MURILO BARBOZA LEAL MESA MODULAR PARA AMBIENTES …
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE DESENHO TÉCNICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL
MURILO BARBOZA LEAL
MESA MODULAR PARA AMBIENTES REDUZIDOS
Niterói 2017
1
MURILO BARBOZA LEAL
MESA MODULAR PARA AMBIENTES REDUZIDOS
Orientador Acadêmico Profª. Drª. Luiza Helena Boueri Rebello
Niterói 2017/2
Trabalho de conclusão de curso apresentado em 28 de novembro de 2017, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Desenho Industrial pela Universidade Federal Fluminense.
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF
L435 Leal, Murilo Barboza
Mesa modular para ambientes reduzidos / Murilo Barboza Leal. –
Niterói, RJ : [s.n.], 2017.
152 f.
Projeto Final (Bacharelado em Desenho Industrial) –
Universidade Federal Fluminense, 2017.
Orientador: Luiza Helena Boueri Rebello.
1. Desenvolvimento de produto. 2. Mobiliário. 3. Ergonomia. I.
Título.
CDD 658.575
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MURILO BARBOZA LEAL
MESA MODULAR PARA AMBIENTES REDUZIDOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado em 28 de novembro de 2017, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Desenho Industrial pela Universidade Federal Fluminense.
Trabalho aprovado em _____ de __________ de _____.
BANCA EXAMINADORA
Profª. Drª. Luiza Helena Boueri Rebello (Orientador Acadêmico) Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Giuseppe Amado de Oliveira (Avaliador) Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Ricardo Pereira Gonçalves (Avaliador) Universidade Federal Fluminense
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Dedico este trabalho a minha família, aos amigos, e a todos que me ajudaram e me acompanharam durante o seu desenvolvimento.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores do curso de desenho industrial, em especial
a minha orientadora Luiza Rebello, e ao professor Giuseppe Amado, pelas
consultas e conversas que muito me ajudaram a caminhar com o projeto em
direção a um resultado satisfatório.
Também agradeço especialmente à minha mãe, Jussara, por me ajudar
em várias etapas do projeto em que precisei do auxílio de alguém, além de ser
quem torna a minha empreitada pela faculdade possível, oferecendo sempre
total apoio. Ao meu irmão, Thiago, minha prima, Jéssica, e minha amiga,
Viviani, por me cederem seu tempo e paciência posando para variadas fotos.
Ao meu amigo, Nelson, que sempre me dá forças e diz que sobreviverei
ao fim do período. Agradeço também à Kelly e Morgana, companheiras de UFF
e fontes de ótimas ideias e risadas. A Luiza, pelo jeito mais amável de ser, e
por ter atravessado os momentos mais complicados ao meu lado. E ao meu
namorado, amigo e parceiro, Robson, que é capaz de me aguentar nos
momentos de estresse e pressão, além de me dar força, atenção e broncas
para eu continuar seguindo em frente quando algo não sai de acordo com o
esperado.
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RESUMO LEAL, Murilo. MESA MODULAR PARA AMBIENTES REDUZIDOS. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2017. (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação.) O tema para este trabalho foi selecionado após observações e convivência pessoal com um dos problemas mais comuns encontrados nas residências atuais: o aproveitamento de espaço em ambientes pequenos. Foram analisados os móveis presentes em uma casa compacta para descobrir quais os que mais causam transtornos e, com base nisso, foi decidido criar uma mesa, sendo essa uma das maiores causadoras de problemas. Também foram realizados levantamento de dados e enquete, com observações das dificuldades de diferentes moradores de imóveis pequenos com relação às suas mesas e pesquisa de produtos similares. Foi então iniciada a geração de alternativas que eliminasse da melhor maneira possível os problemas observados previamente. Foram filtradas as melhores ideias e foi feita uma pesquisa sobre os possíveis materiais para fabricação, visando produzir um móvel com o mínimo possível de peças, sistemas e componentes e preservando assim, a simplicidade. No decorrer do tempo o design das peças e encaixes foi sendo refinado graças aos modelos físicos e virtuais que foram sendo desenvolvidos. Após isso foi possível criar um modelo volumétrico desmontável, mas ainda não utilizando os materiais finais e sistemas mecânicos definitivos. Este modelo foi útil para concluir se o formato e dimensões adotados para o móvel estavam adequados. Após as observações e conclusões a respeito do modelo volumétrico de testes, foi possível a finalização do design do produto a ser empregado no protótipo, sendo este criado com madeira pinus, apresentando acabamento em seladora e articulações entre as peças, resultando assim, em uma mesa dobrável versátil.
Palavras-chaves: Mobiliário. Casas compactas. Ambientes pequenos. Móvel. Mesa. Mesa dobrável.
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ABSTRACT LEAL, Murilo. MODULAR TABLE FOR SMALL ENVIRONMENTS. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2017. (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação.) The theme for this work was selected after observations and personal familiarity with one of the most common problems found in small areas nowadays, the use of space in small environments. Were analyzed the furniture used in compact houses in order to find out which ones cause most disorders and, on this basis, it was decided to create a table, hence it is one of the biggest source of space issues in houses. Were also performed data collection and survey, observation of the difficulties related to tables of various residents of compact houses and with respect to their tables and similar products. It was then initiated the generation of alternatives that would eliminate the best way possible the problems noted previously. The best ideas were filtered and was made a research on the possible materials for manufacturing, in order to produce a mobile with a minimum of parts, systems and components and thus preserving the simplicity. Along time the design of the parts and fittings were being refined, due to the physical and virtual models that were developed. After that it was possible to create a volumetric model detachable but still not using the materials and mechanical systems definitive. This model was useful to complete if the shape and dimensions used for the product were adequate. After the observations and conclusions regarding the volumetric model was possible the finalization of the design to be deployed in the prototype, this one being made in pine wood with sealer finishing and articulations between pieces, thus resulting in a versatile folding table.
Keywords: Furniture. Compact houses. Small ambients. Table. Collapsible. Folding Table.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Usuária arrastando a mesa para longe da parede,
para que seja possível a utilização de quatro cadeiras...................................................................... 21
Figura 2 – Espaço para passagem insuficiente resultando na
necessidade da usuária se levantar e mover a
cadeira para que haja circulação pelo
ambiente.................................................................... 22
Figura 3 – Passagem quase totalmente bloqueada por cadeira
e mesa de dimensões exageradas para o
ambiente.................................................................... 23
Figura 4 – Caracterização e posição serial do sistema.............. 26
Figura 5 – Ordenação hierárquica do sistema............................ 27
Figura 6 – Expansão do sistema................................................. 27
Figura 7 – Modelagem comunicacional do sistema.................... 28
Figura 8 – Expand Furniture - Box Coffee to Dining Table......... 35
Figura 9 – Griffin+Sinclair – Convertable………………………… 36
Figura 10 – Porada - Folding Dining Table……………................. 37
Figura 11 – Crafta Inteligente – Mesa Básica............................... 38
Figura 12 – Crafta Inteligente – Mesa Bistrô Grande.................... 39
Figura 13 – Nils – Frederking – Folding Table F2………………… 40
Figura 14 – Nils – Frederking – Folding Table F10………………. 41
Figura 15 – Expand Furniture – Tiny Titan – Transforming
Kitchen Table…………………………………………… 42
Figura 16 – Expand Furniture – Ocean Coffee Table With Lift
Top………………………………………………………. 43
8
Figura 17 – Expand Furniture – The Flip – Console to Table…… 44
Figura 18 – Expand Furniture – Trojan Console Table with 4
Hidden Nano Chairs…………………………………. 45
Figura 19 – MDF……………………………………………………… 46
Figura 20 – Madeira Pinus............................................................ 47
Figura 21 – Madeira Imbuia.......................................................... 48
Figura 22 – Papelão Colmeia........................................................ 49
Figura 23 – Espaços adequados para passagens em um cômodo.
52
Figura 24 – Um dos ambientes onde o móvel poderá ser utilizado, a cozinha.....................................................
53
Figura 25 – Mesa situada na sala................................................. 53
Figura 26 – Quantidade de habitantes da residência.................... 55
Figura 27 – Quatidade de visitas................................................... 55
Figura 28 – Quantidade de pessoas por visita.............................. 56
Figura 29 – Necessidade de movimentar os móveis na residência...................................................................
56
Figura 30 – Mesa deslizante......................................................... 73
Figura 31 – Mesa sanfona............................................................. 74
Figura 32 – Mesa flip..................................................................... 75
Figura 33 – Mesa Pergaminho...................................................... 76
Figura 34 – Mesa Triângulo.......................................................... 77
Figura 35 – Mesa Colmeia............................................................ 78
Figura 36 – Primeiro mock up, feito com papel paraná e cola...... 83
Figura 37 – Teste com mock up, menor mulher em vista superior. 83
Figura 38 – Teste com mock up, menor mulher em vista frontal.... 84
Figura 39 – Teste com mock up, menor mulher em vista lateral.... 84
9
Figura 40 – Teste com mock up, maior homem em vista frontal.... 85
Figura 41 – Teste com mock up, maior homem em vista lateral..... 85
Figura 42 – Teste com mock up, maior homem em vista superior. 86
Figura 43 – Modelo em escala 1:10, confeccionado em papel pluma e cola de isopor................................................
87
Figura 44 – Manequins da menor mulher e maior homem............. 89
Figura 45 – Maior homem, acionamento lateral............................. 91
Figura 46 – Menor mulher, acionamento lateral............................ 91
Figura 47 – Maior homem, acionamento frontal............................ 92
Figura 48 – Menor mulher, acionamento frontal............................ 92
Figura 49 – Maior homem, acionamento superior......................... 93
Figura 50 – Maior mulher, acionamento superior.......................... 93
Figura 51 – Maior homem, tomada de informação superior........... 94
Figura 52 – Menor mulher, tomada de informação superior.......... 94
Figura 53 – Maior homem, tomada de informação lateral.............. 95
Figura 54 – Menor mulher, tomada de informação lateral.............. 95
Figura 55 – Compatibilização menor mulher e maior homem, superior, acionamento................................................
