Nº 377 Edição Brasil

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www.americaeconomia.com.br JULHO, 2009 maiores da América Latina empresas BRASIL R$ 20

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AméricaEconomia: Revista de Economia e Negócios Latino-americana

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www.americaeconomia.com.brJULHO, 2009

maioresda América Latinaempresas

BRASIL

R$ 20

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4 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Nº 377 / JULHO, 2009

NESTA EDIÇÃO

SEÇ ÕES

35 >MUNDOS PARALELOSA real situação da gigante Pdvsa é um mistério.

38 >FOGO CRUZADOPetrobras vira alvo no

tiroteio político brasileiro.

40 >PELO EQUILÍBRIOEmbraer faz 40 anos em

busca da diversifi cação

de mercados.

44 >ASSENTOS VAZIOSCompanhias aéreas la-tino-americanas lançam um sinal de alerta.

46 >FOCO NO BOLSOWal-Mart México agora quer conquistar seus clientes com um banco.

8>ÍNDICE 10>AECOM 12>CARTAS 16>MEMO 18>EDITORIAL 20>ANIMAL POLÍTICO 24>PISTAS 28>MOVIMENTOS159>CAPITAL ABERTO162>CLICS & CHIPS165>INTERFACES167>NEGÓCIO FECHADO177>VISÕES178>LINHA DIRETA

40

172

38

61

EmpresasComeça na pág.

da América latina

SE8>

1012161820

AS 500Maiores

48 >LINHA DISCADACompanhias lutam para aumentar a concorrên-cia no setor de telecom mexicano.

50 >RALLY VOLTAICONo Chile, a Enersis tem bons motivos para sorrir.

52 >OURO VERDEEra agrícola do grupo Perez Companc chega com desafi os.

54 >ENTREVISTAMoisés Naím defende que o hemisfério está dividido.

56 >NOVA DESORDEM MUNDIALQuais serão os temas que dominarão o debate eco-nômico daqui adiante? CA

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70

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78

74 72

806 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 20096 AMÉRICAECONOMIA É / JULHO 2009

OPINIÃO

154 >Marcelo Giugale reúne dez lições aprendidas com a crise.

155 > Obama não faz promessas vazias, defende Abraham Lowenthal.

156 >As “Multiemergentes”apontam à inovação, diz Javier Santiso.

157 >Investimento produtivo é o desafi o pendente, segundo o chileno Ricardo Ffrench-Davis.

158 >Para John Edmunds, divergências das moedas latino-americanas criará oportunidades.

160 >IBIZCloud computing, uma opção viável.

162 >CLICSUm telefone multimídia de negócios é a nova aposta da Polycom.

172 >TROCA DE MARCHAOs vendedores de carros de luxo não reclamam da região.

NESTA EDIÇÃO

SETORES66>ALIMENTOS68>AUTOMOTIVO70>BEBIDAS72>COMÉRCIO74>ELETRICIDADE76>MINERAÇÃO78>PETRÓLEO E GÁS80> PETROQUÍMICA82>SIDERURGIA84>TELECOMUNICAÇÕES

ILUS

TRAÇ

ÕES

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RRIS

O

Page 7: Nº 377 Edição Brasil

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Page 8: Nº 377 Edição Brasil

ÍNDICE DE EMPRESASOS NÚMEROS REFEREM-SE À PRIMEIRA PÁGINA EM QUE AS EMPRESAS SÁO CITADAS.EXCLUI AS EMPRESAS QUE FIGURAM EM GRÁFICOS E RANKINGS

8 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

A-B-C-DABCEB .........................................................34Accenture ....................................................183Acciona .........................................................60Accival-Citi ...................................................26Aceitera General Deheza ............................143Acer .............................................................185Activa ............................................................64ADK Automotive ..........................................82Adobe ..........................................................183Aeroméxico ...................................................51Agora Corretora ............................................65Agra/FNP ......................................................81AIG Universal Processing Center ...............188AIG .......................................................34, 188Airbus ............................................................56Alcaraz Cabrera Vásquez ..............................40Alfa................................................................26Alicorp ........................................................181AlixPartners ..................................................30Allergy Therapeutics ...................................191Alpek .............................................................95Alstom .........................................................188Amazon .......................................................183AmBev ..........................................................84AMD ...........................................................183América Móvil ................................48, 98, 181Amoco Oil .....................................................42Andreoli MS&L ............................................65Andrews International .................................189Anglo American Sur ...................................143Antofagasta PLC ...................................91, 124Aqua Chile ....................................................24Aracruz Celulose .........................................128Arce Rojas Consultores .................................93ArcelorMittal .................................................97Arcor .......................................................63, 81Argos ...........................................................181Audi .............................................................193Aviacsa ..........................................................51Avic ...............................................................56Axtel ..............................................................46Azul Linhas Aéreas .................................51, 52Azure Ventures ............................................191B2W ............................................................137Baja Celular Mexicana ..................................46Banchile Inversiones .....................................60Banco de Galicia y Buenos Aires ...............188Banco Ibi .....................................................188Banco Ixe ......................................................59Banco Salvadoreño-HSBC Salvador...........188Banco Wal-Mart ............................................59Bancolombia ...............................................183Bancor .........................................................188BancoSal .....................................................188Banorte ........................................................188Bavaria ..........................................................85BBVA ....................................................71, 188Bemis ..........................................................189Bestphone ......................................................46BGH ..............................................................34BHP Billiton..................................................26BMW .....................................................56, 193Bodega Familia Zuccardi ..............................32Boeing ...........................................................56Bolsa de Valores de Nueva York ...................65Bombardier ...................................................56Bradesco ......................................................188Brasil Foods ..................................................80Braskem ..................................26, 95, 128, 188Braspag .......................................................188Bristow Group .............................................191British Telecom .............................................66Bulltick Capital Markets ...............................71C&A ............................................................188Cablemás .......................................................44Cablevisión Monterrey ..................................44Cablevisión....................................................44Carbones del Cerrejón .................................143Carlyle Group ..............................................189Carozzi ..........................................................63Carrefour ...........................................26, 78, 87Casas Bahia ...................................................87Cemex ...........................................24, 181, 189Cemig ............................................................89Cencosud .................................78, 86, 157, 181Cervecería Cuauhtémoc Moctezuma ............85Cessna ...........................................................54CF Industries .................................................95Chrysler .........................................................82Cifra-Aurrerá .................................................58Cisco .............................................................99Citi...........................................................50, 72Citrix ...........................................................182Claro Telecom ...............................................99Cobranzas y Servicios .................................188Coca-Cola .....................................................85Codelco .........................................90, 157, 188Coignizant ...................................................197Colbún .........................................................124Collahuasi .....................................................91Colombiana de Comercio .............................76Com. Brasiliana de Energia ..........................89Com. Luz y Fuerza del Centro ......................89

Comisión Federal de Electricidad .......................44, 89, 99, 188

Compañía Financiera Argentina .................188Copa ..............................................................51Copec ..........................................................181Coromandel Fertilizers ................................191Cosan .............................................................81CPFL Energia ................................................89Crif ..............................................................197CSAV ..........................................................181CSN ...............................................................97CVC ............................................................189D&S ..............................................................87Danone ........................................................154Datamonitor ..................................................85De Martino ....................................................67Dell ..............................................................183Deloitte ..........................................................87Delphi ....................................................83, 154Delverde Industri Alimentari ........................63Digicel ...........................................................66Dish ...............................................................48Disney ...........................................................29DN Consultores .............................................98Dow Brasil ....................................................95Dow Jones .....................................................80

E-F-G-HE.ON .............................................................61EchoStar ........................................................48EcofysValgesta ..............................................61Ecopetrol .......................93, 128, 140, 181, 189EDF ...............................................................61El Mercurio ...................................................72El Universal ...................................................22Eletrobras ......................................................89Eletropaulo ....................................................89Elementia ....................................................189Ely Lilly ......................................................183Embotelladora Andina ..................................85Embotelladoras Arca .....................................85Embraer .........................................................52EMC Corporation ..........................................32Empresa Generadora del Austro .................188Enap ..............................................................93Endesa España ..............................................60Endesa ...........................................................89Enel Green Power .........................................61Enel ...............................................................60Energías Ambientales Oaxaca ....................188Energy Consult ..............................................95Enersis .....................................60, 89, 157, 181Envirosell ......................................................87Eratech ..........................................................67Ernst&Young.................................................95Euromonitor ..................................................84Everis ............................................................30Éxito ............................................................181Falabella ..................................78, 86, 157, 181Farmacias Benavides .....................................76Femsa ....................................................85, 181Fiat Automóveis ............................................83Fiat ................................................................82Financial Times .............................................72Finca Maipú ..................................................32Fitch Ratings .....................................62, 85, 97Ford Motor Company ....................................83Ford .........................................................32, 82Foreign Policy ...............................................68Fox News ......................................................22Frigorífi co O’Higgins ....................................63Frost & Sullivan ......................................51, 98Funai ...........................................................189Gafi sa ..........................................................189Garda World Security..................................189Gartner ..................................................99, 183GE ...................................................36, 56, 191General Motors de México ...........................83General Motors .......................................72, 82Genomma Lab .............................................189Gerdau Açominas ........................................143Gerdau Aços Longos .....................................97Gerdau ...................................................97, 181Glencore International ................................189Globovisión ...................................................22Gol .................................................................51Grupo Actinver ......................................97, 188Grupo Alfa ..................................................143Grupo Bimbo ................................................81Grupo Brescia ...............................................95Grupo Carso ................................................189Grupo Collados .............................................97Grupo Gigante ...............................................59Grupo Gloria ...............................................181Grupo Imsa ............................................97, 154Grupo Industrial Lala ....................................81Grupo Maseca ...............................................81Grupo México .......................................91, 143Grupo Modelo ...............................................84Grupo Nacional de Chocolates ...................181Grupo Pão de Açúcar ....................................87Grupo Pegasus.............................................188Grupo Pepsico ...............................................85Grupo Salinas ................................................48

Grupo Schincariol .........................................84Grupo Silvio Santos ....................................188Grupo Ultra ...................................................93Grupo Viz ....................................................154Hainan Airlines .............................................56Helados San Isidro Labrador ........................63Hocol ...........................................................189Holcim ...........................................................24Honda ......................................................54, 82Huddle Group ................................................32Huhtamaki Oyj ...........................................189Hylsamex ....................................................154Hyundai .........................................................82

I-J-K-LIberdrola Renovables ..................................188Iberdrola ........................................................61IBM .............................................................183Ibope ...........................................................191IDC ................................................................99Ideiasnet ......................................................188Idesa ..............................................................26IHS Global Insight ......................................193Imazon ...........................................................26Indura ..........................................................182Industrias CH ................................................97Industrias Nacobre ......................................189Industrias Peñoles .........................................91Infomine ........................................................91Instituto Costarricense de Electricidad .........66Intel ...............................................36, 183, 185Inverseguros ..................................................61ISA ..............................................................181Itaipú Binacional ...................................89, 124Iusacell ..........................................................48Ixe Grupo Financiero ..................................188JBS ..............................................................191Kmine ..........................................................188KPMG ...............................................40, 66, 83Kraft Foods ...................................................87La Prensa .......................................................22Lan ........................................................51, 157LarrainVial ....................................................61Ledesma ........................................................34Lehman Brothers .........................................154LG ...............................................................185Lider Aviação ..............................................191

M-N-O-PMapfre .........................................................188Marine Harvest ..............................................24Marubeni .....................................................191Maximixe ......................................................91Megacable .....................................................46Mercedes-Benz ...........................................194Mercer ...........................................................34Merrill Lynch ..........................................84, 97Met-Mex Peñoles ..........................................97Métrica ..........................................................86Mexicana de Aviación ...................................51Mexichem......................................................95Microsoft .....................................................182Minera Antamina ..........................................91Minera Barrick

Misquichilca .......................................124Minera Escondida .................91, 124, 128, 157Minera México ..............................................91Minera Spence ............................................157Mintel ............................................................85Mitsubishi .....................................................56MMX .............................................................97Molino Cañuelas .........................................191Molinos Río de la Plata .................................62Movistar ........................................................48Multiexport....................................................24Multiplan Consultoria

Aeronáutica ...........................................54Munchi’s .......................................................63MVS ..............................................................48Nacional Financiera ......................................34Nec ..............................................................184Nemak .........................................................154Nestlé de México ..........................................81Nestlé ............................................................81Nexant ...........................................................94Nexxo Financial Corporation ......................188Nissan Mexicana ...........................................83Nissan ............................................................82Nitratos del Perú ...........................................95Occidental de Colombia ..............................124Operadora Unefón .........................................46Organización Soriana ....................................87OXY ............................................................124Pão de Açúcar .......................................26, 191Parmalat ........................................................65Parque Arauco ...............................................86Patagonia .............................................124, 128PDVSA ........................38, 66, 77, 93, 128, 191Pemex Gas y Petroquímica ...........................95Pemex Petroquímica .....................................95Pemex Refi nación .................................93, 128Pemex ......................................77, 92, 128, 182Pequiven ................................................94, 188

Perdigão ........................................................80Perez Companc .............................................62Petrobras Distribuidora .................................93Petrobras ...24, 64, 77, 93, 95, 128, 140, 181, 191Petroecuador .................................93, 128, 191Petrolera Pecom ............................................62PetroMacareo ..............................................191PetroPerú .................................................93, 95PetroVietnam ...............................................191Philips .........................................................189Polimérica .....................................................94Polycom ......................................................184Ponto Frio....................................................191Porsche ........................................................193Pratt & Whitney ............................................56Propilsur ........................................................94Prudential Financial ....................................188Pyramid Research .........................................99

Q-R-S-TQuattor Participações ....................................95Química Estrella ............................................63Racsa .............................................................66Recalcine .....................................................191Refi nería del Pacífi co ..................................191Renault ..........................................................83Reputation Institute .......................................65Rio Tinto ...............................................26, 188Ripley ............................................................86Rolls Royce ...................................................56Sadia ......................................................80, 128Samsung ......................................................184SanDisk .......................................................185Santander GBM ............................................60Santander .....................................................191SAP .............................................................182Select .......................................................48, 99Siderar .........................................................181Siemens .........................................................32Sigdo Koppers ...............................................95Sigla ..............................................................89Sigma ............................................................81SK Energy .....................................................95Solidus...........................................................96Sonda .............................................................31SonicWall ......................................................30Southern Copper

Corporation ...................................91, 181SQM ..............................................24, 157, 191Standard & Poor’s .............................73, 89, 93Sun Microsystems ...............................183, 197Taca ...............................................................50Talon Metals ................................................188Tam................................................................51Techint ...................................................97, 154Telcel .......................................................46, 99Teleamazonas ................................................22Telecom .......................................................181Telefónica Argentina ...................................181Telefónica Brasil .........................................181Telefónica México.........................................46Telefónica Perú ...........................................181Telefónica ..............................................66, 140Telefónica-Movistar ......................................98Teléfonos de México ...................................154Telemar..........................................................99Telesp ............................................................99Televisa .........................................................44Telmex Internacional .....................................99Telmex .............................................44, 99, 181Tenaris ...................................................97, 181Ternium México ..........................................154Ternium .........................................................97Tigo-Amnet ...................................................66Tim Participações ..........................................99Toyota ............................................................82

U-V-W-X-YUltrapar .......................................................181Unipar ...........................................................95Urbi .............................................................137Usiminas .......................................................97Vale ...............................................91, 128, 181Varig ..............................................................51Viñas Santa Julia ...........................................32Vivo ...............................................................99Volcán..........................................................181Volkswagen de México .................................83Volkswagen ...................................................83Wal-Mart de México .....................................58Wal-Mart Supercenter ...................................87Wal-Mart .........................................26, 87, 140WalMex .................................................87, 181Websense .......................................................32Williams Cos .................................................42WPP ............................................................191Wuhan Street .................................................97Xerox .............................................................32Yara Fertilizantes ..........................................95YouTube ........................................................22YPF .......................................................93, 181YPFB.............................................................93

Page 9: Nº 377 Edição Brasil

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Page 10: Nº 377 Edição Brasil

10 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

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POSIÇÕES FOI QUANTO A FGV GANHOU NO ÚLTIMO RANKING DAS MELHORES ESCOLAS DE NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA.É A ESCOLA BRASILEIRA MAIS BEM-POSICIONADA, EM TERCEIRO LUGAR.

FOI O AUMENTO DE VENDAS DA JBS-FRIBOI EM 2008. PRESENTE EM 11 PAÍSES, A MULTINACIONAL É BRASILEIRA DE MAIOR DESTAQUE DO RANKING DAS MAIORES MULTILATINAS.

FOI A NOTA DE SÃO PAULO NO ÍNDICE “TAMANHO E DINAMISMO ECONÔMICO” DO RANKING DAS MELHORES CIDADES PARA FAZER NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA, NO QUAL FICOU EM PRIMEIRO LUGAR.

Além disso, acesse os rankings completos de:As 500 Maiores Empresas da América Latina

As 500 Maiores Empresas do Chile

As 500 Maiores Empresas do Peru

Comentários dos leitores de americaeconomia.com.br

Acomunidadeopina

Ranking

O Brasil tem de agir em relação aos hermanos e não ser apenas rebocado

Jonas Belchior, , sobre entrevista com o ex-embaixador José Botafogo

Gonçalves

Temos que aceitar no Mercosul um golpista como Chávez que não respeita os direitos

privados e os direitos da imprensa?Antonio Carlos Polato, sobre entrevista com o deputado Fernando Gabeira

Deveríamos seguir o exemplo dos EUA de respeito às instituições, e contratos.

Somente dessa forma a América Latina poderá ser considerada segura para investimentosMarcelo A. Juarez, comenta a nota “Venezuela nacionaliza ativos de 60

petrolíferas”

Dê sua opinião. Visite nosso site e debata sobre os principais temas de política, economia e negócios da América Latina.

OS

PRIN

CIPAIS

RAN

KIN

GS

Veja o resultado deste e outros rankings de AméricaEconomia em www.americaeconomia.com.br

Page 11: Nº 377 Edição Brasil

Mais de 5.000 funcionários em todo o mundo.

200 das 500 empresas Fortune.

700 empresas de telecomunicações, operadoras de telefonia móvel e ISPs no mundo.

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Soluções para negóciosem um mundo globalizado:Global Crossing

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USA (Fl)+1.305.808.5900

Argentina0800.800.4677

Brasil0800.771.4747

Chile +56.2.422.5900

Perú+51.1.705.5700

Panamá+50.7.314.0324

Venezuela0800.4677.288

Colômbia +57.1.611.9000

Page 12: Nº 377 Edição Brasil

[email protected]

ILUSTRAÇÃO DA MATÉRIA “SOB A MIRARA DO TITÔ, AMÉRICAECONOMIA Nº376, DE JUNHO DE 2009

EUAO melhor cliente!

ChinaEuropa

Compram-se jogadoresJunk food, junk bonds

Ali,problema da Odebrecht

Aqui,problema dos EUA

E outros petroproblemas Futura rota

ao Pacífico (mas passa por Machu Picchu?)

E onde fica a Petrobras nisso?

Energia e meu primeiro relógio

falsificado

Tangódromoe muitas ofertas

Bom vinho. Bom esqui

Carne e cassinos

Aqui mora o Chaves com “S”

Inauguram-se embaixadas

Énossa!

Oceano Pacífico

Rio ParanáRio Amazonas

Esta é uma

homenagem a

Steinberg, do

New Yorker,

e à The Economist

CARTASE COMENTÁRIOS

12 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

América Latina IBrasil, grande país e

povo. Festa e mais festa.

Com uma historia de

desencontros com seus

próprios vizinhos e

que, nos últimos anos,

tem buscado inserir-se

no mundo global, tal

como descreve a matéria

(“Sob a mirada do titã”,

AméricaEconomia N° 376,

junho, 2009). Não acho

que o Brasil será o país

líder que a região requer.

Mostra disso é o famoso

Mercosul. E agora, mais

recentemente, a Unasul.

Em seu próprio âmbito

de infl uência (Argentina,

Paraguai, Uruguai), não

conseguiu até agora

unifi car nem dar forma a

nada. Como poderia liderar

algo maior e mais diverso?

Porque essa história de

que a América Latina é

uma entidade comum

unida por um passado e

por raízes semelhantes

é somente pretensão.

Somos parecidos, mas tão

diferentes que eu falaria

de sub-regiões. Colocar-

nos de acordo requer

vontade e compromisso

e uma série de condições

que difi cilmente se

conjugarão. O Brasil

crescerá e será um jogador

mundial importante, mas

difi cilmente arrastará a

região em sua escalada ao

bem-estar comum.

Daniel MezaAssunção, Paraguai

Brasil e América Latina IIBrasil, Ordem e Progresso.

Tal como seu lema

nacional, seus planos de

liderança não deixam de

ser uma boa intenção. O

Brasil é como pai furtivo

para os demais povos sul-

americanos. Sabemos que

existe, mas está longe a

ausente. Se autoexclui e se

refugia atrás de sua verde

fronteira. Com o Atlântico

no outro oposto, só se

vinculava com a América

pelas fronteiras com

Paraguai e Argentina. Em

estreita faixa territorial que

atuava seletiva, quantitativa

e qualitativamente como

fi ltro. Quanta perda de

tempo e de oportunidades.

O efeito de se arrastar e

de contagiar das políticas

internas do Brasil

repercutiam em toda a

América do Sul.

Mas os brasileiros pareciam

não se dar conta disso.

O futebol, o samba, o

Carnaval, Pele, Senna e

Xuxa eram sufi cientes. Era

seu mundo. A autarquia

perfeita e voluntária. A

globalização os pegou

desprevenidos. O Mercosul

imperfeito e pequeno os

despertou da letargia.

Mas preferem o mundo

global. Já se perfi lam e

têm presença nos fóruns

mundiais. Já estão tomando

o gosto de sair sempre na

foto. Se autoclassifi cam

como uma das dez maiores

economias do mundo. Lula

o cacareja. E já apresentou

seu próprio roteiro à

sociedade mundial. Como

tateando timidamente uma

praia desconhecida com

a ponta do pé, apresentou

uma série de interrogantes.

Nem reclamações, nem

protestos. Querem primeiro

saber a reação de seus pares

e calcular de que tamanho

pode ser seu atrevimento.

Em seu afã iconoclasta de

parecer sério, equilibrado

e neutro, não substitui

Chávez, não pede descontos

a Evo no preço do gás, e

mantém uma atitude fria

e distante com os temas

sul-americanos que causam

controvérsia. Oxalá seja

sufi ciente essa indiferente

política do “não ouço,

não vejo”, para se tornar

o líder, a locomotiva que

os povos sul-americanos

esperam. Sem paternalismos

hegemônicos, mas com

Ordem, chega o Progresso.

Moisés Mesones, Lima, Peru

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Page 14: Nº 377 Edição Brasil

Com sóum clique,

novosserviços da

AméricaEconomia

[email protected]@americaeconomia.com

CARTASE COMENTÁRIOS

14 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Teoria do portfólioSobre a nota de como

existem obstáculos

mentais e reais para

diversifi car portfólios

(“Investidores Irracionais”,

AméricaEconomia N°

376, junho, 2009), a Teoria

Moderna de Portfólios

de Markowitz supõe dois

elementos muito fortes: a

racionalidade nas decisões

e o conhecimento total do

mercado. Apesar de que esse

modelo deveria ser a base

para a tomada de decisões

fi nanceiras, além da

irracionalidade apresentada

na matéria, considero que a

informação nunca é total.

Porque os elementos são

muitos e no momento em

que se está tomando a

decisão, talvez em épocas

como agora, de grande

instabilidade, nunca se sabe

qual será o comportamento

do ativo.

Carlos Lasso,Montevidéu, Uruguai

México vs Brasil IÉ verdade que o México

sofre com narcotráfi co,

delinquência e insegurança.

E isso prejudica sua

imagem. Mas o México

é um país de instituições.

Com o elemento humano

que o tem diferenciado

positivamente, sairá adiante

e dará o exemplo.

Vejo sempre em suas

matérias que são muito

pró-brasileiros, quando

na verdade este país sul-

americano sofre dos mesmos

problemas que o México,

talvez até mais.

Mauricio AlfaroCidade do México

México vs Brasil IIAcho que tudo bem nós

mexicanos aceitarmos a

crítica contida na matéria

“O espelho não mente”

(AméricaEconomia Nº 376,

junho, 2009) para melhorar,

mas acho que sempre nos

comparam negativamente

com relação ao Brasil. A

marca-cidade que tenho

de São Paulo é a de uma

cidade grande com muitos

problemas de delinquência,

ainda piores que os da

Cidade do México. Por

exemplo, as famosas favelas,

com iguais problemas de

narcotráfi co, e a poluição.

Não sabia que era um

centro fi nanceiro mundial,

e isso porque procuro estar

bem-informado das fi nanças

mundiais.

Miguel Saavedra, Cidade do México

Ética e MBASobre a nota do efeito

da crise nas escolas de

negócio (“O dia do juízo”,

AméricaEconomia N° 376,

junho, 2009), a reação

destas foi semelhante à do

que fi zeram no caso Enron,

quando incorporaram o tema

da ética mais enfaticamente

em seus programas. É certo

que na origem de ambos os

casos encontramos aquela

parte da natureza humana

que teme relação com o

ético. Mas parece que ainda

resistem a ver que a ética e

a moral terão signifi cados

diferentes dependendo da

condição espiritual de cada

pessoa, uma condição que

se forja nos primeiros anos

e se consolida ao longo da

vida, moldada no ambiente

familiar, no entorno social,

pela fé, pela educação, etc.

Acho que são dois os

momentos em que uma

instituição acadêmica

pode ter impacto real e

efetivo na conduta das

pessoas. Primeiramente, na

educação básica, quando

uma pessoa enfrenta pela

primeira vez um processo

de ensino-aprendizagem

formal e sistematizado,

quando começa a preencher

seu hard disk. Em segundo

lugar, na etapa inicial

da educação superior,

quando o jovem está

muito permeável, depois

de sair da difícil etapa da

adolescência, com todas

as suas crises existenciais.

Daí a importância do

modelo e do conteúdo

educacional, que deve ser

dinamicamente coerente

e estar alinhado do nível

inicial à educação superior,

incluindo os programas de

mestrado e doutorado. Uma

recomendação às escolas de

negócios: não descuidem

da dimensão espiritual

do ser humano, em seus

processos de seleção e de

formação. Seria bom que

estudassem e encontrassem

aplicação à parábola do

bom semeador.

Godofredo TapayPiura, Peru

Erratas1- Na pág. 46 do Ranking de MBAs (edição N° 376), publicamos a foto de Olavo Setúbal no lugar da de

Ricardo E Setúbal, (abaixo).2- Nesse mesmo especial, (pág. 35), os indicadores fi nais para as cinco escolas que lideram a categoria Empreendimento são:

Fonte: AméricaEconomia Intelligence

3- No informe especial sobre Moçambique publicado na edição de maio de 2009, a grafi a correta do nome do presidente de Moçambique é Armando Guebuza.

Escola Índ. fi nalU. Adolfo Ibáñez 87,1U. del Desarrollo 82,1IESA 61,8Iteso 85,3Egade ZC 53,1

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Page 16: Nº 377 Edição Brasil

MEMO

16 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

CRISE COM ARTE

Quanta diferença em

relação ao ano passa-

do... Ao revisar nossas

projeções da edição do Ranking

das 500 Maiores Empresas

da América Latina publicado

em 2008, nos damos conta de

quão diferente era o mundo.

O barril de petróleo estava a

US$ 130, logo alcançaria os

US$ 170 e países que tinham

demonstrado bom desempenho

macroeconômico temiam que

a infl ação chegasse

aos dois dí-

gitos.

Todo mundo sabia que os

Estados Unidos entrariam

em crise, mas as teses então

comentadas do soft landing (aterrissagem suave) e o de-coupling (desconexão das

economias emergentes das

desenvolvidas) alimentavam

uma visão otimista de que a

situação estaria sob controle.

Mas em setembro tudo foi para

o ralo. O preço do petróleo caiu

para US$ 30 o barril, o mundo

começou a falar de defl ação, o

desemprego disparou e as mo-

edas latino-americanas de livre

fl utuação despencaram.

Por isso, a edição 2009 do

Ranking das 500 Maiores

Empresas da América Latina é

particularmente valiosa. É uma

clara testemunha do momento

em que a região começou a

acusar notoriamente o golpe

da crise econômica mais

aguda desde a Gran-

de Depressão. Uma

história que pode ser

lida nos milhares

de números e

resultados in-

cluídos nesta

edição. Como,

por exemplo,

a surpre-

endente

queda do lucro das empresas

brasileiras e mexicanas, respec-

tivamente de 71% e 112%.

Mas os números não contam

apenas histórias. Com eles

também se pode fazer arte.

Assim os vê Álvaro Araya,

diretor de arte de América-

Economia, com a equipe de

diagramação e fotografia

(na foto). «Não buscamos

nada de números no ar», diz

Araya. «Queremos números

com signifi cado, números de

verdade.» Números concretos

para mostrar a história real das

empresas e da crise.

Felipe Aldunate M.Diretor Editorial

SEBA

STIÁ

N PÉ

REZ

DIRETORElias Selman Carranza

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVOGloria Landabur C.

PUBLISHER BRASILJosé Roberto Maluf

DIRETOR EDITORIAL Felipe Aldunate M.

EDITOR EXECUTIVO BRASIL Solange Monteiro

EDITOR BRASIL Dubes Sônego

DIRETOR DE ARTE Álvaro Araya Urquiza

EDITOR DE FOTOGRAFIA Miguel Candia

EDITOR ADJUNTO Rodrigo Lara

EDITORES EXECUTIVOSJuan Pablo Rioseco, Eduardo Thomson

EDITORESAntonio Delgado (Miami), Arly Faundes (México)REPÓRTERES Sergio Spagnuolo (Brasil), Soledad Gómez, Matías Rodo Yuricevic (Santiago)

CORRESPONDENTESARGENTINA Juan Pablo DalmassoCOLÔMBIA Lucia ValdésMÉXICO Carolina SolísPERU Fernando ChevarríaURUGUAI Guillermo PeregrinoVENEZUELA Doroty KronickAMÉRICA CENTRAL Ricardo CastilloMIAMI Carlos Molina

DIAGRAMADORESSebastián Caro P., Riffka Schiro-Kauer J., Jenny García S.

REVISORAAdriana Casaroti

AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE(Estudos e Projetos Especiais)DIRETOR Rodrigo DíazSUBDIRETOR Jaime Contreras SoriaCOORDENADORA DE ESTUDOS Daniela GonzálezANALISTAS Paula Saavedra, Andrea Almeida

AMÉRICAECONOMIA.COMDIRETOR DE ESTRATÉGIAS DIGITAIS Rodrigo GuaiquilEDITOR BRASIL Marcelo GalliEDITOR Marcelo GarcíaREPÓRTERES Bianca Lima (Brasil), Alejandra Clavería, Pablo Jamett, Patricia Zvaighaft, María Paz ÓrdenesTRADUTOR Juan PardoWEBMASTER José Fuentes

MARKETINGDIRETOR Marcelo Silva Symmes (Chile)

BRASILElisangela Silva ([email protected])

Rafael Borsanelli ([email protected]) +55 11 3097-7666

PUBLICIDADEGERENTE COMERCIAL Sidney Espósito ([email protected])+55 11 3097-7676EXECUTIVAS DE CONTAAndréa Tupinambá ([email protected]) +55 11 3097-7659Priscila Ferreira ([email protected]) +55 11 3097-7664

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REPRESENTANTES BRASILBRASÍLIAAntonio Cordeiro ([email protected]) +55 61 3321-9100BELO HORIZONTE Moacir Lopes ([email protected]) +55 31 3245-1163/1164CAMPINASMarcelo Mardegan ([email protected]) +55 19 3284-4691PORTO ALEGRE Jeferson Bucker (Xexeu) ([email protected]) +55 51 9976-6434RIO DE JANEIROLuiz Fernando Silva Novaes ([email protected])+55 21 2226-0206VILA VELHADidimo Effgen ([email protected]) +55 27 3229-1986

EUA+305 648-9071MÉXICO+5255 5254-2400ARGENTINA+5411 4383-8410CHILE+562 290-9400PERU+511 610-7217

ESCRITÓRIOS EDITORIAISBUENOS AIRES+5411 4383-8410SANTIAGO+562 290-9400LIMA+511 610-7272CIDADE DO MÉXICO+5255 5254-2400MIAMI+305 648-9071

PRESIDENTENils StrandbergCHAIRMANRobert R. Paradise

SEBASTIÁN, JENNY, ÁLVARO, RIFFKA, MIGUEL E FERNANDO

AméricaEconomia é uma publicação mensal da Nanbei Ltd. •Impressa na Quebecor World Chile S.A. Publicação periódica•Registro PP09-0011

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Page 18: Nº 377 Edição Brasil

AFP

EDITORIAL

18 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Écerto: 2009 será re-

cordado como um dos

anos mais duros na histó-

ria recente do México. A

profunda crise global im-

pacta mais fortemente esse

país que qualquer outro da

América Latina. Fala-se

em quedas de dois dígitos

na atividade econômica pa-

ra o atual trimestre e os que

vêm. Além disso, a guerra

entre o governo e os cartéis

do narcotráfi co gerou um

forte aumento da violên-

cia. O número de mortos

vinculados a esse confl ito

já é 80% mais alto que em

2008. A isso ainda se soma

a infl uenza A (H1N1) – que

a princípio queriam batizar

de gripe mexicana – pan-

demia global que pilhou o

país no contrapé.

Mas atenção, não se

confunda. O México tem

demonstrado que está lon-

ge de ser um Estado falido.

Ainda que a recente no-

meação de Carlos Pascual

– especialista em países em

confl ito e falidos – como

embaixador dos EUA no

México tenha ressuscitado

em alguns grupos de Was-

hington a tese surgida há

alguns meses de que o país

latino-americano seguia

o caminho de outros com

fracassos governamentais

como Somália, Haiti ou

Iraque, a realidade é muito

diferente.

As três crises simultâ-

neas que afetam o maior

país de língua espanhola do

mundo estão sendo abor-

dadas por um governo que

ainda tem capacidade de

ação. E, tal como demons-

trou com o surgimento da

infl uenza, pode ser efetiva.

O governo só não tem

visto o mesmo resultado

em sua batalha contra os

cartéis do narcotráfi co e

ATENÇÃO AO MÉXICO

contra a crise econômica.

Na primeira, apesar de

registrar triunfos militares

importantes, o poder e a

capilaridade dos grupos

que levam as drogas aos

EUA não foram afetados

de forma óbvia.

E nisso tampouco ajuda

a permissividade do país

vizinho com o comércio de

armas. Justamente o escri-

tório de supervisão do go-

verno dos EUA (GAO, na

sigla em inglês) divulgou

um estudo no qual critica

fortemente a falta de uma

estratégia de seu país pa-

ra colocar fi m nesse fl uxo

que acaba fortalecendo os

cartéis.

Por sorte, o México ain-

da tem mais recursos para

enfrentar a crise econômi-

ca. Apesar de seu impacto,

o governo tem se movido

na direção correta. A velo-

cidade é que não tem sido

a ideal: como em todo o

mundo, a equipe econômi-

ca do ministro da Fazenda

Agustín Carstens errou ao

projetar a profundidade

da crise e muitas medidas

contracíclicas se viram

bloqueadas por entraves

legais.

Mas o governo acudiu a

uma acertada combinação

de medidas que evitaram

uma resultado ainda pior,

sem a necessidade de im-

plicar um maior défi cit

fi scal, o que dá tranquili-

dade às classifi cadoras e

permitirá manter fl uxos de

fi nanciamento.

Além disso, a conjuntu-

ra é uma oportunidade para

que o governo promova

mais fortemente uma sé-

rie de reformas que estão

pendentes e que devem

dar mais competitividade

à economia mexicana e à

sua indústria, que inclusive

sem crise já estava indican-

do esgotamento e perda de

mercados.

Também é preciso olhar

de forma otimista o fato

de que a jovem economia

mexicana tenha suportado

bem os embates anteriores

e que a institucionalidade

dos partidos continue vi-

gente, diferentemente de

outros países latino-ameri-

canos menos golpeados.

Não devemos ser ingê-

nuos. Os desafios enfren-

tados pelos mexicanos são

enormes e o governo nem

sempre tem acertado na

hora de enfrentá-los. Mas

acompanhando de perto

o que se desenvolve em

nível doméstico é fácil

comprovar que nenhum

dos Estados hoje consi-

derados falidos no mundo

nunca esteve à altura de

uma nação como o Méxi-

co.

A JOVEM DEMOCRACIA MEXICANA SUPORTOU OS EMBATES.DSU

Page 19: Nº 377 Edição Brasil

PUBLIRREPORTAJE

World Trade Center, 8th Floor, Marbella, Panamá.

Tel.: 302-9400. [email protected]

Ernesto Chong, CFO PMC Group.

Jogando lenha na fogueira Neste momento o mundo vive uma forte recessão econô-mica, que se manifestou há quase um ano. A pergunta é: poderemos sair rápido da crise? Embora minha opinião soe desagradável, eu acho que não.

Desde o princípio da crise, os gover-nos dos países mais ricos do mundo, tanto a OCDE como o G-20, agenda-ram reuniões de chefes de Estado e ministros de Economia, com a ideia de coordenar esforços conjuntos para enfrentar a crise global. A razão disso é que todos entendem que a crise tem alcance mundial, independentemente de onde se tenha manifestado. Inva-riavelmente, nestes congressos os representantes de cada país falam com firmeza sobre a necessidade de adotar ações conjuntas e enfatizam na obrigatória cooperação entre go-vernos. Porém, apenas termina o con-gresso, cada governo toma suas pró-prias decisões e medidas de política econômica, abandonando totalmente o princípio da cooperação internacio-nal.

Os países estão empregando medi-das protecionistas que, ao invés de ajudar, podem e vão agravar a crise e a situação do cidadão comum. Um exemplo são as políticas do atual go-verno estadunidense, que desde sua posse parece estar empenhado em aplicar medidas protecionistas para, supostamente, favorecer as indústrias nacionais em detrimento das indús-trias de outros países, para o que se tem utilizado o slogan “Buy American” (compre o americano). Estas medidas protecionistas se vendem muito bem no plano político, e por isso têm sido sempre uma das ferramentas predile-tas dos governos populistas, mas no âmbito econômico só trazem mazelas e não benefícios, começando pelo fato de que com estas políticas se inibe a eficiência.

Em virtude da lei de vantagens com-parativas, o livre comércio internacio-nal favorece todos os participantes. Como consequência dessa lei, cada um se focaliza em produzir aquilo em que é mais competente e eficiente. O resultado é mais e melhores produ-tos, com preços mais baixos. Todos nos tornamos mais ricos desse modo, tanto produtores como consumidores – estes últimos ao terem um amplo leque de possibilidades a melhores preços.

No entanto, a lei de vantagens compa-rativas requer o livre comércio. No mo-mento em que cada governo começa a colocar-lhe restrições, o livre comér-cio se inibe e deixa de projetar seu máximo potencial. E é precisamente isso o que está acontecendo, com cada governo tomando agora medi-das para restringir as importações de certos bens.

O protecionismo econômico também está se manifestando de outra forma, que é a de perseguir a concorrência tributária entre países. Neste item os países mais ricos (OCDE e G-20) pa-recem estar se coordenando contra países com melhores sistemas impo-sitivos que não pertencem a seus se-letos grupos. A renovada guerra con-tra os países de baixa carga tributária, aos que chamam depreciativamente paraísos fiscais, é o resultado do des-espero que estão assistindo os gover-nos dos países ricos frente à súbita redução das arrecadações tributárias nacionais. E em vez de se adaptarem, reduzindo gastos estatais excessivos, o que fazem é matar o mensageiro.

A verdadeira solução para as finanças estatais em época de crise é apertar o cinto (reduzir o gasto público). E, além disso, reduzir impostos. Sim, mesmo parecendo irônico, reduzir impostos traz duas coisas muito positivas: em primeiro lugar, dá um novo fôlego às empresas e aos consumidores, que também estão passando dificulda-des com a crise, e em segundo lugar, se consegue estimular um pouco a economia através da oferta, pois os impostos altos são uma barreira aos negócios e ao reduzi-los, obviamente, se reduz a barreira e se beneficia o ambiente de negócios.

Infelizmente, os governos parecem estar padecendo de uma séria miopia que os está levando a tomar medidas que podem ser populares em seus países, mas que realmente prejudi-cam os seus próprios povos e o resto do mundo, ao inibir ainda mais o co-mércio mundial que já, em si, está so-frendo bastante por conta da crise. Se continuarmos por este rumo, por mais que me doa dizer isso, penso que a crise vai se agravar e durar mais que o necessário.

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ANIMAL POLÍTICO

20 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

[COLÔMBIA]A SOMBRA DE “MARTÍN SOM-BRA”A negativa da Suprema Corte de

Justiça da Colômbia de extraditar aos

Estados Unidos Eli Mendoza – conhe-

cido como “Martín Sombra” – proe-

minente carcereiro das FARC, sinaliza

que o Poder Judiciário colombiano

se sente forte o sufi ciente para lidar

com a situação dos guerrilheiros

capturados. Há pouco tempo, a

corte também negou a extradição de

outros dois insurgentes vinculados

ao sequestro dos norte-americanos

Keith Stansell, Marc Gonsalves e

Thomas Howes.

O caso do “Sombra”, de 56 anos, é

um verdadeiro “caso-testemunho”:

era encarregado de Ingrid Betancourt

e é acusado de tratos particularmen-

te degradantes.

O fato pode ajudar o governo do

presidente Uribe em seu plano de

recuperação real e simbólica de

soberania. A administração de Obama

não considerará o caso como motivo

de atrito relevante.

[PERU]VOLUNTARIS-MO OU ENTU-SIASMO?O presidente peruano Alan García

mostrou jogo de cintura e astúcia ao

apoiar a revogação dos decretos 1090

e 1064, que deram origem ao levanta-

mento indígena e o qual resultou na

morte de cerca de 30 a 40 policiais e

civis. Este triste episódio, em sintonia

com outros, parece mostrar que o

governo de García está muito mais

direcionado por impulsos volunta-

ristas do que por uma estratégia

consistente em temas de longo prazo.

O Peru – assim como Equador,

Colômbia, Venezuela e Bolívia –

necessita de uma estratégia coerente

e de longo prazo para usufruir e

preservar suas selvas amazônicas.

Uma na qual os indígenas sejam

sócios, e não adversários.

[LIBERDADE DE IMPRENSA]PERAS E MAÇÃSTratando-se da mídia, são tempos

revoltosos. Para os presidentes da

Venezuela, Equador e Bolívia, suas

estratégias de confronto direto e

ameaças de fechamento contra ve-

ículos de comunicação de oposição

tentam evitar que ultrapassem os

limites legais e caiam na sedição.

Segundo os diretores desses meios

(Globovisión, Teleamazonas e o diá-

rio La Prensa) e a oposição da cada

país, trata-se de uma política para

amedrontar e calar os críticos.

Os três casos são muito distintos.

Na Bolívia a imprensa crítica está

em boa situação, e no Equador

se trata de um processo mais

ruidoso e azedo do que perigoso. Na

Venezuela, entretanto, efetivamente

o projeto chavista tenta calar toda a

oposição relevante no médio prazo.

As brigas continuarão.

[MÉXICO]O “PEDÁGIO” DA REPUG-NÂNCIAEnquanto a guerra com o narcotráfi -

co continua ocupando as autorida-

des do México, a revelação de que

quase 10 mil cidadãos de outros

países foram sequestrados, extor-

quidos, roubados e torturados, em

sua passagem pelo país em busca

de morar ilegalmente nos EUA, terá

efeitos de longo prazo. O número é

assustador, já que inclui registros

de apenas seis meses, e abundam

assassinatos a sangue frio e

estupros. A maioria das vítimas são

hondurenhos (67%), salvadorenhos

(18%) e guatemaltecos (13%), mas

também há equatorianos, brasileiros

e até chilenos e peruanos.

Não é garantido que a cumplicidade

aberta de policiais neste “pedá-

gio” possa levar a atritos com os

governos de Honduras e El Salvador,

mas a imagem do México como país

no qual reina o crime continuará

crescendo.

[URUGUAI]CAMPANHA PRESIDENCIAL ACIRRADACom sua indicação praticamente

ganha, o candidato ofi cial José

“Pepe” Mujica não tem certeza

se enfrentará o ex-presidente Luis

AFP

O PERU DEVERÁ APRENDER A CONCILIAR DESENVOLVIMENTO COM DEMANDAS CIDADÃS ANTES QUE ESTAS EXPLODAM EM SUA CARA

Page 21: Nº 377 Edição Brasil

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Page 22: Nº 377 Edição Brasil

ANIMAL POLÍTICO

22 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

UM LINDO POSTAL DE UM BRASIL QUE ATUA GLOBALMENTE. MAS SÓ GESTOS NÃO BASTAM

Alberto “Cuqui” Lacalle ou o sena-

dor Jorge Larrañaga; embora tudo

pareça indicar que o primeiro será

seu concorrente. Se as eleições

fossem agora, a Frente Ampla

(de Mujica) teria 44% e o Partido

Nacional (Lacalle), 37%. Haveria

um segundo turno em novembro e

ambos seriam obrigados a seduzir

os eleitores do Partido Colorado

(8%) e os indecisos (10%).

Carismático e sagaz, Mujica tem

contra ele seu passado de guer-

rilheiro tupamaro nestes setores.

Astuto e desbocado, a pedra no

sapato de Lacalle é a crença

generalizada, aceita como fato, de

que ele enriqueceu ilicitamente

durante seu governo. O fi m está

aberto.

[CONE SUL]APRENDENDO COM A GRIPE A(H1N1)A expansão da gripe A(H1N1) no

Cone Sul não é uma surpresa;

lamentavelmente tampouco é o

fato de que os sistemas sanitários

da Argentina e do Chile tenham

mostrado escassez de recur-

sos, ainda no marco de poucos

contágios e virulência baixa. As

compras atrasadas de antivirais

e as políticas erráticas de fecha-

mento de escolas são um sinal

disso. Mas o pior é que ambos

os governos (iguais ao resto da

América Latina) não informaram

suas estratégias de aquisição da

vacina específi ca que está sendo

criada, algo feito pela maioria dos

países desenvolvidos.

Uma possível segunda onda de

contágio pelo vírus (no hemisfério

Sul) deve ser esperada e, para

neutralizá-la, é necessário asse-

gurar estoques da nova vacina. Ao

não fazê-lo, a região está à mercê

da caridade de companhias farma-

cêuticas que têm assegurado

que providenciarão recursos aos

países pobres.

[BRASIL]EMOÇÃO E PERIGO NAS GRANDES LI-GASLula visitou a cidade russa de

Ecaterimburgo em meados de junho

levando estampada na camisa a letra

“B”, da sigla Bric: bloco integrado

pelas economias emergentes Brasil,

Rússia, Índia e China. Mas sua men-

sagem havia sido transmitida alguns

dias antes pelo chanceler Celso

Amorim, em uma reunião acadêmica

pouco concorrida em Paris: “O G-8

acabou como grupo de decisão polí-

tica”. E acrescentou: “não sei como

será enterrado, embora às vezes um

enterro ocorra suavemente”. Quando

se trata de política, o clube agora

deve incluir Brasil, China e Rússia.

Há propostas de criar um grupo

decisório no qual os quatro Bricss

convivam com um só representante,

para lidar com União Europeia, Grã-

Bretanha, Japão e EUA.

O Bric teve sua origem em um

conceito publicitário para vender

fundos mútuos e papéis de mercados

emergentes. Embora Lula queira criar

um bloco político a partir destas si-

glas, a reunião na Rússia deixa claro

que não haverá conquistas concretas

no curto prazo.

[BRASIL]FUTURO DE-SASTRE OU FU-TURO ESPLEN-DOR?Há quem se oponha à chamada

“privatização” da Amazônia. Já quem

apoia diz que é sua salvação. O certo

é que a legalização e entrega de do-

mínio de uma superfície equivalente

ao tamanho da França, entre outras

medidas, será uma das decisões

de maior peso, no longo prazo, do

governo Lula. Com o respaldo do

ministro de Assuntos Estratégicos,

Roberto Mangabeira Unger, e a crítica

do ministro do Meio Ambiente Carlos

Minc esta é uma aposta forte. Seu

êxito – ou fracasso – será defi nido

nos detalhes e na implantação.

Se a legalização for transformada

em uma permissão de expansão

pecuária, o problema será agravado

de forma dramática. Se, em contra-

partida, emergir um novo modelo de

gerenciamento integrado da fl oresta

e da agricultura de diversas culturas,

o impacto será benéfi co.

AFP

Page 23: Nº 377 Edição Brasil
Page 24: Nº 377 Edição Brasil

SEGUINDO A PISTA

24 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

PUBLICAMOS: A companhia

mexicana de cimentos empreendeu o

maior processo de internacionalização

já realizado por uma companhia latino-

americana. Mas a Cemex tem vivido

um ciclo negativo principalmente

devido aos maus resultados registrados

nos Estados Unidos, na Espanha e na

Inglaterra – suas operações internacio-

nais mais importantes, mas também as

mais afetadas pela crise. (“Em busca do

Equilíbrio”, AméricaEconomia Nº 374,

abril, 2009)

O NOVO: Os maus resultados estão fazendo a mexicana perder terreno. Em junho, a suíça Holcim anunciou que compraria as operações australianas da Cemex por 2,02 bilhões de dólares aus-tralianos (US$ 1,64 bilhão), planejando um aumento de capital para fi nanciar a operação. Com isso, a Holcim, segunda maior fabricante de cimentos do mundo, terá acesso a mercados de rápido crescimento na Austrália; e a Cemex ganhará recursos que a ajudarão a refi nanciar US$ 14,5 bilhões em dívidas que vencem no fi nal de 2011 – US$ 4,1 bilhões este ano.

PUBLICAMOS: Mas os interesses de Gabrielli

vão além. Não apenas quer se transformar no

principal distribuidor e comercializador de

etanol no mundo. Também quer começar a

produzi-lo. “Estamos interessados na logística

e comercialização, mas estamos discutindo

como integrar o processo de produção”, afi r-

mou Gabrielli, conservadoramente. (“O ouro

verde da Petrobras”, AméricaEconomia Nº 338,

2 de abril, 2007)

O NOVO: Agora já não é mais discussão. O presidente executivo da Petrobras afi rmou em junho que a companhia buscará, além de novos

negócios, a compra de participações mino-ritárias em usinas de etanol. “Nossa posição provavelmente não será tentar o mercado de varejo, mas ser um player importante para expandir ao mercado internacional”, afi rmou. Segundo cálculos da estatal brasileira, em 2020 a gasolina representará apenas 17% do com-bustível usado em carros no Brasil. “Por isso, nossas cinco novas refi narias – que aumentarão a capacidade de refi no da empresa de 1,9 mi-lhão de barris/dia para 3,2 milhões de barris/dia – não produzirão gasolina, e sim diesel, GLP, combustível de avião e outros”, disse.

Soltando as garras

PUBLICAMOS: “A Mexichem tem desenvolvido uma estratégia que integra a operação vertical e

horizontalmente”, diz Luis Vallerino, analista de Accival-Citi, no México. “Um dos pontos positivos é

que isso a afasta dos riscos das commodities.” Esse plano é o que tem guiado as compras e a expansão

da companhia. (“Invisíveis e globais”, AméricaEconomia Nº 356, 1 de abril, 2008)

O NOVO: O grupo mexicano Mexichem anunciou recentemente que poderá iniciar a construção de uma fábrica petroquímica no Peru nos próximos dois anos, com investimentos de US$ 2 bilhões. O presidente do grupo, Antonio Del Valle, declarou que já começaram os estudos de viabilidade. Essa plan-ta concentraria a fabricação de insumos para a fabricação de plásticos, incluindo tubulações, e iniciaria operações em sete anos. Caso seja aprovado, o projeto contará com a associação de outras empresas, entre elas as mexicanas Idesa e Alfa e a brasileira Braskem.

PUBLICAMOS: Segundo projeções – conservadoras – da empresa SQM, a demanda mundial

de carbonato de lítio crescerá acima de 5% ao ano no período 2008-2018. Ainda que se trate de

reservas base – que ainda não foram bem-calculadas ou não foi defi nida sua viabilidade econômica

– a Bolívia e seu salar de Uyuni registram 5,4 milhões de toneladas, mas de qualidade inferior e, por

isso, mais caras de extrair. (“Os sauditas do sul”, AméricaEconomia Nº 373, 15 de março, 2009)

O NOVO: Mesmo com um panorama mais complexo do que no Chile e na Argentina, o governo de Evo Morales decidiu que irá produzir o carbonato de lítio sem parceiros. Freddy Beltrán, diretor geral de Mineração da Bolívia, afi rmou que o país quer produzir o insumo de forma soberana, ainda que tenha de buscar apoio fi nanceiro em um banco externo. Empresas japonesas e francesas manifes-taram interesse na exploração do lítio na Bolívia, mas Morales afi rmou só aceitar propostas para a industrialização do metal. Na Bolívia já está sendo construída uma fábrica piloto, que se espera estar pronta em 2010.

PUBLICAMOS: Tanto no Brasil quanto na Argentina os

problemas mais graves na malha aeroportuária têm sido de

recursos humanos e a demora dos governos em encontrar so-

luções. Por estar sob concessão privada desde 1998, Ezeiza

leva uma boa vantagem em relação a Guarulhos em reformas

e investimentos e, teoricamente, está preparado para atender

o fl uxo de 6 milhões de passageiros, equivalente a 85% da

demanda nacional. (“Quando sai meu vôo?”, AméricaEcono-

mia Nº 341, 21 de maio, 2007)

O NOVO: O ministro de Defesa brasileiro Nelson Jobim declarou em junho que o governo está considerando permitir que investidores estrangeiros apresentem ofertas para a cons-trução e administração de aeroportos no País como forma de mitigar o estancamento estrutural nessa indústria. Os modelos básicos para a concessão de quatro aeroportos – entre os quais Viracopos (Campinas) e o Galeão, no Rio de Janeiro –,estariam prontos em julho.

Sem parceiros

Atraso na decolagem

Passo atrás

Em crescimento

Page 25: Nº 377 Edição Brasil
Page 26: Nº 377 Edição Brasil

SEGUINDO A PISTA

26 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

PUBLICAMOS: Hoje, no Brasil, identifi ca-se que os

dois principais problemas da fl oresta são a ocupação ile-

gal de terras públicas e as linhas de crédito mais baratas

para a agropecuária. “Estas acabam se tornando dois

tipos de subsídio: um indireto – terras exploradas de

graça – e outro direto”, diz Paulo Barreto, pesquisador

do Imazon. (“Celeiro em risco”, AméricaEconomia Nº

373, 15 de março, 2009)

O NOVO: O combate à produção ilegal na Amazônia ganhou um novo reforço. As três maiores redes de supermercado do Brasil – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – decidiram suspender a compra de carne deri-vada de fazendas que foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará envolvidas no desmatamento da Floresta Amazônica. A medida deu trabalho até para o frigorífi co Bertin, que informou que continuará atendendo o Pão de Açúcar com carne proveniente de outros estados.

PUBLICAMOS: Uma das grandes

tacadas deste ano que fi zeram o mercado

aplaudir foi a negociação da Vale com

seus principais compradores, fi xando um

reajuste de 65% para o chamado minério

fi no. Os analistas fi caram ainda mais

otimistas quando, no fi nal do primeiro

semestre, a BHP Billiton e a Rio Tinto

conseguiram negociar índices ainda

maiores, de 80% e até 95%. (“A todo

vapor”, AméricaEconomia 361, 21 de

julho, 2008)

O NOVO: Em ano de crise, a negocia-ção é outra. Depois de Japão e Coreia, agora a Vale senta-se à mesa com as siderúrgicas chinesas – atualmente seu maior mercado – para rever os preços do minério de ferro... para baixo. Este ano a brasileira está mais cautelosa, esperando o resultado de suas rivais australianas, que em 2008 conseguiram contratos mais vantajosos. No caso da negociação com as japonesas, a Vale conseguiu um acor-do melhor que o da Rio Tinto, reduzindo o preço do minério fi no em 28,8% e o gra-nulado em 44,47%. Já os chineses, com maior poder de compra, pedem redução de até 50% nos preços para 2009.

PUBLICAMOS: Apesar de o Peru ser um dos poucos países que, segundo o

FMI, poderá crescer, também será um dos que experimentará a maior desace-

leração econômica, posto que o crescimento de seu PIB deverá cair 7 pontos

percentuais – em 2008 seu crescimento foi de 9,8% – e isso poderia refl etir-se

no surgimento de problemas sociais. (“Nem tudo o que brilha é ouro”, Améri-

caEconomia Nº 376, junho, 2009)

O NOVO: Em junho o governo peruano assumiu que em abril o país registrou a primeira queda da economia desde junho de 2001. A retração foi de 2,01% e deve-se sobretudo a setores vinculados à demanda interna. A manufatura, maior geradora de empregos, caiu 13,64%, e o setor de construção, que tinha se convertido no mais dinâmico dos últimos anos, contraiu-se 1,48%. Tal resultado fez com que o Banco Central peruano revisasse novamente sua estimativa de crescimento de 2009, para 3,3%.

Regateio

PUBLICAMOS: A concentração nas três grandes redes de supermercados ainda é relativamen-te limitada, o que abre a possibilidade de entrada de novos competidores internacionais, num mercado atrativo pelo grande potencial de crescimento. Com base em estimativas do Centro de Excelência em Varejo, Parente afi rma que a movimentação em vendas, apenas no segmento de alimentos, não é inferior a US$ 300 bilhões por ano no Brasil. “Com certeza há espaço para a en-trada de outros estrangeiros”. (“Acelerar o carrinho”, AméricaEconomia 366, 13 de outubro, 2008)

O NOVO: O Brasil fi cou na 8ª posição no ranking global de oportunidade de investimento para empresas de varejo e é o primeiro do mundo em atratividade no setor de vestuário, segundo pesquisa da consultoria A.T. Kearney. Celso Durazzo, diretor da consultoria, lembra que o estudo apurou que cerca de 20 cidades brasileiras têm mais de 1 milhão de habitantes, um ponto positivo para o País. Para Durazzo, é hora de as empresas estrangeiras de varejo inovarem quando investirem no Brasil. Além do vestuário, outras oportunidades no varejo do país são os setores de eletrodomésticos e de alimentos e bebidas.

Estrangeiros bem-vindos

Boicote verde

Descendo a ladeira

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Page 27: Nº 377 Edição Brasil

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Bienvenido a May’s zona libre

Page 28: Nº 377 Edição Brasil

MOVIMENTOS

28 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Acrise fi nanceira internacional afetou os bolsos de milhões de pessoas, e

os grandes magnatas latino-americanos não são exceção. A queda nos preços dos ativos, a volatilidade nos tipos de câmbio e a piora no clima de negócios no mundo os fez perder conjuntamente dezenas de bilhões de dólares. Entre os mais afeta-dos está o magnata mexicano Carlos Slim, que viu seu patrimônio líquido cair mais de US$ 25 bilhões, embora ainda seja um dos três mais ricos do mundo. Outros que

Os ricostambém choram

2008 2009

Carlos Slim US$60.000 US$35.000Eike Batista US$ 6.600 US$ 7.500Joseph Safra US$ 8.800 US$ 7.000Antonio Ermírio de Moraes US$ 10.000 US$ 2.800Iris Fontbona US$ 10.000 US$ 6.000Alberto Bailleres US$ 9.800 US$ 5.700Eliodoro Matte US$ 7.900 US$ 5.900Jorge Paulo Lemann US$ 5.800 US$ 5.300

Carlos Slim perdeu US$ 25 bilhões de sua fortuna

Antonio María Delgado / Miami

Eike Batista

Eliodoro Matte Iris FontbonaCarlos Slim

Antonio Ermírio de Moraes

perderam são os brasileiros Joseph Safra e Antonio Ermírio de Moraes, além da chilena Iris Fontbona. Mas nem todos vi-ram suas contas bancárias minguar. Eike Batista elevou seu patrimônio em quase US$ 1 bilhão, o que não apenas consolida sua posição como o homem mais rico do Brasil, mas também o torna um dos pou-cos magnatas que conseguiu resguardar sua fortuna durante os últimos meses.

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Fortuna à provaPatrimônio dos magnatas latino-americanos, em milhões

FONTE: AméricaEconomia

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Page 30: Nº 377 Edição Brasil

MOVIMENTOS

30 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Xô, infl uenza!

Se você estava avaliando transferir sua fábrica para a Ásia para economizar, pense novamente. A China já não é a Meca da mão-de-obra barata. Na ver-

dade, o México seria o país com menor valor de manufatura de componentes de baixo custo (low cost components, ou LCC), seguido pela Índia, de acordo com um estudo da consultoria AlixPartners. Esse estudo levou em conta uma cesta de componentes manufaturados, como pequenos motores, molduras e autopeças, e comparou o custo de produzi-los na China, Índia, Brasil e México, para depois analisar os dados frente ao custo nos Estados Unidos. Também levou em con-sideração variações nos últimos três anos de custos de trabalho, gastos gerais, tipos de câmbio, preços de transporte e de matérias-primas. Agora, o custo de produzir na china é apenas 6% inferior ao dos EUA. A consultoria prevê que os custos na China voltarão a cair na segunda metade do ano, à medida que o yuan se fortalecer e que baratear o transporte, mas não o sufi ciente para tirar o México do primeiro lugar ou a Índia do segundo.

Ainfl uenza A (H1N1) afetou o México de diferentes maneiras, mas uma delas

demonstrou que não é preciso ir ao escri-tório para trabalhar. Tradicionalmente, as empresas preferem ver seus funcionários em escritórios para assegurar que não percam tempo, mas a emergência sanitária inverteu a tendên-cia: as companhias recomendavam ou obrigavam seus funcionários a fi car em casa para reduzir o risco de contágio. No processo, muitas descobriram as vantagens do trabalho a distância, diz Francisco Pinto, vice-presidente para a América Latina da empresa de soluções de TI SonicWall, que garante que este é apenas o começo. “As

dos usuários de Internet es-tão na América Latina, segun-do a Everis

Lisia González / Cidade do México

Soledad Gómez / Santiago

infraestruturas urbanas não estão prepa-radas para o crescimento da população economicamente ativa, o aumento do trânsito e a falta de eletricidade fazem com que o trabalho remoto tenha que

ser parte do futuro das companhias”. Esta modalidade de trabalho promete grandes economias no longo prazo para

as empresas, mas exige certo custo inicial, já que elas devem fornecer ou garantir que seus funcionários tenham as ferramentas necessárias (como laptops, software, smar-tphones, acesso a internet) para cumprir suas funções.

Eduardo Thomson / Santiago

México low cost

Crescimento on-lineFinalmente a América Latina chegou

aos dois dígitos no mundo da internet. O continente já concentra 10% dos usuários da rede em nível mundial, segundo um estudo da consultoria Everis. Mas ainda há muito a crescer, comenta Marcos Vásquez, gerente de TI da empresa. “A América Latina tem 314 usuários de internet para cada mil habitantes, enquanto os EUA têm 751 usuários para cada mil habitantes”. Segundo o estudo, a região concentra 159 milhões de usuários, 76,2 milhões deles no Brasil. O país não apenas é o líder regional, mas também do mundo, em número de usuários. “A projeção é que passe dos 391 usuários de internet para cada mil habitantes em 2008, a 425 usu-ários em 2010, o que signifi cará um crescimento anual de 8,6%”, assegura Vásquez. O Brasil é seguido por Chile (345 para cada mil habitantes), Peru (330), Colômbia (323), Uruguai (322) e Argentina (304).

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dos usuários de Internet es-

gg{ {Trabalho a distância: legado da gripe

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MOVIMENTOS

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 31

A sondagem da SondaOs banqueiros de investimentos

fazem fi la para lhe oferecer em-presas de toda a região. E foi com os bons resultados de suas aquisições no México, Brasil e Colômbia que a chilena Sonda se tornou a opção lógica para quem quer vender um empreendimento de TI. A empresa fechou 2008 com vendas de US$ 671 milhões e um Ebitda de US$ 115 milhões, altas de 46,3% e 38%, respectivamente, consolidando-se como a maior empresa de origem latino-americana no setor de TI (hoje tem presença direta em sete países da América do Sul, além de México e Costa Rica). Em 2009 a alta se man-tém. No primeiro trimestre, registrou aumento de 6,6% nas vendas e de US$ 90 milhões em caixa. “Especial-mente importante tem sido nosso de-

foi a alta das vendas da Sonda em 2008

Felipe Aldunate M. / Santiago

Sergio Spagnuolo / São PauloSolange Monteiro / São Paulo

sempenho no Brasil”, diz Raúl Vejar, gerente geral da Sonda. “Daí vem a metade dos contratos que fechamos em 2008.” Novas aquisições? Vejar diz que poderiam chegar através das oportunidades que eles mesmos buscam em meio a tantas ofertas. “O mais provável é que será em um país no qual queremos fortalecer ainda mais nossa presença.”

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foi a alta das vendas da

pFelipe Aldunate M. / gSantiago

Sob a lupa

Há pouco tempo, a empresa de TI Stefanini divulgou que tinha R$

50 milhões para sair às compras. A crise nublou seus planos, mas agora Marco Stefanini, presidente da com-panhia, diz que está mais perto de ba-ter o martelo. “Já estamos avançados nos EUA; mas também buscamos uma empresa média na América Latina”, afi rma. Os destinos de preferência são México, Colômbia e Argentina. “Não é difícil encontrar candidatos; o problema é identifi car os que valem a pena em meio à atual situação”, diz – já que, no setor de serviços, mais do que ativos fi xos, compram-se carteiras de clientes. A atenção do empresário está voltada a candida-tas com menos de 30% das vendas concentradas em um só cliente, com maior parte da receita recorrente (ou seja, de serviços de manutenção, que implica um contrato de mais longo prazo); e com operação em mais de um país da região. O objetivo da Stefanini é acelerar o processo de internacionalização da empresa para, em três anos, ter mais de 50% de suas vendas vindas do exterior – em 2008, esse percentual foi de 22%.

De boca abertaAs empresas brasileiras querem o sorriso

de seus vizinhos latino-americanos. Isso porque os planos odontológicos do país avaliam a possibilidade de expandir-se na região. Armando Rodrigues Filho, diretor-executivo da Dentalpar, por exemplo, afi rma que o foco é a Argen-tina por ser “um mercado com muitas semelhanças com o brasileiro”. Para Luis Enrique Bernal Camacho, gerente de Odontologia da Colsanitas, na Colômbia, “formar alianças com parceiros brasileiros na região seria conveniente”, diz, acres-centando que o know-how das empresas do Brasil associado ao conhecimento de mercado dos planos locais geraria boas sinergias. É o que fez a Odontoprev no México, onde possui uma joint venture– na qual detém 40% – com o Grupo Iké. A empresa, que abriu seu capital em 2006 e já fez sete aquisições diz que, se a oportunidade surgir, continuará apostan-do em parcerias. “Mas, basicamente, não há alvos de compra lá fora”, garante José Roberto Pacheco, diretor de relações com investidores da companhia.

Vejar: sério na foto, mas feliz com os resultados

Rodrigues, da Dentalpar:foco na Argentina

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MOVIMENTOS

32 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Oemprego tem sido um dos setores mexicanos mais afetados pela

crise. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Geografi a (Inegi), 12,1 milhões de pessoas ganhavam a vida na economia informal no primeiro trimestre deste ano, o que representa 28,2% da popula-ção ocupada e um aumento de quase um ponto per-centual frente ao mesmo período do ano passado. Con-tudo, alguns especialistas acreditam que o número, na realidade, seja muito maior. “Só de vendedores ambulantes na Cidade do México é dito ofi cial-mente que há 250 mil pessoas, mas

estes são os que estão trabalhando fi xo. A maioria se move”, diz Sandra Alarcón, acadêmica da Universidade Iberoamericana. “Eu calculo que há um milhão”. Além disso, a globalização tem expandido a contratação de em-prego fl exível, com contratos parciais

e sem prestações, o que é consi-derado pelas autoridades como emprego formal,

mas que para Sandra é simplesmente outra modalidade de informalidade. “As cifras são um engano a respeito da realidade”, conclui.

Opagamento de bônus aos executivos fi cou irremediavelmente associado

aos problemas da AIG e das companhias resgatadas pelo governo dos EUA. Mas também na América Latina as compa-nhias estão revisando suas políticas de incentivos, diz Martín Perdomo, consul-tor da Mercer. Não apenas porque têm menos recursos, e sim porque querem saber se seus incentivos impactam em seus resultados. Para os de curto prazo, há uma solução rápida. “Quando tudo ia bem, as avaliações de desempenhos eram iguais”, explica Perdomo. “Agora não”. E isso facilita a distribuição de incentivos. Mas, além disso, há um tema de transparência que as empresas come-çaram a acolher por pressão do público e dos acionistas. “Estamos assessorando empresas internacionais que estão na região para ver como comunicam suas políticas de compensações”, diz o executivo. Algo que as companhias latino-americanas eventualmente incorporarão.

Bônusna mira

Questão de critério

{ {Informalidade no México: mal de crise

é em até quanto poderá aumentar o preço dos note-books na Argentina

Soledad Gómez / SantiagoPerdomo: novos incentivos

2008: menos trabalho

MIG

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éppb

Zona franca do fi m do mundoAs medidas do governo argentino

não deixam de agitar as águas. Foi enviado ao Congresso um projeto de lei para oferecer monitores, celulares e notebooks com 17% de impostos internos além do IVA, elevando a taxa em 21%. Isto se não forem produzidos na Tierra del Fuego. O pretexto? Que os setores de maior poder aquisitivo contribuam para fomentar o desen-volvimento da província mais austral. Segundo um estudo da Universidade de San Andrés, a medida provocaria um aumento nos preços de até 37% para os notebooks e aumentaria a lacuna digital. Os setores informático e comercial deram um grito. Mas nem todos protestam contra a medida. “Isso é apenas uma forma de equiparar o regime brasileiro”, diz Diego Teubal, diretor da BGH, uma das potenciais benefi ciárias e que tem licença da Mo-torola. “O único apocalipse é para os importadores: os LCD custarão o mes-mo, para os celulares os preços são fi xados pelas empresas de telecom, e os notebooks vão ter um aumento de 0% a 4%, antes de deduzir o IVA”.

Juan Pablo Dalmasso / Buenos Aires

Arly Faundes B. / Cidade do México

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MOVIMENTOS

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 33

Degustadores mãos de tesoura Sabe-se: tomar vinho é uma deleitável

experiência. Mas – verdade seja dita – a maior parte das pessoas não bebe por isso, e sim para desfrutar de outras experiências: uma conversa, um momento romântico ou... cortar seres vivos com grandes tesouras. Cortar seres vivos? Bom, esta é uma defi nição dura, mas correta, do que também é chamado de poda. Prática perfeitamente legítima se quem a sofre não tem cérebro. “É uma atividadeque desenvolvemos de 15 de junho a 15 de agosto, na fazenda Maipú, 40 km ao sudeste de Mendoza (Argentina)”, explica Sebastián Alén Guichón, porta-voz da Adega Família Zuccardi, sobre o “Venha podar”, programa de um dia no qual os participantes são orientados por um es-pecialista sobre as particularidades desta

Adegas argentinas ensinam a podar

tarefa vital aos vinhedos. A atividade é parte da estratégia de ecoturismo da subsidiária Viñas Santa Julia, que inclui 50 mil visitas anuais ao “Venha colher”, ao “Venha cozinhar”, ao “Venha voar” e ao

“Bike and tasting”. Ganhar dinheiro com tanto “venha”? “Quando a Santa Julia foi criada, em 2002, a ideia era que fosse autossustentável aos três anos. Consegui-mos isso em seis meses”.

Pares dísparesCristina de Kirchner disse em

junho que a Argentina sofre uma “invasão de produtos brasileiros” e que as empresas locais deveriam ser protegidas. A queixa conduziu à ado-ção de vários acordos de redução de exportações brasileiras no segundo semestre, como no setor moveleiro (-35%). Mas, ao invés de benefi ciar a Argentina, as medidas estão favore-cendo produtos chineses. Enquanto as exportações de calçados brasileiros caíram 36,4% no primeiro trimestre, as compras argentinas de calçados da China cresceram 28,4%. No setor farmacêutico, o Brasil teve uma contra-ção de 22,9%, enquanto os chineses venderam 63,2% mais. E em papel e editorial, as vendas brasileiras caíram 30% frente a um aumento de 60,1% dos chineses. Para Christian Lohbauer, ex-diretor de Comércio Internacional da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), a situação é “absurda”. “Se não há integração, que cada um vá para seu lado”, afi rma.

Louise Goeser

cresceram as exportações de calçados chineses à Argentina

sLouise K. Goeser foi nomeada ofi cialmente presidente e diretora-geral da Siemens Mesoamérica, a unidade do Grupo Siemens a cargo de México, América Central e Caribe. Antes, Louise trabalhou como pre-sidente da Ford México, de janeiro de 2005 a novembro de 2008.

sA Websense, empresa de segurança em internet, mensagem eletrônica e informação, indicou Lukas Alarcón González como engenheiro executivo de

vendas para o Cone Sul. Alarcón será responsável por dar apoio técnico aos distribuidores locais no Chile, Argentina, Uruguai e Peru.

sA British Telecommunica-tions (BT) anunciou Jacinto Cavestany como novo vice-presidente da empresa para a América Latina e Sérgio Paulo Gallindo como novo diretor geral para o Brasil. Cavestany acumula o posto com a direção geral da BT para a Espanha e Portugal. sA empresa argentina

sHuddle Group, especiali-zada em desenvolvimento de software sob medida e consultoria, nomeou Gusta-vo Pais para a gerência co-mercial. O executivo deverá desenvolver uma estratégia comercial tanto na Argenti-na como na região.

sA EMC Corporation, em-presa de infraestrutura de informação, apontou Mar-celo Fandiño como gerente regional da EMC no Cone Sul. Ele era gerente regional de soluções de tecnologia da EMC antes disso.

Rodrigo Lara / Buenos Aires Solange Monteiro / Santiago

cresceram as exportações de

ai em

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MOVIMENTOS

34 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Arelação entre consumo e empre-sas frequentemente é uma fórmula

simples. Quanto mais há do primeiro, mais ganham as segundas. Mas o caso da GE na América Latina é diferente. O conglomerado aposta em aumentar consideravelmente seus lucros aju-dando a região a reduzir o consumo de energia. Michael Petras, presidente e diretor-executivo da GE Consumer & Industrial, diz que cada vez é maior o interesse dos latino-americanos em economizar eletricidade, graças, em parte, a programas governamentais que incentivam a conservação. E a tendência está se refl etindo em um au-mento das vendas de produtos dese-

nhados especialmente para consumir menos, como lâmpadas fl uorescentes e eletrodomésticos inteligentes. As operações do conglomerado na região cresceram mais de 28% em 2008, a US$ 8 bilhões e, apesar da crise, isso é só o começo. “Temos um plano: elevar o faturamento a US$ 12 bilhões em 2012, e grande parte disso tem a ver com os esforços da região de se tornar mais verde”, diz Petras.

Risco portátil

Nem sempre quem ocupa o cargo mais elevado em uma corporação lida no

dia-a-dia com as informações mais valiosas. E isto se refl ete no custo para a empresa da perda ou do roubo de computadores de seus

{ {Perder um laptop custa US$ 49.246

executivos. É o que indica o estudo enco-mendado pela Intel ao Instituto Ponemon. Apesar de o prejuízo ser de US$ 49.246, em média – em substituição, detecção, ciência forense, brecha de dados, perda de proprie-dade intelectual, de produtividade, despesas jurídicas, regulatórias e de consultoria –, o valor é puxado para cima justamente por notebooks de executivos que ocupam cargos de diretoria ou gerência. O notebook de um CEO está avaliado em US$ 28.449, enquanto o de um diretor ou gerente vale US$ 60.781 e US$ 61.040, respectivamente. Segundo Edson Francisco Gimenes Rodrigues, especialista em soluções coorporativas da Intel, isso se deve ao fato de os CEOs terem como

Enquanto a Corte Suprema dos Estados Unidos rechaçava pela

segunda vez o casamento entre homossexuais, no Chile o debate se avivava. O candidato presidencial ofi cial Eduardo Frei anunciava que “es-taria disposto a debater” a legalização de um tipo de união civil para pares do mesmo sexo. E o fato de que o tema seja implantado em um dos países mais conservadores da região é visto como um grande avanço pelas orga-nizações de direitos de homossexuais. Em outras partes da América Latina, o tema está mais avançado. A Colômbia é o país mais adiantado em direitos para casais do mesmo sexo, segundo um relatório da Comissão Internacio-nal dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas. O Uruguai tem uma lei de união concubinária para todos os pares de qualquer sexo que estejam há mais de cinco anos vivendo juntos, enquanto a província de Rio Negro e a Cidade de Buenos Aires têm leis de união civil que não fazem distinção por sexo. Em troca, a Guiana é o único país sul-americano no qual a homos-sexualidade ainda é ilegal.

Avanço Gay

é quanto as operações da GE na América Latina cresceram

Menosé mais

Antonio María Delgado / Miami

Dubes Sônego / São PauloEduardo Thomson / Santiago

atribuição principal identifi car tendências de mercado e defi nir rumos estratégicos, sem a necessidade de acesso ao mesmo nível de detalhes que quem coordena as operações no dia-a-dia em determinada área geográ-fi ca ou segmento de mercado. A velocidade de notifi cação da perda ou do roubo e o uso de tecnologias de proteção de dados, como a criptografi a, porém, podem reduzir sensivel-mente os prejuízos, segundo o estudo.

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Petras: consumo verde

é quanto as operações da GE

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JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 35

MUNDOS PARALELOSPara a Pdvsa, tudo vai de vento em popa. Para seus adversários, o navio faz água. E a verdade jaz em algum ponto submerso entre esses dois extremos Antonio María Delgado, Miami

PETRÓLEO NEGÓCIOS

CETICISMO:Especialistas duvidam que a Pdvsa

encontre um tesouro no fi nal do arco-íris

AFP

APetróleos de Vene-

zuela (Pdvsa) vive seu

melhor momento. Os

ainda altos preços do

petróleo, o plano de expan-

são da empresa e os esforços

para reduzir sua dívida estão

cimentando a posição da es-

tatal venezuelana como uma

das maiores potências dentro

dessa rentável indústria.

Um minuto. Não se trata

do melhor. A Pdvsa passa por

seu pior momento: a empresa

não apenas mente sobre sua

gestão como está destruindo

sua capacidade de produção,

causando a ela danos que

poderão levar muitos anos

para serem reparados. Ou

que podem ser irreparáveis.

Tudo depende de em quem

se quer acreditar. Numa guer-

ra ideológica como a que a

Venezuela está submersa, a

primeira vítima costuma ser

a verdade. E o que realmen-

te acontece na Petróleos de

Venezuela não parece ser

exceção.

Oficialmente, as vendas

da Pdvsa aumentaram 31%

em 2008, para US$ 126,4

bilhões, montante suficiente

para superar Pemex e Petro-

bras e retomar o primeiro

lugar dentro do ranking das

500 Maiores Empresas da

América Latina. O lucro da

companhia aumentou 50%,

para US$ 9,4 bilhões, e a

capacidade de produção do

país encontra-se acima dos

3,2 milhões de barris diários

(bpd).

Mas os críticos da em-

presa, grupo que inclui es-

pecialistas internacionais e

alguns de seus ex-executivos

mais capacitados – muito

dispostos a falar – afirmam

que a produção da empresa

é muito menor.

Page 36: Nº 377 Edição Brasil

36 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

AS VENDAS DA PDVSA AUMENTARAM, OFICIALMENTE

FONTE: SITE PDVSA

MONTANHA RUSSA CHAVISTACotação do petróleo venezuelano - dólares/barril

Jan. 08 80,1

Fev. 08 80,0

Mar. 08 95,1

Abr. 08 88,4

Mai. 08 109,7

Jun. 08 117,4

Jul. 08 129,5

Ago. 08 107,1

Set. 08 93,5

Out. 08 63,5

Nov. 08 44,9

Dez. 08 31,6

Jan. 09 37,8

Fev. 09 39,6

Mar. 09 43,0

Abr. 09 44,7

Mai. 09 52,2

NEGÓCIOS PETRÓLEO

Quando a imprensa busca

pesquisar dados da Pdvsa, ba-

te de frente com uma nuvem

impenetrável. Os esforços de

AméricaEconomia para falar

com um porta-voz da empresa

não foram frutíferos. Mem-

bros da empresa de auditoria

Alcaraz Cabrera Vázquez,

representante da KPMG na

Venezuela e encarregada de

auditar as cifras da Pdvsa, não

quiseram fazer comentários

alegando confidencialidade

em sua relação com o cliente.

Outro fato relevante é que

em 2006 a Pdvsa deixou de

enviar seus dados à SEC dos

Estados Unidos.

“Não conheço ninguém,

incluindo os membros da

Opep, que esteja de acor-

do com esses números de

produção”, diz Christopher

Sabatini, diretor de Política

do Conselho das Américas,

em Nova York. “Esse nú-

mero (3,2 milhões de barris

diários) não foi confirmado

por nenhuma fonte indepen-

dente e até seus aliados mais

próximos dentro da Opep não

consideram verdadeiros tais

números de produção divul-

gados pela Pdvsa”.

As projeções mais próxi-

mas aos dados fornecidos pela

Pdvsa colocam a produção do

país em um nível máximo de

2,7 milhões de bpd, enquanto

a maior parte dos prognósti-

cos obtidos para a elaboração

desta matéria colocam esse

nível dentro de uma estreita

margem dos 2,25 milhões de

bpd a 2,45 milhões de bpd. Sob

esses cálculos, e levando em

conta o preço médio de 2008

anunciado pela empresa, de

US$ 86,49 o barril, o valor do

petróleo extraído pela empresa

estaria entre US$ 71,1 bilhões

e US$ 85,2 bilhões.

A esse valor seria preciso

somar a receita derivada de

atividades de refino, e des-

contar a produção dirigida

ao consumo nacional, equi-

valente a mais de 400 mil

barris diários. Também seria

preciso descontar o subsídio

que a Venezuela concede a

outras nações através de sua

política da petro-diplomacia,

incluindo Cuba (aporte estima-

do em 92 mil barris diários)

e os 120 mil da Petrocaribe.

Com base em uma produção

de 3,2 milhões diários, o valor

do petróleo extraído somaria

US$ 101 bilhões.

A pouca transparência da

Pdvsa se deveria ao uso que o

governo de Hugo Chávez faz

da companhia. “Está usando

a petrolífera como caixa 2.

Esse dinheiro já não é admi-

nistrado pela empresa como

acontecia antes. Ele agora vai

parar em diferentes ‘missões’

que o governo mantém para

realizar seus gastos dentro

e fora do país, sem controle

e sem que tenha que prestar

contas a ninguém”, diz Pedro

Mantellini, ex-assessor da

presidência da Pdvsa.

As autoridades do gover-

no venezuelano contam uma

versão muito diferente. O mi-

nistro de Energia e Petróleo,

Rafael Ramírez, que também

é o presidente da Pdvsa, disse

em reiteradas ocasiões que o

plano “Siembra Petrolera”,

que contempla investimentos

de dezenas de bilhões de dó-

lares para ampliar a produção

do país, começa a dar frutos.

“A Pdvsa está entre as quatro

empresas de petróleo mais im-

portantes no mundo”, afirmou

Ramírez em uma coletiva de

imprensa realizada no começo

de junho. A atual fortaleza da

empresa “é produto de dois

fatores: o desenvolvimento

do plano de investimentos e

o processo de nacionalização

da Faixa petrolífera do Ori-

noco que se completou no

ano passado”.

