N.º 13 o ideias março 97 ano iii

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Março 97 Ano III Nº 13 50$00 SUMÁRIO Pág. 2 Entrevista com Nuno Dias Pág. 3 Um Gesto de Desafio Pág. 4 Entrevista com o Presidente da AE, Luís Caetano Pág. 7 Moeda Única Pág. 8 O Que é a Qualidade Pág. 9 Apoio a Jovens Empresários Pág. 10 Como Escolher um Computador Pág. 13 Núcleos de Informática e Marketing CHARLOT BAR "Oseuespaço" Finalmente indo de encontro a um dos objectivos que nos proposémos implementar no nosso jornal e aproveitando o estímulo e a motivação dos nossos professores vamos começar a publicação, que desejamos periódica, de artigos elaborados a partir de trabalhos realizados no âmbito das cadeiras dos nossos cursos. Estamos conscientes de que num ou noutro artigo poderão ser emitidos conceitos e opiniões não universalmente aceites, mas entendemos também que assim poderemos estar a contribuir para incentivar os alunos a publicar artigos que se enquadrem no âmbito de trabalhos elaborados ao longo do ano, partilhando assim os conhecimentos adquiridos através da investigação e do contacto directo com as empresas. Assim, começamos com a publicação de um artigo sobre a Qualidade, assunto sempre actual e importante que foi tratado numa cadeira do terceiro ano do curso de Gestão de Empresas da nossa Escola.

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Março 97 Ano III Nº 13 50$00

S U M Á R I O

Pág. 2 Entrevista com Nuno Dias

Pág. 3 Um Gesto de Desafio

Pág. 4 Entrevista com o Presidente daAE, Luís Caetano

Pág. 7 Moeda Única

Pág. 8 O Que é a Qualidade

Pág. 9 Apoio a Jovens Empresários

Pág. 10 Como Escolher um Computador

Pág. 13 Núcleos de Informática eMarketing

CHARLOTBAR

"O seu espaço"

Finalmente indo de encontro a um dos objectivos quenos proposémos implementar no nosso jornal eaproveitando o estímulo e a motivação dos nossosprofessores vamos começar a publicação, que desejamosperiódica, de artigos elaborados a partir de trabalhosrealizados no âmbito das cadeiras dos nossos cursos.

Estamos conscientes de que num ou noutro artigopoderão ser emitidos conceitos e opiniões nãouniversalmente aceites, mas entendemos também queassim poderemos estar a contribuir para incentivar osalunos a publicar artigos que se enquadrem no âmbito detrabalhos elaborados ao longo do ano, partilhando assim osconhecimentos adquiridos através da investigação e docontacto directo com as empresas.

Assim, começamos com a publicação de um artigosobre a Qualidade, assunto sempre actual e importante quefoi tratado numa cadeira do terceiro ano do curso de Gestãode Empresas da nossa Escola.

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O Ideias

Entrevista com...

Nuno dias ( candidato ao Conselho Pedagógico )

O Jornal "O Ideias" épublicado nos meses deJaneiro, Março, Abril, Maio,Junho, Novembro e Dezembrocom uma tiragem de 600exemplares.

Pode ser fotocopiadopara distribuição gratuita.

Endereço para contactos:Jornal "O Ideias" - Escola Superior deGestão de SantarémComplexo AndaluzApartado 2952003 Santarém CodexTel.:332121 Fax: 332152

Directora: Luzia ValentimRedacção: José Luís Carvalho, NunoBernardo e António BraçaisMontagem: Rui Costa e Hugo MatosRevisão: José Luís CarvalhoPublicidade: Luzia Valentim e RuiCostaImpressão: Tipografia Escolar

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O Ideias: O que é que te levou aaceitar o convite do actual presidente doNEGE para integrares uma lista paraesta estrutura associativa?

Nuno Dias: Aceitei o convite doAlexandre porque era um desafio novoque achei aliciante e desta forma teria aoportunidade de fazer algo pela nossaescola e pelo nosso curso. Fazer parte doNEGE permitir-me-ia ajudar a valorizare dar a conhecer a nossa escola no"mundo exterior", e para isso estamos jáa organizar algumas conferências, epara as quais pedia desde já aparticipação de todos. A próximaconferência terá lugar no dia 18 deMarço. Provavelmente na altura em queo jornal sair já essa conferência se terárealizado e eu espero que tenha corridobem e que toda a gente tenha tirado omáximo proveito dela. Além destaconferência já estão programadas outrasque se serão devidamente publicitadasna altura certa.

O Ideias: Como é a tua relação como Alexandre (actual presidente doNEGE)?

Nuno Dias: A minha relação com oAlexandre é a melhor que poderia ser,como afinal sempre foi. De facto já háalguns anos que somos colegas e semprenos demos bem, aliás esta é a minharelação com todas as pessoas do NEGE,pois no fundo este tipo derelacionamento acaba por se traduzirnuma forma de agradecimento a todosos colegas que depositaram confiançaem nós nas últimas eleições.

O Ideias: Como vês pessoalmente aintegração do NEGE na A.E.?

Nuno Dias: A integração do NEGEna A.E. é algo sempre favorável aosalunos da escola, pois diz o ditado e a

razão que "a união faz a força". De factoesta integração permite umacolaboração mais estreita entre aAssociação de Estudantes e o Núcleocom vista à criação de sinergias sem quehaja uma perda de autonomia por partedo NEGE. Em reunião que tive com aassociação de estudantes foi esta a ideiaque ficou do que seria a integração doNEGE e dos restantes núcleos na A.E.

O Ideias: Todos sabemos que tenspreconizado algumas críticas a algunsaspectos pedagógicos referentes aoensino na nossa escola. O que é que emtua opinião deve ser feito para melhorartanto a qualidade do ensino como ascondições de trabalho dos alunos?

Nuno Dias: Tenho feito críticas nãosó a aspectos pedagógicos, embora eupense que muita coisa possa ser feita navertente pedagógica, nomeadamenteagora que estamos a sair do regime deinstalação, que embora fosse provisório,já parecia definitivo. Agora as coisas vãomudar um pouco porque os alunospassam a ter mais poderes, uma vez quepassam a ter a faculdade de eleger osseus representantes para os órgãos degestão da Escola e desta forma teremosa faculdade de assumir nos órgãospróprios as nossas posições.

Situações como a avaliação contínuaque é propagada, mas não respeitadapor alguns professores ou o facto dosprofessores nunca nos facultarem acorrecção das frequências e dos exames,ao contrário do que acontece em outrosestabelecimentos, para que fiquemos asaber qual a faixa de raciocínio quepretendem são situações que a meu verdevem acabar. Outra coisa que eugostaria de ver era os professores aelaborarem manuais escolares em

conjunto comos núcleos ever facultado oacesso am e l h o requipamentoinformático.

O Ideias:Quais ase s p e r a n ç a sque depositasno futuro da nossa escola, agora queestamos a deixar o regime de instalação?

Nuno Dias: Deposito boasesperanças no futuro da nossa escola,pois de agora em diante e deixando oregime de instalação para trás os alunosvão participar um pouco mais nasacções de divulgação da escola. Alémdisso será criado o gabinete deComunicação e Relações com o exteriorque em conjunto com os núcleos e atémesmo com "O Ideias", julgo poderemimpulsionar um pouco mais dedinamismo à escola tanto a nívelinterno como a nível externo.

O Ideias: O que é mais importantepara ti: ser um bom estudante ou umbom aluno?

Nuno Dias: Ser um bom aluno ésempre importante, mas acima disso háque ser um bom estudante, pois não nosdevemos preocupar só com as boasnotas, mas também com a actividadeassociativa. De facto se virmos bem umbom aluno só contribui para a promoçãoda imagem da escola ao nível deestatísticas pelo facto de tirar boas notas,pelo contrário um bom estudante vaimuito mais longe ao sacrificar a sua vidapessoal e escolar para fazer algo demuito mais útil para a escola que vaimuito para além duma mera estatística.

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Janeiro/1997

UM GESTO DE DESAFIO

Foi assim que o nosso colega de redacção titulou o seumanifesto eleitoral, (transcrito nesta página) na qualidade decandidato ao Conselho Directivo pelo corpo discente. Naspalavras do nosso colega esse gesto de desafio substancia-seprecisamente num desafio a todos os intervenientes no ensino,sejam professores ou estudantes. Seguindo a sua linha de

“A educação tem por fim dar à alma e ao corpo toda abeleza e perfeição de que são susceptíveis”. Era assim quePlatão definia o termo educação. Penso, no entanto, que oconceito de Platão já não corresponde à realidade, na medidaem que a educação não deve ter apenas um fim único, maspelo contrário uma multiplicidade de fins. Não obstante, dotara alma de beleza e perfeição é com toda a certeza objectivoestranho ao sistema educativo em que estamos inseridos.