96
Figura 56 – Compatibilização menor mulher e maior homem, lateral, acionamento...................................................
96
Figura 57 – Compatibilização menor mulher e maior homem, frontal, acionamento...................................................
97
Figura 58 – Compatibilização menor mulher e maior homem, lateral, tomada de informação....................................
97
Figura 59 – Compatibilização menor mulher e maior homem, superior, tomada de informação.................................
98
Figura 60 – Cadeira Eames........................................................... 99
Figura 61 – Cadeira de jantar Charlot Sisal................................... 99
10
Figura 62 – Cadeiras Campestre.................................................. 100
Figura 63 – Banco baú de demolição........................................... 100
Figura 64 – Desenho esquemático das peças 1............................ 107
Figura 65 – Desenho esquemático das peças 2............................ 107
Figura 66 – Modelo virtual, quatro mesas reunidas....................... 109
Figura 67 – Modelo virtual, quatro mesas unidas.......................... 109
Figura 68 – Modelo virtual, mesa desmontada, peças separadas. 110
Figura 69 – Modelo virtual, mesa montada.................................... 110
Figura 70 – Modelo virtual, mesa desmontada.............................. 111
Figura 71 – Modelo virtual, mesa montada.................................... 111
Figura 72 – Modelo virtual, encaixe fêmea.................................... 112
Figura 73 – Modelo virtual, encaixe macho................................... 112
Figura 74 – Construção do primeiro modelo de testes.................. 113
Figura 75 – Construção do primeiro modelo de testes.................. 113
Figura 76 – Construção do primeiro modelo de testes.................. 114
Figura 77 – Primeiro modelo concluído......................................... 115
Figura 78 – Primeiro modelo concluído......................................... 115
Figura 79 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, frontal.... 117
Figura 80 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, lateral..... 117
Figura 81 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, superior. 118
Figura 82 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, frontal..... 119
Figura 83 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, lateral..... 119
Figura 84 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, superior.. 120
Figura 85 – Teste de usabilidade com primeiro modelo, utilizando notebook....................................................................
120
11
Figura 86 – Teste de usabilidade com primeiro modelo, utilizando notebook....................................................................
121
Figura 87 – Modelo virtual, mesa montada................................... 122
Figura 88 – Modelo virtual, mesa dobrada.................................... 123
Figura 89 – Modelo virtual, mesa dobrando.................................. 123
Figura 90 – Modelo virtual, mesa montada................................... 124
Figura 91 – Modelo virtual, encaixe fêmea.................................... 124
Figura 92 – Modelo virtual, encaixe macho................................... 125
Figura 93 – Projeção do uso de uma mesa em um ambiente de sala.............................................................................
128
Figura 94 – Projeção do uso de uma mesa, sendo utilizada como aparador.....................................................................
129
Figura 95 – Projeção do uso de duas mesas, em conjunto, em um ambiente de sala...................................................
130
Figura 96 – Projeção do uso de mesas em ambiente externo. A configuração em questão mostra três mesas, mas pode-se utilizar qualquer quantidade..........................
131
Figura 97 – Projeção do uso de três mesas em conjunto, como bancada.....................................................................
132
Figura 98 – Projeção do uso de quatro mesas em conjunto.......... 133
Figura 99 – Projeção de uma mesa dobrada................................. 134
Figura 100 – Usuário desdobrando a mesa
1...................................... 136
Figura 101 – Usuário desdobrando a mesa 2......................................
136
Figura 102 – Usuário desdobrando a mesa 3......................................
137
Figura 103 – Usuário desdobrando a mesa 4......................................
137
Figura 104 – Protótipo..................................................................... 138
Figura 105 – Protótipo..................................................................... 138
12
Figura 106 – Protótipo..................................................................... 139
Figura 107 – Protótipo dobrado....................................................... 139
Figura 108 – Teste com protótipo. Menor mulher, frontal................ 140
Figura 109 – Teste com protótipo. Menor mulher, lateral................ 141
Figura 110 – Teste com protótipo. Menor mulher, superior............. 142
Figura 111 – Teste com protótipo. Maior homem, frontal................ 143
Figura 112 – Teste com protótipo. Maior homem, lateral................. 144
Figura 113 – Teste com protótipo. Maior homem, superior.............. 145
Figura 114 – Teste de usabilidade do protótipo............................... 146
Figura 115 – Teste de usabilidade do protótipo............................... 146
Figura 116 – Teste de usabilidade do protótipo............................... 147
Figura 117 – Teste de usabilidade do protótipo............................... 147
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LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Quadro de disfunção do sistema............................... 24
Tabela 2 – Tabela de função, informação, ação...............................
29
Tabela 3 – Tabela GUT............................................................... 31
Tabela 4 – Quadro do Parecer Ergonômico................................ 33
Tabela 5 – Tabela de assunção postural..................................... 58
Tabela 6 – Tabela da atividade de se sentar à mesa................... 59
Tabela 7 – Tabela da atividade de se sentar à mesa para refeição......
60
Tabela 8 – Tabela da atividade de se sentar à mesa para ler...............
63
Tabela 9 – Tabela da atividade de se sentar à mesa para escrever.....
65
Tabela 10 – Tabela da atividade de se sentar à mesa para utilizar notebook
67
Tabela 11 – Quadro do diagnóstico ergonômico........................... 69
Tabela 12 – Matriz decisória.......................................................... 81
Tabela 13 – População Usuária..................................................... 88
Tabela 14 – Tabela de ângulos...................................................... 90
Tabela 15 – Teste de cores............................................................ 126
14
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
TDT Departamento de Desenho Técnico
GDI Graduação em Desenho Industrial
ISO International Standards Organization
UFF Universidade Federal Fluminense
15
SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................... 17
1 – APRECIAÇÃO ERGONÔMICA....... ..................................... 18
1.1 – Justificativas........................................................................... 18
1.2 – Motivações............................................................................. 19
1.3 – Resultados Esperados........................................................... 19
1.4 – Problematização Ergonômica………………………………….. 19
1.5 – Sistematização....................................................................... 24
2 – PARECER ERGONÔMICO ................................................... 30
2.1 – Formulação do problema e predições……............................. 30
2.2 – Tabela gut….…………………………...................................... 30
2.2.1 – Análise de similares................................................................ 34
2.2.2 – Levantamento de dados – materiais…………………………. 46
2.2.3 – Sugestões preliminares de melhorias
50
3 – DIAGNOSE ERGONÔMICA…............................................... 51
3.1 – Caracterização da Tarefa……………..................................... 51
3.2 – Ambiência da tarefa................................................................ 52
3.3 – Entrevistas / Questionários……………………………………... 54
4 – REGISTROS COMPORTAMENTAIS………………………… 57
4.1 – Registro cursivo contínuo………………………………………. 57
4.2 – Tabela de atividades…………………………………………….. 57
4.3 – Quadro de diagnostico ergonômico……………………………. 69
5 – MODELAGEM VERBAL........................................................ 71
5.1 – Geração de alternativas………………………………………… 72
16
5.2 – Matriz decisória………………………………………………….. 79
5.3 – Construção de modelos virtuais e/ou físicos........................... 82
6 – PROJETAÇÃO ERGONÔMICA............................................. 88
7 – PRIMEIRO MODELO – UTILIZAÇÃO E VALIDAÇÃO PELO USUÁRIO ..............................................................................
108
8 – PROTÓTIPO – UTILIZAÇÃO E VALIDAÇÃO PELO USUÁRIO...............................................................................
122
17
INTRODUÇÃO
Com o aumento da densidade populacional nas grandes cidades, um novo
padrão de família mais individualizado e o ritmo de vida acelerado, as pessoas
se veem confinadas em imóveis cada vez menores.
Embora o Brasil seja um vasto país, com variados estilos de vida a
depender da região a ser analisada, estudos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram que metade da população do país está
concentrada em 200 cidades, sendo que 17 destas contam com mais de um
milhão de habitantes. Dentre as mais populosas se encontram as capitais da
regiao sudente, como São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes, e Rio
de Janeiro, com mais de 6 milhões, sendo este tipo de região o local de
habitação do público alvo do móvel em desenvolvimento neste projeto.
Em relação às dimensões dessas residências, enquanto na década de 70
era fácil encontrar apartamentos de dois quartos com áreas de
aproximadamente 100m², atualmente os imóveis mais comuns contam com
pouco mais de 50m². Um exemplo dessa mudança é o programa Minha Casa
Minha Vida, que contempla uma grande quantidade de projetos com áreas
úteis em torno dos 60m², da Caixa Econômica Federal, que visa facilitar o
acesso das camadas mais pobres da sociedade às moradias.
Essa mudança no tamanho das casas forçou também uma mudança na
mobília dessas casas. Móveis modulares e dobráveis são uma maneira de
manter a qualidade de vida e conforto no padrão atual de moradia.
Dessa maneira, propus-me a criar uma mesa compacta, que integre as
características anteriormente mencionadas, e de funcionamento simples.
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1. APRECIAÇÃO ERGONÔMICA
Em Projeto de Design 7 nos é proposto que façamos um produto de
tema livre a ser continuado no Trabalho de Conclusão de Curso.
