Newsletter 6ª Conseguro 2º Dia

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6 a CONSEGURO Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização Realização Centro de Convenções Brasil 21 Brasília - 22 e 23 de outubro de 2013 Motes dos debates ocorridos ao longo da 6ª Conseguro, os prognósticos para o mercado segurador em 2025, mais que revelar números exuberantes das oportunidades de negócios para o setor, deixaram claro a responsabilidade de cada um na construção do futuro. Cabe a nós!, afirmou a atriz Fernanda Monte- negro no vídeo de abertura, cuja apresentação foi seguida por projeções que demostram as oportu- nidades de negócios para o setor e sua importân- cia na construção do crescimento sustentável. Uma delas é que em 2025 a arrecadação do mer- cado segurador pode chegar a R$ 768 bilhões, se configurada a previsão de um crescimento anual médio de 17% neste período, tomando como base o volume arrecadado em 2012: R$ 253 bilhões. Foram dois dias de debates intensos, divi- didos em dez painéis, que abordaram as mega- tendências da indústria mundial de seguros, a transformação do perfil do consumidor, as pers- pectivas para a saúde suplementar no Brasil, a integração às redes sociais e aos canais digitais, os impactos das alterações climáticas na econo- mia e as mudanças no processo de comerciali- zação de produtos de vida e previdência no País. A sexta edição do evento, que ocorreu no Cen- tro de Convenções Brasil 21, na capital da Repúbli- ca, foi encerrada pelo presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, que agradeceu a colaboração de todos para o sucesso da Conferência, em especial aos presidentes das quatro Federações (FenaCap, FenaSaúde, FenaPrevi e FenSeg) e à diretora exe- cutiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes. “Nossa satisfação maior foi ter convivido, du- rante esses dois dias, com importantes referên- cias nacionais, que nos fizeram refletir não só a respeito da nossa atividade, mas em relação ao Brasil como um todo. Agora cabe a nós fazer com que tudo o que aprendemos nesses debates possa ser levado às nossas empresas, traduzindo esse conhecimento em benefícios dos clientes e dos acionistas. Só depende de nós”. Painéis discutiram a construção do futuro Poder das redes sociais afeta relação entre empresas e consumidores Página 2 Tecnologias de saúde são incorporadas sem avaliação da eficácia Página 3 Mudanças climáticas influenciam o desempenho da economia Página 4 Brasília, 23 de outubro de 2013 FOTOS DE JÚLIO FERNANDES

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Newsletter do 2º dia de um dos maiores eventos do mercado segurador, que acontece em Brasília, nos dias 22 e 23 de outubro.

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6a CONSEGUROConferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização

Realização

Centro de Convenções Brasil 21 Brasília - 22 e 23 de outubro de 2013

Motes dos debates ocorridos ao longo da 6ª Conseguro, os prognósticos para o mercado segurador em 2025, mais que revelar números exuberantes das oportunidades de negócios para o setor, deixaram claro a responsabilidade de cada um na construção do futuro.

Cabe a nós!, afirmou a atriz Fernanda Monte-negro no vídeo de abertura, cuja apresentação foi seguida por projeções que demostram as oportu-nidades de negócios para o setor e sua importân-cia na construção do crescimento sustentável. Uma delas é que em 2025 a arrecadação do mer-cado segurador pode chegar a R$ 768 bilhões, se configurada a previsão de um crescimento anual médio de 17% neste período, tomando como base o volume arrecadado em 2012: R$ 253 bilhões.

Foram dois dias de debates intensos, divi-didos em dez painéis, que abordaram as mega-tendências da indústria mundial de seguros, a transformação do perfil do consumidor, as pers-pectivas para a saúde suplementar no Brasil, a

integração às redes sociais e aos canais digitais, os impactos das alterações climáticas na econo-mia e as mudanças no processo de comerciali-zação de produtos de vida e previdência no País.

A sexta edição do evento, que ocorreu no Cen-tro de Convenções Brasil 21, na capital da Repúbli-ca, foi encerrada pelo presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, que agradeceu a colaboração de todos para o sucesso da Conferência, em especial aos presidentes das quatro Federações (FenaCap, FenaSaúde, FenaPrevi e FenSeg) e à diretora exe-cutiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes.