Não pretendo com esta minha candidatura enaltecer oconceito de educação definido por Platão nem criticá-lo, massim partir deste conceito ideológico para iniciar uma batalhaacadémica que se alimentará da convicção de que a escola devepreparar os estudantes para a vida profissional através datransmissão de conhecimentos específicos, e para a vida socialatravés da transmissão de valores. Entendo, pois que não bastauma preparação académica cheia de teorias “marradas” nasvésperas dos exames para os estudantes se prepararem para avida. É necessário acima de tudo que tenhamos oportunidadesde realização profissional e uma integração completa na vidasocial, política e económica. E isto só é possível se tivermos emlinha de conta que sobre jovens com preparações e origensfamiliares diferentes a escola só pode triunfar agindo tambémde forma diferente, nomeadamente criando uma igualdade deoportunidades.

Quanto ao modelo pedagógico, e simplificando um poucoa realidade, há a salientar a evolução das escolas segundo doismodelos: o modelo académico e o modelo profissional. Omodelo académico alimenta-se do conceito tradicional deensino superior, tanto na vertente pedagógica como na

pensamento diz que a sua actuação no Conselho Directivopautar-se-à pela independência relativamente a grupos depressão que possam existir na nossa escola, aliás foi "sempreassim que actuei em todas as estruturas associativas por que jápassei nesta escola; nunca aceitei nem aceito ser uma marionetanas mãos seja de quem for."

vertente científica. O aluno que frequente uma escola queadopta este modelo é levado a procurar o conhecimentoapenas pelo conhecimento e está de todo afastado das relaçõescom o meio envolvente. O ensino gira em torno dum treinomental, a teoria não é orientada para a resolução de problemaspráticos e o financiamento dessas escolas é suportado porfundos públicos e não por empresas ou remunerações porserviços prestados. Por sua vez o modelo profissional assentade certa forma numa corrente filosófica designada porrealismo e acaba muitas vezes por cair na ingenuidade aoquerer incutir a ideia de que não há problema nenhum que aciência não resolva. Os programas das escolas de gestão queadoptam o modelo profissional são orientados para aliderança, estratégia, planeamento, inovação, etc. Orecrutamento de professores está intimamente ligado aobjectivos de investigação aplicada e os programas de pós-graduação têm um peso significativo.

Do meu ponto de vista estes modelos representam pontosextremos no âmbito do sistema educativo, como tal o ensinoa ministrar na nossa escola deve ser uma combinação deambos, pois nós sabemos que uma escola que opte pelo modeloprofissional jamais será bem sucedida se puser de parte algunsparâmetros estabelecidos pelo modelo académico.

Assim o que eu pretendo é consciencializar a direcção daescola da importância das decisões que se impõem nestemomento crucial da vida desta instituição e responsabilizar osagentes intervenientes pelas decisões que tomarem e pelaactuação que vierem a ter.

José Luís Carvalho

••••• Desenvolver esforços no sentido deser criada finalmente umaassociação de ex-estudantes daESGS, coisa que já há muito tempovenho a defender.

• Criar um gabinete de apoio jurídicoque deverá servir todas as estruturasassociativas da Escola e todos osestudantes em geral, no sentido delhes dar a conhecer os seus direitos.

• Exercer pressão junto da direcção daEscola no sentido de se apoiaremtodas as actividades que visampromover a imagem da nossaescola, nomeadamente colóquios,

debates, congressos e ciclos deconferências.

• Promover reuniões periódicas comas várias estruturas associativas daEscola para se discutir a políticaadoptada pela mesma e para recebertodas as críticas que digam respeitoà actuação do Conselho Directivo.

• Promover as diligências necessáriasno sentido de criar condições detrabalho a estudantes que estejamenvolvidos em actividadesacadémicas e cuja natureza dessasactividades justifique a abrangênciado estatuto de dirigente associativo.

• Ajudar a definir a política demarketing e de relações públicas daEscola com base num estreitorelacionamento com o Gabinete deComunicação e Relações com oExterior.

• Apoiar os restantes membros doConselho Directivo em todas asiniciativas que sejam para o bem daescola em geral e dos estudantes emparticular.

• Prestar dentro das minhascompetências, o apoio necessário aocorpo discente que vier a ser eleitopara o Conselho Pedagógico.

P r o g r a m a

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O Ideias

Entrevista com...

Luís Caetano ( Presidente da Associação de Estudantes )

tem a vercom a estru-tura quepretendemosimplantar an í v e lassociativoaqui porquesabemos queé fundamen-tal a existência de núcleos que devemter apoio, apoio esse que passa pormeios informáticos, um local onde sepossam reunir e trabalhar porque comovocês devem ter noção torna-seimpraticável aproveitar o espaço daassociação no caso de haver porexemplo três núcleos a trabalhar paratrês ciclos de conferências porque não éhumanamente possível e o espaçotambém não é assim tanto que permitadesenvolver um trabalho consistente.Depois temos outras questões quepodem ser melhoradas a nível dareprografia da escola e outros assuntosque brevemente iremos divulgar.

IDEIAS: Quais as vantagens quevês na departamentalização da A.E.?

L.C.: As vantagens que eu vejo e quenós como Associação pensamosexistirem é de que permite que aAssociação por intermédio dos núcleostenha um conhecimento muito maisreal da situação de cada curso...

IDEIAS: E vantagens financeiras?L.C.: Digamos que não se pode falar

concretamente em vantagensfinanceiras. Com a departamentalizaçãoda A.E. o que vai acontecer é que nósquando nos candidatarmos a futurossubsídios iremos receber um subsídiomaior por termos actividades extras eisto já acontece com muitas outrasassociações de estudantes existentes esendo o subsídio maior, isso vai permitirque possamos canalizar verbas e dar umapoio maior a todos essesdepartamentos para que eles possampor sua vez desenvolver uma série deactividades e ajudar os alunos apromover acontecimentos que visem adevida informação dos mesmos etambém dar um contributopara que a nossa escola sejacada vez mais divulgada epara que os nossos alunossejam cada vez

sempre em conta todos esses factores.IDEIAS: Por exemplo, neste

momento têm alguma dívida que metamedo? É que a Comissão de Finalistastem-se vindo a queixar...

L.C.: Não... Atenção o que houve foium acordo desta Associação com aComissão de Finalistas para ajudar aComissão de Finalistas e esta ajudabaseava-se no seguinte: caso essacomissão não consiga vender todo omaterial que tem em carteira, nósassumimos o compromisso de lhescomprar esse material. Quanto àquestão das dívidas a Associação nãotem nenhuma dívida de meter medonem está, digamos, numa situação quenão se ultrapasse. Além do maisestamos a resolver a questão dospatrocínios que nos permitem obteralgumas receitas que nos darãopossibilidades de fazer face a todas assituações que se vão deparando.

IDEIAS: E então aquela dívida dotelefone de que se falou há algumtempo atrás?

L.C.: Isso está tudo resolvido.IDEIAS: Mas ainda hoje falámos

com o Dr. Beirante e ele disse-nos quea Associação ainda estava a deverdinheiro do telefone.

L.C.: Não. O que a Associação está adever foi relativamente ao mês deDezembro e também algumacorrespondência que foi enviada poraltura do natal. E é essa a dívida daAssociação relativa a telefone ecomunicações que existe.

IDEIAS: E que vai ser pagabrevemente.

L.C.: E que vai ser paga brevemente,aliás nós vamos ter uma reunião com aComissão Instaladora para negociarmose falarmos acerca duma série dequestões que nos preocupam comorepresentantes dos alunos e queesperemos venham a dar frutos.

IDEIAS: O que é que vocêspretendem negociar?

L.C.: Julgamos que há possibilidadesde se conseguirem outros meios para osalunos e quando falo noutros meios,digo possibilidades para haver uma salade trabalhos de grupo porque há evamos falar nisso à ComissãoInstaladora. Depois temos outra questãoque é relativamente aos Núcleos e isto já

IDEIAS: O que é que te levou aformar uma lista para a A.E.?

Luís Caetano: Não fui eu que formeiuma lista para a A.E., digamos antes quefoi um projecto que algumas pessoaselaboraram e para o qual fui convidado.

IDEIAS: Como é que justificas avitória da tua lista?

L.C.: Isso não sei, pois trata-se dumaquestão que passa mais pela respostapropriamente dita dos alunos porqueambas as listas tinham projectoscoerentes e válidos que visavamsobretudo a defesa dos interesses dosalunos.

IDEIAS: Em campanha eleitoralvocês acusaram a lista B de nãoapresentar projectos, então vens agoradizer que os projectos deles eramcoerentes, os mesmos projectos quenão existiam?

L.C.: Não propriamente; o que querodizer é que durante a campanhaeleitoral, se calhar falou-se muito,discutiu-se muito, mas havia algunsprojectos, quer da lista A quer da lista B.Se calhar, tendo em conta toda aenvolvente, toda a questão da Escola, aspossibilidades a nível da associação euma série de factores alguns elementosda lista A acusaram alguns elementosda lista B de falarem muito e de sepreocuparem pouco em apresentarprojectos. No entanto ambas as listastinham de facto projectos e posso atédar um exemplo: a lista B tinha umprojecto que envolvia um acordo com oKUKUKAIA e esse projecto como eraum projecto válido e coerente foiaproveitado pela lista A.

IDEIAS: Qual a situação financeirada Associação?

