Ninguém é "ingual" a ninguém: Um título para analisar o óbvio

52
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MEC – SETEC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO / CAMPUS CUIABÁ – OCTAYDE JORGE DA SILVA DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO GERALDIR EUSTÁQUIO BERNARDINO NINGUÉM É “INGUAL” A NINGUÉM: UM TÍTULO PARA ANALISAR O ÓBVIO Cuiabá - MT Outubro 2009

Transcript of Ninguém é "ingual" a ninguém: Um título para analisar o óbvio

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MEC – SETEC

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO / CAMPUS CUIABÁ – OCTAYDE JORGE DA SILVA

DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

GERALDIR EUSTÁQUIO BERNARDINO

NINGUÉM É “INGUAL” A NINGUÉM:

UM TÍTULO PARA ANALISAR O ÓBVIO

Cuiabá - MT

Outubro 2009

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE MATO-GROSSO - CAMPUS CUIABÁ - OCTAYDE JORGE DA

SILVA

GERALDIR EUSTÁQUIO BERNARDINO

NINGUÉM É “INGUAL” A NINGUÉM:

UM TÍTULO PARA ANALISAR O ÓBVIO

Cuiabá - MT

Outubro 2009

GERALDIR EUSTÁQUIO BERNARDINO

NINGUÉM É “INGUAL” A NINGUÉM:

UM TÍTULO PARA ANALISAR O ÓBVIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação do Curso de Especialização em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato-grosso - Campus Cuiabá - Octayde Jorge da Silva, como exigência para a obtenção do título de Especialista.

Orientador(a): Professora Christine Vianna Algarves Magalhães

Cuiabá - MT

Outubro 2009

GERALDIR EUSTÁQUIO BERNARDINO

NINGUÉM É “INGUAL” A NINGUÉM:

UM TÍTULO PARA ANALISAR O ÓBVIO

Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva,

submetido à Banca Examinadora composta pelos Professores do Programa de Pós-Graduação

do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato-grosso - Campus Cuiabá -

Octayde Jorge da Silva como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de

Especialista.

Aprovado em: 15 de outubro de 2009

______________________________________________

Prof. (MSc, Dr.) Christine Vianna Algarves Magalhães (Orientador)

______________________________________________

Prof. (MSc, Dr.) Franclin Costa Nascimento (Membro da Banca)

_____________________________________________

Prof. (MSc, Dr.) Gustavo Maurício Estevão de Azevedo (Membro da Banca)

Cuiabá - MT

Outubro 2009

Dedico este trabalho à diversidade

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Universo. À minha orientadora, Christine Vianna Algarves Magalhães pelo incentivo e apoio ao longo

do meu processo.

Ao Professor Hildebrando Esteves Neto e Franclin Nascimento por me permitirem realizar

esta pós-graduação.

A todos os professores que contribuíram para a ampliação de saberes.

Ao professor José Geraldo pelo carinho e confiança.

Agradeço ao formador Érico Anderson De Oliveira pela sua dedicação e atuação como

soldado/tenente.

Aos professores da banca e aos coordenadores.

Aos meus familiares pela paciência e bondade durante todas as etapas da minha vida.

RESUMO

Inclusão e diversidade são os assuntos norteadores deste projeto de pesquisa. A partir da explicitação ninguém é “ingual” a ninguém, o projeto faz alusão aos termos diferença, igualdade e identidade. Por meio das linguagens visuais como vetor de construção de uma cartilha, o conteúdo apresenta os diversos tipos de deficiências, mostra as dificuldades de convivência das pessoas com necessidades especiais e traz reflexões acerca da acessibilidade e alteridade. Pesquisas bibliográficas sobre símbolos e sistemas de comunicação suplementar e alternativa (CSA) conhecido como Bliss, Rébus e PCS (Picture Communication Symbols), de sistema tátil sensorial, de linguagem de sinais, de educação inclusiva e de cunho empírico, contribuíram para compor o corpo da cartilha. Os diferentes tipos de deficiência são abordados com o intuito de levar informação sobre cada uma delas. As dificuldades que as pessoas deficientes encontram no dia a dia bem como em situações mais complexas são apresentadas na cartilha no formato de histórias em quadrinhos (tirinhas), cartuns e ilustrações. Por meio de uma linguagem lúdica e expressiva, as imagens criadas são evocadoras do riso e da reflexão acerca da ação inclusiva, adaptações e flexibilidade na hora de lidar, conviver com pessoas com necessidades especiais; deficientes.

Palavras-chave: Inclusão. Diversidade. Identidade. Linguagem visual. Comunicação alternativa.

