são a ocupação ile-
gal de terras públicas e as linhas de crédito mais baratas
para a agropecuária. “Estas acabam se tornando dois
tipos de subsídio: um indireto – terras exploradas de
graça – e outro direto”, diz Paulo Barreto, pesquisador
do Imazon. (“Celeiro em risco”, AméricaEconomia Nº
373, 15 de março, 2009)
O NOVO: O combate à produção ilegal na Amazônia ganhou um novo reforço. As três maiores redes de supermercado do Brasil – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – decidiram suspender a compra de carne deri-vada de fazendas que foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará envolvidas no desmatamento da Floresta Amazônica. A medida deu trabalho até para o frigorífi co Bertin, que informou que continuará atendendo o Pão de Açúcar com carne proveniente de outros estados.
PUBLICAMOS: Uma das grandes
tacadas deste ano que fi zeram o mercado
aplaudir foi a negociação da Vale com
seus principais compradores, fi xando um
reajuste de 65% para o chamado minério
fi no. Os analistas fi caram ainda mais
otimistas quando, no fi nal do primeiro
semestre, a BHP Billiton e a Rio Tinto
conseguiram negociar índices ainda
maiores, de 80% e até 95%. (“A todo
vapor”, AméricaEconomia 361, 21 de
julho, 2008)
O NOVO: Em ano de crise, a negocia-ção é outra. Depois de Japão e Coreia, agora a Vale senta-se à mesa com as siderúrgicas chinesas – atualmente seu maior mercado – para rever os preços do minério de ferro... para baixo. Este ano a brasileira está mais cautelosa, esperando o resultado de suas rivais australianas, que em 2008 conseguiram contratos mais vantajosos. No caso da negociação com as japonesas, a Vale conseguiu um acor-do melhor que o da Rio Tinto, reduzindo o preço do minério fi no em 28,8% e o gra-nulado em 44,47%. Já os chineses, com maior poder de compra, pedem redução de até 50% nos preços para 2009.
PUBLICAMOS: Apesar de o Peru ser um dos poucos países que, segundo o
FMI, poderá crescer, também será um dos que experimentará a maior desace-
leração econômica, posto que o crescimento de seu PIB deverá cair 7 pontos
percentuais – em 2008 seu crescimento foi de 9,8% – e isso poderia refl etir-se
no surgimento de problemas sociais. (“Nem tudo o que brilha é ouro”, Améri-
caEconomia Nº 376, junho, 2009)
O NOVO: Em junho o governo peruano assumiu que em abril o país registrou a primeira queda da economia desde junho de 2001. A retração foi de 2,01% e deve-se sobretudo a setores vinculados à demanda interna. A manufatura, maior geradora de empregos, caiu 13,64%, e o setor de construção, que tinha se convertido no mais dinâmico dos últimos anos, contraiu-se 1,48%. Tal resultado fez com que o Banco Central peruano revisasse novamente sua estimativa de crescimento de 2009, para 3,3%.
Regateio
PUBLICAMOS: A concentração nas três grandes redes de supermercados ainda é relativamen-te limitada, o que abre a possibilidade de entrada de novos competidores internacionais, num mercado atrativo pelo grande potencial de crescimento. Com base em estimativas do Centro de Excelência em Varejo, Parente afi rma que a movimentação em vendas, apenas no segmento de alimentos, não é inferior a US$ 300 bilhões por ano no Brasil. “Com certeza há espaço para a en-trada de outros estrangeiros”. (“Acelerar o carrinho”, AméricaEconomia 366, 13 de outubro, 2008)
O NOVO: O Brasil fi cou na 8ª posição no ranking global de oportunidade de investimento para empresas de varejo e é o primeiro do mundo em atratividade no setor de vestuário, segundo pesquisa da consultoria A.T. Kearney. Celso Durazzo, diretor da consultoria, lembra que o estudo apurou que cerca de 20 cidades brasileiras têm mais de 1 milhão de habitantes, um ponto positivo para o País. Para Durazzo, é hora de as empresas estrangeiras de varejo inovarem quando investirem no Brasil. Além do vestuário, outras oportunidades no varejo do país são os setores de eletrodomésticos e de alimentos e bebidas.
Estrangeiros bem-vindos
Boicote verde
Descendo a ladeira
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Bienvenido a May’s zona libre
MOVIMENTOS
28 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Acrise fi nanceira internacional afetou os bolsos de milhões de pessoas, e
os grandes magnatas latino-americanos não são exceção. A queda nos preços dos ativos, a volatilidade nos tipos de câmbio e a piora no clima de negócios no mundo os fez perder conjuntamente dezenas de bilhões de dólares. Entre os mais afeta-dos está o magnata mexicano Carlos Slim, que viu seu patrimônio líquido cair mais de US$ 25 bilhões, embora ainda seja um dos três mais ricos do mundo. Outros que
Os ricostambém choram
2008 2009
Carlos Slim US$60.000 US$35.000Eike Batista US$ 6.600 US$ 7.500Joseph Safra US$ 8.800 US$ 7.000Antonio Ermírio de Moraes US$ 10.000 US$ 2.800Iris Fontbona US$ 10.000 US$ 6.000Alberto Bailleres US$ 9.800 US$ 5.700Eliodoro Matte US$ 7.900 US$ 5.900Jorge Paulo Lemann US$ 5.800 US$ 5.300
Carlos Slim perdeu US$ 25 bilhões de sua fortuna
Antonio María Delgado / Miami
Eike Batista
Eliodoro Matte Iris FontbonaCarlos Slim
Antonio Ermírio de Moraes
perderam são os brasileiros Joseph Safra e Antonio Ermírio de Moraes, além da chilena Iris Fontbona. Mas nem todos vi-ram suas contas bancárias minguar. Eike Batista elevou seu patrimônio em quase US$ 1 bilhão, o que não apenas consolida sua posição como o homem mais rico do Brasil, mas também o torna um dos pou-cos magnatas que conseguiu resguardar sua fortuna durante os últimos meses.
SEBA
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Fortuna à provaPatrimônio dos magnatas latino-americanos, em milhões
FONTE: AméricaEconomia
MOVIMENTOS
30 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Xô, infl uenza!
Se você estava avaliando transferir sua fábrica para a Ásia para economizar, pense novamente. A China já não é a Meca da mão-de-obra barata. Na ver-
dade, o México seria o país com menor valor de manufatura de componentes de baixo custo (low cost components, ou LCC), seguido pela Índia, de acordo com um estudo da consultoria AlixPartners. Esse estudo levou em conta uma cesta de componentes manufaturados, como pequenos motores, molduras e autopeças, e comparou o custo de produzi-los na China, Índia, Brasil e México, para depois analisar os dados frente ao custo nos Estados Unidos. Também levou em con-sideração variações nos últimos três anos de custos de trabalho, gastos gerais, tipos de câmbio, preços de transporte e de matérias-primas. Agora, o custo de produzir na china é apenas 6% inferior ao dos EUA. A consultoria prevê que os custos na China voltarão a cair na segunda metade do ano, à medida que o yuan se fortalecer e que baratear o transporte, mas não o sufi ciente para tirar o México do primeiro lugar ou a Índia do segundo.
Ainfl uenza A (H1N1) afetou o México de diferentes maneiras, mas uma delas
demonstrou que não é preciso ir ao escri-tório para trabalhar. Tradicionalmente, as empresas preferem ver seus funcionários em escritórios para assegurar que não percam tempo, mas a emergência sanitária inverteu a tendên-cia: as companhias recomendavam ou obrigavam seus funcionários a fi car em casa para reduzir o risco de contágio. No processo, muitas descobriram as vantagens do trabalho a distância, diz Francisco Pinto, vice-presidente para a América Latina da empresa de soluções de TI SonicWall, que garante que este é apenas o começo. “As
dos usuários de Internet es-tão na América Latina, segun-do a Everis
Lisia González / Cidade do México
Soledad Gómez / Santiago
infraestruturas urbanas não estão prepa-radas para o crescimento da população economicamente ativa, o aumento do trânsito e a falta de eletricidade fazem com que o trabalho remoto tenha que
ser parte do futuro das companhias”. Esta modalidade de trabalho promete grandes economias no longo prazo para
as empresas, mas exige certo custo inicial, já que elas devem fornecer ou garantir que seus funcionários tenham as ferramentas necessárias (como laptops, software, smar-tphones, acesso a internet) para cumprir suas funções.
Eduardo Thomson / Santiago
México low cost
Crescimento on-lineFinalmente a América Latina chegou
aos dois dígitos no mundo da internet. O continente já concentra 10% dos usuários da rede em nível mundial, segundo um estudo da consultoria Everis. Mas ainda há muito a crescer, comenta Marcos Vásquez, gerente de TI da empresa. “A América Latina tem 314 usuários de internet para cada mil habitantes, enquanto os EUA têm 751 usuários para cada mil habitantes”. Segundo o estudo, a região concentra 159 milhões de usuários, 76,2 milhões deles no Brasil. O país não apenas é o líder regional, mas também do mundo, em número de usuários. “A projeção é que passe dos 391 usuários de internet para cada mil habitantes em 2008, a 425 usu-ários em 2010, o que signifi cará um crescimento anual de 8,6%”, assegura Vásquez. O Brasil é seguido por Chile (345 para cada mil habitantes), Peru (330), Colômbia (323), Uruguai (322) e Argentina (304).
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dos usuários de Internet es-
gg{ {Trabalho a distância: legado da gripe
MOVIMENTOS
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 31
A sondagem da SondaOs banqueiros de investimentos
fazem fi la para lhe oferecer em-presas de toda a região. E foi com os bons resultados de suas aquisições no México, Brasil e Colômbia que a chilena Sonda se tornou a opção lógica para quem quer vender um empreendimento de TI. A empresa fechou 2008 com vendas de US$ 671 milhões e um Ebitda de US$ 115 milhões, altas de 46,3% e 38%, respectivamente, consolidando-se como a maior empresa de origem latino-americana no setor de TI (hoje tem presença direta em sete países da América do Sul, além de México e Costa Rica). Em 2009 a alta se man-tém. No primeiro trimestre, registrou aumento de 6,6% nas vendas e de US$ 90 milhões em caixa. “Especial-mente importante tem sido nosso de-
foi a alta das vendas da Sonda em 2008
Felipe Aldunate M. / Santiago
Sergio Spagnuolo / São PauloSolange Monteiro / São Paulo
sempenho no Brasil”, diz Raúl Vejar, gerente geral da Sonda. “Daí vem a metade dos contratos que fechamos em 2008.” Novas aquisições? Vejar diz que poderiam chegar através das oportunidades que eles mesmos buscam em meio a tantas ofertas. “O mais provável é que será em um país no qual queremos fortalecer ainda mais nossa presença.”
MIG
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foi a alta das vendas da
pFelipe Aldunate M. / gSantiago
Sob a lupa
Há pouco tempo, a empresa de TI Stefanini divulgou que tinha R$
50 milhões para sair às compras. A crise nublou seus planos, mas agora Marco Stefanini, presidente da com-panhia, diz que está mais perto de ba-ter o martelo. “Já estamos avançados nos EUA; mas também buscamos uma empresa média na América Latina”, afi rma. Os destinos de preferência são México, Colômbia e Argentina. “Não é difícil encontrar candidatos; o problema é identifi car os que valem a pena em meio à atual situação”, diz – já que, no setor de serviços, mais do que ativos fi xos, compram-se carteiras de clientes. A atenção do empresário está voltada a candida-tas com menos de 30% das vendas concentradas em um só cliente, com maior parte da receita recorrente (ou seja, de serviços de manutenção, que implica um contrato de mais longo prazo); e com operação em mais de um país da região. O objetivo da Stefanini é acelerar o processo de internacionalização da empresa para, em três anos, ter mais de 50% de suas vendas vindas do exterior – em 2008, esse percentual foi de 22%.
De boca abertaAs empresas brasileiras querem o sorriso
de seus vizinhos latino-americanos. Isso porque os planos odontológicos do país avaliam a possibilidade de expandir-se na região. Armando Rodrigues Filho, diretor-executivo da Dentalpar, por exemplo, afi rma que o foco é a Argen-tina por ser “um mercado com muitas semelhanças com o brasileiro”. Para Luis Enrique Bernal Camacho, gerente de Odontologia da Colsanitas, na Colômbia, “formar alianças com parceiros brasileiros na região seria conveniente”, diz, acres-centando que o know-how das empresas do Brasil associado ao conhecimento de mercado dos planos locais geraria boas sinergias. É o que fez a Odontoprev no México, onde possui uma joint venture– na qual detém 40% – com o Grupo Iké. A empresa, que abriu seu capital em 2006 e já fez sete aquisições diz que, se a oportunidade surgir, continuará apostan-do em parcerias. “Mas, basicamente, não há alvos de compra lá fora”, garante José Roberto Pacheco, diretor de relações com investidores da companhia.
Vejar: sério na foto, mas feliz com os resultados
Rodrigues, da Dentalpar:foco na Argentina
MOVIMENTOS
32 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Oemprego tem sido um dos setores mexicanos mais afetados pela
crise. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Geografi a (Inegi), 12,1 milhões de pessoas ganhavam a vida na economia informal no primeiro trimestre deste ano, o que representa 28,2% da popula-ção ocupada e um aumento de quase um ponto per-centual frente ao mesmo período do ano passado. Con-tudo, alguns especialistas acreditam que o número, na realidade, seja muito maior. “Só de vendedores ambulantes na Cidade do México é dito ofi cial-mente que há 250 mil pessoas, mas
estes são os que estão trabalhando fi xo. A maioria se move”, diz Sandra Alarcón, acadêmica da Universidade Iberoamericana. “Eu calculo que há um milhão”. Além disso, a globalização tem expandido a contratação de em-prego fl exível, com contratos parciais
e sem prestações, o que é consi-derado pelas autoridades como emprego formal,
mas que para Sandra é simplesmente outra modalidade de informalidade. “As cifras são um engano a respeito da realidade”, conclui.
Opagamento de bônus aos executivos fi cou irremediavelmente associado
aos problemas da AIG e das companhias resgatadas pelo governo dos EUA. Mas também na América Latina as compa-nhias estão revisando suas políticas de incentivos, diz Martín Perdomo, consul-tor da Mercer. Não apenas porque têm menos recursos, e sim porque querem saber se seus incentivos impactam em seus resultados. Para os de curto prazo, há uma solução rápida. “Quando tudo ia bem, as avaliações de desempenhos eram iguais”, explica Perdomo. “Agora não”. E isso facilita a distribuição de incentivos. Mas, além disso, há um tema de transparência que as empresas come-çaram a acolher por pressão do público e dos acionistas. “Estamos assessorando empresas internacionais que estão na região para ver como comunicam suas políticas de compensações”, diz o executivo. Algo que as companhias latino-americanas eventualmente incorporarão.
Bônusna mira
Questão de critério
{ {Informalidade no México: mal de crise
é em até quanto poderá aumentar o preço dos note-books na Argentina
Soledad Gómez / SantiagoPerdomo: novos incentivos
2008: menos trabalho
MIG
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éppb
Zona franca do fi m do mundoAs medidas do governo argentino
não deixam de agitar as águas. Foi enviado ao Congresso um projeto de lei para oferecer monitores, celulares e notebooks com 17% de impostos internos além do IVA, elevando a taxa em 21%. Isto se não forem produzidos na Tierra del Fuego. O pretexto? Que os setores de maior poder aquisitivo contribuam para fomentar o desen-volvimento da província mais austral. Segundo um estudo da Universidade de San Andrés, a medida provocaria um aumento nos preços de até 37% para os notebooks e aumentaria a lacuna digital. Os setores informático e comercial deram um grito. Mas nem todos protestam contra a medida. “Isso é apenas uma forma de equiparar o regime brasileiro”, diz Diego Teubal, diretor da BGH, uma das potenciais benefi ciárias e que tem licença da Mo-torola. “O único apocalipse é para os importadores: os LCD custarão o mes-mo, para os celulares os preços são fi xados pelas empresas de telecom, e os notebooks vão ter um aumento de 0% a 4%, antes de deduzir o IVA”.
Juan Pablo Dalmasso / Buenos Aires
Arly Faundes B. / Cidade do México
MOVIMENTOS
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 33
Degustadores mãos de tesoura Sabe-se: tomar vinho é uma deleitável
experiência. Mas – verdade seja dita – a maior parte das pessoas não bebe por isso, e sim para desfrutar de outras experiências: uma conversa, um momento romântico ou... cortar seres vivos com grandes tesouras. Cortar seres vivos? Bom, esta é uma defi nição dura, mas correta, do que também é chamado de poda. Prática perfeitamente legítima se quem a sofre não tem cérebro. “É uma atividadeque desenvolvemos de 15 de junho a 15 de agosto, na fazenda Maipú, 40 km ao sudeste de Mendoza (Argentina)”, explica Sebastián Alén Guichón, porta-voz da Adega Família Zuccardi, sobre o “Venha podar”, programa de um dia no qual os participantes são orientados por um es-pecialista sobre as particularidades desta
Adegas argentinas ensinam a podar
tarefa vital aos vinhedos. A atividade é parte da estratégia de ecoturismo da subsidiária Viñas Santa Julia, que inclui 50 mil visitas anuais ao “Venha colher”, ao “Venha cozinhar”, ao “Venha voar” e ao
“Bike and tasting”. Ganhar dinheiro com tanto “venha”? “Quando a Santa Julia foi criada, em 2002, a ideia era que fosse autossustentável aos três anos. Consegui-mos isso em seis meses”.
Pares dísparesCristina de Kirchner disse em
junho que a Argentina sofre uma “invasão de produtos brasileiros” e que as empresas locais deveriam ser protegidas. A queixa conduziu à ado-ção de vários acordos de redução de exportações brasileiras no segundo semestre, como no setor moveleiro (-35%). Mas, ao invés de benefi ciar a Argentina, as medidas estão favore-cendo produtos chineses. Enquanto as exportações de calçados brasileiros caíram 36,4% no primeiro trimestre, as compras argentinas de calçados da China cresceram 28,4%. No setor farmacêutico, o Brasil teve uma contra-ção de 22,9%, enquanto os chineses venderam 63,2% mais. E em papel e editorial, as vendas brasileiras caíram 30% frente a um aumento de 60,1% dos chineses. Para Christian Lohbauer, ex-diretor de Comércio Internacional da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), a situação é “absurda”. “Se não há integração, que cada um vá para seu lado”, afi rma.
Louise Goeser
cresceram as exportações de calçados chineses à Argentina
sLouise K. Goeser foi nomeada ofi cialmente presidente e diretora-geral da Siemens Mesoamérica, a unidade do Grupo Siemens a cargo de México, América Central e Caribe. Antes, Louise trabalhou como pre-sidente da Ford México, de janeiro de 2005 a novembro de 2008.
sA Websense, empresa de segurança em internet, mensagem eletrônica e informação, indicou Lukas Alarcón González como engenheiro executivo de
vendas para o Cone Sul. Alarcón será responsável por dar apoio técnico aos distribuidores locais no Chile, Argentina, Uruguai e Peru.
sA British Telecommunica-tions (BT) anunciou Jacinto Cavestany como novo vice-presidente da empresa para a América Latina e Sérgio Paulo Gallindo como novo diretor geral para o Brasil. Cavestany acumula o posto com a direção geral da BT para a Espanha e Portugal. sA empresa argentina
sHuddle Group, especiali-zada em desenvolvimento de software sob medida e consultoria, nomeou Gusta-vo Pais para a gerência co-mercial. O executivo deverá desenvolver uma estratégia comercial tanto na Argenti-na como na região.
sA EMC Corporation, em-presa de infraestrutura de informação, apontou Mar-celo Fandiño como gerente regional da EMC no Cone Sul. Ele era gerente regional de soluções de tecnologia da EMC antes disso.
Rodrigo Lara / Buenos Aires Solange Monteiro / Santiago
cresceram as exportações de
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MOVIMENTOS
34 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Arelação entre consumo e empre-sas frequentemente é uma fórmula
simples. Quanto mais há do primeiro, mais ganham as segundas. Mas o caso da GE na América Latina é diferente. O conglomerado aposta em aumentar consideravelmente seus lucros aju-dando a região a reduzir o consumo de energia. Michael Petras, presidente e diretor-executivo da GE Consumer & Industrial, diz que cada vez é maior o interesse dos latino-americanos em economizar eletricidade, graças, em parte, a programas governamentais que incentivam a conservação. E a tendência está se refl etindo em um au-mento das vendas de produtos dese-
nhados especialmente para consumir menos, como lâmpadas fl uorescentes e eletrodomésticos inteligentes. As operações do conglomerado na região cresceram mais de 28% em 2008, a US$ 8 bilhões e, apesar da crise, isso é só o começo. “Temos um plano: elevar o faturamento a US$ 12 bilhões em 2012, e grande parte disso tem a ver com os esforços da região de se tornar mais verde”, diz Petras.
Risco portátil
Nem sempre quem ocupa o cargo mais elevado em uma corporação lida no
dia-a-dia com as informações mais valiosas. E isto se refl ete no custo para a empresa da perda ou do roubo de computadores de seus
{ {Perder um laptop custa US$ 49.246
executivos. É o que indica o estudo enco-mendado pela Intel ao Instituto Ponemon. Apesar de o prejuízo ser de US$ 49.246, em média – em substituição, detecção, ciência forense, brecha de dados, perda de proprie-dade intelectual, de produtividade, despesas jurídicas, regulatórias e de consultoria –, o valor é puxado para cima justamente por notebooks de executivos que ocupam cargos de diretoria ou gerência. O notebook de um CEO está avaliado em US$ 28.449, enquanto o de um diretor ou gerente vale US$ 60.781 e US$ 61.040, respectivamente. Segundo Edson Francisco Gimenes Rodrigues, especialista em soluções coorporativas da Intel, isso se deve ao fato de os CEOs terem como
Enquanto a Corte Suprema dos Estados Unidos rechaçava pela
segunda vez o casamento entre homossexuais, no Chile o debate se avivava. O candidato presidencial ofi cial Eduardo Frei anunciava que “es-taria disposto a debater” a legalização de um tipo de união civil para pares do mesmo sexo. E o fato de que o tema seja implantado em um dos países mais conservadores da região é visto como um grande avanço pelas orga-nizações de direitos de homossexuais. Em outras partes da América Latina, o tema está mais avançado. A Colômbia é o país mais adiantado em direitos para casais do mesmo sexo, segundo um relatório da Comissão Internacio-nal dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas. O Uruguai tem uma lei de união concubinária para todos os pares de qualquer sexo que estejam há mais de cinco anos vivendo juntos, enquanto a província de Rio Negro e a Cidade de Buenos Aires têm leis de união civil que não fazem distinção por sexo. Em troca, a Guiana é o único país sul-americano no qual a homos-sexualidade ainda é ilegal.
Avanço Gay
é quanto as operações da GE na América Latina cresceram
Menosé mais
Antonio María Delgado / Miami
Dubes Sônego / São PauloEduardo Thomson / Santiago
atribuição principal identifi car tendências de mercado e defi nir rumos estratégicos, sem a necessidade de acesso ao mesmo nível de detalhes que quem coordena as operações no dia-a-dia em determinada área geográ-fi ca ou segmento de mercado. A velocidade de notifi cação da perda ou do roubo e o uso de tecnologias de proteção de dados, como a criptografi a, porém, podem reduzir sensivel-mente os prejuízos, segundo o estudo.
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Petras: consumo verde
é quanto as operações da GE
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 35
MUNDOS PARALELOSPara a Pdvsa, tudo vai de vento em popa. Para seus adversários, o navio faz água. E a verdade jaz em algum ponto submerso entre esses dois extremos Antonio María Delgado, Miami
PETRÓLEO NEGÓCIOS
CETICISMO:Especialistas duvidam que a Pdvsa
encontre um tesouro no fi nal do arco-íris
AFP
APetróleos de Vene-
zuela (Pdvsa) vive seu
melhor momento. Os
ainda altos preços do
petróleo, o plano de expan-
são da empresa e os esforços
para reduzir sua dívida estão
cimentando a posição da es-
tatal venezuelana como uma
das maiores potências dentro
dessa rentável indústria.
Um minuto. Não se trata
do melhor. A Pdvsa passa por
seu pior momento: a empresa
não apenas mente sobre sua
gestão como está destruindo
sua capacidade de produção,
causando a ela danos que
poderão levar muitos anos
para serem reparados. Ou
que podem ser irreparáveis.
Tudo depende de em quem
se quer acreditar. Numa guer-
ra ideológica como a que a
Venezuela está submersa, a
primeira vítima costuma ser
a verdade. E o que realmen-
te acontece na Petróleos de
Venezuela não parece ser
exceção.
Oficialmente, as vendas
da Pdvsa aumentaram 31%
em 2008, para US$ 126,4
bilhões, montante suficiente
para superar Pemex e Petro-
bras e retomar o primeiro
lugar dentro do ranking das
500 Maiores Empresas da
América Latina. O lucro da
companhia aumentou 50%,
para US$ 9,4 bilhões, e a
capacidade de produção do
país encontra-se acima dos
3,2 milhões de barris diários
(bpd).
Mas os críticos da em-
presa, grupo que inclui es-
pecialistas internacionais e
alguns de seus ex-executivos
mais capacitados – muito
dispostos a falar – afirmam
que a produção da empresa
é muito menor.
36 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS VENDAS DA PDVSA AUMENTARAM, OFICIALMENTE
FONTE: SITE PDVSA
MONTANHA RUSSA CHAVISTACotação do petróleo venezuelano - dólares/barril
Jan. 08 80,1
Fev. 08 80,0
Mar. 08 95,1
Abr. 08 88,4
Mai. 08 109,7
Jun. 08 117,4
Jul. 08 129,5
Ago. 08 107,1
Set. 08 93,5
Out. 08 63,5
Nov. 08 44,9
Dez. 08 31,6
Jan. 09 37,8
Fev. 09 39,6
Mar. 09 43,0
Abr. 09 44,7
Mai. 09 52,2
NEGÓCIOS PETRÓLEO
Quando a imprensa busca
pesquisar dados da Pdvsa, ba-
te de frente com uma nuvem
impenetrável. Os esforços de
AméricaEconomia para falar
com um porta-voz da empresa
não foram frutíferos. Mem-
bros da empresa de auditoria
Alcaraz Cabrera Vázquez,
representante da KPMG na
Venezuela e encarregada de
auditar as cifras da Pdvsa, não
quiseram fazer comentários
alegando confidencialidade
em sua relação com o cliente.
Outro fato relevante é que
em 2006 a Pdvsa deixou de
enviar seus dados à SEC dos
Estados Unidos.
“Não conheço ninguém,
incluindo os membros da
Opep, que esteja de acor-
do com esses números de
produção”, diz Christopher
Sabatini, diretor de Política
do Conselho das Américas,
em Nova York. “Esse nú-
mero (3,2 milhões de barris
diários) não foi confirmado
por nenhuma fonte indepen-
dente e até seus aliados mais
próximos dentro da Opep não
consideram verdadeiros tais
números de produção divul-
gados pela Pdvsa”.
As projeções mais próxi-
mas aos dados fornecidos pela
Pdvsa colocam a produção do
país em um nível máximo de
2,7 milhões de bpd, enquanto
a maior parte dos prognósti-
cos obtidos para a elaboração
desta matéria colocam esse
nível dentro de uma estreita
margem dos 2,25 milhões de
bpd a 2,45 milhões de bpd. Sob
esses cálculos, e levando em
conta o preço médio de 2008
anunciado pela empresa, de
US$ 86,49 o barril, o valor do
petróleo extraído pela empresa
estaria entre US$ 71,1 bilhões
e US$ 85,2 bilhões.
A esse valor seria preciso
somar a receita derivada de
atividades de refino, e des-
contar a produção dirigida
ao consumo nacional, equi-
valente a mais de 400 mil
barris diários. Também seria
preciso descontar o subsídio
que a Venezuela concede a
outras nações através de sua
política da petro-diplomacia,
incluindo Cuba (aporte estima-
do em 92 mil barris diários)
e os 120 mil da Petrocaribe.
Com base em uma produção
de 3,2 milhões diários, o valor
do petróleo extraído somaria
US$ 101 bilhões.
A pouca transparência da
Pdvsa se deveria ao uso que o
governo de Hugo Chávez faz
da companhia. “Está usando
a petrolífera como caixa 2.
Esse dinheiro já não é admi-
nistrado pela empresa como
acontecia antes. Ele agora vai
parar em diferentes ‘missões’
que o governo mantém para
realizar seus gastos dentro
e fora do país, sem controle
e sem que tenha que prestar
contas a ninguém”, diz Pedro
Mantellini, ex-assessor da
presidência da Pdvsa.
As autoridades do gover-
no venezuelano contam uma
versão muito diferente. O mi-
nistro de Energia e Petróleo,
Rafael Ramírez, que também
é o presidente da Pdvsa, disse
em reiteradas ocasiões que o
plano “Siembra Petrolera”,
que contempla investimentos
de dezenas de bilhões de dó-
lares para ampliar a produção
do país, começa a dar frutos.
“A Pdvsa está entre as quatro
empresas de petróleo mais im-
portantes no mundo”, afirmou
Ramírez em uma coletiva de
imprensa realizada no começo
de junho. A atual fortaleza da
empresa “é produto de dois
fatores: o desenvolvimento
do plano de investimentos e
o processo de nacionalização
da Faixa petrolífera do Ori-
noco que se completou no
ano passado”.
Esse processo contemplou
a eliminação dos diversos ar-
ranjos que a Pdvsa mantinha
com várias transnacionais para
a extração do pesado betume
de petróleo da Faixa, que
deve ser processado antes de
vendido. A empresa também
endureceu os termos das ope-
rações conjuntas em outros
projetos, medida que classi-
ficou como necessária já que,
segundo o ministro, os acordos
foram criados sob condições
injustas para o fisco. “Menos
mal que aqui existe uma re-
volução”, disse recentemente
Ramírez, em uma entrevista
para uma rádio local. “Aqui
tinham fixado um royalty de
1% quando a taxa normal
era 16,6%; tinham fixado o
Imposto de Renda em 34%,
quando a taxa do petróleo era
de 50%, e tinham realizado
um conjunto de negócios que
tiravam o manejo soberano de
nosso petróleo e o levavam
às transnacionais.”
Esse tipo de negociação
teria permitido colocar um
ponto final no processo de
“descapitalização” ao qual a
empresa tinha sido submetida
entre 1987 e 2003. “Do ano
de 1999, quando o patrimônio
era de US$ 23,72 bilhões, a
levamos a US$ 71,51 bilhões.
Praticamente duplicamos o
patrimônio da Pdvsa”, disse
o ministro ao anunciar os úl-
timos resultados financeiros
da empresa.
Mas os ex-executivos da
petrolífera questionam a vali-
dez desse tipo de declaração.
Para eles, a grande perda de
talentos sofrida pela empresa
a partir da greve petrolífera de
2002, a decisão do governo
de desviar os fundos que tra-
dicionalmente estavam sendo
usados nas necessárias obras
de exploração e produção e
as expropriações estão soca-
vando ainda mais as bases da
companhia.
Horacio Medina, ex-geren-
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 37
te de convênios operacionais
de exploração e produção da
Pdvsa, diz que não há evidên-
cia de que a empresa esteja
investindo bilhões de dólares
para ampliar sua produção.
“Investidores dessa magnitude
são difíceis de ocultar”, afirma.
“Não há investimentos em ex-
ploração, nem em poços. E não
se pode garantir a descoberta
de petróleo se a companhia
tem 40 perfuradoras a menos
do que deveria ter.”
Para quem busca avaliar a
quantidade de petróleo que a
Venezuela realmente produz, a
questão das máquinas de per-
furação e reparo é de especial
importância, já que são uma
espécie de pistola fumegante
que revela o grau de atividade
da indústria. Esses equipamen-
tos, cuja existência no mundo
é limitada, são essenciais para
combater o natural declínio da
produção petrolífera.
“Todos os anos, tínhamos
que repor entre 600 mil e 700
mil barris para nos manter
dentro dos mesmos níveis do
ano anterior”, diz Medina,
em referência ao nível de
produção de 3,25 milhões de
barris diários que a companhia
mantinha no início da década.
“Para fazê-lo, era necessário
ter 122 perfuradoras com mesa
rotatória capazes de perfurar e
reparar poços, realizar inves-
timentos em injeção de águas
e novas perfurações e reparos.
Hoje, segundo a própria Pdvsa,
a companhia conta com 84
desses equipamentos.”
Medina acrescenta que um
conjunto de 84 máquinas é
consistente com um nível de
produção da ordem de 2,5 mi-
lhões de bpd, mas não dos 3,2
milhões que o governo garante
produzir. Outra prova desse
declive na produção reside
na quantidade de poços ina-
tivos divulgados pela própria
empresa. Em 2002, haviam
13 mil poços inativos. No
último relatório lançado pelo
Ministério, o número de poços
inativos tinha aumentado para
mais de 20 mil.
Mantellini, o ex-assessor
da presidência da empresa,
diz que, apesar dos reitera-
dos anúncios do governo de
que a Pdvsa está investindo
constantemente em ampliar
sua produção – o último
deles contempla US$ 13
bilhões para investir este
ano –, na verdade é pouco o
que a empresa está fazendo
para combater esse declínio.
“Todo o dinheiro está sendo
usado pelo setor político.
Quando um poço se danifi-
ca, porque não há recursos
para executar a operação de
manutenção ou recuperação
deste, a empresa está optando
por deixá-lo assim. por isso a
produção e a capacidade de
refino caem.”
Mas que equipamentos,
porém, o verdadeiro dano
para a companhia é a fuga de
talentos. “Houve uma perda
massiva de capital humano”,
diz Ramón Espinaza, ex-
economista chefe da Pdvsa.
“Foram-se dois terços do
pessoal profissional, técnico e
dos gerentes, e que não foram
substituídos na área. A Pdvsa
cresceu, mas em segmentos
que não tem nada a ver com a
produção e o processamento
de petróleo.”
Segundo Espinaza, grande
parte da oferta da empresa
provém atualmente das insta-
lações que foram construídas
no país pelas transnacionais
através das associações estra-
tégicas e que foram expropria-
das em maio de 2007. “Se se
exclui essa produção, então
vemos que a produção própria
da Pdvsa ronda em torno de
1,5 milhão de bpd, que é o
que realmente teria que se
comparar com os 3,6 milhões
de bpd que se produziam em
1998”, afirma.
E a capacidade de produção
não poderia ser reduzida ain-
da mais como consequência
da recente expropriação das
empresas de serviços petro-
líferos. “O resultado disso
será uma queda na produção
tradicional de petróleo”, diz
Jorge Piñón, ex-presidente
da Amoco Oil da América
Latina. “Grande parte da atual
produção da Pdvsa provém da
área do Lago de Maracaibo,
que consiste em poços mui-
to velhos que requerem um
alto nível de manutenção e
de trabalho que, se não for
realizado de forma adequada,
pode conduzir à perda dessa
produção.”
A Pdvsa também enfrenta
uma redução da produção dos
estados orientais de Monagas
e Anzoátegui, como resultado
da expropriação das operações
da norte-americana Williams
Cos, que se encarregava da de-
licada tarefa de injetar água e
gás para manter intactos os 400
mil barris diários provenientes
dessa zona. Medina destaca que
essa tarefa é muito complexa,
requer tecnologia de ponta, e
teria sido um desafio para a
Pdvsa até quando estava em
seu melhor momento.
“Temo – e digo isso com
muito pesar pelo impacto
que teria – que em poucos
meses vamos ver uma perda
considerável na capacidade
de produção do país.”, diz
Medina. “E, o que é pior, na
possibilidade de eventualmente
resgatar esses campos, porque
o tipo de dano provocado po-
de ser irreparável e fazer com
que parte desses depósitos se
percam para sempre.”
AFP
BILHÕES DE DÓLARES É A CIFRA DE INVESTIMENTOS DA PDVSA PARA 2009.
38 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Cena um, setembro de
2008: o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva,
macacão alaranjado,
capacete de segurança branco,
marcado pelo logo da Petrobras,
mostra as mãos sujas com o
primeiro petróleo extraído da
camada pré-sal. Ao fundo,
José Sergio Gabrielli, outro
presidente, o da estatal, sorri
e imita o gesto. Figurino idên-
tico, no limite da barba. “É o
passaporte para o futuro”. O
pré-sal, descoberto no governo
Lula, abre caminho para que o
Brasil “acabe com a pobreza”,
“resgate a dívida educacional”,
e torne-se um dos maiores pro-
dutores mundiais de petróleo,
repercutem os jornais. Cena
dois, maio de 2009: depois de
intensas manobras políticas,
na manhã do dia 15, é lido no
Senado o requerimento para
a instalação da CPI da Petro-
bras, criada por solicitação do
senador Alvaro Dias, do PSDB,
um dos líderes da oposição ao
governo. O objetivo: investigar
denúncias de irregularidades
na Petrobras e na Agência
Nacional de Petróleo (ANP),
que estariam sendo usadas em
esquemas de superfaturamento
e direcionamento de verbas a
aliados do governo.
Ainda falta um ano para que
as candidaturas à presidência
do Brasil para as eleições de
2010 sejam oficializadas. Mas,
diante dos altos índices de apro-
vação do governo Lula junto à
população e da possibilidade
de que faça um sucessor, a
oposição resolveu antecipar o
debate político. E pode sobrar
para a Petrobras, que desde a
abertura do mercado de pe-
tróleo, no final da década de
1990, se preocupa em cultivar
uma imagem de independência
e profissionalismo. Mas que,
recentemente, tem sido usada
por Lula também como plata-
forma para discursos de tônica
desenvolvimentista.
“Por mais que a Petrobras
tenha evoluído em compe-
titividade, desde a abertura
do setor, nunca deixou de ser
uma estatal. O mercado nunca
deixou de levar isso em conta.
Porém, quando começar a CPI,
pode haver certa aversão a
risco”, afirma Mônica Araújo,
estrategistas da Ativa Corretora.
Segundo ela, é pouco prová-
vel que o preço dos papéis
da companhia caia por causa
da CPI no Senado. Mas, “no
curto prazo, o desempenho
das ações da companhia po-
derá ficar abaixo do potencial,
mesmo com uma melhora no
mercado de petróleo, como se
vê agora”, avalia.
A Petrobras já enfrentou
outras crises sérias, como o
afundamento da plataforma
P-36 e vazamentos de óleo.
A diferença, agora, é o grau
de incerteza e relação ao que
pode acontecer. Às vésperas
de ser instalada a CPI, ainda
não se sabia muito bem nem
Petrobras vira alvo no tiroteio político brasileiro e pode ter potencial de suas ações afetado. Mas tudo indica que só no curto prazoDubes Sônego, São Paulo
ABRNO FOGO CRUZADO
NEGÓCIOS PETROBRAS
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 39
o que seria investigado. “A
nossa preocupação é com uma
CPI que não tenha clareza do
que vai investigar, que vai
sair fazendo investigação para
encontrar o que vai investigar.
É com uma CPI que vai criar
um ataque permanente sobre
a reputação da Petrobras, em
decorrência de acusações
infundadas e generalizações
de caráter particular”, disse
Gabrielli, em um programa
de TV.
Desde que foi levantada
a hipótese de uma CPI da
Petrobras, já foram cogitados
sete alvos de investigação:
irregularidades em licitações
para a reforma de cinco pla-
taformas de petróleo, que
somam contratos de mais de
R$ 200 milhões; direciona-
mento político na distribuição
de royalties da exploração de
petróleo, com ajuda da ANP;
possíveis irregularidades em
contratos de construção de
novas plataformas; utilização
de artifícios contábeis para
redução no pagamento de R$
4,3 bilhões em impostos; su-
perfaturamento na construção
da refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco, e direcionamen-
to político de patrocínio para
ações sociais e culturais.
“No Brasil, as CPIs tradicio-
nalmente não têm motivação
técnica. Esse processo de CPI
é um processo político”, diz
John Forman, da J.Forman
consultoria no setor de petróleo.
“E, sendo assim, deverá ter
resultados políticos”. Segun-
do ele, da mesma forma que
aconteceu com outras grandes
companhias do setor que se
envolveram em escândalos até
bem maiores, como a Exxon,
no Alasca (vazamento de óleo),
e a Shell, na Nigéria (acusada
de envolvimento no assassinato
de ativistas), o valor das ações
pode cair momentaneamente.
Mas tende a voltar a crescer,
uma vez que as operações da
companhia não são afetadas
intrinsecamente. “Volta e meia
aparecem essas coisas.”
Porém, para Valdeci Ver-
dello, vice-presidente asso-
ciado da Andreoli MS&L,
que acumula experiência no
gerenciamento de crises do
porte da quebra da Parmalat
no Brasil, uma coisa são as
crises tradicionais de imagem.
Outra, bem mais complexa e
cheia de nuances, é a “guerra
de informação” na qual a Pe-
trobras parece estar metida. “É
impossível, no caso da CPI,
eliminar a vertente eleitoral
e ideológica”, diz.
E, quando isso acontece,
a faceta estatal faz sombra à
companhia considerada mo-
delo de gestão em seu setor.
Não à toa, os dias têm sido
agitados para o departamento
de comunicação da Petrobras,
responsável por divulgar
informações oficiais sobre
a companhia e zelar por sua
imagem. Sentindo-se prete-
rida em muitos dos veículos
de comunicação brasileiros
que publicaram as suspeitas
de irregularidades, a compa-
nhia decidiu usar a internet
para divulgar sua versão dos
fatos, sem intermediários. E,
no dia 2 de junho, lançou um
blog chamado Petrobras Fatos e Dados, no qual chegou a
postar as respostas dada aos
jornalistas de diferentes meios
antes mesmo de suas matérias
serem publicadas. Uma atitu-
de que provocou ainda mais
críticas de alguns segmentos
da imprensa, como a Asso-
ciação Nacional dos Jornais
e a Federação Nacional dos
Jornalistas, que enxergam na
iniciativa tentativa de intimi-
dação e desrespeito.
Para Adriano Pires, diretor
do Centro Brasileiro de Infra-
Estrutura (CBIE), que defende
a CPI, a questão agora é que
uma eventual não realização
das investigações mancha-
ria ainda mais a imagem da
companhia que a descoberta
de irregularidades. “Os im-
pactos da CPI só podem ser
positivos. Caso se descubram
atitudes não recomendáveis, a
estatal será limpa de contratos
irregulares, pelo menos em
tese. Caso não se descubram,
a Petrobras sairá ainda mais
fortalecida. Se a gestão é
técnica e não política, qual o
problema?”
O problema, em sua opi-
nião, é que fica difícil sustentar
a tese da independência po-
lítica diante de fatos como a
nomeação de um ex-ministro
da “Reforma Agrária” (Miguel
Rosseto) para cargos como
a presidência da Petrobras
Biocombustíveis, em maio
deste ano: “o que ele entende
de biodiesel? Isso fere mais à
imagem da empresa que uma
CPI”, avalia.
A atuação da Petrobras na
área de biocombustíveis, aliás,
tem sido outro alvo de críticos
da empresa como Pires. Há
quem tema que a estatal pos-
sa usar seu poder econômico
para desequilibrar o jogo em
proveito próprio.
Mas, nem todos pensam
assim. Para Luiz Otávio Broad,
analista da Ágora Corretora,
por exemplo, a estratégia da
Petrobras é positiva. “Prin-
cipalmente no Brasil, onde
o etanol deverá predominar
sobre outros combustíveis”,
diz. “Se ela vê esse mercado
como potencial, tem todo o
direito de investir. Inclusive
em parceria com a iniciativa
privada, não necessariamente
inibindo a concorrência”.
Enquanto a CPI não é de
fato instalada, a Petrobras se
defende das acusações respon-
dendo aos jornais e marcando
posição na internet. A seu
favor, argumenta que, além
de prestar contas no Brasil ao
Tribunal de Contas da União,
à Controladoria-Geral da
União e à Comissão de Valo-
res Mobiliários, lá fora segue
os padrões da U.S. Securities
and Exchange Commission, da
Bolsa de Nova York e é audi-
tada pela KPMG. Além disso,
este ano, passou do vigésimo
para o quarto lugar na lista das
empresas mais respeitadas do
mundo, segundo pesquisa do
Reputation Institute (RI), com
sede em Nova York.
É, ao que parece, o mais
importante na visão de Ga-
brielli. “Enquanto não houver
uma discussão mais ampla no
mercado internacional, o efeito
é relativamente pequeno. No
plano interno, o mercado de
ações considera a Petrobras um
referencial importante, tanto
que as ações da empresa estão
entre as mais negociadas na
Bolsa de São Paulo.”
Algo que está diretamen-
te associado às perspectivas
do pré-sal e aos ambiciosos
planos da estatal, que deverá
desembolsar US$ 174,4 bi-
lhões, entre 2009 e 2014. “Se
houvesse a CPI sem o pré-sal,
talvez fosse diferente”, avalia
Pires. Talvez.
BILHÕES DE DÓLARES SERÃOINVESTIDOS ATÉ 2014
40 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Em 2007, a companhia brasileira aeroespacial Embraer começou a pro-jetar que a comemoração
de seus 40 anos de vida - em agosto de 2009 -, seria feita
com um crescimento ímpar. A empresa, líder mundial do segmento de aviação comercial de 70 a 120 assentos, adotou novas práticas industriais e dimensionou suas plantas para
produzir como nunca. O obje-tivo era fechar o ano de festas com um faturamento recorde de US$ 7 bilhões.
Entretanto, o mapa de na-vegação da companhia não
contemplava a crise econômica do final de 2008. “Tivemos que reduzir a estimativa de entrega, de vendas, número de funcio-nários - que foi a pior coisa que poderia ter acontecido,
Embraer completa 40 anos visando a liderar em várias frentes e mitigar riscos. E ganha fôlego antes de entrar no próximo embate no segmento comercial Solange Monteiro, São Paulo
EM BUSCA DO EQUILÍBRIO
NEGÓCIOS AERONÁUTICA
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 41
pois a gente não contrata 10 mil pessoas em seis anos, as capacita, para depois demitir 4 mil”, diz Carlos Eduardo Ca-margo, diretor de Relações com os Investidores da Embraer. A projeção de entrega, que era de 270 aviões, foi reduzida para 242, devido a cancelamentos e prorrogações. “Mas isso não significa que andamos para trás. A atual estimativa de receita, de US$ 5,5 bilhões - e que es-peramos que se repita em 2010 -, significará o segundo melhor ano da história da empresa. Então, temos que comemorar”,
FONTE: EMBRAER
PREPARE-SE PARA ATERRISSARNÚMERO DE AVIÕES ENTREGUES
0
50
100
150
200
250
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1T 2009
FONTE: EMBRAER
CORTE NA BASENÚMERO DE EMPREGADOS
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
2000
10.33411.048
12.22712.941
14.65816.953
19.262
23.50923.734
17.375
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1T 20090
afirma o executivo. Para suportar a queda nas
vendas, a Embraer recebeu de presente duas ajudas de peso. A primeira, o financiamento do BNDES para contratos de compra de aviões regionais, sobretudo os primeiros feitos em reais para companhias aéreas brasileiras: à Azul Linhas Aéreas – primeira companhia a adquirir os E-Jets para operar no Brasil –, de R$ 254 milhões para um jato ERJ 195 (118 assentos) e três ERJ 190 (106 assentos). E o segundo para a Trip (de R$ 199,2 milhões), que havia feito uma encomenda inicial em junho de 2008 que foi re-vista e cujo primeiro de quatro jatos ERJ 145, para 86 pas-sageiros, estava estacionado na Embraer desde fevereiro esperando pagamento.
Um avanço considerado importante dentro do mercado doméstico, em que a ausência da Embraer no âmbito da aviação comercial é notória, e não apenas por uma questão de mercado para os modelos regionais ou pela falta de financiamento, principal desafio da força de vendas dessa indústria em qualquer país. “Nossas companhias aéreas sofreram para comprar aviões nacionais devido a impostos altos, enquanto um Airbus, por exemplo, entrava no País isento de impostos”, diz Roberto Portella Berta-zzo, membro do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Ge-rais. “Hoje não existe mais diferença de carga tributária entre aeronaves compradas no Brasil e no exterior”, garante Adalberto Febeliano, diretor de assuntos institucionais
da Azul. Segundo Febeliano, a empresa chegou a efetuar algumas operações de expor-tação e reimportação de aviões da Embraer, mas “porque os financiadores eram interna-cionais, e questões legais e burocráticas ditaram esse procedimento”.
Já a segunda ajuda, na área de defesa, veio das mãos da Força Aérea Brasileira (FAB), com um projeto de construção de um avião cargueiro (KC 390) que poderá substituir o C-130 Hércules, e implicará investimentos de US$ 1,3 bi-lhão em sete anos. “O nosso cargueiro será mais moderno, conseguirá cobrir distância mais longa e mais rapidamente, pois é um avião a jato, com a mesma capacidade”, conta Camargo. A estimativa é de uma demanda de 22 unidades
RECEITA LÍQUIDA
LUCRO LÍQUIDO
2000 5.099 645
2001 6.891 1.101
2002 7.748 1.179
2003 6.571 588
2004 9.984 1.281
2005 9.046 709
2006 8.265 622
2007 9.983 657
2008 11.747 429
1T 2009 2.667 38
SOBE E DESCEEvolução anual, em R$ milhõesFONTE: EMBRAER; DADOS AUTALIZADOS ATÉ ABRIL DE 2009, CONSOLIDADOS EM LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
pelo governo brasileiro, e mais um mercado de exportações que poderia alcançar os US$ 18 bilhões.
“Agora, o desafio da Embra-er daqui para frente está claro: a busca do equilíbrio entre as áreas executiva, comercial e
42 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
de defesa, bem como a diver-sificação de mercados, para superar os momentos de alta e baixa comuns nessa indústria”, avalia Paulo Sampaio, diretor da Multiplan Consultoria Ae-ronáutica, na capital paulista. E a atual turbulência não fez a empresa sair dessa rota. Na matriz em São José dos Cam-pos, interior de São Paulo, o movimento é moderado, mas distinto do visto no início da década. Em junho, no hangar F-220, dedicado à montagem final das aeronaves, a fileira de caudas dos jatos estacionados era multicolorida: encomendas de companhias aéreas da Polô-nia, Alemanha, França e Índia. “Há sete anos, 80% de nossas vendas eram para a América do Norte (sobretudo EUA). Hoje são 45%; Ásia Pacífico saltou de 4% para 18%; há um movi-mento interessante do Oriente Médio que não existia, além do crescimento na Europa”, diz Camargo.
FORÇA DA MARCAO balanço da carteira de produ-tos começou a se configurar já em 2007, com a maior partici-pação do segmento da aviação executiva - avaliado pela em Embraer US$ 201 bilhões, ou 13 mil unidades até 2016. Antes mesmo de começar as primeiras entregas do Phenom – destacado por seu projeto e por ser de baixo custo, US$ 3,3 milhões –, a Embraer já começou a sentir o potencial do segmento. “A categoria saiu de uma participação na receita da companhia de 6% para 14% em 2008”, conta Ca-margo. E a crise, se implicou algumas desistências, também significou a queda de algumas concorrentes: para a categoria do Phenom, por exemplo,
dos seis players que havia no mercado, três significativos fecharam as portas, restando Cessna e Honda.
Este ano, da projeção revi-sada de entregas de aviões da Embraer, quase a metade (110 jatos) é do segmento executivo. “É um setor mais sensível a fatores como o preço do pe-tróleo, e que por isso sofreu uma forte retração sobretudo nos EUA, o maior mercado. Além de que demora mais para se recuperar. Mas em 2013, quando a economia melhorar, a Embraer terá novos produtos prontos para serem lançados”, diz Respício do Espírito Santo Júnior, professor de transporte aéreo da UFRJ e presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas
Públicas em Transporte Aéreo (Instituto Cepta), no Rio de Ja-neiro. Respício refere-se, além da entrada do Phenom 300 no mercado, aos novos modelos Legacy que deverão ser lança-dos nesse período. “Eles terão uma nova tecnologia no sistema de pilotagem, além de cabine desenvolvida pela BMW, como no Phenom”, conta Camargo. “E se a BMW consegue fazer do Mini um carro confortável, imagine o que significa num avião. Este é um segmento que valoriza marca e quer o máximo de seu investimento, e é no detalhe que se ganha o cliente.” Com isso, a Embraer
quer que a aviação executiva represente em cinco anos 25% do faturamento da em-presa, contra 60% da aviação comercial, e o restante divi-didos equilibradamente entre os segmentos de defesa e de prestação de serviços.
NOVA GERAÇÃONa área comercial, apesar da atual retração, a Embraer beneficia-se da tendência cres-cente de muitas companhias aéreas de equalizar capacidade e demanda. “Isso significa que nosso produto não é mais re-gional. Eles são comerciais de média capacidade, e o mercado passou a se adequar a isso”, diz Camargo. Entre as últimas encomendas dessa lista, estão
a KLM Cityhopper – subsidi-ária regional holandesa da Air France-KLM –, confirmando opções de compra que consta-vam de um contrato de 2007, e a Fuji Dream Airlines.
“Antes você tinha muitas rotas cobertas por aviões de 150 assentos, usando 60% da capacidade. Com petróleo a 30 dólares, há lucro. A 60, ele começa a ficar comprometido. A 110, como chegou no ano passado, você tem prejuízo na certa”, diz Camargo. Com aviões que “podem ser 15% a 20% mais eficientes que outros maiores”, não se comprometem frequências. Tendência que a
Azul quer consolidar também no Brasil. “Com os E-Jets, podemos desenvolver novos mercados ainda não explorados pelas outras empresas, seja oferecendo voos diretos, ou conectando novas cidades à malha aérea nacional”, comenta Febeliano, da Azul.
Uma dúvida que paira no ar é quanto ao futuro da operação da brasileira na China, onde desde 2006 a empresa possui uma fábrica com a estatal Avic para fabricar o ERJ 145 - que reduziu a estimativa de fabricação de aviões prevista em contrato de 50 para 25 -, e onde também se registrou a suspensão de encomendas de 50 jatos ERJ 190 pela empresa Hainan Airlines. “Hoje só posso falar que as entregas que temos que fazer demandam mais dois anos de trabalho. Mas, se a gente não tiver mais mercado,
não faz sentido manter uma
operação lá”, diz Camargo, citando a possibilidade de, se caso se consolidar uma frota mínima, transformar futura-mente a fábrica em unidade de manutenção de jatos Embraer. Ainda nesse caso, o executivo garante que a empresa não terá perdas. “Desde o primeiro ano, em que entregamos três aviões, a operação foi lucrativa. Fomos reconhecidos como empresa chinesa, o que foi importante até para concretizar as outras vendas que não saíram da fábrica local”, afirma.
Mas, para os analistas, o verdadeiro desafio da Embraer no médio prazo no segmento
CARGUEIROS PODEM SER COMPRADOS PELO BRASIL
, p po da UFRJ e presidente doituto Brasileiro de Estudosratégicos e de Políticas
licas em Transporte Aéreo
p q ,diz Camargo. Entre as últimasencomendas dessa lista, estão
a KLM Cityhopper – subsidi-
p50 jatos EHainan Afalar que aque fazeranos degente não
não faz
operação
CARGUEIROS PODEM SER COMPRADOS PELO BRASIL
NEGÓCIOS AERONÁUTICA
comercial será superar a con-corrência que já desponta no horizonte. “Nessa categoria já começam a surgir novos aviões no Canadá, Japão, China, Rússia - esses dois últimos, grandes mercados que certamente privilegiarão o fornecedor local”, afirma Sampaio, da Multiplan. “A partir de 2020, o mercado irá demandar modelos novos e mais eficientes - e nesse senti-do, a japonesa Mitsubishi, por exemplo, já está projetando um jato que em cinco anos poderá estar voando e ameaçando o terreno da Embraer”, aponta Respício, da UFRJ.
A Embraer reconhece esse risco, mas afirma que ainda é cedo para tirar conclusões. “Tanto Bombardier quanto Mitsubishi estão trabalhando com tecnologia nova de mo-
tor, da Pratt & Whitney que, na prancheta, é mais eficiente que a nossa”, diz Camargo, referindo-se ao motor GTF, cujo diferencial, a grosso mo-do, é uma turbina hidramática que produz um giro menor sob alta velocidade, reduzindo o consumo de combustível. “Veremos qual a resposta que GE e Rolls-Royce (outras fabricantes de motor) irão dar, para saber se será possível adaptar o produto aos Embraer 170/ 190 ou se, o que é bem provável, demandará um novo desenvolvimento - e aí sim, fortes investimento.”
Esse movimento imprescin-dível que a brasileira em breve terá que dar em seu principal negócio faz alguns analistas avaliarem a possibilidade de a companhia futuramente fechar uma parceria com Boeing ou
Airbus para lançar uma nova família dentro da categoria que já domina, ou até compartilhar a criação do substituto do 737 ou do A320, que se aproxima dos 200 assentos. “Eles têm uma tradição de relaciona-mento boa com a Airbus, esta já foi acionista minoritária da Embraer, e a francesa terá que cumprir um programa de sup-ply chain para transferir 40% de sua produção para fora da zona do euro, com o objetivo de desonerá-la”, lembra um analista em São Paulo, que pediu anonimato.
Mas Camargo, a princípio, nega tal possibilidade. “Não queremos ser concorrentes do 737 e do A320. Dependendo do que for lançado de tecnologia de motor, e o que for decidido a respeito desses aviões, vamos tomar uma decisão. A gente
sempre conversou com todo mundo, não estamos fecha-dos a nada. Mas temos que pensar em nossos acionistas e na perenidade da Embraer, e não adiantaria fazer isso para depois de alguns anos pensar que seremos dominados.”
Segundo o executivo, uma parceria seria interessante so-bretudo para o conhecimento de novas tecnologias. “A Airbus hoje tem a full fly by wire (pilotagem através de sensores), e ter acesso a isso pode ser excelente. A Boeing também está alguns passo à frente. Tudo depende de como o mercado vai ser desenhado. Mas, se for só para ser for-necedor, não vale a pena pra gente”, afirma, deixando claro que, quando se trata de ganhar altura, a Embraer prefere o voo solo.
(congelam as taxas)
Algo está mudando em...
OS NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA ONLINE
44 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Depois de sobreviver a um ano que golpeou o setor em nível global, as companhias aéreas la-tino-americanas começam a acionar os sistemas de alarme. Soledad Gómez
Aqueda era evidente.
Embora um avião es-
teja com a capacidade
totalmente vendida, “é
esperado que apenas se apre-
sentem ao voo, em média, entre
92% e 95% dos passageiros
que compraram passagem”,
comenta Eduardo Ortiz, vice-
presidente comercial da Taca.
Mas quando começaram a
circular as primeiras notícias
no México sobre a influenza
humana, os aeroportos se esva-
ziaram. “Em maio, para os voos
ao México, só compareciam
35% dos passageiros.”
Como um cavaleiro do apo-
calipse, a influenza A (H1N1)
somou-se à alta do preço do
petróleo e à crise econômica
internacional para dar um gol-
pe na indústria mundial aérea.
O mais recente prognóstico
financeiro da Associação de
Transporte Aéreo Internacio-
nal (Iata, na sigla em inglês),
indica que este ano as perdas
globais da indústria chegarão
a US$ 9 bilhões. “Esta cifra
equivale a quase o dobro das
perdas estimadas em março,
de US$ 4,7 bilhões, antes da
influenza humana e de outros
fatores”, diz Patrício Sepúlve-
da, vice-presidente regional
para América Latina e Caribe
da Iata.
Até então, o mercado la-
tino-americano estava mais
bem-posicionado que o do
resto do mundo. De fato, as
principais companhias locais,
nomes como Lan, Taca, Copa e
Tam, conseguiram crescer em
MOTORES DE EMERGÊNCIA
2008. Mas há muitos motivos
para acreditar que, neste ano,
as cifras serão piores.
O ano passado certamente
não foi um fácil, mas houve alta
demanda, o que deu espaço às
companhias aéreas da região
para que se adaptassem ao
crescente preço do petróleo e
reduzissem custos operacio-
nais. Mas a situação mudou
desde o último trimestre do
ano passado, e evitar os assen-
tos vazios tornou-se a maior
preocupação da indústria. A
América Latina representa
apenas 7% do tráfego aéreo
internacional, cifra pequena se
comparada aos 35% dos EUA.
E responderá por apenas 10%
das perdas mundiais neste ano.
Sepúlveda espera que o declínio
das empresas na região seja de
US$ 900 milhões. Segundo o
último relatório da Official
Airline Guide, entre janeiro e
junho de 2009 houve redução
de 2,5 milhões de assentos em
voos dentro das Américas do
Sul e Central, em comparação
com o mesmo período de 2008
– chegando, quase, a igualar a
capacidade do mesmo período
de 2007, de 55,8 milhões de
assentos. A capacidade tam-
bém caiu em voos dentro da
região, para 109,9 milhões de
assentos, após ter alcançado
111,3 milhões entre janeiro e
junho de 2008.
Não obstante, as compa-
nhias aéreas regionais geram
melhores expectativas que
suas homólogas em outros
continentes, onde algumas
já acumulam seis trimestres
no vermelho. A demanda de
viagens de negócios desmoro-
nou quase completamente nos
EUA e Europa, onde cresceu
o desemprego, afetando as fé-
rias e o turismo. “Na América
Latina a gente segue viajando
AFP
NEGÓCIOS AVIAÇÃO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 45
a negócios e, por viajarmos a
negócios, as tarifas são mais
altas do que nos EUA”, estima
Stephen Trent, analista do Citi.
A cautela, segundo Trent, fará
com que na América Latina
algumas pessoas adiem suas
férias, mas ainda persistem
destinos atraentes para viajantes
de negócios, o que permite que
as companhias se adaptem a
uma menor demanda sem que
sacrifiquem tanto as tarifas.
A adaptação passa por
uma bateria de soluções na-
da improvisadas. Ortiz, da
Taca, explica que foi preciso
se ajustar a um tráfego mais
reduzido e buscar destinos
mais rentáveis. “Abrimos uma
rota Lima-Quito-Medellín, por
exemplo. O mais importante
para nos adaptarmos tem sido
o gerenciamento de mercados e
novas rotas”. Adicionalmente,
foi aproveitada a fragilidade das
companhias aéreas norte-ame-
ricanas, que pararam de operar
da América Central e Caribe
a destinos como Los Angeles
e Nova York. Recentemente
foram incorporados aviões da
Embraer de 96 lugares à frota,
a fim de servir rotas de tráfego
diminuído. “Voar com 65 ou
70 passageiros em um avião
com capacidade para 120, ou
fazê-lo em um para 96 faz uma
grande diferença, faz com que
o voo continue rentável”.
Por sua parte, a Copa de-
cidiu esperar. “Crescemos de
30 a 45 destinos nos últimos
três anos, por isso este será
um ano de consolidação”, diz
Joe Mohan, vice-presidente
comercial e de planificação
da companhia. Para este ano,
a empresa espera crescer 13%
em capacidade e voltar a re-
gistrar novas rotas em 2010.
Um comportamento diferente
do que está sendo seguido pela
maioria da indústria em todo
o mundo. Trata-se de uma
das poucas companhias que
contemplam um aumento de
capacidade neste ano. Em 2008,
a Copa registrou uma margem
operacional de 17,4%, mas as
perspectivas para este ano não
são tão positivas. O Credit
Suisse, que esperava um de-
sempenho melhor das ação da
Copa, reduziu a “neutras” suas
projeções para a companhia,
devido à queda de 11,6%, em
maio, na ocupação dos voos
da empresa, calculada a partir
da quantidade de passageiros
e assentos disponíveis.
Já a Lan registrou aumento
em quantidade de passageiros,
elevando seu fator de ocupação
em 0,4% em maio, chegando
a 72,1%. Contudo, como teve
30% de sua receita vinda do
transporte de carga em 2008,
sua situação não é muito me-
lhor. Apesar de as qualifica-
doras de risco darem um bom
prognóstico para a Lan, sua alta
exposição ao fluxo de comér-
cio internacional a coloca em
uma situação vulnerável. “No
Chile, além disso, há a queda
nas exportações de salmão,
o que não se deve completa-
mente à crise”, diz Trent, do
Citi. Efetivamente, o vírus
ISA nos cultivos de salmão
do Sul do Chile foi um fator
independente da crise que dimi-
nuiu notoriamente a demanda
de fretes aéreos do país. Em
maio, o fator de ocupação de
carga da companhia caiu 5,7%,
chegando a 66%.
No Brasil, onde a Tam e a
Gol ocupam mais de 95% do
mercado, as perspectivas são
mistas. Trent, do Citi, explica
que “das quatro companhias
aéreas da América Latina
que têm baixa cobertura, a
Gol é a única que não paga
dividendos”. A empresa se viu
pressionada pelo endividamen-
to e pela aquisição da Varig,
em 2007. E a concorrência,
que também poderá vir de
operadores menores, como a
recém-criada Azul, preocupa.
Segundo Matheus Salvadori,
consultor da indústria aérea da
Frost & Sullivan, “a briga entre
Gol e Tam no Brasil poderia
resultar em uma guerra de pre-
ços”, o que “pode ser bom, por
um lado, mas, de outro, pode
ser depredatório”.
A Gol suspendeu os voos
transcontinentais que operava
desde a compra da Varig e
substituiu por serviço em rotas
regionais, onde precisamente
se faz notar a força da Lan e
da Tam. “É preciso lembrar
que a Lan e a Tam têm uma
aliança fortíssima e, embora
não estejam matando a Gol,
nos voos internacionais há
muita concorrência”, afirma
Trent. “É muita pressão contra
a Gol em voos continentais
como Buenos Aires – São
Paulo”, nos quais a aliança
Lan-Tam pode gerar frequ-
ências e preços otimizados
para competir.
Onde, por enquanto, não
há espaço para respirar é no
México. A Aviacsa, já afetada
por seus déficits financeiros, foi
deixada no chão por uma série
de falhas em suas aeronaves
e viu seu único voo aos EUA
(Las Vegas) suspenso. Além
disso, foi declarada insegura
pela Secretaria de Transporte
e Comunicações, o que resul-
tou em um processo judicial
que ainda não chegou ao fim.
Segundo um analista que não
quis ter o nome citado, “es-
tamos esperando ainda ver o
que acontece no México. É
um mercado muito grande,
com muitos destinos, mas
a situação econômica está
muito ruim para esperar
que todos sobrevivam”. É
esperada, além disso, uma
fusão entre as duas linhas
aéreas principais do país, a
Mexicana de Aviación e a
Aeroméxico. Esta última já
anunciou a demissão de 170
pilotos entre junho e setembro
de 2009, devido à redução de
suas frequências de voo.
Tudo indica que as com-
panhias aéreas mundiais não
vão sair da tormenta em 2009,
e que desta vez o mal tempo
resultará em vítimas em toda
a América Latina. “É possível
que, durante 2010, comece
uma retomada do setor”, diz
Sepúlveda, da Iata. “Mas é
preciso levar em consideração
que os prognósticos de 2009
são quase o dobro em perdas
do que havíamos estimado
anteriormente, portanto em
2010 o setor deve se recupe-
rar mais lentamente do que
o previsto”. Por enquanto,
não restará opção a não ser
apertar os cintos e esperar que
a turbulência passe.
MILHÕES DE DÓLARES FOI A PERDA NA AMÉRICA LATINA
46 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
NEGÓCIOS COMÉRCIO
Depois de fazer a estratégia global do Wal-Mart vingar no México, Eduardo Solórzano agora tem o desafi o de transformar os consu-midores em clientes do seu banco Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México
Nicaraguense de
nascimento, me-
xicano de for-
mação, Eduardo
Solórzano conhece a dedo o
funcionamento do império
que administra: os mais de mil
estabelecimentos do Wal-Mart
do México, ou Walmex, maior
operador varejista da América
Latina. Com mais de 23 anos
na empresa, esteve presente
quando o grupo, originalmente
chamado Cifra-Aurrerá, assi-
nou em 1991 o acordo com a
norte-americana Wal-Mart
que levou ao nascimento da
companhia. Começou traba-
lhando em diversas áreas como
operações, compras e logística.
Depois foi nomeado diretor e
vice-presidente de alimentos no
Wal-Mart Supercenter, e logo
assumiu a vice-presidência
executiva de autosserviços e
a vice-presidência executiva e
direção geral de operações. No
início de 2005, foi nomeado
presidente e diretor geral da
empresa.
Durante seu período como
vice-presidente de alimentos,
foi responsável pela introdução
da estratégia “Preços baixos
todos os dias”, a mesma que
caracteriza a rede em todos
os países onde opera. E a
estratégia em nível local con-
tinua dando resultado, apesar
da crise. As vendas de 2008
cresceram 11% em relação a
2007, chegando a 244 bilhões
de pesos mexicanos, apesar de
a desvalorização da moeda ter
derivado em uma queda de
14% da receita em dólares,
para US$ 17,7 bilhões.
Este ano também começou
bem para a filial da maior
varejista norte-americana.
No primeiro trimestre, as
vendas do Wal-Mart México
O DIRETOR DOS PREÇOS BAIXOS
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 47
registraram aumento de 7,8%,
e o lucro operacional cresceu
8,4% em relação a 2008. “Acho
que o Wal-Mart foi feito para
enfrentar esse tipo de conjun-
tura”, diz Solórzano. “Somos
reconhecidos por oferecer os
preços mais baixos e gerar
economia.”
Inclusive conseguiram su-
perar o fechamento temporário
de sua rede de restaurantes
VIPs e das lojas de depar-
tamentos Suburbia durante
a emergência da influenza
A (H1N1) que afetou todo
o setor comercial mexicano.
“De todas as estratégias, é a
mais efetiva”, diz Jorge Smeke,
diretor de estudos empresariais
da Universidade Iberoameri-
cana. “Parece-me que será um
dos grandes ganhadores.” Um
panorama muito diferente do
que hoje é vivido por outras
redes de supermercados do
país. A Comercial Mexicana
continua preocupada em co-
mo reestruturar sua dívida,
e a Soriana ainda está em
processo de incorporação das
197 lojas compradas do Grupo
Gigante e de posicionamento
na região central do país, setor
amplamente dominado pelo
Wal-Mart.
Tanto na empresa quanto
entre analistas do setor, esse
sucesso é atribuído em grande
parte aos resultados do reforço
da estratégia de “Preços baixos
todos os dias”. Por isso, dez
anos depois da introdução des-
se projeto, Solórzano defende
firmemente sua vigência. “O
entorno econômico é desa-
fiante e nossos clientes estão
cuidando de seus gastos”, diz.
Segundo o diretor da rede, em
2008 esta estratégia gerou
economia de US$ 515 milhões
para os clientes.
A Bodegas Aurrerá é o
formato de lojas do Wal-Mart
México que mais se foca nos
preços baixos e inclusive tem
programas de produtos vendi-
dos por 1, 2 e 3 pesos (cerca
de sete centavos de dólar),
voltados aos segmentos C,
D e E. Além disso, é o que
detém a maior participação
de vendas dentro do Wal-
Mart México, com 33,7%
e 455 pontos-de-venda. “A
estratégia do Wal-Mart é
conseguir boas negociações
de preço devido ao volume
que compra”, explica Raquel
Moscoso, analista do banco
Ixe. “E assim gera tráfego nas
lojas, e as pessoas que vão em
busca de uma oferta acabam
comprando mais coisas.”
SEM LIMITEE os investimentos não se
detêm. Em 2008, o Wal-Mart
abriu 182 unidades de todos os
formatos e este ano construirá
outras 252 unidades. “Temos
o programa de investimentos
mais alto da história”, diz So-
lórzano. “Será de 11,8 bilhões
de pesos (cerca de US$ 870
milhões) e vai gerar 14,5 mil
novos empregos diretos.” Das
unidades programadas, 225
serão da bandeira Bodegas
Aurrerá, 13 Wal-Mart, quatro
Superama, sete Sam’s Club e
três Suburbia. “O desenvolvi-
mento fundamental será o da
Bodega, já que atualmente é
o formato que mais se adéqua
à população”, diz Joaquín
Ley, analista do Santander
México.
Trata-se de um movimento
agressivo que caracteriza a
empresa desde sua entrada
no país. “Chegaram com
capital forte, vinham de uma
transnacional, com um volume
significativo e presença no
centro do país onde a renda
per capita é maior”, lembra
Raquel, do Ixe.
Outro ponto importante no
qual o Wal-Mart baseia sua atu-
al estratégia de preços baixos
são as marcas próprias como
Great Value, Aurrerá (ambas
de alimentos) e Equate (de
cosméticos e artigos de banho,
entre outros). “Sem dúvida,
essas marcas são atraentes
para nossas clientes, devido à
economia que representam”,
afirma Solórzano. “Pois não
é apenas uma questão de
preço; uma marca estratégica
de qualidade também gera
lealdade e permite diferenciar
nossos formatos”. Hoje, essas
marcas têm 1,5 mil produtos
fabricados por mais de 170
fornecedores.
Uma das mais recentes
apostas em marcas próprias
do Wal-Mart é a Medi-Mart,
linha de medicamentos que, se-
gundo Solórzano, são até 50%
mais baratos do que as marcas
líderes. “Somente em 2008, a
Medi-Mart gerou economia
de US$ 1,6 bilhão de pesos
(US$ 120 milhões) a nossos
clientes”, afirma Solórzano.
Nesse caso, são outros 1,5
mil produtos, de mais de 150
fornecedores, e 768 farmácias
nas lojas Bodegas Aurrerá,
Sam’s e Superama.
Enquanto o Wal-Mart con-
tinua colhendo frutos de seus
diversos modelos de negócio
já consolidados, o maior desa-
fio agora é conseguir fazer o
Banco Wal-Mart decolar. “É
um projeto de longo prazo e
o desenvolvemos de forma
conservadora, pois é um ne-
gócio novo para nós”, conta
Solórzano. “Mas este ano, com
o esquema das representações
bancárias definido, poderemos
desenvolver um programa
que o integra e veremos mais
presença do banco em nossos
principais mercados.” Esse
esquema permitirá que cada
caixa dos supermercados do
Wal-Mart funcione como
em uma agência bancária.
“O público-alvo dessa es-
tratégia tem sido descuidado
pelos bancos no México e
não interessa aos grandes”,
diz Smeke, da Universidade
Iberoamericana.
O caminho ainda é longo,
mas pode ser bem-sucedido.
“Uma grande fatia de nossos
clientes paga suas compras em
dinheiro precisamente porque
não conta com outros meios
de pagamento”, diz Solórza-
no. “Diariamente recebemos
3 milhões de consumidores
que são potenciais clientes do
Banco Wal-Mart.” Raquel, do
Ixe, concorda com o potencial
de tal projeto. “É daí que pode
chegar o crescimento quando
a economia se recuperar”, diz.
“Se você administra o crédito
no próprio supermercado, tem
um benefício duplo: a taxa
de juros e a possibilidade de
oferecer crédito para impul-
sionar as vendas.” Essa será
uma importante tarefa, que
certamente implicará transferir
a habilidade e a estratégia dos
“Preços baixos todos os dias”
a seus bancos. “O entorno
continuará desafiante, mas
temos oportunidades de levar
nossa oferta de valor a mais
pessoas junto as quais hoje
não temos presença”, conclui
Solórzano.
NOVAS LOJAS NO MÉXICO É A ESTIMATIVA PARA 2009
48 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
NEGÓCIOS TELECOMUNICAÇÕES
Novas licitações de telecomunicações no México podem fomentar a concorrência, mas não serão sufi cientes para assegurar maior qualidade dos serviços Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México
Rapidamente, as com-
panhias de TV a cabo
começaram a salivar. O
anúncio feito em maio
pelo presidente Felipe Calde-
rón, de licitar 20 mil km de
rede de fibra ótica para trans-
mitir voz e dados despertou o
apetite dessas empresas e das
operadoras de telefonia.