“Nossa satisfação maior foi ter convivido, du-rante esses dois dias, com importantes referên-cias nacionais, que nos fizeram refletir não só a respeito da nossa atividade, mas em relação ao Brasil como um todo. Agora cabe a nós fazer com que tudo o que aprendemos nesses debates possa ser levado às nossas empresas, traduzindo esse conhecimento em benefícios dos clientes e dos acionistas. Só depende de nós”.

Painéis discutiram a construção do futuro

Poder das redessociais afetarelação entreempresas econsumidores

Página 2

Tecnologias de saúde são incorporadas sem avaliação da eficácia

Página 3

Mudançasclimáticasinfluenciamo desempenhoda economia

Página 4

Brasília, 23 de outubro de 2013

fotos de Júlio fernandes

6a CONSEGURO Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização

Tecnologias são usadas sem comprovação da eficácia

O jornalista William Waack media as discussões sobre as perspectivas para a saúde privada no Brasil, entre Gabriel Portella, Gustavo Franco e Marcio Coriolano

Setor privado responde por 54% dos gastos com saúde

Apesar de o acesso à saúde no Brasil ser uma obrigação do estado, o setor privado responde por 54% dos gastos relacionados ao segmento – e o cres-cimento da saúde suplementar vem sendo impulsio-nado, sobretudo, pela formalização do emprego, com mais pessoas incorporadas ao mercado de trabalho.

As informações foram apresentadas duran-te o painel “Cenário Macroeconômico e Pers-pectivas para a Saúde Privada no Brasil”, pelo presidente da FenaSaúde e da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano, que comparou os números da saúde no Brasil com os de outros países.

Segundo ele, apesar de o País investir no setor de saúde o equivalente a 3% do PIB, um percen-tual superior ao do Canadá e da Espanha, o gasto per capita é baixo e o nível de eficiência é redu-zido, com incidência de doenças típicas de países subdesenvolvidos, como malária e dengue.

Na sua avaliação, o setor enfrenta três grandes

desafios. O primeiro é a transição epidemiológica, que altera o mix de enfermidades, com o aumento da incidência de doenças crônicas, mais custosas e que demandam mais tempo de internação.

O segundo desafio é a transição demográfica e etária, que transforma a pirâmide populacional, com o aumento proporcional de idosos, que tam-bém vivem por mais tempo e demandam mais cuidados, em contrapartida à redução do número de jovens, também sobrecarregando os custos.

O terceiro é a transição tecnológica, respon-sável por uma inflação médica muito maior que a medida pelo IPCA. “Como adequar o aumen-to desses custos à renda das famílias? No Brasil, só se discute o reajuste de preços e acho que é preciso entender o que a sociedade quer. Hoje, se alguém quiser comprar um plano só para doen-ças cardíacas ou neurológicas, por exemplo, não pode, porque é tudo ou nada”, criticou.

No debate, o jornalista William Waack per-guntou se a sociedade brasileira sabe a relação entre o que paga pelos serviços e o que recebe de volta. “Não”, respondeu Gabriel Portella, pre-sidente da SulAmérica. “Queremos conciliar a satisfação do beneficiário com o crescimento do setor, mas não há fomento das autoridades neste sentido”, completou.

Revolução tecnológicaA revolução provocada pela

tecnologia foi tema da palestra “Distribuição/Canais Digitais”, do jornalista Ethevaldo Siqueira. Se-gundo ele, as empresas precisam entender o ambiente digital para ofertar produtos e serviços sob medida. “É um mundo completa-mente novo, que todos precisam entender e compartilhar”, disse.

O grande desafio é saber cap-tar as informações que interessam e interpretá-las diante do grande volume de dados disponíveis na rede, que tinha dois bilhões de

OutrOs númerOs das redes sOciais

➜ A cada segundo, são expedidas 100 mil mensagens do Twitter.➜ A cada segundo, são feitas 2 milhões de consultas no Google.➜ 50% da receita do Facebook provêm de dispositivos móveis.➜ A cada segundo, são postadas 48 horas de vídeo no YouTube.➜ 20% dos divórcios nos EUA são atribuídos ao Facebook.