L.C.: A situação financeira daAssociação é uma situação financeiraque julgo que todas as Associações deum modo geral têm, ou seja, é sempreuma situação complicada, uma situaçãoonde não há facilidades...

IDEIAS: E como é que justificasessa falta de facilidades?

L.C.: As associações são organizaçõessem fins lucrativos e como tal torna-secomplicado muitas vezes viver desubsídios, de apoios e das quotas dosassociados e como tal é por isso que euestou a dizer que não é fácil e é sempreuma situação financeira que tem que ter

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mais conhecidos.IDEIAS: O ano passado a A.E.

recebeu ou não um subsídio maior porter mencionado o N.E.G.E., o jornal e odepartamento de desporto nessepedido?

L.C.: Não. Não, de modo algum.Porque para esses subsídios serematribuídos todos esses núcleos e todosesses departamentos têm que estarconvenientemente expressos nosestatutos da A.E. e como tal não estandonenhum desses núcleos oudepartamentos para já referidos nosnossos estatutos, não nos é possível anós pedirmos os patrocínios e subsídiosrelativamente a isso. Aliás uma dasnossas bandeiras vai ser fazer a tãoalmejada revisão estatutária em finaisde Março, princípios de Abril porque jáé tempo de uma vez por todas nósdarmos a volta aos nossos estatutosporque toda a gente sabe queinfelizmente os nossos estatutos já nãosão os mais adequados e têm levantadouma série de questões e problemas epara isso basta ver a título de exemplo aúltima campanha eleitoral.

IDEIAS: Mas tivemosconhecimento que a A.E. tinharecebido um subsídio superior em 300contos àquilo a que teria direito se nãotivesse mencionado o departamento dedesporto...

L.C.: Não, isso são tudo afirmaçõesfalsas.

IDEIAS: E a A.E. pode facultar essainformação, nomeadamente fotocópiado pedido que foi enviado...

L.C.: Sim, sim, julgo que isso estátudo em arquivos; é uma questão de seprocurar e de se ver.

IDEIAS: Qual a tua opinião acercada candidatura dos alunos do 3.º ano àA.E. faltando-lhes apenas uma cadeirapara acabar o curso que podem concluirlogo em Dezembro?

L.C.: A minha opinião pessoal é deque uma coisa é um aluno que tem umano lectivo à sua frente candidatar-se àA.E. porque mesmo tendo em conta osestatutos e havendo um períodosuposto em que esses aluno já não faráparte da escola que seria o período finalde Julho teoricamente, mas houve umasérie de meses em que esse aluno teveoportunidade de dar o seu contributo ede desenvolver uma série de projectospara a escola e para os alunos o que écompletamente diferente da situaçãodum aluno que seja do 3.º ano, mas quetenha apenas um exame para fazer em

Dezembro, porque dando-se o casodesse aluno hipoteticamente concluir ocurso passa a haver um desfazamento euma diferença muito grande porqueesse aluno mesmo sendo eleito para aA.E. se acabar o curso em Dezembro, deDezembro até Julho não é aluno daescola, enquanto que o outro aluno, deDezembro até Julho é aluno da escola.

IDEIAS: Mas há pessoas queargumentam que um aluno que tenhaapenas uma disciplina para fazer temmuito mais disponibilidade que umaluno que tenha 10, 11 ou 12 cadeiraspara fazer.

L.C.: Mas um aluno que acabe ocurso em Dezembro forçosamente, eisto é a lógica natural das coisas, vaiintegrar o mercado de trabalho, vaiestar preocupado com a sua vidaprofissional, com a sua carreira e comtodo o seu futuro e provavelmente, casosurja uma proposta esse aluno não a irárecusar para ficar na A.E. mesmo tendodisponibilidade e tempo. Além dissotenho impressão que eticamente emoralmente não será muito correcto umaluno candidatar-se, e isto depende daconsciência de cada um, sabendo que àpartida em Dezembro vai ingressar nomundo do trabalho e queprovavelmente irá surgir umaoportunidade e depois ele não poderádispensar nenhum tempo para a A.E. eirá estar desfazado da realidade escolar,irá estar longe das situações, dosproblemas e da vivência diária da escolae quer queiramos quer não, isso temmuita influência e muito peso.

IDEIAS: Se isso não é eticamentecorrecto, então porque é que aceitasteintegrar uma lista onde havia umelemento que estava nessas condições?

L.C.: Porque quando aceitei integraresta lista não me ocorreu como nãoocorreu à maioria dos elementos quehoje fazem parte da Associação, essasituação. Depois quando a questão foilevantada e quando se fez a análise maisprofunda do problema, aí já era tarde ejá não seria muito correcto da minhaparte depois de ter assumido umcompromisso e de ter assumido algocom as pessoas de voltar com a palavraatrás até porque a questão foi levantadaaquando do início do processo eleitoral.

Julgo também que a situaçãorelativamente ao elemento que fazparte da Associação que estava nasmesmas condições era um poucodiferente da situação dos elementos dalista adversária porque além de ter mais

exames para fazer, o que não significarigorosamente nada, ocupava um cargoque era completamente diferente e quetinha responsabilidades completamentediferentes e que não mexia tanto aestrutura da A.E.

IDEIAS: Mas a ética não mexe comcargos...

L.C.: Exacto, a ética não mexe comcargos e eu na altura quando aceitei oconvite que me foi feito, não meapercebi da situação, não reparei nopequeno grande pormenor que era essaquestão e depois mais tarde quando setomou um pouco a consciência doproblema que se estava a criar e quandonos demos conta todos da realidade, secalhar aí já era um pouco tarde paravoltar atrás até porque o processo já setinha iniciado.

IDEIAS: De qualquer das formascriou-se costume...

L.C.: Talvez...IDEIAS: Ao aceitar-se esta situação

este ano, enquanto os estatutos nãoforem alterados ter-se-à que aceitaresta situação?

L.C.: Sim; talvez... Pode-se ver sobesse ponto de vista.

IDEIAS: Vai haver um TOP -Professor este ano?

L.C.: Sim. Estamos a pensar fazer oTOP - Professor, mas ainda nãopodemos adiantar datas porque estamosa dar prioridade a outros projectos e aoutras ideias. Pretendemos aliás fazercom que o TOP - Professor seja umbarómetro dentro desta escola e que sejaum instrumento que os alunos possamutilizar para de algum modoexpressarem a sua opiniãorelativamente aos docentes desta escola.

IDEIAS: O TOP Professor deve seruma iniciativa interna que deve ficardentro da escola ou deve transparecerpara o exterior? (Já que pode haver umprofessor que pode ser um excelenteprofissional lá fora e um mau professorcá dentro e isso pode denegrir aimagem desse profissional se chegar aoconhecimento da empresa que ele ficouem último lugar).

L.C.: Julgo que numa 1.ª fase deveriaúnica e exclusivamente manter-se aquia nível interno e depois então consoanteo caminho que tomasse e as proporçõesque podesse vir a atingir, então aí seriade pensar em horizontes maisvastos.

IDEIAS: Porque é que asbolsas passaram a serpagas em cheque

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ou numerário e deixaram de ser pagaspor transferência bancária?

L.C.: Isso é uma questãorelativamente à qual não podemos fazernada. Passo a explicar: A lei prevê doisprocessos que são a transferência directapara a conta do aluno e o pagamento porcheque. Os serviços de Acção Social doI.P.S. tinham vindo a depositar a bolsadirectamente na conta dos alunos e esteano optou por mudar de processo o queestá a decorrer a nível nacional porquepermite um maior controlo sobre osalunos que são bolseiros. Note-se noseguinte exemplo prático: como não háregime de faltas nesta escola, o que sepassava era que havia alunos que tinhamuma bolsa e depois só cá vinham no finaldo ano e tinham outras actividades pelasquais eram remunerados.

IDEIAS: Já alguma vez reuniramcom alguém da Acção Social paraabordar aquele assunto de que toda agente fala, mas que ninguém faz nada,que é o de haver alunos a receberembolsas sem terem direito a elas?

L.C.: É o seguinte: reunião formal nãohouve. Ainda não surgiu aoportunidade; ainda não houve tempo,se assim se quiser dizer, para reunir epara debater essa questão. No entantoeste ano no âmbito da transformação dosserviços da Acção Social houve umcontrolo muito maior e eles foram maisexigentes. Mas nós poderemos semprealertar, chamar à atenção para essassituações.

IDEIAS: Este ano, e pela primeiravez, tivemos que entregar umadeclaração da Segurança Social queprovasse (teoricamente) que no caso dequem tem mães domésticas, estas nãotrabalhavam de facto por conta deoutrém. A verdade é que há quem tenhamães que estão a fazer descontos para aSegurança Social para um dia maistarde poderem usufruir duma reforma,mas não têm qualquer rendimento. Oraestes alunos são penalizados já que asrespectivas mães estão teoricamente areceber um ordenado que na prática nãorecebem.

L.C.: Isso acontece e é, sem dúvida,uma situação que não é correcta e quenão é justa e como tal nós Associaçãosempre que soubermos desses casosdevemos fazer toda a pressão quepermita chamar à atenção para essassituações.

