NÚMERO DO DIA 300 para o Borussia Dortmund, segundo a ... · A informação caiu como uma bomba...

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U ma nota divulgada no site da Confederação Brasileira de Judô no início da tarde de quarta-feira (17) pegou de surpresa representantes do gover- no do Distrito Federal, da Secretaria Especial do Esporte e do Bradesco, principal patrocinador da entidade. A CBJ disse que notificou a Federação Inter- nacional de Judô de que havia decidido abrir mão do direito de abrigar o Grand Slam entre os dias 6 e 8 de outubro na cidade de Brasília. O motivo alegado pela entidade é de que não haveria dinheiro suficiente para realizar a competição. "Foram esgotados todos os esforços relativos à captação dos recursos necessá- rios e em tempo hábil para a realização do evento", disse a CBJ em comunicado. A informação caiu como uma bomba para a Secretaria de Esporte e Lazer do O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING CBJ cancela evento e surpreende parceiros 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1290 - QUINTA-FEIRA, 18 / JULHO / 2019 de euros por dez anos de contrato é o quanto a Puma pagará para o Borussia Dortmund, segundo a revista alemã Sport Bild 300 mi O FE R E C I M E N T O

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Uma nota divulgada no site da Confederação Brasileira de Judô no início da tarde de quarta-feira (17) pegou de surpresa representantes do gover-no do Distrito Federal, da Secretaria Especial do Esporte e do Bradesco,

principal patrocinador da entidade. A CBJ disse que notificou a Federação Inter-nacional de Judô de que havia decidido abrir mão do direito de abrigar o Grand Slam entre os dias 6 e 8 de outubro na cidade de Brasília. O motivo alegado pela entidade é de que não haveria dinheiro suficiente para realizar a competição.

"Foram esgotados todos os esforços relativos à captação dos recursos necessá-rios e em tempo hábil para a realização do evento", disse a CBJ em comunicado.

A informação caiu como uma bomba para a Secretaria de Esporte e Lazer do

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

CBJ cancela evento e surpreende parceiros

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1290 - QUINTA-FEIRA, 18 / JULHO / 2019

de euros por dez anos de contrato é o quanto a Puma pagará para o Borussia Dortmund, segundo a revista alemã Sport Bild300mi

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Governo do Distrito Federal e para o Bradesco, que já tinham decidido separar recursos extras para viabilizar a realização do evento, o primeiro Grand Slam no Brasil depois de sete anos e o primeiro evento internacional desde o Rio 2016.

"Não temos nenhuma dificuldade financeira de atender aos pleitos da CBJ. O governo tem três milhões de reais reservados para o evento. Essa era a obrigação que tínhamos com o Grand Slam, e o recurso está reservado", afirmou o secretário de esportes do Distrito Federal, Leandro Cruz, para o "Globoesporte.com".

Na terça-feira, enquanto a CBJ realizava uma reunião de conselho para definir a desistência de organizar o Grand Slam, membros da secretaria se reuniram com a equipe técnica contratada pela confederação para afinar detalhes do evento.

Cruz, que era ministro do Esporte até o ano passado, foi um dos principais ar-ticuladores para que o evento fosse realizado em Brasília. A cidade foi escolhida em abril para abrigar o Grand Slam, que será um dos últimos a valer pontos para a qualificação à Olimpíada de Tóquio, garantindo a presença dos principais judocas.

A informação do cancelamento do evento sem um aviso prévio também assustou o Bradesco, que é o patrocinador máster da CBJ e que, segundo apurou a Máqui-na do Esporte, tinha programado ativações para o evento. Oficialmente, o banco diz que não vai se pronunciar sobre o caso, mas a desistência do Slam pode afetar a relação da instituição com a confederação, com quem tem acordo até 2020.

Na gestão de Paulo Wanderley Teixeira (atual presidente do COB), a CBJ orga-nizou cinco etapas do Grand Slam entre 2009 e 2012. Em 2007 e 2013, a entidade também organizou o Campeonato Mundial. Todos esses eventos foram no Rio.

C R U Z E I R O V E N D E PAT R O C Í N I O PA R A

E Q U I P E M É D I C A

A P L I C AT I V O L A N Ç A V Í D E O S O B R E A Ç Ã O E M V O O S

O Cruzeiro achou um jeito inusita-do de vender patrocínio com exposição de marca sem ser na camisa do time.