Foco no consumidor é o caminho para crescer

Um dos principais desejos da população e também um dos produtos que mais geram atritos entre consumidores e empre-sas, a saúde foi tema de debate no painel “Transformação do Consumidor”, que reuniu o eco-nomista Eduardo Gianetti e a secretária Nacional do Consu-midor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva.

Gianetti enfatizou que é preciso vencer os desafios da regulamentação da saúde su-plementar, que tirou o apetite das empresas em vender pla-

Eduardo Gianetti e Juliana Pereira no debate sobre as transformações sofridas pelo consumidor, mediado por Ricardo Moirishita Wada (FGV)

nos individuais, para que o setor volte a crescer. “As pos-sibilidades desse mercado, que é tão demandado pela popu-lação, se fecharam. A regula-mentação inviabiliza o interes-se de todos e deixa milhões de famílias excluídas dos planos de saúde”, afirmou.

Segundo a secretária Ju-liana Pereira, uma pesquisa mostrou que, no banco de da-dos que reúne nove milhões de queixas, em cada grupo de dez pessoas que procuram o Procon nove tentaram resol-ver o problema com a empresa e não conseguiram. “Respeitar o consumidor é interessante para o País e agrega valor às companhias”, sintetizou.

A arte de interagir nas mídias digitais

Marco Barros, da FenaCap, foi o mediador da palestra de Di Felice

As redes sociais são um de-safio para qualquer empresa que pretenda competir no mercado segurador em 2025, na avaliação de Massimo Di Felice, coordena-dor do Centro de Pesquisa Ato-pos, da USP. “A interatividade é a forma como construímos nossas relações no mundo de hoje. Mas saber interagir é uma arte que

sociais. “É preciso interagir com o consumidor, que pode comprar um produto ou não, dependendo do debate com a rede de amigos nas comunidades digitais”.

Para Di Felice, o tema pre-cisa ser pensado e repensado, mas, ainda assim, requer mu-danças de rumo a todo instante. “O verdadeiro e único capital é a reputação, que agora é constru-ída através da troca contínua de informações com a sociedade”, finalizou o professor.

faz a diferença”, explicou.Mediador do debate, Marco

Barros, o presidente da FenaCap, perguntou como as redes sociais podem ajudar o segmento de títu-los de capitalização. Di Felice ex-plicou que as redes são uma forma cotidiana de interações, deixan-do claro que dificilmente haverá venda de produtos pelas redes

Rafael Rosas (Mongeral AEGON), Marco Antônio Antunes (SulAmérica), Gilberto Lourenço da Aparecida (Brasilcap), Eugênio Velasques (Bradesco), Antonio Penteado (jornalista e consultor), participaram como debatedores na palestra de Ethevaldo Siqueira.

Na opinião do economista Gustavo Franco, o governo aplica um populismo fiscal e regulatório, que vai além da capacidade dos regulados em ar-car com os custos. “As contas não fecham e, dessa forma, essa indústria não vai prosperar”, previu.

Portella chamou a atenção para a questão tecnológica, pois entende que há pouca discus-são em torno da efetividade das tecnologias. “O objetivo é repor a saúde ao estágio anterior e isso não significa que haja necessidade de se utilizar uma tecnologia de última geração”.

Marcio Coriolano citou o exemplo do Canadá, onde nenhuma tecnologia é incorporada aos pro-cedimentos antes de uma avaliação profunda. “É preciso submeter as novas tecnologias a critérios muito sérios de efetividade antes de aceitar sua incorporação”, concluiu.

Na sua avaliação, o consu-midor paga um preço alto quan-do compra um produto que não entrega o que promete. “Há o custo do cidadão, que é obrigado a procurar um órgão regulador, e para a imagem da empresa, que fica arranhada com problemas como venda casada ou propa-ganda enganosa”, citou.

A representante do Minis-tério da Justiça sugeriu que as empresas, especialmente as do segmento de saúde, bus-quem confiança e transparên-cia na relação com o consu-midor que está cada dia mais poderoso. “Com o avanço das redes sociais, o consumidor reage na hora a qualquer des-respeito”, ressaltou.

usuários no ano passado e deve chegar a sete bilhões, em 2023. “O impacto da internet em nossas vi-das será avassalador”, garante.