IDEIAS: O N.E.G.E. tinha umadívida para saldar com a Associação deEstudantes. Essa dívida já está saldada?

L.C.: Essa dívida ainda não foisaldada. Estão a desenvolver-seesforços...

IDEIAS: Essa dívida vai ser saldada?L.C.: Não. Não vamos perdoar dívida

nenhuma ao contrário do que diziamalguns boatos que andaram a circular poraí e que eram falsos. O que está aacontecer é que tanto a Associação comoo N.E.G.E. estão a desenvolver esforçospara que essa situação seja mais cedo oumais tarde resolvida. Também não temosmuita pressa, e isto no sentido relativo,porque sabemos que a situação vai serresolvida e porque temos confiança naspessoas que estão à frente do N.E.G.E..

IDEIAS: De quanto é que é a dívidado N.E.G.E. em concreto?

L.C.: Quarenta e cinco contos.IDEIAS: Em relação aos ciclos de

conferências, quem é que os vairealizar? - É a A.E. com a colaboraçãodos núcleos ou são os núcleos com acolaboração da A.E.?

L.C.: Os ciclos de conferências vão serrealizados pela A.E. e pelos núcleos emconjunto porque só assim se conseguirácada vez mais um trabalho comqualidade e uma experiência cada vezmaior.

IDEIAS: Com o Núcleo deInformática de Gestão não vai acontecero que aconteceu com o N.E.G.E. queaquando da sua formação foi pedidoapoio à A.E. e como esse apoio não foidado os alunos decidiram avançarsozinhos e chegaram a ser vistos pelaA.E. como um conjunto de alunosrebeldes que se marginalizaram dosassuntos associativos da nossa escola..

L.C.: Não. De modo algum. Osmovimentos que possam existir nuncaforam considerados nem nunca sãoconsiderados movimentos rebeldes e nósestamos a dar especial interesse eestamos a acompanhar duma formaparticular a criação dos núcleos paraque...

IDEIAS: Mas reconheces que aanterior A.E. não aceitou muito bem aideia da criação do N.E.G.E....

L.C.: Não. De modo algum. Fiz parteda A.E. do ano transacto e discordocompletamente. Isso é falso porque umacoisa é a posição da A.E. e outra é aposição pessoal de alguns elementos daA.E..

IDEIAS: Ah, então quer dizer quealguns elementos da anterior A.E.tiveram uma posição pessoal contra acriação do N.E.G.E.?

L.C.: Talvez sim, talvez não porque

isto é o seguinte: tal como este ano nestaassociação cada pessoa tem a sua opinião,cada pessoa tem a sua maneira de ver ascoisas e não podemos impedir as pessoasde, pessoalmente, enquanto seres, seexprimirem e dizerem aquilo quesentem e pensam.

Agora num colectivo e tendo emconta os cargos e os compromissos queassumiram a situação é completamentediferente. Se queres que eu te diga sehouve elementos que na associaçãoanterior disseram bem ou disseram mal...

IDEIAS: Não é uma questão de dizerbem ou de dizer mal...

L.C.: Se concordaram ou sediscordaram ou se se opuseram, eu digosinceramente que nunca me apercebi denada e digo-te sinceramente nuncahouve reais intenções nem nunca houvepessoas que estivessem manifestamentecontra; a meu ver e na minha opiniãopessoal.

IDEIAS: Alguns fundadores doN.E.G.E. não são dessa opinião.

L.C.: É a tal coisa, existe a liberdade depensar, de opinar e de se dizer o quemuito bem se acha e o que muito bem seentende. Estar num país livre, estarnuma democracia é isso mesmo: é opoder-se contradizer e discordarlivremente do que certas pessoas dizem.

IDEIAS: Então quer dizer que tantoquanto é do teu conhecimento é falsoque quando os fundadores do N.E.G.E.eventualmente se tenham dirigido a umou vários elementos da A.E. estes nãoapoiaram a ideia e até colocaram algunsentraves à criação do N.E.G.E..

L.C.: Não, relativamente a colocarementraves julgo que isso é um bocadoabusivo e forte porque os elementosenquanto elementos seria difícilcolocarem entraves.

IDEIAS: Não colocaram entraves outu não tiveste conhecimento que elestenham colocado entraves?

L.C.: Não, não, não, não... Porque umelemento enquanto elementounicamente isolado torna-se complicadonum todo colocar entraves e depois foicomo eu já disse: se houve pessoas quenão concordaram e se houve pessoas quenão estavam totalmente a favor e sehouve pessoas que tinham ideiasdiferentes não me apercebi realmente enão me dei conta dessa situação.Concerteza que expressaram opiniões,concerteza que disseram o que muitobem entenderam.

José Luís Carvalho e LuziaValentim

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Janeiro/1997

A Moeda Única......no Contexto da Economia Portuguesa

Nos últimos anos temosassistido ao desenvolvimento de novossectores no nosso país. Em 1995 aprodução de bens com maior valoracrescentado aumentou e asexportações de máquinas eléctricas ede transporte foram superiores às detêxteis, vestuário e calçado, facto quefoi motivo de orgulho para EduardoCatroga. Do meu ponto de vista esteorgulho do ex-ministro das finanças écomparável ao contentamento daquelealuno que foi a exame, estava à esperade chumbar, mas lá conseguiu tirar um9, que lhe permite ir a oral. Em parte asexportações de máquinas eléctricas ede transporte conseguiram ultrapassaras exportações de têxteis, vestuário ecalçado, em virtude da falta decompetitividade destes últimossectores nos mercados internacionais,e não devido a ganhos decompetitividade significativos esustentáveis por parte do sector dasmáquinas eléctricas e de transporte. Écerto que concordo que os sucessivosgovernos devam preocupar-se em criarcondições macro-económicas quepermitam aumentar o valoracrescentado dos bens e serviços queproduzimos, no entanto isso não ésuficiente para promover umdesenvolvimento sustentado da nossaeconomia se não se incrementaremrelações comerciais com outras regiõesa nível mundial dada a forteconcentração geográfica do nossocomércio externo. Não nosesqueçamos que a Europa absorvecerca de 80% das nossas exportações. Eisto é grave por duas ordens de razãodistintas:

1.ª - As economias maisdinâmicas em termos de crescimentoestão fora da Europa.

2.ª - Cria uma forte dependênciaeconómica do nosso paísrelativamente a um pequeno númerode países terceiros, o que pode terconsequências desagradáveis tal comodemonstra toda a História Economico- Social portuguesa.

Como é óbvio convém que ogoverno português tenha em linha deconta estas premissas no contexto da

nossa adesão à moeda única. De factose aderirmos à moeda única sem osnossos principais parceiros comerciaiseuropeus, essa adesão pode serprejudicial para a nossa economia. Éque muito se tem discutido acerca damoeda única, no entanto a maior partedessas discussões assentam numa sóperspectiva que é a de saber quais é quesão as vantagens e as desvantagens daadesão ao euro. Poucos são os queousam discutir as vantagens (e asdesvantagens) da não adesão. De factoexiste um risco inerente à terceira faseda União Económica e Monetária(UEM) para as empresas dos países queaderirem à moeda única que é o de seassistir a desvalorizações competitivaspor parte dos parceiros que nãoaderirem à moeda única e nestemomento não há nada que impeçaesses países de agir dessa forma.

Assim há quem defenda aimplementação dum mecanismo decâmbios entre o euro e as moedas dospaíses que não aderirem à moeda únicano chamado pelotão da frente. Estemecanismo além de evitardesvalorizações competitivas iriatambém servir de base para aestabilidade cambial dos tais países quenão façam parte do pelotão da frente,mas que tenham como objectivo umaparticipação plena na U.E.M..

Mas as hipotéticasdesvalorizações não são dentro destequadro uma preocupação única. Nestemomento é impossível prever ocomportamento do euro após 1999, daíque um dos receios de muitosempresários seja a revalorizaçãosistemática desta moeda face às divisasmais importantes a nível mundial,nomeadamente o dólar e o iene, o quepoderia ser desastroso para a economiaportuguesa. E nessa altura faria muitojeito, para Portugal nomeadamente,aquele instrumento financeiro quedesaparecerá com a adesão à moedaúnica que é a taxa cambial. Pois, acimade tudo as nossas empresas sóbeneficiarão da eliminação do riscocambial se forem competitivas. É quemais importante que a convergêncianominal são os ganhos da economia

portuguesa a nível de produtividade ede competitividade, pois a eliminaçãoda taxa de câmbio acaba por ser maisum risco do que um benefício numcenário de fraca competitividade, porisso a convergência nominal deverá serapenas um meio para atingir umaconvergência real com a Europa.

No que se refere ao processo deadesão temos que ter em linha de contaque em última análise não somos nósque decidimos a nossa entrada na 3.ªfase da U.E.M., mas sim os nossosparceiros (o Conselho Europeu) combase no que está estabelecido noTratado de Maastrich e é quase certoque a adesão de Portugal à moedaúnica vai depender da adesão ou danão adesão da Espanha em virtude donível de integração das duaseconomias.

