Movimento das Peconheiras e Peconheiros

12
Pará Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacoãzinho, Igarapé Caixão e Igarapé Genipaúba Baixo Acará Associação de Mulheres Pescadoras e Trabalhadoras Rurais da Ilha de Itacoãzinho, Igarapé Caixão e Igarapé Genipaúba – ASMAMI 21

description

Fascículo da Coleção Nova Cartografia Social da Amazônia

Transcript of Movimento das Peconheiras e Peconheiros

  • Par

    Movimento das Peconheiras e Peconheiros

    da Ilha de Itacozinho,Igarap Caixo e

    Igarap GenipabaBaixo Acar

    Associao de Mulheres Pescadoras e Trabalhadoras Rurais da Ilha de Itacozinho,

    Igarap Caixo e Igarap Genipaba ASMAMI

    21

  • 2 Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e conflitos

    Projeto Nova Cartogra a Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e con itos

    FASCCULO 21Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

    Belm, setembro 2007ISBN 85-86037-20-6

    Coordenao do PNCSAAlfredo Wagner Berno de Almeida (PPGSCA-UFAM-CNPQ-FAPEAM)

    Equipe de pesquisaRosa Elizabeth Acevedo Marin (UNAMAZ-NAEA/UFPA)Rosiane Martins (UNAMAZ)Eliana Teles (SEDUC)Raimunda Campos (IAGUA)Maria Sueli das Mercs (ASMAMI)Bruno Malheiro (NAEA/UFPA)Cleonice de Macedo (CSE/UFPA/IAGUA)Marcos Lima (SEDUC/ESAMAZ)

    Fotogra aRosiane Martins UNAMAZMarcos Lima ESAMAZ

    Cartogra a e mapasEliana Teles SEDUCMarcos Lima ESAMAZRodrigo Lopes IAGUA

    Projeto gr co e editoraoDesign Casa 8 www.designcasa8.com.br

    Senhor Ldio debulhando aana ilha de Itacozinho

    Senhora Alcione no ato de debulhar aa,Ilha de Itacozinho

    Associao de Mulheres Pescadoras e Trabalhadoras Rurais da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba ASMAMI

    Presidente Maria Sueli das MercsVice-presidente Deize Lima dos SantosSecretaria Nazar do Socorro Moraes TrindadeDiretora de Cultura Simone de Nazar CarvalhoDiretora de Patrimnio Maria do Socorro Barbosa CarvalhoTesoureira Zenilde dos SantosFiscal Lucileia Lima dos Santos

    Data de fundao 3 junho 2007

    Detalhe da capa foto de Dona Maria Maciel Pantoja parteira da Ilha de Itacozinho. Ela e Dona Mimi, tambm parteira, so honradas no nome da Associao das trabalhadoras rurais, pescadoras da Ilha Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba ASMAMI

  • 3Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

    O que ser peconheira e peconheiro?A maioria do que eu conheo aqui, que ns vive aqui, todos ns trabalhamos com rasa, n! Ento como que o nosso aa... Agora uma coisa explicativa: as nossas rasas que ns apa-nhamos o nosso aa, que ns vivemos todos esses anos e nunca nenhum de ns morreu e os nossos fi lhos nunca morreram com doena atravs disso. Porque s agora saiu isso. Essa gente, eles no to podendo vender as basquetas deles e querem colocar pra tirar as rasas; pra que o povo compre as basquetas dele; pra que eles tenham mais lucro do que os pobres. Porque ns somos menores l eles so maiores que a gente. Ento sobre isso que eles que so maiores no entendem que o povo precisa sobreviver. A rasa o meio de sobrevivncia de ns o povo, assim como tem o aa. E chega poca que no tem o aa, a ns sobrevivemos da rasa. Rosilene Conceio, Igarap Genipaba