ABSTRACT Inclusion and diversity are issues guiding this research`s project. The project refers to the terms difference, equality and identity, based on the affirmation: “there is nobody like any other one”. The booklet was developed through visual languages and its contents presents people with various types of deficiencies and their difficulties in daily life; it also suscitates reflections about accessibility and otherness. Bibliographical researches about symbols and alternative and additional communication`s systems (AAC), known as Bliss, Rebus and PCS (Picture Communication Symbols) of tactile sensory system, signs language and inclusive education helped to compose the booklet. The different types of disabilities are described in order to inform people about them. The difficulties that disabled people find in their daily life are presented in this booklet that has a format of comics. Through a playful and expressive language, the images created suscitate smiles and reflections about inclusive actions and the ways to deal with disabled people. Keywords: Inclusion. Diversity. Identity. Visual language. Alternative communication.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.…..................................................................................................10

2 METODOLOGIA ….........................................................................................14

2.1 Levantamento de dados e definições das características das personagens..................................14

2.1.1 Elaboração das personagens a partir do estudo teórico e imaginário.........................................16

2.2 Estudo de outras linguagens de comunicação …............................................................................18

2.2.1 Estudo sobre o uso de tecnologias assistivas por pessoas deficientes…....................................19

2.2.2 Desenho Universal e acessibilidade ….....................................................................................20

2.3 Terminologias adequadas ….............................................................................................................20

2.4 A linguagem do desenho caricato e as histórias em quadrinhos …...............................................21

2.4.1 Identidade e comportamentos das personagens …......................................................................23

2.4.2 Elaboração das idéias em roteiros (HQs) ou em quadros únicos …............................................24

2.4.3 Criação dos desenhos com base nas idéias traçadas …...............................................................24

2.5 Avaliação de conteúdo criado ….......................................................................................................24

3 CONCLUSÃO .......................................................................................25

REFERÊNCIAS …....................................................................................26

ANEXO.......................................................................................................28

10

INTRODUÇÃO

Uma das propostas apresentadas pelos teóricos da inclusão é a flexibilização

curricular, de caráter processual, contínua e dinâmica, juntamente com uma abordagem

interdisciplinar envolvendo os profissionais da escola, bem como familiares dos alunos,

trazendo informações específicas acerca das deficiências e comportamentos. Essa

flexibilização torna-se um vetor de adaptação, sendo de grande importância para o processo

de inclusão. Esse processo inclui um olhar sobre o individuo, suas qualidades e deficiências,

tais como; dificuldade ou facilidade de aprendizado, atenção e interação.

Diversas práticas deverão conduzir os alunos a pensarem e a

compreenderem outras linguagens para a comunicação e expressão, bem como “(...) colocar a

criança diante de uma situação problema e realizar questão instigante para levá-la a pensar

(...)” (REILY, 2006). Dessa forma, os alunos poderão obter um desenvolvimento cognitivo

mais ampliado, transformando-se em elementos ativos, por meio da reflexão, com o intuito de

encontrar respostas coerentes com o “problema” colocado.

Levando-se em consideração a diversidade, as diferenças físicas,

intelectuais e comportamentais dos alunos, a escola deve ter mecanismos para a educação

inclusiva e deverá propor ações enriquecedoras nas atividades escolares. Renzulli e Reis

(1997, 2000 apud FLEITH 2006), discutindo sobre superdotação, afirmam que algumas

características dos superdotados se apresentam quando eles participam de atividades de seus

interesses. Diante de tal afirmação, é possível pensar em práticas educacionais direcionadas

aos interesses dos diversos alunos e não apenas daqueles que possuem altas habilidades,

contribuindo para a aquisição de conhecimentos específicos e singulares. “O atual momento

histórico exige uma participação efetiva da escola como instituição locus do conhecimento e

da formação de cidadãos transformadores dos rumos da sociedade” (MARQUES, 2007, p.

152).

Garantindo uma educação de qualidade para todos, a escola inclusiva poderá

servir como ponte para uma sociedade íntegra, onde os valores se fazem na construção de um

com o outro e, pelo outro. “A realização do ensino inclusivo requer uma percepção do sistema

escolar como um todo unificado” Sage (1999, p. 131). A equação da convivência e a

experiência das relações instauram saberes essenciais para a compreensão das necessidades e

ambigüidades presentes em uma sociedade híbrida e mestiça, como no caso do Brasil; além

de proporcionar diálogos antropofágicos. Cabe, aqui, ressaltar o ponto de vista de um com ou

no outro; um se inteirando do outro, das diferenças; da diversidade.

11

Em seu Artigo II, o Decreto n. 3.956, de 8 de outubro de 2001, promulga a

Convenção Interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as

Pessoas Portadoras de deficiências: Esta Convenção tem por objetivo prevenir e eliminar

todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua

plena integração à sociedade (BRASIL, 2001).