Os números permanecem grandiosos quando o assunto são as mídias sociais. Há mais de 2,5 bilhões de usuários nas três principais redes: Facebook, Twitter e Linkedin. Os brasilei-ros têm o maior número de ami-gos nas redes sociais entre todos os países do mundo, com uma média de 560 pessoas – segui-dos pelos japoneses, com 377.

6a CONSEGURO Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização

Tecnologias são usadas sem comprovação da eficácia

O jornalista William Waack media as discussões sobre as perspectivas para a saúde privada no Brasil, entre Gabriel Portella, Gustavo Franco e Marcio Coriolano

Setor privado responde por 54% dos gastos com saúde

Apesar de o acesso à saúde no Brasil ser uma obrigação do estado, o setor privado responde por 54% dos gastos relacionados ao segmento – e o cres-cimento da saúde suplementar vem sendo impulsio-nado, sobretudo, pela formalização do emprego, com mais pessoas incorporadas ao mercado de trabalho.

As informações foram apresentadas duran-te o painel “Cenário Macroeconômico e Pers-pectivas para a Saúde Privada no Brasil”, pelo presidente da FenaSaúde e da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano, que comparou os números da saúde no Brasil com os de outros países.

Segundo ele, apesar de o País investir no setor de saúde o equivalente a 3% do PIB, um percen-tual superior ao do Canadá e da Espanha, o gasto per capita é baixo e o nível de eficiência é redu-zido, com incidência de doenças típicas de países subdesenvolvidos, como malária e dengue.

Na sua avaliação, o setor enfrenta três grandes

desafios. O primeiro é a transição epidemiológica, que altera o mix de enfermidades, com o aumento da incidência de doenças crônicas, mais custosas e que demandam mais tempo de internação.

O segundo desafio é a transição demográfica e etária, que transforma a pirâmide populacional, com o aumento proporcional de idosos, que tam-bém vivem por mais tempo e demandam mais cuidados, em contrapartida à redução do número de jovens, também sobrecarregando os custos.

O terceiro é a transição tecnológica, respon-sável por uma inflação médica muito maior que a medida pelo IPCA. “Como adequar o aumen-to desses custos à renda das famílias? No Brasil, só se discute o reajuste de preços e acho que é preciso entender o que a sociedade quer. Hoje, se alguém quiser comprar um plano só para doen-ças cardíacas ou neurológicas, por exemplo, não pode, porque é tudo ou nada”, criticou.

No debate, o jornalista William Waack per-guntou se a sociedade brasileira sabe a relação entre o que paga pelos serviços e o que recebe de volta. “Não”, respondeu Gabriel Portella, pre-sidente da SulAmérica. “Queremos conciliar a satisfação do beneficiário com o crescimento do setor, mas não há fomento das autoridades neste sentido”, completou.

Revolução tecnológicaA revolução provocada pela

tecnologia foi tema da palestra “Distribuição/Canais Digitais”, do jornalista Ethevaldo Siqueira. Se-gundo ele, as empresas precisam entender o ambiente digital para ofertar produtos e serviços sob medida. “É um mundo completa-mente novo, que todos precisam entender e compartilhar”, disse.

O grande desafio é saber cap-tar as informações que interessam e interpretá-las diante do grande volume de dados disponíveis na rede, que tinha dois bilhões de

OutrOs númerOs das redes sOciais

➜ A cada segundo, são expedidas 100 mil mensagens do Twitter.➜ A cada segundo, são feitas 2 milhões de consultas no Google.➜ 50% da receita do Facebook provêm de dispositivos móveis.➜ A cada segundo, são postadas 48 horas de vídeo no YouTube.➜ 20% dos divórcios nos EUA são atribuídos ao Facebook.

Foco no consumidor é o caminho para crescer

Um dos principais desejos da população e também um dos produtos que mais geram atritos entre consumidores e empre-sas, a saúde foi tema de debate no painel “Transformação do Consumidor”, que reuniu o eco-nomista Eduardo Gianetti e a secretária Nacional do Consu-midor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva.