    O movimento das peconheiras (os) da ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Geni-paba surgiu atravs de uma grande problemtica em que fomos chamados at o Ministrio Pblico para assinarmos uma lei de certifi cao. Diziam eles, o promotor e o secretrio, que o

    nosso aa estava contaminado e um dos motivos era as rasas que teriam que ser substitudas por basquetas de plstico. Fiz o questionamento que ns no podamos concordar com este absurdo, primeiro o aa apanhado das ar-vores no meio da mata central e tambm alagado, quando ns trazemos trs rasas temos que trazer logo para a beira do rio porque no h condies de darmos muitas viagens seno o aa fi ca molhado e estraga. A outra questo que no inverno quando a mar d de lanante... a mar d em cima da terra nos meses de janeiro, fevereiro, maro, abril; a mar lava praia de maio e em setembro uma mar bem grande, entra na terra.

    E a questo mais sria ainda que ns do movimento das peconheiras tambm somos o fator principal do meio ambiente e com a troca das rasas pelas basquetas ns vamos morrer de tanto peso que vamos carregar no om-bro. to falando a questo do meio-ambiente e as basquetas demoram qua-trocentos anos para se decompor e contaminam o meio-ambiente e as rasas alm de ser uma cultura milenar serve de adubo; quinze dias para se decom-

    Participantes da ofi cina realizada pela ASMAMI na Escola Nossa Senhora da Conceio, ilha de Itacozinho. 8 julho 2007

    Senhora Maria Sueli das Merces, Igarap Caixo

  • 4 Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e conflitos

    por e ns j tivemos a troca das folhas de guarum em que era embrulhado a carne, peixe... e foi substitudo pelo saco plstico que so jogados para contaminar o meio ambiente e que hoje estamos sofrendo as conseqncias do clima e outras mais. Maria Sueli das Mercs, Igarap Caixo

    Peconheiras e peconheiros so apanhadores de aa que vo at a mata e extraem a capa do ramo do aaizeiro e fazem a peconha para subir no aaizeiro e apanhar o cacho de aa.

    O trabalho das mulheres apanhar o aa, debulhar e trazer para beira e os homens tambm. Tem homem que no gosta que a gente apanhe o aa. Ns somos atentadas e vamos apanhar o aa; tecemos rasas, peneiras, abanos. Tem jovens que tambm fazem o mesmo trabalho e alguns at param de estudar para trabalhar. Tambm s tem at a quarta srie do ensino funda-mental. O trabalho realizado em grupo, com os componentes da famlia e s vezes com alguns vizinhos que esto necessitando de ajuda, ento vai viajar em outra fa-mlia. Acordamos s cinco horas da manh e tomamos caf quando tem, quando no tem a gente toma ch e samos s seis horas da manh para apanhar o aa na mata. Vendemos para os maquineiros de aa em Be-lm e s vezes para os marreteiros. Os meses em que mais trabalhamos e ganhamos, s para sobreviver, so janeiro, fevereiro, maro e abril; por-que nos meses do inverno chove muito e temos que sair por debaixo da chuva pra colher o cacau. E na mar de lanante grande em cima da terra, e s vezes a gente tem que puxar o casco de dentro da gua pra cima da terra e, patinando pela gua grande. E depois tem que quebrar o cacau e botar pra secar e quando a gente v l vem a chuva e tem que botar o cacau pra dentro de casa. En-to, a gente tem todo esse trabalho e vende o cacau barato demais. Maria Sueli das Mercs, Igarap Caixo

    Tambm apanhamos aa que transportamos do aaizal nas rasas e levamos at o porto, mas agora o Mi-nistrio Pblico, a Secretaria de Co-mrcio, a SESPA dizem que devemos