As barreiras existentes na sociedade devem ser minimizadas visando

alcançar o Desenho Universal, possibilitando o uso de instrumentos, produtos, serviços e

ambientes por pessoas com e sem deficiência; estimulando ações de cidadania e

acessibilidade. Sabemos que nas escolas ainda existem muitas barreiras que dificultam o

processo ensino/aprendizagem. Uma barreira das mais significativas é a atitudinal – nas

atitudes inclusivas encontram-se os caminhos para a interação, o convívio, a “cooperação (...),

pois o que se pretende é que as diferenças se articulem e se componham e que os talentos de

cada um sobressaiam” Mantoan (2006, p. 35). Com vistas a alcançar os direitos básicos de

educação, a escola inclusiva tem um grande desafio para preparar materiais de qualidade que

contemplem a diversidade, onde estarão presentes pessoas com deficiência, com suas

múltiplas facetas. Dentro dos direitos da educação (art.21, LDBEN, 1996) encontram-se:

I - educação básica, Ensino Infantil, Fundamental e Médio

II - educação superior.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,

Resolução CNE/CBE nº. 2/2001 determinam no art. 2º:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001).

Partindo para mecanismos de significação e interpretação, o uso de

linguagens não-verbais na educação, aplicadas em sala de aula ou em atividades

extracurriculares permitem uma prática mais dinâmica e diferenciada, onde a apreensão

ocorrerá pela reflexão diante de imagens e signos visuais e, não somente, pela memorização.

“Assim como ocorre na linguagem verbal, a chave da significação não está na percepção

sensorial, mas sim, no movimento de síntese e interpretação” (REILY, 2006, p. 29).

A criação de imagens que trazem discussões acerca da inclusão, das

diferenças, sobre deficiências e “perguntas” sobre como conviver com as diferenças; sobre o

olhar da discriminação, condições de acessibilidade, uso de tecnologias inclusivas etc, vem

12

agregar valores no que tange às problemáticas e possíveis respostas de ações inclusivas. Este

é o ponto principal deste projeto – criar uma cartilha ilustrada que contemple tais abordagens.

Lembrando a frase: uma imagem vale mais do que mil palavras; podemos perceber o quanto

de significado uma imagem pode ter na vida de uma pessoa. Em um mundo globalizado e

cheio de imagens, principalmente no campo da publicidade, onde o jogo é permeado pelo

sentido de belo e por convenções, é pertinente trazer o olhar dos alunos para outro lugar; o da

reflexão.

Por meio de ilustrações, cartuns e HQs, é possível abordar quaisquer tipos

de assuntos inerentes à sociedade. O cartum é sempre um ponto de vista crítico e humorístico

- em sua maioria, fatos que precedem um futuro próximo. As histórias em quadrinhos

carregam em si uma série de cenas que lhe permitem ampliar as discussões através da ação

das personagens ou por meio de suas falas – diálogos. No caso específico deste projeto, as

tirinhas (que são HQs em sua forma reduzida), trazem uma discussão sintetizada de assuntos

ligados à inclusão de pessoas com necessidades específicas no ensino regular, trabalho e lazer.

Do ponto de vista didático, Mendes (1990/1) apud Alves (2000) destaca três

possibilidades de utilização das histórias em quadrinhos:

1) A análise crítica das histórias feita em conjunto com a criança; 2) O

incentivo à criação de histórias em quadrinhos pela própria criança expressando a sua visão de

mundo particular, o que poderia ser feito pelos professores de língua, arte e história e 3) A

utilização das histórias em quadrinhos como um meio de expressão e conscientização política.

Mas é preciso destacar que nem todas as Histórias em quadrinhos são de

grande relevância para o desenvolvimento intelectual. É importante fazer análise dos

materiais para ver quais discussões eles abordam. “De fato, a maioria das HQs e tirinhas

oferecidas ao público pelos veículos da “indústria cultural” não passa de simples produtos

comerciais, com padrões estereotipados de texto e desenho, voltados ao consumo rápido”

(SRBEK, 2006, p. 65)

Por outro lado, a utilização de HQs e cartuns que discutem sobre vários

temas de forma crítica, no sentido de fazer pensar sobre determinadas questões como

cidadania, trabalho, ética etc, pode agregar valores ao processo de ensino/aprendizagem

atuando como atividade suplementar ou complementar dentro das escolas regulares. Fatos

reais e assuntos atuais, discutidos, contendo imagens ilustrativas (com linguagem verbal ou

não-verbal) podem contribuir para o “foco de atenção” (SRBEK, 2005, p. 47) dos alunos, e

servir como um vetor de cognição.