Considerando a mudança nas dimensões dos imóveis, que vem sendo
reduzidos cada vez mais devido ao novo padrão de família mais
individualizado, crescente densidade populacional em centros urbanos,
interesse em maiores lucros por parte de construtoras e o ritmo de vida mais
corrido, optei por criar uma mesa que, quando não estiver em uso, ocupe o
mínimo de espaço necessário, seja por conter uma estrutura desmontável,
dobrável ou por ser capaz de oferecer mais de uma funcionalidade.
Foram realizadas pesquisas, enquetes e entrevistas com pessoas
residentes de locais pequenos, além de registros em foto das mesas de
algumas delas e problemas que enfrentam.
Na continuidade desse relatório serão mostrados os resultados das
observações e as medidas escolhidas para serem adotadas na construção do
móvel em questão.
1.1. Justificativas
O móvel irá contribuir para amenizar uma questão cada vez mais
presente na vida de milhões de pessoas moradoras de centros urbanos, que
teve que se adaptar à uma queda de aproximadamente 40% na área útil de
seus imóveis em um espaço de tempo de 50 anos. Considerando que este
movimento de redução das habitações continua acontecendo, a importância e
necessidade de desenvolver projetos de móveis compactos apenas aumenta.
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1.2. Motivações
Como um residente de imóvel pequeno, constantemente lido com os
encargos de se utilizar um móvel grande demais para o ambiente em que se
situa. O convívio frequente com os problemas ocasionados por essa situação
serviu de inspiração para o desenvolvimento de um móvel desmontável,
rebatível e/ou multifuncional.
1.3. Resultados Esperados
- Desenvolver um produto compacto.
- Criar um móvel dobrável/desmontável.
- Utilizar materiais pouco poluentes e de baixo impacto ambiental.
- Empregar materiais e sistemas que não apresentem alto custo.
- Design funcional, de fácil entendimento e manuseio, e de estética
agradável.
- Manter o custo final do produto o mais acessível possível.
1.4. Problematização Ergonômica
Para identificar as dificuldades relacionadas à tarefa em estudo, foram
feitas observações assistemáticas, enquete e entrevistas informais com
pessoas que se enquadram no perfil de usuário desejado.
Foi observado que a utilização de mesas maiores do que o adequado
ao ambiente em que se situam, geram problemas, principalmente espaciais e
20
movimentacionais. No caso de uma das residências observadas os moradores
precisavam manter uma das cadeiras da mesa de jantar em um dos quartos,
para evitar atrapalhar mais ainda a locomoção pelo local. Em caso de visitas
se faz necessário afastar a mesa para o centro da sala, possibilitando o uso
da quarta cadeira, e comprometendo seriamente a facilidade de deslocamento
no ambiente.
Existe também a necessidade da utilização de força física para puxar a
mesa de madeira mais para o centro da sala, e depois encostá-la na parede
novamente. Além disso, é necessário o uso de força também para o transporte
da cadeira do quarto para a sala.
Após essas observações foi feita a classificação dos problemas e
disfunções ergonômicas do caso em estudo.
Interfacial
Realizar a movimentação, em certos casos, de cadeiras e da própria
mesa para que seja possível acomodar as pessoas, pode gerar ferimentos,
torções ou dores, a depender de fatores como tamanho peso dos objetos
envolvidos, distancia a serem movidos, condição física do usuário e posturas
prejudicias.
21
FIGURA 1 – Usuária arrastando a mesa para longe da parede, para que seja
possível a utilização de quatro cadeiras.
FONTE: O autor.
De acessibilidade
A falta de espaço do ambiente, somada ao mal aproveitamento do
espaço pelo uso do móvel de tamanho inadequado ao local, causam grande
dificuldade de locomoção para idosos ou pessoas com deficiência, graças ao
número de obstáculos que teriam de vencer para conseguir se deslocar pelo
cômodo.
22
FIGURA 2 – Espaço para passagem insuficiente resultando na necessidade
da usuária se levantar e mover a cadeira para que haja circulação pelo
ambiente.
FONTE: O autor.
Acidentário
Sendo difícil o deslocamento pelo espaço do cômodo, onde uma mesa
de tamanho inadequado está situada, as chances de um acidente, como
queda, são aumentadas, tornando o interior da residência mais perigoso. Da
mesma forma, ao utilizar uma mesa de tamanho inadequado à quantidade de
pessoas que a usarão, crescem as chances de algum objeto ser derrubado.
23
FIGURA 3 – Passagem quase totalmente bloqueada por cadeira e mesa de
dimensões exageradas para o ambiente.
FONTE: O autor.
Espaciais/Arquiteturais de Iinteriores
Deficiência de fluxo e circulação de pessoas pelo ambiente em
decorrência da mobília inadequada ao tamanho do cômodo.
24
Quadro de Disfunções do Sistema
TABELA 1 – Quadro de disfunção do sistema.
Disfunções Caracterização
Rendimento de Trabalho
A falta de uma mesa adequada para realização de refeições e outras atividades força os usuários a utilizarem outros locais inadequados. Isso pode refletir numa queda na qualidade da atividade, irritabilidades, acomodação e falta de atenção
Disposição dos elementos
Uma mesa que forneça pouco espaço dificulta a organização das ferramentas e objetos a serem usados, prejudicando os resultados pretendidos
FONTE: O autor.
1.5. Sistematização
A mesa compacta voltada à diversos usos é o sistema alvo. Ela deve ter
espaço o suficiente para acomodar seus usuários mais frequentes, assim
como eventuais visitantes. Além disso, é importante que suas dimensões e
formato não atrapalhem a circulação de pessoas na residência e não
consumam espaço exagerado dentro do cômodo.
Caracterização e posição serial do sistema
O sistema alvo é a mesa para diversos usos, e a meta é que ela seja
capaz de acomodar com conforto os usuários em um ambiente pequeno. A
25
entrada são as pessoas com necessidade de um local para realizar variadas
atividades, e a residência pequena onde se encontram é o sistema
alimentador. Os usuários com suas atividades cumpridas são a saída, e o
sistema ulterior é a residência. Para que a mesa atinja seu propósito, esta deve
oferecer a possibilidade de ocupar o mínimo de espaço possível dentro do
cômodo onde se encontra e ao mesmo tempo respeitar as dimensões mínimas
que um móvel como esse deve ter. Os aspectos que restringem esse sistema
são a dimensão do cômodo, a quantidade de usuários e suas dimensões
físicas. Ao se utilizar uma mesa com características inadequadas ao tamanho
do cômodo em que ficará, problemas como dificuldade de organização e de
locomoção pelo local serão percebidos.
26
FIGURA 4 – Caracterização e posição serial do sistema.
FONTE: O autor.
Ordenação hierárquica do sistema
Sendo o sistema alvo a mesa, podemos considerar o ecossistema como
sendo a casa em que ela se situa, o supra-sistema o cômodo em que o móvel
está, e o subsistema são cada uma das ações que podem ser realizadas em
uma mesa, como comer, estudar, ler, jogar, escrever, dentre outras.
27
FIGURA 5 – Ordenação hierárquica do sistema.
FONTE: O autor.
FIGURA 6 – Expansão do sistema.
FONTE: O autor.
28
FIGURA 7 – Modelagem comunicacional do sistema.
FONTE: O autor.
29
TABELA 2 – Tabela de função, informação, ação.
FUNÇÃO INFORMAÇÃO AÇÃO
Informações requeridas
Fontes de informação
Dificuldades Ação(ões) Objetos da(s) Ação(ões)
Dificuldades
Alimentação 1-Objetos necessários
1-Tipo de refeição a ser realizada
1-Transportar objetos até o local da refeição
1-Talheres, copos, toalhas, garrafas, pratos, dentre outros
1-Dimensões
2- Espaço suficiente
2-Dimensões da mesa a ser utilizada
2-Dispor objetos a serem utilizados pela mesa
1-Talheres, copos, toalhas, garrafas, pratos, dentre outros
2-Espaço insuficiente
Estudo/leitura 1-Objetos necessários
1-Tipo de refeição a ser realizada
1-Transportar objetos até o local de estudo/leitura
1-Livros, cadernos, canetas, lápis, dentre outros
1-Dimensões
2- Espaço suficiente
2-Dimensões da mesa a ser utilizada
2-Dispor objetos a serem utilizados pela mesa
1- Livros, cadernos, canetas, lápis, dentre outros
2-Espaço insuficiente
Uso de notebook
1-Objetos necessários
1-Tipo de refeição a ser realizada
1-Transportar objetos até o local da refeição
1-Notebook, mouse, papel, outros possíveis objetos a depender da atividade do usuário
1-Dimensões
2- Espaço suficiente
2-Dimensões da mesa a ser utilizada
2-Dispor objetos a serem utilizados pela mesa
1- Notebook, mouse, papel, outros possíveis objetos a depender da atividade do usuário
2-Espaço insuficiente
FONTE: O autor.
30
2. PARECER ERGONÔMICO
2.1. Formulação do problema e predições
As observações, questionário e entrevistas realizados permitiram
constatar que, em muitos casos, os moradores de imóveis compactos não se
atentam às características que uma mesa deve ter para que esta possa ser
usada adequadamente em suas residências.
Dificuldades para se locomover pelo cômodo e a ocasional necessidade
de mover e reorganizar móveis para que seja possível utilizar adequadamente
a mesa são as queixas mais comuns. Tais problemas acabam gerando
incômodos e aumentando riscos de quedas e acidentes.
2.2. Tabela GUT
A tabela GUT foi utilizada para encontrar o problema que deveria ser
solucionado com base em três fatores: Gravidade, relacionado aos
problemas que poderão surgir a longo prazo, além dos custos sobre pessoas,
coisas e resultados; Urgência, relacionado ao tempo disponível para a
resolução do problema; e tendência, que diz respeito à progressão do
problema.
31
TABELA 3 – Tabela GUT.
