Necessidade Nutricional Da Crianca e do Adolescente Atleta.pdf

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Necessidade nutricional da Necessidade nutricional da criança e do adolescente atleta criança e do adolescente atleta Francisco Leal Kobielski Francisco Leal Kobielski Giuseppe Potrick Stefani Giuseppe Potrick Stefani

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  • Necessidade nutricional da Necessidade nutricional da criana e do adolescente atleta criana e do adolescente atleta

    Francisco Leal KobielskiFrancisco Leal KobielskiGiuseppe Potrick StefaniGiuseppe Potrick Stefani

  • IntroduoIntroduo Diferentemente dos adultos, os atletas jovens necessitam de um aporte energtico e de nutrientes para dois objetivos:

    Crescimento e desenvolvimento.

    Otimizao do desempenho atltico.

  • IntroduoIntroduo

    Uma dieta apropriada ajuda a desenvolver hbitos alimentares na infncia que iro seguir atravs da adultez e, juntamente com o exerccio fsico, diminuiria o risco de diversas doenas relacionadas com o estilo de vida.

  • Consideraes Nutricionais Consideraes Nutricionais de Atletas Jovensde Atletas Jovens

    Maior necessidade de protica (g/Kg)

    Maior necessidade de clcio para o acrscimo sseo

    Maior gasto calrico por quilograma de massa corporal

    Relativamente utilizam mais gorduras durante o exerccio

  • Necessidades EnergticasNecessidades Energticas Atletas jovens tm uma necessidade energtica maior que os adultos.

    A insuficincia de informaes na literatura cientfica no permite estabelecer o gasto energtico dirio em diferentes esportes em atletas jovens.

    Bar-Or, 2000Thompson, 1998

    Calcular a quantidade de energia dispendida por crianas baseando-se apenas em tabelas elaboradas para adultos um erro, pois subestima-se as suas necessidades.

    Sempre relacionando com o peso corporal, adicionar em energia para crianas:

    CrianasCrianas

    De 8 a 10 anos:De 8 a 10 anos:

    VET p/ adultoVET p/ adulto

    CrianasCrianas

    De 11 a 14 anos:De 11 a 14 anos:

    VET p/ adultoVET p/ adulto

  • Necessidade de ProtenaNecessidade de Protena Esto envolvidas no desenvolvimento de tecidos. So fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do adolescente e, principalmente, da criana.

    Por isso, o nutricionista deve analisar bem a quantidade de protena ingerida, pois alguns atletas acreditam que para perder peso necessrio reduzir alguns alimentos.

    Isso se torna um problema para o atleta jovem, j que a diminuio tanto de alimentos fonte de protena como qualquer outro alimento que seja excludo ou reduzido drasticamente da dieta acaba comprometendo o desempenho esportivo e a sade atravs da perda de protena muscular.

    Bar-Or, 2000

  • Necessidade de Protena Necessidade de Protena

    Segundo estabelecido pela EAR, a necessidade de protena para crianas no-atletas :

    MeninosMeninos

    De 9 a 13 anos:De 9 a 13 anos:

    MeninasMeninas

    De 9 a 13 anos:De 9 a 13 anos:

    MeninosMeninos

    De 14 a 18 anos:De 14 a 18 anos:

    MeninosMeninos

    De 14 a 18 anos:De 14 a 18 anos:

    0,77 g/kg0,77 g/kg 0,73 g/kg0,73 g/kg

    0,75 g/kg0,75 g/kg 0,73 g/kg0,73 g/kg

    Petrie et al, 2004

  • Necessidade de Protena Necessidade de Protena Atravs de diversos estudos, a seguir so demonstrados valores indicados para ingesto diria de protena em diferentes esportes:

    Meninos Meninos -- LutaLuta

    Mdia de 16 anos:Mdia de 16 anos:

    2,32 g/kg2,32 g/kg 2,20 g/kg2,20 g/kg

    1,43 g/kg1,43 g/kg 1,89 g/kg1,89 g/kg

    Petrie et al, 2004

    1,20 g/kg1,20 g/kg

    1,17 g/kg1,17 g/kg

    Esportes de Esportes de EnduranceEndurance

    Esportes de ForaEsportes de Fora

    Meninas Meninas -- CaratCarat

    Mdia de 19 anos:Mdia de 19 anos:

    Meninas Meninas -- GinsticaGinstica

    Mdia de 16 anos:Mdia de 16 anos:

    Meninas Meninas -- NataoNatao

    Mdia de 19 anos:Mdia de 19 anos:

    Meninos Meninos -- NataoNatao

    Mdia de 11 anos:Mdia de 11 anos:

    Esportes ColetivosEsportes Coletivos

    Meninos Meninos -- HqueiHquei

    Mdia de 12 anos:Mdia de 12 anos:

  • Necessidade de ProtenaNecessidade de Protena As protenas esto envolvidas na sntese de tecidos e so os principais constituintes de diversos tecidos, principalmente os msculos.