A estratégia de construção das imagens, parte da construção de personagens

13

que se baseiam no mundo real. Vale lembrar, que os personagens (imagens) são verdades

baseadas na extensão daquilo a que ele se refere; pessoas reais. Esse é o campo principal do

cartum; da ilustração e das histórias em quadrinhos; a possibilidade de ser meias-verdades de

fatos existências, e até, do imaginário.

14

2 METODOLOGIA

O processo de criação de uma cartilha ilustrada envolve uma série de

fatores: idéia principal; sobre o que falar e, de qual forma falar? Neste momento, é preciso

decidir o assunto – que foi escolhido na criação do pré-projeto. Depois, é preciso pensar na

forma e conteúdo. Na forma a ser impressa e como o conteúdo será representado

graficamente. É preciso decidir o “estilo” ou a estilização que será a geradora da forma das

personagens que irão compor as histórias e ilustrações da cartilha.

O próximo passo é desenhar o corpo das personagens e seus diversos tipos

de comportamentos - sempre baseado nos aspectos reais. Isso não proíbe, é claro, uma dose de

humor e imaginação no processo de criação. Cada personagem tem características próprias,

bem como será interpretado de uma maneira particular por seus leitores. Como parte

essencial, a pesquisa sobre pessoas, sobre deficiências, sobre ações inclusivas, problemas

enfrentados por pessoas com necessidades especiais, legislação, normas técnicas etc, foi um

instrumento valioso para gerar discussões por meio da imagem; da linguagem do desenho

caricato e de humor.

2.1 Levantamentos de dados e definições das características das personagens

Constam do processo:

• Estudo da literatura referente ao termo inclusão

• Estudo dos tipos de deficiências:

Quadro 01 – referente ao artigo 4º do Decreto 3298, de 20 de dezembro de

1999, alterado pelo Artigo 70 do Decreto 5.296, de dois de dezembro de 2004.

Tipo de deficiência Características Deficiência física Alteração completa ou parcial de um ou mais

segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e

15

as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

Deficiência mental Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

a) comunicação;

b) cuidado pessoal;

c) habilidades sociais;

d) utilização dos recursos da comunidade;

e) saúde e segurança;

f) habilidades acadêmicas;

g) lazer; e

h) trabalho;

Deficiência auditiva Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz.

Deficiência visual Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores

Deficiências múltiplas associação de duas ou mais deficiências. Quadro 02

Outros tipos Características Autismo Prefere estar só

Evita olhar nos olhos dos outros Resiste a mudanças, repete palavras que lhe foram ditas. Age como se fosse surdo. Comportamento ritualístico.

TDAH Caracteriza-se pela movimentação excessiva do indivíduo, falta de atenção, impaciência, impulsividade, distração, impossibilidade de

16

focalizar a atenção por muito tempo em um determinado objetivo.

Superdotação Para o Ministério da Educação, a superdotação é vista em crianças de alto desempenho e potencialidade em quaisquer aspectos. Curiosidade aguçada. Persistência em realizar tarefas. Postura crítica. Alto senso de humor. Espírito de liderança.

2.1.1 Elaboração das personagens a partir do estudo teórico e imaginário

Quadro 03 – criação das personagens

Tipo de personagem Características principais Deficiente físico Deficiência na perna direita

Usa boné para trás. É tranqüilo e interage bem com os colegas Vive bem com sua deficiência. Nome personagem do 01: Fred Nome personagem do 02/cadeirante: Beto

Deficiente mental Tem limitações comportamentais em muitas coisas, mas é muito atencioso e carinhoso com todos. Forma visual – seus olhos demonstram seu déficit intelectual; usa um boné meio caído; é um pouco gordinho. Nome: Júnior

Deficiente auditivo Não escuta nada. Sabe um pouco de LIBRAS. Gosta de interagir com as pessoas. Sua voz irrita a maioria das personagens. Forma visual – olhos sempre arregalados e atentos a tudo que se mexe. Seus olhos falam por si mesmos; usa saia e um cinto bem grande na cintura. Nome: Tininha.

Deficiente visual Ficou cega na idade adulta, mas mesmo assim tem pouca memória visual. Encontra-se na terceira idade. Arrisca-se a sair sozinha pelas ruas. Tem uma neta – cujo nome é Nanda. Forma visual – geralmente encurvada, usa vestido comprido até os pés. Nome/apelido: “vózinha”

Deficiente múltiplo É deficiente físico (cadeirante) e mental.

17

Tem grande dificuldade com a comunicação oral.Para a comunicação, utiliza-se de Comunicação suplementar e alternativa – CSA/CAA. Nome:

Autista Dificuldade na interação com outras pessoas. Padrões repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Segue uma vida rotineira e resiste a mudanças. Forma visual (apresenta-se somente com os olhos e um de seus rituais é permanecer com as mãos nos bolsos de sua bermuda)

• nunca mostrará nariz nem boca, mesmo quando falar ou sorrir – estes serão mostrados por meio das onomatopéias.