Problema nº Categoria Problema Gravidade Urgência Tendência GxUxT
1
Interfacial
Problemas de dores em articulações, dedos, dentre outros, oriundos da necessidade de movimentação através de posturas incorretas de móveis grandes e pesados
3 4 2 24
2
De acessibilidade
Dificuldade de locomoção pelo ambiente gerado pelo espaço ocupado pelos móveis
4 4 2 32
3
Acidentário
Risco de queda ou acidentes ao ter uma quantidade insuficiente de espaço reservada para deslocamento de pessoas
5 5 2 50
Risco de acidentes ao derrubar utensílios na mesa, quando ocupada por mais pessoas do que o móvel foi projetado para comportar
2 1 1 2
4
Espacial/Arquitetural de interiores
Deficiência de fluxo e circulação de pessoas pelo ambiente em decorrência da mobília inadequada ao tamanho do cômodo.
3 4 2 24
32
FONTE: O autor.
Ao observar a tabela acima nota-se que o problema acidentário
relacionado ao risco de quedas e acidentes ocasionados por um móvel de
tamanho inadequado ao ambiente é o mais grave, representando os maiores
riscos oferecidos ao usuário. Em seguida se destaca o problema de
acessibilidade, prejudicando a locomoção das pessoas, especialmente idosos
e deficientes, pelo local. Os problemas Interfaciais e espacial/arquitetural de
interiores também merecem atenção, devido ao fato de também oferecerem
possíveis riscos à integridade do usuário.
33
TABELA 4 – Quadro do Parecer Ergonômico
FONTE: O autor.
CLA
SS
E D
O
PR
OB
LE
MA
Problemas Requisitos Constrangimentos
da tarefa Custos humanos
do trabalho Disfunções do
sistema
Sugestões preliminares de melhorias
Restrições do sistema
PR
OB
LE
MA
S
AC
ION
AIS
:
MA
NU
AIS
/
PE
DIO
SO
S
Problemas de dores em
articulações, dedos, dentre
outros, oriundos da necessidade
de movimentação
de móveis grandes e pesados
Ambiente e móveis com dimensões adequadas um ao outro
Desconforto
Dores, agravamento de
lesões já existente, ou novas lesões
Impossibilidade de acomodar
corretamente os ocupantes da
mesa sem antes precisar
reorganizar o ambiente
Utilizar um móvel de
dimensões adequadas ao cômodo
em que ficará
Custo elevado dos móveis adequados
Adoção de mobília
dobrável ou desmontável
para o ambiente
Dificuldade de encontrar móveis
adequados
DE
AC
ES
SIB
ILID
AD
E
Dificuldade de locomoção pelo ambiente gerado
pelo espaço ocupado por
móveis inadequados a
um local pequeno
Móvel de dimensões
tais que possibilite
espaço adequado
para trânsito de pessoas
pelo ambiente
Desconforto Irritabilidade
Dificuldade de locomoção pelo ambiente, com
móveis ocupando passagens
Utilizar um móvel de
dimensões adequadas ao cômodo
em que ficará
Custo elevado dos móveis adequados
Dificuldade de encontrar móveis
adequados
AC
IDE
NT
ÁR
IO
Risco de queda ou acidentes ao
ter uma quantidade
insuficiente de espaço
reservada para deslocamento de pessoas
Ambiente e móveis com dimensões adequadas um ao outro Desconforto,
integridade física do usuário em
risco
Irritabilidade, danos à saúde
Dificuldade de locomoção pelo
ambiente
Utilizar um móvel de
dimensões adequadas ao cômodo
em que ficará
Custo elevado dos móveis adequados Adoção de
mobília dobrável ou desmontável
para o ambiente
Risco de acidentes ao
derrubar utensílios na
mesa, quando ocupada por
mais pessoas do que o móvel foi projetado para
comportar
Respeitar a quantidade de
usuários suportada pela mesa
Desconforto Irritabilidade
Dificuldade ao executar a tarefa a ser realizada
na mesa
Utilizar um móvel
adequado à quantidade de usuários
que este precisará acomodar
Custo elevado dos móveis adequados
34
2.2.1. Análise de similares
A análise de similares foi realizada através de pesquisas em lojas online
e físicas de móveis, porém apenas nas lojas virtuais foi possível encontrar
móveis conversíveis, dobráveis e multifuncionais que estivessem mais de
acordo com o que se espera desse projeto. Estão listados tantos produtos
disponíveis no Brasil quanto no exterior. Podem ser encontrados produtos
feitos em diferentes materiais, como madeira e papelão, e com variados tipos
de sistemas de montagem, desmontagem e articulação, sendo alguns mais
simples e outros mais complexos e compostos por variadas peças.
35
Expand Furniture - Box Coffee to Dining Table
Mesa de café que se amplia para se tornar uma mesa de jantar. Torna possível a acomodação de até 10 pessoas. Disponível em vários materiais. U$1,995.00
FIGURA 8 – Expand Furniture - Box Coffee to Dining Table.
FONTE: https://expandfurniture.com/product/box-coffee-to-dining-table/
36
Griffin+Sinclair – Convertable
Mesa adaptável, capaz de adotar quatro posições (mesa pequena para
café, mesa grande para café, mesa de dois lugares para jantar, mesa de quatro
lugares para jantar). Construída em madeira de carvalho. Dimensões: De -
72cm (largura), 72cm (profundidade), 47cm (altura) até 144cm (largura),
W72cm (profundidade), H69cm (altura). Valor: £495,00 até £805,00 (valor varia
conforme o tipo de pé escolhido).
FIGURA 9 –Griffin+Sinclair – Convertable.
.
FONTE: http://leesinclair.co.uk/convertable-eco-coffee-table-to-dining-table.html
37
Porada - Folding Dining Table
Mesa de quatro lugares que pode ser pendurada na parede e virar um
espelho quando não estiver em uso. Valor não encontrado.
FIGURA 10 – Porada - Folding Dining Table
FONTE: http://www.goodshomedesign.com/folding-dining-table-porada/
38
Crafta Inteligente – Mesa Básica
Mesa construída em papelão reciclável, de dois lugares. Composto por
três peças, pesa 5kg. Possibilidade de personalização do produto. Dimensões:
73 cm (altura) x 80 cm (largura) x 160 cm (profundidade). Valor: R$ 350,00.
FIGURA 11 – Crafta Inteligente – Mesa Básica.
FONTE: http://www.craftainteligente.com.br/produto/mesa-basica/
39
Crafta Inteligente – Mesa Bistrô Grande
Mesa construída em papelão reciclável, composta por três peças. Peso
total de 3kg. Possibilidade de personalização. Dimensões: 73,5 cm (altura) x
75,5 cm (largura) x 75,5 (profundidade). Valor: R$ 95,00.
FIGURA 12 – Crafta Inteligente – Mesa Bistrô Grande.
FONTE: http://www.craftainteligente.com.br/produto/mesa-bistro-grande/
40
Nils – Frederking – Folding Table F2
Modelo em madeira e metal, possui espessura de 8cm quando dobrada.
Dimensões: 120cm(diâmetro), 73cm(altura). Quando dobrada tem 60cm
(largura), 123cm(altura), 8cm(profundidade). Valor: US$ 2.720,00
FIGURA 13 – Nils – Frederking – Folding Table F2.
FONTE: http://www.nils-frederking.de/2moeb2pi.htm
41
Nils – Frederking – Folding Table F10
Mesa em madeira e metal, acomoda até 8 pessoas. Sistema de dobra
é ativado ao suspender sua parte central. Dimensões: 75cm(altura),
92cm(largura), 167cm(profundidade). Valor: Não encontrado.
FIGURA 14 – Nils – Frederking – Folding Table F10
FONTE: http://www.nils-frederking.de/2moeb10pi.htm
42
Expand Furniture – Tiny Titan – Transforming Kitchen Table
Capaz de acomodar até 14 pessoas quando aberta Possibilidade de
vários acabamentos para finalização. É necessário armazenar os painéis
usados para sua expansão em um local separado, e coloca-los na mesa
manualmente ao abri-la. Dimensões: 75,5cm(altura), 120cm(largura),
50cm(profundidade fechada), 300cm(profundidade aberta). Valor: US$
2.295,00.
FIGURA 15 – Expand Furniture – Tiny Titan – Transforming Kitchen Table
FONTE: https://expandfurniture.com/product/tiny-titan-transforming-kitchen-table/
43
Expand Furniture – Ocean Coffee Table With Lift Top
Mesa de centro capaz de se tornar uma mesa de café de dos lugares.
Fornece local para armazenamento de objetos. Variadas opções de
acabamento. Dimensões: 60cm(altura fechada), 54,4cm(altura aberta),
60cm(largura), 120cm(profundidade). Valor: US$ 895,00.
FIGURA 16 – Expand Furniture – Ocean Coffee Table With Lift Top
FONTE: https://expandfurniture.com/product/occam-coffee-table-lift-top/
44
Expand Furniture – The Flip – Console to Table
Pode ser expandida para comportar até 6 pessoas, dobrando de tamanho.
Disponível em variados acabamentos, com pés cromados. Disponível também
em conjunto com cadeiras. Dimensões: 120cm(largura), 40cm(profundidade
fechada), 80cm(profundidade aberta), 75cm(altura). Valor: US$ 599,00.
FIGURA 17 – Expand Furniture – The Flip – Console to Table
FONTE: https://expandfurniture.com/product/mini-flip-compact-desk-to-table/
45
Expand Furniture – Trojan Console Table with 4 Hidden Nano Chairs
Quando aberto é capaz de comportar até 6 pessoas. Acompanha 4 cadeiras,
que podem ser dobradas e armazenadas em seu interior. Disponível em
variados acabamentos. Dimensões: Valor: US$ 1.595,00.
