Movimento dos Trabalhadores Sem Teto

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Política de Atenção à Família e Segmentos Vulneráveis Docente: Caroline Santana Ribeiro Acadêmicos: Sandro Kruger Suellen Santana Viviane R. da Mota

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Trabalho acadêmico de Serviço Social da Uniamérica

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Política de Atenção à Família e Segmentos Vulneráveis

Docente: Caroline Santana Ribeiro

Acadêmicos: Sandro Kruger

Suellen Santana

Viviane R. da Mota

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MTST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TETO

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Texto Referência:

DOSSIÊ DE DENÚNCIA | ORGANIZAÇÃO: FÓRUM CENTRO VIVO“A proposta do Fórum Centro Vivo – fundado no dia 10 de dezembro de 2000 – surgiu noencontro “Movimentos populares e Universidade”, organizado por estudantes daUniversidade de São Paulo (USP), pela Central dos Movimentos Populares (CMP) e pelaUnião dos Movimentos de Moradia (UMM), em maio de 2000.

VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

NO CENTRO DE SÃO PAULO:

propostas e reivindicações para políticas públicas

Capitulo I - A situação dos direitos humanos das famílias sem-teto e de

baixa renda do centro de São Paulo.

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MTST

• A atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST, se

caracteriza pela ocupação de terrenos urbanos e organização

comunitária. O MTST surge em 1997, articulado com o Movimento

dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Sua primeira ação foi a

ocupação, por 5.200 famílias, de um terreno urbano em

Campinas, denominado de Parque Oziel em homenagem a uma das

vítimas do MST na chacina de Eldorado de Carajás (PA): uma clara

demonstração pública de sua articulação com o MST ou com as

questões por esse reivindicadas.

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• O movimento faz um paralelo da questão urbana com aquestão agrária e se organiza contra a especulaçãoimobiliária, tratando de ocupar os “latifúndios” urbanosociosos e montando seus barracos de lona preta. Emsíntese, a tática central do MTST é ocupar terrenosurbanos e construir acampamentos bem posicionadosestrategicamente. Alguns exemplos importantes domovimento são: as ocupações em Guarulhos perto darodovia Dutra que liga dois grandes centros econômicosda América Latina (Rio de Janeiro e São Paulo); na regiãodo ABC, onde há uma concentração de trabalhadoresfabris e um eixo de circulação de mercadorias da capitalpara o Porto de Santos e também para importação; naregião do corredor oeste, que liga a capital ao interior eaos países do MERCOSUL, com a Rodovia RegisBittencourt.

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BANDEIRAS DE LUTA:O direito à moradia digna é uma bandeira central do movimento. Mas

não é única: o trabalhador que não tem acesso ao direito de morar

dignamente - o sem teto - também não tem o direito à educação, ao

atendimento de saúde, ao transporte coletivo, à infra-estrutura básica em

seu bairro e a muitas outras necessidades. A partir daí a proposta de uma

Reforma Urbana.

Defende-se a transformação profunda no modo como as cidades estão

organizadas. Hoje as cidades servem para dar lucro e são gerenciadas como

uma empresa pelos governantes. Há gente que ganha bilhões com a

expulsão dos trabalhadores para as periferias e com a precariedade dos

serviços públicos. Afastando os “mais pobres” dos centros, os especuladores

de terra e empreiteiros vêem seus condomínios de luxo, prédios de escritório

e outras obras se valorizarem cada vez mais.

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• Mantendo a saúde pública precária, ganham as empresas

de planos de saúde; mantendo a educação pública

precária, ganham os donos de escolas particulares;

mantendo transporte público precário, ganham as grandes

empresas de produção de automóveis; e assim por diante.

• Assim, a bandeira de uma Reforma Urbana popular e

classista torna-se uma luta fundamental contra os

interesses do capital.

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O Movimento em São Paulo

• As violações aos direitos humanos dos sem-teto constituemum processo longo e antigo, que remonta às políticassanitaristas e higienistas do final do século XIX e do início doséculo XX. Apesar disso, o centro de São Paulo nunca perdeusua face popular, devido à própria constituição da sociedadebrasileira e à própria história e identidade da cidade, que foiconstruída e cresceu graças ao trabalho de brasileiros (etambém imigrantes de outros países) de diferentes partes dopaís. (Fórum Centro Vivo, 2005/2006)

• A população que vive e trabalha no centro de SãoPaulo, lideranças dos movimentos populares e líderesreligiosos, ONGs, defensores de direitos humanos e diversosespecialistas afirmam estar em curso hoje, com o projeto de“revitalização” do centro, uma verdadeira “higienização” ou“limpeza social”. (Fórum Centro Vivo, 2005/2006)

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• A “limpeza social” no centro de São Paulo faz parte do mesmoprocesso de produção da cidade que não oferece alternativa àpopulação de baixa renda a não ser a ocupação dos locais maisafastados e precários, ou que adota como política a negação daresponsabilidade do poder público de enfrentar o problema doacesso da população mais pobre à moradia e implementar essedireito gradativamente. (Fórum Centro Vivo, 2005/2006)

• Na contramão do estado democrático de direito, o subprefeito daSé, Andréa Matarazzo, o secretário de Habitação de SãoPaulo, Orlando de Almeida Filho, e o prefeito José Serra investiramnas seguintes ações, exemplos do modelo de revitalização quepromove a expulsão da população empobrecida da região central:

A interrupção de programas habitacionais populares no centro, com a paralisaçãode diversos projetos em andamento;

A não-aplicação dos recursos previstos em habitação: em 2005 gastou-se poucomais da metade dos recursos orçados (somente R$ 197 milhões, de 346 milhões).Em relação às ações em áreas de risco, foram gastos apenas 42% da verbaprevista (R$ 9 milhões, de 20 milhões);