Mas como a adesão à moedaúnica também depende um pouco denós o Orçamento de Estado para 1997foi elaborado com vista a atingirem-seos rácios macroeconómicos sem osquais a adesão não será permitida. Masa questão que se levanta nestemomento a este respeito é a de saber sehá ou não um ajustamento estruturaldas despesas. De facto o aumentosubstancial das receitas ficou a dever-seem 1996, essencialmente a uma maioreficiência da máquina fiscal e a umadiminuição dos encargos a suportarpelo orçamento de estado em matériade juros da dívida pública o que seexplica pela diminuição das taxas dejuro e pelo programa de privatizações.Além disso prevê-se que antes dosjuros da dívida pública as despesascorrentes do Estado subirão 7,5% em1997.

Assim se tivermos em linha deconta que o programa de privatizaçõesnão é eterno e que as nossas taxas dejuro estão cada vez mais próximas dastaxas de juro dos restantes paíseseuropeus facilmente nos apercebemosque terá que haver um ajustamentoestrutural das despesas, caso contrárioos impostos poderão aumentar a partirde 1998.

José Luís Carvalho

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O Ideias

QualidadeFinalmente indo de encontro a um

dos objectivos que nos proposémosimplementar no nosso jornal eaproveitando o estímulo e a motivaçãodos nossos professores vamos começar apublicação, que desejamos periódica, deartigos elaborados a partir de trabalhosrealizados no âmbito das cadeiras dosnossos cursos.

Estamos conscientes de que num ounoutro artigo poderão ser emitidosconceitos e opiniões não universalmenteaceites, mas entendemos também queassim poderemos estar a contribuir paraincentivar os alunos a publicar artigosque se enquadrem no âmbito detrabalhos elaborados ao longo do ano,partilhando assim os conhecimentosadquiridos através da investigação e docontacto directo com as empresas.

Assim, começamos com a publicaçãode um artigo sobre a Qualidade, assuntosempre actual e importante que foitratado numa cadeira do terceiro ano docurso de Gestão de Empresas da nossaEscola.

O nosso trabalho de Gestão deProdução abordou o tema da Gestão daQualidade e dividia-se em duas partesdistintas, uma mais teórica ondeabordámos diversos assuntos no-meadamente a Qualidade Total, acompetitividade e a certificação e outraparte mais prática, na medida em queconsistiu na elaboração de um Manual daQualidade com base num estudoefectuado numa empresa da região.

Dada a extensão do trabalho queefectuámos - cerca de 140 páginas -optámos por fazer referência ao capítuloque pretende demonstrar ser a QualidadeTotal uma filosofia de gestão assente, emnossa opinião, nos seguintes Princípios:

• satisfação do cliente• liderança• envolvimento de todos os

colaboradores• envolvimento dos fornecedores• melhoria contínua

• No que se refere à satisfação docliente nós defendemos que este é umprincípio básico da Qualidade porque,por um lado, o cliente só adquireprodutos que satisfaçam as suasnecessidades ou que correspondam, deforma mais ou menos racional, a umdesejo seu, e por outro lado porque

independentemente de se considerar queo objectivo da empresa é a satisfação dasnecessidades dos clientes ou o lucro, averdade é que a satisfação do cliente estásempre subjacente à qualidade, apenascom uma diferença: se considerarmosque o objectivo da empresa é a satisfaçãodas necessidades dos clientes então agestão da qualidade tem o mesmoobjectivo que a empresa como um todo;se considerarmos que o objectivo daempresa é o lucro então a gestão daqualidade (que tem como princípio asatisfação do cliente) oferece à empresaum meio de alcançar o seu objectivo. Maspara que este princípio seja posto emprática convém englobar no conceito decliente, tanto os clientes externos como osclientes internos. De facto dentro dumaempresa todos os departamentos sãofornecedores e clientes uns dos outros.Relativamente aos clientes externos épreciso ter em linha de conta que énecessário que estes voltem sempre porterem confiança no produto. Nãoesqueçamos que é mais caro angariarclientes do que mantê-los.

• No que se refere à liderança nãoiremos descrever conceitos nemclassificar tipos de liderança. Estáprovado que um indivíduo pode ser umbom líder dentro dum determinadogrupo e um mau líder noutro. Além dissoo tipo de liderança depende também dotipo de grupo. Achamos no entanto queum líder deve, em termos gerais ser umimpulsionador, um motivador e devesaber ouvir, decidir e construir equipascom as pessoas a trabalhar nos lugarescertos e com um bom ambiente detrabalho. O líder deve ainda ter em linhade conta que é da sua responsabilidade adefinição de objectivos ambiciosos, masrealistas bem como a disponibilidade demeios.

• O envolvimento de todos oscolaboradores é por sua vez um princípioque de certa forma está relacionado coma liderança e que nós resumimos em trêspontos fundamentais, pois não se podepedir a um colaborador que executedeterminada tarefa, sem que:

• ele saiba como executá-lacorrectamente ;

• lhe sejam fornecidos os meios/condições adequadas;

• seja claramente informado dosprocedimentos a seguir;

• Relativamente ao quarto princípioda gestão da qualidade quemencionámos temos a salientar que emnosso entender a Qualidade começaprecisamente com a aquisição dasmatérias-primas e com o cumprimentodos prazos de entrega. No nosso trabalhodefendemos que é da ligação eficaz entrecliente e fornecedor que “resulta aredução de tempos de espera, stocks desegurança e juros do capital investido,bem como a redução dos custos deprodução o que se irá reflectir no preçofinal do produto, tornando-o maiscompetitivo”. Aliás há empresas queantes de assinarem qualquer contratocom um potencial fornecedor requerem arealização de auditorias que lhesgarantam um determinado nível deconformidade.

• Relativamente ao princípio damelhoria contínua que assenta noconceito de Kaizen, uma filosofia degestão que segundo o seu autor, MasaakiImai, é responsável pelo sucesso daeconomia japonesa, entendemo-lo comotal na medida em que a Qualidade sedestina à satisfação das necessidades dosclientes e estas, tal como o meioenvolvente, estão em constante mutação,o que implica uma transformaçãopermanente da organização com vista àmelhoria contínua para manter osclientes.

Mas falar de Qualidade é falartambém dos Círculos da Qualidade. OsCírculos da Qualidade são reuniõesperiódicas onde têm assento não só osdirectores da empresa com também oschefes de secção, operários,administrativos, etc.

Benefícios dos Círculos de QualidadeUma das consequências óbvias da sua

implementação é o envolvimento e aresponsabilização dos trabalhadores bemcomo a mudança de atitudes e decomportamentos a todos os níveis daorganização. Todos podem fazer ouvir asua voz e sentem que as suas opiniões sãoimportantes. Propiciam uma partilha deconhecimentos e de experiências epermitem um enriquecimento pessoal ecolectivo, podendo contribuir para ummelhor conhecimento dos problemas daorganização.

Não obstante os benefícios jáapontados os C.Q. contêm em si algumaslimitações que não devemos descurar:

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Janeiro/1997

• o facto de os temas tratados nãoobedecerem geralmente a umplaneamento adequado pode levar a queas soluções propostas não sejamimediatamente postas em prática, o queprovocará a desmotivação dos seusmembros;

• os problemas urgentes nãopoderão ser resolvidos através dametodologia dos Círculos da Qualidade;

• deverá haver uma predisposiçãoda gestão para considerar as soluçõespropostas pelos círculos evitando adesmotivação dos seus membros;

Na perspectiva da gestão daQualidade é ainda fundamental detectar,avaliar e contabilizar os custos da nãoqualidade (custos que têm origem no

facto de não se fazer bem à primeira vez)com o objectivo de obter dados paradesencadear programas de melhoria eredução de custos.

É usual dividir os custos da nãoqualidade em:

1. custos de prevenção - os queobjectivam manter, em níveis mínimos oscustos de falhas e de avaliação. Incluem:formação interna, gastos de formação dosfornecedores, design do produto, etc.

2. custos de avaliação - os queocorrem na determinação do grau deconformidade aos requisitos dequalidade. Incluem: inspecção e testesdurante o processo, inspecção e testesfinais; custos para determinar a qualidade

do produto ou matéria-prima adquirida;

3. custos de falhas• internas - esses custos estão

associados aos defeitos encontrados antesda transferência do produto aoconsumidor. Incluem: custos das sucatas;rejeições e produtos defeituosos;correcção de defeitos, etc.;

• externas - são custos associados aosdefeitos que são encontrados após oproduto ter sido enviado ao cliente.Incluem: despesas com garantia, queixas,diminuição da credibilidade da empresa,etc.;

Paulo Barreto, Nuno Bernardo,Nelson Pereira e José Carvalho

1. Finalmente os jovensportugueses têm uma oportunidadepara mostrarem o que valem. O SAJE-Sistema de Apoio aos Jovens Empresário,regulamentado através do Decreto-Lei nº22/97, de 23 de Janeiro e que veiosubstituir o antigo SIJE, dispõe de umpacote de ajudas próprio e autónomo,que poderá cobrir a totalidade doinvestimento elegível e trará, certamente,uma nova dinâmica ao tecidoempresarial português, gerando riquezae simultaneamente criando empregos.