O setor de telecomunicações
no México está se movendo,
sempre com a mesma finali-
dade: aumentar a concorrência
em um setor amplamente do-
minado pelo magnata Carlos
Slim.
As operadoras de TV a ca-
bo formam o grupo com mais
expectativas. E decidiram se
unir para enfrentar Slim. En-
quanto a Telmex ainda não
tem autorização para oferecer
serviços de TV paga, Cablevi-
sión, Cablevisión Monterrey e
Cablemás (as três pertencentes
à Televisa) se uniram à rival
Megacable para oferecer um
novo serviço triple play (te-
lefonia, internet e TV) a US$
37 mensais.
Segundo a Câmara Nacional
da Indústria de Telecomuni-
cações por Cabo (Canitec),
no México há 4,9 milhões de
usuários de TV a cabo; 1,6 mi-
lhão de internet banda larga e
520 mil de telefonia fixa. Dos
que possuem telefonia, 65%
têm triple play. “A parte de
interconexão com a Telmex
tem sido tortuosa, porque ela
controla 88% das linhas fixas”,
diz Alejandro Navarrete, diretor
do Centro de Inovação da Ca-
nitec. Uma boa solução para as
empresas de TV a cabo seria,
então, obter a concessão da
rede troncal da CFE. “Gostarí-
amos que o governo avaliasse
a possibilidade de fazer uma
licitação nacional e regional”,
acrescenta Navarrete.
SOB A SOMBRA DE SLIM
AP
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 49
Este é um dos pontos deba-
tidos na Secretaria de Comuni-
cações e Transporte (SCT), a
cargo da licitação dessa rede.
“Não se sabe se será licitada
por rotas de interesse ou re-
giões e poderá haver mais de
um operador”, diz Federico
Kulhmann, acadêmico do de-
partamento de Engenharia do
Itam. E quem ganhar terá que
investir em equipamentos de
recepção, regeneração e trans-
missão de dados, o que torna
viável a opção de formação de
consórcios diferentes.
Por isso, segundo espe-
cialistas, essa licitação é uma
boa oportunidade de atrair
investidores estrangeiros. No
ano passado, a Comissão de
Economia da Câmara dos
Deputados modificou a le-
gislação de investimento para
que internet e telefonia fixa
sejam somadas à telefonia
móvel como exceção na lei que
obriga que “a participação de
investimento estrangeiro não
exceda 49%”. “Desta forma,
haverá capital para promover
concorrência real no merca-
do”, diz Armando Chacón,
do Instituto Mexicano para a
Concorrência (Imco).
A espanhola Telefónica
declarou sua intenção de par-
ticipar na licitação da CFE.
“É hora de terminar com a
imposição de tarifas e planos
que colocam o usuário em
uma posição passiva”, diz Fa-
bián Bifaretti, diretor geral da
Telefónica México, aludindo
implicitamente à sua rival em
toda a América Latina.
Consultada por AméricaE-
conomia, a Telmex não quis
comentar estes novos anúncios.
Mesmo antes da licitação, po-
rém, a companhia já começou
a registrar queda em sua receita
devido à interconexão com
outras operadoras.
O que mais preocupa o
grupo de Slim é não poder
oferecer serviços de TV paga
e triple play. “Não lhes inte-
ressa tanto pelo dinheiro que
representa, mas para proteger
as linhas e garantir que elas
cresçam mais em receita”,
diz José Garcés, analista da
consultoria Select.
Enquanto resolve este im-
passe legal, a Telmex estuda
alternativas. No começo do ano,
a empresa de TV por satélite
Dish entrou no México em
associação com a norte-ame-
ricana EchoStar e a mexicana
MVS. Embora por enquanto
seu acordo com a Telmex seja
exclusivamente para serviços
de fatura e cobrança, a empresa
mexicana recentemente decla-
rou a reguladores nos EUA que
“poderia investir diretamente
em uma joint venture com a
Dish”. Hoje a Dish tem 300
mil assinantes e, segundo José
Luis Woodhouse, diretor da
Dish no país, a meta é chegar
a 6 milhões em seis anos.
Não é fácil deter a gigante
de telecomunicações, mesmo
com a união dos players meno-
res. E, ainda que para muitos
o grande poder de Slim gere
rejeição, nem todos acreditam
que a solução freie o magnata.
“Só 14% dos lares no México
têm TV a cabo e um número
muito maior não tem telefo-
ne”, diz Chacón, do Imco.
“Assim, uma política voltada
a incomodar a Telmex não é
construtiva.” O pesquisador
Marcos Ávalos, do Centro de
Alta Direção de Economia e
Negócios da Universidade
Anahuac, concorda com Cha-
cón. “Aqui o problema não é
Slim, e sim a regulamentação
que permite a acumulação de
tais riquezas”, diz.
A licitação das frequências
de 1,9 GHz e 1,7 GHz também
está gerando muita expectativa
nos concorrentes de telefonia
móvel e em cabeadoras que
querem oferecer serviços
quatro em um. “Uma opção
é se tornarem operadores
móveis virtuais e usarem a
infraestrutura de um operador
móvel estabelecido; a outra
é participarem das licitações
que foram anunciadas”, diz
Navarrete, da Canitec.
A Cofetel já aprovou as
bases de licitação para as
bandas de telefonia móvel.
Embora não seja feita menção
explícita sobre a Telcel (da
América Móvil), seu objeti-
vo seria favorecer a entrada
de novos competidores. Isto
poderia beneficiar a Movistar,
da Telefónica, ou a Iusacell,
do Grupo Salinas com mais
bandas de freqüência, embora
seguramente isso pouco possa
afetar os 76% que a Telcel tem
de participação de mercado.
De fato, a portabilidade
numérica – que permite aos
usuários mudar de companhia
operadora fixa ou móvel sem
perder seu número – benefi-
ciou a Telcel, já que desde a
implantação do sistema recebeu
197.375 novos clientes e perdeu
109.875, o saldo mais favorável
dos operadores móveis.
“Em todos os negócios em
rede sempre haverá um agente
dominante e agentes peque-
nos”, diz Manuel Molano,
diretor-adjunto do IMCO. “É
exigido, então, que o Estado
atue para criar um ecossistema
rico e não estático”. Assim, a
solução não é derrubar o maior,
mas fomentar a concorrência
em benefício do usuário final:
em termos de acesso e de qua-
lidade do serviço.
1T 2009 1T 2008 VARIAÇÃO (%)
Local 11.546 12.693 -9
Longa distância nacional 3.716 4.144 -10
Longa distância internacional 2.009 2.095 -4,1
Interconexão 4.165 4.791 -13,1
Redes corporativas 3.270 3.001 9
Internet 3.836 2.907 32
Outros 1.475 1.491 -1,1
Total 30.017 31.122 -3,6
TELMEX: QUEDA SUAVEVendas 2009 e 2008 (em pesos mexicanos)FONTE: INFORME TRIMESTRAL, TELMEX
20 MIL KM DE FIBRA ÓTICA SERÃO LICITADOS NO MÉXICO. OS OPERADORES DE TV A CABO SERÃO OS MAIS BENEFICIADOS
50 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Entre os executivos da
holding elétrica chile-
na Enersis pairava um
ar de incerteza antes
da reunião de acionistas no
dia 15 de abril. Não era para
menos. O grupo estreava em
sociedade com um novo e so-
litário controlador: a italiana
Enel, que recentemente havia
comprado a participação da
espanhola Acciona na matriz
do conglomerado, a Endesa
Espanha. Mas os temores se
dissiparam. O recém-nomeado
vice-presidente executivo da
Endesa, Andrea Brentan – mão
direita do presidente-executivo
da Enel, Fúlvio Conti – veio
rapidamente ao Chile dar seu
apoio à administração local li-
derada po seu presidente, Pablo
Yrarrázaval, e o gerente geral
Ignácio Antoñanzas.
Com justa razão. As pers-
pectivas do grupo são mais que
auspiciosas. A holding possui
uma solvente diversificação de
receitas, através do negócio
de geração e distribuição. Os
mercados do Cone Sul nos
quais tem presença – Chile,
Argentina, Brasil, Peru e Co-
lômbia – são os que possuem
melhores expectativas de
expansão. Mas o ingrediente
mais importante será o novo
controlador. A Enel pisará com
força no acelerador, pelo fato
de o mercado latino-americano
oferecer taxas de crescimento
bastante superiores às da Eu-
ropa, um continente com um
mercado elétrico maduro e
altamente competitivo.
As estimativas do mercado
respaldam este cenário. Mes-
mo com a crise, os serviços
da Enersis cresceram mais de
147% no último ano, chegando
a US$ 1,01 bilhão. Segundo o
departamento de estudos da
corretora Banchile Inversio-
nes Santiago, os resultados
do grupo crescerão 6,5%
em 2009 e 7,1% em 2010. A
chave: a diversificação geo-
gráfica que permite atenuar
a variação de fluxo de caixa
frente a cenários adversos nos
mercados em que opera. “Uma
das principais forças do grupo
é sua diversificação, tanto re-
gional como de negócios”, diz
Francisco Errandonea, chefe
de estudos do Santander GBM
em Santiago.
Mas um dos fatores fun-
damentais de crescimento do
grupo na região será o selo im-
presso pela Enel nas operações
locais. O interesse do grupo
italiano na Endesa Espanha
era apenas reforçar sua posi-
ção na Península Ibérica, um
mercado maduro, e no resto da
Europa, onde encontra grandes
concorrentes como a francesa
EDF e a alemã E.ON. Seu foco
é a América Latina. Segundo
NEGÓCIOS ELETRICIDADE
RALLY VOLTAICO A holding elétrica Enersis tem motivos para sorrir. Não apenas pelas boas perspectivas de crescimento na região, mas também pela força de seu novo controlador: a italiana Enel Matías Rodo Yuricevic, Santiago
ANTOÑANZAS E YRARRÁZAVAL:À FRENTE DO GIGANTE ELÉTRICO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 51
o analista do departamento de
análise da corretora espanhola
Inverseguros, Miguel Sánchez,
a Enel é uma grande geradora
de caixa, e custou para encon-
trar investimentos atraentes.
“Agora, poderá destinar seus
recursos para crescer no mer-
cado latino-americano, o qual é
sumariamente estratégico para
ela”, diz Sánchez. “A Enersis
tem um nível de importância
bastante elevado dentro das
operações da italiana”.
Essa experiência inter-
nacional é somada à gestão
local. Um das fortalezas da
holding chilena, segundo um
alto executivo do setor que
pediu sigilo de seu nome, é
a capacidade de desenvolver
uma estrutura de gestão que
incorpora as diversas empresas
que controla, transferindo a
experiência adquirida aos pa-
íses onde opera. Nesta tarefa,
para muitos, o gerente-geral
Antoñanzas desempenhou um
papel-chave.
ATOR REGIONALMas o sustento da holding no
futuro não é baseado apenas
na musculatura da Enel para
as operações regionais, mas
também na diversificação dos
mercados e das expectativas de
crescimento nos mencionados
países. Especialmente para sua
principal linha de negócio:
a geração. “A demanda por
energia na América Latina é
bastante baixa. E conforme a
atividade econômica se aquece,
a demanda tende a crescer a um
ritmo mais rápido que o PIB”,
diz Errandonea. Não à toa o
grupo tem uma capacidade
instalada na região de 13.893
MW, número superior a todo
o parque elétrico do Chile, e
que se traduz em ativos de mais
de US$ 11,22 bilhões.
No Chile, país que repre-
senta 37% de seu resultado
operacional, a Enersis tem
excelentes perspectivas. “O
país apresenta as melhores
condições de preço e mercado
para que o grupo cresça em
geração”, diz José Donoso,
analista sênior da LarrainVial,
em Santiago. Há uma regula-
mentação que permite retribuir
investimentos. Além disso, no
Chile é preciso substituir grande
parte da tecnologia por outra
mais eficiente, diversificando
a matriz dependente do gás na-
tural argentino e assegurando
crescimento nos resultados da
holding.
Na Colômbia (que aporta
25% do resultado operacional),
a Enersis também tem uma
posição interessante. Cresce
no negócio de geração, atra-
vés do projeto Quimbo – terá
capacidade instalada de 400
MW, por US$ 600 milhões
– e em distribuição, através
da recente aquisição de par-
ticipação na distribuidora de
Cundinamarca. “A Colômbia
é o segundo país com maiores
oportunidades de crescimento
para a Enersis, devido à regu-
lamentação do mercado que
incentiva o investimento”,
diz Donoso.
No mercado brasileiro (26%
do resultado operacional), no
entanto, a Enersis tem uma par-
ticipação minoritária, tanto em
distribuição como em geração.
Embora haja oportunidades de
crescimento nas licitações da
Agência Nacional de Ener-
gia Elétrica (Aneel) para a
construção de novos projetos
de geração, a holding não
realizou nenhuma iniciativa
nos últimos tempos, devido
à intensa concorrência que
tem enfrentado nas licitações,
principalmente de companhias
federais e estaduais.
E o Peru? No país a Enersis
está desenvolvendo alguns pro-
jetos utilizando gás de Camisea,
adquirido a preços muito mais
baixos para consumo interno,
o que maximiza resultados e
diminui custos. Além disso,
esta é uma das nações do
Cone Sul cuja economia vem
crescendo mais. “Nos últimos
anos, o Peru apresenta impor-
tantes taxas de crescimento,
algo que sem dúvida impacta
positivamente no negócio
elétrico”, diz Ramón Galaz,
gerente-geral da consultoria
chilena EcofysValgesta.
Um panorama distinto é o
da Argentina (que representa
5% do resultado operacional),
onde o conglomerado tem tido
problemas. As tarifas de distri-
buição são baixas e os preços
de geração não refletem os
custos de produção. Contudo,
para Donoso, a situação é “tão
complexa” que a presença da
Enersis é uma oportunidade,
dado que em algum momento a
autoridade transandina terá que
desenhar um marco regulatório
que permita reativar os investi-
mentos. “Quando isso ocorrer,
os investimentos que há no país
se re-valorizarão”, diz.
Este cenário levou a Enersis
a aumentar em 30% os inves-
timentos de 2009 na região,
para mais de US$ 1,3 bilhão.
E se a demanda crescer mais
do que o projetado, a holding
poderá investir US$ 1,7 bi-
lhão. A princípio, US$ 800
milhões serão destinados às
companhias de distribuição,
especialmente para reforçar
redes. Para geração, poderão
ser investidos US$ 200 milhões,
e, em novos projetos, outros
US$ 800 milhões.
Mas lidar de maneira efi-
ciente com este ambicioso
plano não será fácil. Entre
outras coisas, há a necessidade
do manejo ambiental correto de
grandes projetos. “O gerencia-
mento do projeto HidroAysén
será chave, mesmo que em
seu início não dê os melhores
passos”, diz o executivo que
pede anonimato.
E a empresa também de-
verá melhorar o atualmente
baixo nível de investimento
em energias alternativas. “A
Endesa Espanha tem sido
uma empresa muito voltada
a energias renováveis”, diz
Sánchez da Inverseguros. E,
neste aspecto, novamente se
sentirá a presença da Enel. A
italiana tem mais experiência
nesta matéria e declarou in-
tenção de reforçar sua divisão
Enel Green Power nos próxi-
mos anos. “É provável que a
Enersis tenha, então, um papel
fundamental neste objetivo, se
a regulamentação for adequada
aos critérios de rentabilidade
desejados”, diz Sánchez. A ta-
refa de Antoñanzas será difícil.
Mas já conta com o respaldo
dos novos donos.
MW É O QUANTO A ENERSIS GERA NO CONE SUL
Gregorio Perez Companc:patriarca de baixo perfi l
52 AMÉRICAECONOMIA / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Grupo Perez Companc posiciona-se na agroindústria e em alimentos. Mas a sucessão familiar adiciona incerteza ao futuro do negócioRodrigo Lara Serrano, Buenos Aires
Petróleo por óleo co-
mestível. Assim tal-
vez se possa definir
a profunda virada
estratégica que, desde o início
da década, foi dada pelo grupo
argentino Perez Companc.
O conglomerado que per-
mitiu a Gregorio Pérez Com-
panc tornar-se o homem mais
rico de seu país, hoje com
um pé fincado na produção
agroindustrial e outro em ali-
mentos de consumo massivo,
vive uma transição depois da
retirada mais ou menos si-
lenciosa de “Goyo” (apelido
de Gregório), com apostas de
média envergadura no Chile,
Uruguai e Itália. Bem como
nos biocombustíveis.
Se descontado o período em
que contou com o carismático
executivo do petróleo Oscar
Vicente (a cargo da Pecom
antes da venda à Petrobras por
US$ 1,2 bilhão em 2002/3), o
grupo sempre foi discreto.
No setor de alimentos, uma
fonte industrial que pede ano-
nimato garante que esta postura
é condizente com o perfil atu-
al do grupo, que tem muitos
executivos em postos-chave
oriundos da área financeira. “É
algo comum em companhias
do setor de commodities”,
diz. Mas, não especificamente
em uma famosa empresa do
grupo, a Molinos Río de la
DO OURO NEGRO AO COMESTÍVEL
NEGÓCIOS CONGLOMERADO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 53
Plata, gigante dos alimentos
manufaturados. “Desde 2006,
quando comprou a San Lorenzo
e passou a adquirir capacida-
de de moenda, a Molinos se
tornou um negócio dividido
entre moenda (50%) e marcas
(50%)”, afirma Gabriela Catri,
analista da Fitch. Através dessa
nova unidade da Molinos, a
companhia passou a ser uma
grande produtora de óleo e de
farinha de soja.
“Esse negócio, entretanto,
sofre de grande volatilidade,
pois está exposto à mudança
de margens, fruto da diferen-
ça entre o preço do óleo e do
grão, que não necessariamente
se movem no mesmo ritmo”,
afirma. Em consonância com
isso, “eles realizaram um pe-
queno investimento em diesel,
que hoje é um negócio menor”,
diz. Trata-se de uma fábrica
com capacidade de refino de
100 mil toneladas anuais.
Estima-se que o plano dos
empresários do grupo é fazê-
la crescer. Em fevereiro, a
Molinos Río de la Plata pediu
autorização para ampliar seu
porto de San Lorenzo, no rio
Paraná, o que pode significar
a intenção de ampliar sua ca-
pacidade exportadora de óleos
e de biodiesel.
Em 2008, a companhia ob-
teve com óleos e farinhas quase
US$ 1,2 bilhão de um total de
cerca de US$ 2,4 bilhões em
vendas líquidas – no mesmo
período, o lucro ficou próximo
dos US$ 230 milhões. Mas
2008 “foi um ano recorde que
possivelmente não se repetirá”,
diz Gabriela Catri, da Fitch.
Mas, isso “não nos preocupa:
a dívida da companhia é prati-
camente de pré-financiamento
às exportações”.
A crise poderia significar
um mero tropeço tanto para a
Molinos quanto para todas as
outras empresas do setor. O
economista Mariano Lamotte
vê um mercado de alimentos
em provável recuperação.
Primeiro, porque a partir de
agosto se espera o fim da se-
ca e a melhoria nas margens
de lucro da soja. E, dado que
“em qualquer crise o último
a ser cortado é o consumo de
alimentos e na Argentina não
houve queda de renda, nem
houve migração a marcas
secundárias”, afirma.
E se existe algo que não
falta à Perez Companc são
marcas de primeira linha.
“Arcor e Molinos são duas
grandes carteiras para sobrevi-
ver aqui”, diz um analista do
setor. E esta última melhorou
ainda mais seu poder de fogo
depois de ficar, em outubro
de 2008, com 49,44% da
então Bonafide Golosinas,
pertencente ao grupo chileno
Carozzi. A aposta da Molinos
foi obter marcas de alto perfil
no segmento de guloseimas,
chocolates e biscoitos como
Billiken, Bocadito, Nugatón e
Costa. Em 2007, a companhia
tinha feito algo semelhante ao
ficar com 83% da local Quí-
mica Estrella, abocanhando
marcas como Gallo (arroz) e
Toddy (chocolate em pó).
Mas a compra mais chama-
tiva é a da Delverde Industrie
Alimentari, na Itália, fabri-
cante do macarrão Delverde.
Com capacidade produtiva de
quase 50 milhões de quilos
somente de pastas secas, em
2007 a empresa registrou
vendas de 28,5 milhões de
euros. “É um negócio que
eles conhecem bem”, diz um
economista que acompanha
as atividades do grupo, para
quem “o mercado italiano é
muito complexo e ainda está
muito fragmentado”, o que é
uma vantagem.
Ao que parece, Perez Com-
panc busca dois objetivos.
Fortalecer-se no mercado
interno, que é temido por
muitas empresas de marca
devido a seus bruscos vai-
véns, e tentar uma expansão
regional com foco no Uruguai
e no Chile.
No Chile, porém, não tem
sido fácil. “O Chile é um
mercado complicado para
as empresas argentinas”, diz
a mesma fonte. Em 2006, o
grupo comprou o Frigorífico
O’Higgins por US$ 70 milhões
e anunciou um investimento
de US$ 17 milhões para a
construção de um frigorífi-
co em Aysén, na Patagônia
chilena. As coisas andaram
bem no começo, mas este ano
surgiram problemas graves.
Alguns externos, como a
proibição da entrada de carne
chilena no Japão e na Coreia
do Sul, devido à presença de
dioxinas. E outros locais, como
denúncias de falha no manejo
ambiental em duas plantas
de processamento de suínos,
que entraram em processo de
fechamento.
O episódio levou a substi-
tuição de praticamente toda a
gerência da empresa e a entra-
da de Jorge Pérez Companc,
primogênito de Gregorio, para
recompor a situação, tarefa que
incluiu demissões em massa
de operários e funcionários
administrativos.
A maior presença de Jorge
Pérez Companc é conside-
rada um sinal da mudança
de gerações causada pelo
afastamento de Gregorio do
dia-a-dia da empresa. Mas
há versões desencontradas
em Buenos Aires. Algumas
fontes garantem que o que
está acontecendo é que “não
há nenhum bom nome para
a sucessão”. Outras dizem
que “Jorge é quem mais sabe
e quem realmente tem mais
interesse pelo negócio”. E
há os que falam de uma pro-
fissionalização com controle
familiar, através de um fundo
na Ilha Gran Cayman.
Por um curioso efeito de
contraste, a rede de sorveterias
Munchi’s, Helados San Isidro
Labrador e outras operações
comparativamente menores
(resultado da iniciativa de
María Carmen “Munchi”
Sundblad, mulher de Gre-
gorio) possuem um perfil
muito mais chamativo que o
das empresas do grupo pro-
priamente ditas. Isso porque,
apesar dos desejos dos Pérez
Companc, a fama e os negó-
cios caminham de mãos dadas.
E o fato de uma sorveteria
como a Munchi’s financiar
o Munchi’s Ford Word Rally
Team, que tem entre seus pi-
lotos o herdeiro Jorge Pérez
Companc, não colabora para
dividir as águas.
MILHÕES DE DÓLARES É QUANTO A EMPRESA LUCROU EM 2008
DEBATES ENTREVISTA
Anne-Marie Slaughter, da Woodrow Wilson, defende um “século das Américas”. A ideia de que os EUA poderiam voltar a ganhar potência criando uma rede que articulasse as Américas do Norte e do Sul. O senhor acredita que isso seja possível?
É possível até que alguém
como Anne-Marie Slaughter
deixe a academia e passe ao
Executivo. Quando ela disse
isso, era decana da escola
Woodrow Wilson da Univer-
sidade de Princeton. Agora
é chefe de Planejamento de
Políticas do departamento de
Estado, e trabalha diretamente
com Hillary Clinton. Uma
vez nesse cargo, tropeça em
distrações como a bomba
atômica da Coreia do Norte,
os problemas do Irã, a crise
econômica mundial e uma
longa lista de etcéteras que
faz com que os funcionários
de alto nível do governo dos
EUA, que poderiam construir
essa nova arquitetura das
Américas acabe ficando com
pouco tempo para fazê-lo,
posto que estão com a agenda
54 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Moisés Naím, editor chefe da revista Foreign Policy.
“OSPAÍSES DO HEMISFÉRIO ESTÃOPROFUNDAMENTEDIVIDIDOS”
RAFA
EL C
ORN
EJO
Criador da divisão da política regional entre “Eixo do Lula” e “Eixo do Hugo”, Moisés Naím é um dos latino-americanos mais influentes na arena dos analistas internacionais graças ao seu posto de editor-chefe da revista Foreign Policy, bem como a pesquisas e livros publicados por ele, entre os quais se destaca Ilícito: o ataque
da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global. Naím, um dos participantes do World Econo-mic Forum, conversou com Rodrigo Lara Serrano, editor-adjunto de AméricaEconomia, sobre a posição global do Brasil e a dificuldade de levar a cabo iniciativas como o “século das Américas” proposta por uma alta funcionária do governo dos EUA.
cheia de emergências.
Seria possível que outras institui-ções ou organismos abraçassem essa iniciativa ou há interesses muito contrapostos?
Não se trata de interes-
ses. Trata-se de prioridades.
Não há dúvida de que se
poderia avançar se os países
da América Latina também
abraçassem essa iniciativa,
particularmente o Brasil. Mas
falta que os EUA estejam
diretamente e ativamente
envolvidos nisso, no mais
alto nível. E isso – apesar
de estar seguro de que essa
seja a intenção do governo
Obama e de seus principais
assessores –, repito, será
muito difícil de encontrar
tempo para fazer.
Um fórum como a Organização dos Estados Americanos (OEA) não po-deria ser redesenhado para buscar a criação desses laços?
As instituições não exis-
tem. Existem pessoas que ma-
nejam as instituições. E para
que a OEA seja reformulada
é necessário consenso entre
os que a manejam, que são os
países e, ao mesmo tempo,
quem administra a OEA, que
é o staff permanente liderado
por José Miguel Insulza. A
OEA está, como sabemos,
muito distraída atendendo o
problema de Cuba, e por isso
é difícil imaginar que tome
a liderança sobre esse tema.
Também é preciso entender
que a OEA representa os
países do hemisfério e, nesse
momento,tais países estão
profundamente divididos.
Como definiria essa divisão? Quais linhas a estabeleceriam?
Falei que existe um “Eixo
do Lula” e um “Eixo do
Hugo”. O “Eixo do Lula” é
um grupo de países que se
orienta para concorrer nos
mercados internacionais, é
muito mais democrático, tem
economias mais sólidas. Inclui
países como Chile, Colômbia,
Peru, etc. O “Eixo do Hugo”
é formado pelos países menos
democráticos e com uma
atitude hostil ao investimento
privado e ao investimento
estrangeiro. E uma atitude
muito belicosa em relação
aos EUA. Enquanto o “Eixo
do Lula” tem uma atitude
conciliatória de trabalhar em
conjunto com os EUA, o grupo
de Hugo reúne claramente
Nicarágua, Equador, Bolívia,
Honduras, Paraguai e Cuba,
naturalmente.
O que acha da tentativa do Brasil de buscar um maior protagonismo não apenas na região, mas até fora dela?
Não há dúvida de que o
Brasil está jogando em ligas
internacionais muito impor-
tantes. Há poucos problemas
que hoje ocupam o mundo
nos quais o Brasil não tenha
um papel importante. Meio
ambiente, energia, comércio
internacional, luta contra a po-
breza, luta contra o HIV-Aids,
reformulação da estrutura
financeira internacional: na
mesa de todos esses fóruns
o Brasil ocupa um lugar
central.
Você pensa que entre as elites sociais e políticas há consenso sobre a necessidade de seguir esse caminho? Ou poderia haver mudança de rota no caso de um futuro governo com outras prioridades?
Não. Por exemplo, o fato
de que o Brasil tem um papel
indispensável em qualquer
coisa que faça a respeito
da mudança climática não
depende de quem esteja no
governo, mas de que o País
tem a maior superfície de
florestas do mundo, cujo
desflorestamento está con-
tribuindo para a mudança
climática. A presença do Brasil
em temas de energia não tem
relação com quem esteja no
governo, mas com o fato de
que o País desenvolveu a
indústria mais dinâmica de
bioenergia do mundo, com o
etanol. E o mesmo acontece
nos outros temas.
O que acha da lei que legaliza a posse de terras na Amazônia brasileira? Pode ser o começo de um novo modelo de manejo do problema da floresta?
Não resta dúvida de que é
preciso buscar uma solução.
É um problema que o Brasil
tem há muito tempo, e com
seus vizinhos também. Isso
não vai ser solucionado no
curto prazo, e com apenas
uma lei. É um processo mais
complicado que vai levar
tempo, mas é preciso tomá-lo
em conta.
O que está faltando?Falta ter sócios no pro-
cesso. O Brasil necessita de
sócios com muito mais capaci-
dade de intervir efetivamente
no problema. Os sócios que
o país tem neste momento,
que são seus vizinhos, têm
estado muito distraídos com
outras prioridades. Não é nada
evidente que o governo de
Correa, ou o de Evo Morales,
ou o de Hugo Chávez, ou do
próprio Alan García no Peru,
estejam priorizando isso.
Recentemente houve problemas também na Amazônia peruana. Acha que se não houver uma solução, veremos mais conflitos focalizados, mas intensos, como o atual?
O conflito no Peru tem que
ser lido com muito cuidado.
Possui raízes importantes não
apenas entre os indígenas do
país, como também compo-
nentes internacionais.
Houve a influência de ativistas inspirados por Chávez?
Só estou repetindo o que o
presidente García disse.
Voltando novamente ao Brasil, quais seriam os pontos que o país deve trabalhar para sustentar um crescimento permanente que o leve a se transformar em um país desenvolvido?
O Brasil precisa avançar
muitíssimo mais na área so-
cial. Não se pode esquecer que
o Brasil continua sendo um
país onde há uma profunda
e ampla pobreza. E onde se
continua registrando uma
das principais desigualdades
na distribuição de renda. Há
avanços importantes, mas
tem que continuar nessa
direção. O segundo é que
certamente está no caminho
de se transformar em uma
potência energética, caso se
confirme que os campos de
petróleo costa afora, abaixo
da camada de sal, são da
magnitude estimada. Se for
assim, o Brasil poderá se
tornar, além disso, potência
petrolífera mundial.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 55
SERÁ DIFÍCIL PARA OS EUA DAR PRIORIDADE AOS TEMAS DA AMÉRICA LATINA
56 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
A novaO
s últimos meses têm sido de retra-ção, de “ops, eu estava
enganado”, como o de Alan Gre-enspan confessando que havia falhas
em sua ideologia de mercado. Também têm sido um período de dogmas jogados
pela janela; de banqueiros centrais que até há pouco compunham loas à grande
moderação e ao fi m da volatilidade, lançando-se a intervir no mer-
cado por meio do quantitative easing (uma forma grandilo-
quente de descrever o que se classifi cava na América Latina dos anos 70 de “usar a máquina” para imprimir dinheiro). E comprando e venden-do moedas estrangeiras para manter certos níveis
cambiais, ainda que, ofi cialmente, suas moedas
fl utuassem livremente.A crise tem obrigado os
economistas e as autoridades eco-nômicas a deixar para trás os dogmas
e adotar medidas pouco ortodoxas, inau-gurando uma era em que o consenso parece
ter desaparecido. A única certeza que se supõe ter restado aos economistas é justamente a da incerteza, em discussões que podem alcançar o limite da desavença pessoal.
Por exemplo, as respostas inusitadas dos países desenvolvidos à crise têm sido motivo de preocupação em círculos acadêmicos e da imprensa especializada. Quais serão os efeitos dos pacotes de resgate no próximo ano? Nouriel Roubini, mais conhecido como Dr. Catástrofe por suas teorias apocalípticas (que terminaram se mostrando corretas, em grande medida), afi rma que as injeções de dinheiro do FED para estimular a economia poderão levar a taxas hiperinfl acionárias no futuro (os exemplos que tem mencionado são os da República de Wei-mar, na Alemanha pós-Primeira Guerra, e o Zimbábue de Robert Mugabe). Paul Krugman, recentemente laureado com o Prêmio Nobel, diz, ao contrário, que os bilhões e bilhões de dólares de expansão monetária simplesmente não são infl acionários porque não estão indo ao mercado, mas sim descansando nos balan-ços dos grandes bancos.
Não são debates dos quais seja simples participar. Nas últimas décadas a economia têm se tornado tão complexa que se alguém sem formação em matemática avançada se atreve a opinar corre o risco de ser fulminado pelos deuses do Olimpo econômico. Não obstante, como membros cada vez mais relevantes da cena econômica global, a América Latina não pode deixar de participar. Com este objetivo, AméricaEconomia apresenta a seguir uma lista com dez temas de debate, em discussão hoje pelos pensadores econômicos que se dedicam a prever o amanhã. Um manual de consulta para entender o mundo pós-crise.
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Quando o mundo começa a dar sinais de recuperação, apresentamos alguns dos assuntos que dominarão o debate econômico no próximo ano
Eduardo Thomson
desordem mundial
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 57
Moedas que infl am ou murcham FONTE: BANCO MUNDIAL
MEDO DA QUEDA
JAN 07-4
-2
0
2
4
6
8
10
Taxa de infl ação anual
MAR 08 ABR 09
CHINA
ESTADOS UNIDOSALEMANHAJAPÃO
Há alguns meses o principal temor dos economistas era mais o
de uma defl ação global, ou seja, de uma queda generalizada
de salários e preços. E não de uma infl ação, que tem efeito con-
trário.
“O que Ben Bernanke (presidente do banco central dos Estados Unidos)
busca precisamente é que falemos de infl ação e não de defl ação”, explica
Alberto Bernal, economista-chefe da Bulltick Capital Markets en Miami. “Qual
das duas opções é melhor em um cenário grave? Infl ação, porque é mais fácil
de controlar. Creio que é uma boa notícia. O espectro da defl ação foi morto.”
Esta parece ser uma ideia compartilhada pelos mercados. “No curto prazo,
as taxas dos bônus estão indicando expectativas de infl ação levemente maior
nos Estados Unidos que no presente. Mas não creio que veremos taxas de dois
dígitos como as registradas nos anos 1970 e 1980, devido à grande capaci-
dade produtiva que ainda está ociosa”, diz Peter Lannigan, ex-operador de
mercados que agora atua como consultor independente para assuntos relacio-
nados a mercados emergentes em New Jersey.
Aqui está o centro do já mencionado argumento de Krugman, que apesar
de tudo dizia no fi nal de maio que a defl ação era o perigo iminente do mun-
do desenvolvido. Por outro lado, pode-se esperar muito debate sobre se seria
melhor ou não perseguir um nível maior de infl ação para ajudar os setores
público e privado a se livrarem de suas altas dívidas valendo-se desta forma
de default disfarçado.
O fi m do padrão dólarAinsta-
bilidade da economia dos Estados Unidos e do valor de sua moeda levan-tam a questão: chegou a hora do fi m do dólar como reserva mundial de valor ou divisa para o comércio mundial? A China não está contente com as massivas recompras de dívida do governo dos EUA com dinheiro recém-emitido, já que isso implica a queda do valor real de suas reservas. E o Brasil faz coro à proposta de China e Rússia de criação de uma moeda para o comér-cio global.
Pode ser que dentro de dez anos o dólar te-nha perdido seu papel no comércio mundial ou como reserva de valor. Mas, no curto prazo, é de se duvidar. “O que é surpreendente, do ponto de vista clássico, é que justamente o país com mais problemas tenha observado uma valori-zação de sua moeda”, diz Juan Pablo Nicolini, economista, reitor da Universidade Torcuato di Tella em Buenos Aires. Além disso, com crise e tudo, os EUA continuam a representar 30% do PIB mundial. “O que se usa como moeda não tem nada a ver como o que dizem os políticos”, diz Nicolini.
“Os países do Bric estão simplesmente mos-trando seus músculos políticos”, comenta John Edmunds, acadêmico da Universidade Babson, dos Estados Unidos, colunista de AméricaEco-nomia, a respeito das declarações de China e Brasil sobre o dólar. “Apenas lançam o assunto e esperam que nós comecemos a debater a respeito.”
Petróleo em alta Onde já começa a surgir motivo para preocu-
pação é na recente alta do preço do petróleo, que voltou a superar a barreira dos US$ 70 por barril, apesar da recessão mundial. Neste caso, prepare-se, porque certamente o preço continuará a subir. “A recente queda do preço das commodi-ties foi completamente cíclica, mas os fatores que
explicam a alta do ano passado a quase US$ 170 o barril, porém, continuam aí”, afi rma a economista Carola Moreno, analista da fi lial chilena do banco espanhol BBVA.
Aparentemente, neste tema não há muito espaço para o debate. A tendência de alta no lon-
go prazo parece inegável. Onde restam dúvidas é se no curto prazo voltaremos a ver
preços similares aos do ano passado. Predizer um preço
exato para o petróleo não tem sentido, assim como também não tentaremos prever o de outras commodities. Mas, vale ter em mente o seguinte: no
ano passado, o estranho não foi a alta, mas sim a baixa. É a
hora de repensar aquela ideia de investir na compra de um carro híbrido.
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“O que Ben B
58 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
FONTE: BANK FOR INTERNATIONAL SETTLEMENTS
PRECISA-SE DE REGULAMENTAÇÃO
DEZ06
9,79
11,14
15,81
20,35
33,8
40
35
30
25
20
15
10
5
0JUN 07 DEZ 07 JUN 08 DEZ08
Valor bruto de contratos vigentes de derivativos over the counter, em US$ bilhões
Regulamentação em gotas
Independente da discussão de qual o grau ideal de regulamentação, “o que está se comprovando com a crise é que não houve supervisão
sufi ciente no passado”, afi rma Allen Berger, professor da Moore Business School.
O bom é que deixamos para trás a necessidade imperiosa de regular apressadamente, o que certa-mente traria maus resultados. Sim, veremos mudanças operacionais nos mercados de derivativos e mudanças muito específi cas nos níveis de liquidez requeridos dos bancos. Este último ponto, segundo Bernal, da Bulltick, limitará o limite de aposta dos bancos e, em conseqü-ência, também o retorno sobre seu patrimônio, seus lucros e os salários que oferecem. Ou seja, será o fi m do debate sobre salários sem limites. E um forte incentivo para que, em dez anos, volte-se a debater uma nova desregulamentação.
Mas, no momento, as pressões por maior regulamentação virão princi-palmente da Europa que dos Estados Unidos, país que decidiu aceitar com calma os anúncios de reformas no sistema fi nanceiro.
Mas, se apostamos em algo que fi cará de tudo isso, apostamos em algo similar ao que disse Larry Summers, principal assessor econômico de Oba-ma: governos com autoridade para intervir e liquidar instituições fi nanceiras não bancárias com problemas; reguladores capazes de avaliar que certas instituições fi nanceiras (quais? É algo que ainda está em debate) contem com capital sufi ciente para suportar as crises e que os interesses dos consu-midores estarão acima dos interesses das empregas reguladas.
Papel do EstadoU ma coisa é a ideologia, outra é a necessidade. É preciso
estabelecer a diferença e não colocar no mesmo saco os Estados Unidos tomando o controle da GM e do Citi e a Vene-zuela intervindo em uma empresa local para promover o so-cialismo do século 21. Obama disse que quer colocar a GM de novo em pé e sair rápido, enquanto Chávez não afi rma o mes-mo do setor de serviços petrolíferos, nem de outros setores.“O debate permanecerá vigente por vários anos”, diz Nicolini, da Universidad Torcuato di Tella. “Vínhamos de várias décadas que apontavam a um Estado pouco interventor na produção, e que um pouco em regulamentação e assistência social. A crise gerou a sensação de que é importante que o Estado ocupe lugares tanto na produção de serviços quanto na de bens.”Esta discussão terá infl uência direta na América Latina, pois vivemos entre esses dois pólos. De um lado, Brasil, Uruguai e Chile, países com governos de centro-esquerda com um estado que se preocupa com o social, mas que deixaram o capital privado cuidar do resto, e Venezuela, Bolívia e, em menor medida, Argentina, países onde o estado avança em direção a tomada de praticamente todas as decisões da sociedade.
Éum dos temas mais importantes do debate atual: o que queremos que os bancos centrais façam no futuro. Grande parte dos bancos centrais dirige
a política econômica com o objetivo de alcançar uma meta de infl ação baixa. Mas, como Martin Wolf, economista inglês e colunista do Financial Times, não são poucos os que no passado declararam sua simpatia pelo “Santo Gral” das metas de infl ação que hoje sinaliza que está chegando a hora “de se desenhar uma nova abordagem à política mo-netária”.
Assim, a discussão girará em torno de se os bancos centrais deveriam incluir metas de crescimento ou a busca do pleno emprego. E também se deverão zelar para que não haja infl ação do valor de ativos, fator determinante no surgimento de bolhas. “Grande parte das bolhas são ex-plicadas por fortes expansões de crédito”, afi rma Alejandro Gaviria, acadêmico da Uniandes, na Colômbia. “Os bancos centrais podem controlar a expansão desse combustível através da taxa básica de juros”. Mas nem todos concordam. Um deles é o economista chileno Francisco Rosende, decano da faculdade de Economia da Universidade Católica do Chile, que escreveu em uma coluna no jornal chileno El Mercurioque “seria muito azar se como conseqüência da crise reapa-recessem propostas amplamente superadas como aquelas que sugerem incorporar aos objetivos dos bancos centrais a busca do pleno emprego e, inclusive, do desenvolvimento econômico”.
O objetivo central do Banco Central
Papel
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 59
A solvência dos governosOs alarmes soaram quando a Standard & Poor’s declarou que
o Reino Unido poderia perder sua classifi cação AAA, a mais alta, devido aos montantes envolvidos em seus pacotes de res-gate. Independentemente das críticas às classifi cadoras por seu papel na crise subprime, muitos economistas logo começaram a especular se os EUA também não poderiam perder sua classifi cação AAA. De fato, a empresa de administração de ativos Pimco disse que isso “não seria improvável”. Um default dos Estados Unidos a caminho?
Alto lá, senhores. Mesmo considerando o poder de atração de tal exercício teó-rico, é uma possibilidade muito remota. Que os países desenvolvidos deverão tratar de limitar o gasto público, disso não há dúvida. Mas não signifi ca que os EUA passa-rão a ter baixo grau de investimento (há 10 graus entre AAA e BB+, a partir do qual um bônus deixa de ter investment grade). Também é certo que terão que aumentar impostos. Há quem diga horrorizado que a relação dívida/PIB do país subirá a 80%. Bem, o Japão já tem uma relação de 170% entre dívida e PIB.
De fato, da próxima vez que ouvir alguém falar sobre os riscos de uma crise de insolvência dos EUA, conta as rugas em sua cara. O verdadeiro risco está na falta de vontade dos governos desenvolvidos de darem o menor sinal de dispo-sição a reformar seus sistemas de previdência social ou de assistência médica. Isso sim é um buraco fi scal sem precedentes e a maior ameaça de insolvência.
Quando pisar no freio
Os pacotes de estí-mulo contracíclicos
não podem ser para sempre. Se fosse assim, deixariam de se contra-cíclicos. O problema é decidir quando começar a restringi-los, espe-cialmente nos países em desenvolvimento e emergentes, sem correr o risco de entrar em outra recessão. Vale lembrar que os EUA voltaram a entrar em recessão em 1937, quando Roosevelt teve que deixar os pacotes de estímulo do New Deal. O que salvou esse gover-no foi o início da Segunda
Guerra Mundial. O risco de esticar os pacotes além do adequa-do, porém, é a possível gera-ção de bolhas ao se mante-rem artifi cialmente condições de crédito mais amplas que as requeridas pela economia.
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dereq
60 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
OBrasil ditou o modelo. E foi seguido por Colômbia, Méxi-co e, em parte, pelo Chile. Os bons resultados dos últimos
anos levaram alguns governos da região a colocar-se em dia com planos de apoio social. Estes programas têm sido espe-cialmente bem-sucedidos no Brasil, com destaque para o Bolsa Família. “Estes modelos são muito fáceis de replicar, mas muito difíceis de desmontar”, diz Gaviria, da Uniandes. E será correto sacrifi cá-los se a crise exigir novos esforços fi scais? O debate continuará, mesmo que a resposta defi nitiva para esta questão seja não. A dimensão destes programas está ainda muito distante dos níveis de gasto representados pelos siste-mas de bem-estar social dos países europeus e, inclusive, dos
Estados Unidos. E têm sido fundamentais para lidar com a questão da estabilidade, inclusive nos momentos mais duros da crise. Sua rentabi-lidade em uma região que mantém alguns dos maiores índices de desigualdade do planeta tem sido evidente.
Atenção com o Leste EuropeuPode parecer uma região distante, mas o que acontece nos países do Leste Europeu que
estão à beira da falência pode ter refl exos sociais e afetar toda a região. “São países extremamente endividados em moeda estrangeira e seus sistemas de câmbio não fl utuam livremente”, diz Moreno, do BBVA. A exposição dos bancos da Europa Ocidental a esses países é enorme (de aproximadamente US$ 1,4 trilhão) e pode ser um novo foco de crise, com risco de afetar ainda mais as taxas de recuperação e causar maior desemprego. “Há sinais de reação, mas muitos governos da Europa agora estão jogando pela vida”, concor-da Gaviria, da Uniandes.
A América Latina não está próxima de replicar uma crise como as da Europa Oriental porque as autoridades econômicas locais aprenderam com experiên-cias anteriores e conhecem os riscos do superendividamento em moeda es-trangeira, o que veio acompanhado do desenvolvimento de mercados fi nan-ceiros domésticos. E disso podemos nos orgulhar. Por aumentar as cotas de fi nanciamento do FMI, a crise no Leste Europeu e nos países da Europa Ociden-tal foi uma oportunidade para que o Brasil mostrasse seu novo peso mundial ao oferecer fi nanciar o FMI em cerca de US$ 10 bilhões.
O dinheiro do bem-estar
60 AMÉRICA AS 500 MAIOREECONOMIA A
ANÁLISE E RANKINGSIntrodução 62Índice 86Ranking 500 88Análise de rentabilidade 108Análise 500 por resultado 112As que mais ganharam e perderam 114As maiores por Ebitda 116As maiores empregadoras 117Variação patrimonial 118As mais endividadas 119As maiores por ativos 120Análise de efi ciência 121Análise por propriedade 124As maiores locais e estrangeiras 125As maiores estatais 126As maiores exportadoras 127As maiores por setor 130As maiores do Brasil 135As maiores do México 139As maiores do Chile 142As maiores de vários países 145Movimentos no Ranking 147As novas no Ranking 148Metodologia 149América Latina em cifras 150
maioresda América Latina
empresas
SETORESAlimentos 66Automotivo 68Bebidas 70Comércio 72Energia elétrica 74Mineração 76Petróleo e Gás 78Petroquímica 80Siderurgia 82Telecomunicações 84
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 61
COM FREIOS DE AREm 2008 as 500 Maiores Empresas da América Latina tiveram seu primeiro retrocesso em cinco anos, colocando um ponto fi nal no maior período de expan-são da história recente das corporações da região AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
Se associarmos as 500
Maiores Empresas da
América Latinas desta-
cadas em nosso ranking
a uma grande frota de cami-
nhões que avançam em alta
velocidade na mesma direção,
2008 seria o ano de pisar no
freio e dar marcha a ré. Não se
trata de uma imagem literária
sem sentido. O ano passado
foi a primeira vez desde 2002
que a soma em dólares das
vendas das 500 Maiores Em-
presas da América Latina caiu
em relação ao ano anterior.
Em 2008, o volume total da
receita retrocedeu 3,7%, um
breque ainda mais brusco se
comparado à expansão de
23,7% obtida em 2007.
E não é só. É a primeira
vez desde 1990, ano que co-
meçamos a editar este ranking,
que a empresa N° 500 registra
vendas inferiores à de N° 500
do ano anterior. No ranking
do ano passado, a Colombia-
na de Comercio era a última
da lista, com vendas de US$
821,8 milhões em 2007; no
ranking atual, o último lugar
AS 500 NA HISTÓRIA
QUANDO SE SUBIA COMO ESPUMAFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
QUEBRANDO BARREIRASNº DE EMPRESAS COM VENDAS ACIMA DE US$ 1 BILHÃOFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
0
100
200
300
400
500
1999
167
2000
204
2001
206
2002
187
2003
219
2004
262
2005
302
2006
334
2007
437
2008
419
ficou com Farmacias Benavi-
des (México), que em 2008
faturou US$ 719 milhões.
A isso se soma que pela
primeira vez desde 2002
reduziu-se a quantidade de
empresas com vendas acima
da barreira do US$ 1 bilhão
– das 437 no ranking do ano
passado às 419 deste ano.
Ou seja, é oficial: 2008 foi
o ano que colocou um ponto
final no mais bem-sucedido
período de expansão das
grandes corporações latino-
americanas, cujas vendas pas-
saram de US$ 831,6 bilhões
em 2001 a US$ 1,9 trilhão
em 2007.
O retrocesso de nossa
frota latino-americana tem
uma causa sem mistério:
a crise econômica global.
Esta impactou diretamente
nas 500 através de uma forte
contração do comércio glo-
bal, uma profunda queda no
preço das commodities e uma
desvalorização generalizada
das moedas locais frente ao
dólar dos EUA, usado como
referência para este estudo.
No caso dos caminhões
que transportavam matérias-
primas – os maiores e mais
dinâmicos desta frota – a
pista começou a mostrar-se
repentinamente pedregosa.
Em julho do ano passado, os
preços do cobre, do alumínio,
da soja, do trigo, do petróleo e
da celulose registravam má-
ximas históricas, e somente
um mês depois iniciaram uma
pronunciada queda, sem prazo
para terminar.
A escassez de divisas,
outra grande enxaqueca de
2008, afetou boa parte das 500
Maiores Empresas da Amé-
rica Latina. O fator câmbio
foi especialmente forte nas
duas principais economias
da região, que aportam o
maior número de empresas
ao ranking. No Brasil, por
62 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Ano Vendas Var. Mínimo
1991 324.069,8 3,9% 196,0
1992 375.102,7 15,7% 166,5
1993 402.867,2 7,4% 162,6
1994 512.087,0 27,1% 193,5
1995 544.318,2 6,3% 215,5
1996 553.580,3 1,7% 267,2
1997 645.180,0 16,5% 350,4
1998 629.847,0 -2,4% 316,0
1999 624.527,4 -0,8% 278,5
2000 881.208,1 41,1% 357,7
2001 855.427,7 -2,9% 331,7
2002 831.571,6 -2,8% 324,9
2003 938.208,0 12,8% 362,0
2004 1.122.496,6 19,6% 464,3
2005 1.364.398,2 21,6% 526,2
2006 1.581.618,0 15,9% 570,3
2007 1.955.734,7 23,7% 821,8
2008 1.882.521,8 -3,7% 719,0
As 500 por país
RK 2008
PAÍS NÚMERO DE EMPRESAS VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES) VAR % 08/07PARTIC. %
2008
SOMBRA DO SULOITO EMPRESAS MEXICANAS SUBSTITUÍDAS POR PERUANAS E CHILENASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
1 Brasil 203 204 207 211 212 428.755,3 534.077,5 610.088,2 825.018,2 746.786,7 -9,5 39,7
2 México 154 138 111 134 126 442.722,6 490.811,1 532.016,3 645.721,6 588.245,5 -8,9 31,2
3 Chile 48 54 63 55 60 74.838,1 103.043,9 137.953,1 158.345,4 164.322,2 3,8 8,7
4 Venezuela 11 11 12 7 7 74.638,3 98.294,2 118.360,8 109.557,5 147.586,6 34,7 7,8
5 Argentina 32 36 41 36 35 45.724,0 65.585,2 88.240,6 107.736,8 117.493,5 9,1 6,2
6 Colômbia 28 30 35 31 28 27.726,7 36.037,8 46.945,5 58.597,4 59.484,0 1,5 3,2
7 Peru 11 12 18 15 21 12.464,2 16.368,3 26.085,2 29.091,7 32.300,0 11,0 1,7
8 Equador 2 5 3 3 3 4.662,5 8.210,6 8.684,0 9.444,4 13.182,6 39,6 0,7
9 Costa Rica 6 4 3 3 3 6.642,9 6.072,0 4.640,4 5.594,2 6.180,8 10,5 0,3
10 Panamá 1 2 2 2 2 1.063,5 1.817,7 2.294,0 2.756,5 3.273,9 18,8 0,2
11 Uruguai 1 2 2 2 2 1.000,7 2.188,3 2.230,7 2.933,0 2.725,9 -7,1 0,1
12 El Salvador 1 1 1 1 1 521,0 791,7 928,3 938,0 940,0 0,2 0,0
13 Guatemala 2 1 2 - - 1.734,8 1.100,0 3.151,0 - - - -
Total 500 500 500 500 500 1.122.496,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8 -3,7 100,0
2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008
ESCASSEZ DE DIVISAS 2008VARIAÇÃO CAMBIAL (US$) DE PAÍSES SELECIONADOSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE, A PARTIR DE DADOS DE REUTERS E OANDA
-10
30
40
10
20
UR.$
12,5
PA.$
4,2
B0.$-7,4
PE.$
4,7
AR.$
9,3
CR.$
9,6
CO.$
11,7
BR.$
37,1
MX.$
25,1
CH.$
26,9
exemplo, o dólar passou de
R$ 1,76 em 31 de dezembro
de 2007 para R$ 2,41 em 31
de dezembro de 2008, o que
significa uma desvalorização
de 37,1% em um ano. No
México, a história se repete
(25,1%), bem como no Chile
(26,9%).
Em contrapartida, a desvalo-
rização do dólar foi moderada
no Uruguai, na Colômbia,
Costa Rica e Argentina –
entre 12,5% e 9,3%. No Peru
e no Paraguai, observam-se
as menores desvalorizações:
respectivamente, de 4,7%
e 4,2%.
PETRÓLEO NA CABEÇA Apesar das mudanças globais,
o topo do ranking continua
dominado pelas três grandes
petrolíferas da região – a
mexicana Pemex, a brasileira
Petrobras e a venezuelana Pd-
vsa –, como acontece desde a
criação deste ranking. No caso
da Pdvsa, recomendamos ao
leitor a observação cuidadosa
dos números.
Apesar de as cifras oficiais
da companhia indicarem que
sua receita em dólares aumen-
tou 30,1% em 2008, é preciso
lembrar que o percentual foi
calculado a partir do câmbio
oficial do bolívar – fixado em
2,14 por dólar, muito acima
do câmbio real que há na
economia. Além disso, há
questionamentos bastante
sólidos à contabilidade da
companhia, especialmente no
que se refere à certificação de
seus níveis de produção e à
valorização dos subsídios que
a empresa oferece ao vender
combustíveis no mercado in-
terno e a países amigos (ver
matéria pág. 35).
Voltando à metáfora da
frota de caminhões, o que
passou em termos reais não
foi que a Pdvsa acelerou mais
que as petrolíferas do Brasil
e México, mas que seu tacô-
metro está mal-regulado. Por
isso, apesar de a companhia
venezuelana estar no ranking
principal, ela não foi conside-
rada nos sub-rankings.
Além disso, a briga mais
interessante para ver quem é
a maior empresa da América
Latina se dá efetivamente entre
Petrobras e Pemex. Dependen-
do do câmbio utilizado para
fazer a comparação, alguns
analistas dizem que em 2008
a brasileira registrou vendas
superiores às da mexicana.
Mas ao usar o valor do dólar
relevante para este estudo (o
do último dia do ano anterior,
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 63
Com 212 empresas, o Brasil continua sendo o país que mais aporta empresas ao ranking. Mas o total das vendas das brasile-iras caiu 9,5% em relação a 2007
EVOLUÇÃO MENSAL DO PREÇO DAS COMMODITIESÍNDICES EM BASE 100FONTE: REUTERS
SOJATRIGO
ALUMÍNIOPETRÓLEOCELULOSE
COBRE
160
DEZ 07 FEV 08 ABR 08 JUN 08 AGO 08 OUT 08 DEZ 08 FEV 09 ABR 09
140
120
100
80
60
40
20
tal como especificado em
Metodologia, na pág. 149), a
atribulada petrolífera mexica-
na ainda supera – por muito
pouco – a brasileira.
Mas essa é somente uma
das histórias que há por trás
deste ranking. Isso porque,
voltando a nossos caminhões,
pode-se dizer que 2008 apre-
sentou-se como uma pista
que superou a capacidade de
algumas unidades da frota,
permitindo a entrada de outras
mais bem-preparadas.
Os brasileiros continuam
imperando na rota. E somaram
uma nova máquina ao grupo,
chegando a 212 em 2008. Mas
todas reduziram a velocidade,
pois o conjunto de suas vendas
caiu de US$ 825 bilhões em
2007 a US$ 746,8 bilhões em
2008 (-9,5%).
Devido à sua dependência
dos EUA, epicentro da crise, a
frota mexicana viu-se ressen-
tida, pois teve que resignar-se
à saída de oito caminhões.
Restaram apenas 126 na rota,
o que, em termos de vendas,
significa que os US$ 588,2
bilhões de 2008 representam
uma queda de 8,9% em relação
ao ano anterior.
Quem se aproveitou da
debilidade mexicana foram
seis caminhões peruanos e
cinco chilenos que subiram ao
pelotão das 500, ampliando
suas frotas nacionais a, res-
pectivamente, 21 e 60 máqui-
nas, o que permitiu a ambos
os países aumentarem suas
velocidades médias (cresci-
mento em vendas) – em 11%
no caso do Peru e em 3,8%
no caso do Chile.
Quanto aos caminhões
argentinos, estes aceleraram
9,1%, somando vendas de
US$ 117,5 bilhões. Mas o
país perdeu um carro, ficando
com 35. Algo parecido acon-
teceu com os colombianos,
que registraram aumento de
1,5% nas vendas (US$ 59,4
bilhões em 2008), mas com
três caminhões a menos, to-
talizando 28.
ROTASDE MERCADOO setor de comércio, que em
2008 totalizou vendas de US$
187,5 bilhões, mostrou um
retrocesso de 4,7%. A crise
financeira teve um impacto
forte no consumo e muito do
que se avançou na cobertura de
crédito em anos anteriores foi
perdido em 2008. Mas houve
empresas varejistas que de
qualquer forma conseguiram
resultados de peso. É o caso,
por exemplo, das chilenas
Cencosud e Falabella, que
incrementaram sua presença
regional em 2008, bem como
as operações da francesa
Carrefour na Argentina e
no Brasil.
Mais dramáticos, entre-
tanto, foram os casos dos
setores de telecomunicações
e de bebidas, que registraram
quedas de 12,8% e 13,9%,
respectivamente, com vendas
totais de US$ 148,2 bilhões
e US$ 54,8 bilhões.
No setor automotivo, o
panorama geral pode ser
enganador. Apesar de as
vendas totais terem caído
apenas 4,5%, o que é pouco
em comparação com os níveis
mundiais dessa indústria, 20
das 33 empresas que fazem
parte do ranking sentiram a
crise em suas vendas.
No caso de energia elé-
trica, que envolve empresas
geradoras, transmissoras e
distribuidoras, observa-se
uma queda nas vendas totais
de 8,8%, sobre um total em
2007 de US$ 130,4 bilhões.
Isso se explica em parte por ser
um setor regulado que possui
menos margem de manobra
para sobreviver aos choques
internacionais.
Já o setor de construção
curiosamente mostra um
64 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Por volta dessa cifra es-tão os maiores crescimen-tos setoriais: transportes e agroindústria
aumento na receita total de 9,5% em 2008, refletindo em parte a força de sua inércia. Já o setor de cimento, associado ao de construção, mas muito mais sensível às mudanças da demanda, teve a segunda que-da setorial mais pronunciada (-17,3%), depois de têxtil e calçados (-30,7%).
Vale destacar a expansão do setor de transporte/logísti-ca, que envolve companhias aéreas, navais, operadores de portos e aeroportos. Desde 2001, as empresas do setor
têm desenvolvido um mo-delo de negócios muito mais flexível, com base no aluguel de barcos e aviões, ganhando flexibilidade para ajustar sua oferta e custos a uma contra-ção da demanda. Isso explica a notável taxa de crescimento de 11,7%, com receita total
de US$ 35,5 bilhões.E como será a viagem dessa nossa frota em 2009? Os re-sultados do primeiro trimestre indicam um ano mais compli-cado que 2008. Projeção que é consistente com a história deste estudo, pois cada vez que as 500 são impactadas por
uma crise – como a asiática, em 1998, seguida do atentado às Torres Gêmeas em 2001 –, registraram dois anos de retrocesso nas vendas. Será preciso esperar até 2010 para que esses grandes cami-nhões latino-americanos pos-sam voltar a acelerar.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 65
RK 2008
NÚMERO DE EMPRESAS VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES)Var % 08/07
Particip. % 2008
SETOR 2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008
1 Petróleo/Gás 33 34 35 32 37 290.420,3 377.666,0 447.073,3 494.022,7 506.996,6 2,6 26,9
2 Comércio 76 71 72 70 74 125.495,0 140.382,6 162.591,0 196.662,9 187.507,1 -4,7 10,0
3 Telecomunicações 42 45 43 41 37 97.356,1 124.363,2 141.873,6 170.013,1 148.210,3 -12,8 7,9
4 Siderurgia/Metalurgia 43 42 36 40 36 66.444,6 90.537,8 94.909,0 147.002,5 138.910,3 -5,5 7,4
5 Energia elétrica 44 45 46 44 43 74.379,9 92.450,9 104.646,7 130.432,0 119.015,4 -8,8 6,3
6 Automotivo/Autop. 30 29 31 33 33 77.921,2 76.646,6 91.997,7 123.943,5 118.340,7 -4,5 6,3
7 Mineração 27 27 36 33 32 50.886,3 64.959,4 103.226,0 126.094,4 107.332,4 -14,9 5,7
8 Multissetor 25 25 29 14 15 71.629,3 86.221,7 108.558,0 92.377,7 88.093,6 -4,6 4,7
9 Agroindústria 16 15 14 20 19 33.543,9 26.965,8 26.685,1 58.003,6 64.640,5 11,4 3,4
10 Petroquímica38 36
13 14 1451.546,1 57.268,7
43.633,7 57.552,8 59.191,1 2,8 3,1
16 Química/Farmácia 17 20 18 16.502,6 29.687,9 27.610,5 -7,0 1,5
11 Bebidas 18 18 19 15 15 38.927,5 49.835,4 58.308,4 63.686,9 54.849,0 -13,9 2,9
12 Alimentos 24 26 24 24 25 29.859,1 38.333,2 37.604,0 52.408,6 53.102,5 1,3 2,8
13 Eletrônica 14 14 11 20 20 20.857,3 22.359,2 18.937,8 42.521,0 44.675,7 5,1 2,4
14 Transporte/Logística 20 19 15 17 19 25.551,1 29.761,5 23.521,4 31.737,8 35.454,1 11,7 1,9
15 Cimento 7 7 8 7 6 15.797,6 23.214,1 27.952,5 33.963,3 28.096,7 -17,3 1,5
17 Construção 9 9 9 13 13 7.329,2 10.384,2 12.761,3 21.110,4 23.125,7 9,5 1,2
18 Celulose/Papel 9 11 12 9 10 11.645,3 14.500,8 16.750,8 18.576,4 17.035,6 -8,3 0,9
19 Manufatura - - 4 8 8 - - 4.006,9 13.310,4 12.037,3 -9,6 0,6
20 Mídia 7 7 7 6 5 7.469,5 9.403,7 10.854,6 12.237,4 10.475,1 -14,4 0,6
21 Serviços básicos 7 8 3 6 6 8.015,1 11.125,1 4.733,5 11.526,5 9.846,7 -14,6 0,5
22 Serviços de saúde 4 3 4 6 6 2.451,6 2.409,1 3.244,3 7.153,9 7.764,4 8,5 0,4
23 Serviços gerais - - 5 2 2 - - 9.125,2 7.779,2 7.025,3 -9,7 0,4
24 Máquinas/Equip. 3 3 2 3 4 2.652,6 4.528,6 4.543,8 5.163,1 5.989,9 16,0 0,3
25 Aeroespacial - 1 1 1 1 - 3.902,0 3.912,0 5.636,2 5.026,4 -10,8 0,3
26 Têxtil/Calçados 4 5 4 2 2 1.664,6 2.969,6 3.664,8 3.130,5 2.169,0 -30,7 0,1
Total 500 500 500 500 500 1.122.494,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8 -3,7 100,0
As 500 por setorO IMPÉRIO DOS HIDROCARBONETOS
APESAR DA MONTANHA RUSSA DOS PREÇOS, AS PETROLÍFERAS CONSEGUIRAM EQUILIBRAR SUAS VENDAS EM 2008FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
Foram necessários dez
anos de conjecturas
e a perda de R$ 2,5
bilhões de reais em
derivativos para inverter a
ordem dos fatores e acelerar
o processo. Mas, finalmente,
no dia 19 de maio, Perdigão
e Sadia fundiram-se dando
origem à maior empresa de
alimentos da América Latina
(e uma das dez maiores do
mundo), a Brasil Foods, com
faturamento anual líquido
superior a US$ 10 bilhões.
O ranking das 500 Maiores
Empresas da América Latina
de AméricaEconomia reflete as
posições de mercado em perío-
do anterior à concretização do
negócio. Mas, seria impossível
ignorar a mudança no topo
do ranking e os impactos do
negócio, que depende agora da
aprovação de órgãos regulado-
res de concorrência.
A fusão permitirá ganhos de
competitividade principalmente
em logística, no Brasil e lá fora.
Mas há a preocupação de que
a nova companhia possa impor
preços em diversos segmentos
de alimentos industrializados
– carnes resfriadas, carnes
congeladas, massas e pizzas
semiprontas. “Em média,
eles são donos de 70% desses
mercados. Na medida em que
se fundem, ficam ainda mais
fortes”, avalia Renato Prado,
analista da Fator Corretora.
Por conta disso, ainda que a
Brasil Foods negue a intenção
de usar seu poderio econômico
para ampliar margens, Prado
afirma que faria sentido o
Conselho Administrativo de
Defesa da Concorrência (Cade)
condicionar a fusão à venda
de algumas marcas no Brasil.
No segmento de lácteos, onde
apenas a Perdigão atuava, e lá
fora, porém, não deve haver
restrições, diz o analista.
PANORAMA LATINOMas não são só Sadia e Per-
digão que têm motivos para
comemorar. Desde o início do
ano, os preços das principais
commodities agrícolas exporta-
das pela América Latina vêm se
recuperando bem. As cotações
médias mensais do açúcar no
mercado internacional, por
exemplo, estão hoje acima
do patamar máximo do ano
passado, alcançado em agosto.
Enquanto soja, milho e trigo
acumulam, de janeiro a maio
deste ano, altas aproximadas
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
SETOR ALIMENTOS
66 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Setores de agronegócios e alimentos se recuperam mais rápido que os demais. Por questões políticas, situação na Argentina é ponto fora da curva Dubes Sônego
Primeiro a cair, primeiro a subir
de 28%, 13% e 10%, respec-
tivamente. Desempenhos bem
melhores que o do índice Dow
Jones no período.
“É óbvio que ainda existem
problemas sérios, como a que-
bra de safra no Rio Grande do
Sul, que tem impacto impor-
tante na produção brasileira. O
algodão não vai tão bem e a
exportação de frutas (manga,
maça, uva e goiaba) foi bas-
tante impactada pela crise. A
Argentina também sofre mui-
to”, diz José Maria Ferreira da
Silveira, professor do Instituto
de Economia da Unicamp.
“Mas, o preço das proteínas
tende a subir”, enfatiza. Algo
que acontece, em parte, por-
que a China, menos afetada
pela crise, ainda é a grande
responsável pelo crescimento
da demanda mundial. E, em
parte também, pelo fato de se
tratar de um setor de bens in-
dispensáveis, tradicionalmente
menos afetado em recessões. O
risco, assim, seria apenas o de
troca de produtos mais caros
por outros mais baratos.
No setor de carne, os únicos
que enfrentam mais dificuldade
são os produtores de suínos,
devido ao medo (até agora
infundado) da “gripe suína”.
“Os preços da carne de frango
estão se recuperando bem. Os
da carne de boi já se recupe-
raram e tendem a manter essa
tendência”, afirma o professor
da Unicamp.
Além disso, segundo José
Vicente Ferraz, diretor Técnico
da Agra/FNP, consultoria es-
pecializada em agronegócios,
grandes concorrentes dos países
latino-americanos no mercado
internacional de carne bovina,
como a Austrália, enfrentam
problemas climáticos graves
e tendem a manter ou redu-
zir embarques ao exterior. O
que abriria espaço para um
crescimento de exportado-
res da região, como Brasil
e Uruguai. O que permitiria
traçar um panorama geral da
região “de estável para bom”,
segundo Ferraz.
EXCEÇÃOCom o Chile forte na expor-
tação de frutas e um Paraguai
onde o agronegócio cresce,
apesar de problemas como a
insegurança jurídica, um dos
poucos pontos fora da curva
na região deverá ser mesmo
a Argentina que, além de
problemas políticos, enfrenta
uma forte seca. “A preocu-
pação do governo argentino
têm sido manter os preços da
carne e da soja os mais bai-
xos possíveis, para ganhar o
eleitorado”, afirma o uruguaio
Rafael Tardaguila, diretor da
Blasina & Tardaguila e editor
da newsletter FaxCarne. “É um
problema político gravíssimo”,
concorda Ferraz, da Agra/FNP.
“Existe a previsão de que o
país (tradicional exportador de
carne) possa vir a se tornar um
importador líquido de carne em
dois ou três anos”, afirma.
“A Argentina vai desapa-
recer”, diz Patricia Van Ploeg,
consultora independente do
setor de agronegócios no país.
Segundo ela, no setor de car-
nes, em particular, a situação é
oposta a do Uruguai, que segue
aumentando exportações, nos
últimos cinco anos. E já supe-
rou a Argentina, em volumes.
“Lá o governo conscientizou a
população a comer menos cor-
tes exportáveis mais caros. Na
Argentina, o governo incentiva
o consumo interno de cortes
nobres”, conta. Na Argentina,
não existem, em tese, restrições
às exportações. Mas dificulda-
des burocráticas restringem o
comércio exterior.
De forma semelhante, estão
em queda livre no país a pro-
dução de outras commodities,
como o trigo e o milho, usado
também como ração animal.
MAR DE PROBLEMASO México, tradicional impor-
tador líquido de alimentos, é
outro caso à parte. Mas por
motivos diferentes. Segundo
José Antonio Castiglione,
professor da Universidade
Iberoamericana, a retomada
das commodities deverá di-
ficultar a situação do país,
que compra de fora cerca de
70% do arroz, 60% do trigo,
30% do milho e 90% da soja
que consome. “Em 2008, as
commodities alcançaram pre-
ços recorde, as importações
do setor chegaram a US$ 6
bilhões e houve forte pressão
inflacionária”, diz. Este ano,
diz, não deverá acontecer o
mesmo, já que é difícil que os
preços voltem aos patamares
pré-crise. E a inflação está
em queda. Mas, destaques
positivos, como a panificadora
Bimbo, com várias plantas
fora do país, continuarão a
ser exceção.
AGROINDUSTRIA Y ALIMENTOS
Nº EMPRESA PAÍS SECTOR / RUBRO
VENTAS 2008 US$ Millones
UTILIDAD NETA 2008
US$ Millones
VAR. VEN-TAS 08/07
(%)
VARIACIÓN UTILIDAD 08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEN NETO (%)
RK 2008
1 JBS FRIBOI BRA Agroindustria 12.982,6 11,1 62,6 111,9 0,4 0,2 0,1 18
2 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindustria 9.521,1 0,9 8,4 104,7 0,1 0,0 0,0 37
3 CARGILL BRA Agroindustria 6.853,9 -164,0 -4,1 -106,3 -134,2 -6,6 -2,4 56
4 CARGILL ARG Agroindustria 5.970,2 N.D. 26,4 - - - - 65
5 BUNGE ARG Agroindustria 4.190,0 N.D. 44,5 - - - - 97
1 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 5.951,0 312,3 -11,5 -12,0 12,6 7,4 5,2 66
2 NESTLÉ BRA Alimentos 5.369,4 N.D. -23,8 - - - - 76
3 PERDIGÃO BRA Alimentos 4.875,1 23,3 30,2 -87,2 1,3 0,5 0,5 82
4 SADIA BRA Alimentos 4.590,8 -1.063,3 -5,7 -373,3 -604,8 -18,2 -23,2 89
5 GRUPO MASECA MÉX Alimentos 3.238,2 -888,6 -1,3 -534,3 -223,0 -27,7 -27,4 126
PROMEDIO SECTOR AGROINDUSTRIA 11,5 -128,5 -12,8 0,7 -0,3
PROMEDIO SECTOR ALIMENTOS 4,3 -90,5 -42,0 1,3 -0,1
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 67
bilhões de dólares ou mais é quanto fatura anualmente a nova gigante Brasil Foods.
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
r outros mais baratos.
N t d ú i
Dia 14 de maio de
2009 foi de come-
moração para o se-
tor automobilístico
brasileiro: nessa quinta-feira,
bateu-se a marca de 1 milhão
de carros novos vendidos no
País, um dia antes do que em
2008. Graças à boa resposta dos
motoristas frente ao pacote de
incentivos lançado no final de
2008 – desoneração fiscal por
parte do governo, juros mais
baixos, prazos de pagamento
mais longos e descontos extras
oferecidos por montadoras
e concessionárias –, o País
conseguiu reagir à ameaça
configurada em novembro de
2008, quando a queda de 34%
na produção impediu que o
setor virasse o ano com confete.
“Até agora só não se conseguiu
evitar essa retração em cami-
nhões e ônibus, que demorarão
mais para se recuperar”, diz
Paulo Roberto Grabossa, da
consultoria ADK Automotive,
em São Paulo.
Com baixa dependência
das vendas externas (cerca de
15% são exportações) e rápida
reação na venda de autos leves
frente à situação em outros
grandes mercados da região e
do mundo, o País do flexfuel
não só conseguiu afastar o
fantasma do desemprego em
massa: também afirmou sua
presença no redesenho do
mapa da indústria automotiva
desde que o grupo de Detroit
– GM, Chrysler e, em menor
medida, a Ford – acelerou sua
decadência anunciada.
É certo, todos estão conser-
vadores. “Nossa estimativa para
este ano é de que o mercado
interno tenha uma queda de
3,9% em relação a 2008, e
deveremos produzir cerca de
2,86 milhões de veículos, 11%
menos que em 2008 (3,22 mi-
lhões)”, diz Jackson Schneider,
presidente da associação brasi-
leira de fabricantes (Anfavea).
Até a principal montadora
do País, a Volkswagen – que
nunca conseguiu existir para
o mercado norte-americano, o
que pontualmente hoje chega a
ser uma vantagem – tem claro
que os resultados mundiais
em 2009 podem ser de perdas
recordes. Isso sendo uma das
poucas que fechou a operação
global em 2008 no azul e a
única, junto com a Hyundai,
que conseguiu continuar sem
perdas no primeiro trimestre
deste ano.