O clube anunciou um acordo de patrocínio e naming rights com a Life-center, hospital referência no Estado de Minas Gerais, para dar nome ao depar-tamento médico do clube. Além disso, a marca estará no uniforme da equipe médica, backdrop de entrevistas cole-tivas e placas de publicidade no CT. Ações no meio digital estão planejadas.

A parceria entre clube e hospital já havia tido início neste ano, quando os jogadores do Cruzeiro utilizaram as instalações do Lifecenter para realizar algumas cirurgias após contusões.

O aplicativo de entrega de cervejas Zé Delivery, liga-do à Ambev, lançou um vídeo para recontar a ação feita em parceria com a GOL durante a Copa América para ativar o patrocínio da Brahma com a seleção brasileira.

A empresa ofereceu cerveja gratuitamente a quem es-tivesse em voos da GOL durante jogos do Brasil no tor-neio saindo de Congonhas para seis destinos diferentes.

O projeto foi mais um entre as ações cobranded da GOL para ativar o patrocínio à seleção e ao torneio.

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O P I N I Ã O

CBJ não pode derrubar reputação

Há mais de uma década, a Confederação Brasileira de Judô é uma ilha no esporte brasileiro: reúne eventos, patrocínios e estrutura. Virou um case de sucesso ao mostrar que uma modalidade olímpica pode e deve

ser sustentável caso tenha uma gestão competente. Mercado e mídia facilmente per-ceberam isso, o que ajudou a construir a atual reputação da entidade. O problema é que essa situação está longe de ser definitiva; ela pode mudar com rapidez.

É assim que funciona com qualquer marca, independentemente do segmento de atuação. Uma crise de imagem mal administrada pode colocar por terra anos de esforços na construção daquilo que é publicamente percebido. E é esse o perigo que a CBJ corre no momento: não saber que, de fato, ela vive uma crise. E, dessa maneira, perder o que qualquer outra confederação esportiva no Brasil adoraria ter.

A desistência da realização de um grande evento implica em uma série de problemas. Ao cancelar o Grand Slam de Judô, tão bem realizado em anos an-teriores, a CBJ passa algumas mensagens desagradáveis. A primeira, claro, é que ela deixa de entregar um produto de alto nível para seus parceiros. O evento passou a ser esperado por patrocinadores.

Um dos grandes méritos da CBJ nos últimos anos foi reunir empresas privadas. Atualmente, a entidade conta com o apor-

te de Bradesco, Cielo e Mizuno. Fundamentalmente, essas companhias apostavam em uma gestão comprometida, possibilidade de ações sociais e entrega de primeira qualidade em grandes eventos. Com o cancelamento do Grand Slam, parte do que era esperado ficou para trás e, dessa forma, o produto passa a ser menos interessante.

Talvez ainda pior do que isso é a imagem de que a atual gestão do judô nacional não seja mais capaz de fazer um grande evento, algo que aconteceu com muita quali-dade há apenas alguns anos. Evidentemente, há um cenário de incertezas econômicas, mas houve pouca mudança desde a época em que o acordo foi acertado, há cerca de três meses. É um comprometimento que deveria ter sido mantido.

Um cancelamento de competição não coloca em dúvida todo o trabalho reali-zado pela CBJ nos últimos anos, mas é uma notícia desanimadora. A entidade foi marcada pela excelência, e o esperado era que um grande evento fosse mantido mes-mo que fossem necessários sacrifícios, especialmente com o apoio do Ministério do Esporte. No fim, ficou uma situação que compromete a imagem da confederação.

O cancelamento do Grand Slam de

judô é uma quebra de confiança por

parte da confederação do esporte

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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São Paulo amplia ação olímpica com

vôlei feminino

A Major League Baseball (MLB), liga de beisebol americana, estuda liberar patches de patrocínios para os uniformes dos clubes, com o objetivo de aumentar ainda mais a competitividade, visibilidade e a geração de receitas da competição.

A ideia ganhou força com o exemplo de sucesso da NBA, que liberou no último ano a presença de patrocinadores nos uniformes. Hoje, todas as franquias possuem patrocínio, num incremento médio de receita de US$ 6 milhões/clube.