FIGURA 18 – Expand Furniture – Trojan Console Table with 4 Hidden Nano Chairs
FONTE: https://expandfurniture.com/product/trojan-table-with-4-hidden-chairs
46
2.2.2. Levantamento de matérias
Após pesquisa e consideração dos materiais listados abaixo, foi escolhida
a madeira pinus como o melhor material para a confecção do móvel em
questão. As características desse material, que fizeramo com que fosse o
selecionado, estão listadas a seguir.
MDF – Chapa de densidade média
FIGURA 19 – MDF
FONTE: O autor.
A sigla MDF significa “Medium Density Fiberboard” e consiste em uma
chapa de madeira de fibra de média densidade produzida a partir de um
processo de aglutinação com a ajuda de resinas sintéticas e aditivos. As
chapas são posteriormente coladas umas sobre as outras com resina e depois
fixadas através de pressão. O resultado final é uma chapa ou painel de
madeira de aspecto homogêneo e textura suave.
47
O fato das placas serem homogêneas e não apresentarem nódulos
permite que a madeira seja cortada em qualquer direção, possibilitando
um acabamento mais elaborado, com entalhes e bordas arredondadas. Além
disso, os móveis de MDF podem ser revestidos com diferentes materiais (entre
eles estão a fórmica, a pintura e as lâminas de PVC).
Madeira Pinus
FIGURA 27 – Madeira Pinus
FONTE: http://www.leroymerlin.com.br/painel-de-madeira-natural-pinus-60x15cm-eco-idea_87764992.
Madeira fácil de ser trabalhada. Possui cor clara, é fácil de desdobrar,
aplainar, desenrolar, lixar, tornear, furar, fixar, colar e permite bom
acabamento. Graças à tais características é utilizada na fabricação de pisos,
pontes, lápis, construção civil, marcenaria e carpintaria, dentre outros.
48
Matéria prima ecológica, pois a árvore apresenta rápido crescimento e
necessita de poucos nutrientes para seu deenvolvimento, tendo recebido
incentivos por parte do governo para seu cultivo, visando diminuir o impacto
sobre as florestas naturais.
FIGURA 28 – Madeira Imbuia
FONTE: http://www.leroymerlin.com.br/prateleira-borda-reta-suporte-embutido-madeira-imbuia-50x15x3cm-spaceo_89070562
Madeira ecológica, de reflorestamento. A árvore imbuia apresenta a
vantagem de se desenvolver em solos pouco férteis.
Considerada boa, moderadamente pesada, dura, e de boa maleabilidade.
Pode ser facilmente serrada, e oferece boa aceitação para o manuseio de
49
máquinas. Pode variar em cor, proporciona acabamento de qualidade quando
tratada com verniz ou tinta.
Empregada na construção civil, em portas, janelas, molduras, dentre
outros. Também é utilizada na indústria de móveis, com foco especial em
mobiliário de luxo.
FIGURA 29 – Papelão Colmeia
FONTE: http://www.ecoplancolmeias.com.br/colmeias-de-papel/
Colméia é um produto de alto desempenho, sua estrutura colmeiforme
é obtida através da colagem intercalada de folhas de papel miolo ou kraft,
formando uma malha com alta resistência.
Produto com alta tecnologia que visa reduzir o impacto ambiental, totalmente
reciclado e reciclável.
Os produtos possuem uma grande resistência e versatilidade, além de
grande leveza, proporcionando novas possibilidades de aplicação nos mais
diversos segmentos.
50
2.2.3. Sugestões preliminares de melhorias
Utilização de mesas e cadeiras com dimensões adequada ao tamanho
do cômodo em que será colocada
Utilização mesas e cadeiras dobráveis, ou desmontáveis, e de simples
armazenamento
Emprego de materiais leves, para facilitar movimentação, desmonte e
dobra dos objetos em questão
Conclusão
Durante o parecer foram encontrados diversos problemas que
necessitam serem resolvidos para que seja possível atingir com sucesso o
objetivo, dando especial atenção à necessidade de resolução dos problemas
que podem gerar acidentes, quedas e ferimentos, como acidental e interfacial,
tendo em vista resguardando a saúde, conforto e segurança do usuário
durante a utilização de uma mesa, ou mesmo enquanto esta não estiver em
uso.
Outros problemas, como de acessibilidade e espacial/arquitetural de
interiores, também representam grandes incômodos ao usuário, ao restringir
sua movimentação pelo ambiente.
51
3. DIAGNOSE ERGONÔMICA
3.1. Caracterização da tarefa
- Exercida por uma ampla faixa etária.
- A movimentação no ambiente não deve ser prejudicada pela mesa.
- A mesa deve ter características que permitam a realização de variadas
atividades pelo usuário, como comer, escrever, utilizar notebook, dentre
outras.
- Dimensões do móvel e cômodo devem estar em adequação.
52
FIGURA 23 – Espaços adequados para passagens em um cômodo.
FONTE: http://www.dcoracao.com/2013/08/quais-sao-as-medidas-padrao-minimas.html
3.2. Ambiência da tarefa Ambiência Tecnológica
O móvel será utilizado em ambientes como salas, copas, quartos e
cozinhas. Para que uma mesa seja utilizada de maneira adequada deve-se
respeitar as dimensões mínimas de tamanho, tanto da mesa quanto do
ambiente. Cada ocupante necessita de 60cm de espaço para as laterais, e
45cm de espaço à sua frente na mesa. Para garantir que a circulação no
cômodo seja satisfatória, deve-se ter um espaço de, no mínimo, 90cm entre a
mesa e paredes, e 110cm entre mesa e móveis, considerando que estes
possuam gavetas ou portas.
53
FIGURA 24 – Um dos ambientes onde o móvel poderá ser utilizado, a
cozinha.
FONTE: O autor. FIGURA 25 – Mesa situada na sala.
FONTE: O autor.
54
Ambiência física (ruído, temperatura, iluminação)
Considerando que o sistema alvo pode ser localizado tanto dentro da sala,
quanto dentro da cozinha, e eventualmente também em quartos, a ambiência
física está sujeita a uma grande variedade de temperaturas, níveis de ruídos e
iluminação. Tal variedade impossibilita que sejam especificadas essas
características do ambiente.
3.3. Entrevistas / Questionários
Foi realizado um questionário para obter as informações necessárias
para a realização do projeto. O questionário foi escolhido devido a praticidade
para ser respondido pelos voluntários, facilidade de interpretação dos dados e
capacidade de atingir um público amplo, obtendo 42 respostas. Foi observado
que é bastante frequente a ocasião de receber visitas entre os entrevistados,
e que na maioria das vezes são duas ou três pessoas por vez. Além disso, a
grande maioria das residências é habitada por duas ou três pessoas.
Foi dado espaço no questionário para que os entrevistados
respondessem com suas próprias palavras se era necessário mover mesa ou
cadeiras para que as pessoas no local pudessem se acomodar. Metade dos
entrevistados respondeu que sim. Três pessoas mantêm uma das cadeiras do
conjunto afastadas, utilizando-as à mesa apenas quando é de fato necessário.
Duas pessoas optaram por utilizar móveis desmontáveis para conseguir utilizar
melhor o espaço de seus ambientes. Abaixo encontram-se os gráficos com as
respostas obtidas.
55
Quantas pessoas vivem em sua casa?
FIGURA 26 –Quantidade de habitantes da residência.
FONTE: O autor.
Costuma receber visitas à mesa com que frequência?
FIGURA 27 –Quatidade de visitas.
FONTE: O autor.
56
Em caso de visita, quantas pessoas por vez?
FIGURA 28 – Quantidade de pessoas por visita.
FONTE: O autor.
Existe a necessidade de mover mesa, cadeiras ou outros móveis
para que todos se acomodem?
FIGURA 29 –Necessidade de movimentar os móveis na residência.
FONTE: O autor.
57
4. REGISTROS COMPORTAMENTAIS
4.1. Registro cursivo contínuo
O usuário mantém a mesa em um local específico em sua residência,
podendo ser na sala, cozinha ou quarto. Ao ser necessário utilizar o móvel, o
usuário deposita o que for necessário sobre a mesa, puxa uma cadeira, se
senta e se posiciona da forma que lhe for mais confortável à mesa. Ao terminar,
o usuário afasta a cadeira da mesa e se levanta.
4.2. Tabela de atividades
O objetivo a ser atingido é o usuário acomodado confortavelmente à
mesa. Para que isso seja possível a mesa deve ter as dimensões adequadas
ao ambiente em que se encontra, de forma a respeitar os requisitos mínimos
de tamanho para este tipo de móvel. É necessário que se respeite também a
distância mínima entre mesa e parede, ou outros objetos, de forma que a
circulação de pessoas pelo cômodo não seja comprometida. Ao atender a
todos esses requisitos será possível ao usuário utilizar a mesa de forma
confortável.
Considerando a simplicidade da atividade de acomodar em uma mesa,
não foi incluída nesse relatório a tabela de Registro de Duração, apenas de
Assunção Postural, encontrada abaixo, assim como a tabela de atividade,
mostrando o processo de se sentar à mesa.
58
TABELA 5 –Tabela de assunção postural.
1 Ereto
2 Curvado
3 Apoiado no encosto
FONTE: O autor.
59
TABELA 6 –Tabela da atividade de se sentar à mesa.
FONTE: O autor.
60
TABELA 7 –Tabela da atividade de se sentar à mesa para refeição. Se aproxima da mesa
Afasta a cadeira com uma das mãos
Se senta na cadeira, acomodando-se na mesa
61
Manuseia os talheres
Leva os alimentos à boca
Levanta o copo
62
Leva copo à boca
Pousa o copo
FONTE: O autor.