Nome/apelido: Hiperativo - TDAH Tem dificuldade para concentrar-se.

Não termina o que começa. Esquece compromissos e tarefas. Não presta atenção a detalhes. Fica remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado. Tem dificuldade de esperar sua vez. É muito agitado. Intromete-se nas coisas dos outros Forma visual (sempre agitado – mesmo quando parado, parece que está se mexendo) -personagem de nome “Hugo”. Personagem de nome “Iara” (característica principal: esquecimento das coisas)

Superdotado – com altas habilidades Possui grandes habilidades. Gosta muito de ajudar os outros. Esquece de se alimentar. É imprevisível. Forma visual – é pequeno e tem um nariz grande. Nome: Eugênio

Quadro 04 – criação de vários personagens que dizem respeito à diversidade

Tipo de personagem Características próprias Tímido É muito tímido.

Forma visual – sempre está com a camisa tampando o rosto – só aparece seus olhos Nome/apelido: “zoinho”.

Professora 01 É bastante interativa.

18

Compreende bem os alunos e provoca ações inclusivas. Forma visual – é um pouco gordinha e apresenta olhos um pouco arregalados. Em seu vestido está escrito a palavra ABC. Nome: Professora Déia.

Professora 02 Possui estatura média. Usa óculos (com grau elevado) – para ver melhor. Não compreende bem a diversidade e tem dificuldades com a inclusão e a diversidade. Nome: Professora Telvina.

Meio louco Ficou meio louco e mora nas ruas, mas sempre está por perto dos alunos da escola inclusiva. Algumas vezes parece ser muito inteligente. Forma visual – olhos arregalados, sobrancelhas expressivas. Tem barba e usa roupas rasgadas –anda descalço. Está sempre feliz. Nome/apelido: “Riso”.

Mascote da cartilha Personagem facilitador. É mediador de vários assuntos. Pode usar várias roupas. Nome:

Outros personagens Ajudam a trazer perguntas, respostas ou reflexões acerca da inclusão.

2.2 Estudo de outras linguagens de comunicação

Quadro 05

Tipo Conceito Braille O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil

para as pessoas cegas. Surgiu na França em 1825 (seu criador o francês Louis Braille). Alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue-os por meio do tato. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Pode ser produzido por impressoras elétricas e computadorizadas; máquina de datilografia e, manualmente, por meio de reglete e punção.

LIBRAS Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais -

19

tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. Possui regionalismo. Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico. Modalidade visual-espacial.

CSA/CAA Conjunto de recursos, estratégias e técnicas que complementam os modos de comunicação existentes, bem como podem substituir ou ampliar as capacidades comunicativas de um deficiente que não consegue falar oralmente. Utilizam-se outros meios para se comunicarem, como: símbolos pictográficos, gestos idiossincráticos, etc.

PCS Os PCS foram criados no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson. É um sistema de comunicação muito amplo. Utiliza-se de figuras sintetizadas em suas formas e são objetivas e diretas, para facilitar a compreensão e comunicação de pessoas com dificuldade em linguagem oral. Boardmaker - é um programa de computador que contém um banco de dados gráficos contendo mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS)

2.2.1 Estudo sobre o uso de tecnologias assistivas para pessoas com deficiência

Em suma, trata-se de fazer com que a pessoa com deficiência

consiga, com o mínimo esforço, a máxima eficiência

Soro-Camats

As Tecnologias Assistivas (TAs) ou Ajudas Técnicas visam beneficiar

todos os tipos de pessoas, principalmente as deficientes, contribuindo para a acessibilidade em

ambientes, equipamentos etc, abordando as especificidades de cada pessoa para garantir maior

autonomia nas ações do trabalho e lazer. Em Berch e Tonolli temos o seguinte conceito:

Identificam a TA como "todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem

20

para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão" (BERCH e TONOLLI, 2006, p.1, apud SONZA, 2008, P. 44)

Tipos de Tecnologias Assistivas:

• Órteses, próteses, leitores de tela, cadeira móvel, equipamentos

para auxilio à visão e audição, equipamentos pra auxilio na vida diária, equipamentos na área de informática; mouse e teclados adaptados aos diversos tipos de deficiências, equipamentos para jogos e brincadeiras;

• De forma geral, partindo do mais simples ao mais complexo sistema tecnológico.

2.2.2 Desenho Universal e acessibilidade

Como proposta para a construção de ambientes favoráveis à inclusão, o

Desenho Universal visa dimensionar o espaço para uso e interação, de forma simples e

intuitiva, garantindo acessibilidade às pessoas com deficiências de maneira que não seja

preciso readequar o espaço e equipamentos de forma contínua.