Gianetti enfatizou que é preciso vencer os desafios da regulamentação da saúde su-plementar, que tirou o apetite das empresas em vender pla-

Eduardo Gianetti e Juliana Pereira no debate sobre as transformações sofridas pelo consumidor, mediado por Ricardo Moirishita Wada (FGV)

nos individuais, para que o setor volte a crescer. “As pos-sibilidades desse mercado, que é tão demandado pela popu-lação, se fecharam. A regula-mentação inviabiliza o interes-se de todos e deixa milhões de famílias excluídas dos planos de saúde”, afirmou.

Segundo a secretária Ju-liana Pereira, uma pesquisa mostrou que, no banco de da-dos que reúne nove milhões de queixas, em cada grupo de dez pessoas que procuram o Procon nove tentaram resol-ver o problema com a empresa e não conseguiram. “Respeitar o consumidor é interessante para o País e agrega valor às companhias”, sintetizou.

A arte de interagir nas mídias digitais

Marco Barros, da FenaCap, foi o mediador da palestra de Di Felice

As redes sociais são um de-safio para qualquer empresa que pretenda competir no mercado segurador em 2025, na avaliação de Massimo Di Felice, coordena-dor do Centro de Pesquisa Ato-pos, da USP. “A interatividade é a forma como construímos nossas relações no mundo de hoje. Mas saber interagir é uma arte que

sociais. “É preciso interagir com o consumidor, que pode comprar um produto ou não, dependendo do debate com a rede de amigos nas comunidades digitais”.

Para Di Felice, o tema pre-cisa ser pensado e repensado, mas, ainda assim, requer mu-danças de rumo a todo instante. “O verdadeiro e único capital é a reputação, que agora é constru-ída através da troca contínua de informações com a sociedade”, finalizou o professor.

faz a diferença”, explicou.Mediador do debate, Marco

Barros, o presidente da FenaCap, perguntou como as redes sociais podem ajudar o segmento de títu-los de capitalização. Di Felice ex-plicou que as redes são uma forma cotidiana de interações, deixan-do claro que dificilmente haverá venda de produtos pelas redes

Rafael Rosas (Mongeral AEGON), Marco Antônio Antunes (SulAmérica), Gilberto Lourenço da Aparecida (Brasilcap), Eugênio Velasques (Bradesco), Antonio Penteado (jornalista e consultor), participaram como debatedores na palestra de Ethevaldo Siqueira.

Na opinião do economista Gustavo Franco, o governo aplica um populismo fiscal e regulatório, que vai além da capacidade dos regulados em ar-car com os custos. “As contas não fecham e, dessa forma, essa indústria não vai prosperar”, previu.

Portella chamou a atenção para a questão tecnológica, pois entende que há pouca discus-são em torno da efetividade das tecnologias. “O objetivo é repor a saúde ao estágio anterior e isso não significa que haja necessidade de se utilizar uma tecnologia de última geração”.

Marcio Coriolano citou o exemplo do Canadá, onde nenhuma tecnologia é incorporada aos pro-cedimentos antes de uma avaliação profunda. “É preciso submeter as novas tecnologias a critérios muito sérios de efetividade antes de aceitar sua incorporação”, concluiu.

Na sua avaliação, o consu-midor paga um preço alto quan-do compra um produto que não entrega o que promete. “Há o custo do cidadão, que é obrigado a procurar um órgão regulador, e para a imagem da empresa, que fica arranhada com problemas como venda casada ou propa-ganda enganosa”, citou.

A representante do Minis-tério da Justiça sugeriu que as empresas, especialmente as do segmento de saúde, bus-quem confiança e transparên-cia na relação com o consu-midor que está cada dia mais poderoso. “Com o avanço das redes sociais, o consumidor reage na hora a qualquer des-respeito”, ressaltou.

usuários no ano passado e deve chegar a sete bilhões, em 2023. “O impacto da internet em nossas vi-das será avassalador”, garante.

Os números permanecem grandiosos quando o assunto são as mídias sociais. Há mais de 2,5 bilhões de usuários nas três principais redes: Facebook, Twitter e Linkedin. Os brasilei-ros têm o maior número de ami-gos nas redes sociais entre todos os países do mundo, com uma média de 560 pessoas – segui-dos pelos japoneses, com 377.