    No entanto, no h evidncia cientfica comprovando que o aumento da ingesto de protena aprimora a capacidade do exerccio e aumenta a massa muscular em crianas em desenvolvimento.

    mais provvel que o excesso de protena simplesmente ser utilizada como energia ou estocada na forma de gordura.

    Nemet e Eliakim, 2000

  • Necessidade de CarboidratoNecessidade de Carboidrato Maioria dos autores recomendam 50% de carboidrato da distribuio energtica.

    Carboidratos complexos devem fazer parte da maioria dos glicdios ingeridos. Apenas 10% dos carboidratos devem ser de acares simples.

    Nemet e Eliakim, 2000

  • Necessidade de LipdeoNecessidade de Lipdeo Est em consenso de que crianas de 4 at adolescentes de 18 anos devem consumir de 25 a 35% do VET de lipdeos.

    American Heart Association, 2005

    No mximo 10% dos cidos graxos obtidos na dieta podem ser saturados.

    Diretrizes preconizam tambm a baixa ingesto de gordura trans para esse pblico e colesterol (

  • HidrataoHidratao Crianas produzem mais calor por unidade de peso corporal que os adultos. Elas suam menos que os adultos. Isto pode variar com a idade da criana.

    Por isso, devido a sua menor taxa de suor e o aumento da demanda metablica por aumentar a temperatura corporal -, outros fatores podem dificultar a termorregulao em crianas.

    Falk, 1998

    Meyer & Bar-Or, 1994

  • HidrataoHidratao

    Algumas prticas podem ser adotadas para aumentar o rendimento do jovem atleta sem prejudicar a sua sade:

    Reforar a hidratao a cada 15, 20 minutos de competio e exerccios prolongados, mesmo que a criana no tenha vontade de beber.

    Oferecer bebidas refrigeradas e com sabor, de preferncia, porque foi demonstrado que crianas aceitam melhor bebidas com sabor e se hidratam em torno de 45% a mais, comparado com crianas que se hidrataram bebidas sem sabor.

    Oferte estas bebidas com adio de sal e acar, pois estes estimulam a sede e o seu consumo pelo atleta.

    Estratgias para prevenir a desidrataoEstratgias para prevenir a desidratao

    Bar-Or, 2000

    Wilk & Bar-Or, 1996

  • Peculiaridades do Metabolismo Peculiaridades do Metabolismo Energtico em Crianas Energtico em Crianas

    Estudos sugerem que crianas utilizam mais gorduras como substrato energtico em exerccios aerbios.

    Bar-Or, 2000

    Exerccios do tipo stop/go, como o futebol, que requerem uma maior exploso, no so to bem tolerados em crianas como em adultos. Imagina-se que seja pela preferncia inata do metabolismo energtico utilizar gordura.

  • Devido ao incremento natural de hormnios sexuais e secreo de GH as crianas se tornam relativamente resistentes insulina(a sensibilidade insulina parece diminuir at 30%).

    Ainda se desconhece a etiologia desta reduo da sensibilidade insulina.

    Peculiaridades do Metabolismo Peculiaridades do Metabolismo Energtico em Crianas Energtico em Crianas

    Nemet e Eliakim, 2000

  • Necessidades de FerroNecessidades de Ferro A deficincia de ferro em atletas pode ser

    proveniente de m nutrio ou da perda excessiva dele em exerccio intensos, por meio das fezes, suor e urina (embora estudos apontem menores perdas em atletas adolescentes).

    Atletas de exerccios de endurance so os mais afetados.

    A RDA de ferro para adolescentes de 18 anos de 18mg/dia.

    Nemet e Eliakim, 2000

  • A deficincia de ferro rara em atletas, porm nveis mais baixos de ferritina, sem um decrscimo de Hemoglobina comum em atletas jovens, com prevalncia de 25-30%.

    Atletas vegetarianos tem um risco maior de deficincia de ferro.

    A deficincia de ferro, interfere no transporte de oxignio muscular, visto que h um decrscimo da hemoglobina srica.