O Decreto N° 5.296 de 2004 apresenta o conceito do “Desenho Universal”

como:

Concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.

2.3 Terminologias adequadas

Visando o uso adequado de terminologias sobre pessoas com deficiências, o presente estudo tomou como base o texto de Romeu Sassaki: Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Seu texto apresenta 59 itens de grande relevância e uso no dia a dia na sociedade. Frases como:

Quadro 06 – as frases erradas trazem preconceitos enquanto que as certas

apontam para a deficiência e valorização da mesma. Errado Correto

apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno ele tem deficiência e é um ótimo aluno

aquela criança não é inteligente aquela criança é menos desenvolvida na

i li ê i

21

inteligência

ceguinho cego; pessoa cega; pessoa com deficiência

visual; deficiente visual.

ela é cega mas mora sozinha ela é cega e mora sozinha

escola normal escola comum; escola regular

2.4 A linguagem do desenho caricato e as histórias em quadrinhos

A representação não precisa ser arte, mas nem por isso é menos misteriosa. Gombrich (2007)

A linguagem do desenho caricato traz uma série de questões ligadas à

prática do lúdico. Como representação do semelhante, ou seja, tendo como base algum objeto,

pessoas, animais etc, o desenho caricato apresenta traços semelhantes com o seu referente.

Não se trata de uma cópia exata da realidade, mas de uma cópia a partir da observação dos

diversos elementos (forma física) e tipos de comportamentos, para que o desenho ganhe

expressão própria. Assim sendo, a forma gerada assemelha-se com aquilo que se observa e

possui sua própria identidade visual.

É importante relatar que cada artista cria o desenho, a imagem, com modo

próprio. Os traços – jeito de se criar as linhas, formas e coloridos, são características

individualizadas.

As histórias em quadrinhos ou arte seqüencial, pensada com início, meio e

fim, ou seja, com narrativa pensada em uma ação das personagens com funções ligadas ao

quadro anterior e posterior, teve início na primeira metade do séc. XIX, na Europa, tendo no

suíço Rodolphe Topher, seu precursor.

“Como tantas vezes acontece na história da arte, um fator pessoal e outro técnico conspiraram para produzir essa invenção. (…) A litografia permitiu-lhe desenhar sem menores dificuldades e ter seus desenhos a traço, leves e despretensiosos, reproduzidos a preço acessível (GOMBRICH, 2007, p. 284).

Chegando ao séc. XX, as histórias em quadrinhos (HQs) ganharam força e

22

passaram a fazer parte de jornais impressos, livros didáticos e revistas. Com assuntos

variados, elas discutem sobre política, economia, arte, literatura, música, etc. São também

usadas em muitas empresas como material didático, no sentido de ilustrar cenas para facilitar

o aprendizado na área de segurança do trabalho, entre outros. Os “estilos” das personagens

podem ir do realismo figurativo – com proporções reais; ao desenho caricato mais instigante –

apresentando deformações intencionais (distorções) em objetos e pessoas que compõem a

história.

Um fator importante na construção das HQs é a imaginação. Com base nos

elementos reais, a imaginação cria novos signos e simbologias. A partir do momento em que

ela é feita (terminada), passa a ser real, mesmo que ilustrando um “mundo imaginário”. Em

Srbek temos:

A apreensão cognitiva das imagens dos quadrinhos produz uma mensagem composta por signos caracterizados como identificações cognitivas. (…) Mesmo uma imagem não-intencional, como uma mancha na parede, pode ser identificada por quem a observa como sendo o “rosto de uma pessoa” (…) A apreensão cognitiva é um momento em que minha atenção se detém na imagem particular, gerando uma intelecção; é quando um significante visual torna-se significativo pra mim, que lhe atribuo significado através de qualidades e ações, um contexto de temporalidade. (SRBEK, 2005, P 41-43)

Assim sendo, algumas formas, desenhos feitos adquirem um grau de

semelhança com o universo (memória visual/signos visuais dos leitores). Como exemplo,

podemos citar uma postura de um personagem qualquer: o jeito de sorrir, sentar ou falar, do

personagem inventado pode ser muito próximo de alguma pessoa que lê a história. Essa

relação pode trazer não só essa semelhança como também pode induzir alguém a agir daquela

determinada forma de comportamento. “Na sua função mediadora, é sempre o signo que nos

coloca em contato com tudo aquilo que costumamos chamar de realidade” Santaella (2002,

p.15), evocando sua face de referência, que “diz respeito à relação do signo com aquilo que

ele representa” Santaella (2002, p. 116). Personagens geralmente são criados com base na

realidade, mas podem muito bem influenciar pessoas no mundo real a agirem de forma

parecida com o personagem a quem mais se identifica. Dessa forma, alguns aspectos dos

personagens são demonstrados em algumas ações das pessoas – mesmo que, por pequenos

momentos.