“Mas o Brasil compro-
vou que continua rentável
e nenhuma companhia vai
deixar de alimentar a galinha
que ainda lhe dá ovos”, diz
Grabossa. Honda, Toyota e
Nissan ampliaram o número
de modelos fabricados no
Brasil, e Ford e Fiat têm sólidas
operações locais. Esse parece
ser o mote também da GM no
Brasil depois da concordata da
matriz norte-americana. Além
do anúncio de um investimento
de US$ 1 bilhão que ao fe-
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
SETOR AUTOMOTIVO
68 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
O Brasil parece não ver risco frente à reconfi guração mundial da indústria automotiva. Mas o México ainda espera Solange Monteiro
Força doméstica
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
chamento desta edição ainda
seria detalhado, a montadora
também sinalizou outras no-
vidades. Entre elas, segundo o
presidente da GM do Brasil e
Mercosul, Jaime Ardila, maior
independência da operação,
apoio a seu centro tecnológico
e a migração do vínculo com
a tecnologia europeia do Opel
para a asiática, com a futura
produção de carros coreanos
no País.
Isso sem contar um progra-
ma de investimentos prévio de
US$ 2,5 bilhões entre 2007 e
2012 para Brasil e Argentina
que implica a construção de
uma fábrica de motores em
Joinville e o lançamento de
uma nova família de carros, a
Viva, desenvolvida pela equipe
brasileira e cujos primeiros mo-
delos poderão sair de Rosario
e São José dos Campos.
É exatamente essa sinergia
entre vizinhos que hoje serve
de apoio ao mercado argentino.
Com um primeiro quadrimestre
de quedas na produção (39%
em relação a mesmo período
de 2008) e nas vendas internas
(30%), a Argentina tem sofrido
mais. No âmbito doméstico, o
aumento do prazo de financia-
mento não surtiu o resultado
esperado. As exportações, que
consomem mais da metade
da produção local, também
sofreram sobretudo devido
ao México, segundo mercado
de destino. “O câmbio nos
afetou muito. O peso argentino
valorizou-se cerca de 30% em
relação ao mexicano. E desse
jeito é quase impossível ven-
der”, diz Dominique Maciet,
presidente da Renault Argentina
e da associação automotiva do
país (Adefa). “O único que
tem resistido, nosso maior
comprador, é o Brasil.” Um
claro indício de que também
os argentinos dependerão da
reação do mercado brasileiro
no segundo semestre, caso os
benefícios fiscais não sejam
renovados.
Maciet destaca que a tensão
do momento é mais mal-
absorvida no segmento de
autopeças, em que várias
fábricas já ameaçam fechar
devido à queda no faturamento.
Entre elas está a alemã Mahle,
instalada em Rosario, que
deseja migrar sua operação
ao Brasil. “É um movimento
muito relacionado aos custos de
produção, e não é raro ver essa
avaliação de trocas de posição
entre os dois países. Mas vejo
a Argentina retomando uma
condição vantajosa”, afirma.
E se de relação de vizinhos
se trata, quem ainda leva a
pior é o México. Tendo como
principal montadora do país
a GM e a maior parte de sua
produção voltada ao mercado
externo, sobretudo aos EUA,
os mexicanos hoje se sentem
muito mais vulneráveis quanto
ao futuro das montadoras
do Norte. Quando a norte-
americana entrava em seus
primeiros dias de concordata,
em Silao, a fábrica da GM esta-
va em sua terceira interrupção
de trabalho do ano, afetando
3 mil trabalhadores e com
reflexo direto nas fornecedoras
locais– que enviam 60% da
produção aos EUA e que só
para a GM venderam US$ 7
bilhões em 2008.
“Tivemos um 2008 ruim,
investimentos novos vindos
da Ásia, como o Geely, não
se concretizaram, e neste ano
já registramos queda de 42%
na produção”, diz Albrecht
Ysenburg, sócio de Auditoria e
líder de análise do setor auto-
motivo da KPMG no México.
E como se não bastasse isso,
outra novidade poderá mover
ainda mais as peças no mercado
mexicano: o apoio do governo
de Barack Obama à produção
de carros elétricos, sejam eles
híbridos ou plug and play.
“Hoje essa iniciativa do
governo é baseada em três
fatores: na geração de em-
prego, na questão ambiental
e na segurança energética,
devido à alta dependência do
petróleo”, diz Adriano Pires,
diretor do Centro Brasileiro de
Infra-Estrutura (CBIE). “E fará
parte de uma tendência natural
de diversificação.” No caso do
México, o movimento é de alta
relevância, já que seu foco
dificilmente sairá do mercado
vizinho. No início de junho,
um executivo da GM México
afirmou que a empresa deverá
manter programas de investi-
mento no país e que espera que
o México seja escolhido para
fabricar motores ou modelos
híbridos dentro dessa nova es-
trutura. “Temos uma produção
competitiva que comportaria
muito bem tal mudança”, diz
Ysenburg, da KPMG. Fortaleza
fundamental para que o setor
não dê marcha a ré.
AUTOMOTIVO
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ.(%)
RK 2008
1 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX 12.027,0 N.D. 7,2 - - - - 25
2 VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 N.D. -10,4 - - - - 28
3 NISSAN MEXICANA (2) MÉX 10.529,1 N.D. 4,0 - - - - 30
4 CHRYSLER (2) MÉX 9.120,0 N.D. -6,5 - - - - 39
5 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 N.D. 28,6 - - - - 45
6 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX 8.140,0 N.D. -6,1 - - - - 46
7 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 801,6 -3,4 - 133,1 25,4 10,1 49
8 FORD MOTOR COMPANY (2) MÉX 5.885,4 N.D. -19,4 - - - - 69
9 FORD (2) BRA 5.350,3 N.D. -7,3 - - - - 77
10 DELPHI AUTOMO. SYSTEMS (2) MÉX 3.093,5 N.D. -40,9 - - - - 131
MÉDIA SETORIAL -3,7 -59,9 33,6 8,6 4,3
em relação a mesmo período
de 2008) e nas vendas internas
d
ab
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 69
foi a queda na produção mexicana de carros no primeiro quadrimestre de 2009
Qualquer um gos-
taria que lhe es-
tendessem a mão
em um momento
como o atual. Sobretudo se
nesta estiver uma cerveja
gelada ou um refrigerante.
Apesar de 2009 não ser um
ano de muitos avanços, não
falta liquidez às empresas do
setor na região.
Segundo relatório do Eu-
romonitor, enquanto a crise
durar, em nível global, também
se registrará crescimento do
consumo de cerveja e das
bebidas engarrafadas. Menos
consumidores nas mesas dos
restaurantes e bares não sig-
nifica que as pessoas passem
a beber menos; só sugere que
o farão em suas casas. Como
diz Mary Taibon, analista do
Euromonitor para a América
Latina, se tal projeção se repli-
car no continente, será um ano
decente para as cervejarias da
região, especialmente porque
“nos próximos meses veremos
uma tendência ao consumo
de produtos mais baratos,
e isso significará comprar
menos cerveja importada e
preferir marcas locais”. Boa
notícia para empresas como
a AmBev (N° 41 no Ranking
das 500 Maiores Empresas da
América Latina), que, segundo
o Euromonitor, em 2008 domi-
nou mais de 56% do mercado
brasileiro, seguida pelo Grupo
Schincariol (N° 419), com
13,6% de participação.
Como este é um setor
que depende da avidez dos
consumidores locais, o país
mais afetado deverá ser o
México. Segundo Christine
Farkas, analista da Merrill
Lynch, “o consumo de bebidas
cresce a um múltiplo de 1,5 a
2 vezes o PIB”. Por isso, esse
país, cuja economia poderá
retroceder até 5,6% este ano,
de acordo com estimativas da
própria Merrill Lynch, é o
que tem as perspectivas mais
preocupantes. Mesmo assim,
grandes empresas como o
Grupo Modelo (N° 74), com
51% do mercado de bebidas
alcoólicas, ou a Femsa (N° 22),
com pouco mais de 40%, não
preocupam os analistas.
SETOR BEBIDAS
70 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Empresas vivem relativa tranquilidade em relação a outras indústrias Soledad Gómez
Um brinde à liquidez
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
Mesmo com um cenário
adverso, Joe Borman, ge-
rente de análise corporativa
para a América Latina da
Fitch Ratings, acha que as
companhias mexicanas do
setor são suficientemente
resistentes. “Se nos fixamos
nos balanços, a maioria tem
muita flexibilidade em um
período de queda. Muito
mais do que outras do setor
de alimentos ou mineração,
por exemplo”, afirma.
Os dados da empresa norte-
americana Mintel mostram
que o consumo de cerveja no
país alcançou os 8,4 bilhões
de litros em 2008, aumento
de quase 480 milhões em
relação a 2007. O consumo de
refrigerantes, entretanto, está
sendo levemente afetado. E,
nisso, parte da culpa vem do
aumento do preço do açúcar
e da queda na economia
no último trimestre do ano
passado.
Estimativas apontam que
a reação desse mercado só
se dará em 2010. O analista
Michael Taylor, do Datamo-
nitor, explica que, apesar de
em nível mundial a inflação
ser um fenômeno transitório,
“na maioria dos mercados do
mundo a queda de preço é algo
que as empresas já tinham
incorporado, por isso nunca
transferiram todo o aumento do
preço das matérias-primas ao
consumidor e agora tampouco
transferirão a queda desses
preços para recuperar parte
de suas perdas.”
As empresas do setor vi-
verão um momento mais
tranquilo em outros mercados
importantes da região, como
Brasil e Argentina. No Brasil,
espera-se que as temperaturas,
que em 2008 foram mais
baixas que o comum, voltem
a subir, o que vai gerar mais
vendas, especialmente de
cerveja.
Em 2009, segundo a Mintel,
poderão chegar ao montante de
US$ 26,7 bilhões. E, em 2010,
a US$ 28,5 bilhões, frente a
US$ 25 bilhões em 2008. Na
Argentina, a esperança é de
que as eleições no primeiro
semestre ajudem a aquecer o
consumo. A Mintel estima que
o consumo de cerveja nesse
país cresça 4,3% em 2009 e
6,9% em 2010, superando os 2
bilhões de litros em 2011.
Levando em conta o con-
junto da região, espera-se um
aumento de vendas tanto de
cerveja quanto de refrigerante.
Enquanto em 2008 os refrige-
rantes registraram vendas de
US$ 99,24 bilhões, em 2009
espera-se que alcancem os
US$ 104,82 bilhões, segundo
o Euromonitor. Em bebidas
alcoólicas, o aumento será de
US$ 123,11 bilhões em 2008 a
US$ 129,52 bilhões em 2009,
acompanhado também por um
aumento de volume.
“Se há algo que essas
empresas têm em comum é
que todas estão gerando um
fluxo de caixa saudável nos
últimos anos e não estão muito
alavancadas”, diz Borman, da
Fitch. Uma condição que as
coloca de olho em qualquer
oportunidade que surja no
mercado.
Agora, mais do que desfa-
zer-se de seus próprios ativos,
como acontece com empresas
de outros setores, é evidente
que as grande engarrafadoras
querem aumentar sua ativida-
de, especialmente em nível
regional. Apesar de que ao
longo do continente há várias
empresas interessadas em
realizar aquisições, há poucos
ativos à venda. “A Coca-Cola
possui várias engarrafadoras
das quais gostaria de desfazer-
se”, diz Christine Farkas, da
Merrill Lynch. “Há ânimo
de aquisição, mas as oportu-
nidades não têm aparecido”,
diz Borman, da Fitch.
O analista concorda que as
empresas locais avaliaram a
possibilidade de compra das
engarrafadoras da Coca-Cola.
“A chilena Embotelladora
Andina (N° 314) e a Femsa
certamente estão interessadas
em comprar alguns desses
ativos, mas ainda não surgi-
ram ofertas suficientemente
interessantes na América
Latina.”
O importante é que as
grandes empresas, sobretudo
as que estão no nosso ranking,
geralmente mostrem balanços
saudáveis, o que lhes permite
ver a crise como uma excelente
oportunidade, mais do que
como um período de ajustes
e reestruturação.
Por sorte, essas empresas
não dependem do consumo
externo nem do comércio
internacional. Mesmo com
céu nublado, a América Latina
continuará com sede.
se dará em 2010. O analista
Michael Taylor, do Datamo-
a
U
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 71
BEBIDAS
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 FEMSA MÉX 12.146,9 484,9 -10,1 -37,8 9,7 3,6 4,0 22
2 AMBEV BRA 8.942,9 1.309,1 -19,4 -17,7 17,7 8,2 14,6 41
3 COCA-COLA BRA 6.418,5 N.D. -5,1 - - - - 61
4 COCA - COLA FEMSA MÉX 5.998,6 404,7 -5,4 -36,1 10,0 5,7 6,7 62
5 GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 651,7 -18,4 -25,1 14,6 8,5 12,0 74
6 GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 N.D. -5,7 - - - - 123
7 CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA) MÉX 3.075,7 391,4 -7,8 -20,9 - 8,2 12,7 132
8 BAVARIA COL 1.635,1 273,6 -9,2 -21,7 12,8 6,6 16,7 263
9 EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 1.463,8 212,9 -14,0 -6,5 20,2 13,7 14,5 292
10 EMBOTELLADORA ANDINA CHI 1.346,8 150,7 4,9 -8,4 27,4 15,7 11,2 314
MÉDIA SETORIAIS -6,9 -29,7 14,2 8,5 10,7
subirão as vendas de cerveja no Brasil em 2009, para US$ 26,7 bilhões, segundo a Mintel
Até meados de
2008, o barco do
varejo na Amé-
rica Latina ia de
vento em popa. Uma onda de
fusões e aquisições, incursões
em novos mercados, novos
formatos e gordos lucros
caracterizavam um setor em
que os empresários chilenos se
destacavam com milionários
investimentos em base a um
modelo de varejo integrado
ao sistema financeiro. Mas
o sonho terminou no final
do ano. A crise econômica
desatada nos EUA paralisou o
crédito em nível internacional
afetando o desenvolvimento
de novos projetos, inclusive
os que estavam no meio do
caminho.
Logo, Horst Paulmann,
cabeça da chilena Cenco-
sud (Nº 33 do Ranking das
500 Maiores Empresas da
América Latina), deteve a
construção do Costanera
Center, complexo com três
torres de escritórios – entre
eles, o mais alto do Chile –
e um centro comercial que
demandaria US$ 500 milhões
em investimentos. E também
freou outros projetos menores
no Brasil e no Peru. O mesmo
aconteceu com outros chile-
nos. O Parque Arauco deteve
investimentos no Peru e na
Colômbia, enquanto a Ripley
(Nº 265) e a Falabella (Nº
67) anunciaram revisões em
suas cifras de investimento
divulgadas meses atrás, que
conjuntamente se aproxima-
vam a US$ 1 bilhão. No caso
da Ripley, também foram
colocados de molho planos
de expansão ao México.
“Não é que os investimen-
tos tenham sido congelados
totalmente, pois mercados
como o Peru ainda são atra-
entes para investir. Mas foram
interrompidos muitos projetos
em nível regional”, diz Juan
José Calle, presidente da
Associação de Centros Co-
merciais e de Entretenimento
do Peru (Accep).
“O negócio do varejo é
de alto alavancamento, e
para crescer demanda muito
dinheiro, principalmente
de bancos, financeiras e do
mercado de valores”, diz Julio
Luque, presidente da consul-
toria peruana Métrica. “Com a
crise, o custo financeiro subiu
muito. Para os varejistas, não
houve exceção e tiveram que
parar muitos projetos.”
E o aumento do custo do
financiamento nem foi o pior
para o setor. O último trimestre
de 2008 também foi negativo
quanto ao crescimento de
vendas no negócio. “No Brasil,
Argentina e Chile o consumo
registrou queda de forma
SETOR COMÉRCIO
72 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Os varejistas da América Latina desaceleram investimentos, enquanto o Wal-Mart estende seus tentáculos pela região Fernando Chevarría León
Marcha lenta
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
significativa”, diz Arístides
de Macedo, ex-presidente
para a região andina da Kraft
Foods e especialista em varejo.
“Frente à crise, é natural que as
pessoas gastem menos, deixem
de comprar produtos mais
caros e mudem não apenas de
marcas, mas de lojas”, afirma.
“No Chile, muita gente deixou
os supermercados e voltou às
feiras e mercados”, afirma
Claudio Aqueveque, professor
da Escola de Negócios da
Universidade Adolfo Ibáñez
(UAI), do Chile.
Mas a crise se apresenta
como uma oportunidade única
para o Wal-Mart, o peixe
grande do setor em nível
mundial e cujas vendas não
têm registrado queda com a
crise: ao contrário, subiram
com a estratégia de oferta
de produtos de qualidade a
baixos preços.
No primeiro trimestre de
2008, o Wal-Mart comprou
mais de 50% do D&S (Nº
118), líder no segmento de
supermercados no Chile. Com
alta penetração em grandes
mercados como Brasil e
México, o gigante norte-
americano também passou a
olhar o mercado peruano com
interesse, a ponto de executi-
vos da empresa declararem a
entrada da companhia no país,
ao mais tardar em 2010.
O encarregado de desen-
volver a estratégia para Chile
e Peru será Vicente Trius, que
a partir deste mês ocupará
o cargo de vice-presidente
executivo e CEO do Wal-Mart
para a América Latina, desde
Miami. Trius tem experiência,
desempenhou anteriormente
a mesma função na Ásia e foi
o cabeça do Wal-Mart Brasil
por 11 anos, período no qual a
empresa cresceu até chegar a
ser uma rede com 319 pontos.
“Sua experiência brasileira
e seu conhecimento de mer-
cados emergentes o tornam
candidato ideal para liderar
as operações da América
Latina”, diz Doug McMillion,
presidente e CEO do Wal-Mart
International.
Por conta disso, os vare-
jistas da região terão muito
trabalho pela frente para
manter suas fatias de mercado
e garantir crescimento.
Para o norte-americano
Paco Underhill, fundador e
CEO da Envirosell, consulto-
ria de redes varejistas globais,
será preciso “trabalhar muito
a proposta de valor, ou seja,
supervisionar a rede de for-
necedores, ser cuidadoso no
processo de fixação de preços
e ter um foco de marketing
mais integrado, usando a
loja, a internet e o telefone
celular como eixos”, diz.
“É preciso reconhecer quais
são os melhores clientes e
entender que o usuário tem um
conhecimento mais profundo
da marca que usa ou pensa
usar. O último é reconhecer
que qualquer compra pode ser
influenciada durante a venda
e, então, uma das ferramentas
mais baratas é a administração
e entrega de informação”, diz
Underhill.
Aqueveque, da UAI, des-
taca um ponto importante: as
marcas próprias para ampliar
margens de lucro. “O desen-
volvimento de marcas próprias
a preços mais acessíveis é
uma boa alternativa, pois em
épocas de crise a maioria dos
consumidores opta por mudar
seus hábitos de consumo”,
diz. E também a questão da
qualidade do serviço, que
não pode ser deixada de lado
sob o pretexto da redução
de custos. “O serviço é um
fator crítico que as empresas
não podem descuidar ainda
que em época de crise”, diz
Patricia Mazuelos, sócia-líder
da área de Consumo Massivo
da consultoria Deloitte, para
quem o pior é sacrificar a
qualidade da atenção dada
ao cliente, pois isso redunda
na imagem final que fica da
marca para o consumidor.
A crise e o Wal-Mart
formam uma equação cujo
resultado é um futuro difícil
para os varejistas da região,
sobretudo para os que operam
no Chile e no Peru, e daqui
a alguns anos, no Equador e
na Colômbia. Os antídotos
sugeridos por especialistas
são investimentos em efici-
ência na cadeia de valor, sem
descuidar da qualidade do
serviço, e o desenvolvimento
de marcas próprias. Mas, serão
suficientes? Veremos.
Por ora, os projetos que
demandam bilhões estão
parados por falta de crédito.
Até quando? Até que a incer-
teza da crise se dissipe – mas
isso ninguém sabe quando
acontecerá.
COMÉRCIO
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 WAL-MART MÉXICO MÉX 17.705,9 1.060,8 -14,1 -18,6 19,8 12,4 6,0 12
2 CENCOSUD CHI 9.745,8 254,5 27,8 -39,9 6,9 2,9 2,6 33
3 CARREFOUR (3) BRA 9.614,9 N.D. 16,5 - - - - 35
4 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 111,4 -8,3 -6,5 4,8 1,9 1,4 51
5 WAL-MART (3) BRA 7.252,9 N.D. -14,2 - - - - 53
6 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 124,6 15,7 -56,6 5,9 2,6 1,8 55
7 BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 N.D. -11,4 - - - - 64
8 FALABELLA CHI 5.924,5 321,1 3,6 -26,7 11,5 4,6 5,4 67
9 CASAS BAHIA (3) BRA 5.896,4 N.D. -19,5 - - - - 68
10 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 N.D. -10,7 - - - - 79
MÉDIA SETORIAL -3,9 14,3 19,3 7,2 4,3
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 73
bilhão de dólares é quanto os grandes varejistas chilenos pretendem investir na região
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
Asensação de urgên-
cia tem diminuído.
Os prognósticos
de crescimento
econômico na América Latina
têm sido menores, e com eles
a aparente necessidade que
catapultou a região a empre-
ender volumosos projetos
para ampliar sua infraestrutura
elétrica.
“É um cenário muito dis-
tinto do que encontrávamos
há uns meses”, diz Philippe
Benoit, gerente da Seção de
Energia para América Latina e
Caribe do Banco Mundial. “A
região vinha crescendo subs-
tancialmente há vários anos e a
demanda de eletricidade tinha
previsão de aumento de 5% ao
ano. Para satisfazer essa futura
demanda (equivalente a 10 mil
MW ao ano) eram necessários
investimentos anuais de US$
20 bilhões”.
Hoje em dia essas pressões
Faça-se a luz
cederam. A crise financeira
ameaça manter o ritmo de
crescimento econômico da
região estagnado nos próxi-
mos anos, com prognósticos
de uma contração de 1,2%
do PIB regional em 2009 e
crescimento de igual proporção
em 2010, o que reduz a pressão
sobre os governos e empresas
privadas para que mantenham
o ritmo de investimentos
dentro do setor. Mas, embora
a mudança de cenário possa
ser bem-vinda, especialistas
advertem que a região não
deve se deixar seduzir por um
falso sentimento de segurança
se quiser evitar uma era de
apagões e racionamentos no
futuro.
A crise tem impactado
a indústria em duas frentes
diferentes. Por um lado, res-
tringiu o capital disponível para
financiar este tipo de projetos.
Os mercados internacionais
seguem muito restritos, as
empresas privadas que operam
no setor entraram em uma
modalidade de preservação
de caixa e os governos – ain-
da que alguns deles tenham
prometido dar início a uma
série de investimentos de
infraestrutura como parte de
seus pacotes de medidas an-
ticíclicas – começaram a ver
uma importante diminuição
na arrecadação fiscal.
Por outro lado, há a questão
da menor demanda derivada
da queda na atividade econô-
mica. “Isso reduz as pressões
sobre os países para investir
na expansão da infraestrutura
elétrica. Então, encontramo-
nos em uma situação na qual
os países possuem menos
dinheiro para investir e uma
aparente menor necessidade
de fazê-lo”, diz Benoit.
Contudo, apesar das ex-
SETOR ELETRICIDADE
74 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Apesar da escassez de recursos, a indústria elétrica latino-americana deve continuar a ampliar sua rede de geração de energia Antonio María Delgado / Miami
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
pectativas de menor consumo,
muitos países da região não
contam com uma rede de
segurança que lhes permita
resolver algum cenário de
contingência, o que em ou-
tros termos significa que,
nestes lugares, os problemas
de fornecimento estão a uma
seca de distância.
“Não é um estado de crise,
mas muitos países da re-
gião vivem uma situação de
emergência”, diz Ruy Varela,
presidente da empresa de
consultoria energética Sigla.
“As reservas do sistema não
são suficientes para enfrentar
contingências climáticas e téc-
nicas, nem para enfrentar um
crescimento da demanda acima
dos níveis esperados”.
Entre os países que enfren-
tam maior vulnerabilidade está
a Argentina, que foi golpeada
por uma seca na Bacia do Para-
ná e que, além disso, conta com
um inadequado abastecimento
de gás – durante o inverno, a
oferta de gás apenas cobre as
necessidades de calefação. A
isto se somam as dificuldades
nos esforços de integração
energética no Cone Sul.
“É evidente que a integra-
ção fracassou”, diz Varela.
“Não se conseguiu superar
a prova de ácido, na qual os
provedores de energia dão
maior prioridade à demanda
estrangeira do que à doméstica;
foi demonstrado que isso não
sucede. Os países importadores
se deram conta de que nem
sempre podem depender do
abastecimento externo”.
Por sua parte, o Brasil tem
avançado muito nos processos
de licitação conhecidos como
de “Energia Nova” (de novas
centrais geradoras). Inicial-
mente, estes processos estive-
ram orientados em direção ao
aproveitamento hidroelétrico
e foram concretizados acordos
importantes. Mas agora foram
estendidos ao emprego de
fontes de energia renováveis,
como a energia eólica. O país
também tem reduzido sua
dependência na importação
de combustíveis para gerar
eletricidade com o descobri-
mento de novas jazidas de gás
e petróleo.
O Chile também está avan-
çando a caminho da indepen-
dência com a construção dos
terminais de gás liquefeito e
se esforça para diversificar sua
matriz energética com usinas
carboníferas.
Um dos fatores que parece
estar beneficiando as empresas
estatais e privadas que ope-
ram na indústria tem sido a
queda nos últimos meses nos
preços do petróleo. Embora
continue elevada dentro
dos padrões históricos, uma
cotação de US$ 60 por barril é
melhor para as companhias que
queimam combustíveis fósseis
para gerar eletricidade que
uma superior a US$ 120.
“Os preços foram mo-
derados e isto está fazendo
com que a situação seja mais
manejável”, diz o analista
José Coballasi, da Standard
& Poor’s. “Isto varia muito
de país para país, porque o
impacto dos preços nos países
produtores como México não
é o mesmo que nos países con-
sumidores, mas obviamente a
queda nos preços tem ajudado
a cortar os custos para muitas
companhias”.
Não obstante, um dos pon-
tos negativos da queda nos
preços do petróleo é que ela
obscurece os esforços da região
de preservar energia - estraté-
gia que, na realidade, oferece
o melhor retorno, porque a
energia mais barata de gerar
é a que não é consumida - e
de adotar fontes de energia
renováveis, incluindo a solar,
a eólica, a geotérmica e os
biocombustíveis.
“Quando os preços do
petróleo estão acima dos US$
100, é óbvio para os países não-
produtores que é necessário
investir em outro tipo de fonte,
mas quando os preços caem a
US$ 40, a necessidade deixa de
ser tão óbvia”, afirma Benoit,
do Banco Mundial.
Também atenta contra
estas tecnologias o fato de
que a crise reduziu as fontes
de financiamento. Em muitos
casos, os projetos de energias
renováveis requerem mon-
tantes de investimento inicial
maiores que os requisitados
para a adoção de tecnologias
baseadas em combustíveis
fósseis. “Há menos liquidez,
e, dado que estes tipos de
projetos exigem grandes in-
vestimentos no início, o que
estamos vendo mundialmente
é uma queda particularmente
em investimentos em fontes de
energias renováveis”, adverte
Benoit.
ELETRICIDADE
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LIQ. (%)
RK 2008
1 COMI. FED. DE ELECTRICIDAD MÉX 19.570,0 -1.415,8 -5,3 -107,4 -4,7 -2,5 -7,2 10
2 ELETROBRÁS BRA 12.865,4 2.625,8 1,5 200,5 7,2 4,4 20,4 19
3 ENERSIS CHI 10.570,9 907,4 11,8 138,9 15,4 4,0 8,6 29
4 CEMIG BRA 4.660,0 807,5 -19,4 -17,6 20,2 7,8 17,3 86
5 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 545,9 -21,8 -41,2 25,4 7,9 13,1 99
6 ENDESA CHI 3.960,5 703,5 13,7 81,3 18,7 6,2 17,8 103
7 COM. BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 269,1 -20,6 275,9 18,2 3,5 7,5 113
8 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 3.423,0 881,9 1,6 18,2 881,9 4,4 25,8 115
9 COM. LUZ Y FUERZA DEL CENTRO) MÉX 3.359,2 -1.430,4 -21,1 -2.805,6 - -14,3 -42,6 121
10 ELETROPAULO BRA 3.222,0 439,5 -20,0 9,2 31,1 8,2 13,6 127
MÉDIA SETORIAL -8,9 -92,6 38,7 4,7 5,4
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 75
bilhões de dólares por ano era a demanda de investimentos em geração antes da crise
Definitivamente,
2009 será um ano
a ser esquecido
pela maioria das
mineradoras da América Latina.
A desaceleração econômica
mundial golpeou diretamente a
demanda por commodities do
setor, afetando não apenas seu
preço, mas também a receita
das empresas. E as principais
potências mineradoras da
região – Chile, Peru, Brasil e
México – ainda tiveram que
enfrentar aumento em custos de
produção e uma carga tributária
nada favorável.
A pior notícia, porém, tem
sido a queda no preço dos me-
tais devido à menor demanda
internacional, avalia Eduardo
Chaparro, analista do depar-
tamento de recursos naturais
e infraestrutura da Comissão
Econômica para América Latina
(Cepal). Um exemplo: depois
de longas negociações com
seus grandes clientes, a Vale,
maior produtora de minério de
ferro do mundo, e a Samarco,
tiveram que renegociar para
baixo os preços de referência
do minério de ferro em pelotas
para 2009. No caso da Vale (Nº
5), as siderúrgicas japonesas
conseguiram uma redução de
28,2% no minério de aço fino,
e de 44,5% no granulado. Já a
Samarco (Nº 237) aceitou uma
redução de 48,3% no preço de
venda de pelotas de minério
de ferro para Redução Direta
(DR), num contrato que prevê
a venda de 900 mil toneladas
para a Krakatau Steel, da
Indonésia.
“No Chile, se o ano for
encerrado com um preço médio
do cobre em torno de US$
1,6 a libra, a queda de receita
acumulada será de 50% sobre
2008”, afirma Alvaro Merino,
gerente de estudos da Socie-
ROD
RIGO D
ÍAZ CARRRIZO
SETOR MINERAÇÃO
76 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
A mineração regional deverá enfrentar uma queda nos preços das commodities, alta tributação, falta de fi nalização e um aumento nos custos. Mas as dores de cabeça podem acabar em 2010 Matías Rodo Y.
Depois do Armagedom
dade Nacional de Mineração
(Sonami) do Chile. “Para este
ano esperamos um crescimento
nulo do PIB de mineração,
com uma produção de cobre
de 5,4 milhões de toneladas,
semelhante à de 2008”, diz.
Além disso, os altos custos
da indústria regional, que
não refletiram a queda nos
preços da energia, afetam os
resultados. “Diversas mine-
radoras possuem contratos
prolongados de fornecimento,
o que dificulta a renegociação”,
afirma Chaparro, da Cepal. “A
produção em algumas minas,
especialmente de zinco, se tor-
nou economicamente inviável”,
diz José Rázuri, coordenador
da área de Inteligência Econô-
mica da consultoria peruana
Maximixe.
De acordo com a Comissão
Chilena do Cobre (Cochilco),
o custo total unitário das dez
grandes empresas mineradoras
privadas produtoras no Chile
(GMP-10), mais a estatal
Codelco, aumentaram 27,1%
em 2008 frente ao ano anterior.
Segundo Chaparro, a alta carga
tributária para o setor em vários
países da América Latina e
a escassez de financiamento
também prejudicaram o desen-
volvimento normal da indústria
de mineração regional.
Não à toa, no Peru registrou-
se queda na produção de ferro
(-22,1%), zinco (-3,1%), chum-
bo (-6,4%), estanho (-6,8%) e
molibdênio (-22%) no primeiro
trimestre de 2009 em relação
ao mesmo período de 2008,
em termos de valor. No Brasil,
as empresas revisaram seus
planos de investimento para o
período 2008-2012, com um
decréscimo de 21% - passando
de uma previsão inicial de US$
57 bilhões a outra de US$ 47
bilhões.
Em função da queda nas
vendas e nos preços das com-
modities do setor, as receitas das
empresas têm sido fortemente
afetadas. A Vale, que sozinha
reduziu em US$ 5 bilhões os
investimentos previstos para
2009, para US$ 9 bilhões, viu
seu volume comercializado cair
de 76,6 milhões de toneladas
no primeiro trimestre de 2008,
para 52,1 milhões de toneladas
de minério de ferro e pelotas
no mesmo período deste ano.
Paralelamente, sua receita bruta
recuou 32,6%, de US$ 8 bilhões
para US$ 5,4 bilhões.
Mas existe luz no fim do
túnel. Vários analistas apostam
em uma recuperação em 2010,
apoiados pela estabilização no
preço dos minerais. O cobre,
commodity que passa por um
movimento semelhante ao da
economia mundial, tem se
mantido acima dos US$ 2 a
libra nos dois últimos meses.
As importações de cobre refi-
nado da China alcançaram um
recorde mensal de 317,9 mil/
TM em abril, e nos primeiros
quatro meses do ano somam
1,1 milhão/TM (118,3% a mais
do que em 2008). Além disso,
a tendência positiva é apoiada
por indicadores econômicos
dos EUA, como o de bens
duráveis, que subiu 1,9% em
março, maior alta percentual
desde dezembro de 2007.
“Considerando a estabiliza-
ção da economia mundial, o
setor poderia se recuperar para
o segundo trimestre de 2010”,
diz Lola Rivera, gerente para
América Latina da consultoria
canadense Infomine.
Previsão que se sustentaria
em números. As projeções do
FMI, divulgadas no World Eco-
nomic Outlook, publicado em
abril, ressaltam que a economia
dos EUA se contrairá 2,8%
em 2009 e se manterá estável
em 2010. O mais importante,
porém, é que a China crescerá
6,5%, em 2009, e 7,5%, em
2010. “Espera-se que o país
mantenha sua demanda, ainda
no marco do programa anticri-
se”, diz Rázuri “Por isso, muitas
empresas estão aproveitando
para comprar títulos, reservas
e projetos, o que favoreceria a
reativação da indústria”, avalia
Chaparro, da Cepal.
Para Sergio Almazán, dire-
tor-geral da Câmara Minera-
dora do México (Camimex), a
região tem se situado na última
década como a mais atraente
para investir em exploração de
minério. Países como Chile,
Peru, Brasil, Argentina, Ve-
nezuela, Bolívia, Colômbia e
México têm se caracterizado
por contar com uma atrativa
geologia. O futuro dependerá
da política de mineração que
cada nação desenvolver. “Será
muito importante para a região
transmitir que não apenas
conta com recursos minerais
valiosos, mas também com leis
e autoridades que garantam os
interesses dos investidores”,
afirma Almazán.
MINERAÇÃO
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 VALE BRA 30.184,4 9.105,5 -17,4 -19,4 22,1 11,5 30,2 5
2 CODELCO CHI 14.424,8 1.566,8 -15,1 -47,5 40,4 11,4 10,9 17
3 ESCONDIDA CHI 7.760,2 3.570,3 -24,6 -44,8 113,6 49,6 46,0 50
4 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 1.075,5 -35,7 -36,0 24,7 12,2 23,0 85
5 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 3.833,8 489,0 -6,4 37,9 25,8 12,8 12,8 109
6 ANTOFAGASTA PLC CHI 3.372,6 1.706,5 -11,9 23,5 26,5 21,5 50,6 119
7 MINERA MÉXICO (2) MÉX 2.850,0 N.D. -2,0 - - - - 143
8 MINERA ANTAMINA PER 2.846,1 N.D. -5,6 - - - - 144
9 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 2.711,5 1.092,4 -14,7 -22,5 78,5 56,8 40,3 153
10 COLLAHUASI CHI 2.650,3 1.146,5 -17,9 -37,2 69,0 38,3 43,3 159
MÉDIA SETORIAL 2,6 39,0 50,4 26,9 30,8
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 77
é quanto cairá a receita chilena de cobre se o preço do metal fechar o ano abaixo de US$ 1,60 a libra
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
Acrise econômica
tem um aspecto
bom para a região
quando se trata de
petróleo e gás: é um descanso
após a angustiante série de altas
de preço em 2008. Contudo,
sob relativa tranquilidade estão
correntes mais profundas que
influirão no médio e longo
prazo. E não apenas nas econo-
mias dos países produtores ou
compradores de petróleo bruto,
mas no equilíbrio de poder
político-estratégico dentro da
América Latina.
A principal corrente se re-
sume a dois nomes: Cantarell e
Volta à agitação
Tupi. O megacampo terrestre de
Cantarell, no México, chegou a
produzir mais de 2 milhões de
barris por dia em 2004. Hoje
são extraídos menos de 660
mil. E a expectativa é de que a
quantidade caia, nos próximos
24 meses, para até 400 mil,
produção que será estabilizada
na próxima década. Contudo,
para o México, a riqueza de
Cantarell foi uma armadilha:
“Todas as apostas estavam ali”,
diz Duncan Wood, especialista
em petróleo e energia do Itam.
Para a Pemex (Nº 2 no Ranking
das 500 Maiores Empresas
da América Latina), “hoje o
problema é manter a produção,
que cai muito mais rápido do
que pensávamos”.
De toda forma, a petrolífera
estatal mexicana tem um ás e
um rei na manga. O primeiro
é o KMZ (Ku-Maloob-Zaap),
campo petrolífero na costa do
Golfo do México, que Wood
classifica como “um grande
êxito para a Pemex”. Dali
saem quase 800 mil barris por
dia. O problema é que não é
muito grande e “em dois ou
três anos sua produção cairá”.
A partir disso, a companhia terá
que jogar sua segunda carta:
explorar o campo terrestre de
Chicontepec. “São milhares de
pequenos bolsões de petróleo”,
diz o especialista. “Cada um
renderá entre 100 e 300 barris
por dia, por seis meses”. Em
uma imensa área de 3.800
km2, a Pemex deverá “perfu-
rar mais poços a cada ano do
que já perfurou em toda sua
história”, se quiser retirar 500
mil barris diários no segundo
ano de extração, cifra que
poderá chegar a um pico de
entre 550 mil e 700 mil barris
por dia em 2017. As reservas
de Chicontepec totalizam 139
bilhões de barris, mas apenas
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
RIZO
SETOR PETRÓLEO E GÁS
78 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Enquanto a Petrobras aguarda regulamentação para exploraro o pré-sal, a Pemex aposta em Chicontepec e a Pdvsa confi a na boa sorte Rodrigo Lara Serrano
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
18 bilhões podem ser extraídos
com a tecnologia atual.
São os últimos dois projéteis
na cartucheira mexicana. Há
outros, mas estão sob a água
e ali permanecerão por muito
tempo, “já que por restrições
constitucionais, no México
não há contratos de risco
compartilhado”, diz Wood. Só
podem contratar empresas de
serviços como a Halliburton
para perfuração.
Neste ponto, o contraste
com a Petrobras (Nº 3) não
pode ser maior. A companhia
brasileira tornou-se líder mun-
dial de exploração e extração
em águas profundas, e graças
a isso descobriu o campo
atlântico de Tupi, com reser-
vas entre cinco bilhões e oito
bilhões de barris. Será crucial
para sua extração a nova re-
gulamentação que deverá ser
aprovada no Congresso antes
do fim do ano. A proposta
mais provável até o momento
é a de mudança do modelo
de concessões por leilão para
o de “produção compartilha-
da”, com empresas privadas
extraindo o petróleo nas zonas
conhecidas e recebendo uma
porcentagem da produção
como pagamento. José Sergio
Gabrielli, presidente da Petro-
bras, disse recentemente que
a mudança é justificável, pois
“agora o risco exploratório é
mínimo. O que existe é o risco
de desenvolvimento”.
O Brasil também descobriu
gás. Contudo, por enquanto,
os consumidores locais não
sentiram alívio por conta
disso. “Como não existe um
mercado spot de gás natural,
quem consome menos não
tem a quem revender”, diz
o consultor brasileiro Rafael
Hertzberg. A isso se soma o fato
de que “é muito difícil negociar
uma diminuição do volume já
contratado”. Em função das
dificuldades, várias companhias
já estariam se interessando por
alternativas de geração, como
a biomassa.
Embora o motivo tenha sido
a queda na demanda paulista
por gás, quem sofre e sofrerá,
ao menos neste semestre, é a
Bolívia e sua estatal YPFB. As
vendas ao mercado brasileiro
despencaram de 31 milhões de
metros cúbicos diários para
entre 18 milhões e 20 milhões
no primeiro trimestre. A YPFB
enfrenta mais do que problemas
de demanda por gás: o governo
de Evo Morales descobriu que
seu gerenciamento e refor-
ma não são nada simples. O
novo presidente da empresa,
Carlos Villegas, anunciou que
Noruega, Canadá e Holanda
financiarão a seleção de três
consultorias privadas que farão
um diagnóstico do caminho a
ser tomado pela companhia.
E se há outra petrolífera
que esbarra em si mesma na
região é a Petroperú (Nº 157).
O petróleo extraído da selva
é cada vez mais pesado e não
pode ser bem processado pela
refinaria de Talara. Por outro
lado, “estão sendo importados
petróleos mais baratos e que
têm dez vezes mais enxofre
que o permitido pela nova
norma de emissões do país”,
diz o ex-ministro de Minas e
Energia, Carlos Herrera Des-
calzi. “O país necessita mais de
oleodutos e de capacidade de
refino”, acrescenta. Reformas
paralisadas após a renúncia
do chefe da estatal peruana,
acusado de corrupção.
Para especialistas peruanos,
a Petroperú deveria imitar a
colombiana Ecopetrol (Nº 15).
“Ela possui um bom fluxo de
caixa”, diz David Arce Rojas,
da Arce Rojas Consultores. “E
acaba de comprar um projeto
no oriente para produzir
cana-de-açúcar para etanol”.
A Colômbia, todavia, passa
por um bom momento no
setor: este ano, perfurou 90
poços de exploração. “Nunca
tivemos estes números”, diz
Rojas, acrescentando que o
investimento poderá chegará
a US$ 1,5 bilhão. “Há ex-
executivos da Pdvsa (Nº 1)
e companhias venezuelanas
de petróleo investindo na
Colômbia”, afirma.
A Pdvsa é que é uma grande
incógnita. Para alguns, como
Pedro Mantellini, ex-assessor
da presidência da Pdvsa, e
Enrique Gómez-Tagle, da S&P
México, apresenta números de
produção inconsistentes.
Mas, para outros, como
Wood, apesar de fazer tudo
errado, a companhia ficará
bem: “encontraram enormes
reservas de petróleo, embora
não do melhor, e muito gás.
São bastante fáceis de ex-
trair. Se gastarem o dinheiro,
ou subcontratarem, podem
produzir muito mais, e rapi-
damente”.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 79
PETRÓLEO/GÁS
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 PDVSA VEN 126.364,0 9.413,0 30,1 50,1 13,2 7,1 7,4 1
2 PEMEX MÉX 96.074,5 -7.906,2 -7,9 -371,4 -408,4 -8,9 -8,2 2
3 PETROBRAS BRA 92.049,0 14.115,4 -4,4 16,2 23,8 11,3 15,3 3
4 PEMEX REFINACIÓN MÉX 39.733,9 -8.669,9 -8,6 -105,5 763,3 -23,4 -21,8 4
5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 23.930,9 551,6 15,5 16,4 17,5 10,7 2,3 7
6 ECOPETROL COL 15.053,9 5.164,8 37,8 103,8 33,6 23,9 34,3 15
7 ENAP CHI 12.185,2 -957,8 35,1 -581,1 -366,5 -19,7 -7,9 21
8 GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 167,0 7,5 62,6 8,4 4,0 1,4 24
9 PETROECUADOR EQU 10.878,4 5.072,4 41,3 70,8 110,5 84,8 46,6 27
10 YPF ARG 10.050,4 1.049,0 9,5 -18,6 17,9 9,3 10,4 31
MÉDIA SETORIAL 8,6 -67,3 7,3 10,8 8,1
bilhões de barris de petróleo: essa poderia ser a capacidade da reserva de Tupi
Nos últimos meses,
o presidente ve-
nezuelano Hugo
Chávez tem subi-
do e descido do avião presi-
dencial com mais frequência
do que nunca. Seus destinos
têm sido distantes, como,
Japão, Índia, China e parte
do Oriente Médio. O motivo?
A necessidade de criar laços
e levar a cabo sua revolução
petroquímica (2007-2013),
por conta dos atuais preços do
petróleo. O plano inclui cerca
de 80 projetos, que triplicarão
a produção petroquímica do
país a 32 milhões de toneladas
Firme no timão
anuais.
E o foco de Chávez é claro:
voltar-se a regiões não-tradicio-
nais para obter recursos finan-
ceiros que permitam concretizar
seu plano. E mais. No final de
maio, a estatal venezuelana
Pequiven e a brasileira Braskem
assinaram um memorando de
entendimentos para avaliar
possíveis oportunidades de
negócio no pólo de Camaçari,
na Bahia, que contempla a
construção de uma usina de
US$ 1 bilhão. Além disso,
ambas estão empreendendo
um projeto petroquímico na
Venezuela que engloba as
empresas Propilsur e Poliméri-
ca, nas quais tanto a Braskem
quanto a Pequiven possuem
participações iguais.
Deste modo, os projetos
petroquímicos encontraram
na região um bom lugar para
se desenvolver. Segundo Raúl
Arias, consultor sênior e ge-
rente para América Latina da
consultoria Nexant, embora
a região represente apenas
5% da produção mundial de
petroquímicos, o setor tem
experimentado uma importante
consolidação e essa participa-
ção no total da produção está
aumentando. “Dentro de cinco
anos, o cenário será muito
diferente”, diz.
Para Arias, a entrada de
novos atores através de asso-
ciações com companhias locais
é importante neste processo.
“Agora surgiram players de
outras regiões buscando entrar
no mercado, encontrar sócios
e promover mais investimen-
tos”, diz. “Mesmo assim, há
uma pressão pelo equilíbrio
mundial entre oferta e demanda
que também será um fator
considerado no futuro.”
A empresa Nitratos do
Peru, resultado da sociedade
SETOR PETROQUÍMICA
80 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Após resistir aos altos preços do petróleo e do gás natural e à crise internacional, as gigantes petroquímicas continu-am apostando em projetos na Venezuela, no Peru e Brasil.Natalia Vera Ramírez
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
RIZO
do Grupo Brescia e do grupo
chileno Sigdo Koppers, por
exemplo, anunciou a cons-
trução de um complexo que
produzirá amoníaco e nitrato
de amônio (para a fabricação
de explosivos), que abastecerá
o setor de mineração.
Segundo Kaime Quijandría,
assessor da presidência da
Nitratos do Peru, esta planta
ficará na cidade de Pisco e
exigirá investimentos de US$
650 milhões. Na primeira eta-
pa, a produção só abastecerá
o mercado local, mas depois
serão considerados os princi-
pais pontos do Pacífico como
potenciais mercados.
“Com isso vamos deixar
de ser importadores de nitrato
de amônio para abastecer a
atividade de mineração”, afir-
mou. “Foram calculados entre
US$ 110 milhões e US$ 120
milhões de receita por conceito
de tributos e benefícios.” No
momento, Quijandría diz que
os trâmites e a licença estão em
andamento para tocar a cons-
trução da usina, que entraria
em operação em 2011.
Este projeto é somado ao
da norte-americana CF Indus-
tries, que em janeiro iniciou
os estudos de engenharia de
seu projeto petroquímico, que
inclui uma planta de amoníaco
e outra de ureia granulada
em Marcona, sul de Lima.
O investimento beira US$ 1
bilhão e espera-se que entre em
funcionamento em 2013.
Há ainda os projetos anun-
ciados em associação entre a
PetroPeru e a Petrobras, ava-
liados em US$ 800 milhões,
e outros entre a petrolífera
peruana e a Braskem, de US$ 2
bilhões. Também está na jogada
o grupo coreano SK Energy,
que anunciou sua intenção de
investir US$ 3 bilhões em uma
petroquímica no Peru.
Após 2008 ter produzido
efeito negativo na indústria,
como consequência dos eleva-
dos preços do petróleo e do gás
natural na primeira metade do
ano, hoje o panorama é mais
favorável. “Antes, o gás natural
era cotado a US$ 14 o milhão
de BTUs. Hoje, o preço é de
US$ 3,83 o milhão de BTUs.
O mesmo acontece com o
petróleo”, diz Aurélio Ochoa,
especialista em hidrocarbonetos
e diretor da Energy Consult.
“Esses preços elevados fizeram
com que os petroquímicos se
encarecessem, assim como os
plásticos e outros derivados.
Desestimularam o consumo e o
setor não se desenvolveu”.
Para Marco Antonio Zaldí-
var, sócio da Ernst & Young,
grandes produtores da região,
como a Petrobras, têm muito
interesse de entrar no setor
petroquímico e ser players de
calibre mundial. “Isto implica
aproveitar o ambiente político
e econômico dos países da
região, como o Peru, que fa-
vorece o investimento privado,
seja estrangeiro ou nacional,
e chegar a industrializar as
reservas de gás que existem
no país”, afirma.
À medida que o Peru acaba
de entrar na fase de desenvolvi-
mento da indústria petroquími-
ca, em outros países nos quais
o setor está mais avançado
os planejamentos continuam.
No caso do Brasil, os planos
da Petrobras terão seus pra-
zos mantidos. No México, a
Alpek, braço petroquímico
o conglomerado Alfa, conta
com um orçamento de gastos
de US$ 59 milhões para este
ano, que será destinado à con-
clusão de projetos em curso e
à manutenção.
Para Raúl Arias, da Nexant,
o setor ainda tem outro desafio.
“Uma vez que a economia se
recupere, se buscarão recursos
para tocar os projetos, mas
poderá haver dificuldades para
conseguir os equipamentos
rapidamente, ou os trabalha-
dores qualificados, porque há
carência de tudo isso em nível
mundial”, afirmou. “Muitos
dos projetos precisam de in-
vestidores, sócios, transferência
de tecnologias, incluindo um
canal de entrada no mercado
que lhes for de interesse, o que
gera oportunidades para quem
puder oferecer isso”.
Além disso, estes investi-
mentos e suas execuções são
um passo para que os países
da região finalmente cheguem
à industrialização. “Quando se
chega ao ponto de exportação,
a indústria petroquímica dá um
valor agregado ao gás natural de
seis a sete vezes”, diz Aurelio
Ochoa, da Energy Consult. “Se
falamos de petroquímica média
ou avançada, o valor pode se
multiplicar em até 20 vezes”.
E, ao que parece, muitos países
da região e empresas do setor
também querem ter parte neste
efeito multiplicador.
em operação em 2011 f
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 81
da produçãopetroquímica mundial se concentra na América Latina
PETROQUÍMICA
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 PEMEX GAS Y PETROQ. BÁSICA MÉX 19.675,5 164,3 -4,1 -63,9 4,8 1,4 0,8 9
2 PEQUIVEN VEN 9.690,0 N.D. 49,1 - - - - 34
3 BRASKEM BRA 7.684,9 -1.066,4 -23,0 -445,0 -67,7 -11,0 -13,9 52
4 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 5.809,5 -1.354,9 9,5 0,2 -77,7 -19,2 -23,3 70
5 ALPEK (11) MÉX 3.723,7 93,2 -9,1 -48,6 5,5 3,2 2,5 110
6 MEXICHEM MÉX 2.266,0 10,2 7,5 -93,9 1,7 0,4 0,5 188
7 UNIPAR BRA 1.965,9 -65,2 23,7 -179,6 -14,8 -1,3 -3,3 220
8 DOW BRASIL BRA 1.608,4 5,4 -26,8 -93,5 0,8 0,4 0,3 269
9 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 -284,5 - -1.529,3 -44,9 -6,3 -17,9 272
10 YARA FERTILIZANTES BRA 1.265,1 -152,7 5,4 -409,1 -175,5 -17,9 -12,1 336
MÉDIA SETORIAL -4,7 -278,2 -34,7 -5,4 -7,1
Édemais dizer que este
tem sido um mau
ano para a indústria
siderúrgica. A pro-
dução mundial se contraiu em
níveis há tempos não vistos e
não existe consenso sobre se
veremos uma recuperação, seja
em preço, seja em produção.
O panorama é incerto.
Mas para quem não é es-
pecialista no setor, é preciso
avaliar o tema sob dois pontos
de vista: o global e o local.
Há mercados e mercados, e
alguns (poucos) elementos
positivos que, apesar de in-
cipientes, seriam suficientes
para concluir que o setor não
cairá ainda mais. Pelo menos
no curto prazo.
O mercado mundial de
aço não se comporta como
o de outras commodities. As
grandes siderúrgicas geral-
mente assinam contratos de
fornecimento de seus principais
insumos (como o minério de
ferro) de longo prazo (em geral,
um ano). E não há uma bolsa
mundial de aço que permita a
livre cotização de contratos a
futuro ou compras importantes
no mercado spot. Como enten-
der que os preços do aço no
Brasil sejam mais altos do que
o restante dos preços mundiais
senão por barreiras tarifárias
ou programas de apoio do
setor lançados pelo governo,
como as isenções de impostos
à produção de carros?
A produção mundial de aço
caiu 24%, de 117 milhões de
toneladas métricas em abril
de 2008, para 89 milhões de
toneladas em abril passado,
segundo dados da Associação
Mundial do Aço, que analisa
as informações de 66 países
produtores. O golpe foi mais
sentido nos EUA e na União
Europeia, onde os níveis de
produção caíram respectiva-
mente 53% e 49% interanuais.
Na América Latina, a queda
também foi pronunciada. De
Horizonte plano 30% no México, 40% no Brasil
e 44% na Argentina. O único
país do mundo que manteve
seus níveis de produção re-
lativamente inalterados foi
a China, com uma queda de
somente 4% em abril.
Quanto aos preços do aço,
há diferenças. Matias Dieterich,
diretor de análise da corretora
de valores brasileira Solidus,
explica que no Brasil os preços
dos produtos planos de aço usa-
dos, por exemplo, na fabricação
de carros e eletrodomésticos,
sentiram primeiro o golpe da
crise mundial com uma queda
de aproximadamente 40%. Já
os aços longos aguentaram
alguns meses, graças a projetos
de infraestrutura, para depois
retroceder 30%. “Mas a queda
teria sido mais pronunciada se
não fosse por algumas medidas
do governo, como a isenção do
IPI”, explica Dieterich.
Já o setor siderúrgico
mexicano está muito mais
vinculado ao dos EUA e em
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
82 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
SETOR SIDERURGIA
As siderúrgicas latino-americanas não terão uma forte recuperação este ano. Mas ao menos não devem cair muito mais Eduardo Thomson
SIDERURGIA/METALURGIA
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUCRO
08/07 (%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 TECHINT ARG 22.000,0 N.D. -0,4 - - - - 8
2 GERDAU BRA 17.932,3 1.686,1 3,8 -15,9 19,5 6,7 9,4 11
3 TENARIS ARG 12.131,8 2.124,8 20,8 2,3 26,0 14,1 17,5 23
4 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 8.489,9 609,9 -2,0 -64,3 9,1 4,2 7,2 42
5 TERNIUM ARG 8.464,8 875,2 50,3 -12,1 15,7 8,2 10,3 43
6 USIMINAS BRA 6.720,8 1.379,7 -13,9 -23,0 21,5 11,7 20,5 59
7 CSN BRA 5.991,8 2.470,8 -7,2 49,8 86,7 18,3 41,2 63
8 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 95,0 89,4 -21,4 11,7 2,0 2,0 87
9 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 621,6 -5,0 17,9 26,3 14,7 15,5 100
10 MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 N.D. -1,2 - - - - 101
MÉDIA SETORIAL 3,7 9,3 37,6 11,3 16,3
particular ao setor automotivo
do próprio país. Em alguns
casos os preços chegaram
a cair 50% em relação ao
nível mais alto dos últimos
anos. “Devido aos níveis de
estoque nos EUA estarem
baixos, é possível que vejamos
miniciclos de alta de preços”,
explica Felipe Hirai, analis-
ta de mineração da Merrill
Lynch. “Por isso, acho que a
tendência de preços no restante
do ano, ao menos nos EUA e
no México, é de estabilidade.”
Segundo o analista, os preços
não podem cair muito mais
porque já estão perto do custo
marginal de produção.
Já no Brasil, ainda há espaço
para queda, devido à desfa-
sagem em relação aos preços
internacionais, diz Dieterich,
da Solidus. “Os preços locais
estão muito acima dos inter-
nacionais”, comenta.
Não obstante, ainda que a
demanda se mantenha débil,
“estamos vendo alguns sinais
de recuperação em mercados
emergentes, particularmente na
China”, diz Hirai, da Merrill
Lynch. De fato, o Índice de
Gerentes de Compra da China
já está há três meses com leves
indícios de alta, sinal de que
a demanda por insumos de
produção está crescendo.
PROTEGIDOS No ano passado, os grandes
produtores siderúrgicos bus-
cavam comprar minério de
ferro por todo lado e dessa
forma garantir o forneci-
mento de matérias-primas.
A brasileira Usiminas (Nº 59
no Ranking das 500 Maiores
Empresas da América Latina)
tinha comprado a J. Mendes
e anunciava que manteria sua
política de compras de outras
empresas de minério de ferro.
Sua compatriota CSN (Nº 63),
também confirmou estudar
aquisições.
Este ano, reina uma tensa
calma. “Veremos menos ope-
rações de integração, pois o
que essas empresas buscaram
ao integrar-se foi garantir
matérias-primas a preços
razoáveis devido ao boom
vivido pelas commodities no
ano passado”, diz Íñigo Cossio,
analista da corretora mexicana
Actinver. Hirai, do Merrill
Lynch, concorda parcialmente.
“Poderemos ver alguns negó-
cios, como o anúncio de uma
aliança entre Wuhan Steel
e a brasileira MMX, mas as
grandes siderúrgicas já estão
integradas”, comenta.
Essa integração vertical
permitiría às siderúrgicas
brasileiras estarem bem-posi-
cionadas para suportar a crise.
De acordo com uma relatório
recente da Fitch Ratings sobre
o setor, a margem ebitda das
siderúrgicas brasileiras é de
40%, enquanto a média é de
15% entre as siderúrgicas chi-
nesas, por exemplo. E mesmo
a Gerdau (Nº 11), que não está
integrada verticalmente e sofre
uma alta dependência do ferro
importado, tem uma margem
ebitda de 24%.
Algumas empresas não
integradas, como as mexicanas
Grupo Collados ou a Industrias
CH (Nº 145) – os últimos
que continuam controlados
por capitais mexicanos – se
beneficiaram da situação ao
comprar matérias-primas como
ferro a preços mais baixos, e
dessa forma defenderam suas
margens, apesar da queda na
produção. Esse mesmo fator
os torna possíveis alvos de
compra por grandes atores
internacionais, diz Cossio.
Por exemplo, a ICH registrou
margem ebitda de 13% no final
de 2008, e espera-se que esta
baixe a 10% ao final do ano,
diz relatório da Actinver.
LONGO PRAZO Mas há quem veja que o setor
siderúrgico latino-americano
enfrenta não só a crise econô-
mica mundial, mas um desafio
a seu modelo de negócios
como um todo. Segundo o
consultor industrial argentino
Carlos Schwartzer, o setor si-
derúrgico está experimentando
uma erosão na demanda, o
que se reflete numa queda
na rentabilidade dos projetos
do setor. “É algo que temos
observado desde o final de
2006”, diz o consultor. “Um
movimento subterrâneo que é
compartilhado pelos acionistas
das empresas siderúrgicas com
os quais tenho conversado.”
Segundo o consultor, essa
tomada de consciência sobre a
perda de rentabilidade explica a
mansidão com que a argentina
Techint (Nº 8) atuou frente
à recente nacionalização de
suas operações na Venezuela.
A Techint não respondeu aos
pedios de entrevista de Amé-
ricaEconomia.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 83
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
44% foi a queda de produção de aço na Argentina, a maior contração da América Latina
Oque buscam os
usuários de te-
lecomunicações
hoje? Mais e
melhor acesso à internet,
em qualquer lugar. E os
operadores? Receita mais alta
por usuário. A chave, então,
é simples: banda larga.
As grandes operadoras
de telefonia móvel na Amé-
rica Latina, lideradas por
Telefónica-Movistar e América
Móvil, estão vivendo uma
desaceleração nas taxas de
crescimento de novos usuários
e, por isso, estão responden-
do com uma série de novos
produtos e serviços: atrativos
celulares 3G com centenas de
canções incluídas, touchscreen
ou navegação multimídia
somados a pacotes de banda
larga móvel incluídos no net-
book – dispositivos portáteis
pequenos e de baixo custo que
são usados principalmente para
se conectar à internet. A ideia
é obter mais dinheiro de cada
cliente e, em países nos quais
ainda há espaço, aumentar a
penetração dos celulares.
Tratando-se de telefonia
móvel na América Latina,
a penetração média chegou
a 79% em 2008, segundo
dados da empresa peruana
DN Consultores. Estudo da
3G Américas aponta que o
Brasil fica atrás nesse ranking.
Em primeiro lugar, segundo a
empresa, está o Uruguai, com
113%, seguido de Argentina
(111%), Venezuela (103%),
Chile (96%) e Colômbia (91%).
O Brasil – com 80%, segundo
a 3G Américas, ficaria à frente
apenas do México, com 74%.
O problema desses números,
entretanto, é o fato de serem
formados em sua maioria por
planos pré-pagos, o que reduz
o faturamento por usuário.
“Na região, 85% das linhas
móveis são pré-pagas, e isso
se contrapõe ao que ocorre na
Europa e nos EUA”, diz Carlos
Huamán, diretor de negócios
da DN Consultores. “Além
disso, os preços estão caindo.”
Segundo Huamán, a receita
média por usuário na região
(ARPU, na sigla em inglês) é
entre US$ 8 e US$ 9, e antes
era de US$ 10, US$ 11.
É por isso que os especia-
listas sugerem que os recursos
dos operadores móveis sejam
dirigidos a criar um hábito de
gasto de serviços agregados e
que a população adquira cada
vez mais equipamentos 3G.
Segundo a consultoria Frost
& Sullivan, o iPhone cum-
priu bem sua tarefa e atraiu
a atenção dos consumidores
latino-americanos a serviços
de dados. Contudo, os usuários
estão sendo mais cautelosos
na hora de comprar telefones
SETOR TELECOMUNICAÇÕES
84 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
As taxas de crescimento de usuários fi xos e móveis diminuem, mas aumenta a oferta de serviçosArly Faundes Berkhoff
Corrida de dados
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
RIZO
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
inteligentes, sobretudo por
conta do preço. “Percebemos
lentidão na velocidade de ado-
ção de valores agregados por
parte dos usuários de telefonia
móvel”, acrescenta Huamán.
“Mas, estrategicamente, a
tendência de longo prazo é
que irão nessa direção, porque
tudo vai ser móvel.”
E se tudo é móvel, a in-
ternet não pode ficar de fora.
Por isso, as operadoras estão
incorporando às suas ofertas
banda larga móvel, tanto para
clientes pós-pagos como para
pré-pagos. As perspectivas são
positivas. Com o crescimento
das redes 3G e promoções
acessíveis, os pacotes crescerão
cada vez mais. Segundo dados
do estudo Barômetro Cisco de
Banda Larga, elaborado pela
empresa de telecomunicações
Cisco em conjunto com a
consultoria IDC, no Brasil a
banda larga móvel cresceu
50,3% no segundo semestre
de 2008, alcançando 1,98
milhão de assinantes. Na Ar-
gentina, o crescimento foi de
50,2% nesse mesmo período,
chegando a 227,31 mil cone-
xões. No caso da Colômbia, o
crescimento foi ainda maior, de
349%, alcançando 246,7 mil
assinantes. Já no Chile, esse
percentual foi de 89%, com
um registro total de 223 mil
em dezembro de 2008. A con-
sultoria Pyramid Research, de
Boston, também faz as contas
e afirma que, regionalmente, a
banda larga móvel passará de
uma penetração de 0,7% em
2008 a 2% neste ano.
A banda larga fixa também é
e será protagonista da indústria
de telecomunicações. Segundo
dados da Gartner, sua penetra-
ção será de 20% em 2009, 5%
a menos do que em 2008, mas
falar em dois dígitos confirma
um percentual importante. Em
2011, este dado deve cair a
16%, em função de um “ama-
durecimento do mercado e,
também, em parte, do impacto
da crise econômica mundial”,
diz Elia San Miguel, analista
da Gartner em São Paulo.
Na hora de comparar paí-
ses, segundo Huamán, da DN
Consultores, tanto em telefonia
móvel como em banda larga
a lacuna tem sido reduzida.
“Os que estão mais ao meio,
como Peru e Colômbia, estão
ficando mais próximos dos de
cima, como Chile, Argentina e
Brasil.” Por outro lado, afirma
o consultor, a concorrência é
cada vez mais forte e as ope-
radoras estão disponibilizando
maior velocidade de acesso
pelo mesmo preço.
Jorge Garcés, analista da
consultoria Select, no México,
afirma que no país ainda há
muito espaço para crescer em
banda larga e que pouco ajuda
o fato de que muitos operadores
estão se preocupando mais em
oferecer uma convergência de
serviços do que em fomentar o
próprio acesso à internet. “O
triple play é importante, mas
o serviço âncora segue sendo
a banda larga”, diz. Segundo
o analista, em 2008, o total de
assinantes de banda larga era de
6,5 milhões, e apenas 2% deles
tinham serviço de banda larga
móvel, que hoje cresce a taxas
de, em média, 106%.
Para muitos, o problema
particular do México é a exces-
siva concentração do mercado
nas mãos da Telmex e da Telcel,
as regulamentações que não
permitiram o desenvolvimento
de uma indústria de telecomu-
nicações competitiva, e, o mais
importante, um acesso real a
serviços de qualidade por parte
dos usuários (ver página XX).
Embora seja uma questão de
difícil solução no curto prazo,
especialistas no setor acreditam
que será fundamental a nova
licitação de uma rede tronco (os
chamados backbones) de fibra
ótica, que pertence à Comissão
Federal de Eletricidade, e de
frequências de banda larga de
1,9 e 1,7 gigahertz para a pres-
tação de serviços de telefonia
móvel e internet 3G.
Contudo, no resto da
América Latina, não há um
só ator dominante como no
caso do México, mas sim
dois. A América Móvil e a
Telefónica-Movistar, que
juntas possuem mais de 70%
do mercado móvel na região
e 50% do de banda larga fixa,
o que torna difícil o cresci-
mento de operadoras menores.
Segundo San Miguel, da
Gartner, frente à atual crise,
as empresas terão que enfren-
tar uma maior concorrência
e convencer os usuários da
qualidade de seus serviços
e de que têm os melhores
preços. Terão, ainda, que fazer
isso acima da velocidade da
banda larga que eles mesmos
oferecem.