    Nemet e Eliakim, 2000

  • Necessidade de ClcioNecessidade de Clcio As recomendaes dietticas de clcio so baseadas na

    quantidade necessria para manter o balano deste mineral e promover a taxa de acrscimo sseo mais prximo do ideal (essencial para o crescimento sseo da criana).

    Estudos sugerem que h um limiar do clcio ingerido para a sua reteno efetiva do organismo, e que alm deste limiar, no resultaria em uma maior reteno ssea.

    Kerr, Khan & Bennell, 2006

  • Metabolismo sseoMetabolismo sseo comprovado que exerccios extenuantes podem levar

    atletas jovens do sexo feminino amenorria.

    Atletas amenorricas tem nveis mais baixos de estrgeno, que pode estar relacionado com reduo da densidade ssea dessas atletas.

    A osteopenia (diminuio da densidade mineral dos ossos), precursora da osteoporose, que pode causar s atletas jovens femininas uma maior fragilidade ssea.

    Nesse casos a suplementao de clcio e vitamina D quase sempre recomendada.

    Nemet e Eliakim, 2000

  • Situaes EspeciaisSituaes Especiais

    O consenso atual sobre a suplementao de vitaminas , se no for clinicamente indicado por um profissional no suplementar para atletas jovens.

    Muitos atletas adolescentes utilizam suplementos vitamnicos com o intuito de aprimorar as suas defesas imunolgicas, antioxidantes que, atravs de sua percepo, melhoraria o desempenho no exerccio fsico.

    A literatura no demonstra efeitos que comprovem estas expectativas deste pblico.

    O ideal que o profissional atue como um educador da sade demonstrando ao atleta adolescente que a sua utilizao pode ter efeitos deletrios sobre o organismo.

    ODea, 2003

    Suplementao de VitaminasSuplementao de Vitaminas

  • Situaes EspeciaisSituaes Especiais

    Vrios estudos sugerem que em atletas jovens adultos a suplementao com creatina aumenta a massa muscular e a performance em atletas exerccios de exploso.

    uma suplementao legal, porm proibida em diversas universidades americanas, onde ela proibida para atletas menores de 18 anos por acreditarem possuir efeitos coletareis.

    Mesmo assim estudos apontam que 8,2 % dos atletas de 14-18 usavam, e 75% deles no sabiam o quanto ingeriam. Entretanto outros estudo apontam que at

    75% desses atletas usam. Nemet e Eliakim, 2000

    Suplementao de CreatinaSuplementao de Creatina

  • Referncia BibliogrficaReferncia Bibliogrfica1. American Heart Association. Dietary Recommendations for Children and

    Adolescents: A Guide for Practitioners: Consensus Statement From the American Heart Association. Circulation, 2005; 112;2061-2075.

    2. Aucouturier, J et al. Fat and carbohydrate metabolism during submaximal exercise in children. Sports Med, 2008;38(3):213-38.

    3. Bar-Or, O. Nutritional considerations for the child athlete. Canadian Journal of Applied Physiology, 2001; 26, S186 S191.

    4. Falk, B. Effects of thermal stress during rest and exercise in the paediatric population. Sports Medicine, 1998; 25, 221 240.

    5. Kerr, D., Khan, K., & Bennell, K. Bone, exercise and nutrition. In L. M. Burke & V. Deakin (Eds.), Clinical sports nutrition, 2006 (pp. 237 262). Sydney, NSW: McGraw-Hill.

    6. Meyer, F. et al. Nutrition for the young athlete. Journal of Sports Sciences, 2007; 25(S1): S73 S82.

    7. Meyer, F., & Bar-Or, O. Fluid and electrolyte loss during exercise: The pediatric angle. Sports Medicine, 1994; 18, 49.

    8. Nemet, D and Eliakim, A. Pediatric sports nutrition: na update. Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care, 2009; 12:304309.

  • Referncia BibliogrficaReferncia Bibliogrfica ODea, J. A. (2003). Consumption of nutritional supplements among

    adolescents: Usage and perceived benefits. Health Education Research, 18, 98 107.

    Petrie et al. Nutritional Conserns for the Child and Adolescent Competitor. Nutrition, 2004; 20: 620631.

    Thompson, JL. Energy balance in young athletes. Int J Sport Nutr, 1998 Jun;8(2):160-74.

    Wilk, B., & Bar-Or, O. Effect of drink flavor and NaCl on voluntary drinking and hydration in boys exercising in the heat. Journal of Applied Physiology, 1996; 80, 1112 1117.