Pensando-se nessa perspectiva, foi preciso tomar certos cuidados na

elaboração das personagens, bem como na elaboração das idéias e no tipo adequado de

comportamento e linguagens de comunicação de cada personagem, em específico.

23

2.4.1 Identidade e comportamentos das personagens

“A identidade “é o que se é”: sou brasileiro, sou negro, sou estudante” (SILVA (2000) apud MANTOAN, 2006)

Para pensar o perfil de cada personagem da cartilha Ninguém é “ingual” a

ninguém, foi preciso antes, conhecer um pouco mais das características inerentes aos diversos

tipos de deficiências. As qualidades básicas de cada uma das deficiências foram vetores para a

construção das personagens e nortearam os assuntos presentes nas histórias ilustradas das

tirinhas ou mesmo nos cartuns.

Neste processo de criação, o fio condutor para firmar as características de

cada um é a somatória do aspecto fisiológico com o psicológico, no sentido de construir um

único corpo para realizar ações e dizer palavras; modo de se comunicar.

Como processo de construção de identidade, cada personagem traz, aos

poucos, alguns de seus traços de personalidades. Cada personagem tem seu jeito próprio de

andar, falar, sorrir etc. A relação de cada uma destas ações é representada visualmente. É por

meio da visualidade que os leitores poderão perceber os traços específicos de cada um.

No caso dos deficientes visuais, o projeto propõe a construção desta mesma

cartilha impressa em braile e em relevo – silhuetas das personagens e contorno dos balões

(local onde se encontram as falas das personagens). Neste caso, as pessoas cegas ou com

baixa visão, poderão perceber pelo tato o contorno – forma específica do corpo e expressões

corporais (movimentação).

Além das características presentes nas deficiências, as personagens ganham

outras por meio do imaginário, e na própria relação de um com o outro, no desenvolvimento

das histórias. As personagens podem se metamorfosear ao longo do processo. Tanto no que se

refere às deficiências físicas, quanto no tipo de comportamento. Não é preciso representar o

personagem sempre do mesmo jeito – usando sempre a mesma roupa, por exemplo.

De fato, o que ocorre, é que as personagens ganham vida própria. Em alguns

momentos é preciso deixar maleável algumas ações para que, a partir do diálogo entre as

personagens, surjam outras manifestações (maneiras, posturas). Como exemplo, podemos

citar um personagem que sempre está alegre. Em algum determinado momento, ele se

apresenta bravo. Ao longo da história ele permanece bravo e, ao final da história, ele percebe

que estava dentro de um sonho. Isso causa algum espanto aos leitores por estarem já

acostumados a verem seus personagens, sempre com as mesmas ações.

24

2.4.2 Elaboração das idéias em roteiros (HQs) ou em quadros únicos (cartum)

Como parte primordial do trabalho, as idéias que iam surgindo no

processo eram trabalhadas em esboço. Entende-se como esboço, um desenho traçado de

forma livre, sem muitas preocupações formais. Em outras palavras, podemos dizer que ele é

só um rascunhado que sugere algumas composições nos quadros: posição das personagens,

fundo, disposição dos balões etc. Ora o esboço foi feito a lápis, ora com pincel marcador

permanente. Em alguns momentos, o esboço acabou sendo deixado como desenho acabado

(finalizado). Isso ocorre porque, em determinado momento, é preciso deixar o traço mais solto

e expressivo.

2.4.3 Criação dos desenhos com base nas idéias traçadas (esboço)

Depois de concluídos os esboços, era feita uma revisão do trabalho em si:

assunto abordado na tirinha ou cartum; fala e postura das personagens, expressões faciais,

entre outros. Neste momento, eram feitos novos desenhos. Com base no esboço, o novo

desenho foi feito diretamente com pincel marcador permanente. Essa técnica permite

desenhar com aproveitamento de “erros gráficos”, no sentido de deixar a linha se auto-

expressar. O desafio foi traçar as diferentes formas de ser. Vários personagens coexistem na

cartilha. Um é mais manhoso, outro é mais ativo. Cada um com seu jeito próprio para ilustrar

a diversidade. Nisso, as linhas são, ora mais macias, ora mais duras. Curvas e retas se

entrelaçam para formar o perfil do deficiente físico, visual, mental, pessoas sem deficiências

etc.

2.5 Avaliação de conteúdo criado

Como resultado foram criadas ilustrações, tirinhas e cartuns com base no

tema da pesquisa. A cartilha foi dividida em seções, tais como: Inclusão e diversidade;

Acessibilidade; Uso de comunicação suplementar e alternativa (CSA); Desenho Universal e

espaços acessíveis; Uso de Tecnologias assistivas e discussões sobre as deficiências em geral.