TELECOMUNICAÇÕES
Nº EMPRESA PAÍSVENDAS
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQ. 2008 US$
Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
VARIAÇÃO LUC. 08/07
(%)
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM LÍQ. (%)
RK 2008
1 AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 4.345,7 -12,5 -19,0 41,9 13,7 17,4 6
2 TELEFÔNICA BRA 11.962,3 N.D. 6,2 - - - - 26
3 TELCEL MÉX 9.816,7 4.532,5 -15,6 - - - 46,2 32
4 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 1.458,7 -25,1 -55,1 51,3 10,8 16,3 40
5 TELEMAR BRA 8.017,1 493,9 -19,3 -62,3 12,0 2,8 6,2 47
6 TELESP BRA 6.837,4 1.035,5 -17,8 -22,4 24,1 12,1 15,1 57
7 VIVO BRA 6.619,5 166,7 -6,1 397,1 4,7 1,6 2,5 60
8 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 77,1 -20,4 99,7 2,3 1,1 1,4 72
9 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 400,2 - - 7,1 4,2 7,3 73
10 CLARO TELECOM BRA 4.932,6 418,0 4,2 - 13,1 5,7 8,5 81
MÉDIA SETORIAL 1,9 19,9 -91,0 5,9 10,4
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 85
é quanto a penetração da ban-da larga móvel poderá alcançar na América Latina em 2009
ÍNDICE 500
86 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
3M DO BRASIL BRA 406
AACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 170ACINDAR ARG 374AÇOS VILLARES BRA 428AEROMÉXICO (CINTRA) MÉX 203AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES MÉX 165AES GENER CHI 262AGROSUPER CHI 326AJE GROUP PER 384ALBRAS BRA 444ALCOA BRA 331ALICORP PER 358ALL AMÉRICA LATINA BRA 393ALMACENES COPPEL MÉX 162ALMACENES ÉXITO COL 128ALPEK MÉX 110ALPURA MÉX 436ALTOS HORNOS DE MÉXICO MÉX 163ALUAR ARG 414ALUMBRERA ARG 350ALUNORTE BRA 324AMBEV BRA 41AMÉRICA MÓVIL MÉX 6AMERICEL BRA 286AMIL BRA 231AMPLA BRA 404ANCAP URU 225ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 451ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 206ANGLO AMERICAN NORTE CHI 476ANGLO AMERICAN SUR CHI 214ANTOFAGASTA PLC CHI 119ARACRUZ CELULOSE BRA 274ARAUCO CHI 111ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX-CST) BRA 161ARCOR ARG 210ARTHUR LUNDGREN - PERNAMBUCANAS BRA 315AURORA ALIMENTOS BRA 368AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 218AVIANCA COL 260AVON BRA 254AXTEL MÉX 460
BB2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 317BANDEIRANTE ENERGIA BRA 449BARRICK MISQUICHILCA PER 310BASF BRA 224BASF DE MÉXICO MÉX 409BAVARIA COL 263BAYER BRA 293BAYER DE MÉXICO MÉX 380BLACK & DECKER DE MÉXICO MÉX 394BODEGA AURRERÁ MÉX 64BOSCH BRA 245BP EXPLORATION COMPANY COL 425BRASIL TELECOM BRA 83BRASKEM BRA 52BRETAS SUPERMERCADOS BRA 483BRIDGESTONE FIRESTONE BRA 376BUENAVENTURA PER 488BUNGE ARG 97BUNGE ALIMENTOS BRA 37BUNGE FERTILIZANTES BRA 117
CC. VALE BRA 478CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA 371CANDELARIA CHI 365CANTV VEN 88CAP CHI 217CARAÍBA METAIS BRA 401CARAMURU BRA 457CARBONES DEL CERREJÓN COL 175CARGILL BRA 56CARGILL ARG 65CAROZZI CHI 447CARREFOUR ARG 129CARREFOUR COL 303CARREFOUR BRA 35CASAS BAHIA BRA 68CATERPILLAR BRA 189CBA BRA 340CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 51CCR BRA 361CCU CHI 344CEG BRA 453CELESC BRA 282CELG BRA 484CELPE BRA 434CEMENTOS CRUZ AZUL MÉX 364CEMEX MÉX 13CEMEX MÉXICO MÉX 107CEMIG BRA 86
CENCOSUD CHI 33CENCOSUD ARG 122CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 132CESP BRA 399CGE CHI 141CGE DISTRIBUCIÓN CHI 405CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO BRA 209CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL 298CHILECTRA CHI 248CHRYSLER ARG 420CHRYSLER MÉX 39CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA 270CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA 36CICSA MÉX 421CLARO TELECOM BRA 81CMPC CELULOSA CHI 375CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 139CMPC TISSUE CHI 446COAMO BRA 230COCA-COLA FEMSA MÉX 62COCA-COLA BRA 61CODELCO CHI 17CODENSA COL 373COELBA BRA 318COELCE BRA 470COLBÚN CHI 366COLLAHUASI CHI 159COMCEL COL 164COMERCIAL MEXICANA MÉX 108COMGÁS BRA 250COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 10COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 113COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 121COMPREBEM BRA 382CONECEL ECU 396CONFAB BRA 427CONSORCIO MINERO CORMIN PER 415CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 238CONSTRUCTORAS ICA MÉX 277CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 216CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 377CONTAX BRA 492CONTROLADORA MABE MÉX 104COPA AIRLINES PAN 330COPASA BRA 450COPEL BRA 178COPERSUCAR BRA 253CORPORACIÓN DURANGO MÉX 495CORPORACIÓN GEO MÉX 338CORPORATIVO FRAGUA MÉX 351CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 93COSAN BRA 212COSIPA BRA 147COSTCO MÉXICO MÉX 413COTEMINAS BRA 312CPFL - COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 229CPFL ENERGIA BRA 99CPFL PIRATININGA BRA 467CSN BRA 63CTI ARG 207CVG VENALUM VEN 417
DD&S CHI 118DANONE MÉX 247DANONE ARG 354DEACERO MÉX 267DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 131DESARROLLADORA HOMEX MÉX 311DISCO ARG 234DMA DISTRIBUIDORA BRA 499DOE RUN PER 342DOUX FRANGOSUL BRA 473DOW BRASIL BRA 269DOW QUÍMICA ARG 306DRUMMOND COL 308DUPONT BRASIL BRA 383DUPONT MÉXICO MÉX 458DURATEX BRA 471
EEASY ARG 480ECOPETROL COL 15EDITORA ABRIL BRA 468EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 124ELÉCTRICA DE CARACAS VEN 456ELECTRICARIBE COL 474ELECTROLUX DO BRASIL BRA 403ELEKTRO BRA 392ELETROBRÁS BRA 19ELETRONORTE BRA 258ELETROPAULO BRA 127EMBOTELLADORA ANDINA CHI 314EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 292EMBRAER BRA 78EMBRATEL BRA 98
EMPRESAS BANMÉDICA CHI 430EMPRESAS COPEC CHI 20EMPRESAS ICA MÉX 219EMPRESAS NAVIERAS CHI 316EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 252ENAMI CHI 285ENAP CHI 21ENDESA CHI 103ENDESA BRASIL BRA 199ENERGIAS DO BRASIL BRA 204ENERSIS CHI 29ENTEL CHI 251ENTEL PCS CHI 360EQUATORIAL BRA 418ESCONDIDA CHI 50ESSO BRA 95EXTRA BRA 106EXXONMOBIL COL 176
FFALABELLA CHI 67FALABELLA PERÚ PER 424FARMACIAS BENAVIDES MÉX 500FASA CHI 289FEMSA MÉX 22FERREYROS PER 497FERROMEX MÉX 452FIAT AUTOMÓVEIS BRA 49FLEXTRONICS MANUFACTURING MÉX 140FORD BRA 77FORD ARG 233FORD MOTOR COMPANY MÉX 69FOSFÉRTIL BRA 291FURNAS BRA 173
GGAFISA BRA 496GASCO CHI 461GASPETRO BRA 290GBARBOSA BRA 402GENERAL ELECTRIC BRA 120GENERAL ELECTRIC MÉX 166GENERAL MOTORS BRA 45GENERAL MOTORS ARG 236GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 332GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 25GERDAU BRA 11GERDAU AÇOMINAS BRA 177GERDAU AÇOS LONGOS BRA 100GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA 335GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES BRA 125GOL BRA 150GRUPO ABRIL BRA 334GRUPO ALFA MÉX 44GRUPO ANDRÉ MAGGI BRA 416GRUPO ARCELORMITTAL BRA 42GRUPO ARGOS COL 243GRUPO AUTOFIN MÉX 442GRUPO BAL MÉX 48GRUPO BAVARIA COL 180GRUPO BERTIN BRA 146GRUPO BIMBO MÉX 66GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 58GRUPO CARSO MÉX 75GRUPO CASA SABA MÉX 211GRUPO CLARÍN ARG 257GRUPO COIMEX BRA 297GRUPO CONDUMEX MÉX 197GRUPO CONTINENTAL MÉX 443GRUPO CORVI MÉX 322GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG PER 435GRUPO ELEKTRA MÉX 134GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES MÉX 304GRUPO FAMSA MÉX 395GRUPO GLORIA PER 469GRUPO IC C.RI 307GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 87GRUPO INDUSTRIAL LALA MÉX 137GRUPO ISA COL 356GRUPO KUO MÉX 256GRUPO MASECA MÉX 126GRUPO MÉXICO MÉX 85GRUPO MODELO MÉX 74GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL 239GRUPO OMNILIFE MÉX 345GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 437GRUPO PEPSICO MÉX 123GRUPO SALINAS MÉX 92GRUPO SALUDCOOP COL 319GRUPO SANBORNS MÉX 179GRUPO SCHINCARIOL BRA 419GRUPO SIMEC MÉX 168GRUPO TACA ELS 438GRUPO TELEVISA MÉX 114GRUPO ULTRA BRA 24GRUPO VILLACERO MÉX 305
ÍNDICE 500
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 87
1 Holding2 Estimado3 Vendas bruta4 Vendas anualizadas a junho5 Vendas anualizadas a setembro6 Filial do Grupo Carso7 Filial do América Movil8 Filial do Techint9 Filial do Wal-Mart México
10 Filial do Ternium11 Filial do Grupo Alfa12 Filial da Telmex13 Filial da CPFL Energia14 Filial da CBD15 Filial da Petrobras16 Filial da Empresas Copec17 Filial do Grupo Bal18 Filial do Antofagasta Holding19 Femsa Cerveza
Notas
GRUPO VITRO MÉX 205GRUPO VIZ MÉX 327GRUPO VOTORANTIM BRA 16GRUPO XIGNUX MÉX 191GUARARAPES - RIACHUELO BRA 472
HH-E-B SUPERMERCADOS MÉX 432HERINGER FERTILIZANTES BRA 281HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX 71HOCOL COL 431HOME DEPOT MÉX 201HONDA BRA 136HOSPITALES ÁNGELES MÉX 423HP BRASIL BRA 186HUACHIPATO CHI 325
IIBERDROLA DE MÉXICO MÉX 184IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDU. DE ÓLEOS BRA 372INDUSTRIAS BACHOCO MÉX 294INDUSTRIAS CH MÉX 145INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 109INFRAERO BRA 410INTEL C.RI 208INTEROCEÁNICA CHI 422IOCHP-MAXION BRA 481ITAIPU BINACIONAL BRA/PAR 115ITAMBÉ BRA 459ITAUTEC BRA 490IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS MÉX 172IUSACELL MÉX 477
JJBS FRIBOI BRA 18JUMBO CHI 349
KKIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 255KLABIN BRA 321KRAFT FOODS BRA 433
LLA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 299LAN CHI 90LG BRA 130LIGHT BRA 183LIQUIGÁS BRA 408LOCALIZA BRA 482LOJAS AMERICANAS BRA 138LOJAS RENNER BRA 441LOS PELAMBRES CHI 198LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 194
MM. DIAS BRANCO BRA 440MADECO CHI 381MAGAZINE LUIZA BRA 400MAHLE METAL LEVE BRA 479MAKRO BRA 228MALL PLAZA CHI 215MARCOPOLO BRA 390MARFRIG BRA 158MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA 276MASISA CHI 397MC DONALD´S BRA 301MEGA MÉX 273MET-MEX PEÑOLES MÉX 101MEXICANA DE AVIACIÓN MÉX 240MEXICHEM MÉX 188MINAS PEÑOLES MÉX 328MINERA ANTAMINA PER 144MINERA CERRO VERDE PER 232MINERA EL ABRA CHI 378MINERA MÉXICO MÉX 143MINERA SPENCE CHI 362MINERA VALPARAÍSO CHI 363MINERA YANACOCHA PER 266MINERA ZALDÍVAR CHI 454MINERVA BRA 445MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 182MOLYMET CHI 171MOSAIC FERTILIZANTES BRA 261MOVISTAR VEN 105MOVISTAR MÉX 185MOVISTAR ARG 192MOVISTAR CHI 329MOVISTAR COL 367MOVISTAR PER 398MRS BRA 337
NNACIONAL DE DROGAS MÉX 196NATURA BRA 278NEMAK MÉX 174NEOENERGIA BRA 156
NESTLÉ BRA 76NESTLÉ DE MÉXICO MÉX 142NET BRASIL BRA 275NEXTEL BRA 320NEXTEL DE MÉXICO MÉX 200NISSAN MEXICANA MÉX 30NOKIA BRA 160NOKIA MÉX 295NORBERTO ODEBRECHT BRA 54
OOCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 498ODEBRECHT BRA 14OI CELULAR BRA 195OLÍMPICA COL 387ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 55ORGANIZACIÓN TERPEL COL 148OXITENO BRA 466OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 116
PPAN AMERICAN ENERGY ARG 242PÃO DE AÇÚCAR BRA 296PARANAPANEMA BRA 283PARIS CHI 463PATAGONIA ARG 412PDVSA VEN 1PEMEX MÉX 2PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 9PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 70PEMEX REFINACIÓN MÉX 4PEQUIVEN VEN 34PERDIGÃO BRA 82PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER 455PERUPETRO PER 279PETROBRAS BRA 3PETROBRAS COL 494PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 7PETROBRAS ENERGÍA ARG 94PETROECUADOR ECU 27PETROPERÚ PER 157PEUGEOT - CITROËN ARG 244PHILIP MORRIS DE MÉXICO MÉX 213PHILIPS MEXICANA MÉX 259PIRELLI PNEUS BRA 264PONTO FRIO - GLOBEX BRA 268POSITIVO INFORMÁTICA BRA 465PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA 491PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO MÉX 202PROFARMA BRA 388
QQUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 272QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS (EX-PETROQUÍMICA UNIÃO) BRA 370QUIÑENCO CHI 359
RRANDON BRA 323RECOPE C.RI 154REDE ENERGIA BRA 249REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA 96REFINERÍA DE CARTAGENA COL 149RENAULT BRA 221RENAULT ARGENTINA ARG 439REPSOL YPF PERÚ PER 102RHODIA BRA 348RIPLEY CHI 265
SSABESP BRA 151SADIA BRA 89SALFACORP CHI 429SAMARCO MINERAÇÃO BRA 237SAM’S CLUB MÉX 84SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 155SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO MÉX 135SANTA ISABEL CHI 343SCANIA BRA 353SEARS MÉX 313SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 339SHELL BRA 38SHELL CAPSA ARG 226SIDERAR ARG 181SIEMENS BRASIL BRA 300SIEMENS MÉXICO MÉX 347SIGDO KOPPERS CHI 352SIGMA MÉX 227SIVENSA VEN 357SODIMAC CHI 241SONY DE MÉXICO MÉX 341SOTREQ BRA 485SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 153SOUZA CRUZ BRA 187SQM CHI 235SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 80SUPERAMA MÉX 448
SUPERMERCADOS LA FAVORITA ECU 346SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 246SUZANO PETROQUÍMICA BRA 489
TTAM BRA 91TECHINT ARG 8TELCEL MÉX 32TELECOM ARG 133TELEFÔNICA BRA 26TELEFÓNICA CHILE CHI 385TELEFÓNICA COLOMBIA COL 223TELEFÓNICA DE ARGENTINA ARG 309TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 190TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 40TELEMAR BRA 47TELESP BRA 57TELMEX INTERNACIONAL MÉX 73TENARIS ARG 23TERNIUM ARG 43TIENDAS COMERCIAL MEXICANA MÉX 407TIENDAS SANBORNS MÉX 411TIGRE - TUBOS E CONEXÕES BRA 487TIM PARTICIPAÇÕES BRA 72TOYOTA ARG 280TOYOTA MÉX 288TRACTEBEL BRA 287TRANSPETRO BRA 271TUPY BRA 493
UUCP BACKUS & JOHNST PER 475ULTRAFÉRTIL BRA 462ULTRAGAZ BRA 379UNILEVER DE MÉXICO MÉX 369UNIPAR BRA 220URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 389USIMINAS BRA 59USIMINAS IPATINGA BRA 112UTE URU 464
VVALE BRA 5VITRO ENVASES MÉX 302VITRO VIDRIO PLANO MÉX 355VIVO BRA 60VOLKSWAGEN BRA 28VOLKSWAGEN ARG 193VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 46VOLVO BRA 152VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 333VOTORANTIM CIMENTOS BRA 167VRG - LINHAS AÉREAS BRA 386
WWAL-MART BRA 53WAL-MART DE MÉXICO MÉX 12WAL-MART SUPERCENTER MÉX 79WEG BRA 222WHIRLPOOL BRA 169WHIRLPOOL MÉXICO MÉX 391WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA 426
XXSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 284
YYARA FERTILIZANTES BRA 336YPF ARG 31
ZZAFFARI E BOURBON BRA 486
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
1 3 PDVSA (1) VEN Petróleo/Gás 126.364,0 97.118,0 30,1 9.413,0 6.273,0 50,1 9.356,0 6.172,0 51,6
2 1 PEMEX (1) MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 104.368,6 -7,9 -7.906,2 -1.677,2 -371,4 47.776,4 61.035,4 -21,7
3 2 PETROBRAS (1) BRA Petróleo/Gás 92.049,0 96.300,9 -4,4 14.115,4 12.144,6 16,2 26.601,7 27.232,9 -2,3
4 4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 43.494,0 -8,6 -8.669,9 -4.218,0 -105,5 -19.617,7 -9.239,3 -112,3
5 5 VALE BRA Mineração 30.184,4 36.562,7 -17,4 9.105,5 11.294,3 -19,4 13.912,0 18.904,1 -26,4
6 6 AMÉRICA MÓVIL (1) MÉX Telecomunicaç ões 24.988,6 28.544,2 -12,5 4.345,7 5.367,3 -19,0 10.008,4 11.613,7 -13,8
7 8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15) BRA Petróleo/Gás 23.930,9 20.721,9 15,5 551,6 474,0 16,4 820,3 697,7 17,6
8 12 TECHINT (1) ARG Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 22.087,0 -0,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
9 11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 20.514,0 -4,1 164,3 455,0 -63,9 248,8 986,2 -74,8
10 9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia elétrica 19.570,0 20.665,9 -5,3 -1.415,8 -682,7 -107,4 N.D. 617,8 -
11 15 GERDAU (1) BRA Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 17.283,1 3,8 1.686,1 2.005,7 -15,9 4.236,7 3.461,1 22,4
12 10 WAL-MART DE MÉXICO (1) MÉX Comércio 17.705,9 20.610,3 -14,1 1.060,8 1.303,5 -18,6 1.726,9 2.051,9 -15,8
13 7 CEMEX (1) MÉX Cimento 17.581,8 21.681,5 -18,9 164,7 2.391,8 -93,1 3.524,1 4.591,1 -23,2
14 16 ODEBRECHT (1) BRA Multissetor 15.193,5 14.885,0 2,1 -357,8 254,0 -240,8 2.005,6 2.083,0 -3,7
15 29 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 10.924,7 37,8 5.164,8 2.533,9 103,8 6.554,5 7.128,0 -8,0
16 13 GRUPO VOTORANTIM (1) BRA Multissetor 15.011,9 17.144,6 -12,4 N.D. 2.708,5 - N.D. N.D. -
17 14 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 16.988,2 -15,1 1.566,8 2.981,6 -47,5 N.D. 3.816,2 -
18 50 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 12.982,6 7.983,7 62,6 11,1 -93,2 111,9 479,4 295,8 62,1
19 19 ELETROBRÁS BRA Energia elétrica 12.865,4 12.676,3 1,5 2.625,8 873,9 200,5 3.356,1 2.563,9 30,9
20 20 EMPRESAS COPEC (1) CHI Multissetor 12.818,2 12.331,8 3,9 603,1 1.014,4 -40,5 1.394,2 1.726,8 -19,3
21 40 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 9.019,3 35,1 -957,8 199,1 -581,1 N.D. 429,4 -
22 18 FEMSA (1) MÉX Bebidas 12.146,9 13.517,8 -10,1 484,9 779,7 -37,8 2.223,2 2.562,4 -13,2
23 34 TENARIS (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 10.042,0 20,8 2.124,8 2.076,1 2,3 3.560,8 3.472,0 2,6
24 26 GRUPO ULTRA (1) BRA Petróleo/Gás 12.095,8 11.246,7 7,5 167,0 102,7 62,6 465,9 444,2 4,9
25 27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 12.027,0 11.216,1 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
26 25 TELEFÔNICA BRA Telecomunicaç ões 11.962,3 11.261,5 6,2 N.D. N.D. - 4.669,0 4.498,7 3,8
27 53 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 7.700,4 41,3 5.072,4 2.969,5 70,8 N.D. 3.331,9 -
28 22 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 10.702,8 11.949,7 -10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
29 38 ENERSIS CHI Energia elétrica 10.570,9 9.452,4 11,8 907,4 379,9 138,9 4.045,3 3.390,3 19,3
30 32 NISSAN MEXICANA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 10.529,1 10.124,2 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
31 39 YPF ARG Petróleo/Gás 10.050,4 9.181,1 9,5 1.049,0 1.289,0 -18,6 3.296,8 3.405,7 -3,2
32 24 TELCEL MÉX Telecomunicaç ões 9.816,7 11.628,8 -15,6 4.532,5 N.D. - 5.144,6 6.196,8 -17,0
33 54 CENCOSUD (1) CHI Comércio 9.745,8 7.623,2 27,8 254,5 423,8 -39,9 709,8 656,8 8,1
34 147 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 6.500,0 49,1 N.D. 240,5 - N.D. N.D. -
35 47 CARREFOUR (3) BRA Comércio 9.614,9 8.254,1 16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
36 23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA Petróleo/Gás 9.605,6 11.753,0 -18,3 137,2 214,7 -36,1 258,1 235,6 9,6
37 41 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 9.521,1 8.780,1 8,4 0,9 -19,3 104,7 415,4 91,0 356,5
38 30 SHELL BRA Petróleo/Gás 9.185,7 10.277,0 -10,6 -209,9 69,6 -401,5 337,8 281,1 20,2
39 37 CHRYSLER (2) MÉX Automotivo/Autopeças 9.120,0 9.753,3 -6,5 N.D. 700,6 - N.D. 542,2 -
40 21 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 8.972,0 11.979,8 -25,1 1.458,7 3.250,8 -55,1 4.171,9 5.708,3 -26,9
41 28 AMBEV BRA Bebidas 8.942,9 11.092,5 -19,4 1.309,1 1.590,0 -17,7 3.869,7 4.902,9 -21,1
42 43 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 8.665,6 -2,0 609,9 1.709,3 -64,3 2.716,7 2.992,1 -9,2
43 48 TERNIUM (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 5.633,3 50,3 875,2 995,8 -12,1 N.D. 2.152,3 -
44 36 GRUPO ALFA (1) MÉX Multissetor 8.399,8 9.787,1 -14,2 -687,7 325,3 -311,4 757,5 980,0 -22,7
45 68 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 8.329,0 6.477,0 28,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
46 42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 8.140,0 8.673,0 -6,1 N.D. -93,3 - N.D. 401,3 -
47 31 TELEMAR BRA Telecomunicações 8.017,1 9.934,6 -19,3 493,9 1.309,5 -62,3 2.596,5 3.681,9 -29,5
48 52 GRUPO BAL (1) (2) MÉX Multissetor 7.930,0 7.773,6 2,0 N.D. 528,0 - N.D. N.D. -
49 49 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 7.897,9 8.173,2 -3,4 801,6 N.D. - 1.257,0 1.560,8 -19,5
50 33 ESCONDIDA CHI Mineração 7.760,2 10.289,7 -24,6 3.570,3 6.467,0 -44,8 4.619,6 8.367,7 -44,8
1 -
50
88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
131.832,0 71.513,0 13,2 7,1 7,4 77.292 Não E 122.488,0 96,9 pdvsa.com 1
88.696,4 1.936,0 -408,4 -8,9 -8,2 161.158 Sim E 46.763,4 48,7 pemex.com.mx 2
125.016,6 59.206,4 23,8 11,3 15,3 74.240 Sim E 19.299,2 21,0 petrobras.com.br 3
37.050,0 -1.135,9 - -23,4 -21,8 48.100 Não E 35,3 0,1 pemex.com.mx 4
79.494,9 41.195,8 22,1 11,5 30,2 62.490 Sim P 13.531,2 44,8 vale.com 5
31.676,4 10.370,3 41,9 13,7 17,4 52.879 Sim P - - americamovil.com 6
5.159,9 3.157,3 17,5 10,7 2,3 6.930 Não E 1.123,8 4,7 br.com.br 7
28.208,0 N.D. - - - 53.075 Não P - - techint.com 8
11.569,0 3.450,2 4,8 1,4 0,8 13.000 Não E 12.126,5 61,6 pemex.com.mx 9
56.950,1 30.196,4 -4,7 -2,5 -7,2 82.012 Não E - - cfe.gob.mx 10
25.267,7 8.629,2 19,5 6,7 9,4 42.133 Sim P 1.962,6 10,9 gerdau.com.br 11
8.564,2 5.369,7 19,8 12,4 6,0 170.014 Sim P* - - walmartmexico.com.mx 12
45.083,9 13.785,8 1,2 0,4 0,9 67.800 Sim P 17.500,0 99,5 cemex.com 13
17.799,4 945,0 -37,9 -2,0 -2,4 94.000 Não P 6.129,8 40,3 odebrecht.com.br 14
21.629,1 15.374,9 33,6 23,9 34,3 6.776 Sim E 4.218,1 28,0 ecopetrol.com.co 15
56.909,1 10.239,8 - - - 60.000 Não P 1.023,4 6,8 votorantim.com 16
13.706,7 3.875,7 40,4 11,4 10,9 19.300 Não E 13.772,7 95,5 codelco.cl 17
6.887,6 2.624,9 0,4 0,2 0,1 60.000 Sim P 1.265,5 9,7 friboi.com.br 18
59.073,1 36.636,0 7,2 4,4 20,4 23.522 Sim E - - eletrobras.gov.br 19
11.855,9 7.656,3 7,9 5,1 4,7 14.792 Sim P 104,9 0,8 empresascopec.cl 20
4.872,1 261,3 -366,5 -19,7 -7,9 3.382 Não E 728,6 6,0 enap.cl 21
13.377,2 4.975,3 9,7 3,6 4,0 122.981 Sim P 4.205,0 34,6 femsa.com 22
15.100,7 8.176,6 26,0 14,1 17,5 23.530 Sim P - - tenaris.com 23
4.136,6 1.989,8 8,4 4,0 1,4 9.469 Sim P - - ultra.com.br 24
N.D. N.D. - - - 12.669 Não P* - - gm.com.mx 25
N.D. N.D. - - - 75.800 Não P* - - telefonica.com.br 26
5.982,3 4.592,3 110,5 84,8 46,6 N.D. Não E 6.914,6 63,6 petroecuador.com.ec 27
6.599,6 1.713,2 - - - 22.018 Não P* 2.001,9 18,7 volkswagen.com.br 28
22.888,9 5.876,9 15,4 4,0 8,6 12.733 Sim P* - - enersis.cl 29
N.D. N.D. - - - 8.889 Não P* - - nissan.com.mx 30
11.262,0 5.866,3 17,9 9,3 10,4 8.476 Sim P* - - ypf.com.ar 31
N.D. N.D. - - 46,2 14.500 Não P - - telcel.com.mx 32
8.773,6 3.705,0 6,9 2,9 2,6 96.000 Sim P - - cencosud.cl 33
N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - pequiven.com 34
N.D. N.D. - - - 67.900 Não P* - - carrefour.com.br 35
1.959,3 1.095,2 12,5 7,0 1,4 2.083 Não P - - ipiranga.com.br 36
4.270,4 934,2 0,1 0,0 0,0 5.389 Não P* 5.023,4 52,8 bunge.com.br 37
4.018,8 923,3 -22,7 -5,2 -2,3 1.630 Não P* 1.320,4 14,4 shell.com.br 38
N.D. N.D. - - - 11.100 Não P* 5.762,6 63,2 chryslerdemexico.com.mx 39
13.527,9 2.843,3 51,3 10,8 16,3 80.000 Sim P - - telmex.com.mx 40
15.947,8 7.393,3 17,7 8,2 14,6 39.300 Sim P* - - ambev.com.br 41
14.537,4 6.714,5 9,1 4,2 7,2 18.780 Sim P* 2.679,1 31,6 arcelormittal.com.br 42
10.671,1 5.561,4 15,7 8,2 10,3 16.000 Não P - - ternium.com 43
8.022,4 2.136,4 -32,2 -8,6 -8,2 50.992 Sim P 4.546,9 54,1 alfa.com.mx 44
N.D. N.D. - - - 21.000 Não P* 1.571,0 18,9 chevrolet.com.br 45
N.D. N.D. - - - 15.000 Sim P* 5.948,6 73,1 vw.com.mx 46
17.571,7 4.104,0 12,0 2,8 6,2 10.982 Sim P - - telemar.com.br 47
N.D. N.D. - - - 39.000 Não P - - bal.com.mx 48
3.152,6 602,4 133,1 25,4 10,1 14.097 Não P* 1.030,6 13,0 fi at.com.br 49
N.D. N.D. - - 46,0 3.100 Não P* 7.436,5 95,8 mineraescondida.cl 50
ECOPETROL A ESTATAL COLOMBIANA É UM CASO RARO ENTRE AS PETROLÍFERAS. REGISTROU AUMENTO DE VENDAS DE 37,8% E DUPLICOU SEU LUCRO.
JAVIER GUTIÉRREZ, PRESIDENTE Da ECOPETROL
ER
1 - 5
0
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 89
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
1 3 PDVSA (1) VEN Petróleo/Gás 126.364,0 97.118,0 30,1 9.413,0 6.273,0 50,1 9.356,0 6.172,0 51,6
2 1 PEMEX (1) MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 104.368,6 -7,9 -7.906,2 -1.677,2 -371,4 47.776,4 61.035,4 -21,7
3 2 PETROBRAS (1) BRA Petróleo/Gás 92.049,0 96.300,9 -4,4 14.115,4 12.144,6 16,2 26.601,7 27.232,9 -2,3
4 4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 43.494,0 -8,6 -8.669,9 -4.218,0 -105,5 -19.617,7 -9.239,3 -112,3
5 5 VALE BRA Mineração 30.184,4 36.562,7 -17,4 9.105,5 11.294,3 -19,4 13.912,0 18.904,1 -26,4
6 6 AMÉRICA MÓVIL (1) MÉX Telecomunicaç ões 24.988,6 28.544,2 -12,5 4.345,7 5.367,3 -19,0 10.008,4 11.613,7 -13,8
7 8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15) BRA Petróleo/Gás 23.930,9 20.721,9 15,5 551,6 474,0 16,4 820,3 697,7 17,6
8 12 TECHINT (1) ARG Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 22.087,0 -0,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
9 11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 20.514,0 -4,1 164,3 455,0 -63,9 248,8 986,2 -74,8
10 9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia elétrica 19.570,0 20.665,9 -5,3 -1.415,8 -682,7 -107,4 N.D. 617,8 -
11 15 GERDAU (1) BRA Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 17.283,1 3,8 1.686,1 2.005,7 -15,9 4.236,7 3.461,1 22,4
12 10 WAL-MART DE MÉXICO (1) MÉX Comércio 17.705,9 20.610,3 -14,1 1.060,8 1.303,5 -18,6 1.726,9 2.051,9 -15,8
13 7 CEMEX (1) MÉX Cimento 17.581,8 21.681,5 -18,9 164,7 2.391,8 -93,1 3.524,1 4.591,1 -23,2
14 16 ODEBRECHT (1) BRA Multissetor 15.193,5 14.885,0 2,1 -357,8 254,0 -240,8 2.005,6 2.083,0 -3,7
15 29 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 10.924,7 37,8 5.164,8 2.533,9 103,8 6.554,5 7.128,0 -8,0
16 13 GRUPO VOTORANTIM (1) BRA Multissetor 15.011,9 17.144,6 -12,4 N.D. 2.708,5 - N.D. N.D. -
17 14 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 16.988,2 -15,1 1.566,8 2.981,6 -47,5 N.D. 3.816,2 -
18 50 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 12.982,6 7.983,7 62,6 11,1 -93,2 111,9 479,4 295,8 62,1
19 19 ELETROBRÁS BRA Energia elétrica 12.865,4 12.676,3 1,5 2.625,8 873,9 200,5 3.356,1 2.563,9 30,9
20 20 EMPRESAS COPEC (1) CHI Multissetor 12.818,2 12.331,8 3,9 603,1 1.014,4 -40,5 1.394,2 1.726,8 -19,3
21 40 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 9.019,3 35,1 -957,8 199,1 -581,1 N.D. 429,4 -
22 18 FEMSA (1) MÉX Bebidas 12.146,9 13.517,8 -10,1 484,9 779,7 -37,8 2.223,2 2.562,4 -13,2
23 34 TENARIS (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 10.042,0 20,8 2.124,8 2.076,1 2,3 3.560,8 3.472,0 2,6
24 26 GRUPO ULTRA (1) BRA Petróleo/Gás 12.095,8 11.246,7 7,5 167,0 102,7 62,6 465,9 444,2 4,9
25 27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 12.027,0 11.216,1 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
26 25 TELEFÔNICA BRA Telecomunicaç ões 11.962,3 11.261,5 6,2 N.D. N.D. - 4.669,0 4.498,7 3,8
27 53 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 7.700,4 41,3 5.072,4 2.969,5 70,8 N.D. 3.331,9 -
28 22 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 10.702,8 11.949,7 -10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
29 38 ENERSIS CHI Energia elétrica 10.570,9 9.452,4 11,8 907,4 379,9 138,9 4.045,3 3.390,3 19,3
30 32 NISSAN MEXICANA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 10.529,1 10.124,2 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
31 39 YPF ARG Petróleo/Gás 10.050,4 9.181,1 9,5 1.049,0 1.289,0 -18,6 3.296,8 3.405,7 -3,2
32 24 TELCEL MÉX Telecomunicaç ões 9.816,7 11.628,8 -15,6 4.532,5 N.D. - 5.144,6 6.196,8 -17,0
33 54 CENCOSUD (1) CHI Comércio 9.745,8 7.623,2 27,8 254,5 423,8 -39,9 709,8 656,8 8,1
34 147 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 6.500,0 49,1 N.D. 240,5 - N.D. N.D. -
35 47 CARREFOUR (3) BRA Comércio 9.614,9 8.254,1 16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
36 23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA Petróleo/Gás 9.605,6 11.753,0 -18,3 137,2 214,7 -36,1 258,1 235,6 9,6
37 41 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 9.521,1 8.780,1 8,4 0,9 -19,3 104,7 415,4 91,0 356,5
38 30 SHELL BRA Petróleo/Gás 9.185,7 10.277,0 -10,6 -209,9 69,6 -401,5 337,8 281,1 20,2
39 37 CHRYSLER (2) MÉX Automotivo/Autopeças 9.120,0 9.753,3 -6,5 N.D. 700,6 - N.D. 542,2 -
40 21 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 8.972,0 11.979,8 -25,1 1.458,7 3.250,8 -55,1 4.171,9 5.708,3 -26,9
41 28 AMBEV BRA Bebidas 8.942,9 11.092,5 -19,4 1.309,1 1.590,0 -17,7 3.869,7 4.902,9 -21,1
42 43 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 8.665,6 -2,0 609,9 1.709,3 -64,3 2.716,7 2.992,1 -9,2
43 48 TERNIUM (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 5.633,3 50,3 875,2 995,8 -12,1 N.D. 2.152,3 -
44 36 GRUPO ALFA (1) MÉX Multissetor 8.399,8 9.787,1 -14,2 -687,7 325,3 -311,4 757,5 980,0 -22,7
45 68 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 8.329,0 6.477,0 28,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
46 42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 8.140,0 8.673,0 -6,1 N.D. -93,3 - N.D. 401,3 -
47 31 TELEMAR BRA Telecomunicações 8.017,1 9.934,6 -19,3 493,9 1.309,5 -62,3 2.596,5 3.681,9 -29,5
48 52 GRUPO BAL (1) (2) MÉX Multissetor 7.930,0 7.773,6 2,0 N.D. 528,0 - N.D. N.D. -
49 49 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 7.897,9 8.173,2 -3,4 801,6 N.D. - 1.257,0 1.560,8 -19,5
50 33 ESCONDIDA CHI Mineração 7.760,2 10.289,7 -24,6 3.570,3 6.467,0 -44,8 4.619,6 8.367,7 -44,8
1 -
50
88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
5.795,5 2.314,0 4,8 1,9 1,4 70.656 Sim P - - grupopaodeacucar.com.br 51
9.714,1 1.574,6 -67,7 -11,0 -13,9 4.300 Sim P 1.223,8 15,9 braskem.com.br 52
N.D. N.D. - - - 70.000 Não P* - - wal-martbrasil.com 53
6.141,5 1.074,1 23,5 4,1 3,6 81.991 Não P 551,3 7,8 odebrecht.com 54
4.799,4 2.106,0 5,9 2,6 1,8 44.000 Sim P - - soriana.com.mx 55
2.490,5 122,2 -134,2 -6,6 -2,4 26.622 Não P* 2.205,2 32,2 cargill.com.br 56
8.554,6 4.298,5 24,1 12,1 15,1 6.057 Sim P* - - telesp.com.br 57
N.D. N.D. - - - 59.500 Não P - - camargocorrea.com.br 58
11.801,5 6.430,9 21,5 11,7 20,5 29.784 Sim P 450,9 6,7 usiminas.com.br 59
10.177,6 3.537,7 4,7 1,6 2,5 8.386 Sim P* - - vivo.com.br 60
N.D. N.D. - - - 38.000 Não P* - - coca-cola.com 61
7.081,7 4.042,1 10,0 5,7 6,7 68.065 Sim P - - cocacola-femsa.com.mx 62
13.477,7 2.850,9 86,7 18,3 41,2 16.200 Sim P 538,4 9,0 csn.com.br 63
N.D. N.D. - - - 60.038 Não P* - - walmartmexico.com.mx 64
N.D. N.D. - - - 4.400 Não P* 5.671,7 95,0 cargill.com.ar 65
4.229,5 2.477,0 12,6 7,4 5,2 81.320 Sim P 1.959,4 32,9 grupobimbo.com.mx 66
7.025,2 2.786,6 11,5 4,6 5,4 67.271 Sim P 3,7 0,1 falabella.cl 67
N.D. N.D. - - - 58.000 Não P - - casasbahia.com.br 68
N.D. N.D. - - - 5.300 Não P* - - ford.com.mx 69
7.050,0 1.742,9 -77,7 -19,2 -23,3 N.D. Não E 1.856,0 31,9 pemex.com.mx 70
N.D. N.D. - - - 5.750 Não P* - - hp.com.mx 71
6.948,9 3.333,5 2,3 1,1 1,4 10.296 Não P* - - timbrasil.com.br 72
9.607,5 5.624,1 7,1 4,2 7,3 N.D. Sim P - - telmexinternacional.com 73
7.640,7 4.469,2 14,6 8,5 12,0 38.402 Sim P 2.298,1 42,2 gmodelo.com.mx 74
6.585,9 3.314,3 14,3 7,2 8,7 81.000 Sim P 884,9 16,3 gcarso.com.mx 75
N.D. N.D. - - - 17.670 Não P* 347,5 6,5 nestle.com.br 76
N.D. N.D. - - - 10.200 Não P* 1.341,1 25,1 ford.com.br 77
9.199,5 2.554,8 7,2 2,0 3,7 23.509 Sim P 5.020,0 99,9 embraer.com.br 78
N.D. N.D. - - - 47.060 Não P* - - walmartmexico.com.mx 79
1.884,1 833,9 -4,7 -2,1 -0,8 7.187 Sim P 50,0 1,0 csav.cl 80
7.303,6 3.190,3 13,1 5,7 8,5 8.700 Não P* - - claro.com.br 81
4.800,8 1.758,9 1,3 0,5 0,5 58.000 Sim P 1.841,3 37,8 perdigao.com.br 82
7.561,1 2.670,5 16,5 5,8 9,1 5.217 Sim P* - - brasiltelecom.com.br 83
N.D. N.D. - - - 23.039 Não P* - - sams.com.mx 84
8.828,4 4.351,2 24,7 12,2 23,0 19.230 Sim P 3.255,2 69,5 gmexico.com 85
10.415,7 4.001,6 20,2 7,8 17,3 11.000 Sim P* - - cemig.com.br 86
4.718,6 809,9 11,7 2,0 2,0 N.D. Sim P 863,0 18,6 grupoimsa.com 87
5.534,6 2.059,4 33,0 12,3 14,8 N.D. Sim P - - cantv.com.ve 88
5.844,7 175,8 -604,8 -18,2 -23,2 52.000 Sim P 2.424,2 52,8 sadia.com.br 89
4.962,1 1.131,0 30,0 6,8 7,4 15.797 Sim P 333,9 7,3 lan.com 90
5.658,5 268,8 -216,5 -10,3 -12,8 24.315 Sim P - - tam.com.br 91
N.D. N.D. - - - 45.000 Não P - - gruposalinas.com.mx 92
2.907,5 1.328,5 25,8 11,8 7,7 112.000 Não E - - correios.com.br 93
6.665,7 2.578,4 8,7 3,4 5,1 5.000 Sim P* - - pecom.com.ar 94
N.D. N.D. - - - 2.000 Não P* 427,3 10,0 esso.com.br 95
2.487,8 99,4 -612,0 -24,5 -14,3 832 Não P 528,2 12,5 refap.com.br 96
N.D. N.D. - - - 1.100 Não P* 3.771,0 90,0 bungeargentina.com 97
6.497,8 3.572,2 7,3 4,0 6,3 16.288 Sim P* - - embratel.com.br 98
6.950,4 2.147,5 25,4 7,9 13,1 7.200 Sim P - - cpfl .com.br 99
4.222,5 2.359,6 26,3 14,7 15,5 N.D. Não P 482,5 12,1 gerdau.com.br 100
LAN O AUMENTO DE 30,1% EM SUAS VENDAS A TRANSFORMOU NA MAIOR COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA LATINA E NA QUE MAIS GANHA: US$ 339,7 MILHÕES DE LUCRO.
N O AUMA
LLLALLLLLLLLL NLAN
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0
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 91
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
51 45 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR (1) BRA Comércio 7.716,4 8.413,5 -8,3 111,4 119,1 -6,5 561,2 579,2 -3,1
52 35 BRASKEM BRA Petroquímica 7.684,9 9.981,0 -23,0 -1.066,4 309,1 -445,0 1.052,1 1.672,3 -37,1
53 44 WAL-MART (3) BRA Comércio 7.252,9 8.456,3 -14,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
54 92 NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 7.092,2 4.827,0 46,9 252,0 253,5 -0,6 989,9 497,6 98,9
55 73 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX Comércio 6.912,6 5.972,2 15,7 124,6 287,2 -56,6 439,8 497,4 -11,6
56 58 CARGILL BRA Agroindústria 6.853,9 7.146,5 -4,1 -164,0 -79,5 -106,3 N.D. N.D. -
57 46 TELESP BRA Telecomunicações 6.837,4 8.314,5 -17,8 1.035,5 1.334,0 -22,4 2.780,0 3.509,9 -20,8
58 74 GRUPO CAMARGO CORRÊA (1) (2)(3) BRA Multissetor 6.791,0 5.955,6 14,0 N.D. 677,0 - N.D. 1.077,2 -
59 51 USIMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 6.720,8 7.804,9 -13,9 1.379,7 1.790,7 -23,0 2.503,7 2.914,9 -14,1
60 59 VIVO BRA Telecomunicações 6.619,5 7.052,7 -6,1 166,7 -56,1 397,1 1.935,7 1.706,6 13,4
61 64 COCA-COLA (3) BRA Bebidas 6.418,5 6.764,0 -5,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
62 70 COCA-COLA FEMSA MÉX Bebidas 5.998,6 6.344,2 -5,4 404,7 632,9 -36,1 1.237,5 1.322,3 -6,4
63 69 CSN BRA Siderurgia/Metalurgia 5.991,8 6.459,1 -7,2 2.470,8 1.649,8 49,8 4.470,3 2.663,5 67,8
64 65 BODEGA AURRERÁ (9) MÉX Comércio 5.975,4 6.742,0 -11,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
65 94 CARGILL ARG Agroindústria 5.970,2 4.721,9 26,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
66 67 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 5.951,0 6.723,8 -11,5 312,3 354,8 -12,0 710,6 801,0 -11,3
67 78 FALABELLA (1) CHI Comércio 5.924,5 5.718,6 3,6 321,1 437,8 -26,7 689,3 742,1 -7,1
68 55 CASAS BAHIA (3) BRA Comércio 5.896,4 7.327,7 -19,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
69 56 FORD MOTOR COMPANY (2) MÉX Automotivo/Autopeças 5.885,4 7.303,0 -19,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
70 83 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 5.809,5 5.305,0 9,5 -1.354,9 -1.358,0 0,2 -1.323,8 -1.192,2 -11,0
71 88 HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX Eletrônica 5.704,8 5.052,1 12,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
72 61 TIM PARTICIPAÇÕES (1) BRA Telecomunicações 5.597,3 7.029,2 -20,4 77,1 38,6 99,7 1.240,7 1.621,4 -23,5
73 - TELMEX INTERNACIONAL (12) MÉX Telecomunicações 5.494,6 N.D. - 400,2 N.D. - 1.293,4 N.D. -
74 66 GRUPO MODELO MÉX Bebidas 5.448,2 6.678,0 -18,4 651,7 870,6 -25,1 1.646,8 2.193,2 -24,9
75 62 GRUPO CARSO (1) MÉX Multissetor 5.430,0 6.868,4 -20,9 473,2 1.782,7 -73,5 628,0 1.056,0 -40,5
76 60 NESTLÉ BRA Alimentos 5.369,4 7.045,8 -23,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
77 76 FORD (2) BRA Automotivo/Autopeças 5.350,3 5.770,4 -7,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
78 79 EMBRAER BRA Aeroespacial 5.026,4 5.636,2 -10,8 183,5 370,9 -50,5 641,8 501,6 28,0
79 81 WAL-MART SUPERCENTER (9) MÉX Comércio 4.987,6 5.583,8 -10,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
80 105 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI Transporte/Logística 4.943,9 4.150,3 19,1 -39,1 116,9 -133,4 -97,2 93,3 -204,2
81 80 CLARO TELECOM BRA Telecomunicaç ões 4.932,6 4.732,0 4,2 418,0 N.D. - 1.165,6 1.413,0 -17,5
82 119 PERDIGÃO BRA Alimentos 4.875,1 3.744,9 30,2 23,3 181,4 -87,2 469,3 453,2 3,6
83 71 BRASIL TELECOM (1) BRA Telecomunicações 4.833,9 6.243,2 -22,6 440,7 450,1 -2,1 1.677,0 2.153,4 -22,1
84 77 SAM’S CLUB (9) MÉX Comércio 4.789,3 5.733,8 -16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
85 57 GRUPO MÉXICO MÉX Mineração 4.681,7 7.282,2 -35,7 1.075,5 1.681,7 -36,0 2.413,1 4.501,8 -46,4
86 75 CEMIG BRA Energia Elétrica 4.660,0 5.784,4 -19,4 807,5 979,8 -17,6 1.754,2 2.299,3 -23,7
87 185 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX Siderurgia/Metalurgia 4.646,1 2.453,4 89,4 95,0 120,8 -21,4 759,4 271,9 179,3
88 111 CANTV VEN Telecomunicações 4.594,3 3.869,6 18,7 679,6 476,2 42,7 493,9 790,9 -37,6
89 91 SADIA BRA Alimentos 4.590,8 4.868,3 -5,7 -1.063,3 389,0 -373,3 485,5 562,7 -13,7
90 124 LAN CHI Transporte/Logística 4.587,2 3.524,9 30,1 339,7 308,3 10,2 727,3 563,6 29,0
91 96 TAM BRA Transporte/Logística 4.532,3 4.601,8 -1,5 -582,0 72,8 -899,5 508,8 188,6 169,8
92 87 GRUPO SALINAS (1) MÉX Multissetor 4.463,2 5.185,9 -13,9 N.D. N.D. - 906,4 1.118,3 -19,0
93 84 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA Serviços Gerais 4.449,2 5.251,2 -15,3 342,8 467,4 -26,7 N.D. N.D. -
94 101 PETROBRAS ENERGÍA (15) ARG Petróleo/Gás 4.373,2 4.245,4 3,0 223,6 240,4 -7,0 925,6 868,5 6,6
95 86 ESSO (2) BRA Petróleo/Gás 4.279,0 5.197,0 -17,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
96 93 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA Petróleo/Gás 4.242,3 4.726,3 -10,2 -608,4 69,7 -973,3 -175,9 259,9 -167,7
97 172 BUNGE ARG Agroindústria 4.190,0 2.900,0 44,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
98 90 EMBRATEL BRA Telecomunicações 4.183,7 4.869,2 -14,1 262,2 474,7 -44,8 1.042,2 1.222,3 -14,7
99 82 CPFL ENERGiA BRA Energia Elétrica 4.153,1 5.312,2 -21,8 545,9 927,8 -41,2 1.241,3 2.015,3 -38,4
100 102 GERDAU AÇOS LONGOS BRA Siderurgia/Metalurgia 4.003,1 4.212,8 -5,0 621,6 527,1 17,9 N.D. N.D. -
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00
90 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
N.D. N.D. - - - 2.250 Não P - - penoles.com.mx 101
885,2 221,2 -35,8 -8,9 -2,0 N.D. Sim P* 824,4 20,7 relapasa.com.pe 102
11.353,1 3.758,5 18,7 6,2 17,8 2.240 Sim P* - - endesa.cl 103
N.D. N.D. - - - 22.350 Não P 2.925,8 74,1 mabe.com.mx 104
N.D. N.D. - - - 6.700 Não P* - - movistar.com.ve 105
N.D. N.D. - - - 26.292 Não P - - extra.com.br 106
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - cemexmexico.com 107
3.659,0 1.077,5 -49,3 -14,5 -13,8 40.500 Sim P - - comercialmexicana.com 108
3.810,7 1.895,1 25,8 12,8 12,8 7.870 Sim P 2.778,1 72,5 penoles.com.mx 109
2.890,0 1.701,0 5,5 3,2 2,5 4.087 Não P 1.957,6 52,6 alfa.com.mx 110
8.853,8 5.623,2 8,5 5,4 13,0 36.000 Não P 1.573,7 42,7 celarauco.cl 111
9.821,5 6.465,9 21,5 14,2 38,1 8.000 Não P - - usiminas.com.br 112
7.790,4 1.482,3 18,2 3,5 7,5 N.D. Sim P - - energiapaulista.com.br 113
8.883,8 3.039,4 18,6 6,4 16,3 17.810 Sim P 419,6 12,1 televisa.com.mx 114
20.060,6 100,0 881,9 4,4 25,8 1.500 Não E - - itaipu.gov.br 115
1.247,1 N.D. - 17,9 6,5 18.531 Não P - - oxxo.com.mx 116
2.830,6 1.014,6 8,0 2,9 2,4 3.800 Não P* 136,0 4,0 bunge.com.br 117
2.690,2 989,0 3,4 1,2 1,0 34.891 Sim P - - dys.cl 118
7.954,9 6.432,6 26,5 21,5 50,6 1.755 Sim P - - antofagasta.co.uk 119
N.D. N.D. - - - 6.490 Não P* - - ge.com.br 120
9.973,4 -658,1 - -14,3 -42,6 43.500 Não E - - lfc.gob.mx 121
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - jumbo.com.ar 122
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - pepsico.com 123
3.784,4 2.182,3 11,7 6,7 7,8 3.100 Sim P - - liverpool.com.mx 124
3.517,7 1.433,0 14,8 6,0 6,5 12.000 Não P - - globopar.com.br 125
3.210,3 398,4 -223,0 -27,7 -27,4 17.300 Sim P - - gruma.com 126
5.372,9 1.411,6 31,1 8,2 13,6 4.224 Sim P* - - eletropaulo.com.br 127
2.646,5 1.512,7 4,5 2,6 2,2 N.D. Sim P - - exito.com.co 128
N.D. N.D. - - - 12.052 Não P* - - carrefour.com.ar 129
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 141,7 4,6 //br.lge.com 130
N.D. N.D. - - - 61.000 Não P* - - delphi.com 131
4.756,7 N.D. - 8,2 12,7 25.991 Não P 281,7 9,2 ccm.com.mx 132
2.780,7 1.158,5 23,9 10,0 9,1 15.621 Sim P* - - telecom.com.ar 133
7.422,8 2.381,9 28,5 9,1 22,2 37.121 Sim P 375,9 12,3 elektra.com.mx 134
N.D. N.D. - - - 15.000 Não P* - - sanmina-sci.com 135
N.D. N.D. - - - 2.600 Não P* 285,8 9,4 honda.com.br 136
N.D. N.D. - - - 30.000 Não P - - lala.com.mx 137
2.814,7 137,6 36,3 1,8 1,7 13.459 Sim P - - americanas.com.br 138
7.655,9 5.166,9 4,0 2,7 6,9 12.567 Sim P 1.584,5 53,2 cmpc.cl 139
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - fl extronics.com 140
4.790,1 1.243,8 13,6 3,5 5,8 6.224 Sim P - - cge.cl 141
N.D. N.D. - - - 6.500 Não P* - - nestle.com.mx 142
N.D. N.D. - - - 8.420 Não P - - mineramexico.com 143
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 2.846,1 100,0 antamina.com 144
2.577,9 1.546,9 12,1 7,3 6,6 5.315 Sim P - - industriasch.com.mx 145
4.565,2 1.357,3 -22,7 -6,8 -10,9 35.000 Não P 1.204,6 42,5 bertin.com.br 146
4.145,6 2.191,1 23,3 12,3 18,0 5.500 Não P* 636,9 22,5 cosipa.com.br 147
1.069,3 528,8 10,4 5,1 1,9 1.050 Não P - - terpel.com 148
1.381,5 1.155,4 -1,2 -1,0 -0,5 N.D. Não E - - refi car.com.co 149
2.820,8 558,0 -106,2 -21,0 -21,6 16.000 Sim P - - voegol.com.br 150
GENERAL ELECTRIC BRASIL É UM EXEMPLO DE QUE AS MULTINACIONAIS ENCONTRAM NA AMÉRICA LATINA O CRESCIMENTO QUE NÃO REGISTRAM NO RESTO DO MUNDO.
JEFFREY IMMELT, CEO DA GE
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JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 93
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
151 130 SABESP BRA Serviços básicos 2.717,9 3.370,9 -19,4 431,4 592,1 -27,1 1.168,9 1.523,7 -23,3
152 223 VOLVO (2) BRA Automotivo/Autopeças 2.713,4 2.029,2 33,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
153 72 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER Mineração 2.711,5 3.178,9 -14,7 1.092,4 1.409,3 -22,5 1.611,2 2.241,8 -28,1
154 210 RECOPE (2) C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 2.189,4 23,6 107,2 88,4 21,3 N.D. N.D. -
155 218 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA (2) BRA Eletrônica 2.699,0 2.100,0 28,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
156 132 NEOENERGIA BRA Energia elétrica 2.691,9 3.354,3 -19,7 630,8 756,5 -16,6 1.117,1 1.545,9 -27,7
157 143 PETROPERÚ PER Petróleo/Gás 2.664,3 2.489,7 7,0 91,3 109,8 -16,9 N.D. N.D. -
158 241 MARFRIG BRA Agroindústria 2.654,6 1.885,6 40,8 -15,2 48,0 -131,7 378,4 214,7 76,2
159 139 COLLAHUASI CHI Mineração 2.650,3 3.228,3 -17,9 1.146,5 1.824,9 -37,2 1.410,0 2.411,3 -41,5
160 364 NOKIA BRA Eletrônica 2.647,0 1.850,0 43,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
161 129 ARCELORMITTAL TUBARÃO BRA Siderurgia/Metalurgia 2.634,3 3.373,3 -21,9 496,3 1.015,6 -51,1 N.D. N.D. -
162 154 ALMACENES COPPEL MÉX Comércio 2.632,9 2.913,3 -9,6 257,3 250,8 2,6 433,1 389,4 11,2
163 183 ALTOS HORNOS DE MÉXICO MÉX Siderurgia/Metalurgia 2.581,5 2.508,1 2,9 354,2 181,3 95,4 808,4 549,4 47,1
164 168 COMCEL (7) COL Telecomunicações 2.580,6 2.700,8 -4,5 483,8 366,7 31,9 1.185,1 1.315,4 -9,9
165 179 AEROP. Y SERV. AUXILIARES MÉX Serviços gerais 2.576,1 2.528,0 1,9 -6,2 48,1 -112,9 -8,4 65,2 -112,9
166 190 GENERAL ELECTRIC MÉX Eletrônica 2.569,0 2.388,0 7,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
167 137 VOTORANTIM CIMENTOS BRA Cimento 2.567,8 3.257,4 -21,2 234,3 N.D. - N.D. N.D. -
168 206 GRUPO SIMEC MÉX Siderurgia/Metalurgia 2.543,8 2.208,4 15,2 145,2 140,1 3,6 293,0 246,4 18,9
169 144 WHIRLPOOL BRA Eletrônica 2.535,1 3.151,7 -19,6 283,6 268,5 5,6 442,5 492,6 -10,2
170 317 ACEITERA GENERAL DEHEZA (2) ARG Agroindústria 2.506,0 1.396,3 79,5 N.D. 28,5 - N.D. N.D. -
171 171 MOLYMET CHI Siderurgia/Metalurgia 2.505,9 2.653,3 -5,6 71,2 151,1 -52,9 161,3 233,4 -30,9
172 181 IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS (2) MÉX Manufatura 2.484,0 2.520,9 -1,5 N.D. -48,0 - N.D. N.D. -
173 160 FURNAS BRA Energia elétrica 2.469,7 2.877,6 -14,2 194,5 381,3 -49,0 N.D. N.D. -
174 153 NEMAK (11) MÉX Automotivo/Autopeças 2.379,4 2.961,1 -19,6 -298,9 105,0 -384,7 248,9 306,9 -18,9
175 481 CARBONES DEL CERREJÓN COL Mineração 2.367,0 1.499,3 57,9 600,7 309,6 94,0 1.056,3 614,3 72,0
176 188 EXXONMOBIL COL Petróleo/Gás 2.366,6 2.437,2 -2,9 25,4 17,4 46,0 N.D. N.D. -
177 267 GERDAU AÇOMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 2.365,7 1.747,4 35,4 289,9 241,3 20,1 N.D. N.D. -
178 148 COPEL BRA Energia elétrica 2.335,8 3.061,1 -23,7 461,6 624,7 -26,1 792,1 1.145,7 -30,9
179 162 GRUPO SANBORNS (6) MÉX Comércio 2.335,5 2.843,8 -17,9 154,1 216,2 -28,7 317,1 444,8 -28,7
180 186 GRUPO BAVARIA COL Bebidas 2.322,0 2.452,0 -5,3 266,8 339,8 -21,5 842,0 1.177,8 -28,5
181 224 SIDERAR ARG Siderurgia/Metalurgia 2.320,3 2.021,0 14,8 393,9 427,9 -7,9 514,5 489,8 5,0
182 235 MOLINOS RÍO DE LA PLATA (1) ARG Agroindústria 2.307,8 1.784,3 29,3 59,8 101,7 -41,2 190,6 181,6 5,0
183 163 LIGHT BRA Energia elétrica 2.304,9 2.818,5 -18,2 417,0 608,2 -31,4 652,8 623,8 4,6
184 189 IBERDROLA DE MÉXICO (2) MÉX Energia elétrica 2.300,0 2.428,9 -5,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
185 219 MOVISTAR MÉX Telecomunicações 2.298,9 2.088,4 10,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
186 225 HEWLETT-PACKARD BRASIL (2)(3) BRA Eletrônica 2.292,7 2.002,0 14,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
187 166 SOUZA CRUZ BRA Agroindústria 2.268,1 2.736,3 -17,1 534,7 512,7 4,3 740,7 771,6 -4,0
188 215 MEXICHEM MÉX Petroquímica 2.266,0 2.108,6 7,5 10,2 167,0 -93,9 381,0 398,9 -4,5
189 243 CATERPILLAR (2) BRA Máquinas/Equip. 2.251,3 1.870,0 20,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
190 299 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER Telecomunicações 2.246,7 1.469,1 52,9 156,6 -30,3 616,8 877,8 454,5 93,1
191 120 GRUPO XIGNUX (1) MÉX Multissetor 2.234,7 2.691,4 -17,0 24,3 96,2 -74,7 222,2 312,4 -28,9
192 226 MOVISTAR ARG Telecomunicações 2.234,1 1.991,4 12,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
193 217 VOLKSWAGEN (2) ARG Automotivo/Autopeças 2.233,4 2.101,0 6,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
194 202 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA Agroindústria 2.228,6 2.235,8 -0,3 27,7 269,8 -89,7 N.D. N.D. -
195 192 OI CELULAR BRA Telecomunicações 2.228,3 2.364,0 -5,7 261,5 257,1 1,7 726,6 652,0 11,4
196 191 NACIONAL DE DROGAS (2) MÉX Química/Farmácia 2.200,0 2.380,2 -7,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
197 159 GRUPO CONDUMEX (1) (6) MÉX Manufatura 2.199,1 2.883,3 -23,7 58,6 250,0 -76,6 N.D. N.D. -
198 170 LOS PELAMBRES CHI Mineração 2.170,3 2.656,8 -18,3 1.020,9 1.741,4 -41,4 1.426,6 2.171,8 -34,3
199 165 ENDESA BRASIL BRA Energia elétrica 2.170,1 2.798,3 -22,4 244,0 323,0 -24,5 736,6 975,2 -24,5
200 245 NEXTEL DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 2.133,2 1.792,7 19,0 540,8 489,9 10,4 49,6 70,6 -29,7
15
1 -
20
0
94 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
8.781,8 4.489,7 9,6 4,9 15,9 16.941 Sim E - - sabesp.com.br 151
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 908,6 33,5 volvo.com.br 152
1.921,6 1.391,4 78,5 56,8 40,3 11.494 Sim P* 2.700,0 99,6 southernperu.com 153
N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - recope.go.cr 154
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 187,9 7,0 samsung.com.br 155
6.776,8 3.455,6 18,3 9,3 23,4 5.100 Não P* - - neoenergia.com 156
N.D. 389,0 23,5 - 3,4 1.754 Não E 479,6 18,0 petroperu.com 157
3.917,5 1.168,1 -1,3 -0,4 -0,6 39.000 Sim P 333,0 12,5 marfrig.com.br 158
2.991,2 1.662,7 69,0 38,3 43,3 N.D. Não P* 2.388,5 90,1 collahuasi.cl 159
N.D. N.D. - - - 8.557 Não P* 457,6 17,3 nokia.com.br 160
N.D. 112,7 440,4 349,9 18,8 4.600 Não P* 1.786,8 67,8 arcelormittal.com/br/tubarao 161
2.586,2 1.302,7 19,8 9,9 9,8 51.235 Sim P - - coppel.com.mx 162
3.816,2 1.347,9 26,3 9,3 13,7 19.031 Sim P - - ahmsa.com 163
3.343,6 1.856,9 26,1 14,5 18,7 3.459 Não P* - - comcel.com.co 164
965,0 504,3 -1,2 -0,6 -0,2 2.232 Não E - - asa.gob.mx 165
N.D. N.D. - - - 11.686 Não P* - - ge.com.mx 166
5.700,0 1.302,3 18,0 4,1 9,1 11.000 Não P - - votorantim-cimentos.com 167
2.206,8 1.343,3 10,8 6,6 5,7 4.500 Sim P - - gsimec.com.mx 168
1.645,7 672,8 42,2 17,2 11,2 12.000 Sim P* 709,4 28,0 whirlpool.com.br 169
N.D. N.D. - - - 2.109 Não P 1.225,0 48,9 agd.com.ar 170
1.162,6 497,9 14,3 6,1 2,8 1.300 Sim P 1.687,0 67,3 molymet.cl 171
N.D. N.D. - - - 8.500 Não P - - grupo-iusa.com 172
8.681,8 5.854,3 3,3 2,2 7,9 4.724 Não E - - furnas.com.br 173
3.158,7 993,3 -30,1 -9,5 -12,6 15.000 Não P 2.199,9 92,5 alfa.com.mx 174
1.813,3 1.299,3 46,2 33,1 25,4 4.970 Não P 2.175,2 91,9 cerrejoncoal.com 175
492,9 210,0 12,1 5,2 1,1 N.D. Não P* - - exxon.com 176
N.D. N.D. - - 12,3 5.650 Não P 1.480,1 62,6 acominas.com.br 177
5.671,2 3.445,9 13,4 8,1 19,8 8.518 Sim E - - copel.com.br 178
N.D. N.D. - - 6,6 38.500 Não P - - sanborns.com.mx 179
4.638,9 2.237,8 11,9 5,8 11,5 8.647 Não P* 34,3 1,5 bavaria.com.co 180
2.814,1 2.076,0 19,0 14,0 17,0 5.364 Sim P - - siderar.com.ar 181
1.068,4 337,3 17,7 5,6 2,6 3.647 Sim P - - molinos.com.ar 182
4.048,8 1.199,7 34,8 10,3 18,1 3.732 Sim P* - - light.com.br 183
N.D. N.D. - - - 500 Não P* - - iberdrola.es 184
N.D. N.D. - - - 16.600 Não P* - - movistar.com.mx 185
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - hp.com.br 186
1.546,3 910,7 58,7 34,6 23,6 6.000 Sim P* 564,0 24,9 souzacruz.com.br 187
2.397,5 592,3 1,7 0,4 0,5 8.250 Sim P - - mexichem.com.mx/ 188
N.D. N.D. - - - 5.145 Não P* 1.394,0 61,9 caterpillar.com.br 189
3.695,0 1.281,1 12,2 4,2 7,0 N.D. Sim P* - - telefonica.com.pe 190
1.659,2 393,0 6,2 1,5 1,1 35.000 Sim P 1.895,8 84,8 xignux.com 191
N.D. N.D. - - - 3.654 Não P* - - movistar.com.ar 192
N.D. N.D. - - - 3.621 Não P* - - volkswagen.com.ar 193
1.933,1 589,2 4,7 1,4 1,2 16.050 Não P* 1.759,1 78,9 ldcommodities.com.br 194
5.173,1 3.768,5 6,9 5,1 11,7 N.D. Não P* - - telemar.com.br 195
N.D. N.D. - - - 5.250 Não P - - nadro.com 196
N.D. N.D. - - 2,7 31.000 Não P - - condumex.com.mx 197
2.866,0 1.826,1 55,9 35,6 47,0 N.D. Não P 2.077,6 95,7 lospelambres.cl 198
5.010,5 1.794,2 13,6 4,9 11,2 3.000 Não P* - - endesabrasil.com.br 199
N.D. N.D. - - 25,4 6.455 Não P* - - nextel.com.mx 200
MEXICHEM A PETROQUÍMICA MEXICANA MANTEVE A ONDA DE AQUISIÇ ÕES DOS ÚLTIMOS ANOS. CRESCEU 7,5% EM UM SETOR QUE DECLINOU.
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JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 95
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
201 197 HOME DEPOT (2) MÉX Comércio 2.120,0 2.280,9 -7,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
202 200 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 2.110,0 2.250,9 -6,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
203 230 AEROMÉXICO (CINTRA) (2) MÉX Transporte/Logística 2.100,0 1.945,4 7,9 N.D. -155,5 - N.D. -61,0 -
204 177 ENERGIAS DO BRASIL BRA Energia elétrica 2.098,5 2.548,1 -17,6 166,4 248,3 -33,0 583,4 634,0 -8,0
205 174 GRUPO VITRO MÉX Manufatura 2.097,5 2.619,3 -19,9 -409,2 N.D. - 229,9 377,0 -39,0
206 126 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES(1) BRA Multissetor 2.083,4 2.233,0 -6,7 29,1 117,7 -75,3 N.D. N.D. -
207 248 CTI (7) ARG Telecomunicações 2.076,3 1.845,1 12,5 558,9 N.D. - 704,1 506,0 39,1
208 220 INTEL C.RI Eletrônica 2.074,0 2.465,0 -15,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
209 201 CHESF - HIDRO. DO SÃO FCO. BRA Energia elétrica 2.065,2 2.243,8 -8,0 615,0 367,9 67,2 1.321,1 1.319,6 0,1
210 247 ARCOR ARG Alimentos 2.064,7 1.846,4 11,8 56,4 62,6 -9,9 N.D. N.D. -
211 195 GRUPO CASA SABA MÉX Comércio 2.051,9 2.314,1 -11,3 52,9 82,9 -36,2 83,2 104,9 -20,7
212 262 COSAN BRA Alimentos 2.038,2 1.772,5 15,0 -187,8 175,7 -206,9 206,1 144,1 43,0
213 212 PHILIP MORRIS DE MÉXICO (2) MÉX Agroindústria 2.035,0 2.164,4 -6,0 N.D. 276,8 - N.D. N.D. -
214 198 ANGLO AMERICAN SUR CHI Mineração 2.000,3 2.292,9 -12,8 864,1 1.309,5 -34,0 1.151,7 1.511,6 -23,8
215 - MALL PLAZA (2) CHI Comércio 2.000,0 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -
216 286 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 1.995,2 1.606,0 24,2 252,0 253,4 -0,6 N.D. N.D. -
217 289 CAP (1) CHI Siderurgia/Metalurgia 1.994,7 1.583,1 26,0 296,4 236,4 25,4 424,9 274,1 55,0
218 269 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 1.729,3 14,8 1.017,2 792,4 28,4 1.503,4 1.279,7 17,5
219 222 EMPRESAS ICA MÉX Construç ão 1.969,5 2.060,2 -4,4 32,7 -80,1 140,8 212,7 142,0 49,8
220 287 UNIPAR BRA Petroquímica 1.965,9 1.589,0 23,7 -65,2 81,9 -179,6 149,1 239,7 -37,8
221 204 RENAULT BRA Automotivo/Autopeças 1.959,9 2.227,7 -12,0 15,0 95,5 -84,3 N.D. N.D. -
222 214 WEG BRA Máquinas/Equip. 1.926,4 2.116,6 -9,0 239,8 324,6 -26,1 440,2 477,8 -7,9
223 221 TELEFÓNICA COLOMBIA COL Telecomunicações 1.912,7 2.058,1 -7,1 -72,0 -9,2 -682,6 664,0 687,6 -3,4
224 209 BASF BRA Química/Farmácia 1.909,4 2.193,5 -13,0 108,2 108,5 -0,4 N.D. N.D. -
225 233 ANCAP (2) URU Petróleo/Gás 1.900,4 1.942,0 -2,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
226 263 SHELL CAPSA ARG Petróleo/Gás 1.889,0 1.762,8 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
227 216 SIGMA (11) MÉX Alimentos 1.886,9 2.114,5 -10,8 -63,1 98,3 -164,2 207,6 179,4 15,7
228 203 MAKRO BRA Comércio 1.861,7 2.234,5 -16,7 42,6 52,0 -18,0 83,0 N.D. -
229 182 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA Energia elétrica 1.859,7 2.518,3 -26,2 252,6 462,3 -45,4 460,6 822,1 -44,0
230 255 COAMO BRA Alimentos 1.853,2 1.797,2 3,1 135,1 133,5 1,2 N.D. N.D. -
231 380 AMIL BRA Serviços de saúde 1.848,4 1.182,4 56,3 92,8 30,7 202,3 121,8 22,4 443,8
232 256 MINERA CERRO VERDE PER Mineração 1.835,9 1.794,6 2,3 718,4 804,7 -10,7 1.184,9 1.374,2 -13,8
233 250 FORD (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.822,9 1.835,5 -0,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
234 309 DISCO ARG Comércio 1.816,9 1.416,8 28,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
235 381 SQM CHI Mineração 1.794,8 1.187,5 51,1 507,3 180,0 181,8 752,1 358,0 110,1
236 278 GENERAL MOTORS (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.790,6 1.669,9 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
237 328 SAMARCO MINERAÇÃO BRA Mineração 1.788,3 1.367,5 30,8 453,5 541,7 -16,3 64,4 76,9 -16,3
238 306 CONST. E COM.CAMARGO CORRÊA BRA Construção 1.783,7 1.449,1 23,1 129,3 52,2 147,5 N.D. N.D. -
239 276 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL Alimentos 1.780,7 1.687,5 5,5 132,8 121,0 9,8 253,1 268,2 -5,6
240 251 MEXICANA DE AVIACIÓN (2) MÉX Transporte/Logística 1.780,0 1.829,6 -2,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
241 229 SODIMAC CHI Comércio 1.763,8 1.949,5 -9,5 64,8 110,5 -41,3 76,0 129,6 -41,3
242 265 PAN AMERICAN ENERGY ARG Petróleo/Gás 1.761,0 1.755,4 0,3 282,6 455,8 -38,0 885,6 1.061,5 -16,6
243 246 GRUPO ARGOS COL Cimento 1.752,1 1.852,6 -5,4 372,6 103,7 259,2 1.200,0 334,1 259,2
244 283 PEUGEOT - CITROËN (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.749,7 1.623,1 7,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
245 205 BOSCH BRA Automotivo/Autopeças 1.741,7 2.227,7 -21,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
246 234 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.738,8 1.925,0 -9,7 -193,1 304,5 -163,4 628,7 647,2 -2,9
247 337 DANONE MÉX Alimentos 1.720,7 1.334,7 28,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
248 285 CHILECTRA CHI Energia elétrica 1.718,3 1.617,2 6,3 409,7 246,7 66,1 313,6 289,5 8,3
249 244 REDE ENERGIA BRA Energia elétrica 1.709,8 1.863,1 -8,2 87,9 29,0 203,1 457,4 623,9 -26,7
250 252 COMGÁS BRA Petróleo/Gás 1.706,9 1.813,3 -5,9 220,0 250,1 -12,0 468,2 555,4 -15,7
20
1 -
25
0
96 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
N.D. N.D. - - - 8.143 Não P* - - homedepot.com.mx 201
N.D. N.D. - - - 877 Não P* - - pg.com.mx 202
N.D. N.D. - - - 21.031 Não P - - aeromexico.com 203
4.480,1 1.516,0 11,0 3,7 7,9 2.343 Sim P - - energiasdobrasil.com.br 204
2.462,1 136,0 -300,9 -16,6 -19,5 25.020 Sim P - - vitro.com.mx 205
5.900,2 325,5 8,9 0,5 1,4 N.D. Não P - - andradegutierrez.com.br 206
N.D. N.D. - - 26,9 1.923 Não P - - cti.com.ar 207
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - intel.com 208
8.027,5 5.339,6 11,5 7,7 29,8 5.535 Não E - - chesf.gov.br 209
1.338,4 400,0 14,1 4,2 2,7 20.000 Não P - - arcor.com.ar 210
1.061,3 482,8 11,0 5,0 2,6 5.730 Sim P - - casasaba.com 211
4.723,7 1.581,8 -11,9 -4,0 -9,2 43.000 Sim P 478,7 23,5 cosan.com.br 212
N.D. N.D. - - - 2.610 Não P* - - pmintl.com.mx 213
3.006,9 2.109,4 41,0 28,7 43,2 2.239 Não P* 1.378,0 68,9 angloamerican.co.uk 214
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - mallplaza.cl 215
1.716,8 1.074,1 23,5 14,7 12,6 N.D. Não P 606,3 30,4 odebrecht.com 216
2.513,5 1.051,4 28,2 11,8 14,9 5.051 Sim P - - cap.cl 217
4.608,8 4.360,4 23,3 22,1 51,2 9.447 Não E - - pancanal.com 218
3.766,3 1.016,5 3,2 0,9 1,7 18.500 Sim P - - ica.com.mx 219
5.100,3 441,7 -14,8 -1,3 -3,3 N.D. Sim P - - unipar.ind.br 220
1.366,6 60,0 25,0 1,1 0,8 4.500 Não P* 604,7 30,9 renault.com.br 221
2.470,2 932,2 25,7 9,7 12,4 20.000 Sim P 662,7 34,4 weg.com.br 222
4.340,0 2.208,8 -3,3 -1,7 -3,8 N.D. Não P* - - telefonica.com.co 223
1.514,3 611,4 17,7 7,1 5,7 N.D. Não P* 329,1 17,2 basf.com.br 224
N.D. N.D. - - - N.D. Não E 104,0 5,5 ancap.com.uy 225
N.D. N.D. - - - 3.000 Não P* - - shell.com.ar 226
1.463,0 425,5 -14,8 -4,3 -3,3 26.900 Sim P 254,2 13,5 gruposigma.com.mx 227
612,4 181,9 23,4 7,0 2,3 N.D. Não P* - - makro.com.br 228
1.973,5 212,8 118,7 12,8 13,6 N.D. Sim P - - cpfl .com.br 229
1.436,2 721,7 18,7 9,4 7,3 4.423 Não P 512,2 27,6 coamo.com.br 230
1.057,0 510,3 18,2 8,8 5,0 12.000 Sim P - - amil.com.br 231
1.983,6 1.324,2 54,3 36,2 39,1 N.D. Sim P 1.822,9 99,3 phelpsdodge.com 232
N.D. N.D. - - - 2.900 Não P* - - ford.com.ar 233
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - disco.com.ar 234
2.597,2 1.480,2 34,3 19,5 28,3 N.D. Sim P 1.282,4 71,5 sqm.cl 235
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - gm.com.ar 236
2.348,0 254,2 178,4 19,3 25,4 1.924 Não P* 1.720,0 96,2 samarco.com.br 237
1.253,0 666,1 19,4 10,3 7,2 N.D. Não P - - camargocorrea.com.br 238
2.370,0 1.714,7 7,7 5,6 7,5 25.700 Não P 30,0 1,7 inversioneschocolates.com 239
N.D. N.D. - - - 10.000 Não P - - mexicana.com 240
832,7 344,3 18,8 7,8 3,7 N.D. Não P - - sodimac.cl 241
3.383,7 1.153,2 24,5 8,4 16,0 8.988 Não P* - - pan-energy.com 242
5.950,3 2.413,2 15,4 6,3 21,3 N.D. Não P 153,4 8,8 argos.com.co 243
N.D. N.D. - - - 3.948 Não P* - - peugeot.com.ar 244
1.071,0 N.D. - - - 13.000 Não P* 698,0 40,1 bosch.com.br 245
5.544,9 1.598,9 -12,1 -3,5 -11,1 3.540 Sim P 1.256,4 72,3 suzano.com.br 246
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - danone.com.mx 247
2.512,2 1.697,1 24,1 16,3 23,8 N.D. Sim P* - - chilectra.cl 248
4.849,9 485,4 18,1 1,8 5,1 N.D. Sim P - - gruporede.com.br 249
1.717,0 486,6 45,2 12,8 12,9 952 Sim E - - comgas.com.br 250
ARCOR A FABRICANTE ARGENTINA DE DOCES E CHOCOLATES MANTÉM O RITMO APESAR DA QUEDA DO CONSUMO. CRESCEU 11,8% EM 2008.