Esse processo contemplou

a eliminação dos diversos ar-

ranjos que a Pdvsa mantinha

com várias transnacionais para

a extração do pesado betume

de petróleo da Faixa, que

deve ser processado antes de

vendido. A empresa também

endureceu os termos das ope-

rações conjuntas em outros

projetos, medida que classi-

ficou como necessária já que,

segundo o ministro, os acordos

foram criados sob condições

injustas para o fisco. “Menos

mal que aqui existe uma re-

volução”, disse recentemente

Ramírez, em uma entrevista

para uma rádio local. “Aqui

tinham fixado um royalty de

1% quando a taxa normal

era 16,6%; tinham fixado o

Imposto de Renda em 34%,

quando a taxa do petróleo era

de 50%, e tinham realizado

um conjunto de negócios que

tiravam o manejo soberano de

nosso petróleo e o levavam

às transnacionais.”

Esse tipo de negociação

teria permitido colocar um

ponto final no processo de

“descapitalização” ao qual a

empresa tinha sido submetida

entre 1987 e 2003. “Do ano

de 1999, quando o patrimônio

era de US$ 23,72 bilhões, a

levamos a US$ 71,51 bilhões.

Praticamente duplicamos o

patrimônio da Pdvsa”, disse

o ministro ao anunciar os úl-

timos resultados financeiros

da empresa.

Mas os ex-executivos da

petrolífera questionam a vali-

dez desse tipo de declaração.

Para eles, a grande perda de

talentos sofrida pela empresa

a partir da greve petrolífera de

2002, a decisão do governo

de desviar os fundos que tra-

dicionalmente estavam sendo

usados nas necessárias obras

de exploração e produção e

as expropriações estão soca-

vando ainda mais as bases da

companhia.

Horacio Medina, ex-geren-

Page 37: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 37

te de convênios operacionais

de exploração e produção da

Pdvsa, diz que não há evidên-

cia de que a empresa esteja

investindo bilhões de dólares

para ampliar sua produção.

“Investidores dessa magnitude

são difíceis de ocultar”, afirma.

“Não há investimentos em ex-

ploração, nem em poços. E não

se pode garantir a descoberta

de petróleo se a companhia

tem 40 perfuradoras a menos

do que deveria ter.”

Para quem busca avaliar a

quantidade de petróleo que a

Venezuela realmente produz, a

questão das máquinas de per-

furação e reparo é de especial

importância, já que são uma

espécie de pistola fumegante

que revela o grau de atividade

da indústria. Esses equipamen-

tos, cuja existência no mundo

é limitada, são essenciais para

combater o natural declínio da

produção petrolífera.

“Todos os anos, tínhamos

que repor entre 600 mil e 700

mil barris para nos manter

dentro dos mesmos níveis do

ano anterior”, diz Medina,

em referência ao nível de

produção de 3,25 milhões de

barris diários que a companhia

mantinha no início da década.

“Para fazê-lo, era necessário

ter 122 perfuradoras com mesa

rotatória capazes de perfurar e

reparar poços, realizar inves-

timentos em injeção de águas

e novas perfurações e reparos.

Hoje, segundo a própria Pdvsa,

a companhia conta com 84

desses equipamentos.”

Medina acrescenta que um

conjunto de 84 máquinas é

consistente com um nível de

produção da ordem de 2,5 mi-

lhões de bpd, mas não dos 3,2

milhões que o governo garante

produzir. Outra prova desse

declive na produção reside

na quantidade de poços ina-

tivos divulgados pela própria

empresa. Em 2002, haviam

13 mil poços inativos. No

último relatório lançado pelo

Ministério, o número de poços

inativos tinha aumentado para

mais de 20 mil.

Mantellini, o ex-assessor

da presidência da empresa,

diz que, apesar dos reitera-

dos anúncios do governo de

que a Pdvsa está investindo

constantemente em ampliar

sua produção – o último

deles contempla US$ 13

bilhões para investir este

ano –, na verdade é pouco o

que a empresa está fazendo

para combater esse declínio.

“Todo o dinheiro está sendo

usado pelo setor político.

Quando um poço se danifi-

ca, porque não há recursos

para executar a operação de

manutenção ou recuperação

deste, a empresa está optando

por deixá-lo assim. por isso a

produção e a capacidade de

refino caem.”

Mas que equipamentos,

porém, o verdadeiro dano

para a companhia é a fuga de

talentos. “Houve uma perda

massiva de capital humano”,

diz Ramón Espinaza, ex-

economista chefe da Pdvsa.

“Foram-se dois terços do

pessoal profissional, técnico e

dos gerentes, e que não foram

substituídos na área. A Pdvsa

cresceu, mas em segmentos

que não tem nada a ver com a

produção e o processamento

de petróleo.”

Segundo Espinaza, grande

parte da oferta da empresa

provém atualmente das insta-

lações que foram construídas

no país pelas transnacionais

através das associações estra-

tégicas e que foram expropria-

das em maio de 2007. “Se se

exclui essa produção, então

vemos que a produção própria

da Pdvsa ronda em torno de

1,5 milhão de bpd, que é o

que realmente teria que se

comparar com os 3,6 milhões

de bpd que se produziam em

1998”, afirma.

E a capacidade de produção

não poderia ser reduzida ain-

da mais como consequência

da recente expropriação das

empresas de serviços petro-

líferos. “O resultado disso

será uma queda na produção

tradicional de petróleo”, diz

Jorge Piñón, ex-presidente

da Amoco Oil da América

Latina. “Grande parte da atual

produção da Pdvsa provém da

área do Lago de Maracaibo,

que consiste em poços mui-

to velhos que requerem um

alto nível de manutenção e

de trabalho que, se não for

realizado de forma adequada,

pode conduzir à perda dessa

produção.”

A Pdvsa também enfrenta

uma redução da produção dos

estados orientais de Monagas

e Anzoátegui, como resultado

da expropriação das operações

da norte-americana Williams

Cos, que se encarregava da de-

licada tarefa de injetar água e

gás para manter intactos os 400

mil barris diários provenientes

dessa zona. Medina destaca que

essa tarefa é muito complexa,

requer tecnologia de ponta, e

teria sido um desafio para a

Pdvsa até quando estava em

seu melhor momento.

“Temo – e digo isso com

muito pesar pelo impacto

que teria – que em poucos

meses vamos ver uma perda

considerável na capacidade

de produção do país.”, diz

Medina. “E, o que é pior, na

possibilidade de eventualmente

resgatar esses campos, porque

o tipo de dano provocado po-

de ser irreparável e fazer com

que parte desses depósitos se

percam para sempre.”

AFP

BILHÕES DE DÓLARES É A CIFRA DE INVESTIMENTOS DA PDVSA PARA 2009.

Page 38: Nº 377 Edição Brasil

38 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Cena um, setembro de

2008: o presidente Luiz

Inácio Lula da Silva,

macacão alaranjado,

capacete de segurança branco,

marcado pelo logo da Petrobras,

mostra as mãos sujas com o

primeiro petróleo extraído da

camada pré-sal. Ao fundo,

José Sergio Gabrielli, outro

presidente, o da estatal, sorri

e imita o gesto. Figurino idên-

tico, no limite da barba. “É o

passaporte para o futuro”. O

pré-sal, descoberto no governo

Lula, abre caminho para que o

Brasil “acabe com a pobreza”,

“resgate a dívida educacional”,

e torne-se um dos maiores pro-

dutores mundiais de petróleo,

repercutem os jornais. Cena

dois, maio de 2009: depois de

intensas manobras políticas,

na manhã do dia 15, é lido no

Senado o requerimento para

a instalação da CPI da Petro-

bras, criada por solicitação do

senador Alvaro Dias, do PSDB,

um dos líderes da oposição ao

governo. O objetivo: investigar

denúncias de irregularidades

na Petrobras e na Agência

Nacional de Petróleo (ANP),

que estariam sendo usadas em

esquemas de superfaturamento

e direcionamento de verbas a

aliados do governo.

Ainda falta um ano para que

as candidaturas à presidência

do Brasil para as eleições de

2010 sejam oficializadas. Mas,

diante dos altos índices de apro-

vação do governo Lula junto à

população e da possibilidade

de que faça um sucessor, a

oposição resolveu antecipar o

debate político. E pode sobrar

para a Petrobras, que desde a

abertura do mercado de pe-

tróleo, no final da década de

1990, se preocupa em cultivar

uma imagem de independência

e profissionalismo. Mas que,

recentemente, tem sido usada

por Lula também como plata-

forma para discursos de tônica

desenvolvimentista.

“Por mais que a Petrobras

tenha evoluído em compe-

titividade, desde a abertura

do setor, nunca deixou de ser

uma estatal. O mercado nunca

deixou de levar isso em conta.

Porém, quando começar a CPI,

pode haver certa aversão a

risco”, afirma Mônica Araújo,

estrategistas da Ativa Corretora.

Segundo ela, é pouco prová-

vel que o preço dos papéis

da companhia caia por causa

da CPI no Senado. Mas, “no

curto prazo, o desempenho

das ações da companhia po-

derá ficar abaixo do potencial,

mesmo com uma melhora no

mercado de petróleo, como se

vê agora”, avalia.

A Petrobras já enfrentou

outras crises sérias, como o

afundamento da plataforma

P-36 e vazamentos de óleo.

A diferença, agora, é o grau

de incerteza e relação ao que

pode acontecer. Às vésperas

de ser instalada a CPI, ainda

não se sabia muito bem nem

Petrobras vira alvo no tiroteio político brasileiro e pode ter potencial de suas ações afetado. Mas tudo indica que só no curto prazoDubes Sônego, São Paulo

ABRNO FOGO CRUZADO

NEGÓCIOS PETROBRAS

Page 39: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 39

o que seria investigado. “A

nossa preocupação é com uma

CPI que não tenha clareza do

que vai investigar, que vai

sair fazendo investigação para

encontrar o que vai investigar.

É com uma CPI que vai criar

um ataque permanente sobre

a reputação da Petrobras, em

decorrência de acusações

infundadas e generalizações

de caráter particular”, disse

Gabrielli, em um programa

de TV.

Desde que foi levantada

a hipótese de uma CPI da

Petrobras, já foram cogitados

sete alvos de investigação:

irregularidades em licitações

para a reforma de cinco pla-

taformas de petróleo, que

somam contratos de mais de

R$ 200 milhões; direciona-

mento político na distribuição

de royalties da exploração de

petróleo, com ajuda da ANP;

possíveis irregularidades em

contratos de construção de

novas plataformas; utilização

de artifícios contábeis para

redução no pagamento de R$

4,3 bilhões em impostos; su-

perfaturamento na construção

da refinaria Abreu e Lima, em

Pernambuco, e direcionamen-

to político de patrocínio para

ações sociais e culturais.

“No Brasil, as CPIs tradicio-

nalmente não têm motivação

técnica. Esse processo de CPI

é um processo político”, diz

John Forman, da J.Forman

consultoria no setor de petróleo.

“E, sendo assim, deverá ter

resultados políticos”. Segun-

do ele, da mesma forma que

aconteceu com outras grandes

companhias do setor que se

envolveram em escândalos até

bem maiores, como a Exxon,

no Alasca (vazamento de óleo),

e a Shell, na Nigéria (acusada

de envolvimento no assassinato

de ativistas), o valor das ações

pode cair momentaneamente.

Mas tende a voltar a crescer,

uma vez que as operações da

companhia não são afetadas

intrinsecamente. “Volta e meia

aparecem essas coisas.”

Porém, para Valdeci Ver-

dello, vice-presidente asso-

ciado da Andreoli MS&L,

que acumula experiência no

gerenciamento de crises do

porte da quebra da Parmalat

no Brasil, uma coisa são as

crises tradicionais de imagem.

Outra, bem mais complexa e

cheia de nuances, é a “guerra

de informação” na qual a Pe-

trobras parece estar metida. “É

impossível, no caso da CPI,

eliminar a vertente eleitoral

e ideológica”, diz.

E, quando isso acontece,

a faceta estatal faz sombra à

companhia considerada mo-

delo de gestão em seu setor.

Não à toa, os dias têm sido

agitados para o departamento

de comunicação da Petrobras,

responsável por divulgar

informações oficiais sobre

a companhia e zelar por sua

imagem. Sentindo-se prete-

rida em muitos dos veículos

de comunicação brasileiros

que publicaram as suspeitas

de irregularidades, a compa-

nhia decidiu usar a internet

para divulgar sua versão dos

fatos, sem intermediários. E,

no dia 2 de junho, lançou um

blog chamado Petrobras Fatos e Dados, no qual chegou a

postar as respostas dada aos

jornalistas de diferentes meios

antes mesmo de suas matérias

serem publicadas. Uma atitu-

de que provocou ainda mais

críticas de alguns segmentos

da imprensa, como a Asso-

ciação Nacional dos Jornais

e a Federação Nacional dos

Jornalistas, que enxergam na

iniciativa tentativa de intimi-

dação e desrespeito.

Para Adriano Pires, diretor

do Centro Brasileiro de Infra-

Estrutura (CBIE), que defende

a CPI, a questão agora é que

uma eventual não realização

das investigações mancha-

ria ainda mais a imagem da

companhia que a descoberta

de irregularidades. “Os im-

pactos da CPI só podem ser

positivos. Caso se descubram

atitudes não recomendáveis, a

estatal será limpa de contratos

irregulares, pelo menos em

tese. Caso não se descubram,

a Petrobras sairá ainda mais

fortalecida. Se a gestão é

técnica e não política, qual o

problema?”

O problema, em sua opi-

nião, é que fica difícil sustentar

a tese da independência po-

lítica diante de fatos como a

nomeação de um ex-ministro

da “Reforma Agrária” (Miguel

Rosseto) para cargos como

a presidência da Petrobras

Biocombustíveis, em maio

deste ano: “o que ele entende

de biodiesel? Isso fere mais à

imagem da empresa que uma

CPI”, avalia.

A atuação da Petrobras na

área de biocombustíveis, aliás,

tem sido outro alvo de críticos

da empresa como Pires. Há

quem tema que a estatal pos-

sa usar seu poder econômico

para desequilibrar o jogo em

proveito próprio.

Mas, nem todos pensam

assim. Para Luiz Otávio Broad,

analista da Ágora Corretora,

por exemplo, a estratégia da

Petrobras é positiva. “Prin-

cipalmente no Brasil, onde

o etanol deverá predominar

sobre outros combustíveis”,

diz. “Se ela vê esse mercado

como potencial, tem todo o

direito de investir. Inclusive

em parceria com a iniciativa

privada, não necessariamente

inibindo a concorrência”.

Enquanto a CPI não é de

fato instalada, a Petrobras se

defende das acusações respon-

dendo aos jornais e marcando

posição na internet. A seu

favor, argumenta que, além

de prestar contas no Brasil ao

Tribunal de Contas da União,

à Controladoria-Geral da

União e à Comissão de Valo-

res Mobiliários, lá fora segue

os padrões da U.S. Securities

and Exchange Commission, da

Bolsa de Nova York e é audi-

tada pela KPMG. Além disso,

este ano, passou do vigésimo

para o quarto lugar na lista das

empresas mais respeitadas do

mundo, segundo pesquisa do

Reputation Institute (RI), com

sede em Nova York.

É, ao que parece, o mais

importante na visão de Ga-

brielli. “Enquanto não houver

uma discussão mais ampla no

mercado internacional, o efeito

é relativamente pequeno. No

plano interno, o mercado de

ações considera a Petrobras um

referencial importante, tanto

que as ações da empresa estão

entre as mais negociadas na

Bolsa de São Paulo.”

Algo que está diretamen-

te associado às perspectivas

do pré-sal e aos ambiciosos

planos da estatal, que deverá

desembolsar US$ 174,4 bi-

lhões, entre 2009 e 2014. “Se

houvesse a CPI sem o pré-sal,

talvez fosse diferente”, avalia

Pires. Talvez.

BILHÕES DE DÓLARES SERÃOINVESTIDOS ATÉ 2014

Page 40: Nº 377 Edição Brasil

40 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Em 2007, a companhia brasileira aeroespacial Embraer começou a pro-jetar que a comemoração

de seus 40 anos de vida - em agosto de 2009 -, seria feita

com um crescimento ímpar. A empresa, líder mundial do segmento de aviação comercial de 70 a 120 assentos, adotou novas práticas industriais e dimensionou suas plantas para

produzir como nunca. O obje-tivo era fechar o ano de festas com um faturamento recorde de US$ 7 bilhões.

Entretanto, o mapa de na-vegação da companhia não

contemplava a crise econômica do final de 2008. “Tivemos que reduzir a estimativa de entrega, de vendas, número de funcio-nários - que foi a pior coisa que poderia ter acontecido,

Embraer completa 40 anos visando a liderar em várias frentes e mitigar riscos. E ganha fôlego antes de entrar no próximo embate no segmento comercial Solange Monteiro, São Paulo

EM BUSCA DO EQUILÍBRIO

NEGÓCIOS AERONÁUTICA

Page 41: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 41

pois a gente não contrata 10 mil pessoas em seis anos, as capacita, para depois demitir 4 mil”, diz Carlos Eduardo Ca-margo, diretor de Relações com os Investidores da Embraer. A projeção de entrega, que era de 270 aviões, foi reduzida para 242, devido a cancelamentos e prorrogações. “Mas isso não significa que andamos para trás. A atual estimativa de receita, de US$ 5,5 bilhões - e que es-peramos que se repita em 2010 -, significará o segundo melhor ano da história da empresa. Então, temos que comemorar”,

FONTE: EMBRAER

PREPARE-SE PARA ATERRISSARNÚMERO DE AVIÕES ENTREGUES

0

50

100

150

200

250

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1T 2009

FONTE: EMBRAER

CORTE NA BASENÚMERO DE EMPREGADOS

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

2000

10.33411.048

12.22712.941

14.65816.953

19.262

23.50923.734

17.375

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1T 20090

afirma o executivo. Para suportar a queda nas

vendas, a Embraer recebeu de presente duas ajudas de peso. A primeira, o financiamento do BNDES para contratos de compra de aviões regionais, sobretudo os primeiros feitos em reais para companhias aéreas brasileiras: à Azul Linhas Aéreas – primeira companhia a adquirir os E-Jets para operar no Brasil –, de R$ 254 milhões para um jato ERJ 195 (118 assentos) e três ERJ 190 (106 assentos). E o segundo para a Trip (de R$ 199,2 milhões), que havia feito uma encomenda inicial em junho de 2008 que foi re-vista e cujo primeiro de quatro jatos ERJ 145, para 86 pas-sageiros, estava estacionado na Embraer desde fevereiro esperando pagamento.

Um avanço considerado importante dentro do mercado doméstico, em que a ausência da Embraer no âmbito da aviação comercial é notória, e não apenas por uma questão de mercado para os modelos regionais ou pela falta de financiamento, principal desafio da força de vendas dessa indústria em qualquer país. “Nossas companhias aéreas sofreram para comprar aviões nacionais devido a impostos altos, enquanto um Airbus, por exemplo, entrava no País isento de impostos”, diz Roberto Portella Berta-zzo, membro do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Ge-rais. “Hoje não existe mais diferença de carga tributária entre aeronaves compradas no Brasil e no exterior”, garante Adalberto Febeliano, diretor de assuntos institucionais

da Azul. Segundo Febeliano, a empresa chegou a efetuar algumas operações de expor-tação e reimportação de aviões da Embraer, mas “porque os financiadores eram interna-cionais, e questões legais e burocráticas ditaram esse procedimento”.

Já a segunda ajuda, na área de defesa, veio das mãos da Força Aérea Brasileira (FAB), com um projeto de construção de um avião cargueiro (KC 390) que poderá substituir o C-130 Hércules, e implicará investimentos de US$ 1,3 bi-lhão em sete anos. “O nosso cargueiro será mais moderno, conseguirá cobrir distância mais longa e mais rapidamente, pois é um avião a jato, com a mesma capacidade”, conta Camargo. A estimativa é de uma demanda de 22 unidades

RECEITA LÍQUIDA

LUCRO LÍQUIDO

2000 5.099 645

2001 6.891 1.101

2002 7.748 1.179

2003 6.571 588

2004 9.984 1.281

2005 9.046 709

2006 8.265 622

2007 9.983 657

2008 11.747 429

1T 2009 2.667 38

SOBE E DESCEEvolução anual, em R$ milhõesFONTE: EMBRAER; DADOS AUTALIZADOS ATÉ ABRIL DE 2009, CONSOLIDADOS EM LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA

pelo governo brasileiro, e mais um mercado de exportações que poderia alcançar os US$ 18 bilhões.

“Agora, o desafio da Embra-er daqui para frente está claro: a busca do equilíbrio entre as áreas executiva, comercial e

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42 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

de defesa, bem como a diver-sificação de mercados, para superar os momentos de alta e baixa comuns nessa indústria”, avalia Paulo Sampaio, diretor da Multiplan Consultoria Ae-ronáutica, na capital paulista. E a atual turbulência não fez a empresa sair dessa rota. Na matriz em São José dos Cam-pos, interior de São Paulo, o movimento é moderado, mas distinto do visto no início da década. Em junho, no hangar F-220, dedicado à montagem final das aeronaves, a fileira de caudas dos jatos estacionados era multicolorida: encomendas de companhias aéreas da Polô-nia, Alemanha, França e Índia. “Há sete anos, 80% de nossas vendas eram para a América do Norte (sobretudo EUA). Hoje são 45%; Ásia Pacífico saltou de 4% para 18%; há um movi-mento interessante do Oriente Médio que não existia, além do crescimento na Europa”, diz Camargo.

FORÇA DA MARCAO balanço da carteira de produ-tos começou a se configurar já em 2007, com a maior partici-pação do segmento da aviação executiva - avaliado pela em Embraer US$ 201 bilhões, ou 13 mil unidades até 2016. Antes mesmo de começar as primeiras entregas do Phenom – destacado por seu projeto e por ser de baixo custo, US$ 3,3 milhões –, a Embraer já começou a sentir o potencial do segmento. “A categoria saiu de uma participação na receita da companhia de 6% para 14% em 2008”, conta Ca-margo. E a crise, se implicou algumas desistências, também significou a queda de algumas concorrentes: para a categoria do Phenom, por exemplo,

dos seis players que havia no mercado, três significativos fecharam as portas, restando Cessna e Honda.

Este ano, da projeção revi-sada de entregas de aviões da Embraer, quase a metade (110 jatos) é do segmento executivo. “É um setor mais sensível a fatores como o preço do pe-tróleo, e que por isso sofreu uma forte retração sobretudo nos EUA, o maior mercado. Além de que demora mais para se recuperar. Mas em 2013, quando a economia melhorar, a Embraer terá novos produtos prontos para serem lançados”, diz Respício do Espírito Santo Júnior, professor de transporte aéreo da UFRJ e presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas

Públicas em Transporte Aéreo (Instituto Cepta), no Rio de Ja-neiro. Respício refere-se, além da entrada do Phenom 300 no mercado, aos novos modelos Legacy que deverão ser lança-dos nesse período. “Eles terão uma nova tecnologia no sistema de pilotagem, além de cabine desenvolvida pela BMW, como no Phenom”, conta Camargo. “E se a BMW consegue fazer do Mini um carro confortável, imagine o que significa num avião. Este é um segmento que valoriza marca e quer o máximo de seu investimento, e é no detalhe que se ganha o cliente.” Com isso, a Embraer

quer que a aviação executiva represente em cinco anos 25% do faturamento da em-presa, contra 60% da aviação comercial, e o restante divi-didos equilibradamente entre os segmentos de defesa e de prestação de serviços.

NOVA GERAÇÃONa área comercial, apesar da atual retração, a Embraer beneficia-se da tendência cres-cente de muitas companhias aéreas de equalizar capacidade e demanda. “Isso significa que nosso produto não é mais re-gional. Eles são comerciais de média capacidade, e o mercado passou a se adequar a isso”, diz Camargo. Entre as últimas encomendas dessa lista, estão

a KLM Cityhopper – subsidi-ária regional holandesa da Air France-KLM –, confirmando opções de compra que consta-vam de um contrato de 2007, e a Fuji Dream Airlines.

“Antes você tinha muitas rotas cobertas por aviões de 150 assentos, usando 60% da capacidade. Com petróleo a 30 dólares, há lucro. A 60, ele começa a ficar comprometido. A 110, como chegou no ano passado, você tem prejuízo na certa”, diz Camargo. Com aviões que “podem ser 15% a 20% mais eficientes que outros maiores”, não se comprometem frequências. Tendência que a

Azul quer consolidar também no Brasil. “Com os E-Jets, podemos desenvolver novos mercados ainda não explorados pelas outras empresas, seja oferecendo voos diretos, ou conectando novas cidades à malha aérea nacional”, comenta Febeliano, da Azul.

Uma dúvida que paira no ar é quanto ao futuro da operação da brasileira na China, onde desde 2006 a empresa possui uma fábrica com a estatal Avic para fabricar o ERJ 145 - que reduziu a estimativa de fabricação de aviões prevista em contrato de 50 para 25 -, e onde também se registrou a suspensão de encomendas de 50 jatos ERJ 190 pela empresa Hainan Airlines. “Hoje só posso falar que as entregas que temos que fazer demandam mais dois anos de trabalho. Mas, se a gente não tiver mais mercado,

não faz sentido manter uma

operação lá”, diz Camargo, citando a possibilidade de, se caso se consolidar uma frota mínima, transformar futura-mente a fábrica em unidade de manutenção de jatos Embraer. Ainda nesse caso, o executivo garante que a empresa não terá perdas. “Desde o primeiro ano, em que entregamos três aviões, a operação foi lucrativa. Fomos reconhecidos como empresa chinesa, o que foi importante até para concretizar as outras vendas que não saíram da fábrica local”, afirma.

Mas, para os analistas, o verdadeiro desafio da Embraer no médio prazo no segmento

CARGUEIROS PODEM SER COMPRADOS PELO BRASIL

, p po da UFRJ e presidente doituto Brasileiro de Estudosratégicos e de Políticas

licas em Transporte Aéreo

p q ,diz Camargo. Entre as últimasencomendas dessa lista, estão

a KLM Cityhopper – subsidi-

p50 jatos EHainan Afalar que aque fazeranos degente não

não faz

operação

CARGUEIROS PODEM SER COMPRADOS PELO BRASIL

NEGÓCIOS AERONÁUTICA

Page 43: Nº 377 Edição Brasil

comercial será superar a con-corrência que já desponta no horizonte. “Nessa categoria já começam a surgir novos aviões no Canadá, Japão, China, Rússia - esses dois últimos, grandes mercados que certamente privilegiarão o fornecedor local”, afirma Sampaio, da Multiplan. “A partir de 2020, o mercado irá demandar modelos novos e mais eficientes - e nesse senti-do, a japonesa Mitsubishi, por exemplo, já está projetando um jato que em cinco anos poderá estar voando e ameaçando o terreno da Embraer”, aponta Respício, da UFRJ.

A Embraer reconhece esse risco, mas afirma que ainda é cedo para tirar conclusões. “Tanto Bombardier quanto Mitsubishi estão trabalhando com tecnologia nova de mo-

tor, da Pratt & Whitney que, na prancheta, é mais eficiente que a nossa”, diz Camargo, referindo-se ao motor GTF, cujo diferencial, a grosso mo-do, é uma turbina hidramática que produz um giro menor sob alta velocidade, reduzindo o consumo de combustível. “Veremos qual a resposta que GE e Rolls-Royce (outras fabricantes de motor) irão dar, para saber se será possível adaptar o produto aos Embraer 170/ 190 ou se, o que é bem provável, demandará um novo desenvolvimento - e aí sim, fortes investimento.”

Esse movimento imprescin-dível que a brasileira em breve terá que dar em seu principal negócio faz alguns analistas avaliarem a possibilidade de a companhia futuramente fechar uma parceria com Boeing ou

Airbus para lançar uma nova família dentro da categoria que já domina, ou até compartilhar a criação do substituto do 737 ou do A320, que se aproxima dos 200 assentos. “Eles têm uma tradição de relaciona-mento boa com a Airbus, esta já foi acionista minoritária da Embraer, e a francesa terá que cumprir um programa de sup-ply chain para transferir 40% de sua produção para fora da zona do euro, com o objetivo de desonerá-la”, lembra um analista em São Paulo, que pediu anonimato.

Mas Camargo, a princípio, nega tal possibilidade. “Não queremos ser concorrentes do 737 e do A320. Dependendo do que for lançado de tecnologia de motor, e o que for decidido a respeito desses aviões, vamos tomar uma decisão. A gente

sempre conversou com todo mundo, não estamos fecha-dos a nada. Mas temos que pensar em nossos acionistas e na perenidade da Embraer, e não adiantaria fazer isso para depois de alguns anos pensar que seremos dominados.”

Segundo o executivo, uma parceria seria interessante so-bretudo para o conhecimento de novas tecnologias. “A Airbus hoje tem a full fly by wire (pilotagem através de sensores), e ter acesso a isso pode ser excelente. A Boeing também está alguns passo à frente. Tudo depende de como o mercado vai ser desenhado. Mas, se for só para ser for-necedor, não vale a pena pra gente”, afirma, deixando claro que, quando se trata de ganhar altura, a Embraer prefere o voo solo.

(congelam as taxas)

Algo está mudando em...

OS NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA ONLINE

Page 44: Nº 377 Edição Brasil

44 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Depois de sobreviver a um ano que golpeou o setor em nível global, as companhias aéreas la-tino-americanas começam a acionar os sistemas de alarme. Soledad Gómez

Aqueda era evidente.

Embora um avião es-

teja com a capacidade

totalmente vendida, “é

esperado que apenas se apre-

sentem ao voo, em média, entre

92% e 95% dos passageiros

que compraram passagem”,

comenta Eduardo Ortiz, vice-

presidente comercial da Taca.

Mas quando começaram a

circular as primeiras notícias

no México sobre a influenza

humana, os aeroportos se esva-

ziaram. “Em maio, para os voos

ao México, só compareciam

35% dos passageiros.”

Como um cavaleiro do apo-

calipse, a influenza A (H1N1)

somou-se à alta do preço do

petróleo e à crise econômica

internacional para dar um gol-

pe na indústria mundial aérea.

O mais recente prognóstico

financeiro da Associação de

Transporte Aéreo Internacio-

nal (Iata, na sigla em inglês),

indica que este ano as perdas

globais da indústria chegarão

a US$ 9 bilhões. “Esta cifra

equivale a quase o dobro das

perdas estimadas em março,

de US$ 4,7 bilhões, antes da

influenza humana e de outros

fatores”, diz Patrício Sepúlve-

da, vice-presidente regional

para América Latina e Caribe

da Iata.

Até então, o mercado la-

tino-americano estava mais

bem-posicionado que o do

resto do mundo. De fato, as

principais companhias locais,

nomes como Lan, Taca, Copa e

Tam, conseguiram crescer em

MOTORES DE EMERGÊNCIA

2008. Mas há muitos motivos

para acreditar que, neste ano,

as cifras serão piores.

O ano passado certamente

não foi um fácil, mas houve alta

demanda, o que deu espaço às

companhias aéreas da região

para que se adaptassem ao

crescente preço do petróleo e

reduzissem custos operacio-

nais. Mas a situação mudou

desde o último trimestre do

ano passado, e evitar os assen-

tos vazios tornou-se a maior

preocupação da indústria. A

América Latina representa

apenas 7% do tráfego aéreo

internacional, cifra pequena se

comparada aos 35% dos EUA.

E responderá por apenas 10%

das perdas mundiais neste ano.

Sepúlveda espera que o declínio

das empresas na região seja de

US$ 900 milhões. Segundo o

último relatório da Official

Airline Guide, entre janeiro e

junho de 2009 houve redução

de 2,5 milhões de assentos em

voos dentro das Américas do

Sul e Central, em comparação

com o mesmo período de 2008

– chegando, quase, a igualar a

capacidade do mesmo período

de 2007, de 55,8 milhões de

assentos. A capacidade tam-

bém caiu em voos dentro da

região, para 109,9 milhões de

assentos, após ter alcançado

111,3 milhões entre janeiro e

junho de 2008.

Não obstante, as compa-

nhias aéreas regionais geram

melhores expectativas que

suas homólogas em outros

continentes, onde algumas

já acumulam seis trimestres

no vermelho. A demanda de

viagens de negócios desmoro-

nou quase completamente nos

EUA e Europa, onde cresceu

o desemprego, afetando as fé-

rias e o turismo. “Na América

Latina a gente segue viajando

AFP

NEGÓCIOS AVIAÇÃO

Page 45: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 45

a negócios e, por viajarmos a

negócios, as tarifas são mais

altas do que nos EUA”, estima

Stephen Trent, analista do Citi.

A cautela, segundo Trent, fará

com que na América Latina

algumas pessoas adiem suas

férias, mas ainda persistem

destinos atraentes para viajantes

de negócios, o que permite que

as companhias se adaptem a

uma menor demanda sem que

sacrifiquem tanto as tarifas.

A adaptação passa por

uma bateria de soluções na-

da improvisadas. Ortiz, da

Taca, explica que foi preciso

se ajustar a um tráfego mais

reduzido e buscar destinos

mais rentáveis. “Abrimos uma

rota Lima-Quito-Medellín, por

exemplo. O mais importante

para nos adaptarmos tem sido

o gerenciamento de mercados e

novas rotas”. Adicionalmente,

foi aproveitada a fragilidade das

companhias aéreas norte-ame-

ricanas, que pararam de operar

da América Central e Caribe

a destinos como Los Angeles

e Nova York. Recentemente

foram incorporados aviões da

Embraer de 96 lugares à frota,

a fim de servir rotas de tráfego

diminuído. “Voar com 65 ou

70 passageiros em um avião

com capacidade para 120, ou

fazê-lo em um para 96 faz uma

grande diferença, faz com que

o voo continue rentável”.

Por sua parte, a Copa de-

cidiu esperar. “Crescemos de

30 a 45 destinos nos últimos

três anos, por isso este será

um ano de consolidação”, diz

Joe Mohan, vice-presidente

comercial e de planificação

da companhia. Para este ano,

a empresa espera crescer 13%

em capacidade e voltar a re-

gistrar novas rotas em 2010.

Um comportamento diferente

do que está sendo seguido pela

maioria da indústria em todo

o mundo. Trata-se de uma

das poucas companhias que

contemplam um aumento de

capacidade neste ano. Em 2008,

a Copa registrou uma margem

operacional de 17,4%, mas as

perspectivas para este ano não

são tão positivas. O Credit

Suisse, que esperava um de-

sempenho melhor das ação da

Copa, reduziu a “neutras” suas

projeções para a companhia,

devido à queda de 11,6%, em

maio, na ocupação dos voos

da empresa, calculada a partir

da quantidade de passageiros

e assentos disponíveis.

Já a Lan registrou aumento

em quantidade de passageiros,

elevando seu fator de ocupação

em 0,4% em maio, chegando

a 72,1%. Contudo, como teve

30% de sua receita vinda do

transporte de carga em 2008,

sua situação não é muito me-

lhor. Apesar de as qualifica-

doras de risco darem um bom

prognóstico para a Lan, sua alta

exposição ao fluxo de comér-

cio internacional a coloca em

uma situação vulnerável. “No

Chile, além disso, há a queda

nas exportações de salmão,

o que não se deve completa-

mente à crise”, diz Trent, do

Citi. Efetivamente, o vírus

ISA nos cultivos de salmão

do Sul do Chile foi um fator

independente da crise que dimi-

nuiu notoriamente a demanda

de fretes aéreos do país. Em

maio, o fator de ocupação de

carga da companhia caiu 5,7%,

chegando a 66%.

No Brasil, onde a Tam e a

Gol ocupam mais de 95% do

mercado, as perspectivas são

mistas. Trent, do Citi, explica

que “das quatro companhias

aéreas da América Latina

que têm baixa cobertura, a

Gol é a única que não paga

dividendos”. A empresa se viu

pressionada pelo endividamen-

to e pela aquisição da Varig,

em 2007. E a concorrência,

que também poderá vir de

operadores menores, como a

recém-criada Azul, preocupa.

Segundo Matheus Salvadori,

consultor da indústria aérea da

Frost & Sullivan, “a briga entre

Gol e Tam no Brasil poderia

resultar em uma guerra de pre-

ços”, o que “pode ser bom, por

um lado, mas, de outro, pode

ser depredatório”.

A Gol suspendeu os voos

transcontinentais que operava

desde a compra da Varig e

substituiu por serviço em rotas

regionais, onde precisamente

se faz notar a força da Lan e

da Tam. “É preciso lembrar

que a Lan e a Tam têm uma

aliança fortíssima e, embora

não estejam matando a Gol,

nos voos internacionais há

muita concorrência”, afirma

Trent. “É muita pressão contra

a Gol em voos continentais

como Buenos Aires – São

Paulo”, nos quais a aliança

Lan-Tam pode gerar frequ-

ências e preços otimizados

para competir.

Onde, por enquanto, não

há espaço para respirar é no

México. A Aviacsa, já afetada

por seus déficits financeiros, foi

deixada no chão por uma série

de falhas em suas aeronaves

e viu seu único voo aos EUA

(Las Vegas) suspenso. Além

disso, foi declarada insegura

pela Secretaria de Transporte

e Comunicações, o que resul-

tou em um processo judicial

que ainda não chegou ao fim.

Segundo um analista que não

quis ter o nome citado, “es-

tamos esperando ainda ver o

que acontece no México. É

um mercado muito grande,

com muitos destinos, mas

a situação econômica está

muito ruim para esperar

que todos sobrevivam”. É

esperada, além disso, uma

fusão entre as duas linhas

aéreas principais do país, a

Mexicana de Aviación e a

Aeroméxico. Esta última já

anunciou a demissão de 170

pilotos entre junho e setembro

de 2009, devido à redução de

suas frequências de voo.

Tudo indica que as com-

panhias aéreas mundiais não

vão sair da tormenta em 2009,

e que desta vez o mal tempo

resultará em vítimas em toda

a América Latina. “É possível

que, durante 2010, comece

uma retomada do setor”, diz

Sepúlveda, da Iata. “Mas é

preciso levar em consideração

que os prognósticos de 2009

são quase o dobro em perdas

do que havíamos estimado

anteriormente, portanto em

2010 o setor deve se recupe-

rar mais lentamente do que

o previsto”. Por enquanto,

não restará opção a não ser

apertar os cintos e esperar que

a turbulência passe.

MILHÕES DE DÓLARES FOI A PERDA NA AMÉRICA LATINA

Page 46: Nº 377 Edição Brasil

46 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

NEGÓCIOS COMÉRCIO

Depois de fazer a estratégia global do Wal-Mart vingar no México, Eduardo Solórzano agora tem o desafi o de transformar os consu-midores em clientes do seu banco Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México

Nicaraguense de

nascimento, me-

xicano de for-

mação, Eduardo

Solórzano conhece a dedo o

funcionamento do império

que administra: os mais de mil

estabelecimentos do Wal-Mart

do México, ou Walmex, maior

operador varejista da América

Latina. Com mais de 23 anos

na empresa, esteve presente

quando o grupo, originalmente

chamado Cifra-Aurrerá, assi-

nou em 1991 o acordo com a

norte-americana Wal-Mart

que levou ao nascimento da

companhia. Começou traba-

lhando em diversas áreas como

operações, compras e logística.

Depois foi nomeado diretor e

vice-presidente de alimentos no

Wal-Mart Supercenter, e logo

assumiu a vice-presidência

executiva de autosserviços e

a vice-presidência executiva e

direção geral de operações. No

início de 2005, foi nomeado

presidente e diretor geral da

empresa.

Durante seu período como

vice-presidente de alimentos,

foi responsável pela introdução

da estratégia “Preços baixos

todos os dias”, a mesma que

caracteriza a rede em todos

os países onde opera. E a

estratégia em nível local con-

tinua dando resultado, apesar

da crise. As vendas de 2008

cresceram 11% em relação a

2007, chegando a 244 bilhões

de pesos mexicanos, apesar de

a desvalorização da moeda ter

derivado em uma queda de

14% da receita em dólares,

para US$ 17,7 bilhões.

Este ano também começou

bem para a filial da maior

varejista norte-americana.

No primeiro trimestre, as

vendas do Wal-Mart México

O DIRETOR DOS PREÇOS BAIXOS

Page 47: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 47

registraram aumento de 7,8%,

e o lucro operacional cresceu

8,4% em relação a 2008. “Acho

que o Wal-Mart foi feito para

enfrentar esse tipo de conjun-

tura”, diz Solórzano. “Somos

reconhecidos por oferecer os

preços mais baixos e gerar

economia.”

Inclusive conseguiram su-

perar o fechamento temporário

de sua rede de restaurantes

VIPs e das lojas de depar-

tamentos Suburbia durante

a emergência da influenza

A (H1N1) que afetou todo

o setor comercial mexicano.

“De todas as estratégias, é a

mais efetiva”, diz Jorge Smeke,

diretor de estudos empresariais

da Universidade Iberoameri-

cana. “Parece-me que será um

dos grandes ganhadores.” Um

panorama muito diferente do

que hoje é vivido por outras

redes de supermercados do

país. A Comercial Mexicana

continua preocupada em co-

mo reestruturar sua dívida,

e a Soriana ainda está em

processo de incorporação das

197 lojas compradas do Grupo

Gigante e de posicionamento

na região central do país, setor

amplamente dominado pelo

Wal-Mart.

Tanto na empresa quanto

entre analistas do setor, esse

sucesso é atribuído em grande

parte aos resultados do reforço

da estratégia de “Preços baixos

todos os dias”. Por isso, dez

anos depois da introdução des-

se projeto, Solórzano defende

firmemente sua vigência. “O

entorno econômico é desa-

fiante e nossos clientes estão

cuidando de seus gastos”, diz.

Segundo o diretor da rede, em

2008 esta estratégia gerou

economia de US$ 515 milhões

para os clientes.

A Bodegas Aurrerá é o

formato de lojas do Wal-Mart

México que mais se foca nos

preços baixos e inclusive tem

programas de produtos vendi-

dos por 1, 2 e 3 pesos (cerca

de sete centavos de dólar),

voltados aos segmentos C,

D e E. Além disso, é o que

detém a maior participação

de vendas dentro do Wal-

Mart México, com 33,7%

e 455 pontos-de-venda. “A

estratégia do Wal-Mart é

conseguir boas negociações

de preço devido ao volume

que compra”, explica Raquel

Moscoso, analista do banco

Ixe. “E assim gera tráfego nas

lojas, e as pessoas que vão em

busca de uma oferta acabam

comprando mais coisas.”

SEM LIMITEE os investimentos não se

detêm. Em 2008, o Wal-Mart

abriu 182 unidades de todos os

formatos e este ano construirá

outras 252 unidades. “Temos

o programa de investimentos

mais alto da história”, diz So-

lórzano. “Será de 11,8 bilhões

de pesos (cerca de US$ 870

milhões) e vai gerar 14,5 mil

novos empregos diretos.” Das

unidades programadas, 225

serão da bandeira Bodegas

Aurrerá, 13 Wal-Mart, quatro

Superama, sete Sam’s Club e

três Suburbia. “O desenvolvi-

mento fundamental será o da

Bodega, já que atualmente é

o formato que mais se adéqua

à população”, diz Joaquín

Ley, analista do Santander

México.

Trata-se de um movimento

agressivo que caracteriza a

empresa desde sua entrada

no país. “Chegaram com

capital forte, vinham de uma

transnacional, com um volume

significativo e presença no

centro do país onde a renda

per capita é maior”, lembra

Raquel, do Ixe.

Outro ponto importante no

qual o Wal-Mart baseia sua atu-

al estratégia de preços baixos

são as marcas próprias como

Great Value, Aurrerá (ambas

de alimentos) e Equate (de

cosméticos e artigos de banho,

entre outros). “Sem dúvida,

essas marcas são atraentes

para nossas clientes, devido à

economia que representam”,

afirma Solórzano. “Pois não

é apenas uma questão de

preço; uma marca estratégica

de qualidade também gera

lealdade e permite diferenciar

nossos formatos”. Hoje, essas

marcas têm 1,5 mil produtos

fabricados por mais de 170

fornecedores.

Uma das mais recentes

apostas em marcas próprias

do Wal-Mart é a Medi-Mart,

linha de medicamentos que, se-

gundo Solórzano, são até 50%

mais baratos do que as marcas

líderes. “Somente em 2008, a

Medi-Mart gerou economia

de US$ 1,6 bilhão de pesos

(US$ 120 milhões) a nossos

clientes”, afirma Solórzano.

Nesse caso, são outros 1,5

mil produtos, de mais de 150

fornecedores, e 768 farmácias

nas lojas Bodegas Aurrerá,

Sam’s e Superama.

Enquanto o Wal-Mart con-

tinua colhendo frutos de seus

diversos modelos de negócio

já consolidados, o maior desa-

fio agora é conseguir fazer o

Banco Wal-Mart decolar. “É

um projeto de longo prazo e

o desenvolvemos de forma

conservadora, pois é um ne-

gócio novo para nós”, conta

Solórzano. “Mas este ano, com

o esquema das representações

bancárias definido, poderemos

desenvolver um programa

que o integra e veremos mais

presença do banco em nossos

principais mercados.” Esse

esquema permitirá que cada

caixa dos supermercados do

Wal-Mart funcione como

em uma agência bancária.

“O público-alvo dessa es-

tratégia tem sido descuidado

pelos bancos no México e

não interessa aos grandes”,

diz Smeke, da Universidade

Iberoamericana.

O caminho ainda é longo,

mas pode ser bem-sucedido.

“Uma grande fatia de nossos

clientes paga suas compras em

dinheiro precisamente porque

não conta com outros meios

de pagamento”, diz Solórza-

no. “Diariamente recebemos

3 milhões de consumidores

que são potenciais clientes do

Banco Wal-Mart.” Raquel, do

Ixe, concorda com o potencial

de tal projeto. “É daí que pode

chegar o crescimento quando

a economia se recuperar”, diz.

“Se você administra o crédito

no próprio supermercado, tem

um benefício duplo: a taxa

de juros e a possibilidade de

oferecer crédito para impul-

sionar as vendas.” Essa será

uma importante tarefa, que

certamente implicará transferir

a habilidade e a estratégia dos

“Preços baixos todos os dias”

a seus bancos. “O entorno

continuará desafiante, mas

temos oportunidades de levar

nossa oferta de valor a mais

pessoas junto as quais hoje

não temos presença”, conclui

Solórzano.

NOVAS LOJAS NO MÉXICO É A ESTIMATIVA PARA 2009

Page 48: Nº 377 Edição Brasil

48 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

NEGÓCIOS TELECOMUNICAÇÕES

Novas licitações de telecomunicações no México podem fomentar a concorrência, mas não serão sufi cientes para assegurar maior qualidade dos serviços Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México

Rapidamente, as com-

panhias de TV a cabo

começaram a salivar. O

anúncio feito em maio

pelo presidente Felipe Calde-

rón, de licitar 20 mil km de

rede de fibra ótica para trans-

mitir voz e dados despertou o

apetite dessas empresas e das

operadoras de telefonia.

O setor de telecomunicações

no México está se movendo,

sempre com a mesma finali-

dade: aumentar a concorrência

em um setor amplamente do-

minado pelo magnata Carlos

Slim.

As operadoras de TV a ca-

bo formam o grupo com mais

expectativas. E decidiram se

unir para enfrentar Slim. En-

quanto a Telmex ainda não

tem autorização para oferecer

serviços de TV paga, Cablevi-

sión, Cablevisión Monterrey e

Cablemás (as três pertencentes

à Televisa) se uniram à rival

Megacable para oferecer um

novo serviço triple play (te-

lefonia, internet e TV) a US$

37 mensais.

Segundo a Câmara Nacional

da Indústria de Telecomuni-

cações por Cabo (Canitec),

no México há 4,9 milhões de

usuários de TV a cabo; 1,6 mi-

lhão de internet banda larga e

520 mil de telefonia fixa. Dos

que possuem telefonia, 65%

têm triple play. “A parte de

interconexão com a Telmex

tem sido tortuosa, porque ela

controla 88% das linhas fixas”,

diz Alejandro Navarrete, diretor

do Centro de Inovação da Ca-

nitec. Uma boa solução para as

empresas de TV a cabo seria,

então, obter a concessão da

rede troncal da CFE. “Gostarí-

amos que o governo avaliasse

a possibilidade de fazer uma

licitação nacional e regional”,

acrescenta Navarrete.

SOB A SOMBRA DE SLIM

AP

Page 49: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 49

Este é um dos pontos deba-

tidos na Secretaria de Comuni-

cações e Transporte (SCT), a

cargo da licitação dessa rede.

“Não se sabe se será licitada

por rotas de interesse ou re-

giões e poderá haver mais de

um operador”, diz Federico

Kulhmann, acadêmico do de-

partamento de Engenharia do

Itam. E quem ganhar terá que

investir em equipamentos de

recepção, regeneração e trans-

missão de dados, o que torna

viável a opção de formação de

consórcios diferentes.

Por isso, segundo espe-

cialistas, essa licitação é uma

boa oportunidade de atrair

investidores estrangeiros. No

ano passado, a Comissão de

Economia da Câmara dos

Deputados modificou a le-

gislação de investimento para

que internet e telefonia fixa

sejam somadas à telefonia

móvel como exceção na lei que

obriga que “a participação de

investimento estrangeiro não

exceda 49%”. “Desta forma,

haverá capital para promover

concorrência real no merca-

do”, diz Armando Chacón,

do Instituto Mexicano para a

Concorrência (Imco).

A espanhola Telefónica

declarou sua intenção de par-

ticipar na licitação da CFE.

“É hora de terminar com a

imposição de tarifas e planos

que colocam o usuário em

uma posição passiva”, diz Fa-

bián Bifaretti, diretor geral da

Telefónica México, aludindo

implicitamente à sua rival em

toda a América Latina.

Consultada por AméricaE-

conomia, a Telmex não quis

comentar estes novos anúncios.

Mesmo antes da licitação, po-

rém, a companhia já começou

a registrar queda em sua receita

devido à interconexão com

outras operadoras.

O que mais preocupa o

grupo de Slim é não poder

oferecer serviços de TV paga

e triple play. “Não lhes inte-

ressa tanto pelo dinheiro que

representa, mas para proteger

as linhas e garantir que elas

cresçam mais em receita”,

diz José Garcés, analista da

consultoria Select.

Enquanto resolve este im-

passe legal, a Telmex estuda

alternativas. No começo do ano,

a empresa de TV por satélite

Dish entrou no México em

associação com a norte-ame-

ricana EchoStar e a mexicana

MVS. Embora por enquanto

seu acordo com a Telmex seja

exclusivamente para serviços

de fatura e cobrança, a empresa

mexicana recentemente decla-

rou a reguladores nos EUA que

“poderia investir diretamente

em uma joint venture com a

Dish”. Hoje a Dish tem 300

mil assinantes e, segundo José

Luis Woodhouse, diretor da

Dish no país, a meta é chegar

a 6 milhões em seis anos.

Não é fácil deter a gigante

de telecomunicações, mesmo

com a união dos players meno-

res. E, ainda que para muitos

o grande poder de Slim gere

rejeição, nem todos acreditam

que a solução freie o magnata.

“Só 14% dos lares no México

têm TV a cabo e um número

muito maior não tem telefo-

ne”, diz Chacón, do Imco.

“Assim, uma política voltada

a incomodar a Telmex não é

construtiva.” O pesquisador

Marcos Ávalos, do Centro de

Alta Direção de Economia e

Negócios da Universidade

Anahuac, concorda com Cha-

cón. “Aqui o problema não é

Slim, e sim a regulamentação

que permite a acumulação de

tais riquezas”, diz.

A licitação das frequências

de 1,9 GHz e 1,7 GHz também

está gerando muita expectativa

nos concorrentes de telefonia

móvel e em cabeadoras que

querem oferecer serviços

quatro em um. “Uma opção

é se tornarem operadores

móveis virtuais e usarem a

infraestrutura de um operador

móvel estabelecido; a outra

é participarem das licitações

que foram anunciadas”, diz

Navarrete, da Canitec.

A Cofetel já aprovou as

bases de licitação para as

bandas de telefonia móvel.

Embora não seja feita menção

explícita sobre a Telcel (da

América Móvil), seu objeti-

vo seria favorecer a entrada

de novos competidores. Isto

poderia beneficiar a Movistar,

da Telefónica, ou a Iusacell,

do Grupo Salinas com mais

bandas de freqüência, embora

seguramente isso pouco possa

afetar os 76% que a Telcel tem

de participação de mercado.

De fato, a portabilidade

numérica – que permite aos

usuários mudar de companhia

operadora fixa ou móvel sem

perder seu número – benefi-

ciou a Telcel, já que desde a

implantação do sistema recebeu

197.375 novos clientes e perdeu

109.875, o saldo mais favorável

dos operadores móveis.

“Em todos os negócios em

rede sempre haverá um agente

dominante e agentes peque-

nos”, diz Manuel Molano,

diretor-adjunto do IMCO. “É

exigido, então, que o Estado

atue para criar um ecossistema

rico e não estático”. Assim, a

solução não é derrubar o maior,

mas fomentar a concorrência

em benefício do usuário final:

em termos de acesso e de qua-

lidade do serviço.

1T 2009 1T 2008 VARIAÇÃO (%)

Local 11.546 12.693 -9

Longa distância nacional 3.716 4.144 -10

Longa distância internacional 2.009 2.095 -4,1

Interconexão 4.165 4.791 -13,1

Redes corporativas 3.270 3.001 9

Internet 3.836 2.907 32

Outros 1.475 1.491 -1,1

Total 30.017 31.122 -3,6

TELMEX: QUEDA SUAVEVendas 2009 e 2008 (em pesos mexicanos)FONTE: INFORME TRIMESTRAL, TELMEX

20 MIL KM DE FIBRA ÓTICA SERÃO LICITADOS NO MÉXICO. OS OPERADORES DE TV A CABO SERÃO OS MAIS BENEFICIADOS

Page 50: Nº 377 Edição Brasil

50 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Entre os executivos da

holding elétrica chile-

na Enersis pairava um

ar de incerteza antes

da reunião de acionistas no

dia 15 de abril. Não era para

menos. O grupo estreava em

sociedade com um novo e so-

litário controlador: a italiana

Enel, que recentemente havia

comprado a participação da

espanhola Acciona na matriz

do conglomerado, a Endesa

Espanha. Mas os temores se

dissiparam. O recém-nomeado

vice-presidente executivo da

Endesa, Andrea Brentan – mão

direita do presidente-executivo

da Enel, Fúlvio Conti – veio

rapidamente ao Chile dar seu

apoio à administração local li-

derada po seu presidente, Pablo

Yrarrázaval, e o gerente geral

Ignácio Antoñanzas.

Com justa razão. As pers-

pectivas do grupo são mais que

auspiciosas. A holding possui

uma solvente diversificação de

receitas, através do negócio

de geração e distribuição. Os

mercados do Cone Sul nos

quais tem presença – Chile,

Argentina, Brasil, Peru e Co-

lômbia – são os que possuem

melhores expectativas de

expansão. Mas o ingrediente

mais importante será o novo

controlador. A Enel pisará com

força no acelerador, pelo fato

de o mercado latino-americano

oferecer taxas de crescimento

bastante superiores às da Eu-

ropa, um continente com um

mercado elétrico maduro e

altamente competitivo.

As estimativas do mercado

respaldam este cenário. Mes-

mo com a crise, os serviços

da Enersis cresceram mais de

147% no último ano, chegando

a US$ 1,01 bilhão. Segundo o

departamento de estudos da

corretora Banchile Inversio-

nes Santiago, os resultados

do grupo crescerão 6,5%

em 2009 e 7,1% em 2010. A

chave: a diversificação geo-

gráfica que permite atenuar

a variação de fluxo de caixa

frente a cenários adversos nos

mercados em que opera. “Uma

das principais forças do grupo

é sua diversificação, tanto re-

gional como de negócios”, diz

Francisco Errandonea, chefe

de estudos do Santander GBM

em Santiago.

Mas um dos fatores fun-

damentais de crescimento do

grupo na região será o selo im-

presso pela Enel nas operações

locais. O interesse do grupo

italiano na Endesa Espanha

era apenas reforçar sua posi-

ção na Península Ibérica, um

mercado maduro, e no resto da

Europa, onde encontra grandes

concorrentes como a francesa

EDF e a alemã E.ON. Seu foco

é a América Latina. Segundo

NEGÓCIOS ELETRICIDADE

RALLY VOLTAICO A holding elétrica Enersis tem motivos para sorrir. Não apenas pelas boas perspectivas de crescimento na região, mas também pela força de seu novo controlador: a italiana Enel Matías Rodo Yuricevic, Santiago

ANTOÑANZAS E YRARRÁZAVAL:À FRENTE DO GIGANTE ELÉTRICO

Page 51: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 51

o analista do departamento de

análise da corretora espanhola

Inverseguros, Miguel Sánchez,

a Enel é uma grande geradora

de caixa, e custou para encon-

trar investimentos atraentes.

“Agora, poderá destinar seus

recursos para crescer no mer-

cado latino-americano, o qual é

sumariamente estratégico para

ela”, diz Sánchez. “A Enersis

tem um nível de importância

bastante elevado dentro das

operações da italiana”.

Essa experiência inter-

nacional é somada à gestão

local. Um das fortalezas da

holding chilena, segundo um

alto executivo do setor que

pediu sigilo de seu nome, é

a capacidade de desenvolver

uma estrutura de gestão que

incorpora as diversas empresas

que controla, transferindo a

experiência adquirida aos pa-

íses onde opera. Nesta tarefa,

para muitos, o gerente-geral

Antoñanzas desempenhou um

papel-chave.

ATOR REGIONALMas o sustento da holding no

futuro não é baseado apenas

na musculatura da Enel para

as operações regionais, mas

também na diversificação dos

mercados e das expectativas de

crescimento nos mencionados

países. Especialmente para sua

principal linha de negócio:

a geração. “A demanda por

energia na América Latina é

bastante baixa. E conforme a

atividade econômica se aquece,

a demanda tende a crescer a um

ritmo mais rápido que o PIB”,

diz Errandonea. Não à toa o

grupo tem uma capacidade

instalada na região de 13.893

MW, número superior a todo

o parque elétrico do Chile, e

que se traduz em ativos de mais

de US$ 11,22 bilhões.

No Chile, país que repre-

senta 37% de seu resultado

operacional, a Enersis tem

excelentes perspectivas. “O

país apresenta as melhores

condições de preço e mercado

para que o grupo cresça em

geração”, diz José Donoso,

analista sênior da LarrainVial,

em Santiago. Há uma regula-

mentação que permite retribuir

investimentos. Além disso, no

Chile é preciso substituir grande

parte da tecnologia por outra

mais eficiente, diversificando

a matriz dependente do gás na-

tural argentino e assegurando

crescimento nos resultados da

holding.

Na Colômbia (que aporta

25% do resultado operacional),

a Enersis também tem uma

posição interessante. Cresce

no negócio de geração, atra-

vés do projeto Quimbo – terá

capacidade instalada de 400

MW, por US$ 600 milhões

– e em distribuição, através

da recente aquisição de par-

ticipação na distribuidora de

Cundinamarca. “A Colômbia

é o segundo país com maiores

oportunidades de crescimento

para a Enersis, devido à regu-

lamentação do mercado que

incentiva o investimento”,

diz Donoso.

No mercado brasileiro (26%

do resultado operacional), no

entanto, a Enersis tem uma par-

ticipação minoritária, tanto em

distribuição como em geração.

Embora haja oportunidades de

crescimento nas licitações da

Agência Nacional de Ener-

gia Elétrica (Aneel) para a

construção de novos projetos

de geração, a holding não

realizou nenhuma iniciativa

nos últimos tempos, devido

à intensa concorrência que

tem enfrentado nas licitações,

principalmente de companhias

federais e estaduais.

E o Peru? No país a Enersis

está desenvolvendo alguns pro-

jetos utilizando gás de Camisea,

adquirido a preços muito mais

baixos para consumo interno,

o que maximiza resultados e

diminui custos. Além disso,

esta é uma das nações do

Cone Sul cuja economia vem

crescendo mais. “Nos últimos

anos, o Peru apresenta impor-

tantes taxas de crescimento,

algo que sem dúvida impacta

positivamente no negócio

elétrico”, diz Ramón Galaz,

gerente-geral da consultoria

chilena EcofysValgesta.

Um panorama distinto é o

da Argentina (que representa

5% do resultado operacional),

onde o conglomerado tem tido

problemas. As tarifas de distri-

buição são baixas e os preços

de geração não refletem os

custos de produção. Contudo,

para Donoso, a situação é “tão

complexa” que a presença da

Enersis é uma oportunidade,

dado que em algum momento a

autoridade transandina terá que

desenhar um marco regulatório

que permita reativar os investi-

mentos. “Quando isso ocorrer,

os investimentos que há no país

se re-valorizarão”, diz.

Este cenário levou a Enersis

a aumentar em 30% os inves-

timentos de 2009 na região,

para mais de US$ 1,3 bilhão.

E se a demanda crescer mais

do que o projetado, a holding

poderá investir US$ 1,7 bi-

lhão. A princípio, US$ 800

milhões serão destinados às

companhias de distribuição,

especialmente para reforçar

redes. Para geração, poderão

ser investidos US$ 200 milhões,

e, em novos projetos, outros

US$ 800 milhões.

Mas lidar de maneira efi-

ciente com este ambicioso

plano não será fácil. Entre

outras coisas, há a necessidade

do manejo ambiental correto de

grandes projetos. “O gerencia-

mento do projeto HidroAysén

será chave, mesmo que em

seu início não dê os melhores

passos”, diz o executivo que

pede anonimato.

E a empresa também de-

verá melhorar o atualmente

baixo nível de investimento

em energias alternativas. “A

Endesa Espanha tem sido

uma empresa muito voltada

a energias renováveis”, diz

Sánchez da Inverseguros. E,

neste aspecto, novamente se

sentirá a presença da Enel. A

italiana tem mais experiência

nesta matéria e declarou in-

tenção de reforçar sua divisão

Enel Green Power nos próxi-

mos anos. “É provável que a

Enersis tenha, então, um papel

fundamental neste objetivo, se

a regulamentação for adequada

aos critérios de rentabilidade

desejados”, diz Sánchez. A ta-

refa de Antoñanzas será difícil.

Mas já conta com o respaldo

dos novos donos.

MW É O QUANTO A ENERSIS GERA NO CONE SUL

Page 52: Nº 377 Edição Brasil

Gregorio Perez Companc:patriarca de baixo perfi l

52 AMÉRICAECONOMIA / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Grupo Perez Companc posiciona-se na agroindústria e em alimentos. Mas a sucessão familiar adiciona incerteza ao futuro do negócioRodrigo Lara Serrano, Buenos Aires

Petróleo por óleo co-

mestível. Assim tal-

vez se possa definir

a profunda virada

estratégica que, desde o início

da década, foi dada pelo grupo

argentino Perez Companc.

O conglomerado que per-

mitiu a Gregorio Pérez Com-

panc tornar-se o homem mais

rico de seu país, hoje com

um pé fincado na produção

agroindustrial e outro em ali-

mentos de consumo massivo,

vive uma transição depois da

retirada mais ou menos si-

lenciosa de “Goyo” (apelido

de Gregório), com apostas de

média envergadura no Chile,

Uruguai e Itália. Bem como

nos biocombustíveis.

Se descontado o período em

que contou com o carismático

executivo do petróleo Oscar

Vicente (a cargo da Pecom

antes da venda à Petrobras por

US$ 1,2 bilhão em 2002/3), o

grupo sempre foi discreto.

No setor de alimentos, uma

fonte industrial que pede ano-

nimato garante que esta postura

é condizente com o perfil atu-

al do grupo, que tem muitos

executivos em postos-chave

oriundos da área financeira. “É

algo comum em companhias

do setor de commodities”,

diz. Mas, não especificamente

em uma famosa empresa do

grupo, a Molinos Río de la

DO OURO NEGRO AO COMESTÍVEL

NEGÓCIOS CONGLOMERADO

Page 53: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 53

Plata, gigante dos alimentos

manufaturados. “Desde 2006,

quando comprou a San Lorenzo

e passou a adquirir capacida-

de de moenda, a Molinos se

tornou um negócio dividido

entre moenda (50%) e marcas

(50%)”, afirma Gabriela Catri,

analista da Fitch. Através dessa

nova unidade da Molinos, a

companhia passou a ser uma

grande produtora de óleo e de

farinha de soja.

“Esse negócio, entretanto,

sofre de grande volatilidade,

pois está exposto à mudança

de margens, fruto da diferen-

ça entre o preço do óleo e do

grão, que não necessariamente

se movem no mesmo ritmo”,

afirma. Em consonância com

isso, “eles realizaram um pe-

queno investimento em diesel,

que hoje é um negócio menor”,

diz. Trata-se de uma fábrica

com capacidade de refino de

100 mil toneladas anuais.

Estima-se que o plano dos

empresários do grupo é fazê-

la crescer. Em fevereiro, a

Molinos Río de la Plata pediu

autorização para ampliar seu

porto de San Lorenzo, no rio

Paraná, o que pode significar

a intenção de ampliar sua ca-

pacidade exportadora de óleos

e de biodiesel.

Em 2008, a companhia ob-

teve com óleos e farinhas quase

US$ 1,2 bilhão de um total de

cerca de US$ 2,4 bilhões em

vendas líquidas – no mesmo

período, o lucro ficou próximo

dos US$ 230 milhões. Mas

2008 “foi um ano recorde que

possivelmente não se repetirá”,

diz Gabriela Catri, da Fitch.

Mas, isso “não nos preocupa:

a dívida da companhia é prati-

camente de pré-financiamento

às exportações”.

A crise poderia significar

um mero tropeço tanto para a

Molinos quanto para todas as

outras empresas do setor. O

economista Mariano Lamotte

vê um mercado de alimentos

em provável recuperação.

Primeiro, porque a partir de

agosto se espera o fim da se-

ca e a melhoria nas margens

de lucro da soja. E, dado que

“em qualquer crise o último

a ser cortado é o consumo de

alimentos e na Argentina não

houve queda de renda, nem

houve migração a marcas

secundárias”, afirma.

E se existe algo que não

falta à Perez Companc são

marcas de primeira linha.

“Arcor e Molinos são duas

grandes carteiras para sobrevi-

ver aqui”, diz um analista do

setor. E esta última melhorou

ainda mais seu poder de fogo

depois de ficar, em outubro

de 2008, com 49,44% da

então Bonafide Golosinas,

pertencente ao grupo chileno

Carozzi. A aposta da Molinos

foi obter marcas de alto perfil

no segmento de guloseimas,

chocolates e biscoitos como

Billiken, Bocadito, Nugatón e

Costa. Em 2007, a companhia

tinha feito algo semelhante ao

ficar com 83% da local Quí-

mica Estrella, abocanhando

marcas como Gallo (arroz) e

Toddy (chocolate em pó).

Mas a compra mais chama-

tiva é a da Delverde Industrie

Alimentari, na Itália, fabri-

cante do macarrão Delverde.

Com capacidade produtiva de

quase 50 milhões de quilos

somente de pastas secas, em

2007 a empresa registrou

vendas de 28,5 milhões de

euros. “É um negócio que

eles conhecem bem”, diz um

economista que acompanha

as atividades do grupo, para

quem “o mercado italiano é

muito complexo e ainda está

muito fragmentado”, o que é

uma vantagem.

Ao que parece, Perez Com-

panc busca dois objetivos.

Fortalecer-se no mercado

interno, que é temido por

muitas empresas de marca

devido a seus bruscos vai-

véns, e tentar uma expansão

regional com foco no Uruguai

e no Chile.

No Chile, porém, não tem

sido fácil. “O Chile é um

mercado complicado para

as empresas argentinas”, diz

a mesma fonte. Em 2006, o

grupo comprou o Frigorífico

O’Higgins por US$ 70 milhões

e anunciou um investimento

de US$ 17 milhões para a

construção de um frigorífi-

co em Aysén, na Patagônia

chilena. As coisas andaram

bem no começo, mas este ano

surgiram problemas graves.

Alguns externos, como a

proibição da entrada de carne

chilena no Japão e na Coreia

do Sul, devido à presença de

dioxinas. E outros locais, como

denúncias de falha no manejo

ambiental em duas plantas

de processamento de suínos,

que entraram em processo de

fechamento.

O episódio levou a substi-

tuição de praticamente toda a

gerência da empresa e a entra-

da de Jorge Pérez Companc,

primogênito de Gregorio, para

recompor a situação, tarefa que

incluiu demissões em massa

de operários e funcionários

administrativos.

A maior presença de Jorge

Pérez Companc é conside-

rada um sinal da mudança

de gerações causada pelo

afastamento de Gregorio do

dia-a-dia da empresa. Mas

há versões desencontradas

em Buenos Aires. Algumas

fontes garantem que o que

está acontecendo é que “não

há nenhum bom nome para

a sucessão”. Outras dizem

que “Jorge é quem mais sabe

e quem realmente tem mais

interesse pelo negócio”. E

há os que falam de uma pro-

fissionalização com controle

familiar, através de um fundo

na Ilha Gran Cayman.

Por um curioso efeito de

contraste, a rede de sorveterias

Munchi’s, Helados San Isidro

Labrador e outras operações

comparativamente menores

(resultado da iniciativa de

María Carmen “Munchi”

Sundblad, mulher de Gre-

gorio) possuem um perfil

muito mais chamativo que o

das empresas do grupo pro-

priamente ditas. Isso porque,

apesar dos desejos dos Pérez

Companc, a fama e os negó-

cios caminham de mãos dadas.

E o fato de uma sorveteria

como a Munchi’s financiar

o Munchi’s Ford Word Rally

Team, que tem entre seus pi-

lotos o herdeiro Jorge Pérez

Companc, não colabora para

dividir as águas.

MILHÕES DE DÓLARES É QUANTO A EMPRESA LUCROU EM 2008

Page 54: Nº 377 Edição Brasil

DEBATES ENTREVISTA

Anne-Marie Slaughter, da Woodrow Wilson, defende um “século das Américas”. A ideia de que os EUA poderiam voltar a ganhar potência criando uma rede que articulasse as Américas do Norte e do Sul. O senhor acredita que isso seja possível?

É possível até que alguém

como Anne-Marie Slaughter

deixe a academia e passe ao

Executivo. Quando ela disse

isso, era decana da escola

Woodrow Wilson da Univer-

sidade de Princeton. Agora

é chefe de Planejamento de

Políticas do departamento de

Estado, e trabalha diretamente

com Hillary Clinton. Uma

vez nesse cargo, tropeça em

distrações como a bomba

atômica da Coreia do Norte,

os problemas do Irã, a crise

econômica mundial e uma

longa lista de etcéteras que

faz com que os funcionários

de alto nível do governo dos

EUA, que poderiam construir

essa nova arquitetura das

Américas acabe ficando com

pouco tempo para fazê-lo,

posto que estão com a agenda

54 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Moisés Naím, editor chefe da revista Foreign Policy.

“OSPAÍSES DO HEMISFÉRIO ESTÃOPROFUNDAMENTEDIVIDIDOS”

RAFA

EL C

ORN

EJO

Criador da divisão da política regional entre “Eixo do Lula” e “Eixo do Hugo”, Moisés Naím é um dos latino-americanos mais influentes na arena dos analistas internacionais graças ao seu posto de editor-chefe da revista Foreign Policy, bem como a pesquisas e livros publicados por ele, entre os quais se destaca Ilícito: o ataque

da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global. Naím, um dos participantes do World Econo-mic Forum, conversou com Rodrigo Lara Serrano, editor-adjunto de AméricaEconomia, sobre a posição global do Brasil e a dificuldade de levar a cabo iniciativas como o “século das Américas” proposta por uma alta funcionária do governo dos EUA.

Page 55: Nº 377 Edição Brasil

cheia de emergências.

Seria possível que outras institui-ções ou organismos abraçassem essa iniciativa ou há interesses muito contrapostos?

Não se trata de interes-

ses. Trata-se de prioridades.

Não há dúvida de que se

poderia avançar se os países

da América Latina também

abraçassem essa iniciativa,

particularmente o Brasil. Mas

falta que os EUA estejam

diretamente e ativamente

envolvidos nisso, no mais

alto nível. E isso – apesar

de estar seguro de que essa

seja a intenção do governo

Obama e de seus principais

assessores –, repito, será

muito difícil de encontrar

tempo para fazer.

Um fórum como a Organização dos Estados Americanos (OEA) não po-deria ser redesenhado para buscar a criação desses laços?

As instituições não exis-

tem. Existem pessoas que ma-

nejam as instituições. E para

que a OEA seja reformulada

é necessário consenso entre

os que a manejam, que são os

países e, ao mesmo tempo,

quem administra a OEA, que

é o staff permanente liderado

por José Miguel Insulza. A

OEA está, como sabemos,

muito distraída atendendo o

problema de Cuba, e por isso

é difícil imaginar que tome

a liderança sobre esse tema.

Também é preciso entender

que a OEA representa os

países do hemisfério e, nesse

momento,tais países estão

profundamente divididos.

Como definiria essa divisão? Quais linhas a estabeleceriam?

Falei que existe um “Eixo

do Lula” e um “Eixo do

Hugo”. O “Eixo do Lula” é

um grupo de países que se

orienta para concorrer nos

mercados internacionais, é

muito mais democrático, tem

economias mais sólidas. Inclui

países como Chile, Colômbia,

Peru, etc. O “Eixo do Hugo”

é formado pelos países menos

democráticos e com uma

atitude hostil ao investimento

privado e ao investimento

estrangeiro. E uma atitude

muito belicosa em relação

aos EUA. Enquanto o “Eixo

do Lula” tem uma atitude

conciliatória de trabalhar em

conjunto com os EUA, o grupo

de Hugo reúne claramente

Nicarágua, Equador, Bolívia,

Honduras, Paraguai e Cuba,

naturalmente.

O que acha da tentativa do Brasil de buscar um maior protagonismo não apenas na região, mas até fora dela?

Não há dúvida de que o

Brasil está jogando em ligas

internacionais muito impor-

tantes. Há poucos problemas

que hoje ocupam o mundo

nos quais o Brasil não tenha

um papel importante. Meio

ambiente, energia, comércio

internacional, luta contra a po-

breza, luta contra o HIV-Aids,

reformulação da estrutura

financeira internacional: na

mesa de todos esses fóruns

o Brasil ocupa um lugar

central.

Você pensa que entre as elites sociais e políticas há consenso sobre a necessidade de seguir esse caminho? Ou poderia haver mudança de rota no caso de um futuro governo com outras prioridades?

Não. Por exemplo, o fato

de que o Brasil tem um papel

indispensável em qualquer

coisa que faça a respeito

da mudança climática não

depende de quem esteja no

governo, mas de que o País

tem a maior superfície de

florestas do mundo, cujo

desflorestamento está con-

tribuindo para a mudança

climática. A presença do Brasil

em temas de energia não tem

relação com quem esteja no

governo, mas com o fato de

que o País desenvolveu a

indústria mais dinâmica de

bioenergia do mundo, com o

etanol. E o mesmo acontece

nos outros temas.

O que acha da lei que legaliza a posse de terras na Amazônia brasileira? Pode ser o começo de um novo modelo de manejo do problema da floresta?

Não resta dúvida de que é

preciso buscar uma solução.

É um problema que o Brasil

tem há muito tempo, e com

seus vizinhos também. Isso

não vai ser solucionado no

curto prazo, e com apenas

uma lei. É um processo mais

complicado que vai levar

tempo, mas é preciso tomá-lo

em conta.

O que está faltando?Falta ter sócios no pro-

cesso. O Brasil necessita de

sócios com muito mais capaci-

dade de intervir efetivamente

no problema. Os sócios que

o país tem neste momento,

que são seus vizinhos, têm

estado muito distraídos com

outras prioridades. Não é nada

evidente que o governo de

Correa, ou o de Evo Morales,

ou o de Hugo Chávez, ou do

próprio Alan García no Peru,

estejam priorizando isso.

Recentemente houve problemas também na Amazônia peruana. Acha que se não houver uma solução, veremos mais conflitos focalizados, mas intensos, como o atual?

O conflito no Peru tem que

ser lido com muito cuidado.

Possui raízes importantes não

apenas entre os indígenas do

país, como também compo-

nentes internacionais.

Houve a influência de ativistas inspirados por Chávez?

Só estou repetindo o que o

presidente García disse.

Voltando novamente ao Brasil, quais seriam os pontos que o país deve trabalhar para sustentar um crescimento permanente que o leve a se transformar em um país desenvolvido?

O Brasil precisa avançar

muitíssimo mais na área so-

cial. Não se pode esquecer que

o Brasil continua sendo um

país onde há uma profunda

e ampla pobreza. E onde se

continua registrando uma

das principais desigualdades

na distribuição de renda. Há

avanços importantes, mas

tem que continuar nessa

direção. O segundo é que

certamente está no caminho

de se transformar em uma

potência energética, caso se

confirme que os campos de

petróleo costa afora, abaixo

da camada de sal, são da

magnitude estimada. Se for

assim, o Brasil poderá se

tornar, além disso, potência

petrolífera mundial.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 55

SERÁ DIFÍCIL PARA OS EUA DAR PRIORIDADE AOS TEMAS DA AMÉRICA LATINA

Page 56: Nº 377 Edição Brasil

56 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

A novaO

s últimos meses têm sido de retra-ção, de “ops, eu estava

enganado”, como o de Alan Gre-enspan confessando que havia falhas

em sua ideologia de mercado. Também têm sido um período de dogmas jogados

pela janela; de banqueiros centrais que até há pouco compunham loas à grande

moderação e ao fi m da volatilidade, lançando-se a intervir no mer-

cado por meio do quantitative easing (uma forma grandilo-

quente de descrever o que se classifi cava na América Latina dos anos 70 de “usar a máquina” para imprimir dinheiro). E comprando e venden-do moedas estrangeiras para manter certos níveis

cambiais, ainda que, ofi cialmente, suas moedas

fl utuassem livremente.A crise tem obrigado os

economistas e as autoridades eco-nômicas a deixar para trás os dogmas

e adotar medidas pouco ortodoxas, inau-gurando uma era em que o consenso parece

ter desaparecido. A única certeza que se supõe ter restado aos economistas é justamente a da incerteza, em discussões que podem alcançar o limite da desavença pessoal.

Por exemplo, as respostas inusitadas dos países desenvolvidos à crise têm sido motivo de preocupação em círculos acadêmicos e da imprensa especializada. Quais serão os efeitos dos pacotes de resgate no próximo ano? Nouriel Roubini, mais conhecido como Dr. Catástrofe por suas teorias apocalípticas (que terminaram se mostrando corretas, em grande medida), afi rma que as injeções de dinheiro do FED para estimular a economia poderão levar a taxas hiperinfl acionárias no futuro (os exemplos que tem mencionado são os da República de Wei-mar, na Alemanha pós-Primeira Guerra, e o Zimbábue de Robert Mugabe). Paul Krugman, recentemente laureado com o Prêmio Nobel, diz, ao contrário, que os bilhões e bilhões de dólares de expansão monetária simplesmente não são infl acionários porque não estão indo ao mercado, mas sim descansando nos balan-ços dos grandes bancos.

Não são debates dos quais seja simples participar. Nas últimas décadas a economia têm se tornado tão complexa que se alguém sem formação em matemática avançada se atreve a opinar corre o risco de ser fulminado pelos deuses do Olimpo econômico. Não obstante, como membros cada vez mais relevantes da cena econômica global, a América Latina não pode deixar de participar. Com este objetivo, AméricaEconomia apresenta a seguir uma lista com dez temas de debate, em discussão hoje pelos pensadores econômicos que se dedicam a prever o amanhã. Um manual de consulta para entender o mundo pós-crise.

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Quando o mundo começa a dar sinais de recuperação, apresentamos alguns dos assuntos que dominarão o debate econômico no próximo ano

Eduardo Thomson

desordem mundial

Page 57: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 57

Moedas que infl am ou murcham FONTE: BANCO MUNDIAL

MEDO DA QUEDA

JAN 07-4

-2

0

2

4

6

8

10

Taxa de infl ação anual

MAR 08 ABR 09

CHINA

ESTADOS UNIDOSALEMANHAJAPÃO

Há alguns meses o principal temor dos economistas era mais o

de uma defl ação global, ou seja, de uma queda generalizada

de salários e preços. E não de uma infl ação, que tem efeito con-

trário.

“O que Ben Bernanke (presidente do banco central dos Estados Unidos)

busca precisamente é que falemos de infl ação e não de defl ação”, explica

Alberto Bernal, economista-chefe da Bulltick Capital Markets en Miami. “Qual

das duas opções é melhor em um cenário grave? Infl ação, porque é mais fácil

de controlar. Creio que é uma boa notícia. O espectro da defl ação foi morto.”

Esta parece ser uma ideia compartilhada pelos mercados. “No curto prazo,

as taxas dos bônus estão indicando expectativas de infl ação levemente maior

nos Estados Unidos que no presente. Mas não creio que veremos taxas de dois

dígitos como as registradas nos anos 1970 e 1980, devido à grande capaci-

dade produtiva que ainda está ociosa”, diz Peter Lannigan, ex-operador de

mercados que agora atua como consultor independente para assuntos relacio-

nados a mercados emergentes em New Jersey.

Aqui está o centro do já mencionado argumento de Krugman, que apesar

de tudo dizia no fi nal de maio que a defl ação era o perigo iminente do mun-

do desenvolvido. Por outro lado, pode-se esperar muito debate sobre se seria

melhor ou não perseguir um nível maior de infl ação para ajudar os setores

público e privado a se livrarem de suas altas dívidas valendo-se desta forma

de default disfarçado.

O fi m do padrão dólarAinsta-

bilidade da economia dos Estados Unidos e do valor de sua moeda levan-tam a questão: chegou a hora do fi m do dólar como reserva mundial de valor ou divisa para o comércio mundial? A China não está contente com as massivas recompras de dívida do governo dos EUA com dinheiro recém-emitido, já que isso implica a queda do valor real de suas reservas. E o Brasil faz coro à proposta de China e Rússia de criação de uma moeda para o comér-cio global.

Pode ser que dentro de dez anos o dólar te-nha perdido seu papel no comércio mundial ou como reserva de valor. Mas, no curto prazo, é de se duvidar. “O que é surpreendente, do ponto de vista clássico, é que justamente o país com mais problemas tenha observado uma valori-zação de sua moeda”, diz Juan Pablo Nicolini, economista, reitor da Universidade Torcuato di Tella em Buenos Aires. Além disso, com crise e tudo, os EUA continuam a representar 30% do PIB mundial. “O que se usa como moeda não tem nada a ver como o que dizem os políticos”, diz Nicolini.

“Os países do Bric estão simplesmente mos-trando seus músculos políticos”, comenta John Edmunds, acadêmico da Universidade Babson, dos Estados Unidos, colunista de AméricaEco-nomia, a respeito das declarações de China e Brasil sobre o dólar. “Apenas lançam o assunto e esperam que nós comecemos a debater a respeito.”

Petróleo em alta Onde já começa a surgir motivo para preocu-

pação é na recente alta do preço do petróleo, que voltou a superar a barreira dos US$ 70 por barril, apesar da recessão mundial. Neste caso, prepare-se, porque certamente o preço continuará a subir. “A recente queda do preço das commodi-ties foi completamente cíclica, mas os fatores que

explicam a alta do ano passado a quase US$ 170 o barril, porém, continuam aí”, afi rma a economista Carola Moreno, analista da fi lial chilena do banco espanhol BBVA.

