Nathalia Ramalho R2 Ginecologia e Obstetrícia Restrição do Crescimento Fetal.

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Nathalia Ramalho R2 Ginecologia e Obstetrícia Restrição do Crescimento Fetal

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Nathalia RamalhoR2 Ginecologia e Obstetrícia

Restrição do Crescimento Fetal

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Definição

RCIU X RCF RCF

“Feto que falha em alcançar seu potencial em crescimento.”

PIG“Feto com peso <P10 para idade

gestacional”

RCF X PIG

ACOG, 2000

Bataglia & Lubenco, 1967

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Importância

Incidência RCF 3-10%

PIG = 30%RCF

RCF 52% natimortos 10% mortalidade neonatal 72% mortes fetais

Divon & Hsu, 1992

Illanes et al., 2004

Mandruzzato et al, 2008

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Complicações neonatais SAM Hipoglicemia Hipocalcemia Policitemia Hipotermia Alteração do desenvolvimento NPM Asfixia intraparto

Complicações na vida adulta HAS DM Dislipidemias

Paz et al, 1995

Barker, 1997

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Diagnóstico

Diagnóstico acurado da idade gestacional

Parâmetro Erro

Fiv 1dia

Indução da ovulação 3dias

Curva de temperatura basal 4dias

CCN 5-7dias

DBP (<28s) 5-7dias

Diâmetro do saco gestacional

7dias

Exame físico 1trim 14dias

Dum (hist. Excelente) 14-17dias

DBP (3trim.) 14-28dias

AFU (1-2trim.) 28dias

Dum (hist. Ruim) >28dias

AFU (3trim.) 28-36diasOtt et al,., 2006

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Peso para idade gestacional Curva não individualizada

Curva individualizadaEstatura maternaPeso pré-gestacionalEstaturaGrupo étnicoParidadeSexo fetal

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Curva individualizada

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Curva individualizada

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Velocidade de crescimento Hiperplasia 0-16s Hiperplasia e hipertrofia 16-32s Hipertrofia >32s 5g/d com 15s 15-20g/d com 24s 30-35g/d com 34s

1200g com 28s 1500g com 30s 1800g com 32s

Intervalo quinzenal

Willams et al., 1982

Glaucia Guerra, 2009

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Classificação

PIG Tipo I Tipo II

Padrão Simétrico Simétrico Assimétrico

LA Normal OligoidrâmnioNormalPoliidrâmnio

Oligoidrâmnio

Avaliação adicional

Desnecessária CariótipoSorologiasPCR

Maturidade fetal

Vitalidade Normal PBF variávelDoppler Normal

PBF e Doppler alterados

Parto Termo Depende da etiologia

Depende da IG, Vitalidade e Viabilidade.

Resnik, 2002

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Etiologia

Tipo I Precoce Simétrico Causas

Exposição a drogas Infecções virais, bacterianas, parasitárias e espiroquetas –

TORCHSAneuploidias PIG constitucional

CF/CA normal

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Tipo II Tardio Assimétrico Causas

Insuficiência placentária CF/CA >24

Tipo III Inicio no 2trim Simétrico ou levemente assimétrico Causas

Insuficiência placentária de início precoce

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0 8 32 4016 24

Tipo I Tipo III Tipo II

Hiperplasia Hipertrofia

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Fatores de risco

Mães constitucionalmente pequenas Mães desnutridas Nível socioeconômico Infecções Malformações (TGI, ACV) Aneuploidias Doenças da cartilagem e dos ossos Agentes teratógenos Doença vascular

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Doença renal Doenças hematológicas (coagulopatia e anemia) Doenças autoimines (SAAF, LES) Gestação múltipla Alterações de placenta e cordão umbilical PP e DPP crônico HAS DM com vasculopatia Gestação extrauterina

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Rastreio

Anamnese Idade DUM Uso de drogas e medicamentos Tabagismo e etilismo Condições socioeconômicas Patologias maternas Passado obstétrico

Exame físico AFU Peso, ganho ponderal e estatura

Exames complementares USG

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AFU

Descrito por Jimenez em 1983 Simples, barato, acessível Identificação de apenas 40% dos PIG

Método Fita métrica calibrada em centímetros Medida da borda superior da sínfise púbica ao fundo

uterino McDonald IG = (AFU X 8)/7

Limitações Amniorrexe, obesidade, gemelaridade, miomatose,

alterações do ILA, etc.

Walraven et al., 1995

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USG

Datação precoce da gestação Morfologia fetal Relação entre as partes fetais

CF/CA (22 +/- 2%) CC/CA (100 +/- 10%)

RCF tipo I: normalRCF tipo II: aumentada

ILA Estimativa de peso fetal Ganho ponderal em exames seriados Rastreio de pacientes de risco para RCF

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“A combinação de uma circunferência abdominal fetal diminuída com elevada

resistência ao fluxo sanguíneo na artéria umbilical fetal promove o diagnóstico mais específico para RCF secundário à

insuficiência placentária.”

Baschat et al., 2007

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Manejo

Diagnóstico etiológico correto Exames complementares

Tratamento das patologias maternas de base quando possível

Avaliação da vitalidade e viabilidade fetais

Interrupção da gestação Excluir PIG constitucional, infecções congênitas,

malformações fetais e aneuploidias Avaliar

Prematuridade X hipóxia crônicaSuporte neonatalRisco de vida materno

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Manejo na insuficiência placentária

Vitalidade Interpretação Conduta

Doppler AU altDoppler ACM nlPBF≤8ILA nl

Asfixia extremamente raraRisco aumentado de SF intraparto

Interromper se IG≥ 37s, complicações maternas ou obstétricasPBF semanalDoppler 1-2xsem

Doppler AU altDoppler ACM altPBF≤8ILA nl

Preservação cerebralPossível hipoxemiaRisco aumentado de SF intraparto

Interromper se IG≥ 34s, complicações maternas ou obstétricasSe <34s, PBF 2-3xsemDoppler 2xsem (ACM, AU, DV)Administrar CE

Baschat, 2008

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Vitalidade Interpretação Conduta

Doppler AU com diást. 0 ou reversaDoppler ACM altDoppler DV nlPBF≤6oligoâmnio

Preservação cerebralHipoxemia é comumPossível acidemia e asfixia

Interromper se IG≥ 34s, complicações maternas ou obstétricasSe<34s, administrar CE, repetição dos exames após 24h*

Doppler AU altDoppler ACM altDoppler DV alt, com fluxo na VUPBF≤6oligoâmnio

Comprometimento fetalHipoxemia é comumAcidemia e asfixia são comuns

Interromper se IG≥ 32s, complicações maternas ou obstétricasSe <32s, individualizar casosAdministrar CEManter CTG contínua para definir momento de interrupção

Baschat, 2008

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Vitalidade Interpretação Conduta

Doppler DV alt com fluxo pulsátil na VUPBF ≤6

DescompensaçãoInstabilidade cardiovascularAsfixia e acidemiaMorte iminente

Interrupção em centro terciário se feto viável

Baschat, 2008

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Após uso de CE 2/3 das pacientes apresentam melhora do fluxo sanguíneo da artéria umbilical

Mortalidade perinatal inalterada Decisão do parto deverá ser mantida

Wallace et al., 2009

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Manejo IMIP

* corticóide

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Via de parto

Parto transpelviano Boa vitalidade fetal IG> 34sem Oligoâmnio ausente Bishop favorável Monitorização da vitalidade intra parto

Via alta Vitalidade fetal comprometida Oligoâmnio LA meconial ILA reduzido + prematuridade Bishop desfavorável Indicações obstétricas

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OBRIGADA!