20
1 - 2
50
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 97
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
251 254 ENTEL CHI Telecomunicações 1.695,9 1.820,5 -6,8 244,0 264,3 -7,7 672,4 732,1 -8,2
252 167 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN (1) COL Serviços básicos 1.692,1 1.540,4 9,8 591,4 543,7 8,8 748,2 688,2 8,7
253 180 COPERSUCAR BRA Agroindústria 1.682,9 2.525,2 -33,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
254 334 AVON BRA Química/Farmácia 1.674,3 1.352,0 23,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
255 227 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX Celulose/Papel 1.666,5 1.967,8 -15,3 239,4 341,5 -29,9 513,7 611,4 -16,0
256 228 GRUPO KUO (1) MÉX Multissetor 1.662,9 1.781,4 -6,7 -112,4 -69,8 -61,0 118,5 134,4 -11,8
257 321 GRUPO CLARÍN (1) ARG Mídia 1.653,1 1.382,9 19,5 75,7 66,1 14,5 482,6 426,1 13,3
258 175 ELETRONORTE BRA Energia elétrica 1.649,3 2.606,4 -36,7 -1.037,5 -305,7 -239,4 372,8 695,7 -46,4
259 242 PHILIPS MEXICANA (2) MÉX Eletrônica 1.645,0 1.871,9 -12,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
260 307 AVIANCA COL Transporte/Logística 1.643,2 1.444,1 13,8 20,3 222,4 -90,9 133,0 222,8 -40,3
261 291 MOSAIC FERTILIZANTES BRA Química/Farmácia 1.643,1 1.560,5 5,3 -81,5 71,8 -213,5 N.D. N.D. -
262 304 AES GENER CHI Energia elétrica 1.641,4 1.472,1 11,5 138,3 81,2 70,3 375,3 286,0 31,2
263 260 BAVARIA COL Bebidas 1.635,1 1.800,0 -9,2 273,6 349,6 -21,7 N.D. N.D. -
264 240 PIRELLI PNEUS (2) BRA Automotivo/Autopeças 1.634,3 1.887,9 -13,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
265 239 RIPLEY CHI Comércio 1.629,8 1.897,8 -14,1 43,8 30,5 43,6 155,1 193,5 -19,8
266 396 MINERA YANACOCHA PER Mineração 1.623,7 1.132,5 43,4 463,8 244,2 89,9 883,4 503,2 75,6
267 275 DEACERO (2) MÉX Siderurgia/Metalurgia 1.620,0 1.700,0 -4,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
268 231 PONTO FRIO - GLOBEX BRA Comércio 1.612,9 1.944,6 -17,1 7,1 50,4 -85,9 55,1 35,5 55,2
269 207 DOW BRASIL BRA Petroquímica 1.608,4 2.198,7 -26,8 5,4 82,5 -93,5 N.D. N.D. -
270 435 CIA. BRA.DE METAL. E MINERAÇÃO BRA Mineração 1.600,0 1.002,8 59,6 N.D. 669,6 - N.D. N.D. -
271 232 TRANSPETRO BRA Transporte/Logística 1.595,5 1.942,4 -17,9 162,2 193,1 -16,0 N.D. N.D. -
272 - QUATTOR PARTICIPAÇÕES (1) BRA Petroquímica 1.585,8 N.D. - -284,5 -17,5 -1.529,3 N.D. N.D. -
273 277 MEGA (2) MÉX Comércio 1.582,6 1.674,3 -5,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
274 211 ARACRUZ CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.581,9 2.171,8 -27,2 -1.802,9 588,4 -406,4 543,5 944,6 -42,5
275 294 NET BRASIL BRA Telecomunicações 1.579,1 1.546,1 2,1 -40,7 98,4 -141,4 419,2 421,0 -0,4
276 237 MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA Comércio 1.555,8 1.899,0 -18,1 15,7 N.D. - N.D. N.D. -
277 284 CONSTRUCTORAS ICA MÉX Construç ão 1.551,9 1.614,2 -3,9 42,5 47,7 -10,9 72,1 N.D. -
278 268 NATURA BRA Química/Farmácia 1.548,1 1.734,7 -10,8 221,7 261,0 -15,1 362,3 396,0 -8,5
279 - PERUPETRO PER Petróleo/Gás 1.518,3 1.174,6 29,3 N.D. N.D. - -1,3 N.D. -
280 249 TOYOTA (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.509,2 1.838,3 -17,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
281 352 HERINGER FERTILIZANTES BRA Química/Farmácia 1.508,2 1.276,4 18,2 -108,3 43,8 -347,3 38,6 47,0 -17,9
282 258 CELESC BRA Energia elétrica 1.506,6 1.787,8 -15,7 110,6 195,3 -43,4 243,5 271,4 -10,3
283 196 PARANAPANEMA BRA Mineração 1.489,7 2.282,6 -34,7 56,9 -61,6 192,4 261,5 54,6 378,9
284 - XSTRATA COPPER CHILE CHI Mineração 1.485,2 1.231,9 20,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
285 340 ENAMI CHI Mineração 1.481,5 1.325,4 11,8 54,8 34,0 61,0 N.D. N.D. -
286 - AMERICEL BRA Telecomunicações 1.477,7 987,0 49,7 57,1 58,9 -3,1 173,5 186,2 -6,8
287 270 TRACTEBEL BRA Energia elétrica 1.472,4 1.718,2 -14,3 477,2 590,3 -19,2 932,9 1.052,4 -11,4
288 257 TOYOTA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 1.470,2 1.790,7 -17,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
289 273 FASA CHI Comércio 1.469,4 1.721,0 -14,6 1,2 14,9 -91,9 49,8 66,2 -24,8
290 - GASPETRO BRA Petróleo/Gás 1.468,3 1.163,9 26,2 320,8 171,3 87,2 650,4 462,1 40,7
291 329 FOSFÉRTIL BRA Química/Farmácia 1.467,5 1.367,1 7,3 330,6 250,7 31,9 621,6 412,0 50,9
292 274 EMBOTELLADORAS ARCA MÉX Bebidas 1.463,8 1.702,7 -14,0 212,9 227,6 -6,5 340,5 409,7 -16,9
293 295 BAYER BRA Química/Farmácia 1.454,4 1.538,5 -5,5 78,3 -36,2 316,4 N.D. 42,3 -
294 279 INDUSTRIAS BACHOCO (1) MÉX Agroindústria 1.453,8 1.668,1 -12,8 -39,7 117,1 -133,9 60,6 188,6 -67,9
295 315 NOKIA (2) MÉX Eletrônica 1.450,0 1.400,6 3,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
296 259 PÃO DE AÇÚCAR (1) BRA Comércio 1.446,0 1.775,0 -18,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
297 316 GRUPO COIMEX (2) BRA Comércio 1.444,7 1.400,0 3,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
298 354 CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL Petróleo/Gás 1.423,5 1.274,6 11,7 78,4 48,2 62,7 N.D. N.D. -
299 397 LA FONTE PARTICIPAÇÕES (1) BRA Multissetor 1.418,0 1.055,2 34,4 -22,9 15,6 -246,8 N.D. N.D. -
300 152 SIEMENS BRASIL BRA Eletrônica 1.416,4 2.987,4 -52,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
25
1 -
30
0
98 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
2.318,9 1.159,4 21,0 10,5 14,4 N.D. Sim P 33,2 2,0 entel.cl 251
8.188,9 6.604,4 9,0 7,2 35,0 N.D. Não E 0,2 0,0 eeppm.com 252
1.833,1 110,5 - - - N.D. Não P 940,7 55,9 copersucar.com.br 253
N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* - - avon.com.br 254
1.753,0 629,1 38,1 13,7 14,4 6.500 Sim P* - - kimberly-clark.com.mx 255
1.463,3 391,6 -28,7 -7,7 -6,8 16.000 Sim P 1.001,0 60,2 kuo.com.mx 256
2.275,1 708,9 10,7 3,3 4,6 9.027 Não P - - grupoclarin.com.ar 257
7.650,3 2.648,1 -39,2 -13,6 -62,9 3.600 Não E - - eletronorte.gov.br 258
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - philips.com.mx 259
1.168,7 323,6 6,3 1,7 1,2 N.D. Não P - - avianca.com.co 260
1.338,3 174,1 -46,8 -6,1 -5,0 1.100 Não P* - - mosaicco.com 261
3.767,6 2.018,5 6,9 3,7 8,4 N.D. Sim P* - - gener.cl 262
4.154,5 2.135,6 12,8 6,6 16,7 N.D. Não P* - - bavaria.com.co 263
N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* 459,4 28,1 pirelli.com.br 264
2.047,2 1.082,9 4,0 2,1 2,7 21.459 Sim P - - ripley.cl 265
1.911,6 1.227,0 37,8 24,3 28,6 N.D. Sim P* 1.617,5 99,6 yanacocha.com.pe 266
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - deacero.com 267
1.032,5 319,1 2,2 0,7 0,4 12.130 Sí P - - pontofrio.com 268
1.414,4 678,0 0,8 0,4 0,3 N.D. Não P* - - dow.com 269
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.590,0 99,4 us.cbmm.com.br 270
1.394,2 839,0 19,3 11,6 10,2 4.400 Não E - - transpetro.com.br 271
4.520,2 633,7 -44,9 -6,3 -17,9 1.700 Não P - - quattor.com.br 272
N.D. N.D. - - - 12.500 Não P - - comerci.com.mx 273
5.078,2 411,9 -437,7 -35,5 -114,0 2.665 Sim P 1.196,5 75,6 aracruz.com.br 274
2.604,4 1.131,1 -3,6 -1,6 -2,6 8.151 Sim P - - globocabo.com.br 275
N.D. N.D. - - 1,0 N.D. Não P - - martins.com.br 276
N.D. N.D. - - 2,7 N.D. Não P - - ica.com.mx 277
905,4 298,9 74,2 24,5 14,3 5.698 Sim P - - natura.com.br 278
63,6 0,6 - - - N.D. Não P - - perupetro.com.pe 279
N.D. N.D. - - - 2.562 Não P* - - toyota.com.ar 280
809,4 101,5 -106,7 -13,4 -7,2 1.916 Sim P - - heringer.com.br 281
1.901,1 701,0 15,8 5,8 7,3 N.D. Sim E - - celesc.com.br 282
1.420,8 510,6 11,1 4,0 3,8 2.500 Sim P - - paranapanema.com.br 283
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.485,2 100,0 xstrata.com 284
1.300,8 737,4 7,4 4,2 3,7 N.D. Não E 989,9 66,8 enami.cl 285
1.044,5 445,3 12,8 5,5 3,9 N.D. Não P - - claro.com.br 286
3.569,5 1.356,8 35,2 13,4 32,4 950 Sim P - - tractebelenergia.com.br 287
N.D. N.D. - - - 900 Não P* - - toyota.com.mx 288
684,9 119,8 1,0 0,2 0,1 N.D. Sim P - - fasa.cl 289
3.685,0 1.758,8 18,2 8,7 21,8 N.D. Não P - - gaspetro.com.br 290
1.843,5 820,7 40,3 17,9 22,5 2.839 Sim P - - fosfertil.com.br 291
1.554,7 1.051,8 20,2 13,7 14,5 17.500 Sim P - - e-arca.com.mx 292
1.332,1 471,4 16,6 5,9 5,4 3.500 Não P* 64,5 4,4 bayer.com.br 293
1.428,0 1.013,0 -3,9 -2,8 -2,7 23.040 Sim P - - bachoco.com.mx 294
N.D. N.D. - - - 2.500 Não P* - - nokia.com.mx 295
N.D. N.D. - - - 14.747 Não P - - paodeacucar.com.br 296
N.D. N.D. - - - 3.000 Não P 165,0 11,4 grupocoimex.com.br 297
631,5 230,8 34,0 12,4 5,5 N.D. Não P* 25,8 1,8 texaco.com.co 298
4.030,2 48,2 -47,5 -0,6 -1,6 N.D. Sim P* - - lafonte.com.br 299
N.D. N.D. - - - 9.030 Não P* 122,2 8,6 siemens.com.br 300
GRUPO CLARÍN O GRUPO ARGENTINO COLHE RESULTADOS DE SUA ESTRATÉGIA MULTMÍDIA. CRESCEU 19,5%, MUITO ACIMA DO SETOR DE PUBLICIDADE. HÉCTOR MAGNETTO, CEO DO GRUPO CLARÍN
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JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 99
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
301 - MC DONALD´S BRA Comércio 1.412,1 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -
302 342 VITRO ENVASES MÉX Manufatura 1.410,0 1.321,0 6,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
303 322 CARREFOUR COL Comércio 1.407,5 1.389,4 1,3 50,3 38,6 30,3 N.D. N.D. -
304 302 GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) (2) MÉX Serviços de saúde 1.400,0 1.476,0 -5,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
305 305 GRUPO VILLACERO (1) (2) MÉX Siderurgia/Metalurgia 1.400,0 1.460,4 -4,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
306 330 DOW QUÍMICA ARG Química/Farmácia 1.400,0 1.360,3 2,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
307 338 GRUPO ICE (2) C.RI Serviços básicos 1.400,0 1.329,8 5,3 N.D. 146,5 - N.D. N.D. -
308 391 DRUMMOND COL Mineração 1.390,7 1.140,6 21,9 152,2 18,1 740,9 309,7 N.D. -
309 343 TELEFÓNICA DE ARGENTINA ARG Telecomunicações 1.372,0 1.320,5 3,9 97,1 22,7 327,8 508,6 467,2 8,9
310 407 BARRICK MISQUICHILCA PER Mineraç ão 1.365,2 1.100,4 24,1 659,1 490,7 34,3 1.108,3 880,3 25,9
311 301 DESARROLLADORA HOMEX MÉX Construção 1.362,8 1.486,2 -8,3 127,1 204,6 -37,9 249,1 337,5 -26,2
312 213 COTEMINAS BRA Têxtil/Calçados 1.351,7 2.130,9 -36,6 5,8 -145,4 104,0 103,0 -18,1 669,1
313 335 SEARS (2) MÉX Comércio 1.350,0 1.345,4 0,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
314 350 EMBOTELLADORA ANDINA CHI Bebidas 1.346,8 1.284,1 4,9 150,7 164,6 -8,4 281,5 292,2 -3,7
315 280 A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA Comércio 1.344,4 1.641,6 -18,1 23,0 55,1 -58,3 N.D. N.D. -
316 423 EMPRESAS NAVIERAS CHI Transporte/Logística 1.341,9 1.051,2 27,7 18,3 20,4 -10,3 49,2 18,9 160,3
317 311 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA Comércio 1.333,7 1.412,7 -5,6 33,1 35,1 -5,7 154,1 196,0 -21,4
318 282 COELBA BRA Energia Elétrica 1.332,9 1.636,2 -18,5 348,7 365,5 -4,6 520,8 716,1 -27,3
319 377 GRUPO SALUDCOOP COL Serviços de saúde 1.330,9 1.198,0 11,1 10,7 10,5 1,8 82,9 56,0 48,0
320 479 NEXTEL BRA Telecomunicações 1.330,9 868,0 53,3 N.D. 194,3 - N.D. 217,8 -
321 288 KLABIN BRA Celulose/Papel 1.325,0 1.578,8 -16,1 -149,2 350,8 -142,5 311,9 409,2 -23,8
322 367 GRUPO CORVI (2) MÉX Comércio 1.320,0 1.222,8 7,9 N.D. 2,7 - N.D. 16,0 -
323 308 RANDON BRA Automotivo/Autopeças 1.309,1 1.428,5 -8,4 98,9 97,9 1,0 223,7 219,4 2,0
324 297 ALUNORTE BRA Siderurgia/Metalurgia 1.308,4 1.527,1 -14,3 959,0 N.D. - 333,6 528,0 -36,8
325 473 HUACHIPATO CHI Siderurgia/Metalurgia 1.305,2 877,7 48,7 141,1 113,1 24,7 277,3 181,9 52,4
326 298 AGROSUPER CHI Agroindústria 1.300,0 1.505,0 -13,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
327 471 GRUPO VIZ (2) MÉX Alimentos 1.300,0 896,1 45,1 N.D. 23,3 - N.D. N.D. -
328 333 MINAS PEÑOLES (2)(17) MÉX Mineração 1.295,0 1.352,5 -4,3 N.D. 754,5 - N.D. 823,5 -
329 319 MOVISTAR CHI Telecomunicações 1.293,3 1.516,9 -14,7 137,0 305,0 -55,1 321,0 522,3 -38,5
330 427 COPA AIRLINES PAN Transporte/Logística 1.288,8 1.027,3 25,5 118,7 161,8 -26,7 281,5 243,8 15,5
331 - ALCOA BRA Siderurgia/Metalurgia 1.287,0 1.213,0 6,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
332 238 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL Automotivo/Autopeças 1.283,7 1.898,6 -32,4 95,8 166,9 -42,6 N.D. N.D. -
333 253 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA Celulose/Papel 1.279,8 1.812,8 -29,4 -560,7 472,5 -218,7 410,6 568,8 -27,8
334 332 GRUPO ABRIL (1) BRA Mídia 1.279,6 1.357,1 -5,7 118,3 448,2 -73,6 N.D. 212,2 -
335 - GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA Comércio 1.270,6 1.048,3 21,2 52,8 48,4 9,1 83,0 57,1 45,4
336 378 YARA FERTILIZANTES BRA Petroquímica 1.265,1 1.200,7 5,4 -152,7 49,4 -409,1 18,5 32,6 -43,3
337 368 MRS BRA Transporte/Logística 1.264,4 1.221,2 3,5 283,8 309,1 -8,2 N.D. 575,3 -
338 327 CORPORACIÓN GEO MÉX Construção 1.261,7 1.371,9 -8,0 106,5 132,7 -19,7 232,1 266,4 -12,9
339 290 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA Comércio 1.253,5 1.568,9 -20,1 -11,0 -10,8 -1,5 85,8 54,3 58,1
340 281 CBA BRA Siderurgia/Metalurgia 1.251,2 1.639,0 -23,7 285,5 447,1 -36,1 N.D. N.D. -
341 399 SONY DE MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.250,0 1.125,8 11,0 N.D. 43,1 - N.D. N.D. -
342 360 DOE RUN PER Mineração 1.245,5 1.268,0 -1,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
343 300 SANTA ISABEL CHI Comércio 1.243,3 1.483,0 -16,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
344 362 CCU CHI Bebidas 1.242,7 1.267,2 -1,9 131,3 159,7 -17,8 280,8 296,1 -5,2
345 345 GRUPO OMNILIFE (2) MÉX Serviços de saúde 1.240,0 1.300,5 -4,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
346 476 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU Comércio 1.237,2 994,4 24,4 87,7 69,1 26,9 178,8 130,8 36,7
347 382 SIEMENS MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.234,0 1.180,5 4,5 N.D. 13,9 - N.D. N.D. -
348 375 RHODIA (2) BRA Química/Farmácia 1.233,2 1.200,0 2,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
349 325 JUMBO CHI Comércio 1.223,0 1.387,0 -11,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
350 314 ALUMBRERA ARG Mineração 1.216,0 1.401,0 -13,2 N.D. N.D. - 488,0 756,0 -35,4
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100 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
N.D. N.D. - - - 39.400 Não P* - - mcdonalds.com.br 301
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 383,0 27,2 vitro.com.mx 302
1.379,8 861,9 5,8 3,6 3,6 N.D. Não P* - - carrefour.com.co 303
N.D. N.D. - - - 28.000 Não P - - grupoempresarialangeles.com 304
N.D. N.D. - - - 3.900 Não P - - villacero.com 305
N.D. N.D. - - - 1.264 Não P* - - dow.com 306
N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - grupoice.com 307
1.716,1 1.372,9 11,1 8,9 10,9 N.D. Não P* 1.228,7 88,4 drummondco.com 308
1.810,7 731,4 13,3 5,4 7,1 2.089 Sim P* - - telefonica.com.ar 309
2.179,7 1.723,3 38,2 30,2 48,3 N.D. Não P* 1.360,0 99,6 barrick.com 310
2.207,3 825,9 15,4 5,8 9,3 15.000 Sim P - - homex.com.mx 311
1.502,6 624,8 0,9 0,4 0,4 4.000 Sim P 233,1 17,2 coteminas.com.br 312
N.D. N.D. - - - 13.500 Não P* - - sears.com.mx 313
958,4 550,4 27,4 15,7 11,2 N.D. Sim P 4,5 0,3 koandina.com 314
937,5 191,3 12,0 2,5 1,7 N.D. Não P - - pernambucanas.com.br 315
560,6 153,3 11,9 3,3 1,4 N.D. Sim P - - empresasnavieras.com 316
1.050,2 95,5 34,7 3,2 2,5 1.500 Sim P - - b2winc.com 317
1.812,6 698,0 50,0 19,2 26,2 2.645 Sim P* - - coelba.com.br 318
575,9 195,1 5,5 1,9 0,8 27.889 Não P - - saludcoop.com.co 319
N.D. N.D. - - - 3.817 Não P* - - nextel.com.br 320
3.526,8 961,5 -15,5 -4,2 -11,3 7.500 Sim P* 398,7 30,1 klabin.com.br 321
N.D. N.D. - - - 4.500 Não P 22,0 1,7 grupocorvi.com.mx 322
948,1 337,0 29,3 10,4 7,6 9.434 Sim P 129,6 9,9 randon.com.br 323
2.894,4 1.856,9 51,6 33,1 73,3 N.D. Não P 1.302,0 99,5 alunorte.net 324
1.098,5 777,5 18,1 12,8 10,8 N.D. Não P 7,6 0,6 cap.cl 325
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 237,0 18,2 agrosuper.cl 326
N.D. N.D. - - - 4.500 Não P - - sukarne.com.mx 327
N.D. N.D. - - - 4.200 Não P - - penoles.com.mx 328
1.381,6 744,9 18,4 9,9 10,6 1.000 Não P* 16,6 1,3 movistar.cl 329
1.954,2 632,4 18,8 6,1 9,2 4.535 Sim P - - copaair.com 330
N.D. N.D. - - - 4.500 Não P* 523,9 40,7 alcoa.com 331
708,2 286,6 33,4 13,5 7,5 N.D. Não P* 148,5 11,6 chevrolet.com.co 332
5.476,2 1.768,0 -31,7 -10,2 -43,8 3.000 Sim P 460,9 36,0 vcp.com.br 333
1.009,7 100,0 118,4 11,7 9,2 7.000 Não P - - abril.com.br 334
483,1 293,1 18,0 10,9 4,2 N.D. Não P - - gerdau.com.br 335
851,8 87,0 -175,5 -17,9 -12,1 N.D. Sim P* - - yarabrasil.com.br 336
1.999,0 664,0 42,7 14,2 22,4 3.669 Não P - - mrs.com.br 337
1.817,5 678,0 15,7 5,9 8,4 20.588 Sim P - - casasgeo.com 338
652,3 -9,4 - -1,7 -0,9 5.724 Não P - - sendas.com.br 339
3.448,9 2.318,8 12,3 8,3 22,8 7.000 Não P 394,9 31,6 cba.ind.br 340
N.D. N.D. - - - 550 Não P* - - sony.com.mx 341
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.245,5 100,0 doerun.com.pe 342
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - santaisabel.cl 343
1.705,5 788,8 16,6 7,7 10,6 N.D. Sim P - - ccu.cl 344
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - omnilife.com.mx 345
707,5 390,0 22,5 12,4 7,1 5.100 Sim P - - supermaxi.com 346
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - siemens.com 347
N.D. N.D. - - - 1.200 Não P* 308,3 25,0 rhodia.com 348
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - jumbo.cl 349
N.D. N.D. - - - 2.068 Não P* - - alumbrera.com.ar 350
B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO A BRASILEIRA, MAIOR OPERADORA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO DA AMÉRICA LATINA, É A PROVA DE QUE A CRISE NÃO POUPOU NINGUÉM. SUAS VENDAS CAÍRAM 5,6%. B2WELETRÔ
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JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 101
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
351 336 CORPORATIVO FRAGUA MÉX Comércio 1.211,0 1.335,3 -9,3 46,8 61,6 -24,0 56,1 72,0 -22,1
352 365 SIGDO KOPPERS CHI Construção 1.203,1 1.242,8 -3,2 60,9 56,6 7,6 209,9 195,0 7,6
353 - SCANIA BRA Automotivo/Autopeças 1.201,7 1.088,3 10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
354 424 DANONE ARG Alimentos 1.200,0 1.044,3 14,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
355 370 VITRO VIDRIO PLANO MÉX Manufatura 1.195,0 1.212,0 -1,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
356 326 GRUPO ISA COL Energia elétrica 1.181,1 1.380,3 -14,4 105,1 110,6 -4,9 N.D. 914,5 -
357 480 SIVENSA VEN Siderurgia/Metalurgia 1.178,7 867,2 35,9 153,9 73,6 109,0 175,0 160,8 8,9
358 453 ALICORP PER Alimentos 1.178,6 931,9 26,5 26,6 40,5 -34,3 109,9 112,3 -2,1
359 312 QUIÑENCO (1) CHI Multissetor 1.173,4 1.406,9 -16,6 358,1 211,3 69,5 250,2 147,6 69,5
360 353 ENTEL PCS CHI Telecomunicações 1.172,3 1.275,1 -8,1 210,8 343,8 -38,7 341,9 557,5 -38,7
361 339 CCR BRA Serviços básicos 1.170,0 1.328,4 -11,9 305,3 329,5 -7,3 736,7 817,0 -9,8
362 - MINERA SPENCE CHI Mineração 1.168,5 810,3 44,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
363 361 MINERA VALPARAÍSO CHI Multissetor 1.161,7 1.268,0 -8,4 119,0 113,4 4,9 47,2 45,0 4,9
364 359 CEMENTOS CRUZ AZUL (2) MÉX Cimento 1.160,0 1.268,5 -8,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
365 296 CANDELARIA CHI Mineração 1.151,4 1.398,1 -17,6 374,4 671,5 -44,2 549,3 815,3 -32,6
366 369 COLBÚN CHI Energa Elétrica 1.150,5 1.220,6 -5,7 45,8 -94,3 148,6 220,6 19,9 1.008,5
367 440 MOVISTAR COL Telecomunicações 1.148,8 996,2 15,3 N.D. -123,6 - N.D. N.D. -
368 392 AURORA ALIMENTOS BRA Alimentos 1.143,1 1.138,9 0,4 N.D. 41,7 - N.D. N.D. -
369 405 UNILEVER DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 1.142,0 1.112,9 2,6 N.D. 103,7 - N.D. N.D. -
370 261 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA Petroquímica 1.137,0 1.773,9 -35,9 7,2 97,2 -92,5 70,1 173,1 -59,5
371 388 CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA Cimento 1.134,9 1.164,4 -2,5 79,8 119,1 -33,0 279,8 N.D. -
372 406 IMCOPA BRA Agroindústria 1.134,8 1.104,5 2,7 -60,6 23,1 -362,2 N.D. 93,5 -
373 417 CODENSA COL Energia Elétrica 1.126,8 1.063,0 6,0 193,1 185,2 4,3 N.D. N.D. -
374 442 ACINDAR (2)(5) ARG Siderurgia/Metalurgia 1.126,2 980,4 14,9 169,1 150,3 12,5 288,1 256,1 12,5
375 313 CMPC CELULOSA CHI Celulose/Papel 1.121,3 1.403,2 -20,1 182,6 319,9 -42,9 N.D. N.D. -
376 468 BRIDGESTONE FIRESTONE (2) BRA Automotivo/Autopeças 1.118,8 901,9 24,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
377 475 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA Construção 1.116,9 872,6 28,0 151,4 141,2 7,2 N.D. N.D. -
378 374 MINERA EL ABRA CHI Mineraç ão 1.110,9 1.200,4 -7,5 322,9 617,6 -47,7 507,3 816,7 -37,9
379 266 ULTRAGAZ BRA Petróleo/Gás 1.105,9 1.754,6 -37,0 -1,4 N.D. - 90,3 142,4 -36,6
380 411 BAYER DE MÉXICO MÉX Química/Farmácia 1.105,9 1.088,5 1,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
381 348 MADECO CHI Siderurgia/Metalurgia 1.101,5 1.288,8 -14,5 154,5 39,7 289,2 87,4 113,1 -22,7
382 318 COMPREBEM BRA Comércio 1.100,9 1.396,2 -21,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
383 324 DUPONT BRASIL BRA Química/Farmácia 1.096,8 1.387,0 -20,9 -181,7 72,1 -352,0 N.D. N.D. -
384 - AJE GROUP PER Bebidas 1.090,0 858,3 27,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
385 358 TELEFÓNICA CHILE CHI Telecomunicaç ões 1.089,3 1.275,8 -14,6 28,0 21,9 27,9 432,2 573,9 -24,7
386 - VRG - LINHAS AÉREAS BRA Transporte/Logística 1.089,2 415,6 162,1 -404,2 -126,6 -219,3 N.D. N.D. -
387 425 OLÍMPICA COL Comércio 1.087,1 1.041,1 4,4 23,4 20,8 12,5 N.D. N.D. -
388 351 PROFARMA BRA Comércio 1.084,9 1.276,5 -15,0 13,5 19,3 -30,1 33,3 38,0 -12,4
389 386 URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX Construção 1.084,6 1.170,7 -7,4 156,7 160,1 -2,1 244,6 274,4 -10,9
390 372 MARCOPOLO BRA Automotivo/Autopeças 1.083,5 1.202,0 -9,9 57,5 74,7 -23,0 109,5 94,1 16,4
391 344 WHIRLPOOL MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.081,2 1.318,5 -18,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
392 355 ELEKTRO BRA Energia Elétrica 1.075,1 1.273,7 -15,6 167,6 263,6 -36,4 322,8 470,0 -31,3
393 379 ALL AMÉRICA LATINA BRA Transporte/Logística 1.073,7 1.196,4 -10,3 75,6 122,4 -38,2 570,4 506,2 12,7
394 384 BLACK & DECKER DE MÉXICO (2) MÉX Máquinas/Equip. 1.070,4 1.176,5 -9,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
395 346 GRUPO FAMSA MÉX Comércio 1.067,2 1.299,2 -17,9 42,7 47,5 -10,1 102,4 151,5 -32,4
396 477 CONECEL (7) EQU Telecomunicações 1.067,0 872,0 22,4 396,0 N.D. - 484,0 360,0 34,4
397 444 MASISA CHI Manufatura 1.065,9 965,8 10,4 44,1 41,1 7,3 155,1 158,0 -1,8
398 482 MOVISTAR PER Telecomunicações 1.065,2 866,0 23,0 167,1 34,8 380,2 387,7 238,6 62,5
399 366 CESP BRA Energia Elétrica 1.061,1 1.231,7 -13,9 -1.006,3 100,8 -1.098,3 -503,7 846,8 -159,5
400 416 MAGAZINE LUIZA (2) BRA Comércio 1.060,0 1.063,8 -0,4 N.D. 10,3 - N.D. 67,1 -
35
1 -
40
0
102 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
437,9 269,7 17,4 10,7 3,9 12.600 Sim P - - fragua.com.mx 351
1.803,2 514,6 11,8 3,4 5,1 N.D. Sim P - - sigdokoppers.cl 352
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.201,0 99,9 scania.com.br 353
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - danone.com 354
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 217,0 18,2 vitro.com.mx 355
62.814,3 2.194,4 4,8 0,2 8,9 N.D. Não E - - isa.com.co 356
1.985,2 1.397,4 11,0 7,8 13,1 2.873 Sim P 567,9 48,2 sivensa.com 357
912,7 426,9 6,2 2,9 2,3 N.D. Sim P* 129,6 11,0 alicorp.com.pe 358
3.866,3 2.044,2 17,5 9,3 30,5 N.D. Sim P - - quinenco.cl 359
1.254,1 505,4 41,7 16,8 18,0 N.D. Não P - - entelpcs.cl 360
2.683,2 675,5 45,2 11,4 26,1 N.D. Sim P - - ccrnet.com.br 361
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.168,5 100,0 spence.cl 362
5.634,1 2.523,4 4,7 2,1 10,2 N.D. Não P - - minera.cl 363
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - cruzazul.com.mx 364
926,4 567,2 66,0 40,4 32,5 N.D. Não P* 1.151,4 100,0 phelpsdodge.com 365
4.074,9 2.564,9 1,8 1,1 4,0 N.D. Sim P - - colbun.cl 366
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - movistar.com.co 367
N.D. N.D. - - - 12.000 Não P 240,5 21,0 aurora.com.br 368
N.D. N.D. - - - 4.573 Não P* - - unilever.com.mx 369
1.540,8 376,6 1,9 0,5 0,6 1.650 Sim P 130,9 11,5 pqu.com.br 370
2.335,9 1.309,1 6,1 3,4 7,0 N.D. Não P - - cimentocaue.com.br 371
757,1 N.D. - -8,0 -5,3 500 Não P 576,4 50,8 imcopa.com 372
2.534,2 1.368,1 14,1 7,6 17,1 N.D. Não P* - - codensa.com.co 373
N.D. N.D. - - 15,0 3.000 Sim P - - acindar.com.ar 374
1.880,9 1.066,1 17,1 9,7 16,3 1.433 Não P 1.068,7 95,3 cmpc.cl 375
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 333,7 29,8 fi restone.com.br 376
936,4 681,9 22,2 16,2 13,6 N.D. Não P - - queirozgalvao.com 377
943,3 755,1 42,8 34,2 29,1 N.D. Não P* 1.110,9 100,0 phelpsdodge.com 378
350,0 189,6 -0,8 -0,4 -0,1 4.109 Não P - - ultragaz.com.br 379
N.D. N.D. - - - 2.980 Não P* - - bayer.com.mx 380
876,9 659,9 23,4 17,6 14,0 N.D. Sim P 183,3 16,6 madeco.cl 381
N.D. N.D. - - - 7.899 Não P - - barateiro.com 382
1.371,0 284,7 -63,8 -13,3 -16,6 4.701 Não P* - - dupont.com.br 383
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - ajegroup.com 384
2.831,2 1.514,1 1,8 1,0 2,6 N.D. Sim P* - - telefonicachile.cl 385
2.253,0 299,5 -135,0 -17,9 -37,1 N.D. Não P - - voegol.com.br 386
654,7 284,9 8,2 3,6 2,2 N.D. Não P - - olimpica.com.co 387
391,7 200,0 6,8 3,4 1,2 2.000 Sim P - - profarma.com.br 388
2.177,0 1.111,7 14,1 7,2 14,4 3.776 Sim P - - urbi.com.mx 389
1.042,0 292,5 19,7 5,5 5,3 13.664 Sim P 274,8 25,4 marcopolo.com.br 390
N.D. N.D. - - - 7.700 Não P* - - whirlpool.com.mx 391
1.264,4 472,0 35,5 13,3 15,6 2.678 Sim P* - - elektro.com.br 392
5.034,5 1.067,8 7,1 1,5 7,0 N.D. Sim P - - all-logistica.com 393
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - blackanddecker.com.mx 394
1.516,9 526,9 8,1 2,8 4,0 18.300 Sim P - - grupofamsa.com 395
N.D. N.D. - - 37,1 N.D. Não P - - conecel.com.ec 396
2.304,0 1.278,8 3,4 1,9 4,1 N.D. Sim P 200,5 18,8 masisa.cl 397
988,1 353,4 47,3 16,9 15,7 N.D. Não P* - - movistar.com.pe 398
7.300,5 3.382,3 -29,8 -13,8 -94,8 1.321 Sim E - - cesp.com.br 399
N.D. N.D. - - - 12.000 Não P - - magazineluiza.com.br 400
QUIÑENCO O CONGLOMERADO CHILENO REGISTROU QUEDA DE 16,6% EM VENDAS. MAS NÃO FOI UM MAU ANO PARA SEUS DONOS: O LUCRO DA QUIÑENCO AUMENTOU 69,5%.
FRANCISCO PÉREZ MACKENNA, GERENTE GERAL DA QUIÑENCO
35
1 - 4
00
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 103
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
401 272 CARAÍBA METAIS BRA Siderurgia/Metalurgia 1.057,3 1.713,5 -38,3 5,2 8,4 -38,1 19,7 35,4 -44,4
402 415 GBARBOSA BRA Comércio 1.055,5 1.070,2 -1,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
403 349 ELECTROLUX DO BRASIL BRA Eletrônica 1.050,7 1.282,0 -18,0 35,8 58,9 -39,3 N.D. N.D. -
404 373 AMPLA BRA Energia elétrica 1.048,9 1.200,6 -12,6 120,4 86,6 39,0 301,9 367,9 -17,9
405 443 CGE DISTRIBUCIÓN CHI Energia elétrica 1.040,3 968,3 7,4 58,6 77,7 -24,6 103,7 125,7 -17,5
406 436 3M DO BRASIL (2) BRA Petroquímica 1.040,1 1.000,5 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
407 389 TIENDAS COM. MEXICANA (2) (42) MÉX Comércio 1.036,1 1.146,8 -9,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
408 363 LIQUIGÁS BRA Comércio 1.034,5 1.257,9 -17,8 25,4 51,9 -51,0 64,4 85,2 -24,4
409 385 BASF DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 1.030,5 1.170,9 -12,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
410 371 INFRAERO BRA Transporte/Logística 1.027,2 1.209,3 -15,1 65,9 -43,0 253,3 N.D. N.D. -
411 387 TIENDAS SANBORNS (2) MÉX Comércio 1.025,3 1.167,5 -12,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
412 499 PATAGONIA (4) ARG Comércio 1.018,2 824,3 23,5 321,4 19,6 1.539,8 587,4 35,8 1.539,8
413 439 COSTCO MÉXICO (2) (42) MÉX Comércio 1.015,3 999,5 1,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
414 491 ALUAR ARG Siderurgia/Metalurgia 1.012,0 886,7 14,1 104,9 165,8 -36,7 385,4 362,8 6,2
415 - CONSORCIO MINERO CORMIN PER Comércio 1.011,7 611,5 65,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
416 434 GRUPO ANDRÉ MAGGI (1) (2) BRA Agroindústria 1.007,7 1.005,0 0,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
417 413 CVG VENALUM (2) VEN Siderurgia/Metalurgia 1.005,0 1.082,3 -7,1 N.D. 30,9 - N.D. N.D. -
418 - EQUATORIAL BRA Energia elétrica 1.003,9 496,2 102,3 128,4 87,2 47,2 335,6 215,9 55,4
419 303 GRUPO SCHINCARIOL BRA Bebidas 1.003,2 1.473,4 -31,9 -56,7 64,3 -188,2 -147,8 167,7 -188,2
420 390 CHRYSLER ARG Automotivo/Autopeças 999,0 1.146,7 -12,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
421 383 CICSA (6) MÉX Construção 993,9 1.178,4 -15,7 42,0 27,2 54,4 75,3 80,7 -6,7
422 - INTEROCEÁNICA CHI Transporte/Logística 983,7 732,8 34,2 0,7 -13,8 105,1 6,5 -13,2 149,2
423 452 HOSPITALES ANGELES (2) MÉX Serviços de saúde 980,0 942,9 3,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
424 - FALABELLA PERÚ PER Comércio 978,1 740,2 32,1 75,0 68,9 8,9 154,3 132,0 16,9
425 431 BP EXPLORATION COMPANY COL Petróleo/Gás 973,8 1.009,8 -3,6 431,8 344,6 25,3 N.D. N.D. -
426 - WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA Petroquímica 972,7 1.147,9 -15,3 -7,3 162,6 -104,5 84,4 169,2 -50,1
427 428 CONFAB BRA Siderurgia/Metalurgia 971,4 1.021,2 -4,9 217,4 140,6 54,6 222,1 216,5 2,6
428 398 AÇOS VILLARES BRA Siderurgia/Metalurgia 969,6 1.128,0 -14,0 167,6 179,2 -6,5 284,9 295,6 -3,6
429 - SALFACORP CHI Construção 965,5 765,7 26,1 26,3 44,0 -40,2 64,9 72,0 -9,9
430 420 EMPRESAS BANMÉDICA CHI Serviços de saúde 965,1 1.058,8 -8,8 47,3 58,6 -19,3 95,5 109,8 -13,0
431 - HOCOL COL Petróleo/Gás 952,8 691,8 37,7 143,6 66,3 116,6 239,3 169,7 41,0
432 437 H-E-B SUPERMERCADOS (2) MÉX Comércio 950,0 1.000,4 -5,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
433 393 KRAFT FOODS BRA Alimentos 949,9 1.136,1 -16,4 117,0 57,9 102,1 N.D. N.D. -
434 402 CELPE BRA Energia elétrica 947,6 1.122,5 -15,6 199,5 175,9 13,4 306,2 344,7 -11,2
435 472 GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG PER Comércio 944,8 882,3 7,1 N.D. 3,8 - N.D. 39,8 -
436 456 ALPURA (2) MÉX Alimentos 943,0 937,7 0,6 N.D. 1,8 - N.D. N.D. -
437 394 GRUPO PALACIO DE HIERRO (1) (17) MÉX Comércio 940,8 1.135,7 -17,2 48,8 60,7 -19,6 115,8 134,9 -14,2
438 455 GRUPO TACA EL S. Transporte/Logística 940,0 938,0 0,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
439 467 RENAULT ARGENTINA ARG Automotivo/Autopeças 938,9 901,9 4,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
440 489 M. DIAS BRANCO BRA Alimentos 938,2 850,9 10,3 91,7 45,2 102,9 159,3 114,9 38,6
441 410 LOJAS RENNER BRA Comércio 934,3 1.090,1 -14,3 69,5 88,0 -21,0 128,5 161,5 -20,4
442 457 GRUPO AUTOFIN (2) MÉX Comércio 932,0 933,9 -0,2 N.D. 58,4 - N.D. N.D. -
443 400 GRUPO CONTINENTAL MÉX Bebidas 927,3 1.125,3 -17,6 130,1 147,0 -11,5 194,0 228,8 -15,2
444 331 ALBRAS BRA Siderurgia/Metalurgia 924,7 1.359,0 -32,0 70,2 173,7 -59,6 197,5 3.951,8 -95,0
445 497 MINERVA BRA Agroindústria 907,5 825,7 9,9 -92,2 19,6 -570,4 65,6 45,4 44,5
446 - CMPC TISSUE CHI Celulose/Papel 903,7 785,7 15,0 10,6 59,8 -82,3 N.D. N.D. -
447 484 CAROZZI CHI Alimentos 902,8 868,5 3,9 20,5 24,3 -15,6 112,1 102,8 9,0
448 419 SUPERAMA (9) MÉX Comércio 898,7 1.059,6 -15,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
449 401 BANDEIRANTE ENERGIA BRA Energia elétrica 886,0 1.125,2 -21,3 88,0 130,6 -32,6 171,7 234,4 -26,7
450 422 COPASA BRA Serviços básicos 881,6 1.052,0 -16,2 174,5 185,9 -6,1 350,0 376,0 -6,9
40
1 -
45
0
104 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
1.046,9 368,0 1,4 0,5 0,5 N.D. Sim P 937,8 88,7 paranapanema.com.br 401
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - gbarbosa.com.br 402
520,7 157,4 22,7 6,9 3,4 6 773 Não P* - - electrolux.com.br 403
1.920,0 661,5 18,2 6,3 11,5 1.248 Sim P* - - ampla.com 404
801,9 332,0 17,7 7,3 5,6 N.D. Sim P - - cge.cl 405
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 94,3 9,1 3m.com.br 406
N.D. N.D. - - - 8.250 Não P - - comerci.com.mx 407
315,4 208,9 12,2 8,1 2,5 3.268 Não P - - liquigas.com.br 408
N.D. N.D. - - - 1.100 Não P* - - basf.com 409
927,5 463,5 14,2 7,1 6,4 11.531 Não E - - infraero.gov.br 410
N.D. N.D. - - - 5.900 Não P - - sanborns.com.mx 411
363,4 185,2 173,6 88,4 31,6 8.820 Sim P - - laanonima.com.ar 412
N.D. N.D. - - - 9.243 Não P - - costco.com.mx 413
2.129,6 890,4 11,8 4,9 10,4 N.D. Sim P* - - aluar.com.ar 414
N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.011,7 100,0 - 415
N.D. N.D. - - - 3.000 Não P 635,0 63,0 grupomaggi.com.br 416
N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - venalum.com.ve 417
2.164,9 471,2 27,2 5,9 12,8 N.D. Não P - - equatorialenergia.com.br 418
1.648,7 460,6 -12,3 -3,4 -5,7 11.000 Não P - - schincariol.com.br 419
N.D. N.D. - - - 1.765 Não P* - - chrysler.com.ar 420
1.110,6 631,6 6,6 3,8 4,2 8.923 Sim P 148,0 14,9 ccicsa.com.mx 421
229,1 66,3 1,1 0,3 0,1 N.D. Sim P 32,2 3,3 ccni.cl 422
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - hospitalangelespedregal.com.mx 423
1.172,5 339,3 22,1 6,4 7,7 N.D. Sim P* - - falabella.cl 424
624,3 239,8 180,1 69,2 44,3 N.D. Não P* 590,1 60,6 bp.com 425
1.640,9 889,7 -0,8 -0,4 -0,7 3.212 Não P - - whitemartins.com.br 426
896,4 531,8 40,9 24,3 22,4 2.617 Sim P - - confab.com.br 427
840,5 409,1 41,0 19,9 17,3 N.D. Sim P 259,2 26,7 villares.com.br 428
965,8 363,7 7,2 2,7 2,7 N.D. Sim P - - salfacorp.cl 429
640,0 209,0 22,6 7,4 4,9 N.D. Sim P - - empresasbanmedica.cl 430
544,0 350,1 41,0 26,4 15,1 N.D. Não P - - hocol.com.co 431
N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* - - hebmexico.com 432
620,0 170,1 68,8 18,9 12,3 1.742 Não P* - - kraft.com.br 433
1.505,2 559,8 35,6 13,3 21,1 N.D. Sim P* - - celpe.com.br 434
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - ewong.com 435
N.D. N.D. - - - 5.621 Não P - - alpura.com.mx 436
1.301,9 714,3 6,8 3,7 5,2 8.456 Sim P - - elpalaciodehierro.com.mx 437
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - taca.com 438
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - renault.com.ar 439
1.011,6 516,6 17,8 9,1 9,8 N.D. Sim P - - mdiasbranco.com.br 440
667,1 304,4 22,8 10,4 7,4 N.D. Sim P - - lojasrenner.com.br 441
N.D. N.D. - - - 6.458 Não P - - autofi n.com.mx 442
764,6 614,0 21,2 17,0 14,0 13.921 Sim P - - contal.com 443
1.318,9 845,0 8,3 5,3 7,6 N.D. Não P 852,0 92,1 albras.com.br 444
863,6 134,4 -68,6 -10,7 -10,2 7.000 Sim P 762,7 84,0 minerva.ind.br 445
1.023,5 N.D. - 1,0 1,2 4.686 Sim P 34,8 3,9 cmpc.cl 446
846,1 231,8 8,8 2,4 2,3 N.D. Sim P 196,5 21,8 carozzi.cl 447
N.D. N.D. - - - 9.618 Não P* - - superama.com.mx 448
963,1 291,0 30,2 9,1 9,9 1.068 Sim P - - bandeirante.com.br 449
2.678,0 1.627,4 10,7 6,5 19,8 11.116 Sim E - - copasa.com.br 450
EQUATORIAL O DESEMPENHO DESTA BRASILEIRA EM 2008 DEMONSTRA POR QUE É UMA DAS ESTRELAS EMERGENTES DO SETOR ELÉTRICO: CRESCEU 102,3%.
40
1 - 4
50
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 105
ASDA AMÉRICA LATINA
MAIORES EMPRESAS
RK2008
RK2007
EMPRESA PAÍS SETORVENDAS
2008 US$ Milh.
VENDAS 2007
US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS
08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO
2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO
2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07
(%)
EBITDA 2008
US$ Milh.
EBITDA 2007 US$
Milhões
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
S MP:
PRI
VADA
LOCA
L, P*
: PRI
VADA
EST
RANG
EIRA
, E: E
STAT
AL
(Notas na pág. 87)
451 426 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA Transporte/Logística 872,9 1.032,3 -15,4 80,6 130,9 -38,4 313,9 330,4 -5,0
452 430 FERROMEX MÉX Transporte/Logística 867,1 1.010,9 -14,2 114,9 138,6 -17,1 221,8 267,6 -17,1
453 - CEG BRA Petróleo/Gás 863,7 752,2 14,8 56,1 69,1 -18,8 156,6 199,0 -21,3
454 414 MINERA ZALDÍVAR CHI Mineração 862,8 1.072,8 -19,6 500,4 667,3 -25,0 547,1 829,0 -34,0
455 - PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER Petróleo/Gás 857,4 766,3 11,9 5,2 4,9 6,3 11,0 9,8 12,8
456 - ELÉCTRICA DE CARACAS VEN Energia Elétrica 851,6 1.015,8 -16,2 -140,4 47,1 -398,1 N.D. N.D. -
457 - CARAMURU BRA Alimentos 845,9 731,3 15,7 -10,4 20,7 -150,4 N.D. N.D. -
458 487 DUPONT MÉXICO MÉX Química/Farmácia 843,0 801,0 5,2 N.D. 55,1 - N.D. N.D. -
459 483 ITAMBÉ BRA Alimentos 842,0 956,0 -11,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
460 403 AXTEL MÉX Telecomunicações 836,6 1.116,8 -25,1 -50,6 45,0 -212,4 304,4 374,2 -18,7
461 448 GASCO CHI Petróleo/Gás 835,5 957,2 -12,7 4,3 53,9 -92,0 94,8 177,0 -46,4
462 495 ULTRAFÉRTIL BRA Química/Farmácia 833,1 828,0 0,6 102,2 105,5 -3,1 N.D. N.D. -
463 412 PARIS CHI Comércio 828,2 1.084,7 -23,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
464 441 UTE URU Energia Elétrica 825,5 1.101,8 -25,1 -332,4 220,3 -250,9 -24,9 631,0 -103,9
465 470 POSITIVO INFORMÁTICA BRA Eletrônica 824,7 896,8 -8,0 58,2 37,1 56,9 81,8 54,4 50,4
466 449 OXITENO BRA Petróleo/Gás 824,2 950,2 -13,3 N.D. N.D. - 89,9 88,7 1,3
467 404 CPFL PIRATININGA BRA Energia Elétrica 823,3 1.116,1 -26,2 95,0 182,4 -47,9 178,3 323,3 -44,8
468 421 EDITORA ABRIL BRA Mídia 821,6 1.053,0 -22,0 78,5 48,9 60,5 N.D. N.D. -
469 459 GRUPO GLORIA PER Alimentos 820,4 945,7 -13,2 99,2 86,1 15,2 121,8 195,0 -37,5
470 445 COELCE BRA Energia Elétrica 819,4 961,1 -14,7 144,9 138,2 4,8 252,8 269,1 -6,1
471 451 DURATEX BRA Manufatura 818,8 943,1 -13,2 134,3 180,0 -25,4 249,7 315,1 -20,8
472 438 GUARARAPES - RIACHUELO BRA Têxtil/Calçados 817,3 999,6 -18,2 58,6 101,5 -42,3 43,4 38,4 13,0
473 474 DOUX FRANGOSUL BRA Alimentos 814,7 873,7 -6,7 6,0 N.D. - 93,3 N.D. -
474 - ELECTRICARIBE COL Energia Elétrica 809,5 804,0 0,7 34,9 14,9 134,2 148,1 112,8 31,3
475 - UCP BACKUS & JOHNSTON PER Bebidas 809,3 738,6 9,6 130,0 102,8 26,5 295,5 243,3 21,5
476 488 ANGLO AMERICAN NORTE CHI Mineração 807,9 851,3 -5,1 263,9 507,0 -48,0 246,3 467,9 -47,4
477 454 IUSACELL MÉX Telecomunicações 801,7 941,2 -14,8 -235,9 -117,7 -100,4 159,7 192,8 -17,2
478 - C. VALE BRA Agroindústria 800,8 766,4 4,5 11,7 12,7 -7,3 N.D. N.D. -
479 461 MAHLE METAL LEVE BRA Automotivo/Autopeças 798,7 925,5 -13,7 26,6 59,9 -55,6 118,7 162,5 -27,0
480 - EASY ARG Comércio 796,6 597,7 33,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
481 - IOCHPE-MAXION BRA Automotivo/Autopeças 782,1 727,9 7,4 91,6 40,9 124,0 114,7 93,5 22,7
482 490 LOCALIZA BRA Transporte/Logística 780,4 849,9 -8,2 58,4 88,6 -34,1 300,0 315,3 -4,9
483 - BRETAS SUPERMERCADOS BRA Comércio 778,1 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -
484 447 CELG BRA Energia Elétrica 774,1 967,6 -20,0 -108,7 -105,5 -3,0 126,4 122,7 3,0
485 429 SOTREQ BRA Automotivo/Autopeças 770,6 1.015,1 -24,1 37,8 43,8 -13,8 N.D. N.D. -
486 465 ZAFFARI E BOURBON BRA Comércio 769,1 906,0 -15,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -
487 492 TIGRE - TUBOS E CONEXÕES BRA Manufatura 767,0 849,3 -9,7 N.D. 70,9 - N.D. 159,7 -
488 - BUENAVENTURA PER Mineração 766,6 743,8 3,1 203,3 369,5 -45,0 -59,1 222,8 -126,5
489 310 SUZANO PETROQUÍMICA BRA Petroquímica 766,4 1.414,8 -45,8 -145,5 81,6 -278,3 -25,7 162,1 -115,9
490 486 ITAUTEC BRA Eletrônica 764,5 860,4 -11,1 17,3 56,8 -69,5 35,7 67,2 -46,9
491 - PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA Comércio 763,5 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -
492 - CONTAX BRA Telecomunicações 759,4 771,1 -1,5 39,5 30,5 29,5 105,6 92,5 14,2
493 469 TUPY BRA Siderurgia/Metalurgia 756,4 900,9 -16,0 72,1 62,9 14,6 124,7 118,3 5,4
494 - PETROBRAS (15) COL Petróleo/Gás 752,1 794,3 -5,3 50,9 86,3 -41,0 295,3 301,2 -2,0
495 460 CORPORACIÓN DURANGO MÉX Celulose/Papel 750,8 748,7 0,3 N.D. -28,6 - N.D. 95,3 -
496 - GAFISA BRA Construção 744,7 661,8 12,5 47,0 64,1 -26,7 77,0 88,0 -12,5
497 - FERREYROS PER Máquinas/Equip. 741,8 645,7 14,9 26,1 42,1 -38,0 97,9 67,5 45,0
498 - OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL Petróleo/Gás 732,8 583,7 25,5 349,7 283,7 23,3 61,0 47,7 27,9
499 - DMA DISTRIBUIDORA BRA Comércio 731,8 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -
500 494 FARMACIAS BENAVIDES MÉX Comércio 719,0 839,1 -14,3 6,0 22,6 -73,5 27,9 43,9 -36,4
45
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0
106 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008
US$ Milh.ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQUIDA (%)
EMPREGADOS 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO %
DAS VENDASSITE (www.) RK 2008
1.891,1 344,3 23,4 4,3 9,2 N.D. Sim P - - agsa.com.br 451
1.190,0 808,0 14,2 9,7 13,3 6.921 Sim P - - ferromex.com.mx 452
815,7 227,2 24,7 6,9 6,5 N.D. Sim P - - ceg.com.br 453
941,6 693,1 72,2 53,1 58,0 N.D. Não P* 854,7 99,1 barrick.com 454
82,3 26,7 19,4 6,3 0,6 294 Não P - - pecsa.com.pe 455
4.311,9 2.644,9 -5,3 -3,3 -16,5 N.D. Não E - - laedc.com.ve 456
572,5 130,6 -8,0 -1,8 -1,2 N.D. Não P 470,6 55,6 caramuru.com 457
N.D. N.D. - - - 1.670 Não P* - - dupont.com.mx 458
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - itambe.com.br 459
1.559,3 573,4 -8,8 -3,2 -6,0 6.946 Sim P - - axtel.com.mx 460
1.656,3 458,6 0,9 0,3 0,5 N.D. Sim P - - gasco.cl 461
806,0 290,7 35,2 12,7 12,3 N.D. Não P - - fosfertil.com.br 462
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - paris.cl 463
3.689,5 2.880,1 -11,5 -9,0 -40,3 N.D. Não E - - ute.com.uy 464
496,9 243,9 23,9 11,7 7,1 3.800 Sim P - - positivoinformatica.com.br 465
N.D. N.D. - - - 1.565 Não P 108,4 13,2 ultrapar.com 466
774,9 98,6 96,3 12,3 11,5 N.D. Sim P - - cpfl .com.br 467
740,7 76,4 102,7 10,6 9,6 4.100 Não P - - abril.com.br 468
650,2 334,2 29,7 15,3 12,1 N.D. Não P 79,7 9,7 grupogloria.com 469
1.190,2 392,4 36,9 12,2 17,7 1.280 Sim P* - - coelce.com.br 470
1.443,5 740,9 18,1 9,3 16,4 N.D. Sim P - - duratex.com.br 471
848,3 567,7 10,3 6,9 7,2 N.D. Sim P - - lojasriachuelo.com.br 472
772,2 148,8 4,1 0,8 0,7 8.000 Não P* 813,8 99,9 frangosul.com.br 473
1.700,8 856,2 4,1 2,1 4,3 6.700 Não P - - eletricaribe.com 474
975,2 636,3 20,4 13,3 16,1 N.D. Não P* 34,4 4,3 backus.com.pe 475
523,0 262,1 100,7 50,5 32,7 N.D. Não P* 801,0 99,2 angloamerican.co.uk 476
1.270,0 8,1 -2.912,3 -18,6 -29,4 5.547 Sim P - - iusacell.com.mx 477
519,2 146,7 8,0 2,3 1,5 4.710 Não P 174,7 21,8 cvale.com.br 478
698,8 191,1 13,9 3,8 3,3 8.812 Sim P* 316,4 39,6 mahle.com.br 479
N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - easy.com.ar 480
485,2 189,5 48,3 18,9 11,7 N.D. Sim P - - iochpe-maxion.com.br 481
879,3 229,9 25,4 6,6 7,5 N.D. Sim P - - localiza.com 482
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - bretas.com.br 483
2.676,0 208,3 -52,2 -4,1 -14,0 2.850 Sim E - - celg.com.br 484
467,8 128,3 29,4 8,1 4,9 N.D. Não P - - sotreq.com.br 485
N.D. N.D. - - - 9.500 Não P - - zaffari.com.br 486
N.D. N.D. - - - 5.400 Não P 23,6 3,1 tigre.com.br 487
2.268,3 1.729,0 11,8 9,0 26,5 N.D. Sim P 319,7 41,7 buenaventura.com.pe 488
1.021,2 294,3 -49,4 -14,2 -19,0 N.D. Sim P 84,0 11,0 suzano.com.br 489
518,5 193,9 8,9 3,3 2,3 5.700 Sim P - - itautec.com.br 490
N.D. N.D. - - - 6.500 Não P - - prezunic.com.br 491
424,8 121,0 32,6 9,3 5,2 74.500 Sim P - - contax.com.br 492
872,4 332,6 21,7 8,3 9,5 N.D. Sim P 437,6 57,9 tupy.com.br 493
607,9 194,7 26,1 8,4 6,8 74.240 Sim P* - - petrobras.com.co 494
N.D. N.D. - - - 11.850 Sim P - - corpdgo.com.mx 495
2.370,1 690,0 6,8 2,0 6,3 N.D. Sim P - - gafi sa.com.br 496
701,4 172,8 15,1 3,7 3,5 N.D. Sim P - - ferreyros.com.pe/html/home.htm 497
413,8 170,5 205,1 84,5 47,7 N.D. Não P* - - oxy.com 498
N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - grupodma.com.br 499
312,4 99,0 6,1 1,9 0,8 6.841 Não P* - - benavides.com.mx 500
BUENAVENTURA COM OS PREÇOS DOS MINERAIS EM QUEDA, A PERUANA GANHA PONTOS ONDE OUTROS FALHARAM: INCREMENTOU SUAS VENDAS EM 3,1%.ROQUE BENAVIDES, PRESIDENTE EXECUTIVO DA BUENAVENTURA
45
1 - 5
00
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 107
AS MAIS RENTÁVEIS
LEVANTE A MÃO QUEM MAIS GANHOU
Os executivos peruanos da Minera Barrick Misquichilca podem encher o peito e dizer
que têm a operação mais efi-ciente da América Latina. Esse é o resultado quando usamos a margem Ebitda – relação entre o Ebitda e a receita líquida – para comparar as empresas que compõem o Ranking das 500.
Esse indicador é a for-ma contábil de expressar o desempenho operacional de uma empresa. No caso da companhia peruana, significa que gastou US$ 18,8 em suas operações para conseguir US$ 100 de receita, deixando livre os US$ 81,2 restantes. O preço do ouro colaborou para esse resultado, mas sem dúvida há méritos internos que fizeram com que esta se destacasse da concorrência.
O Ebitda é um indicador limpo. Essa sigla significa, em inglês, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, refletindo resultados livres da influên-cia da estrutura de financia-mento da companhia, seus investimentos passados ou a legislação tributária de cada país. Só é influenciada pelo
negócio em si. E melhorar o Ebitda sig-
nifica melhorar diretamente a eficiência operacional de uma empresa. As empresas que mais melhoraram esse indicador entre 2007 e 2008 estão no extremo Sul do continente.
O primeiro lugar é da Patagonia, sociedade dona de uma rede de supermer-cados no Sul da Argentina e que melhorou seu Ebitda em 1.539%. Nada mal. E em seguida surge a companhia chilena de eletricidade Col-bún, com 1.008%.
FÓRMULA DO LUCROMas nada é grátis no mundo dos negócios. É preciso pa-gar pelos ativos fixos, bem como dívidas e impostos, e nenhuma análise de rentabi-lidade é adequada se não se referir à última das últimas linhas: o lucro líquido, e quantos recursos usamos para consegui-lo.
Em 2008, a capacidade de gerar lucro caiu fortemente, no mesmo ritmo que os preços e a atividade. Mas há exceções que parecem nem sentir a crise chegar.
É o caso daquelas que tira-
ram boa rentabilidade de seus ativos, ou ROA, na sigla em inglês. Neste caso, o ranking novamente é liderado pela argentina Patagonia, seguida da petrolífera Occidental de Colombia, filial da norte-americana OXY, com ROA de 88,4% e 84,5%, respecti-vamente.
Mas o que interessa ao acionista é o ROE, sigla em inglês que descreve quanto lucro foi gerado pelo dinheiro que ele mesmo colocou, o pa-trimônio do negócio. Este ano, os resultados estiveram muito acima dos conquistados em anos anteriores. Este ranking é liderado pela hidroelétrica paraguaio-brasileira Itaipu Binacional. A companhia de eletricidade conseguiu lucro equivalente a 881,9% de seu patrimônio.
Para isso colaborou o fato de o ano de 2008 ter sido de resultados recordes para a maior hidroelétrica do mun-do. Isso lhe permitiu repartir dividendos históricos entre os governos dos dois países que dividem a propriedade em partes iguais – o que explica o fato de o patrimônio ser muito baixo em relação ao volume do negócio.
O ATRASO DO COBRE CHILENOOutra análise interessante é a da capacidade das empresas de gerar lucro de acordo com o número de empregados. Neste ranking, a mineradora chilena Escondida mantém o primeiro lugar, com US$ 1,15 milhão por trabalhador de planta. Apesar de ter regis-trado queda de quase US$ 1 milhão por cada trabalhador, a empresa continua no topo. É seguida por outra mineradora chilena, a Antofagasta PLC, com US$ 972 mil em lucro por empregado.
São o último sinal de reina-do dessas companhias chilenas nos rankings de rentabilidade. Durante os últimos quatro anos, as companhias de cobre chilenas lideraram de longe em capacidade de gerar lucro, independentemente do indi-cador de rentabilidade que se colocasse em sua frente.
Com a queda pronunciada do preço do cobre em 2008, além de custos que não se-guiram a mesma direção, estas companhias comparti-lham posições com elétricas, petrolíferas, siderúrgicas e empresas de serviços de toda a região.
Ebitda, margem líquida, ROA ou ROE. Os indicadores de rentabilidade demons-tram que 2008 não foi um ano fácil. Alguns casos, como Barrick Misquichilca e Escondida, são a boa exceção
108 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
MA
RG
EM
EB
ITD
A
AS MAIS RENTÁVEISSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍSEBITDA
COMO % DE VENDAS
RK 2008
1 BARRICK MISQUICHILCA PER 81,2 310
2 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 75,7 218
3 CSN BRA 74,6 63
4 GRUPO ARGOS COL 68,5 243
5 LOS PELAMBRES CHI 65,7 198
6 MINERA CERRO VERDE PER 64,5 232
7 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 64,0 209
8 MINERA ZALDÍVAR CHI 63,4 454
9 TRACTEBEL BRA 63,4 287
10 CCR BRA 63,0 361
11 ESCONDIDA CHI 59,5 50
12 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 59,4 153
13 PATAGONIA ARG 57,7 412
14 ANGLO AMERICAN SUR CHI 57,6 214
15 ANTOFAGASTA PLC CHI 56,3 119
16 MINERA YANACOCHA PER 54,4 266
17 COLLAHUASI CHI 53,2 159
18 ALL AMÉRICA LATINA BRA 53,1 393
19 TELCEL MÉX 52,4 32
20 GRUPO MÉXICO MÉX 51,5 85
21 PAN AMERICAN ENERGY ARG 50,3 242
22 PEMEX MÉX 49,7 2
23 CANDELARIA CHI 47,7 365
24 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 46,5 40
25 VALE BRA 46,1 5
26 ENDESA CHI 46,0 103
27 COMCEL COL 45,9 164
28 MINERA EL ABRA CHI 45,7 378
29 CONECEL EQU 45,4 396
30 CARBONES DEL CERREJÓN COL 44,6 175
31 GASPETRO BRA 44,3 290
32 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 44,2 252
33 ECOPETROL COL 43,5 15
34 AMBEV BRA 43,3 41
35 SABESP BRA 43,0 151
36 FOSFÉRTIL BRA 42,4 291
37 SQM CHI 41,9 235
38 NEOENERGIA BRA 41,5 156
39 TELESP BRA 40,7 57
40 GRUPO TELEVISA MÉX 40,5 114
41 COSIPA BRA 40,4 147
42 ALUMBRERA ARG 40,1 350
43 AMÉRICA MÓVIL MÉX 40,1 6
44 COPASA BRA 39,7 450
45 TELEFÓNICA CHILE CHI 39,7 385
46 ENTEL CHI 39,6 251
47 PETROBRAS COL 39,3 494
48 COELBA BRA 39,1 318
49 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 39,1 190
50 TELEFÔNICA BRA 39,0 26
OS MAIS COMPETENTESRENTABILIDADE MÉDIA EM US$ MIL, POR TRABALHADORES/PAÍS, TOP 50FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
CHI
COL
BRA
ARG
PAN
MÉX
PER
0 100 200 300 400
452,8
341,0
148,1
144,5
140,2
107,7
95,0
QUEM GANHA MAISROE MÉDIO POR PAÍS (%), ENTRE AS 50 MAIS RENTÁVEISFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ARG
COL
BRA
CHI
MÉX
PER
0 50 100 150
173,6 (1)
118,1 (4)
110,6 (27)
64,3 (10)
51,2 (5)
43,8 (3)
BOAS PRÁTICASMARGEM EBITDA MÉDIA (%) POR PAÍS, TOP 50FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ENTRE PARÊNTESIS, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS
0
20
40
60
45,4 46,8 47,7 48,6 49,4 51,4
59,7
75,7
EQU MÉX COL BRA ARG CHI PER PAN
ENTRE PARÊNTESES, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS
(1) (6) (6) (16) (12)(3) (5) (1)
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 109
AS MAIS RENTÁVEISR
ET
OR
NO
SO
BR
E V
EN
DA
S
RE
TO
RN
O S
OB
RE
PA
TR
IMÔ
NIO
(R
OE
)SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO COMO %
DE VENDAS
RK 2008
1 ALUNORTE BRA 73,3 324
2 MINERA ZALDÍVAR CHI 58,0 454
3 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 51,2 218
4 ANTOFAGASTA PLC CHI 50,6 119
5 BARRICK MISQUICHILCA PER 48,3 310
6 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 47,7 498
7 LOS PELAMBRES CHI 47,0 198
8 TELCEL MÉX 46,2 32
9 ESCONDIDA CHI 46,0 50
10 BP EXPLORATION COMPANY COL 44,3 425
11 COLLAHUASI CHI 43,3 159
12 ANGLO AMERICAN SUR CHI 43,2 214
13 CSN BRA 41,2 63
14 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 40,3 153
15 MINERA CERRO VERDE PER 39,1 232
16 USIMINAS IPATINGA BRA 38,1 112
17 CONECEL EQU 37,1 396
18 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 35,0 252
19 ECOPETROL COL 34,3 15
20 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 32,7 476
21 CANDELARIA CHI 32,5 365
22 TRACTEBEL BRA 32,4 287
23 PATAGONIA ARG 31,6 412
24 QUIÑENCO CHI 30,5 359
25 VALE BRA 30,2 5
26 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 29,8 209
27 MINERA EL ABRA CHI 29,1 378
28 MINERA YANACOCHA PER 28,6 266
29 SQM CHI 28,3 235
30 CTI ARG 26,9 207
31 BUENAVENTURA PER 26,5 488
32 COELBA BRA 26,2 318
33 CCR BRA 26,1 361
34 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 25,8 115
35 CARBONES DEL CERREJÓN COL 25,4 175
36 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 25,4 237
37 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 25,4 200
38 CHILECTRA CHI 23,8 248
39 SOUZA CRUZ BRA 23,6 187
40 NEOENERGIA BRA 23,4 156
41 GRUPO MÉXICO MÉX 23,0 85
42 CBA BRA 22,8 340
43 FOSFÉRTIL BRA 22,5 291
44 MRS BRA 22,4 337
45 CONFAB BRA 22,4 427
46 GRUPO ELEKTRA MÉX 22,2 134
47 GASPETRO BRA 21,8 290
48 GRUPO ARGOS COL 21,3 243
49 CELPE BRA 21,1 434
50 USIMINAS BRA 20,5 59
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO COMO % DE PATRIMÔNIO
RK 2008
1 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 881,9 115
2 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA 440,4 161
3 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 205,1 498
4 BP EXPLORATION COMPANY COL 180,1 425
5 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 178,4 237
6 PATAGONIA ARG 173,6 412
7 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 133,1 49
8 CPFL-CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 118,7 229
9 GRUPO ABRIL BRA 118,4 334
10 ESCONDIDA CHI 113,6 50
11 EDITORA ABRIL BRA 102,7 468
12 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 100,7 476
13 CPFL PIRATININGA BRA 96,3 467
14 CSN BRA 86,7 63
15 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 78,5 153
16 NATURA BRA 74,2 278
17 MINERA ZALDÍVAR CHI 72,2 454
18 COLLAHUASI CHI 69,0 159
19 KRAFT FOODS BRA 68,8 433
20 CANDELARIA CHI 66,0 365
21 SOUZA CRUZ BRA 58,7 187
22 LOS PELAMBRES CHI 55,9 198
23 MINERA CERRO VERDE PER 54,3 232
24 ALUNORTE BRA 51,6 324
25 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 51,3 40
26 COELBA BRA 50,0 318
27 IOCHP-MAXION BRA 48,3 481
28 MOVISTAR PER 47,3 398
29 CARBONES DEL CERREJÓN COL 46,2 175
30 COMGAS BRA 45,2 250
31 CCR BRA 45,2 361
32 MINERA EL ABRA CHI 42,8 378
33 MRS BRA 42,7 337
34 WHIRLPOOL BRA 42,2 169
35 AMÉRICA MÓVIL MÉX 41,9 6
36 ENTEL PCS CHI 41,7 360
37 HOCOL COL 41,0 431
38 AÇOS VILLARES BRA 41,0 428
39 ANGLO AMERICAN SUR CHI 41,0 214
40 CONFAB BRA 40,9 427
41 CODELCO CHI 40,4 17
42 FOSFÉRTIL BRA 40,3 291
43 BARRICK MISQUICHILCA PER 38,2 310
44 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 38,1 255
45 MINERA YANACOCHA PER 37,8 266
46 COELCE BRA 36,9 470
47 LOJAS AMERICANAS BRA 36,3 138
48 CELPE BRA 35,6 434
49 ELEKTRO BRA 35,5 392
50 TRACTEBEL BRA 35,2 287
110 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS MAIS RENTÁVEISR
ET
OR
NO
SO
BR
E A
TIV
OS
RE
TO
RN
O S
OB
RE
EM
PR
EG
AD
OS
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO COMO % DE
ATIVOS
RK 2008
1 PATAGONIA ARG 88,4 412
2 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 84,5 498
3 BP EXPLORATION COMPANY COL 69,2 425
4 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 56,8 153
5 MINERA ZALDÍVAR CHI 53,1 454
6 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 50,5 476
7 ESCONDIDA CHI 49,6 50
8 CANDELARIA CHI 40,4 365
9 COLLAHUASI CHI 38,3 159
10 MINERA CERRO VERDE PER 36,2 232
11 LOS PELAMBRES CHI 35,6 198
12 SOUZA CRUZ BRA 34,6 187
13 MINERA EL ABRA CHI 34,2 378
14 ALUNORTE BRA 33,1 324
15 CARBONES DEL CERREJÓN COL 33,1 175
16 BARRICK MISQUICHILCA PER 30,2 310
17 ANGLO AMERICAN SUR CHI 28,7 214
18 HOCOL COL 26,4 431
19 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 25,4 49
20 NATURA BRA 24,5 278
21 MINERA YANACOCHA PER 24,3 266
22 CONFAB BRA 24,3 427
23 ECOPETROL COL 23,9 15
24 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 22,1 218
25 ANTOFAGASTA PLC CHI 21,5 119
26 AÇOS VILLARES BRA 19,9 428
27 SQM CHI 19,5 235
28 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 19,3 237
29 COELBA BRA 19,2 318
30 IOCHPE-MAXION BRA 18,9 481
31 KRAFT FOODS BRA 18,9 433
32 CSN BRA 18,3 63
33 FOSFÉRTIL BRA 17,9 291
34 OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 17,9 116
35 MADECO CHI 17,6 381
36 WHIRLPOOL BRA 17,2 169
37 GRUPO CONTINENTAL MÉX 17,0 443
38 MOVISTAR PER 16,9 398
39 ENTEL PCS CHI 16,8 360
40 CHILECTRA CHI 16,3 248
41 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 16,2 377
42 EMBOTELLADORA ANDINA CHI 15,7 314
43 GRUPO GLORIA PER 15,3 469
44 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 14,7 100
45 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 14,7 216
46 COMCEL COL 14,5 164
47 MRS BRA 14,2 337
48 USIMINAS IPATINGA BRA 14,2 112
49 TENARIS ARG 14,1 23
50 SIDERAR ARG 14,0 181
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO SOBRE EMPREGADOS
US$
RK 2008
1 ESCONDIDA CHI 1.151.710 50
2 ANTOFAGASTA PLC CHI 972.365 119
3 ECOPETROL COL 762.220 15
4 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 587.911 115
5 TRACTEBEL BRA 502.316 287
6 ANGLO AMERICAN SUR CHI 385.931 214
7 ENDESA CHI 314.063 103
8 TELCEL MÉX 312.586 32
9 CTI ARG 290.640 207
10 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 235.700 237
11 COMGÁS BRA 231.092 250
12 PETROBRAS BRA 190.132 3
13 USIMINAS IPATINGA BRA 173.769 112
14 TELESP BRA 170.959 57
15 CSN BRA 152.519 63
16 VALE BRA 145.711 5
17 COMCEL COL 139.867 164
18 MOVISTAR CHI 137.000 329
19 COELBA BRA 131.834 318
20 CMPC CELULOSA CHI 127.425 375
21 YPF ARG 123.761 31
22 NEOENERGIA BRA 123.686 156
23 CARBONES DEL CERREJÓN COL 120.865 175
24 FOSFÉRTIL BRA 116.449 291
25 CELPE BRA 114.524 434
26 COELCE BRA 113.203 470
27 LIGHT BRA 111.736 183
28 ELETROBRÁS BRA 111.632 19
29 CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 111.114 209
30 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 107.674 218
31 ELETROPAULO BRA 104.048 127
32 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA 103.396 161
33 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 95.041 153
34 AMPLA BRA 92.758 404
35 COSIPA BRA 92.739 147
36 TENARIS ARG 90.302 23
37 SOUZA CRUZ BRA 89.117 187
38 BRASIL TELECOM BRA 84.474 83
39 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 83.780 200
40 CONFAB BRA 83.072 427
41 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 82.397 449
42 EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 82.290 124
43 AMÉRICA MÓVIL MÉX 82.182 6
44 ENDESA BRASIL BRA 81.326 199
45 CODELCO CHI 81.180 17
46 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 79.602 7
47 MRS BRA 77.345 337
48 CPFL ENERGIA BRA 75.819 99
49 SIDERAR ARG 73.434 181
50 CEMIG BRA 73.409 86
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 111
AS 500 POR RESULTADO
TEMPORADA VERMELHAA última linha das empresas latino-americanas foi duramente golpeada pela crise internacional
Seis anos seguidos. Nun-ca antes uma empresa tinha permanecido tan-to tempo no topo de
nenhuma classificação, nem de nehum subranking deste estudo. Esse é o tempo da petrolífera estatal brasileira Petrobras como a empresa que registra o maior lucro da América Latina. E de longe.
O MODELO PETROBRASEVOLUÇÃO VENDAS E LUCRO ANUAL DA PETROBRAS (EM US$ MILHÃO)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
Os mais de US$ 14 bilhões em lucro líquido registrados em 2008 pela empresa estatal que cotiza em bolsa supera facilmente seus seguidores. De fato, apenas 16 empresas em toda a região conseguiram registrar vendas mais altas que a última linha da petrolífera brasileira.
Mas, além do montante, o admirável é a regularida-de com que a Petrobras tem incrementado ano a ano seu lucro em diferentes cenários e
condições de mercado. Estes resultados apóiam a admiração que o modelo de propriedade, de negócios e de inovação da Petrobras geram no restante da indústria. E a multiplicação de propostas que surgem em toda a região para transformar a petrobras no modelo e seguir pelas ccomplicadas empresas estatais que se proliferam na
região.O melhor exemplo dessa
tendência é a colombiana Ecopetrol, petrolífera de
tradição estatal que abriu seu capital em uma declarada tentativa de replicar o mode-lo da Petrobras. Resultado? A colombiana foi uma das empresas que deu o salto mais espetacular em seu lucro durante 2008 – somando um par de bilhões à sua última linha – a quase dobrando o resultado do ano anterior.
Com isso, a Ecopetrol ficou em terceiro lugar na lista das maiores geradoras de dinheiro da região.
Junto delas, a brasileira Va-le, as empresas de telecomu-nicações mexicanas do grupo Slim e a chilena Escondida conformam a lista das com-panhias que mais ganharam na América Latina.
Sobre isso, é bom lembrar que as cifras de Pdvsa e Pe-troecuador, apesar de estarem incluídas no ranking geral das 500, não são contadas nestes subrankings de resultados devido aos sólidos questiona-mentos sobre os relatórios que ambas companhias divulgam como oficiais.
Mas o impacto da crise global se vê mais claramente quando se analisa as empresas que mais perderam. E, entre elas, há velhos conhecidos. A estatal mexicana Pemex e suas distintas empresas ocupam alguns dos primeiros postos dessa lista nada alme-jada. A Pemex Refinación duplicou suas perdas durante 2008, enquanto a holdingPemex registrou aumento
Imitando o modelo da Petrobras, a estatal colombiana Ecopetrol en-
trou para a liga da empresas mais lu-crativas da América Latina.