Aparentemente, neste tema não há muito espaço para o debate. A tendência de alta no lon-

go prazo parece inegável. Onde restam dúvidas é se no curto prazo voltaremos a ver

preços similares aos do ano passado. Predizer um preço

exato para o petróleo não tem sentido, assim como também não tentaremos prever o de outras commodities. Mas, vale ter em mente o seguinte: no

ano passado, o estranho não foi a alta, mas sim a baixa. É a

hora de repensar aquela ideia de investir na compra de um carro híbrido.

Oqbpatie

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“O que Ben B

Page 58: Nº 377 Edição Brasil

58 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

FONTE: BANK FOR INTERNATIONAL SETTLEMENTS

PRECISA-SE DE REGULAMENTAÇÃO

DEZ06

9,79

11,14

15,81

20,35

33,8

40

35

30

25

20

15

10

5

0JUN 07 DEZ 07 JUN 08 DEZ08

Valor bruto de contratos vigentes de derivativos over the counter, em US$ bilhões

Regulamentação em gotas

Independente da discussão de qual o grau ideal de regulamentação, “o que está se comprovando com a crise é que não houve supervisão

sufi ciente no passado”, afi rma Allen Berger, professor da Moore Business School.

O bom é que deixamos para trás a necessidade imperiosa de regular apressadamente, o que certa-mente traria maus resultados. Sim, veremos mudanças operacionais nos mercados de derivativos e mudanças muito específi cas nos níveis de liquidez requeridos dos bancos. Este último ponto, segundo Bernal, da Bulltick, limitará o limite de aposta dos bancos e, em conseqü-ência, também o retorno sobre seu patrimônio, seus lucros e os salários que oferecem. Ou seja, será o fi m do debate sobre salários sem limites. E um forte incentivo para que, em dez anos, volte-se a debater uma nova desregulamentação.

Mas, no momento, as pressões por maior regulamentação virão princi-palmente da Europa que dos Estados Unidos, país que decidiu aceitar com calma os anúncios de reformas no sistema fi nanceiro.

Mas, se apostamos em algo que fi cará de tudo isso, apostamos em algo similar ao que disse Larry Summers, principal assessor econômico de Oba-ma: governos com autoridade para intervir e liquidar instituições fi nanceiras não bancárias com problemas; reguladores capazes de avaliar que certas instituições fi nanceiras (quais? É algo que ainda está em debate) contem com capital sufi ciente para suportar as crises e que os interesses dos consu-midores estarão acima dos interesses das empregas reguladas.

Papel do EstadoU ma coisa é a ideologia, outra é a necessidade. É preciso

estabelecer a diferença e não colocar no mesmo saco os Estados Unidos tomando o controle da GM e do Citi e a Vene-zuela intervindo em uma empresa local para promover o so-cialismo do século 21. Obama disse que quer colocar a GM de novo em pé e sair rápido, enquanto Chávez não afi rma o mes-mo do setor de serviços petrolíferos, nem de outros setores.“O debate permanecerá vigente por vários anos”, diz Nicolini, da Universidad Torcuato di Tella. “Vínhamos de várias décadas que apontavam a um Estado pouco interventor na produção, e que um pouco em regulamentação e assistência social. A crise gerou a sensação de que é importante que o Estado ocupe lugares tanto na produção de serviços quanto na de bens.”Esta discussão terá infl uência direta na América Latina, pois vivemos entre esses dois pólos. De um lado, Brasil, Uruguai e Chile, países com governos de centro-esquerda com um estado que se preocupa com o social, mas que deixaram o capital privado cuidar do resto, e Venezuela, Bolívia e, em menor medida, Argentina, países onde o estado avança em direção a tomada de praticamente todas as decisões da sociedade.

Éum dos temas mais importantes do debate atual: o que queremos que os bancos centrais façam no futuro. Grande parte dos bancos centrais dirige

a política econômica com o objetivo de alcançar uma meta de infl ação baixa. Mas, como Martin Wolf, economista inglês e colunista do Financial Times, não são poucos os que no passado declararam sua simpatia pelo “Santo Gral” das metas de infl ação que hoje sinaliza que está chegando a hora “de se desenhar uma nova abordagem à política mo-netária”.

Assim, a discussão girará em torno de se os bancos centrais deveriam incluir metas de crescimento ou a busca do pleno emprego. E também se deverão zelar para que não haja infl ação do valor de ativos, fator determinante no surgimento de bolhas. “Grande parte das bolhas são ex-plicadas por fortes expansões de crédito”, afi rma Alejandro Gaviria, acadêmico da Uniandes, na Colômbia. “Os bancos centrais podem controlar a expansão desse combustível através da taxa básica de juros”. Mas nem todos concordam. Um deles é o economista chileno Francisco Rosende, decano da faculdade de Economia da Universidade Católica do Chile, que escreveu em uma coluna no jornal chileno El Mercurioque “seria muito azar se como conseqüência da crise reapa-recessem propostas amplamente superadas como aquelas que sugerem incorporar aos objetivos dos bancos centrais a busca do pleno emprego e, inclusive, do desenvolvimento econômico”.

O objetivo central do Banco Central

Papel

Page 59: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 59

A solvência dos governosOs alarmes soaram quando a Standard & Poor’s declarou que

o Reino Unido poderia perder sua classifi cação AAA, a mais alta, devido aos montantes envolvidos em seus pacotes de res-gate. Independentemente das críticas às classifi cadoras por seu papel na crise subprime, muitos economistas logo começaram a especular se os EUA também não poderiam perder sua classifi cação AAA. De fato, a empresa de administração de ativos Pimco disse que isso “não seria improvável”. Um default dos Estados Unidos a caminho?

Alto lá, senhores. Mesmo considerando o poder de atração de tal exercício teó-rico, é uma possibilidade muito remota. Que os países desenvolvidos deverão tratar de limitar o gasto público, disso não há dúvida. Mas não signifi ca que os EUA passa-rão a ter baixo grau de investimento (há 10 graus entre AAA e BB+, a partir do qual um bônus deixa de ter investment grade). Também é certo que terão que aumentar impostos. Há quem diga horrorizado que a relação dívida/PIB do país subirá a 80%. Bem, o Japão já tem uma relação de 170% entre dívida e PIB.

De fato, da próxima vez que ouvir alguém falar sobre os riscos de uma crise de insolvência dos EUA, conta as rugas em sua cara. O verdadeiro risco está na falta de vontade dos governos desenvolvidos de darem o menor sinal de dispo-sição a reformar seus sistemas de previdência social ou de assistência médica. Isso sim é um buraco fi scal sem precedentes e a maior ameaça de insolvência.

Quando pisar no freio

Os pacotes de estí-mulo contracíclicos

não podem ser para sempre. Se fosse assim, deixariam de se contra-cíclicos. O problema é decidir quando começar a restringi-los, espe-cialmente nos países em desenvolvimento e emergentes, sem correr o risco de entrar em outra recessão. Vale lembrar que os EUA voltaram a entrar em recessão em 1937, quando Roosevelt teve que deixar os pacotes de estímulo do New Deal. O que salvou esse gover-no foi o início da Segunda

Guerra Mundial. O risco de esticar os pacotes além do adequa-do, porém, é a possível gera-ção de bolhas ao se mante-rem artifi cialmente condições de crédito mais amplas que as requeridas pela economia.

-da

dereq

Page 60: Nº 377 Edição Brasil

60 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

OBrasil ditou o modelo. E foi seguido por Colômbia, Méxi-co e, em parte, pelo Chile. Os bons resultados dos últimos

anos levaram alguns governos da região a colocar-se em dia com planos de apoio social. Estes programas têm sido espe-cialmente bem-sucedidos no Brasil, com destaque para o Bolsa Família. “Estes modelos são muito fáceis de replicar, mas muito difíceis de desmontar”, diz Gaviria, da Uniandes. E será correto sacrifi cá-los se a crise exigir novos esforços fi scais? O debate continuará, mesmo que a resposta defi nitiva para esta questão seja não. A dimensão destes programas está ainda muito distante dos níveis de gasto representados pelos siste-mas de bem-estar social dos países europeus e, inclusive, dos

Estados Unidos. E têm sido fundamentais para lidar com a questão da estabilidade, inclusive nos momentos mais duros da crise. Sua rentabi-lidade em uma região que mantém alguns dos maiores índices de desigualdade do planeta tem sido evidente.

Atenção com o Leste EuropeuPode parecer uma região distante, mas o que acontece nos países do Leste Europeu que

estão à beira da falência pode ter refl exos sociais e afetar toda a região. “São países extremamente endividados em moeda estrangeira e seus sistemas de câmbio não fl utuam livremente”, diz Moreno, do BBVA. A exposição dos bancos da Europa Ocidental a esses países é enorme (de aproximadamente US$ 1,4 trilhão) e pode ser um novo foco de crise, com risco de afetar ainda mais as taxas de recuperação e causar maior desemprego. “Há sinais de reação, mas muitos governos da Europa agora estão jogando pela vida”, concor-da Gaviria, da Uniandes.

A América Latina não está próxima de replicar uma crise como as da Europa Oriental porque as autoridades econômicas locais aprenderam com experiên-cias anteriores e conhecem os riscos do superendividamento em moeda es-trangeira, o que veio acompanhado do desenvolvimento de mercados fi nan-ceiros domésticos. E disso podemos nos orgulhar. Por aumentar as cotas de fi nanciamento do FMI, a crise no Leste Europeu e nos países da Europa Ociden-tal foi uma oportunidade para que o Brasil mostrasse seu novo peso mundial ao oferecer fi nanciar o FMI em cerca de US$ 10 bilhões.

O dinheiro do bem-estar

60 AMÉRICA AS 500 MAIOREECONOMIA A

Page 61: Nº 377 Edição Brasil

ANÁLISE E RANKINGSIntrodução 62Índice 86Ranking 500 88Análise de rentabilidade 108Análise 500 por resultado 112As que mais ganharam e perderam 114As maiores por Ebitda 116As maiores empregadoras 117Variação patrimonial 118As mais endividadas 119As maiores por ativos 120Análise de efi ciência 121Análise por propriedade 124As maiores locais e estrangeiras 125As maiores estatais 126As maiores exportadoras 127As maiores por setor 130As maiores do Brasil 135As maiores do México 139As maiores do Chile 142As maiores de vários países 145Movimentos no Ranking 147As novas no Ranking 148Metodologia 149América Latina em cifras 150

maioresda América Latina

empresas

SETORESAlimentos 66Automotivo 68Bebidas 70Comércio 72Energia elétrica 74Mineração 76Petróleo e Gás 78Petroquímica 80Siderurgia 82Telecomunicações 84

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 61

Page 62: Nº 377 Edição Brasil

COM FREIOS DE AREm 2008 as 500 Maiores Empresas da América Latina tiveram seu primeiro retrocesso em cinco anos, colocando um ponto fi nal no maior período de expan-são da história recente das corporações da região AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

Se associarmos as 500

Maiores Empresas da

América Latinas desta-

cadas em nosso ranking

a uma grande frota de cami-

nhões que avançam em alta

velocidade na mesma direção,

2008 seria o ano de pisar no

freio e dar marcha a ré. Não se

trata de uma imagem literária

sem sentido. O ano passado

foi a primeira vez desde 2002

que a soma em dólares das

vendas das 500 Maiores Em-

presas da América Latina caiu

em relação ao ano anterior.

Em 2008, o volume total da

receita retrocedeu 3,7%, um

breque ainda mais brusco se

comparado à expansão de

23,7% obtida em 2007.

E não é só. É a primeira

vez desde 1990, ano que co-

meçamos a editar este ranking,

que a empresa N° 500 registra

vendas inferiores à de N° 500

do ano anterior. No ranking

do ano passado, a Colombia-

na de Comercio era a última

da lista, com vendas de US$

821,8 milhões em 2007; no

ranking atual, o último lugar

AS 500 NA HISTÓRIA

QUANDO SE SUBIA COMO ESPUMAFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

QUEBRANDO BARREIRASNº DE EMPRESAS COM VENDAS ACIMA DE US$ 1 BILHÃOFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

0

100

200

300

400

500

1999

167

2000

204

2001

206

2002

187

2003

219

2004

262

2005

302

2006

334

2007

437

2008

419

ficou com Farmacias Benavi-

des (México), que em 2008

faturou US$ 719 milhões.

A isso se soma que pela

primeira vez desde 2002

reduziu-se a quantidade de

empresas com vendas acima

da barreira do US$ 1 bilhão

– das 437 no ranking do ano

passado às 419 deste ano.

Ou seja, é oficial: 2008 foi

o ano que colocou um ponto

final no mais bem-sucedido

período de expansão das

grandes corporações latino-

americanas, cujas vendas pas-

saram de US$ 831,6 bilhões

em 2001 a US$ 1,9 trilhão

em 2007.

O retrocesso de nossa

frota latino-americana tem

uma causa sem mistério:

a crise econômica global.

Esta impactou diretamente

nas 500 através de uma forte

contração do comércio glo-

bal, uma profunda queda no

preço das commodities e uma

desvalorização generalizada

das moedas locais frente ao

dólar dos EUA, usado como

referência para este estudo.

No caso dos caminhões

que transportavam matérias-

primas – os maiores e mais

dinâmicos desta frota – a

pista começou a mostrar-se

repentinamente pedregosa.

Em julho do ano passado, os

preços do cobre, do alumínio,

da soja, do trigo, do petróleo e

da celulose registravam má-

ximas históricas, e somente

um mês depois iniciaram uma

pronunciada queda, sem prazo

para terminar.

A escassez de divisas,

outra grande enxaqueca de

2008, afetou boa parte das 500

Maiores Empresas da Amé-

rica Latina. O fator câmbio

foi especialmente forte nas

duas principais economias

da região, que aportam o

maior número de empresas

ao ranking. No Brasil, por

62 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Ano Vendas Var. Mínimo

1991 324.069,8 3,9% 196,0

1992 375.102,7 15,7% 166,5

1993 402.867,2 7,4% 162,6

1994 512.087,0 27,1% 193,5

1995 544.318,2 6,3% 215,5

1996 553.580,3 1,7% 267,2

1997 645.180,0 16,5% 350,4

1998 629.847,0 -2,4% 316,0

1999 624.527,4 -0,8% 278,5

2000 881.208,1 41,1% 357,7

2001 855.427,7 -2,9% 331,7

2002 831.571,6 -2,8% 324,9

2003 938.208,0 12,8% 362,0

2004 1.122.496,6 19,6% 464,3

2005 1.364.398,2 21,6% 526,2

2006 1.581.618,0 15,9% 570,3

2007 1.955.734,7 23,7% 821,8

2008 1.882.521,8 -3,7% 719,0

Page 63: Nº 377 Edição Brasil

As 500 por país

RK 2008

PAÍS NÚMERO DE EMPRESAS VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES) VAR % 08/07PARTIC. %

2008

SOMBRA DO SULOITO EMPRESAS MEXICANAS SUBSTITUÍDAS POR PERUANAS E CHILENASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

1 Brasil 203 204 207 211 212 428.755,3 534.077,5 610.088,2 825.018,2 746.786,7 -9,5 39,7

2 México 154 138 111 134 126 442.722,6 490.811,1 532.016,3 645.721,6 588.245,5 -8,9 31,2

3 Chile 48 54 63 55 60 74.838,1 103.043,9 137.953,1 158.345,4 164.322,2 3,8 8,7

4 Venezuela 11 11 12 7 7 74.638,3 98.294,2 118.360,8 109.557,5 147.586,6 34,7 7,8

5 Argentina 32 36 41 36 35 45.724,0 65.585,2 88.240,6 107.736,8 117.493,5 9,1 6,2

6 Colômbia 28 30 35 31 28 27.726,7 36.037,8 46.945,5 58.597,4 59.484,0 1,5 3,2

7 Peru 11 12 18 15 21 12.464,2 16.368,3 26.085,2 29.091,7 32.300,0 11,0 1,7

8 Equador 2 5 3 3 3 4.662,5 8.210,6 8.684,0 9.444,4 13.182,6 39,6 0,7

9 Costa Rica 6 4 3 3 3 6.642,9 6.072,0 4.640,4 5.594,2 6.180,8 10,5 0,3

10 Panamá 1 2 2 2 2 1.063,5 1.817,7 2.294,0 2.756,5 3.273,9 18,8 0,2

11 Uruguai 1 2 2 2 2 1.000,7 2.188,3 2.230,7 2.933,0 2.725,9 -7,1 0,1

12 El Salvador 1 1 1 1 1 521,0 791,7 928,3 938,0 940,0 0,2 0,0

13 Guatemala 2 1 2 - - 1.734,8 1.100,0 3.151,0 - - - -

Total 500 500 500 500 500 1.122.496,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8 -3,7 100,0

2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008

ESCASSEZ DE DIVISAS 2008VARIAÇÃO CAMBIAL (US$) DE PAÍSES SELECIONADOSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE, A PARTIR DE DADOS DE REUTERS E OANDA

-10

30

40

10

20

UR.$

12,5

PA.$

4,2

B0.$-7,4

PE.$

4,7

AR.$

9,3

CR.$

9,6

CO.$

11,7

BR.$

37,1

MX.$

25,1

CH.$

26,9

exemplo, o dólar passou de

R$ 1,76 em 31 de dezembro

de 2007 para R$ 2,41 em 31

de dezembro de 2008, o que

significa uma desvalorização

de 37,1% em um ano. No

México, a história se repete

(25,1%), bem como no Chile

(26,9%).

Em contrapartida, a desvalo-

rização do dólar foi moderada

no Uruguai, na Colômbia,

Costa Rica e Argentina –

entre 12,5% e 9,3%. No Peru

e no Paraguai, observam-se

as menores desvalorizações:

respectivamente, de 4,7%

e 4,2%.

PETRÓLEO NA CABEÇA Apesar das mudanças globais,

o topo do ranking continua

dominado pelas três grandes

petrolíferas da região – a

mexicana Pemex, a brasileira

Petrobras e a venezuelana Pd-

vsa –, como acontece desde a

criação deste ranking. No caso

da Pdvsa, recomendamos ao

leitor a observação cuidadosa

dos números.

Apesar de as cifras oficiais

da companhia indicarem que

sua receita em dólares aumen-

tou 30,1% em 2008, é preciso

lembrar que o percentual foi

calculado a partir do câmbio

oficial do bolívar – fixado em

2,14 por dólar, muito acima

do câmbio real que há na

economia. Além disso, há

questionamentos bastante

sólidos à contabilidade da

companhia, especialmente no

que se refere à certificação de

seus níveis de produção e à

valorização dos subsídios que

a empresa oferece ao vender

combustíveis no mercado in-

terno e a países amigos (ver

matéria pág. 35).

Voltando à metáfora da

frota de caminhões, o que

passou em termos reais não

foi que a Pdvsa acelerou mais

que as petrolíferas do Brasil

e México, mas que seu tacô-

metro está mal-regulado. Por

isso, apesar de a companhia

venezuelana estar no ranking

principal, ela não foi conside-

rada nos sub-rankings.

Além disso, a briga mais

interessante para ver quem é

a maior empresa da América

Latina se dá efetivamente entre

Petrobras e Pemex. Dependen-

do do câmbio utilizado para

fazer a comparação, alguns

analistas dizem que em 2008

a brasileira registrou vendas

superiores às da mexicana.

Mas ao usar o valor do dólar

relevante para este estudo (o

do último dia do ano anterior,

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 63

Page 64: Nº 377 Edição Brasil

Com 212 empresas, o Brasil continua sendo o país que mais aporta empresas ao ranking. Mas o total das vendas das brasile-iras caiu 9,5% em relação a 2007

EVOLUÇÃO MENSAL DO PREÇO DAS COMMODITIESÍNDICES EM BASE 100FONTE: REUTERS

SOJATRIGO

ALUMÍNIOPETRÓLEOCELULOSE

COBRE

160

DEZ 07 FEV 08 ABR 08 JUN 08 AGO 08 OUT 08 DEZ 08 FEV 09 ABR 09

140

120

100

80

60

40

20

tal como especificado em

Metodologia, na pág. 149), a

atribulada petrolífera mexica-

na ainda supera – por muito

pouco – a brasileira.

Mas essa é somente uma

das histórias que há por trás

deste ranking. Isso porque,

voltando a nossos caminhões,

pode-se dizer que 2008 apre-

sentou-se como uma pista

que superou a capacidade de

algumas unidades da frota,

permitindo a entrada de outras

mais bem-preparadas.

Os brasileiros continuam

imperando na rota. E somaram

uma nova máquina ao grupo,

chegando a 212 em 2008. Mas

todas reduziram a velocidade,

pois o conjunto de suas vendas

caiu de US$ 825 bilhões em

2007 a US$ 746,8 bilhões em

2008 (-9,5%).

Devido à sua dependência

dos EUA, epicentro da crise, a

frota mexicana viu-se ressen-

tida, pois teve que resignar-se

à saída de oito caminhões.

Restaram apenas 126 na rota,

o que, em termos de vendas,

significa que os US$ 588,2

bilhões de 2008 representam

uma queda de 8,9% em relação

ao ano anterior.

Quem se aproveitou da

debilidade mexicana foram

seis caminhões peruanos e

cinco chilenos que subiram ao

pelotão das 500, ampliando

suas frotas nacionais a, res-

pectivamente, 21 e 60 máqui-

nas, o que permitiu a ambos

os países aumentarem suas

velocidades médias (cresci-

mento em vendas) – em 11%

no caso do Peru e em 3,8%

no caso do Chile.

Quanto aos caminhões

argentinos, estes aceleraram

9,1%, somando vendas de

US$ 117,5 bilhões. Mas o

país perdeu um carro, ficando

com 35. Algo parecido acon-

teceu com os colombianos,

que registraram aumento de

1,5% nas vendas (US$ 59,4

bilhões em 2008), mas com

três caminhões a menos, to-

talizando 28.

ROTASDE MERCADOO setor de comércio, que em

2008 totalizou vendas de US$

187,5 bilhões, mostrou um

retrocesso de 4,7%. A crise

financeira teve um impacto

forte no consumo e muito do

que se avançou na cobertura de

crédito em anos anteriores foi

perdido em 2008. Mas houve

empresas varejistas que de

qualquer forma conseguiram

resultados de peso. É o caso,

por exemplo, das chilenas

Cencosud e Falabella, que

incrementaram sua presença

regional em 2008, bem como

as operações da francesa

Carrefour na Argentina e

no Brasil.

Mais dramáticos, entre-

tanto, foram os casos dos

setores de telecomunicações

e de bebidas, que registraram

quedas de 12,8% e 13,9%,

respectivamente, com vendas

totais de US$ 148,2 bilhões

e US$ 54,8 bilhões.

No setor automotivo, o

panorama geral pode ser

enganador. Apesar de as

vendas totais terem caído

apenas 4,5%, o que é pouco

em comparação com os níveis

mundiais dessa indústria, 20

das 33 empresas que fazem

parte do ranking sentiram a

crise em suas vendas.

No caso de energia elé-

trica, que envolve empresas

geradoras, transmissoras e

distribuidoras, observa-se

uma queda nas vendas totais

de 8,8%, sobre um total em

2007 de US$ 130,4 bilhões.

Isso se explica em parte por ser

um setor regulado que possui

menos margem de manobra

para sobreviver aos choques

internacionais.

Já o setor de construção

curiosamente mostra um

64 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 65: Nº 377 Edição Brasil

Por volta dessa cifra es-tão os maiores crescimen-tos setoriais: transportes e agroindústria

aumento na receita total de 9,5% em 2008, refletindo em parte a força de sua inércia. Já o setor de cimento, associado ao de construção, mas muito mais sensível às mudanças da demanda, teve a segunda que-da setorial mais pronunciada (-17,3%), depois de têxtil e calçados (-30,7%).

Vale destacar a expansão do setor de transporte/logísti-ca, que envolve companhias aéreas, navais, operadores de portos e aeroportos. Desde 2001, as empresas do setor

têm desenvolvido um mo-delo de negócios muito mais flexível, com base no aluguel de barcos e aviões, ganhando flexibilidade para ajustar sua oferta e custos a uma contra-ção da demanda. Isso explica a notável taxa de crescimento de 11,7%, com receita total

de US$ 35,5 bilhões.E como será a viagem dessa nossa frota em 2009? Os re-sultados do primeiro trimestre indicam um ano mais compli-cado que 2008. Projeção que é consistente com a história deste estudo, pois cada vez que as 500 são impactadas por

uma crise – como a asiática, em 1998, seguida do atentado às Torres Gêmeas em 2001 –, registraram dois anos de retrocesso nas vendas. Será preciso esperar até 2010 para que esses grandes cami-nhões latino-americanos pos-sam voltar a acelerar.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 65

RK 2008

NÚMERO DE EMPRESAS VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES)Var % 08/07

Particip. % 2008

SETOR 2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008

1 Petróleo/Gás 33 34 35 32 37 290.420,3 377.666,0 447.073,3 494.022,7 506.996,6 2,6 26,9

2 Comércio 76 71 72 70 74 125.495,0 140.382,6 162.591,0 196.662,9 187.507,1 -4,7 10,0

3 Telecomunicações 42 45 43 41 37 97.356,1 124.363,2 141.873,6 170.013,1 148.210,3 -12,8 7,9

4 Siderurgia/Metalurgia 43 42 36 40 36 66.444,6 90.537,8 94.909,0 147.002,5 138.910,3 -5,5 7,4

5 Energia elétrica 44 45 46 44 43 74.379,9 92.450,9 104.646,7 130.432,0 119.015,4 -8,8 6,3

6 Automotivo/Autop. 30 29 31 33 33 77.921,2 76.646,6 91.997,7 123.943,5 118.340,7 -4,5 6,3

7 Mineração 27 27 36 33 32 50.886,3 64.959,4 103.226,0 126.094,4 107.332,4 -14,9 5,7

8 Multissetor 25 25 29 14 15 71.629,3 86.221,7 108.558,0 92.377,7 88.093,6 -4,6 4,7

9 Agroindústria 16 15 14 20 19 33.543,9 26.965,8 26.685,1 58.003,6 64.640,5 11,4 3,4

10 Petroquímica38 36

13 14 1451.546,1 57.268,7

43.633,7 57.552,8 59.191,1 2,8 3,1

16 Química/Farmácia 17 20 18 16.502,6 29.687,9 27.610,5 -7,0 1,5

11 Bebidas 18 18 19 15 15 38.927,5 49.835,4 58.308,4 63.686,9 54.849,0 -13,9 2,9

12 Alimentos 24 26 24 24 25 29.859,1 38.333,2 37.604,0 52.408,6 53.102,5 1,3 2,8

13 Eletrônica 14 14 11 20 20 20.857,3 22.359,2 18.937,8 42.521,0 44.675,7 5,1 2,4

14 Transporte/Logística 20 19 15 17 19 25.551,1 29.761,5 23.521,4 31.737,8 35.454,1 11,7 1,9

15 Cimento 7 7 8 7 6 15.797,6 23.214,1 27.952,5 33.963,3 28.096,7 -17,3 1,5

17 Construção 9 9 9 13 13 7.329,2 10.384,2 12.761,3 21.110,4 23.125,7 9,5 1,2

18 Celulose/Papel 9 11 12 9 10 11.645,3 14.500,8 16.750,8 18.576,4 17.035,6 -8,3 0,9

19 Manufatura - - 4 8 8 - - 4.006,9 13.310,4 12.037,3 -9,6 0,6

20 Mídia 7 7 7 6 5 7.469,5 9.403,7 10.854,6 12.237,4 10.475,1 -14,4 0,6

21 Serviços básicos 7 8 3 6 6 8.015,1 11.125,1 4.733,5 11.526,5 9.846,7 -14,6 0,5

22 Serviços de saúde 4 3 4 6 6 2.451,6 2.409,1 3.244,3 7.153,9 7.764,4 8,5 0,4

23 Serviços gerais - - 5 2 2 - - 9.125,2 7.779,2 7.025,3 -9,7 0,4

24 Máquinas/Equip. 3 3 2 3 4 2.652,6 4.528,6 4.543,8 5.163,1 5.989,9 16,0 0,3

25 Aeroespacial - 1 1 1 1 - 3.902,0 3.912,0 5.636,2 5.026,4 -10,8 0,3

26 Têxtil/Calçados 4 5 4 2 2 1.664,6 2.969,6 3.664,8 3.130,5 2.169,0 -30,7 0,1

Total 500 500 500 500 500 1.122.494,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8 -3,7 100,0

As 500 por setorO IMPÉRIO DOS HIDROCARBONETOS

APESAR DA MONTANHA RUSSA DOS PREÇOS, AS PETROLÍFERAS CONSEGUIRAM EQUILIBRAR SUAS VENDAS EM 2008FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

Page 66: Nº 377 Edição Brasil

Foram necessários dez

anos de conjecturas

e a perda de R$ 2,5

bilhões de reais em

derivativos para inverter a

ordem dos fatores e acelerar

o processo. Mas, finalmente,

no dia 19 de maio, Perdigão

e Sadia fundiram-se dando

origem à maior empresa de

alimentos da América Latina

(e uma das dez maiores do

mundo), a Brasil Foods, com

faturamento anual líquido

superior a US$ 10 bilhões.

O ranking das 500 Maiores

Empresas da América Latina

de AméricaEconomia reflete as

posições de mercado em perío-

do anterior à concretização do

negócio. Mas, seria impossível

ignorar a mudança no topo

do ranking e os impactos do

negócio, que depende agora da

aprovação de órgãos regulado-

res de concorrência.

A fusão permitirá ganhos de

competitividade principalmente

em logística, no Brasil e lá fora.

Mas há a preocupação de que

a nova companhia possa impor

preços em diversos segmentos

de alimentos industrializados

– carnes resfriadas, carnes

congeladas, massas e pizzas

semiprontas. “Em média,

eles são donos de 70% desses

mercados. Na medida em que

se fundem, ficam ainda mais

fortes”, avalia Renato Prado,

analista da Fator Corretora.

Por conta disso, ainda que a

Brasil Foods negue a intenção

de usar seu poderio econômico

para ampliar margens, Prado

afirma que faria sentido o

Conselho Administrativo de

Defesa da Concorrência (Cade)

condicionar a fusão à venda

de algumas marcas no Brasil.

No segmento de lácteos, onde

apenas a Perdigão atuava, e lá

fora, porém, não deve haver

restrições, diz o analista.

PANORAMA LATINOMas não são só Sadia e Per-

digão que têm motivos para

comemorar. Desde o início do

ano, os preços das principais

commodities agrícolas exporta-

das pela América Latina vêm se

recuperando bem. As cotações

médias mensais do açúcar no

mercado internacional, por

exemplo, estão hoje acima

do patamar máximo do ano

passado, alcançado em agosto.

Enquanto soja, milho e trigo

acumulam, de janeiro a maio

deste ano, altas aproximadas

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

SETOR ALIMENTOS

66 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Setores de agronegócios e alimentos se recuperam mais rápido que os demais. Por questões políticas, situação na Argentina é ponto fora da curva Dubes Sônego

Primeiro a cair, primeiro a subir

Page 67: Nº 377 Edição Brasil

de 28%, 13% e 10%, respec-

tivamente. Desempenhos bem

melhores que o do índice Dow

Jones no período.

“É óbvio que ainda existem

problemas sérios, como a que-

bra de safra no Rio Grande do

Sul, que tem impacto impor-

tante na produção brasileira. O

algodão não vai tão bem e a

exportação de frutas (manga,

maça, uva e goiaba) foi bas-

tante impactada pela crise. A

Argentina também sofre mui-

to”, diz José Maria Ferreira da

Silveira, professor do Instituto

de Economia da Unicamp.

“Mas, o preço das proteínas

tende a subir”, enfatiza. Algo

que acontece, em parte, por-

que a China, menos afetada

pela crise, ainda é a grande

responsável pelo crescimento

da demanda mundial. E, em

parte também, pelo fato de se

tratar de um setor de bens in-

dispensáveis, tradicionalmente

menos afetado em recessões. O

risco, assim, seria apenas o de

troca de produtos mais caros

por outros mais baratos.

No setor de carne, os únicos

que enfrentam mais dificuldade

são os produtores de suínos,

devido ao medo (até agora

infundado) da “gripe suína”.

“Os preços da carne de frango

estão se recuperando bem. Os

da carne de boi já se recupe-

raram e tendem a manter essa

tendência”, afirma o professor

da Unicamp.

Além disso, segundo José

Vicente Ferraz, diretor Técnico

da Agra/FNP, consultoria es-

pecializada em agronegócios,

grandes concorrentes dos países

latino-americanos no mercado

internacional de carne bovina,

como a Austrália, enfrentam

problemas climáticos graves

e tendem a manter ou redu-

zir embarques ao exterior. O

que abriria espaço para um

crescimento de exportado-

res da região, como Brasil

e Uruguai. O que permitiria

traçar um panorama geral da

região “de estável para bom”,

segundo Ferraz.

EXCEÇÃOCom o Chile forte na expor-

tação de frutas e um Paraguai

onde o agronegócio cresce,

apesar de problemas como a

insegurança jurídica, um dos

poucos pontos fora da curva

na região deverá ser mesmo

a Argentina que, além de

problemas políticos, enfrenta

uma forte seca. “A preocu-

pação do governo argentino

têm sido manter os preços da

carne e da soja os mais bai-

xos possíveis, para ganhar o

eleitorado”, afirma o uruguaio

Rafael Tardaguila, diretor da

Blasina & Tardaguila e editor

da newsletter FaxCarne. “É um

problema político gravíssimo”,

concorda Ferraz, da Agra/FNP.

“Existe a previsão de que o

país (tradicional exportador de

carne) possa vir a se tornar um

importador líquido de carne em

dois ou três anos”, afirma.

“A Argentina vai desapa-

recer”, diz Patricia Van Ploeg,

consultora independente do

setor de agronegócios no país.

Segundo ela, no setor de car-

nes, em particular, a situação é

oposta a do Uruguai, que segue

aumentando exportações, nos

últimos cinco anos. E já supe-

rou a Argentina, em volumes.

“Lá o governo conscientizou a

população a comer menos cor-

tes exportáveis mais caros. Na

Argentina, o governo incentiva

o consumo interno de cortes

nobres”, conta. Na Argentina,

não existem, em tese, restrições

às exportações. Mas dificulda-

des burocráticas restringem o

comércio exterior.

De forma semelhante, estão

em queda livre no país a pro-

dução de outras commodities,

como o trigo e o milho, usado

também como ração animal.

MAR DE PROBLEMASO México, tradicional impor-

tador líquido de alimentos, é

outro caso à parte. Mas por

motivos diferentes. Segundo

José Antonio Castiglione,

professor da Universidade

Iberoamericana, a retomada

das commodities deverá di-

ficultar a situação do país,

que compra de fora cerca de

70% do arroz, 60% do trigo,

30% do milho e 90% da soja

que consome. “Em 2008, as

commodities alcançaram pre-

ços recorde, as importações

do setor chegaram a US$ 6

bilhões e houve forte pressão

inflacionária”, diz. Este ano,

diz, não deverá acontecer o

mesmo, já que é difícil que os

preços voltem aos patamares

pré-crise. E a inflação está

em queda. Mas, destaques

positivos, como a panificadora

Bimbo, com várias plantas

fora do país, continuarão a

ser exceção.

AGROINDUSTRIA Y ALIMENTOS

Nº EMPRESA PAÍS SECTOR / RUBRO

VENTAS 2008 US$ Millones

UTILIDAD NETA 2008

US$ Millones

VAR. VEN-TAS 08/07

(%)

VARIACIÓN UTILIDAD 08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEN NETO (%)

RK 2008

1 JBS FRIBOI BRA Agroindustria 12.982,6 11,1 62,6 111,9 0,4 0,2 0,1 18

2 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindustria 9.521,1 0,9 8,4 104,7 0,1 0,0 0,0 37

3 CARGILL BRA Agroindustria 6.853,9 -164,0 -4,1 -106,3 -134,2 -6,6 -2,4 56

4 CARGILL ARG Agroindustria 5.970,2 N.D. 26,4 - - - - 65

5 BUNGE ARG Agroindustria 4.190,0 N.D. 44,5 - - - - 97

1 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 5.951,0 312,3 -11,5 -12,0 12,6 7,4 5,2 66

2 NESTLÉ BRA Alimentos 5.369,4 N.D. -23,8 - - - - 76

3 PERDIGÃO BRA Alimentos 4.875,1 23,3 30,2 -87,2 1,3 0,5 0,5 82

4 SADIA BRA Alimentos 4.590,8 -1.063,3 -5,7 -373,3 -604,8 -18,2 -23,2 89

5 GRUPO MASECA MÉX Alimentos 3.238,2 -888,6 -1,3 -534,3 -223,0 -27,7 -27,4 126

PROMEDIO SECTOR AGROINDUSTRIA 11,5 -128,5 -12,8 0,7 -0,3

PROMEDIO SECTOR ALIMENTOS 4,3 -90,5 -42,0 1,3 -0,1

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 67

bilhões de dólares ou mais é quanto fatura anualmente a nova gigante Brasil Foods.

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

r outros mais baratos.

N t d ú i

Page 68: Nº 377 Edição Brasil

Dia 14 de maio de

2009 foi de come-

moração para o se-

tor automobilístico

brasileiro: nessa quinta-feira,

bateu-se a marca de 1 milhão

de carros novos vendidos no

País, um dia antes do que em

2008. Graças à boa resposta dos

motoristas frente ao pacote de

incentivos lançado no final de

2008 – desoneração fiscal por

parte do governo, juros mais

baixos, prazos de pagamento

mais longos e descontos extras

oferecidos por montadoras

e concessionárias –, o País

conseguiu reagir à ameaça

configurada em novembro de

2008, quando a queda de 34%

na produção impediu que o

setor virasse o ano com confete.

“Até agora só não se conseguiu

evitar essa retração em cami-

nhões e ônibus, que demorarão

mais para se recuperar”, diz

Paulo Roberto Grabossa, da

consultoria ADK Automotive,

em São Paulo.

Com baixa dependência

das vendas externas (cerca de

15% são exportações) e rápida

reação na venda de autos leves

frente à situação em outros

grandes mercados da região e

do mundo, o País do flexfuel

não só conseguiu afastar o

fantasma do desemprego em

massa: também afirmou sua

presença no redesenho do

mapa da indústria automotiva

desde que o grupo de Detroit

– GM, Chrysler e, em menor

medida, a Ford – acelerou sua

decadência anunciada.

É certo, todos estão conser-

vadores. “Nossa estimativa para

este ano é de que o mercado

interno tenha uma queda de

3,9% em relação a 2008, e

deveremos produzir cerca de

2,86 milhões de veículos, 11%

menos que em 2008 (3,22 mi-

lhões)”, diz Jackson Schneider,

presidente da associação brasi-

leira de fabricantes (Anfavea).

Até a principal montadora

do País, a Volkswagen – que

nunca conseguiu existir para

o mercado norte-americano, o

que pontualmente hoje chega a

ser uma vantagem – tem claro

que os resultados mundiais

em 2009 podem ser de perdas

recordes. Isso sendo uma das

poucas que fechou a operação

global em 2008 no azul e a

única, junto com a Hyundai,

que conseguiu continuar sem

perdas no primeiro trimestre

deste ano.

“Mas o Brasil compro-

vou que continua rentável

e nenhuma companhia vai

deixar de alimentar a galinha

que ainda lhe dá ovos”, diz

Grabossa. Honda, Toyota e

Nissan ampliaram o número

de modelos fabricados no

Brasil, e Ford e Fiat têm sólidas

operações locais. Esse parece

ser o mote também da GM no

Brasil depois da concordata da

matriz norte-americana. Além

do anúncio de um investimento

de US$ 1 bilhão que ao fe-

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

SETOR AUTOMOTIVO

68 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

O Brasil parece não ver risco frente à reconfi guração mundial da indústria automotiva. Mas o México ainda espera Solange Monteiro

Força doméstica

Page 69: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

chamento desta edição ainda

seria detalhado, a montadora

também sinalizou outras no-

vidades. Entre elas, segundo o

presidente da GM do Brasil e

Mercosul, Jaime Ardila, maior

independência da operação,

apoio a seu centro tecnológico

e a migração do vínculo com

a tecnologia europeia do Opel

para a asiática, com a futura

produção de carros coreanos

no País.

Isso sem contar um progra-

ma de investimentos prévio de

US$ 2,5 bilhões entre 2007 e

2012 para Brasil e Argentina

que implica a construção de

uma fábrica de motores em

Joinville e o lançamento de

uma nova família de carros, a

Viva, desenvolvida pela equipe

brasileira e cujos primeiros mo-

delos poderão sair de Rosario

e São José dos Campos.

É exatamente essa sinergia

entre vizinhos que hoje serve

de apoio ao mercado argentino.

Com um primeiro quadrimestre

de quedas na produção (39%

em relação a mesmo período

de 2008) e nas vendas internas

(30%), a Argentina tem sofrido

mais. No âmbito doméstico, o

aumento do prazo de financia-

mento não surtiu o resultado

esperado. As exportações, que

consomem mais da metade

da produção local, também

sofreram sobretudo devido

ao México, segundo mercado

de destino. “O câmbio nos

afetou muito. O peso argentino

valorizou-se cerca de 30% em

relação ao mexicano. E desse

jeito é quase impossível ven-

der”, diz Dominique Maciet,

presidente da Renault Argentina

e da associação automotiva do

país (Adefa). “O único que

tem resistido, nosso maior

comprador, é o Brasil.” Um

claro indício de que também

os argentinos dependerão da

reação do mercado brasileiro

no segundo semestre, caso os

benefícios fiscais não sejam

renovados.

Maciet destaca que a tensão

do momento é mais mal-

absorvida no segmento de

autopeças, em que várias

fábricas já ameaçam fechar

devido à queda no faturamento.

Entre elas está a alemã Mahle,

instalada em Rosario, que

deseja migrar sua operação

ao Brasil. “É um movimento

muito relacionado aos custos de

produção, e não é raro ver essa

avaliação de trocas de posição

entre os dois países. Mas vejo

a Argentina retomando uma

condição vantajosa”, afirma.

E se de relação de vizinhos

se trata, quem ainda leva a

pior é o México. Tendo como

principal montadora do país

a GM e a maior parte de sua

produção voltada ao mercado

externo, sobretudo aos EUA,

os mexicanos hoje se sentem

muito mais vulneráveis quanto

ao futuro das montadoras

do Norte. Quando a norte-

americana entrava em seus

primeiros dias de concordata,

em Silao, a fábrica da GM esta-

va em sua terceira interrupção

de trabalho do ano, afetando

3 mil trabalhadores e com

reflexo direto nas fornecedoras

locais– que enviam 60% da

produção aos EUA e que só

para a GM venderam US$ 7

bilhões em 2008.

“Tivemos um 2008 ruim,

investimentos novos vindos

da Ásia, como o Geely, não

se concretizaram, e neste ano

já registramos queda de 42%

na produção”, diz Albrecht

Ysenburg, sócio de Auditoria e

líder de análise do setor auto-

motivo da KPMG no México.

E como se não bastasse isso,

outra novidade poderá mover

ainda mais as peças no mercado

mexicano: o apoio do governo

de Barack Obama à produção

de carros elétricos, sejam eles

híbridos ou plug and play.

“Hoje essa iniciativa do

governo é baseada em três

fatores: na geração de em-

prego, na questão ambiental

e na segurança energética,

devido à alta dependência do

petróleo”, diz Adriano Pires,

diretor do Centro Brasileiro de

Infra-Estrutura (CBIE). “E fará

parte de uma tendência natural

de diversificação.” No caso do

México, o movimento é de alta

relevância, já que seu foco

dificilmente sairá do mercado

vizinho. No início de junho,

um executivo da GM México

afirmou que a empresa deverá

manter programas de investi-

mento no país e que espera que

o México seja escolhido para

fabricar motores ou modelos

híbridos dentro dessa nova es-

trutura. “Temos uma produção

competitiva que comportaria

muito bem tal mudança”, diz

Ysenburg, da KPMG. Fortaleza

fundamental para que o setor

não dê marcha a ré.

AUTOMOTIVO

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ.(%)

RK 2008

1 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX 12.027,0 N.D. 7,2 - - - - 25

2 VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 N.D. -10,4 - - - - 28

3 NISSAN MEXICANA (2) MÉX 10.529,1 N.D. 4,0 - - - - 30

4 CHRYSLER (2) MÉX 9.120,0 N.D. -6,5 - - - - 39

5 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 N.D. 28,6 - - - - 45

6 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX 8.140,0 N.D. -6,1 - - - - 46

7 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 801,6 -3,4 - 133,1 25,4 10,1 49

8 FORD MOTOR COMPANY (2) MÉX 5.885,4 N.D. -19,4 - - - - 69

9 FORD (2) BRA 5.350,3 N.D. -7,3 - - - - 77

10 DELPHI AUTOMO. SYSTEMS (2) MÉX 3.093,5 N.D. -40,9 - - - - 131

MÉDIA SETORIAL -3,7 -59,9 33,6 8,6 4,3

em relação a mesmo período

de 2008) e nas vendas internas

d

ab

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 69

foi a queda na produção mexicana de carros no primeiro quadrimestre de 2009

Page 70: Nº 377 Edição Brasil

Qualquer um gos-

taria que lhe es-

tendessem a mão

em um momento

como o atual. Sobretudo se

nesta estiver uma cerveja

gelada ou um refrigerante.

Apesar de 2009 não ser um

ano de muitos avanços, não

falta liquidez às empresas do

setor na região.

Segundo relatório do Eu-

romonitor, enquanto a crise

durar, em nível global, também

se registrará crescimento do

consumo de cerveja e das

bebidas engarrafadas. Menos

consumidores nas mesas dos

restaurantes e bares não sig-

nifica que as pessoas passem

a beber menos; só sugere que

o farão em suas casas. Como

diz Mary Taibon, analista do

Euromonitor para a América

Latina, se tal projeção se repli-

car no continente, será um ano

decente para as cervejarias da

região, especialmente porque

“nos próximos meses veremos

uma tendência ao consumo

de produtos mais baratos,

e isso significará comprar

menos cerveja importada e

preferir marcas locais”. Boa

notícia para empresas como

a AmBev (N° 41 no Ranking

das 500 Maiores Empresas da

América Latina), que, segundo

o Euromonitor, em 2008 domi-

nou mais de 56% do mercado

brasileiro, seguida pelo Grupo

Schincariol (N° 419), com

13,6% de participação.

Como este é um setor

que depende da avidez dos

consumidores locais, o país

mais afetado deverá ser o

México. Segundo Christine

Farkas, analista da Merrill

Lynch, “o consumo de bebidas

cresce a um múltiplo de 1,5 a

2 vezes o PIB”. Por isso, esse

país, cuja economia poderá

retroceder até 5,6% este ano,

de acordo com estimativas da

própria Merrill Lynch, é o

que tem as perspectivas mais

preocupantes. Mesmo assim,

grandes empresas como o

Grupo Modelo (N° 74), com

51% do mercado de bebidas

alcoólicas, ou a Femsa (N° 22),

com pouco mais de 40%, não

preocupam os analistas.

SETOR BEBIDAS

70 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Empresas vivem relativa tranquilidade em relação a outras indústrias Soledad Gómez

Um brinde à liquidez

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

Page 71: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

Mesmo com um cenário

adverso, Joe Borman, ge-

rente de análise corporativa

para a América Latina da

Fitch Ratings, acha que as

companhias mexicanas do

setor são suficientemente

resistentes. “Se nos fixamos

nos balanços, a maioria tem

muita flexibilidade em um

período de queda. Muito

mais do que outras do setor

de alimentos ou mineração,

por exemplo”, afirma.

Os dados da empresa norte-

americana Mintel mostram

que o consumo de cerveja no

país alcançou os 8,4 bilhões

de litros em 2008, aumento

de quase 480 milhões em

relação a 2007. O consumo de

refrigerantes, entretanto, está

sendo levemente afetado. E,

nisso, parte da culpa vem do

aumento do preço do açúcar

e da queda na economia

no último trimestre do ano

passado.

Estimativas apontam que

a reação desse mercado só

se dará em 2010. O analista

Michael Taylor, do Datamo-

nitor, explica que, apesar de

em nível mundial a inflação

ser um fenômeno transitório,

“na maioria dos mercados do

mundo a queda de preço é algo

que as empresas já tinham

incorporado, por isso nunca

transferiram todo o aumento do

preço das matérias-primas ao

consumidor e agora tampouco

transferirão a queda desses

preços para recuperar parte

de suas perdas.”

As empresas do setor vi-

verão um momento mais

tranquilo em outros mercados

importantes da região, como

Brasil e Argentina. No Brasil,

espera-se que as temperaturas,

que em 2008 foram mais

baixas que o comum, voltem

a subir, o que vai gerar mais

vendas, especialmente de

cerveja.

Em 2009, segundo a Mintel,

poderão chegar ao montante de

US$ 26,7 bilhões. E, em 2010,

a US$ 28,5 bilhões, frente a

US$ 25 bilhões em 2008. Na

Argentina, a esperança é de

que as eleições no primeiro

semestre ajudem a aquecer o

consumo. A Mintel estima que

o consumo de cerveja nesse

país cresça 4,3% em 2009 e

6,9% em 2010, superando os 2

bilhões de litros em 2011.

Levando em conta o con-

junto da região, espera-se um

aumento de vendas tanto de

cerveja quanto de refrigerante.

Enquanto em 2008 os refrige-

rantes registraram vendas de

US$ 99,24 bilhões, em 2009

espera-se que alcancem os

US$ 104,82 bilhões, segundo

o Euromonitor. Em bebidas

alcoólicas, o aumento será de

US$ 123,11 bilhões em 2008 a

US$ 129,52 bilhões em 2009,

acompanhado também por um

aumento de volume.

“Se há algo que essas

empresas têm em comum é

que todas estão gerando um

fluxo de caixa saudável nos

últimos anos e não estão muito

alavancadas”, diz Borman, da

Fitch. Uma condição que as

coloca de olho em qualquer

oportunidade que surja no

mercado.

Agora, mais do que desfa-

zer-se de seus próprios ativos,

como acontece com empresas

de outros setores, é evidente

que as grande engarrafadoras

querem aumentar sua ativida-

de, especialmente em nível

regional. Apesar de que ao

longo do continente há várias

empresas interessadas em

realizar aquisições, há poucos

ativos à venda. “A Coca-Cola

possui várias engarrafadoras

das quais gostaria de desfazer-

se”, diz Christine Farkas, da

Merrill Lynch. “Há ânimo

de aquisição, mas as oportu-

nidades não têm aparecido”,

diz Borman, da Fitch.

O analista concorda que as

empresas locais avaliaram a

possibilidade de compra das

engarrafadoras da Coca-Cola.

“A chilena Embotelladora

Andina (N° 314) e a Femsa

certamente estão interessadas

em comprar alguns desses

ativos, mas ainda não surgi-

ram ofertas suficientemente

interessantes na América

Latina.”

O importante é que as

grandes empresas, sobretudo

as que estão no nosso ranking,

geralmente mostrem balanços

saudáveis, o que lhes permite

ver a crise como uma excelente

oportunidade, mais do que

como um período de ajustes

e reestruturação.

Por sorte, essas empresas

não dependem do consumo

externo nem do comércio

internacional. Mesmo com

céu nublado, a América Latina

continuará com sede.

se dará em 2010. O analista

Michael Taylor, do Datamo-

a

U

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 71

BEBIDAS

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 FEMSA MÉX 12.146,9 484,9 -10,1 -37,8 9,7 3,6 4,0 22

2 AMBEV BRA 8.942,9 1.309,1 -19,4 -17,7 17,7 8,2 14,6 41

3 COCA-COLA BRA 6.418,5 N.D. -5,1 - - - - 61

4 COCA - COLA FEMSA MÉX 5.998,6 404,7 -5,4 -36,1 10,0 5,7 6,7 62

5 GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 651,7 -18,4 -25,1 14,6 8,5 12,0 74

6 GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 N.D. -5,7 - - - - 123

7 CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA) MÉX 3.075,7 391,4 -7,8 -20,9 - 8,2 12,7 132

8 BAVARIA COL 1.635,1 273,6 -9,2 -21,7 12,8 6,6 16,7 263

9 EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 1.463,8 212,9 -14,0 -6,5 20,2 13,7 14,5 292

10 EMBOTELLADORA ANDINA CHI 1.346,8 150,7 4,9 -8,4 27,4 15,7 11,2 314

MÉDIA SETORIAIS -6,9 -29,7 14,2 8,5 10,7

subirão as vendas de cerveja no Brasil em 2009, para US$ 26,7 bilhões, segundo a Mintel

Page 72: Nº 377 Edição Brasil

Até meados de

2008, o barco do

varejo na Amé-

rica Latina ia de

vento em popa. Uma onda de

fusões e aquisições, incursões

em novos mercados, novos

formatos e gordos lucros

caracterizavam um setor em

que os empresários chilenos se

destacavam com milionários

investimentos em base a um

modelo de varejo integrado

ao sistema financeiro. Mas

o sonho terminou no final

do ano. A crise econômica

desatada nos EUA paralisou o

crédito em nível internacional

afetando o desenvolvimento

de novos projetos, inclusive

os que estavam no meio do

caminho.

Logo, Horst Paulmann,

cabeça da chilena Cenco-

sud (Nº 33 do Ranking das

500 Maiores Empresas da

América Latina), deteve a

construção do Costanera

Center, complexo com três

torres de escritórios – entre

eles, o mais alto do Chile –

e um centro comercial que

demandaria US$ 500 milhões

em investimentos. E também

freou outros projetos menores

no Brasil e no Peru. O mesmo

aconteceu com outros chile-

nos. O Parque Arauco deteve

investimentos no Peru e na

Colômbia, enquanto a Ripley

(Nº 265) e a Falabella (Nº

67) anunciaram revisões em

suas cifras de investimento

divulgadas meses atrás, que

conjuntamente se aproxima-

vam a US$ 1 bilhão. No caso

da Ripley, também foram

colocados de molho planos

de expansão ao México.

“Não é que os investimen-

tos tenham sido congelados

totalmente, pois mercados

como o Peru ainda são atra-

entes para investir. Mas foram

interrompidos muitos projetos

em nível regional”, diz Juan

José Calle, presidente da

Associação de Centros Co-

merciais e de Entretenimento

do Peru (Accep).

“O negócio do varejo é

de alto alavancamento, e

para crescer demanda muito

dinheiro, principalmente

de bancos, financeiras e do

mercado de valores”, diz Julio

Luque, presidente da consul-

toria peruana Métrica. “Com a

crise, o custo financeiro subiu

muito. Para os varejistas, não

houve exceção e tiveram que

parar muitos projetos.”

E o aumento do custo do

financiamento nem foi o pior

para o setor. O último trimestre

de 2008 também foi negativo

quanto ao crescimento de

vendas no negócio. “No Brasil,

Argentina e Chile o consumo

registrou queda de forma

SETOR COMÉRCIO

72 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Os varejistas da América Latina desaceleram investimentos, enquanto o Wal-Mart estende seus tentáculos pela região Fernando Chevarría León

Marcha lenta

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

Page 73: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

significativa”, diz Arístides

de Macedo, ex-presidente

para a região andina da Kraft

Foods e especialista em varejo.

“Frente à crise, é natural que as

pessoas gastem menos, deixem

de comprar produtos mais

caros e mudem não apenas de

marcas, mas de lojas”, afirma.

“No Chile, muita gente deixou

os supermercados e voltou às

feiras e mercados”, afirma

Claudio Aqueveque, professor

da Escola de Negócios da

Universidade Adolfo Ibáñez

(UAI), do Chile.

Mas a crise se apresenta

como uma oportunidade única

para o Wal-Mart, o peixe

grande do setor em nível

mundial e cujas vendas não

têm registrado queda com a

crise: ao contrário, subiram

com a estratégia de oferta

de produtos de qualidade a

baixos preços.

No primeiro trimestre de

2008, o Wal-Mart comprou

mais de 50% do D&S (Nº

118), líder no segmento de

supermercados no Chile. Com

alta penetração em grandes

mercados como Brasil e

México, o gigante norte-

americano também passou a

olhar o mercado peruano com

interesse, a ponto de executi-

vos da empresa declararem a

entrada da companhia no país,

ao mais tardar em 2010.

O encarregado de desen-

volver a estratégia para Chile

e Peru será Vicente Trius, que

a partir deste mês ocupará

o cargo de vice-presidente

executivo e CEO do Wal-Mart

para a América Latina, desde

Miami. Trius tem experiência,

desempenhou anteriormente

a mesma função na Ásia e foi

o cabeça do Wal-Mart Brasil

por 11 anos, período no qual a

empresa cresceu até chegar a

ser uma rede com 319 pontos.

“Sua experiência brasileira

e seu conhecimento de mer-

cados emergentes o tornam

candidato ideal para liderar

as operações da América

Latina”, diz Doug McMillion,

presidente e CEO do Wal-Mart

International.

Por conta disso, os vare-

jistas da região terão muito

trabalho pela frente para

manter suas fatias de mercado

e garantir crescimento.

Para o norte-americano

Paco Underhill, fundador e

CEO da Envirosell, consulto-

ria de redes varejistas globais,

será preciso “trabalhar muito

a proposta de valor, ou seja,

supervisionar a rede de for-

necedores, ser cuidadoso no

processo de fixação de preços

e ter um foco de marketing

mais integrado, usando a

loja, a internet e o telefone

celular como eixos”, diz.

“É preciso reconhecer quais

são os melhores clientes e

entender que o usuário tem um

conhecimento mais profundo

da marca que usa ou pensa

usar. O último é reconhecer

que qualquer compra pode ser

influenciada durante a venda

e, então, uma das ferramentas

mais baratas é a administração

e entrega de informação”, diz

Underhill.

Aqueveque, da UAI, des-

taca um ponto importante: as

marcas próprias para ampliar

margens de lucro. “O desen-

volvimento de marcas próprias

a preços mais acessíveis é

uma boa alternativa, pois em

épocas de crise a maioria dos

consumidores opta por mudar

seus hábitos de consumo”,

diz. E também a questão da

qualidade do serviço, que

não pode ser deixada de lado

sob o pretexto da redução

de custos. “O serviço é um

fator crítico que as empresas

não podem descuidar ainda

que em época de crise”, diz

Patricia Mazuelos, sócia-líder

da área de Consumo Massivo

da consultoria Deloitte, para

quem o pior é sacrificar a

qualidade da atenção dada

ao cliente, pois isso redunda

na imagem final que fica da

marca para o consumidor.

A crise e o Wal-Mart

formam uma equação cujo

resultado é um futuro difícil

para os varejistas da região,

sobretudo para os que operam

no Chile e no Peru, e daqui

a alguns anos, no Equador e

na Colômbia. Os antídotos

sugeridos por especialistas

são investimentos em efici-

ência na cadeia de valor, sem

descuidar da qualidade do

serviço, e o desenvolvimento

de marcas próprias. Mas, serão

suficientes? Veremos.

Por ora, os projetos que

demandam bilhões estão

parados por falta de crédito.

Até quando? Até que a incer-

teza da crise se dissipe – mas

isso ninguém sabe quando

acontecerá.

COMÉRCIO

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 WAL-MART MÉXICO MÉX 17.705,9 1.060,8 -14,1 -18,6 19,8 12,4 6,0 12

2 CENCOSUD CHI 9.745,8 254,5 27,8 -39,9 6,9 2,9 2,6 33

3 CARREFOUR (3) BRA 9.614,9 N.D. 16,5 - - - - 35

4 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 111,4 -8,3 -6,5 4,8 1,9 1,4 51

5 WAL-MART (3) BRA 7.252,9 N.D. -14,2 - - - - 53

6 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 124,6 15,7 -56,6 5,9 2,6 1,8 55

7 BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 N.D. -11,4 - - - - 64

8 FALABELLA CHI 5.924,5 321,1 3,6 -26,7 11,5 4,6 5,4 67

9 CASAS BAHIA (3) BRA 5.896,4 N.D. -19,5 - - - - 68

10 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 N.D. -10,7 - - - - 79

MÉDIA SETORIAL -3,9 14,3 19,3 7,2 4,3

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 73

bilhão de dólares é quanto os grandes varejistas chilenos pretendem investir na região

Page 74: Nº 377 Edição Brasil

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

Asensação de urgên-

cia tem diminuído.

Os prognósticos

de crescimento

econômico na América Latina

têm sido menores, e com eles

a aparente necessidade que

catapultou a região a empre-

ender volumosos projetos

para ampliar sua infraestrutura

elétrica.

“É um cenário muito dis-

tinto do que encontrávamos

há uns meses”, diz Philippe

Benoit, gerente da Seção de

Energia para América Latina e

Caribe do Banco Mundial. “A

região vinha crescendo subs-

tancialmente há vários anos e a

demanda de eletricidade tinha

previsão de aumento de 5% ao

ano. Para satisfazer essa futura

demanda (equivalente a 10 mil

MW ao ano) eram necessários

investimentos anuais de US$

20 bilhões”.

Hoje em dia essas pressões

Faça-se a luz

cederam. A crise financeira

ameaça manter o ritmo de

crescimento econômico da

região estagnado nos próxi-

mos anos, com prognósticos

de uma contração de 1,2%

do PIB regional em 2009 e

crescimento de igual proporção

em 2010, o que reduz a pressão

sobre os governos e empresas

privadas para que mantenham

o ritmo de investimentos

dentro do setor. Mas, embora

a mudança de cenário possa

ser bem-vinda, especialistas

advertem que a região não

deve se deixar seduzir por um

falso sentimento de segurança

se quiser evitar uma era de

apagões e racionamentos no

futuro.

A crise tem impactado

a indústria em duas frentes

diferentes. Por um lado, res-

tringiu o capital disponível para

financiar este tipo de projetos.

Os mercados internacionais

seguem muito restritos, as

empresas privadas que operam

no setor entraram em uma

modalidade de preservação

de caixa e os governos – ain-

da que alguns deles tenham

prometido dar início a uma

série de investimentos de

infraestrutura como parte de

seus pacotes de medidas an-

ticíclicas – começaram a ver

uma importante diminuição

na arrecadação fiscal.

Por outro lado, há a questão

da menor demanda derivada

da queda na atividade econô-

mica. “Isso reduz as pressões

sobre os países para investir

na expansão da infraestrutura

elétrica. Então, encontramo-

nos em uma situação na qual

os países possuem menos

dinheiro para investir e uma

aparente menor necessidade

de fazê-lo”, diz Benoit.

Contudo, apesar das ex-

SETOR ELETRICIDADE

74 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Apesar da escassez de recursos, a indústria elétrica latino-americana deve continuar a ampliar sua rede de geração de energia Antonio María Delgado / Miami

Page 75: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

pectativas de menor consumo,

muitos países da região não

contam com uma rede de

segurança que lhes permita

resolver algum cenário de

contingência, o que em ou-

tros termos significa que,

nestes lugares, os problemas

de fornecimento estão a uma

seca de distância.

“Não é um estado de crise,

mas muitos países da re-

gião vivem uma situação de

emergência”, diz Ruy Varela,

presidente da empresa de

consultoria energética Sigla.

“As reservas do sistema não

são suficientes para enfrentar

contingências climáticas e téc-

nicas, nem para enfrentar um

crescimento da demanda acima

dos níveis esperados”.

Entre os países que enfren-

tam maior vulnerabilidade está

a Argentina, que foi golpeada

por uma seca na Bacia do Para-

ná e que, além disso, conta com

um inadequado abastecimento

de gás – durante o inverno, a

oferta de gás apenas cobre as

necessidades de calefação. A

isto se somam as dificuldades

nos esforços de integração

energética no Cone Sul.

“É evidente que a integra-

ção fracassou”, diz Varela.

“Não se conseguiu superar

a prova de ácido, na qual os

provedores de energia dão

maior prioridade à demanda

estrangeira do que à doméstica;

foi demonstrado que isso não

sucede. Os países importadores

se deram conta de que nem

sempre podem depender do

abastecimento externo”.

Por sua parte, o Brasil tem

avançado muito nos processos

de licitação conhecidos como

de “Energia Nova” (de novas

centrais geradoras). Inicial-

mente, estes processos estive-

ram orientados em direção ao

aproveitamento hidroelétrico

e foram concretizados acordos

importantes. Mas agora foram

estendidos ao emprego de

fontes de energia renováveis,

como a energia eólica. O país

também tem reduzido sua

dependência na importação

de combustíveis para gerar

eletricidade com o descobri-

mento de novas jazidas de gás

e petróleo.

O Chile também está avan-

çando a caminho da indepen-

dência com a construção dos

terminais de gás liquefeito e

se esforça para diversificar sua

matriz energética com usinas

carboníferas.

Um dos fatores que parece

estar beneficiando as empresas

estatais e privadas que ope-

ram na indústria tem sido a

queda nos últimos meses nos

preços do petróleo. Embora

continue elevada dentro

dos padrões históricos, uma

cotação de US$ 60 por barril é

melhor para as companhias que

queimam combustíveis fósseis

para gerar eletricidade que

uma superior a US$ 120.

“Os preços foram mo-

derados e isto está fazendo

com que a situação seja mais

manejável”, diz o analista

José Coballasi, da Standard

& Poor’s. “Isto varia muito

de país para país, porque o

impacto dos preços nos países

produtores como México não

é o mesmo que nos países con-

sumidores, mas obviamente a

queda nos preços tem ajudado

a cortar os custos para muitas

companhias”.

Não obstante, um dos pon-

tos negativos da queda nos

preços do petróleo é que ela

obscurece os esforços da região

de preservar energia - estraté-

gia que, na realidade, oferece

o melhor retorno, porque a

energia mais barata de gerar

é a que não é consumida - e

de adotar fontes de energia

renováveis, incluindo a solar,

a eólica, a geotérmica e os

biocombustíveis.

“Quando os preços do

petróleo estão acima dos US$

100, é óbvio para os países não-

produtores que é necessário

investir em outro tipo de fonte,

mas quando os preços caem a

US$ 40, a necessidade deixa de

ser tão óbvia”, afirma Benoit,

do Banco Mundial.

Também atenta contra

estas tecnologias o fato de

que a crise reduziu as fontes

de financiamento. Em muitos

casos, os projetos de energias

renováveis requerem mon-

tantes de investimento inicial

maiores que os requisitados

para a adoção de tecnologias

baseadas em combustíveis

fósseis. “Há menos liquidez,

e, dado que estes tipos de

projetos exigem grandes in-

vestimentos no início, o que

estamos vendo mundialmente

é uma queda particularmente

em investimentos em fontes de

energias renováveis”, adverte

Benoit.

ELETRICIDADE

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LIQ. (%)

RK 2008

1 COMI. FED. DE ELECTRICIDAD MÉX 19.570,0 -1.415,8 -5,3 -107,4 -4,7 -2,5 -7,2 10

2 ELETROBRÁS BRA 12.865,4 2.625,8 1,5 200,5 7,2 4,4 20,4 19

3 ENERSIS CHI 10.570,9 907,4 11,8 138,9 15,4 4,0 8,6 29

4 CEMIG BRA 4.660,0 807,5 -19,4 -17,6 20,2 7,8 17,3 86

5 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 545,9 -21,8 -41,2 25,4 7,9 13,1 99

6 ENDESA CHI 3.960,5 703,5 13,7 81,3 18,7 6,2 17,8 103

7 COM. BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 269,1 -20,6 275,9 18,2 3,5 7,5 113

8 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 3.423,0 881,9 1,6 18,2 881,9 4,4 25,8 115

9 COM. LUZ Y FUERZA DEL CENTRO) MÉX 3.359,2 -1.430,4 -21,1 -2.805,6 - -14,3 -42,6 121

10 ELETROPAULO BRA 3.222,0 439,5 -20,0 9,2 31,1 8,2 13,6 127

MÉDIA SETORIAL -8,9 -92,6 38,7 4,7 5,4

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 75

bilhões de dólares por ano era a demanda de investimentos em geração antes da crise

Page 76: Nº 377 Edição Brasil

Definitivamente,

2009 será um ano

a ser esquecido

pela maioria das

mineradoras da América Latina.

A desaceleração econômica

mundial golpeou diretamente a

demanda por commodities do

setor, afetando não apenas seu

preço, mas também a receita

das empresas. E as principais

potências mineradoras da

região – Chile, Peru, Brasil e

México – ainda tiveram que

enfrentar aumento em custos de

produção e uma carga tributária

nada favorável.

A pior notícia, porém, tem

sido a queda no preço dos me-

tais devido à menor demanda

internacional, avalia Eduardo

Chaparro, analista do depar-

tamento de recursos naturais

e infraestrutura da Comissão

Econômica para América Latina

(Cepal). Um exemplo: depois

de longas negociações com

seus grandes clientes, a Vale,

maior produtora de minério de

ferro do mundo, e a Samarco,

tiveram que renegociar para

baixo os preços de referência

do minério de ferro em pelotas

para 2009. No caso da Vale (Nº

5), as siderúrgicas japonesas

conseguiram uma redução de

28,2% no minério de aço fino,

e de 44,5% no granulado. Já a

Samarco (Nº 237) aceitou uma

redução de 48,3% no preço de

venda de pelotas de minério

de ferro para Redução Direta

(DR), num contrato que prevê

a venda de 900 mil toneladas

para a Krakatau Steel, da

Indonésia.

“No Chile, se o ano for

encerrado com um preço médio

do cobre em torno de US$

1,6 a libra, a queda de receita

acumulada será de 50% sobre

2008”, afirma Alvaro Merino,

gerente de estudos da Socie-

ROD

RIGO D

ÍAZ CARRRIZO

SETOR MINERAÇÃO

76 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

A mineração regional deverá enfrentar uma queda nos preços das commodities, alta tributação, falta de fi nalização e um aumento nos custos. Mas as dores de cabeça podem acabar em 2010 Matías Rodo Y.

Depois do Armagedom

Page 77: Nº 377 Edição Brasil

dade Nacional de Mineração

(Sonami) do Chile. “Para este

ano esperamos um crescimento

nulo do PIB de mineração,

com uma produção de cobre

de 5,4 milhões de toneladas,

semelhante à de 2008”, diz.

Além disso, os altos custos

da indústria regional, que

não refletiram a queda nos

preços da energia, afetam os

resultados. “Diversas mine-

radoras possuem contratos

prolongados de fornecimento,

o que dificulta a renegociação”,

afirma Chaparro, da Cepal. “A

produção em algumas minas,

especialmente de zinco, se tor-

nou economicamente inviável”,

diz José Rázuri, coordenador

da área de Inteligência Econô-

mica da consultoria peruana

Maximixe.

De acordo com a Comissão

Chilena do Cobre (Cochilco),

o custo total unitário das dez

grandes empresas mineradoras

privadas produtoras no Chile

(GMP-10), mais a estatal

Codelco, aumentaram 27,1%

em 2008 frente ao ano anterior.

Segundo Chaparro, a alta carga

tributária para o setor em vários

países da América Latina e

a escassez de financiamento

também prejudicaram o desen-

volvimento normal da indústria

de mineração regional.

Não à toa, no Peru registrou-

se queda na produção de ferro

(-22,1%), zinco (-3,1%), chum-

bo (-6,4%), estanho (-6,8%) e

molibdênio (-22%) no primeiro

trimestre de 2009 em relação

ao mesmo período de 2008,

em termos de valor. No Brasil,

as empresas revisaram seus

planos de investimento para o

período 2008-2012, com um

decréscimo de 21% - passando

de uma previsão inicial de US$

57 bilhões a outra de US$ 47

bilhões.

Em função da queda nas

vendas e nos preços das com-

modities do setor, as receitas das

empresas têm sido fortemente

afetadas. A Vale, que sozinha

reduziu em US$ 5 bilhões os

investimentos previstos para

2009, para US$ 9 bilhões, viu

seu volume comercializado cair

de 76,6 milhões de toneladas

no primeiro trimestre de 2008,

para 52,1 milhões de toneladas

de minério de ferro e pelotas

no mesmo período deste ano.

Paralelamente, sua receita bruta

recuou 32,6%, de US$ 8 bilhões

para US$ 5,4 bilhões.

Mas existe luz no fim do

túnel. Vários analistas apostam

em uma recuperação em 2010,

apoiados pela estabilização no

preço dos minerais. O cobre,

commodity que passa por um

movimento semelhante ao da

economia mundial, tem se

mantido acima dos US$ 2 a

libra nos dois últimos meses.

As importações de cobre refi-

nado da China alcançaram um

recorde mensal de 317,9 mil/

TM em abril, e nos primeiros

quatro meses do ano somam

1,1 milhão/TM (118,3% a mais

do que em 2008). Além disso,

a tendência positiva é apoiada

por indicadores econômicos

dos EUA, como o de bens

duráveis, que subiu 1,9% em

março, maior alta percentual

desde dezembro de 2007.

“Considerando a estabiliza-

ção da economia mundial, o

setor poderia se recuperar para

o segundo trimestre de 2010”,

diz Lola Rivera, gerente para

América Latina da consultoria

canadense Infomine.

Previsão que se sustentaria

em números. As projeções do

FMI, divulgadas no World Eco-

nomic Outlook, publicado em

abril, ressaltam que a economia

dos EUA se contrairá 2,8%

em 2009 e se manterá estável

em 2010. O mais importante,

porém, é que a China crescerá

6,5%, em 2009, e 7,5%, em

2010. “Espera-se que o país

mantenha sua demanda, ainda

no marco do programa anticri-

se”, diz Rázuri “Por isso, muitas

empresas estão aproveitando

para comprar títulos, reservas

e projetos, o que favoreceria a

reativação da indústria”, avalia

Chaparro, da Cepal.

Para Sergio Almazán, dire-

tor-geral da Câmara Minera-

dora do México (Camimex), a

região tem se situado na última

década como a mais atraente

para investir em exploração de

minério. Países como Chile,

Peru, Brasil, Argentina, Ve-

nezuela, Bolívia, Colômbia e

México têm se caracterizado

por contar com uma atrativa

geologia. O futuro dependerá

da política de mineração que

cada nação desenvolver. “Será

muito importante para a região

transmitir que não apenas

conta com recursos minerais

valiosos, mas também com leis

e autoridades que garantam os

interesses dos investidores”,

afirma Almazán.

MINERAÇÃO

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 VALE BRA 30.184,4 9.105,5 -17,4 -19,4 22,1 11,5 30,2 5

2 CODELCO CHI 14.424,8 1.566,8 -15,1 -47,5 40,4 11,4 10,9 17

3 ESCONDIDA CHI 7.760,2 3.570,3 -24,6 -44,8 113,6 49,6 46,0 50

4 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 1.075,5 -35,7 -36,0 24,7 12,2 23,0 85

5 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 3.833,8 489,0 -6,4 37,9 25,8 12,8 12,8 109

6 ANTOFAGASTA PLC CHI 3.372,6 1.706,5 -11,9 23,5 26,5 21,5 50,6 119

7 MINERA MÉXICO (2) MÉX 2.850,0 N.D. -2,0 - - - - 143

8 MINERA ANTAMINA PER 2.846,1 N.D. -5,6 - - - - 144

9 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 2.711,5 1.092,4 -14,7 -22,5 78,5 56,8 40,3 153

10 COLLAHUASI CHI 2.650,3 1.146,5 -17,9 -37,2 69,0 38,3 43,3 159

MÉDIA SETORIAL 2,6 39,0 50,4 26,9 30,8

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 77

é quanto cairá a receita chilena de cobre se o preço do metal fechar o ano abaixo de US$ 1,60 a libra

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

Page 78: Nº 377 Edição Brasil

Acrise econômica

tem um aspecto

bom para a região

quando se trata de

petróleo e gás: é um descanso

após a angustiante série de altas

de preço em 2008. Contudo,

sob relativa tranquilidade estão

correntes mais profundas que

influirão no médio e longo

prazo. E não apenas nas econo-

mias dos países produtores ou

compradores de petróleo bruto,

mas no equilíbrio de poder

político-estratégico dentro da

América Latina.

A principal corrente se re-

sume a dois nomes: Cantarell e

Volta à agitação

Tupi. O megacampo terrestre de

Cantarell, no México, chegou a

produzir mais de 2 milhões de

barris por dia em 2004. Hoje

são extraídos menos de 660

mil. E a expectativa é de que a

quantidade caia, nos próximos

24 meses, para até 400 mil,

produção que será estabilizada

na próxima década. Contudo,

para o México, a riqueza de

Cantarell foi uma armadilha:

“Todas as apostas estavam ali”,

diz Duncan Wood, especialista

em petróleo e energia do Itam.

Para a Pemex (Nº 2 no Ranking

das 500 Maiores Empresas

da América Latina), “hoje o

problema é manter a produção,

que cai muito mais rápido do

que pensávamos”.

De toda forma, a petrolífera

estatal mexicana tem um ás e

um rei na manga. O primeiro

é o KMZ (Ku-Maloob-Zaap),

campo petrolífero na costa do

Golfo do México, que Wood

classifica como “um grande

êxito para a Pemex”. Dali

saem quase 800 mil barris por

dia. O problema é que não é

muito grande e “em dois ou

três anos sua produção cairá”.

A partir disso, a companhia terá

que jogar sua segunda carta:

explorar o campo terrestre de

Chicontepec. “São milhares de

pequenos bolsões de petróleo”,

diz o especialista. “Cada um

renderá entre 100 e 300 barris

por dia, por seis meses”. Em

uma imensa área de 3.800

km2, a Pemex deverá “perfu-

rar mais poços a cada ano do

que já perfurou em toda sua

história”, se quiser retirar 500

mil barris diários no segundo

ano de extração, cifra que

poderá chegar a um pico de

entre 550 mil e 700 mil barris

por dia em 2017. As reservas

de Chicontepec totalizam 139

bilhões de barris, mas apenas

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

RIZO

SETOR PETRÓLEO E GÁS

78 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Enquanto a Petrobras aguarda regulamentação para exploraro o pré-sal, a Pemex aposta em Chicontepec e a Pdvsa confi a na boa sorte Rodrigo Lara Serrano

Page 79: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

18 bilhões podem ser extraídos

com a tecnologia atual.

São os últimos dois projéteis

na cartucheira mexicana. Há

outros, mas estão sob a água

e ali permanecerão por muito

tempo, “já que por restrições

constitucionais, no México

não há contratos de risco

compartilhado”, diz Wood. Só

podem contratar empresas de

serviços como a Halliburton

para perfuração.

Neste ponto, o contraste

com a Petrobras (Nº 3) não

pode ser maior. A companhia

brasileira tornou-se líder mun-

dial de exploração e extração

em águas profundas, e graças

a isso descobriu o campo

atlântico de Tupi, com reser-

vas entre cinco bilhões e oito

bilhões de barris. Será crucial

para sua extração a nova re-

gulamentação que deverá ser

aprovada no Congresso antes

do fim do ano. A proposta

mais provável até o momento

é a de mudança do modelo

de concessões por leilão para

o de “produção compartilha-

da”, com empresas privadas

extraindo o petróleo nas zonas

conhecidas e recebendo uma

porcentagem da produção

como pagamento. José Sergio

Gabrielli, presidente da Petro-

bras, disse recentemente que

a mudança é justificável, pois

“agora o risco exploratório é

mínimo. O que existe é o risco

de desenvolvimento”.

O Brasil também descobriu

gás. Contudo, por enquanto,

os consumidores locais não

sentiram alívio por conta

disso. “Como não existe um

mercado spot de gás natural,

quem consome menos não

tem a quem revender”, diz

o consultor brasileiro Rafael

Hertzberg. A isso se soma o fato

de que “é muito difícil negociar

uma diminuição do volume já

contratado”. Em função das

dificuldades, várias companhias

já estariam se interessando por

alternativas de geração, como

a biomassa.

Embora o motivo tenha sido

a queda na demanda paulista

por gás, quem sofre e sofrerá,

ao menos neste semestre, é a

Bolívia e sua estatal YPFB. As

vendas ao mercado brasileiro

despencaram de 31 milhões de

metros cúbicos diários para

entre 18 milhões e 20 milhões

no primeiro trimestre. A YPFB

enfrenta mais do que problemas

de demanda por gás: o governo

de Evo Morales descobriu que

seu gerenciamento e refor-

ma não são nada simples. O

novo presidente da empresa,

Carlos Villegas, anunciou que

Noruega, Canadá e Holanda

financiarão a seleção de três

consultorias privadas que farão

um diagnóstico do caminho a

ser tomado pela companhia.

E se há outra petrolífera

que esbarra em si mesma na

região é a Petroperú (Nº 157).

O petróleo extraído da selva

é cada vez mais pesado e não

pode ser bem processado pela

refinaria de Talara. Por outro

lado, “estão sendo importados

petróleos mais baratos e que

têm dez vezes mais enxofre

que o permitido pela nova

norma de emissões do país”,

diz o ex-ministro de Minas e

Energia, Carlos Herrera Des-

calzi. “O país necessita mais de

oleodutos e de capacidade de

refino”, acrescenta. Reformas

paralisadas após a renúncia

do chefe da estatal peruana,

acusado de corrupção.

Para especialistas peruanos,

a Petroperú deveria imitar a

colombiana Ecopetrol (Nº 15).

“Ela possui um bom fluxo de

caixa”, diz David Arce Rojas,

da Arce Rojas Consultores. “E

acaba de comprar um projeto

no oriente para produzir

cana-de-açúcar para etanol”.

A Colômbia, todavia, passa

por um bom momento no

setor: este ano, perfurou 90

poços de exploração. “Nunca

tivemos estes números”, diz

Rojas, acrescentando que o

investimento poderá chegará

a US$ 1,5 bilhão. “Há ex-

executivos da Pdvsa (Nº 1)

e companhias venezuelanas

de petróleo investindo na

Colômbia”, afirma.

A Pdvsa é que é uma grande

incógnita. Para alguns, como

Pedro Mantellini, ex-assessor

da presidência da Pdvsa, e

Enrique Gómez-Tagle, da S&P

México, apresenta números de

produção inconsistentes.

Mas, para outros, como

Wood, apesar de fazer tudo

errado, a companhia ficará

bem: “encontraram enormes

reservas de petróleo, embora

não do melhor, e muito gás.

São bastante fáceis de ex-

trair. Se gastarem o dinheiro,

ou subcontratarem, podem

produzir muito mais, e rapi-

damente”.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 79

PETRÓLEO/GÁS

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 PDVSA VEN 126.364,0 9.413,0 30,1 50,1 13,2 7,1 7,4 1

2 PEMEX MÉX 96.074,5 -7.906,2 -7,9 -371,4 -408,4 -8,9 -8,2 2

3 PETROBRAS BRA 92.049,0 14.115,4 -4,4 16,2 23,8 11,3 15,3 3

4 PEMEX REFINACIÓN MÉX 39.733,9 -8.669,9 -8,6 -105,5 763,3 -23,4 -21,8 4

5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 23.930,9 551,6 15,5 16,4 17,5 10,7 2,3 7

6 ECOPETROL COL 15.053,9 5.164,8 37,8 103,8 33,6 23,9 34,3 15

7 ENAP CHI 12.185,2 -957,8 35,1 -581,1 -366,5 -19,7 -7,9 21

8 GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 167,0 7,5 62,6 8,4 4,0 1,4 24

9 PETROECUADOR EQU 10.878,4 5.072,4 41,3 70,8 110,5 84,8 46,6 27

10 YPF ARG 10.050,4 1.049,0 9,5 -18,6 17,9 9,3 10,4 31

MÉDIA SETORIAL 8,6 -67,3 7,3 10,8 8,1

bilhões de barris de petróleo: essa poderia ser a capacidade da reserva de Tupi

Page 80: Nº 377 Edição Brasil

Nos últimos meses,

o presidente ve-

nezuelano Hugo

Chávez tem subi-

do e descido do avião presi-

dencial com mais frequência

do que nunca. Seus destinos

têm sido distantes, como,

Japão, Índia, China e parte

do Oriente Médio. O motivo?

A necessidade de criar laços

e levar a cabo sua revolução

petroquímica (2007-2013),

por conta dos atuais preços do

petróleo. O plano inclui cerca

de 80 projetos, que triplicarão

a produção petroquímica do

país a 32 milhões de toneladas

Firme no timão

anuais.