2. Quem dele pode beneficiar? - Aspessoas com idades compreendidas entreos 18 e 35 anos que pretendam criar,expandir ou modernizar uma actividadeempresarial, numa área industrial,comercial, turismo, artesanato, animaçãocultural, comunicação, ambientes,serviços ou actividades que apresentemuma inovação relevante ou factoresdinâmicos de competitividade como aqualidade ou o design, poderãocandidatar-se ao SAJE através de umprojecto que deverá demonstrar aviabilidade do investimento.

3. Outras condições:a) Tratar-se de PME (Pequenas eMédias Empresas), em nomeindividual ou sob a forma comercial,devendo, neste último caso, os jovensempresários deter uma participaçãono capital social igual ou superior a51% e estarem proporcionalmenterepresentados na respectiva gestão;

b) não serem devedores ao Estado ou àSegurança Social;

c) disporem ou comprometerem-se adispor, de contabilidade actualizada eregularmente organizada, de acordocom o POC;

d) demonstrarem possuir umasituação económica e financeiraequilibrada;

e) respeitarem os requisitos técnicospara o exercício de cada actividade.

f) o montante máximo doinvestimento em capital fixo(imobilizado corpóreo e incorpóreo)não pode ser superior a 100.000contos;

g) demonstrarem terem viabilidadeeconómica e financeira,(autonomiafinanceira da empresa após projectomaior ou igual a 15%);

h) ter sido iniciada a respectivarealização há menos de 12 meses dadata de apresentação da candidaturae não estar concluída à mesma data.

4. IncentivosOs processos de candidatura

aprovados concorrem a um pacote deincentivos que se distribui pelo apoio aoinvestimento em capital fixo e pelacriação de postos de trabalho.

O incentivo ao investimentoelegível em capital fixo traduz-se numsubsídio a fundo perdido no valor de 50%do seu montante. Esta taxa será majoradaem 10% quando os projectos se realizeme desenvolvam a sua actividade emlocalizações prioritárias ou emactividades prioritárias, a definir porportaria ou quando os promotores sejammaioritariamente constituídos por jovens

à procura do primeiro emprego oudesempregados.

Pela criação de cada posto detrabalho será atribuído um subsídio afundo perdido no montante de 12remunerações mínimas nacionaisgarantidas por lei. Este subsídio a fundoperdido poderá ser majorado,cumulativamente, em 50% nos postos detrabalho a criar que vierem a serpreenchidos por jovens à procura doprimeiro emprego ou desempregados eem 20% nos postos de trabalho a criar quevierem a ser preenchidos por mulheres.

O total destes subsídios nãopode ultrapassar 85% das despesaselegíveis, excepto quando os promotoressejam maioritariamente constituídos porjovens à procura do primeiro emprego oudesempregados, caso em que não podeultrapassar o valor das despesas elegíveis.

5. Outras obrigações:a) manter afectado o projecto à regiãopor um período mínimo de quatroanos;

b) executar o projecto nos termos eprazos fixados;

c) cumprir os objectivos constantes doprojecto;

d) cumprir atempadamente asobrigações legais e fiscais;

e) fornecer todos os elementos que lheforem solicitados pelas entidades comcompetência para acompanhar,controlar e fiscalizar os projectos;

Agora, mãos à obra!!!Drs. J. Peres e M. Nogueira

SAJE - Sistema de Apoio aos Jovens Empresários

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O Ideias

c o m o e s c o l h e r u m c o m p u t a d o r ?

No seguimento da edição de Janeiro,continarei neste artigo, a dar algumasdicas de como escolher o computadorque mais se adequa à sua situação.

Entrarei desta vez em pormenorestécnicos relativos ao Hardware nãoabordados na edição anterior.

As indicações apresentadas ao longodeste artigo terão sempre em conta osparâmetros performance, qualidade,garantias e preço.

Chamo a atenção para o facto de oleitor só poder utilizar estes dados paraanalisar um orçamento se desteconstarem as marcas, modelos e versõesde cada componente.

Comecemos então pela Placa-Mãe(normalmente designada por Board), jáque é o ponto de partida de todos oscomponentes.

A esta placa ficarão ligados todos oscomponentes internos do computador oque mostra desde já a sua importância.

Primeiro que tudo exiga uma placaevolutível até Pentium 200MHZ e comchipset Intel Triton II. Embora todas ascasas utilizem já destas placas ainda háquem tenhas algumas mais antigas e asqueira despachar.

Segundo, tente saber quanto é que aplaca tem de memória Pipeline Cache.Os valores possíveis são 256K expansívela 512K ou 512K expansível a 1024K (1MB). Se possível prefira esta última, adiferença de preço não é significativa eembora a diferença de preço tambémnão o seja vale a pena. Não se esqueçaque mais tarde vai querer evoluir ocomputador para Pentium 200 e se orestante equipamento não estiver àaltura irá arrepender-se.

Terceiro, quantos Slots tem a Board.Os Slots são as conexões onde iráconectar outros componentes (Placa deVídeo, Controlador de Disco, Placa deSom...) e o número de componentes quepode ligar depende exactamente donúmero de Slots de que a Board dispõe.Uma Board com 6 Slots(3 ISA + 3 PCI)talvez sirva mas o aconselhável serão 8Slots (4 ISA + 4 PCI).

Passemos à memória RAM. Hápouco a dizer a não ser que esta deve serEDO e que deverá querer no mínimo dosmínimos 16 MegaBytes. Se puder eleveaté aos 32 MB de RAM. Acima destevalor só, e só, se pretender trabalhar comaplicações extremamente pesadas ouquiser instalar o Windows NT.

Placa de Vídeo ou Controlador deVídeo. Neste caso a placa a escolherdepende muito do software que iráutilizar. As placas aceleradorastornaram-se norma e neste momentoexistem no mercado diversas marcas afornecê-las a muito bons preços. Prefirauma placa com 2MB e MPEG nativo(MPEG por Hardware). Se puderdispender algo mais adquira uma placajá com aceleração 3D. Estas placaspossuem rotinas em Hardware própriaspara acelerar o tratamento de gráficosTri-Dimensionais. Eis algumas das placase marcas mais utlizadas actualmente: S3Trio 64V + MPEG c/ 1MB ou 2MB; S3Virge c/ 2MB expansível a 4MB; ATIWinch Bulk 2MB; ATI VT Retail 2MB,Matrox Millenium 2MB expansível a4MB; Diamond S3 868 c/ 2MB; Orchid;Number Nine.

Estas últimas três, nomeadamente aúltima, apresentam preços substan-cialmente mais altos e deverá adquiri-lasapenas se pretender trabalharessencialmente com Edição Electrónica.

Discos Rígidos. Aqui surge algo quenunca deve esquecer. Em Abril de 1993,para utilização doméstica, um discoacima dos 200MB já era um grande disco.Passados quatro anos é uma peça deferro velho, na maioria dos casoscompletamente inútil.

O meu conselho é, não aceite nadaabaixo dos 1600MB (1,6 GB) e não tenhamedo de comprar um disco de 2,1GB ou2,5GB. E se sabe de antemão que iráinstalar bastante software e que alguémlá em casa se dará ao trabalho de colocarno computador jogos até mais não esoftware proveniente de revistas entãoparta para um disco de 3,1GB. Talvez umdia se arrependa de ter comprado umdisco demasiado pequeno e logo serobrigado a adquirir um segundo discomas nunca se arrependerá de tercomprado um disco grande.

Quanto à marca deia preferência àsque derem um boa garantia. A WesternDigital por exemplo dá uma garantia de3 anos.

Monitores. Normalmente umcomputador mal equipado é prejudicialpara o utilizador quer pelos tempos deespera quer pelas problemas técnicosque poderão surgir. Aqui o caso é maisgrave, pois acrescem a estes problemasos melefícios que uma má imagempodem causar à vista humana. Quando

escoher o monitor que acompanha o seucomputador não pense duas vezes emescolher bom apesar de caro.

Escolha um monitor com um Pitchde 0,28mm no máximo e que tenha umaboa taxa de refrescamento. Um bommonitor não deverá causar dores na vistaàs primeiras olhadelas. Algunsmonitores atingem já uma taxa derefrescamento de 120HZ. Verifiqueainda se ao alargar a imagem até aoslimites esta fica distorcida. Se tiverpossibilidades monetárias adquira ummonitor de 15 polegadas com écranplano. Tente ainda saber se o monitoreobedece às normas comunitárias sobreradiação, quanto mais baixa melhor.

No que diz respeito ao KitMultimédia desconfie da qualidade se opreço for muito baixo. Normalmente obaixo preço faz-se à custa de um CD-ROM de fraca qualidade, que poderá vira dar muitos problemas nomeadamentecom CD-ROM's regraváveis, e à custa decolunas com uma péssima qualidade desom. Se não tem muito dinheiro épreferível montar um Kit Multimédiapor componentes separados e escolheruma placa de som mais fraca mas emcontrapartida um bom CD-ROM e boascolunas.

Finalmente o teclado e o rato. Nãoos adquira sem antes os experimentar.Peça para trabalhar um pouco com umteclado e um rato semelhantes aos quevai adquirir. Se não gostar peça paratrocar por outros ainda antes da compra.Não tenha problemas com os preços dosteclados e prefira um caro pois tirandoalgumas excepções os preços não variamdemasiado.