112 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
VENDA VAR. LUCRO VAR.
2002 19.578,3 2.291,80
2003 33.138,1 69,3% 6.159,0 168,7%
2004 40.763,1 23,0% 6.728,7 9,2%
2005 58.360,8 43,2% 10.135,7 50,6%
2006 74.012,5 26,8% 12.123,0 19,6%
2007 96.300,9 30,1% 12.144,6 0,2%
2008 92.049,0 -4,4% 14.115,4 16,2%
AS 500 POR RESULTADO
GUERRA DE NAÇÕESMÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÕES DE LUCRO. DADOS 2007 E 2008.FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
INDÚSTRIAS RESISTENTESMÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÃO DE LUCRO DADOS 2007 E 2008FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
de 370%.Mas não foi apenas a Pe-
mex que sofreu. Dois mil e oito em geral foi um mau ano para as empresas mexicanas. Em média, as mexicanas que participam do Ranking das 500 registraram queda de 111,7% em 2008. E das seis empresas com maiores perdas, cinco são do país.
Mas o ano tampouco foi bom para as brasileiras. Em médio, o lucro dessas com-panhias caiu 70,5% em 2008. E as brasileiras são maioria também entre as que mais perderam: do total de 50, 29 são do País. No ano passado, eram apenas 12 em todo o Ranking das 500.
As que mais se destacaram por sua capacidade de per-der dinheiro foram Aracruz Celulose, Braskem e Sadia,
SETOR VAR % MÉDIA
Agroindústria -128,5
Alimentos -90,5
Bebidas -30,4
Celulose/papel -133,1
Energia elétrica -92,6
Mídia -11,4
Mineração 39
Petróleo/Gás -67,3
Petroquímica -278,2
Siderurgia/Metalurgia 9,3
Telecomunicações 19,9
Transporte/logística -103,4
TOTAL -45,5
PAÍS VAR. % MÉDIA
MÉXICO -111,7
BRASIL -70,5
CHILE -12,0
ARGENTINA 123,2
PERU 54,9
COLÔMBIA 33,7
TOTAL -45,5
que passaram de brilhantes resultados em 2007 a perdas superiores a US$ 1 bilhão em 2008. No caso de Ara-cruz e Sadia, que ilustra a experiência de várias outras, colaboraram suas apostas em derivativos financeiros, que se transformaram em fortes perdas com a desvalorização do real ocorrida no último trimestre do ano.
O panorama foi mais tran-quilo na Colômbia, no Peru e na Argentina, cujas empresas registraram váriações médias positivas. A cifra argentina, a mais alta de todas (média de 123,2%), explica-se em grande parte pelo resultado de uma só empresa: a su-
foi a alta média do lucro das empresas argentinas que entraram no ranking
permercadista Patagonia, que incrementou seu lucro em 1.540%, de longe o salto positivo mais alto entre as empresas do Ranking.
A análise dos resultados nos traz mais surpresas quan-do feita do ponto de vista setorial. O segmento que viu seu lucro despencar em cheio foi o petroquímico, com uma retração média de 278,2%
das empresas desse setor. É acompanhado por agroindús-tria, celulose e as empresas de transporte/logística.
Mastambém há os setores que tiveram motivos para comemorar. É o caso, por exemplo, do de telecomuni-cações. Em 2008, houve mais telecoms no lucro do que com perdas do que no ano anterior. E a média de lucro por em-presa subiui 20%. Nada mal quando a média geral foi de uma queda de 45,5%.
Mas foi o setor de minera-ção que mostrou a alta média mais alta de todo o ranking. Como é possível se o preço dos minérios em 2008 foram mais baixos que os de 2007? Especificamente graças ao excelente comportamento registrado por algumas no-vas companhias peruanas e colombianas de mineração, cujas altas taxas de variação no lucro compensaram as que-das das grandes mineradoras chilenas e brasileiras.
MÉXICO -111,7
CHILE -12,0
PERU 54,9
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 113
AS 500 POR RESULTADOA
S Q
UE
MA
IS G
AN
HA
RA
M
AS
QU
E M
AIS
PE
RD
ER
AM
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
LUCRO LÍQ. 2007
US$ MILHÕES
RK 2008
1 PETROBRAS BRA 14.115,4 12.144,6 3
2 VALE BRA 9.105,5 11.294,3 5
3 ECOPETROL COL 5.164,8 2.533,9 15
4 TELCEL MÉX 4.532,5 N.D. 32
5 AMÉRICA MÓVIL MÉX 4.345,7 5.367,3 6
6 ESCONDIDA CHI 3.570,3 6.467,0 50
7 ELETROBRÁS BRA 2.625,8 873,9 19
8 CSN BRA 2.470,8 1.649,8 63
9 TENARIS ARG 2.124,8 2.076,1 23
10 ANTOFAGASTA PLC CHI 1.706,5 1.382,1 119
11 GERDAU BRA 1.686,1 2.005,7 11
12 CODELCO CHI 1.566,8 2.981,6 17
13 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1.458,7 3.250,8 40
14 USIMINAS IPATINGA BRA 1.390,2 1.796,6 112
15 USIMINAS BRA 1.379,7 1.790,7 59
16 AMBEV BRA 1.309,1 1.590,0 41
17 COLLAHUASI CHI 1.146,5 1.824,9 159
18 SOUTHERN PERÚ C.C. PER 1.092,4 1.409,3 153
19 GRUPO MÉXICO MÉX 1.075,5 1.681,7 85
20 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1.060,8 1.303,5 12
21 YPF ARG 1.049,0 1.289,0 31
22 TELESP BRA 1.035,5 1.334,0 57
23 LOS PELAMBRES CHI 1.020,9 1.741,4 198
24 A. DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 1.017,2 792,4 218
25 ALUNORTE BRA 959,0 N.D. 324
26 ENERSIS CHI 907,4 379,9 29
27 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 881,9 746,1 115
28 TERNIUM ARG 875,2 995,8 43
29 ANGLO AMERICAN SUR CHI 864,1 1.309,5 214
30 CEMIG BRA 807,5 979,8 86
31 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 801,6 N.D. 49
32 MINERA CERRO VERDE PER 718,4 804,7 232
33 ENDESA CHI 703,5 388,1 103
34 CANTV VEN 679,6 476,2 88
35 GRUPO ELEKTRA MÉX 677,9 599,1 134
36 BARRICK MISQUICHILCA PER 659,1 490,7 310
37 GRUPO MODELO MÉX 651,7 870,6 74
38 NEOENERGIA BRA 630,8 756,5 156
39 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 621,6 527,1 100
40 HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 615,0 367,9 209
41 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 609,9 1.709,3 42
42 EMPRESAS COPEC CHI 603,1 1.014,4 20
43 CARBONES DEL CERREJÓN COL 600,7 309,6 175
44 EEPPM COL 591,4 543,7 252
45 GRUPO TELEVISA MÉX 564,2 740,4 114
46 CTI ARG 558,9 N.D. 207
47 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 551,6 474,0 7
48 CPFL ENERGIA BRA 545,9 927,8 99
49 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 540,8 489,9 200
50 SOUZA CRUZ BRA 534,7 512,7 187
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
LUCRO LÍQ. 2007
US$ MILHÕES
RK 2008
1 PEMEX REFINACIÓN MÉX -8.669,9 -4.218,0 4
2 PEMEX MÉX -7.906,2 -1.677,2 2
3 ARACRUZ CELULOSE BRA -1.802,9 588,4 274
4 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX -1.430,4 -49,2 121
5 CFE MÉX -1.415,8 -682,7 10
6 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX -1.354,9 -1.358,0 70
7 BRASKEM BRA -1.066,4 309,1 52
8 SADIA BRA -1.063,3 389,0 89
9 ELETRONORTE BRA -1.037,5 -305,7 258
10 CESP BRA -1.006,3 100,8 399
11 ENAP CHI -957,8 199,1 21
12 GRUPO MASECA MÉX -888,6 204,6 126
13 GRUPO ALFA MÉX -687,7 325,3 44
14 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA -608,4 69,7 96
15 GOL BRA -592,5 151,6 150
16 TAM BRA -582,0 72,8 91
17 VOTORANTIM CEL. E PAPEL BRA -560,7 472,5 333
18 COMERCIAL MEXICANA MÉX -530,9 232,2 108
19 GRUPO VITRO MÉX -409,2 N.D. 205
20 VRG - LINHAS AÉREAS BRA -404,2 -126,6 386
21 ODEBRECHT BRA -357,8 254,0 14
22 UTE URU -332,4 220,3 464
23 GRUPO BERTIN BRA -308,7 140,3 146
24 NEMAK MÉX -298,9 105,0 174
25 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA -284,5 -17,5 272
26 IUSACELL MÉX -235,9 -117,7 477
27 SHELL BRA -209,9 69,6 38
28 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA -193,1 304,5 246
29 COSAN BRA -187,8 175,7 212
30 DUPONT BRASIL BRA -181,7 72,1 383
31 CARGILL BRA -164,0 -79,5 56
32 YARA FERTILIZANTES BRA -152,7 49,4 336
33 KLABIN BRA -149,2 350,8 321
34 SUZANO PETROQUÍMICA BRA -145,5 81,6 489
35 ELÉCTRICA DE CARACAS VEN -140,4 47,1 456
36 GRUPO KUO MÉX -112,4 -69,8 256
37 CELG BRA -108,7 -105,5 484
38 HERINGER FERTILIZANTES BRA -108,3 43,8 281
39 MINERVA BRA -92,2 19,6 445
40 MOSAIC FERTILIZANTES BRA -81,5 71,8 261
41 REPSOL YPF PERÚ PER -79,2 90,8 102
42 TELEFÓNICA COLOMBIA COL -72,0 -9,2 223
43 UNIPAR BRA -65,2 81,9 220
44 SIGMA MÉX -63,1 98,3 227
45 IMCOPA BRA -60,6 23,1 372
46 GRUPO SCHINCARIOL BRA -56,7 64,3 419
47 AXTEL MÉX -50,6 45,0 460
48 NET BRASIL BRA -40,7 98,4 275
49 INDUSTRIAS BACHOCO MÉX -39,7 117,1 294
50 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI -39,1 116,9 80
114 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 500 POR RESULTADOA
S Q
UE
MA
IS C
RE
SC
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AM
EM
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ND
AS
AS
QU
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AIS
CA
ÍRA
M E
M V
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DA
S
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO % 08/07
RK 2008
1 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 1.089,2 162,1 386
2 EQUATORIAL BRA 1.003,9 102,3 418
3 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 89,4 87
4 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 2.506,0 79,5 170
5 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 2.790,0 71,7 149
6 CONSORCIO MINERO CORMIN PER 1.011,7 65,5 415
7 JBS FRIBOI BRA 12.982,6 62,6 18
8 CIA. BRAS. METAL E MINE. BRA 1.600,0 59,6 270
9 CARBONES DEL CERREJÓN COL 2.367,0 57,9 175
10 AMIL BRA 1.848,4 56,3 231
11 NEXTEL BRA 1.330,9 53,3 320
12 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 2.246,7 52,9 190
13 SQM CHI 1.794,8 51,1 235
14 TERNIUM ARG 8.464,8 50,3 43
15 AMERICEL BRA 1.477,7 49,7 286
16 PEQUIVEN VEN 9.690,0 49,1 34
17 HUACHIPATO CHI 1.305,2 48,7 325
18 NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 46,9 54
19 GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 45,4 120
20 GRUPO VIZ MÉX 1.300,0 45,1 327
21 BUNGE ARG 4.190,0 44,5 97
22 MINERA SPENCE CHI 1.168,5 44,2 362
23 MINERA YANACOCHA PER 1.623,7 43,4 266
24 NOKIA BRA 2.647,0 43,1 160
25 MARFRIG BRA 2.654,6 40,8 158
26 ECOPETROL COL 15.053,9 37,8 15
27 HOCOL COL 952,8 37,7 431
28 SIVENSA VEN 1.178,7 35,9 357
29 GERDAU AÇOMINAS BRA 2.365,7 35,4 177
30 ENAP CHI 12.185,2 35,1 21
31 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 1.418,0 34,4 299
32 INTEROCEÁNICA CHI 983,7 34,2 422
33 FLEXTRONICS MANUFACT. MÉX 2.947,8 34,2 140
34 VOLVO BRA 2.713,4 33,7 152
35 EASY ARG 796,6 33,3 480
36 FALABELLA PERÚ PER 978,1 32,1 424
37 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 1.788,3 30,8 237
38 PERDIGÃO BRA 4.875,1 30,2 82
39 LAN CHI 4.587,2 30,1 90
40 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 2.307,8 29,3 182
41 DANONE MÉX 1.720,7 28,9 247
42 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 28,6 45
43 SAMSUNG ELET. AMAZÔNIA BRA 2.699,0 28,5 155
44 DISCO ARG 1.816,9 28,2 234
45 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 1.116,9 28,0 377
46 CARREFOUR ARG 3.124,0 27,9 129
47 CENCOSUD CHI 9.745,8 27,8 33
48 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1.341,9 27,7 316
49 AJE GROUP PER 1.090,0 27,0 384
50 ALICORP PER 1.178,6 26,5 358
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO % 08/07
RK 2008
1 SIEMENS BRASIL BRA 1.416,4 -52,6 300
2 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 766,4 -45,8 489
3 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 -40,9 131
4 CARAÍBA METAIS BRA 1.057,3 -38,3 401
5 ULTRAGAZ BRA 1.105,9 -37,0 379
6 ELETRONORTE BRA 1.649,3 -36,7 258
7 COTEMINAS BRA 1.351,7 -36,6 312
8 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1.137,0 -35,9 370
9 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 -35,7 85
10 PARANAPANEMA BRA 1.489,7 -34,7 283
11 COPERSUCAR BRA 1.682,9 -33,4 253
12 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 1.283,7 -32,4 332
13 ALBRAS BRA 924,7 -32,0 444
14 GRUPO SCHINCARIOL BRA 1.003,2 -31,9 419
15 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 1.279,8 -29,4 333
16 ARACRUZ CELULOSE BRA 1.581,9 -27,2 274
17 DOW BRASIL BRA 1.608,4 -26,8 269
18 CPFL PIRATININGA BRA 823,3 -26,2 467
19 CPFL-CIA. PAUL. DE FORÇA E LUZ BRA 1.859,7 -26,2 229
20 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 -25,1 40
21 AXTEL MÉX 836,6 -25,1 460
22 UTE URU 825,5 -25,1 464
23 ESCONDIDA CHI 7.760,2 -24,6 50
24 SOTREQ BRA 770,6 -24,1 485
25 NESTLÉ BRA 5.369,4 -23,8 76
26 GRUPO CONDUMEX MÉX 2.199,1 -23,7 197
27 COPEL BRA 2.335,8 -23,7 178
28 CBA BRA 1.251,2 -23,7 340
29 PARIS CHI 828,2 -23,6 463
30 BRASKEM BRA 7.684,9 -23,0 52
31 BRASIL TELECOM BRA 4.833,9 -22,6 83
32 ENDESA BRASIL BRA 2.170,1 -22,4 199
33 EDITORA ABRIL BRA 821,6 -22,0 468
34 ARCELORMITTAL TUBARÃO BRA 2.634,3 -21,9 161
35 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 -21,8 99
36 BOSCH BRA 1.741,7 -21,8 245
37 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 886,0 -21,3 449
38 VOTORANTIM CIMENTOS BRA 2.567,8 -21,2 167
39 COMPREBEM BRA 1.100,9 -21,2 382
40 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX 3.359,2 -21,1 121
41 GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 -20,9 75
42 DUPONT BRASIL BRA 1.096,8 -20,9 383
43 CIA. BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 -20,6 113
44 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 -20,4 72
45 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 1.253,5 -20,1 339
46 CMPC CELULOSA CHI 1.121,3 -20,1 375
47 CELG BRA 774,1 -20,0 484
48 ELETROPAULO BRA 3.222,0 -20,0 127
49 GRUPO VITRO MÉX 2.097,5 -19,9 205
50 NEOENERGIA BRA 2.691,9 -19,7 156
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 115
AS
QU
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BIT
DA
MUSCULATURA DE CAIXAQUEM REGISTROU MAIOR EBITDA. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
BRASIL
ARGENTINA
MÉXICO
COLÔMBIA
CHILE
50,0%
6,7%
26,7%
3,3%
13,3%
GINÁSTICA NECESSÁRIAQUEM MAIS CRESCEU EM EBITDA. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
BRASIL
ARGENTINA
MÉXICO
COLÔMBIA
CHILE
46,7%
3,3%
6,7%
10,0%
23,3%
PERU10,0%
AS 500 POR RESULTADOSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍSEBITDA
2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO EBITDA
08/07 (%)
RK 2008
1 PEMEX MÉX 47.776,4 -21,7 2
2 PETROBRAS BRA 26.601,7 -2,3 3
3 VALE BRA 13.912,0 -26,4 5
4 AMÉRICA MÓVIL MÉX 10.008,4 -13,8 6
5 ECOPETROL COL 6.554,5 -8,0 15
6 TELCEL MÉX 5.144,6 -17,0 32
7 TELEFÔNICA BRA 4.669,0 3,8 26
8 ESCONDIDA CHI 4.619,6 -44,8 50
9 CSN BRA 4.470,3 67,8 63
10 GERDAU BRA 4.236,7 22,4 11
11 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 4.171,9 -26,9 40
12 ENERSIS CHI 4.045,3 19,3 29
13 AMBEV BRA 3.869,7 -21,1 41
14 TENARIS ARG 3.560,8 2,6 23
15 CEMEX MÉX 3.524,1 -23,2 13
16 ELETROBRÁS BRA 3.356,1 30,9 19
17 YPF ARG 3.296,8 -3,2 31
18 TELESP BRA 2.780,0 -20,8 57
19 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 2.716,7 -9,2 42
20 TELEMAR BRA 2.596,5 -29,5 47
21 USIMINAS BRA 2.503,7 -14,1 59
22 GRUPO MÉXICO MÉX 2.413,1 -46,4 85
23 FEMSA MÉX 2.223,2 -13,2 22
24 ODEBRECHT BRA 2.005,6 -3,7 14
25 VIVO BRA 1.935,7 13,4 60
26 ANTOFAGASTA PLC CHI 1.899,8 -32,7 119
27 ENDESA CHI 1.821,1 18,0 103
28 CEMIG BRA 1.754,2 -23,7 86
29 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1.726,9 -15,8 12
30 BRASIL TELECOM BRA 1.677,0 -22,1 83
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO EBITDA 08/07
(%)
RK 2008
1 PATAGONIA ARG 587,4 1.539,8 412
2 COLBÚN CHI 220,6 1.008,5 366
3 COTEMINAS BRA 103,0 669,1 312
4 AMIL BRA 121,8 443,8 231
5 PARANAPANEMA BRA 261,5 378,9 283
6 BUNGE ALIMENTOS BRA 415,4 356,5 37
7 GRUPO ARGOS COL 1.200,0 259,2 243
8 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 759,4 179,3 87
9 TAM BRA 508,8 169,8 91
10 EMPRESAS NAVIERAS CHI 49,2 160,3 316
11 INTEROCEÁNICA CHI 6,5 149,2 422
12 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 47,3 134,5 149
13 SQM CHI 752,1 110,1 235
14 NORBERTO ODEBRECHT BRA 989,9 98,9 54
15 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 877,8 93,1 190
16 MARFRIG BRA 378,4 76,2 158
17 MINERA YANACOCHA PER 883,4 75,6 266
18 CARBONES DEL CERREJÓN COL 1.056,3 72,0 175
19 QUIÑENCO CHI 250,2 69,5 359
20 CSN BRA 4.470,3 67,8 63
21 MOVISTAR PER 387,7 62,5 398
22 JBS FRIBOI BRA 479,4 62,1 18
23 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 85,8 58,1 339
24 EQUATORIAL BRA 335,6 55,4 418
25 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 55,1 55,2 268
26 CAP CHI 424,9 55,0 217
27 HUACHIPATO CHI 277,3 52,4 325
28 FOSFÉRTIL BRA 621,6 50,9 291
29 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 81,8 50,4 465
30 EMPRESAS ICA MÉX 212,7 49,8 219
116 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS
MA
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AS
AS
QU
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SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS EMPREGADOS
2008RK
2008
1 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 170.014 12
2 PEMEX MÉX 161.158 2
3 FEMSA MÉX 122.981 22
4 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 112.000 93
5 CENCOSUD CHI 96.000 33
6 ODEBRECHT BRA 94.000 14
7 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 82.012 10
8 NORBERTO ODEBRECHT BRA 81.991 54
9 GRUPO BIMBO MÉX 81.320 66
10 GRUPO CARSO MÉX 81.000 75
11 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 80.000 40
12 TELEFÔNICA BRA 75.800 26
13 CONTAX BRA 74.500 492
14 PETROBRAS BRA 74.240 3
15 PETROBRAS COL 74.240 494
16 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 70.656 51
17 WAL-MART BRA 70.000 53
18 COCA-COLA FEMSA MÉX 68.065 62
19 CARREFOUR BRA 67.900 35
20 CEMEX MÉX 67.800 13
21 FALABELLA CHI 67.271 67
22 VALE BRA 62.490 5
23 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 61.000 131
24 BODEGA AURRERÁ MÉX 60.038 64
25 GRUPO VOTORANTIM BRA 60.000 16
26 JBS FRIBOI BRA 60.000 18
27 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 59.500 58
28 CASAS BAHIA BRA 59.000 68
29 PERDIGÃO BRA 58.000 82
30 TECHINT ARG 53.075 8
31 AMÉRICA MÓVIL MÉX 52.879 6
32 SADIA BRA 52.000 89
33 ALMACENES COPPEL MÉX 51.235 162
34 GRUPO ALFA MÉX 50.992 44
35 PEMEX REFINACIÓN MÉX 48.100 4
36 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 47.060 79
37 GRUPO SALINAS MÉX 45.000 92
38 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 44.000 55
39 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 43.500 121
40 COSAN BRA 43.000 212
41 GERDAU BRA 42.133 11
42 COMERCIAL MEXICANA MÉX 40.500 108
43 MC DONALD`S BRA 39.400 301
44 AMBEV BRA 39.300 41
45 GRUPO BAL MÉX 39.000 48
46 MARFRIG BRA 39.000 158
47 GRUPO SANBORNS MÉX 38.500 179
48 GRUPO MODELO MÉX 38.402 74
49 COCA-COLA BRA 38.000 61
50 GRUPO ELEKTRA MÉX 37.121 134
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS EMPREGADOS
2008
VAR. ABSOLUTA
08/07
RK 2008
1 PEMEX MÉX 161.158 54.219 2
2 NORBERTO ODEBRECHT BRA 81.991 35.216 54
3 ODEBRECHT BRA 94.000 35.004 14
4 JBS FRIBOI BRA 60.000 25.000 18
5 FEMSA MÉX 122.981 17.961 22
6 MARFRIG BRA 39.000 16.000 158
7 PERDIGÃO BRA 58.000 14.000 82
8 CONTAX BRA 74.500 13.100 492
9 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 170.014 12.582 12
10 CARREFOUR BRA 67.900 11.900 35
11 GRUPO VOTORANTIM BRA 60.000 10.000 16
12 COCA-COLA FEMSA MÉX 68.065 9.943 62
13 BODEGA AURRERÁ MÉX 60.038 8.287 64
14 CENCOSUD CHI 96.000 8.277 33
15 COSAN BRA 43.000 8.000 212
16 FALABELLA CHI 67.271 7.827 67
17 AMÉRICA MÓVIL MÉX 52.879 7.233 6
18 PETROBRAS BRA 74.240 5.309 3
19 GERDAU BRA 42.133 5.208 11
20 USIMINAS BRA 29.784 4.704 59
21 VOLKSWAGEN BRA 22.018 4.518 28
22 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 70.656 4.491 51
23 COCA-COLA BRA 38.000 4.000 61
24 TAM BRA 24.315 3.842 91
25 CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 25.991 3.797 132
26 EMBRAER BRA 23.509 3.329 78
27 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 6.930 3.322 7
28 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 112.000 3.251 93
29 EXTRA BRA 26.292 3.122 106
30 GRUPO KUO MÉX 16.000 3.009 256
31 VIVO BRA 8.386 2.786 60
32 OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 18.531 2.707 116
33 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 59.500 2.700 58
34 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 18.780 2.591 42
35 EMPRESAS COPEC CHI 14.792 2.492 20
36 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 47.060 2.245 79
37 PARANAPANEMA BRA 2.500 2.200 283
38 CARGILL BRA 26.622 2.199 56
39 WAL-MART BRA 70.000 2.137 53
40 GRUPO SALUDCOOP COL 27.889 2.102 319
41 AMBEV BRA 39.300 2.100 41
42 VALE BRA 62.490 2.085 5
43 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL 25.700 2.013 239
44 GRUPO BERTIN BRA 35.000 2.000 146
45 CFE MÉX 82.012 1.885 10
46 SAM’S CLUB MÉX 23.039 1.880 84
47 BOSCH BRA 13.000 1.750 245
48 CORPORACIÓN GEO MÉX 20.588 1.716 338
49 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 12.130 1.598 268
50 CASAS BAHIA BRA 59.000 1.482 68
AS 500 POR RESULTADO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 117
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
VAR. PATRIM.
08/07 (%)
RK 2008
1 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA -9,4 -477,6 339
2 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX -658,1 -230,0 121
3 PEMEX REFINACIÓN MÉX -1.135,9 -131,0 4
4 IMCOPA BRA 0,04 -100,0 372
5 ARCELORMITTAL TUBARÃO COM. BRA 112,7 -97,7 161
6 IUSACELL MÉX 8,1 -97,4 477
7 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 99,4 -89,3 96
8 SADIA BRA 175,8 -89,3 89
9 ARACRUZ CELULOSE BRA 411,9 -86,4 274
10 GRUPO VITRO MÉX 136,0 -80,0 205
11 ODEBRECHT BRA 945,0 -74,7 14
12 YARA FERTILIZANTES BRA 87,0 -72,5 336
13 GRUPO MASECA MÉX 398,4 -72,3 126
14 TAM BRA 268,8 -68,1 91
15 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 48,2 -67,9 299
16 HERINGER FERTILIZANTES BRA 101,5 -63,5 281
17 GOL BRA 558,0 -59,0 150
18 PEMEX MÉX 1.936,0 -57,7 2
19 DUPONT BRASIL BRA 284,7 -56,9 383
20 MINERVA BRA 134,4 -55,1 445
21 BRASKEM BRA 1.574,6 -51,6 52
22 CELG BRA 208,3 -50,2 484
23 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 294,3 -50,0 489
24 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 95,5 -47,6 317
25 SHELL BRA 923,3 -47,5 38
26 COMERCIAL MEXICANA MÉX 1.077,5 -47,4 108
27 ELETRONORTE BRA 2.648,1 -45,5 258
28 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 254,2 -45,2 237
29 VOTORANTIM CEL. E PAPEL BRA 1.768,0 -44,4 333
30 AEROP. Y SERV. AUXILIARES MÉX 504,3 -43,9 165
31 CESP BRA 3.382,3 -42,0 399
32 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 170,5 -41,9 498
33 GRUPO ALFA MÉX 2.136,4 -38,9 44
34 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIP. BRA 325,5 -38,4 206
35 KLABIN BRA 961,5 -37,9 321
36 PETROBRAS COL 194,7 -37,4 494
37 GRUPO CARSO MÉX 3.314,3 -36,8 75
38 UNIPAR BRA 441,7 -36,5 220
39 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 1.598,9 -35,5 246
40 REPSOL YPF PERÚ PER 221,2 -35,1 102
41 MAHLE METAL LEVE BRA 191,1 -33,8 479
42 CSN BRA 2.850,9 -33,0 63
43 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 291,0 -32,6 449
44 GRUPO XIGNUX MÉX 393,0 -32,5 191
45 TELEMAR BRA 4.104,0 -31,8 47
46 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 157,4 -31,8 403
47 ENERGIAS DO BRASIL BRA 1.516,0 -31,4 204
48 SIGMA MÉX 425,5 -31,2 227
49 WHIRLPOOL BRA 672,8 -31,1 169
50 GRUPO ARGOS COL 2.413,2 -30,3 243
AS 500 E SEUS BALANÇOSA
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SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
VAR. PATRIM.
08/07 (%)
RK 2008
1 PARANAPANEMA BRA 510,6 1.715,8 283
2 GRUPO ABRIL BRA 100,0 514,9 334
3 RENAULT BRA 60,0 440,9 221
4 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 299,5 216,1 386
5 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 262,1 141,8 476
6 COSAN BRA 1.581,8 97,3 212
7 ORGANIZACIÓN TERPEL COL 528,8 91,5 148
8 CARREFOUR COL 861,9 69,6 303
9 HOCOL COL 350,1 67,1 431
10 BARRICK MISQUICHILCA PER 1.723,3 61,7 310
11 MARFRIG BRA 1.168,1 61,4 158
12 DRUMMOND COL 1.372,9 60,1 308
13 JBS FRIBOI BRA 2.624,9 52,2 18
14 ALPEK MÉX 1.701,0 44,0 110
15 SIVENSA VEN 1.397,4 38,5 357
16 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 809,9 33,4 87
17 GRUPO ELEKTRA MÉX 2.381,9 33,3 134
18 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 633,7 31,8 272
19 ANGLO AMERICAN SUR CHI 2.109,4 31,7 214
20 CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL 230,8 31,2 298
21 ANTOFAGASTA PLC CHI 6.432,6 31,1 119
22 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 1.281,1 29,1 190
23 MOVISTAR PER 353,4 28,8 398
24 VALE BRA 41.195,8 28,0 5
25 SQM CHI 1.480,2 25,2 235
26 MADECO CHI 659,9 24,0 381
27 FALABELLA PERÚ PER 339,3 23,8 424
28 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 390,0 21,4 346
29 TELECOM ARG 1.158,5 21,2 133
30 GERDAU BRA 8.629,2 20,2 11
31 GASPETRO BRA 1.758,8 19,0 290
32 COPA AIRLINES PAN 632,4 19,0 330
33 CAP CHI 1.051,4 19,0 217
34 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 1.895,1 18,2 109
35 GRUPO ISA COL 2.194,4 18,0 356
36 ECOPETROL COL 15.374,9 17,2 15
37 TENARIS ARG 8.176,6 16,7 23
38 CANTV VEN 2.059,4 15,0 88
39 EQUATORIAL BRA 471,2 14,8 418
40 AUT. DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 4.360,4 14,8 218
41 PERUANA DE COMBUSTIBLES PER 26,7 14,5 455
42 LAN CHI 1.131,0 14,5 90
43 OLÍMPICA COL 284,9 13,8 387
44 INTEROCEÁNICA CHI 66,3 12,6 422
45 CONSTR. NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.074,1 12,0 216
46 NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.074,1 12,0 54
47 CHILECTRA CHI 1.697,1 10,9 248
48 CMPC CELULOSA CHI 1.066,1 10,4 375
49 GRUPO BAVARIA COL 2.237,8 10,3 180
50 PATAGONIA ARG 185,2 10,0 412
118 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
RK 2008 EMPRESA PAÍS
PASSIVO / PATRIMÔNIO
2008 (%)
RK 2008
1 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 199,6 115
2 IUSACELL MÉX 155,8 477
3 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 82,6 299
4 PEMEX MÉX 44,8 2
5 SADIA BRA 32,2 89
6 GRUPO ISA COL 27,6 356
7 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 24,0 96
8 RENAULT BRA 21,8 221
9 TAM BRA 20,1 91
10 LOJAS AMERICANAS BRA 19,5 138
11 CARGILL BRA 19,4 56
12 ODEBRECHT BRA 17,8 14
13 ENAP CHI 17,6 21
14 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 17,1 206
15 GRUPO VITRO MÉX 17,1 205
16 COPERSUCAR BRA 15,6 253
17 CELG BRA 11,8 484
18 ARACRUZ CELULOSE BRA 11,3 274
19 UNIPAR BRA 10,5 220
20 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 10,0 317
21 GRUPO ABRIL BRA 9,1 334
22 REDE ENERGIA BRA 9,0 249
23 YARA FERTILIZANTES BRA 8,8 336
24 EDITORA ABRIL BRA 8,7 468
25 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 8,3 229
26 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 8,2 237
27 GRUPO MASECA MÉX 7,1 126
28 HERINGER FERTILIZANTES BRA 7,0 281
29 CPFL PIRATININGA BRA 6,9 467
30 MOSAIC FERTILIZANTES BRA 6,7 261
31 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 6,5 386
32 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 6,1 272
33 MINERVA BRA 5,4 445
34 BRASKEM BRA 5,2 52
35 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4,8 87
36 NORBERTO ODEBRECHT BRA 4,7 54
37 FASA CHI 4,7 289
38 GRUPO VOTORANTIM BRA 4,6 16
39 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 4,5 451
40 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 4,3 113
41 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 4,2 49
42 DOUX FRANGOSUL BRA 4,2 473
43 GOL BRA 4,1 150
44 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 3,9 315
45 DUPONT BRASIL BRA 3,8 383
46 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 3,8 40
47 CSN BRA 3,7 63
48 ALL AMÉRICA LATINA BRA 3,7 393
49 EQUATORIAL BRA 3,6 418
50 BUNGE ALIMENTOS BRA 3,6 37
AS
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AS 500 E SEUS BALANÇOSSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍSPASSIVO /
ATIVO TOTAL 2008 (%)
RK 2008
1 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 106,6 121
2 PEMEX REFINACIÓN MÉX 103,1 4
3 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 101,4 339
4 IMCOPA BRA 100,0 372
5 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 99,5 115
6 IUSACELL MÉX 99,4 477
7 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 98,8 299
8 PEMEX MÉX 97,8 2
9 SADIA BRA 97,0 89
10 GRUPO ISA COL 96,5 356
11 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 96,0 96
12 RENAULT BRA 95,6 221
13 TAM BRA 95,2 91
14 LOJAS AMERICANAS BRA 95,1 138
15 CARGILL BRA 95,1 56
16 ODEBRECHT BRA 94,7 14
17 ENAP CHI 94,6 21
18 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 94,5 206
19 GRUPO VITRO MÉX 94,5 205
20 COPERSUCAR BRA 94,0 253
21 CELG BRA 92,2 484
22 ARACRUZ CELULOSE BRA 91,9 274
23 UNIPAR BRA 91,3 220
24 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 90,9 317
25 GRUPO ABRIL BRA 90,1 334
26 REDE ENERGIA BRA 90,0 249
27 YARA FERTILIZANTES BRA 89,8 336
28 EDITORA ABRIL BRA 89,7 468
29 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 89,2 229
30 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 89,2 237
31 GRUPO MASECA MÉX 87,6 126
32 HERINGER FERTILIZANTES BRA 87,5 281
33 CPFL PIRATININGA BRA 87,3 467
34 MOSAIC FERTILIZANTES BRA 87,0 261
35 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 86,7 386
36 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 86,0 272
37 MINERVA BRA 84,4 445
38 BRASKEM BRA 83,8 52
39 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 82,8 87
40 NORBERTO ODEBRECHT BRA 82,5 54
41 FASA CHI 82,5 289
42 GRUPO VOTORANTIM BRA 82,0 16
43 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 81,8 451
44 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 81,0 113
45 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 80,9 49
46 DOUX FRANGOSUL BRA 80,7 473
47 GOL BRA 80,2 150
48 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 79,6 315
49 DUPONT BRASIL BRA 79,2 383
50 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 79,0 40
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 119
AS 500 E SEUS BALANÇOSA
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SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
ATIVO FIXO 2008 US$ MILHÕES
RK 2008
1 PETROBRAS BRA 81.623,5 3
2 PEMEX MÉX 61.091,9 2
3 VALE BRA 47.280,1 5
4 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 46.496,8 10
5 ELETROBRÁS BRA 34.344,3 19
6 CEMEX MÉX 20.376,5 13
7 ENERSIS CHI 16.023,0 29
8 AMÉRICA MÓVIL MÉX 15.174,2 6
9 PEMEX REFINACIÓN MÉX 13.499,0 4
10 GRUPO VOTORANTIM BRA 11.505,2 16
11 GERDAU BRA 8.581,4 11
12 CODELCO CHI 8.207,2 17
13 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.159,4 40
14 EMPRESAS COPEC CHI 8.098,0 20
15 YPF ARG 8.077,2 31
16 ENDESA CHI 8.012,5 103
17 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 7.183,5 121
18 MALL PLAZA CHI 6.977,0 215
19 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 6.977,0 284
20 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 6.938,3 209
21 ARAUCO CHI 6.789,6 111
22 ODEBRECHT BRA 6.613,3 14
23 SABESP BRA 6.387,1 151
24 FURNAS BRA 6.314,7 173
25 ELETRONORTE BRA 6.299,3 258
26 CESP BRA 6.259,5 399
27 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 5.873,8 42
28 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 5.731,9 12
29 GRUPO ISA COL 5.698,1 356
30 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 5.639,5 139
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
RK 2008
1 PETROBRAS BRA 125.016,6 3
2 PEMEX MÉX 88.696,4 2
3 VALE BRA 79.494,9 5
4 GRUPO ISA COL 62.814,3 356
5 ELETROBRÁS BRA 59.073,1 19
6 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 56.950,1 10
7 GRUPO VOTORANTIM BRA 56.909,1 16
8 CEMEX MÉX 45.083,9 13
9 PEMEX REFINACIÓN MÉX 37.050,0 4
10 AMÉRICA MÓVIL MÉX 31.676,4 6
11 TECHINT ARG 28.208,0 8
12 GERDAU BRA 25.267,7 11
13 ENERSIS CHI 22.888,9 29
14 ECOPETROL COL 21.629,1 15
15 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 20.060,6 115
16 ODEBRECHT BRA 17.799,4 14
17 TELEMAR BRA 17.571,7 47
18 AMBEV BRA 15.947,8 41
19 TENARIS ARG 15.100,7 23
20 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 14.537,4 42
21 CODELCO CHI 13.706,7 17
22 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 13.527,9 40
23 CSN BRA 13.477,7 63
24 FEMSA MÉX 13.377,2 22
25 EMPRESAS COPEC CHI 11.855,9 20
26 USIMINAS BRA 11.801,5 59
27 PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 11.569,0 9
28 ENDESA CHI 11.353,1 103
29 YPF ARG 11.262,0 31
30 TERNIUM ARG 10.671,1 43
COSTAS LARGASMAIORES POR ATIVOS. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE
BRASIL
ARGENTINA
MÉXICO
COLÔMBIA
CHILE
36,7%
13,3%
26,7%
6,7%
13,3%
GARANTIAS REAISMAIORES POR ATIVOS FIXOS. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE
BRASIL
ARGENTINA
MÉXICO
COLÔMBIA
CHILE
40,0%
3,3%
26,7%
3,3%
26,7%
120 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO
Para enfrentar uma crise, melhor ter dinheiro na mão para cobrir qualquer eventualidade. E várias empresas da América Latina lo tienen sabem muito bem disso
O DESAFIO DE CAIXA
Aprincipal característica
de uma crise é a falta
de financiamento. Por
isso, nas empresas se
torna fundamental a forma
de administrar o fluxo de
caixa. Usando vocabulário
de contabilidade, significa
tornar o manejo de fontes e o
uso do recurso próprio mais
eficientes. Ou, em linguagem
simples: cobrar o mais rápido
possível e atrasar seus próprios
pagamentos o máximo que se
possa, de forma que sempre
haja dinheiro disponível para
cobrir as operações.
As empresas da América
Latina tomaram a sério esse
desafio. Um exemplo disso são
as 50 empresas com melhor
rotação de contas a cobrar. En-
quanto em 2007 as companhias
que menos demoravam para
cobrar suas faturas o faziam
em um período médio de 77
dias, em 2008 esse prazo foi
reduzido a 54 dias.
Como os processos e a
velocidade de cobrança mu-
dam de setor a setor, o mais
interessante é analisar as em-
presas que mais reduziram essa
média de dias necessários para
a cobrança.
Essa conquista é do Col-
lection Department da B2W,
empresa de comércio eletrôni-
co brasileira que entre outros
administra o site Submarino.
com. Em um ano, reduziu em
55,7 os dias necessários para
fazer uma cobrança.
A administração de inven-
tários também é outra chave
de flux de caixa e de liquidez.
Enquanto mais tempo os pro-
dutos passam no estoque, há
mais custo de armazenagem
e leva mais tempo para o di-
nheiro para entrar no caixa.
Por isso é importante que os
estoques tenham alta rota-
ção. O Ranking de Rotação
de Estoques deixa evidente
quem se esforçou para tornar
esse processo mais eficiente,
pois os classifica de acordo à
redução de tempo necessário
para vender seus produtos.
Aqui destaca-se a construtora
mexicana Urbi, que levou 106
días menos que em 2007 para
girar seu estoque.
Tudo isso tem impacto
na liquidez da empresa, cujo
indicador mais tradicional é
a Liquidez Corrente. Dito de
outra forma, como meus ati-
vos de curto prazo conseguem
cobrir minhas dívidas de curto
prazo. O ótimo é ter um valor
próximo de 1, que representa
a igualdade perfeita entre pas-
sivos e ativos circulantes. Ou
um pouco mais. Se há muito
mais, se está sacrificando a
rentabilidade.
Para os mais conservadores,
é atraente fazer um teste ácido
dessa liquidez. Para isso está a
liquidez ácida que é o mesmo
indicador, excluindo o valor de
estoque. Como esses são mais
difíceis de transformar em di-
nheiro (pde haver uma crise na
demanda desse bem), a liquidez
ácida compara os ativos que
são rapidamente transformá-
veis em dinheiro para cobrir
obrigações imediatas.
Esses são temas impor-
tantes. Em tempos em que a
rede de pagamento parece ter
sucumbido, administrar bem a
liquidez e os fluxos será central
para manter a empresa dentro
da concorrência e continuar
crescendo.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 121
ais
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do
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se
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dias, é a média de demora a cobrar cobrar das 50 empre-sas com melhor rotação de con-tas a cobrar
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO*A
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2008
EMPRESA PAÍS DIAS DE COBRANÇA
2008
REDUÇÃO DIAS COBRANÇA
08/07
RK 2008
1 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 59,3 55,7 317
2 COLLAHUASI CHI 8,5 48,8 159
3 GOL BRA 19,4 47,0 150
4 RIPLEY CHI 94,4 43,9 265
5 CONST. QUEIROZ GALVÃO BRA 103,5 42,6 377
6 ARCELORMITTAL TUB. COM. BRA 3,3 38,3 161
7 CLARO TELECOM BRA 69,7 37,8 81
8 ESCONDIDA CHI 10,1 33,8 50
9 SIVENSA VEN 34,7 32,6 357
10 MADECO CHI 20,8 29,9 381
11 FALABELLA PERÚ PER 117,4 28,7 424
12 SOUTHERN PERÚ C. CORP. PER 2,4 28,7 153
13 CONST. NORBERTO ODEBRECHT BRA 42,3 27,9 216
14 LOJAS AMERICANAS BRA 45,9 27,8 138
15 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 39,0 26,4 87
16 DOUX FRANGOSUL BRA 68,3 26,1 473
17 FALABELLA CHI 76,3 26,0 67
18 ALMACENES COPPEL MÉX 179,3 25,8 162
19 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 60,6 25,4 403
20 BUNGE FERTILIZANTES BRA 30,5 21,7 117
21 MOLYMET CHI 14,6 21,4 171
22 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 81,3 21,4 465
23 MARFRIG BRA 58,1 21,3 158
24 BUENAVENTURA PER 30,9 21,0 488
25 TELEFÓNICA CHILE CHI 82,8 20,7 385
26 AES GENER CHI 50,4 20,6 262
27 BUNGE ALIMENTOS BRA 29,6 19,6 37
28 CAP CHI 36,3 19,5 217
29 AMERICEL BRA 23,4 18,6 286
30 ANTOFAGASTA PLC CHI 33,5 17,3 119
31 COELBA BRA 73,2 17,3 318
32 PROFARMA BRA 51,8 15,9 388
33 NATURA BRA 46,8 15,9 278
34 AMPLA BRA 126,1 15,8 404
35 GRUPO MÉXICO MÉX 16,6 15,7 85
36 NEOENERGIA BRA 87,2 15,5 156
37 ENERGIAS DO BRASIL BRA 57,2 15,2 204
38 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 72,5 15,1 72
39 ENERSIS CHI 61,6 14,2 29
40 WHIRLPOOL BRA 38,3 14,2 169
41 HERINGER FERTILIZANTES BRA 36,0 14,2 281
42 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 22,8 14,2 42
43 COELCE BRA 60,8 13,7 470
44 GRUPO TELEVISA MÉX 136,6 13,2 114
45 MINERA YANACOCHA PER 0,6 12,8 266
46 RENAULT BRA 36,2 12,7 221
47 EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 112,5 12,5 124
48 CENCOSUD CHI 26,8 12,2 33
49 YPF ARG 27,9 12,1 31
50 SALFACORP CHI 77,3 12,0 429
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS
*IMOBILI-ZAÇÃO
INVENT. 08
*REDUÇÃO IMOBILIZAÇÃO INVENT. 08/07
RK 2008
1 URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 391,1 105,8 389
2 COSAN BRA 145,9 89,1 212
3 GRUPO BERTIN BRA 74,1 71,8 146
4 MOLYMET CHI 34,8 62,4 171
5 MADECO CHI 32,3 53,8 381
6 TERNIUM ARG 107,3 52,6 43
7 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 34,7 44,8 182
8 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 69,1 37,6 109
9 HERINGER FERTILIZANTES BRA 59,3 37,1 281
10 ENAMI CHI 89,8 30,6 285
11 COAMO BRA 861,5 30,3 230
12 SALFACORP CHI 118,3 29,1 429
13 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 35,2 29,0 476
14 REPSOL YPF PERÚ PER 17,0 24,8 102
15 UTE URU 18,9 24,1 464
16 MINERA YANACOCHA PER 74,2 23,6 266
17 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 21,7 19,5 96
18 BUNGE ALIMENTOS BRA 31,8 19,0 37
19 L. DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 58,9 18,1 194
20 M. DIAS BRANCO BRA 71,1 15,2 440
21 PEMEX MÉX 34,9 14,5 2
22 SOUZA CRUZ BRA 131,3 14,1 187
23 LOJAS AMERICANAS BRA 75,9 13,0 138
24 GASCO CHI 11,1 12,9 461
25 GRUPO GLORIA PER 86,0 12,1 469
26 MINERA EL ABRA CHI 23,8 12,0 378
27 LOS PELAMBRES CHI 45,5 11,5 198
28 AMERICEL BRA 23,3 11,1 286
29 CENCOSUD CHI 41,9 10,9 33
30 ALICORP PER 84,2 10,9 358
31 PARANAPANEMA BRA 78,1 10,6 283
32 CORPORATIVO FRAGUA MÉX 59,4 10,3 351
33 PETROBRAS BRA 50,8 9,9 3
34 ITAUTEC BRA 86,8 9,8 490
35 JBS FRIBOI BRA 33,6 9,6 18
36 ALMACENES COPPEL MÉX 97,7 9,3 162
37 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 42,6 8,9 51
38 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 56,4 7,6 317
39 CARAMURU BRA 61,3 7,5 457
40 SOTREQ BRA 44,6 7,1 485
41 PROFARMA BRA 48,4 6,6 388
42 BUENAVENTURA PER 48,5 6,5 488
43 ENDESA CHI 10,3 6,5 103
44 COMERCIAL MEXICANA MÉX 53,3 6,5 108
45 TENARIS ARG 163,7 5,9 23
46 CARAÍBA METAIS BRA 78,0 5,8 401
47 CARGILL BRA 47,6 5,6 56
48 MASISA CHI 100,4 5,5 397
49 A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 59,2 4,9 315
50 CGE CHI 14,6 4,8 141* ME
DIDO
EM
DIAS
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122 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃOL
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2008EMPRESA PAÍS ÍNDICE
2008ÍNDICE
2007RK
2008
1 PETROBRAS BRA 1,0 1,1 3
2 BRASKEM BRA 1,0 1,1 52
3 MEXICHEM MÉX 1,0 1,1 188
4 CGE CHI 1,0 0,7 141
5 M. DIAS BRANCO BRA 1,0 1,4 440
6 COPA AIRLINES PAN 1,0 1,0 330
7 INTEROCEÁNICA CHI 1,1 1,1 422
8 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 1,1 1,9 255
9 AMERICEL BRA 1,1 1,5 286
10 SIGMA MÉX 1,1 1,3 227
11 PETROBRAS ENERGIA ARG 1,1 1,4 94
12 GASCO CHI 1,1 1,0 461
13 ELETROPAULO BRA 1,1 1,3 127
14 COLLAHUASI CHI 1,1 2,6 159
15 TELESP BRA 1,1 0,9 57
16 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1,1 1,1 12
17 GRUPO ALFA MÉX 1,1 1,5 44
18 CANDELARIA CHI 1,1 2,4 365
19 ALPEK MÉX 1,1 1,6 110
20 FALABELLA CHI 1,1 1,3 67
21 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 1,1 1,0 182
22 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 1,1 1,3 113
23 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 1,1 0,9 194
24 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1,2 1,2 316
25 C. VALE BRA 1,2 1,2 478
26 COELBA BRA 1,2 1,2 318
27 ENERSIS CHI 1,2 1,3 29
28 ALICORP PER 1,2 1,3 358
29 NET BRASIL BRA 1,2 1,6 275
30 UCP BACKUS JOHNST PER 1,2 2,1 475
31 CAROZZI CHI 1,2 1,4 447
32 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 1,2 1,6 451
33 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1,2 2,4 272
34 LOJAS AMERICANAS BRA 1,2 1,1 138
35 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 1,2 1,0 317
36 CGE DISTRIBUCIÓN CHI 1,3 1,3 405
37 IOCHPE-MAXION BRA 1,3 1,5 481
38 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1,3 0,9 40
39 CONTAX BRA 1,3 1,4 492
40 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 1,3 1,3 268
41 BRASIL TELECOM BRA 1,3 1,4 83
42 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1,3 1,1 370
43 PEMEX REFINACIÓN MÉX 1,3 1,5 4
44 CARAMURU BRA 1,3 1,4 457
45 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 1,3 3,0 153
46 GRUPO FAMSA MÉX 1,3 2,4 395
47 CEMIG BRA 1,3 1,3 86
48 GRUPO KUO MÉX 1,3 1,5 256
49 GRUPO XIGNUX MÉX 1,3 2,0 191
50 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 1,3 1,1 346
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS ÍNDICE
2008ÍNDICE
2007RK
2008
1 GRUPO GLORIA PER 1,0 0,9 469
2 INTEROCEÁNICA CHI 1,0 1,0 422
3 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 1,0 1,1 268
4 LOJAS AMERICANAS BRA 1,0 0,8 138
5 GRUPO XIGNUX MÉX 1,0 1,4 191
6 MARFRIG BRA 1,0 1,7 158
7 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 1,0 0,8 317
8 GRUPO CASA SABA MÉX 1,0 1,0 211
9 UNIPAR BRA 1,0 1,3 220
10 MINERA CERRO VERDE PER 1,0 2,1 232
11 CANDELARIA CHI 1,0 2,3 365
12 NATURA BRA 1,1 1,1 278
13 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1,1 0,8 370
14 TELESP BRA 1,1 0,9 57
15 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 1,1 1,5 465
16 ELETROPAULO BRA 1,1 1,2 127
17 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1,1 1,1 316
18 TENARIS ARG 1,1 1,0 23
19 COTEMINAS BRA 1,1 1,6 312
20 NET BRASIL BRA 1,1 1,5 275
21 GRUPO FAMSA MÉX 1,1 2,0 395
22 SIVENSA VEN 1,1 1,9 357
23 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 1,1 1,3 113
24 ENERSIS CHI 1,1 1,2 29
25 ITAUTEC BRA 1,2 1,3 490
26 JBS FRIBOI BRA 1,2 0,9 18
27 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 1,2 1,1 139
28 COELBA BRA 1,2 1,2 318
29 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 1,2 0,8 51
30 LOJAS RENNER BRA 1,2 1,1 441
31 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 1,2 1,6 451
32 EMPRESAS ICA MÉX 1,2 1,8 219
33 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1,2 0,9 40
34 GERDAU BRA 1,2 1,4 11
35 AÇOS VILLARES BRA 1,2 1,6 428
36 CGE DISTRIBUCIÓN CHI 1,2 1,3 405
37 GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 1,2 1,3 437
38 GRUPO BIMBO MÉX 1,3 0,9 66
39 MARCOPOLO BRA 1,3 1,4 390
40 DURATEX BRA 1,3 1,9 471
41 ENTEL CHI 1,3 1,3 251
42 BRASIL TELECOM BRA 1,3 1,4 83
43 TUPY BRA 1,3 1,5 493
44 WEG BRA 1,3 1,4 222
45 CEMIG BRA 1,3 1,3 86
46 CELPE BRA 1,3 1,5 434
47 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 1,3 1,3 476
48 CORPORACIÓN GEO MÉX 1,3 1,3 338
49 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 1,3 1,7 80
50 MINERA EL ABRA CHI 1,3 2,8 378
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 123
AS MAIORES POR PROPRIEDADE
TAMANHO IMPORTA, SIM SENHOR
PRIVADAS E LOCAIS
SEM IDEOLOGIA
EVOLUÇÃO DAS VENDAS MÉDIAS POR EMPRESA NAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE
NÚMERO DE EMPRESAS ENTRE AS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE
PARTICIPAÇÃO ANUAL NAS VENDAS TOTAIS DAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
EM U
S$ M
ILHÕE
S
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ELEFANTES BRANCOSEm número, empresas estatais se mantêm estáveis no ranking, mas aumentam sua taxa de vendas, enquanto as multinacionais diminuem
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
1996 1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008
ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS
0
50
100
150
200
250
300
350
1996 1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008
19960%
10%
20%
30%
40%
50%
1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008
Depois de 2008, as empre-sas mexicanas continu-am perdendo presença entre as maiores com-
panhias da região.Há poucos temas de debate
tão intensos quanto o que se refere à propriedade: quem deve ser o dono das empresas. Muito se tem escrito e muito sangue correu nessa disputa. Esta revista sempre defendeu a propriedade privada das empresas e tem promovido o desenvolvimento de empresas de capitais locais. Nos últimos anos, temos acompanhado felizes como grandes empre-sas privadas da região têm incrementado sua importância e alcance através de modelos de negócio globais.
Mas as grandes corporações estatais continuam firmes no ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina. A lista deste ano inclui 42 empresas estatais, cifra que – apesar de ter variações – tem se mantido igual desde 1998, quando se produziu a última grande onda de privatizações. E não é só: se em 1998 as vendas dessas empresas representavam 19% do total das empresas do ranking das 500, em 2008 essa taxa cresceu para 29,3%. Ao mesmo tempo, as privadas locais perderam 2 pontos de participação, enquanto as multinacionais estrangeiras perderam oito.
O mais impressionante é a evolução das vendas médias
por tipo de empresa. Nos últi-mos anos as estatais, a maior parte delas concentrada nos mercados fornecedores de matérias-primas e commo-dities, aumentaram de forma importante as vendas médias por empresa, enquanto as privadas - tanto locais quanto estrangeiras - permaneceram estáveis.
Alguns poderiam dizer que certas estatais como a brasi-leira Petrobras e a colombiana Ecopetrol poderiam entrar a uma categoria diferente. Mas a resiliência vista nas grandes empresas latino-americanas controladas pelo Estado é impressionante.
Mas o maior movimento se encontra entre as multina-cionais estrangeiras. Das 181 que estavam nesta lista há dez anos, hoje só restam 170. A explicação para isso é que não puderam manter taxas de crescimento tão altas quanto as estatais e as privadas locais, que foram tomando seu lugar no ranking. Claramente há exceções, como as crescen-tes operações do Wal-Mart em toda a América Latina, bem como as da espanhola Telefónica, que avançam de forma considerável no ranking. Mas tanto grandes automotivas quanto empre-sas de telecomunicações e de varejo estrangeiras que brilharam no cenário latino-americano há dez anos foram desaparecendo.
ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS
ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS
124 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 50 MAIORES PRIVADASL
OC
AIS
ES
TR
AN
GE
IRA
S
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS VENDAS 2008
US$ MILHÕESRK
2008
1 VALE BRA 30.184,4 5
2 AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 6
3 TECHINT ARG 22.000,0 8
4 GERDAU BRA 17.932,3 11
5 CEMEX MÉX 17.581,8 13
6 ODEBRECHT BRA 15.193,5 14
7 GRUPO VOTORANTIM BRA 15.011,9 16
8 JBS FRIBOI BRA 12.982,6 18
9 EMPRESAS COPEC CHI 12.818,2 20
10 FEMSA MÉX 12.146,9 22
11 TENARIS ARG 12.131,8 23
12 GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 24
13 TELCEL MÉX 9.816,7 32
14 CENCOSUD CHI 9.745,8 33
15 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA 9.605,6 36
16 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 40
17 TERNIUM ARG 8.464,8 43
18 GRUPO ALFA MÉX 8.399,8 44
19 TELEMAR BRA 8.017,1 47
20 GRUPO BAL MÉX 7.930,0 48
21 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 51
22 BRASKEM BRA 7.684,9 52
23 NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 54
24 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 55
25 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 6.791,0 58
26 USIMINAS BRA 6.720,8 59
27 COCA - COLA FEMSA MÉX 5.998,6 62
28 CSN BRA 5.991,8 63
29 GRUPO BIMBO MÉX 5.951,0 66
30 FALABELLA CHI 5.924,5 67
31 CASAS BAHIA BRA 5.896,4 68
32 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 73
33 GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 74
34 GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 75
35 EMBRAER BRA 5.026,4 78
36 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 4.943,9 80
37 PERDIGÃO BRA 4.875,1 82
38 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 85
39 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 87
40 CANTV VEN 4.594,3 88
41 SADIA BRA 4.590,8 89
42 LAN CHI 4.587,2 90
43 TAM BRA 4.532,3 91
44 GRUPO SALINAS MÉX 4.463,2 92
45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA 4.242,3 96
46 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 99
47 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 100
48 MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 101
49 CONTROLADORA MABE MÉX 3.950,0 104
50 EXTRA BRA 3.902,5 106
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS VENDAS 2008
US$ MILHÕESRK
2008
1 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 17.705,9 12
2 GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 12.027,0 25
3 TELEFÔNICA BRA 11.962,3 26
4 VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 28
5 ENERSIS CHI 10.570,9 29
6 NISSAN MEXICANA MÉX 10.529,1 30
7 YPF ARG 10.050,4 31
8 CARREFOUR BRA 9.614,9 35
9 BUNGE ALIMENTOS BRA 9.521,1 37
10 SHELL BRA 9.185,7 38
11 CHRYSLER MÉX 9.120,0 39
12 AMBEV BRA 8.942,9 41
13 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 8.489,9 42
14 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 45
15 VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 8.140,0 46
16 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 49
17 ESCONDIDA CHI 7.760,2 50
18 WAL-MART BRA 7.252,9 53
19 CARGILL BRA 6.853,9 56
20 TELESP BRA 6.837,4 57
21 VIVO BRA 6.619,5 60
22 COCA-COLA BRA 6.418,5 61
23 BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 64
24 CARGILL ARG 5.970,2 65
25 FORD MOTOR COMPANY MÉX 5.885,4 69
26 HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX 5.704,8 71
27 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 72
28 NESTLÉ BRA 5.369,4 76
29 FORD BRA 5.350,3 77
30 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 79
31 CLARO TELECOM BRA 4.932,6 81
32 BRASIL TELECOM BRA 4.833,9 83
33 SAM’S CLUB MÉX 4.789,3 84
34 CEMIG BRA 4.660,0 86
35 PETROBRAS ENERGIA ARG 4.373,2 94
36 ESSO BRA 4.279,0 95
37 BUNGE ARG 4.190,0 97
38 EMBRATEL BRA 4.183,7 98
39 REPSOL YPF PERÚ PER 3.979,0 102
40 ENDESA CHI 3.960,5 103
41 MOVISTAR VEN 3.903,0 105
42 BUNGE FERTILIZANTES BRA 3.411,0 117
43 GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 120
44 CENCOSUD ARG 3.318,0 122
45 GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 123
46 ELETROPAULO BRA 3.222,0 127
47 CARREFOUR ARG 3.124,0 129
48 LG BRA 3.096,6 130
49 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 131
50 TELECOM ARG 3.057,1 133
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 125
APOIO MATERNODISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE EMPRESAS ESTATAIS NO RANKINGFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
VENEZUELA
EQUADOR
PANAMÁ
PERU
URUGUAI
CHILE
BRASIL
MÉXICO
4
1
1
1
2
3
16
7
BR/PA1
AS MAIORES ESTATAISSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍS SETOR VENDAS 2008 US$ MILHÕES
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
RK 2008
1 PDVSA VEN Petróleo/Gás 126.364,0 9.413,0 131.832,0 71.513,0 1
2 PEMEX MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 -7.906,2 88.696,4 1.936,0 2
3 PETROBRAS BRA Petróleo/Gás 92.049,0 14.115,4 125.016,6 59.206,4 3
4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 -8.669,9 37.050,0 -1.135,9 4
5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA Petróleo/Gás 23.930,9 551,6 5.159,9 3.157,3 7
6 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 164,3 11.569,0 3.450,2 9
7 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia Elétrica 19.570,0 -1.415,8 56.950,1 30.196,4 10
8 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 5.164,8 21.629,1 15.374,9 15
9 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 1.566,8 13.706,7 3.875,7 17
10 ELETROBRÁS BRA Energia Elétrica 12.865,4 2.625,8 59.073,1 36.636,0 19
11 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 -957,8 4.872,1 261,3 21
12 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 5.072,4 5.982,3 4.592,3 27
13 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 N.D. N.D. N.D. 34
14 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 5.809,5 -1.354,9 7.050,0 1.742,9 70
15 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA Serviços Gerais 4.449,2 342,8 2.907,5 1.328,5 93
16 ITAIPU BINACIONAL BR/PA Energia Elétrica 3.423,0 881,9 20.060,6 100,0 115
17 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX Energia Elétrica 3.359,2 -1.430,4 9.973,4 -658,1 121
18 REFINERÍA DE CARTAGENA COL Petróleo/Gás 2.790,0 -13,9 1.381,5 1.155,4 149
19 SABESP BRA Serviços básicos 2.717,9 431,4 8.781,8 4.489,7 151
20 RECOPE C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 107,2 N.D. N.D. 154
21 PETROPERÚ PER Petróleo/Gás 2.664,3 91,3 N.D. 389,0 157
22 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES MÉX Serviços Gerais 2.576,1 -6,2 965,0 504,3 165
23 FURNAS BRA Energia Elétrica 2.469,7 194,5 8.681,8 5.854,3 173
24 COPEL BRA Energia Elétrica 2.335,8 461,6 5.671,2 3.445,9 178
25 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO BRA Energia Elétrica 2.065,2 615,0 8.027,5 5.339,6 209
26 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 1.017,2 4.608,8 4.360,4 218
27 ANCAP URU Petróleo/Gás 1.900,4 N.D. N.D. N.D. 225
28 COMGÁS BRA Petróleo/Gás 1.706,9 220,0 1.717,0 486,6 250
29 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL Serviços básicos 1.692,1 591,4 8.188,9 6.604,4 252
30 ELETRONORTE BRA Energia elétrica 1.649,3 -1.037,5 7.650,3 2.648,1 258
ESTA FATIA É MINHADISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE VENDAS DAS PRIVADAS LOCAIS (TOP 50), EM US$ MILHÕESFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
CHILE
ARGENTINA
MÉXICO
38.020
42.597
146.796
VENEZUELA4.594
BRASIL204.242
126 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
CADA UM NO SEU CONTÊINERDISTRIBUIÇÃO DE EXPORTAÇÕES NAS 500, POR SETOR. TOTAL = US$ 296 BILHÕESFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
CIMENTO
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
AGROINDÚSTRIA
BEBIDAS
CELULOSE/PAPEL
ALIMENTOS
MULTISSETOR
SIDERURGIA/METALURGIA
PETROQUÍMICA
MINERAÇÃO
5,9%
7,9%
8,6%
2,2%
2,3%
2,4%
5,2%
5,2%
5,8%
24,9%
PETRÓLEO/GÁS
OUTROS
25,3%
4,4%
Apesar da crise e da retração do comércio internacional, ser exportador na América Latina continua sendo um fator de competitividade
O BOM NEGÓCIO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 127
É o crescimento do valor total das exportações das empresas do Ranking.
Apesar da crise e da retra-ção do comércio interna-cional, ser exportador na América Latina continua
sendo um fator de competiti-vidade.
Isso é o que demonstram as 500 Maiores Empresas da América Latina. As vendas das companhias exportadoras caíram apenas 0,1%, enquanto entre as que não exportam es-se percentual foi de 2,7%. O montante total das exportações das empresas que as declararam cresceu 13% em relação ao ano anterior, o que faz desta ativi-dade uma das áreas de negócios mais dinâmicas. Além disso, as exportadoras são sistemati-camente mais rentáveis que as não-exportadoras.
Quatro casos valem ser destacados. O primeiro é o da argentina Aceitera General Deheza, do setor de agroindús-tria, que registrou aumento de suas vendas externas de US$ 436,6 milhões em 2007 para US$ 1,22 bilhão em 2008. Um salto de 181% apoiado por um mercado global faminto por seus óleos e produtos à base de soja. O segundo é o da Carbones del Cerrejón, mineradora que elevou suas exportações de US$ 796,9 milhões para US$ 2,17 bilhões. O terceiro é o caso da chilena Anglo American Sur, que incrementou suas exporta-ções em 142%, para US$ 1,37 bilhão, enquanto a siderúrgica Gerdau Açominas registrou aumento de 101% em seus
embarques ao exterior, para US$ 1,48 bilhão.
Quando se faz uma análise por setor, é difícil tirar conclu-sões. Tanto petróleo/gás quanto mineração e agroindústria poderiam ser penalizados pela queda no preço das commodi-ties, ainda que muitas de suas empresas tenham aumentado as vendas internacionais. O mesmo acontece com o setor de siderurgia. O único setor que incrementou suas exportações de forma sustentável foi o de celulose/papel, com um cres-cimento médio de 26%.
Mas tudo fica mais fácil quando a tarefa é reconhecer as que tiveram um mau ano, como as mexicanas. A mineradora Grupo México, por exemplo, exportou US$ 1,8 bilhão a menos do que em 2007, o que representa uma queda de 36%. E o Grupo Alfa, apesar de sua diversificação industrial, ven-deu US$ 751 milhões menos a outros países do que 2007, queda de 14%.
Nesta lista também merece destaque a chilena Escondida, cujas exportações caíram 9%, para US$ 777 milhões.
Quando falamos em expor-tações, é interessante analisar o caso da brasileira Embraer, uma das exportadoras de maior valor agregado da região. A companhia conseguiu manter-se firme, apesar das dificuldades enfrentadas em 2008: cresceu 6%, para US$ 5 bilhões em vendas externas.
AS MAIORES EXPORTADORASSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍS SETOREXPORTAÇÕES 2008
RK 2008 US$ MILHÕES % DE VENDAS VAR. (%) 08/07
1 PEMEX MÉX Petróleo/Gás 46.763,4 48,7 -5,8 2
2 PETROBRAS BRA Petróleo/Gás 19.299,2 21,0 41,6 3
3 CEMEX MÉX Cimento 17.500,0 99,5 -3,2 13
4 CODELCO CHI Mineração 13.772,7 95,5 -6,6 17
5 VALE BRA Mineração 13.531,2 44,8 71,2 5
6 PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 12.126,5 61,6 -5,4 9
7 ESCONDIDA CHI Mineração 7.436,5 95,8 -9,5 50
8 ODEBRECHT BRA Multissetor 6.129,8 40,3 2,1 14
9 VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX Automotivo/Autopeças 5.948,6 73,1 -6,1 46
10 CHRYSLER MÉX Automotivo/Autopeças 5.762,6 63,2 -6,5 39
11 CARGILL ARG Agroindústria 5.671,7 95,0 38,5 65
12 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 5.023,4 52,8 64,4 37
13 EMBRAER BRA Aeroespacial 5.020,0 99,9 6,0 78
14 GRUPO ALFA MÉX Multissetor 4.546,9 54,1 -14,2 44
15 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 4.218,1 28,0 37,8 15
16 FEMSA MÉX Bebidas 4.205,0 34,6 -3,2 22
17 BUNGE ARG Agroindústria 3.771,0 90,0 31,4 97
18 GRUPO MÉXICO MÉX Mineração 3.255,2 69,5 -35,7 85
19 CONTROLADORA MABE MÉX Eletrônica 2.925,8 74,1 2,4 104
20 MINERA ANTAMINA PER Mineração 2.846,1 100,0 -5,6 144
21 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX Mineração 2.778,1 72,5 -6,4 109
22 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER Mineração 2.700,0 99,6 -9,8 153
23 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 2.679,1 31,6 -2,0 42
24 SADIA BRA Alimentos 2.424,2 52,8 36,5 89
25 COLLAHUASI CHI Mineração 2.388,5 90,1 0,6 159
26 GRUPO MODELO MÉX Bebidas 2.298,1 42,2 -18,4 74
27 CARGILL BRA Agroindústria 2.205,2 32,2 25,4 56
28 NEMAK MÉX Automotivo/Autopeças 2.199,9 92,5 -19,6 174
29 CARBONES DEL CERREJÓN COL Mineração 2.175,2 91,9 172,9 175
30 LOS PELAMBRES CHI Mineração 2.077,6 95,7 -8,6 198
31 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 2.001,9 18,7 -5,8 28
32 GERDAU BRA Siderurgia/Metalurgia 1.962,6 10,9 64,0 11
33 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 1.959,4 32,9 -11,5 66
34 ALPEK MÉX Petroquímica 1.957,6 52,6 -8,2 110
35 GRUPO XIGNUX MÉX Multissetor 1.895,8 84,8 -17,0 191
36 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 1.856,0 31,9 -6,6 70
37 PERDIGÃO BRA Alimentos 1.841,3 37,8 32,2 82
38 MINERA CERRO VERDE PER Mineração 1.822,9 99,3 12,3 232
39 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA Siderurgia/Metalurgia 1.786,8 67,8 38,0 161
40 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA Agroindústria 1.759,1 78,9 37,4 194
41 SAMARCO MINERAÇÃO BRA Mineração 1.720,0 96,2 34,5 237
42 MOLYMET CHI Siderurgia/Metalurgia 1.687,0 67,3 -3,7 171
43 MINERA YANACOCHA PER Mineração 1.617,5 99,6 45,1 266
44 CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA Mineração 1.590,0 99,4 56,5 270
45 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI Celulose/Papel 1.584,5 53,2 12,3 139
46 ARAUCO CHI Celulose/Papel 1.573,7 42,7 12,4 111
47 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 1.571,0 18,9 1,7 45
48 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI Mineração 1.485,2 100,0 20,6 284
49 GERDAU AÇOMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 1.480,1 62,6 101,3 177
50 CATERPILLAR BRA Máquinas/Equip. 1.394,0 61,9 20,4 189
128 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS MAIORES EXPORTADORASSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍS SETOREXPORTAÇÕES 2008 RK
2008US$ MILHÕES % DE VENDAS VAR. (%) 08/07
51 ANGLO AMERICAN SUR CHI Mineração 1.378,0 68,9 142,3 214
52 BARRICK MISQUICHILCA PER Mineração 1.360,0 99,6 21,5 310
53 FORD BRA Automotivo/Autopeças 1.341,1 25,1 -7,3 77
54 SHELL BRA Petróleo/Gás 1.320,4 14,4 60,2 38
55 ALUNORTE BRA Siderurgia/Metalurgia 1.302,0 99,5 15,3 324
56 SQM CHI Mineração 1.282,4 71,5 85,8 235
57 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 1.265,5 9,7 18,3 18
58 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.256,4 72,3 73,5 246
59 DOE RUN PER Mineração 1.245,5 100,0 -3,2 342
60 DRUMMOND COL Mineração 1.228,7 88,4 21,9 308
61 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG Agroindústria 1.225,0 48,9 180,5 170
62 BRASKEM BRA Petroquímica 1.223,8 15,9 -8,2 52
63 GRUPO BERTIN BRA Agroindústria 1.204,6 42,5 -1,6 146
64 SCANIA BRA Automotivo/Autopeças 1.201,0 99,9 16,0 353
65 ARACRUZ CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.196,5 75,6 12,6 274
66 MINERA SPENCE CHI Mineração 1.168,5 100,0 44,2 362
67 CANDELARIA CHI Mineração 1.151,4 100,0 -1,8 365
68 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA Petróleo/Gás 1.123,8 4,7 71,1 7
69 MINERA EL ABRA CHI Mineração 1.110,9 100,0 -8,8 378
70 CMPC CELULOSA CHI Celulose/Papel 1.068,7 95,3 11,2 375
71 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 1.030,6 13,0 -7,8 49
72 GRUPO VOTORANTIM BRA Multissetor 1.023,4 6,8 -7,7 16
73 CONSORCIO MINERO CORMIN PER Comércio 1.011,7 100,0 65,5 415
74 GRUPO KUO MÉX Multissetor 1.001,0 60,2 10,8 256
75 ENAMI CHI Mineração 989,9 66,8 -19,9 285
76 COPERSUCAR BRA Agroindústria 940,7 55,9 -5,0 253
77 CARAÍBA METAIS BRA Siderurgia/Metalurgia 937,8 88,7 -5,1 401
78 VOLVO BRA Automotivo/Autopeças 908,6 33,5 33,7 152
79 GRUPO CARSO MÉX Multissetor 884,9 16,3 -20,9 75
80 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX Siderurgia/Metalurgia 863,0 18,6 89,4 87
81 MINERA ZALDÍVAR CHI Mineração 854,7 99,1 -20,5 454
82 ALBRAS BRA Siderurgia/Metalurgia 852,0 92,1 -24,7 444
83 REPSOL YPF PERÚ PER Petróleo/Gás 824,4 20,7 20,2 102
84 DOUX FRANGOSUL BRA Alimentos 813,8 99,9 43,5 473
85 ANGLO AMERICAN NORTE CHI Mineração 801,0 99,2 0,2 476
86 MINERVA BRA Agroindústria 762,7 84,0 18,3 445
87 ENAP CHI Petróleo/Gás 728,6 6,0 -4,4 21
88 WHIRLPOOL BRA Eletrônica 709,4 28,0 1,2 169
89 BOSCH BRA Automotivo/Autopeças 698,0 40,1 -2,3 245
90 WEG BRA Máquinas/Equip. 662,7 34,4 16,1 222
91 COSIPA BRA Siderurgia/Metalurgia 636,9 22,5 -6,0 147
92 GRUPO ANDRÉ MAGGI BRA Agroindústria 635,0 63,0 0,3 416
93 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 606,3 30,4 61,6 216
94 RENAULT BRA Automotivo/Autop. 604,7 30,9 -13,5 221
95 BP EXPLORATION COMPANY COL Petróleo/Gás 590,1 60,6 -3,6 425
96 IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA DE OLEOS BRA Agroindústria 576,4 50,8 44,1 372
97 SIVENSA VEN Siderurgia/Metalurgia 567,9 48,2 49,1 357
98 SOUZA CRUZ BRA Agroindústria 564,0 24,9 42,6 187
99 NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 551,3 7,8 46,9 54
100 CSN BRA Siderurgia/Metalurgia 538,4 9,0 -38,9 63
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 129
EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.