E o foco de Chávez é claro:

voltar-se a regiões não-tradicio-

nais para obter recursos finan-

ceiros que permitam concretizar

seu plano. E mais. No final de

maio, a estatal venezuelana

Pequiven e a brasileira Braskem

assinaram um memorando de

entendimentos para avaliar

possíveis oportunidades de

negócio no pólo de Camaçari,

na Bahia, que contempla a

construção de uma usina de

US$ 1 bilhão. Além disso,

ambas estão empreendendo

um projeto petroquímico na

Venezuela que engloba as

empresas Propilsur e Poliméri-

ca, nas quais tanto a Braskem

quanto a Pequiven possuem

participações iguais.

Deste modo, os projetos

petroquímicos encontraram

na região um bom lugar para

se desenvolver. Segundo Raúl

Arias, consultor sênior e ge-

rente para América Latina da

consultoria Nexant, embora

a região represente apenas

5% da produção mundial de

petroquímicos, o setor tem

experimentado uma importante

consolidação e essa participa-

ção no total da produção está

aumentando. “Dentro de cinco

anos, o cenário será muito

diferente”, diz.

Para Arias, a entrada de

novos atores através de asso-

ciações com companhias locais

é importante neste processo.

“Agora surgiram players de

outras regiões buscando entrar

no mercado, encontrar sócios

e promover mais investimen-

tos”, diz. “Mesmo assim, há

uma pressão pelo equilíbrio

mundial entre oferta e demanda

que também será um fator

considerado no futuro.”

A empresa Nitratos do

Peru, resultado da sociedade

SETOR PETROQUÍMICA

80 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Após resistir aos altos preços do petróleo e do gás natural e à crise internacional, as gigantes petroquímicas continu-am apostando em projetos na Venezuela, no Peru e Brasil.Natalia Vera Ramírez

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

RIZO

Page 81: Nº 377 Edição Brasil

do Grupo Brescia e do grupo

chileno Sigdo Koppers, por

exemplo, anunciou a cons-

trução de um complexo que

produzirá amoníaco e nitrato

de amônio (para a fabricação

de explosivos), que abastecerá

o setor de mineração.

Segundo Kaime Quijandría,

assessor da presidência da

Nitratos do Peru, esta planta

ficará na cidade de Pisco e

exigirá investimentos de US$

650 milhões. Na primeira eta-

pa, a produção só abastecerá

o mercado local, mas depois

serão considerados os princi-

pais pontos do Pacífico como

potenciais mercados.

“Com isso vamos deixar

de ser importadores de nitrato

de amônio para abastecer a

atividade de mineração”, afir-

mou. “Foram calculados entre

US$ 110 milhões e US$ 120

milhões de receita por conceito

de tributos e benefícios.” No

momento, Quijandría diz que

os trâmites e a licença estão em

andamento para tocar a cons-

trução da usina, que entraria

em operação em 2011.

Este projeto é somado ao

da norte-americana CF Indus-

tries, que em janeiro iniciou

os estudos de engenharia de

seu projeto petroquímico, que

inclui uma planta de amoníaco

e outra de ureia granulada

em Marcona, sul de Lima.

O investimento beira US$ 1

bilhão e espera-se que entre em

funcionamento em 2013.

Há ainda os projetos anun-

ciados em associação entre a

PetroPeru e a Petrobras, ava-

liados em US$ 800 milhões,

e outros entre a petrolífera

peruana e a Braskem, de US$ 2

bilhões. Também está na jogada

o grupo coreano SK Energy,

que anunciou sua intenção de

investir US$ 3 bilhões em uma

petroquímica no Peru.

Após 2008 ter produzido

efeito negativo na indústria,

como consequência dos eleva-

dos preços do petróleo e do gás

natural na primeira metade do

ano, hoje o panorama é mais

favorável. “Antes, o gás natural

era cotado a US$ 14 o milhão

de BTUs. Hoje, o preço é de

US$ 3,83 o milhão de BTUs.

O mesmo acontece com o

petróleo”, diz Aurélio Ochoa,

especialista em hidrocarbonetos

e diretor da Energy Consult.

“Esses preços elevados fizeram

com que os petroquímicos se

encarecessem, assim como os

plásticos e outros derivados.

Desestimularam o consumo e o

setor não se desenvolveu”.

Para Marco Antonio Zaldí-

var, sócio da Ernst & Young,

grandes produtores da região,

como a Petrobras, têm muito

interesse de entrar no setor

petroquímico e ser players de

calibre mundial. “Isto implica

aproveitar o ambiente político

e econômico dos países da

região, como o Peru, que fa-

vorece o investimento privado,

seja estrangeiro ou nacional,

e chegar a industrializar as

reservas de gás que existem

no país”, afirma.

À medida que o Peru acaba

de entrar na fase de desenvolvi-

mento da indústria petroquími-

ca, em outros países nos quais

o setor está mais avançado

os planejamentos continuam.

No caso do Brasil, os planos

da Petrobras terão seus pra-

zos mantidos. No México, a

Alpek, braço petroquímico

o conglomerado Alfa, conta

com um orçamento de gastos

de US$ 59 milhões para este

ano, que será destinado à con-

clusão de projetos em curso e

à manutenção.

Para Raúl Arias, da Nexant,

o setor ainda tem outro desafio.

“Uma vez que a economia se

recupere, se buscarão recursos

para tocar os projetos, mas

poderá haver dificuldades para

conseguir os equipamentos

rapidamente, ou os trabalha-

dores qualificados, porque há

carência de tudo isso em nível

mundial”, afirmou. “Muitos

dos projetos precisam de in-

vestidores, sócios, transferência

de tecnologias, incluindo um

canal de entrada no mercado

que lhes for de interesse, o que

gera oportunidades para quem

puder oferecer isso”.

Além disso, estes investi-

mentos e suas execuções são

um passo para que os países

da região finalmente cheguem

à industrialização. “Quando se

chega ao ponto de exportação,

a indústria petroquímica dá um

valor agregado ao gás natural de

seis a sete vezes”, diz Aurelio

Ochoa, da Energy Consult. “Se

falamos de petroquímica média

ou avançada, o valor pode se

multiplicar em até 20 vezes”.

E, ao que parece, muitos países

da região e empresas do setor

também querem ter parte neste

efeito multiplicador.

em operação em 2011 f

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 81

da produçãopetroquímica mundial se concentra na América Latina

PETROQUÍMICA

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 PEMEX GAS Y PETROQ. BÁSICA MÉX 19.675,5 164,3 -4,1 -63,9 4,8 1,4 0,8 9

2 PEQUIVEN VEN 9.690,0 N.D. 49,1 - - - - 34

3 BRASKEM BRA 7.684,9 -1.066,4 -23,0 -445,0 -67,7 -11,0 -13,9 52

4 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 5.809,5 -1.354,9 9,5 0,2 -77,7 -19,2 -23,3 70

5 ALPEK (11) MÉX 3.723,7 93,2 -9,1 -48,6 5,5 3,2 2,5 110

6 MEXICHEM MÉX 2.266,0 10,2 7,5 -93,9 1,7 0,4 0,5 188

7 UNIPAR BRA 1.965,9 -65,2 23,7 -179,6 -14,8 -1,3 -3,3 220

8 DOW BRASIL BRA 1.608,4 5,4 -26,8 -93,5 0,8 0,4 0,3 269

9 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 -284,5 - -1.529,3 -44,9 -6,3 -17,9 272

10 YARA FERTILIZANTES BRA 1.265,1 -152,7 5,4 -409,1 -175,5 -17,9 -12,1 336

MÉDIA SETORIAL -4,7 -278,2 -34,7 -5,4 -7,1

Page 82: Nº 377 Edição Brasil

Édemais dizer que este

tem sido um mau

ano para a indústria

siderúrgica. A pro-

dução mundial se contraiu em

níveis há tempos não vistos e

não existe consenso sobre se

veremos uma recuperação, seja

em preço, seja em produção.

O panorama é incerto.

Mas para quem não é es-

pecialista no setor, é preciso

avaliar o tema sob dois pontos

de vista: o global e o local.

Há mercados e mercados, e

alguns (poucos) elementos

positivos que, apesar de in-

cipientes, seriam suficientes

para concluir que o setor não

cairá ainda mais. Pelo menos

no curto prazo.

O mercado mundial de

aço não se comporta como

o de outras commodities. As

grandes siderúrgicas geral-

mente assinam contratos de

fornecimento de seus principais

insumos (como o minério de

ferro) de longo prazo (em geral,

um ano). E não há uma bolsa

mundial de aço que permita a

livre cotização de contratos a

futuro ou compras importantes

no mercado spot. Como enten-

der que os preços do aço no

Brasil sejam mais altos do que

o restante dos preços mundiais

senão por barreiras tarifárias

ou programas de apoio do

setor lançados pelo governo,

como as isenções de impostos

à produção de carros?

A produção mundial de aço

caiu 24%, de 117 milhões de

toneladas métricas em abril

de 2008, para 89 milhões de

toneladas em abril passado,

segundo dados da Associação

Mundial do Aço, que analisa

as informações de 66 países

produtores. O golpe foi mais

sentido nos EUA e na União

Europeia, onde os níveis de

produção caíram respectiva-

mente 53% e 49% interanuais.

Na América Latina, a queda

também foi pronunciada. De

Horizonte plano 30% no México, 40% no Brasil

e 44% na Argentina. O único

país do mundo que manteve

seus níveis de produção re-

lativamente inalterados foi

a China, com uma queda de

somente 4% em abril.

Quanto aos preços do aço,

há diferenças. Matias Dieterich,

diretor de análise da corretora

de valores brasileira Solidus,

explica que no Brasil os preços

dos produtos planos de aço usa-

dos, por exemplo, na fabricação

de carros e eletrodomésticos,

sentiram primeiro o golpe da

crise mundial com uma queda

de aproximadamente 40%. Já

os aços longos aguentaram

alguns meses, graças a projetos

de infraestrutura, para depois

retroceder 30%. “Mas a queda

teria sido mais pronunciada se

não fosse por algumas medidas

do governo, como a isenção do

IPI”, explica Dieterich.

Já o setor siderúrgico

mexicano está muito mais

vinculado ao dos EUA e em

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

82 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

SETOR SIDERURGIA

As siderúrgicas latino-americanas não terão uma forte recuperação este ano. Mas ao menos não devem cair muito mais Eduardo Thomson

Page 83: Nº 377 Edição Brasil

SIDERURGIA/METALURGIA

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUCRO

08/07 (%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 TECHINT ARG 22.000,0 N.D. -0,4 - - - - 8

2 GERDAU BRA 17.932,3 1.686,1 3,8 -15,9 19,5 6,7 9,4 11

3 TENARIS ARG 12.131,8 2.124,8 20,8 2,3 26,0 14,1 17,5 23

4 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 8.489,9 609,9 -2,0 -64,3 9,1 4,2 7,2 42

5 TERNIUM ARG 8.464,8 875,2 50,3 -12,1 15,7 8,2 10,3 43

6 USIMINAS BRA 6.720,8 1.379,7 -13,9 -23,0 21,5 11,7 20,5 59

7 CSN BRA 5.991,8 2.470,8 -7,2 49,8 86,7 18,3 41,2 63

8 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 95,0 89,4 -21,4 11,7 2,0 2,0 87

9 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 621,6 -5,0 17,9 26,3 14,7 15,5 100

10 MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 N.D. -1,2 - - - - 101

MÉDIA SETORIAL 3,7 9,3 37,6 11,3 16,3

particular ao setor automotivo

do próprio país. Em alguns

casos os preços chegaram

a cair 50% em relação ao

nível mais alto dos últimos

anos. “Devido aos níveis de

estoque nos EUA estarem

baixos, é possível que vejamos

miniciclos de alta de preços”,

explica Felipe Hirai, analis-

ta de mineração da Merrill

Lynch. “Por isso, acho que a

tendência de preços no restante

do ano, ao menos nos EUA e

no México, é de estabilidade.”

Segundo o analista, os preços

não podem cair muito mais

porque já estão perto do custo

marginal de produção.

Já no Brasil, ainda há espaço

para queda, devido à desfa-

sagem em relação aos preços

internacionais, diz Dieterich,

da Solidus. “Os preços locais

estão muito acima dos inter-

nacionais”, comenta.

Não obstante, ainda que a

demanda se mantenha débil,

“estamos vendo alguns sinais

de recuperação em mercados

emergentes, particularmente na

China”, diz Hirai, da Merrill

Lynch. De fato, o Índice de

Gerentes de Compra da China

já está há três meses com leves

indícios de alta, sinal de que

a demanda por insumos de

produção está crescendo.

PROTEGIDOS No ano passado, os grandes

produtores siderúrgicos bus-

cavam comprar minério de

ferro por todo lado e dessa

forma garantir o forneci-

mento de matérias-primas.

A brasileira Usiminas (Nº 59

no Ranking das 500 Maiores

Empresas da América Latina)

tinha comprado a J. Mendes

e anunciava que manteria sua

política de compras de outras

empresas de minério de ferro.

Sua compatriota CSN (Nº 63),

também confirmou estudar

aquisições.

Este ano, reina uma tensa

calma. “Veremos menos ope-

rações de integração, pois o

que essas empresas buscaram

ao integrar-se foi garantir

matérias-primas a preços

razoáveis devido ao boom

vivido pelas commodities no

ano passado”, diz Íñigo Cossio,

analista da corretora mexicana

Actinver. Hirai, do Merrill

Lynch, concorda parcialmente.

“Poderemos ver alguns negó-

cios, como o anúncio de uma

aliança entre Wuhan Steel

e a brasileira MMX, mas as

grandes siderúrgicas já estão

integradas”, comenta.

Essa integração vertical

permitiría às siderúrgicas

brasileiras estarem bem-posi-

cionadas para suportar a crise.

De acordo com uma relatório

recente da Fitch Ratings sobre

o setor, a margem ebitda das

siderúrgicas brasileiras é de

40%, enquanto a média é de

15% entre as siderúrgicas chi-

nesas, por exemplo. E mesmo

a Gerdau (Nº 11), que não está

integrada verticalmente e sofre

uma alta dependência do ferro

importado, tem uma margem

ebitda de 24%.

Algumas empresas não

integradas, como as mexicanas

Grupo Collados ou a Industrias

CH (Nº 145) – os últimos

que continuam controlados

por capitais mexicanos – se

beneficiaram da situação ao

comprar matérias-primas como

ferro a preços mais baixos, e

dessa forma defenderam suas

margens, apesar da queda na

produção. Esse mesmo fator

os torna possíveis alvos de

compra por grandes atores

internacionais, diz Cossio.

Por exemplo, a ICH registrou

margem ebitda de 13% no final

de 2008, e espera-se que esta

baixe a 10% ao final do ano,

diz relatório da Actinver.

LONGO PRAZO Mas há quem veja que o setor

siderúrgico latino-americano

enfrenta não só a crise econô-

mica mundial, mas um desafio

a seu modelo de negócios

como um todo. Segundo o

consultor industrial argentino

Carlos Schwartzer, o setor si-

derúrgico está experimentando

uma erosão na demanda, o

que se reflete numa queda

na rentabilidade dos projetos

do setor. “É algo que temos

observado desde o final de

2006”, diz o consultor. “Um

movimento subterrâneo que é

compartilhado pelos acionistas

das empresas siderúrgicas com

os quais tenho conversado.”

Segundo o consultor, essa

tomada de consciência sobre a

perda de rentabilidade explica a

mansidão com que a argentina

Techint (Nº 8) atuou frente

à recente nacionalização de

suas operações na Venezuela.

A Techint não respondeu aos

pedios de entrevista de Amé-

ricaEconomia.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 83

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

44% foi a queda de produção de aço na Argentina, a maior contração da América Latina

Page 84: Nº 377 Edição Brasil

Oque buscam os

usuários de te-

lecomunicações

hoje? Mais e

melhor acesso à internet,

em qualquer lugar. E os

operadores? Receita mais alta

por usuário. A chave, então,

é simples: banda larga.

As grandes operadoras

de telefonia móvel na Amé-

rica Latina, lideradas por

Telefónica-Movistar e América

Móvil, estão vivendo uma

desaceleração nas taxas de

crescimento de novos usuários

e, por isso, estão responden-

do com uma série de novos

produtos e serviços: atrativos

celulares 3G com centenas de

canções incluídas, touchscreen

ou navegação multimídia

somados a pacotes de banda

larga móvel incluídos no net-

book – dispositivos portáteis

pequenos e de baixo custo que

são usados principalmente para

se conectar à internet. A ideia

é obter mais dinheiro de cada

cliente e, em países nos quais

ainda há espaço, aumentar a

penetração dos celulares.

Tratando-se de telefonia

móvel na América Latina,

a penetração média chegou

a 79% em 2008, segundo

dados da empresa peruana

DN Consultores. Estudo da

3G Américas aponta que o

Brasil fica atrás nesse ranking.

Em primeiro lugar, segundo a

empresa, está o Uruguai, com

113%, seguido de Argentina

(111%), Venezuela (103%),

Chile (96%) e Colômbia (91%).

O Brasil – com 80%, segundo

a 3G Américas, ficaria à frente

apenas do México, com 74%.

O problema desses números,

entretanto, é o fato de serem

formados em sua maioria por

planos pré-pagos, o que reduz

o faturamento por usuário.

“Na região, 85% das linhas

móveis são pré-pagas, e isso

se contrapõe ao que ocorre na

Europa e nos EUA”, diz Carlos

Huamán, diretor de negócios

da DN Consultores. “Além

disso, os preços estão caindo.”

Segundo Huamán, a receita

média por usuário na região

(ARPU, na sigla em inglês) é

entre US$ 8 e US$ 9, e antes

era de US$ 10, US$ 11.

É por isso que os especia-

listas sugerem que os recursos

dos operadores móveis sejam

dirigidos a criar um hábito de

gasto de serviços agregados e

que a população adquira cada

vez mais equipamentos 3G.

Segundo a consultoria Frost

& Sullivan, o iPhone cum-

priu bem sua tarefa e atraiu

a atenção dos consumidores

latino-americanos a serviços

de dados. Contudo, os usuários

estão sendo mais cautelosos

na hora de comprar telefones

SETOR TELECOMUNICAÇÕES

84 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

As taxas de crescimento de usuários fi xos e móveis diminuem, mas aumenta a oferta de serviçosArly Faundes Berkhoff

Corrida de dados

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

RIZO

Page 85: Nº 377 Edição Brasil

* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500

inteligentes, sobretudo por

conta do preço. “Percebemos

lentidão na velocidade de ado-

ção de valores agregados por

parte dos usuários de telefonia

móvel”, acrescenta Huamán.

“Mas, estrategicamente, a

tendência de longo prazo é

que irão nessa direção, porque

tudo vai ser móvel.”

E se tudo é móvel, a in-

ternet não pode ficar de fora.

Por isso, as operadoras estão

incorporando às suas ofertas

banda larga móvel, tanto para

clientes pós-pagos como para

pré-pagos. As perspectivas são

positivas. Com o crescimento

das redes 3G e promoções

acessíveis, os pacotes crescerão

cada vez mais. Segundo dados

do estudo Barômetro Cisco de

Banda Larga, elaborado pela

empresa de telecomunicações

Cisco em conjunto com a

consultoria IDC, no Brasil a

banda larga móvel cresceu

50,3% no segundo semestre

de 2008, alcançando 1,98

milhão de assinantes. Na Ar-

gentina, o crescimento foi de

50,2% nesse mesmo período,

chegando a 227,31 mil cone-

xões. No caso da Colômbia, o

crescimento foi ainda maior, de

349%, alcançando 246,7 mil

assinantes. Já no Chile, esse

percentual foi de 89%, com

um registro total de 223 mil

em dezembro de 2008. A con-

sultoria Pyramid Research, de

Boston, também faz as contas

e afirma que, regionalmente, a

banda larga móvel passará de

uma penetração de 0,7% em

2008 a 2% neste ano.

A banda larga fixa também é

e será protagonista da indústria

de telecomunicações. Segundo

dados da Gartner, sua penetra-

ção será de 20% em 2009, 5%

a menos do que em 2008, mas

falar em dois dígitos confirma

um percentual importante. Em

2011, este dado deve cair a

16%, em função de um “ama-

durecimento do mercado e,

também, em parte, do impacto

da crise econômica mundial”,

diz Elia San Miguel, analista

da Gartner em São Paulo.

Na hora de comparar paí-

ses, segundo Huamán, da DN

Consultores, tanto em telefonia

móvel como em banda larga

a lacuna tem sido reduzida.

“Os que estão mais ao meio,

como Peru e Colômbia, estão

ficando mais próximos dos de

cima, como Chile, Argentina e

Brasil.” Por outro lado, afirma

o consultor, a concorrência é

cada vez mais forte e as ope-

radoras estão disponibilizando

maior velocidade de acesso

pelo mesmo preço.

Jorge Garcés, analista da

consultoria Select, no México,

afirma que no país ainda há

muito espaço para crescer em

banda larga e que pouco ajuda

o fato de que muitos operadores

estão se preocupando mais em

oferecer uma convergência de

serviços do que em fomentar o

próprio acesso à internet. “O

triple play é importante, mas

o serviço âncora segue sendo

a banda larga”, diz. Segundo

o analista, em 2008, o total de

assinantes de banda larga era de

6,5 milhões, e apenas 2% deles

tinham serviço de banda larga

móvel, que hoje cresce a taxas

de, em média, 106%.

Para muitos, o problema

particular do México é a exces-

siva concentração do mercado

nas mãos da Telmex e da Telcel,

as regulamentações que não

permitiram o desenvolvimento

de uma indústria de telecomu-

nicações competitiva, e, o mais

importante, um acesso real a

serviços de qualidade por parte

dos usuários (ver página XX).

Embora seja uma questão de

difícil solução no curto prazo,

especialistas no setor acreditam

que será fundamental a nova

licitação de uma rede tronco (os

chamados backbones) de fibra

ótica, que pertence à Comissão

Federal de Eletricidade, e de

frequências de banda larga de

1,9 e 1,7 gigahertz para a pres-

tação de serviços de telefonia

móvel e internet 3G.

Contudo, no resto da

América Latina, não há um

só ator dominante como no

caso do México, mas sim

dois. A América Móvil e a

Telefónica-Movistar, que

juntas possuem mais de 70%

do mercado móvel na região

e 50% do de banda larga fixa,

o que torna difícil o cresci-

mento de operadoras menores.

Segundo San Miguel, da

Gartner, frente à atual crise,

as empresas terão que enfren-

tar uma maior concorrência

e convencer os usuários da

qualidade de seus serviços

e de que têm os melhores

preços. Terão, ainda, que fazer

isso acima da velocidade da

banda larga que eles mesmos

oferecem.

TELECOMUNICAÇÕES

Nº EMPRESA PAÍSVENDAS

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQ. 2008 US$

Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

VARIAÇÃO LUC. 08/07

(%)

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK 2008

1 AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 4.345,7 -12,5 -19,0 41,9 13,7 17,4 6

2 TELEFÔNICA BRA 11.962,3 N.D. 6,2 - - - - 26

3 TELCEL MÉX 9.816,7 4.532,5 -15,6 - - - 46,2 32

4 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 1.458,7 -25,1 -55,1 51,3 10,8 16,3 40

5 TELEMAR BRA 8.017,1 493,9 -19,3 -62,3 12,0 2,8 6,2 47

6 TELESP BRA 6.837,4 1.035,5 -17,8 -22,4 24,1 12,1 15,1 57

7 VIVO BRA 6.619,5 166,7 -6,1 397,1 4,7 1,6 2,5 60

8 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 77,1 -20,4 99,7 2,3 1,1 1,4 72

9 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 400,2 - - 7,1 4,2 7,3 73

10 CLARO TELECOM BRA 4.932,6 418,0 4,2 - 13,1 5,7 8,5 81

MÉDIA SETORIAL 1,9 19,9 -91,0 5,9 10,4

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 85

é quanto a penetração da ban-da larga móvel poderá alcançar na América Latina em 2009

Page 86: Nº 377 Edição Brasil

ÍNDICE 500

86 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

3M DO BRASIL BRA 406

AACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 170ACINDAR ARG 374AÇOS VILLARES BRA 428AEROMÉXICO (CINTRA) MÉX 203AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES MÉX 165AES GENER CHI 262AGROSUPER CHI 326AJE GROUP PER 384ALBRAS BRA 444ALCOA BRA 331ALICORP PER 358ALL AMÉRICA LATINA BRA 393ALMACENES COPPEL MÉX 162ALMACENES ÉXITO COL 128ALPEK MÉX 110ALPURA MÉX 436ALTOS HORNOS DE MÉXICO MÉX 163ALUAR ARG 414ALUMBRERA ARG 350ALUNORTE BRA 324AMBEV BRA 41AMÉRICA MÓVIL MÉX 6AMERICEL BRA 286AMIL BRA 231AMPLA BRA 404ANCAP URU 225ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 451ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 206ANGLO AMERICAN NORTE CHI 476ANGLO AMERICAN SUR CHI 214ANTOFAGASTA PLC CHI 119ARACRUZ CELULOSE BRA 274ARAUCO CHI 111ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX-CST) BRA 161ARCOR ARG 210ARTHUR LUNDGREN - PERNAMBUCANAS BRA 315AURORA ALIMENTOS BRA 368AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 218AVIANCA COL 260AVON BRA 254AXTEL MÉX 460

BB2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 317BANDEIRANTE ENERGIA BRA 449BARRICK MISQUICHILCA PER 310BASF BRA 224BASF DE MÉXICO MÉX 409BAVARIA COL 263BAYER BRA 293BAYER DE MÉXICO MÉX 380BLACK & DECKER DE MÉXICO MÉX 394BODEGA AURRERÁ MÉX 64BOSCH BRA 245BP EXPLORATION COMPANY COL 425BRASIL TELECOM BRA 83BRASKEM BRA 52BRETAS SUPERMERCADOS BRA 483BRIDGESTONE FIRESTONE BRA 376BUENAVENTURA PER 488BUNGE ARG 97BUNGE ALIMENTOS BRA 37BUNGE FERTILIZANTES BRA 117

CC. VALE BRA 478CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA 371CANDELARIA CHI 365CANTV VEN 88CAP CHI 217CARAÍBA METAIS BRA 401CARAMURU BRA 457CARBONES DEL CERREJÓN COL 175CARGILL BRA 56CARGILL ARG 65CAROZZI CHI 447CARREFOUR ARG 129CARREFOUR COL 303CARREFOUR BRA 35CASAS BAHIA BRA 68CATERPILLAR BRA 189CBA BRA 340CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 51CCR BRA 361CCU CHI 344CEG BRA 453CELESC BRA 282CELG BRA 484CELPE BRA 434CEMENTOS CRUZ AZUL MÉX 364CEMEX MÉX 13CEMEX MÉXICO MÉX 107CEMIG BRA 86

CENCOSUD CHI 33CENCOSUD ARG 122CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 132CESP BRA 399CGE CHI 141CGE DISTRIBUCIÓN CHI 405CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO BRA 209CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL 298CHILECTRA CHI 248CHRYSLER ARG 420CHRYSLER MÉX 39CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA 270CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA 36CICSA MÉX 421CLARO TELECOM BRA 81CMPC CELULOSA CHI 375CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 139CMPC TISSUE CHI 446COAMO BRA 230COCA-COLA FEMSA MÉX 62COCA-COLA BRA 61CODELCO CHI 17CODENSA COL 373COELBA BRA 318COELCE BRA 470COLBÚN CHI 366COLLAHUASI CHI 159COMCEL COL 164COMERCIAL MEXICANA MÉX 108COMGÁS BRA 250COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 10COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 113COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 121COMPREBEM BRA 382CONECEL ECU 396CONFAB BRA 427CONSORCIO MINERO CORMIN PER 415CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 238CONSTRUCTORAS ICA MÉX 277CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 216CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 377CONTAX BRA 492CONTROLADORA MABE MÉX 104COPA AIRLINES PAN 330COPASA BRA 450COPEL BRA 178COPERSUCAR BRA 253CORPORACIÓN DURANGO MÉX 495CORPORACIÓN GEO MÉX 338CORPORATIVO FRAGUA MÉX 351CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 93COSAN BRA 212COSIPA BRA 147COSTCO MÉXICO MÉX 413COTEMINAS BRA 312CPFL - COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 229CPFL ENERGIA BRA 99CPFL PIRATININGA BRA 467CSN BRA 63CTI ARG 207CVG VENALUM VEN 417

DD&S CHI 118DANONE MÉX 247DANONE ARG 354DEACERO MÉX 267DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 131DESARROLLADORA HOMEX MÉX 311DISCO ARG 234DMA DISTRIBUIDORA BRA 499DOE RUN PER 342DOUX FRANGOSUL BRA 473DOW BRASIL BRA 269DOW QUÍMICA ARG 306DRUMMOND COL 308DUPONT BRASIL BRA 383DUPONT MÉXICO MÉX 458DURATEX BRA 471

EEASY ARG 480ECOPETROL COL 15EDITORA ABRIL BRA 468EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 124ELÉCTRICA DE CARACAS VEN 456ELECTRICARIBE COL 474ELECTROLUX DO BRASIL BRA 403ELEKTRO BRA 392ELETROBRÁS BRA 19ELETRONORTE BRA 258ELETROPAULO BRA 127EMBOTELLADORA ANDINA CHI 314EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 292EMBRAER BRA 78EMBRATEL BRA 98

EMPRESAS BANMÉDICA CHI 430EMPRESAS COPEC CHI 20EMPRESAS ICA MÉX 219EMPRESAS NAVIERAS CHI 316EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 252ENAMI CHI 285ENAP CHI 21ENDESA CHI 103ENDESA BRASIL BRA 199ENERGIAS DO BRASIL BRA 204ENERSIS CHI 29ENTEL CHI 251ENTEL PCS CHI 360EQUATORIAL BRA 418ESCONDIDA CHI 50ESSO BRA 95EXTRA BRA 106EXXONMOBIL COL 176

FFALABELLA CHI 67FALABELLA PERÚ PER 424FARMACIAS BENAVIDES MÉX 500FASA CHI 289FEMSA MÉX 22FERREYROS PER 497FERROMEX MÉX 452FIAT AUTOMÓVEIS BRA 49FLEXTRONICS MANUFACTURING MÉX 140FORD BRA 77FORD ARG 233FORD MOTOR COMPANY MÉX 69FOSFÉRTIL BRA 291FURNAS BRA 173

GGAFISA BRA 496GASCO CHI 461GASPETRO BRA 290GBARBOSA BRA 402GENERAL ELECTRIC BRA 120GENERAL ELECTRIC MÉX 166GENERAL MOTORS BRA 45GENERAL MOTORS ARG 236GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 332GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 25GERDAU BRA 11GERDAU AÇOMINAS BRA 177GERDAU AÇOS LONGOS BRA 100GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA 335GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES BRA 125GOL BRA 150GRUPO ABRIL BRA 334GRUPO ALFA MÉX 44GRUPO ANDRÉ MAGGI BRA 416GRUPO ARCELORMITTAL BRA 42GRUPO ARGOS COL 243GRUPO AUTOFIN MÉX 442GRUPO BAL MÉX 48GRUPO BAVARIA COL 180GRUPO BERTIN BRA 146GRUPO BIMBO MÉX 66GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 58GRUPO CARSO MÉX 75GRUPO CASA SABA MÉX 211GRUPO CLARÍN ARG 257GRUPO COIMEX BRA 297GRUPO CONDUMEX MÉX 197GRUPO CONTINENTAL MÉX 443GRUPO CORVI MÉX 322GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG PER 435GRUPO ELEKTRA MÉX 134GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES MÉX 304GRUPO FAMSA MÉX 395GRUPO GLORIA PER 469GRUPO IC C.RI 307GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 87GRUPO INDUSTRIAL LALA MÉX 137GRUPO ISA COL 356GRUPO KUO MÉX 256GRUPO MASECA MÉX 126GRUPO MÉXICO MÉX 85GRUPO MODELO MÉX 74GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL 239GRUPO OMNILIFE MÉX 345GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 437GRUPO PEPSICO MÉX 123GRUPO SALINAS MÉX 92GRUPO SALUDCOOP COL 319GRUPO SANBORNS MÉX 179GRUPO SCHINCARIOL BRA 419GRUPO SIMEC MÉX 168GRUPO TACA ELS 438GRUPO TELEVISA MÉX 114GRUPO ULTRA BRA 24GRUPO VILLACERO MÉX 305

Page 87: Nº 377 Edição Brasil

ÍNDICE 500

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 87

1 Holding2 Estimado3 Vendas bruta4 Vendas anualizadas a junho5 Vendas anualizadas a setembro6 Filial do Grupo Carso7 Filial do América Movil8 Filial do Techint9 Filial do Wal-Mart México

10 Filial do Ternium11 Filial do Grupo Alfa12 Filial da Telmex13 Filial da CPFL Energia14 Filial da CBD15 Filial da Petrobras16 Filial da Empresas Copec17 Filial do Grupo Bal18 Filial do Antofagasta Holding19 Femsa Cerveza

Notas

GRUPO VITRO MÉX 205GRUPO VIZ MÉX 327GRUPO VOTORANTIM BRA 16GRUPO XIGNUX MÉX 191GUARARAPES - RIACHUELO BRA 472

HH-E-B SUPERMERCADOS MÉX 432HERINGER FERTILIZANTES BRA 281HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX 71HOCOL COL 431HOME DEPOT MÉX 201HONDA BRA 136HOSPITALES ÁNGELES MÉX 423HP BRASIL BRA 186HUACHIPATO CHI 325

IIBERDROLA DE MÉXICO MÉX 184IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDU. DE ÓLEOS BRA 372INDUSTRIAS BACHOCO MÉX 294INDUSTRIAS CH MÉX 145INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 109INFRAERO BRA 410INTEL C.RI 208INTEROCEÁNICA CHI 422IOCHP-MAXION BRA 481ITAIPU BINACIONAL BRA/PAR 115ITAMBÉ BRA 459ITAUTEC BRA 490IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS MÉX 172IUSACELL MÉX 477

JJBS FRIBOI BRA 18JUMBO CHI 349

KKIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 255KLABIN BRA 321KRAFT FOODS BRA 433

LLA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 299LAN CHI 90LG BRA 130LIGHT BRA 183LIQUIGÁS BRA 408LOCALIZA BRA 482LOJAS AMERICANAS BRA 138LOJAS RENNER BRA 441LOS PELAMBRES CHI 198LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 194

MM. DIAS BRANCO BRA 440MADECO CHI 381MAGAZINE LUIZA BRA 400MAHLE METAL LEVE BRA 479MAKRO BRA 228MALL PLAZA CHI 215MARCOPOLO BRA 390MARFRIG BRA 158MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA 276MASISA CHI 397MC DONALD´S BRA 301MEGA MÉX 273MET-MEX PEÑOLES MÉX 101MEXICANA DE AVIACIÓN MÉX 240MEXICHEM MÉX 188MINAS PEÑOLES MÉX 328MINERA ANTAMINA PER 144MINERA CERRO VERDE PER 232MINERA EL ABRA CHI 378MINERA MÉXICO MÉX 143MINERA SPENCE CHI 362MINERA VALPARAÍSO CHI 363MINERA YANACOCHA PER 266MINERA ZALDÍVAR CHI 454MINERVA BRA 445MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 182MOLYMET CHI 171MOSAIC FERTILIZANTES BRA 261MOVISTAR VEN 105MOVISTAR MÉX 185MOVISTAR ARG 192MOVISTAR CHI 329MOVISTAR COL 367MOVISTAR PER 398MRS BRA 337

NNACIONAL DE DROGAS MÉX 196NATURA BRA 278NEMAK MÉX 174NEOENERGIA BRA 156

NESTLÉ BRA 76NESTLÉ DE MÉXICO MÉX 142NET BRASIL BRA 275NEXTEL BRA 320NEXTEL DE MÉXICO MÉX 200NISSAN MEXICANA MÉX 30NOKIA BRA 160NOKIA MÉX 295NORBERTO ODEBRECHT BRA 54

OOCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 498ODEBRECHT BRA 14OI CELULAR BRA 195OLÍMPICA COL 387ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 55ORGANIZACIÓN TERPEL COL 148OXITENO BRA 466OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 116

PPAN AMERICAN ENERGY ARG 242PÃO DE AÇÚCAR BRA 296PARANAPANEMA BRA 283PARIS CHI 463PATAGONIA ARG 412PDVSA VEN 1PEMEX MÉX 2PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 9PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 70PEMEX REFINACIÓN MÉX 4PEQUIVEN VEN 34PERDIGÃO BRA 82PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER 455PERUPETRO PER 279PETROBRAS BRA 3PETROBRAS COL 494PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 7PETROBRAS ENERGÍA ARG 94PETROECUADOR ECU 27PETROPERÚ PER 157PEUGEOT - CITROËN ARG 244PHILIP MORRIS DE MÉXICO MÉX 213PHILIPS MEXICANA MÉX 259PIRELLI PNEUS BRA 264PONTO FRIO - GLOBEX BRA 268POSITIVO INFORMÁTICA BRA 465PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA 491PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO MÉX 202PROFARMA BRA 388

QQUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 272QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS (EX-PETROQUÍMICA UNIÃO) BRA 370QUIÑENCO CHI 359

RRANDON BRA 323RECOPE C.RI 154REDE ENERGIA BRA 249REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA 96REFINERÍA DE CARTAGENA COL 149RENAULT BRA 221RENAULT ARGENTINA ARG 439REPSOL YPF PERÚ PER 102RHODIA BRA 348RIPLEY CHI 265

SSABESP BRA 151SADIA BRA 89SALFACORP CHI 429SAMARCO MINERAÇÃO BRA 237SAM’S CLUB MÉX 84SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 155SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO MÉX 135SANTA ISABEL CHI 343SCANIA BRA 353SEARS MÉX 313SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 339SHELL BRA 38SHELL CAPSA ARG 226SIDERAR ARG 181SIEMENS BRASIL BRA 300SIEMENS MÉXICO MÉX 347SIGDO KOPPERS CHI 352SIGMA MÉX 227SIVENSA VEN 357SODIMAC CHI 241SONY DE MÉXICO MÉX 341SOTREQ BRA 485SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 153SOUZA CRUZ BRA 187SQM CHI 235SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 80SUPERAMA MÉX 448

SUPERMERCADOS LA FAVORITA ECU 346SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 246SUZANO PETROQUÍMICA BRA 489

TTAM BRA 91TECHINT ARG 8TELCEL MÉX 32TELECOM ARG 133TELEFÔNICA BRA 26TELEFÓNICA CHILE CHI 385TELEFÓNICA COLOMBIA COL 223TELEFÓNICA DE ARGENTINA ARG 309TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 190TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 40TELEMAR BRA 47TELESP BRA 57TELMEX INTERNACIONAL MÉX 73TENARIS ARG 23TERNIUM ARG 43TIENDAS COMERCIAL MEXICANA MÉX 407TIENDAS SANBORNS MÉX 411TIGRE - TUBOS E CONEXÕES BRA 487TIM PARTICIPAÇÕES BRA 72TOYOTA ARG 280TOYOTA MÉX 288TRACTEBEL BRA 287TRANSPETRO BRA 271TUPY BRA 493

UUCP BACKUS & JOHNST PER 475ULTRAFÉRTIL BRA 462ULTRAGAZ BRA 379UNILEVER DE MÉXICO MÉX 369UNIPAR BRA 220URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 389USIMINAS BRA 59USIMINAS IPATINGA BRA 112UTE URU 464

VVALE BRA 5VITRO ENVASES MÉX 302VITRO VIDRIO PLANO MÉX 355VIVO BRA 60VOLKSWAGEN BRA 28VOLKSWAGEN ARG 193VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 46VOLVO BRA 152VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 333VOTORANTIM CIMENTOS BRA 167VRG - LINHAS AÉREAS BRA 386

WWAL-MART BRA 53WAL-MART DE MÉXICO MÉX 12WAL-MART SUPERCENTER MÉX 79WEG BRA 222WHIRLPOOL BRA 169WHIRLPOOL MÉXICO MÉX 391WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA 426

XXSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 284

YYARA FERTILIZANTES BRA 336YPF ARG 31

ZZAFFARI E BOURBON BRA 486

Page 88: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

1 3 PDVSA (1) VEN Petróleo/Gás 126.364,0 97.118,0 30,1 9.413,0 6.273,0 50,1 9.356,0 6.172,0 51,6

2 1 PEMEX (1) MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 104.368,6 -7,9 -7.906,2 -1.677,2 -371,4 47.776,4 61.035,4 -21,7

3 2 PETROBRAS (1) BRA Petróleo/Gás 92.049,0 96.300,9 -4,4 14.115,4 12.144,6 16,2 26.601,7 27.232,9 -2,3

4 4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 43.494,0 -8,6 -8.669,9 -4.218,0 -105,5 -19.617,7 -9.239,3 -112,3

5 5 VALE BRA Mineração 30.184,4 36.562,7 -17,4 9.105,5 11.294,3 -19,4 13.912,0 18.904,1 -26,4

6 6 AMÉRICA MÓVIL (1) MÉX Telecomunicaç ões 24.988,6 28.544,2 -12,5 4.345,7 5.367,3 -19,0 10.008,4 11.613,7 -13,8

7 8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15) BRA Petróleo/Gás 23.930,9 20.721,9 15,5 551,6 474,0 16,4 820,3 697,7 17,6

8 12 TECHINT (1) ARG Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 22.087,0 -0,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

9 11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 20.514,0 -4,1 164,3 455,0 -63,9 248,8 986,2 -74,8

10 9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia elétrica 19.570,0 20.665,9 -5,3 -1.415,8 -682,7 -107,4 N.D. 617,8 -

11 15 GERDAU (1) BRA Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 17.283,1 3,8 1.686,1 2.005,7 -15,9 4.236,7 3.461,1 22,4

12 10 WAL-MART DE MÉXICO (1) MÉX Comércio 17.705,9 20.610,3 -14,1 1.060,8 1.303,5 -18,6 1.726,9 2.051,9 -15,8

13 7 CEMEX (1) MÉX Cimento 17.581,8 21.681,5 -18,9 164,7 2.391,8 -93,1 3.524,1 4.591,1 -23,2

14 16 ODEBRECHT (1) BRA Multissetor 15.193,5 14.885,0 2,1 -357,8 254,0 -240,8 2.005,6 2.083,0 -3,7

15 29 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 10.924,7 37,8 5.164,8 2.533,9 103,8 6.554,5 7.128,0 -8,0

16 13 GRUPO VOTORANTIM (1) BRA Multissetor 15.011,9 17.144,6 -12,4 N.D. 2.708,5 - N.D. N.D. -

17 14 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 16.988,2 -15,1 1.566,8 2.981,6 -47,5 N.D. 3.816,2 -

18 50 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 12.982,6 7.983,7 62,6 11,1 -93,2 111,9 479,4 295,8 62,1

19 19 ELETROBRÁS BRA Energia elétrica 12.865,4 12.676,3 1,5 2.625,8 873,9 200,5 3.356,1 2.563,9 30,9

20 20 EMPRESAS COPEC (1) CHI Multissetor 12.818,2 12.331,8 3,9 603,1 1.014,4 -40,5 1.394,2 1.726,8 -19,3

21 40 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 9.019,3 35,1 -957,8 199,1 -581,1 N.D. 429,4 -

22 18 FEMSA (1) MÉX Bebidas 12.146,9 13.517,8 -10,1 484,9 779,7 -37,8 2.223,2 2.562,4 -13,2

23 34 TENARIS (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 10.042,0 20,8 2.124,8 2.076,1 2,3 3.560,8 3.472,0 2,6

24 26 GRUPO ULTRA (1) BRA Petróleo/Gás 12.095,8 11.246,7 7,5 167,0 102,7 62,6 465,9 444,2 4,9

25 27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 12.027,0 11.216,1 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

26 25 TELEFÔNICA BRA Telecomunicaç ões 11.962,3 11.261,5 6,2 N.D. N.D. - 4.669,0 4.498,7 3,8

27 53 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 7.700,4 41,3 5.072,4 2.969,5 70,8 N.D. 3.331,9 -

28 22 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 10.702,8 11.949,7 -10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

29 38 ENERSIS CHI Energia elétrica 10.570,9 9.452,4 11,8 907,4 379,9 138,9 4.045,3 3.390,3 19,3

30 32 NISSAN MEXICANA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 10.529,1 10.124,2 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

31 39 YPF ARG Petróleo/Gás 10.050,4 9.181,1 9,5 1.049,0 1.289,0 -18,6 3.296,8 3.405,7 -3,2

32 24 TELCEL MÉX Telecomunicaç ões 9.816,7 11.628,8 -15,6 4.532,5 N.D. - 5.144,6 6.196,8 -17,0

33 54 CENCOSUD (1) CHI Comércio 9.745,8 7.623,2 27,8 254,5 423,8 -39,9 709,8 656,8 8,1

34 147 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 6.500,0 49,1 N.D. 240,5 - N.D. N.D. -

35 47 CARREFOUR (3) BRA Comércio 9.614,9 8.254,1 16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

36 23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA Petróleo/Gás 9.605,6 11.753,0 -18,3 137,2 214,7 -36,1 258,1 235,6 9,6

37 41 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 9.521,1 8.780,1 8,4 0,9 -19,3 104,7 415,4 91,0 356,5

38 30 SHELL BRA Petróleo/Gás 9.185,7 10.277,0 -10,6 -209,9 69,6 -401,5 337,8 281,1 20,2

39 37 CHRYSLER (2) MÉX Automotivo/Autopeças 9.120,0 9.753,3 -6,5 N.D. 700,6 - N.D. 542,2 -

40 21 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 8.972,0 11.979,8 -25,1 1.458,7 3.250,8 -55,1 4.171,9 5.708,3 -26,9

41 28 AMBEV BRA Bebidas 8.942,9 11.092,5 -19,4 1.309,1 1.590,0 -17,7 3.869,7 4.902,9 -21,1

42 43 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 8.665,6 -2,0 609,9 1.709,3 -64,3 2.716,7 2.992,1 -9,2

43 48 TERNIUM (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 5.633,3 50,3 875,2 995,8 -12,1 N.D. 2.152,3 -

44 36 GRUPO ALFA (1) MÉX Multissetor 8.399,8 9.787,1 -14,2 -687,7 325,3 -311,4 757,5 980,0 -22,7

45 68 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 8.329,0 6.477,0 28,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

46 42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 8.140,0 8.673,0 -6,1 N.D. -93,3 - N.D. 401,3 -

47 31 TELEMAR BRA Telecomunicações 8.017,1 9.934,6 -19,3 493,9 1.309,5 -62,3 2.596,5 3.681,9 -29,5

48 52 GRUPO BAL (1) (2) MÉX Multissetor 7.930,0 7.773,6 2,0 N.D. 528,0 - N.D. N.D. -

49 49 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 7.897,9 8.173,2 -3,4 801,6 N.D. - 1.257,0 1.560,8 -19,5

50 33 ESCONDIDA CHI Mineração 7.760,2 10.289,7 -24,6 3.570,3 6.467,0 -44,8 4.619,6 8.367,7 -44,8

1 -

50

88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 89: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

131.832,0 71.513,0 13,2 7,1 7,4 77.292 Não E 122.488,0 96,9 pdvsa.com 1

88.696,4 1.936,0 -408,4 -8,9 -8,2 161.158 Sim E 46.763,4 48,7 pemex.com.mx 2

125.016,6 59.206,4 23,8 11,3 15,3 74.240 Sim E 19.299,2 21,0 petrobras.com.br 3

37.050,0 -1.135,9 - -23,4 -21,8 48.100 Não E 35,3 0,1 pemex.com.mx 4

79.494,9 41.195,8 22,1 11,5 30,2 62.490 Sim P 13.531,2 44,8 vale.com 5

31.676,4 10.370,3 41,9 13,7 17,4 52.879 Sim P - - americamovil.com 6

5.159,9 3.157,3 17,5 10,7 2,3 6.930 Não E 1.123,8 4,7 br.com.br 7

28.208,0 N.D. - - - 53.075 Não P - - techint.com 8

11.569,0 3.450,2 4,8 1,4 0,8 13.000 Não E 12.126,5 61,6 pemex.com.mx 9

56.950,1 30.196,4 -4,7 -2,5 -7,2 82.012 Não E - - cfe.gob.mx 10

25.267,7 8.629,2 19,5 6,7 9,4 42.133 Sim P 1.962,6 10,9 gerdau.com.br 11

8.564,2 5.369,7 19,8 12,4 6,0 170.014 Sim P* - - walmartmexico.com.mx 12

45.083,9 13.785,8 1,2 0,4 0,9 67.800 Sim P 17.500,0 99,5 cemex.com 13

17.799,4 945,0 -37,9 -2,0 -2,4 94.000 Não P 6.129,8 40,3 odebrecht.com.br 14

21.629,1 15.374,9 33,6 23,9 34,3 6.776 Sim E 4.218,1 28,0 ecopetrol.com.co 15

56.909,1 10.239,8 - - - 60.000 Não P 1.023,4 6,8 votorantim.com 16

13.706,7 3.875,7 40,4 11,4 10,9 19.300 Não E 13.772,7 95,5 codelco.cl 17

6.887,6 2.624,9 0,4 0,2 0,1 60.000 Sim P 1.265,5 9,7 friboi.com.br 18

59.073,1 36.636,0 7,2 4,4 20,4 23.522 Sim E - - eletrobras.gov.br 19

11.855,9 7.656,3 7,9 5,1 4,7 14.792 Sim P 104,9 0,8 empresascopec.cl 20

4.872,1 261,3 -366,5 -19,7 -7,9 3.382 Não E 728,6 6,0 enap.cl 21

13.377,2 4.975,3 9,7 3,6 4,0 122.981 Sim P 4.205,0 34,6 femsa.com 22

15.100,7 8.176,6 26,0 14,1 17,5 23.530 Sim P - - tenaris.com 23

4.136,6 1.989,8 8,4 4,0 1,4 9.469 Sim P - - ultra.com.br 24

N.D. N.D. - - - 12.669 Não P* - - gm.com.mx 25

N.D. N.D. - - - 75.800 Não P* - - telefonica.com.br 26

5.982,3 4.592,3 110,5 84,8 46,6 N.D. Não E 6.914,6 63,6 petroecuador.com.ec 27

6.599,6 1.713,2 - - - 22.018 Não P* 2.001,9 18,7 volkswagen.com.br 28

22.888,9 5.876,9 15,4 4,0 8,6 12.733 Sim P* - - enersis.cl 29

N.D. N.D. - - - 8.889 Não P* - - nissan.com.mx 30

11.262,0 5.866,3 17,9 9,3 10,4 8.476 Sim P* - - ypf.com.ar 31

N.D. N.D. - - 46,2 14.500 Não P - - telcel.com.mx 32

8.773,6 3.705,0 6,9 2,9 2,6 96.000 Sim P - - cencosud.cl 33

N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - pequiven.com 34

N.D. N.D. - - - 67.900 Não P* - - carrefour.com.br 35

1.959,3 1.095,2 12,5 7,0 1,4 2.083 Não P - - ipiranga.com.br 36

4.270,4 934,2 0,1 0,0 0,0 5.389 Não P* 5.023,4 52,8 bunge.com.br 37

4.018,8 923,3 -22,7 -5,2 -2,3 1.630 Não P* 1.320,4 14,4 shell.com.br 38

N.D. N.D. - - - 11.100 Não P* 5.762,6 63,2 chryslerdemexico.com.mx 39

13.527,9 2.843,3 51,3 10,8 16,3 80.000 Sim P - - telmex.com.mx 40

15.947,8 7.393,3 17,7 8,2 14,6 39.300 Sim P* - - ambev.com.br 41

14.537,4 6.714,5 9,1 4,2 7,2 18.780 Sim P* 2.679,1 31,6 arcelormittal.com.br 42

10.671,1 5.561,4 15,7 8,2 10,3 16.000 Não P - - ternium.com 43

8.022,4 2.136,4 -32,2 -8,6 -8,2 50.992 Sim P 4.546,9 54,1 alfa.com.mx 44

N.D. N.D. - - - 21.000 Não P* 1.571,0 18,9 chevrolet.com.br 45

N.D. N.D. - - - 15.000 Sim P* 5.948,6 73,1 vw.com.mx 46

17.571,7 4.104,0 12,0 2,8 6,2 10.982 Sim P - - telemar.com.br 47

N.D. N.D. - - - 39.000 Não P - - bal.com.mx 48

3.152,6 602,4 133,1 25,4 10,1 14.097 Não P* 1.030,6 13,0 fi at.com.br 49

N.D. N.D. - - 46,0 3.100 Não P* 7.436,5 95,8 mineraescondida.cl 50

ECOPETROL A ESTATAL COLOMBIANA É UM CASO RARO ENTRE AS PETROLÍFERAS. REGISTROU AUMENTO DE VENDAS DE 37,8% E DUPLICOU SEU LUCRO.

JAVIER GUTIÉRREZ, PRESIDENTE Da ECOPETROL

ER

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0

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 89

Page 90: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

1 3 PDVSA (1) VEN Petróleo/Gás 126.364,0 97.118,0 30,1 9.413,0 6.273,0 50,1 9.356,0 6.172,0 51,6

2 1 PEMEX (1) MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 104.368,6 -7,9 -7.906,2 -1.677,2 -371,4 47.776,4 61.035,4 -21,7

3 2 PETROBRAS (1) BRA Petróleo/Gás 92.049,0 96.300,9 -4,4 14.115,4 12.144,6 16,2 26.601,7 27.232,9 -2,3

4 4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 43.494,0 -8,6 -8.669,9 -4.218,0 -105,5 -19.617,7 -9.239,3 -112,3

5 5 VALE BRA Mineração 30.184,4 36.562,7 -17,4 9.105,5 11.294,3 -19,4 13.912,0 18.904,1 -26,4

6 6 AMÉRICA MÓVIL (1) MÉX Telecomunicaç ões 24.988,6 28.544,2 -12,5 4.345,7 5.367,3 -19,0 10.008,4 11.613,7 -13,8

7 8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15) BRA Petróleo/Gás 23.930,9 20.721,9 15,5 551,6 474,0 16,4 820,3 697,7 17,6

8 12 TECHINT (1) ARG Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 22.087,0 -0,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

9 11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 20.514,0 -4,1 164,3 455,0 -63,9 248,8 986,2 -74,8

10 9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia elétrica 19.570,0 20.665,9 -5,3 -1.415,8 -682,7 -107,4 N.D. 617,8 -

11 15 GERDAU (1) BRA Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 17.283,1 3,8 1.686,1 2.005,7 -15,9 4.236,7 3.461,1 22,4

12 10 WAL-MART DE MÉXICO (1) MÉX Comércio 17.705,9 20.610,3 -14,1 1.060,8 1.303,5 -18,6 1.726,9 2.051,9 -15,8

13 7 CEMEX (1) MÉX Cimento 17.581,8 21.681,5 -18,9 164,7 2.391,8 -93,1 3.524,1 4.591,1 -23,2

14 16 ODEBRECHT (1) BRA Multissetor 15.193,5 14.885,0 2,1 -357,8 254,0 -240,8 2.005,6 2.083,0 -3,7

15 29 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 10.924,7 37,8 5.164,8 2.533,9 103,8 6.554,5 7.128,0 -8,0

16 13 GRUPO VOTORANTIM (1) BRA Multissetor 15.011,9 17.144,6 -12,4 N.D. 2.708,5 - N.D. N.D. -

17 14 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 16.988,2 -15,1 1.566,8 2.981,6 -47,5 N.D. 3.816,2 -

18 50 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 12.982,6 7.983,7 62,6 11,1 -93,2 111,9 479,4 295,8 62,1

19 19 ELETROBRÁS BRA Energia elétrica 12.865,4 12.676,3 1,5 2.625,8 873,9 200,5 3.356,1 2.563,9 30,9

20 20 EMPRESAS COPEC (1) CHI Multissetor 12.818,2 12.331,8 3,9 603,1 1.014,4 -40,5 1.394,2 1.726,8 -19,3

21 40 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 9.019,3 35,1 -957,8 199,1 -581,1 N.D. 429,4 -

22 18 FEMSA (1) MÉX Bebidas 12.146,9 13.517,8 -10,1 484,9 779,7 -37,8 2.223,2 2.562,4 -13,2

23 34 TENARIS (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 10.042,0 20,8 2.124,8 2.076,1 2,3 3.560,8 3.472,0 2,6

24 26 GRUPO ULTRA (1) BRA Petróleo/Gás 12.095,8 11.246,7 7,5 167,0 102,7 62,6 465,9 444,2 4,9

25 27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 12.027,0 11.216,1 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

26 25 TELEFÔNICA BRA Telecomunicaç ões 11.962,3 11.261,5 6,2 N.D. N.D. - 4.669,0 4.498,7 3,8

27 53 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 7.700,4 41,3 5.072,4 2.969,5 70,8 N.D. 3.331,9 -

28 22 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 10.702,8 11.949,7 -10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

29 38 ENERSIS CHI Energia elétrica 10.570,9 9.452,4 11,8 907,4 379,9 138,9 4.045,3 3.390,3 19,3

30 32 NISSAN MEXICANA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 10.529,1 10.124,2 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

31 39 YPF ARG Petróleo/Gás 10.050,4 9.181,1 9,5 1.049,0 1.289,0 -18,6 3.296,8 3.405,7 -3,2

32 24 TELCEL MÉX Telecomunicaç ões 9.816,7 11.628,8 -15,6 4.532,5 N.D. - 5.144,6 6.196,8 -17,0

33 54 CENCOSUD (1) CHI Comércio 9.745,8 7.623,2 27,8 254,5 423,8 -39,9 709,8 656,8 8,1

34 147 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 6.500,0 49,1 N.D. 240,5 - N.D. N.D. -

35 47 CARREFOUR (3) BRA Comércio 9.614,9 8.254,1 16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

36 23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA Petróleo/Gás 9.605,6 11.753,0 -18,3 137,2 214,7 -36,1 258,1 235,6 9,6

37 41 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 9.521,1 8.780,1 8,4 0,9 -19,3 104,7 415,4 91,0 356,5

38 30 SHELL BRA Petróleo/Gás 9.185,7 10.277,0 -10,6 -209,9 69,6 -401,5 337,8 281,1 20,2

39 37 CHRYSLER (2) MÉX Automotivo/Autopeças 9.120,0 9.753,3 -6,5 N.D. 700,6 - N.D. 542,2 -

40 21 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 8.972,0 11.979,8 -25,1 1.458,7 3.250,8 -55,1 4.171,9 5.708,3 -26,9

41 28 AMBEV BRA Bebidas 8.942,9 11.092,5 -19,4 1.309,1 1.590,0 -17,7 3.869,7 4.902,9 -21,1

42 43 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 8.665,6 -2,0 609,9 1.709,3 -64,3 2.716,7 2.992,1 -9,2

43 48 TERNIUM (8) ARG Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 5.633,3 50,3 875,2 995,8 -12,1 N.D. 2.152,3 -

44 36 GRUPO ALFA (1) MÉX Multissetor 8.399,8 9.787,1 -14,2 -687,7 325,3 -311,4 757,5 980,0 -22,7

45 68 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 8.329,0 6.477,0 28,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

46 42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2) MÉX Automotivo/Autopeças 8.140,0 8.673,0 -6,1 N.D. -93,3 - N.D. 401,3 -

47 31 TELEMAR BRA Telecomunicações 8.017,1 9.934,6 -19,3 493,9 1.309,5 -62,3 2.596,5 3.681,9 -29,5

48 52 GRUPO BAL (1) (2) MÉX Multissetor 7.930,0 7.773,6 2,0 N.D. 528,0 - N.D. N.D. -

49 49 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 7.897,9 8.173,2 -3,4 801,6 N.D. - 1.257,0 1.560,8 -19,5

50 33 ESCONDIDA CHI Mineração 7.760,2 10.289,7 -24,6 3.570,3 6.467,0 -44,8 4.619,6 8.367,7 -44,8

1 -

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88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 91: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

5.795,5 2.314,0 4,8 1,9 1,4 70.656 Sim P - - grupopaodeacucar.com.br 51

9.714,1 1.574,6 -67,7 -11,0 -13,9 4.300 Sim P 1.223,8 15,9 braskem.com.br 52

N.D. N.D. - - - 70.000 Não P* - - wal-martbrasil.com 53

6.141,5 1.074,1 23,5 4,1 3,6 81.991 Não P 551,3 7,8 odebrecht.com 54

4.799,4 2.106,0 5,9 2,6 1,8 44.000 Sim P - - soriana.com.mx 55

2.490,5 122,2 -134,2 -6,6 -2,4 26.622 Não P* 2.205,2 32,2 cargill.com.br 56

8.554,6 4.298,5 24,1 12,1 15,1 6.057 Sim P* - - telesp.com.br 57

N.D. N.D. - - - 59.500 Não P - - camargocorrea.com.br 58

11.801,5 6.430,9 21,5 11,7 20,5 29.784 Sim P 450,9 6,7 usiminas.com.br 59

10.177,6 3.537,7 4,7 1,6 2,5 8.386 Sim P* - - vivo.com.br 60

N.D. N.D. - - - 38.000 Não P* - - coca-cola.com 61

7.081,7 4.042,1 10,0 5,7 6,7 68.065 Sim P - - cocacola-femsa.com.mx 62

13.477,7 2.850,9 86,7 18,3 41,2 16.200 Sim P 538,4 9,0 csn.com.br 63

N.D. N.D. - - - 60.038 Não P* - - walmartmexico.com.mx 64

N.D. N.D. - - - 4.400 Não P* 5.671,7 95,0 cargill.com.ar 65

4.229,5 2.477,0 12,6 7,4 5,2 81.320 Sim P 1.959,4 32,9 grupobimbo.com.mx 66

7.025,2 2.786,6 11,5 4,6 5,4 67.271 Sim P 3,7 0,1 falabella.cl 67

N.D. N.D. - - - 58.000 Não P - - casasbahia.com.br 68

N.D. N.D. - - - 5.300 Não P* - - ford.com.mx 69

7.050,0 1.742,9 -77,7 -19,2 -23,3 N.D. Não E 1.856,0 31,9 pemex.com.mx 70

N.D. N.D. - - - 5.750 Não P* - - hp.com.mx 71

6.948,9 3.333,5 2,3 1,1 1,4 10.296 Não P* - - timbrasil.com.br 72

9.607,5 5.624,1 7,1 4,2 7,3 N.D. Sim P - - telmexinternacional.com 73

7.640,7 4.469,2 14,6 8,5 12,0 38.402 Sim P 2.298,1 42,2 gmodelo.com.mx 74

6.585,9 3.314,3 14,3 7,2 8,7 81.000 Sim P 884,9 16,3 gcarso.com.mx 75

N.D. N.D. - - - 17.670 Não P* 347,5 6,5 nestle.com.br 76

N.D. N.D. - - - 10.200 Não P* 1.341,1 25,1 ford.com.br 77

9.199,5 2.554,8 7,2 2,0 3,7 23.509 Sim P 5.020,0 99,9 embraer.com.br 78

N.D. N.D. - - - 47.060 Não P* - - walmartmexico.com.mx 79

1.884,1 833,9 -4,7 -2,1 -0,8 7.187 Sim P 50,0 1,0 csav.cl 80

7.303,6 3.190,3 13,1 5,7 8,5 8.700 Não P* - - claro.com.br 81

4.800,8 1.758,9 1,3 0,5 0,5 58.000 Sim P 1.841,3 37,8 perdigao.com.br 82

7.561,1 2.670,5 16,5 5,8 9,1 5.217 Sim P* - - brasiltelecom.com.br 83

N.D. N.D. - - - 23.039 Não P* - - sams.com.mx 84

8.828,4 4.351,2 24,7 12,2 23,0 19.230 Sim P 3.255,2 69,5 gmexico.com 85

10.415,7 4.001,6 20,2 7,8 17,3 11.000 Sim P* - - cemig.com.br 86

4.718,6 809,9 11,7 2,0 2,0 N.D. Sim P 863,0 18,6 grupoimsa.com 87

5.534,6 2.059,4 33,0 12,3 14,8 N.D. Sim P - - cantv.com.ve 88

5.844,7 175,8 -604,8 -18,2 -23,2 52.000 Sim P 2.424,2 52,8 sadia.com.br 89

4.962,1 1.131,0 30,0 6,8 7,4 15.797 Sim P 333,9 7,3 lan.com 90

5.658,5 268,8 -216,5 -10,3 -12,8 24.315 Sim P - - tam.com.br 91

N.D. N.D. - - - 45.000 Não P - - gruposalinas.com.mx 92

2.907,5 1.328,5 25,8 11,8 7,7 112.000 Não E - - correios.com.br 93

6.665,7 2.578,4 8,7 3,4 5,1 5.000 Sim P* - - pecom.com.ar 94

N.D. N.D. - - - 2.000 Não P* 427,3 10,0 esso.com.br 95

2.487,8 99,4 -612,0 -24,5 -14,3 832 Não P 528,2 12,5 refap.com.br 96

N.D. N.D. - - - 1.100 Não P* 3.771,0 90,0 bungeargentina.com 97

6.497,8 3.572,2 7,3 4,0 6,3 16.288 Sim P* - - embratel.com.br 98

6.950,4 2.147,5 25,4 7,9 13,1 7.200 Sim P - - cpfl .com.br 99

4.222,5 2.359,6 26,3 14,7 15,5 N.D. Não P 482,5 12,1 gerdau.com.br 100

LAN O AUMENTO DE 30,1% EM SUAS VENDAS A TRANSFORMOU NA MAIOR COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA LATINA E NA QUE MAIS GANHA: US$ 339,7 MILHÕES DE LUCRO.

N O AUMA

LLLALLLLLLLLL NLAN

51

- 10

0

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 91

Page 92: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

51 45 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR (1) BRA Comércio 7.716,4 8.413,5 -8,3 111,4 119,1 -6,5 561,2 579,2 -3,1

52 35 BRASKEM BRA Petroquímica 7.684,9 9.981,0 -23,0 -1.066,4 309,1 -445,0 1.052,1 1.672,3 -37,1

53 44 WAL-MART (3) BRA Comércio 7.252,9 8.456,3 -14,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

54 92 NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 7.092,2 4.827,0 46,9 252,0 253,5 -0,6 989,9 497,6 98,9

55 73 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX Comércio 6.912,6 5.972,2 15,7 124,6 287,2 -56,6 439,8 497,4 -11,6

56 58 CARGILL BRA Agroindústria 6.853,9 7.146,5 -4,1 -164,0 -79,5 -106,3 N.D. N.D. -

57 46 TELESP BRA Telecomunicações 6.837,4 8.314,5 -17,8 1.035,5 1.334,0 -22,4 2.780,0 3.509,9 -20,8

58 74 GRUPO CAMARGO CORRÊA (1) (2)(3) BRA Multissetor 6.791,0 5.955,6 14,0 N.D. 677,0 - N.D. 1.077,2 -

59 51 USIMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 6.720,8 7.804,9 -13,9 1.379,7 1.790,7 -23,0 2.503,7 2.914,9 -14,1

60 59 VIVO BRA Telecomunicações 6.619,5 7.052,7 -6,1 166,7 -56,1 397,1 1.935,7 1.706,6 13,4

61 64 COCA-COLA (3) BRA Bebidas 6.418,5 6.764,0 -5,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

62 70 COCA-COLA FEMSA MÉX Bebidas 5.998,6 6.344,2 -5,4 404,7 632,9 -36,1 1.237,5 1.322,3 -6,4

63 69 CSN BRA Siderurgia/Metalurgia 5.991,8 6.459,1 -7,2 2.470,8 1.649,8 49,8 4.470,3 2.663,5 67,8

64 65 BODEGA AURRERÁ (9) MÉX Comércio 5.975,4 6.742,0 -11,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

65 94 CARGILL ARG Agroindústria 5.970,2 4.721,9 26,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

66 67 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 5.951,0 6.723,8 -11,5 312,3 354,8 -12,0 710,6 801,0 -11,3

67 78 FALABELLA (1) CHI Comércio 5.924,5 5.718,6 3,6 321,1 437,8 -26,7 689,3 742,1 -7,1

68 55 CASAS BAHIA (3) BRA Comércio 5.896,4 7.327,7 -19,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

69 56 FORD MOTOR COMPANY (2) MÉX Automotivo/Autopeças 5.885,4 7.303,0 -19,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

70 83 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 5.809,5 5.305,0 9,5 -1.354,9 -1.358,0 0,2 -1.323,8 -1.192,2 -11,0

71 88 HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX Eletrônica 5.704,8 5.052,1 12,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

72 61 TIM PARTICIPAÇÕES (1) BRA Telecomunicações 5.597,3 7.029,2 -20,4 77,1 38,6 99,7 1.240,7 1.621,4 -23,5

73 - TELMEX INTERNACIONAL (12) MÉX Telecomunicações 5.494,6 N.D. - 400,2 N.D. - 1.293,4 N.D. -

74 66 GRUPO MODELO MÉX Bebidas 5.448,2 6.678,0 -18,4 651,7 870,6 -25,1 1.646,8 2.193,2 -24,9

75 62 GRUPO CARSO (1) MÉX Multissetor 5.430,0 6.868,4 -20,9 473,2 1.782,7 -73,5 628,0 1.056,0 -40,5

76 60 NESTLÉ BRA Alimentos 5.369,4 7.045,8 -23,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

77 76 FORD (2) BRA Automotivo/Autopeças 5.350,3 5.770,4 -7,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

78 79 EMBRAER BRA Aeroespacial 5.026,4 5.636,2 -10,8 183,5 370,9 -50,5 641,8 501,6 28,0

79 81 WAL-MART SUPERCENTER (9) MÉX Comércio 4.987,6 5.583,8 -10,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

80 105 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI Transporte/Logística 4.943,9 4.150,3 19,1 -39,1 116,9 -133,4 -97,2 93,3 -204,2

81 80 CLARO TELECOM BRA Telecomunicaç ões 4.932,6 4.732,0 4,2 418,0 N.D. - 1.165,6 1.413,0 -17,5

82 119 PERDIGÃO BRA Alimentos 4.875,1 3.744,9 30,2 23,3 181,4 -87,2 469,3 453,2 3,6

83 71 BRASIL TELECOM (1) BRA Telecomunicações 4.833,9 6.243,2 -22,6 440,7 450,1 -2,1 1.677,0 2.153,4 -22,1

84 77 SAM’S CLUB (9) MÉX Comércio 4.789,3 5.733,8 -16,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

85 57 GRUPO MÉXICO MÉX Mineração 4.681,7 7.282,2 -35,7 1.075,5 1.681,7 -36,0 2.413,1 4.501,8 -46,4

86 75 CEMIG BRA Energia Elétrica 4.660,0 5.784,4 -19,4 807,5 979,8 -17,6 1.754,2 2.299,3 -23,7

87 185 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX Siderurgia/Metalurgia 4.646,1 2.453,4 89,4 95,0 120,8 -21,4 759,4 271,9 179,3

88 111 CANTV VEN Telecomunicações 4.594,3 3.869,6 18,7 679,6 476,2 42,7 493,9 790,9 -37,6

89 91 SADIA BRA Alimentos 4.590,8 4.868,3 -5,7 -1.063,3 389,0 -373,3 485,5 562,7 -13,7

90 124 LAN CHI Transporte/Logística 4.587,2 3.524,9 30,1 339,7 308,3 10,2 727,3 563,6 29,0

91 96 TAM BRA Transporte/Logística 4.532,3 4.601,8 -1,5 -582,0 72,8 -899,5 508,8 188,6 169,8

92 87 GRUPO SALINAS (1) MÉX Multissetor 4.463,2 5.185,9 -13,9 N.D. N.D. - 906,4 1.118,3 -19,0

93 84 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA Serviços Gerais 4.449,2 5.251,2 -15,3 342,8 467,4 -26,7 N.D. N.D. -

94 101 PETROBRAS ENERGÍA (15) ARG Petróleo/Gás 4.373,2 4.245,4 3,0 223,6 240,4 -7,0 925,6 868,5 6,6

95 86 ESSO (2) BRA Petróleo/Gás 4.279,0 5.197,0 -17,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

96 93 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA Petróleo/Gás 4.242,3 4.726,3 -10,2 -608,4 69,7 -973,3 -175,9 259,9 -167,7

97 172 BUNGE ARG Agroindústria 4.190,0 2.900,0 44,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

98 90 EMBRATEL BRA Telecomunicações 4.183,7 4.869,2 -14,1 262,2 474,7 -44,8 1.042,2 1.222,3 -14,7

99 82 CPFL ENERGiA BRA Energia Elétrica 4.153,1 5.312,2 -21,8 545,9 927,8 -41,2 1.241,3 2.015,3 -38,4

100 102 GERDAU AÇOS LONGOS BRA Siderurgia/Metalurgia 4.003,1 4.212,8 -5,0 621,6 527,1 17,9 N.D. N.D. -

51

- 1

00

90 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 93: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

N.D. N.D. - - - 2.250 Não P - - penoles.com.mx 101

885,2 221,2 -35,8 -8,9 -2,0 N.D. Sim P* 824,4 20,7 relapasa.com.pe 102

11.353,1 3.758,5 18,7 6,2 17,8 2.240 Sim P* - - endesa.cl 103

N.D. N.D. - - - 22.350 Não P 2.925,8 74,1 mabe.com.mx 104

N.D. N.D. - - - 6.700 Não P* - - movistar.com.ve 105

N.D. N.D. - - - 26.292 Não P - - extra.com.br 106

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - cemexmexico.com 107

3.659,0 1.077,5 -49,3 -14,5 -13,8 40.500 Sim P - - comercialmexicana.com 108

3.810,7 1.895,1 25,8 12,8 12,8 7.870 Sim P 2.778,1 72,5 penoles.com.mx 109

2.890,0 1.701,0 5,5 3,2 2,5 4.087 Não P 1.957,6 52,6 alfa.com.mx 110

8.853,8 5.623,2 8,5 5,4 13,0 36.000 Não P 1.573,7 42,7 celarauco.cl 111

9.821,5 6.465,9 21,5 14,2 38,1 8.000 Não P - - usiminas.com.br 112

7.790,4 1.482,3 18,2 3,5 7,5 N.D. Sim P - - energiapaulista.com.br 113

8.883,8 3.039,4 18,6 6,4 16,3 17.810 Sim P 419,6 12,1 televisa.com.mx 114

20.060,6 100,0 881,9 4,4 25,8 1.500 Não E - - itaipu.gov.br 115

1.247,1 N.D. - 17,9 6,5 18.531 Não P - - oxxo.com.mx 116

2.830,6 1.014,6 8,0 2,9 2,4 3.800 Não P* 136,0 4,0 bunge.com.br 117

2.690,2 989,0 3,4 1,2 1,0 34.891 Sim P - - dys.cl 118

7.954,9 6.432,6 26,5 21,5 50,6 1.755 Sim P - - antofagasta.co.uk 119

N.D. N.D. - - - 6.490 Não P* - - ge.com.br 120

9.973,4 -658,1 - -14,3 -42,6 43.500 Não E - - lfc.gob.mx 121

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - jumbo.com.ar 122

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - pepsico.com 123

3.784,4 2.182,3 11,7 6,7 7,8 3.100 Sim P - - liverpool.com.mx 124

3.517,7 1.433,0 14,8 6,0 6,5 12.000 Não P - - globopar.com.br 125

3.210,3 398,4 -223,0 -27,7 -27,4 17.300 Sim P - - gruma.com 126

5.372,9 1.411,6 31,1 8,2 13,6 4.224 Sim P* - - eletropaulo.com.br 127

2.646,5 1.512,7 4,5 2,6 2,2 N.D. Sim P - - exito.com.co 128

N.D. N.D. - - - 12.052 Não P* - - carrefour.com.ar 129

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 141,7 4,6 //br.lge.com 130

N.D. N.D. - - - 61.000 Não P* - - delphi.com 131

4.756,7 N.D. - 8,2 12,7 25.991 Não P 281,7 9,2 ccm.com.mx 132

2.780,7 1.158,5 23,9 10,0 9,1 15.621 Sim P* - - telecom.com.ar 133

7.422,8 2.381,9 28,5 9,1 22,2 37.121 Sim P 375,9 12,3 elektra.com.mx 134

N.D. N.D. - - - 15.000 Não P* - - sanmina-sci.com 135

N.D. N.D. - - - 2.600 Não P* 285,8 9,4 honda.com.br 136

N.D. N.D. - - - 30.000 Não P - - lala.com.mx 137

2.814,7 137,6 36,3 1,8 1,7 13.459 Sim P - - americanas.com.br 138

7.655,9 5.166,9 4,0 2,7 6,9 12.567 Sim P 1.584,5 53,2 cmpc.cl 139

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - fl extronics.com 140

4.790,1 1.243,8 13,6 3,5 5,8 6.224 Sim P - - cge.cl 141

N.D. N.D. - - - 6.500 Não P* - - nestle.com.mx 142

N.D. N.D. - - - 8.420 Não P - - mineramexico.com 143

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 2.846,1 100,0 antamina.com 144

2.577,9 1.546,9 12,1 7,3 6,6 5.315 Sim P - - industriasch.com.mx 145

4.565,2 1.357,3 -22,7 -6,8 -10,9 35.000 Não P 1.204,6 42,5 bertin.com.br 146

4.145,6 2.191,1 23,3 12,3 18,0 5.500 Não P* 636,9 22,5 cosipa.com.br 147

1.069,3 528,8 10,4 5,1 1,9 1.050 Não P - - terpel.com 148

1.381,5 1.155,4 -1,2 -1,0 -0,5 N.D. Não E - - refi car.com.co 149

2.820,8 558,0 -106,2 -21,0 -21,6 16.000 Sim P - - voegol.com.br 150

GENERAL ELECTRIC BRASIL É UM EXEMPLO DE QUE AS MULTINACIONAIS ENCONTRAM NA AMÉRICA LATINA O CRESCIMENTO QUE NÃO REGISTRAM NO RESTO DO MUNDO.