Como vetor de reflexão para o espaço inclusivo, a cartilha aponta para a

mediação no sentido de mostrar, informar e questionar sobre as barreiras encontradas na

sociedade que está em transformação.

25

3 CONCLUSÃO

Os estudos sobre os diferentes tipos de deficiências; suas causas e

possibilidades de superação foram de grande importância para os primeiros passos de

construção das imagens que ilustram o processo de inclusão de pessoas com necessidades

especiais.

Outro ponto forte é o estudo das diferentes barreiras encontradas que

permitem acessibilidade de uma forma geral. Uma das mais significativas para o presente

estudo foi a barreira atitudinal.

Pensando nas relações e interações das pessoas deficientes com o seu

entorno, um leque de idéias para descrições gráficas e simbólicas surgia num processo

contínuo de layouts. Posteriormente, o layout transformava-se numa imagem mais acabada e

finalizada.

Os resultados gráficos (ilustrações, cartuns e tirinhas) gerados com base no

tema proposto, instigavam uma linguagem visual sintetizada, com informações necessárias

para a informação e visualização – leitura da imagem. O corpo de ilustrações da cartilha traz

conhecimento e reflexão acerca da inclusão.

De acordo com o objetivo principal, a reprodução e distribuição da cartilha

nas escolas, agrega valores para a discussão sobre os comportamentos dos cidadãos diante de

fatos corriqueiros além de abordar as relações entre pessoas com e sem deficiências.

As imagens apresentadas evocam o reconhecimento das características

pessoais, tais como, forma do corpo, expressões faciais e corporais, posturas, comunicação e

diálogos. Contendo imagens figurativas, textos, e situações diversas, a cartilha ilustra a

diversidade, fala da perspectiva da inclusão e recorta individualidades.

26

REFERÊNCIAS

ALMAIRAL, Carme Basil; SORO-CAMATS, E.; BULTÓ, Carme, R.. Sistemas de Sinais e

Ajudas Técnicas para a Comunicação Alternativa e a Escrita. São Paulo: Santos. 2003.

ALVES, José Moysés. Histórias em quadrinhos e educação infantil. 2000. Disponível em

<http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

98932001000300002&lng=es&nrm=> Acesso em 12 de junho 2009.

BRASIL. Decreto n. 3.956, de 8 de outubro de 2001, promulga a Convenção Interamericana

para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as Pessoas Portadoras de

deficiências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3956.htm>

Acesso em 21 de set 2009.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394 de 20 de dezembro

de 1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm> Acesso em

12 de set. 2009.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução

CNE/CEB 2/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de setembro de 2001. Seção 1E, p.

39-40. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf> Acesso em

18 de set. 2009.

GOMBRICH, E, H. Arte e ilusão..Um estudo da psicologia da representação pictórica. - 4 ed.

- São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007.

FLEITH, Denise de Souza. Criatividade e altas habilidades/superdotação . Novembro

2006. Disponível em < http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2006/02/a4.htm> Acesso em 12 set.

2009.

MANTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer?. 2.ed. São Paulo:

Moderna, 2006.

MARQUES, Carlos, A. Rompendo paradigmas: As contribuições de Vigotsky, Paulo

Freire e Foucault. In: JESUS, Denise, Meyrelles de. Et al (org.). Inclusão Práticas

pedagógicas e Trajetórias de Pesquisa. Porto Alegre: Mediação/Prefeitura Municipal de

Vitória/CDV/FACITEC, 2007.

REILY, Lucia. Escola Inclusiva: Linguagem e mediação. Campinas, SP: Papirus, 2004.

SAGE, Daniel D. Estratégias Administrativas para a Realização do Ensino Inclusivo. In:

STAINBACK, S. & STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda

França Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

27

SANTAELLA, Lucia. Semiótica Aplicada. São Paulo: Thomson, 2004.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Disponível

em http://www.mp.pe.gov.br/uploads/zEEORSTek4V-

xJeWR9XnLw/9H3ICd6NYXHKTHBY7N9MdQ/terminologia1pra_imprensa.PDF> Acesso

em: 12 de maio de 2009.

SRBEK, Wellington. Um mundo em Quadrinhos. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.

----------, Wellington. Quadrinhos e outros bichos. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2006.

SONZA. Andréa Poletto. Ambientes virtuais acessíveis sob a perspectiva de usuários com

limitação visual. Tese. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Centro Interdisciplinar de

Novas Tecnologias na Educação Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação.

Porto Alegre. 2008.

28

ANEXO

Cartilha “Ingual”: só pra quem é diferente!

Capa

29 29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52