63
TABELA 8 –Tabela da atividade de se sentar à mesa para ler. Se aproxima da mesa
Afasta a cadeira com uma das mãos
Se senta na cadeira, acomodando-se na mesa
64
Inicia a leitura
FONTE: O autor.
65
TABELA 9 –Tabela da atividade de se sentar à mesa para escrever. Se aproxima da mesa
Afasta a cadeira com uma das mãos
66
Se senta na cadeira, acomodando-se na mesa
Pega o material de escrita
Inicia a atividade de escrever
FONTE: O autor.
67
TABELA 10 –Tabela da atividade de se sentar à mesa para utilizar notebook. Se aproxima da mesa e deposira o notebook sobre sua superfície
Afasta a cadeira com uma das mãos
68
Se senta na cadeira, acomodando-se na mesa
Abre o notebook
Utiliza o notebook
FONTE: O autor.
69
4.3. Quadro de diagnóstico ergonômico TABELA 11 – Quadro do diagnóstico ergonômico.
Classe de Problemas Problemas Exigências e
constrangimentos da
tarefa
Avaliação e opiniões Recomendações
Interfacial Posturas inadequadas
ao movimentar
móveis.
A grande maioria dos
móveis não apresenta
uma interface própria
para sua
movimentação, uma vez
que não foram
projetados para serem
movidos
constantemente,
dificultando a realização
dessa atividade e
possibilitando o
surgimento ou
agravamento de dores
e/ou lesões.
Embora o peso dos
móveis seja variável,
é unânime entre os
usuários o desagrado
ao realizar a
movimentação dos
mesmos.
Adquirir móveis
adequados ao
tamanho do
ambiente em que
serão utilizados;
adquirir móveis
dobráveis, ou
planejados para
serem reconfigurados
de acordo com a
necessidade do
usuário.
70
De Acessibilidade A disposição
inadequada da mobília
dificulta a
movimentação de
pessoas pelo
ambiente, em especial
deficientes e idosos.
Dependendo das
condições físicas do
usuário, a
movimentação pelo
ambiente pode se
mostrar de grande
dificuldade, ou mesmo
impossível.
A grande dificuldade,
se não
impossibilidade de
circular pelo
ambiente, é algo que
compromete a
independência de
pessoas idosas ou
com alguma
deficiência,
considerando que,
em certos casos, nem
mesmo com auxílio
de terceiros essas
pessoas conseguem
se locomover pela
casa.
Adquirir móveis
adequados ao
tamanho do
ambiente em que
serão utilizados.
Acidentário A dificuldade de
circulação gerada pela
mobília inadequada ao
ambiente aumenta as
chances de acidentes,
tornando o interior da
residência mais
perigoso.
Ao tentar se locomover
pelo ambiente o susário
pode tropeçar, cair e/ou
se ferir; crescem tbm as
chances de algum
objeto ser derrubado.
É uma situação
comum que ocorram
tropeços, batidas
com o pé, ou que o
conteúdo de
recipientes seja
derrubado ao
transitar por uma
passagem impedida
por móveis
inadequados ao
ambiente. A chance
de acidentes com
objetos também
aumenta ao se
acomodar mais
pessoas sentadas à
Utilizar móveis
adequados ao espaço
disponível no
cômodo; Não
acomodar mais
pessoas à mesa do
que o objeto é
projetado para
suportar; Adquirir
uma mesa adequada
a quantidade de
usuários.
71
mesa do que esta é
capaz de suportar.
Espaciais/Arquiteturais de
Interiores
Dificuldade de circular
pela residência, devido
à inadequação das
dimensões dos móveis
ao ambiente em que
se encontram.
A passagem por
determinados espaços
da casa pode ser muito
dificultada ou
totalmente impedida;
pode ser necessário
incomodar terceiros,
pedindo que se
levantem ou movam
suas cadeiras para
permitir passage.
Situação bastante
comum em
residências de
pequena dimensão,
especialmente ao se
receber visitantes.
Adquirir móveis
adequados ao
tamanho do
ambiente em que
serão utilizados;
adquirir móveis
dobráveis, ou
planejados para
serem reconfigurados
de acordo com a
necessidade do
usuário.
FONTE: O autor.
5. MODELAGEM VERBAL
Para que o móvel em desenvolvimento nesse projeto seja capaz de
atender com qualidade a esse público, este deve ser compacto, dobrável e/ou
conversível. Oferecer a funcionalidade de dois móveis em um também confere
um grande diferencial para os móveis destinados a este fim. Os encaixes e
partes móveis devem ser operadas sem grande dificuldade e sem a
necessidade de ferramentas adicionais.
72
5.1. Geração de alternativas
Nessa etapa do projeto foram realizados brainstormings, de onde se
originaram variadas ideias. Destas, as que melhor atendiam aos requisitos do
projeto foram selecionadas e tiveram seus esboços melhorados. Seis
alternativas foram selecionadas para serem utilizadas na matriz decisória, para
que fosse possível escolher a definitiva. Estas seis alternativas se encontram
abaixo:
73
Mesa Deslizante FIGURA 30 –Mesa deslizante.
FONTE: O autor.
Capaz de acomodar três pessoas quando recolhida e cinco quando
expandida, foi pensada para ser executada em madeira. A parte fixa do
objeto seria composta por uma placa única, e quando em repouso as partes
móveis ficariam rentes à parede onde foi fixado o móvel. Estas partes móveis
correriam em um trilho, permitindo que o usuário puxe a mesa em sua
direção para aumenta-la. Para compensar o peso e manter a mesa
perfeitamente paralela ao chão foi idealizado um sistema com partes móveis
paralelas.
74
Mesa Sanfona FIGURA 31 –Mesa sanfona.
FONTE: O autor.
Planejada para ser construída em papelão colmeia, esta alternativa
oferece espaço para apenas três ocupantes. Uma vez que não esteja mais
sendo utilizada poderá ser dobrada, como uma sanfona, e fechada, de forma
a ocupar apenas uma parte da parede à qual será fixada, possuindo poucos
centímetros de espessura. Para reforçar sua estrutura, placas de madeira
seriam utilizadas nas extremidades que seriam responsáveis pela fixação.
75
Mesa Flip FIGURA 32 –Mesa flip.
FONTE: O autor.
Quando em posição de repouso é capaz de acomodar três pessoas.
Possui uma parte dobrável, que fica erguida e encostada, rente à parede. Ao
surgir a necessidade de acomodar mais pessoas, pode ser desdobrada e
colocada paralela ao chão. Nesta configuração cinco pessoas podem utilizar o
móvel. As pernas foram pensadas de forma a possibilitar a acomodação de
objetos de pequeno porte, quando esta se encontra em repouso.
76
Mesa Pergaminho FIGURA 33 –Mesa Pergaminho.
FONTE: O autor.
Pensada para ser produzida em MDF, seria fixada na parede com o
auxílio de cantoneiras. Em sua posição de repouso três pessoas poderiam
utilizá-la. Quando ampliada, suporta cinco ocupantes. Em uma de suas
extremidades existe uma extensão composta de várias placas paralelas de
MDF, que ficam enroladas quando em repouso, e seriam desenroladas para
utilização completa do móvel. Esta parte móvel seria estabilizada através de
tiras de tecido, que se ligariam a outra extremidade da mesa, estabilizando-a.
77
Mesa Triângulo FIGURA 34 –Mesa Triângulo.
FONTE: O autor.
. Mesa pensada para ser construída em madeira, ou compensado, com
formato capaz de encaixar em cantos e oferecer o conceito de modularidade.
Tornará possível o uso de inúmeras mesas juntas, de acordo com o espaço
78
disponível no ambiente, em diversas configurações diferentes, se adaptando
às necessidade do local e do(s) usuário(s). Cada unidade é composta por três
peças desmontáveis ou dobráveis.
Mesa Colmeia FIGURA 35 –Mesa Colmeia.
FONTE: O autor.
79
Composta de papelão colmeia e madeira, e fixável na parede por uma
de suas extremidades, este móvel ocuparia apenas alguns centímetros do
espaço do cômodo quando em repouso. Para expandi-lo, o usuário utilizaria
um puxador em sua extremidade de madeira, e puxaria a mesa o quanto fosse
necessário. Sua construção permitiria que o móvel adquirisse formatos
ondulados e orgânicos, e fosse altamente adaptável. A quantidade mínima de
lugares dependeria apenas do desejo do usuário, e a quantidade máxima
dependeria do tamanho do cômodo e quantidade de papelão colmeia utilizado
na construção do objeto.
5.2. Matriz decisória
A matriz decisória tem como objetivo auxiliar na escolha da alternativa
que será selecionada para ser desenvolvida. Deve-se levar em conta os
requisitos do produto, pois que a alternativa escolhida se aproxime ao máximo
daquilo que é esperado no projeto.
Critérios de seleção:
-Ser Compacto - O móvel deve ser o menor possível e leve, para que o usuário
faça o mínimo de esforço possível ao mover possíveis partes, ou ajustar a
posição do móvel, e este ocupe o mínimo de espaço necessário no cômodo.
-Ser dobrável/desmontável – Uma vez que o produto não esteja em uso, este
deverá oferecer a possibilidade de ser dobrado/desmontado, para liberar
espaço no cômodo em que se encontra quando necessário.
80
-Causar baixo impacto ambiental – Os materiais empregados devem ser os
mais ecológicos possível, poupando assim o meio ambiente.
-Materiais e sistemas de baixo custo – Visando manter o preço do produto
baixo, o que facilitaria também em sua modularidade, os encaixes e sistemas
devem ser simples e encarecer o mínimo possível o preço final.