JEFFREY IMMELT, CEO DA GE

10

1 - 1

50

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 93

Page 94: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

151 130 SABESP BRA Serviços básicos 2.717,9 3.370,9 -19,4 431,4 592,1 -27,1 1.168,9 1.523,7 -23,3

152 223 VOLVO (2) BRA Automotivo/Autopeças 2.713,4 2.029,2 33,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

153 72 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER Mineração 2.711,5 3.178,9 -14,7 1.092,4 1.409,3 -22,5 1.611,2 2.241,8 -28,1

154 210 RECOPE (2) C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 2.189,4 23,6 107,2 88,4 21,3 N.D. N.D. -

155 218 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA (2) BRA Eletrônica 2.699,0 2.100,0 28,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

156 132 NEOENERGIA BRA Energia elétrica 2.691,9 3.354,3 -19,7 630,8 756,5 -16,6 1.117,1 1.545,9 -27,7

157 143 PETROPERÚ PER Petróleo/Gás 2.664,3 2.489,7 7,0 91,3 109,8 -16,9 N.D. N.D. -

158 241 MARFRIG BRA Agroindústria 2.654,6 1.885,6 40,8 -15,2 48,0 -131,7 378,4 214,7 76,2

159 139 COLLAHUASI CHI Mineração 2.650,3 3.228,3 -17,9 1.146,5 1.824,9 -37,2 1.410,0 2.411,3 -41,5

160 364 NOKIA BRA Eletrônica 2.647,0 1.850,0 43,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

161 129 ARCELORMITTAL TUBARÃO BRA Siderurgia/Metalurgia 2.634,3 3.373,3 -21,9 496,3 1.015,6 -51,1 N.D. N.D. -

162 154 ALMACENES COPPEL MÉX Comércio 2.632,9 2.913,3 -9,6 257,3 250,8 2,6 433,1 389,4 11,2

163 183 ALTOS HORNOS DE MÉXICO MÉX Siderurgia/Metalurgia 2.581,5 2.508,1 2,9 354,2 181,3 95,4 808,4 549,4 47,1

164 168 COMCEL (7) COL Telecomunicações 2.580,6 2.700,8 -4,5 483,8 366,7 31,9 1.185,1 1.315,4 -9,9

165 179 AEROP. Y SERV. AUXILIARES MÉX Serviços gerais 2.576,1 2.528,0 1,9 -6,2 48,1 -112,9 -8,4 65,2 -112,9

166 190 GENERAL ELECTRIC MÉX Eletrônica 2.569,0 2.388,0 7,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

167 137 VOTORANTIM CIMENTOS BRA Cimento 2.567,8 3.257,4 -21,2 234,3 N.D. - N.D. N.D. -

168 206 GRUPO SIMEC MÉX Siderurgia/Metalurgia 2.543,8 2.208,4 15,2 145,2 140,1 3,6 293,0 246,4 18,9

169 144 WHIRLPOOL BRA Eletrônica 2.535,1 3.151,7 -19,6 283,6 268,5 5,6 442,5 492,6 -10,2

170 317 ACEITERA GENERAL DEHEZA (2) ARG Agroindústria 2.506,0 1.396,3 79,5 N.D. 28,5 - N.D. N.D. -

171 171 MOLYMET CHI Siderurgia/Metalurgia 2.505,9 2.653,3 -5,6 71,2 151,1 -52,9 161,3 233,4 -30,9

172 181 IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS (2) MÉX Manufatura 2.484,0 2.520,9 -1,5 N.D. -48,0 - N.D. N.D. -

173 160 FURNAS BRA Energia elétrica 2.469,7 2.877,6 -14,2 194,5 381,3 -49,0 N.D. N.D. -

174 153 NEMAK (11) MÉX Automotivo/Autopeças 2.379,4 2.961,1 -19,6 -298,9 105,0 -384,7 248,9 306,9 -18,9

175 481 CARBONES DEL CERREJÓN COL Mineração 2.367,0 1.499,3 57,9 600,7 309,6 94,0 1.056,3 614,3 72,0

176 188 EXXONMOBIL COL Petróleo/Gás 2.366,6 2.437,2 -2,9 25,4 17,4 46,0 N.D. N.D. -

177 267 GERDAU AÇOMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 2.365,7 1.747,4 35,4 289,9 241,3 20,1 N.D. N.D. -

178 148 COPEL BRA Energia elétrica 2.335,8 3.061,1 -23,7 461,6 624,7 -26,1 792,1 1.145,7 -30,9

179 162 GRUPO SANBORNS (6) MÉX Comércio 2.335,5 2.843,8 -17,9 154,1 216,2 -28,7 317,1 444,8 -28,7

180 186 GRUPO BAVARIA COL Bebidas 2.322,0 2.452,0 -5,3 266,8 339,8 -21,5 842,0 1.177,8 -28,5

181 224 SIDERAR ARG Siderurgia/Metalurgia 2.320,3 2.021,0 14,8 393,9 427,9 -7,9 514,5 489,8 5,0

182 235 MOLINOS RÍO DE LA PLATA (1) ARG Agroindústria 2.307,8 1.784,3 29,3 59,8 101,7 -41,2 190,6 181,6 5,0

183 163 LIGHT BRA Energia elétrica 2.304,9 2.818,5 -18,2 417,0 608,2 -31,4 652,8 623,8 4,6

184 189 IBERDROLA DE MÉXICO (2) MÉX Energia elétrica 2.300,0 2.428,9 -5,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

185 219 MOVISTAR MÉX Telecomunicações 2.298,9 2.088,4 10,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

186 225 HEWLETT-PACKARD BRASIL (2)(3) BRA Eletrônica 2.292,7 2.002,0 14,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

187 166 SOUZA CRUZ BRA Agroindústria 2.268,1 2.736,3 -17,1 534,7 512,7 4,3 740,7 771,6 -4,0

188 215 MEXICHEM MÉX Petroquímica 2.266,0 2.108,6 7,5 10,2 167,0 -93,9 381,0 398,9 -4,5

189 243 CATERPILLAR (2) BRA Máquinas/Equip. 2.251,3 1.870,0 20,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

190 299 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER Telecomunicações 2.246,7 1.469,1 52,9 156,6 -30,3 616,8 877,8 454,5 93,1

191 120 GRUPO XIGNUX (1) MÉX Multissetor 2.234,7 2.691,4 -17,0 24,3 96,2 -74,7 222,2 312,4 -28,9

192 226 MOVISTAR ARG Telecomunicações 2.234,1 1.991,4 12,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

193 217 VOLKSWAGEN (2) ARG Automotivo/Autopeças 2.233,4 2.101,0 6,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

194 202 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA Agroindústria 2.228,6 2.235,8 -0,3 27,7 269,8 -89,7 N.D. N.D. -

195 192 OI CELULAR BRA Telecomunicações 2.228,3 2.364,0 -5,7 261,5 257,1 1,7 726,6 652,0 11,4

196 191 NACIONAL DE DROGAS (2) MÉX Química/Farmácia 2.200,0 2.380,2 -7,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

197 159 GRUPO CONDUMEX (1) (6) MÉX Manufatura 2.199,1 2.883,3 -23,7 58,6 250,0 -76,6 N.D. N.D. -

198 170 LOS PELAMBRES CHI Mineração 2.170,3 2.656,8 -18,3 1.020,9 1.741,4 -41,4 1.426,6 2.171,8 -34,3

199 165 ENDESA BRASIL BRA Energia elétrica 2.170,1 2.798,3 -22,4 244,0 323,0 -24,5 736,6 975,2 -24,5

200 245 NEXTEL DE MÉXICO MÉX Telecomunicações 2.133,2 1.792,7 19,0 540,8 489,9 10,4 49,6 70,6 -29,7

15

1 -

20

0

94 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 95: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

8.781,8 4.489,7 9,6 4,9 15,9 16.941 Sim E - - sabesp.com.br 151

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 908,6 33,5 volvo.com.br 152

1.921,6 1.391,4 78,5 56,8 40,3 11.494 Sim P* 2.700,0 99,6 southernperu.com 153

N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - recope.go.cr 154

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 187,9 7,0 samsung.com.br 155

6.776,8 3.455,6 18,3 9,3 23,4 5.100 Não P* - - neoenergia.com 156

N.D. 389,0 23,5 - 3,4 1.754 Não E 479,6 18,0 petroperu.com 157

3.917,5 1.168,1 -1,3 -0,4 -0,6 39.000 Sim P 333,0 12,5 marfrig.com.br 158

2.991,2 1.662,7 69,0 38,3 43,3 N.D. Não P* 2.388,5 90,1 collahuasi.cl 159

N.D. N.D. - - - 8.557 Não P* 457,6 17,3 nokia.com.br 160

N.D. 112,7 440,4 349,9 18,8 4.600 Não P* 1.786,8 67,8 arcelormittal.com/br/tubarao 161

2.586,2 1.302,7 19,8 9,9 9,8 51.235 Sim P - - coppel.com.mx 162

3.816,2 1.347,9 26,3 9,3 13,7 19.031 Sim P - - ahmsa.com 163

3.343,6 1.856,9 26,1 14,5 18,7 3.459 Não P* - - comcel.com.co 164

965,0 504,3 -1,2 -0,6 -0,2 2.232 Não E - - asa.gob.mx 165

N.D. N.D. - - - 11.686 Não P* - - ge.com.mx 166

5.700,0 1.302,3 18,0 4,1 9,1 11.000 Não P - - votorantim-cimentos.com 167

2.206,8 1.343,3 10,8 6,6 5,7 4.500 Sim P - - gsimec.com.mx 168

1.645,7 672,8 42,2 17,2 11,2 12.000 Sim P* 709,4 28,0 whirlpool.com.br 169

N.D. N.D. - - - 2.109 Não P 1.225,0 48,9 agd.com.ar 170

1.162,6 497,9 14,3 6,1 2,8 1.300 Sim P 1.687,0 67,3 molymet.cl 171

N.D. N.D. - - - 8.500 Não P - - grupo-iusa.com 172

8.681,8 5.854,3 3,3 2,2 7,9 4.724 Não E - - furnas.com.br 173

3.158,7 993,3 -30,1 -9,5 -12,6 15.000 Não P 2.199,9 92,5 alfa.com.mx 174

1.813,3 1.299,3 46,2 33,1 25,4 4.970 Não P 2.175,2 91,9 cerrejoncoal.com 175

492,9 210,0 12,1 5,2 1,1 N.D. Não P* - - exxon.com 176

N.D. N.D. - - 12,3 5.650 Não P 1.480,1 62,6 acominas.com.br 177

5.671,2 3.445,9 13,4 8,1 19,8 8.518 Sim E - - copel.com.br 178

N.D. N.D. - - 6,6 38.500 Não P - - sanborns.com.mx 179

4.638,9 2.237,8 11,9 5,8 11,5 8.647 Não P* 34,3 1,5 bavaria.com.co 180

2.814,1 2.076,0 19,0 14,0 17,0 5.364 Sim P - - siderar.com.ar 181

1.068,4 337,3 17,7 5,6 2,6 3.647 Sim P - - molinos.com.ar 182

4.048,8 1.199,7 34,8 10,3 18,1 3.732 Sim P* - - light.com.br 183

N.D. N.D. - - - 500 Não P* - - iberdrola.es 184

N.D. N.D. - - - 16.600 Não P* - - movistar.com.mx 185

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - hp.com.br 186

1.546,3 910,7 58,7 34,6 23,6 6.000 Sim P* 564,0 24,9 souzacruz.com.br 187

2.397,5 592,3 1,7 0,4 0,5 8.250 Sim P - - mexichem.com.mx/ 188

N.D. N.D. - - - 5.145 Não P* 1.394,0 61,9 caterpillar.com.br 189

3.695,0 1.281,1 12,2 4,2 7,0 N.D. Sim P* - - telefonica.com.pe 190

1.659,2 393,0 6,2 1,5 1,1 35.000 Sim P 1.895,8 84,8 xignux.com 191

N.D. N.D. - - - 3.654 Não P* - - movistar.com.ar 192

N.D. N.D. - - - 3.621 Não P* - - volkswagen.com.ar 193

1.933,1 589,2 4,7 1,4 1,2 16.050 Não P* 1.759,1 78,9 ldcommodities.com.br 194

5.173,1 3.768,5 6,9 5,1 11,7 N.D. Não P* - - telemar.com.br 195

N.D. N.D. - - - 5.250 Não P - - nadro.com 196

N.D. N.D. - - 2,7 31.000 Não P - - condumex.com.mx 197

2.866,0 1.826,1 55,9 35,6 47,0 N.D. Não P 2.077,6 95,7 lospelambres.cl 198

5.010,5 1.794,2 13,6 4,9 11,2 3.000 Não P* - - endesabrasil.com.br 199

N.D. N.D. - - 25,4 6.455 Não P* - - nextel.com.mx 200

MEXICHEM A PETROQUÍMICA MEXICANA MANTEVE A ONDA DE AQUISIÇ ÕES DOS ÚLTIMOS ANOS. CRESCEU 7,5% EM UM SETOR QUE DECLINOU.

15

1 - 2

00

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 95

Page 96: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

201 197 HOME DEPOT (2) MÉX Comércio 2.120,0 2.280,9 -7,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

202 200 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 2.110,0 2.250,9 -6,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

203 230 AEROMÉXICO (CINTRA) (2) MÉX Transporte/Logística 2.100,0 1.945,4 7,9 N.D. -155,5 - N.D. -61,0 -

204 177 ENERGIAS DO BRASIL BRA Energia elétrica 2.098,5 2.548,1 -17,6 166,4 248,3 -33,0 583,4 634,0 -8,0

205 174 GRUPO VITRO MÉX Manufatura 2.097,5 2.619,3 -19,9 -409,2 N.D. - 229,9 377,0 -39,0

206 126 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES(1) BRA Multissetor 2.083,4 2.233,0 -6,7 29,1 117,7 -75,3 N.D. N.D. -

207 248 CTI (7) ARG Telecomunicações 2.076,3 1.845,1 12,5 558,9 N.D. - 704,1 506,0 39,1

208 220 INTEL C.RI Eletrônica 2.074,0 2.465,0 -15,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

209 201 CHESF - HIDRO. DO SÃO FCO. BRA Energia elétrica 2.065,2 2.243,8 -8,0 615,0 367,9 67,2 1.321,1 1.319,6 0,1

210 247 ARCOR ARG Alimentos 2.064,7 1.846,4 11,8 56,4 62,6 -9,9 N.D. N.D. -

211 195 GRUPO CASA SABA MÉX Comércio 2.051,9 2.314,1 -11,3 52,9 82,9 -36,2 83,2 104,9 -20,7

212 262 COSAN BRA Alimentos 2.038,2 1.772,5 15,0 -187,8 175,7 -206,9 206,1 144,1 43,0

213 212 PHILIP MORRIS DE MÉXICO (2) MÉX Agroindústria 2.035,0 2.164,4 -6,0 N.D. 276,8 - N.D. N.D. -

214 198 ANGLO AMERICAN SUR CHI Mineração 2.000,3 2.292,9 -12,8 864,1 1.309,5 -34,0 1.151,7 1.511,6 -23,8

215 - MALL PLAZA (2) CHI Comércio 2.000,0 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -

216 286 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 1.995,2 1.606,0 24,2 252,0 253,4 -0,6 N.D. N.D. -

217 289 CAP (1) CHI Siderurgia/Metalurgia 1.994,7 1.583,1 26,0 296,4 236,4 25,4 424,9 274,1 55,0

218 269 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 1.729,3 14,8 1.017,2 792,4 28,4 1.503,4 1.279,7 17,5

219 222 EMPRESAS ICA MÉX Construç ão 1.969,5 2.060,2 -4,4 32,7 -80,1 140,8 212,7 142,0 49,8

220 287 UNIPAR BRA Petroquímica 1.965,9 1.589,0 23,7 -65,2 81,9 -179,6 149,1 239,7 -37,8

221 204 RENAULT BRA Automotivo/Autopeças 1.959,9 2.227,7 -12,0 15,0 95,5 -84,3 N.D. N.D. -

222 214 WEG BRA Máquinas/Equip. 1.926,4 2.116,6 -9,0 239,8 324,6 -26,1 440,2 477,8 -7,9

223 221 TELEFÓNICA COLOMBIA COL Telecomunicações 1.912,7 2.058,1 -7,1 -72,0 -9,2 -682,6 664,0 687,6 -3,4

224 209 BASF BRA Química/Farmácia 1.909,4 2.193,5 -13,0 108,2 108,5 -0,4 N.D. N.D. -

225 233 ANCAP (2) URU Petróleo/Gás 1.900,4 1.942,0 -2,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

226 263 SHELL CAPSA ARG Petróleo/Gás 1.889,0 1.762,8 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

227 216 SIGMA (11) MÉX Alimentos 1.886,9 2.114,5 -10,8 -63,1 98,3 -164,2 207,6 179,4 15,7

228 203 MAKRO BRA Comércio 1.861,7 2.234,5 -16,7 42,6 52,0 -18,0 83,0 N.D. -

229 182 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA Energia elétrica 1.859,7 2.518,3 -26,2 252,6 462,3 -45,4 460,6 822,1 -44,0

230 255 COAMO BRA Alimentos 1.853,2 1.797,2 3,1 135,1 133,5 1,2 N.D. N.D. -

231 380 AMIL BRA Serviços de saúde 1.848,4 1.182,4 56,3 92,8 30,7 202,3 121,8 22,4 443,8

232 256 MINERA CERRO VERDE PER Mineração 1.835,9 1.794,6 2,3 718,4 804,7 -10,7 1.184,9 1.374,2 -13,8

233 250 FORD (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.822,9 1.835,5 -0,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

234 309 DISCO ARG Comércio 1.816,9 1.416,8 28,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

235 381 SQM CHI Mineração 1.794,8 1.187,5 51,1 507,3 180,0 181,8 752,1 358,0 110,1

236 278 GENERAL MOTORS (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.790,6 1.669,9 7,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

237 328 SAMARCO MINERAÇÃO BRA Mineração 1.788,3 1.367,5 30,8 453,5 541,7 -16,3 64,4 76,9 -16,3

238 306 CONST. E COM.CAMARGO CORRÊA BRA Construção 1.783,7 1.449,1 23,1 129,3 52,2 147,5 N.D. N.D. -

239 276 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL Alimentos 1.780,7 1.687,5 5,5 132,8 121,0 9,8 253,1 268,2 -5,6

240 251 MEXICANA DE AVIACIÓN (2) MÉX Transporte/Logística 1.780,0 1.829,6 -2,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

241 229 SODIMAC CHI Comércio 1.763,8 1.949,5 -9,5 64,8 110,5 -41,3 76,0 129,6 -41,3

242 265 PAN AMERICAN ENERGY ARG Petróleo/Gás 1.761,0 1.755,4 0,3 282,6 455,8 -38,0 885,6 1.061,5 -16,6

243 246 GRUPO ARGOS COL Cimento 1.752,1 1.852,6 -5,4 372,6 103,7 259,2 1.200,0 334,1 259,2

244 283 PEUGEOT - CITROËN (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.749,7 1.623,1 7,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

245 205 BOSCH BRA Automotivo/Autopeças 1.741,7 2.227,7 -21,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

246 234 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.738,8 1.925,0 -9,7 -193,1 304,5 -163,4 628,7 647,2 -2,9

247 337 DANONE MÉX Alimentos 1.720,7 1.334,7 28,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

248 285 CHILECTRA CHI Energia elétrica 1.718,3 1.617,2 6,3 409,7 246,7 66,1 313,6 289,5 8,3

249 244 REDE ENERGIA BRA Energia elétrica 1.709,8 1.863,1 -8,2 87,9 29,0 203,1 457,4 623,9 -26,7

250 252 COMGÁS BRA Petróleo/Gás 1.706,9 1.813,3 -5,9 220,0 250,1 -12,0 468,2 555,4 -15,7

20

1 -

25

0

96 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 97: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

N.D. N.D. - - - 8.143 Não P* - - homedepot.com.mx 201

N.D. N.D. - - - 877 Não P* - - pg.com.mx 202

N.D. N.D. - - - 21.031 Não P - - aeromexico.com 203

4.480,1 1.516,0 11,0 3,7 7,9 2.343 Sim P - - energiasdobrasil.com.br 204

2.462,1 136,0 -300,9 -16,6 -19,5 25.020 Sim P - - vitro.com.mx 205

5.900,2 325,5 8,9 0,5 1,4 N.D. Não P - - andradegutierrez.com.br 206

N.D. N.D. - - 26,9 1.923 Não P - - cti.com.ar 207

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - intel.com 208

8.027,5 5.339,6 11,5 7,7 29,8 5.535 Não E - - chesf.gov.br 209

1.338,4 400,0 14,1 4,2 2,7 20.000 Não P - - arcor.com.ar 210

1.061,3 482,8 11,0 5,0 2,6 5.730 Sim P - - casasaba.com 211

4.723,7 1.581,8 -11,9 -4,0 -9,2 43.000 Sim P 478,7 23,5 cosan.com.br 212

N.D. N.D. - - - 2.610 Não P* - - pmintl.com.mx 213

3.006,9 2.109,4 41,0 28,7 43,2 2.239 Não P* 1.378,0 68,9 angloamerican.co.uk 214

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - mallplaza.cl 215

1.716,8 1.074,1 23,5 14,7 12,6 N.D. Não P 606,3 30,4 odebrecht.com 216

2.513,5 1.051,4 28,2 11,8 14,9 5.051 Sim P - - cap.cl 217

4.608,8 4.360,4 23,3 22,1 51,2 9.447 Não E - - pancanal.com 218

3.766,3 1.016,5 3,2 0,9 1,7 18.500 Sim P - - ica.com.mx 219

5.100,3 441,7 -14,8 -1,3 -3,3 N.D. Sim P - - unipar.ind.br 220

1.366,6 60,0 25,0 1,1 0,8 4.500 Não P* 604,7 30,9 renault.com.br 221

2.470,2 932,2 25,7 9,7 12,4 20.000 Sim P 662,7 34,4 weg.com.br 222

4.340,0 2.208,8 -3,3 -1,7 -3,8 N.D. Não P* - - telefonica.com.co 223

1.514,3 611,4 17,7 7,1 5,7 N.D. Não P* 329,1 17,2 basf.com.br 224

N.D. N.D. - - - N.D. Não E 104,0 5,5 ancap.com.uy 225

N.D. N.D. - - - 3.000 Não P* - - shell.com.ar 226

1.463,0 425,5 -14,8 -4,3 -3,3 26.900 Sim P 254,2 13,5 gruposigma.com.mx 227

612,4 181,9 23,4 7,0 2,3 N.D. Não P* - - makro.com.br 228

1.973,5 212,8 118,7 12,8 13,6 N.D. Sim P - - cpfl .com.br 229

1.436,2 721,7 18,7 9,4 7,3 4.423 Não P 512,2 27,6 coamo.com.br 230

1.057,0 510,3 18,2 8,8 5,0 12.000 Sim P - - amil.com.br 231

1.983,6 1.324,2 54,3 36,2 39,1 N.D. Sim P 1.822,9 99,3 phelpsdodge.com 232

N.D. N.D. - - - 2.900 Não P* - - ford.com.ar 233

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - disco.com.ar 234

2.597,2 1.480,2 34,3 19,5 28,3 N.D. Sim P 1.282,4 71,5 sqm.cl 235

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - gm.com.ar 236

2.348,0 254,2 178,4 19,3 25,4 1.924 Não P* 1.720,0 96,2 samarco.com.br 237

1.253,0 666,1 19,4 10,3 7,2 N.D. Não P - - camargocorrea.com.br 238

2.370,0 1.714,7 7,7 5,6 7,5 25.700 Não P 30,0 1,7 inversioneschocolates.com 239

N.D. N.D. - - - 10.000 Não P - - mexicana.com 240

832,7 344,3 18,8 7,8 3,7 N.D. Não P - - sodimac.cl 241

3.383,7 1.153,2 24,5 8,4 16,0 8.988 Não P* - - pan-energy.com 242

5.950,3 2.413,2 15,4 6,3 21,3 N.D. Não P 153,4 8,8 argos.com.co 243

N.D. N.D. - - - 3.948 Não P* - - peugeot.com.ar 244

1.071,0 N.D. - - - 13.000 Não P* 698,0 40,1 bosch.com.br 245

5.544,9 1.598,9 -12,1 -3,5 -11,1 3.540 Sim P 1.256,4 72,3 suzano.com.br 246

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - danone.com.mx 247

2.512,2 1.697,1 24,1 16,3 23,8 N.D. Sim P* - - chilectra.cl 248

4.849,9 485,4 18,1 1,8 5,1 N.D. Sim P - - gruporede.com.br 249

1.717,0 486,6 45,2 12,8 12,9 952 Sim E - - comgas.com.br 250

ARCOR A FABRICANTE ARGENTINA DE DOCES E CHOCOLATES MANTÉM O RITMO APESAR DA QUEDA DO CONSUMO. CRESCEU 11,8% EM 2008.

20

1 - 2

50

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 97

Page 98: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

251 254 ENTEL CHI Telecomunicações 1.695,9 1.820,5 -6,8 244,0 264,3 -7,7 672,4 732,1 -8,2

252 167 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN (1) COL Serviços básicos 1.692,1 1.540,4 9,8 591,4 543,7 8,8 748,2 688,2 8,7

253 180 COPERSUCAR BRA Agroindústria 1.682,9 2.525,2 -33,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

254 334 AVON BRA Química/Farmácia 1.674,3 1.352,0 23,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

255 227 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX Celulose/Papel 1.666,5 1.967,8 -15,3 239,4 341,5 -29,9 513,7 611,4 -16,0

256 228 GRUPO KUO (1) MÉX Multissetor 1.662,9 1.781,4 -6,7 -112,4 -69,8 -61,0 118,5 134,4 -11,8

257 321 GRUPO CLARÍN (1) ARG Mídia 1.653,1 1.382,9 19,5 75,7 66,1 14,5 482,6 426,1 13,3

258 175 ELETRONORTE BRA Energia elétrica 1.649,3 2.606,4 -36,7 -1.037,5 -305,7 -239,4 372,8 695,7 -46,4

259 242 PHILIPS MEXICANA (2) MÉX Eletrônica 1.645,0 1.871,9 -12,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

260 307 AVIANCA COL Transporte/Logística 1.643,2 1.444,1 13,8 20,3 222,4 -90,9 133,0 222,8 -40,3

261 291 MOSAIC FERTILIZANTES BRA Química/Farmácia 1.643,1 1.560,5 5,3 -81,5 71,8 -213,5 N.D. N.D. -

262 304 AES GENER CHI Energia elétrica 1.641,4 1.472,1 11,5 138,3 81,2 70,3 375,3 286,0 31,2

263 260 BAVARIA COL Bebidas 1.635,1 1.800,0 -9,2 273,6 349,6 -21,7 N.D. N.D. -

264 240 PIRELLI PNEUS (2) BRA Automotivo/Autopeças 1.634,3 1.887,9 -13,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

265 239 RIPLEY CHI Comércio 1.629,8 1.897,8 -14,1 43,8 30,5 43,6 155,1 193,5 -19,8

266 396 MINERA YANACOCHA PER Mineração 1.623,7 1.132,5 43,4 463,8 244,2 89,9 883,4 503,2 75,6

267 275 DEACERO (2) MÉX Siderurgia/Metalurgia 1.620,0 1.700,0 -4,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

268 231 PONTO FRIO - GLOBEX BRA Comércio 1.612,9 1.944,6 -17,1 7,1 50,4 -85,9 55,1 35,5 55,2

269 207 DOW BRASIL BRA Petroquímica 1.608,4 2.198,7 -26,8 5,4 82,5 -93,5 N.D. N.D. -

270 435 CIA. BRA.DE METAL. E MINERAÇÃO BRA Mineração 1.600,0 1.002,8 59,6 N.D. 669,6 - N.D. N.D. -

271 232 TRANSPETRO BRA Transporte/Logística 1.595,5 1.942,4 -17,9 162,2 193,1 -16,0 N.D. N.D. -

272 - QUATTOR PARTICIPAÇÕES (1) BRA Petroquímica 1.585,8 N.D. - -284,5 -17,5 -1.529,3 N.D. N.D. -

273 277 MEGA (2) MÉX Comércio 1.582,6 1.674,3 -5,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

274 211 ARACRUZ CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.581,9 2.171,8 -27,2 -1.802,9 588,4 -406,4 543,5 944,6 -42,5

275 294 NET BRASIL BRA Telecomunicações 1.579,1 1.546,1 2,1 -40,7 98,4 -141,4 419,2 421,0 -0,4

276 237 MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA Comércio 1.555,8 1.899,0 -18,1 15,7 N.D. - N.D. N.D. -

277 284 CONSTRUCTORAS ICA MÉX Construç ão 1.551,9 1.614,2 -3,9 42,5 47,7 -10,9 72,1 N.D. -

278 268 NATURA BRA Química/Farmácia 1.548,1 1.734,7 -10,8 221,7 261,0 -15,1 362,3 396,0 -8,5

279 - PERUPETRO PER Petróleo/Gás 1.518,3 1.174,6 29,3 N.D. N.D. - -1,3 N.D. -

280 249 TOYOTA (2) ARG Automotivo/Autopeças 1.509,2 1.838,3 -17,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

281 352 HERINGER FERTILIZANTES BRA Química/Farmácia 1.508,2 1.276,4 18,2 -108,3 43,8 -347,3 38,6 47,0 -17,9

282 258 CELESC BRA Energia elétrica 1.506,6 1.787,8 -15,7 110,6 195,3 -43,4 243,5 271,4 -10,3

283 196 PARANAPANEMA BRA Mineração 1.489,7 2.282,6 -34,7 56,9 -61,6 192,4 261,5 54,6 378,9

284 - XSTRATA COPPER CHILE CHI Mineração 1.485,2 1.231,9 20,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

285 340 ENAMI CHI Mineração 1.481,5 1.325,4 11,8 54,8 34,0 61,0 N.D. N.D. -

286 - AMERICEL BRA Telecomunicações 1.477,7 987,0 49,7 57,1 58,9 -3,1 173,5 186,2 -6,8

287 270 TRACTEBEL BRA Energia elétrica 1.472,4 1.718,2 -14,3 477,2 590,3 -19,2 932,9 1.052,4 -11,4

288 257 TOYOTA (2) MÉX Automotivo/Autopeças 1.470,2 1.790,7 -17,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

289 273 FASA CHI Comércio 1.469,4 1.721,0 -14,6 1,2 14,9 -91,9 49,8 66,2 -24,8

290 - GASPETRO BRA Petróleo/Gás 1.468,3 1.163,9 26,2 320,8 171,3 87,2 650,4 462,1 40,7

291 329 FOSFÉRTIL BRA Química/Farmácia 1.467,5 1.367,1 7,3 330,6 250,7 31,9 621,6 412,0 50,9

292 274 EMBOTELLADORAS ARCA MÉX Bebidas 1.463,8 1.702,7 -14,0 212,9 227,6 -6,5 340,5 409,7 -16,9

293 295 BAYER BRA Química/Farmácia 1.454,4 1.538,5 -5,5 78,3 -36,2 316,4 N.D. 42,3 -

294 279 INDUSTRIAS BACHOCO (1) MÉX Agroindústria 1.453,8 1.668,1 -12,8 -39,7 117,1 -133,9 60,6 188,6 -67,9

295 315 NOKIA (2) MÉX Eletrônica 1.450,0 1.400,6 3,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

296 259 PÃO DE AÇÚCAR (1) BRA Comércio 1.446,0 1.775,0 -18,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

297 316 GRUPO COIMEX (2) BRA Comércio 1.444,7 1.400,0 3,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

298 354 CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL Petróleo/Gás 1.423,5 1.274,6 11,7 78,4 48,2 62,7 N.D. N.D. -

299 397 LA FONTE PARTICIPAÇÕES (1) BRA Multissetor 1.418,0 1.055,2 34,4 -22,9 15,6 -246,8 N.D. N.D. -

300 152 SIEMENS BRASIL BRA Eletrônica 1.416,4 2.987,4 -52,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

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1 -

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98 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 99: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

2.318,9 1.159,4 21,0 10,5 14,4 N.D. Sim P 33,2 2,0 entel.cl 251

8.188,9 6.604,4 9,0 7,2 35,0 N.D. Não E 0,2 0,0 eeppm.com 252

1.833,1 110,5 - - - N.D. Não P 940,7 55,9 copersucar.com.br 253

N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* - - avon.com.br 254

1.753,0 629,1 38,1 13,7 14,4 6.500 Sim P* - - kimberly-clark.com.mx 255

1.463,3 391,6 -28,7 -7,7 -6,8 16.000 Sim P 1.001,0 60,2 kuo.com.mx 256

2.275,1 708,9 10,7 3,3 4,6 9.027 Não P - - grupoclarin.com.ar 257

7.650,3 2.648,1 -39,2 -13,6 -62,9 3.600 Não E - - eletronorte.gov.br 258

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - philips.com.mx 259

1.168,7 323,6 6,3 1,7 1,2 N.D. Não P - - avianca.com.co 260

1.338,3 174,1 -46,8 -6,1 -5,0 1.100 Não P* - - mosaicco.com 261

3.767,6 2.018,5 6,9 3,7 8,4 N.D. Sim P* - - gener.cl 262

4.154,5 2.135,6 12,8 6,6 16,7 N.D. Não P* - - bavaria.com.co 263

N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* 459,4 28,1 pirelli.com.br 264

2.047,2 1.082,9 4,0 2,1 2,7 21.459 Sim P - - ripley.cl 265

1.911,6 1.227,0 37,8 24,3 28,6 N.D. Sim P* 1.617,5 99,6 yanacocha.com.pe 266

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - deacero.com 267

1.032,5 319,1 2,2 0,7 0,4 12.130 Sí P - - pontofrio.com 268

1.414,4 678,0 0,8 0,4 0,3 N.D. Não P* - - dow.com 269

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.590,0 99,4 us.cbmm.com.br 270

1.394,2 839,0 19,3 11,6 10,2 4.400 Não E - - transpetro.com.br 271

4.520,2 633,7 -44,9 -6,3 -17,9 1.700 Não P - - quattor.com.br 272

N.D. N.D. - - - 12.500 Não P - - comerci.com.mx 273

5.078,2 411,9 -437,7 -35,5 -114,0 2.665 Sim P 1.196,5 75,6 aracruz.com.br 274

2.604,4 1.131,1 -3,6 -1,6 -2,6 8.151 Sim P - - globocabo.com.br 275

N.D. N.D. - - 1,0 N.D. Não P - - martins.com.br 276

N.D. N.D. - - 2,7 N.D. Não P - - ica.com.mx 277

905,4 298,9 74,2 24,5 14,3 5.698 Sim P - - natura.com.br 278

63,6 0,6 - - - N.D. Não P - - perupetro.com.pe 279

N.D. N.D. - - - 2.562 Não P* - - toyota.com.ar 280

809,4 101,5 -106,7 -13,4 -7,2 1.916 Sim P - - heringer.com.br 281

1.901,1 701,0 15,8 5,8 7,3 N.D. Sim E - - celesc.com.br 282

1.420,8 510,6 11,1 4,0 3,8 2.500 Sim P - - paranapanema.com.br 283

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.485,2 100,0 xstrata.com 284

1.300,8 737,4 7,4 4,2 3,7 N.D. Não E 989,9 66,8 enami.cl 285

1.044,5 445,3 12,8 5,5 3,9 N.D. Não P - - claro.com.br 286

3.569,5 1.356,8 35,2 13,4 32,4 950 Sim P - - tractebelenergia.com.br 287

N.D. N.D. - - - 900 Não P* - - toyota.com.mx 288

684,9 119,8 1,0 0,2 0,1 N.D. Sim P - - fasa.cl 289

3.685,0 1.758,8 18,2 8,7 21,8 N.D. Não P - - gaspetro.com.br 290

1.843,5 820,7 40,3 17,9 22,5 2.839 Sim P - - fosfertil.com.br 291

1.554,7 1.051,8 20,2 13,7 14,5 17.500 Sim P - - e-arca.com.mx 292

1.332,1 471,4 16,6 5,9 5,4 3.500 Não P* 64,5 4,4 bayer.com.br 293

1.428,0 1.013,0 -3,9 -2,8 -2,7 23.040 Sim P - - bachoco.com.mx 294

N.D. N.D. - - - 2.500 Não P* - - nokia.com.mx 295

N.D. N.D. - - - 14.747 Não P - - paodeacucar.com.br 296

N.D. N.D. - - - 3.000 Não P 165,0 11,4 grupocoimex.com.br 297

631,5 230,8 34,0 12,4 5,5 N.D. Não P* 25,8 1,8 texaco.com.co 298

4.030,2 48,2 -47,5 -0,6 -1,6 N.D. Sim P* - - lafonte.com.br 299

N.D. N.D. - - - 9.030 Não P* 122,2 8,6 siemens.com.br 300

GRUPO CLARÍN O GRUPO ARGENTINO COLHE RESULTADOS DE SUA ESTRATÉGIA MULTMÍDIA. CRESCEU 19,5%, MUITO ACIMA DO SETOR DE PUBLICIDADE. HÉCTOR MAGNETTO, CEO DO GRUPO CLARÍN

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JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 99

Page 100: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

301 - MC DONALD´S BRA Comércio 1.412,1 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -

302 342 VITRO ENVASES MÉX Manufatura 1.410,0 1.321,0 6,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

303 322 CARREFOUR COL Comércio 1.407,5 1.389,4 1,3 50,3 38,6 30,3 N.D. N.D. -

304 302 GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) (2) MÉX Serviços de saúde 1.400,0 1.476,0 -5,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

305 305 GRUPO VILLACERO (1) (2) MÉX Siderurgia/Metalurgia 1.400,0 1.460,4 -4,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

306 330 DOW QUÍMICA ARG Química/Farmácia 1.400,0 1.360,3 2,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

307 338 GRUPO ICE (2) C.RI Serviços básicos 1.400,0 1.329,8 5,3 N.D. 146,5 - N.D. N.D. -

308 391 DRUMMOND COL Mineração 1.390,7 1.140,6 21,9 152,2 18,1 740,9 309,7 N.D. -

309 343 TELEFÓNICA DE ARGENTINA ARG Telecomunicações 1.372,0 1.320,5 3,9 97,1 22,7 327,8 508,6 467,2 8,9

310 407 BARRICK MISQUICHILCA PER Mineraç ão 1.365,2 1.100,4 24,1 659,1 490,7 34,3 1.108,3 880,3 25,9

311 301 DESARROLLADORA HOMEX MÉX Construção 1.362,8 1.486,2 -8,3 127,1 204,6 -37,9 249,1 337,5 -26,2

312 213 COTEMINAS BRA Têxtil/Calçados 1.351,7 2.130,9 -36,6 5,8 -145,4 104,0 103,0 -18,1 669,1

313 335 SEARS (2) MÉX Comércio 1.350,0 1.345,4 0,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

314 350 EMBOTELLADORA ANDINA CHI Bebidas 1.346,8 1.284,1 4,9 150,7 164,6 -8,4 281,5 292,2 -3,7

315 280 A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA Comércio 1.344,4 1.641,6 -18,1 23,0 55,1 -58,3 N.D. N.D. -

316 423 EMPRESAS NAVIERAS CHI Transporte/Logística 1.341,9 1.051,2 27,7 18,3 20,4 -10,3 49,2 18,9 160,3

317 311 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA Comércio 1.333,7 1.412,7 -5,6 33,1 35,1 -5,7 154,1 196,0 -21,4

318 282 COELBA BRA Energia Elétrica 1.332,9 1.636,2 -18,5 348,7 365,5 -4,6 520,8 716,1 -27,3

319 377 GRUPO SALUDCOOP COL Serviços de saúde 1.330,9 1.198,0 11,1 10,7 10,5 1,8 82,9 56,0 48,0

320 479 NEXTEL BRA Telecomunicações 1.330,9 868,0 53,3 N.D. 194,3 - N.D. 217,8 -

321 288 KLABIN BRA Celulose/Papel 1.325,0 1.578,8 -16,1 -149,2 350,8 -142,5 311,9 409,2 -23,8

322 367 GRUPO CORVI (2) MÉX Comércio 1.320,0 1.222,8 7,9 N.D. 2,7 - N.D. 16,0 -

323 308 RANDON BRA Automotivo/Autopeças 1.309,1 1.428,5 -8,4 98,9 97,9 1,0 223,7 219,4 2,0

324 297 ALUNORTE BRA Siderurgia/Metalurgia 1.308,4 1.527,1 -14,3 959,0 N.D. - 333,6 528,0 -36,8

325 473 HUACHIPATO CHI Siderurgia/Metalurgia 1.305,2 877,7 48,7 141,1 113,1 24,7 277,3 181,9 52,4

326 298 AGROSUPER CHI Agroindústria 1.300,0 1.505,0 -13,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

327 471 GRUPO VIZ (2) MÉX Alimentos 1.300,0 896,1 45,1 N.D. 23,3 - N.D. N.D. -

328 333 MINAS PEÑOLES (2)(17) MÉX Mineração 1.295,0 1.352,5 -4,3 N.D. 754,5 - N.D. 823,5 -

329 319 MOVISTAR CHI Telecomunicações 1.293,3 1.516,9 -14,7 137,0 305,0 -55,1 321,0 522,3 -38,5

330 427 COPA AIRLINES PAN Transporte/Logística 1.288,8 1.027,3 25,5 118,7 161,8 -26,7 281,5 243,8 15,5

331 - ALCOA BRA Siderurgia/Metalurgia 1.287,0 1.213,0 6,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

332 238 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL Automotivo/Autopeças 1.283,7 1.898,6 -32,4 95,8 166,9 -42,6 N.D. N.D. -

333 253 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA Celulose/Papel 1.279,8 1.812,8 -29,4 -560,7 472,5 -218,7 410,6 568,8 -27,8

334 332 GRUPO ABRIL (1) BRA Mídia 1.279,6 1.357,1 -5,7 118,3 448,2 -73,6 N.D. 212,2 -

335 - GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA Comércio 1.270,6 1.048,3 21,2 52,8 48,4 9,1 83,0 57,1 45,4

336 378 YARA FERTILIZANTES BRA Petroquímica 1.265,1 1.200,7 5,4 -152,7 49,4 -409,1 18,5 32,6 -43,3

337 368 MRS BRA Transporte/Logística 1.264,4 1.221,2 3,5 283,8 309,1 -8,2 N.D. 575,3 -

338 327 CORPORACIÓN GEO MÉX Construção 1.261,7 1.371,9 -8,0 106,5 132,7 -19,7 232,1 266,4 -12,9

339 290 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA Comércio 1.253,5 1.568,9 -20,1 -11,0 -10,8 -1,5 85,8 54,3 58,1

340 281 CBA BRA Siderurgia/Metalurgia 1.251,2 1.639,0 -23,7 285,5 447,1 -36,1 N.D. N.D. -

341 399 SONY DE MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.250,0 1.125,8 11,0 N.D. 43,1 - N.D. N.D. -

342 360 DOE RUN PER Mineração 1.245,5 1.268,0 -1,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

343 300 SANTA ISABEL CHI Comércio 1.243,3 1.483,0 -16,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

344 362 CCU CHI Bebidas 1.242,7 1.267,2 -1,9 131,3 159,7 -17,8 280,8 296,1 -5,2

345 345 GRUPO OMNILIFE (2) MÉX Serviços de saúde 1.240,0 1.300,5 -4,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

346 476 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU Comércio 1.237,2 994,4 24,4 87,7 69,1 26,9 178,8 130,8 36,7

347 382 SIEMENS MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.234,0 1.180,5 4,5 N.D. 13,9 - N.D. N.D. -

348 375 RHODIA (2) BRA Química/Farmácia 1.233,2 1.200,0 2,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

349 325 JUMBO CHI Comércio 1.223,0 1.387,0 -11,8 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

350 314 ALUMBRERA ARG Mineração 1.216,0 1.401,0 -13,2 N.D. N.D. - 488,0 756,0 -35,4

30

1 -

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100 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 101: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

N.D. N.D. - - - 39.400 Não P* - - mcdonalds.com.br 301

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 383,0 27,2 vitro.com.mx 302

1.379,8 861,9 5,8 3,6 3,6 N.D. Não P* - - carrefour.com.co 303

N.D. N.D. - - - 28.000 Não P - - grupoempresarialangeles.com 304

N.D. N.D. - - - 3.900 Não P - - villacero.com 305

N.D. N.D. - - - 1.264 Não P* - - dow.com 306

N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - grupoice.com 307

1.716,1 1.372,9 11,1 8,9 10,9 N.D. Não P* 1.228,7 88,4 drummondco.com 308

1.810,7 731,4 13,3 5,4 7,1 2.089 Sim P* - - telefonica.com.ar 309

2.179,7 1.723,3 38,2 30,2 48,3 N.D. Não P* 1.360,0 99,6 barrick.com 310

2.207,3 825,9 15,4 5,8 9,3 15.000 Sim P - - homex.com.mx 311

1.502,6 624,8 0,9 0,4 0,4 4.000 Sim P 233,1 17,2 coteminas.com.br 312

N.D. N.D. - - - 13.500 Não P* - - sears.com.mx 313

958,4 550,4 27,4 15,7 11,2 N.D. Sim P 4,5 0,3 koandina.com 314

937,5 191,3 12,0 2,5 1,7 N.D. Não P - - pernambucanas.com.br 315

560,6 153,3 11,9 3,3 1,4 N.D. Sim P - - empresasnavieras.com 316

1.050,2 95,5 34,7 3,2 2,5 1.500 Sim P - - b2winc.com 317

1.812,6 698,0 50,0 19,2 26,2 2.645 Sim P* - - coelba.com.br 318

575,9 195,1 5,5 1,9 0,8 27.889 Não P - - saludcoop.com.co 319

N.D. N.D. - - - 3.817 Não P* - - nextel.com.br 320

3.526,8 961,5 -15,5 -4,2 -11,3 7.500 Sim P* 398,7 30,1 klabin.com.br 321

N.D. N.D. - - - 4.500 Não P 22,0 1,7 grupocorvi.com.mx 322

948,1 337,0 29,3 10,4 7,6 9.434 Sim P 129,6 9,9 randon.com.br 323

2.894,4 1.856,9 51,6 33,1 73,3 N.D. Não P 1.302,0 99,5 alunorte.net 324

1.098,5 777,5 18,1 12,8 10,8 N.D. Não P 7,6 0,6 cap.cl 325

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 237,0 18,2 agrosuper.cl 326

N.D. N.D. - - - 4.500 Não P - - sukarne.com.mx 327

N.D. N.D. - - - 4.200 Não P - - penoles.com.mx 328

1.381,6 744,9 18,4 9,9 10,6 1.000 Não P* 16,6 1,3 movistar.cl 329

1.954,2 632,4 18,8 6,1 9,2 4.535 Sim P - - copaair.com 330

N.D. N.D. - - - 4.500 Não P* 523,9 40,7 alcoa.com 331

708,2 286,6 33,4 13,5 7,5 N.D. Não P* 148,5 11,6 chevrolet.com.co 332

5.476,2 1.768,0 -31,7 -10,2 -43,8 3.000 Sim P 460,9 36,0 vcp.com.br 333

1.009,7 100,0 118,4 11,7 9,2 7.000 Não P - - abril.com.br 334

483,1 293,1 18,0 10,9 4,2 N.D. Não P - - gerdau.com.br 335

851,8 87,0 -175,5 -17,9 -12,1 N.D. Sim P* - - yarabrasil.com.br 336

1.999,0 664,0 42,7 14,2 22,4 3.669 Não P - - mrs.com.br 337

1.817,5 678,0 15,7 5,9 8,4 20.588 Sim P - - casasgeo.com 338

652,3 -9,4 - -1,7 -0,9 5.724 Não P - - sendas.com.br 339

3.448,9 2.318,8 12,3 8,3 22,8 7.000 Não P 394,9 31,6 cba.ind.br 340

N.D. N.D. - - - 550 Não P* - - sony.com.mx 341

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.245,5 100,0 doerun.com.pe 342

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - santaisabel.cl 343

1.705,5 788,8 16,6 7,7 10,6 N.D. Sim P - - ccu.cl 344

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - omnilife.com.mx 345

707,5 390,0 22,5 12,4 7,1 5.100 Sim P - - supermaxi.com 346

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - siemens.com 347

N.D. N.D. - - - 1.200 Não P* 308,3 25,0 rhodia.com 348

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - jumbo.cl 349

N.D. N.D. - - - 2.068 Não P* - - alumbrera.com.ar 350

B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO A BRASILEIRA, MAIOR OPERADORA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO DA AMÉRICA LATINA, É A PROVA DE QUE A CRISE NÃO POUPOU NINGUÉM. SUAS VENDAS CAÍRAM 5,6%. B2WELETRÔ

30

1 - 3

50

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 101

Page 102: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

351 336 CORPORATIVO FRAGUA MÉX Comércio 1.211,0 1.335,3 -9,3 46,8 61,6 -24,0 56,1 72,0 -22,1

352 365 SIGDO KOPPERS CHI Construção 1.203,1 1.242,8 -3,2 60,9 56,6 7,6 209,9 195,0 7,6

353 - SCANIA BRA Automotivo/Autopeças 1.201,7 1.088,3 10,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

354 424 DANONE ARG Alimentos 1.200,0 1.044,3 14,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

355 370 VITRO VIDRIO PLANO MÉX Manufatura 1.195,0 1.212,0 -1,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

356 326 GRUPO ISA COL Energia elétrica 1.181,1 1.380,3 -14,4 105,1 110,6 -4,9 N.D. 914,5 -

357 480 SIVENSA VEN Siderurgia/Metalurgia 1.178,7 867,2 35,9 153,9 73,6 109,0 175,0 160,8 8,9

358 453 ALICORP PER Alimentos 1.178,6 931,9 26,5 26,6 40,5 -34,3 109,9 112,3 -2,1

359 312 QUIÑENCO (1) CHI Multissetor 1.173,4 1.406,9 -16,6 358,1 211,3 69,5 250,2 147,6 69,5

360 353 ENTEL PCS CHI Telecomunicações 1.172,3 1.275,1 -8,1 210,8 343,8 -38,7 341,9 557,5 -38,7

361 339 CCR BRA Serviços básicos 1.170,0 1.328,4 -11,9 305,3 329,5 -7,3 736,7 817,0 -9,8

362 - MINERA SPENCE CHI Mineração 1.168,5 810,3 44,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

363 361 MINERA VALPARAÍSO CHI Multissetor 1.161,7 1.268,0 -8,4 119,0 113,4 4,9 47,2 45,0 4,9

364 359 CEMENTOS CRUZ AZUL (2) MÉX Cimento 1.160,0 1.268,5 -8,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

365 296 CANDELARIA CHI Mineração 1.151,4 1.398,1 -17,6 374,4 671,5 -44,2 549,3 815,3 -32,6

366 369 COLBÚN CHI Energa Elétrica 1.150,5 1.220,6 -5,7 45,8 -94,3 148,6 220,6 19,9 1.008,5

367 440 MOVISTAR COL Telecomunicações 1.148,8 996,2 15,3 N.D. -123,6 - N.D. N.D. -

368 392 AURORA ALIMENTOS BRA Alimentos 1.143,1 1.138,9 0,4 N.D. 41,7 - N.D. N.D. -

369 405 UNILEVER DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 1.142,0 1.112,9 2,6 N.D. 103,7 - N.D. N.D. -

370 261 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA Petroquímica 1.137,0 1.773,9 -35,9 7,2 97,2 -92,5 70,1 173,1 -59,5

371 388 CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA Cimento 1.134,9 1.164,4 -2,5 79,8 119,1 -33,0 279,8 N.D. -

372 406 IMCOPA BRA Agroindústria 1.134,8 1.104,5 2,7 -60,6 23,1 -362,2 N.D. 93,5 -

373 417 CODENSA COL Energia Elétrica 1.126,8 1.063,0 6,0 193,1 185,2 4,3 N.D. N.D. -

374 442 ACINDAR (2)(5) ARG Siderurgia/Metalurgia 1.126,2 980,4 14,9 169,1 150,3 12,5 288,1 256,1 12,5

375 313 CMPC CELULOSA CHI Celulose/Papel 1.121,3 1.403,2 -20,1 182,6 319,9 -42,9 N.D. N.D. -

376 468 BRIDGESTONE FIRESTONE (2) BRA Automotivo/Autopeças 1.118,8 901,9 24,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

377 475 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA Construção 1.116,9 872,6 28,0 151,4 141,2 7,2 N.D. N.D. -

378 374 MINERA EL ABRA CHI Mineraç ão 1.110,9 1.200,4 -7,5 322,9 617,6 -47,7 507,3 816,7 -37,9

379 266 ULTRAGAZ BRA Petróleo/Gás 1.105,9 1.754,6 -37,0 -1,4 N.D. - 90,3 142,4 -36,6

380 411 BAYER DE MÉXICO MÉX Química/Farmácia 1.105,9 1.088,5 1,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

381 348 MADECO CHI Siderurgia/Metalurgia 1.101,5 1.288,8 -14,5 154,5 39,7 289,2 87,4 113,1 -22,7

382 318 COMPREBEM BRA Comércio 1.100,9 1.396,2 -21,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

383 324 DUPONT BRASIL BRA Química/Farmácia 1.096,8 1.387,0 -20,9 -181,7 72,1 -352,0 N.D. N.D. -

384 - AJE GROUP PER Bebidas 1.090,0 858,3 27,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

385 358 TELEFÓNICA CHILE CHI Telecomunicaç ões 1.089,3 1.275,8 -14,6 28,0 21,9 27,9 432,2 573,9 -24,7

386 - VRG - LINHAS AÉREAS BRA Transporte/Logística 1.089,2 415,6 162,1 -404,2 -126,6 -219,3 N.D. N.D. -

387 425 OLÍMPICA COL Comércio 1.087,1 1.041,1 4,4 23,4 20,8 12,5 N.D. N.D. -

388 351 PROFARMA BRA Comércio 1.084,9 1.276,5 -15,0 13,5 19,3 -30,1 33,3 38,0 -12,4

389 386 URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX Construção 1.084,6 1.170,7 -7,4 156,7 160,1 -2,1 244,6 274,4 -10,9

390 372 MARCOPOLO BRA Automotivo/Autopeças 1.083,5 1.202,0 -9,9 57,5 74,7 -23,0 109,5 94,1 16,4

391 344 WHIRLPOOL MÉXICO (2) MÉX Eletrônica 1.081,2 1.318,5 -18,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

392 355 ELEKTRO BRA Energia Elétrica 1.075,1 1.273,7 -15,6 167,6 263,6 -36,4 322,8 470,0 -31,3

393 379 ALL AMÉRICA LATINA BRA Transporte/Logística 1.073,7 1.196,4 -10,3 75,6 122,4 -38,2 570,4 506,2 12,7

394 384 BLACK & DECKER DE MÉXICO (2) MÉX Máquinas/Equip. 1.070,4 1.176,5 -9,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

395 346 GRUPO FAMSA MÉX Comércio 1.067,2 1.299,2 -17,9 42,7 47,5 -10,1 102,4 151,5 -32,4

396 477 CONECEL (7) EQU Telecomunicações 1.067,0 872,0 22,4 396,0 N.D. - 484,0 360,0 34,4

397 444 MASISA CHI Manufatura 1.065,9 965,8 10,4 44,1 41,1 7,3 155,1 158,0 -1,8

398 482 MOVISTAR PER Telecomunicações 1.065,2 866,0 23,0 167,1 34,8 380,2 387,7 238,6 62,5

399 366 CESP BRA Energia Elétrica 1.061,1 1.231,7 -13,9 -1.006,3 100,8 -1.098,3 -503,7 846,8 -159,5

400 416 MAGAZINE LUIZA (2) BRA Comércio 1.060,0 1.063,8 -0,4 N.D. 10,3 - N.D. 67,1 -

35

1 -

40

0

102 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 103: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

437,9 269,7 17,4 10,7 3,9 12.600 Sim P - - fragua.com.mx 351

1.803,2 514,6 11,8 3,4 5,1 N.D. Sim P - - sigdokoppers.cl 352

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.201,0 99,9 scania.com.br 353

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - danone.com 354

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 217,0 18,2 vitro.com.mx 355

62.814,3 2.194,4 4,8 0,2 8,9 N.D. Não E - - isa.com.co 356

1.985,2 1.397,4 11,0 7,8 13,1 2.873 Sim P 567,9 48,2 sivensa.com 357

912,7 426,9 6,2 2,9 2,3 N.D. Sim P* 129,6 11,0 alicorp.com.pe 358

3.866,3 2.044,2 17,5 9,3 30,5 N.D. Sim P - - quinenco.cl 359

1.254,1 505,4 41,7 16,8 18,0 N.D. Não P - - entelpcs.cl 360

2.683,2 675,5 45,2 11,4 26,1 N.D. Sim P - - ccrnet.com.br 361

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 1.168,5 100,0 spence.cl 362

5.634,1 2.523,4 4,7 2,1 10,2 N.D. Não P - - minera.cl 363

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - cruzazul.com.mx 364

926,4 567,2 66,0 40,4 32,5 N.D. Não P* 1.151,4 100,0 phelpsdodge.com 365

4.074,9 2.564,9 1,8 1,1 4,0 N.D. Sim P - - colbun.cl 366

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - movistar.com.co 367

N.D. N.D. - - - 12.000 Não P 240,5 21,0 aurora.com.br 368

N.D. N.D. - - - 4.573 Não P* - - unilever.com.mx 369

1.540,8 376,6 1,9 0,5 0,6 1.650 Sim P 130,9 11,5 pqu.com.br 370

2.335,9 1.309,1 6,1 3,4 7,0 N.D. Não P - - cimentocaue.com.br 371

757,1 N.D. - -8,0 -5,3 500 Não P 576,4 50,8 imcopa.com 372

2.534,2 1.368,1 14,1 7,6 17,1 N.D. Não P* - - codensa.com.co 373

N.D. N.D. - - 15,0 3.000 Sim P - - acindar.com.ar 374

1.880,9 1.066,1 17,1 9,7 16,3 1.433 Não P 1.068,7 95,3 cmpc.cl 375

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 333,7 29,8 fi restone.com.br 376

936,4 681,9 22,2 16,2 13,6 N.D. Não P - - queirozgalvao.com 377

943,3 755,1 42,8 34,2 29,1 N.D. Não P* 1.110,9 100,0 phelpsdodge.com 378

350,0 189,6 -0,8 -0,4 -0,1 4.109 Não P - - ultragaz.com.br 379

N.D. N.D. - - - 2.980 Não P* - - bayer.com.mx 380

876,9 659,9 23,4 17,6 14,0 N.D. Sim P 183,3 16,6 madeco.cl 381

N.D. N.D. - - - 7.899 Não P - - barateiro.com 382

1.371,0 284,7 -63,8 -13,3 -16,6 4.701 Não P* - - dupont.com.br 383

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - ajegroup.com 384

2.831,2 1.514,1 1,8 1,0 2,6 N.D. Sim P* - - telefonicachile.cl 385

2.253,0 299,5 -135,0 -17,9 -37,1 N.D. Não P - - voegol.com.br 386

654,7 284,9 8,2 3,6 2,2 N.D. Não P - - olimpica.com.co 387

391,7 200,0 6,8 3,4 1,2 2.000 Sim P - - profarma.com.br 388

2.177,0 1.111,7 14,1 7,2 14,4 3.776 Sim P - - urbi.com.mx 389

1.042,0 292,5 19,7 5,5 5,3 13.664 Sim P 274,8 25,4 marcopolo.com.br 390

N.D. N.D. - - - 7.700 Não P* - - whirlpool.com.mx 391

1.264,4 472,0 35,5 13,3 15,6 2.678 Sim P* - - elektro.com.br 392

5.034,5 1.067,8 7,1 1,5 7,0 N.D. Sim P - - all-logistica.com 393

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - blackanddecker.com.mx 394

1.516,9 526,9 8,1 2,8 4,0 18.300 Sim P - - grupofamsa.com 395

N.D. N.D. - - 37,1 N.D. Não P - - conecel.com.ec 396

2.304,0 1.278,8 3,4 1,9 4,1 N.D. Sim P 200,5 18,8 masisa.cl 397

988,1 353,4 47,3 16,9 15,7 N.D. Não P* - - movistar.com.pe 398

7.300,5 3.382,3 -29,8 -13,8 -94,8 1.321 Sim E - - cesp.com.br 399

N.D. N.D. - - - 12.000 Não P - - magazineluiza.com.br 400

QUIÑENCO O CONGLOMERADO CHILENO REGISTROU QUEDA DE 16,6% EM VENDAS. MAS NÃO FOI UM MAU ANO PARA SEUS DONOS: O LUCRO DA QUIÑENCO AUMENTOU 69,5%.

FRANCISCO PÉREZ MACKENNA, GERENTE GERAL DA QUIÑENCO

35

1 - 4

00

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 103

Page 104: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

401 272 CARAÍBA METAIS BRA Siderurgia/Metalurgia 1.057,3 1.713,5 -38,3 5,2 8,4 -38,1 19,7 35,4 -44,4

402 415 GBARBOSA BRA Comércio 1.055,5 1.070,2 -1,4 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

403 349 ELECTROLUX DO BRASIL BRA Eletrônica 1.050,7 1.282,0 -18,0 35,8 58,9 -39,3 N.D. N.D. -

404 373 AMPLA BRA Energia elétrica 1.048,9 1.200,6 -12,6 120,4 86,6 39,0 301,9 367,9 -17,9

405 443 CGE DISTRIBUCIÓN CHI Energia elétrica 1.040,3 968,3 7,4 58,6 77,7 -24,6 103,7 125,7 -17,5

406 436 3M DO BRASIL (2) BRA Petroquímica 1.040,1 1.000,5 4,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

407 389 TIENDAS COM. MEXICANA (2) (42) MÉX Comércio 1.036,1 1.146,8 -9,7 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

408 363 LIQUIGÁS BRA Comércio 1.034,5 1.257,9 -17,8 25,4 51,9 -51,0 64,4 85,2 -24,4

409 385 BASF DE MÉXICO (2) MÉX Química/Farmácia 1.030,5 1.170,9 -12,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

410 371 INFRAERO BRA Transporte/Logística 1.027,2 1.209,3 -15,1 65,9 -43,0 253,3 N.D. N.D. -

411 387 TIENDAS SANBORNS (2) MÉX Comércio 1.025,3 1.167,5 -12,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

412 499 PATAGONIA (4) ARG Comércio 1.018,2 824,3 23,5 321,4 19,6 1.539,8 587,4 35,8 1.539,8

413 439 COSTCO MÉXICO (2) (42) MÉX Comércio 1.015,3 999,5 1,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

414 491 ALUAR ARG Siderurgia/Metalurgia 1.012,0 886,7 14,1 104,9 165,8 -36,7 385,4 362,8 6,2

415 - CONSORCIO MINERO CORMIN PER Comércio 1.011,7 611,5 65,5 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

416 434 GRUPO ANDRÉ MAGGI (1) (2) BRA Agroindústria 1.007,7 1.005,0 0,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

417 413 CVG VENALUM (2) VEN Siderurgia/Metalurgia 1.005,0 1.082,3 -7,1 N.D. 30,9 - N.D. N.D. -

418 - EQUATORIAL BRA Energia elétrica 1.003,9 496,2 102,3 128,4 87,2 47,2 335,6 215,9 55,4

419 303 GRUPO SCHINCARIOL BRA Bebidas 1.003,2 1.473,4 -31,9 -56,7 64,3 -188,2 -147,8 167,7 -188,2

420 390 CHRYSLER ARG Automotivo/Autopeças 999,0 1.146,7 -12,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

421 383 CICSA (6) MÉX Construção 993,9 1.178,4 -15,7 42,0 27,2 54,4 75,3 80,7 -6,7

422 - INTEROCEÁNICA CHI Transporte/Logística 983,7 732,8 34,2 0,7 -13,8 105,1 6,5 -13,2 149,2

423 452 HOSPITALES ANGELES (2) MÉX Serviços de saúde 980,0 942,9 3,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

424 - FALABELLA PERÚ PER Comércio 978,1 740,2 32,1 75,0 68,9 8,9 154,3 132,0 16,9

425 431 BP EXPLORATION COMPANY COL Petróleo/Gás 973,8 1.009,8 -3,6 431,8 344,6 25,3 N.D. N.D. -

426 - WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA Petroquímica 972,7 1.147,9 -15,3 -7,3 162,6 -104,5 84,4 169,2 -50,1

427 428 CONFAB BRA Siderurgia/Metalurgia 971,4 1.021,2 -4,9 217,4 140,6 54,6 222,1 216,5 2,6

428 398 AÇOS VILLARES BRA Siderurgia/Metalurgia 969,6 1.128,0 -14,0 167,6 179,2 -6,5 284,9 295,6 -3,6

429 - SALFACORP CHI Construção 965,5 765,7 26,1 26,3 44,0 -40,2 64,9 72,0 -9,9

430 420 EMPRESAS BANMÉDICA CHI Serviços de saúde 965,1 1.058,8 -8,8 47,3 58,6 -19,3 95,5 109,8 -13,0

431 - HOCOL COL Petróleo/Gás 952,8 691,8 37,7 143,6 66,3 116,6 239,3 169,7 41,0

432 437 H-E-B SUPERMERCADOS (2) MÉX Comércio 950,0 1.000,4 -5,0 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

433 393 KRAFT FOODS BRA Alimentos 949,9 1.136,1 -16,4 117,0 57,9 102,1 N.D. N.D. -

434 402 CELPE BRA Energia elétrica 947,6 1.122,5 -15,6 199,5 175,9 13,4 306,2 344,7 -11,2

435 472 GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG PER Comércio 944,8 882,3 7,1 N.D. 3,8 - N.D. 39,8 -

436 456 ALPURA (2) MÉX Alimentos 943,0 937,7 0,6 N.D. 1,8 - N.D. N.D. -

437 394 GRUPO PALACIO DE HIERRO (1) (17) MÉX Comércio 940,8 1.135,7 -17,2 48,8 60,7 -19,6 115,8 134,9 -14,2

438 455 GRUPO TACA EL S. Transporte/Logística 940,0 938,0 0,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

439 467 RENAULT ARGENTINA ARG Automotivo/Autopeças 938,9 901,9 4,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

440 489 M. DIAS BRANCO BRA Alimentos 938,2 850,9 10,3 91,7 45,2 102,9 159,3 114,9 38,6

441 410 LOJAS RENNER BRA Comércio 934,3 1.090,1 -14,3 69,5 88,0 -21,0 128,5 161,5 -20,4

442 457 GRUPO AUTOFIN (2) MÉX Comércio 932,0 933,9 -0,2 N.D. 58,4 - N.D. N.D. -

443 400 GRUPO CONTINENTAL MÉX Bebidas 927,3 1.125,3 -17,6 130,1 147,0 -11,5 194,0 228,8 -15,2

444 331 ALBRAS BRA Siderurgia/Metalurgia 924,7 1.359,0 -32,0 70,2 173,7 -59,6 197,5 3.951,8 -95,0

445 497 MINERVA BRA Agroindústria 907,5 825,7 9,9 -92,2 19,6 -570,4 65,6 45,4 44,5

446 - CMPC TISSUE CHI Celulose/Papel 903,7 785,7 15,0 10,6 59,8 -82,3 N.D. N.D. -

447 484 CAROZZI CHI Alimentos 902,8 868,5 3,9 20,5 24,3 -15,6 112,1 102,8 9,0

448 419 SUPERAMA (9) MÉX Comércio 898,7 1.059,6 -15,2 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

449 401 BANDEIRANTE ENERGIA BRA Energia elétrica 886,0 1.125,2 -21,3 88,0 130,6 -32,6 171,7 234,4 -26,7

450 422 COPASA BRA Serviços básicos 881,6 1.052,0 -16,2 174,5 185,9 -6,1 350,0 376,0 -6,9

40

1 -

45

0

104 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 105: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

1.046,9 368,0 1,4 0,5 0,5 N.D. Sim P 937,8 88,7 paranapanema.com.br 401

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - gbarbosa.com.br 402

520,7 157,4 22,7 6,9 3,4 6 773 Não P* - - electrolux.com.br 403

1.920,0 661,5 18,2 6,3 11,5 1.248 Sim P* - - ampla.com 404

801,9 332,0 17,7 7,3 5,6 N.D. Sim P - - cge.cl 405

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* 94,3 9,1 3m.com.br 406

N.D. N.D. - - - 8.250 Não P - - comerci.com.mx 407

315,4 208,9 12,2 8,1 2,5 3.268 Não P - - liquigas.com.br 408

N.D. N.D. - - - 1.100 Não P* - - basf.com 409

927,5 463,5 14,2 7,1 6,4 11.531 Não E - - infraero.gov.br 410

N.D. N.D. - - - 5.900 Não P - - sanborns.com.mx 411

363,4 185,2 173,6 88,4 31,6 8.820 Sim P - - laanonima.com.ar 412

N.D. N.D. - - - 9.243 Não P - - costco.com.mx 413

2.129,6 890,4 11,8 4,9 10,4 N.D. Sim P* - - aluar.com.ar 414

N.D. N.D. - - - N.D. Não P 1.011,7 100,0 - 415

N.D. N.D. - - - 3.000 Não P 635,0 63,0 grupomaggi.com.br 416

N.D. N.D. - - - N.D. Não E - - venalum.com.ve 417

2.164,9 471,2 27,2 5,9 12,8 N.D. Não P - - equatorialenergia.com.br 418

1.648,7 460,6 -12,3 -3,4 -5,7 11.000 Não P - - schincariol.com.br 419

N.D. N.D. - - - 1.765 Não P* - - chrysler.com.ar 420

1.110,6 631,6 6,6 3,8 4,2 8.923 Sim P 148,0 14,9 ccicsa.com.mx 421

229,1 66,3 1,1 0,3 0,1 N.D. Sim P 32,2 3,3 ccni.cl 422

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - hospitalangelespedregal.com.mx 423

1.172,5 339,3 22,1 6,4 7,7 N.D. Sim P* - - falabella.cl 424

624,3 239,8 180,1 69,2 44,3 N.D. Não P* 590,1 60,6 bp.com 425

1.640,9 889,7 -0,8 -0,4 -0,7 3.212 Não P - - whitemartins.com.br 426

896,4 531,8 40,9 24,3 22,4 2.617 Sim P - - confab.com.br 427

840,5 409,1 41,0 19,9 17,3 N.D. Sim P 259,2 26,7 villares.com.br 428

965,8 363,7 7,2 2,7 2,7 N.D. Sim P - - salfacorp.cl 429

640,0 209,0 22,6 7,4 4,9 N.D. Sim P - - empresasbanmedica.cl 430

544,0 350,1 41,0 26,4 15,1 N.D. Não P - - hocol.com.co 431

N.D. N.D. - - - 6.000 Não P* - - hebmexico.com 432

620,0 170,1 68,8 18,9 12,3 1.742 Não P* - - kraft.com.br 433

1.505,2 559,8 35,6 13,3 21,1 N.D. Sim P* - - celpe.com.br 434

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - ewong.com 435

N.D. N.D. - - - 5.621 Não P - - alpura.com.mx 436

1.301,9 714,3 6,8 3,7 5,2 8.456 Sim P - - elpalaciodehierro.com.mx 437

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - taca.com 438

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - renault.com.ar 439

1.011,6 516,6 17,8 9,1 9,8 N.D. Sim P - - mdiasbranco.com.br 440

667,1 304,4 22,8 10,4 7,4 N.D. Sim P - - lojasrenner.com.br 441

N.D. N.D. - - - 6.458 Não P - - autofi n.com.mx 442

764,6 614,0 21,2 17,0 14,0 13.921 Sim P - - contal.com 443

1.318,9 845,0 8,3 5,3 7,6 N.D. Não P 852,0 92,1 albras.com.br 444

863,6 134,4 -68,6 -10,7 -10,2 7.000 Sim P 762,7 84,0 minerva.ind.br 445

1.023,5 N.D. - 1,0 1,2 4.686 Sim P 34,8 3,9 cmpc.cl 446

846,1 231,8 8,8 2,4 2,3 N.D. Sim P 196,5 21,8 carozzi.cl 447

N.D. N.D. - - - 9.618 Não P* - - superama.com.mx 448

963,1 291,0 30,2 9,1 9,9 1.068 Sim P - - bandeirante.com.br 449

2.678,0 1.627,4 10,7 6,5 19,8 11.116 Sim E - - copasa.com.br 450

EQUATORIAL O DESEMPENHO DESTA BRASILEIRA EM 2008 DEMONSTRA POR QUE É UMA DAS ESTRELAS EMERGENTES DO SETOR ELÉTRICO: CRESCEU 102,3%.

40

1 - 4

50

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 105

Page 106: Nº 377 Edição Brasil

ASDA AMÉRICA LATINA

MAIORES EMPRESAS

RK2008

RK2007

EMPRESA PAÍS SETORVENDAS

2008 US$ Milh.

VENDAS 2007

US$ Milh.

VARIAÇÃO VENDAS

08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO

2008 US$ Milh.

LUCRO LÍQUIDO

2007 US$ Milh.

VARIAÇÃO LUCRO 08/07

(%)

EBITDA 2008

US$ Milh.

EBITDA 2007 US$

Milhões

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

S MP:

PRI

VADA

LOCA

L, P*

: PRI

VADA

EST

RANG

EIRA

, E: E

STAT

AL

(Notas na pág. 87)

451 426 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA Transporte/Logística 872,9 1.032,3 -15,4 80,6 130,9 -38,4 313,9 330,4 -5,0

452 430 FERROMEX MÉX Transporte/Logística 867,1 1.010,9 -14,2 114,9 138,6 -17,1 221,8 267,6 -17,1

453 - CEG BRA Petróleo/Gás 863,7 752,2 14,8 56,1 69,1 -18,8 156,6 199,0 -21,3

454 414 MINERA ZALDÍVAR CHI Mineração 862,8 1.072,8 -19,6 500,4 667,3 -25,0 547,1 829,0 -34,0

455 - PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER Petróleo/Gás 857,4 766,3 11,9 5,2 4,9 6,3 11,0 9,8 12,8

456 - ELÉCTRICA DE CARACAS VEN Energia Elétrica 851,6 1.015,8 -16,2 -140,4 47,1 -398,1 N.D. N.D. -

457 - CARAMURU BRA Alimentos 845,9 731,3 15,7 -10,4 20,7 -150,4 N.D. N.D. -

458 487 DUPONT MÉXICO MÉX Química/Farmácia 843,0 801,0 5,2 N.D. 55,1 - N.D. N.D. -

459 483 ITAMBÉ BRA Alimentos 842,0 956,0 -11,9 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

460 403 AXTEL MÉX Telecomunicações 836,6 1.116,8 -25,1 -50,6 45,0 -212,4 304,4 374,2 -18,7

461 448 GASCO CHI Petróleo/Gás 835,5 957,2 -12,7 4,3 53,9 -92,0 94,8 177,0 -46,4

462 495 ULTRAFÉRTIL BRA Química/Farmácia 833,1 828,0 0,6 102,2 105,5 -3,1 N.D. N.D. -

463 412 PARIS CHI Comércio 828,2 1.084,7 -23,6 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

464 441 UTE URU Energia Elétrica 825,5 1.101,8 -25,1 -332,4 220,3 -250,9 -24,9 631,0 -103,9

465 470 POSITIVO INFORMÁTICA BRA Eletrônica 824,7 896,8 -8,0 58,2 37,1 56,9 81,8 54,4 50,4

466 449 OXITENO BRA Petróleo/Gás 824,2 950,2 -13,3 N.D. N.D. - 89,9 88,7 1,3

467 404 CPFL PIRATININGA BRA Energia Elétrica 823,3 1.116,1 -26,2 95,0 182,4 -47,9 178,3 323,3 -44,8

468 421 EDITORA ABRIL BRA Mídia 821,6 1.053,0 -22,0 78,5 48,9 60,5 N.D. N.D. -

469 459 GRUPO GLORIA PER Alimentos 820,4 945,7 -13,2 99,2 86,1 15,2 121,8 195,0 -37,5

470 445 COELCE BRA Energia Elétrica 819,4 961,1 -14,7 144,9 138,2 4,8 252,8 269,1 -6,1

471 451 DURATEX BRA Manufatura 818,8 943,1 -13,2 134,3 180,0 -25,4 249,7 315,1 -20,8

472 438 GUARARAPES - RIACHUELO BRA Têxtil/Calçados 817,3 999,6 -18,2 58,6 101,5 -42,3 43,4 38,4 13,0

473 474 DOUX FRANGOSUL BRA Alimentos 814,7 873,7 -6,7 6,0 N.D. - 93,3 N.D. -

474 - ELECTRICARIBE COL Energia Elétrica 809,5 804,0 0,7 34,9 14,9 134,2 148,1 112,8 31,3

475 - UCP BACKUS & JOHNSTON PER Bebidas 809,3 738,6 9,6 130,0 102,8 26,5 295,5 243,3 21,5

476 488 ANGLO AMERICAN NORTE CHI Mineração 807,9 851,3 -5,1 263,9 507,0 -48,0 246,3 467,9 -47,4

477 454 IUSACELL MÉX Telecomunicações 801,7 941,2 -14,8 -235,9 -117,7 -100,4 159,7 192,8 -17,2

478 - C. VALE BRA Agroindústria 800,8 766,4 4,5 11,7 12,7 -7,3 N.D. N.D. -

479 461 MAHLE METAL LEVE BRA Automotivo/Autopeças 798,7 925,5 -13,7 26,6 59,9 -55,6 118,7 162,5 -27,0

480 - EASY ARG Comércio 796,6 597,7 33,3 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

481 - IOCHPE-MAXION BRA Automotivo/Autopeças 782,1 727,9 7,4 91,6 40,9 124,0 114,7 93,5 22,7

482 490 LOCALIZA BRA Transporte/Logística 780,4 849,9 -8,2 58,4 88,6 -34,1 300,0 315,3 -4,9

483 - BRETAS SUPERMERCADOS BRA Comércio 778,1 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -

484 447 CELG BRA Energia Elétrica 774,1 967,6 -20,0 -108,7 -105,5 -3,0 126,4 122,7 3,0

485 429 SOTREQ BRA Automotivo/Autopeças 770,6 1.015,1 -24,1 37,8 43,8 -13,8 N.D. N.D. -

486 465 ZAFFARI E BOURBON BRA Comércio 769,1 906,0 -15,1 N.D. N.D. - N.D. N.D. -

487 492 TIGRE - TUBOS E CONEXÕES BRA Manufatura 767,0 849,3 -9,7 N.D. 70,9 - N.D. 159,7 -

488 - BUENAVENTURA PER Mineração 766,6 743,8 3,1 203,3 369,5 -45,0 -59,1 222,8 -126,5

489 310 SUZANO PETROQUÍMICA BRA Petroquímica 766,4 1.414,8 -45,8 -145,5 81,6 -278,3 -25,7 162,1 -115,9

490 486 ITAUTEC BRA Eletrônica 764,5 860,4 -11,1 17,3 56,8 -69,5 35,7 67,2 -46,9

491 - PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA Comércio 763,5 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -

492 - CONTAX BRA Telecomunicações 759,4 771,1 -1,5 39,5 30,5 29,5 105,6 92,5 14,2

493 469 TUPY BRA Siderurgia/Metalurgia 756,4 900,9 -16,0 72,1 62,9 14,6 124,7 118,3 5,4

494 - PETROBRAS (15) COL Petróleo/Gás 752,1 794,3 -5,3 50,9 86,3 -41,0 295,3 301,2 -2,0

495 460 CORPORACIÓN DURANGO MÉX Celulose/Papel 750,8 748,7 0,3 N.D. -28,6 - N.D. 95,3 -

496 - GAFISA BRA Construção 744,7 661,8 12,5 47,0 64,1 -26,7 77,0 88,0 -12,5

497 - FERREYROS PER Máquinas/Equip. 741,8 645,7 14,9 26,1 42,1 -38,0 97,9 67,5 45,0

498 - OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL Petróleo/Gás 732,8 583,7 25,5 349,7 283,7 23,3 61,0 47,7 27,9

499 - DMA DISTRIBUIDORA BRA Comércio 731,8 N.D. - N.D. N.D. - N.D. N.D. -

500 494 FARMACIAS BENAVIDES MÉX Comércio 719,0 839,1 -14,3 6,0 22,6 -73,5 27,9 43,9 -36,4

45

1 -

50

0

106 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 107: Nº 377 Edição Brasil

ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008

US$ Milh.ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQUIDA (%)

EMPREGADOS 2008

Presença EM BOLSA

Tipo de PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.

EXPORTAÇÕES COMO %

DAS VENDASSITE (www.) RK 2008

1.891,1 344,3 23,4 4,3 9,2 N.D. Sim P - - agsa.com.br 451

1.190,0 808,0 14,2 9,7 13,3 6.921 Sim P - - ferromex.com.mx 452

815,7 227,2 24,7 6,9 6,5 N.D. Sim P - - ceg.com.br 453

941,6 693,1 72,2 53,1 58,0 N.D. Não P* 854,7 99,1 barrick.com 454

82,3 26,7 19,4 6,3 0,6 294 Não P - - pecsa.com.pe 455

4.311,9 2.644,9 -5,3 -3,3 -16,5 N.D. Não E - - laedc.com.ve 456

572,5 130,6 -8,0 -1,8 -1,2 N.D. Não P 470,6 55,6 caramuru.com 457

N.D. N.D. - - - 1.670 Não P* - - dupont.com.mx 458

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - itambe.com.br 459

1.559,3 573,4 -8,8 -3,2 -6,0 6.946 Sim P - - axtel.com.mx 460

1.656,3 458,6 0,9 0,3 0,5 N.D. Sim P - - gasco.cl 461

806,0 290,7 35,2 12,7 12,3 N.D. Não P - - fosfertil.com.br 462

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - paris.cl 463

3.689,5 2.880,1 -11,5 -9,0 -40,3 N.D. Não E - - ute.com.uy 464

496,9 243,9 23,9 11,7 7,1 3.800 Sim P - - positivoinformatica.com.br 465

N.D. N.D. - - - 1.565 Não P 108,4 13,2 ultrapar.com 466

774,9 98,6 96,3 12,3 11,5 N.D. Sim P - - cpfl .com.br 467

740,7 76,4 102,7 10,6 9,6 4.100 Não P - - abril.com.br 468

650,2 334,2 29,7 15,3 12,1 N.D. Não P 79,7 9,7 grupogloria.com 469

1.190,2 392,4 36,9 12,2 17,7 1.280 Sim P* - - coelce.com.br 470

1.443,5 740,9 18,1 9,3 16,4 N.D. Sim P - - duratex.com.br 471

848,3 567,7 10,3 6,9 7,2 N.D. Sim P - - lojasriachuelo.com.br 472

772,2 148,8 4,1 0,8 0,7 8.000 Não P* 813,8 99,9 frangosul.com.br 473

1.700,8 856,2 4,1 2,1 4,3 6.700 Não P - - eletricaribe.com 474

975,2 636,3 20,4 13,3 16,1 N.D. Não P* 34,4 4,3 backus.com.pe 475

523,0 262,1 100,7 50,5 32,7 N.D. Não P* 801,0 99,2 angloamerican.co.uk 476

1.270,0 8,1 -2.912,3 -18,6 -29,4 5.547 Sim P - - iusacell.com.mx 477

519,2 146,7 8,0 2,3 1,5 4.710 Não P 174,7 21,8 cvale.com.br 478

698,8 191,1 13,9 3,8 3,3 8.812 Sim P* 316,4 39,6 mahle.com.br 479

N.D. N.D. - - - N.D. Não P* - - easy.com.ar 480

485,2 189,5 48,3 18,9 11,7 N.D. Sim P - - iochpe-maxion.com.br 481

879,3 229,9 25,4 6,6 7,5 N.D. Sim P - - localiza.com 482

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - bretas.com.br 483

2.676,0 208,3 -52,2 -4,1 -14,0 2.850 Sim E - - celg.com.br 484

467,8 128,3 29,4 8,1 4,9 N.D. Não P - - sotreq.com.br 485

N.D. N.D. - - - 9.500 Não P - - zaffari.com.br 486

N.D. N.D. - - - 5.400 Não P 23,6 3,1 tigre.com.br 487

2.268,3 1.729,0 11,8 9,0 26,5 N.D. Sim P 319,7 41,7 buenaventura.com.pe 488

1.021,2 294,3 -49,4 -14,2 -19,0 N.D. Sim P 84,0 11,0 suzano.com.br 489

518,5 193,9 8,9 3,3 2,3 5.700 Sim P - - itautec.com.br 490

N.D. N.D. - - - 6.500 Não P - - prezunic.com.br 491

424,8 121,0 32,6 9,3 5,2 74.500 Sim P - - contax.com.br 492

872,4 332,6 21,7 8,3 9,5 N.D. Sim P 437,6 57,9 tupy.com.br 493

607,9 194,7 26,1 8,4 6,8 74.240 Sim P* - - petrobras.com.co 494

N.D. N.D. - - - 11.850 Sim P - - corpdgo.com.mx 495

2.370,1 690,0 6,8 2,0 6,3 N.D. Sim P - - gafi sa.com.br 496

701,4 172,8 15,1 3,7 3,5 N.D. Sim P - - ferreyros.com.pe/html/home.htm 497

413,8 170,5 205,1 84,5 47,7 N.D. Não P* - - oxy.com 498

N.D. N.D. - - - N.D. Não P - - grupodma.com.br 499

312,4 99,0 6,1 1,9 0,8 6.841 Não P* - - benavides.com.mx 500

BUENAVENTURA COM OS PREÇOS DOS MINERAIS EM QUEDA, A PERUANA GANHA PONTOS ONDE OUTROS FALHARAM: INCREMENTOU SUAS VENDAS EM 3,1%.ROQUE BENAVIDES, PRESIDENTE EXECUTIVO DA BUENAVENTURA

45

1 - 5

00

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 107

Page 108: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIS RENTÁVEIS

LEVANTE A MÃO QUEM MAIS GANHOU

Os executivos peruanos da Minera Barrick Misquichilca podem encher o peito e dizer

que têm a operação mais efi-ciente da América Latina. Esse é o resultado quando usamos a margem Ebitda – relação entre o Ebitda e a receita líquida – para comparar as empresas que compõem o Ranking das 500.

Esse indicador é a for-ma contábil de expressar o desempenho operacional de uma empresa. No caso da companhia peruana, significa que gastou US$ 18,8 em suas operações para conseguir US$ 100 de receita, deixando livre os US$ 81,2 restantes. O preço do ouro colaborou para esse resultado, mas sem dúvida há méritos internos que fizeram com que esta se destacasse da concorrência.

O Ebitda é um indicador limpo. Essa sigla significa, em inglês, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, refletindo resultados livres da influên-cia da estrutura de financia-mento da companhia, seus investimentos passados ou a legislação tributária de cada país. Só é influenciada pelo

negócio em si. E melhorar o Ebitda sig-

nifica melhorar diretamente a eficiência operacional de uma empresa. As empresas que mais melhoraram esse indicador entre 2007 e 2008 estão no extremo Sul do continente.

O primeiro lugar é da Patagonia, sociedade dona de uma rede de supermer-cados no Sul da Argentina e que melhorou seu Ebitda em 1.539%. Nada mal. E em seguida surge a companhia chilena de eletricidade Col-bún, com 1.008%.

FÓRMULA DO LUCROMas nada é grátis no mundo dos negócios. É preciso pa-gar pelos ativos fixos, bem como dívidas e impostos, e nenhuma análise de rentabi-lidade é adequada se não se referir à última das últimas linhas: o lucro líquido, e quantos recursos usamos para consegui-lo.

Em 2008, a capacidade de gerar lucro caiu fortemente, no mesmo ritmo que os preços e a atividade. Mas há exceções que parecem nem sentir a crise chegar.

É o caso daquelas que tira-

ram boa rentabilidade de seus ativos, ou ROA, na sigla em inglês. Neste caso, o ranking novamente é liderado pela argentina Patagonia, seguida da petrolífera Occidental de Colombia, filial da norte-americana OXY, com ROA de 88,4% e 84,5%, respecti-vamente.

Mas o que interessa ao acionista é o ROE, sigla em inglês que descreve quanto lucro foi gerado pelo dinheiro que ele mesmo colocou, o pa-trimônio do negócio. Este ano, os resultados estiveram muito acima dos conquistados em anos anteriores. Este ranking é liderado pela hidroelétrica paraguaio-brasileira Itaipu Binacional. A companhia de eletricidade conseguiu lucro equivalente a 881,9% de seu patrimônio.

Para isso colaborou o fato de o ano de 2008 ter sido de resultados recordes para a maior hidroelétrica do mun-do. Isso lhe permitiu repartir dividendos históricos entre os governos dos dois países que dividem a propriedade em partes iguais – o que explica o fato de o patrimônio ser muito baixo em relação ao volume do negócio.

O ATRASO DO COBRE CHILENOOutra análise interessante é a da capacidade das empresas de gerar lucro de acordo com o número de empregados. Neste ranking, a mineradora chilena Escondida mantém o primeiro lugar, com US$ 1,15 milhão por trabalhador de planta. Apesar de ter regis-trado queda de quase US$ 1 milhão por cada trabalhador, a empresa continua no topo. É seguida por outra mineradora chilena, a Antofagasta PLC, com US$ 972 mil em lucro por empregado.

São o último sinal de reina-do dessas companhias chilenas nos rankings de rentabilidade. Durante os últimos quatro anos, as companhias de cobre chilenas lideraram de longe em capacidade de gerar lucro, independentemente do indi-cador de rentabilidade que se colocasse em sua frente.