O deslocamento de verbas e financiamentos internacionais originariamente captados para atendimento habitacional na região central para a assistência social10;

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A falta de diálogo e omissão nas negociações para atendimentohabitacional das milhares de famílias ameaçadas dedespejo, inclusive não dando prosseguimento a processosadministrativos existentes para produção de Habitações deInteresse Social (HIS), por exemplo, por meio de processos dedesapropriação existentes;

A construção de rampas de concreto sob um túnel na avenidaPaulista (ficou conhecida como “rampa antimendigo”) ondeantes dormiam famílias sem-teto;

Edifício Prestes Maia - SP

A ausência do poder públicomunicipal na intermediação deconflitos fundiários, contribuindocom a ocorrência de diversosdespejos forçados e reintegraçõesde posse violentas, colocandomilhares de pessoas narua, fragilizando principalmente asituação de crianças, idosos emulheres;

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A criação do “kit despejo” ou do “kit volta pra casa”, como foi denominadapelos movimentos de moradia a iniciativa de pagar valores em dinheiro (de R$1 mil a R$ 5 mil) para os sem-teto voltarem para sua cidade natal;

A descentralização da rede de albergues, transferindo-os do centro para aperiferia;

A diminuição do orçamento da prefeitura destinado à área dahabitação, chegando-se à menor porcentagem das últimas décadas (menos de2% do orçamento municipal).

Atualmente, a Constituição Federal e a Lei Federal 10.257 de 2001 (Estatuto da

Cidade) dão as bases dos direitos dos cidadãos brasileiros que habitam as áreas

centrais das cidades frente aos interesses imobiliários e projetos de revitalização dos

governos. O Estatuto da Cidade, o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

(Lei 13.430/02) e os Planos Regionais estabelecem marcos jurídicos que permitem

exigir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade urbana mediante a

regulamentação, por lei específica, dos instrumentos de parcelamento e edificação

compulsória, IPTU progressivo e desapropriação e pagamento com títulos da dívida

pública. Há um projeto de lei sobre estes instrumentos de exigência do cumprimento

da função social da propriedade parado na Câmara Municipal

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CFESS MANIFESTAO Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) também adere a esta

luta, nos dias 20/01/2012 CFESS se manifesta contra a criminalização

social em SP, Conselho expressa indignação e repúdio à violência nos

casos do Pinheirinho e da chamada “Cracolândia”, e no dia 03/02/2012

publicou uma nota com o titulo: "Somos todos/as Pinheirinho!“. Esta nota

se refere a desocupação do Pinheirinho na cidade de SP, apontando a

repercussão que este movimento teve nas mídias sociais e meios de

comunicação alternativos, após ação truculenta da Polícia Militar de São

Paulo;

CFESS não apoia tão somente o MTST, apoia muitos outros

movimentos populares que se enquadram na luta dos Sem-Teto, a luta

diária dos moradores de rua, luta do MST (Movimento Sem Terra), luta

pelo direito a cidade.

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O MTST em nossa cidade:

• Os Movimentos de Trabalhadores Sem Teto, existem apenasem cidades consideradas Capitais, pois é onde se encontram omaior numero de pessoas advindas de cidades de interior embusca de melhores condições de vida, mas que no entanto sedeparam com a miséria.

• Encontramos o Marco Teórico de um Trabalho de Conclusão deCurso na internet, realizado na cidade de Cascavel, no entantonão conseguimos o trabalho completo.

• Não existe trabalho exposto na internet que aborde tal assuntoneste Estado (Paraná).

• Contato mantido com o Foz Habita: - Não consta registros decadastro de Pessoas que residam em lugares apropriados.

• Os Sem Teto se apropriam na maioria das vezes de prédiosabandonados com IPTU atrasado.

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Em Foz do Iguaçu, realizamos vista em dois locais queaparentemente abrigam pessoas sem-teto:

Prédio abandonado Av. Costa e Silva próximo aRodoviária de Foz do Iguaçu

• O primeiro foi este prédioabandonado a muitotempo, esta localizado naAv. Costa e Silva, nosaproximamos para ver seconversávamos comalguém, pois havia algumascadeiras. Mas ninguématendeu. Este lugar tem umhistórico de ser umambiente utilizado porusuários de crack daquelaregião.

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• O Segundo esta localizado na Av. Paraná, ao lado da Faculdade CESUFOZ. Neste prédio também não encontramos ninguém morando, mas havia uma peça que me chamou atenção por estar pichada.

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Na tarde do dia 12/06 passando pela Av. Costa e Silva, me deparei comum posto de combustível abandonado e dois homens(Andarilho/Mendigo)sentados sobre a grama: Sr. José e Sr. João

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Um deles não possui TETO!

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS• http://mtstrj.blogspot.com.br/p/as-linhas-politicas-do-mtst.html

Acessado em: 08/06/2012 ás 15:25

• IKUTA, Fernanda Keiko. Práxis e novas formas de dominação: Asdisputas territoriais dos movimentos de moradia de São Paulo.Revista Pegada – vol. 10 n.2. dezembro/2009. Disponível emhttp://www4.fct.unesp.br/ceget/PEGADA102/10ferikuta1002.pdf

• Violação dos direitos humanos no centro de São Paulo: Propostase reivindicações para política públicas. Dossiê do fórum CentroVivo. 2005/2006. Disponível em:http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/ReabilitacaoAreasUrbanas/Biblioteca_Violacao_Direitos_Humanos_Centro_SP.pdf

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E É ISSO AI...

FIM!!