-Design funcional e agradável – Além de oferecer uma estética agradável, a
mesa não deverá oferecer empecilhos ao seu uso por conta de suas
características compactas e dobráveis/desmontáveis. Precisará também ter
sistemas de fácil manuseio e entendimento.
-Modularidade – A modularidade oferece a possibilidade do móvel se adaptar
a variados ambientes e tipos de uso, como permitir que vários usuários
realizem suas atividades à mesa juntos, bastando apenas utilizar mais
exemplares em conjunto.
81
TABELA 12 – Matriz decisória.
Requisitos Peso Mesa
Deslizante Mesa
Sanfona Mesa Flip Mesa
Pergaminho Mesa
Triângulo Mesa
Colmeia
Compacto 5 3 5 3 3 5 5
Dobrável/desmontável 4 3 5 3 3 5
5
Baixo impacto ambiental 3 2 5 3 4 4
5
Baixo custo 4 2 3 3 2 5 3
Design funcional e agradável 3 2 4 3 2 5
4
Modularidade 4 2 1 1 2 5 1
Total 55 88 61 49 112 88
FONTE: O autor.
Detalhamento da alternativa escolhida
Após a análise de similares e geração das alternativas, foi utilizada a
matriz decisória como forma de triagem e seleção da melhor solução, sendo
esta a alternativa cinco.
A ideia selecionada é a mesa triangular. A escolha do formato se deu
para que possam aproveitar as quinas das paredes, um espaço que em muitos
casos acaba sendo perdido, e terão as dimensões mínimas necessárias para
uso por uma pessoa. Serão construídas em três peças, sendo um tampo e dois
pés. As peças serão unidas por malhetes, não sendo necessário o uso de
metal na construção do móvel para proporcionar boa firmeza. Os pés serão
feitos em madeira, para proporcionar mais resistência, e o tampo será
composto por madeira e madeira prensada, de forma a ser possível arredondar
os cantos para evitar acidentes, ferimentos e incômodos durante o uso.
82
Dessa forma, o produto cobriria todos os requisitos propostos na
problematização do projeto. Seria compacto, leve, ofereceria a possibilidade
de acomodar várias pessoas quando necessário e seria de fácil manuseio.
5.3. Construção de modelo virtuais e/ou físicos
A partir da alternativa escolhida foi feita a construção do primeiro modelo
físico, que tinha como objetivo testar a viabilidade do formato e dimensões da
mesa. Foi constatado a partir desse modelo, feito em papel paraná, que o tipo
formato de triângulo escolhido para o tampo não era o mais adequado. A partir
disso foram feitos estudos a respeito da utilização do formato de um triangulo
retângulo no tampo da mesa.
O primeiro mock up foi feito com papel paraná e cola. A partir dele foi
observado que um dos possíveis formatos a serem adotados para o tampo da
mesa, de triângulo equilátero, oferecia um espaço bastante limitado. Além
disso, não era possível fazer um encaixe adequado da mesa em quinas de
paredes, havia desperdício de espaço. Além disso, foram feitos testes com
usuários(mulher de 1,59 e homem de 1,87), e foi possível contatar que a altura
da mesa, baseada nas medidas tomadas como padrão para este tipo de móvel,
estava adequada.
83
FIGURA 36 – Primeiro mock up, feito com papel paraná e cola.
FONTE: O autor.
FIGURA 37 – Teste com mock up, menor mulher em vista superior.
FONTE: O autor.
84
FIGURA 38 – Teste com mock up, menor mulher em vista frontal.
FONTE: O autor.
FIGURA 39 – Teste com mock up, menor mulher em vista lateral.
FONTE: O autor.
85
FIGURA 40 – Teste com mock up, maior homem em vista frontal.
FONTE: O autor.
FIGURA 41 – Teste com mock up, maior homem em vista lateral.
FONTE: O autor.
86
FIGURA 42 –Teste com mock up, maior homem em vista superior.
FONTE: O autor.
Após escolhido definitivamente o formato da mesa, foram feitos modelos
em escala 1:10 em papel pluma e cola de isopor, para que fosse possível ter
uma melhor noção da estética do móvel e suas partes, e também como elas
se combinariam quando desmontadas. Para realizar as mudanças nesse
modelo foi considerado o encaixe ideal entre uma mesa, com formato de
triângulo retângulo e uma quina de parede, aproveitando melhor o espaço.
Foi confirmado que o formato de triângulo retângulo para o tampo da
mesa era de fato o mais adequado e viável.
87
FIGURA 43 –Modelo em escala 1:10, confeccionado em papel pluma e cola
de isopor.
FONTE: O autor.
88
6. PROJETAÇÃO ERGONÔMICA Requisitos e Necessidades do Projeto
- Ambiente: Sala, cozinha ou quarto.
- Estrutura: permitir montagem e desmontagem da estrutura da mesa sem
dificuldades.
- Restrição: Espaço disponível no cômodo onde o móvel será utilizado.
Tomada de informação
- Características do ambiente.
- Posição da mesa (dobrada/aberta)
Definir População Usuária TABELA 13 – População Usuária
Usuário Idade Nacionalidade Homem e mulher Todas as faixas etárias,
excetuando infância Brasileira
FONTE: O autor.
Seleção da População Acomodada
O produto foi desenvolvido de forma a permitir o uso confortável pelas
seguintes parcelas da população:
89
Porcentagem a ser acomodada: 97,5% (maior homem) a 2,5% (menor mulher).
FIGURA 44 – Manequins da menor mulher e maior homem.
FONTE: O autor.
Escolher e Informar Levantamento Antropométrico
Dreyfus; As Medidas do Homem e da Mulher – Fatores Humanos em Design;
Publicado pela Editora Bookman.
90
Identificar Usuários Limitantes
Mesmo respeitando as dimensões mínimas empregadas em mesas, o
usuário limitante é a menor mulher.
Construir Parâmetros do Projeto Antropométrico
Para esta etapa do projeto foram utilizados os ângulos de conforto
mostrados na tabela a seguir.
TABELA 14 – Tabela de ângulos.
ARTICULAÇÃO DO CORPO
ÂNGULO BIOMECÂNICOS DE CONFORTO
Plano sagital/lateral
Ombro/Braço Superior -10º - 25º
Cotovelo/Antebraço 80º - 115º
Joelho/Perna inferior 90º - 110º
Plano coronal/frontal Ombro/Braço Superior 0º - 10º
Joelho/Perna inferior -15º - 15º
Plano Cranial/Superior
Ombro/Braço 0º - 25º
Cotovelo/Antebraço -30º - 40º
Perna Superior/joelho 0º - 20º
FONTE: Modificado pelo autor, baseado em Quaresma, Manuela.
91
FIGURA 45 – Maior homem, acionamento lateral.
FONTE: O autor.
FIGURA 46 – Menor mulher, acionamento lateral.
FONTE: O autor.
92
FIGURA 47 – Maior homem, acionamento frontal.
FONTE: O autor.
FIGURA 48 – Menor mulher, acionamento frontal.
FONTE: O autor.
93
FIGURA 49 – Maior homem, acionamento superior.
FONTE: O autor.
FIGURA 50 – Maior mulher, acionamento superior.
FONTE: O autor.
94
FIGURA 51 – Maior homem, tomada de informação superior.
FONTE: O autor.
FIGURA 52 – Menor mulher, tomada de informação superior.
FONTE: O autor.
95
FIGURA 53 – Maior homem, tomada de informação lateral.
FONTE: O autor.
FIGURA 54 – Menor mulher, tomada de informação lateral.
FONTE: O autor.
96
FIGURA 55 – Compatibilização menor mulher e maior homem, superior,
acionamento.
FONTE: O autor.
FIGURA 56 – Compatibilização menor mulher e maior homem, lateral,
acionamento.
FONTE: O autor.
97
FIGURA 57 – Compatibilização menor mulher e maior homem, frontal,
acionamento.
FONTE: O autor.
FIGURA 58 – Compatibilização menor mulher e maior homem, lateral, tomada
de informação.
FONTE: O autor.
98
FIGURA 59 – Compatibilização menor mulher e maior homem, superior,
tomada de informação.
FONTE: O autor.
Cadeiras Recomendadas
O móvel desenvolvido nesse projeto tem por finalidade ser utilizado
em diversas tarefas, como estudar, se alimentar, escrever, dentre outras.
Levando isso em consideração, não será recomendado um tipo específico de
cadeira para uso em conjunto com a Mesa Triangulo.
São recomendadas, então, quaisquer cadeiras que permitam uma distância
entre 25cm e 27cm do assento até fundo do tampo da mesa.
99
FIGURA 60 – Cadeira Eames.
FONTE: http://www.lucyhome.com.br/cadeira-eames-madeira-sem-braco-p274/
FIGURA 61 – Cadeira de jantar Charlot Sisal.
FONTE: https://www.etna.com.br/etna/p/cadeira-charlot-sisal/045746?skuId=0394674
100
FIGURA 62 – Cadeiras Campestre.
FONTE:https://www.mobly.com.br/conjunto-2-cadeiras-campestre-mel-
42667.html#a=3|p=0|pn=1|t=retarget-catalog|c=2371|s=0
FIGURA 63 – Banco baú de demolição.
FONTE: https://www.meumoveldemadeira.com.br/produto/banco-bau-demolicao-demolicao-
branco
101
Desenhos técnicos
Dimensões do produto definidas com base nos estudos antropométricos.
102
103
104
105
106
107
FIGURA 64 – Desenho esquemático das peças 1.
FONTE: O autor.
FIGURA 65 – Desenho esquemático das peças 2.
FONTE: O autor.
108
7. PRIMEIRO MODELO - UTILIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO
PELO USUÁRIO
O primeiro modelo volumétrico criado para a validação do produto foi
construído em escala 1:1. Tinha por objetivo testar as dimensões e o conforto
da mesa no momento da utilização, para que assim as alterações devidas
fossem realizadas no momento de confeccionar o protótipo.