Com a queda pronunciada do preço do cobre em 2008, além de custos que não se-guiram a mesma direção, estas companhias comparti-lham posições com elétricas, petrolíferas, siderúrgicas e empresas de serviços de toda a região.

Ebitda, margem líquida, ROA ou ROE. Os indicadores de rentabilidade demons-tram que 2008 não foi um ano fácil. Alguns casos, como Barrick Misquichilca e Escondida, são a boa exceção

108 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 109: Nº 377 Edição Brasil

MA

RG

EM

EB

ITD

A

AS MAIS RENTÁVEISSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍSEBITDA

COMO % DE VENDAS

RK 2008

1 BARRICK MISQUICHILCA PER 81,2 310

2 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 75,7 218

3 CSN BRA 74,6 63

4 GRUPO ARGOS COL 68,5 243

5 LOS PELAMBRES CHI 65,7 198

6 MINERA CERRO VERDE PER 64,5 232

7 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 64,0 209

8 MINERA ZALDÍVAR CHI 63,4 454

9 TRACTEBEL BRA 63,4 287

10 CCR BRA 63,0 361

11 ESCONDIDA CHI 59,5 50

12 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 59,4 153

13 PATAGONIA ARG 57,7 412

14 ANGLO AMERICAN SUR CHI 57,6 214

15 ANTOFAGASTA PLC CHI 56,3 119

16 MINERA YANACOCHA PER 54,4 266

17 COLLAHUASI CHI 53,2 159

18 ALL AMÉRICA LATINA BRA 53,1 393

19 TELCEL MÉX 52,4 32

20 GRUPO MÉXICO MÉX 51,5 85

21 PAN AMERICAN ENERGY ARG 50,3 242

22 PEMEX MÉX 49,7 2

23 CANDELARIA CHI 47,7 365

24 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 46,5 40

25 VALE BRA 46,1 5

26 ENDESA CHI 46,0 103

27 COMCEL COL 45,9 164

28 MINERA EL ABRA CHI 45,7 378

29 CONECEL EQU 45,4 396

30 CARBONES DEL CERREJÓN COL 44,6 175

31 GASPETRO BRA 44,3 290

32 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 44,2 252

33 ECOPETROL COL 43,5 15

34 AMBEV BRA 43,3 41

35 SABESP BRA 43,0 151

36 FOSFÉRTIL BRA 42,4 291

37 SQM CHI 41,9 235

38 NEOENERGIA BRA 41,5 156

39 TELESP BRA 40,7 57

40 GRUPO TELEVISA MÉX 40,5 114

41 COSIPA BRA 40,4 147

42 ALUMBRERA ARG 40,1 350

43 AMÉRICA MÓVIL MÉX 40,1 6

44 COPASA BRA 39,7 450

45 TELEFÓNICA CHILE CHI 39,7 385

46 ENTEL CHI 39,6 251

47 PETROBRAS COL 39,3 494

48 COELBA BRA 39,1 318

49 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 39,1 190

50 TELEFÔNICA BRA 39,0 26

OS MAIS COMPETENTESRENTABILIDADE MÉDIA EM US$ MIL, POR TRABALHADORES/PAÍS, TOP 50FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

CHI

COL

BRA

ARG

PAN

MÉX

PER

0 100 200 300 400

452,8

341,0

148,1

144,5

140,2

107,7

95,0

QUEM GANHA MAISROE MÉDIO POR PAÍS (%), ENTRE AS 50 MAIS RENTÁVEISFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

ARG

COL

BRA

CHI

MÉX

PER

0 50 100 150

173,6 (1)

118,1 (4)

110,6 (27)

64,3 (10)

51,2 (5)

43,8 (3)

BOAS PRÁTICASMARGEM EBITDA MÉDIA (%) POR PAÍS, TOP 50FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

ENTRE PARÊNTESIS, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS

0

20

40

60

45,4 46,8 47,7 48,6 49,4 51,4

59,7

75,7

EQU MÉX COL BRA ARG CHI PER PAN

ENTRE PARÊNTESES, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS

(1) (6) (6) (16) (12)(3) (5) (1)

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 109

Page 110: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIS RENTÁVEISR

ET

OR

NO

SO

BR

E V

EN

DA

S

RE

TO

RN

O S

OB

RE

PA

TR

IMÔ

NIO

(R

OE

)SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO COMO %

DE VENDAS

RK 2008

1 ALUNORTE BRA 73,3 324

2 MINERA ZALDÍVAR CHI 58,0 454

3 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 51,2 218

4 ANTOFAGASTA PLC CHI 50,6 119

5 BARRICK MISQUICHILCA PER 48,3 310

6 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 47,7 498

7 LOS PELAMBRES CHI 47,0 198

8 TELCEL MÉX 46,2 32

9 ESCONDIDA CHI 46,0 50

10 BP EXPLORATION COMPANY COL 44,3 425

11 COLLAHUASI CHI 43,3 159

12 ANGLO AMERICAN SUR CHI 43,2 214

13 CSN BRA 41,2 63

14 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 40,3 153

15 MINERA CERRO VERDE PER 39,1 232

16 USIMINAS IPATINGA BRA 38,1 112

17 CONECEL EQU 37,1 396

18 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 35,0 252

19 ECOPETROL COL 34,3 15

20 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 32,7 476

21 CANDELARIA CHI 32,5 365

22 TRACTEBEL BRA 32,4 287

23 PATAGONIA ARG 31,6 412

24 QUIÑENCO CHI 30,5 359

25 VALE BRA 30,2 5

26 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 29,8 209

27 MINERA EL ABRA CHI 29,1 378

28 MINERA YANACOCHA PER 28,6 266

29 SQM CHI 28,3 235

30 CTI ARG 26,9 207

31 BUENAVENTURA PER 26,5 488

32 COELBA BRA 26,2 318

33 CCR BRA 26,1 361

34 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 25,8 115

35 CARBONES DEL CERREJÓN COL 25,4 175

36 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 25,4 237

37 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 25,4 200

38 CHILECTRA CHI 23,8 248

39 SOUZA CRUZ BRA 23,6 187

40 NEOENERGIA BRA 23,4 156

41 GRUPO MÉXICO MÉX 23,0 85

42 CBA BRA 22,8 340

43 FOSFÉRTIL BRA 22,5 291

44 MRS BRA 22,4 337

45 CONFAB BRA 22,4 427

46 GRUPO ELEKTRA MÉX 22,2 134

47 GASPETRO BRA 21,8 290

48 GRUPO ARGOS COL 21,3 243

49 CELPE BRA 21,1 434

50 USIMINAS BRA 20,5 59

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO COMO % DE PATRIMÔNIO

RK 2008

1 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 881,9 115

2 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA 440,4 161

3 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 205,1 498

4 BP EXPLORATION COMPANY COL 180,1 425

5 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 178,4 237

6 PATAGONIA ARG 173,6 412

7 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 133,1 49

8 CPFL-CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 118,7 229

9 GRUPO ABRIL BRA 118,4 334

10 ESCONDIDA CHI 113,6 50

11 EDITORA ABRIL BRA 102,7 468

12 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 100,7 476

13 CPFL PIRATININGA BRA 96,3 467

14 CSN BRA 86,7 63

15 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 78,5 153

16 NATURA BRA 74,2 278

17 MINERA ZALDÍVAR CHI 72,2 454

18 COLLAHUASI CHI 69,0 159

19 KRAFT FOODS BRA 68,8 433

20 CANDELARIA CHI 66,0 365

21 SOUZA CRUZ BRA 58,7 187

22 LOS PELAMBRES CHI 55,9 198

23 MINERA CERRO VERDE PER 54,3 232

24 ALUNORTE BRA 51,6 324

25 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 51,3 40

26 COELBA BRA 50,0 318

27 IOCHP-MAXION BRA 48,3 481

28 MOVISTAR PER 47,3 398

29 CARBONES DEL CERREJÓN COL 46,2 175

30 COMGAS BRA 45,2 250

31 CCR BRA 45,2 361

32 MINERA EL ABRA CHI 42,8 378

33 MRS BRA 42,7 337

34 WHIRLPOOL BRA 42,2 169

35 AMÉRICA MÓVIL MÉX 41,9 6

36 ENTEL PCS CHI 41,7 360

37 HOCOL COL 41,0 431

38 AÇOS VILLARES BRA 41,0 428

39 ANGLO AMERICAN SUR CHI 41,0 214

40 CONFAB BRA 40,9 427

41 CODELCO CHI 40,4 17

42 FOSFÉRTIL BRA 40,3 291

43 BARRICK MISQUICHILCA PER 38,2 310

44 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 38,1 255

45 MINERA YANACOCHA PER 37,8 266

46 COELCE BRA 36,9 470

47 LOJAS AMERICANAS BRA 36,3 138

48 CELPE BRA 35,6 434

49 ELEKTRO BRA 35,5 392

50 TRACTEBEL BRA 35,2 287

110 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 111: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIS RENTÁVEISR

ET

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PR

EG

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OS

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO COMO % DE

ATIVOS

RK 2008

1 PATAGONIA ARG 88,4 412

2 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 84,5 498

3 BP EXPLORATION COMPANY COL 69,2 425

4 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 56,8 153

5 MINERA ZALDÍVAR CHI 53,1 454

6 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 50,5 476

7 ESCONDIDA CHI 49,6 50

8 CANDELARIA CHI 40,4 365

9 COLLAHUASI CHI 38,3 159

10 MINERA CERRO VERDE PER 36,2 232

11 LOS PELAMBRES CHI 35,6 198

12 SOUZA CRUZ BRA 34,6 187

13 MINERA EL ABRA CHI 34,2 378

14 ALUNORTE BRA 33,1 324

15 CARBONES DEL CERREJÓN COL 33,1 175

16 BARRICK MISQUICHILCA PER 30,2 310

17 ANGLO AMERICAN SUR CHI 28,7 214

18 HOCOL COL 26,4 431

19 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 25,4 49

20 NATURA BRA 24,5 278

21 MINERA YANACOCHA PER 24,3 266

22 CONFAB BRA 24,3 427

23 ECOPETROL COL 23,9 15

24 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 22,1 218

25 ANTOFAGASTA PLC CHI 21,5 119

26 AÇOS VILLARES BRA 19,9 428

27 SQM CHI 19,5 235

28 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 19,3 237

29 COELBA BRA 19,2 318

30 IOCHPE-MAXION BRA 18,9 481

31 KRAFT FOODS BRA 18,9 433

32 CSN BRA 18,3 63

33 FOSFÉRTIL BRA 17,9 291

34 OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 17,9 116

35 MADECO CHI 17,6 381

36 WHIRLPOOL BRA 17,2 169

37 GRUPO CONTINENTAL MÉX 17,0 443

38 MOVISTAR PER 16,9 398

39 ENTEL PCS CHI 16,8 360

40 CHILECTRA CHI 16,3 248

41 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 16,2 377

42 EMBOTELLADORA ANDINA CHI 15,7 314

43 GRUPO GLORIA PER 15,3 469

44 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 14,7 100

45 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 14,7 216

46 COMCEL COL 14,5 164

47 MRS BRA 14,2 337

48 USIMINAS IPATINGA BRA 14,2 112

49 TENARIS ARG 14,1 23

50 SIDERAR ARG 14,0 181

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO SOBRE EMPREGADOS

US$

RK 2008

1 ESCONDIDA CHI 1.151.710 50

2 ANTOFAGASTA PLC CHI 972.365 119

3 ECOPETROL COL 762.220 15

4 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 587.911 115

5 TRACTEBEL BRA 502.316 287

6 ANGLO AMERICAN SUR CHI 385.931 214

7 ENDESA CHI 314.063 103

8 TELCEL MÉX 312.586 32

9 CTI ARG 290.640 207

10 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 235.700 237

11 COMGÁS BRA 231.092 250

12 PETROBRAS BRA 190.132 3

13 USIMINAS IPATINGA BRA 173.769 112

14 TELESP BRA 170.959 57

15 CSN BRA 152.519 63

16 VALE BRA 145.711 5

17 COMCEL COL 139.867 164

18 MOVISTAR CHI 137.000 329

19 COELBA BRA 131.834 318

20 CMPC CELULOSA CHI 127.425 375

21 YPF ARG 123.761 31

22 NEOENERGIA BRA 123.686 156

23 CARBONES DEL CERREJÓN COL 120.865 175

24 FOSFÉRTIL BRA 116.449 291

25 CELPE BRA 114.524 434

26 COELCE BRA 113.203 470

27 LIGHT BRA 111.736 183

28 ELETROBRÁS BRA 111.632 19

29 CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 111.114 209

30 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 107.674 218

31 ELETROPAULO BRA 104.048 127

32 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA 103.396 161

33 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 95.041 153

34 AMPLA BRA 92.758 404

35 COSIPA BRA 92.739 147

36 TENARIS ARG 90.302 23

37 SOUZA CRUZ BRA 89.117 187

38 BRASIL TELECOM BRA 84.474 83

39 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 83.780 200

40 CONFAB BRA 83.072 427

41 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 82.397 449

42 EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 82.290 124

43 AMÉRICA MÓVIL MÉX 82.182 6

44 ENDESA BRASIL BRA 81.326 199

45 CODELCO CHI 81.180 17

46 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 79.602 7

47 MRS BRA 77.345 337

48 CPFL ENERGIA BRA 75.819 99

49 SIDERAR ARG 73.434 181

50 CEMIG BRA 73.409 86

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 111

Page 112: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR RESULTADO

TEMPORADA VERMELHAA última linha das empresas latino-americanas foi duramente golpeada pela crise internacional

Seis anos seguidos. Nun-ca antes uma empresa tinha permanecido tan-to tempo no topo de

nenhuma classificação, nem de nehum subranking deste estudo. Esse é o tempo da petrolífera estatal brasileira Petrobras como a empresa que registra o maior lucro da América Latina. E de longe.

O MODELO PETROBRASEVOLUÇÃO VENDAS E LUCRO ANUAL DA PETROBRAS (EM US$ MILHÃO)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

Os mais de US$ 14 bilhões em lucro líquido registrados em 2008 pela empresa estatal que cotiza em bolsa supera facilmente seus seguidores. De fato, apenas 16 empresas em toda a região conseguiram registrar vendas mais altas que a última linha da petrolífera brasileira.

Mas, além do montante, o admirável é a regularida-de com que a Petrobras tem incrementado ano a ano seu lucro em diferentes cenários e

condições de mercado. Estes resultados apóiam a admiração que o modelo de propriedade, de negócios e de inovação da Petrobras geram no restante da indústria. E a multiplicação de propostas que surgem em toda a região para transformar a petrobras no modelo e seguir pelas ccomplicadas empresas estatais que se proliferam na

região.O melhor exemplo dessa

tendência é a colombiana Ecopetrol, petrolífera de

tradição estatal que abriu seu capital em uma declarada tentativa de replicar o mode-lo da Petrobras. Resultado? A colombiana foi uma das empresas que deu o salto mais espetacular em seu lucro durante 2008 – somando um par de bilhões à sua última linha – a quase dobrando o resultado do ano anterior.

Com isso, a Ecopetrol ficou em terceiro lugar na lista das maiores geradoras de dinheiro da região.

Junto delas, a brasileira Va-le, as empresas de telecomu-nicações mexicanas do grupo Slim e a chilena Escondida conformam a lista das com-panhias que mais ganharam na América Latina.

Sobre isso, é bom lembrar que as cifras de Pdvsa e Pe-troecuador, apesar de estarem incluídas no ranking geral das 500, não são contadas nestes subrankings de resultados devido aos sólidos questiona-mentos sobre os relatórios que ambas companhias divulgam como oficiais.

Mas o impacto da crise global se vê mais claramente quando se analisa as empresas que mais perderam. E, entre elas, há velhos conhecidos. A estatal mexicana Pemex e suas distintas empresas ocupam alguns dos primeiros postos dessa lista nada alme-jada. A Pemex Refinación duplicou suas perdas durante 2008, enquanto a holdingPemex registrou aumento

Imitando o modelo da Petrobras, a estatal colombiana Ecopetrol en-

trou para a liga da empresas mais lu-crativas da América Latina.

112 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

VENDA VAR. LUCRO VAR.

2002 19.578,3 2.291,80

2003 33.138,1 69,3% 6.159,0 168,7%

2004 40.763,1 23,0% 6.728,7 9,2%

2005 58.360,8 43,2% 10.135,7 50,6%

2006 74.012,5 26,8% 12.123,0 19,6%

2007 96.300,9 30,1% 12.144,6 0,2%

2008 92.049,0 -4,4% 14.115,4 16,2%

Page 113: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR RESULTADO

GUERRA DE NAÇÕESMÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÕES DE LUCRO. DADOS 2007 E 2008.FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

INDÚSTRIAS RESISTENTESMÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÃO DE LUCRO DADOS 2007 E 2008FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

de 370%.Mas não foi apenas a Pe-

mex que sofreu. Dois mil e oito em geral foi um mau ano para as empresas mexicanas. Em média, as mexicanas que participam do Ranking das 500 registraram queda de 111,7% em 2008. E das seis empresas com maiores perdas, cinco são do país.

Mas o ano tampouco foi bom para as brasileiras. Em médio, o lucro dessas com-panhias caiu 70,5% em 2008. E as brasileiras são maioria também entre as que mais perderam: do total de 50, 29 são do País. No ano passado, eram apenas 12 em todo o Ranking das 500.

As que mais se destacaram por sua capacidade de per-der dinheiro foram Aracruz Celulose, Braskem e Sadia,

SETOR VAR % MÉDIA

Agroindústria -128,5

Alimentos -90,5

Bebidas -30,4

Celulose/papel -133,1

Energia elétrica -92,6

Mídia -11,4

Mineração 39

Petróleo/Gás -67,3

Petroquímica -278,2

Siderurgia/Metalurgia 9,3

Telecomunicações 19,9

Transporte/logística -103,4

TOTAL -45,5

PAÍS VAR. % MÉDIA

MÉXICO -111,7

BRASIL -70,5

CHILE -12,0

ARGENTINA 123,2

PERU 54,9

COLÔMBIA 33,7

TOTAL -45,5

que passaram de brilhantes resultados em 2007 a perdas superiores a US$ 1 bilhão em 2008. No caso de Ara-cruz e Sadia, que ilustra a experiência de várias outras, colaboraram suas apostas em derivativos financeiros, que se transformaram em fortes perdas com a desvalorização do real ocorrida no último trimestre do ano.

O panorama foi mais tran-quilo na Colômbia, no Peru e na Argentina, cujas empresas registraram váriações médias positivas. A cifra argentina, a mais alta de todas (média de 123,2%), explica-se em grande parte pelo resultado de uma só empresa: a su-

foi a alta média do lucro das empresas argentinas que entraram no ranking

permercadista Patagonia, que incrementou seu lucro em 1.540%, de longe o salto positivo mais alto entre as empresas do Ranking.

A análise dos resultados nos traz mais surpresas quan-do feita do ponto de vista setorial. O segmento que viu seu lucro despencar em cheio foi o petroquímico, com uma retração média de 278,2%

das empresas desse setor. É acompanhado por agroindús-tria, celulose e as empresas de transporte/logística.

Mastambém há os setores que tiveram motivos para comemorar. É o caso, por exemplo, do de telecomuni-cações. Em 2008, houve mais telecoms no lucro do que com perdas do que no ano anterior. E a média de lucro por em-presa subiui 20%. Nada mal quando a média geral foi de uma queda de 45,5%.

Mas foi o setor de minera-ção que mostrou a alta média mais alta de todo o ranking. Como é possível se o preço dos minérios em 2008 foram mais baixos que os de 2007? Especificamente graças ao excelente comportamento registrado por algumas no-vas companhias peruanas e colombianas de mineração, cujas altas taxas de variação no lucro compensaram as que-das das grandes mineradoras chilenas e brasileiras.

MÉXICO -111,7

CHILE -12,0

PERU 54,9

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 113

Page 114: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR RESULTADOA

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SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2007

US$ MILHÕES

RK 2008

1 PETROBRAS BRA 14.115,4 12.144,6 3

2 VALE BRA 9.105,5 11.294,3 5

3 ECOPETROL COL 5.164,8 2.533,9 15

4 TELCEL MÉX 4.532,5 N.D. 32

5 AMÉRICA MÓVIL MÉX 4.345,7 5.367,3 6

6 ESCONDIDA CHI 3.570,3 6.467,0 50

7 ELETROBRÁS BRA 2.625,8 873,9 19

8 CSN BRA 2.470,8 1.649,8 63

9 TENARIS ARG 2.124,8 2.076,1 23

10 ANTOFAGASTA PLC CHI 1.706,5 1.382,1 119

11 GERDAU BRA 1.686,1 2.005,7 11

12 CODELCO CHI 1.566,8 2.981,6 17

13 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1.458,7 3.250,8 40

14 USIMINAS IPATINGA BRA 1.390,2 1.796,6 112

15 USIMINAS BRA 1.379,7 1.790,7 59

16 AMBEV BRA 1.309,1 1.590,0 41

17 COLLAHUASI CHI 1.146,5 1.824,9 159

18 SOUTHERN PERÚ C.C. PER 1.092,4 1.409,3 153

19 GRUPO MÉXICO MÉX 1.075,5 1.681,7 85

20 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1.060,8 1.303,5 12

21 YPF ARG 1.049,0 1.289,0 31

22 TELESP BRA 1.035,5 1.334,0 57

23 LOS PELAMBRES CHI 1.020,9 1.741,4 198

24 A. DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 1.017,2 792,4 218

25 ALUNORTE BRA 959,0 N.D. 324

26 ENERSIS CHI 907,4 379,9 29

27 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 881,9 746,1 115

28 TERNIUM ARG 875,2 995,8 43

29 ANGLO AMERICAN SUR CHI 864,1 1.309,5 214

30 CEMIG BRA 807,5 979,8 86

31 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 801,6 N.D. 49

32 MINERA CERRO VERDE PER 718,4 804,7 232

33 ENDESA CHI 703,5 388,1 103

34 CANTV VEN 679,6 476,2 88

35 GRUPO ELEKTRA MÉX 677,9 599,1 134

36 BARRICK MISQUICHILCA PER 659,1 490,7 310

37 GRUPO MODELO MÉX 651,7 870,6 74

38 NEOENERGIA BRA 630,8 756,5 156

39 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 621,6 527,1 100

40 HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 615,0 367,9 209

41 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 609,9 1.709,3 42

42 EMPRESAS COPEC CHI 603,1 1.014,4 20

43 CARBONES DEL CERREJÓN COL 600,7 309,6 175

44 EEPPM COL 591,4 543,7 252

45 GRUPO TELEVISA MÉX 564,2 740,4 114

46 CTI ARG 558,9 N.D. 207

47 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 551,6 474,0 7

48 CPFL ENERGIA BRA 545,9 927,8 99

49 NEXTEL DE MÉXICO MÉX 540,8 489,9 200

50 SOUZA CRUZ BRA 534,7 512,7 187

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2007

US$ MILHÕES

RK 2008

1 PEMEX REFINACIÓN MÉX -8.669,9 -4.218,0 4

2 PEMEX MÉX -7.906,2 -1.677,2 2

3 ARACRUZ CELULOSE BRA -1.802,9 588,4 274

4 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX -1.430,4 -49,2 121

5 CFE MÉX -1.415,8 -682,7 10

6 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX -1.354,9 -1.358,0 70

7 BRASKEM BRA -1.066,4 309,1 52

8 SADIA BRA -1.063,3 389,0 89

9 ELETRONORTE BRA -1.037,5 -305,7 258

10 CESP BRA -1.006,3 100,8 399

11 ENAP CHI -957,8 199,1 21

12 GRUPO MASECA MÉX -888,6 204,6 126

13 GRUPO ALFA MÉX -687,7 325,3 44

14 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA -608,4 69,7 96

15 GOL BRA -592,5 151,6 150

16 TAM BRA -582,0 72,8 91

17 VOTORANTIM CEL. E PAPEL BRA -560,7 472,5 333

18 COMERCIAL MEXICANA MÉX -530,9 232,2 108

19 GRUPO VITRO MÉX -409,2 N.D. 205

20 VRG - LINHAS AÉREAS BRA -404,2 -126,6 386

21 ODEBRECHT BRA -357,8 254,0 14

22 UTE URU -332,4 220,3 464

23 GRUPO BERTIN BRA -308,7 140,3 146

24 NEMAK MÉX -298,9 105,0 174

25 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA -284,5 -17,5 272

26 IUSACELL MÉX -235,9 -117,7 477

27 SHELL BRA -209,9 69,6 38

28 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA -193,1 304,5 246

29 COSAN BRA -187,8 175,7 212

30 DUPONT BRASIL BRA -181,7 72,1 383

31 CARGILL BRA -164,0 -79,5 56

32 YARA FERTILIZANTES BRA -152,7 49,4 336

33 KLABIN BRA -149,2 350,8 321

34 SUZANO PETROQUÍMICA BRA -145,5 81,6 489

35 ELÉCTRICA DE CARACAS VEN -140,4 47,1 456

36 GRUPO KUO MÉX -112,4 -69,8 256

37 CELG BRA -108,7 -105,5 484

38 HERINGER FERTILIZANTES BRA -108,3 43,8 281

39 MINERVA BRA -92,2 19,6 445

40 MOSAIC FERTILIZANTES BRA -81,5 71,8 261

41 REPSOL YPF PERÚ PER -79,2 90,8 102

42 TELEFÓNICA COLOMBIA COL -72,0 -9,2 223

43 UNIPAR BRA -65,2 81,9 220

44 SIGMA MÉX -63,1 98,3 227

45 IMCOPA BRA -60,6 23,1 372

46 GRUPO SCHINCARIOL BRA -56,7 64,3 419

47 AXTEL MÉX -50,6 45,0 460

48 NET BRASIL BRA -40,7 98,4 275

49 INDUSTRIAS BACHOCO MÉX -39,7 117,1 294

50 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI -39,1 116,9 80

114 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 115: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR RESULTADOA

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SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO % 08/07

RK 2008

1 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 1.089,2 162,1 386

2 EQUATORIAL BRA 1.003,9 102,3 418

3 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 89,4 87

4 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 2.506,0 79,5 170

5 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 2.790,0 71,7 149

6 CONSORCIO MINERO CORMIN PER 1.011,7 65,5 415

7 JBS FRIBOI BRA 12.982,6 62,6 18

8 CIA. BRAS. METAL E MINE. BRA 1.600,0 59,6 270

9 CARBONES DEL CERREJÓN COL 2.367,0 57,9 175

10 AMIL BRA 1.848,4 56,3 231

11 NEXTEL BRA 1.330,9 53,3 320

12 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 2.246,7 52,9 190

13 SQM CHI 1.794,8 51,1 235

14 TERNIUM ARG 8.464,8 50,3 43

15 AMERICEL BRA 1.477,7 49,7 286

16 PEQUIVEN VEN 9.690,0 49,1 34

17 HUACHIPATO CHI 1.305,2 48,7 325

18 NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 46,9 54

19 GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 45,4 120

20 GRUPO VIZ MÉX 1.300,0 45,1 327

21 BUNGE ARG 4.190,0 44,5 97

22 MINERA SPENCE CHI 1.168,5 44,2 362

23 MINERA YANACOCHA PER 1.623,7 43,4 266

24 NOKIA BRA 2.647,0 43,1 160

25 MARFRIG BRA 2.654,6 40,8 158

26 ECOPETROL COL 15.053,9 37,8 15

27 HOCOL COL 952,8 37,7 431

28 SIVENSA VEN 1.178,7 35,9 357

29 GERDAU AÇOMINAS BRA 2.365,7 35,4 177

30 ENAP CHI 12.185,2 35,1 21

31 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 1.418,0 34,4 299

32 INTEROCEÁNICA CHI 983,7 34,2 422

33 FLEXTRONICS MANUFACT. MÉX 2.947,8 34,2 140

34 VOLVO BRA 2.713,4 33,7 152

35 EASY ARG 796,6 33,3 480

36 FALABELLA PERÚ PER 978,1 32,1 424

37 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 1.788,3 30,8 237

38 PERDIGÃO BRA 4.875,1 30,2 82

39 LAN CHI 4.587,2 30,1 90

40 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 2.307,8 29,3 182

41 DANONE MÉX 1.720,7 28,9 247

42 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 28,6 45

43 SAMSUNG ELET. AMAZÔNIA BRA 2.699,0 28,5 155

44 DISCO ARG 1.816,9 28,2 234

45 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 1.116,9 28,0 377

46 CARREFOUR ARG 3.124,0 27,9 129

47 CENCOSUD CHI 9.745,8 27,8 33

48 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1.341,9 27,7 316

49 AJE GROUP PER 1.090,0 27,0 384

50 ALICORP PER 1.178,6 26,5 358

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO % 08/07

RK 2008

1 SIEMENS BRASIL BRA 1.416,4 -52,6 300

2 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 766,4 -45,8 489

3 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 -40,9 131

4 CARAÍBA METAIS BRA 1.057,3 -38,3 401

5 ULTRAGAZ BRA 1.105,9 -37,0 379

6 ELETRONORTE BRA 1.649,3 -36,7 258

7 COTEMINAS BRA 1.351,7 -36,6 312

8 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1.137,0 -35,9 370

9 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 -35,7 85

10 PARANAPANEMA BRA 1.489,7 -34,7 283

11 COPERSUCAR BRA 1.682,9 -33,4 253

12 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 1.283,7 -32,4 332

13 ALBRAS BRA 924,7 -32,0 444

14 GRUPO SCHINCARIOL BRA 1.003,2 -31,9 419

15 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 1.279,8 -29,4 333

16 ARACRUZ CELULOSE BRA 1.581,9 -27,2 274

17 DOW BRASIL BRA 1.608,4 -26,8 269

18 CPFL PIRATININGA BRA 823,3 -26,2 467

19 CPFL-CIA. PAUL. DE FORÇA E LUZ BRA 1.859,7 -26,2 229

20 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 -25,1 40

21 AXTEL MÉX 836,6 -25,1 460

22 UTE URU 825,5 -25,1 464

23 ESCONDIDA CHI 7.760,2 -24,6 50

24 SOTREQ BRA 770,6 -24,1 485

25 NESTLÉ BRA 5.369,4 -23,8 76

26 GRUPO CONDUMEX MÉX 2.199,1 -23,7 197

27 COPEL BRA 2.335,8 -23,7 178

28 CBA BRA 1.251,2 -23,7 340

29 PARIS CHI 828,2 -23,6 463

30 BRASKEM BRA 7.684,9 -23,0 52

31 BRASIL TELECOM BRA 4.833,9 -22,6 83

32 ENDESA BRASIL BRA 2.170,1 -22,4 199

33 EDITORA ABRIL BRA 821,6 -22,0 468

34 ARCELORMITTAL TUBARÃO BRA 2.634,3 -21,9 161

35 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 -21,8 99

36 BOSCH BRA 1.741,7 -21,8 245

37 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 886,0 -21,3 449

38 VOTORANTIM CIMENTOS BRA 2.567,8 -21,2 167

39 COMPREBEM BRA 1.100,9 -21,2 382

40 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX 3.359,2 -21,1 121

41 GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 -20,9 75

42 DUPONT BRASIL BRA 1.096,8 -20,9 383

43 CIA. BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 -20,6 113

44 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 -20,4 72

45 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 1.253,5 -20,1 339

46 CMPC CELULOSA CHI 1.121,3 -20,1 375

47 CELG BRA 774,1 -20,0 484

48 ELETROPAULO BRA 3.222,0 -20,0 127

49 GRUPO VITRO MÉX 2.097,5 -19,9 205

50 NEOENERGIA BRA 2.691,9 -19,7 156

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 115

Page 116: Nº 377 Edição Brasil

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BIT

DA

MUSCULATURA DE CAIXAQUEM REGISTROU MAIOR EBITDA. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

BRASIL

ARGENTINA

MÉXICO

COLÔMBIA

CHILE

50,0%

6,7%

26,7%

3,3%

13,3%

GINÁSTICA NECESSÁRIAQUEM MAIS CRESCEU EM EBITDA. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

BRASIL

ARGENTINA

MÉXICO

COLÔMBIA

CHILE

46,7%

3,3%

6,7%

10,0%

23,3%

PERU10,0%

AS 500 POR RESULTADOSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍSEBITDA

2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO EBITDA

08/07 (%)

RK 2008

1 PEMEX MÉX 47.776,4 -21,7 2

2 PETROBRAS BRA 26.601,7 -2,3 3

3 VALE BRA 13.912,0 -26,4 5

4 AMÉRICA MÓVIL MÉX 10.008,4 -13,8 6

5 ECOPETROL COL 6.554,5 -8,0 15

6 TELCEL MÉX 5.144,6 -17,0 32

7 TELEFÔNICA BRA 4.669,0 3,8 26

8 ESCONDIDA CHI 4.619,6 -44,8 50

9 CSN BRA 4.470,3 67,8 63

10 GERDAU BRA 4.236,7 22,4 11

11 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 4.171,9 -26,9 40

12 ENERSIS CHI 4.045,3 19,3 29

13 AMBEV BRA 3.869,7 -21,1 41

14 TENARIS ARG 3.560,8 2,6 23

15 CEMEX MÉX 3.524,1 -23,2 13

16 ELETROBRÁS BRA 3.356,1 30,9 19

17 YPF ARG 3.296,8 -3,2 31

18 TELESP BRA 2.780,0 -20,8 57

19 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 2.716,7 -9,2 42

20 TELEMAR BRA 2.596,5 -29,5 47

21 USIMINAS BRA 2.503,7 -14,1 59

22 GRUPO MÉXICO MÉX 2.413,1 -46,4 85

23 FEMSA MÉX 2.223,2 -13,2 22

24 ODEBRECHT BRA 2.005,6 -3,7 14

25 VIVO BRA 1.935,7 13,4 60

26 ANTOFAGASTA PLC CHI 1.899,8 -32,7 119

27 ENDESA CHI 1.821,1 18,0 103

28 CEMIG BRA 1.754,2 -23,7 86

29 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1.726,9 -15,8 12

30 BRASIL TELECOM BRA 1.677,0 -22,1 83

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO EBITDA 08/07

(%)

RK 2008

1 PATAGONIA ARG 587,4 1.539,8 412

2 COLBÚN CHI 220,6 1.008,5 366

3 COTEMINAS BRA 103,0 669,1 312

4 AMIL BRA 121,8 443,8 231

5 PARANAPANEMA BRA 261,5 378,9 283

6 BUNGE ALIMENTOS BRA 415,4 356,5 37

7 GRUPO ARGOS COL 1.200,0 259,2 243

8 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 759,4 179,3 87

9 TAM BRA 508,8 169,8 91

10 EMPRESAS NAVIERAS CHI 49,2 160,3 316

11 INTEROCEÁNICA CHI 6,5 149,2 422

12 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 47,3 134,5 149

13 SQM CHI 752,1 110,1 235

14 NORBERTO ODEBRECHT BRA 989,9 98,9 54

15 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 877,8 93,1 190

16 MARFRIG BRA 378,4 76,2 158

17 MINERA YANACOCHA PER 883,4 75,6 266

18 CARBONES DEL CERREJÓN COL 1.056,3 72,0 175

19 QUIÑENCO CHI 250,2 69,5 359

20 CSN BRA 4.470,3 67,8 63

21 MOVISTAR PER 387,7 62,5 398

22 JBS FRIBOI BRA 479,4 62,1 18

23 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 85,8 58,1 339

24 EQUATORIAL BRA 335,6 55,4 418

25 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 55,1 55,2 268

26 CAP CHI 424,9 55,0 217

27 HUACHIPATO CHI 277,3 52,4 325

28 FOSFÉRTIL BRA 621,6 50,9 291

29 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 81,8 50,4 465

30 EMPRESAS ICA MÉX 212,7 49,8 219

116 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 117: Nº 377 Edição Brasil

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SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS EMPREGADOS

2008RK

2008

1 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 170.014 12

2 PEMEX MÉX 161.158 2

3 FEMSA MÉX 122.981 22

4 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 112.000 93

5 CENCOSUD CHI 96.000 33

6 ODEBRECHT BRA 94.000 14

7 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 82.012 10

8 NORBERTO ODEBRECHT BRA 81.991 54

9 GRUPO BIMBO MÉX 81.320 66

10 GRUPO CARSO MÉX 81.000 75

11 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 80.000 40

12 TELEFÔNICA BRA 75.800 26

13 CONTAX BRA 74.500 492

14 PETROBRAS BRA 74.240 3

15 PETROBRAS COL 74.240 494

16 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 70.656 51

17 WAL-MART BRA 70.000 53

18 COCA-COLA FEMSA MÉX 68.065 62

19 CARREFOUR BRA 67.900 35

20 CEMEX MÉX 67.800 13

21 FALABELLA CHI 67.271 67

22 VALE BRA 62.490 5

23 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 61.000 131

24 BODEGA AURRERÁ MÉX 60.038 64

25 GRUPO VOTORANTIM BRA 60.000 16

26 JBS FRIBOI BRA 60.000 18

27 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 59.500 58

28 CASAS BAHIA BRA 59.000 68

29 PERDIGÃO BRA 58.000 82

30 TECHINT ARG 53.075 8

31 AMÉRICA MÓVIL MÉX 52.879 6

32 SADIA BRA 52.000 89

33 ALMACENES COPPEL MÉX 51.235 162

34 GRUPO ALFA MÉX 50.992 44

35 PEMEX REFINACIÓN MÉX 48.100 4

36 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 47.060 79

37 GRUPO SALINAS MÉX 45.000 92

38 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 44.000 55

39 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 43.500 121

40 COSAN BRA 43.000 212

41 GERDAU BRA 42.133 11

42 COMERCIAL MEXICANA MÉX 40.500 108

43 MC DONALD`S BRA 39.400 301

44 AMBEV BRA 39.300 41

45 GRUPO BAL MÉX 39.000 48

46 MARFRIG BRA 39.000 158

47 GRUPO SANBORNS MÉX 38.500 179

48 GRUPO MODELO MÉX 38.402 74

49 COCA-COLA BRA 38.000 61

50 GRUPO ELEKTRA MÉX 37.121 134

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS EMPREGADOS

2008

VAR. ABSOLUTA

08/07

RK 2008

1 PEMEX MÉX 161.158 54.219 2

2 NORBERTO ODEBRECHT BRA 81.991 35.216 54

3 ODEBRECHT BRA 94.000 35.004 14

4 JBS FRIBOI BRA 60.000 25.000 18

5 FEMSA MÉX 122.981 17.961 22

6 MARFRIG BRA 39.000 16.000 158

7 PERDIGÃO BRA 58.000 14.000 82

8 CONTAX BRA 74.500 13.100 492

9 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 170.014 12.582 12

10 CARREFOUR BRA 67.900 11.900 35

11 GRUPO VOTORANTIM BRA 60.000 10.000 16

12 COCA-COLA FEMSA MÉX 68.065 9.943 62

13 BODEGA AURRERÁ MÉX 60.038 8.287 64

14 CENCOSUD CHI 96.000 8.277 33

15 COSAN BRA 43.000 8.000 212

16 FALABELLA CHI 67.271 7.827 67

17 AMÉRICA MÓVIL MÉX 52.879 7.233 6

18 PETROBRAS BRA 74.240 5.309 3

19 GERDAU BRA 42.133 5.208 11

20 USIMINAS BRA 29.784 4.704 59

21 VOLKSWAGEN BRA 22.018 4.518 28

22 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 70.656 4.491 51

23 COCA-COLA BRA 38.000 4.000 61

24 TAM BRA 24.315 3.842 91

25 CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 25.991 3.797 132

26 EMBRAER BRA 23.509 3.329 78

27 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 6.930 3.322 7

28 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA 112.000 3.251 93

29 EXTRA BRA 26.292 3.122 106

30 GRUPO KUO MÉX 16.000 3.009 256

31 VIVO BRA 8.386 2.786 60

32 OXXO (FEMSA COMERCIO) MÉX 18.531 2.707 116

33 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 59.500 2.700 58

34 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 18.780 2.591 42

35 EMPRESAS COPEC CHI 14.792 2.492 20

36 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 47.060 2.245 79

37 PARANAPANEMA BRA 2.500 2.200 283

38 CARGILL BRA 26.622 2.199 56

39 WAL-MART BRA 70.000 2.137 53

40 GRUPO SALUDCOOP COL 27.889 2.102 319

41 AMBEV BRA 39.300 2.100 41

42 VALE BRA 62.490 2.085 5

43 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL 25.700 2.013 239

44 GRUPO BERTIN BRA 35.000 2.000 146

45 CFE MÉX 82.012 1.885 10

46 SAM’S CLUB MÉX 23.039 1.880 84

47 BOSCH BRA 13.000 1.750 245

48 CORPORACIÓN GEO MÉX 20.588 1.716 338

49 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 12.130 1.598 268

50 CASAS BAHIA BRA 59.000 1.482 68

AS 500 POR RESULTADO

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 117

Page 118: Nº 377 Edição Brasil

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

VAR. PATRIM.

08/07 (%)

RK 2008

1 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA -9,4 -477,6 339

2 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO MÉX -658,1 -230,0 121

3 PEMEX REFINACIÓN MÉX -1.135,9 -131,0 4

4 IMCOPA BRA 0,04 -100,0 372

5 ARCELORMITTAL TUBARÃO COM. BRA 112,7 -97,7 161

6 IUSACELL MÉX 8,1 -97,4 477

7 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 99,4 -89,3 96

8 SADIA BRA 175,8 -89,3 89

9 ARACRUZ CELULOSE BRA 411,9 -86,4 274

10 GRUPO VITRO MÉX 136,0 -80,0 205

11 ODEBRECHT BRA 945,0 -74,7 14

12 YARA FERTILIZANTES BRA 87,0 -72,5 336

13 GRUPO MASECA MÉX 398,4 -72,3 126

14 TAM BRA 268,8 -68,1 91

15 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 48,2 -67,9 299

16 HERINGER FERTILIZANTES BRA 101,5 -63,5 281

17 GOL BRA 558,0 -59,0 150

18 PEMEX MÉX 1.936,0 -57,7 2

19 DUPONT BRASIL BRA 284,7 -56,9 383

20 MINERVA BRA 134,4 -55,1 445

21 BRASKEM BRA 1.574,6 -51,6 52

22 CELG BRA 208,3 -50,2 484

23 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 294,3 -50,0 489

24 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 95,5 -47,6 317

25 SHELL BRA 923,3 -47,5 38

26 COMERCIAL MEXICANA MÉX 1.077,5 -47,4 108

27 ELETRONORTE BRA 2.648,1 -45,5 258

28 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 254,2 -45,2 237

29 VOTORANTIM CEL. E PAPEL BRA 1.768,0 -44,4 333

30 AEROP. Y SERV. AUXILIARES MÉX 504,3 -43,9 165

31 CESP BRA 3.382,3 -42,0 399

32 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 170,5 -41,9 498

33 GRUPO ALFA MÉX 2.136,4 -38,9 44

34 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIP. BRA 325,5 -38,4 206

35 KLABIN BRA 961,5 -37,9 321

36 PETROBRAS COL 194,7 -37,4 494

37 GRUPO CARSO MÉX 3.314,3 -36,8 75

38 UNIPAR BRA 441,7 -36,5 220

39 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 1.598,9 -35,5 246

40 REPSOL YPF PERÚ PER 221,2 -35,1 102

41 MAHLE METAL LEVE BRA 191,1 -33,8 479

42 CSN BRA 2.850,9 -33,0 63

43 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 291,0 -32,6 449

44 GRUPO XIGNUX MÉX 393,0 -32,5 191

45 TELEMAR BRA 4.104,0 -31,8 47

46 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 157,4 -31,8 403

47 ENERGIAS DO BRASIL BRA 1.516,0 -31,4 204

48 SIGMA MÉX 425,5 -31,2 227

49 WHIRLPOOL BRA 672,8 -31,1 169

50 GRUPO ARGOS COL 2.413,2 -30,3 243

AS 500 E SEUS BALANÇOSA

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SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

VAR. PATRIM.

08/07 (%)

RK 2008

1 PARANAPANEMA BRA 510,6 1.715,8 283

2 GRUPO ABRIL BRA 100,0 514,9 334

3 RENAULT BRA 60,0 440,9 221

4 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 299,5 216,1 386

5 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 262,1 141,8 476

6 COSAN BRA 1.581,8 97,3 212

7 ORGANIZACIÓN TERPEL COL 528,8 91,5 148

8 CARREFOUR COL 861,9 69,6 303

9 HOCOL COL 350,1 67,1 431

10 BARRICK MISQUICHILCA PER 1.723,3 61,7 310

11 MARFRIG BRA 1.168,1 61,4 158

12 DRUMMOND COL 1.372,9 60,1 308

13 JBS FRIBOI BRA 2.624,9 52,2 18

14 ALPEK MÉX 1.701,0 44,0 110

15 SIVENSA VEN 1.397,4 38,5 357

16 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 809,9 33,4 87

17 GRUPO ELEKTRA MÉX 2.381,9 33,3 134

18 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 633,7 31,8 272

19 ANGLO AMERICAN SUR CHI 2.109,4 31,7 214

20 CHEVRON PETROLEUM COMPANY COL 230,8 31,2 298

21 ANTOFAGASTA PLC CHI 6.432,6 31,1 119

22 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 1.281,1 29,1 190

23 MOVISTAR PER 353,4 28,8 398

24 VALE BRA 41.195,8 28,0 5

25 SQM CHI 1.480,2 25,2 235

26 MADECO CHI 659,9 24,0 381

27 FALABELLA PERÚ PER 339,3 23,8 424

28 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 390,0 21,4 346

29 TELECOM ARG 1.158,5 21,2 133

30 GERDAU BRA 8.629,2 20,2 11

31 GASPETRO BRA 1.758,8 19,0 290

32 COPA AIRLINES PAN 632,4 19,0 330

33 CAP CHI 1.051,4 19,0 217

34 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 1.895,1 18,2 109

35 GRUPO ISA COL 2.194,4 18,0 356

36 ECOPETROL COL 15.374,9 17,2 15

37 TENARIS ARG 8.176,6 16,7 23

38 CANTV VEN 2.059,4 15,0 88

39 EQUATORIAL BRA 471,2 14,8 418

40 AUT. DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 4.360,4 14,8 218

41 PERUANA DE COMBUSTIBLES PER 26,7 14,5 455

42 LAN CHI 1.131,0 14,5 90

43 OLÍMPICA COL 284,9 13,8 387

44 INTEROCEÁNICA CHI 66,3 12,6 422

45 CONSTR. NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.074,1 12,0 216

46 NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.074,1 12,0 54

47 CHILECTRA CHI 1.697,1 10,9 248

48 CMPC CELULOSA CHI 1.066,1 10,4 375

49 GRUPO BAVARIA COL 2.237,8 10,3 180

50 PATAGONIA ARG 185,2 10,0 412

118 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 119: Nº 377 Edição Brasil

RK 2008 EMPRESA PAÍS

PASSIVO / PATRIMÔNIO

2008 (%)

RK 2008

1 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 199,6 115

2 IUSACELL MÉX 155,8 477

3 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 82,6 299

4 PEMEX MÉX 44,8 2

5 SADIA BRA 32,2 89

6 GRUPO ISA COL 27,6 356

7 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 24,0 96

8 RENAULT BRA 21,8 221

9 TAM BRA 20,1 91

10 LOJAS AMERICANAS BRA 19,5 138

11 CARGILL BRA 19,4 56

12 ODEBRECHT BRA 17,8 14

13 ENAP CHI 17,6 21

14 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 17,1 206

15 GRUPO VITRO MÉX 17,1 205

16 COPERSUCAR BRA 15,6 253

17 CELG BRA 11,8 484

18 ARACRUZ CELULOSE BRA 11,3 274

19 UNIPAR BRA 10,5 220

20 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 10,0 317

21 GRUPO ABRIL BRA 9,1 334

22 REDE ENERGIA BRA 9,0 249

23 YARA FERTILIZANTES BRA 8,8 336

24 EDITORA ABRIL BRA 8,7 468

25 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 8,3 229

26 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 8,2 237

27 GRUPO MASECA MÉX 7,1 126

28 HERINGER FERTILIZANTES BRA 7,0 281

29 CPFL PIRATININGA BRA 6,9 467

30 MOSAIC FERTILIZANTES BRA 6,7 261

31 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 6,5 386

32 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 6,1 272

33 MINERVA BRA 5,4 445

34 BRASKEM BRA 5,2 52

35 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4,8 87

36 NORBERTO ODEBRECHT BRA 4,7 54

37 FASA CHI 4,7 289

38 GRUPO VOTORANTIM BRA 4,6 16

39 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 4,5 451

40 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 4,3 113

41 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 4,2 49

42 DOUX FRANGOSUL BRA 4,2 473

43 GOL BRA 4,1 150

44 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 3,9 315

45 DUPONT BRASIL BRA 3,8 383

46 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 3,8 40

47 CSN BRA 3,7 63

48 ALL AMÉRICA LATINA BRA 3,7 393

49 EQUATORIAL BRA 3,6 418

50 BUNGE ALIMENTOS BRA 3,6 37

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AS 500 E SEUS BALANÇOSSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍSPASSIVO /

ATIVO TOTAL 2008 (%)

RK 2008

1 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 106,6 121

2 PEMEX REFINACIÓN MÉX 103,1 4

3 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 101,4 339

4 IMCOPA BRA 100,0 372

5 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 99,5 115

6 IUSACELL MÉX 99,4 477

7 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 98,8 299

8 PEMEX MÉX 97,8 2

9 SADIA BRA 97,0 89

10 GRUPO ISA COL 96,5 356

11 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 96,0 96

12 RENAULT BRA 95,6 221

13 TAM BRA 95,2 91

14 LOJAS AMERICANAS BRA 95,1 138

15 CARGILL BRA 95,1 56

16 ODEBRECHT BRA 94,7 14

17 ENAP CHI 94,6 21

18 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 94,5 206

19 GRUPO VITRO MÉX 94,5 205

20 COPERSUCAR BRA 94,0 253

21 CELG BRA 92,2 484

22 ARACRUZ CELULOSE BRA 91,9 274

23 UNIPAR BRA 91,3 220

24 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 90,9 317

25 GRUPO ABRIL BRA 90,1 334

26 REDE ENERGIA BRA 90,0 249

27 YARA FERTILIZANTES BRA 89,8 336

28 EDITORA ABRIL BRA 89,7 468

29 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 89,2 229

30 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 89,2 237

31 GRUPO MASECA MÉX 87,6 126

32 HERINGER FERTILIZANTES BRA 87,5 281

33 CPFL PIRATININGA BRA 87,3 467

34 MOSAIC FERTILIZANTES BRA 87,0 261

35 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 86,7 386

36 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 86,0 272

37 MINERVA BRA 84,4 445

38 BRASKEM BRA 83,8 52

39 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 82,8 87

40 NORBERTO ODEBRECHT BRA 82,5 54

41 FASA CHI 82,5 289

42 GRUPO VOTORANTIM BRA 82,0 16

43 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 81,8 451

44 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 81,0 113

45 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 80,9 49

46 DOUX FRANGOSUL BRA 80,7 473

47 GOL BRA 80,2 150

48 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 79,6 315

49 DUPONT BRASIL BRA 79,2 383

50 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 79,0 40

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 119

Page 120: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 E SEUS BALANÇOSA

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2008EMPRESA PAÍS

ATIVO FIXO 2008 US$ MILHÕES

RK 2008

1 PETROBRAS BRA 81.623,5 3

2 PEMEX MÉX 61.091,9 2

3 VALE BRA 47.280,1 5

4 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 46.496,8 10

5 ELETROBRÁS BRA 34.344,3 19

6 CEMEX MÉX 20.376,5 13

7 ENERSIS CHI 16.023,0 29

8 AMÉRICA MÓVIL MÉX 15.174,2 6

9 PEMEX REFINACIÓN MÉX 13.499,0 4

10 GRUPO VOTORANTIM BRA 11.505,2 16

11 GERDAU BRA 8.581,4 11

12 CODELCO CHI 8.207,2 17

13 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.159,4 40

14 EMPRESAS COPEC CHI 8.098,0 20

15 YPF ARG 8.077,2 31

16 ENDESA CHI 8.012,5 103

17 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 7.183,5 121

18 MALL PLAZA CHI 6.977,0 215

19 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 6.977,0 284

20 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA 6.938,3 209

21 ARAUCO CHI 6.789,6 111

22 ODEBRECHT BRA 6.613,3 14

23 SABESP BRA 6.387,1 151

24 FURNAS BRA 6.314,7 173

25 ELETRONORTE BRA 6.299,3 258

26 CESP BRA 6.259,5 399

27 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 5.873,8 42

28 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 5.731,9 12

29 GRUPO ISA COL 5.698,1 356

30 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 5.639,5 139

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

RK 2008

1 PETROBRAS BRA 125.016,6 3

2 PEMEX MÉX 88.696,4 2

3 VALE BRA 79.494,9 5

4 GRUPO ISA COL 62.814,3 356

5 ELETROBRÁS BRA 59.073,1 19

6 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 56.950,1 10

7 GRUPO VOTORANTIM BRA 56.909,1 16

8 CEMEX MÉX 45.083,9 13

9 PEMEX REFINACIÓN MÉX 37.050,0 4

10 AMÉRICA MÓVIL MÉX 31.676,4 6

11 TECHINT ARG 28.208,0 8

12 GERDAU BRA 25.267,7 11

13 ENERSIS CHI 22.888,9 29

14 ECOPETROL COL 21.629,1 15

15 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 20.060,6 115

16 ODEBRECHT BRA 17.799,4 14

17 TELEMAR BRA 17.571,7 47

18 AMBEV BRA 15.947,8 41

19 TENARIS ARG 15.100,7 23

20 GRUPO ARCELOR MITTAL BRA 14.537,4 42

21 CODELCO CHI 13.706,7 17

22 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 13.527,9 40

23 CSN BRA 13.477,7 63

24 FEMSA MÉX 13.377,2 22

25 EMPRESAS COPEC CHI 11.855,9 20

26 USIMINAS BRA 11.801,5 59

27 PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 11.569,0 9

28 ENDESA CHI 11.353,1 103

29 YPF ARG 11.262,0 31

30 TERNIUM ARG 10.671,1 43

COSTAS LARGASMAIORES POR ATIVOS. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE

BRASIL

ARGENTINA

MÉXICO

COLÔMBIA

CHILE

36,7%

13,3%

26,7%

6,7%

13,3%

GARANTIAS REAISMAIORES POR ATIVOS FIXOS. TOP 30, POR PAÍSFONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE

BRASIL

ARGENTINA

MÉXICO

COLÔMBIA

CHILE

40,0%

3,3%

26,7%

3,3%

26,7%

120 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 121: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO

Para enfrentar uma crise, melhor ter dinheiro na mão para cobrir qualquer eventualidade. E várias empresas da América Latina lo tienen sabem muito bem disso

O DESAFIO DE CAIXA

Aprincipal característica

de uma crise é a falta

de financiamento. Por

isso, nas empresas se

torna fundamental a forma

de administrar o fluxo de

caixa. Usando vocabulário

de contabilidade, significa

tornar o manejo de fontes e o

uso do recurso próprio mais

eficientes. Ou, em linguagem

simples: cobrar o mais rápido

possível e atrasar seus próprios

pagamentos o máximo que se

possa, de forma que sempre

haja dinheiro disponível para

cobrir as operações.

As empresas da América

Latina tomaram a sério esse

desafio. Um exemplo disso são

as 50 empresas com melhor

rotação de contas a cobrar. En-

quanto em 2007 as companhias

que menos demoravam para

cobrar suas faturas o faziam

em um período médio de 77

dias, em 2008 esse prazo foi

reduzido a 54 dias.

Como os processos e a

velocidade de cobrança mu-

dam de setor a setor, o mais

interessante é analisar as em-

presas que mais reduziram essa

média de dias necessários para

a cobrança.

Essa conquista é do Col-

lection Department da B2W,

empresa de comércio eletrôni-

co brasileira que entre outros

administra o site Submarino.

com. Em um ano, reduziu em

55,7 os dias necessários para

fazer uma cobrança.

A administração de inven-

tários também é outra chave

de flux de caixa e de liquidez.

Enquanto mais tempo os pro-

dutos passam no estoque, há

mais custo de armazenagem

e leva mais tempo para o di-

nheiro para entrar no caixa.

Por isso é importante que os

estoques tenham alta rota-

ção. O Ranking de Rotação

de Estoques deixa evidente

quem se esforçou para tornar

esse processo mais eficiente,

pois os classifica de acordo à

redução de tempo necessário

para vender seus produtos.

Aqui destaca-se a construtora

mexicana Urbi, que levou 106

días menos que em 2007 para

girar seu estoque.

Tudo isso tem impacto

na liquidez da empresa, cujo

indicador mais tradicional é

a Liquidez Corrente. Dito de

outra forma, como meus ati-

vos de curto prazo conseguem

cobrir minhas dívidas de curto

prazo. O ótimo é ter um valor

próximo de 1, que representa

a igualdade perfeita entre pas-

sivos e ativos circulantes. Ou

um pouco mais. Se há muito

mais, se está sacrificando a

rentabilidade.

Para os mais conservadores,

é atraente fazer um teste ácido

dessa liquidez. Para isso está a

liquidez ácida que é o mesmo

indicador, excluindo o valor de

estoque. Como esses são mais

difíceis de transformar em di-

nheiro (pde haver uma crise na

demanda desse bem), a liquidez

ácida compara os ativos que

são rapidamente transformá-

veis em dinheiro para cobrir

obrigações imediatas.

Esses são temas impor-

tantes. Em tempos em que a

rede de pagamento parece ter

sucumbido, administrar bem a

liquidez e os fluxos será central

para manter a empresa dentro

da concorrência e continuar

crescendo.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 121

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dias, é a média de demora a cobrar cobrar das 50 empre-sas com melhor rotação de con-tas a cobrar

Page 122: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO*A

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2008

EMPRESA PAÍS DIAS DE COBRANÇA

2008

REDUÇÃO DIAS COBRANÇA

08/07

RK 2008

1 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 59,3 55,7 317

2 COLLAHUASI CHI 8,5 48,8 159

3 GOL BRA 19,4 47,0 150

4 RIPLEY CHI 94,4 43,9 265

5 CONST. QUEIROZ GALVÃO BRA 103,5 42,6 377

6 ARCELORMITTAL TUB. COM. BRA 3,3 38,3 161

7 CLARO TELECOM BRA 69,7 37,8 81

8 ESCONDIDA CHI 10,1 33,8 50

9 SIVENSA VEN 34,7 32,6 357

10 MADECO CHI 20,8 29,9 381

11 FALABELLA PERÚ PER 117,4 28,7 424

12 SOUTHERN PERÚ C. CORP. PER 2,4 28,7 153

13 CONST. NORBERTO ODEBRECHT BRA 42,3 27,9 216

14 LOJAS AMERICANAS BRA 45,9 27,8 138

15 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 39,0 26,4 87

16 DOUX FRANGOSUL BRA 68,3 26,1 473

17 FALABELLA CHI 76,3 26,0 67

18 ALMACENES COPPEL MÉX 179,3 25,8 162

19 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 60,6 25,4 403

20 BUNGE FERTILIZANTES BRA 30,5 21,7 117

21 MOLYMET CHI 14,6 21,4 171

22 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 81,3 21,4 465

23 MARFRIG BRA 58,1 21,3 158

24 BUENAVENTURA PER 30,9 21,0 488

25 TELEFÓNICA CHILE CHI 82,8 20,7 385

26 AES GENER CHI 50,4 20,6 262

27 BUNGE ALIMENTOS BRA 29,6 19,6 37

28 CAP CHI 36,3 19,5 217

29 AMERICEL BRA 23,4 18,6 286

30 ANTOFAGASTA PLC CHI 33,5 17,3 119

31 COELBA BRA 73,2 17,3 318

32 PROFARMA BRA 51,8 15,9 388

33 NATURA BRA 46,8 15,9 278

34 AMPLA BRA 126,1 15,8 404

35 GRUPO MÉXICO MÉX 16,6 15,7 85

36 NEOENERGIA BRA 87,2 15,5 156

37 ENERGIAS DO BRASIL BRA 57,2 15,2 204

38 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 72,5 15,1 72

39 ENERSIS CHI 61,6 14,2 29

40 WHIRLPOOL BRA 38,3 14,2 169

41 HERINGER FERTILIZANTES BRA 36,0 14,2 281

42 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 22,8 14,2 42

43 COELCE BRA 60,8 13,7 470

44 GRUPO TELEVISA MÉX 136,6 13,2 114

45 MINERA YANACOCHA PER 0,6 12,8 266

46 RENAULT BRA 36,2 12,7 221

47 EL PUERTO DE LIVERPOOL MÉX 112,5 12,5 124

48 CENCOSUD CHI 26,8 12,2 33

49 YPF ARG 27,9 12,1 31

50 SALFACORP CHI 77,3 12,0 429

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS

*IMOBILI-ZAÇÃO

INVENT. 08

*REDUÇÃO IMOBILIZAÇÃO INVENT. 08/07

RK 2008

1 URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 391,1 105,8 389

2 COSAN BRA 145,9 89,1 212

3 GRUPO BERTIN BRA 74,1 71,8 146

4 MOLYMET CHI 34,8 62,4 171

5 MADECO CHI 32,3 53,8 381

6 TERNIUM ARG 107,3 52,6 43

7 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 34,7 44,8 182

8 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 69,1 37,6 109

9 HERINGER FERTILIZANTES BRA 59,3 37,1 281

10 ENAMI CHI 89,8 30,6 285

11 COAMO BRA 861,5 30,3 230

12 SALFACORP CHI 118,3 29,1 429

13 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 35,2 29,0 476

14 REPSOL YPF PERÚ PER 17,0 24,8 102

15 UTE URU 18,9 24,1 464

16 MINERA YANACOCHA PER 74,2 23,6 266

17 REFAP-ALBERTO PASQUALINI BRA 21,7 19,5 96

18 BUNGE ALIMENTOS BRA 31,8 19,0 37

19 L. DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 58,9 18,1 194

20 M. DIAS BRANCO BRA 71,1 15,2 440

21 PEMEX MÉX 34,9 14,5 2

22 SOUZA CRUZ BRA 131,3 14,1 187

23 LOJAS AMERICANAS BRA 75,9 13,0 138

24 GASCO CHI 11,1 12,9 461

25 GRUPO GLORIA PER 86,0 12,1 469

26 MINERA EL ABRA CHI 23,8 12,0 378

27 LOS PELAMBRES CHI 45,5 11,5 198

28 AMERICEL BRA 23,3 11,1 286

29 CENCOSUD CHI 41,9 10,9 33

30 ALICORP PER 84,2 10,9 358

31 PARANAPANEMA BRA 78,1 10,6 283

32 CORPORATIVO FRAGUA MÉX 59,4 10,3 351

33 PETROBRAS BRA 50,8 9,9 3

34 ITAUTEC BRA 86,8 9,8 490

35 JBS FRIBOI BRA 33,6 9,6 18

36 ALMACENES COPPEL MÉX 97,7 9,3 162

37 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 42,6 8,9 51

38 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 56,4 7,6 317

39 CARAMURU BRA 61,3 7,5 457

40 SOTREQ BRA 44,6 7,1 485

41 PROFARMA BRA 48,4 6,6 388

42 BUENAVENTURA PER 48,5 6,5 488

43 ENDESA CHI 10,3 6,5 103

44 COMERCIAL MEXICANA MÉX 53,3 6,5 108

45 TENARIS ARG 163,7 5,9 23

46 CARAÍBA METAIS BRA 78,0 5,8 401

47 CARGILL BRA 47,6 5,6 56

48 MASISA CHI 100,4 5,5 397

49 A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA 59,2 4,9 315

50 CGE CHI 14,6 4,8 141* ME

DIDO

EM

DIAS

* CO

NTA

A CO

BRAR

122 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 123: Nº 377 Edição Brasil

AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃOL

IQU

IDE

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UID

EZ

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RO

VA

ÁC

IDA

)SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS ÍNDICE

2008ÍNDICE

2007RK

2008

1 PETROBRAS BRA 1,0 1,1 3

2 BRASKEM BRA 1,0 1,1 52

3 MEXICHEM MÉX 1,0 1,1 188

4 CGE CHI 1,0 0,7 141

5 M. DIAS BRANCO BRA 1,0 1,4 440

6 COPA AIRLINES PAN 1,0 1,0 330

7 INTEROCEÁNICA CHI 1,1 1,1 422

8 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 1,1 1,9 255

9 AMERICEL BRA 1,1 1,5 286

10 SIGMA MÉX 1,1 1,3 227

11 PETROBRAS ENERGIA ARG 1,1 1,4 94

12 GASCO CHI 1,1 1,0 461

13 ELETROPAULO BRA 1,1 1,3 127

14 COLLAHUASI CHI 1,1 2,6 159

15 TELESP BRA 1,1 0,9 57

16 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 1,1 1,1 12

17 GRUPO ALFA MÉX 1,1 1,5 44

18 CANDELARIA CHI 1,1 2,4 365

19 ALPEK MÉX 1,1 1,6 110

20 FALABELLA CHI 1,1 1,3 67

21 MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 1,1 1,0 182

22 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 1,1 1,3 113

23 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA 1,1 0,9 194

24 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1,2 1,2 316

25 C. VALE BRA 1,2 1,2 478

26 COELBA BRA 1,2 1,2 318

27 ENERSIS CHI 1,2 1,3 29

28 ALICORP PER 1,2 1,3 358

29 NET BRASIL BRA 1,2 1,6 275

30 UCP BACKUS JOHNST PER 1,2 2,1 475

31 CAROZZI CHI 1,2 1,4 447

32 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 1,2 1,6 451

33 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1,2 2,4 272

34 LOJAS AMERICANAS BRA 1,2 1,1 138

35 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 1,2 1,0 317

36 CGE DISTRIBUCIÓN CHI 1,3 1,3 405

37 IOCHPE-MAXION BRA 1,3 1,5 481

38 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1,3 0,9 40

39 CONTAX BRA 1,3 1,4 492

40 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 1,3 1,3 268

41 BRASIL TELECOM BRA 1,3 1,4 83

42 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1,3 1,1 370

43 PEMEX REFINACIÓN MÉX 1,3 1,5 4

44 CARAMURU BRA 1,3 1,4 457

45 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 1,3 3,0 153

46 GRUPO FAMSA MÉX 1,3 2,4 395

47 CEMIG BRA 1,3 1,3 86

48 GRUPO KUO MÉX 1,3 1,5 256

49 GRUPO XIGNUX MÉX 1,3 2,0 191

50 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 1,3 1,1 346

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS ÍNDICE

2008ÍNDICE

2007RK

2008

1 GRUPO GLORIA PER 1,0 0,9 469

2 INTEROCEÁNICA CHI 1,0 1,0 422

3 PONTO FRIO-GLOBEX BRA 1,0 1,1 268

4 LOJAS AMERICANAS BRA 1,0 0,8 138

5 GRUPO XIGNUX MÉX 1,0 1,4 191

6 MARFRIG BRA 1,0 1,7 158

7 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA 1,0 0,8 317

8 GRUPO CASA SABA MÉX 1,0 1,0 211

9 UNIPAR BRA 1,0 1,3 220

10 MINERA CERRO VERDE PER 1,0 2,1 232

11 CANDELARIA CHI 1,0 2,3 365

12 NATURA BRA 1,1 1,1 278

13 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 1,1 0,8 370

14 TELESP BRA 1,1 0,9 57

15 POSITIVO INFORMÁTICA BRA 1,1 1,5 465

16 ELETROPAULO BRA 1,1 1,2 127

17 EMPRESAS NAVIERAS CHI 1,1 1,1 316

18 TENARIS ARG 1,1 1,0 23

19 COTEMINAS BRA 1,1 1,6 312

20 NET BRASIL BRA 1,1 1,5 275

21 GRUPO FAMSA MÉX 1,1 2,0 395

22 SIVENSA VEN 1,1 1,9 357

23 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 1,1 1,3 113

24 ENERSIS CHI 1,1 1,2 29

25 ITAUTEC BRA 1,2 1,3 490

26 JBS FRIBOI BRA 1,2 0,9 18

27 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 1,2 1,1 139

28 COELBA BRA 1,2 1,2 318

29 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 1,2 0,8 51

30 LOJAS RENNER BRA 1,2 1,1 441

31 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES BRA 1,2 1,6 451

32 EMPRESAS ICA MÉX 1,2 1,8 219

33 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 1,2 0,9 40

34 GERDAU BRA 1,2 1,4 11

35 AÇOS VILLARES BRA 1,2 1,6 428

36 CGE DISTRIBUCIÓN CHI 1,2 1,3 405

37 GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 1,2 1,3 437

38 GRUPO BIMBO MÉX 1,3 0,9 66

39 MARCOPOLO BRA 1,3 1,4 390

40 DURATEX BRA 1,3 1,9 471

41 ENTEL CHI 1,3 1,3 251

42 BRASIL TELECOM BRA 1,3 1,4 83

43 TUPY BRA 1,3 1,5 493

44 WEG BRA 1,3 1,4 222

45 CEMIG BRA 1,3 1,3 86

46 CELPE BRA 1,3 1,5 434

47 ANGLO AMERICAN NORTE CHI 1,3 1,3 476

48 CORPORACIÓN GEO MÉX 1,3 1,3 338

49 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 1,3 1,7 80

50 MINERA EL ABRA CHI 1,3 2,8 378

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 123

Page 124: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIORES POR PROPRIEDADE

TAMANHO IMPORTA, SIM SENHOR

PRIVADAS E LOCAIS

SEM IDEOLOGIA

EVOLUÇÃO DAS VENDAS MÉDIAS POR EMPRESA NAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE

NÚMERO DE EMPRESAS ENTRE AS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE

PARTICIPAÇÃO ANUAL NAS VENDAS TOTAIS DAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE

FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

EM U

S$ M

ILHÕE

S

FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

ELEFANTES BRANCOSEm número, empresas estatais se mantêm estáveis no ranking, mas aumentam sua taxa de vendas, enquanto as multinacionais diminuem

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

1996 1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008

ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS

0

50

100

150

200

250

300

350

1996 1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008

19960%

10%

20%

30%

40%

50%

1999 2002 20051997 2000 2003 20061998 2001 2004 2007 2008

Depois de 2008, as empre-sas mexicanas continu-am perdendo presença entre as maiores com-

panhias da região.Há poucos temas de debate

tão intensos quanto o que se refere à propriedade: quem deve ser o dono das empresas. Muito se tem escrito e muito sangue correu nessa disputa. Esta revista sempre defendeu a propriedade privada das empresas e tem promovido o desenvolvimento de empresas de capitais locais. Nos últimos anos, temos acompanhado felizes como grandes empre-sas privadas da região têm incrementado sua importância e alcance através de modelos de negócio globais.

Mas as grandes corporações estatais continuam firmes no ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina. A lista deste ano inclui 42 empresas estatais, cifra que – apesar de ter variações – tem se mantido igual desde 1998, quando se produziu a última grande onda de privatizações. E não é só: se em 1998 as vendas dessas empresas representavam 19% do total das empresas do ranking das 500, em 2008 essa taxa cresceu para 29,3%. Ao mesmo tempo, as privadas locais perderam 2 pontos de participação, enquanto as multinacionais estrangeiras perderam oito.

O mais impressionante é a evolução das vendas médias

por tipo de empresa. Nos últi-mos anos as estatais, a maior parte delas concentrada nos mercados fornecedores de matérias-primas e commo-dities, aumentaram de forma importante as vendas médias por empresa, enquanto as privadas - tanto locais quanto estrangeiras - permaneceram estáveis.

Alguns poderiam dizer que certas estatais como a brasi-leira Petrobras e a colombiana Ecopetrol poderiam entrar a uma categoria diferente. Mas a resiliência vista nas grandes empresas latino-americanas controladas pelo Estado é impressionante.

Mas o maior movimento se encontra entre as multina-cionais estrangeiras. Das 181 que estavam nesta lista há dez anos, hoje só restam 170. A explicação para isso é que não puderam manter taxas de crescimento tão altas quanto as estatais e as privadas locais, que foram tomando seu lugar no ranking. Claramente há exceções, como as crescen-tes operações do Wal-Mart em toda a América Latina, bem como as da espanhola Telefónica, que avançam de forma considerável no ranking. Mas tanto grandes automotivas quanto empre-sas de telecomunicações e de varejo estrangeiras que brilharam no cenário latino-americano há dez anos foram desaparecendo.

ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS

ESTATAISPRIVADAS LOCAISPRIVADAS ESTRANGEIRAS

124 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 125: Nº 377 Edição Brasil

AS 50 MAIORES PRIVADASL

OC

AIS

ES

TR

AN

GE

IRA

S

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS VENDAS 2008

US$ MILHÕESRK

2008

1 VALE BRA 30.184,4 5

2 AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 6

3 TECHINT ARG 22.000,0 8

4 GERDAU BRA 17.932,3 11

5 CEMEX MÉX 17.581,8 13

6 ODEBRECHT BRA 15.193,5 14

7 GRUPO VOTORANTIM BRA 15.011,9 16

8 JBS FRIBOI BRA 12.982,6 18

9 EMPRESAS COPEC CHI 12.818,2 20

10 FEMSA MÉX 12.146,9 22

11 TENARIS ARG 12.131,8 23

12 GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 24

13 TELCEL MÉX 9.816,7 32

14 CENCOSUD CHI 9.745,8 33

15 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA 9.605,6 36

16 TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 40

17 TERNIUM ARG 8.464,8 43

18 GRUPO ALFA MÉX 8.399,8 44

19 TELEMAR BRA 8.017,1 47

20 GRUPO BAL MÉX 7.930,0 48

21 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 51

22 BRASKEM BRA 7.684,9 52

23 NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 54

24 ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 55

25 GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 6.791,0 58

26 USIMINAS BRA 6.720,8 59

27 COCA - COLA FEMSA MÉX 5.998,6 62

28 CSN BRA 5.991,8 63

29 GRUPO BIMBO MÉX 5.951,0 66

30 FALABELLA CHI 5.924,5 67

31 CASAS BAHIA BRA 5.896,4 68

32 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 73

33 GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 74

34 GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 75

35 EMBRAER BRA 5.026,4 78

36 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 4.943,9 80

37 PERDIGÃO BRA 4.875,1 82

38 GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 85

39 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 87

40 CANTV VEN 4.594,3 88

41 SADIA BRA 4.590,8 89

42 LAN CHI 4.587,2 90

43 TAM BRA 4.532,3 91

44 GRUPO SALINAS MÉX 4.463,2 92

45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA 4.242,3 96

46 CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 99

47 GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 100

48 MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 101

49 CONTROLADORA MABE MÉX 3.950,0 104

50 EXTRA BRA 3.902,5 106

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS VENDAS 2008

US$ MILHÕESRK

2008

1 WAL-MART DE MÉXICO MÉX 17.705,9 12

2 GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 12.027,0 25

3 TELEFÔNICA BRA 11.962,3 26

4 VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 28

5 ENERSIS CHI 10.570,9 29

6 NISSAN MEXICANA MÉX 10.529,1 30

7 YPF ARG 10.050,4 31

8 CARREFOUR BRA 9.614,9 35

9 BUNGE ALIMENTOS BRA 9.521,1 37

10 SHELL BRA 9.185,7 38

11 CHRYSLER MÉX 9.120,0 39

12 AMBEV BRA 8.942,9 41

13 GRUPO ARCELORMITTAL BRA 8.489,9 42

14 GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 45

15 VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 8.140,0 46

16 FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 49

17 ESCONDIDA CHI 7.760,2 50

18 WAL-MART BRA 7.252,9 53

19 CARGILL BRA 6.853,9 56

20 TELESP BRA 6.837,4 57

21 VIVO BRA 6.619,5 60

22 COCA-COLA BRA 6.418,5 61

23 BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 64

24 CARGILL ARG 5.970,2 65

25 FORD MOTOR COMPANY MÉX 5.885,4 69

26 HEWLETT - PACKARD MÉXICO MÉX 5.704,8 71

27 TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 72

28 NESTLÉ BRA 5.369,4 76

29 FORD BRA 5.350,3 77

30 WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 79

31 CLARO TELECOM BRA 4.932,6 81

32 BRASIL TELECOM BRA 4.833,9 83

33 SAM’S CLUB MÉX 4.789,3 84

34 CEMIG BRA 4.660,0 86

35 PETROBRAS ENERGIA ARG 4.373,2 94

36 ESSO BRA 4.279,0 95

37 BUNGE ARG 4.190,0 97

38 EMBRATEL BRA 4.183,7 98

39 REPSOL YPF PERÚ PER 3.979,0 102

40 ENDESA CHI 3.960,5 103

41 MOVISTAR VEN 3.903,0 105

42 BUNGE FERTILIZANTES BRA 3.411,0 117

43 GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 120

44 CENCOSUD ARG 3.318,0 122

45 GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 123

46 ELETROPAULO BRA 3.222,0 127

47 CARREFOUR ARG 3.124,0 129

48 LG BRA 3.096,6 130

49 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 131

50 TELECOM ARG 3.057,1 133

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 125

Page 126: Nº 377 Edição Brasil

APOIO MATERNODISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE EMPRESAS ESTATAIS NO RANKINGFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

VENEZUELA

EQUADOR

PANAMÁ

PERU

URUGUAI

CHILE

BRASIL

MÉXICO

4

1

1

1

2

3

16

7

BR/PA1

AS MAIORES ESTATAISSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍS SETOR VENDAS 2008 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

RK 2008

1 PDVSA VEN Petróleo/Gás 126.364,0 9.413,0 131.832,0 71.513,0 1

2 PEMEX MÉX Petróleo/Gás 96.074,5 -7.906,2 88.696,4 1.936,0 2

3 PETROBRAS BRA Petróleo/Gás 92.049,0 14.115,4 125.016,6 59.206,4 3

4 PEMEX REFINACIÓN MÉX Petróleo/Gás 39.733,9 -8.669,9 37.050,0 -1.135,9 4

5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA Petróleo/Gás 23.930,9 551,6 5.159,9 3.157,3 7

6 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 19.675,5 164,3 11.569,0 3.450,2 9

7 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX Energia Elétrica 19.570,0 -1.415,8 56.950,1 30.196,4 10

8 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 15.053,9 5.164,8 21.629,1 15.374,9 15

9 CODELCO CHI Mineração 14.424,8 1.566,8 13.706,7 3.875,7 17

10 ELETROBRÁS BRA Energia Elétrica 12.865,4 2.625,8 59.073,1 36.636,0 19

11 ENAP CHI Petróleo/Gás 12.185,2 -957,8 4.872,1 261,3 21

12 PETROECUADOR EQU Petróleo/Gás 10.878,4 5.072,4 5.982,3 4.592,3 27

13 PEQUIVEN VEN Petroquímica 9.690,0 N.D. N.D. N.D. 34

14 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 5.809,5 -1.354,9 7.050,0 1.742,9 70

15 CORREIOS E TELÉGRAFOS BRA Serviços Gerais 4.449,2 342,8 2.907,5 1.328,5 93

16 ITAIPU BINACIONAL BR/PA Energia Elétrica 3.423,0 881,9 20.060,6 100,0 115

17 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX Energia Elétrica 3.359,2 -1.430,4 9.973,4 -658,1 121

18 REFINERÍA DE CARTAGENA COL Petróleo/Gás 2.790,0 -13,9 1.381,5 1.155,4 149

19 SABESP BRA Serviços básicos 2.717,9 431,4 8.781,8 4.489,7 151

20 RECOPE C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 107,2 N.D. N.D. 154

21 PETROPERÚ PER Petróleo/Gás 2.664,3 91,3 N.D. 389,0 157

22 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES MÉX Serviços Gerais 2.576,1 -6,2 965,0 504,3 165

23 FURNAS BRA Energia Elétrica 2.469,7 194,5 8.681,8 5.854,3 173

24 COPEL BRA Energia Elétrica 2.335,8 461,6 5.671,2 3.445,9 178

25 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO BRA Energia Elétrica 2.065,2 615,0 8.027,5 5.339,6 209

26 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 1.017,2 4.608,8 4.360,4 218

27 ANCAP URU Petróleo/Gás 1.900,4 N.D. N.D. N.D. 225

28 COMGÁS BRA Petróleo/Gás 1.706,9 220,0 1.717,0 486,6 250

29 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL Serviços básicos 1.692,1 591,4 8.188,9 6.604,4 252

30 ELETRONORTE BRA Energia elétrica 1.649,3 -1.037,5 7.650,3 2.648,1 258

ESTA FATIA É MINHADISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE VENDAS DAS PRIVADAS LOCAIS (TOP 50), EM US$ MILHÕESFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

CHILE

ARGENTINA

MÉXICO

38.020

42.597

146.796

VENEZUELA4.594

BRASIL204.242

126 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 127: Nº 377 Edição Brasil

CADA UM NO SEU CONTÊINERDISTRIBUIÇÃO DE EXPORTAÇÕES NAS 500, POR SETOR. TOTAL = US$ 296 BILHÕESFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

CIMENTO

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS

AGROINDÚSTRIA

BEBIDAS

CELULOSE/PAPEL

ALIMENTOS

MULTISSETOR

SIDERURGIA/METALURGIA

PETROQUÍMICA

MINERAÇÃO

5,9%

7,9%

8,6%

2,2%

2,3%

2,4%

5,2%

5,2%

5,8%

24,9%

PETRÓLEO/GÁS

OUTROS

25,3%

4,4%

Apesar da crise e da retração do comércio internacional, ser exportador na América Latina continua sendo um fator de competitividade

O BOM NEGÓCIO

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 127

É o crescimento do valor total das exportações das empresas do Ranking.

Apesar da crise e da retra-ção do comércio interna-cional, ser exportador na América Latina continua

sendo um fator de competiti-vidade.

Isso é o que demonstram as 500 Maiores Empresas da América Latina. As vendas das companhias exportadoras caíram apenas 0,1%, enquanto entre as que não exportam es-se percentual foi de 2,7%. O montante total das exportações das empresas que as declararam cresceu 13% em relação ao ano anterior, o que faz desta ativi-dade uma das áreas de negócios mais dinâmicas. Além disso, as exportadoras são sistemati-camente mais rentáveis que as não-exportadoras.

Quatro casos valem ser destacados. O primeiro é o da argentina Aceitera General Deheza, do setor de agroindús-tria, que registrou aumento de suas vendas externas de US$ 436,6 milhões em 2007 para US$ 1,22 bilhão em 2008. Um salto de 181% apoiado por um mercado global faminto por seus óleos e produtos à base de soja. O segundo é o da Carbones del Cerrejón, mineradora que elevou suas exportações de US$ 796,9 milhões para US$ 2,17 bilhões. O terceiro é o caso da chilena Anglo American Sur, que incrementou suas exporta-ções em 142%, para US$ 1,37 bilhão, enquanto a siderúrgica Gerdau Açominas registrou aumento de 101% em seus

embarques ao exterior, para US$ 1,48 bilhão.

Quando se faz uma análise por setor, é difícil tirar conclu-sões. Tanto petróleo/gás quanto mineração e agroindústria poderiam ser penalizados pela queda no preço das commodi-ties, ainda que muitas de suas empresas tenham aumentado as vendas internacionais. O mesmo acontece com o setor de siderurgia. O único setor que incrementou suas exportações de forma sustentável foi o de celulose/papel, com um cres-cimento médio de 26%.

Mas tudo fica mais fácil quando a tarefa é reconhecer as que tiveram um mau ano, como as mexicanas. A mineradora Grupo México, por exemplo, exportou US$ 1,8 bilhão a menos do que em 2007, o que representa uma queda de 36%. E o Grupo Alfa, apesar de sua diversificação industrial, ven-deu US$ 751 milhões menos a outros países do que 2007, queda de 14%.