O projeto deve levar alguns anos ainda para sair do papel. A MLB terá de negociar com a associação de atletas para definir o quanto eles vão ganhar com essa alteração.

A P Ó S S U C E S S O N A N B A , M L B E S T U D A T E R PAT R O C Í N I O S

A Olympikus definiu uma nova estratégia de aproximação do mercado

de corrida de rua. A marca esportiva quer ganhar o público a partir do

influenciador que também é corredor. O projeto batizado "Bota pra Cor-

rer" foi lançado com uma corrida para 200 pessoas no Jalapão. No canal da

Máquina do Esporte no YouTube, Er-ich Beting explica o que está por trás da estratégia da marca e os próximos

passos que devem acompanhar o mer-cado de corrida de rua no país. Veja!

OLYMPIKUS QUER GANHAR

MERCADO NA CORRIDA COM

INFLUENCIADOR

POR REDAÇÃO

O projeto de desenvolvimento de modalidades olímpicas do São Paulo ganhará um novo capítulo a partir desta sexta--feira, quando o clube divulgará detalhes da associação com o time de Barueri para disputar a Superliga feminina de vôlei.

O São Paulo fará uma parceria com o Hinode Barueri Vol-leyball Club, equipe de vôlei feminino da cidade de Baruerie que é comandada pelo técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães. Torcedor são-paulino, Zé Roberto foi quem liderou as tratativas para finalizar o acordo, que fará a equipe usar também a marca do São Paulo na Superliga Fe-minina 2019/2020, que terá início entre setembro e outubro.

Um evento no estádio do Morumbi na tarde desta sexta--feira (19) servirá para selar o acordo e apresentar o corpo técnico e atletas que farão parte do projeto. Na última tem-porada, Jacqueline e Thaisa defenderam a equipe, que che-gou às quartas de final na última Superliga.

A parceria recoloca o São Paulo no eixo de investimentos em esportes olímpicos. No ano passado, o clube montou um time de basquete masculino que foi vice-campeão da Liga de Ouro e, agora, disputará o NBB Caixa a partir de outubro.

Para a Superliga, a chegada de mais um time de futebol com grande torcida pode ajudar a aumentar a visibilidade do torneio, que tem transmissão exclusiva da Rede Globo para TV aberta e do SporTV, na TV paga. Além do São Paulo, o Flamengo confirmou o retorno à competição e o Fluminense disputará novamente o torneio com uma equipe feminina.

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POR ERICH BETING

A decisão da ESPN de sublicenciar os direitos de transmissão da Premier League para a RedeTV! na última temporada foi apontada pela liga in-glesa como um dos motivos para a competição ter um alcance recorde.

Em parceria com a Nielsen, a Premier League divulgou um estudo que mostra que todo o conteúdo da liga foi consumido por 3,2 bilhões de pessoas no mundo. O número é o maior já alcançado pelo Inglês até hoje e já chega próximo ao que a Fifa consegue com a Copa do Mundo masculina, sua principal competição.

O estudo, que abrange apenas o consumo em residências, excluindo bares e smartphones, diz que o motivo para o alcance tão expressivo está na concessão de direitos de transmissão para emissoras de TV aberta, citando diretamente os casos de Brasil e África do Sul, que na última temporada abriram o sinal para o público.

Os eventos ao vivo, principal produto da liga, chegaram a 1,35 bilhão de pesso-as. Os números no Brasil poderiam até ser maiores se a RedeTV! tivesse exibido mais do que um jogo por rodada, que foi o limite imposto no acordo com a ESPN. O sucesso da RedeTV! com a transmissão abriu os olhos da Band, que atualmente negocia com a ESPN para tentar exibir a temporada que começa em 9 de agosto.

Para a Premier League, o sucesso do caso brasileiro ajuda no plano de cresci-mento de receitas da entidade. Na renegociação dos direitos para as próximas três temporadas, foi a venda internacional quem elevou a arrecadação da liga. A venda local teve uma queda nos valores que só foi compensada por causa de 30% de au-mento no preço dos direitos internacionais, negociados a um total combinado de US$ 5,3 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) para o período de 2019 a 2022.

Premier League celebra TV aberta no Brasil

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POR REDAÇÃO