Quanto à impressora, o caso não émais fácil. Se pretende imprimir a coresentão de certeza absoluta a escolha éuma impressora a Jacto de Tinta. Se nãonecessita de côr poderá escolher umaJacto de Tinta ou uma Laser - a OkiPageda Oki pelo preço praticado ésimplesmente um espanto.

A Hewlett Packard coloca àdisposição dos seus clientes umaassistência cada vez melhor aliada ao seujá vasto Know-How da tecnologia deJacto de Tinta, a Lexmark apresenta umaóptima qualidade de impressão aliada aum bom preço e a Epson tem comoestandarte uma qualidade de impressãocompletamente acima da média.

Rui Costa

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Janeiro/1997

JOVEM, o que sabes tu?Dados recolhidos da revista Selecções do

Reader's Digest

Nos últimos tempos, o nossosistema educativo tem sidointensamente debatido e criticado. Sãoreformas atrás de reformas, manuaisescolares de qualidade duvidosa,carências de toda a ordem, desdeprofessores profissionalizados alaboratórios para experiências. E, paraculminar, em Julho passado foi o desairedos exames nacionais. Para além detudo isto, uma das questões que maispreocupam os pais é a seguinte: terão osfilhos recebido um ensino de qualidade,irão eles sair da escola com osconhecimentos e aptidões necessáriospara enfrentar o mundo cada vez maiscompetitivo que os espera?

Para avaliar o nível da culturageral dos jovens com 17-18 anos quecompletam o ensino secundário, foifeita no Verão passado pelaEuroexpansão uma sondagemconstituída por 26 perguntas sobretemas tão variados como literatura,música, política e matemática. Aamostra foi de 600 estudantes (293rapazes e 307 raparigas) do 12.º ano,espalhados por estabelecimentos doensino secundário de todo o País. Osresultados são, em algumas áreas,inquietantes. Nenhum jovemrespondeu acertadamente às 26perguntas, nem sequer a 25; 5 acertaramem 24; 7, em 23; 520, entre 11 e 22; 68,entre 3 e 10. No que respeita ao maiornúmero de respostas certas porpergunta, a região do Grande Portoficou em primeiro com 13, seguida doLitoral Norte e do Litoral Centro exaequo com 4, da Grande Lisboa com 3,do Interior Norte com 2 e do Interior Sulcom 1; por agrupamentos, foram os dearte que se classificaram melhor (12),seguindo-se os do económico-social (6),os de humanidades (5) e, por último, osdo científico-natural (3). Os rapazesmostraram-se um pouco mais cultos queas raparigas: proporcionalmente, derammais 5,9% de respostas do que elas.

Apenas pouco mais de metade(55,8%) dos jovens inquiridos souberammencionar o nome de dois dos actuaisministros. Apareceram nomes de

ministros de governos anteriores, desecretários-gerais dos partidos políticose até de dirigentes desportivos! MarçalGrilo foi o mais mencionado pelosestudantes, seguindo-se Sousa Franco,Maria de Belém e António Vitorino.

Em matéria de história dePortugal, se cerca de 86 em cada 100alunos souberam dizer a data darevolução do 25 de Abril, à volta de 38em cada 100 não sabiam ao certo o anoem que foi proclamada a RepúblicaPortuguesa nem a data da descoberta doBrasil. Quanto à história internacional,só 56% conheciam a data em queterminou a II Guerra Mundial.

Em letras os resultados tambémnão foram animadores: cerca de metadedos inquiridos não distingue há (doverbo haver) de à (contracção dapreposição a com o artigo ou prenomedemonstrativo a). Quanto aosconhecimentos científicos, 84% sabem oque é o efeito de estufa, e 94,8% ainda selembram da fórmula química da água.Em aritmética, 86% responderam àsperguntas correctamente; e emgeometria, 58%. O próprio corpo é queparecem desconhecer: só 37,3%souberam localizar correctamente oúmero; alguns chegaram a dizer queeste osso se encontra na cabeça ou noestômago!

Noutros temas de cultura geral, osestudantes parecem saber mais depintura do que de música clássica.Apenas 27,2% souberam dizer o autorda ópera Aida, enquanto que 57,8%acertaram no movimento a quepertenceu Dali. Em religião, 69% sabiamqual o livro sagrado do islamismo.

No seu conjunto, esta sondagemrevela algumas lacunas graves nosconhecimentos básicos que os jovens do12.º ano deveriam ter adquirido, e éprova evidente que é precisourgentemente melhorar o nível doensino que é ministrado aos jovensportugueses. É o futuro deles e do nossopaís que estão em jogo.

E o leitor, que está agora no ensinosuperior, se acha que recebeu uma boaformação e tem cultura, tente superar osresultados dos inquiridos. Eis algumasdas perguntas feitas na sondagem:

Hugo Matos

Cultura Geral

Questionário

1. Quem mandou edificar o Convento deMafra?

2. Qual é a fórmula qúimica da água?3. Num triângulo rectângulo, como se

chama ao lado oposto ao ângulo recto?4. Quem descobriu a lei da gravitação

universal?5. Quem compôs a ópera Aida?6. A que movimento artístico pertenceu

Salvador Dali?7. Qual é o livro sagrado do islamismo?8. Em que ano:

a) se deu a Revolução do 25 de Abril?b) foi proclamada a República

Portuguesa?c) terminou a II Guerra Mundial?d) descobriu Pedro Álvares Cabral o

Brasil?9. Jacques Santer é:

a) ministro da Defesa da Bélgica;b) presidente da Comissão Europeia;c) primeiro-ministro de França;d) presidente do Parlamento

Europeu.10. Qual das seguintes orações está

correcta?a) "Estou casado à nove anos."b) "Estou casado há nove anos."11. De que romance português são Simão

Botelho e Teresa de Albuquerque asprincipais personagens?

a) Amor de Perdição, de CamiloCastelo Branco;

b) Os Maias, de Eça de Queirós;c) As Pupilas do Senhor Reitor, de

Júlio Dinis;d) Memorial do Convento, de José

Saramago.12. Em que parte do corpo humano se

encontra o úmero?13. Se for a um banco trocar 1800$00 em

moedas de 50$00, quantas moedasvai receber?

14. O que é o efeito de estufa?a) Uma das consequências de uma

explosão atómica;b) A destruição da camada de ozono

devido à utilização de aerossóis;c) O processo de maturação dos

frutos e dos legumes;d) O aquecimento da atmosfera

terrestre provocado pelaconcentração de alguns gases.

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O Ideias

noutros assuntos o que não lhes permitedisponibilizar 100% do tempo para ojornal). Mas pensem para além disso,porque não “escrever por escrever”,pelo simples facto de pegar na caneta eredigir umas linhas com mais ou menossenso, mas que no fim ao olhar para elascompreendam o quanto é bom escrevere se tiverem algo para contar ouinformar tanto melhor; afinal isto é umjornal, um meio de informação, masacima de tudo, lembrem-se, por vezesfunciona como um refúgio para asnossas mentes.

Por vezes sabe bem desfrutar da“pacatez” e “inocência” deste nossojornal, por isso faço-vos o apelo, quandoquiserem escrevam algo, e se quiseremtentem publicar que de certeza há-deinteressar a um de nós (leitores).

Para tal não é preciso telefonarpara aquelas linhas 0.641.XXX, basta teruma coisa que escreva e saber escrever(de preferência em português) a partirdaí tudo é fácil. Vejam: já acabei e nãocustou nada.

Saudações AcadémicasM. das N. (um leitor)

O Id

eia

s

Lisboa, 26 de fevereiro de 1997

Caros colegas,

Vimos por este meio agradecer a V.gentileza por nos terem enviado o jornal“O Ideias”. Muito contente fiquei ao saberque na cidade que me viu nascer, existiaum projecto (e bom projecto) com tãolouvável função, o de informar e darânimo à vida académica dessa cidade.

Ao ler o editorial do “O Ideias”,lembrei-me de como esta equipa que hojeestá a trabalhar na Direcção de AEISEGcomeçou. Também nós começámos poreditar um jornal, independente daAssociação, inteiramente custeado por

patrocínios que angariávamos junto dosestabelecimentos mais próximos do ISEG -chamava-se ContRa-Corrente. Após seis ediçõesdo mesmo, ganhámos as eleições para a AEISEGe, passados oito meses, cá estamos!

Gostámos bastante do “O Ideias “, sempreque poderem enviem mais.

Aproveitamos para enviar duas das nossaspublicações: o “Informação” e o “O Quelhas”.Esperando que sejam ambas do V. agrado,ficamos a aguardar mais notícias.

Deste vosso conterrâneo e com as maioressaudações académicas,

P’la DAEISEG( Rui Miguel Figueiredo )

Olá estudantes. Apenasescrevo este artigo, para quevejam que não é um “bicho desete cabeças” tentar escreveralgo (neste jornal ou emqualquer sítio)..