Nesta lista também merece destaque a chilena Escondida, cujas exportações caíram 9%, para US$ 777 milhões.

Quando falamos em expor-tações, é interessante analisar o caso da brasileira Embraer, uma das exportadoras de maior valor agregado da região. A companhia conseguiu manter-se firme, apesar das dificuldades enfrentadas em 2008: cresceu 6%, para US$ 5 bilhões em vendas externas.

Page 128: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIORES EXPORTADORASSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍS SETOREXPORTAÇÕES 2008

RK 2008 US$ MILHÕES % DE VENDAS VAR. (%) 08/07

1 PEMEX MÉX Petróleo/Gás 46.763,4 48,7 -5,8 2

2 PETROBRAS BRA Petróleo/Gás 19.299,2 21,0 41,6 3

3 CEMEX MÉX Cimento 17.500,0 99,5 -3,2 13

4 CODELCO CHI Mineração 13.772,7 95,5 -6,6 17

5 VALE BRA Mineração 13.531,2 44,8 71,2 5

6 PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX Petroquímica 12.126,5 61,6 -5,4 9

7 ESCONDIDA CHI Mineração 7.436,5 95,8 -9,5 50

8 ODEBRECHT BRA Multissetor 6.129,8 40,3 2,1 14

9 VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX Automotivo/Autopeças 5.948,6 73,1 -6,1 46

10 CHRYSLER MÉX Automotivo/Autopeças 5.762,6 63,2 -6,5 39

11 CARGILL ARG Agroindústria 5.671,7 95,0 38,5 65

12 BUNGE ALIMENTOS BRA Agroindústria 5.023,4 52,8 64,4 37

13 EMBRAER BRA Aeroespacial 5.020,0 99,9 6,0 78

14 GRUPO ALFA MÉX Multissetor 4.546,9 54,1 -14,2 44

15 ECOPETROL COL Petróleo/Gás 4.218,1 28,0 37,8 15

16 FEMSA MÉX Bebidas 4.205,0 34,6 -3,2 22

17 BUNGE ARG Agroindústria 3.771,0 90,0 31,4 97

18 GRUPO MÉXICO MÉX Mineração 3.255,2 69,5 -35,7 85

19 CONTROLADORA MABE MÉX Eletrônica 2.925,8 74,1 2,4 104

20 MINERA ANTAMINA PER Mineração 2.846,1 100,0 -5,6 144

21 INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX Mineração 2.778,1 72,5 -6,4 109

22 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER Mineração 2.700,0 99,6 -9,8 153

23 GRUPO ARCELORMITTAL BRA Siderurgia/Metalurgia 2.679,1 31,6 -2,0 42

24 SADIA BRA Alimentos 2.424,2 52,8 36,5 89

25 COLLAHUASI CHI Mineração 2.388,5 90,1 0,6 159

26 GRUPO MODELO MÉX Bebidas 2.298,1 42,2 -18,4 74

27 CARGILL BRA Agroindústria 2.205,2 32,2 25,4 56

28 NEMAK MÉX Automotivo/Autopeças 2.199,9 92,5 -19,6 174

29 CARBONES DEL CERREJÓN COL Mineração 2.175,2 91,9 172,9 175

30 LOS PELAMBRES CHI Mineração 2.077,6 95,7 -8,6 198

31 VOLKSWAGEN BRA Automotivo/Autopeças 2.001,9 18,7 -5,8 28

32 GERDAU BRA Siderurgia/Metalurgia 1.962,6 10,9 64,0 11

33 GRUPO BIMBO MÉX Alimentos 1.959,4 32,9 -11,5 66

34 ALPEK MÉX Petroquímica 1.957,6 52,6 -8,2 110

35 GRUPO XIGNUX MÉX Multissetor 1.895,8 84,8 -17,0 191

36 PEMEX PETROQUÍMICA MÉX Petroquímica 1.856,0 31,9 -6,6 70

37 PERDIGÃO BRA Alimentos 1.841,3 37,8 32,2 82

38 MINERA CERRO VERDE PER Mineração 1.822,9 99,3 12,3 232

39 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL BRA Siderurgia/Metalurgia 1.786,8 67,8 38,0 161

40 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA Agroindústria 1.759,1 78,9 37,4 194

41 SAMARCO MINERAÇÃO BRA Mineração 1.720,0 96,2 34,5 237

42 MOLYMET CHI Siderurgia/Metalurgia 1.687,0 67,3 -3,7 171

43 MINERA YANACOCHA PER Mineração 1.617,5 99,6 45,1 266

44 CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA Mineração 1.590,0 99,4 56,5 270

45 CMPC PAPELES Y CARTONES CHI Celulose/Papel 1.584,5 53,2 12,3 139

46 ARAUCO CHI Celulose/Papel 1.573,7 42,7 12,4 111

47 GENERAL MOTORS BRA Automotivo/Autopeças 1.571,0 18,9 1,7 45

48 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI Mineração 1.485,2 100,0 20,6 284

49 GERDAU AÇOMINAS BRA Siderurgia/Metalurgia 1.480,1 62,6 101,3 177

50 CATERPILLAR BRA Máquinas/Equip. 1.394,0 61,9 20,4 189

128 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 129: Nº 377 Edição Brasil

AS MAIORES EXPORTADORASSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍS SETOREXPORTAÇÕES 2008 RK

2008US$ MILHÕES % DE VENDAS VAR. (%) 08/07

51 ANGLO AMERICAN SUR CHI Mineração 1.378,0 68,9 142,3 214

52 BARRICK MISQUICHILCA PER Mineração 1.360,0 99,6 21,5 310

53 FORD BRA Automotivo/Autopeças 1.341,1 25,1 -7,3 77

54 SHELL BRA Petróleo/Gás 1.320,4 14,4 60,2 38

55 ALUNORTE BRA Siderurgia/Metalurgia 1.302,0 99,5 15,3 324

56 SQM CHI Mineração 1.282,4 71,5 85,8 235

57 JBS FRIBOI BRA Agroindústria 1.265,5 9,7 18,3 18

58 SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.256,4 72,3 73,5 246

59 DOE RUN PER Mineração 1.245,5 100,0 -3,2 342

60 DRUMMOND COL Mineração 1.228,7 88,4 21,9 308

61 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG Agroindústria 1.225,0 48,9 180,5 170

62 BRASKEM BRA Petroquímica 1.223,8 15,9 -8,2 52

63 GRUPO BERTIN BRA Agroindústria 1.204,6 42,5 -1,6 146

64 SCANIA BRA Automotivo/Autopeças 1.201,0 99,9 16,0 353

65 ARACRUZ CELULOSE BRA Celulose/Papel 1.196,5 75,6 12,6 274

66 MINERA SPENCE CHI Mineração 1.168,5 100,0 44,2 362

67 CANDELARIA CHI Mineração 1.151,4 100,0 -1,8 365

68 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA Petróleo/Gás 1.123,8 4,7 71,1 7

69 MINERA EL ABRA CHI Mineração 1.110,9 100,0 -8,8 378

70 CMPC CELULOSA CHI Celulose/Papel 1.068,7 95,3 11,2 375

71 FIAT AUTOMÓVEIS BRA Automotivo/Autopeças 1.030,6 13,0 -7,8 49

72 GRUPO VOTORANTIM BRA Multissetor 1.023,4 6,8 -7,7 16

73 CONSORCIO MINERO CORMIN PER Comércio 1.011,7 100,0 65,5 415

74 GRUPO KUO MÉX Multissetor 1.001,0 60,2 10,8 256

75 ENAMI CHI Mineração 989,9 66,8 -19,9 285

76 COPERSUCAR BRA Agroindústria 940,7 55,9 -5,0 253

77 CARAÍBA METAIS BRA Siderurgia/Metalurgia 937,8 88,7 -5,1 401

78 VOLVO BRA Automotivo/Autopeças 908,6 33,5 33,7 152

79 GRUPO CARSO MÉX Multissetor 884,9 16,3 -20,9 75

80 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX Siderurgia/Metalurgia 863,0 18,6 89,4 87

81 MINERA ZALDÍVAR CHI Mineração 854,7 99,1 -20,5 454

82 ALBRAS BRA Siderurgia/Metalurgia 852,0 92,1 -24,7 444

83 REPSOL YPF PERÚ PER Petróleo/Gás 824,4 20,7 20,2 102

84 DOUX FRANGOSUL BRA Alimentos 813,8 99,9 43,5 473

85 ANGLO AMERICAN NORTE CHI Mineração 801,0 99,2 0,2 476

86 MINERVA BRA Agroindústria 762,7 84,0 18,3 445

87 ENAP CHI Petróleo/Gás 728,6 6,0 -4,4 21

88 WHIRLPOOL BRA Eletrônica 709,4 28,0 1,2 169

89 BOSCH BRA Automotivo/Autopeças 698,0 40,1 -2,3 245

90 WEG BRA Máquinas/Equip. 662,7 34,4 16,1 222

91 COSIPA BRA Siderurgia/Metalurgia 636,9 22,5 -6,0 147

92 GRUPO ANDRÉ MAGGI BRA Agroindústria 635,0 63,0 0,3 416

93 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 606,3 30,4 61,6 216

94 RENAULT BRA Automotivo/Autop. 604,7 30,9 -13,5 221

95 BP EXPLORATION COMPANY COL Petróleo/Gás 590,1 60,6 -3,6 425

96 IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA DE OLEOS BRA Agroindústria 576,4 50,8 44,1 372

97 SIVENSA VEN Siderurgia/Metalurgia 567,9 48,2 49,1 357

98 SOUZA CRUZ BRA Agroindústria 564,0 24,9 42,6 187

99 NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção 551,3 7,8 46,9 54

100 CSN BRA Siderurgia/Metalurgia 538,4 9,0 -38,9 63

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 129

Page 130: Nº 377 Edição Brasil

EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VAR. VENDAS 08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES

VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.

(%)RK

2008

AGROINDÚSTRIA

JBS FRIBOI BRA 12.982,6 62,6 11,1 111,9 0,4 0,2 0,1 18

BUNGE ALIMENTOS BRA 9.521,1 8,4 0,9 104,7 0,1 0,0 0,0 37

CARGILL BRA 6.853,9 -4,1 -164,0 -106,3 -134,2 -6,6 -2,4 56

CARGILL ARG 5.970,2 26,4 N.D. - - - - 65

BUNGE ARG 4.190,0 44,5 N.D. - - - - 97

GRUPO BERTIN BRA 2.835,2 -3,0 -308,7 -320,1 -22,7 -6,8 -10,9 146

MARFRIG BRA 2.654,6 40,8 -15,2 -131,7 -1,3 -0,4 -0,6 158

ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 2.506,0 79,5 N.D. - - - - 170

MOLINOS RÍO DE LA PLATA ARG 2.307,8 29,3 59,8 -41,2 17,7 5,6 2,6 182

SOUZA CRUZ BRA 2.268,1 -17,1 534,7 4,3 58,7 34,6 23,6 187

ALIMENTOS

GRUPO BIMBO MÉX 5.951,0 -11,5 312,3 -12,0 12,6 7,4 5,2 66

NESTLÉ BRA 5.369,4 -23,8 N.D. - - - - 76

PERDIGÃO BRA 4.875,1 30,2 23,3 -87,2 1,3 0,5 0,5 82

SADIA BRA 4.590,8 -5,7 -1.063,3 -373,3 -604,8 -18,2 -23,2 89

GRUPO MASECA MÉX 3.238,2 -1,3 -888,6 -534,3 -223,0 -27,7 -27,4 126

GRUPO INDUSTRIAL LALA MÉX 3.000,0 -0,4 N.D. - - - - 137

NESTLÉ DE MÉXICO MÉX 2.855,0 -1,8 N.D. - - - - 142

ARCOR ARG 2.064,7 11,8 56,4 -9,9 14,1 4,2 2,7 210

COSAN BRA 2.038,2 15,0 -187,8 -206,9 -11,9 -4,0 -9,2 212

SIGMA MÉX 1.886,9 -10,8 -63,1 -164,2 -14,8 -4,3 -3,3 227

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS

GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX 12.027,0 7,2 N.D. - - - - 25

VOLKSWAGEN BRA 10.702,8 -10,4 N.D. - - - - 28

NISSAN MEXICANA MÉX 10.529,1 4,0 N.D. - - - - 30

CHRYSLER MÉX 9.120,0 -6,5 N.D. - - - - 39

GENERAL MOTORS BRA 8.329,0 28,6 N.D. - - - - 45

VOLKSWAGEN DE MÉXICO MÉX 8.140,0 -6,1 N.D. - - - - 46

FIAT AUTOMÓVEIS BRA 7.897,9 -3,4 801,6 - 133,1 25,4 10,1 49

FORD MOTOR COMPANY MÉX 5.885,4 -19,4 N.D. - - - - 69

FORD BRA 5.350,3 -7,3 N.D. - - - - 77

DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 3.093,5 -40,9 N.D. - - - - 131

BEBIDAS

FEMSA MÉX 12.146,9 -10,1 484,9 -37,8 9,7 3,6 4,0 22

AMBEV BRA 8.942,9 -19,4 1.309,1 -17,7 17,7 8,2 14,6 41

COCA-COLA BRA 6.418,5 -5,1 N.D. - - - - 61

COCA-COLA FEMSA MÉX 5.998,6 -5,4 404,7 -36,1 10,0 5,7 6,7 62

GRUPO MODELO MÉX 5.448,2 -18,4 651,7 -25,1 14,6 8,5 12,0 74

GRUPO PEPSICO MÉX 3.300,0 -5,7 N.D. - - - - 123

CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 3.075,7 -7,8 391,4 -20,9 - 8,2 12,7 132

BAVARIA COL 1.635,1 -9,2 273,6 -21,7 12,8 6,6 16,7 263

EMBOTELLADORAS ARCA MÉX 1.463,8 -14,0 212,9 -6,5 20,2 13,7 14,5 292

EMBOTELLADORA ANDINA CHI 1.346,8 150,7 4,9 -8,4 27,4 15,7 11,2 314

CELULOSE/PAPEL

ARAUCO CHI 3.689,1 3,3 478,7 -52,5 8,5 5,4 13,0 111

AS MAIORES POR SETOR

130 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 131: Nº 377 Edição Brasil

EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VAR. VENDAS 08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES

VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.

(%)RK

2008

CMPC PAPELES Y CARTONES CHI 2.978,7 -7,9 205,8 -59,1 4,0 2,7 6,9 139

SUZANO PAPEL E CELULOSE BRA 1.738,8 -9,7 -193,1 -163,4 -12,1 -3,5 -11,1 246

KIMBERLY CLARK DE MÉXICO MÉX 1.666,5 -15,3 239,4 -29,9 38,1 13,7 14,4 255

ARACRUZ CELULOSE BRA 1.581,9 -27,2 -1.802,9 -406,4 -437,7 -35,5 -114,0 274

KLABIN BRA 1.325,0 -16,1 -149,2 -142,5 -15,5 -4,2 -11,3 321

VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 1.279,8 -29,4 -560,7 -218,7 -31,7 -10,2 -43,8 333

CMPC CELULOSA CHI 1.121,3 -20,1 182,6 -42,9 17,1 9,7 16,3 375

CMPC TISSUE CHI 903,7 15,0 10,6 -82,3 - 1,0 1,2 446

CORPORACIÓN DURANGO MÉX 750,8 0,3 N.D. - - - - 495

CIMENTO

CEMEX MÉX 17.581,8 -18,9 164,7 -93,1 1,2 0,4 0,9 13

CEMEX MÉXICO MÉX 3.900,0 1,9 N.D. - - - - 107

VOTORANTIM CIMENTOS BRA 2.567,8 -21,2 234,3 - 18,0 4,1 9,1 167

GRUPO ARGOS COL 1.752,1 -5,4 372,6 259,2 15,4 6,3 21,3 243

CEMENTOS CRUZ AZUL MÉX 1.160,0 -8,6 N.D. - - - - 364

CAMARGO CORRÊA CIMENTO BRA 1.134,9 -2,5 79,8 -33,0 6,1 3,4 7,0 371

COMÉRCIO

WAL-MART DE MÉXICO MÉX 17.705,9 -14,1 1.060,8 -18,6 19,8 12,4 6,0 12

CENCOSUD CHI 9.745,8 27,8 254,5 -39,9 6,9 2,9 2,6 33

CARREFOUR BRA 9.614,9 16,5 N.D. - - - - 35

CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 7.716,4 -8,3 111,4 -6,5 4,8 1,9 1,4 51

WAL-MART BRA 7.252,9 -14,2 N.D. - - - - 53

ORGANIZACIÓN SORIANA MÉX 6.912,6 15,7 124,6 -56,6 5,9 2,6 1,8 55

BODEGA AURRERÁ MÉX 5.975,4 -11,4 N.D. - - - - 64

FALABELLA CHI 5.924,5 3,6 321,1 -26,7 11,5 4,6 5,4 67

CASAS BAHIA BRA 5.896,4 -19,5 N.D. - - - - 68

WAL-MART SUPERCENTER MÉX 4.987,6 -10,7 N.D. - - - - 79

CONSTRUÇÃO

NORBERTO ODEBRECHT BRA 7.092,2 46,9 252,0 -0,6 23,5 4,1 3,6 54

CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 1.995,2 24,2 252,0 -0,6 23,5 14,7 12,6 216

EMPRESAS ICA MÉX 1.969,5 -4,4 32,7 140,8 3,2 0,9 1,7 219

CONSTR. E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 1.783,7 23,1 129,3 147,5 19,4 10,3 7,2 238

CONSTRUCTORAS ICA MÉX 1.551,9 -3,9 42,5 -10,9 - - 2,7 277

DESARROLLADORA HOMEX MÉX 1.362,8 -8,3 127,1 -37,9 15,4 5,8 9,3 311

CORPORACIÓN GEO MÉX 1.261,7 -8,0 106,5 -19,7 15,7 5,9 8,4 338

SIGDO KOPPERS CHI 1.203,1 -3,2 60,9 7,6 11,8 3,4 5,1 352

CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 1.116,9 28,0 151,4 7,2 22,2 16,2 13,6 377

URBI DESARROLLOS URBANOS MÉX 1.084,6 -7,4 156,7 -2,1 14,1 7,2 14,4 389

ELETRÔNICA

HEWLETT-PACKARD MÉXICO MÉX 5.704,8 12,9 N.D. - - - - 71

CONTROLADORA MABE MÉX 3.950,0 2,4 N.D. - - - - 104

GENERAL ELECTRIC BRA 3.361,0 45,4 N.D. - - - - 120

LG BRA 3.096,6 23,9 N.D. - - - - 130

SANMINA-SCI SYSTEMS DE MÉXICO MÉX 3.030,0 4,5 N.D. - - - - 135

SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 2.699,0 28,5 N.D. - - - - 155

NOKIA BRA 2.647,0 43,1 N.D. - - - - 160

AS MAIORES POR SETOR

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 131

Page 132: Nº 377 Edição Brasil

EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VAR. VENDAS 08/07 (%)

LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES

VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.

(%)RK

2008

GENERAL ELECTRIC MÉX 2.569,0 7,6 N.D. - - - - 166

WHIRLPOOL BRA 2.535,1 -19,6 283,6 5,6 42,2 17,2 11,2 169

HEWLETT-PACKARD BRASIL BRA 2.292,7 14,5 N.D. - - - - 186

ENERGIA ELÉTRICA

COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 19.570,0 -5,3 -1.415,8 -107,4 -4,7 -2,5 -7,2 10

ELETROBRÁS BRA 12.865,4 1,5 2.625,8 200,5 7,2 4,4 20,4 19

ENERSIS CHI 10.570,9 11,8 907,4 138,9 15,4 4,0 8,6 29

CEMIG BRA 4.660,0 -19,4 807,5 -17,6 20,2 7,8 17,3 86

CPFL ENERGIA BRA 4.153,1 -21,8 545,9 -41,2 25,4 7,9 13,1 99

ENDESA CHI 3.960,5 13,7 703,5 81,3 18,7 6,2 17,8 103

COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA 3.580,0 -20,6 269,1 275,9 18,2 3,5 7,5 113

ITAIPU BINACIONAL BR/PA 3.423,0 1,6 881,9 18,2 881,9 4,4 25,8 115

COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO MÉX 3.359,2 -21,1 -1.430,4 -2.805,6 - -14,3 -42,6 121

ELETROPAULO BRA 3.222,0 -20,0 439,5 9,2 31,1 8,2 13,6 127

MANUFATURA

IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS MÉX 2.484,0 -1,5 N.D. - - - - 172

GRUPO CONDUMEX MÉX 2.199,1 -23,7 58,6 -76,6 - - 2,7 197

GRUPO VITRO MÉX 2.097,5 -19,9 -409,2 - -300,9 -16,6 -19,5 205

VITRO ENVASES MÉX 1.410,0 6,7 N.D. - - - - 302

VITRO VIDRIO PLANO MÉX 1.195,0 -1,4 N.D. - - - - 355

MASISA CHI 1.065,9 10,4 44,1 7,3 3,4 1,9 4,1 397

DURATEX BRA 818,8 -13,2 134,3 -25,4 18,1 9,3 16,4 471

TIGRE-TUBOS E CONEXÕES BRA 767,0 -9,7 N.D. - - - - 487

MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS

CATERPILLAR BRA 2.251,3 20,4 N.D. - - - - 189

WEG BRA 1.926,4 -9,0 239,8 -26,1 25,7 9,7 12,4 222

BLACK & DECKER DE MÉXICO MÉX 1.070,4 -9,0 N.D. - - - - 394

FERREYROS PER 741,8 14,9 26,1 -38,0 15,1 3,7 3,5 497

MÍDIA

GRUPO TELEVISA MÉX 3.468,1 -8,9 564,2 -23,8 18,6 6,4 16,3 114

GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES BRA 3.252,7 -13,4 212,5 -34,4 14,8 6,0 6,5 125

GRUPO CLARÍN ARG 1.653,1 19,5 75,7 14,5 10,7 3,3 4,6 257

GRUPO ABRIL BRA 1.279,6 -5,7 118,3 -73,6 118,4 11,7 9,2 334

EDITORA ABRIL BRA 821,6 -22,0 78,5 60,5 102,7 10,6 9,6 468

MINERAÇÃO

VALE BRA 30.184,4 -17,4 9.105,5 -19,4 22,1 11,5 30,2 5

CODELCO CHI 14.424,8 -15,1 1.566,8 -47,5 40,4 11,4 10,9 17

ESCONDIDA CHI 7.760,2 -24,6 3.570,3 -44,8 113,6 49,6 46,0 50

GRUPO MÉXICO MÉX 4.681,7 -35,7 1.075,5 -36,0 24,7 12,2 23,0 85

INDUSTRIAS PEÑOLES MÉX 3.833,8 -6,4 489,0 37,9 25,8 12,8 12,8 109

ANTOFAGASTA PLC CHI 3.372,6 -11,9 1.706,5 23,5 26,5 21,5 50,6 119

MINERA MÉXICO MÉX 2.850,0 -2,0 N.D. - - - - 143

MINERA ANTAMINA PER 2.846,1 -5,6 N.D. - - - - 144

SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 2.711,5 -14,7 1.092,4 -22,5 78,5 56,8 40,3 153

COLLAHUASI CHI 2.650,3 -17,9 1.146,5 -37,2 69,0 38,3 43,3 159

AS MAIORES POR SETOR

132 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 133: Nº 377 Edição Brasil

EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VAR. VENDAS 08/07 (%)

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.

(%)RK

2008

MULTISSETOR

ODEBRECHT BRA 15.193,5 2,1 -357,8 -240,8 -37,9 -2,0 -2,4 14

GRUPO VOTORANTIM BRA 15.011,9 -12,4 N.D. - - - - 16

EMPRESAS COPEC CHI 12.818,2 3,9 603,1 -40,5 7,9 5,1 4,7 20

GRUPO ALFA MÉX 8.399,8 -14,2 -687,7 -311,4 -32,2 -8,6 -8,2 44

GRUPO BAL MÉX 7.930,0 2,0 N.D. - - - - 48

GRUPO CAMARGO CORRÊA BRA 6.791,0 14,0 N.D. - - - - 58

GRUPO CARSO MÉX 5.430,0 -20,9 473,2 -73,5 14,3 7,2 8,7 75

GRUPO SALINAS MÉX 4.463,2 -13,9 N.D. - - - - 92

GRUPO BAVARIA COL 2.322,0 266,8 -5,3 -21,5 11,9 5,8 11,5 180

GRUPO XIGNUX MÉX 2.234,7 -17,0 24,3 -74,7 6,2 1,5 1,1 191

PETRÓLEO/GÁS

PDVSA VEN 126.364,0 30,1 9.413,0 50,1 13,2 7,1 7,4 1

PEMEX MÉX 96.074,5 -7,9 -7.906,2 -371,4 -408,4 -8,9 -8,2 2

PETROBRAS BRA 92.049,0 -4,4 14.115,4 16,2 23,8 11,3 15,3 3

PEMEX REFINACIÓN MÉX 39.733,9 -8,6 -8.669,9 -105,5 763,3 -23,4 -21,8 4

PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 23.930,9 15,5 551,6 16,4 17,5 10,7 2,3 7

ECOPETROL COL 15.053,9 37,8 5.164,8 103,8 33,6 23,9 34,3 15

ENAP CHI 12.185,2 35,1 -957,8 -581,1 -366,5 -19,7 -7,9 21

GRUPO ULTRA BRA 12.095,8 7,5 167,0 62,6 8,4 4,0 1,4 24

PETROECUADOR EQU 10.878,4 41,3 5.072,4 70,8 110,5 84,8 46,6 27

YPF ARG 10.050,4 9,5 1.049,0 -18,6 17,9 9,3 10,4 31

PETROQUÍMICA

PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 19.675,5 -4,1 164,3 -63,9 4,8 1,4 0,8 9

PEQUIVEN VEN 9.690,0 49,1 N.D. - - - - 34

BRASKEM BRA 7.684,9 -23,0 -1.066,4 -445,0 -67,7 -11,0 -13,9 52

PEMEX PETROQUÍMICA MÉX 5.809,5 9,5 -1.354,9 0,2 -77,7 -19,2 -23,3 70

ALPEK MÉX 3.723,7 -9,1 93,2 -48,6 5,5 3,2 2,5 110

MEXICHEM MÉX 2.266,0 7,5 10,2 -93,9 1,7 0,4 0,5 188

UNIPAR BRA 1.965,9 23,7 -65,2 -179,6 -14,8 -1,3 -3,3 220

DOW BRASIL BRA 1.608,4 -26,8 5,4 -93,5 0,8 0,4 0,3 269

QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 - -284,5 -1.529,3 -44,9 -6,3 -17,9 272

YARA FERTILIZANTES BRA 1.265,1 5,4 -152,7 -409,1 -175,5 -17,9 -12,1 336

QUÍMICA/FARMÁCIA

BUNGE FERTILIZANTES BRA 3.411,0 7,6 80,8 110,0 8,0 2,9 2,4 117

NACIONAL DE DROGAS MÉX 2.200,0 -7,6 N.D. - - - - 196

PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO MÉX 2.110,0 -6,3 N.D. - - - - 202

BASF BRA 1.909,4 -13,0 108,2 -0,4 17,7 7,1 5,7 224

AVON BRA 1.674,3 23,8 N.D. - - - - 254

MOSAIC FERTILIZANTES BRA 1.643,1 5,3 -81,5 -213,5 -46,8 -6,1 -5,0 261

NATURA BRA 1.548,1 -10,8 221,7 -15,1 74,2 24,5 14,3 278

HERINGER FERTILIZANTES BRA 1.508,2 18,2 -108,3 -347,3 -106,7 -13,4 -7,2 281

FOSFÉRTIL BRA 1.467,5 7,3 330,6 31,9 40,3 17,9 22,5 291

BAYER BRA 1.454,4 -5,5 78,3 316,4 16,6 5,9 5,4 293

SERVIÇOS BÁSICOS

SABESP BRA 2.717,9 -19,4 431,4 -27,1 9,6 4,9 15,9 151

AS MAIORES POR SETOR

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 133

Page 134: Nº 377 Edição Brasil

AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN 1.985,1 14,8 1.017,2 28,4 23,3 22,1 51,2 218

EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 1.692,1 9,8 591,4 8,8 9,0 7,2 35,0 252

GRUPO ICE C.RI 1.400,0 5,3 N.D. - - - - 307

CCR BRA 1.170,0 -11,9 305,3 -7,3 45,2 11,4 26,1 361

COPASA BRA 881,6 -16,2 174,5 -6,1 10,7 6,5 19,8 450

SERVIÇOS DE SAÚDE

AMIL BRA 1.848,4 56,3 92,8 202,3 18,2 8,8 5,0 231

GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES MÉX 1.400,0 -5,1 N.D. - - - - 304

GRUPO SALUDCOOP COL 1.330,9 11,1 10,7 1,8 5,5 1,9 0,8 319

GRUPO OMNILIFE MÉX 1.240,0 -4,7 N.D. - - - - 345

HOSPITALES ÁNGELES MÉX 980,0 3,9 N.D. - - - - 423

EMPRESAS BANMÉDICA CHI 965,1 -8,8 47,3 -19,3 22,6 7,4 4,9 430

SIDERURGIA/METALURGIA

TECHINT ARG 22.000,0 -0,4 N.D. - - - - 8

GERDAU BRA 17.932,3 3,8 1.686,1 -15,9 19,5 6,7 9,4 11

TENARIS ARG 12.131,8 20,8 2.124,8 2,3 26,0 14,1 17,5 23

GRUPO ARCELORMITTAL BRA 8.489,9 -2,0 609,9 -64,3 9,1 4,2 7,2 42

TERNIUM ARG 8.464,8 50,3 875,2 -12,1 15,7 8,2 10,3 43

USIMINAS BRA 6.720,8 -13,9 1.379,7 -23,0 21,5 11,7 20,5 59

CSN BRA 5.991,8 -7,2 2.470,8 49,8 86,7 18,3 41,2 63

GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 4.646,1 89,4 95,0 -21,4 11,7 2,0 2,0 87

GERDAU AÇOS LONGOS BRA 4.003,1 -5,0 621,6 17,9 26,3 14,7 15,5 100

MET-MEX PEÑOLES MÉX 3.984,0 -1,2 N.D. - - - - 101

TELECOMUNICAÇÕES

AMÉRICA MÓVIL MÉX 24.988,6 -12,5 4.345,7 -19,0 41,9 13,7 17,4 6

TELEFÔNICA BRA 11.962,3 6,2 N.D. - - - - 26

TELCEL MÉX 9.816,7 -15,6 4.532,5 - - - 46,2 32

TELÉFONOS DE MÉXICO MÉX 8.972,0 -25,1 1.458,7 -55,1 51,3 10,8 16,3 40

TELEMAR BRA 8.017,1 -19,3 493,9 -62,3 12,0 2,8 6,2 47

TELESP BRA 6.837,4 -17,8 1.035,5 -22,4 24,1 12,1 15,1 57

VIVO BRA 6.619,5 -6,1 166,7 397,1 4,7 1,6 2,5 60

TIM PARTICIPAÇÕES BRA 5.597,3 -20,4 77,1 99,7 2,3 1,1 1,4 72

TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 - 400,2 - 7,1 4,2 7,3 73

CLARO TELECOM BRA 4.932,6 4,2 418,0 - 13,1 5,7 8,5 81

TRANSPORTE/LOGÍSTICA

SUDAMERICANA DE VAPORES CHI 4.943,9 19,1 -39,1 -133,4 -4,7 -2,1 -0,8 80

LAN CHI 4.587,2 30,1 339,7 10,2 30,0 6,8 7,4 90

TAM BRA 4.532,3 -1,5 -582,0 -899,5 -216,5 -10,3 -12,8 91

GOL BRA 2.742,7 -2,2 -592,5 -490,8 -106,2 -21,0 -21,6 150

AEROMÉXICO (CINTRA) MÉX 2.100,0 7,9 N.D. - - - - 203

MEXICANA DE AVIACIÓN MÉX 1.780,0 -2,7 N.D. - - - - 240

AVIANCA COL 1.643,2 13,8 20,3 -90,9 6,3 1,7 1,2 260

TRANSPETRO BRA 1.595,5 -17,9 162,2 -16,0 19,3 11,6 10,2 271

EMPRESAS NAVIERAS CHI 1.341,9 27,7 18,3 -10,3 11,9 3,3 1,4 316

COPA AIRLINES PAN 1.288,8 25,5 118,7 -26,7 18,8 6,1 9,2 330

EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VAR. VENDAS 08/07 (%)

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

VAR. LUCRO 08/07 (%) ROE (%) ROA (%) MARGEM LÍQ.

(%)RK

2008

AS MAIORES POR SETOR

134 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 135: Nº 377 Edição Brasil

AS 100 MAIORES DO BRASIL

GINÁSTICA NUMÉRICAVENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL (EM US$ MILHÕES)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

1.739

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4.178M

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2.718

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100.000

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60.000

40.000

20.000

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55.212

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ICA

ÇÕES

SELEÇÃO CANARINHODISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL, POR Nº DE EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

OUTROS

CONSTRUÇÃO

MULTISSETOR

ALIMENTOS

ELETRÔNICA

COMÉRCIO

AGROINDÚSTRIA

ENERGIA ELÉTRICA

TELECOMUNICAÇÕES

PETRÓLEO/GÁS

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS

SIDERURGIA/METALURGIA

19,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

14,0%

9,0%

8,0%

8,0%

9,0%

COMPASSO DE ESPERAO ano de 2008 não foi tão bom quanto se esperava. Mas, com fundamentos só-lidos, as empresas brasileiras poderão reagir tão pronto a economia volte a dar sinais positivos

De todos os dados que poderíamos usar para descrever a partici-pação do Brasil no

Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina, tomamos o mais simples: o número 212. Representa o total de empresas brasileiras no ranking, ou 42,4%. É um bom reflexo da importância das companhias do País em nível latino-americano. Mas também significa um magro crescimento, de apenas uma empresa em relação ao ranking de 2008.

A média de vendas das companhias brasileiras caiu 3,8% se medida em dólares, enquanto a média das empre-sas de toda a região registrou uma leve alta, de 0,1%. Tam-bém reduziu-se o número de companhias do País que apresentaram vendas acima de US$ 1 bilhão: das 186 em 2008 para 171 este ano.

Mas o golpe mais forte sen-tido pelas empresas brasileiras foi a queda no lucro: a média de seu lucro líquido total caiu 70,5%, atrás apenas das com-panhias mexicanas.

Claramente uma das cau-sas desses resultados foi o câmbio. O dólar registrou uma forte valorização frente ao real em 2008, o que fez com que algumas tendências pudessem ser vistas de forma exagerada se comparadas em moeda local.

De fato, um grande per-centual das perdas de algumas companhias brasileiras vem justamente de estimativas equi-vocadas sobre a evolução de sua moeda. Uma situação que se concretizou nos bilhões de dólares em perdas que grandes empresas do Brasil tiveram que reconhecer em seus re-sultados devido a apostas em derivativos denominados em dólares.

Mas se a lista das que mais perderam é dominada por com-panhias do País, com 29 entre 50, o Brasil também lidera a lista de novas no ranking das 500, com 19 das 41 – com destaque para a Quattor, que já entrou na posição 272.

E, apesar do mau momento de 2008, as empresas brasilei-ras mantêm fundamentos sau-dáveis tanto em suas estruturas de financiamento quanto em seus indicadores de liquidez. E os vários movimentos de fusões e aquisições que já se registram em 2009 – como o das empresas Sadia e Perdigão, criando a Brasil Foods – de-monstram que para o ranking de 2010 as brasileiras ainda serão incontestáveis pesos-pesados.

Isso é o que nos permite ser otimistas sobre sua capa-cidade de iniciar uma rápida recuperação à medida que as economias global e doméstica mostrarem sintomas definiti-vos de reação.

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 135

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AS 100 MAIORES DO BRASILSUB-

RK 2008

EMPRESA SETORVENDAS

2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 PETROBRAS Petróleo/Gás 92.049,0 -4,4 14.115,4 26.601,7 125.016,6 59.206,4 3

2 VALE Mineração 30.184,4 -17,4 9.105,5 13.912,0 79.494,9 41.195,8 5

3 PETROBRAS DISTRIBUIDORA Petróleo/Gás 23.930,9 15,5 551,6 820,3 5.159,9 3.157,3 7

4 GERDAU Siderurgia/Metalurgia 17.932,3 3,8 1.686,1 4.236,7 25.267,7 8.629,2 11

5 ODEBRECHT Multissetor 15.193,5 2,1 -357,8 2.005,6 17.799,4 945,0 14

6 GRUPO VOTORANTIM Multissetor 15.011,9 -12,4 N.D. N.D. 56.909,1 10.239,8 16

7 JBS FRIBOI Agroindústria 12.982,6 62,6 11,1 479,4 6.887,6 2.624,9 18

8 ELETROBRÁS Energia elétrica 12.865,4 1,5 2.625,8 3.356,1 59.073,1 36.636,0 19

9 GRUPO ULTRA Petróleo/Gás 12.095,8 7,5 167,0 465,9 4.136,6 1.989,8 24

10 TELEFÔNICA Telecomunicações 11.962,3 6,2 N.D. 4.669,0 N.D. N.D. 26

11 VOLKSWAGEN Automotivo/Autopeças 10.702,8 -10,4 N.D. N.D. 6.599,6 1.713,2 28

12 CARREFOUR Comércio 9.614,9 16,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 35

13 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA Petróleo/Gás 9.605,6 -18,3 137,2 258,1 1.959,3 1.095,2 36

14 BUNGE ALIMENTOS Agroindústria 9.521,1 8,4 0,9 415,4 4.270,4 934,2 37

15 SHELL Petróleo/Gás 9.185,7 -10,6 -209,9 337,8 4.018,8 923,3 38

16 AMBEV Bebidas 8.942,9 -19,4 1.309,1 3.869,7 15.947,8 7.393,3 41

17 GRUPO ARCELORMITTAL Siderurgia/Metalurgia 8.489,9 -2,0 609,9 2.716,7 14.537,4 6.714,5 42

18 GENERAL MOTORS Automotivo/Autopeças 8.329,0 28,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 45

19 TELEMAR Telecomunicações 8.017,1 -19,3 493,9 2.596,5 17.571,7 4.104,0 47

20 FIAT AUTOMÓVEIS Automotivo/Autopeças 7.897,9 -3,4 801,6 1.257,0 3.152,6 602,4 49

21 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR Comércio 7.716,4 -8,3 111,4 561,2 5.795,5 2.314,0 51

22 BRASKEM Petroquímica 7.684,9 -23,0 -1.066,4 1.052,1 9.714,1 1.574,6 52

23 WAL-MART Comércio 7.252,9 -14,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 53

24 NORBERTO ODEBRECHT Construção 7.092,2 46,9 252,0 989,9 6.141,5 1.074,1 54

25 CARGILL Agroindústria 6.853,9 -4,1 -164,0 N.D. 2.490,5 122,2 56

26 TELESP Telecomunicações 6.837,4 -17,8 1.035,5 2.780,0 8.554,6 4.298,5 57

27 GRUPO CAMARGO CORRÊA Multissetor 6.791,0 14,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 58

28 USIMINAS Siderurgia/Metalurgia 6.720,8 -13,9 1.379,7 2.503,7 11.801,5 6.430,9 59

29 VIVO Telecomunicações 6.619,5 -6,1 166,7 1.935,7 10.177,6 3.537,7 60

30 COCA-COLA Bebidas 6.418,5 -5,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 61

31 CSN Siderurgia/Metalurgia 5.991,8 -7,2 2.470,8 4.470,3 13.477,7 2.850,9 63

32 CASAS BAHIA Comércio 5.896,4 -19,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 68

33 TIM PARTICIPAÇÕES Telecomunicações 5.597,3 -20,4 77,1 1.240,7 6.948,9 3.333,5 72

34 NESTLÉ Alimentos 5.369,4 -23,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 76

35 FORD Automotivo/Autopeças 5.350,3 -7,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 77

36 EMBRAER Aeroespacial 5.026,4 -10,8 183,5 641,8 9.199,5 2.554,8 78

37 CLARO TELECOM Telecomunicações 4.932,6 4,2 418,0 1.165,6 7.303,6 3.190,3 81

38 PERDIGÃO Alimentos 4.875,1 30,2 23,3 469,3 4.800,8 1.758,9 82

39 BRASIL TELECOM Telecomunicações 4.833,9 -22,6 440,7 1.677,0 7.561,1 2.670,5 83

40 CEMIG Energia elétrica 4.660,0 -19,4 807,5 1.754,2 10.415,7 4.001,6 86

41 SADIA Alimentos 4.590,8 -5,7 -1.063,3 485,5 5.844,7 175,8 89

42 TAM Transporte/Logística 4.532,3 -1,5 -582,0 508,8 5.658,5 268,8 91

43 CORREIOS E TELÉGRAFOS Serviços gerais 4.449,2 -15,3 342,8 N.D. 2.907,5 1.328,5 93

44 ESSO Petróleo/Gás 4.279,0 -17,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 95

45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI Petróleo/Gás 4.242,3 -10,2 -608,4 -175,9 2.487,8 99,4 96

46 EMBRATEL Telecomunicações 4.183,7 -14,1 262,2 1.042,2 6.497,8 3.572,2 98

47 CPFL ENERGIA Energia elétrica 4.153,1 -21,8 545,9 1.241,3 6.950,4 2.147,5 99

48 GERDAU AÇOS LONGOS Siderurgia/Metalurgia 4.003,1 -5,0 621,6 N.D. 4.222,5 2.359,6 100

49 EXTRA Comércio 3.902,5 -9,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 106

50 USIMINAS IPATINGA Siderurgia/Metalurgia 3.652,2 -12,5 1.390,2 1.225,8 9.821,5 6.465,9 112

136 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 137: Nº 377 Edição Brasil

AS 100 MAIORES DO BRASILSUB-

RK 2008

EMPRESA SETORVENDAS

2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

51 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA Energia elétrica 3.580,0 -20,6 269,1 N.D. 7.790,4 1.482,3 113

52 BUNGE FERTILIZANTES Química/Farmácia 3.411,0 7,6 80,8 N.D. 2.830,6 1.014,6 117

53 GENERAL ELECTRIC Eletrônica 3.361,0 45,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 120

54 GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES Mídia 3.252,7 -13,4 212,5 728,7 3.517,7 1.433,0 125

55 ELETROPAULO Energia elétrica 3.222,0 -20,0 439,5 700,2 5.372,9 1.411,6 127

56 LG Eletrônica 3.096,6 23,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 130

57 HONDA Automotivo/Autopeças 3.027,1 1,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 136

58 LOJAS AMERICANAS Comércio 2.984,6 -7,8 49,9 348,3 2.814,7 137,6 138

59 GRUPO BERTIN Agroindústria 2.835,2 -3,0 -308,7 297,2 4.565,2 1.357,3 146

60 COSIPA Siderurgia/Metalurgia 2.832,9 -15,6 510,1 1.145,3 4.145,6 2.191,1 147

61 GOL Transporte/Logística 2.742,7 -2,2 -592,5 8,4 2.820,8 558,0 150

62 SABESP Serviços básicos 2.717,9 -19,4 431,4 1.168,9 8.781,8 4.489,7 151

63 VOLVO Automotivo/Autopeças 2.713,4 33,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 152

64 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA Eletrônica 2.699,0 28,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 155

65 NEOENERGIA Energia elétrica 2.691,9 -19,7 630,8 1.117,1 6.776,8 3.455,6 156

66 MARFRIG Agroindústria 2.654,6 40,8 -15,2 378,4 3.917,5 1.168,1 158

67 NOKIA Eletrônica 2.647,0 43,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 160

68 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX CST) Siderurgia/Metalurgia 2.634,3 -21,9 496,3 N.D. N.D. 112,7 161

69 VOTORANTIM CIMENTOS Cimento 2.567,8 -21,2 234,3 N.D. 5.700,0 1.302,3 167

70 WHIRLPOOL Eletrônica 2.535,1 -19,6 283,6 442,5 1.645,7 672,8 169

71 FURNAS Energia elétrica 2.469,7 -14,2 194,5 N.D. 8.681,8 5.854,3 173

72 GERDAU AÇOMINAS Siderurgia/Metalurgia 2.365,7 35,4 289,9 N.D. N.D. N.D. 177

73 COPEL Energia elétrica 2.335,8 -23,7 461,6 792,1 5.671,2 3.445,9 178

74 LIGHT Energia elétrica 2.304,9 -18,2 417,0 652,8 4.048,8 1.199,7 183

75 HP BRASIL Eletrônica 2.292,7 14,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 186

76 SOUZA CRUZ Agroindústria 2.268,1 -17,1 534,7 740,7 1.546,3 910,7 187

77 CATERPILLAR Máquinas/Equipamentos 2.251,3 20,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 189

78 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL Agroindústria 2.228,6 -0,3 27,7 N.D. 1.933,1 589,2 194

79 OI CELULAR Telecomunicações 2.228,3 -5,7 261,5 726,6 5.173,1 3.768,5 195

80 ENDESA BRASIL Energia elétrica 2.170,1 -22,4 244,0 736,6 5.010,5 1.794,2 199

81 ENERGIAS DO BRASIL Energia elétrica 2.098,5 -17,6 166,4 583,4 4.480,1 1.516,0 204

82 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES Multissetor 2.083,4 -6,7 29,1 N.D. 5.900,2 325,5 206

83 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO Energia elétrica 2.065,2 -8,0 615,0 1.321,1 8.027,5 5.339,6 209

84 COSAN Alimentos 2.038,2 15,0 -187,8 206,1 4.723,7 1.581,8 212

85 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT Construção 1.995,2 24,2 252,0 N.D. 1.716,8 1.074,1 216

86 UNIPAR Petroquímica 1.965,9 23,7 -65,2 149,1 5.100,3 441,7 220

87 RENAULT Automotivo/Autopeças 1.959,9 -12,0 15,0 N.D. 1.366,6 60,0 221

88 WEG Máquinas/Equipamentos 1.926,4 -9,0 239,8 440,2 2.470,2 932,2 222

89 BASF Química/Farmácia 1.909,4 -13,0 108,2 N.D. 1.514,3 611,4 224

90 MAKRO Comércio 1.861,7 -16,7 42,6 83,0 612,4 181,9 228

91 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ Energia elétrica 1.859,7 -26,2 252,6 460,6 1.973,5 212,8 229

92 COAMO Alimentos 1.853,2 3,1 135,1 N.D. 1.436,2 721,7 230

93 AMIL Serviços de saúde 1.848,4 56,3 92,8 121,8 1.057,0 510,3 231

94 SAMARCO MINERAÇÃO Mineração 1.788,3 30,8 453,5 64,4 2.348,0 254,2 237

95 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA Construção 1.783,7 23,1 129,3 N.D. 1.253,0 666,1 238

96 BOSCH Automotivo/Autopeças 1.741,7 -21,8 N.D. N.D. 1.071,0 N.D. 245

97 SUZANO PAPEL E CELULOSE Celulose/Papel 1.738,8 -9,7 -193,1 628,7 5.544,9 1.598,9 246

98 REDE ENERGIA Energia elétrica 1.709,8 -8,2 87,9 457,4 4.849,9 485,4 249

99 COMGAS Petróleo/Gás 1.706,9 -5,9 220,0 468,2 1.717,0 486,6 250

100 COPERSUCAR Agroindústria 1.682,9 -33,4 N.D. N.D. 1.833,1 110,5 253

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 137

Page 138: Nº 377 Edição Brasil

ESPECIAL MERCADOSFINANCEIROS

23 DE OUTUBRO 2009

NOVEMBRO 2009

DATA DE FECHAMENTO

DATA DE PUBLICAÇÃO

RANKING DE BANCOS:Como já é tradição, a AméricaEconomia publica o Ranking dos 250 maiores bancos e dos 25 melhores bancos da América Latina.

Com uma completa análise de:– Ativos– Depósitos– Empréstimos ativos e vencidos– Efi ciência bancária– Utilidades– Rentabilidade– Liquidez

Além disso, conheça as maiores Administradoras de Fundos de Pensões e companhias de seguros da região.

RANKING DE MINISTROS DE FINANÇAS:Os mais destacados ministros de Finanças da América Latina em um Ranking onde você poderá conhecer:

– Quais os ministros que melhor têm enfrentado a atual crise internacional– A política tributária implementada– Os graus de abertura ao mercado internacional

www.americaeconomia.com.br

Page 139: Nº 377 Edição Brasil

AS 100 MAIORES DO MÉXICO

POTÊNCIA SEGMENTADAVENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO (EM US$ MILHÕES)FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

1.6672.5762.6403.4683.489

3.8804.3106.1468.19112.661

19.61519.95220.833 25.229

30.12131.433

53.704

135.808

CELU

LOSE

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ÍMIC

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160.000

140.000

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0

TELE

COM

UN

ICA

ÇÕES

21.48231.475

68.57855.592

QUEM TEM MAISDISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO, POR Nº DE EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

COMÉRCIO

ELETRÔNICAALIMENTOS

TELECOMUNICAÇÕES

MULTISSETOR

PETROQUÍMICA

MANUFATURA

MINERAÇÃO

CONSTRUÇÃO

OUTROS

BEBIDAS

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS

SIDERURGIAMETALURGIA

17,0%

8,0%7,0%

6,0%

6,0%

4,0%

4,0%

4,0%

18,0%

4,0%

6,0%

7,0%

9,0%

QUASE PESADELO

Já se imaginava. E o ranking do próximo ano tampouco será melhor para essas em-presas, especialmente se

se considerar que a economia do México é a que mais vai se contrair na América Lati-na devido à crise econômica mundial.

Em 2008, as cifras das empresas mexicanas que compõem o Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina começaram a mostrar os efeitos da desaceleração econômica nos Estados Uni-dos, que tomou força desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro. Para se ter uma ideia, no ano passado as em-presas mexicanas registraram uma queda média de 45% em seu lucro.

É preciso levar em con-ta o efeito do câmbio nos resultados expressados em dólares. Em outubro de 2008, o peso começou a despencar, chegando no final do ano a uma desvalorização de 20%. E essa queda ainda não viu o fim, até chegar aos 15,5 pesos por dólar registrados no início de março.

Isso poderia explicar em grande medida a queda de 25% nas vendas da gigante Telé-fonos de México (Telmex), que caiu da posição 21 à 40 do ranking. Se observadas as vendas em pesos, pode-se ve-rificar uma redução percentual dessa queda, para 5%. Em anos anteriores, a valoriza-

ção do peso tinha ajudado a empresa a subir no ranking. Mas, nesse caso, não se pode ter tudo na vida.

Aliás, algumas das em-presas que registraram forte retrocesso em vendas são justamente as exportadoras, que nem mesmo podem se esconder atrás da desculpa do câmbio. As empresas de autopeças Delphi e Nemak (N° 131 e N° 174 do ranking) caíram respectivamente 41% e 20%. E a presença mexicana no ranking se reduz, de 134 empresas em 2007 a 126 em 2008. Uma prova da perda de competitividade da economia mexicana é que, em 2002, o país dominava quase a metade do ranking, com 242 empre-sas, bem mais que as 212 que o Brasil, atual líder, apresenta nesta edição. Mas, salvo um breve repique em 2007, todos os anos seguintes foram de queda para o México.

Mas sempre há ganhado-res, e neste ano um deles é o Grupo Imsa, que subiu quase cem posições, do número 185 ao 87 do ranking. Isso graças à consolidação de Imsa e Hyl-samex – de fato, oficialmente a empresa mudou seu nome para Ternium México, parte do grupo ítalo- argentino Techint. Outras ganhadoras são a empresa de alimentos Danone (N° 247), que regis-trou aumento de 29% em suas vendas, e o Grupo Viz (N° 327), que cresceu 45%.

Depois de um 2008 ruim, as empresas mexicanas continuam perdendo pre-sença entre as maiores companhias da região

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 139

Page 140: Nº 377 Edição Brasil

AS 100 MAIORES DO MÉXICOSUB-

RK 2008

EMPRESA SETORVENDAS

2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 PEMEX Petróleo/Gás 96.074,5 -7,9 -7.906,2 47.776,4 88.696,4 1.936,0 2

2 PEMEX REFINACIÓN Petróleo/Gás 39.733,9 -8,6 -8.669,9 -19.617,7 37.050,0 -1.135,9 4

3 AMÉRICA MÓVIL Telecomunicações 24.988,6 -12,5 4.345,7 10.008,4 31.676,4 10.370,3 6

4 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA Petroquímica 19.675,5 -4,1 164,3 248,8 11.569,0 3.450,2 9

5 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD Energia Elétrica 19.570,0 -5,3 -1.415,8 N.D. 56.950,1 30.196,4 10

6 WAL-MART DE MÉXICO Comércio 17.705,9 -14,1 1.060,8 1.726,9 8.564,2 5.369,7 12

7 CEMEX Cimento 17.581,8 -18,9 164,7 3.524,1 45.083,9 13.785,8 13

8 FEMSA Bebidas 12.146,9 -10,1 484,9 2.223,2 13.377,2 4.975,3 22

9 GENERAL MOTORS DE MÉXICO Automotivo/Autopeças 12.027,0 7,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 25

10 NISSAN MEXICANA Automotivo/Autopeças 10.529,1 4,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 30

11 TELCEL Telecomunicaç ões 9.816,7 -15,6 4.532,5 5.144,6 N.D. N.D. 32

12 CHRYSLER Automotivo/Autopeças 9.120,0 -6,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 39

13 TELÉFONOS DE MÉXICO Telecomunicaç ões 8.972,0 -25,1 1.458,7 4.171,9 13.527,9 2.843,3 40

14 GRUPO ALFA Multissetor 8.399,8 -14,2 -687,7 757,5 8.022,4 2.136,4 44

15 VOLKSWAGEN DE MÉXICO Automotivo/Autopeças 8.140,0 -6,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 46

16 GRUPO BAL Multissetor 7.930,0 2,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 48

17 ORGANIZACIÓN SORIANA Comércio 6.912,6 15,7 124,6 439,8 4.799,4 2.106,0 55

18 COCA -COLA FEMSA Bebidas 5.998,6 -5,4 404,7 1.237,5 7.081,7 4.042,1 62

19 BODEGA AURRERÁ Comércio 5.975,4 -11,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 64

20 GRUPO BIMBO Alimentos 5.951,0 -11,5 312,3 710,6 4.229,5 2.477,0 66

21 FORD MOTOR COMPANY Automotivo/Autopeças 5.885,4 -19,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 69

22 PEMEX PETROQUÍMICA Petroquímica 5.809,5 9,5 -1.354,9 -1.323,8 7.050,0 1.742,9 70

23 HEWLETT-PACKARD MÉXICO Eletrônica 5.704,8 12,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 71

24 TELMEX INTERNACIONAL Telecomunicaç ões 5.494,6 - 400,2 1.293,4 9.607,5 5.624,1 73

25 GRUPO MODELO Bebidas 5.448,2 -18,4 651,7 1.646,8 7.640,7 4.469,2 74

26 GRUPO CARSO Multissetor 5.430,0 -20,9 473,2 628,0 6.585,9 3.314,3 75

27 WAL-MART SUPERCENTER Comércio 4.987,6 -10,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 79

28 SAM’S CLUB Comércio 4.789,3 -16,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 84

29 GRUPO MÉXICO Mineração 4.681,7 -35,7 1.075,5 2.413,1 8.828,4 4.351,2 85

30 GRUPO IMSA (AÇO) Siderurgia/Metalurgia 4.646,1 89,4 95,0 759,4 4.718,6 809,9 87

31 GRUPO SALINAS Multissetor 4.463,2 -13,9 N.D. 906,4 N.D. N.D. 92

32 MET-MEX PEÑOLES Siderurgia/Metalurgia 3.984,0 -1,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 101

33 CONTROLADORA MABE Eletrônica 3.950,0 2,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 104

34 CEMEX MÉXICO Cimento 3.900,0 1,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 107

35 COMERCIAL MEXICANA Comércio 3.853,1 -16,6 -530,9 293,3 3.659,0 1.077,5 108

36 INDUSTRIAS PEÑOLES Mineração 3.833,8 -6,4 489,0 680,7 3.810,7 1.895,1 109

37 ALPEK Petroquímica 3.723,7 -9,1 93,2 232,9 2.890,0 1.701,0 110

38 GRUPO TELEVISA Mídia 3.468,1 -8,9 564,2 1.405,3 8.883,8 3.039,4 114

39 OXXO (FEMSA COMERCIO) Comércio 3.421,2 -11,2 223,3 101,0 1.247,1 N.D. 116

40 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO Energia Elétrica 3.359,2 -21,1 -1.430,4 N.D. 9.973,4 -658,1 121

41 GRUPO PEPSICO Bebidas 3.300,0 -5,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 123

42 EL PUERTO DE LIVERPOOL Comércio 3.274,2 -16,8 255,1 482,4 3.784,4 2.182,3 124

43 GRUPO MASECA Alimentos 3.238,2 -1,3 -888,6 339,7 3.210,3 398,4 126

44 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS Automotivo/Autopeças 3.093,5 -40,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 131

45 CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA Bebidas 3.075,7 -7,8 391,4 654,0 4.756,7 N.D. 132

46 GRUPO ELEKTRA Comércio 3.054,3 -14,8 677,9 373,7 7.422,8 2.381,9 134

47 SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO Eletrônica 3.030,0 4,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 135

48 GRUPO INDUSTRIAL LALA Alimentos 3.000,0 -0,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 137

49 FLEXTRONICS MANUFACTURING Automotivo/Autopeças 2.947,8 34,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 140

50 NESTLÉ DE MÉXICO Alimentos 2.855,0 -1,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 142

140 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 141: Nº 377 Edição Brasil

AS 100 MAIORES DO MÉXICOSUB-

RK 2008

EMPRESA SETORVENDAS

2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

51 MINERA MÉXICO Mineração 2.850,0 -2,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 143

52 INDUSTRIAS CH Siderurgia/Metalurgia 2.839,8 12,8 187,9 365,7 2.577,9 1.546,9 145

53 ALMACENES COPPEL Comércio 2.632,9 -9,6 257,3 433,1 2.586,2 1.302,7 162

54 ALTOS HORNOS DE MÉXICO Siderurgia/Metalurgia 2.581,5 2,9 354,2 808,4 3.816,2 1.347,9 163

55 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES Serviços gerais 2.576,1 1,9 -6,2 -8,4 965,0 504,3 165

56 GENERAL ELECTRIC Eletrônica 2.569,0 7,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 166

57 GRUPO SIMEC Siderurgia/Metalurgia 2.543,8 15,2 145,2 293,0 2.206,8 1.343,3 168

58 IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS Manufatura 2.484,0 -1,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 172

59 NEMAK Automotivo/Autopeças 2.379,4 -19,6 -298,9 248,9 3.158,7 993,3 174

60 GRUPO SANBORNS Comércio 2.335,5 -17,9 154,1 317,1 N.D. N.D. 179

61 IBERDROLA DE MÉXICO Energia Elétrica 2.300,0 -5,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 184

62 MOVISTAR Telecomunicações 2.298,9 10,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 185

63 MEXICHEM Petroquímica 2.266,0 7,5 10,2 381,0 2.397,5 592,3 188

64 GRUPO XIGNUX Multissetor 2.234,7 -17,0 24,3 222,2 1.659,2 393,0 191

65 NACIONAL DE DROGAS Química/Farmácia 2.200,0 -7,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 196

66 GRUPO CONDUMEX Manufatura 2.199,1 -23,7 58,6 N.D. N.D. N.D. 197

67 NEXTEL DE MÉXICO Telecomunicaç ões 2.133,2 19,0 540,8 49,6 N.D. N.D. 200

68 HOME DEPOT Comércio 2.120,0 -7,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 201

69 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO Química/Farmácia 2.110,0 -6,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 202

70 AEROMÉXICO (CINTRA) Transporte/Logística 2.100,0 7,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 203

71 GRUPO VITRO Manufatura 2.097,5 -19,9 -409,2 229,9 2.462,1 136,0 205

72 GRUPO CASA SABA Comércio 2.051,9 -11,3 52,9 83,2 1.061,3 482,8 211

73 PHILIP MORRIS DE MÉXICO Agroindústria 2.035,0 -6,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 213

74 EMPRESAS ICA Construção 1.969,5 -4,4 32,7 212,7 3.766,3 1.016,5 219

75 SIGMA Alimentos 1.886,9 -10,8 -63,1 207,6 1.463,0 425,5 227

76 MEXICANA DE AVIACIÓN Transporte/Logística 1.780,0 -2,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 240

77 DANONE Alimentos 1.720,7 28,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 247

78 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO Celulose/Papel 1.666,5 -15,3 239,4 513,7 1.753,0 629,1 255

79 GRUPO KUO Multissetor 1.662,9 -6,7 -112,4 118,5 1.463,3 391,6 256

80 PHILIPS MEXICANA Eletrônica 1.645,0 -12,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 259

81 DEACERO Siderurgia/Metalurgia 1.620,0 -4,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 267

82 MEGA Comércio 1.582,6 -5,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 273

83 CONSTRUCTORAS ICA Construção 1.551,9 -3,9 42,5 72,1 N.D. N.D. 277

84 TOYOTA Automotivo/Autopeças 1.470,2 -17,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 288

85 EMBOTELLADORAS ARCA Bebidas 1.463,8 -14,0 212,9 340,5 1.554,7 1.051,8 292

86 INDUSTRIAS BACHOCO Agroindústria 1.453,8 -12,8 -39,7 60,6 1.428,0 1.013,0 294

87 NOKIA Eletrônica 1.450,0 3,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 295

88 VITRO ENVASES Manufatura 1.410,0 6,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 302

89 GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES Serviços de saúde 1.400,0 -5,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 304

90 GRUPO VILLACERO Siderurgia/Metalurgia 1.400,0 -4,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 305

91 DESARROLLADORA HOMEX Construção 1.362,8 -8,3 127,1 249,1 2.207,3 825,9 311

92 SEARS Comércio 1.350,0 0,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 313

93 GRUPO CORVI Comércio 1.320,0 7,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 322

94 GRUPO VIZ Alimentos 1.300,0 45,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 327

95 MINAS PEÑOLES Mineração 1.295,0 -4,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 328

96 CORPORACIÓN GEO Construção 1.261,7 -8,0 106,5 232,1 1.817,5 678,0 338

97 SONY DE MÉXICO Eletrônica 1.250,0 11,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 341

98 GRUPO OMNILIFE Serviços de saúde 1.240,0 -4,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 345

99 SIEMENS MÉXICO Eletrônica 1.234,0 4,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 347

100 CORPORATIVO FRAGUA Comércio 1.211,0 -9,3 46,8 56,1 437,9 269,7 351

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 141

Page 142: Nº 377 Edição Brasil

AS 50 MAIORES DO CHILE

DE ONDE VEM O DINHEIRO

MAPA DA MINA

VENDAS POR SETOR, ENTRE AS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE (EM US$ MILHÕES.)

DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE, Nº DE EMPRESAS

FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE

COMÉRCIO

BEBIDAS

CELULOSE/PAPEL

MULTISSETOR

TRANSPORTE/LOGÍSTICA

SIDERURGIA/METALURGIA

TELECOMUNICAÇÕES

ENERGIA ELÉTRICA

MINERAÇÃO

OUTROS

IND

. MA

NU

FATU

REI

RA

BEB

IDA

S

PET

LEO

/GÁ

S

CON

STR

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TELE

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LOSE

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ÚST

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NSP

OR

TE/L

OG

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CA

ENER

GIA

ELÉ

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A

COM

ÉRCI

O

MIN

ERA

ÇÃO

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0

18,0%

4,0%

6,0%

6,0%

6,0%

8,0%

8,0%

12,0%

24,0%

8,0%

1.066 1.2031.3002.5905.2516.907

7.78910.83712.185

15.513

21.942

28.397

40.571

ANO ESTÁVELAs empresas chilenas elevaram suas vendas, mas os lucros caíram. Aumentou a diversifi cação, mas mineração continua a ser o setor principal.

“Besa mi Chile Cobre y Mineral” diz um hino do folclore latino-americano Todas las voces todas,

popularizado pela argentina Mercedes Sosa. Por sorte, o Chile já não é apenas cobre e mineral, setor que registrou uma freada brusca em 2008, principalmente devido à queda do preço do cobre. Prova dis-so é que a média da variação das vendas das 60 empresas chilenas que fazem parte do ranking das 500 maiores em-presas da região foi positivo: uma pequena alta de 1,6% em vendas medidas em dólares, na comparação com o ano anterior. Mas se essas 60 empresas obser-vadas conjuntamente não viram suas vendas caírem, por outro lado sofreram queda no lucro médio, de 12% em 2008.

Mineração, comércio e energia, os três setores chilenos mais importantes no ranking, ti-veram resultados heterogêneos. A mineração, que abarca 14 das 60 empresas do ranking, teve uma queda de vendas média de 13% em 2008. E isso por-que houve casos excepcionais que puxaram esse percentual para cima, como o caso da mineradora não-metálica SQM (ex Soquimich) que registrou um aumento de 51,1% em suas vendas em 2008. Ou o da Minera Spence, de 44,2%. Mas, como são empresas me-nores, não puderam equilibrar a queda de 24,6% da Minera

Escondida, ou a de 15,1% da Codelco.

Já no setor comércio a his-tória é diferente. As dez em-presas do setor que participam do ranking somam vendas de US$ 29,25 bilhões, 2% a mais do que em 2007. Isso principal-mente graças ao salto de dois de seus maiores expoentes: Cencosud, que integrou algu-mas aquisições internacionais a seus resultados, e Falabella, que subiu graças à sua operação no Peru. Se não fosse por isso, o setor teria registrado um ano negativo.

O setor de energia elétrica é o que melhor fechou 2008. Apesar de o Chile não contar com uma matriz elétrica di-versificada nem segura, suas maiores empresas se viraram para incrementar suas vendas em 10% durante 2008. A Ener-sis é a mais bem sucedida. Não apenas suas vendas subiram em 2008 como seu lucro passou de US$ 380 milhões para US$ 907 milhões.

Individualmente, a com-panhia aérea LAN continua um caso digno de se acom-panhar de perto: a companhia controlada pela família Cueto incrementou suas vendas em 30,1%, chegando a US$ 4,94 bilhões, com o que oficialmente se transforma pela primeira vez na maior companhia aérea da América Latina. E a mais rentá-vel, com um ROE que chegou a 30% em 2008.

142 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 143: Nº 377 Edição Brasil

AS 50 MAIORES DO CHILESUB-

RK 2008

EMPRESA SETOR VENTAS 2008 US$ MILLONES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 CODELCO Mineração 14.424,8 -15,1 1.566,8 N.D. 13.706,7 3.875,7 17

2 EMPRESAS COPEC Multissetor 12.818,2 3,9 603,1 1.394,2 11.855,9 7.656,3 20

3 ENAP Petróleo/Gás 12.185,2 35,1 -957,8 N.D. 4.872,1 261,3 21

4 ENERSIS Energia Elétrica 10.570,9 11,8 907,4 4.045,3 22.888,9 5.876,9 29

5 CENCOSUD Comércio 9.745,8 27,8 254,5 709,8 8.773,6 3.705,0 33

6 ESCONDIDA Mineração 7.760,2 -24,6 3.570,3 4.619,6 7.203,9 3.142,5 50

7 FALABELLA Comércio 5.924,5 3,6 321,1 689,3 7.025,2 2.786,6 67

8 SUDAMERICANA DE VAPORES Transporte/Logística 4.943,9 19,1 -39,1 -97,2 1.884,1 833,9 80

9 LAN Transporte/Logística 4.587,2 30,1 339,7 727,3 4.962,1 1.131,0 90

10 ENDESA Energia Elétrica 3.960,5 13,7 703,5 1.821,1 11.353,1 3.758,5 103

11 ARAUCO Celulose/Papel 3.689,1 3,3 478,7 598,0 8.853,8 5.623,2 111

12 D&S Comércio 3.397,5 -11,6 33,4 260,5 2.690,2 989,0 118

13 ANTOFAGASTA PLC Mineração 3.372,6 -11,9 1.706,5 1.899,8 7.954,9 6.432,6 119

14 CMPC PAPELES Y CARTONES Celulose/Papel 2.978,7 -7,9 205,8 631,5 7.655,9 5.166,9 139

15 CGE Energia Elétrica 2.900,1 11,8 169,5 415,9 4.790,1 1.243,8 141

16 COLLAHUASI Mineração 2.650,3 -17,9 1.146,5 1.410,0 2.991,2 1.662,7 159

17 MOLYMET Siderurgia/Metalurgia 2.505,9 -5,6 71,2 161,3 1.162,6 497,9 171

18 LOS PELAMBRES Mineração 2.170,3 -18,3 1.020,9 1.426,6 2.866,0 1.826,1 198

19 ANGLO AMERICAN SUR Mineração 2.000,3 -12,8 864,1 3.006,9 2.109,4 214

20 MALL PLAZA Comércio 2.000,0 - N.D. N.D. N.D. N.D. 215

21 CAP Siderurgia/Metalurgia 1.994,7 26,0 296,4 424,9 2.513,5 1.051,4 217

22 SQM Mineração 1.794,8 51,1 507,3 752,1 2.597,2 1.480,2 235

23 SODIMAC Mineração 1.763,8 -9,5 64,8 76,0 832,7 344,3 241

24 CHILECTRA Energia Elétrica 1.718,3 6,3 409,7 313,6 2.512,2 1.697,1 248

25 ENTEL Telecomunicaç ões 1.695,9 -6,8 244,0 672,4 2.318,9 1.159,4 251

26 AES GENER Energia Elétrica 1.641,4 11,5 138,3 375,3 3.767,6 2.018,5 262

27 RIPLEY Comércio 1.629,8 -14,1 43,8 155,1 2.047,2 1.082,9 265

28 XSTRATA COPPER CHILE S.A. Mineração 1.485,2 20,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 284

29 ENAMI Mineração 1.481,5 11,8 54,8 N.D. 1.300,8 737,4 285

30 FASA Comércio 1.469,4 -14,6 1,2 49,8 684,9 119,8 289

31 EMBOTELLADORA ANDINA Bebidas 1.346,8 4,9 150,7 281,5 958,4 550,4 314

32 EMPRESAS NAVIERAS Transporte/Logística 1.341,9 27,7 18,3 49,2 560,6 153,3 316

33 HUACHIPATO Siderurgia/Metalurgia 1.305,2 48,7 141,1 277,3 1.098,5 777,5 325

34 AGROSUPER Agroindústria 1.300,0 -13,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 326

35 MOVISTAR Telecomunicações 1.293,3 -14,7 137,0 321,0 1.381,6 744,9 329

36 SANTA ISABEL Comércio 1.243,3 -16,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 343

37 CCU Bebidas 1.242,7 -1,9 131,3 280,8 1.705,5 788,8 344

38 JUMBO Comércio 1.223,0 -11,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 349

39 SIGDO KOPPERS Construção 1.203,1 -3,2 60,9 209,9 1.803,2 514,6 352

40 QUIÑENCO Multissetor 1.173,4 -16,6 358,1 250,2 3.866,3 2.044,2 359

41 ENTEL PCS Telecomunicaç ões 1.172,3 -8,1 210,8 341,9 1.254,1 505,4 360

42 MINERA SPENCE Mineração 1.168,5 44,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 362

43 MINERA VALPARAÍSO Multissetor 1.161,7 -8,4 119,0 47,2 5.634,1 2.523,4 363

44 CANDELARIA Mineração 1.151,4 -17,6 374,4 549,3 926,4 567,2 365

45 COLBÚN Energia Elétrica 1.150,5 -5,7 45,8 220,6 4.074,9 2.564,9 366

46 CMPC CELULOSA Celulose/Papel 1.121,3 -20,1 182,6 N.D. 1.880,9 1.066,1 375

47 MINERA EL ABRA Mineração 1.110,9 -7,5 322,9 507,3 943,3 755,1 378

48 MADECO Siderurgia/Metalurgia 1.101,5 -14,5 154,5 87,4 876,9 659,9 381

49 TELEFÓNICA CHILE Telecomunicaç ões 1.089,3 -14,6 28,0 432,2 2.831,2 1.514,1 385

50 MASISA Manufatura 1.065,9 10,4 44,1 155,1 2.304,0 1.278,8 397

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 143

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SUB-RK

2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008

US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 ECOPETROL Petróleo/Gás 15.053,9 37,8 5.164,8 6.554,5 21.629,1 15.374,9 15

2 ALMACENES ÉXITO Comércio 3.164,3 -6,5 68,3 241,2 2.646,5 1.512,7 128

3 ORGANIZACIÓN TERPEL Petróleo/Gás 2.822,6 5,3 54,8 123,8 1.069,3 528,8 148

4 REFINERÍA DE CARTAGENA Petróleo/Gás 2.790,0 71,7 -13,9 47,3 1.381,5 1.155,4 149

5 COMCEL Telecomunicações 2.580,6 -4,5 483,8 1.185,1 3.343,6 1.856,9 164

6 CARBONES DEL CERREJÓN Mineração 2.367,0 57,9 600,7 1.056,3 1.813,3 1.299,3 175

7 EXXONMOBIL Petróleo/Gás 2.366,6 -2,9 25,4 N.D. 492,9 210,0 176

8 GRUPO BAVARIA Multissetor 2.322,0 -5,3 266,8 842,0 4.638,9 2.237,8 180

9 TELEFÓNICA COLOMBIA Telecomunicações 1.912,7 -7,1 -72,0 664,0 4.340,0 2.208,8 223

10 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES Alimentos 1.780,7 5,5 132,8 253,1 2.370,0 1.714,7 239

11 GRUPO ARGOS Cimento 1.752,1 -5,4 372,6 1.200,0 5.950,3 2.413,2 243

12 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN Serviços básicos 1.692,1 9,8 591,4 748,2 8.188,9 6.604,4 252

13 AVIANCA Transporte/Logística 1.643,2 13,8 20,3 133,0 1.168,7 323,6 260

14 BAVARIA Bebidas 1.635,1 -9,2 273,6 N.D. 4.154,5 2.135,6 263

15 CHEVRON PETROLEUM COMPANY Petróleo/Gás 1.423,5 11,7 78,4 N.D. 631,5 230,8 298

16 CARREFOUR Comércio 1.407,5 1,3 50,3 N.D. 1.379,8 861,9 303

17 DRUMMOND Mineração 1.390,7 21,9 152,2 309,7 1.716,1 1.372,9 308

18 GRUPO SALUDCOOP Serviços de saúde 1.330,9 11,1 10,7 82,9 575,9 195,1 319

19 GENERAL MOTORS COLMOTORES Automotivo/Autopeças 1.283,7 -32,4 95,8 N.D. 708,2 286,6 332

20 GRUPO ISA Energia Elétrica 1.181,1 -14,4 105,1 N.D. 62.814,3 2.194,4 356

AS 20 MAIORES DA ARGENTINA

AS 20 MAIORES DA COLÔMBIA

SUB-RK

2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008

US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 TECHINT Siderurgia/Metalurgia 22.000,0 -0,4 N.D. N.D. 28.208,0 N.D. 8

2 TENARIS Siderurgia/Metalurgia 12.131,8 20,8 2.124,8 3.560,8 15.100,7 8.176,6 23

3 YPF Petróleo/Gás 10.050,4 9,5 1.049,0 3.296,8 11.262,0 5.866,3 31

4 TERNIUM Siderurgia/Metalurgia 8.464,8 50,3 875,2 N.D. 10.671,1 5.561,4 43

5 CARGILL Agroindústria 5.970,2 26,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 65

6 PETROBRAS ENERGÍA Petróleo/Gás 4.373,2 3,0 223,6 925,6 6.665,7 2.578,4 94

7 BUNGE Agroindústria 4.190,0 44,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 97

8 CENCOSUD Comércio 3.318,0 16,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 122

9 CARREFOUR Comércio 3.124,0 27,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 129

10 TELECOM Telecomunicações 3.057,1 6,8 276,9 959,7 2.780,7 1.158,5 133

11 ACEITERA GENERAL DEHEZA Agroindústria 2.506,0 79,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 170

12 SIDERAR Siderurgia/Metalurgia 2.320,3 14,8 393,9 514,5 2.814,1 2.076,0 181

13 MOLINOS RÍO DE LA PLATA Agroindústria 2.307,8 29,3 59,8 190,6 1.068,4 337,3 182

14 MOVISTAR Telecomunicações 2.234,1 12,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 192

15 VOLKSWAGEN Automotivo/Autopeças 2.233,4 6,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 193

16 CTI Telecomunicações 2.076,3 12,5 558,9 704,1 N.D. N.D. 207

17 ARCOR Alimentos 2.064,7 11,8 56,4 N.D. 1.338,4 400,0 210

18 SHELL CAPSA Petróleo/Gás 1.889,0 7,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 226

19 FORD Automotivo/Autopeças 1.822,9 -0,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 233

20 DISCO Comércio 1.816,9 28,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 234

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 145

Page 146: Nº 377 Edição Brasil

AS 10 MAIORES DO PERU

AS 5 MAIORES DA VENEZUELA

AS 5 MAIORES DA AMÉRICA CENTRALSUB-

RK 2008

EMPRESA PAÍS SETOR VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008

US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 RECOPE C.RI Petróleo/Gás 2.706,8 23,6 107,2 N.D. N.D. N.D. 154

2 INTEL C.RI Eletrônica 2.074,0 -15,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 208

3 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos 1.985,1 14,8 1.017,2 1.503,4 4.608,8 4.360,4 218

4 GRUPO ICE C.RI Serviços básicos 1.400,0 5,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 307

5 COPA AIRLINES PAN Transporte/Logística 1.288,8 25,5 118,7 281,5 1.954,2 632,4 330

AS 500 MAIORES POR PAÍSNº DE EMPRESAS POR PAÍS RK 500FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

0 50 100 150 200 250

2008

2007

211BRASIL134MÉXICO

55CHILE36ARGENTINA

31COLÔMBIA15PERU

7VENEZUELA6AMÉRICA CENTRAL

3EQUADOR2URUGUAI

212BRASIL

126MÉXICO

80CHILE

35ARGENTINA

28COLÔMBIA

21PERU

7VENEZUELA

6AMÉRICA CENTRAL

3EQUADOR

2URUGUAI

SUB-RK

2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008

US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 REPSOL YPF PERÚ Petróleo/Gás 3.979,0 25,6 -79,2 -35,5 885,2 221,2 102

2 MINERA ANTAMINA Mineração 2.846,1 -5,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 144

3 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. Mineração 2.711,5 -14,7 1.092,4 1.611,2 1.921,6 1.391,4 153

4 PETROPERÚ Petróleo/Gás 2.664,3 7,0 91,3 N.D. N.D. 389,0 157

5 TELEFÓNICA DEL PERÚ Telecomunicaç ões 2.246,7 52,9 156,6 877,8 3.695,0 1.281,1 190

6 MINERA CERRO VERDE Mineração 1.835,9 2,3 718,4 1.184,9 1.983,6 1.324,2 232

7 MINERA YANACOCHA Mineração 1.623,7 43,4 463,8 883,4 1.911,6 1.227,0 266

8 PERUPETRO Petróleo/Gás 1.518,3 29,3 N.D. -1,3 63,6 0,6 279

9 BARRICK MISQUICHILCA Mineração 1.365,2 24,1 659,1 1.108,3 2.179,7 1.723,3 310

10 DOE RUN Mineração 1.245,5 -1,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 342

SUB-RK

2008EMPRESA SETOR VENDAS 2008

US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 08/07

(%)

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2008

US$ MILHÕES

RK 2008

1 PDVSA Petróleo/Gás 126.364,0 30,1 9.413,0 9.356,0 131.832,0 71.513,0 1

2 PEQUIVEN Petroquímica 9.690,0 49,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 34

3 CANTV Telecomunicações 4.594,3 18,7 679,6 493,9 5.534,6 2.059,4 88

4 MOVISTAR Telecomunicações 3.903,0 10,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 105

5 SIVENSA Siderurgia/Metalurgia 1.178,7 35,9 153,9 175,0 1.985,2 1.397,4 357

146 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 147: Nº 377 Edição Brasil

AS

QU

E M

AIS

SU

BIR

AM

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS RK

2008

QUANTOSPOSTOSAVANÇA

1 CARBONES DEL CERREJÓN COL 175 306

2 NOKIA BRA 160 204

3 CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA 270 165

4 NEXTEL BRA 320 159

5 AMIL BRA 231 149

6 HUACHIPATO CHI 325 148

7 ACEITERA GENERAL DEHEZA ARG 170 147

8 SQM CHI 235 146

9 GRUPO VIZ MÉX 327 144

10 MINERA YANACOCHA PER 266 130

11 SUPERMERCADOS LA FAVORITA EQU 346 130

12 SIVENSA VEN 357 123

13 ITAIPU BINACIONAL BR/PA 115 121

14 PEQUIVEN VEN 34 113

15 TELEFÓNICA DEL PERÚ PER 190 109

16 EMPRESAS NAVIERAS CHI 316 107

17 GRUPO IMSA (AÇO) MÉX 87 98

18 LA FONTE PARTICIPAÇÕES BRA 299 98

19 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA 377 98

20 BARRICK MISQUICHILCA PER 310 97

21 COPA AIRLINES PAN 330 97

22 ALICORP PER 358 95

23 BRIDGESTONE FIRESTONE BRA 376 92

24 SAMARCO MINERAÇÃO BRA 237 91

25 GERDAU AÇOMINAS BRA 177 90

26 DANONE MÉX 247 90

27 PATAGONIA ARG 412 87

28 MOVISTAR PER 398 84

29 MARFRIG BRA 158 83

30 DRUMMOND COL 308 83

31 CONECEL EQU 396 81

32 AVON BRA 254 80

33 ALUAR ARG 414 77

34 BUNGE ARG 97 75

35 DISCO ARG 234 75

36 GENERAL ELECTRIC BRA 120 74

37 MOVISTAR COL 367 73

38 CAP CHI 217 72

39 VOLVO BRA 152 71

40 HERINGER FERTILIZANTES BRA 281 71

41 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA 216 70

42 DANONE ARG 354 70

43 FLEXTRONICS MANUFACTURING MÉX 140 68

44 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA 238 68

45 ACINDAR ARG 374 68

46 UNIPAR BRA 220 67

47 GRUPO CLARÍN ARG 257 64

48 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA BRA 155 63

49 CARREFOUR ARG 129 58

50 GRUPO SALUDCOOP COL 319 58

AS

QU

E M

AIS

CA

ÍRA

M

SUB-RK

2008EMPRESA PAÍS RK

2008

QUANTOSPOSTOS

RETROCEDE

1 SUZANO PETROQUÍMICA BRA 489 179

2 SIEMENS BRASIL BRA 300 148

3 CARAÍBA METAIS BRA 401 129

4 GRUPO SCHINCARIOL BRA 419 116

5 ULTRAGAZ BRA 379 113

6 ALBRAS BRA 444 113

7 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS BRA 370 109

8 COTEMINAS BRA 312 99

9 GENERAL MOTORS COLMOTORES COL 332 94

10 PARANAPANEMA BRA 283 87

11 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN COL 252 85

12 ELETRONORTE BRA 258 83

13 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 153 81

14 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES BRA 206 80

15 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL BRA 333 80

16 COPERSUCAR BRA 253 73

17 GRUPO XIGNUX MÉX 191 71

18 CANDELARIA CHI 365 69

19 COMPREBEM BRA 382 64

20 ARACRUZ CELULOSE BRA 274 63

21 CPFL PIRATININGA BRA 467 63

22 DOW BRASIL BRA 269 62

23 CMPC CELULOSA CHI 375 62

24 CBA BRA 340 59

25 DUPONT BRASIL BRA 383 59

26 AXTEL MÉX 460 57

27 SOTREQ BRA 485 56

28 ELECTROLUX DO BRASIL BRA 403 54

29 PARIS CHI 463 51

30 SENDAS DISTRIBUIDORA BRA 339 49

31 GRUPO FAMSA MÉX 395 49

32 BANDEIRANTE ENERGIA BRA 449 48

33 COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ BRA 229 47

34 QUIÑENCO CHI 359 47

35 WHIRLPOOL MÉXICO MÉX 391 47

36 EDITORA ABRIL BRA 468 47

37 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS MÉX 131 46

38 LIQUIGÁS BRA 408 45

39 SANTA ISABEL CHI 343 43

40 GRUPO PALACIO DE HIERRO MÉX 437 43

41 GRUPO CONTINENTAL MÉX 443 43

42 BOSCH BRA 245 40

43 KRAFT FOODS BRA 433 40

44 MINERA ZALDÍVAR CHI 454 40

45 TRANSPETRO BRA 271 39

46 MARTINS DISTRIBUIÇÃO BRA 276 39

47 INFRAERO BRA 410 39

48 GRUPO CONDUMEX MÉX 197 38

49 CICSA MÉX 421 38

50 PONTO FRIO - GLOBEX BRA 268 37

MOVIMENTOS NO RANKING

JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 147

Page 148: Nº 377 Edição Brasil

AS

NO

VA

S

SOMA DE FORÇAS DE ONDE VENHOVENDAS DAS NOVAS EMPRESAS, REUNIDAS POR PAÍS (TOTAL: US$ 48,29 BILHÕES) DISTRIBUIÇÃO TOTAL DOS NOVOS PARTICIPANTES DO RANKING, SOBRE UM TOTAL DE 41 EMPRESASFONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

ARG

Milh

ões

de d

ólar

es

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0 BRA CHI COL MÉX PER VEN

797

19.839

7.5076.037 5.495

7.773

852

BRASIL

ARGENTINA

CHILE

COLÔMBIA

MÉXICO

PERU

VENEZUELA

46,3%

2,4%

14,6%

12,4%

2,4%

19,5%

2,4%

MOVIMENTOS NO RANKINGSUB-RK

2008 EMPRESA PAÍS VENDAS 2008 US$ MILHÕES RK 2008

1 TELMEX INTERNACIONAL MÉX 5.494,6 73

2 REFINERÍA DE CARTAGENA COL 2.790,0 149

3 MALL PLAZA CHI 2.000,0 215

4 QUATTOR PARTICIPAÇÕES BRA 1.585,8 272

5 PERUPETRO PER 1.518,3 279

6 XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI 1.485,2 284

7 AMERICEL BRA 1.477,7 286

8 GASPETRO BRA 1.468,3 290

9 MC DONALD`S BRA 1.412,1 301

10 ALCOA BRA 1.287,0 331

11 GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA 1.270,6 335

12 SCANIA BRA 1.201,7 353

13 MINERA SPENCE CHI 1.168,5 362

14 AJE GROUP PER 1.090,0 384

15 VRG-LINHAS AÉREAS BRA 1.089,2 386

16 CONSORCIO MINERO CORMIN PER 1.011,7 415

17 EQUATORIAL BRA 1.003,9 418

18 INTEROCEÁNICA CHI 983,7 422

19 FALABELLA PERÚ PER 978,1 424

20 WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS BRA 972,7 426

21 SALFACORP CHI 965,5 429

22 HOCOL COL 952,8 431

23 CMPC TISSUE CHI 903,7 446

24 CEG BRA 863,7 453

25 PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PER 857,4 455

26 ELÉCTRICA DE CARACAS VEN 851,6 456

27 CARAMURU BRA 845,9 457

28 ELECTRICARIBE COL 809,5 474

29 UCP BACKUS & JOHNST PER 809,3 475

30 C. VALE BRA 800,8 478

31 EASY ARG 796,6 480

32 IOCHPE-MAXION BRA 782,1 481

33 BRETAS SUPERMERCADOS BRA 778,1 483

34 BUENAVENTURA PER 766,6 488

35 PREZUNIC SUPERMERCADOS BRA 763,5 491

36 CONTAX BRA 759,4 492

37 PETROBRAS COL 752,1 494

38 GAFISA BRA 744,7 496

39 FERREYROS PER 741,8 497

40 OCCIDENTAL DE COLOMBIA COL 732,8 498

41 DMA DISTRIBUIDORA BRA 731,8 499

148 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Page 149: Nº 377 Edição Brasil

Os países incluídos no

ranking são Argen-

tina, Bolívia, Brasil,

Chile, Colômbia,

Costa Rica, Equador, El Sal-

vador, Guatemala, Honduras,

México, Nicarágua, Panamá,

Paraguai, Peru, Porto Rico,

República Dominicana, Uru-

guai e Venezuela. As cifras

foram reunidas e verificadas

por AméricaEconomia In-

telligence de fontes oficiais

e bolsas de valores, no caso

de empresas abertas. No

caso de empresas de capital

fechado, as informações fo-

ram solicitadas através de um

questionário. Em situações

excepcionais, devidamente

indicadas, foram considerados

dados de fontes secundárias

ou estimativas próprias base-

adas em informações públicas

ou de mercado. Os números

correspondem ao exercício

terminado em dezembro

de 2008, salvo indicações

diferentes.