Em sua estrutura foi empregado o compensado.
Para a fixação das partes que compõem os pés, foram utilizados parafusos
e cantoneiras, e pinos de madeira para o encaixe entre pés e tampo.
Construção do modelo virtual
Projeção do modelo foi feita com o auxílio dos programas Sketchup e
Kerkythea.
109
FIGURA 66 – Modelo virtual, quatro mesas reunidas.
FONTE: O autor.
FIGURA 67 – Modelo virtual, quatro mesas unidas.
FONTE: O autor.
110
FIGURA 68 – Modelo virtual, mesa desmontada, peças separadas.
FONTE: O autor.
FIGURA 69 – Modelo virtual, mesa montada.
FONTE: O autor.
111
FIGURA 70 – Modelo virtual, mesa desmontada.
FONTE: O autor.
FIGURA 71 – Modelo virtual, mesa montada.
FONTE: O autor.
112
FIGURA 72 – Modelo virtual, encaixe fêmea.
FONTE: O autor.
FIGURA 73 – Modelo virtual, encaixe macho.
FONTE: O autor.
113
Modelo de teste
Construção do modelo de teste
FIGURA 74 – Construção do primeiro modelo de testes.
FONTE: O autor.
FIGURA 75 – Construção do primeiro modelo de testes.
FONTE: O autor.
114
FIGURA 76 – Construção do primeiro modelo de testes.
FONTE: O autor.
115
FIGURA 77 – Primeiro modelo concluído.
FONTE: O autor.
FIGURA 78 – Primeiro modelo concluído.
FONTE: O autor.
116
Teste de usabilidade do modelo de teste
-Não houve problemas de usabilidade com relação ao espaço disponível para
realização de tarefas na mesa
-O espaço para as pernas e pés dos usuários foi suficiente e não causou
desconfortos
-As peças foram facilmente identificáveis, porém os encaixes não foram
realizados com muita facilidade e rapidez.
Validação ergonômica do modelo de teste
Menor mulher – 1,58m Maior homem – 1,85m
117
FIGURA 79 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, frontal.
FONTE: O autor.
FIGURA 80 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, lateral.
FONTE: O autor.
118
FIGURA 81 – Teste com primeiro modelo. Menor mulher, superior.
FONTE: O autor.
119
FIGURA 82 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, frontal.
FONTE: O autor.
FIGURA 83 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, lateral.
FONTE: O autor.
120
FIGURA 84 – Teste com primeiro modelo. Maior homem, superior.
FONTE: O autor.
FIGURA 85 – Teste de usabilidade com primeiro modelo, utilizando
notebook.
FONTE: O autor.
121
FIGURA 86 – Teste de usabilidade com primeiro modelo, utilizando
notebook.
FONTE: O autor.
Conclusão do modelo de teste
Os testes com usuários utilizando o modelo em tamanho real
confeccionado em compensado mostrou que as dimensões adotadas são
suficientes, e os componentes e método de montagem do produto são de fácil
entendimento, porém foram observadas dificuldades ao realizar o
posicionamento e montagem das três peças, o que comprometeu a agilidade
e facilidade deste processo.
122
8. PROTÓTIPO - UTILIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PELO USUÁRIO
O protótipo foi feito em madeira pinus, recebeu tratamento com três
camadas de seladora. Para a conexão entre as partes que compões a mesa
foram utilizadas dobradiças, num total de cinco. Além disso, também foram
empregados protetores de piso nos pés, para evitar danos a certos tipos de
piso durante seu uso.
Construção do modelo virtual
Projeção do modelo foi feita com o auxílio dos programas Sketchup e VRay.
FIGURA 87 – Modelo virtual, mesa montada.
FONTE: O autor.
123
FIGURA 88– Modelo virtual, mesa dobrada.
FONTE: O autor.
FIGURA 89 – Modelo virtual, mesa dobrando.
FONTE: O autor.
124
FIGURA 90 – Modelo virtual, mesa montada.
FONTE: O autor.
FIGURA 91 – Modelo virtual, encaixe fêmea.
FONTE: O autor.
125
FIGURA 92 – Modelo virtual, encaixe macho.
FONTE: O autor.
126
Teste de Cores
TABELA 15 – Teste de cores.
FONTE: O autor.
127
Simulações de ambientes
Devido a modularidade e versatilidade do móvel, este pode ser usado
tanto em ambientes pequenos, quanto em ambientes amplos. Pode ser usado
em amientes internos, assim como em externos. Da mesma forma pode ser
usada como móvel auxiliar. As simulações de ambientes a seguir foram feitas
para demonstrar essa versatilidade, mostrando a mesa fruto desse projeto em
variados tipos de ambientes.
128
FIGURA 93 – Projeção do uso de uma mesa em um ambiente de sala.
FONTE: O autor.
129
FIGURA 94 – Projeção do uso de uma mesa, sendo utilizada como aparador.
FONTE: O autor.
130
FIGURA 95 – Projeção do uso de duas mesas, em conjunto, em um ambiente de sala.
FONTE: O autor.
131
FIGURA 96 – Projeção do uso de mesas em ambiente externo. A configuração
em questão mostra três mesas, mas pode-se utilizar qualquer quantidade.
FONTE: O autor.
132
FIGURA 97 – Projeção do uso de três mesas em conjunto, como bancada.
FONTE: O autor.
133
FIGURA 98 – Projeção do uso de quatro mesas em conjunto.
FONTE: O autor.
134
FIGURA 99 – Projeção de uma mesa dobrada.
FONTE: O autor.
135
Validação do protótipo
-Não houve problemas de usabilidade com relação ao espaço disponível para
realização de tarefas na mesa
-O espaço para as pernas e pés dos usuários foi suficiente e não causou
desconfortos
-A maneira como a mesa é dobrada e desdobrada foi de fácil compreensão e
manuseio.
136
FIGURA 100 – Usuário desdobrando a mesa 1.
FONTE: O autor.
FIGURA 101 – Usuário desdobrando a mesa 2.
FONTE: O autor.
137
FIGURA 102 – Usuário desdobrando a mesa 3.
FONTE: O autor.
FIGURA 103 – Usuário desdobrando a mesa 4.
FONTE: O autor.
138
FIGURA 104 – Protótipo.
FONTE: O autor.
FIGURA 105 – Protótipo.
FONTE: O autor.
139
FIGURA 106 – Protótipo.
FONTE: O autor.
FIGURA 107 – Protótipo dobrado.
FONTE: O autor.
140
Validação ergonômica do modelo de teste
FIGURA 108 – Teste com protótipo. Menor mulher, frontal.
FONTE: O autor.
141
FIGURA 109 – Teste com protótipo. Menor mulher, lateral.
FONTE: O autor.
142
FIGURA 110 – Teste com protótipo. Menor mulher, superior.
.
FONTE: O autor.
143
FIGURA 111 – Teste com protótipo. Maior homem, frontal.
FONTE: O autor.
144
FIGURA 112 – Teste com protótipo. Maior homem, lateral.
FONTE: O autor.
145
FIGURA 113 – Teste com protótipo. Maior homem, superior.
FONTE: O autor.
146
FIGURA 114 – Teste de usabilidade do protótipo.
FONTE: O autor.
FIGURA 115 – Teste de usabilidade do protótipo.
FONTE: O autor.
147
FIGURA 116 – Teste de usabilidade do protótipo.
FONTE: O autor.
FIGURA 117 – Teste de usabilidade do protótipo.
FONTE: O autor.
148
Conclusão da validação
Após os testes de utilização do protótipo com diferentes usuários
percebeu-se uma ótima aceitação do produto.
Os usuários tiveram facilidade com o entendimento e execução do
processo de montar e dobrar a mesa, e acharam o espaço oferecido pelo
móvel suficiente para variados usos. Para alguns usuários a mesa foi
considerada um pouco pesada, porém nada que atrapalhe sua usabilidade e
transporte pelos cômodos de uma casa.
Foi de grande importância para o desenvolvimento do projeto o contato
com marceneiros, e a troca de informações com esses profissionais contribuiu
muito para a escolha de modificações a serem feitas no produto. Além disso,
as opiniões de amigos e pessoas que acompanharam o desenvolvimento da
mesa aqui mostrada também foram de grande valor.
Conclusão do projeto
O desenvolvimento desse projeto possibilitou pesquisa e análise mais
detalhadas a respeito da condição atual de moradia dos habitantes de
grandes cidades e centros urbanos brasileiros. Foi possível traçar um
panorama do movimento de diminuição do tamanho das residências,
entender quais fatores estão levando a isso, e porquê.
149
Ao realizar questionários e enquetes pôde-se constatar quais os
maiores incômodos sofridos por moradores de pequenas casas, e a forma
como a escolha incorreta de mobiliário é capaz de impactar no cotidiano de
uma residência.
Durante o desenvolvimento do modelo volumétrico, e especialmente
do protótipo, foi necessário conversar e trocar experiências com diferentes
profissionais do ramo da marcenaria, de forma a comparar a viabilidade,
custo e praticidade de variadas soluções a serem empregadas durante o
desenvolvimento do produto. Durante esse contato, e no próprio
desenvolvimento do projeto, foi possível experimentar certo grau de imersão
no ramo do mobiliário e da marcenaria, vivência que me foi especialmente
enriquecedora como um designer de produto.
Com a conclusão desse trabalho e a criação do móvel em questão,
espera-se tornar a vida de de tantar pessoas, em especial aquelas que são
usuárias de imóveis compactos, mais simples e fácil, oferecendo uma
solução prática e versátil para a questão do espaço em suas residências.
150
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