(%)RK
2008
AGROINDÚSTRIA
JBS FRIBOI BRA 12.982,6 62,6 11,1 111,9 0,4 0,2 0,1 18
BUNGE ALIMENTOS BRA 9.521,1 8,4 0,9 104,7 0,1 0,0 0,0 37
CARGILL BRA 6.853,9 -4,1 -164,0 -106,3 -134,2 -6,6 -2,4 56
CARGILL ARG 5.970,2 26,4 N.D. - - - - 65
BUNGE ARG 4.190,0 44,5 N.D. - - - - 97
GRUPO BERTIN BRA 2.835,2 -3,0 -308,7 -320,1 -22,7 -6,8 -10,9 146
MARFRIG BRA 2.654,6 40,8 -15,2 -131,7 -1,3 -0,4 -0,6 158
ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 2.506,0 79,5 N.D. - - - - 170
MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 2.307,8 29,3 59,8 -41,2 17,7 5,6 2,6 182
SOUZA CRUZ BRA 2.268,1 -17,1 534,7 4,3 58,7 34,6 23,6 187
ALIMENTOS
GRUPO BIMBO MÉX 5.951,0 -11,5 312,3 -12,0 12,6 7,4 5,2 66
NESTLÉ BRA 5.369,4 -23,8 N.D. - - - - 76
PERDIGÃO BRA 4.875,1 30,2 23,3 -87,2 1,3 0,5 0,5 82
SADIA BRA 4.590,8 -5,7 -1.063,3 -373,3 -604,8 -18,2 -23,2 89
GRUPO MASECA MÉX 3.238,2 -1,3 -888,6 -534,3 -223,0 -27,7 -27,4 126
GRUPO INDUSTRIAL LALA MÉX 3.000,0 -0,4 N.D. - - - - 137
NESTLÉ DE MÉXICO MÉX 2.855,0 -1,8 N.D. - - - - 142
ARCOR ARG 2.064,7 11,8 56,4 -9,9 14,1 4,2 2,7 210
COSAN BRA 2.038,2 15,0 -187,8 -206,9 -11,9 -4,0 -9,2 212
SIGMA MÉX 1.886,9 -10,8 -63,1 -164,2 -14,8 -4,3 -3,3 227
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 12.027,0 7,2 N.D. - - - - 25
VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 -10,4 N.D. - - - - 28
NISSAN MEXICANA MÉX 10.529,1 4,0 N.D. - - - - 30
CHRYSLER MÉX 9.120,0 -6,5 N.D. - - - - 39
GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 28,6 N.D. - - - - 45
VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 8.140,0 -6,1 N.D. - - - - 46
FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 -3,4 801,6 - 133,1 25,4 10,1 49
FORD MOTOR COMPANY MÉX 5.885,4 -19,4 N.D. - - - - 69
FORD BRA 5.350,3 -7,3 N.D. - - - - 77
DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 -40,9 N.D. - - - - 131
BEBIDAS
FEMSA MÉX 12.146,9 -10,1 484,9 -37,8 9,7 3,6 4,0 22
AMBEV BRA 8.942,9 -19,4 1.309,1 -17,7 17,7 8,2 14,6 41
COCA-COLA BRA 6.418,5 -5,1 N.D. - - - - 61
COCA-COLA FEMSA MÉX 5.998,6 -5,4 404,7 -36,1 10,0 5,7 6,7 62
GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 -18,4 651,7 -25,1 14,6 8,5 12,0 74
GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 -5,7 N.D. - - - - 123
CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 3.075,7 -7,8 391,4 -20,9 - 8,2 12,7 132
BAVARIA COL 1.635,1 -9,2 273,6 -21,7 12,8 6,6 16,7 263
EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 1.463,8 -14,0 212,9 -6,5 20,2 13,7 14,5 292
EMBOTELLADORA ANDINA CHI 1.346,8 150,7 4,9 -8,4 27,4 15,7 11,2 314
CELULOSE/PAPEL
ARAUCO CHI 3.689,1 3,3 478,7 -52,5 8,5 5,4 13,0 111
AS MAIORES POR SETOR
130 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.
(%)RK
2008
CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 2.978,7 -7,9 205,8 -59,1 4,0 2,7 6,9 139
SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 1.738,8 -9,7 -193,1 -163,4 -12,1 -3,5 -11,1 246
KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 1.666,5 -15,3 239,4 -29,9 38,1 13,7 14,4 255
ARACRUZ CELULOSE BRA 1.581,9 -27,2 -1.802,9 -406,4 -437,7 -35,5 -114,0 274
KLABIN BRA 1.325,0 -16,1 -149,2 -142,5 -15,5 -4,2 -11,3 321
VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 1.279,8 -29,4 -560,7 -218,7 -31,7 -10,2 -43,8 333
CMPC CELULOSA CHI 1.121,3 -20,1 182,6 -42,9 17,1 9,7 16,3 375
CMPC TISSUE CHI 903,7 15,0 10,6 -82,3 - 1,0 1,2 446
CORPORACIÓN DURANGO MÉX 750,8 0,3 N.D. - - - - 495
CIMENTO
CEMEX MÉX 17.581,8 -18,9 164,7 -93,1 1,2 0,4 0,9 13
CEMEX MÉXICO MÉX 3.900,0 1,9 N.D. - - - - 107
VOTORANTIM CIMENTOS BRA 2.567,8 -21,2 234,3 - 18,0 4,1 9,1 167
GRUPO ARGOS COL 1.752,1 -5,4 372,6 259,2 15,4 6,3 21,3 243
CEMENTOS CRUZ AZUL MÉX 1.160,0 -8,6 N.D. - - - - 364
CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA 1.134,9 -2,5 79,8 -33,0 6,1 3,4 7,0 371
COMÉRCIO
WAL-MART DE MÉXICO MÉX 17.705,9 -14,1 1.060,8 -18,6 19,8 12,4 6,0 12
CENCOSUD CHI 9.745,8 27,8 254,5 -39,9 6,9 2,9 2,6 33
CARREFOUR BRA 9.614,9 16,5 N.D. - - - - 35
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 -8,3 111,4 -6,5 4,8 1,9 1,4 51
WAL-MART BRA 7.252,9 -14,2 N.D. - - - - 53
ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 15,7 124,6 -56,6 5,9 2,6 1,8 55
BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 -11,4 N.D. - - - - 64
FALABELLA CHI 5.924,5 3,6 321,1 -26,7 11,5 4,6 5,4 67
CASAS BAHIA BRA 5.896,4 -19,5 N.D. - - - - 68
WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 -10,7 N.D. - - - - 79
CONSTRUÇÃO
NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 46,9 252,0 -0,6 23,5 4,1 3,6 54
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.995,2 24,2 252,0 -0,6 23,5 14,7 12,6 216
EMPRESAS ICA MÉX 1.969,5 -4,4 32,7 140,8 3,2 0,9 1,7 219
CONSTR. E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 1.783,7 23,1 129,3 147,5 19,4 10,3 7,2 238
CONSTRUCTORAS ICA MÉX 1.551,9 -3,9 42,5 -10,9 - - 2,7 277
DESARROLLADORA HOMEX MÉX 1.362,8 -8,3 127,1 -37,9 15,4 5,8 9,3 311
CORPORACIÓN GEO MÉX 1.261,7 -8,0 106,5 -19,7 15,7 5,9 8,4 338
SIGDO KOPPERS CHI 1.203,1 -3,2 60,9 7,6 11,8 3,4 5,1 352
CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 1.116,9 28,0 151,4 7,2 22,2 16,2 13,6 377
URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 1.084,6 -7,4 156,7 -2,1 14,1 7,2 14,4 389
ELETRÔNICA
HEWLETT-PACKARD MÉXICO MÉX 5.704,8 12,9 N.D. - - - - 71
CONTROLADORA MABE MÉX 3.950,0 2,4 N.D. - - - - 104
GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 45,4 N.D. - - - - 120
LG BRA 3.096,6 23,9 N.D. - - - - 130
SANMINA-SCI SYSTEMS DE MÉXICO MÉX 3.030,0 4,5 N.D. - - - - 135
SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 2.699,0 28,5 N.D. - - - - 155
NOKIA BRA 2.647,0 43,1 N.D. - - - - 160
AS MAIORES POR SETOR
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 131
EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.
(%)RK
2008
GENERAL ELECTRIC MÉX 2.569,0 7,6 N.D. - - - - 166
WHIRLPOOL BRA 2.535,1 -19,6 283,6 5,6 42,2 17,2 11,2 169
HEWLETT-PACKARD BRASIL BRA 2.292,7 14,5 N.D. - - - - 186
ENERGIA ELÉTRICA
COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 19.570,0 -5,3 -1.415,8 -107,4 -4,7 -2,5 -7,2 10
ELETROBRÁS BRA 12.865,4 1,5 2.625,8 200,5 7,2 4,4 20,4 19
ENERSIS CHI 10.570,9 11,8 907,4 138,9 15,4 4,0 8,6 29
CEMIG BRA 4.660,0 -19,4 807,5 -17,6 20,2 7,8 17,3 86
CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 -21,8 545,9 -41,2 25,4 7,9 13,1 99
ENDESA CHI 3.960,5 13,7 703,5 81,3 18,7 6,2 17,8 103
COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 -20,6 269,1 275,9 18,2 3,5 7,5 113
ITAIPU BINACIONAL BR/PA 3.423,0 1,6 881,9 18,2 881,9 4,4 25,8 115
COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 3.359,2 -21,1 -1.430,4 -2.805,6 - -14,3 -42,6 121
ELETROPAULO BRA 3.222,0 -20,0 439,5 9,2 31,1 8,2 13,6 127
MANUFATURA
IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS MÉX 2.484,0 -1,5 N.D. - - - - 172
GRUPO CONDUMEX MÉX 2.199,1 -23,7 58,6 -76,6 - - 2,7 197
GRUPO VITRO MÉX 2.097,5 -19,9 -409,2 - -300,9 -16,6 -19,5 205
VITRO ENVASES MÉX 1.410,0 6,7 N.D. - - - - 302
VITRO VIDRIO PLANO MÉX 1.195,0 -1,4 N.D. - - - - 355
MASISA CHI 1.065,9 10,4 44,1 7,3 3,4 1,9 4,1 397
DURATEX BRA 818,8 -13,2 134,3 -25,4 18,1 9,3 16,4 471
TIGRE-TUBOS E CONEXÕES BRA 767,0 -9,7 N.D. - - - - 487
MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS
CATERPILLAR BRA 2.251,3 20,4 N.D. - - - - 189
WEG BRA 1.926,4 -9,0 239,8 -26,1 25,7 9,7 12,4 222
BLACK & DECKER DE MÉXICO MÉX 1.070,4 -9,0 N.D. - - - - 394
FERREYROS PER 741,8 14,9 26,1 -38,0 15,1 3,7 3,5 497
MÍDIA
GRUPO TELEVISA MÉX 3.468,1 -8,9 564,2 -23,8 18,6 6,4 16,3 114
GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES BRA 3.252,7 -13,4 212,5 -34,4 14,8 6,0 6,5 125
GRUPO CLARÍN ARG 1.653,1 19,5 75,7 14,5 10,7 3,3 4,6 257
GRUPO ABRIL BRA 1.279,6 -5,7 118,3 -73,6 118,4 11,7 9,2 334
EDITORA ABRIL BRA 821,6 -22,0 78,5 60,5 102,7 10,6 9,6 468
MINERAÇÃO
VALE BRA 30.184,4 -17,4 9.105,5 -19,4 22,1 11,5 30,2 5
CODELCO CHI 14.424,8 -15,1 1.566,8 -47,5 40,4 11,4 10,9 17
ESCONDIDA CHI 7.760,2 -24,6 3.570,3 -44,8 113,6 49,6 46,0 50
GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 -35,7 1.075,5 -36,0 24,7 12,2 23,0 85
INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 3.833,8 -6,4 489,0 37,9 25,8 12,8 12,8 109
ANTOFAGASTA PLC CHI 3.372,6 -11,9 1.706,5 23,5 26,5 21,5 50,6 119
MINERA MÉXICO MÉX 2.850,0 -2,0 N.D. - - - - 143
MINERA ANTAMINA PER 2.846,1 -5,6 N.D. - - - - 144
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 2.711,5 -14,7 1.092,4 -22,5 78,5 56,8 40,3 153
COLLAHUASI CHI 2.650,3 -17,9 1.146,5 -37,2 69,0 38,3 43,3 159
AS MAIORES POR SETOR
132 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.
(%)RK
2008
MULTISSETOR
ODEBRECHT BRA 15.193,5 2,1 -357,8 -240,8 -37,9 -2,0 -2,4 14
GRUPO VOTORANTIM BRA 15.011,9 -12,4 N.D. - - - - 16
EMPRESAS COPEC CHI 12.818,2 3,9 603,1 -40,5 7,9 5,1 4,7 20
GRUPO ALFA MÉX 8.399,8 -14,2 -687,7 -311,4 -32,2 -8,6 -8,2 44
GRUPO BAL MÉX 7.930,0 2,0 N.D. - - - - 48
GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 6.791,0 14,0 N.D. - - - - 58
GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 -20,9 473,2 -73,5 14,3 7,2 8,7 75
GRUPO SALINAS MÉX 4.463,2 -13,9 N.D. - - - - 92
GRUPO BAVARIA COL 2.322,0 266,8 -5,3 -21,5 11,9 5,8 11,5 180
GRUPO XIGNUX MÉX 2.234,7 -17,0 24,3 -74,7 6,2 1,5 1,1 191
PETRÓLEO/GÁS
PDVSA VEN 126.364,0 30,1 9.413,0 50,1 13,2 7,1 7,4 1
PEMEX MÉX 96.074,5 -7,9 -7.906,2 -371,4 -408,4 -8,9 -8,2 2
PETROBRAS BRA 92.049,0 -4,4 14.115,4 16,2 23,8 11,3 15,3 3
PEMEX REFINACIÓN MÉX 39.733,9 -8,6 -8.669,9 -105,5 763,3 -23,4 -21,8 4
PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 23.930,9 15,5 551,6 16,4 17,5 10,7 2,3 7
ECOPETROL COL 15.053,9 37,8 5.164,8 103,8 33,6 23,9 34,3 15
ENAP CHI 12.185,2 35,1 -957,8 -581,1 -366,5 -19,7 -7,9 21
GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 7,5 167,0 62,6 8,4 4,0 1,4 24
PETROECUADOR EQU 10.878,4 41,3 5.072,4 70,8 110,5 84,8 46,6 27
YPF ARG 10.050,4 9,5 1.049,0 -18,6 17,9 9,3 10,4 31
PETROQUÍMICA
PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 19.675,5 -4,1 164,3 -63,9 4,8 1,4 0,8 9
PEQUIVEN VEN 9.690,0 49,1 N.D. - - - - 34
BRASKEM BRA 7.684,9 -23,0 -1.066,4 -445,0 -67,7 -11,0 -13,9 52
PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 5.809,5 9,5 -1.354,9 0,2 -77,7 -19,2 -23,3 70
ALPEK MÉX 3.723,7 -9,1 93,2 -48,6 5,5 3,2 2,5 110
MEXICHEM MÉX 2.266,0 7,5 10,2 -93,9 1,7 0,4 0,5 188
UNIPAR BRA 1.965,9 23,7 -65,2 -179,6 -14,8 -1,3 -3,3 220
DOW BRASIL BRA 1.608,4 -26,8 5,4 -93,5 0,8 0,4 0,3 269
QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 - -284,5 -1.529,3 -44,9 -6,3 -17,9 272
YARA FERTILIZANTES BRA 1.265,1 5,4 -152,7 -409,1 -175,5 -17,9 -12,1 336
QUÍMICA/FARMÁCIA
BUNGE FERTILIZANTES BRA 3.411,0 7,6 80,8 110,0 8,0 2,9 2,4 117
NACIONAL DE DROGAS MÉX 2.200,0 -7,6 N.D. - - - - 196
PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO MÉX 2.110,0 -6,3 N.D. - - - - 202
BASF BRA 1.909,4 -13,0 108,2 -0,4 17,7 7,1 5,7 224
AVON BRA 1.674,3 23,8 N.D. - - - - 254
MOSAIC FERTILIZANTES BRA 1.643,1 5,3 -81,5 -213,5 -46,8 -6,1 -5,0 261
NATURA BRA 1.548,1 -10,8 221,7 -15,1 74,2 24,5 14,3 278
HERINGER FERTILIZANTES BRA 1.508,2 18,2 -108,3 -347,3 -106,7 -13,4 -7,2 281
FOSFÉRTIL BRA 1.467,5 7,3 330,6 31,9 40,3 17,9 22,5 291
BAYER BRA 1.454,4 -5,5 78,3 316,4 16,6 5,9 5,4 293
SERVIÇOS BÁSICOS
SABESP BRA 2.717,9 -19,4 431,4 -27,1 9,6 4,9 15,9 151
AS MAIORES POR SETOR
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 133
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 1.985,1 14,8 1.017,2 28,4 23,3 22,1 51,2 218
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 1.692,1 9,8 591,4 8,8 9,0 7,2 35,0 252
GRUPO ICE C.RI 1.400,0 5,3 N.D. - - - - 307
CCR BRA 1.170,0 -11,9 305,3 -7,3 45,2 11,4 26,1 361
COPASA BRA 881,6 -16,2 174,5 -6,1 10,7 6,5 19,8 450
SERVIÇOS DE SAÚDE
AMIL BRA 1.848,4 56,3 92,8 202,3 18,2 8,8 5,0 231
GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES MÉX 1.400,0 -5,1 N.D. - - - - 304
GRUPO SALUDCOOP COL 1.330,9 11,1 10,7 1,8 5,5 1,9 0,8 319
GRUPO OMNILIFE MÉX 1.240,0 -4,7 N.D. - - - - 345
HOSPITALES ÁNGELES MÉX 980,0 3,9 N.D. - - - - 423
EMPRESAS BANMÉDICA CHI 965,1 -8,8 47,3 -19,3 22,6 7,4 4,9 430
SIDERURGIA/METALURGIA
TECHINT ARG 22.000,0 -0,4 N.D. - - - - 8
GERDAU BRA 17.932,3 3,8 1.686,1 -15,9 19,5 6,7 9,4 11
TENARIS ARG 12.131,8 20,8 2.124,8 2,3 26,0 14,1 17,5 23
GRUPO ARCELORMITTAL BRA 8.489,9 -2,0 609,9 -64,3 9,1 4,2 7,2 42
TERNIUM ARG 8.464,8 50,3 875,2 -12,1 15,7 8,2 10,3 43
USIMINAS BRA 6.720,8 -13,9 1.379,7 -23,0 21,5 11,7 20,5 59
CSN BRA 5.991,8 -7,2 2.470,8 49,8 86,7 18,3 41,2 63
GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 89,4 95,0 -21,4 11,7 2,0 2,0 87
GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 -5,0 621,6 17,9 26,3 14,7 15,5 100
MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 -1,2 N.D. - - - - 101
TELECOMUNICAÇÕES
AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 -12,5 4.345,7 -19,0 41,9 13,7 17,4 6
TELEFÔNICA BRA 11.962,3 6,2 N.D. - - - - 26
TELCEL MÉX 9.816,7 -15,6 4.532,5 - - - 46,2 32
TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 -25,1 1.458,7 -55,1 51,3 10,8 16,3 40
TELEMAR BRA 8.017,1 -19,3 493,9 -62,3 12,0 2,8 6,2 47
TELESP BRA 6.837,4 -17,8 1.035,5 -22,4 24,1 12,1 15,1 57
VIVO BRA 6.619,5 -6,1 166,7 397,1 4,7 1,6 2,5 60
TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 -20,4 77,1 99,7 2,3 1,1 1,4 72
TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 - 400,2 - 7,1 4,2 7,3 73
CLARO TELECOM BRA 4.932,6 4,2 418,0 - 13,1 5,7 8,5 81
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 4.943,9 19,1 -39,1 -133,4 -4,7 -2,1 -0,8 80
LAN CHI 4.587,2 30,1 339,7 10,2 30,0 6,8 7,4 90
TAM BRA 4.532,3 -1,5 -582,0 -899,5 -216,5 -10,3 -12,8 91
GOL BRA 2.742,7 -2,2 -592,5 -490,8 -106,2 -21,0 -21,6 150
AEROMÉXICO (CINTRA) MÉX 2.100,0 7,9 N.D. - - - - 203
MEXICANA DE AVIACIÓN MÉX 1.780,0 -2,7 N.D. - - - - 240
AVIANCA COL 1.643,2 13,8 20,3 -90,9 6,3 1,7 1,2 260
TRANSPETRO BRA 1.595,5 -17,9 162,2 -16,0 19,3 11,6 10,2 271
EMPRESAS NAVIERAS CHI 1.341,9 27,7 18,3 -10,3 11,9 3,3 1,4 316
COPA AIRLINES PAN 1.288,8 25,5 118,7 -26,7 18,8 6,1 9,2 330
EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.
(%)RK
2008
AS MAIORES POR SETOR
134 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO BRASIL
GINÁSTICA NUMÉRICAVENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL (EM US$ MILHÕES)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
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SELEÇÃO CANARINHODISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL, POR Nº DE EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
OUTROS
CONSTRUÇÃO
MULTISSETOR
ALIMENTOS
ELETRÔNICA
COMÉRCIO
AGROINDÚSTRIA
ENERGIA ELÉTRICA
TELECOMUNICAÇÕES
PETRÓLEO/GÁS
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
SIDERURGIA/METALURGIA
19,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
14,0%
9,0%
8,0%
8,0%
9,0%
COMPASSO DE ESPERAO ano de 2008 não foi tão bom quanto se esperava. Mas, com fundamentos só-lidos, as empresas brasileiras poderão reagir tão pronto a economia volte a dar sinais positivos
De todos os dados que poderíamos usar para descrever a partici-pação do Brasil no
Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina, tomamos o mais simples: o número 212. Representa o total de empresas brasileiras no ranking, ou 42,4%. É um bom reflexo da importância das companhias do País em nível latino-americano. Mas também significa um magro crescimento, de apenas uma empresa em relação ao ranking de 2008.
A média de vendas das companhias brasileiras caiu 3,8% se medida em dólares, enquanto a média das empre-sas de toda a região registrou uma leve alta, de 0,1%. Tam-bém reduziu-se o número de companhias do País que apresentaram vendas acima de US$ 1 bilhão: das 186 em 2008 para 171 este ano.
Mas o golpe mais forte sen-tido pelas empresas brasileiras foi a queda no lucro: a média de seu lucro líquido total caiu 70,5%, atrás apenas das com-panhias mexicanas.
Claramente uma das cau-sas desses resultados foi o câmbio. O dólar registrou uma forte valorização frente ao real em 2008, o que fez com que algumas tendências pudessem ser vistas de forma exagerada se comparadas em moeda local.
De fato, um grande per-centual das perdas de algumas companhias brasileiras vem justamente de estimativas equi-vocadas sobre a evolução de sua moeda. Uma situação que se concretizou nos bilhões de dólares em perdas que grandes empresas do Brasil tiveram que reconhecer em seus re-sultados devido a apostas em derivativos denominados em dólares.
Mas se a lista das que mais perderam é dominada por com-panhias do País, com 29 entre 50, o Brasil também lidera a lista de novas no ranking das 500, com 19 das 41 – com destaque para a Quattor, que já entrou na posição 272.
E, apesar do mau momento de 2008, as empresas brasilei-ras mantêm fundamentos sau-dáveis tanto em suas estruturas de financiamento quanto em seus indicadores de liquidez. E os vários movimentos de fusões e aquisições que já se registram em 2009 – como o das empresas Sadia e Perdigão, criando a Brasil Foods – de-monstram que para o ranking de 2010 as brasileiras ainda serão incontestáveis pesos-pesados.
Isso é o que nos permite ser otimistas sobre sua capa-cidade de iniciar uma rápida recuperação à medida que as economias global e doméstica mostrarem sintomas definiti-vos de reação.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 135
AS 100 MAIORES DO BRASILSUB-
RK 2008
EMPRESA SETORVENDAS
2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 PETROBRAS Petróleo/Gás 92.049,0 -4,4 14.115,4 26.601,7 125.016,6 59.206,4 3
2 VALE Mineração 30.184,4 -17,4 9.105,5 13.912,0 79.494,9 41.195,8 5
3 PETROBRAS DISTRIBUIDORA Petróleo/Gás 23.930,9 15,5 551,6 820,3 5.159,9 3.157,3 7
4 GERDAU Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 3,8 1.686,1 4.236,7 25.267,7 8.629,2 11
5 ODEBRECHT Multissetor 15.193,5 2,1 -357,8 2.005,6 17.799,4 945,0 14
6 GRUPO VOTORANTIM Multissetor 15.011,9 -12,4 N.D. N.D. 56.909,1 10.239,8 16
7 JBS FRIBOI Agroindústria 12.982,6 62,6 11,1 479,4 6.887,6 2.624,9 18
8 ELETROBRÁS Energia elétrica 12.865,4 1,5 2.625,8 3.356,1 59.073,1 36.636,0 19
9 GRUPO ULTRA Petróleo/Gás 12.095,8 7,5 167,0 465,9 4.136,6 1.989,8 24
10 TELEFÔNICA Telecomunicações 11.962,3 6,2 N.D. 4.669,0 N.D. N.D. 26
11 VOLKSWAGEN Automotivo/Autopeças 10.702,8 -10,4 N.D. N.D. 6.599,6 1.713,2 28
12 CARREFOUR Comércio 9.614,9 16,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 35
13 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA Petróleo/Gás 9.605,6 -18,3 137,2 258,1 1.959,3 1.095,2 36
14 BUNGE ALIMENTOS Agroindústria 9.521,1 8,4 0,9 415,4 4.270,4 934,2 37
15 SHELL Petróleo/Gás 9.185,7 -10,6 -209,9 337,8 4.018,8 923,3 38
16 AMBEV Bebidas 8.942,9 -19,4 1.309,1 3.869,7 15.947,8 7.393,3 41
17 GRUPO ARCELORMITTAL Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 -2,0 609,9 2.716,7 14.537,4 6.714,5 42
18 GENERAL MOTORS Automotivo/Autopeças 8.329,0 28,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 45
19 TELEMAR Telecomunicações 8.017,1 -19,3 493,9 2.596,5 17.571,7 4.104,0 47
20 FIAT AUTOMÓVEIS Automotivo/Autopeças 7.897,9 -3,4 801,6 1.257,0 3.152,6 602,4 49
21 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR Comércio 7.716,4 -8,3 111,4 561,2 5.795,5 2.314,0 51
22 BRASKEM Petroquímica 7.684,9 -23,0 -1.066,4 1.052,1 9.714,1 1.574,6 52
23 WAL-MART Comércio 7.252,9 -14,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 53
24 NORBERTO ODEBRECHT Construção 7.092,2 46,9 252,0 989,9 6.141,5 1.074,1 54
25 CARGILL Agroindústria 6.853,9 -4,1 -164,0 N.D. 2.490,5 122,2 56
26 TELESP Telecomunicações 6.837,4 -17,8 1.035,5 2.780,0 8.554,6 4.298,5 57
27 GRUPO CAMARGO CORRÊA Multissetor 6.791,0 14,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 58
28 USIMINAS Siderurgia/Metalurgia 6.720,8 -13,9 1.379,7 2.503,7 11.801,5 6.430,9 59
29 VIVO Telecomunicações 6.619,5 -6,1 166,7 1.935,7 10.177,6 3.537,7 60
30 COCA-COLA Bebidas 6.418,5 -5,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 61
31 CSN Siderurgia/Metalurgia 5.991,8 -7,2 2.470,8 4.470,3 13.477,7 2.850,9 63
32 CASAS BAHIA Comércio 5.896,4 -19,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 68
33 TIM PARTICIPAÇÕES Telecomunicações 5.597,3 -20,4 77,1 1.240,7 6.948,9 3.333,5 72
34 NESTLÉ Alimentos 5.369,4 -23,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 76
35 FORD Automotivo/Autopeças 5.350,3 -7,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 77
36 EMBRAER Aeroespacial 5.026,4 -10,8 183,5 641,8 9.199,5 2.554,8 78
37 CLARO TELECOM Telecomunicações 4.932,6 4,2 418,0 1.165,6 7.303,6 3.190,3 81
38 PERDIGÃO Alimentos 4.875,1 30,2 23,3 469,3 4.800,8 1.758,9 82
39 BRASIL TELECOM Telecomunicações 4.833,9 -22,6 440,7 1.677,0 7.561,1 2.670,5 83
40 CEMIG Energia elétrica 4.660,0 -19,4 807,5 1.754,2 10.415,7 4.001,6 86
41 SADIA Alimentos 4.590,8 -5,7 -1.063,3 485,5 5.844,7 175,8 89
42 TAM Transporte/Logística 4.532,3 -1,5 -582,0 508,8 5.658,5 268,8 91
43 CORREIOS E TELÉGRAFOS Serviços gerais 4.449,2 -15,3 342,8 N.D. 2.907,5 1.328,5 93
44 ESSO Petróleo/Gás 4.279,0 -17,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 95
45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI Petróleo/Gás 4.242,3 -10,2 -608,4 -175,9 2.487,8 99,4 96
46 EMBRATEL Telecomunicações 4.183,7 -14,1 262,2 1.042,2 6.497,8 3.572,2 98
47 CPFL ENERGIA Energia elétrica 4.153,1 -21,8 545,9 1.241,3 6.950,4 2.147,5 99
48 GERDAU AÇOS LONGOS Siderurgia/Metalurgia 4.003,1 -5,0 621,6 N.D. 4.222,5 2.359,6 100
49 EXTRA Comércio 3.902,5 -9,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 106
50 USIMINAS IPATINGA Siderurgia/Metalurgia 3.652,2 -12,5 1.390,2 1.225,8 9.821,5 6.465,9 112
136 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO BRASILSUB-
RK 2008
EMPRESA SETORVENDAS
2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
51 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA Energia elétrica 3.580,0 -20,6 269,1 N.D. 7.790,4 1.482,3 113
52 BUNGE FERTILIZANTES Química/Farmácia 3.411,0 7,6 80,8 N.D. 2.830,6 1.014,6 117
53 GENERAL ELECTRIC Eletrônica 3.361,0 45,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 120
54 GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES Mídia 3.252,7 -13,4 212,5 728,7 3.517,7 1.433,0 125
55 ELETROPAULO Energia elétrica 3.222,0 -20,0 439,5 700,2 5.372,9 1.411,6 127
56 LG Eletrônica 3.096,6 23,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 130
57 HONDA Automotivo/Autopeças 3.027,1 1,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 136
58 LOJAS AMERICANAS Comércio 2.984,6 -7,8 49,9 348,3 2.814,7 137,6 138
59 GRUPO BERTIN Agroindústria 2.835,2 -3,0 -308,7 297,2 4.565,2 1.357,3 146
60 COSIPA Siderurgia/Metalurgia 2.832,9 -15,6 510,1 1.145,3 4.145,6 2.191,1 147
61 GOL Transporte/Logística 2.742,7 -2,2 -592,5 8,4 2.820,8 558,0 150
62 SABESP Serviços básicos 2.717,9 -19,4 431,4 1.168,9 8.781,8 4.489,7 151
63 VOLVO Automotivo/Autopeças 2.713,4 33,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 152
64 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA Eletrônica 2.699,0 28,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 155
65 NEOENERGIA Energia elétrica 2.691,9 -19,7 630,8 1.117,1 6.776,8 3.455,6 156
66 MARFRIG Agroindústria 2.654,6 40,8 -15,2 378,4 3.917,5 1.168,1 158
67 NOKIA Eletrônica 2.647,0 43,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 160
68 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX CST) Siderurgia/Metalurgia 2.634,3 -21,9 496,3 N.D. N.D. 112,7 161
69 VOTORANTIM CIMENTOS Cimento 2.567,8 -21,2 234,3 N.D. 5.700,0 1.302,3 167
70 WHIRLPOOL Eletrônica 2.535,1 -19,6 283,6 442,5 1.645,7 672,8 169
71 FURNAS Energia elétrica 2.469,7 -14,2 194,5 N.D. 8.681,8 5.854,3 173
72 GERDAU AÇOMINAS Siderurgia/Metalurgia 2.365,7 35,4 289,9 N.D. N.D. N.D. 177
73 COPEL Energia elétrica 2.335,8 -23,7 461,6 792,1 5.671,2 3.445,9 178
74 LIGHT Energia elétrica 2.304,9 -18,2 417,0 652,8 4.048,8 1.199,7 183
75 HP BRASIL Eletrônica 2.292,7 14,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 186
76 SOUZA CRUZ Agroindústria 2.268,1 -17,1 534,7 740,7 1.546,3 910,7 187
77 CATERPILLAR Máquinas/Equipamentos 2.251,3 20,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 189
78 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL Agroindústria 2.228,6 -0,3 27,7 N.D. 1.933,1 589,2 194
79 OI CELULAR Telecomunicações 2.228,3 -5,7 261,5 726,6 5.173,1 3.768,5 195
80 ENDESA BRASIL Energia elétrica 2.170,1 -22,4 244,0 736,6 5.010,5 1.794,2 199
81 ENERGIAS DO BRASIL Energia elétrica 2.098,5 -17,6 166,4 583,4 4.480,1 1.516,0 204
82 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES Multissetor 2.083,4 -6,7 29,1 N.D. 5.900,2 325,5 206
83 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO Energia elétrica 2.065,2 -8,0 615,0 1.321,1 8.027,5 5.339,6 209
84 COSAN Alimentos 2.038,2 15,0 -187,8 206,1 4.723,7 1.581,8 212
85 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT Construção 1.995,2 24,2 252,0 N.D. 1.716,8 1.074,1 216
86 UNIPAR Petroquímica 1.965,9 23,7 -65,2 149,1 5.100,3 441,7 220
87 RENAULT Automotivo/Autopeças 1.959,9 -12,0 15,0 N.D. 1.366,6 60,0 221
88 WEG Máquinas/Equipamentos 1.926,4 -9,0 239,8 440,2 2.470,2 932,2 222
89 BASF Química/Farmácia 1.909,4 -13,0 108,2 N.D. 1.514,3 611,4 224
90 MAKRO Comércio 1.861,7 -16,7 42,6 83,0 612,4 181,9 228
91 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ Energia elétrica 1.859,7 -26,2 252,6 460,6 1.973,5 212,8 229
92 COAMO Alimentos 1.853,2 3,1 135,1 N.D. 1.436,2 721,7 230
93 AMIL Serviços de saúde 1.848,4 56,3 92,8 121,8 1.057,0 510,3 231
94 SAMARCO MINERAÇÃO Mineração 1.788,3 30,8 453,5 64,4 2.348,0 254,2 237
95 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA Construção 1.783,7 23,1 129,3 N.D. 1.253,0 666,1 238
96 BOSCH Automotivo/Autopeças 1.741,7 -21,8 N.D. N.D. 1.071,0 N.D. 245
97 SUZANO PAPEL E CELULOSE Celulose/Papel 1.738,8 -9,7 -193,1 628,7 5.544,9 1.598,9 246
98 REDE ENERGIA Energia elétrica 1.709,8 -8,2 87,9 457,4 4.849,9 485,4 249
99 COMGAS Petróleo/Gás 1.706,9 -5,9 220,0 468,2 1.717,0 486,6 250
100 COPERSUCAR Agroindústria 1.682,9 -33,4 N.D. N.D. 1.833,1 110,5 253
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 137
ESPECIAL MERCADOSFINANCEIROS
23 DE OUTUBRO 2009
NOVEMBRO 2009
DATA DE FECHAMENTO
DATA DE PUBLICAÇÃO
RANKING DE BANCOS:Como já é tradição, a AméricaEconomia publica o Ranking dos 250 maiores bancos e dos 25 melhores bancos da América Latina.
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AS 100 MAIORES DO MÉXICO
POTÊNCIA SEGMENTADAVENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO (EM US$ MILHÕES)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
1.6672.5762.6403.4683.489
3.8804.3106.1468.19112.661
19.61519.95220.833 25.229
30.12131.433
53.704
135.808
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160.000
140.000
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100.000
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60.000
40.000
20.000
0
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21.48231.475
68.57855.592
QUEM TEM MAISDISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO, POR Nº DE EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
COMÉRCIO
ELETRÔNICAALIMENTOS
TELECOMUNICAÇÕES
MULTISSETOR
PETROQUÍMICA
MANUFATURA
MINERAÇÃO
CONSTRUÇÃO
OUTROS
BEBIDAS
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
SIDERURGIAMETALURGIA
17,0%
8,0%7,0%
6,0%
6,0%
4,0%
4,0%
4,0%
18,0%
4,0%
6,0%
7,0%
9,0%
QUASE PESADELO
Já se imaginava. E o ranking do próximo ano tampouco será melhor para essas em-presas, especialmente se
se considerar que a economia do México é a que mais vai se contrair na América Lati-na devido à crise econômica mundial.
Em 2008, as cifras das empresas mexicanas que compõem o Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina começaram a mostrar os efeitos da desaceleração econômica nos Estados Uni-dos, que tomou força desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro. Para se ter uma ideia, no ano passado as em-presas mexicanas registraram uma queda média de 45% em seu lucro.
É preciso levar em con-ta o efeito do câmbio nos resultados expressados em dólares. Em outubro de 2008, o peso começou a despencar, chegando no final do ano a uma desvalorização de 20%. E essa queda ainda não viu o fim, até chegar aos 15,5 pesos por dólar registrados no início de março.
Isso poderia explicar em grande medida a queda de 25% nas vendas da gigante Telé-fonos de México (Telmex), que caiu da posição 21 à 40 do ranking. Se observadas as vendas em pesos, pode-se ve-rificar uma redução percentual dessa queda, para 5%. Em anos anteriores, a valoriza-
ção do peso tinha ajudado a empresa a subir no ranking. Mas, nesse caso, não se pode ter tudo na vida.
Aliás, algumas das em-presas que registraram forte retrocesso em vendas são justamente as exportadoras, que nem mesmo podem se esconder atrás da desculpa do câmbio. As empresas de autopeças Delphi e Nemak (N° 131 e N° 174 do ranking) caíram respectivamente 41% e 20%. E a presença mexicana no ranking se reduz, de 134 empresas em 2007 a 126 em 2008. Uma prova da perda de competitividade da economia mexicana é que, em 2002, o país dominava quase a metade do ranking, com 242 empre-sas, bem mais que as 212 que o Brasil, atual líder, apresenta nesta edição. Mas, salvo um breve repique em 2007, todos os anos seguintes foram de queda para o México.
Mas sempre há ganhado-res, e neste ano um deles é o Grupo Imsa, que subiu quase cem posições, do número 185 ao 87 do ranking. Isso graças à consolidação de Imsa e Hyl-samex – de fato, oficialmente a empresa mudou seu nome para Ternium México, parte do grupo ítalo- argentino Techint. Outras ganhadoras são a empresa de alimentos Danone (N° 247), que regis-trou aumento de 29% em suas vendas, e o Grupo Viz (N° 327), que cresceu 45%.
Depois de um 2008 ruim, as empresas mexicanas continuam perdendo pre-sença entre as maiores companhias da região
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 139
AS 100 MAIORES DO MÉXICOSUB-
RK 2008
EMPRESA SETORVENDAS
2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 PEMEX Petróleo/Gás 96.074,5 -7,9 -7.906,2 47.776,4 88.696,4 1.936,0 2
2 PEMEX REFINACIÓN Petróleo/Gás 39.733,9 -8,6 -8.669,9 -19.617,7 37.050,0 -1.135,9 4
3 AMÉRICA MÓVIL Telecomunicações 24.988,6 -12,5 4.345,7 10.008,4 31.676,4 10.370,3 6
4 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA Petroquímica 19.675,5 -4,1 164,3 248,8 11.569,0 3.450,2 9
5 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD Energia Elétrica 19.570,0 -5,3 -1.415,8 N.D. 56.950,1 30.196,4 10
6 WAL-MART DE MÉXICO Comércio 17.705,9 -14,1 1.060,8 1.726,9 8.564,2 5.369,7 12
7 CEMEX Cimento 17.581,8 -18,9 164,7 3.524,1 45.083,9 13.785,8 13
8 FEMSA Bebidas 12.146,9 -10,1 484,9 2.223,2 13.377,2 4.975,3 22
9 GENERAL MOTORS DE MÉXICO Automotivo/Autopeças 12.027,0 7,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 25
10 NISSAN MEXICANA Automotivo/Autopeças 10.529,1 4,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 30
11 TELCEL Telecomunicaç ões 9.816,7 -15,6 4.532,5 5.144,6 N.D. N.D. 32
12 CHRYSLER Automotivo/Autopeças 9.120,0 -6,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 39
13 TELÉFONOS DE MÉXICO Telecomunicaç ões 8.972,0 -25,1 1.458,7 4.171,9 13.527,9 2.843,3 40
14 GRUPO ALFA Multissetor 8.399,8 -14,2 -687,7 757,5 8.022,4 2.136,4 44
15 VOLKSWAGEN DE MÉXICO Automotivo/Autopeças 8.140,0 -6,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 46
16 GRUPO BAL Multissetor 7.930,0 2,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 48
17 ORGANIZACIÓN SORIANA Comércio 6.912,6 15,7 124,6 439,8 4.799,4 2.106,0 55
18 COCA -COLA FEMSA Bebidas 5.998,6 -5,4 404,7 1.237,5 7.081,7 4.042,1 62
19 BODEGA AURRERÁ Comércio 5.975,4 -11,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 64
20 GRUPO BIMBO Alimentos 5.951,0 -11,5 312,3 710,6 4.229,5 2.477,0 66
21 FORD MOTOR COMPANY Automotivo/Autopeças 5.885,4 -19,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 69
22 PEMEX PETROQUÍMICA Petroquímica 5.809,5 9,5 -1.354,9 -1.323,8 7.050,0 1.742,9 70
23 HEWLETT-PACKARD MÉXICO Eletrônica 5.704,8 12,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 71
24 TELMEX INTERNACIONAL Telecomunicaç ões 5.494,6 - 400,2 1.293,4 9.607,5 5.624,1 73
25 GRUPO MODELO Bebidas 5.448,2 -18,4 651,7 1.646,8 7.640,7 4.469,2 74
26 GRUPO CARSO Multissetor 5.430,0 -20,9 473,2 628,0 6.585,9 3.314,3 75
27 WAL-MART SUPERCENTER Comércio 4.987,6 -10,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 79
28 SAM’S CLUB Comércio 4.789,3 -16,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 84
29 GRUPO MÉXICO Mineração 4.681,7 -35,7 1.075,5 2.413,1 8.828,4 4.351,2 85
30 GRUPO IMSA (AÇO) Siderurgia/Metalurgia 4.646,1 89,4 95,0 759,4 4.718,6 809,9 87
31 GRUPO SALINAS Multissetor 4.463,2 -13,9 N.D. 906,4 N.D. N.D. 92
32 MET-MEX PEÑOLES Siderurgia/Metalurgia 3.984,0 -1,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 101
33 CONTROLADORA MABE Eletrônica 3.950,0 2,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 104
34 CEMEX MÉXICO Cimento 3.900,0 1,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 107
35 COMERCIAL MEXICANA Comércio 3.853,1 -16,6 -530,9 293,3 3.659,0 1.077,5 108
36 INDUSTRIAS PEÑOLES Mineração 3.833,8 -6,4 489,0 680,7 3.810,7 1.895,1 109
37 ALPEK Petroquímica 3.723,7 -9,1 93,2 232,9 2.890,0 1.701,0 110
38 GRUPO TELEVISA Mídia 3.468,1 -8,9 564,2 1.405,3 8.883,8 3.039,4 114
39 OXXO (FEMSA COMERCIO) Comércio 3.421,2 -11,2 223,3 101,0 1.247,1 N.D. 116
40 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO Energia Elétrica 3.359,2 -21,1 -1.430,4 N.D. 9.973,4 -658,1 121
41 GRUPO PEPSICO Bebidas 3.300,0 -5,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 123
42 EL PUERTO DE LIVERPOOL Comércio 3.274,2 -16,8 255,1 482,4 3.784,4 2.182,3 124
43 GRUPO MASECA Alimentos 3.238,2 -1,3 -888,6 339,7 3.210,3 398,4 126
44 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS Automotivo/Autopeças 3.093,5 -40,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 131
45 CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA Bebidas 3.075,7 -7,8 391,4 654,0 4.756,7 N.D. 132
46 GRUPO ELEKTRA Comércio 3.054,3 -14,8 677,9 373,7 7.422,8 2.381,9 134
47 SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO Eletrônica 3.030,0 4,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 135
48 GRUPO INDUSTRIAL LALA Alimentos 3.000,0 -0,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 137
49 FLEXTRONICS MANUFACTURING Automotivo/Autopeças 2.947,8 34,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 140
50 NESTLÉ DE MÉXICO Alimentos 2.855,0 -1,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 142
140 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO MÉXICOSUB-
RK 2008
EMPRESA SETORVENDAS
2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
51 MINERA MÉXICO Mineração 2.850,0 -2,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 143
52 INDUSTRIAS CH Siderurgia/Metalurgia 2.839,8 12,8 187,9 365,7 2.577,9 1.546,9 145
53 ALMACENES COPPEL Comércio 2.632,9 -9,6 257,3 433,1 2.586,2 1.302,7 162
54 ALTOS HORNOS DE MÉXICO Siderurgia/Metalurgia 2.581,5 2,9 354,2 808,4 3.816,2 1.347,9 163
55 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES Serviços gerais 2.576,1 1,9 -6,2 -8,4 965,0 504,3 165
56 GENERAL ELECTRIC Eletrônica 2.569,0 7,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 166
57 GRUPO SIMEC Siderurgia/Metalurgia 2.543,8 15,2 145,2 293,0 2.206,8 1.343,3 168
58 IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS Manufatura 2.484,0 -1,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 172
59 NEMAK Automotivo/Autopeças 2.379,4 -19,6 -298,9 248,9 3.158,7 993,3 174
60 GRUPO SANBORNS Comércio 2.335,5 -17,9 154,1 317,1 N.D. N.D. 179
61 IBERDROLA DE MÉXICO Energia Elétrica 2.300,0 -5,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 184
62 MOVISTAR Telecomunicações 2.298,9 10,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 185
63 MEXICHEM Petroquímica 2.266,0 7,5 10,2 381,0 2.397,5 592,3 188
64 GRUPO XIGNUX Multissetor 2.234,7 -17,0 24,3 222,2 1.659,2 393,0 191
65 NACIONAL DE DROGAS Química/Farmácia 2.200,0 -7,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 196
66 GRUPO CONDUMEX Manufatura 2.199,1 -23,7 58,6 N.D. N.D. N.D. 197
67 NEXTEL DE MÉXICO Telecomunicaç ões 2.133,2 19,0 540,8 49,6 N.D. N.D. 200
68 HOME DEPOT Comércio 2.120,0 -7,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 201
69 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO Química/Farmácia 2.110,0 -6,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 202
70 AEROMÉXICO (CINTRA) Transporte/Logística 2.100,0 7,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 203
71 GRUPO VITRO Manufatura 2.097,5 -19,9 -409,2 229,9 2.462,1 136,0 205
72 GRUPO CASA SABA Comércio 2.051,9 -11,3 52,9 83,2 1.061,3 482,8 211
73 PHILIP MORRIS DE MÉXICO Agroindústria 2.035,0 -6,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 213
74 EMPRESAS ICA Construção 1.969,5 -4,4 32,7 212,7 3.766,3 1.016,5 219
75 SIGMA Alimentos 1.886,9 -10,8 -63,1 207,6 1.463,0 425,5 227
76 MEXICANA DE AVIACIÓN Transporte/Logística 1.780,0 -2,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 240
77 DANONE Alimentos 1.720,7 28,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 247
78 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO Celulose/Papel 1.666,5 -15,3 239,4 513,7 1.753,0 629,1 255
79 GRUPO KUO Multissetor 1.662,9 -6,7 -112,4 118,5 1.463,3 391,6 256
80 PHILIPS MEXICANA Eletrônica 1.645,0 -12,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 259
81 DEACERO Siderurgia/Metalurgia 1.620,0 -4,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 267
82 MEGA Comércio 1.582,6 -5,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 273
83 CONSTRUCTORAS ICA Construção 1.551,9 -3,9 42,5 72,1 N.D. N.D. 277
84 TOYOTA Automotivo/Autopeças 1.470,2 -17,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 288
85 EMBOTELLADORAS ARCA Bebidas 1.463,8 -14,0 212,9 340,5 1.554,7 1.051,8 292
86 INDUSTRIAS BACHOCO Agroindústria 1.453,8 -12,8 -39,7 60,6 1.428,0 1.013,0 294
87 NOKIA Eletrônica 1.450,0 3,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 295
88 VITRO ENVASES Manufatura 1.410,0 6,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 302
89 GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES Serviços de saúde 1.400,0 -5,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 304
90 GRUPO VILLACERO Siderurgia/Metalurgia 1.400,0 -4,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 305
91 DESARROLLADORA HOMEX Construção 1.362,8 -8,3 127,1 249,1 2.207,3 825,9 311
92 SEARS Comércio 1.350,0 0,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 313
93 GRUPO CORVI Comércio 1.320,0 7,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 322
94 GRUPO VIZ Alimentos 1.300,0 45,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 327
95 MINAS PEÑOLES Mineração 1.295,0 -4,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 328
96 CORPORACIÓN GEO Construção 1.261,7 -8,0 106,5 232,1 1.817,5 678,0 338
97 SONY DE MÉXICO Eletrônica 1.250,0 11,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 341
98 GRUPO OMNILIFE Serviços de saúde 1.240,0 -4,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 345
99 SIEMENS MÉXICO Eletrônica 1.234,0 4,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 347
100 CORPORATIVO FRAGUA Comércio 1.211,0 -9,3 46,8 56,1 437,9 269,7 351
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 141
AS 50 MAIORES DO CHILE
DE ONDE VEM O DINHEIRO
MAPA DA MINA
VENDAS POR SETOR, ENTRE AS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE (EM US$ MILHÕES.)
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE, Nº DE EMPRESAS
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE
COMÉRCIO
BEBIDAS
CELULOSE/PAPEL
MULTISSETOR
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
SIDERURGIA/METALURGIA
TELECOMUNICAÇÕES
ENERGIA ELÉTRICA
MINERAÇÃO
OUTROS
IND
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MIN
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50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
18,0%
4,0%
6,0%
6,0%
6,0%
8,0%
8,0%
12,0%
24,0%
8,0%
1.066 1.2031.3002.5905.2516.907
7.78910.83712.185
15.513
21.942
28.397
40.571
ANO ESTÁVELAs empresas chilenas elevaram suas vendas, mas os lucros caíram. Aumentou a diversifi cação, mas mineração continua a ser o setor principal.
“Besa mi Chile Cobre y Mineral” diz um hino do folclore latino-americano Todas las voces todas,
popularizado pela argentina Mercedes Sosa. Por sorte, o Chile já não é apenas cobre e mineral, setor que registrou uma freada brusca em 2008, principalmente devido à queda do preço do cobre. Prova dis-so é que a média da variação das vendas das 60 empresas chilenas que fazem parte do ranking das 500 maiores em-presas da região foi positivo: uma pequena alta de 1,6% em vendas medidas em dólares, na comparação com o ano anterior. Mas se essas 60 empresas obser-vadas conjuntamente não viram suas vendas caírem, por outro lado sofreram queda no lucro médio, de 12% em 2008.
Mineração, comércio e energia, os três setores chilenos mais importantes no ranking, ti-veram resultados heterogêneos. A mineração, que abarca 14 das 60 empresas do ranking, teve uma queda de vendas média de 13% em 2008. E isso por-que houve casos excepcionais que puxaram esse percentual para cima, como o caso da mineradora não-metálica SQM (ex Soquimich) que registrou um aumento de 51,1% em suas vendas em 2008. Ou o da Minera Spence, de 44,2%. Mas, como são empresas me-nores, não puderam equilibrar a queda de 24,6% da Minera
Escondida, ou a de 15,1% da Codelco.
Já no setor comércio a his-tória é diferente. As dez em-presas do setor que participam do ranking somam vendas de US$ 29,25 bilhões, 2% a mais do que em 2007. Isso principal-mente graças ao salto de dois de seus maiores expoentes: Cencosud, que integrou algu-mas aquisições internacionais a seus resultados, e Falabella, que subiu graças à sua operação no Peru. Se não fosse por isso, o setor teria registrado um ano negativo.
O setor de energia elétrica é o que melhor fechou 2008. Apesar de o Chile não contar com uma matriz elétrica di-versificada nem segura, suas maiores empresas se viraram para incrementar suas vendas em 10% durante 2008. A Ener-sis é a mais bem sucedida. Não apenas suas vendas subiram em 2008 como seu lucro passou de US$ 380 milhões para US$ 907 milhões.
Individualmente, a com-panhia aérea LAN continua um caso digno de se acom-panhar de perto: a companhia controlada pela família Cueto incrementou suas vendas em 30,1%, chegando a US$ 4,94 bilhões, com o que oficialmente se transforma pela primeira vez na maior companhia aérea da América Latina. E a mais rentá-vel, com um ROE que chegou a 30% em 2008.
142 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS 50 MAIORES DO CHILESUB-
RK 2008
EMPRESA SETOR VENTAS 2008 US$ MILLONES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 CODELCO Mineração 14.424,8 -15,1 1.566,8 N.D. 13.706,7 3.875,7 17
2 EMPRESAS COPEC Multissetor 12.818,2 3,9 603,1 1.394,2 11.855,9 7.656,3 20
3 ENAP Petróleo/Gás 12.185,2 35,1 -957,8 N.D. 4.872,1 261,3 21
4 ENERSIS Energia Elétrica 10.570,9 11,8 907,4 4.045,3 22.888,9 5.876,9 29
5 CENCOSUD Comércio 9.745,8 27,8 254,5 709,8 8.773,6 3.705,0 33
6 ESCONDIDA Mineração 7.760,2 -24,6 3.570,3 4.619,6 7.203,9 3.142,5 50
7 FALABELLA Comércio 5.924,5 3,6 321,1 689,3 7.025,2 2.786,6 67
8 SUDAMERICANA DE VAPORES Transporte/Logística 4.943,9 19,1 -39,1 -97,2 1.884,1 833,9 80
9 LAN Transporte/Logística 4.587,2 30,1 339,7 727,3 4.962,1 1.131,0 90
10 ENDESA Energia Elétrica 3.960,5 13,7 703,5 1.821,1 11.353,1 3.758,5 103
11 ARAUCO Celulose/Papel 3.689,1 3,3 478,7 598,0 8.853,8 5.623,2 111
12 D&S Comércio 3.397,5 -11,6 33,4 260,5 2.690,2 989,0 118
13 ANTOFAGASTA PLC Mineração 3.372,6 -11,9 1.706,5 1.899,8 7.954,9 6.432,6 119
14 CMPC PAPELES Y CARTONES Celulose/Papel 2.978,7 -7,9 205,8 631,5 7.655,9 5.166,9 139
15 CGE Energia Elétrica 2.900,1 11,8 169,5 415,9 4.790,1 1.243,8 141
16 COLLAHUASI Mineração 2.650,3 -17,9 1.146,5 1.410,0 2.991,2 1.662,7 159
17 MOLYMET Siderurgia/Metalurgia 2.505,9 -5,6 71,2 161,3 1.162,6 497,9 171
18 LOS PELAMBRES Mineração 2.170,3 -18,3 1.020,9 1.426,6 2.866,0 1.826,1 198
19 ANGLO AMERICAN SUR Mineração 2.000,3 -12,8 864,1 3.006,9 2.109,4 214
20 MALL PLAZA Comércio 2.000,0 - N.D. N.D. N.D. N.D. 215
21 CAP Siderurgia/Metalurgia 1.994,7 26,0 296,4 424,9 2.513,5 1.051,4 217
22 SQM Mineração 1.794,8 51,1 507,3 752,1 2.597,2 1.480,2 235
23 SODIMAC Mineração 1.763,8 -9,5 64,8 76,0 832,7 344,3 241
24 CHILECTRA Energia Elétrica 1.718,3 6,3 409,7 313,6 2.512,2 1.697,1 248
25 ENTEL Telecomunicaç ões 1.695,9 -6,8 244,0 672,4 2.318,9 1.159,4 251
26 AES GENER Energia Elétrica 1.641,4 11,5 138,3 375,3 3.767,6 2.018,5 262
27 RIPLEY Comércio 1.629,8 -14,1 43,8 155,1 2.047,2 1.082,9 265
28 XSTRATA COPPER CHILE S.A. Mineração 1.485,2 20,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 284
29 ENAMI Mineração 1.481,5 11,8 54,8 N.D. 1.300,8 737,4 285
30 FASA Comércio 1.469,4 -14,6 1,2 49,8 684,9 119,8 289
31 EMBOTELLADORA ANDINA Bebidas 1.346,8 4,9 150,7 281,5 958,4 550,4 314
32 EMPRESAS NAVIERAS Transporte/Logística 1.341,9 27,7 18,3 49,2 560,6 153,3 316
33 HUACHIPATO Siderurgia/Metalurgia 1.305,2 48,7 141,1 277,3 1.098,5 777,5 325
34 AGROSUPER Agroindústria 1.300,0 -13,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 326
35 MOVISTAR Telecomunicações 1.293,3 -14,7 137,0 321,0 1.381,6 744,9 329
36 SANTA ISABEL Comércio 1.243,3 -16,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 343
37 CCU Bebidas 1.242,7 -1,9 131,3 280,8 1.705,5 788,8 344
38 JUMBO Comércio 1.223,0 -11,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 349
39 SIGDO KOPPERS Construção 1.203,1 -3,2 60,9 209,9 1.803,2 514,6 352
40 QUIÑENCO Multissetor 1.173,4 -16,6 358,1 250,2 3.866,3 2.044,2 359
41 ENTEL PCS Telecomunicaç ões 1.172,3 -8,1 210,8 341,9 1.254,1 505,4 360
42 MINERA SPENCE Mineração 1.168,5 44,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 362
43 MINERA VALPARAÍSO Multissetor 1.161,7 -8,4 119,0 47,2 5.634,1 2.523,4 363
44 CANDELARIA Mineração 1.151,4 -17,6 374,4 549,3 926,4 567,2 365
45 COLBÚN Energia Elétrica 1.150,5 -5,7 45,8 220,6 4.074,9 2.564,9 366
46 CMPC CELULOSA Celulose/Papel 1.121,3 -20,1 182,6 N.D. 1.880,9 1.066,1 375
47 MINERA EL ABRA Mineração 1.110,9 -7,5 322,9 507,3 943,3 755,1 378
48 MADECO Siderurgia/Metalurgia 1.101,5 -14,5 154,5 87,4 876,9 659,9 381
49 TELEFÓNICA CHILE Telecomunicaç ões 1.089,3 -14,6 28,0 432,2 2.831,2 1.514,1 385
50 MASISA Manufatura 1.065,9 10,4 44,1 155,1 2.304,0 1.278,8 397
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 143
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SUB-RK
2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008
US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 ECOPETROL Petróleo/Gás 15.053,9 37,8 5.164,8 6.554,5 21.629,1 15.374,9 15
2 ALMACENES ÉXITO Comércio 3.164,3 -6,5 68,3 241,2 2.646,5 1.512,7 128
3 ORGANIZACIÓN TERPEL Petróleo/Gás 2.822,6 5,3 54,8 123,8 1.069,3 528,8 148
4 REFINERÍA DE CARTAGENA Petróleo/Gás 2.790,0 71,7 -13,9 47,3 1.381,5 1.155,4 149
5 COMCEL Telecomunicações 2.580,6 -4,5 483,8 1.185,1 3.343,6 1.856,9 164
6 CARBONES DEL CERREJÓN Mineração 2.367,0 57,9 600,7 1.056,3 1.813,3 1.299,3 175
7 EXXONMOBIL Petróleo/Gás 2.366,6 -2,9 25,4 N.D. 492,9 210,0 176
8 GRUPO BAVARIA Multissetor 2.322,0 -5,3 266,8 842,0 4.638,9 2.237,8 180
9 TELEFÓNICA COLOMBIA Telecomunicações 1.912,7 -7,1 -72,0 664,0 4.340,0 2.208,8 223
10 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES Alimentos 1.780,7 5,5 132,8 253,1 2.370,0 1.714,7 239
11 GRUPO ARGOS Cimento 1.752,1 -5,4 372,6 1.200,0 5.950,3 2.413,2 243
12 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN Serviços básicos 1.692,1 9,8 591,4 748,2 8.188,9 6.604,4 252
13 AVIANCA Transporte/Logística 1.643,2 13,8 20,3 133,0 1.168,7 323,6 260
14 BAVARIA Bebidas 1.635,1 -9,2 273,6 N.D. 4.154,5 2.135,6 263
15 CHEVRON PETROLEUM COMPANY Petróleo/Gás 1.423,5 11,7 78,4 N.D. 631,5 230,8 298
16 CARREFOUR Comércio 1.407,5 1,3 50,3 N.D. 1.379,8 861,9 303
17 DRUMMOND Mineração 1.390,7 21,9 152,2 309,7 1.716,1 1.372,9 308
18 GRUPO SALUDCOOP Serviços de saúde 1.330,9 11,1 10,7 82,9 575,9 195,1 319
19 GENERAL MOTORS COLMOTORES Automotivo/Autopeças 1.283,7 -32,4 95,8 N.D. 708,2 286,6 332
20 GRUPO ISA Energia Elétrica 1.181,1 -14,4 105,1 N.D. 62.814,3 2.194,4 356
AS 20 MAIORES DA ARGENTINA
AS 20 MAIORES DA COLÔMBIA
SUB-RK
2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008
US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 TECHINT Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 -0,4 N.D. N.D. 28.208,0 N.D. 8
2 TENARIS Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 20,8 2.124,8 3.560,8 15.100,7 8.176,6 23
3 YPF Petróleo/Gás 10.050,4 9,5 1.049,0 3.296,8 11.262,0 5.866,3 31
4 TERNIUM Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 50,3 875,2 N.D. 10.671,1 5.561,4 43
5 CARGILL Agroindústria 5.970,2 26,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 65
6 PETROBRAS ENERGÍA Petróleo/Gás 4.373,2 3,0 223,6 925,6 6.665,7 2.578,4 94
7 BUNGE Agroindústria 4.190,0 44,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 97
8 CENCOSUD Comércio 3.318,0 16,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 122
9 CARREFOUR Comércio 3.124,0 27,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 129
10 TELECOM Telecomunicações 3.057,1 6,8 276,9 959,7 2.780,7 1.158,5 133
11 ACEITERA GENERAL DEHEZA Agroindústria 2.506,0 79,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 170
12 SIDERAR Siderurgia/Metalurgia 2.320,3 14,8 393,9 514,5 2.814,1 2.076,0 181
13 MOLINOS RÍO DE LA PLATA Agroindústria 2.307,8 29,3 59,8 190,6 1.068,4 337,3 182
14 MOVISTAR Telecomunicações 2.234,1 12,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 192
15 VOLKSWAGEN Automotivo/Autopeças 2.233,4 6,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 193
16 CTI Telecomunicações 2.076,3 12,5 558,9 704,1 N.D. N.D. 207
17 ARCOR Alimentos 2.064,7 11,8 56,4 N.D. 1.338,4 400,0 210
18 SHELL CAPSA Petróleo/Gás 1.889,0 7,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 226
19 FORD Automotivo/Autopeças 1.822,9 -0,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 233
20 DISCO Comércio 1.816,9 28,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 234
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 145
AS 10 MAIORES DO PERU
AS 5 MAIORES DA VENEZUELA
AS 5 MAIORES DA AMÉRICA CENTRALSUB-
RK 2008
EMPRESA PAÍS SETOR VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008
US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 RECOPE C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 23,6 107,2 N.D. N.D. N.D. 154
2 INTEL C.RI Eletrônica 2.074,0 -15,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 208
3 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 14,8 1.017,2 1.503,4 4.608,8 4.360,4 218
4 GRUPO ICE C.RI Serviços básicos 1.400,0 5,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 307
5 COPA AIRLINES PAN Transporte/Logística 1.288,8 25,5 118,7 281,5 1.954,2 632,4 330
AS 500 MAIORES POR PAÍSNº DE EMPRESAS POR PAÍS RK 500FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
0 50 100 150 200 250
2008
2007
211BRASIL134MÉXICO
55CHILE36ARGENTINA
31COLÔMBIA15PERU
7VENEZUELA6AMÉRICA CENTRAL
3EQUADOR2URUGUAI
212BRASIL
126MÉXICO
80CHILE
35ARGENTINA
28COLÔMBIA
21PERU
7VENEZUELA
6AMÉRICA CENTRAL
3EQUADOR
2URUGUAI
SUB-RK
2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008
US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 REPSOL YPF PERÚ Petróleo/Gás 3.979,0 25,6 -79,2 -35,5 885,2 221,2 102
2 MINERA ANTAMINA Mineração 2.846,1 -5,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 144
3 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. Mineração 2.711,5 -14,7 1.092,4 1.611,2 1.921,6 1.391,4 153
4 PETROPERÚ Petróleo/Gás 2.664,3 7,0 91,3 N.D. N.D. 389,0 157
5 TELEFÓNICA DEL PERÚ Telecomunicaç ões 2.246,7 52,9 156,6 877,8 3.695,0 1.281,1 190
6 MINERA CERRO VERDE Mineração 1.835,9 2,3 718,4 1.184,9 1.983,6 1.324,2 232
7 MINERA YANACOCHA Mineração 1.623,7 43,4 463,8 883,4 1.911,6 1.227,0 266
8 PERUPETRO Petróleo/Gás 1.518,3 29,3 N.D. -1,3 63,6 0,6 279
9 BARRICK MISQUICHILCA Mineração 1.365,2 24,1 659,1 1.108,3 2.179,7 1.723,3 310
10 DOE RUN Mineração 1.245,5 -1,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 342
SUB-RK
2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008
US$ MILHÕES
VARIAÇÃO VENDAS 08/07
(%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
EBITDA 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. 2008
US$ MILHÕES
RK 2008
1 PDVSA Petróleo/Gás 126.364,0 30,1 9.413,0 9.356,0 131.832,0 71.513,0 1
2 PEQUIVEN Petroquímica 9.690,0 49,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 34
3 CANTV Telecomunicações 4.594,3 18,7 679,6 493,9 5.534,6 2.059,4 88
4 MOVISTAR Telecomunicações 3.903,0 10,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 105
5 SIVENSA Siderurgia/Metalurgia 1.178,7 35,9 153,9 175,0 1.985,2 1.397,4 357
146 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
AS
QU
E M
AIS
SU
BIR
AM
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS RK
2008
QUANTOSPOSTOSAVANÇA
1 CARBONES DEL CERREJÓN COL 175 306
2 NOKIA BRA 160 204
3 CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA 270 165
4 NEXTEL BRA 320 159
5 AMIL BRA 231 149
6 HUACHIPATO CHI 325 148
7 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 170 147
8 SQM CHI 235 146
9 GRUPO VIZ MÉX 327 144
10 MINERA YANACOCHA PER 266 130
11 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 346 130
12 SIVENSA VEN 357 123
13 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 115 121
14 PEQUIVEN VEN 34 113
15 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 190 109
16 EMPRESAS NAVIERAS CHI 316 107
17 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 87 98
18 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 299 98
19 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 377 98
20 BARRICK MISQUICHILCA PER 310 97
21 COPA AIRLINES PAN 330 97
22 ALICORP PER 358 95
23 BRIDGESTONE FIRESTONE BRA 376 92
24 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 237 91
25 GERDAU AÇOMINAS BRA 177 90
26 DANONE MÉX 247 90
27 PATAGONIA ARG 412 87
28 MOVISTAR PER 398 84
29 MARFRIG BRA 158 83
30 DRUMMOND COL 308 83
31 CONECEL EQU 396 81
32 AVON BRA 254 80
33 ALUAR ARG 414 77
34 BUNGE ARG 97 75
35 DISCO ARG 234 75
36 GENERAL ELECTRIC BRA 120 74
37 MOVISTAR COL 367 73
38 CAP CHI 217 72
39 VOLVO BRA 152 71
40 HERINGER FERTILIZANTES BRA 281 71
41 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 216 70
42 DANONE ARG 354 70
43 FLEXTRONICS MANUFACTURING MÉX 140 68
44 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 238 68
45 ACINDAR ARG 374 68
46 UNIPAR BRA 220 67
47 GRUPO CLARÍN ARG 257 64
48 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 155 63
49 CARREFOUR ARG 129 58
50 GRUPO SALUDCOOP COL 319 58
AS
QU
E M
AIS
CA
ÍRA
M
SUB-RK
2008EMPRESA PAÍS RK
2008
QUANTOSPOSTOS
RETROCEDE
1 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 489 179
2 SIEMENS BRASIL BRA 300 148
3 CARAÍBA METAIS BRA 401 129
4 GRUPO SCHINCARIOL BRA 419 116
5 ULTRAGAZ BRA 379 113
6 ALBRAS BRA 444 113
7 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 370 109
8 COTEMINAS BRA 312 99
9 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 332 94
10 PARANAPANEMA BRA 283 87
11 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 252 85
12 ELETRONORTE BRA 258 83
13 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 153 81
14 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 206 80
15 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 333 80
16 COPERSUCAR BRA 253 73
17 GRUPO XIGNUX MÉX 191 71
18 CANDELARIA CHI 365 69
19 COMPREBEM BRA 382 64
20 ARACRUZ CELULOSE BRA 274 63
21 CPFL PIRATININGA BRA 467 63
22 DOW BRASIL BRA 269 62
23 CMPC CELULOSA CHI 375 62
24 CBA BRA 340 59
25 DUPONT BRASIL BRA 383 59
26 AXTEL MÉX 460 57
27 SOTREQ BRA 485 56
28 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 403 54
29 PARIS CHI 463 51
30 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 339 49
31 GRUPO FAMSA MÉX 395 49
32 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 449 48
33 COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 229 47
34 QUIÑENCO CHI 359 47
35 WHIRLPOOL MÉXICO MÉX 391 47
36 EDITORA ABRIL BRA 468 47
37 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 131 46
38 LIQUIGÁS BRA 408 45
39 SANTA ISABEL CHI 343 43
40 GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 437 43
41 GRUPO CONTINENTAL MÉX 443 43
42 BOSCH BRA 245 40
43 KRAFT FOODS BRA 433 40
44 MINERA ZALDÍVAR CHI 454 40
45 TRANSPETRO BRA 271 39
46 MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA 276 39
47 INFRAERO BRA 410 39
48 GRUPO CONDUMEX MÉX 197 38
49 CICSA MÉX 421 38
50 PONTO FRIO - GLOBEX BRA 268 37
MOVIMENTOS NO RANKING
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 147
AS
NO
VA
S
SOMA DE FORÇAS DE ONDE VENHOVENDAS DAS NOVAS EMPRESAS, REUNIDAS POR PAÍS (TOTAL: US$ 48,29 BILHÕES) DISTRIBUIÇÃO TOTAL DOS NOVOS PARTICIPANTES DO RANKING, SOBRE UM TOTAL DE 41 EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ARG
Milh
ões
de d
ólar
es
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0 BRA CHI COL MÉX PER VEN
797
19.839
7.5076.037 5.495
7.773
852
BRASIL
ARGENTINA
CHILE
COLÔMBIA
MÉXICO
PERU
VENEZUELA
46,3%
2,4%
14,6%
12,4%
2,4%
19,5%
2,4%
MOVIMENTOS NO RANKINGSUB-RK
2008 EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES RK 2008
1 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 73
2 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 2.790,0 149
3 MALL PLAZA CHI 2.000,0 215
4 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 272
5 PERUPETRO PER 1.518,3 279
6 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 1.485,2 284
7 AMERICEL BRA 1.477,7 286
8 GASPETRO BRA 1.468,3 290
9 MC DONALD`S BRA 1.412,1 301
10 ALCOA BRA 1.287,0 331
11 GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA 1.270,6 335
12 SCANIA BRA 1.201,7 353
13 MINERA SPENCE CHI 1.168,5 362
14 AJE GROUP PER 1.090,0 384
15 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 1.089,2 386
16 CONSORCIO MINERO CORMIN PER 1.011,7 415
17 EQUATORIAL BRA 1.003,9 418
18 INTEROCEÁNICA CHI 983,7 422
19 FALABELLA PERÚ PER 978,1 424
20 WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA 972,7 426
21 SALFACORP CHI 965,5 429
22 HOCOL COL 952,8 431
23 CMPC TISSUE CHI 903,7 446
24 CEG BRA 863,7 453
25 PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER 857,4 455
26 ELÉCTRICA DE CARACAS VEN 851,6 456
27 CARAMURU BRA 845,9 457
28 ELECTRICARIBE COL 809,5 474
29 UCP BACKUS & JOHNST PER 809,3 475
30 C. VALE BRA 800,8 478
31 EASY ARG 796,6 480
32 IOCHPE-MAXION BRA 782,1 481
33 BRETAS SUPERMERCADOS BRA 778,1 483
34 BUENAVENTURA PER 766,6 488
35 PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA 763,5 491
36 CONTAX BRA 759,4 492
37 PETROBRAS COL 752,1 494
38 GAFISA BRA 744,7 496
39 FERREYROS PER 741,8 497
40 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 732,8 498
41 DMA DISTRIBUIDORA BRA 731,8 499
148 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Os países incluídos no
ranking são Argen-
tina, Bolívia, Brasil,
Chile, Colômbia,
Costa Rica, Equador, El Sal-
vador, Guatemala, Honduras,
México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, Porto Rico,
República Dominicana, Uru-
guai e Venezuela. As cifras
foram reunidas e verificadas
por AméricaEconomia In-
telligence de fontes oficiais
e bolsas de valores, no caso
de empresas abertas. No
caso de empresas de capital
fechado, as informações fo-
ram solicitadas através de um
questionário. Em situações
excepcionais, devidamente
indicadas, foram considerados
dados de fontes secundárias
ou estimativas próprias base-
adas em informações públicas
ou de mercado. Os números
correspondem ao exercício
terminado em dezembro
de 2008, salvo indicações
diferentes.
POSIÇÕES
A ordem do ranking é de-
terminada pelo montante de
vendas líquidas em dólares,
em dezembro de 2008. Os
números correspondentes
a dezembro de 2008 foram
revisados e corrigidos sobre
a base de informação dispo-
nível atualizada. Por isso, as
posições das empresas no não
de 2008 podem ser diferentes
das apresentadas na edição do
ranking do não passado
ESTADOS
FINANCEIROS
O ranking busca padronizar ao
máximo a informação contábil
publicada na região, o que
nem sempre é possível. Por
isso, recomendamos atenção
à interpretação de indicadores
como lucro, vendas e patri-
mônio em países com taxas
de inflação significativas,
já que as empresas não são
obrigadas a apresentar o ajuste
ou correção monetárias destes
conceitos.
CONSOLIDAÇÃO
A informação registrada no
ranking de empresas abertas
ou em bolsa corresponde, em
geral, a balanços que conso-
lidam as operações da matriz
com as de suas filiais no país
e no exterior, e que adicio-
nalmente utilizam correção
monetária.
AS VENDAS
Estas são registradas livres
de impostos e devoluções,
seguindo a tendência in-
ternacional a este respeito.
Algumas exceções a este
critério continuam nos casos
em que não foi possível obter
a informação padrão.
CONVERSÃO
A DÓLARES
A conversão em dólares dos
indicadores expostos neste
ranking foi feita com base no
câmbio do último dia útil de
2008 para cada moeda.