POSIÇÕES

A ordem do ranking é de-

terminada pelo montante de

vendas líquidas em dólares,

em dezembro de 2008. Os

números correspondentes

a dezembro de 2008 foram

revisados e corrigidos sobre

a base de informação dispo-

nível atualizada. Por isso, as

posições das empresas no não

de 2008 podem ser diferentes

das apresentadas na edição do

ranking do não passado

ESTADOS

FINANCEIROS

O ranking busca padronizar ao

máximo a informação contábil

publicada na região, o que

nem sempre é possível. Por

isso, recomendamos atenção

à interpretação de indicadores

como lucro, vendas e patri-

mônio em países com taxas

de inflação significativas,

já que as empresas não são

obrigadas a apresentar o ajuste

ou correção monetárias destes

conceitos.

CONSOLIDAÇÃO

A informação registrada no

ranking de empresas abertas

ou em bolsa corresponde, em

geral, a balanços que conso-

lidam as operações da matriz

com as de suas filiais no país

e no exterior, e que adicio-

nalmente utilizam correção

monetária.

AS VENDAS

Estas são registradas livres

de impostos e devoluções,

seguindo a tendência in-

ternacional a este respeito.

Algumas exceções a este

critério continuam nos casos

em que não foi possível obter

a informação padrão.

CONVERSÃO

A DÓLARES

A conversão em dólares dos

indicadores expostos neste

ranking foi feita com base no

câmbio do último dia útil de

2008 para cada moeda.

VARIAÇÃO DE

VENDAS 2008-2007

As variações anuais de vendas

são nominais, em dólares cor-

rentes, e devem ser analisadas

levando-se em consideração

a valorização ou depreciação

das moedas locais em relação

ao dólar, assim como os níveis

de inflação em cada país.

PROPIEDADE E

SETOR

A definição de propriedade

corresponde ao critério de

acionista majoritário no fim

de 2008. Para a classificação

setorial, no entanto, foi con-

siderada a atividade que é do-

minante em termos de vendas

em cada companhia.

FONTES

As fontes de informação usa-

das para construir o ranking

foram as próprias empresas,

seus sites , organismos ofi-

ciais (como as comissões de

valores mobiliários de cada

país), além da Economática.

Também foram utilizadas in-

formações das alfândegas dos

países que tiveram empresas

incluídas no ranking para de-

terminar as exportações.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos às instituições

oficiais, à Economática e, em

especial, a todas as empresas

que colaboraram com nossa

pesquisa.

ASSIM FAZEMOS AS 500

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 149

Page 150: Nº 377 Edição Brasil

DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS

150 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

PARA ONDE VÃO?Os governos da região escolhem suas armas contra as amargas cifras econômicas projetadas para 2009. Como sairão dessa? Soledad Gómez, Santiago

Principais indicadores macro do Brasil

MURO DE ARRIMO

DESTA VEZ, NEM TÃO BEM

FONTE: MINISTÉRIO DA ECONOMIA DA ARGENTINA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: IBGE E BANCO CENTRAL DO BRASIL • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

JAN 08

JAN 08

12

8,7

7,1

9,8

8,5

5,9

1,6

MAR 08

MAR 08

MAI 08

MAI 08

15

12

9

6

3

0

12

-6

-12

-18

6

0

JUL 08

JUL 08

SET 08

SET 08

NOV 08

NOV 08

JAN 09

JAN 09

MAR 09

MAR 09

MAI09

MAI 09

PROJEÇÕES

PROJEÇÕES

ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO

4,5 5,6

-14,8

-5

7,88,9

6,4

ATIVIDADE INDUSTRIAL

DESEMPREGO URBANO

INFLAÇÃO

Os fundos das AFJP (administradora de apo-

sentadorias) parecem ser insu-ficientes para melhorar o índice de atividade econômica (Emae), que desce a ladeira e fechou fevereiro deste ano a 2,6%.Espera-se que no segundo semestre o PIB entre em ter-reno negativo, para fechar o ano com variação de -2,4%.

A crise financeira do último trimestre de 2008

afetou o setor industrial rapida-mente, que chegou a cair 14,8% no início de 2009. Apesar da rápida reação das autoridades, que atacaram com medidas de fomento fiscal, o PIB para 2009 deverá ser timidamente positi-vo, com um avanço de 0,5%.

Principais indicadores macro da Argentina

Page 151: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 151

Principais indicadores macro do Chile

Principais indicadores macro da Colômbia

Principais indicadores macro da Costa Rica

EXIJO UMA EXPLICAÇÃO!

REALISMO NADA FANTÁSTICO

SEM DESEMPREGO

FONTE: INE E BANCO CENTRAL DO CHILE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: BANCO CENTRAL DA COLÔMBIA E DANE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: BANCO CENTRAL DA COSTA RICA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

JAN 08 MAR 08 MAI 08

12

9

6

3

0

-3

-6JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

PROJEÇÕES

9,9

7,5

2,8

-3,1

11,1

5,3

ATIVIDADE IMACEC

DESEMPREGO MÊS

INFLAÇÃO

JAN 08

JAN 08

MAR 08

MAR 08

MAI 08

MAI 08

18

18

15

12

9

6

3

0

-3

-6

-9

12

6

0

-6

-12

-18JUL 08

JUL 08

SET 08

SET 08

NOV 08

NOV 08

JAN09

JAN 09

MAR 09

MAR 09

MAI 09

MAI 09

PROJEÇÕES

PROJEÇÕES

10,5

15,3

4,6

-2,4

-12,9

ATIVIDADE INDUSTRIAL

DESEMPREGOINFLAÇÃO

ATIVIDADE IMAE

INFLAÇÃO

10,6

-5,7

0,2

9,116,3

8,5

A economia mais compe-titiva da região segundo

o WEF não conseguiu contornar a crise internacional. Seu indica-dor mensal de atividade está há 6 meses no vermelho e chegou a -4,6% em abril. Estima-se que em setembro a desocupação chegará a 12% e terminará 2009 com uma queda de 0,4%.

Apesar de colher elogios nos últimos anos pelas

conquistas em matéria econô-mica, o governo de Álvaro Uribe fechou 2008 com modestos, mas honrados, 3,2% de crescimento econômico. Este ano, estima-se que este alcance apenas 0,5%.

A crise parece não ter durado muito na Costa

Rica. O indicador de atividade (Imae) registrou um ritmo menor de queda já em abril, com -4,9%.O país deverá acelerar o pas-so no segundo semestre, mas ainda assim não o suficiente para evitar a recessão. Estima-tiva para o PIB 2009: -1,6%.

Page 152: Nº 377 Edição Brasil

DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS

152 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Principais indicadores macro do Equador

Principais indicadores macro do Panamá

Principais indicadores macro do México

A “CORREAÇOS”

FÉ NO COMÉRCIO MUNDIAL

UM ANTIVIRAL, POR FAVOR

FONTE: BANCO CENTRAL DO EQUADOR • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: CONTRALORIA DE PANAMÁ • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: BANCO DE MÉXICO E INE MÉXICO • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

6,4

-2,6

7,6

9,99,3

6,1

-0,4

12

9

6

3

0

-3

-6

12

6

3

0

-3

-6

-9

-12

PROJEÇÕES

ATIVIDADEDESEMPREGO

INFLAÇÃO

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

7,2

6,5

-10,4

-3,

5,8

5,5

PROJEÇÕES

ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

8,7

10

2,5

0,2

6,36,5

12,2

15

10

5

0

PROJEÇÕES

ATIVIDADEDESEMPREGOINFLAÇÃO

Com esforço, o governo equatoriano buscou

eliminar as diferenças com cre-dores e lançou um programa de recompra para os polêmicos bô-nus Global 2012 e 2030. Espe-ra-se que este ano a economia equatoriana se retraia 3,3%.

O novo presidente Ricardo Martinelli herda a promes-

sa do governo anterior de aumentar o déficit fiscal de 1% a 3% para evitar que o crescimento caia abaixo dos 3%. Depois de registrar 9,2% em 2008, as estimativas são de que em 2008 a variação do PIB não supere os 2,4%.

A crise nos EUA ajudou a elevar a taxa de desem-

prego acima do tradicional teto de 5%. E quando as projeções já eram sombrias, a influenza sacudiu ainda mais a economia. Com esforço, o México poderá limitar a contração a 4,2%.

Page 153: Nº 377 Edição Brasil

Principais indicadores macro da VenezuelaIDEAL BOLIVARIANO EM CONTRAÇÃOFONTE: BANCO CENTRAL DA VENEZUELA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

40

15

10

5

0

-5

-10

-15

-20

20

30

20

10

0

-10

-20

-30

-40

PROJEÇÕES

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

22

10,2

5,0 4,1 3,29,5

8,27,2

33,726,2

ATIVIDADE MANUFATUREIRA

DESEMPREGO

INFLAÇÃO

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 153

Principais indicadores macro do Uruguai

Principais indicadores macro do Peru

NA MONTANHA RUSSA

O MELHOR DA REGIÃO, AINDA

FONTE: CONTRALORIA DO URUGUAI E INE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

FONTE: BANCO CENTRAL DE RESERVA DO PERU • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

11,6

9,8

4,1

3,5

15

12

9

6

3

0

PROJEÇÕES

ATIVIDADE

DESEMPREGOIINFLAÇÃO

40

32

24

16

8

0

-8

-16

PROJEÇÕES

JAN 08 MAR 08 MAI 08 JUL 08 SET 08 NOV 08 JAN 09 MAR 09 MAI 09

12,5 11

6,4

-1,6

-9,1

34,2

ATIVIDADE MANUFATUREIRA

DESEMPREGOINFLAÇÃO

Em abril, e pela primei-ra vez em oito anos, a

economia peruana se contraiu (2,01%). Mas as estimativas permanecem otimistas, indi-cando que o Peru poderá ter o melhor desempenho da região, com um PIB de 3,1% em 2009.

A economia uruguaia decepcionou no primeiro

trimestre do ano, ao cair mais que os 2% esperados, com queda de 2,9%. Apesar do crescimento de 8,9% em 2008, o Uruguai entrará em recessão e terminará o ano com contração de 1,5%.

Segundo fontes oficiais, a inflação, que chegou

a 30,9% em 2008, cederá este ano. Não é de estranhar, com o baixo desempenho estimado para a atividade econômica. No último trimestre de 2008, o país cresceu apenas 0,3%. E em 2009 o PIB poderá chegar a - 6,2%.

Page 154: Nº 377 Edição Brasil

OPINIÃO

154 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Marcelo M. GiugaleDiretor de Política Econômica e Programas de Redução da Pobreza para América Latina do Banco Mundial

Aimplosão do sistema fi nanceiro global parece che-

gar ao fi m, ou ao menos a um ponto de infl exão.

Os indícios de estabilização ainda são tênues e

podem ser miragens. Mas já é possível tirar lições

de tudo isso. As mais relevantes são estas:

I) Muitos culpados. Uma série de fatores interconectados

produziu a crise. Houve excessiva criação de liquidez nos

EUA; pouca vigilância aos hedge funds; subsídios excessi-

vos à propriedade imobiliária, e excessiva complexidade dos

ativos fi nanceiros, chegando a um ponto no qual somente

alguns poucos operadores sabiam o valor deles.

II) As coisas fi carão piores antes de melhorar. As con-

sequências fi nais da crise ainda estão para ser reveladas. A

correção do desequilíbrio global entre economia e consumo

apenas começou. E o fl uxo de crédito não será reativado

plenamente até que os balanços dos grandes bancos norte-

americanos sejam purifi cados de seus “ativos tóxicos”.

III) Não há muito mais que os governos possam fazer. As respostas de política pública têm sido razoáveis. Mas a

contração na demanda provavelmente é tão grande que, mes-

mo com a melhor das coordenações entre países, não poderá

ser compensada por estímulos fi cais e injeções de liquidez.

IV) O impacto nos países em desenvolvimento será lento, mas duro. O contágio tem ocorrido através de quatro

principais canais: exportações, remessas, preço das matérias-

primas e fl uxos de fi nanciamento. E o impacto se manifestará

na interrupção do fi nanciamento bancário externo para o se-

tor corporativo privado doméstico. Isto acelerará o comércio

internacional e atrasará projetos de investimento.

V) É preciso repensar o modelo de desenvolvimen-to baseado em exportações. A capacidade de absorção do

mundo desenvolvido não voltará a seu nível anterior à crise

por um longo tempo, se é que voltará. Os países emergentes

terão que balancear suas fontes de crescimento e dar maior

peso à demanda doméstica e ao comércio “Sul-Sul”.

VI) A classe média será a mais golpeada. Nos países em

desenvolvimento, o principal ponto de contato entre as pes-

soas e a crise será a contração na demanda por trabalho – não

uma mudança brusca entre preços relativos ou uma perda de

riqueza, como no passado. Isto afetará principalmente traba-

lhadores urbanos, formais e relativamente educados.

VII) Finanças mais simples. Há agora um reconhecimen-

to geral de que o mercado não pode disciplinar os agentes

fi nanceiros. Após uma reforma, a indústria fi nanceira prova-

velmente fi cará parecida com o setor de serviços de infraes-

trutura pública, com poucos fornecedores privados operando

sob licença do governo e oferecendo produtos padronizados a

preços regulados e com algo grau de supervisão.

VIII) Metas de crescimento. O chamado para que os

bancos centrais tenham objetivos além da infl ação se multi-

plicou. Por trás disso há uma nova fé na capacidade do Esta-

do (não apenas do banco central) de infl uir no crescimento de

curto prazo. A questão é qual instituição pública deveria ser

responsável pelas “metas de crescimento”. Tañvez os bancos

centrais não sejam a agência adequada. O peso recairá sobre

o investimento público como

um ímã de investimento priva-

do. Os países mais bem-geren-

ciados construirão fundos para

garantir que o Estado invista

mais quando a economia desa-

celerar.

IX) Multilaterais maiores e mais representativas. Au-

mentar a capacidade de crédito

dos bancos multilaterais tem

sido a decisão correta. Bem-vindos são também os esforços

como o do G20 para coordenar políticas públicas e evitar o

protecionismo. Com o tempo, a ampliação de capital será

acompanhada de maior representação de países de receita

média nos organismos internacionais.

X) Depois de amanhã, o mundo será diferente. Estarí-

amos prestes a ver um mundo no qual os governos terão um

papel mais importante nas economias; no qual a intermedia-

ção fi nanceira será um serviço público controlado; no qual as

preferências sociais em relação ao consumo serão modera-

das; no qual haverá mais de uma moeda global de reserva e

os EUA não serão o motor do crescimento.

Finalmente, a crise também tem dado lugar a um senti-

mento incomum entre economistas: humildade. O desafi o é

entender por que princípios básicos como a racionalidade dos

agentes e a efi ciência dos mercados falharam na prática. Isto

nos permitirá desenhar novos marcos de política pública e

novas estratégias de desenvolvimento.

Uma crise e dez lições

No pós-crise, os EUA não serão o motor do crescimento mundial

Page 155: Nº 377 Edição Brasil

PANORAMA POLÍTICA

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMA 155

Abraham F. Lowenthal

O O C

Professor de Relações Internacionais da University of Southern California e presidente emérito do Pacific Council on International Policy

Ogoverno de Barack Obama teve um bom co-

meço em sua intenção de melhorar as relações

com a América Latina e o Caribe. Em poucos

meses, apresentou uma visão coerente de sua

relação com a região: disposição para cooperar com alguns

países-chave em temas comuns; concentração em melhorar

as relações com o México e formar uma aliança estratégica

com o Brasil; inclinação ao multilateralismo, preferência

por programas concretos em vez de retórica grandiloquente;

assumir a responsabilidade que seu país tem em alguns dos

problemas da região; construção de coalizões para apoiar

o comércio e uma reforma migratória viável; estudo, caso

a caso, de uma maior abertura a relações pragmáticas com

países com regimes populistas; e movimentos cuidadosos

para construir uma relação de respeito mútuo com Cuba que

pode levar a uma maior aproximação sem abandonar sua

preocupação pelo respeito aos direitos humanos.

Mas a dúvida é: persistirão esses movimentos iniciais,

ou estes estão destinados a ser abandonados? Praticamente

todos os governos dos Estados Unidos anunciaram novas

políticas para a América Latina, mas na maioria das vezes

essas novas aproximações se desvanecem no caminho, fre-

adas pela burocracia e por interesses especiais, ou ambas as

coisas, eclipsadas por outras preocupações.

De fato, há algo de evidência a favor daquelas pessoas

céticas das boas intenções de Obama. As primeiras declara-

ções de que ele respeitará os interesses dos países da região

para diversifi car suas relações internacionais foram aber-

tamente contraditas quando a secretária de Estado, Hillary

Clinton, expressou preocupação pela maior presença da

China e do Irã na região. Os chamados de Obama por uma

nova etapa nas relações com Cuba foram seguidos de su-

gestões de que a Ilha teria que dar os próximos passos, e por

resistência da parte dos Estados Unidos na OEA à ideia de

que esta deveria revogar a suspensão de Cuba. A promessa

de Obama de que uma reforma migratória viável estaria

entre suas primeiras prioridades passou a ser simplesmente

um compromisso de começar este ano com as consultas.

Depois de o governo reconhecer a necessidade de regular a

exportação de armas de fogo de pequeno porte dos EUA ao

México, Obama sugeriu que politicamente era pouco rea-

lista enfrentar esse tema. Nenhuma dessas declarações foi

defi nitiva – de fato, o tema de terminar com a expulsão de

Cuba da OEA foi resolvido através de compromissos diplo-

máticos – mas todas suscitaram dúvidas sobre se as promes-

sas de governo chegarão a ser cumpridas.

Quanto ao tema comercial, a postura do governo tem

sido no mínimo confusa: recusa o protecionismo mas acei-

ta uma cláusula de “comprar norte-americano” dentro do

pacote de estímulo fi scal; expressa vontade de avançar em

um tratado comercial com a Colômbia e o Panamá mas

prorroga todas as ações; fala de cooperação energética com

o Brasil mas ao mesmo tempo mantém os subsídios para

o etanol de milho e continua aplicando altas tarifas para o

etanol importado; e promove uma maior associação com o

México mas deixa que o programa experimental que permi-

tia a entrada de caminhões mexicanos aos Estados Unidos

caduque, em aberto não-cumprimento do Nafta. Todos esses

casos ilustram o alcance da infl uência de poderosos grupos

de interesse na tomada de decisões da política exterior nos

Estados Unidos.

Mas me atrevo a apostar que

os passos iniciais de Obama

continuarão apontando à mes-

ma direção. A visão dos encar-

regados da relação exterior dos

Estados Unidos parecem ali-

nhar-se com a de diplomatas de

carreira que se especializaram

em temas de América Latina.

As políticas de governo para

a região encaixam-se em suas

prioridades internas e em sua visão geral externa. Já os gru-

pos de interesse que se opõem à visão do governo se debili-

taram, particularmente a ala mais dura da comunidade cuba-

no-norte-americana na Flórida; alguns dos segmentos mais

protecionistas dos sindicatos, e aqueles que desejam castigar

os governos da América Latina por não se alinharem com as

posições dos Estados Unidos em sua política exterior duran-

te o governo de Bush. Outros eleitores hispânicos e latinos,

além da comunidade cubano-norte-americana, cresceram

em número e infl uência, e apoiam as mudanças na política

migratória e nas relações com seus países que o governo

Obama está propondo. Portanto, o governo de Obama te-

rá mais espaço de manobra em sua política exterior com a

América Latina do que seus antecessores.

Um governo que entenda a importância da América La-

tina para os Estados Unidos e tenha uma visão estratégica

incipiente para a região tem condições de resistir a contínuas

pressões que poderiam minar seu projeto inicial de renovar

a cooperação interamericana. Esse resultado não está garan-

tido, mas se vê cada vez mais possível.

Mais que promessas vazias

Obama terá mais margem de manobra que seus antecessores

Page 156: Nº 377 Edição Brasil

DEBATES PANORÂMICA

156 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Javier Santiso

Bem na foto

Oauge das multinacionais dos países emergentes

foi um dos principais fenômenos da década atu-

al. Agora estas empresas, bem como seus pares

da OCDE, também enfrentam a ressaca provoca-

da pela crise global.

Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os

picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram

perdas importantes devido a operações cambiais e de co-

bertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de inves-

timento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual

crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel

importante entre as multinacionais globais.

De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emer-

gentes permaneceram ativas em termos de expansão interna-

cional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões

para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto.

A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida

sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no

setor de telecomunicações procedente dos países emergen-

tes (onde também operam empresas como China Mobile, a

Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil).

As multilatinas tampouco fi caram inativas. A argentina

Tenaris, fi lial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indo-

nésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras

fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petro-

químico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão

avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E tam-

bém houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a

fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou

a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a

maior processadora de carne de frango do mundo.

Com esta expansão, as multinacionais latinas também

se viram envolvidas em confl itos e tensões que as multina-

cionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A

companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas

concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que

enfrentar o processo de expropriação desencadeado em

2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocor-

reu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Si-

dor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal.

Além da conjuntura, as multinacionais emergentes conti-

nuam ganhando posições. No último FT Global 500, publi-

cado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multina-

cionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia

ou Brasil o demonstram. A Petrochina fl erta agora com o

primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana

Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Micro-

soft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sino-

pec seguem na frente da espanhola Telefónica.

A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como

McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a

megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocando-

se entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de

gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro

banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima

do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cerveja-

ria belgo-brasileira InBev – e isto antes da fi nalização da

aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi

alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa

mais global de seu setor.

Ok, estas listas são sempre

questionáveis. Mas indicam

tendências. Dentro das multi-

latinas, faltam gigantes como

o primeiro produtor mundial

de cobre, a chilena Codelco,

ou conglomerados como o

brasileiro Votorantim, o mexi-

cano Alfa ou o grupo chileno

Luksic. Tampouco aparecem

gigantes como a cimenteira

Cemex, a companhia de avia-

ção Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas

elas fi guram nas classifi cações de AméricaEconomia. Estes

exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergên-

cia de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os

papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na

América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gas-

tón têm sido determinante na sua expansão internacional.

Mostram que estas empresas não se limitam a setores tra-

dicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presi-

dente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência,

em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da

OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles

Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em

restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos

primários procedentes dos mares do Chile: também incorpo-

ram inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de

um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacio-

nais que estão emergindo dos novos mundos também car-

regam inovações importantes. E algum dia despertaremos

descobrindo esta nova verdade emergente.

Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)

As multilatinas apontam à emergência de talento e inovação empresarial

Page 157: Nº 377 Edição Brasil

DEBATES PANORÂMICA

156 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Javier Santiso

Bem na foto

Oauge das multinacionais dos países emergentes

foi um dos principais fenômenos da década atu-

al. Agora estas empresas, bem como seus pares

da OCDE, também enfrentam a ressaca provoca-

da pela crise global.

Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os

picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram

perdas importantes devido a operações cambiais e de co-

bertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de inves-

timento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual

crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel

importante entre as multinacionais globais.

De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emer-

gentes permaneceram ativas em termos de expansão interna-

cional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões

para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto.

A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida

sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no

setor de telecomunicações procedente dos países emergen-

tes (onde também operam empresas como China Mobile, a

Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil).

As multilatinas tampouco fi caram inativas. A argentina

Tenaris, fi lial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indo-

nésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras

fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petro-

químico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão

avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E tam-

bém houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a

fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou

a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a

maior processadora de carne de frango do mundo.

Com esta expansão, as multinacionais latinas também

se viram envolvidas em confl itos e tensões que as multina-

cionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A

companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas

concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que

enfrentar o processo de expropriação desencadeado em

2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocor-

reu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Si-

dor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal.

Além da conjuntura, as multinacionais emergentes conti-

nuam ganhando posições. No último FT Global 500, publi-

cado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multina-

cionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia

ou Brasil o demonstram. A Petrochina fl erta agora com o

primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana

Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Micro-

soft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sino-

pec seguem na frente da espanhola Telefónica.

A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como

McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a

megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocando-

se entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de

gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro

banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima

do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cerveja-

ria belgo-brasileira InBev – e isto antes da fi nalização da

aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi

alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa

mais global de seu setor.

Ok, estas listas são sempre

questionáveis. Mas indicam

tendências. Dentro das multi-

latinas, faltam gigantes como

o primeiro produtor mundial

de cobre, a chilena Codelco,

ou conglomerados como o

brasileiro Votorantim, o mexi-

cano Alfa ou o grupo chileno

Luksic. Tampouco aparecem

gigantes como a cimenteira

Cemex, a companhia de avia-

ção Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas

elas fi guram nas classifi cações de AméricaEconomia. Estes

exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergên-

cia de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os

papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na

América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gas-

tón têm sido determinante na sua expansão internacional.

Mostram que estas empresas não se limitam a setores tra-

dicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presi-

dente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência,

em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da

OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles

Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em

restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos

primários procedentes dos mares do Chile: também incorpo-

ram inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de

um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacio-

nais que estão emergindo dos novos mundos também car-

regam inovações importantes. E algum dia despertaremos

descobrindo esta nova verdade emergente.

Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)

As multilatinas apontam à emergência de talento e inovação empresarial

Page 158: Nº 377 Edição Brasil

John C. Edmunds

FINANÇAS OPINIÃOÇ S O

158 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard, professor de Finanças do Babson College de Boston e co-autor de Wealth by Association

Oque começou como uma goteira logo se tornou

uma enxurrada. Primeiro, alguns poucos intré-

pidos investidores compraram pequenas quan-

tidades de bônus brasileiros e ações peruanas.

Tinham medo de estar comprando muito cedo, mas os ren-

dimentos prometidos foram mais fortes. Outros investidores

logo seguiram seu exemplo, comprando bônus e ações nes-

tes mercados, bem como no Chile e na Colômbia. Em pouco

tempo, a onda de compras fez com que o índice do mercado

de ações na Argentina subisse 79% entre março e junho.

Os investidores locais compraram porque tinham que

fazê-lo. Todos os meses as administradoras de fundos de

pensão tomam uma fatia do salário dos empregados e de-

vem investi-la de alguma forma. Mas, além disso, estes

investidores sabiam que as instituições fi nanceiras em seus

próprios países não tinham caído nas mesmas armadilhas de

ambição que suas pouco regulamentadas contrapartes nos

Estados Unidos. Entendiam, além disso, que os mercados

locais haviam sido castigados por pecados cometidos a mil

quilômetros de distância. Humilhados, ergueram-se e apro-

veitaram a oportunidade que outros investidores mais nervo-

sos lhes estavam oferecendo.

O mercado se recuperou com força e, ao contrário de

oportunidades anteriores, com fundamentos. Alguns des-

creviam a situação como se hordas de maníaco-depressivos

voltassem aos mercados – com seus cheques sem fundos

– prontos para comprar naqueles mercados dos quais justa-

mente haviam fugido há poucos meses. Contudo, até agora

os investidores puderam distinguir a qualidade do lixo, e

também distinguir quais países estão encabeçando a recu-

peração e quais simplesmente estão sendo empurrados pela

corrente. Por exemplo, os preços das ações brasileiras co-

tadas no mercado de Nova York são uma prova de que os

investidores estão sendo seletivos.

As ações da Vale subiram 71% em março, enquanto as da

Petrobras valorizaram 75% e da Aracruz, 230%. Os inves-

tidores recuperaram a confi ança nestas empresas e também

entenderam que as perdas da Aracruz em derivativos foram

aberrações. No mais, as altas têm ocorrido em proporção às

baixas experimentadas entre julho e novembro de 2008, de

80%, 80% e 94% respectivamente. As compras trouxeram

os preços de volta aos patamares normais, em linha com os

futuros prospectos de cada empresa.

Quando alguém olha para as moedas da região, fi ca mais

evidente a seletividade dos investidores. O peso colombiano

subiu 21% entre março e junho, enquanto o real avançou

20%. Em contrapartida, o peso argentino perdeu 7,6% de

seu valor.

Nos piores dias da crise, os países da região não sabiam

quanto de suas reservas usar para evitar que as economias

caíssem em recessão severa. Agora enfrentam um problema

diferente: o quanto permitir o fortalecimento de suas moe-

das.

O real brasileiro agora é a

moeda de referência da região.

Nos centros fi nanceiros da

Europa e Ásia há especialistas

estudando a economia brasilei-

ra. Para alguns há contratações

– e demissões – dependendo

do acerto de suas previsões. É

possível obter enormes ganhos

ao predizer de forma correta as

próximas manobras do Banco

Central, e os anúncios das prin-

cipais empresas brasileiras.

O Brasil está deixando que

sua moeda se fortaleça. Quan-

do alcançou a barreira psico-

lógica dos dois reais por dólar,

o Banco Central tratou de im-

pedir que se valorizasse mais.

Não conseguiu. Dentro de uma semana já havia chegado a

1,92 por dólar.

O que devem fazer os outros países? Chile e Peru es-

tão tomando cuidado para que suas moedas se mantenham

estáveis, em vez de se fortalecerem, enquanto a Colômbia

deixou que o peso subisse. Em contrapartida, a Argentina

está deixando que sua moeda perca valor. Estas políticas

divergentes criarão oportunidades e alguns de seus efeitos

podem ser preocupantes. Um deles é que os brasileiros e

colombianos poderão sair de férias à Argentina. Outro efeito

poderá ser o de as empresas brasileiras aproveitarem a força

de sua moeda para comprar empresas peruanas. Os perua-

nos já estavam acostumados com os chilenos comprando

suas empresas. Agora pode ser que haja leilões abertos por

suas empresas em que brasileiros, chilenos e colombianos

sejam compradores. Os argentinos já estão acostumados aos

estrangeiros comprando suas lojas, vinhedos, casas e em-

presas. Se as moedas continuarem divergindo, podemos ver

uma nova onda de compras, mas desta vez de empresas em

outros países.

Divergência real

Outro efeito poderá ser o de as companhias brasileiras aproveitarem para comprar empresas peruanas

Page 159: Nº 377 Edição Brasil

Oano de 2008 foi desastroso

para as bolsas latino-

americanas, com perdas que

variaram de 18% no Chile a

até 60% no Peru. Mas, como

em toda comparação, sempre

há quem se destaque.

Por exemplo, a petrolífera

colombiana Ecopetrol. Embora

as ações da companhia tenham

caído 0,5%, os dividendos

como proporção de sua capita-

lização inicial foram de 7,78%.

Isso resulta em 7,28%, o que

parece ser um bom número,

mas, são os resultados para

o acionista realmente bons?

Além de o preço ter caído

levemente e apesar dos divi-

dendos, os acionistas tiveram

que reinvestir na empresa um

montante de cerca de US$

2,5 bilhões, por meio de um

aumento de capital.

Outro elemento a ser con-

siderado é que os acionistas

esperam como mínimo o

pagamento do custo de opor-

tunidade do capital investido

na Ecopetrol, o que depende

de quão arriscados sejam os

projetos da empresa. Então,

como medir o verdadeiro

desempenho da empresa do

ponto de vista do acionista? A

resposta é a chamada Criação

de Valor ao Acionista. A CVA

é medida pelo aumento do

valor ao acionista (AVA), ao

que resta a capitalização inicial

multiplicada pelo custo do

patrimônio da empresa.

A Ava corresponde aos

ganhos ou perdas de capital

junto a outros tipos de fluxo

efetivo que a empresa dis-

tribui aos acionistas, como

dividendos, diminuições de

capital, recompra de ações

etc., menos os fluxos dos

acionistas na empresa, como

aumento de capital, conversão

de obrigações etc.

Baseados neste conceito,

podemos calcular uma medida

de rentabilidade, a chamada

Rentabilidade dos Acionistas

(RA), que mede quanto valor

foi gerado ao acionista em

proporção ao aporte inicial

em forma de patrimônio (ou

seja, a AVA dividida pela

capitalização inicial). Assim,

um bom resultado seria um RA

positivo superior ao custo de

patrimônio, o que é equivalente

à CVA positiva.

Com dados fechados de

2008, tomamos os seis maiores

mercados acionários da Améri-

ca, e dentro de cada um deles,

calculamos o CVA das cinco

maiores empresas segundo o

Ranking AméricaEconomia

das 500 maiores empresas da

América Latina. O cálculo

de custo de patrimônio para

cada empresa e cada país foi

efetuado através do modelo

CAPM.

Apenas duas das trinta em-

presas analisadas criaram valor

para os acionistas em 2008.

Estas são a YPF, na Argentina,

e a Femsa, no México.

Um leitor experimentado

poderá ver certa semelhança en-

tre os objetivos de medição do

Economic Value Added (EVA)

e o CVA. Poderíamos dizer que

ambos “são primos-irmãos”.

O EVA trata de analisar dados

contáveis, e, fazendo os ajustes

necessários, o desempenho no

manejo de todo o capital, ou

seja, qual foi o desempenho

para todos os donos da empre-

sa, acionistas e detentores de

bônus. A CVA utiliza valores

de mercado para medir o

desempenho obtido para os

acionistas especificamente,

não todos os donos.

Por isso, quando a pergunta

é se uma empresa criou valor

para os acionistas, o CVA é o

indicador mais preciso para

respondê-la.

UMA NOVA MÉTRICAO CVA surge como uma forma de medir o desempenho de uma carteira de investimentos.Rafael Romero Meza*, Francisco López-Lubián**.

* Centro de Inovação Financiera

Escola de Negócios, Universidade Adolfo Ibáñez

** Instituto de Empresa, Espanha

CAPITAL ABERTO

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 159

Pouca criação de valorAVA, CVA e retorno para o acionista entre principais ações da América LatinaFonte: Economática

AÇÃO PAÍS AVA (MM USD) CVA (MM USD) RA

TENARIS .ar -10.989 -15.078 -46,3%

YPF .ar 5.056 3.084 32,1%

TELEFÓNICA ARGENTINA .ar -905 -1.205 -45,0%

TELECOM .ar -2.284 -2.918 -57,3%

SIDERAR .ar -1.036 -1.415 -42,2%

PETROBRAS .br -204.601 -259.406 -67,5%

VALE .br -51.944 -72.117 -46,1%

GERDAU .br -4.800 -7.551 -36,1%

TELEFÔNICA BRASIL .br 706 -607 7,3%

ULTRAPAR .br -567 -1.071 -15,6%

COPEC .cl -7.674 -9.494 -43,0%

ENERSIS .cl 745 -218 9,4%

CENCOSUD .cl -3.317 -4.223 -52,7%

FALABELLA .cl -2.622 -3.641 -29,4%

CSAV .cl -708 -898 -59,0%

ECOPETROL .co 3.496 -2.297 10,7%

ÉXITO .co -823 -1.158 -38,4%

ARGOS .co -1.130 -1.952 -24,3%

GRUPO NAC. CHOCOLATES .co -143 -604 -4,4%

ISA INTERCONEXIÓN ELÉCTRICA .co 71 -441 2,1%

AMÉRICA MÓVIL .mx -27.254 -37.746 -33,6%

CEMEX .mx -26.212 -34.702 -53,0%

WALMEX .mx 876 -1.929 4,0%

FEMSA .mx 1.235 346 17,7%

TELMEX .mx -8.202 -10.474 -29,5%

SOUTHERN COPPER .pe -24.306 -29.338 -83,5%

TELEFÓNICA PERÚ .pe -483 -707 -24,1%

VOLCÁN .pe -1.024 -1.568 -34,4%

ALICORP .pe -373 -454 -47,8%

GRUPO GLORIA .pe -401 -453 -48,7%

Page 160: Nº 377 Edição Brasil

160 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

ROD

RIG

O D

ÍAZ

CARR

IZO

A virtualização deverá ser o próximo grande tema de discussão nas empresas.

No entanto, ainda existem temores a serem vencidos. Juan Pablo Dalmasso

Uma nuvem

Aequipe

de siste-

mas da

Pemex

Pe r fu -

r a ç ã o ,

divisão

da esta-

tal Petróleos Mexicanos, en-

frentava uma tarefa titânica.

Cinco profissionais atendiam

70 especialistas distribuídos

em 14 centros de operação

espalhados por toda a geografia

mexicana, incluindo platafor-

ma pelas costas do país afora.

Cada centro tinha seu próprio

servidor, onde funcionavam

16 aplicativos de softwares

especializados (sistemas de

perfuração, logística, avaliação

geológica, entre outras). Os

técnicos perdiam muito tempo

viajando entre estes centros

se aproxima

para manter atualizadas as so-

luções nos servidores de cada

centro. Além disso, haviam

decidido especializar-se em

um ou outro aplicativo, o que

representava não apenas alto

custo operacional, mas lenta

capacidade de resposta.

Investir em mais recursos

humanos seria uma solução.

Mas, seguramente, não a mais

eficiente. Depois de comparar

as opções, a Pemex aceitou

adotar o sistema centralizado

proposto pela estadunidense

Citrix, especializada no ge-

renciamento de aplicativos,

permitindo a atualização e

administração dos progra-

mas de maneira centralizada.

A melhora no bem-estar da

equipe de sistemas da Pemex

Perfuração foi quase imediata.

E, em cinco meses, o uso de

servidores foi reduzido em

86%, com a consolidação

em dois equipamentos; as

viagens passaram a ser quase

desnecessárias e a resposta

aos requerimentos, imediata.

Além disso, se um centro

hoje perde sua infraestrutura,

instantaneamente pode ser

substituído à distância pelos

servidores centrais, evitando

o desperdício de tempo.

“A tendência é a migração

para arquiteturas compartilha-

das aproveitadas em escala. É

algo que já fazem os usuários

domésticos quando usam um

aplicativo na internet, mas é um

caminho que as empresas só

agora experimentam”, afirma

Hugo Espinoza, gerente geral

da Citrix para a América do

Sul, de Santiago do Chile. “E

elas não só reduzirão custos.

Ganharão agilidade para fazer

coisas que hoje não fazem”.

É algo de que a chilena In-

dura, líder em soldas e gases de

uso industrial na região, pode

dar fé. Em uma apresentação

de caso, seu diretor corporativo

de informática, Marcelo Diaz,

afirmou que depois de adotar

um sistema de entrega virtual

de softwares, a companhia

deixou de precisar de dois

meses e duas semanas para

abrir cada novo escritório.

A prova dos nove aconteceu

I-BIZ

Page 161: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 161

quando a Indura adquiriu uma

empresa colombiana com 22

escritórios e 350 funcionários

conectados, e levou menos de

dois meses para entregar a todos

eles aplicativos SAP, Microsoft

Office e Outlook.

Mas, caso a Indura não

houvesse se decidido por in-

vestir em uns poucos servidores

centrais, de onde foram baixa-

dos os aplicativos, poderia ter

apelado diretamente a grandes

companhias fornecedores de

“softwares como serviços”

(software as a service - SaaS),

como a Microsoft, que opera

no segmento sob a marca

Microsoft Online Services.

Algumas companhias latino-

americanas, como o Banco-

lombia, já fizeram o teste. O

Bancolombia, no caso, levou

aos servidores da gigante de

Redmond seu serviço de cor-

reio eletrônico corporativo,

batizado Exchange. “O custo

de administração do Exchange

era de US$ 30 por caixa de

correio, por ano. Agora, é de

US$ 10”, afirma Luis Daniel

Soto, diretor executivo de novas

tecnologias para a América

Latina da Microsoft.

A segunda vantagem dos

SaaS é que os programas

podem ser executados por

qualquer dispositivo com

acesso a rede. E se o apli-

cativo roda remotamente, os

dispositivos podem ter poder

de processamento e preços

menores. A explosão de net-

books, impulsionada por Intel,

BlackBerry e Iphone, reflete

essa tendência.

A infraestrutura como serviço

Não que a arquitetura de

virtualização seja propriamente

nova. É velho o truque de si-

mular múltiplos computadores

aproveitando a capacidade

de cálculo excedente em um

equipamento. “O usávamos há

40 anos para solucionar a falta

de equipamentos, mas agora

usamos para colocar ordem na

abundância”, diz José Carlos

Duarte, chefe de tecnologia

da IBM Brasil. “Desde os

anos 1980, os computadores

começaram a se multiplicar.

As empresas passaram a utili-

zar um para cada aplicação, o

que acabou sendo impossível

de administrar, e totalmente

ineficiente. Alguns operavam

apenas uma vez por mês e

desperdiçavam 85% de sua

capacidade de processamen-

to”, afirma. Agora, mediante

a virtualização, um conjunto

de servidores se transforma

em uma só máquina virtual

que administra e aproveita a

capacidade de todos os compu-

tadores em rede. Incluindo os

PCs de escritório. Os projetos

de processamento distribuído,

como o World Community

Grid, tem permitido que usu-

ários domésticos de internet,

baixando um pequeno software,

possam emprestar capacidade

ociosa de processamento para

pesquisas de combate ao câncer

e a AIDS, entre outras.

Mas, não apenas é possí-

vel diminuir a quantidade de

equipamentos requeridos, mas

também utilizar equipamentos

mais baratos, ou transformar

definitivamente os investi-

mentos em infraestrutura em

custo variável. Empresas com

grandes data centers, como a

varejista online Amazon, não

hesitam em oferecer sua infra-

estrutura como serviço (infras-

tructure as a service – IaaS). E

o modelo tem sido muito apre-

ciado por companhias como a

farmacêutica Ely Lilly, cuja

necessidade de processamento

aumenta notoriamente cada vez

que uma equipe de pesquisa

precisa fazer uma simulação

de suas pesquisas. Quando

isso acontece, Dave Powers,

diretor de tecnologia da em-

presa, se conecta a rede e ativa

um cluster de 100 servidores

Linux, provisionado por uma

terceira empresa por apenas

US$ 10. Uma vez terminado o

trabalho, ele novamente pode

desativá-los, com um toque na

tela de seu Iphone. Há menos

de um ano, cada experimen-

tação significava sete a oito

semanas de trabalho.

E o que vale para proces-

samento, vale também para

armazenamento de dados e

outras áreas de TI (XaaS, co-

mo dizem os especialistas).

“Tudo caminha em direção a

‘nuvem’”, afirma Tony Hey,

vice-presidente de pesquisas

externas da Microsoft Resear-

ch, referindo-se aos sistemas

virtuais de processamento e

armazenamento de informa-

ções na internet. “Não so-

mente trabalhamos com dados

distribuídos em data centers

próprios cada vez maiores,

mas também com ofertas de

outras fontes que podem estar

em qualquer lugar”, afirma,

mostrando o projeto World

Wide Telescope, que permite

ao usuários viajar virtualmente

pelo espaço conhecido, um

verdadeiro exemplo de “cloud

computing”, já que não apenas

processa informações em dois

mega data centers, mas também

as envia e recebe processadas

de fontes diferentes.

Não à toa, como gerenciar

informações vindas de fontes

tão heterogêneas é que tem se

tornado um desafio e um campo

de batalha para as companhias

de tecnologia. Para competir

com soluções de código aber-

to, a Microsoft desenvolveu

o Azure, apresentado como

“o” sistema operacional da

“nuvem”, “a” plataforma de

serviços. O PaaS, na sigla

em inglês. “Em um primeiro

momento, o upload dos apli-

cativos era feito integralmente,

mas agora é possível fazê-lo

aproveitando a natureza (dis-

tribuída) da rede”, diz Luis

Daniel Soto, do escritório da

Microsoft em Miami.

Velhos rivaisDo lado oposto do ringue, a

Dell e o Open Cloud Manifesto,

uma aliança formada por AMD,

Adobe, IBM, Sun e outras

companhias, militam pela utili-

zação de plataformas de código

aberto e pelo estabelecimento

de padrões comuns ao invés

de sistemas proprietários. “É

algo necessário para garantir

a interoperacionalidade das

plataformas. O usuário deve

se sentir seguro de que poderá

mudar de provedor ou recupe-

rar as informações quando lhe

convier”, sustentam.

Não se trata de um tema de

pouca relevância. Apesar de o

mercado mundial de serviços

do gênero ter sido estimado em

US$ 56,3 bilhões para este ano,

pela IT Gartner, as empresas

são unânimes em afirmar que

ainda há muito por ser feito no

mercado corporativo em cloud

computing.

por um servidor que não opera de maneira distribuída.

É a capacidade de processamento desperdiçada

Page 162: Nº 377 Edição Brasil

CLICS & CHIPS

162 AMÉRICAECONOMIA /AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

2

MegacliqueÉ mais potente que muitas câma-

ras fotográfi cas. Trata-se do ce-

lular Pixon 12 da Samsung, que

permite captar imagens com 12

megapixels de resolução. Possui

tela tátil Amoled de 3,1 polega-

das, conectividade WiFi e HSPA,

GPS e rádio FM. Preço ainda não

divulgado.

www.samsung.com

Imagem curva

O NEC CRV 43, com raio 32:10,

oferece 2880×900 pixels, um

contraste de 10.000:1 e veloci-

dade de refresh de 0,02 ms. Tem

entradas DVI-D e HDMI e conec-

tividade USB 2.0. Projetado para

designers gráfi cos e especialis-

tas em fi nanças. Começará a ser

vendido em julho por US$ 7.999.

www.necdisplay.com

Equilíbrio

perfeito A linha Acer Aspire Timeline une

design novo, mobilidade e boa du-

ração da bateria. O modelo 5810Tz

conta com uma tela de 15,6” que

proporciona imagens brilhantes

e mais claridade com retroilumi-

nação, resolução HD de 1366x768 e

alto brilho. Tem processador Intel

Pentium SU2700, Wi-Fi/ Wimax.

www.acer.com

3

Page 163: Nº 377 Edição Brasil

CLICS & CHIPS

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 163

6JULHO, 2009

Negócios multimídia

A Polycom apresenta seu primeiro telefone multimídia

de negócios. O V VX 1500 combina um sistema de vide-

oconferência pessoal com um dispositivo de funções

completas de VoIP. Permite fazer ligações de voz e vídeo

com apenas um toque na tela. Custa cerca de US$ 1.099.

www.polycom.com

Interface ao cubo

O LG KM900 Arena reúne acesso à internet por

WiFi, câmera fotográfi ca de 5MP e reprodutor

multimídia que incorpora Divx. Com uma tela

100% tátil, o KM900 Arena é o primeiro telefone

que conta com uma interface tridimensional.

Trata-se basicamente de um cubo virtual em

cujas faces encontram-se quatro mesas diferen-tes.

www.lge.com

USB de segurança

A linha USB SanDisk Ultra Backup centra-se nas

cópias de segurança. Com capacidades de 8GB a

64GB, possui um botão de backup que realiza uma

cópia de segurança de arquivos críticos no USB

quando pressionado. Permite criptografar dados,

além de oferecer proteção com senha. O modelo de

64 GB custa US$ 310.

www.sandisk.com

Page 164: Nº 377 Edição Brasil

TEMAS e-commerce e a tecnologia: motores de competitividade.

e-commerce: integrador de PYMES y consumidores emergentes.

Como aumentar as vendas?

Pagamentos digitais.

O impacto do comércio móvel.

O consumidor on-line e como gerar vendas.

Quais são as oportunidades no Chile e na América Latina?

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Page 165: Nº 377 Edição Brasil

SOLE

DAD

TIRA

PEG

UI

ADOLFO WATERHOUSELÁ VEM O SOL

INTERFACES

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 165

A LOUCA VIDA COTIDIANA COM AS MÁQUINAS INTELIGENTES

Aeletricidade gerada a partir

da energia solar parece refri-

gerante de uva: seu consumo

nunca vai além do período da adoles-

cência. Afinal, existem opções mais

atraentes, em preço, disponibilidade

e estética.

Pelo menos até agora.

Comecemos pelo que é aparente-

mente menos importante. Os painéis

de silício que transformam os raios

de sol em felicidade por baixarem o

preço da conta de energia elétrica. Em

primeiro lugar, não nos é permitida

tal alegria: o investimento demora

muito para ser amortizado, e dói

no bolso. Em segundo, é algo que

tem menos charme que um cantor

de rap afônico. Não parecem robôs

japoneses dos tempos do cinema

preto-e-branco, como as torres de alta

tensão, nem serpentes de um reino

“harrypotteriano”, como os gasodutos.

Basicamente, são como mesas de

ping-pong inclinadas, sobre as quais

nem mesmo é possível jogar.

Pelo menos até agora.

Em várias partes do mundo co-

meçam a ser desenvolvidas células

fotovoltaicas (nas quais ocorre o

processo de transformação da luz em

eletricidade) flexíveis. Entre elas estão

as dye-sensitized solar cell (DSSc,

DSC ou DYS), ou células solares

sensibilizadas por corantes. Um dos

modelos mais interessantes deste tipo

de células solares é o que foi criado

pelo Fraunhofer Institute for Solar

Energy Systems, na Alemanha, feito à

base de uma tinta com nanopartículas

de metal diluídas. Trata-se, na verdade,

de uma membrana semitransparente,

sobre a qual podem ser impressas

imagens, e que pode ser usada sobre

fachadas, muros e janelas. Mas as

primeiras “Grätzel cells” (batizadas

assim por seu inventor, Michael Grät-

zel, que as criou em 1991) possuíam

dois defeitos: transformavam apenas

4% dos raios solares em energia e

tinham curta vida útil.

Felizmente, Michael Grätzel, que

agora trabalha com uma equipe de

cientistas chineses, conseguiu no final

do ano passado aumentar o rendimento

de suas células solares para 10% e a

vida útil, para mil horas, com 90%

da eficiência original. Não é muito.

Oitenta e três dias de 12 horas. Mas

há boas notícias: elas têm um custo

de produção muito baixo; as fábricas

requerem baixos investimentos e a

relação que oferecem em termos de

kWh/m2/ano/dólares investidos está

muito próxima do que nos EUA se

convencionou chamar de grid parity.

Ou seja, seu preço de inserção em uma

rede de distribuição de eletricidade é

muito próximo do de fontes de geração

a partir de combustíveis fósseis.

Se tudo até aqui parece tão positivo,

onde está o consequente entusiasmo

com a novidade? Bem debaixo de

nossos olhos: em junho, as ações da

empresa chinesa LDK Solar subiram

21% em apenas um dia, depois que o

governo chinês anunciou que até 2020

o país tentará obter 20% da energia que

consome de fontes renováveis. E este

não é um caso isolado. O Claymore/

MAC Global Solar Energy Índex

ETF, que acompanha as cotações de

25 empresas fabricantes de painéis so-

lares e insumos, também deu um salto

quando o petróleo voltou a superar a

barreira dos US$ 70 por barril.

Em linha com tudo isso, no dia 11

de junho passado, o departamento de

energia dos Estados Unidos anunciou

que destinará US$ 467 milhões em

subsídios para o desenvolvimento,

lançamento e apoio à comercialização

de projetos de energia solar e termal.

Quase simultaneamente, pesquisado-

res do Fraunhofer Institute for Solar

Energy Systems anunciaram que,

com uma terceira nova tecnologia,

conseguiram bater o recorde europeu

de eficiência na conversão de luz em

eletricidade: 41,1%. A energia solar,

de fato, dormia a siesta.

Até agora. Mas não mais.

Page 166: Nº 377 Edição Brasil

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Page 167: Nº 377 Edição Brasil

NEGÓCIO FECHADO

JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 167

ALSTOM:NOVO CONTRATO NO EQUADOR

>> ALSTOMMW é a capacidade do projeto hidroelétrico de Ocana, que receberá

equipamentos prduzidos através do contrato entre a Alstom e a equatoria-

na Empresa Generadora del Austro, avaliado em US$ 12,6 milhões.

>> ACTINVERPor montante não revelado, o Grupo

Actinver SA, conglomerado mexica-

no de serviços fi nanceiros, adquiriu

a empresa de administração de

ativos Prudential Financial Inc. O

acordo inclui um banco e uma so-

ciedade de investimento com mais

de US$ 4,75 bilhões em

ativos administrados e mais de 200

mil novos clientes.

>> AIGA companhia de seguros AIG – que

foi transformada em emblema da

crise – anunciou a venda de 100%

de suas operações fi nanceiras de

consumo na Argentina. O Banco

de Galícia e o Buenos Aires SA, um

grupo de investimentos coordenado

pelo Grupo Pegasus, serão os

novos proprietários da Companhia

Financeira Argentina, Cobranças e

Serviços e da AIG Universal Proces-

sing Center.

>> BANCORA canadense Talon Metals

fi rmou um acordo com a Kmine

Holdings para a aquisição da Bancor

Mineração, fi lial brasileira da

Kmine. A Bancor possui oito áreas

nos Estados de Sergipe e Alagoas,

comprometendo um total de 36.402

hectares com licenças de exploração

ou solicitações de licenças que se

encontram em andamento. Adicio-

nalmente, a Talon obteve direitos de

exploração para o projeto de Jurena

Gold no estado do Mato Grosso.

>> BANCOSALA empresa de giro e envio de

remessas Nexxo Financial Corporation

anunciou que adquiriu recentemente

o BancoSal, entidade dependente do

Banco Salvadorenho - HSBC Salvador,

que atua no mesmo setor e está pre-

sente em Los Angeles, San Franscisco

e Houston.

>> BANORTEO grupo mexicano Banorte anunciou

a compra da divisão de fundos e pen-

sões do Ixe Grupo Financeiro por um

montante não divulgado. Com essa

operação, o Banorte, o quarto maior

banco do México, controlará 312.489

contas de pensão, com um total de

US$ 399 milhões sob

administração.

>> BBVAO banco BBVA e a seguradora Ma-

pfre, ambos da Espanha, reforçaram

sua aliança de distribuição para a

América Latina. Sob o novo pacto,

o BBVA poderá comercializar os

produtos da Mapfre nas 3,8 mil

sucursais que possui na região.

>> BRADESCOO Bradesco confi rmou a aqui-

sição do Banco Ibi, braço

fi nanceiro da companhia vare-

jista C&A. A transação custou

US$ 720 milhões ao Bra-

desco. O banco pagará com ações

equivalentes a 1,6% de seu capital.

Em 2008, o Ibi registrou receita de

US$ 4,9 bilhões.

>> BRASKEMComeçará na Bahia a construção

de uma nova planta de processo

petroquímico, um projeto conjunto

entre a Braskem e a empresa

estatal peruana Pequiven. O

custo da planta está estimado

em US$ 1 bilhão, embora

ainda não tenham sido informados

detalhes sobre seu fi nanciamento.

>> BRASPAGA empresa de capital de risco

Ideiasnet vendeu ao Grupo Silvio

Santos a Braspag, empresa de

pagamentos e processos de

operações eletrônicas. A transação,

que marca a primeira venda do

portfólio da Ideiasnet, foi avaliada

em US$ 12 milhões. O

benefício para a companhia: 26,2

vezes o valor investido.

>> CFEA mexicana Comisión Federal

de Electricidad assinou contra-

to para a construção de duas

plantas de geração eólica por

US$ 393,6 milhões.

O primeiro contrato é para uma

central de 101 MW em Oaxaca, e

benefi cia o consórcio local Ener-

gías Ambientales de Oaxaca. Já o

segundo será para a construção de

La Venta 3, uma planta de 202 MW,

que será realizada com a espanhola

Iberdrola Renovables.

>> CODELCO A estatal chilena Codelco e a

empresa mineira anglo-australiana

Rio Tinto assinaram um acordo

de exploração conjunta sobre a

propriedade de Pasaca, localizada

no Norte do Chile. É a quarta vez

que as empresas colaboram neste

tipo de negócio.

Page 168: Nº 377 Edição Brasil

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Page 169: Nº 377 Edição Brasil

NEGÓCIO FECHADO

JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 169

LORENZO ZAMBRANO, DA CEMEX:ATIVOS A MENOS

>> CVC O gnorte-americano Carlyle

Group comprará uma participação

majoritária na principal agência

de viagens brasileira, a CVC, por

US$ 394 milhões. O

acordo contempla a compra de

63% da CVC, enquanto o resto

permanecerá nas mãos do atual

dono, Guilherme Paulus.

>> ECOPETROLMediante a assinatura de um

contrato com 11 bancos, a estatal

colombiana Ecopetrol obteve

crédito com prazo de sete anos. A

operação alcançou um montante

superior a US$ 1 bilhão e

será destinado a fi nanciar seu plano

de investimentos. A Ecopetrol tem

crescido no setor petrolífero colom-

biano, e a prova disso é a compra

de 51% de participação da Glencore

International na refi naria Cartagena

por US$ 549 milhões. A

Glencore havia fi cado sem fi nancia-

mento para a ampliação da refi naria,

avaliada em US$ 3 bilhões.

>> FUNAIA japonesa Funai estabeleceu uma

unidade na Cidade do México para a

aquisição das operações locais de

venda de LCD à holandesa Philips.

A operação permite concretizar um

acordo fi rmado no ano passado para

outorgar o direito de comercializar a

marca Philips na América do Norte.

A Funai espera gerar vendas de

US$ 70 milhões.

>> GAFISAA imobiliária brasileira Gafi sa

confi rmou que planeja uma venda de

ações através de um IPO. Segundo

a empresa, seu plano é obter entre

US$ 300 milhões e

US$ 350 milhões e

também contempla uma colocação

no mercado dos EUA através de

ADRs. A operação ainda não foi

aprovada pela Comissão de Valores

Mobiliários.

>> GARDA SECURITYA Andrews Internacional chegou

a um acordo para a compra das

operações da Garda World Security

nos Estados Unidos e México. O

compromisso inclui as divisões de

segurança uniformizada, proteção de

ativos e as operações de consultoria

e pesquisa.

>> GENOMMAA companhia farmacêutica e

de produtos para o cuidado

pessoal mexicana Genomma

Lab anunciou o pagamento de

US$ 3,1 milhões pela

propriedade da marca Jockey Club,

de produtos para homens. Adicio-

nalmente, a Genomma adquiriu as

marcas Flor de Laranja Sanborns,

Henna Egípcia e Teatrical.

>> GRUPO CARSOO conglomerado controlador das

empresas do magnata mexicano

Carlos Slim, o Grupo Carso, vendeu

à Elementia seus negócios de

cobre e alumínio agrupados nas

Indústrias Nacobre. A transação

foi paga em ações, e o grupo agora

participará de 49% do capital social

da Elementia.

>> HOCOLA fi lial colombiana da empresa

francesa Maurel & Prom, a Hocol

Petroleum, passou a ser proprieda-

de da Ecopetrol após o pagamento

de US$ 742 milhões

(pouco menos do que os

US$ 748 milhões

anunciados em março). Deste modo,

a Ecopetrol agora controla todos os

ativos de produção e desenvolvi-

mento da companhia, cuja produção,

estimada em 22 mil barris diários

para 2009, será somada aos 458

mil barris por dia alcançados pela

Ecopetrol no primeiro trimestre.

>> HUHTAMAKI OYJSob um acordo de pa-

gamento composto de

US$ 32,3 milhões à

vista, uma parcela de US$ 8,8

milhões em 31 de maio de 2010 e

o compromisso de assumir uma

dívida de US$ 1,9 milhão,

a Bemis adquiriu as operações sul-

americanas da Huhtamaki Oyj, fabri-

cante global de pacotes de plástico.

O acordo inclui três fábricas no

Brasil e uma na Argentina.

>> JBSA JBS Friboi adquiriu a fábri-

ca que arrendava em Teófi lo

Otoni, em Minas Gerais, por

US$ 8,3 milhões,

>> CEMEXmilhão de dólares é o preço aproximado pago pela suíça

Holcim Group pelas operações da Cemex na Austrália. Os ativos são

compostos de 249 fábricas de concreto, 83 pedreiras e 16 plantas

produtoras de tubos de concreto, bem como 25% de participação na

Cement Austrália.

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mH

c

p

Page 170: Nº 377 Edição Brasil
Page 171: Nº 377 Edição Brasil

NEGÓCIO FECHADO

JULHO, 2009 AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMIA 171

PETROBRAS:ENCOMENDAS À GE

segundo informaram fontes locais.

A planta, localizada a 450 km de

Belo Horizonte, tem capacidade para

operar 750 cabeças de gado ao dia.

>> LÍDER AVIAÇÃOA norte-americana Bristow Group

adquiriu 42% da Líder Aviação,

o maior provedor de serviços de

aviação e helicópteros do Brasil.

A Líder Aviação conta com 46

helicópteros a serviço da indústria

de petróleo e gás no País. Em 2008

a empresa registrou um faturamen-

to de US$ 305 milhões.

A operação foi avaliada em

US$ 174 milhões.

>> MOLINO CAÑUELASA processadora de alimentos

argentina Molino Cañuelas fechou

um acordo com a Marubeni para

cooperar na produção de grãos

e oleaginosas. A fi nalidade do

compromisso é fornecer de maneira

competitiva ao Japão e aumentar a

presença em outros mercados onde

a demanda cresce rapidamente,

como China e Europa.

>> PÃO DE AÇÚCARO Pão de Açúcar tornou-se

líder de varejo no Brasil após a

compra do rival Ponto Frio por

US$ 426 milhões,

equivalente a 70,24% do capital

total da companhia, que será pago

com ações do grupo. Segundo o Pão

de Açúcar, a aquisição aponta ao

crescimento no setor de eletroele-

trônicos.

>> PETROMACAREORecentemente o governo venezue-

lano autorizou a formação de uma

joint-venture entre uma fi lial da

PDVSA e a PetroVietnam. A empresa,

chamada PetroMacareo, se dedicará

à exploração e extração em território

venezuelano. A estatal venezuelana

terá 60% da propriedade na nova

empresa, que concentrará suas

operações no bloco Junin-2 na faixa

do Orinoco.

>> RECALCINEA empresa de biotecnologia Allergy

Therapeutics anunciou um acordo

com a Azure Ventures, ligada ao

grupo chileno Recalcine, para

fi nanciar o pagamento da dívida e

dos gastos de marketing de sua

recém-desenvolvida vacina contra

hay fever. Mediante o acordo, a

Recalcine investirá cerca de

US$ 20 milhões, adqui-

rindo mais de 100 milhões de ações

da Allergy.

>> REFINARIA DEL PACÍFICONo próximo ano começará a

construção da Refi naria del

Pacífi co, um projeto conjunto entre

as estatais Petroecuador e a PDVSA

na província equatoriana de Manavi.

Segundo o próprio presidente do

Equador, Rafael Correa, a constru-

ção da refi naria terá um custo de

US$ 10 bilhões. A planta

processará 300 mil barris de petró-

leo por dia quando for completada

em 2013.

>> SANTANDERA decisão do presidente venezuelano

Hugo Chávez de nacionalizar a

operação local do Banco Santander

foi cumprida após o pagamento

de US$ 1,05 bilhão

pelos ativos do banco espanhol em

território venezuelano.

>> SQMA empresa indiana Coromandel

Fertilisers fechou um acordo

com a Soquimich Europa, fi lial

da companhia chilena SQM, para

produzir fertilizantes hidrossolúveis

na Índia. Pelo acordo entre as duas

empresas, a Coromandel investirá

US$ 2,2 milhões em uma

usina localizada em Kakinada, no

Estado de Andhra Pradesh, no sul

do país.

>> PETROBRASmilhões de dólares é o valor do acordo da

Petrobras com a divisão de gás e petróleo da

GE para a venda de equipamentos para suas

operações offshore. Serão 250 unidades de

sistemas submarinos VetcoGray, da GE Oil & Gas,

em três anos.

Page 172: Nº 377 Edição Brasil

172 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

Troca demarchaFabricantes de veículos de luxo apostam em uma rápida recuperação das economias latino-americanasAntonio María Delgado / Miami

ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO

Page 173: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 173

Pode ser que te-nham tirado o pé do acelerador em momentos nos quais as econo-

mias latino-americanas dão sinais de sair da inércia. Mas os grandes fabricantes de automóveis de luxo não estão dispostos a pisar no freio. Pelo contrário, as alemãs Porsche, Audi e BMW veem a atual conjuntura como uma breve pausa na condução do negócio.

Os últimos anos têm sido muito bons para as operações destas companhias na América Latina, o que lhes permitiu po-sicionar suas marcas dentro do

nicho de mercado mais seleto. Embora a crise impacte suas vendas, as companhias não perderam de vista o grande potencial de crescimento que a região promete.

“A corrida já começou”, diz Juergen Deforth, gerente-geral da Audi para a América Latina, em referência ao renovado enfoque que as empresas deste segmento do mercado estão dando à região. “Estamos todos muito interessados na América Latina, porque sa-bemos do grande potencial que existe aqui.”

Esse potencial ficou em evidência nos anos anteriores à crise, durante os quais o forte crescimento das economias da região ampliou a classe executiva, criando uma grande oportunidade para as empresas

AUDI A4

CAÍRAM AS VENDAS DE AUDI NA REGIÃO ATÉ ABRIL

Page 174: Nº 377 Edição Brasil

BMW MINI

174 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

I

dedicadas a satisfazer o ape-tite pelo luxo e conforto das classes emergentes. Apetite que efetivamente diminuiu recentemente, mas que as companhias estimam que voltará robusto em questão de meses.

Os analistas concordam que esse segmento terá uma rápida recuperação. “O mercado de carros de luxo, especialmente na América Latina, tem se mostrado muito mais

estável que outros da indústria. Isso se deve ao fato de estar voltado a um segmento que tem dinheiro para comprar e, se não o está fazendo agora por prudência, voltará a fazê-lo quando volte a normalidade” diz Pascual Francisco, analista da IHS Global Insight.

No caso da Audi, a empresa espera tomar a dianteira do circuito latino-americano em pouco tempo, com a introdução de novos modelos. “Estamos trabalhando ativamente para ampliar nossa oferta aos clien-

tes, o que tem sido uma boa estratégia”, diz Deforth.

De fato, o lançamento de novos modelos tem funcionado muito bem para a companhia durante os últimos meses de volatilidade, ajudando-lhe a proteger suas margens de vendas. Nos primeiros quatro meses do ano, a empresa tinha registrado uma redução de 10% nas vendas, cifra signi-ficativa mas inferior às quedas registradas por alguns de seus rivais na região.

Essa queda exclui o impacto

do fechamento do mercado na Venezuela, país que, em meados de 2008, bloqueou a importação de automóveis de luxo, afetando todas as marcas.

Deforth diz que grande parte do atrativo da proposta da Audi, cujos modelos mais vendidos são o A3 Sportback, o sedã A4 e o A6, é o conceito do design, que busca maximizar o conforto e o luxo dos veículos para realçar a experiência de conduzi-los. Mas a marca também conta com uma nova

geração de motores que ajudam a reduzir as preocupações sobre o impacto no meio ambiente. “Demos a nossos veículos novos motores que oferecem um rendimento muito melhor, mas que consomem menos combustível”.

E, quando se trata de moto-res, impossível ignorar a oferta da Porsche. A montadora alemã começou a complementar sua frota de esportivos com carros desenhados para mais de duas pessoas. Thomas Staertzel, presidente da Porsche Latin

ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO

ampliar nossa oferta aos clien- Essa queda exclui o impacto também conta com uma nova presidente da Porsche Latin

PORSCHE CAYMAN

Page 175: Nº 377 Edição Brasil

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 175

America, afirma que – apro-veitando o sucesso da intro-dução de seu utilitário (SUV) Cayenne, seu automóvel mais vendido em todo o mundo –, agora está prestes a colocar no mercado seu próprio sedan que deve competir diretamente com modelos que a Audi, BMW e Mercedes Benz têm no mercado.

“Estamos seguros de que o Panamera terá o mesmo suces-so do Cayenne, que silenciará todos aqueles que questionam a capacidade da Porsche de construir um sedan de luxo, da mesma forma que o Cayenne extinguiu as dúvidas de que a Porsche pudesse construir um SUV”, afirma.

A força deste veículo é que, como o Cayenne, oferece ao condutor a mesma sensação de dirigir seus modelos es-portivos. A fórmula parece dar bons resultados, a julgar pelo acelerado crescimento das vendas na região. “Tem sido um crescimento exponencial.

Hoje vendemos dez vezes mais do que quando abrimos nossa sede em Miami para atender a região. A empresa passou de 260 veículos vendidos em 2000 aos 2,7 mil veículos em 2008”, diz Staertzel.

A crise está pesando sobre

as projeções da companhia, e a previsão para este ano contempla vendas abaixo de 2 mil unidades. Mas Staertzel acredita que a diminuição será momentânea e que os volumes de venda estarão, em 2010, no mesmo patamar alcançado em 2008. E embora seja significativo, o impacto nas vendas

dos fabricantes de veículos de luxo é inferior ao registrado no mercado todo.

“Estamos operando em um nicho muito resistente”, diz. “Atendemos pessoas que são altamente bem-sucedidas, com visão, que viajam por todo o mundo, que conhecem bem as diferentes marcas mundiais, e que recompensam a eles mesmos por seu árduo trabalho adquirindo um Porsche. E pode ser que esta gente perca

dinheiro na bolsa, mas ainda tem recursos para obter o que deseja”, diz o executivo da montadora alemã.

Gerd Dressler, diretor ge-ral da BMW Group México, concorda que o nicho de mer-cado no qual sua companhia

compete é muito resistente, particularmente na América Latina, região que até agora tem tido melhor atuação que outros mercados. Ele destaca, inclusive, seus resultados no México, o país mais afetado pela crise. O México é res-ponsável por 40% das vendas totais da BMW na América Latina, ao passo que a marca corresponde a 30% das vendas totais do segmento de automó-

veis de luxo no país.A empresa não ficou de fora

da desaceleração da economia mundial, mas ainda assim conseguiu manter sua partici-pação no mercado equilibrada. “O ambiente é adverso, mas vemos 2008 como um ano de

transição”, afirma Dressler. “Esperamos uma melhora a partir do próximo ano”.

Entre os pontos fortes da operação da BMW na região está o peso de sua marca, sua extensa rede de serviços e a alta qualidade de veículos como o BMW 3 Series, o BMW 7 Series, e o roadster Z4.

Mas, no México, a empresa também está se beneficiando do sucesso de produtos que estão ligeiramente fora de li-nha, como o compacto de luxo

Mini e as motos que levam sua marca. “A BMW usará toda a sua força no desenvolvimento de novos produtos”, diz Dres-sler. “Somos uma empresa focada em inovação e estamos constantemente pensando no futuro”.

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VISÕES

JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 177

O que leem

PILHAR A SORTEPESQUISADOR DEMONSTRA QUE O SUCESSO CONTINUA SENDO MAIS EFEITO DA SORTE E DE VANTAGENS ARBITRÁRIAS DO QUE ESTRITAMENTE DO ESFORÇO E DO MÉRITO

“Estamos tão seduzidos pelos mitos do melhor e mais

brilhante e do self made man que achamos que as pessoas

fora de série brotam da terra tão naturalmente como

os mananciais. Olhamos Bill Gates e nos maravilhamos de

viver em um mundo que dá a um garoto de 13 anos a chave

para se transformar em um empresário fabulosamente bem-

sucedido. Mas essa é uma lição errada.”

Então, qual é a lição correta?

Malcolm Gladwell dedica as 312 páginas de argumentos

e pesquisas de Fora de Série - Outliers a estabelecer as bases

para conformá-la. Em tal percurso, explora o mundo dos

jogadores de hóquei sobre gelo; a vida quase desconhecida

dos Beatles em Hamburgo, antes da fama; a adolescência

de Bill Joy, criador da Sun Microsystems; as décadas de

menosprezo na vida de advogados como Joe Flor antes de se

tornar um dos master of the universe das fusões e aquisições;

entre outras várias histórias fascinantes.

Lamentavelmente, em vez de revisar essa progressão,

parte da crítica ao último trabalho do autor, que se tornou

famoso com o livro The Tipping Point, fixou-se em apenas

um capítulo, o número dois: “A regra das 10 mil horas”.

Nele, Gladwell estabelece a regra empírica que diz que, em

se tratando de Mozart ou Cristiano Ronaldo, de Obama ou

desse carpinteiro que nos parece um gênio, todos levaram 10

mil horas, de aprendizagem e trabalho, antes de triunfar.

Tomou-se a “regra”, de certo parcialmente descumprida

em diversos contextos, como um pretexto contra o talento

e, inclusive, a meritocracia (sua explicação da tese de Barry

Schwartz sobre por que instituições de elite como Harvard

deveriam sortear vagas entre os milhares de seus já destacados

aspirantes, sobre a base do modelo de que “já são suficiente-

mente inteligentes”,

é poderosa). Mas

não se trata de nada

disso. Fora de Série

- Outliers é mais do

que um argumento

ingênuo a favor do

trabalho duro. É uma

denúncia contra três

coisas: o desper-

dício obsceno que

fazemos do talen-

to, a aceitação da

casualidade como

guardiã fronteiriça entre uma vida aproveitada e outra apenas

sobrevivida, e – não menos importante – o autoengano de

que não podemos fazer nada drasticamente significativo, não

ligado ao dinheiro, para promover vidas mais plenas.

E, sim, podemos. Porque, alega, trata-se de promover “uma

oportunidade”. Na realidade, milhões dessas “oportunidades”

que, para nós, os favorecidos do mundo, nos mudaram a vida

para melhor. Essa é a lição certa?

“Em 1968 havia apenas um menino de 13 anos ao qual

nosso mundo permitiu o acesso ilimitado a um terminal (de

computadores mainframe) de tempo compartilhado. Se 1

milhão de adolescentes tivessem tido a mesma oportunidade,

quantas Microsoft teríamos hoje? Para construir um mundo

melhor, é preciso substituir o padrão do acaso e as vantagens

arbitrárias que hoje determinam o sucesso por uma sociedade

que ofereça oportunidades para todos”, diz Gladwell.

Rodrigo Lara Serrano

O poder do agora, de Eckhart Tolle, trata da problemática uni-versal da felicidade. O autor mostra, numa linguagem simples e clara, que é possível liberar-se do sofri-mento, da ansiedade e da neurose da vida diária a partir de uma mudança interna.

Leio Anjos e demô-nios, de Dan Brown. Estou gostando porque a genialida-de e a inteligência-mestre deste autor nos aprisionam em cada página do livro. Pode-se imaginar cada uma delas e vivê-la per-feitamente.

Paulo KalapisDiretor de Mercadotecnia para ArgentinaSUN MICROSYSTEMS México

Cristián ArgüelloCountry managerCognizantArgentina

Fora de Série - OutliersMalcolm Gladwell

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Estou lendo Musso-lini de Pierre Milza, para compreender como uma socieda-de moderna, com suas condições culturais e socioe-conômicas, chegou a criar um monstro e levá-lo ao poder extremo, entregan-do-lhe o poder total em troca de ordem social. E, dessa for-ma, aceitou descer, pouco a pouco, ao inferno.

Stefano Stoppani Diretor geral no México e diretor regional para América LatinaCRIFMéxico

Page 178: Nº 377 Edição Brasil

LINHA DIRETA

178 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009

[BUENOS AIRES]

AFP

Jared Waxman foi direto ao ponto: “Por que as argen-

tinas são magras se comem tanta carne?” A pergunta

expressava uma surpresa genuína. Especialmente

vindo de um biólogo norte-americano que dava uma

volta ao mundo e tinha decidido ficar alguns meses na Argen-

tina, melhorando seu espanhol. E feliz.

– É que as argentinas fazem a dieta do dr. Atkins sem

sabê-lo, respondi, em referência ao “bife com salada” que

costumo ver senhoritas magras como uma garça engolirem

satisfeitas em restaurantes deixando os pães intactos. Situ-

ação, aliás, inverossímil em

países como Equador, Chile

ou Venezuela.

– Não, não – dizia Jared,

sem dar o braço a torcer. Elas

também comem espaguete.

Deve ser genético.

Mas não é. Em seu livro

Estratégias de consumo: o que

comem os argentinos que co-

mem, a antropóloga Patricia

Aguirre garante que no Rio

da Prata estabeleceram-se três

modelos de corpos, valores

dos alimentos e formas de

comê-los. Os pobres operam

sob a linha de “corpos fortes, alimentos que rendem, comen-

salidade coletiva”. Ou seja, querem a comida que enche,

que dá energia e que, ao ser comida, reafirme os laços do

grupo amplo. Já as classes médias valorizam “corpos lindos,

alimentos ricos, comensalidade familiar”; enquanto os grupos

de alta renda organizam-se em torno de “corpos saudáveis,

alimentos light, comensalidade individual”.

Indo além desses indicadores gerais, com exceções cha-

mativas no contexto latino-americano – como o fato de que

os argentinos de baixa renda consumirem mais carne de vaca

que seus equivalentes em qualquer parte do mundo –, Patricia

identificou algo notável: que entre 1960 e 2000 os grupos

sociais da base da pirâmide reduziram drasticamente a va-

riedade de alimentos que consomem. Não necessariamente a

quantidade de marcas, mas de alimentos. E que na conversão

da alimentação em uma indústria sofisticada e multinacional,

vários produtos desapareceram. Basta lembrar as geleias e os

escabeches das avós para descobrir que nem elas, nem seus

ingredientes, estão em nenhum supermercado comum. E

muito menos nos mais populares.

Em contrapartida, agora muitos alimentos diferentes

contêm os mesmos produtos. Só para mencionar dois deles: o

xarope de milho de alta frutose e o óleo de soja. Um calórico

e o outro, gorduroso.

O efeito “perda de variedade” não é notado porque agora

há uma maior quantidade de comida disponível e as pessoas

comem mais do que antes em países como Chile, Brasil e

México. E por isso há mais gordos. Trata-se de uma gordura

menos de pobre do que a de

pobreza em variedade.

O México é um exemplo

extraordinário disso. À medida

que seus padrões de consumo

mudaram, os gordos floresceram

como nunca. Trinta por cento

da população do país sofre de

obesidade aguda. Ou seja, têm

tantos quilos extras que seu

organismo já funciona de forma

diferente. Estamos falando de

mais de 33 milhões de pesso-

as, em 111 milhões. Se não se

promover nenhuma mudança, as

sequelas da gordura extrema se

transformarão no principal problema sanitário do país.

A Argentina, com seus 19,7% de pessoas obesas, vive

uma situação menos dramática que a mexicana (sexta do

mundo em gordos), mas ainda assim tem outros 24,8% de

pessoas com sobrepeso. Uma pesquisa encomendada há

dois anos pelo Instituto Nacional Contra a Discriminação,

a Xenofobia e o Racismo (Inadi) revelou que, depois dos

pobres, o grupo mais discriminado do país são os gordos

(67%).

E em junho deste ano a tal luta contra essa discriminação

começou. Como? A cidade de Buenos Aires estabeleceu

uma norma que obriga todos os cinemas, teatros, estádios,

salas de eventos e exposições a instalar ao menos dois as-

sentos com medidas especiais: largura de 80 centímetros e

profundidade mínima de 70 centímetros. Ou seja, 30 centí-

metros a mais do que a média. Imagino que Jared preferiria

que os puséssemos em dieta com churrasco, e nada mais.

Rodrigo Lara Serrano

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