Ao escreverem podem teralgo para informar outransmitir, ou quanto mais nãoseja para ajudar este jornal, quetanto precisa da nossacolaboração (não porincompetência dos editores,mas pela sua competência

Tal como prometemos na última edição, aqui fica a constituição dos Núcleos de Estudantes de Marketinge de Informática de Gestão, recentemente constituídos.

Núc

leo de

Marr

keting

Núc

leo de

Inform

ática

Núc

leos d

e Estu

dante

s

Presidente: Paulo OliveiraVice - Presidente: Ana RodriguesSecretária: Maryline BentoTesoureira: Cláudia Sousa

Vogais:Claúdia GarciaDilma MiguelJoana AlmeidaJoana BértoloJoão NobreLuís PereiraNélia AlvesPatrícia GomesSandra DuarteSónia AntunesTeresa Henrique

Presidente: Rui CostaVice - Presidente: Jorge MessiasSecretário: Hugo MatosTesoureiro: José Casado

Vogais:Ricardo PereiraCarlos SoaresAfonso DiogenesBruno MaiaRicardo MurcelaHenrique DiasLuzia ValentimVítor Santos

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Janeiro/1997

Momentos ...

... de Poesia

Joana

Perseguindo o infinito,Como um rio procura o seu leito,Como um bébé procura um peito,não olhando os obstáculos,que a vida por vezes é dura,e nem sempre se torna tão pura,descorando os argumentos,tantas vezes inevitáveis,com saídas nem sempresaudáveis,vivendo o olhar,como um sinal de esperança,esperando eternamente, omomento da sua cobrança,observando o teu rosto,como um pequeno delito,perseguindo-o como se persegue oinfinito.

Black Paint.

Eden

Sentei-me na minha cama,olhei a tua fotografia,no meu rosto correu umalágrima,no infinito se perdeu.Um gemido de quem ama,pelo teu nome chama,sem poder ouvir a tua voz.Morro de saudade,vivo sem vontade.Preciso de ti!Quero sonhar o teu sonho,perder-me nos teus braços,tocar o teu rosto,sentir os teus lábios,morder o teu pescoço,beijar os teus seios,molhar o teu umbigo,conhecer o infernoe conquistar o Eden.

Vic para R.S.

Amigo.O que é feito de ti?Por onde andas? Quais aspedras que pisas?

Porque te escondes?Queria ver-te. Falar-te.Desapareceste sem deixar rasto.Não dizes nada. Não noticias osteusfactos.

Não partilhas o teu viver.Porquê?Será que te vou ver um diadestes?Aparece para conversarmos.

Não te escondas. Não te fechesem timesmo.Procura-me.Os dias arrastam-se.Alegria. A Felicidade. Perderam-se.Ajuda-me a reencontrá-las!

Sílvia Mateus

Queria voar e ser livre,como o pássaro viajanteque sobrevoa o infinitoe poisa no imaginário.

Queria fugir do Vento,quando o sol meencandeiae a chuva molhada mesecaa alma.

Queria guiar o perigona estrada do meuDestino,incerto. Contudo possívelde alcançar.

Sílvia Mateus

Aos estudantes da E.S.G.S:

A TINTUNA vem desta forma ao vosso encontro, para que todos aquelesque tenham vontade e disponibilidade de pertencer a esta Tuna, compareçamaos ensaios que se realizam às Segundas e Quartas pelas 20 horas na A.E..

O facto de alguns elementos da tuna serem finalistas e terem deabandonar a nossa Tuna, é mais uma razão para TU pertenceres à TINTUNA,para que esta tradição académica não acabe na nossa escola.

Até ao próximo ensaio, não faltes!

Próxima actuação:- 16 de Abril no Auditório da E.S.G.S

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O Ideias

PASSATEMPOS

O Dominó

Completar as casas em branco das fichas

do dominó de maneira que possa resolver

correctamente as operações tanto horizon-

tal como verticalmente. Repare nos sinais e

nos resultados das operações.

As 10 Diferenças

Existem 10 diferenças entre estas figuras. Conseguirá descobri-las?

Os "SES" de um emprego

SE chego a horas... sou maníaco.SE me atraso... sou irresponsável.SE sou jovial... não levo nada a sério.SE me mostro reservado... tenho a mania que sou

bom.SE me preocupo com o trabalho... sou um chato.SE não me preocupo com o trabalho... sou um

desligado.SE faço um elogio... sou um engraxador.SE faço uma crítica... sou um sacana.SE fico depois da hora... estou a fazer-me à promoção.SE saio à hora... estou nas tintas para o meu serviço.SE faço horas extraordinárias... faço tudo por uns

tostões.SE não faço horas extraordinárias... sou um mau

profissional.SE insisto no meu ponto de vista... além de burro, sou

teimoso.SE não insisto no meu ponto de vista... não tenho

carácter.SE sou o mais velho da secção... sou um fóssil pré-

histórico.SE sou o mais novo da secção... não passo de um

puto.SE sou promovido... sou o bufo do chefe.SE não sou promovido... sou um incompetente.SE luto pelos meus direitos... sou um agitador

anarquista.SE não luto pelos meus direitos... sou um

reaccionário.SE faço greve... sou comunista.SE não faço greve... sou fascista.SE tento ajudar... tenho a mania de que só eu é que sei.

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Janeiro/1997

Qualidade gráfica; orealismo supera todas asexpectativas.

Pentium a 133 para correrem SVGA com boas prestações;dados da temporada 1994/95.

Para quem se deixa fascinar pelosjogos de simulação automóvel, maisprecisamente pela condução de umFórmula 1, decerto que este jogo não lhevai passar despercebido, ainda mais se jáconhecia o seu antecessor.

As diferenças entre este (F1GP2) e oseu antecessor são extraordinárias,desde a qualidadegráfica coms u p r e m o sgráficos emSVGA quevão até aop o r m e n o r(chamada de atenção para apista de Monaco - Monte Carlo, de ondese realça de tudo o resto os majestososedifícios e o já bem conhecido túnel); aexcelente qualidade sonora, que realçamuito bem os regimes altos dos baixossincronizados pela caixa de velocidades... até à condução que simplesmente éhiper-realista, dando ao utilizador asensação de estar ao volante de ummonovolume de fórmula 1 (se tiveroportunidade experimente os acessórios- volante e pedais que ligados ao seucomputador o vão tornar numverdadeiro piloto de F1, sem ter de sairde casa).

Quanto ao jogo em si, não existempalavras que o definam, certamente omelhor será experimentá-lo mas aquivão algumas opiniões minhas.

Se pretende jogar este jogo com omáximo de veracidade possível, desdejá lhe recomendo a pensar em tudo

antes de começar a sua prova, ou seja,todos os aspectos são cruciais para serbem sucedido, desde a preparação totaldo carro (pneus, suspensão, quantidadede combustível a utilizar, enfim todoum trabalho de boxes) passando pelaanálise da pista (zonas críticas, locaismais propícios a acelerações, ascondições atmosféricas .. .) e até o

número de paragens naboxe, de modo

a nãodespenderm u i t odo seuprecioso

tempo. Como já se apercebeu, não bastaser bom piloto é necessário umaestratégia bem definida para sealcançarem os objectivos pretendidos.

Tem essencialmente duas opçõespara usar este jogo: a realização de umcampeonato, ou simplesmente praticar(quick race) numa das várias pistas quetem à sua escolha e que vou passar areferir:

Brasil -InterlagosPacífico - AidaSan Marino - ImolaMonaco - Monte CarloEspanha - MontmelóCanadá - Gilles Villeneuve(Montreal)França - Magny CoursInglaterra - SilverstoneAlemanha - HockenheimHungria - HungaroringBélgica - Spa Francorchamps

Itália - MonzaPortugal - EstorilEuropa - JerezJapão - SuzukaAustrália - AdeleideApesar de todas as qualidades do

F1GP2, alguns fãs mais fiéis e exigentesda Fórmula 1 não estão totalmentecontentes, devido ao facto de que todosos dados, assim como estatísticas eoutros aspectos, estarem de acordo como campeonato da temporada 94/95,facto em parte devido ao atraso delançamento (à data deste artigo já estejogo tinha sido lançado para o mercadohá alguns meses) o que trouxe aindamais ansiedade ao público que decertocorreria para o adquirir.

De qualquer modo, estou certo quenão será este contratempo que vai“estragar” a excelente obra de arte daMicropose, aliás esta já facturoubastante e penso que ainda vai facturarmais.

Conduzam com precaução !!!Nuno Bernardo

P o n t u a ç ã o

Viúva 6 vezes ...ainda virgem

Uma vúva casada pela 6ª vez, na noite de núpciasdisse carinhosamente disse ao marido:- Benzinho, sou virgem!- Como ? Se já foste casada seis vezes !!!- Sim, respondeu ela, mas aconteceu o seguinte:

• O 1º era político, só prometia, nada fazia;• O 2º era médico, só apalpava;• O 3º era coveiro aposentado, não enterrava mais;• O 4º era juiz do interior, não tinha vara;• O 5º era do PS, quando estava por cima não fazia

nada;E agora, a minha esperança é você, meu amor.- Por mim, minha filha, você continuará virgem porquesou do PRD e só faço planos.

Jogos para Computador

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