6a CONSEGURO Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização

O aquecimento global vai provocar transformações extremas

Publicação da Superintendência de Comunicação da CNsegProdução: Via TextoProjeto gráfico: Maraca Design

A influência das mudanças climáticas na economia

As chuvas intensas que atingiam São Paulo uma vez por década, en-tre os anos 1930 e 1940, acontecem agora cerca de duas vezes por ano, deflagradas principalmente pela urbanização. A frequência e inten-sidade desses fenômenos naturais são agravadas pela interferência no ambiente, como a impermeabiliza-ção do solo, que também contribui para o alagamento de grandes áre-as, acarretando catástrofes naturais cada vez mais destruidoras.

Estas evidências constam de um estudo coordenado pelo cientista Carlos Nobre, secretário de Políticas e Progra-mas de Desenvolvimento do Ministé-rio de Ciências, Tecnologia e Inovação, e pelo economista Sergio Besserman, presidente da Câmara Técnica de De-senvolvimento Sustentável da Prefei-tura do Rio de Janeiro. As informações foram apresentadas por eles na última palestra da 6ª Conseguro, que discu-tiu o tema “Um Novo Clima e Uma Nova Economia”, sob mediação do consultor Nelson Barbosa, da Fun-dação Getulio Vargas.

A incidência dos fenômenos naturais vem sendo agravada pelo aquecimento global, provocado pela emissão dos gases de efeito estufa na atmosfera, que é um problema de to-dos os países do mundo. “Apesar de o Brasil ter reduzido suas emissões em 40% nos últimos anos, por conta da diminuição do desmatamento da Amazônia, jamais conseguiremos, sozinhos, reduzir o aquecimento glo-bal”, disse Carlos Nobre. Ele infor-mou que o Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação tem um pro-grama para incentivar as universi-dades brasileiras a transformar o co-

Mesmo que o mundo decida enfrentar o pro-blema de frente, o aquecimento global vai provo-car transformações extremas na vida do planeta, fazendo das mudanças climáticas uma questão fundamental para qualquer companhia e, em par-ticular, para a indústria de seguros.

O alerta foi feito pelo economista Sergio Besser-man, que citou o exemplo do furacão Sandy, que, só em prejuízos ao metrô de Nova York, gerou um custo maior do que todos os investimentos feitos até agora pelo Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016.

Segundo ele, os preços relativos da economia de mercado global irão mudar radicalmente, já que os custos para a emissão de carbono – que ainda são considerados um bem público – serão necessaria-mente introduzidos nos cálculos em algum momento. “Se enfrentarmos o problema, o custo será um, se não, será outro. Mas a conta virá de qualquer jeito”, avisou.

Besserman, no entanto, não é nem um pouco otimista. “Se não somos individualmente inteligen-tes o suficiente para levar a sério as recomendações médicas em relação aos efeitos do tabagismo e da má alimentação na saúde, por exemplo, imaginem se tratando da sociedade como um todo”, comparou.

Ainda assim, o economista crê na capacidade da indústria de seguros de ajudar a mudar a men-talidade da sociedade, já que é um setor econômico que tem experiência de pensar a longo prazo; dife-rentemente dos políticos, que trabalham de olho na próxima eleição; e dos executivos, que trabalham com o prazo do próximo balanço.

nhecimento sobre o comportamento do clima em ações para melhorar as condições de vida da população. “Para enfrentarmos esse grande de-safio, precisamos de uma forte ca-pacidade de inovação tecnológica, principalmente dentro da indústria, mas, no Brasil, há poucos exemplos neste sentido”, afirmou.

Na avaliação de Carlos Nobre, a indústria de seguros também tem um papel importante nesse processo e pode construir parcerias com outros setores da economia pra fomentar es-sas inovações. “O Ministério está dis-posto a estabelecer um amplo diálogo com a indústria brasileira”, anunciou.

“Para enfrentarmos esse grande desafio, precisamos

de uma forte capacidade de inovação tecnológica, principalmente dentro da indústria, mas, no

Brasil, há poucos exemplos neste sentido”

Carlos Nobre

“Se não somos individualmente

inteligentes o suficiente para levar a sério as recomendações

médicas, por exemplo, imaginem se tratando

da sociedade como um todo”

sergio bessermaN