VARIAÇÃO DE
VENDAS 2008-2007
As variações anuais de vendas
são nominais, em dólares cor-
rentes, e devem ser analisadas
levando-se em consideração
a valorização ou depreciação
das moedas locais em relação
ao dólar, assim como os níveis
de inflação em cada país.
PROPIEDADE E
SETOR
A definição de propriedade
corresponde ao critério de
acionista majoritário no fim
de 2008. Para a classificação
setorial, no entanto, foi con-
siderada a atividade que é do-
minante em termos de vendas
em cada companhia.
FONTES
As fontes de informação usa-
das para construir o ranking
foram as próprias empresas,
seus sites , organismos ofi-
ciais (como as comissões de
valores mobiliários de cada
país), além da Economática.
Também foram utilizadas in-
formações das alfândegas dos
países que tiveram empresas
incluídas no ranking para de-
terminar as exportações.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos às instituições
oficiais, à Economática e, em
especial, a todas as empresas
que colaboraram com nossa
pesquisa.
ASSIM FAZEMOS AS 500
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 149
DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS
150 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
PARA ONDE VÃO?Os governos da região escolhem suas armas contra as amargas cifras econômicas projetadas para 2009. Como sairão dessa? Soledad Gómez, Santiago
Principais indicadores macro do Brasil
MURO DE ARRIMO
DESTA VEZ, NEM TÃO BEM
FONTE: MINISTÉRIO DA ECONOMIA DA ARGENTINA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: IBGE E BANCO CENTRAL DO BRASIL • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
JAN 08
JAN 08
12
8,7
7,1
9,8
8,5
5,9
1,6
MAR 08
MAR 08
MAI 08
MAI 08
15
12
9
6
3
0
12
-6
-12
-18
6
0
JUL 08
JUL 08
SET 08
SET 08
NOV 08
NOV 08
JAN 09
JAN 09
MAR 09
MAR 09
MAI09
MAI 09
PROJEÇÕES
PROJEÇÕES
ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO
4,5 5,6
-14,8
-5
7,88,9
6,4
ATIVIDADE INDUSTRIAL
DESEMPREGO URBANO
INFLAÇÃO
Os fundos das AFJP (administradora de apo-
sentadorias) parecem ser insu-ficientes para melhorar o índice de atividade econômica (Emae), que desce a ladeira e fechou fevereiro deste ano a 2,6%.Espera-se que no segundo semestre o PIB entre em ter-reno negativo, para fechar o ano com variação de -2,4%.
A crise financeira do último trimestre de 2008
afetou o setor industrial rapida-mente, que chegou a cair 14,8% no início de 2009. Apesar da rápida reação das autoridades, que atacaram com medidas de fomento fiscal, o PIB para 2009 deverá ser timidamente positi-vo, com um avanço de 0,5%.
Principais indicadores macro da Argentina
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 151
Principais indicadores macro do Chile
Principais indicadores macro da Colômbia
Principais indicadores macro da Costa Rica
EXIJO UMA EXPLICAÇÃO!
REALISMO NADA FANTÁSTICO
SEM DESEMPREGO
FONTE: INE E BANCO CENTRAL DO CHILE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: BANCO CENTRAL DA COLÔMBIA E DANE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: BANCO CENTRAL DA COSTA RICA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
JAN 08 MAR 08 MAI 08
12
9
6
3
0
-3
-6JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
PROJEÇÕES
9,9
7,5
2,8
-3,1
11,1
5,3
ATIVIDADE IMACEC
DESEMPREGO MÊS
INFLAÇÃO
JAN 08
JAN 08
MAR 08
MAR 08
MAI 08
MAI 08
18
18
15
12
9
6
3
0
-3
-6
-9
12
6
0
-6
-12
-18JUL 08
JUL 08
SET 08
SET 08
NOV 08
NOV 08
JAN09
JAN 09
MAR 09
MAR 09
MAI 09
MAI 09
PROJEÇÕES
PROJEÇÕES
10,5
15,3
4,6
-2,4
-12,9
ATIVIDADE INDUSTRIAL
DESEMPREGOINFLAÇÃO
ATIVIDADE IMAE
INFLAÇÃO
10,6
-5,7
0,2
9,116,3
8,5
A economia mais compe-titiva da região segundo
o WEF não conseguiu contornar a crise internacional. Seu indica-dor mensal de atividade está há 6 meses no vermelho e chegou a -4,6% em abril. Estima-se que em setembro a desocupação chegará a 12% e terminará 2009 com uma queda de 0,4%.
Apesar de colher elogios nos últimos anos pelas
conquistas em matéria econô-mica, o governo de Álvaro Uribe fechou 2008 com modestos, mas honrados, 3,2% de crescimento econômico. Este ano, estima-se que este alcance apenas 0,5%.
A crise parece não ter durado muito na Costa
Rica. O indicador de atividade (Imae) registrou um ritmo menor de queda já em abril, com -4,9%.O país deverá acelerar o pas-so no segundo semestre, mas ainda assim não o suficiente para evitar a recessão. Estima-tiva para o PIB 2009: -1,6%.
DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS
152 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Principais indicadores macro do Equador
Principais indicadores macro do Panamá
Principais indicadores macro do México
A “CORREAÇOS”
FÉ NO COMÉRCIO MUNDIAL
UM ANTIVIRAL, POR FAVOR
FONTE: BANCO CENTRAL DO EQUADOR • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: CONTRALORIA DE PANAMÁ • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: BANCO DE MÉXICO E INE MÉXICO • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
6,4
-2,6
7,6
9,99,3
6,1
-0,4
12
9
6
3
0
-3
-6
12
6
3
0
-3
-6
-9
-12
PROJEÇÕES
ATIVIDADEDESEMPREGO
INFLAÇÃO
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
7,2
6,5
-10,4
-3,
5,8
5,5
PROJEÇÕES
ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
8,7
10
2,5
0,2
6,36,5
12,2
15
10
5
0
PROJEÇÕES
ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO
Com esforço, o governo equatoriano buscou
eliminar as diferenças com cre-dores e lançou um programa de recompra para os polêmicos bô-nus Global 2012 e 2030. Espe-ra-se que este ano a economia equatoriana se retraia 3,3%.
O novo presidente Ricardo Martinelli herda a promes-
sa do governo anterior de aumentar o déficit fiscal de 1% a 3% para evitar que o crescimento caia abaixo dos 3%. Depois de registrar 9,2% em 2008, as estimativas são de que em 2008 a variação do PIB não supere os 2,4%.
A crise nos EUA ajudou a elevar a taxa de desem-
prego acima do tradicional teto de 5%. E quando as projeções já eram sombrias, a influenza sacudiu ainda mais a economia. Com esforço, o México poderá limitar a contração a 4,2%.
Principais indicadores macro da VenezuelaIDEAL BOLIVARIANO EM CONTRAÇÃOFONTE: BANCO CENTRAL DA VENEZUELA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
40
15
10
5
0
-5
-10
-15
-20
20
30
20
10
0
-10
-20
-30
-40
PROJEÇÕES
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
22
10,2
5,0 4,1 3,29,5
8,27,2
33,726,2
ATIVIDADE MANUFATUREIRA
DESEMPREGO
INFLAÇÃO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 153
Principais indicadores macro do Uruguai
Principais indicadores macro do Peru
NA MONTANHA RUSSA
O MELHOR DA REGIÃO, AINDA
FONTE: CONTRALORIA DO URUGUAI E INE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: BANCO CENTRAL DE RESERVA DO PERU • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
11,6
9,8
4,1
3,5
15
12
9
6
3
0
PROJEÇÕES
ATIVIDADE
DESEMPREGOIINFLAÇÃO
40
32
24
16
8
0
-8
-16
PROJEÇÕES
JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09
12,5 11
6,4
-1,6
-9,1
34,2
ATIVIDADE MANUFATUREIRA
DESEMPREGOINFLAÇÃO
Em abril, e pela primei-ra vez em oito anos, a
economia peruana se contraiu (2,01%). Mas as estimativas permanecem otimistas, indi-cando que o Peru poderá ter o melhor desempenho da região, com um PIB de 3,1% em 2009.
A economia uruguaia decepcionou no primeiro
trimestre do ano, ao cair mais que os 2% esperados, com queda de 2,9%. Apesar do crescimento de 8,9% em 2008, o Uruguai entrará em recessão e terminará o ano com contração de 1,5%.
Segundo fontes oficiais, a inflação, que chegou
a 30,9% em 2008, cederá este ano. Não é de estranhar, com o baixo desempenho estimado para a atividade econômica. No último trimestre de 2008, o país cresceu apenas 0,3%. E em 2009 o PIB poderá chegar a - 6,2%.
OPINIÃO
154 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Marcelo M. GiugaleDiretor de Política Econômica e Programas de Redução da Pobreza para América Latina do Banco Mundial
Aimplosão do sistema fi nanceiro global parece che-
gar ao fi m, ou ao menos a um ponto de infl exão.
Os indícios de estabilização ainda são tênues e
podem ser miragens. Mas já é possível tirar lições
de tudo isso. As mais relevantes são estas:
I) Muitos culpados. Uma série de fatores interconectados
produziu a crise. Houve excessiva criação de liquidez nos
EUA; pouca vigilância aos hedge funds; subsídios excessi-
vos à propriedade imobiliária, e excessiva complexidade dos
ativos fi nanceiros, chegando a um ponto no qual somente
alguns poucos operadores sabiam o valor deles.
II) As coisas fi carão piores antes de melhorar. As con-
sequências fi nais da crise ainda estão para ser reveladas. A
correção do desequilíbrio global entre economia e consumo
apenas começou. E o fl uxo de crédito não será reativado
plenamente até que os balanços dos grandes bancos norte-
americanos sejam purifi cados de seus “ativos tóxicos”.
III) Não há muito mais que os governos possam fazer. As respostas de política pública têm sido razoáveis. Mas a
contração na demanda provavelmente é tão grande que, mes-
mo com a melhor das coordenações entre países, não poderá
ser compensada por estímulos fi cais e injeções de liquidez.
IV) O impacto nos países em desenvolvimento será lento, mas duro. O contágio tem ocorrido através de quatro
principais canais: exportações, remessas, preço das matérias-
primas e fl uxos de fi nanciamento. E o impacto se manifestará
na interrupção do fi nanciamento bancário externo para o se-
tor corporativo privado doméstico. Isto acelerará o comércio
internacional e atrasará projetos de investimento.
V) É preciso repensar o modelo de desenvolvimen-to baseado em exportações. A capacidade de absorção do
mundo desenvolvido não voltará a seu nível anterior à crise
por um longo tempo, se é que voltará. Os países emergentes
terão que balancear suas fontes de crescimento e dar maior
peso à demanda doméstica e ao comércio “Sul-Sul”.
VI) A classe média será a mais golpeada. Nos países em
desenvolvimento, o principal ponto de contato entre as pes-
soas e a crise será a contração na demanda por trabalho – não
uma mudança brusca entre preços relativos ou uma perda de
riqueza, como no passado. Isto afetará principalmente traba-
lhadores urbanos, formais e relativamente educados.
VII) Finanças mais simples. Há agora um reconhecimen-
to geral de que o mercado não pode disciplinar os agentes
fi nanceiros. Após uma reforma, a indústria fi nanceira prova-
velmente fi cará parecida com o setor de serviços de infraes-
trutura pública, com poucos fornecedores privados operando
sob licença do governo e oferecendo produtos padronizados a
preços regulados e com algo grau de supervisão.
VIII) Metas de crescimento. O chamado para que os
bancos centrais tenham objetivos além da infl ação se multi-
plicou. Por trás disso há uma nova fé na capacidade do Esta-
do (não apenas do banco central) de infl uir no crescimento de
curto prazo. A questão é qual instituição pública deveria ser
responsável pelas “metas de crescimento”. Tañvez os bancos
centrais não sejam a agência adequada. O peso recairá sobre
o investimento público como
um ímã de investimento priva-
do. Os países mais bem-geren-
ciados construirão fundos para
garantir que o Estado invista
mais quando a economia desa-
celerar.
IX) Multilaterais maiores e mais representativas. Au-
mentar a capacidade de crédito
dos bancos multilaterais tem
sido a decisão correta. Bem-vindos são também os esforços
como o do G20 para coordenar políticas públicas e evitar o
protecionismo. Com o tempo, a ampliação de capital será
acompanhada de maior representação de países de receita
média nos organismos internacionais.
X) Depois de amanhã, o mundo será diferente. Estarí-
amos prestes a ver um mundo no qual os governos terão um
papel mais importante nas economias; no qual a intermedia-
ção fi nanceira será um serviço público controlado; no qual as
preferências sociais em relação ao consumo serão modera-
das; no qual haverá mais de uma moeda global de reserva e
os EUA não serão o motor do crescimento.
Finalmente, a crise também tem dado lugar a um senti-
mento incomum entre economistas: humildade. O desafi o é
entender por que princípios básicos como a racionalidade dos
agentes e a efi ciência dos mercados falharam na prática. Isto
nos permitirá desenhar novos marcos de política pública e
novas estratégias de desenvolvimento.
Uma crise e dez lições
No pós-crise, os EUA não serão o motor do crescimento mundial
PANORAMA POLÍTICA
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMA 155
Abraham F. Lowenthal
O O C
Professor de Relações Internacionais da University of Southern California e presidente emérito do Pacific Council on International Policy
Ogoverno de Barack Obama teve um bom co-
meço em sua intenção de melhorar as relações
com a América Latina e o Caribe. Em poucos
meses, apresentou uma visão coerente de sua
relação com a região: disposição para cooperar com alguns
países-chave em temas comuns; concentração em melhorar
as relações com o México e formar uma aliança estratégica
com o Brasil; inclinação ao multilateralismo, preferência
por programas concretos em vez de retórica grandiloquente;
assumir a responsabilidade que seu país tem em alguns dos
problemas da região; construção de coalizões para apoiar
o comércio e uma reforma migratória viável; estudo, caso
a caso, de uma maior abertura a relações pragmáticas com
países com regimes populistas; e movimentos cuidadosos
para construir uma relação de respeito mútuo com Cuba que
pode levar a uma maior aproximação sem abandonar sua
preocupação pelo respeito aos direitos humanos.
Mas a dúvida é: persistirão esses movimentos iniciais,
ou estes estão destinados a ser abandonados? Praticamente
todos os governos dos Estados Unidos anunciaram novas
políticas para a América Latina, mas na maioria das vezes
essas novas aproximações se desvanecem no caminho, fre-
adas pela burocracia e por interesses especiais, ou ambas as
coisas, eclipsadas por outras preocupações.
De fato, há algo de evidência a favor daquelas pessoas
céticas das boas intenções de Obama. As primeiras declara-
ções de que ele respeitará os interesses dos países da região
para diversifi car suas relações internacionais foram aber-
tamente contraditas quando a secretária de Estado, Hillary
Clinton, expressou preocupação pela maior presença da
China e do Irã na região. Os chamados de Obama por uma
nova etapa nas relações com Cuba foram seguidos de su-
gestões de que a Ilha teria que dar os próximos passos, e por
resistência da parte dos Estados Unidos na OEA à ideia de
que esta deveria revogar a suspensão de Cuba. A promessa
de Obama de que uma reforma migratória viável estaria
entre suas primeiras prioridades passou a ser simplesmente
um compromisso de começar este ano com as consultas.
Depois de o governo reconhecer a necessidade de regular a
exportação de armas de fogo de pequeno porte dos EUA ao
México, Obama sugeriu que politicamente era pouco rea-
lista enfrentar esse tema. Nenhuma dessas declarações foi
defi nitiva – de fato, o tema de terminar com a expulsão de
Cuba da OEA foi resolvido através de compromissos diplo-
máticos – mas todas suscitaram dúvidas sobre se as promes-
sas de governo chegarão a ser cumpridas.
Quanto ao tema comercial, a postura do governo tem
sido no mínimo confusa: recusa o protecionismo mas acei-
ta uma cláusula de “comprar norte-americano” dentro do
pacote de estímulo fi scal; expressa vontade de avançar em
um tratado comercial com a Colômbia e o Panamá mas
prorroga todas as ações; fala de cooperação energética com
o Brasil mas ao mesmo tempo mantém os subsídios para
o etanol de milho e continua aplicando altas tarifas para o
etanol importado; e promove uma maior associação com o
México mas deixa que o programa experimental que permi-
tia a entrada de caminhões mexicanos aos Estados Unidos
caduque, em aberto não-cumprimento do Nafta. Todos esses
casos ilustram o alcance da infl uência de poderosos grupos
de interesse na tomada de decisões da política exterior nos
Estados Unidos.
Mas me atrevo a apostar que
os passos iniciais de Obama
continuarão apontando à mes-
ma direção. A visão dos encar-
regados da relação exterior dos
Estados Unidos parecem ali-
nhar-se com a de diplomatas de
carreira que se especializaram
em temas de América Latina.
As políticas de governo para
a região encaixam-se em suas
prioridades internas e em sua visão geral externa. Já os gru-
pos de interesse que se opõem à visão do governo se debili-
taram, particularmente a ala mais dura da comunidade cuba-
no-norte-americana na Flórida; alguns dos segmentos mais
protecionistas dos sindicatos, e aqueles que desejam castigar
os governos da América Latina por não se alinharem com as
posições dos Estados Unidos em sua política exterior duran-
te o governo de Bush. Outros eleitores hispânicos e latinos,
além da comunidade cubano-norte-americana, cresceram
em número e infl uência, e apoiam as mudanças na política
migratória e nas relações com seus países que o governo
Obama está propondo. Portanto, o governo de Obama te-
rá mais espaço de manobra em sua política exterior com a
América Latina do que seus antecessores.
Um governo que entenda a importância da América La-
tina para os Estados Unidos e tenha uma visão estratégica
incipiente para a região tem condições de resistir a contínuas
pressões que poderiam minar seu projeto inicial de renovar
a cooperação interamericana. Esse resultado não está garan-
tido, mas se vê cada vez mais possível.
Mais que promessas vazias
Obama terá mais margem de manobra que seus antecessores
DEBATES PANORÂMICA
156 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Javier Santiso
Bem na foto
Oauge das multinacionais dos países emergentes
foi um dos principais fenômenos da década atu-
al. Agora estas empresas, bem como seus pares
da OCDE, também enfrentam a ressaca provoca-
da pela crise global.
Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os
picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram
perdas importantes devido a operações cambiais e de co-
bertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de inves-
timento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual
crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel
importante entre as multinacionais globais.
De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emer-
gentes permaneceram ativas em termos de expansão interna-
cional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões
para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto.
A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida
sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no
setor de telecomunicações procedente dos países emergen-
tes (onde também operam empresas como China Mobile, a
Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil).
As multilatinas tampouco fi caram inativas. A argentina
Tenaris, fi lial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indo-
nésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras
fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petro-
químico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão
avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E tam-
bém houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a
fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou
a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a
maior processadora de carne de frango do mundo.
Com esta expansão, as multinacionais latinas também
se viram envolvidas em confl itos e tensões que as multina-
cionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A
companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas
concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que
enfrentar o processo de expropriação desencadeado em
2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocor-
reu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Si-
dor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal.
Além da conjuntura, as multinacionais emergentes conti-
nuam ganhando posições. No último FT Global 500, publi-
cado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multina-
cionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia
ou Brasil o demonstram. A Petrochina fl erta agora com o
primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana
Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Micro-
soft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sino-
pec seguem na frente da espanhola Telefónica.
A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como
McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a
megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocando-
se entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de
gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro
banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima
do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cerveja-
ria belgo-brasileira InBev – e isto antes da fi nalização da
aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi
alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa
mais global de seu setor.
Ok, estas listas são sempre
questionáveis. Mas indicam
tendências. Dentro das multi-
latinas, faltam gigantes como
o primeiro produtor mundial
de cobre, a chilena Codelco,
ou conglomerados como o
brasileiro Votorantim, o mexi-
cano Alfa ou o grupo chileno
Luksic. Tampouco aparecem
gigantes como a cimenteira
Cemex, a companhia de avia-
ção Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas
elas fi guram nas classifi cações de AméricaEconomia. Estes
exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergên-
cia de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os
papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na
América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gas-
tón têm sido determinante na sua expansão internacional.
Mostram que estas empresas não se limitam a setores tra-
dicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presi-
dente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência,
em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da
OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles
Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em
restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos
primários procedentes dos mares do Chile: também incorpo-
ram inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de
um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacio-
nais que estão emergindo dos novos mundos também car-
regam inovações importantes. E algum dia despertaremos
descobrindo esta nova verdade emergente.
Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)
As multilatinas apontam à emergência de talento e inovação empresarial
DEBATES PANORÂMICA
156 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Javier Santiso
Bem na foto
Oauge das multinacionais dos países emergentes
foi um dos principais fenômenos da década atu-
al. Agora estas empresas, bem como seus pares
da OCDE, também enfrentam a ressaca provoca-
da pela crise global.
Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os
picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram
perdas importantes devido a operações cambiais e de co-
bertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de inves-
timento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual
crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel
importante entre as multinacionais globais.
De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emer-
gentes permaneceram ativas em termos de expansão interna-
cional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões
para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto.
A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida
sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no
setor de telecomunicações procedente dos países emergen-
tes (onde também operam empresas como China Mobile, a
Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil).
As multilatinas tampouco fi caram inativas. A argentina
Tenaris, fi lial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indo-
nésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras
fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petro-
químico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão
avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E tam-
bém houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a
fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou
a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a
maior processadora de carne de frango do mundo.
Com esta expansão, as multinacionais latinas também
se viram envolvidas em confl itos e tensões que as multina-
cionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A
companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas
concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que
enfrentar o processo de expropriação desencadeado em
2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocor-
reu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Si-
dor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal.
Além da conjuntura, as multinacionais emergentes conti-
nuam ganhando posições. No último FT Global 500, publi-
cado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multina-
cionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia
ou Brasil o demonstram. A Petrochina fl erta agora com o
primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana
Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Micro-
soft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sino-
pec seguem na frente da espanhola Telefónica.
A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como
McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a
megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocando-
se entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de
gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro
banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima
do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cerveja-
ria belgo-brasileira InBev – e isto antes da fi nalização da
aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi
alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa
mais global de seu setor.
Ok, estas listas são sempre
questionáveis. Mas indicam
tendências. Dentro das multi-
latinas, faltam gigantes como
o primeiro produtor mundial
de cobre, a chilena Codelco,
ou conglomerados como o
brasileiro Votorantim, o mexi-
cano Alfa ou o grupo chileno
Luksic. Tampouco aparecem
gigantes como a cimenteira
Cemex, a companhia de avia-
ção Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas
elas fi guram nas classifi cações de AméricaEconomia. Estes
exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergên-
cia de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os
papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na
América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gas-
tón têm sido determinante na sua expansão internacional.
Mostram que estas empresas não se limitam a setores tra-
dicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presi-
dente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência,
em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da
OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles
Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em
restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos
primários procedentes dos mares do Chile: também incorpo-
ram inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de
um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacio-
nais que estão emergindo dos novos mundos também car-
regam inovações importantes. E algum dia despertaremos
descobrindo esta nova verdade emergente.
Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)
As multilatinas apontam à emergência de talento e inovação empresarial
John C. Edmunds
FINANÇAS OPINIÃOÇ S O
158 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard, professor de Finanças do Babson College de Boston e co-autor de Wealth by Association
Oque começou como uma goteira logo se tornou
uma enxurrada. Primeiro, alguns poucos intré-
pidos investidores compraram pequenas quan-
tidades de bônus brasileiros e ações peruanas.
Tinham medo de estar comprando muito cedo, mas os ren-
dimentos prometidos foram mais fortes. Outros investidores
logo seguiram seu exemplo, comprando bônus e ações nes-
tes mercados, bem como no Chile e na Colômbia. Em pouco
tempo, a onda de compras fez com que o índice do mercado
de ações na Argentina subisse 79% entre março e junho.
Os investidores locais compraram porque tinham que
fazê-lo. Todos os meses as administradoras de fundos de
pensão tomam uma fatia do salário dos empregados e de-
vem investi-la de alguma forma. Mas, além disso, estes
investidores sabiam que as instituições fi nanceiras em seus
próprios países não tinham caído nas mesmas armadilhas de
ambição que suas pouco regulamentadas contrapartes nos
Estados Unidos. Entendiam, além disso, que os mercados
locais haviam sido castigados por pecados cometidos a mil
quilômetros de distância. Humilhados, ergueram-se e apro-
veitaram a oportunidade que outros investidores mais nervo-
sos lhes estavam oferecendo.
O mercado se recuperou com força e, ao contrário de
oportunidades anteriores, com fundamentos. Alguns des-
creviam a situação como se hordas de maníaco-depressivos
voltassem aos mercados – com seus cheques sem fundos
– prontos para comprar naqueles mercados dos quais justa-
mente haviam fugido há poucos meses. Contudo, até agora
os investidores puderam distinguir a qualidade do lixo, e
também distinguir quais países estão encabeçando a recu-
peração e quais simplesmente estão sendo empurrados pela
corrente. Por exemplo, os preços das ações brasileiras co-
tadas no mercado de Nova York são uma prova de que os
investidores estão sendo seletivos.
As ações da Vale subiram 71% em março, enquanto as da
Petrobras valorizaram 75% e da Aracruz, 230%. Os inves-
tidores recuperaram a confi ança nestas empresas e também
entenderam que as perdas da Aracruz em derivativos foram
aberrações. No mais, as altas têm ocorrido em proporção às
baixas experimentadas entre julho e novembro de 2008, de
80%, 80% e 94% respectivamente. As compras trouxeram
os preços de volta aos patamares normais, em linha com os
futuros prospectos de cada empresa.
Quando alguém olha para as moedas da região, fi ca mais
evidente a seletividade dos investidores. O peso colombiano
subiu 21% entre março e junho, enquanto o real avançou
20%. Em contrapartida, o peso argentino perdeu 7,6% de
seu valor.
Nos piores dias da crise, os países da região não sabiam
quanto de suas reservas usar para evitar que as economias
caíssem em recessão severa. Agora enfrentam um problema
diferente: o quanto permitir o fortalecimento de suas moe-
das.
O real brasileiro agora é a
moeda de referência da região.
Nos centros fi nanceiros da
Europa e Ásia há especialistas
estudando a economia brasilei-
ra. Para alguns há contratações
– e demissões – dependendo
do acerto de suas previsões. É
possível obter enormes ganhos
ao predizer de forma correta as
próximas manobras do Banco
Central, e os anúncios das prin-
cipais empresas brasileiras.
O Brasil está deixando que
sua moeda se fortaleça. Quan-
do alcançou a barreira psico-
lógica dos dois reais por dólar,
o Banco Central tratou de im-
pedir que se valorizasse mais.
Não conseguiu. Dentro de uma semana já havia chegado a
1,92 por dólar.
O que devem fazer os outros países? Chile e Peru es-
tão tomando cuidado para que suas moedas se mantenham
estáveis, em vez de se fortalecerem, enquanto a Colômbia
deixou que o peso subisse. Em contrapartida, a Argentina
está deixando que sua moeda perca valor. Estas políticas
divergentes criarão oportunidades e alguns de seus efeitos
podem ser preocupantes. Um deles é que os brasileiros e
colombianos poderão sair de férias à Argentina. Outro efeito
poderá ser o de as empresas brasileiras aproveitarem a força
de sua moeda para comprar empresas peruanas. Os perua-
nos já estavam acostumados com os chilenos comprando
suas empresas. Agora pode ser que haja leilões abertos por
suas empresas em que brasileiros, chilenos e colombianos
sejam compradores. Os argentinos já estão acostumados aos
estrangeiros comprando suas lojas, vinhedos, casas e em-
presas. Se as moedas continuarem divergindo, podemos ver
uma nova onda de compras, mas desta vez de empresas em
outros países.
Divergência real
Outro efeito poderá ser o de as companhias brasileiras aproveitarem para comprar empresas peruanas
Oano de 2008 foi desastroso
para as bolsas latino-
americanas, com perdas que
variaram de 18% no Chile a
até 60% no Peru. Mas, como
em toda comparação, sempre
há quem se destaque.
Por exemplo, a petrolífera
colombiana Ecopetrol. Embora
as ações da companhia tenham
caído 0,5%, os dividendos
como proporção de sua capita-
lização inicial foram de 7,78%.
Isso resulta em 7,28%, o que
parece ser um bom número,
mas, são os resultados para
o acionista realmente bons?
Além de o preço ter caído
levemente e apesar dos divi-
dendos, os acionistas tiveram
que reinvestir na empresa um
montante de cerca de US$
2,5 bilhões, por meio de um
aumento de capital.
Outro elemento a ser con-
siderado é que os acionistas
esperam como mínimo o
pagamento do custo de opor-
tunidade do capital investido
na Ecopetrol, o que depende
de quão arriscados sejam os
projetos da empresa. Então,
como medir o verdadeiro
desempenho da empresa do
ponto de vista do acionista? A
resposta é a chamada Criação
de Valor ao Acionista. A CVA
é medida pelo aumento do
valor ao acionista (AVA), ao
que resta a capitalização inicial
multiplicada pelo custo do
patrimônio da empresa.
A Ava corresponde aos
ganhos ou perdas de capital
junto a outros tipos de fluxo
efetivo que a empresa dis-
tribui aos acionistas, como
dividendos, diminuições de
capital, recompra de ações
etc., menos os fluxos dos
acionistas na empresa, como
aumento de capital, conversão
de obrigações etc.
Baseados neste conceito,
podemos calcular uma medida
de rentabilidade, a chamada
Rentabilidade dos Acionistas
(RA), que mede quanto valor
foi gerado ao acionista em
proporção ao aporte inicial
em forma de patrimônio (ou
seja, a AVA dividida pela
capitalização inicial). Assim,
um bom resultado seria um RA
positivo superior ao custo de
patrimônio, o que é equivalente
à CVA positiva.
Com dados fechados de
2008, tomamos os seis maiores
mercados acionários da Améri-
ca, e dentro de cada um deles,
calculamos o CVA das cinco
maiores empresas segundo o
Ranking AméricaEconomia
das 500 maiores empresas da
América Latina. O cálculo
de custo de patrimônio para
cada empresa e cada país foi
efetuado através do modelo
CAPM.
Apenas duas das trinta em-
presas analisadas criaram valor
para os acionistas em 2008.
Estas são a YPF, na Argentina,
e a Femsa, no México.
Um leitor experimentado
poderá ver certa semelhança en-
tre os objetivos de medição do
Economic Value Added (EVA)
e o CVA. Poderíamos dizer que
ambos “são primos-irmãos”.
O EVA trata de analisar dados
contáveis, e, fazendo os ajustes
necessários, o desempenho no
manejo de todo o capital, ou
seja, qual foi o desempenho
para todos os donos da empre-
sa, acionistas e detentores de
bônus. A CVA utiliza valores
de mercado para medir o
desempenho obtido para os
acionistas especificamente,
não todos os donos.
Por isso, quando a pergunta
é se uma empresa criou valor
para os acionistas, o CVA é o
indicador mais preciso para
respondê-la.
UMA NOVA MÉTRICAO CVA surge como uma forma de medir o desempenho de uma carteira de investimentos.Rafael Romero Meza*, Francisco López-Lubián**.
* Centro de Inovação Financiera
Escola de Negócios, Universidade Adolfo Ibáñez
** Instituto de Empresa, Espanha
CAPITAL ABERTO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 159
Pouca criação de valorAVA, CVA e retorno para o acionista entre principais ações da América LatinaFonte: Economática
AÇÃO PAÍS AVA (MM USD) CVA (MM USD) RA
TENARIS .ar -10.989 -15.078 -46,3%
YPF .ar 5.056 3.084 32,1%
TELEFÓNICA ARGENTINA .ar -905 -1.205 -45,0%
TELECOM .ar -2.284 -2.918 -57,3%
SIDERAR .ar -1.036 -1.415 -42,2%
PETROBRAS .br -204.601 -259.406 -67,5%
VALE .br -51.944 -72.117 -46,1%
GERDAU .br -4.800 -7.551 -36,1%
TELEFÔNICA BRASIL .br 706 -607 7,3%
ULTRAPAR .br -567 -1.071 -15,6%
COPEC .cl -7.674 -9.494 -43,0%
ENERSIS .cl 745 -218 9,4%
CENCOSUD .cl -3.317 -4.223 -52,7%
FALABELLA .cl -2.622 -3.641 -29,4%
CSAV .cl -708 -898 -59,0%
ECOPETROL .co 3.496 -2.297 10,7%
ÉXITO .co -823 -1.158 -38,4%
ARGOS .co -1.130 -1.952 -24,3%
GRUPO NAC. CHOCOLATES .co -143 -604 -4,4%
ISA INTERCONEXIÓN ELÉCTRICA .co 71 -441 2,1%
AMÉRICA MÓVIL .mx -27.254 -37.746 -33,6%
CEMEX .mx -26.212 -34.702 -53,0%
WALMEX .mx 876 -1.929 4,0%
FEMSA .mx 1.235 346 17,7%
TELMEX .mx -8.202 -10.474 -29,5%
SOUTHERN COPPER .pe -24.306 -29.338 -83,5%
TELEFÓNICA PERÚ .pe -483 -707 -24,1%
VOLCÁN .pe -1.024 -1.568 -34,4%
ALICORP .pe -373 -454 -47,8%
GRUPO GLORIA .pe -401 -453 -48,7%
160 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ROD
RIG
O D
ÍAZ
CARR
IZO
A virtualização deverá ser o próximo grande tema de discussão nas empresas.
No entanto, ainda existem temores a serem vencidos. Juan Pablo Dalmasso
Uma nuvem
Aequipe
de siste-
mas da
Pemex
Pe r fu -
r a ç ã o ,
divisão
da esta-
tal Petróleos Mexicanos, en-
frentava uma tarefa titânica.
Cinco profissionais atendiam
70 especialistas distribuídos
em 14 centros de operação
espalhados por toda a geografia
mexicana, incluindo platafor-
ma pelas costas do país afora.
Cada centro tinha seu próprio
servidor, onde funcionavam
16 aplicativos de softwares
especializados (sistemas de
perfuração, logística, avaliação
geológica, entre outras). Os
técnicos perdiam muito tempo
viajando entre estes centros
se aproxima
para manter atualizadas as so-
luções nos servidores de cada
centro. Além disso, haviam
decidido especializar-se em
um ou outro aplicativo, o que
representava não apenas alto
custo operacional, mas lenta
capacidade de resposta.
Investir em mais recursos
humanos seria uma solução.
Mas, seguramente, não a mais
eficiente. Depois de comparar
as opções, a Pemex aceitou
adotar o sistema centralizado
proposto pela estadunidense
Citrix, especializada no ge-
renciamento de aplicativos,
permitindo a atualização e
administração dos progra-
mas de maneira centralizada.
A melhora no bem-estar da
equipe de sistemas da Pemex
Perfuração foi quase imediata.
E, em cinco meses, o uso de
servidores foi reduzido em
86%, com a consolidação
em dois equipamentos; as
viagens passaram a ser quase
desnecessárias e a resposta
aos requerimentos, imediata.
Além disso, se um centro
hoje perde sua infraestrutura,
instantaneamente pode ser
substituído à distância pelos
servidores centrais, evitando
o desperdício de tempo.
“A tendência é a migração
para arquiteturas compartilha-
das aproveitadas em escala. É
algo que já fazem os usuários
domésticos quando usam um
aplicativo na internet, mas é um
caminho que as empresas só
agora experimentam”, afirma
Hugo Espinoza, gerente geral
da Citrix para a América do
Sul, de Santiago do Chile. “E
elas não só reduzirão custos.
Ganharão agilidade para fazer
coisas que hoje não fazem”.
É algo de que a chilena In-
dura, líder em soldas e gases de
uso industrial na região, pode
dar fé. Em uma apresentação
de caso, seu diretor corporativo
de informática, Marcelo Diaz,
afirmou que depois de adotar
um sistema de entrega virtual
de softwares, a companhia
deixou de precisar de dois
meses e duas semanas para
abrir cada novo escritório.
A prova dos nove aconteceu
I-BIZ
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 161
quando a Indura adquiriu uma
empresa colombiana com 22
escritórios e 350 funcionários
conectados, e levou menos de
dois meses para entregar a todos
eles aplicativos SAP, Microsoft
Office e Outlook.
Mas, caso a Indura não
houvesse se decidido por in-
vestir em uns poucos servidores
centrais, de onde foram baixa-
dos os aplicativos, poderia ter
apelado diretamente a grandes
companhias fornecedores de
“softwares como serviços”
(software as a service - SaaS),
como a Microsoft, que opera
no segmento sob a marca
Microsoft Online Services.
Algumas companhias latino-
americanas, como o Banco-
lombia, já fizeram o teste. O
Bancolombia, no caso, levou
aos servidores da gigante de
Redmond seu serviço de cor-
reio eletrônico corporativo,
batizado Exchange. “O custo
de administração do Exchange
era de US$ 30 por caixa de
correio, por ano. Agora, é de
US$ 10”, afirma Luis Daniel
Soto, diretor executivo de novas
tecnologias para a América
Latina da Microsoft.
A segunda vantagem dos
SaaS é que os programas
podem ser executados por
qualquer dispositivo com
acesso a rede. E se o apli-
cativo roda remotamente, os
dispositivos podem ter poder
de processamento e preços
menores. A explosão de net-
books, impulsionada por Intel,
BlackBerry e Iphone, reflete
essa tendência.
A infraestrutura como serviço
Não que a arquitetura de
virtualização seja propriamente
nova. É velho o truque de si-
mular múltiplos computadores
aproveitando a capacidade
de cálculo excedente em um
equipamento. “O usávamos há
40 anos para solucionar a falta
de equipamentos, mas agora
usamos para colocar ordem na
abundância”, diz José Carlos
Duarte, chefe de tecnologia
da IBM Brasil. “Desde os
anos 1980, os computadores
começaram a se multiplicar.
As empresas passaram a utili-
zar um para cada aplicação, o
que acabou sendo impossível
de administrar, e totalmente
ineficiente. Alguns operavam
apenas uma vez por mês e
desperdiçavam 85% de sua
capacidade de processamen-
to”, afirma. Agora, mediante
a virtualização, um conjunto
de servidores se transforma
em uma só máquina virtual
que administra e aproveita a
capacidade de todos os compu-
tadores em rede. Incluindo os
PCs de escritório. Os projetos
de processamento distribuído,
como o World Community
Grid, tem permitido que usu-
ários domésticos de internet,
baixando um pequeno software,
possam emprestar capacidade
ociosa de processamento para
pesquisas de combate ao câncer
e a AIDS, entre outras.
Mas, não apenas é possí-
vel diminuir a quantidade de
equipamentos requeridos, mas
também utilizar equipamentos
mais baratos, ou transformar
definitivamente os investi-
mentos em infraestrutura em
custo variável. Empresas com
grandes data centers, como a
varejista online Amazon, não
hesitam em oferecer sua infra-
estrutura como serviço (infras-
tructure as a service – IaaS). E
o modelo tem sido muito apre-
ciado por companhias como a
farmacêutica Ely Lilly, cuja
necessidade de processamento
aumenta notoriamente cada vez
que uma equipe de pesquisa
precisa fazer uma simulação
de suas pesquisas. Quando
isso acontece, Dave Powers,
diretor de tecnologia da em-
presa, se conecta a rede e ativa
um cluster de 100 servidores
Linux, provisionado por uma
terceira empresa por apenas
US$ 10. Uma vez terminado o
trabalho, ele novamente pode
desativá-los, com um toque na
tela de seu Iphone. Há menos
de um ano, cada experimen-
tação significava sete a oito
semanas de trabalho.
E o que vale para proces-
samento, vale também para
armazenamento de dados e
outras áreas de TI (XaaS, co-
mo dizem os especialistas).
“Tudo caminha em direção a
‘nuvem’”, afirma Tony Hey,
vice-presidente de pesquisas
externas da Microsoft Resear-
ch, referindo-se aos sistemas
virtuais de processamento e
armazenamento de informa-
ções na internet. “Não so-
mente trabalhamos com dados
distribuídos em data centers
próprios cada vez maiores,
mas também com ofertas de
outras fontes que podem estar
em qualquer lugar”, afirma,
mostrando o projeto World
Wide Telescope, que permite
ao usuários viajar virtualmente
pelo espaço conhecido, um
verdadeiro exemplo de “cloud
computing”, já que não apenas
processa informações em dois
mega data centers, mas também
as envia e recebe processadas
de fontes diferentes.
Não à toa, como gerenciar
informações vindas de fontes
tão heterogêneas é que tem se
tornado um desafio e um campo
de batalha para as companhias
de tecnologia. Para competir
com soluções de código aber-
to, a Microsoft desenvolveu
o Azure, apresentado como
“o” sistema operacional da
“nuvem”, “a” plataforma de
serviços. O PaaS, na sigla
em inglês. “Em um primeiro
momento, o upload dos apli-
cativos era feito integralmente,
mas agora é possível fazê-lo
aproveitando a natureza (dis-
tribuída) da rede”, diz Luis
Daniel Soto, do escritório da
Microsoft em Miami.
Velhos rivaisDo lado oposto do ringue, a
Dell e o Open Cloud Manifesto,
uma aliança formada por AMD,
Adobe, IBM, Sun e outras
companhias, militam pela utili-
zação de plataformas de código
aberto e pelo estabelecimento
de padrões comuns ao invés
de sistemas proprietários. “É
algo necessário para garantir
a interoperacionalidade das
plataformas. O usuário deve
se sentir seguro de que poderá
mudar de provedor ou recupe-
rar as informações quando lhe
convier”, sustentam.
Não se trata de um tema de
pouca relevância. Apesar de o
mercado mundial de serviços
do gênero ter sido estimado em
US$ 56,3 bilhões para este ano,
pela IT Gartner, as empresas
são unânimes em afirmar que
ainda há muito por ser feito no
mercado corporativo em cloud
computing.
por um servidor que não opera de maneira distribuída.
É a capacidade de processamento desperdiçada
CLICS & CHIPS
162 AMÉRICAECONOMIA /AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
2
MegacliqueÉ mais potente que muitas câma-
ras fotográfi cas. Trata-se do ce-
lular Pixon 12 da Samsung, que
permite captar imagens com 12
megapixels de resolução. Possui
tela tátil Amoled de 3,1 polega-
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3
CLICS & CHIPS
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 163
6JULHO, 2009
Negócios multimídia
A Polycom apresenta seu primeiro telefone multimídia
de negócios. O V VX 1500 combina um sistema de vide-
oconferência pessoal com um dispositivo de funções
completas de VoIP. Permite fazer ligações de voz e vídeo
com apenas um toque na tela. Custa cerca de US$ 1.099.
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Interface ao cubo
O LG KM900 Arena reúne acesso à internet por
WiFi, câmera fotográfi ca de 5MP e reprodutor
multimídia que incorpora Divx. Com uma tela
100% tátil, o KM900 Arena é o primeiro telefone
que conta com uma interface tridimensional.
Trata-se basicamente de um cubo virtual em
cujas faces encontram-se quatro mesas diferen-tes.
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USB de segurança
A linha USB SanDisk Ultra Backup centra-se nas
cópias de segurança. Com capacidades de 8GB a
64GB, possui um botão de backup que realiza uma
cópia de segurança de arquivos críticos no USB
quando pressionado. Permite criptografar dados,
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JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 165
A LOUCA VIDA COTIDIANA COM AS MÁQUINAS INTELIGENTES
Aeletricidade gerada a partir
da energia solar parece refri-
gerante de uva: seu consumo
nunca vai além do período da adoles-
cência. Afinal, existem opções mais
atraentes, em preço, disponibilidade
e estética.
Pelo menos até agora.
Comecemos pelo que é aparente-
mente menos importante. Os painéis
de silício que transformam os raios
de sol em felicidade por baixarem o
preço da conta de energia elétrica. Em
primeiro lugar, não nos é permitida
tal alegria: o investimento demora
muito para ser amortizado, e dói
no bolso. Em segundo, é algo que
tem menos charme que um cantor
de rap afônico. Não parecem robôs
japoneses dos tempos do cinema
preto-e-branco, como as torres de alta
tensão, nem serpentes de um reino
“harrypotteriano”, como os gasodutos.
Basicamente, são como mesas de
ping-pong inclinadas, sobre as quais
nem mesmo é possível jogar.
Pelo menos até agora.
Em várias partes do mundo co-
meçam a ser desenvolvidas células
fotovoltaicas (nas quais ocorre o
processo de transformação da luz em
eletricidade) flexíveis. Entre elas estão
as dye-sensitized solar cell (DSSc,
DSC ou DYS), ou células solares
sensibilizadas por corantes. Um dos
modelos mais interessantes deste tipo
de células solares é o que foi criado
pelo Fraunhofer Institute for Solar
Energy Systems, na Alemanha, feito à
base de uma tinta com nanopartículas
de metal diluídas. Trata-se, na verdade,
de uma membrana semitransparente,
sobre a qual podem ser impressas
imagens, e que pode ser usada sobre
fachadas, muros e janelas. Mas as
primeiras “Grätzel cells” (batizadas
assim por seu inventor, Michael Grät-
zel, que as criou em 1991) possuíam
dois defeitos: transformavam apenas
4% dos raios solares em energia e
tinham curta vida útil.
Felizmente, Michael Grätzel, que
agora trabalha com uma equipe de
cientistas chineses, conseguiu no final
do ano passado aumentar o rendimento
de suas células solares para 10% e a
vida útil, para mil horas, com 90%
da eficiência original. Não é muito.
Oitenta e três dias de 12 horas. Mas
há boas notícias: elas têm um custo
de produção muito baixo; as fábricas
requerem baixos investimentos e a
relação que oferecem em termos de
kWh/m2/ano/dólares investidos está
muito próxima do que nos EUA se
convencionou chamar de grid parity.
Ou seja, seu preço de inserção em uma
rede de distribuição de eletricidade é
muito próximo do de fontes de geração
a partir de combustíveis fósseis.
Se tudo até aqui parece tão positivo,
onde está o consequente entusiasmo
com a novidade? Bem debaixo de
nossos olhos: em junho, as ações da
empresa chinesa LDK Solar subiram
21% em apenas um dia, depois que o
governo chinês anunciou que até 2020
o país tentará obter 20% da energia que
consome de fontes renováveis. E este
não é um caso isolado. O Claymore/
MAC Global Solar Energy Índex
ETF, que acompanha as cotações de
25 empresas fabricantes de painéis so-
lares e insumos, também deu um salto
quando o petróleo voltou a superar a
barreira dos US$ 70 por barril.
Em linha com tudo isso, no dia 11
de junho passado, o departamento de
energia dos Estados Unidos anunciou
que destinará US$ 467 milhões em
subsídios para o desenvolvimento,
lançamento e apoio à comercialização
de projetos de energia solar e termal.
Quase simultaneamente, pesquisado-
res do Fraunhofer Institute for Solar
Energy Systems anunciaram que,
com uma terceira nova tecnologia,
conseguiram bater o recorde europeu
de eficiência na conversão de luz em
eletricidade: 41,1%. A energia solar,
de fato, dormia a siesta.
Até agora. Mas não mais.
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NEGÓCIO FECHADO
JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 167
ALSTOM:NOVO CONTRATO NO EQUADOR
>> ALSTOMMW é a capacidade do projeto hidroelétrico de Ocana, que receberá
equipamentos prduzidos através do contrato entre a Alstom e a equatoria-
na Empresa Generadora del Austro, avaliado em US$ 12,6 milhões.
>> ACTINVERPor montante não revelado, o Grupo
Actinver SA, conglomerado mexica-
no de serviços fi nanceiros, adquiriu
a empresa de administração de
ativos Prudential Financial Inc. O
acordo inclui um banco e uma so-
ciedade de investimento com mais
de US$ 4,75 bilhões em
ativos administrados e mais de 200
mil novos clientes.
>> AIGA companhia de seguros AIG – que
foi transformada em emblema da
crise – anunciou a venda de 100%
de suas operações fi nanceiras de
consumo na Argentina. O Banco
de Galícia e o Buenos Aires SA, um
grupo de investimentos coordenado
pelo Grupo Pegasus, serão os
novos proprietários da Companhia
Financeira Argentina, Cobranças e
Serviços e da AIG Universal Proces-
sing Center.
>> BANCORA canadense Talon Metals
fi rmou um acordo com a Kmine
Holdings para a aquisição da Bancor
Mineração, fi lial brasileira da
Kmine. A Bancor possui oito áreas
nos Estados de Sergipe e Alagoas,
comprometendo um total de 36.402
hectares com licenças de exploração
ou solicitações de licenças que se
encontram em andamento. Adicio-
nalmente, a Talon obteve direitos de
exploração para o projeto de Jurena
Gold no estado do Mato Grosso.
>> BANCOSALA empresa de giro e envio de
remessas Nexxo Financial Corporation
anunciou que adquiriu recentemente
o BancoSal, entidade dependente do
Banco Salvadorenho - HSBC Salvador,
que atua no mesmo setor e está pre-
sente em Los Angeles, San Franscisco
e Houston.
>> BANORTEO grupo mexicano Banorte anunciou
a compra da divisão de fundos e pen-
sões do Ixe Grupo Financeiro por um
montante não divulgado. Com essa
operação, o Banorte, o quarto maior
banco do México, controlará 312.489
contas de pensão, com um total de
US$ 399 milhões sob
administração.
>> BBVAO banco BBVA e a seguradora Ma-
pfre, ambos da Espanha, reforçaram
sua aliança de distribuição para a
América Latina. Sob o novo pacto,
o BBVA poderá comercializar os
produtos da Mapfre nas 3,8 mil
sucursais que possui na região.
>> BRADESCOO Bradesco confi rmou a aqui-
sição do Banco Ibi, braço
fi nanceiro da companhia vare-
jista C&A. A transação custou
US$ 720 milhões ao Bra-
desco. O banco pagará com ações
equivalentes a 1,6% de seu capital.
Em 2008, o Ibi registrou receita de
US$ 4,9 bilhões.
>> BRASKEMComeçará na Bahia a construção
de uma nova planta de processo
petroquímico, um projeto conjunto
entre a Braskem e a empresa
estatal peruana Pequiven. O
custo da planta está estimado
em US$ 1 bilhão, embora
ainda não tenham sido informados
detalhes sobre seu fi nanciamento.
>> BRASPAGA empresa de capital de risco
Ideiasnet vendeu ao Grupo Silvio
Santos a Braspag, empresa de
pagamentos e processos de
operações eletrônicas. A transação,
que marca a primeira venda do
portfólio da Ideiasnet, foi avaliada
em US$ 12 milhões. O
benefício para a companhia: 26,2
vezes o valor investido.
>> CFEA mexicana Comisión Federal
de Electricidad assinou contra-
to para a construção de duas
plantas de geração eólica por
US$ 393,6 milhões.
O primeiro contrato é para uma
central de 101 MW em Oaxaca, e
benefi cia o consórcio local Ener-
gías Ambientales de Oaxaca. Já o
segundo será para a construção de
La Venta 3, uma planta de 202 MW,
que será realizada com a espanhola
Iberdrola Renovables.
>> CODELCO A estatal chilena Codelco e a
empresa mineira anglo-australiana
Rio Tinto assinaram um acordo
de exploração conjunta sobre a
propriedade de Pasaca, localizada
no Norte do Chile. É a quarta vez
que as empresas colaboram neste
tipo de negócio.
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NEGÓCIO FECHADO
JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 169
LORENZO ZAMBRANO, DA CEMEX:ATIVOS A MENOS
>> CVC O gnorte-americano Carlyle
Group comprará uma participação
majoritária na principal agência
de viagens brasileira, a CVC, por
US$ 394 milhões. O
acordo contempla a compra de
63% da CVC, enquanto o resto
permanecerá nas mãos do atual
dono, Guilherme Paulus.
>> ECOPETROLMediante a assinatura de um
contrato com 11 bancos, a estatal
colombiana Ecopetrol obteve
crédito com prazo de sete anos. A
operação alcançou um montante
superior a US$ 1 bilhão e
será destinado a fi nanciar seu plano
de investimentos. A Ecopetrol tem
crescido no setor petrolífero colom-
biano, e a prova disso é a compra
de 51% de participação da Glencore
International na refi naria Cartagena
por US$ 549 milhões. A
Glencore havia fi cado sem fi nancia-
mento para a ampliação da refi naria,
avaliada em US$ 3 bilhões.
>> FUNAIA japonesa Funai estabeleceu uma
unidade na Cidade do México para a
aquisição das operações locais de
venda de LCD à holandesa Philips.
A operação permite concretizar um
acordo fi rmado no ano passado para
outorgar o direito de comercializar a
marca Philips na América do Norte.
A Funai espera gerar vendas de
US$ 70 milhões.
>> GAFISAA imobiliária brasileira Gafi sa
confi rmou que planeja uma venda de
ações através de um IPO. Segundo
a empresa, seu plano é obter entre
US$ 300 milhões e
US$ 350 milhões e
também contempla uma colocação
no mercado dos EUA através de
ADRs. A operação ainda não foi
aprovada pela Comissão de Valores
Mobiliários.
>> GARDA SECURITYA Andrews Internacional chegou
a um acordo para a compra das
operações da Garda World Security
nos Estados Unidos e México. O
compromisso inclui as divisões de
segurança uniformizada, proteção de
ativos e as operações de consultoria
e pesquisa.
>> GENOMMAA companhia farmacêutica e
de produtos para o cuidado
pessoal mexicana Genomma
Lab anunciou o pagamento de
US$ 3,1 milhões pela
propriedade da marca Jockey Club,
de produtos para homens. Adicio-
nalmente, a Genomma adquiriu as
marcas Flor de Laranja Sanborns,
Henna Egípcia e Teatrical.
>> GRUPO CARSOO conglomerado controlador das
empresas do magnata mexicano
Carlos Slim, o Grupo Carso, vendeu
à Elementia seus negócios de
cobre e alumínio agrupados nas
Indústrias Nacobre. A transação
foi paga em ações, e o grupo agora
participará de 49% do capital social
da Elementia.
>> HOCOLA fi lial colombiana da empresa
francesa Maurel & Prom, a Hocol
Petroleum, passou a ser proprieda-
de da Ecopetrol após o pagamento
de US$ 742 milhões
(pouco menos do que os
US$ 748 milhões
anunciados em março). Deste modo,
a Ecopetrol agora controla todos os
ativos de produção e desenvolvi-
mento da companhia, cuja produção,
estimada em 22 mil barris diários
para 2009, será somada aos 458
mil barris por dia alcançados pela
Ecopetrol no primeiro trimestre.
>> HUHTAMAKI OYJSob um acordo de pa-
gamento composto de
US$ 32,3 milhões à
vista, uma parcela de US$ 8,8
milhões em 31 de maio de 2010 e
o compromisso de assumir uma
dívida de US$ 1,9 milhão,
a Bemis adquiriu as operações sul-
americanas da Huhtamaki Oyj, fabri-
cante global de pacotes de plástico.
O acordo inclui três fábricas no
Brasil e uma na Argentina.
>> JBSA JBS Friboi adquiriu a fábri-
ca que arrendava em Teófi lo
Otoni, em Minas Gerais, por
US$ 8,3 milhões,
>> CEMEXmilhão de dólares é o preço aproximado pago pela suíça
Holcim Group pelas operações da Cemex na Austrália. Os ativos são
compostos de 249 fábricas de concreto, 83 pedreiras e 16 plantas
produtoras de tubos de concreto, bem como 25% de participação na
Cement Austrália.
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NEGÓCIO FECHADO
JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 171
PETROBRAS:ENCOMENDAS À GE
segundo informaram fontes locais.
A planta, localizada a 450 km de
Belo Horizonte, tem capacidade para
operar 750 cabeças de gado ao dia.
>> LÍDER AVIAÇÃOA norte-americana Bristow Group
adquiriu 42% da Líder Aviação,
o maior provedor de serviços de
aviação e helicópteros do Brasil.
A Líder Aviação conta com 46
helicópteros a serviço da indústria
de petróleo e gás no País. Em 2008
a empresa registrou um faturamen-
to de US$ 305 milhões.
A operação foi avaliada em
US$ 174 milhões.
>> MOLINO CAÑUELASA processadora de alimentos
argentina Molino Cañuelas fechou
um acordo com a Marubeni para
cooperar na produção de grãos
e oleaginosas. A fi nalidade do
compromisso é fornecer de maneira
competitiva ao Japão e aumentar a
presença em outros mercados onde
a demanda cresce rapidamente,
como China e Europa.
>> PÃO DE AÇÚCARO Pão de Açúcar tornou-se
líder de varejo no Brasil após a
compra do rival Ponto Frio por
US$ 426 milhões,
equivalente a 70,24% do capital
total da companhia, que será pago
com ações do grupo. Segundo o Pão
de Açúcar, a aquisição aponta ao
crescimento no setor de eletroele-
trônicos.
>> PETROMACAREORecentemente o governo venezue-
lano autorizou a formação de uma
joint-venture entre uma fi lial da
PDVSA e a PetroVietnam. A empresa,
chamada PetroMacareo, se dedicará
à exploração e extração em território
venezuelano. A estatal venezuelana
terá 60% da propriedade na nova
empresa, que concentrará suas
operações no bloco Junin-2 na faixa
do Orinoco.
>> RECALCINEA empresa de biotecnologia Allergy
Therapeutics anunciou um acordo
com a Azure Ventures, ligada ao
grupo chileno Recalcine, para
fi nanciar o pagamento da dívida e
dos gastos de marketing de sua
recém-desenvolvida vacina contra
hay fever. Mediante o acordo, a
Recalcine investirá cerca de
US$ 20 milhões, adqui-
rindo mais de 100 milhões de ações
da Allergy.
>> REFINARIA DEL PACÍFICONo próximo ano começará a
construção da Refi naria del
Pacífi co, um projeto conjunto entre
as estatais Petroecuador e a PDVSA
na província equatoriana de Manavi.
Segundo o próprio presidente do
Equador, Rafael Correa, a constru-
ção da refi naria terá um custo de
US$ 10 bilhões. A planta
processará 300 mil barris de petró-
leo por dia quando for completada
em 2013.
>> SANTANDERA decisão do presidente venezuelano
Hugo Chávez de nacionalizar a
operação local do Banco Santander
foi cumprida após o pagamento
de US$ 1,05 bilhão
pelos ativos do banco espanhol em
território venezuelano.
>> SQMA empresa indiana Coromandel
Fertilisers fechou um acordo
com a Soquimich Europa, fi lial
da companhia chilena SQM, para
produzir fertilizantes hidrossolúveis
na Índia. Pelo acordo entre as duas
empresas, a Coromandel investirá
US$ 2,2 milhões em uma
usina localizada em Kakinada, no
Estado de Andhra Pradesh, no sul
do país.
>> PETROBRASmilhões de dólares é o valor do acordo da
Petrobras com a divisão de gás e petróleo da
GE para a venda de equipamentos para suas
operações offshore. Serão 250 unidades de
sistemas submarinos VetcoGray, da GE Oil & Gas,
em três anos.
172 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
Troca demarchaFabricantes de veículos de luxo apostam em uma rápida recuperação das economias latino-americanasAntonio María Delgado / Miami
ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 173
Pode ser que te-nham tirado o pé do acelerador em momentos nos quais as econo-
mias latino-americanas dão sinais de sair da inércia. Mas os grandes fabricantes de automóveis de luxo não estão dispostos a pisar no freio. Pelo contrário, as alemãs Porsche, Audi e BMW veem a atual conjuntura como uma breve pausa na condução do negócio.
Os últimos anos têm sido muito bons para as operações destas companhias na América Latina, o que lhes permitiu po-sicionar suas marcas dentro do
nicho de mercado mais seleto. Embora a crise impacte suas vendas, as companhias não perderam de vista o grande potencial de crescimento que a região promete.
“A corrida já começou”, diz Juergen Deforth, gerente-geral da Audi para a América Latina, em referência ao renovado enfoque que as empresas deste segmento do mercado estão dando à região. “Estamos todos muito interessados na América Latina, porque sa-bemos do grande potencial que existe aqui.”
Esse potencial ficou em evidência nos anos anteriores à crise, durante os quais o forte crescimento das economias da região ampliou a classe executiva, criando uma grande oportunidade para as empresas
AUDI A4
CAÍRAM AS VENDAS DE AUDI NA REGIÃO ATÉ ABRIL
BMW MINI
174 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
I
dedicadas a satisfazer o ape-tite pelo luxo e conforto das classes emergentes. Apetite que efetivamente diminuiu recentemente, mas que as companhias estimam que voltará robusto em questão de meses.
Os analistas concordam que esse segmento terá uma rápida recuperação. “O mercado de carros de luxo, especialmente na América Latina, tem se mostrado muito mais
estável que outros da indústria. Isso se deve ao fato de estar voltado a um segmento que tem dinheiro para comprar e, se não o está fazendo agora por prudência, voltará a fazê-lo quando volte a normalidade” diz Pascual Francisco, analista da IHS Global Insight.
No caso da Audi, a empresa espera tomar a dianteira do circuito latino-americano em pouco tempo, com a introdução de novos modelos. “Estamos trabalhando ativamente para ampliar nossa oferta aos clien-
tes, o que tem sido uma boa estratégia”, diz Deforth.
De fato, o lançamento de novos modelos tem funcionado muito bem para a companhia durante os últimos meses de volatilidade, ajudando-lhe a proteger suas margens de vendas. Nos primeiros quatro meses do ano, a empresa tinha registrado uma redução de 10% nas vendas, cifra signi-ficativa mas inferior às quedas registradas por alguns de seus rivais na região.
Essa queda exclui o impacto
do fechamento do mercado na Venezuela, país que, em meados de 2008, bloqueou a importação de automóveis de luxo, afetando todas as marcas.
Deforth diz que grande parte do atrativo da proposta da Audi, cujos modelos mais vendidos são o A3 Sportback, o sedã A4 e o A6, é o conceito do design, que busca maximizar o conforto e o luxo dos veículos para realçar a experiência de conduzi-los. Mas a marca também conta com uma nova
geração de motores que ajudam a reduzir as preocupações sobre o impacto no meio ambiente. “Demos a nossos veículos novos motores que oferecem um rendimento muito melhor, mas que consomem menos combustível”.
E, quando se trata de moto-res, impossível ignorar a oferta da Porsche. A montadora alemã começou a complementar sua frota de esportivos com carros desenhados para mais de duas pessoas. Thomas Staertzel, presidente da Porsche Latin
ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO
ampliar nossa oferta aos clien- Essa queda exclui o impacto também conta com uma nova presidente da Porsche Latin
PORSCHE CAYMAN
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 175
America, afirma que – apro-veitando o sucesso da intro-dução de seu utilitário (SUV) Cayenne, seu automóvel mais vendido em todo o mundo –, agora está prestes a colocar no mercado seu próprio sedan que deve competir diretamente com modelos que a Audi, BMW e Mercedes Benz têm no mercado.
“Estamos seguros de que o Panamera terá o mesmo suces-so do Cayenne, que silenciará todos aqueles que questionam a capacidade da Porsche de construir um sedan de luxo, da mesma forma que o Cayenne extinguiu as dúvidas de que a Porsche pudesse construir um SUV”, afirma.
A força deste veículo é que, como o Cayenne, oferece ao condutor a mesma sensação de dirigir seus modelos es-portivos. A fórmula parece dar bons resultados, a julgar pelo acelerado crescimento das vendas na região. “Tem sido um crescimento exponencial.
Hoje vendemos dez vezes mais do que quando abrimos nossa sede em Miami para atender a região. A empresa passou de 260 veículos vendidos em 2000 aos 2,7 mil veículos em 2008”, diz Staertzel.
A crise está pesando sobre
as projeções da companhia, e a previsão para este ano contempla vendas abaixo de 2 mil unidades. Mas Staertzel acredita que a diminuição será momentânea e que os volumes de venda estarão, em 2010, no mesmo patamar alcançado em 2008. E embora seja significativo, o impacto nas vendas
dos fabricantes de veículos de luxo é inferior ao registrado no mercado todo.
“Estamos operando em um nicho muito resistente”, diz. “Atendemos pessoas que são altamente bem-sucedidas, com visão, que viajam por todo o mundo, que conhecem bem as diferentes marcas mundiais, e que recompensam a eles mesmos por seu árduo trabalho adquirindo um Porsche. E pode ser que esta gente perca
dinheiro na bolsa, mas ainda tem recursos para obter o que deseja”, diz o executivo da montadora alemã.
Gerd Dressler, diretor ge-ral da BMW Group México, concorda que o nicho de mer-cado no qual sua companhia
compete é muito resistente, particularmente na América Latina, região que até agora tem tido melhor atuação que outros mercados. Ele destaca, inclusive, seus resultados no México, o país mais afetado pela crise. O México é res-ponsável por 40% das vendas totais da BMW na América Latina, ao passo que a marca corresponde a 30% das vendas totais do segmento de automó-
veis de luxo no país.A empresa não ficou de fora
da desaceleração da economia mundial, mas ainda assim conseguiu manter sua partici-pação no mercado equilibrada. “O ambiente é adverso, mas vemos 2008 como um ano de
transição”, afirma Dressler. “Esperamos uma melhora a partir do próximo ano”.
Entre os pontos fortes da operação da BMW na região está o peso de sua marca, sua extensa rede de serviços e a alta qualidade de veículos como o BMW 3 Series, o BMW 7 Series, e o roadster Z4.
Mas, no México, a empresa também está se beneficiando do sucesso de produtos que estão ligeiramente fora de li-nha, como o compacto de luxo
Mini e as motos que levam sua marca. “A BMW usará toda a sua força no desenvolvimento de novos produtos”, diz Dres-sler. “Somos uma empresa focada em inovação e estamos constantemente pensando no futuro”.
companhia,ra este ano
as abaixo deMas Staertzeldiminuiçãoea e que osestarão,
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JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 177
O que leem
PILHAR A SORTEPESQUISADOR DEMONSTRA QUE O SUCESSO CONTINUA SENDO MAIS EFEITO DA SORTE E DE VANTAGENS ARBITRÁRIAS DO QUE ESTRITAMENTE DO ESFORÇO E DO MÉRITO
“Estamos tão seduzidos pelos mitos do melhor e mais
brilhante e do self made man que achamos que as pessoas
fora de série brotam da terra tão naturalmente como
os mananciais. Olhamos Bill Gates e nos maravilhamos de
viver em um mundo que dá a um garoto de 13 anos a chave
para se transformar em um empresário fabulosamente bem-
sucedido. Mas essa é uma lição errada.”
Então, qual é a lição correta?
Malcolm Gladwell dedica as 312 páginas de argumentos
e pesquisas de Fora de Série - Outliers a estabelecer as bases
para conformá-la. Em tal percurso, explora o mundo dos
jogadores de hóquei sobre gelo; a vida quase desconhecida
dos Beatles em Hamburgo, antes da fama; a adolescência
de Bill Joy, criador da Sun Microsystems; as décadas de
menosprezo na vida de advogados como Joe Flor antes de se
tornar um dos master of the universe das fusões e aquisições;
entre outras várias histórias fascinantes.
Lamentavelmente, em vez de revisar essa progressão,
parte da crítica ao último trabalho do autor, que se tornou
famoso com o livro The Tipping Point, fixou-se em apenas
um capítulo, o número dois: “A regra das 10 mil horas”.
Nele, Gladwell estabelece a regra empírica que diz que, em
se tratando de Mozart ou Cristiano Ronaldo, de Obama ou
desse carpinteiro que nos parece um gênio, todos levaram 10
mil horas, de aprendizagem e trabalho, antes de triunfar.
Tomou-se a “regra”, de certo parcialmente descumprida
em diversos contextos, como um pretexto contra o talento
e, inclusive, a meritocracia (sua explicação da tese de Barry
Schwartz sobre por que instituições de elite como Harvard
deveriam sortear vagas entre os milhares de seus já destacados
aspirantes, sobre a base do modelo de que “já são suficiente-
mente inteligentes”,
é poderosa). Mas
não se trata de nada
disso. Fora de Série
- Outliers é mais do
que um argumento
ingênuo a favor do
trabalho duro. É uma
denúncia contra três
coisas: o desper-
dício obsceno que
fazemos do talen-
to, a aceitação da
casualidade como
guardiã fronteiriça entre uma vida aproveitada e outra apenas
sobrevivida, e – não menos importante – o autoengano de
que não podemos fazer nada drasticamente significativo, não
ligado ao dinheiro, para promover vidas mais plenas.
E, sim, podemos. Porque, alega, trata-se de promover “uma
oportunidade”. Na realidade, milhões dessas “oportunidades”
que, para nós, os favorecidos do mundo, nos mudaram a vida
para melhor. Essa é a lição certa?
“Em 1968 havia apenas um menino de 13 anos ao qual
nosso mundo permitiu o acesso ilimitado a um terminal (de
computadores mainframe) de tempo compartilhado. Se 1
milhão de adolescentes tivessem tido a mesma oportunidade,
quantas Microsoft teríamos hoje? Para construir um mundo
melhor, é preciso substituir o padrão do acaso e as vantagens
arbitrárias que hoje determinam o sucesso por uma sociedade
que ofereça oportunidades para todos”, diz Gladwell.
Rodrigo Lara Serrano
O poder do agora, de Eckhart Tolle, trata da problemática uni-versal da felicidade. O autor mostra, numa linguagem simples e clara, que é possível liberar-se do sofri-mento, da ansiedade e da neurose da vida diária a partir de uma mudança interna.
Leio Anjos e demô-nios, de Dan Brown. Estou gostando porque a genialida-de e a inteligência-mestre deste autor nos aprisionam em cada página do livro. Pode-se imaginar cada uma delas e vivê-la per-feitamente.
Paulo KalapisDiretor de Mercadotecnia para ArgentinaSUN MICROSYSTEMS México
Cristián ArgüelloCountry managerCognizantArgentina
Fora de Série - OutliersMalcolm Gladwell
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Estou lendo Musso-lini de Pierre Milza, para compreender como uma socieda-de moderna, com suas condições culturais e socioe-conômicas, chegou a criar um monstro e levá-lo ao poder extremo, entregan-do-lhe o poder total em troca de ordem social. E, dessa for-ma, aceitou descer, pouco a pouco, ao inferno.
Stefano Stoppani Diretor geral no México e diretor regional para América LatinaCRIFMéxico
LINHA DIRETA
178 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
[BUENOS AIRES]
AFP
Jared Waxman foi direto ao ponto: “Por que as argen-
tinas são magras se comem tanta carne?” A pergunta
expressava uma surpresa genuína. Especialmente
vindo de um biólogo norte-americano que dava uma
volta ao mundo e tinha decidido ficar alguns meses na Argen-
tina, melhorando seu espanhol. E feliz.
– É que as argentinas fazem a dieta do dr. Atkins sem
sabê-lo, respondi, em referência ao “bife com salada” que
costumo ver senhoritas magras como uma garça engolirem
satisfeitas em restaurantes deixando os pães intactos. Situ-
ação, aliás, inverossímil em
países como Equador, Chile
ou Venezuela.
– Não, não – dizia Jared,
sem dar o braço a torcer. Elas
também comem espaguete.
Deve ser genético.
Mas não é. Em seu livro
Estratégias de consumo: o que
comem os argentinos que co-
mem, a antropóloga Patricia
Aguirre garante que no Rio
da Prata estabeleceram-se três
modelos de corpos, valores
dos alimentos e formas de
comê-los. Os pobres operam
sob a linha de “corpos fortes, alimentos que rendem, comen-
salidade coletiva”. Ou seja, querem a comida que enche,
que dá energia e que, ao ser comida, reafirme os laços do
grupo amplo. Já as classes médias valorizam “corpos lindos,
alimentos ricos, comensalidade familiar”; enquanto os grupos
de alta renda organizam-se em torno de “corpos saudáveis,
alimentos light, comensalidade individual”.
Indo além desses indicadores gerais, com exceções cha-
mativas no contexto latino-americano – como o fato de que
os argentinos de baixa renda consumirem mais carne de vaca
que seus equivalentes em qualquer parte do mundo –, Patricia
identificou algo notável: que entre 1960 e 2000 os grupos
sociais da base da pirâmide reduziram drasticamente a va-
riedade de alimentos que consomem. Não necessariamente a
quantidade de marcas, mas de alimentos. E que na conversão
da alimentação em uma indústria sofisticada e multinacional,
vários produtos desapareceram. Basta lembrar as geleias e os
escabeches das avós para descobrir que nem elas, nem seus
ingredientes, estão em nenhum supermercado comum. E
muito menos nos mais populares.
Em contrapartida, agora muitos alimentos diferentes
contêm os mesmos produtos. Só para mencionar dois deles: o
xarope de milho de alta frutose e o óleo de soja. Um calórico
e o outro, gorduroso.
O efeito “perda de variedade” não é notado porque agora
há uma maior quantidade de comida disponível e as pessoas
comem mais do que antes em países como Chile, Brasil e
México. E por isso há mais gordos. Trata-se de uma gordura
menos de pobre do que a de
pobreza em variedade.
O México é um exemplo
extraordinário disso. À medida
que seus padrões de consumo
mudaram, os gordos floresceram
como nunca. Trinta por cento
da população do país sofre de
obesidade aguda. Ou seja, têm
tantos quilos extras que seu
organismo já funciona de forma
diferente. Estamos falando de
mais de 33 milhões de pesso-
as, em 111 milhões. Se não se
promover nenhuma mudança, as
sequelas da gordura extrema se
transformarão no principal problema sanitário do país.
A Argentina, com seus 19,7% de pessoas obesas, vive
uma situação menos dramática que a mexicana (sexta do
mundo em gordos), mas ainda assim tem outros 24,8% de
pessoas com sobrepeso. Uma pesquisa encomendada há
dois anos pelo Instituto Nacional Contra a Discriminação,
a Xenofobia e o Racismo (Inadi) revelou que, depois dos
pobres, o grupo mais discriminado do país são os gordos
(67%).
E em junho deste ano a tal luta contra essa discriminação
começou. Como? A cidade de Buenos Aires estabeleceu
uma norma que obriga todos os cinemas, teatros, estádios,
salas de eventos e exposições a instalar ao menos dois as-
sentos com medidas especiais: largura de 80 centímetros e
profundidade mínima de 70 centímetros. Ou seja, 30 centí-
metros a mais do que a média. Imagino que Jared preferiria
que os puséssemos em dieta com churrasco, e nada mais.
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Analistas Internacionais do Gartner:
Informações sobre Patrocínio: Vânia Moralez, tel.: (11) 3443-1427 - [email protected]
Donald Feinberg
Vice-Presidente eAnalista Emérito
CERTIFICAÇÃO
E A S A / FA AABRIL DE 2009
FICIENTÍSSIMO!O NOVO FALCON 2000LX
Não é somente o mais e ciente em sua classe de cabine ampla. Mais e ciente do que “o mais avançado” na classe seguinte de pequeno porte. E menos combustível signi ca menos emissões. Mesmo com um alcance de 4000 milhas marítimas – e a agilidade exclusiva de ir de cidade em cidade para depois cruzar um oceano sem parar para reabastecer.
O Falcon 2000LX recém certi cado comprova novamente que compartilhamos o senso comum sobre a e cácia com empresas que precisam car perto de seus clientes, conseguir o máximo de seus melhores talentos, ver e aproveitar as oportunidades pessoalmente – e continuar trabalhando durante as viagens. Visite nosso site em falconjet.com/2000LX.
O senso comum sobre a e cácia.