  • 5Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

    usar a basqueta. O trabalho de fazer a rasa o meio de vida de muitas famlias que o perderam com a imposio da basqueta. At pra proteger o aa, porque o seguinte: a basqueta... Veja bem vou fazer uma diferena: aqui, por exemplo, uma caixa dessas aqui, ela aberta, do teto pode cair uma imundice dentro. Numa rasa de aa no. A gente pega uma basqueta e no vai amarrar a cara dela botar, por exemplo, botar uma folha uma tala e amarrar ela. A rasa voc pode amarrar a boca dela, bem amarradinho chega l na feira. A gente coloca l na feira rpido. Eu venho pra feira quase todo dia. Na rasa no se v o rato, na luz do dia no meio do dia, no meio da gente o rato. A gente procura trabalhar com o aa limpo, bem limpinho. Na basqueta de aa, na basqueta ele vai ser totalmente poludo porque se a gente procura trabalhar com o aa limpo, bem limpinho j t o aa bem tratado. Quer dizer na basqueta ele pode... O coco do rato e at mesmo o rato. Ele vai passar gua morna mas de qualquer maneira ele no vai cortar aquela bactria. Quem sofre a populao que vai tomar, com a licena da palavra, um aa porco, imundo. O nosso aa na rasa no. um aa limpo. Ns que trabalhamos com guarum fazendo rasas, paneiros, abanos, tudo isso nosso meio de sobrevivncia. Gostamos e estamos satisfeitas com o nosso trabalho honesto. Rosilene da Conceio, Igarap Genipaba

    Mulheres peconheiras e condio de uso das terras em que trabalhamNossos avs e bisavs eram escravizados, trocando a seringa por alimentos e outros pro-dutos. Eles no recebiam dinheiro. Na fazenda tinham marcas de sangue que os escravos apanhavam at morrer e serem jogados no sumi-douro que tinha na fazenda de grandes extenses de terra: o engenho de cana. Maria Sueli das Mercs, Igarap Caixo

    (...) E o arrendamento, que tinha uma regra (...) Henrique e Idalvino Miranda Pamplona, Joo, Luis e dona Maria Tereza arrendavam os terrenos e fa-ziam as casas s cobertas de cavaco e de palha. Ai de quem mudasse o modelo. Era proibido! Dona Alzira, Igarap Furinho

    Um dos primeiros encarregados foi o tio Abel que depois no deu conta de ver tanto mau trato dos escravos e das pessoas que pagavam os alu-guis e passou o cargo para seu filho Artur que

    Senhora Alzira, a fi lha Maria do Socorro e o neto, navegam pelo Igarap Furinho na canoa

    Senhora Maria Urbana, uma das mais antigas artess do guarum, mostra o ofcio de tecer a rasa

    Senhora Alcione conduz a rasa carregada de aa

  • 8 Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e conflitos

    morreu e o senhor Ansio, marido da senhora Dalila que ainda est viva. O senhor Urbano .... todos os meses ia s casas de cada morador da rea e cobrava... Quando um belo dia meu pai, Antonio Borges da Conceio, residente no Igarap Caixo, no tinha dinheiro para pagar e quando atiado pelo encarregado, eu Maria Sueli tinha apenas dez anos ouvi a con-versa. O senhor Urbano foi embora e no outro ms quando voltou falei pra ele que meu pai no ia mais pagar e que ele dissesse para o patro dele. Quando completei dezesseis anos mobilizei os moradores e ningum pagou. Com o tempo veio o ITERPA e fez um cadastro e cada morador pagou 250,00 (duzentos e cinqenta reais) em nome do ITERPA na agencia do Banco do Brasil. E at ento no mediu os terrenos para dar o titulo de posse. Mobilizei outra vez e trouxe o senhor Newton Miranda, Gerente de Patrimnio da Unio que deu algumas certides de regularizao de terras e a nossa rea no tem at hoje nenhuma documentao que prove que a terra nossa. Maria das Mercs, Igarap Caixo

    Hoje estamos novamente sofrendo este conflito com a entrada do Alessandro Lima, neto da dona Tereza que diz que as terras so dele, mas ns iremos lutar, j pagamos. Dona Alzira, Igarap Furinho

    (...) Hoje temos uma identidade que so Movimento das peconheiras e peconheiros e as mulheres que lutam pela preservao das runas dos escravos e pelo lote de terra que nos pertence. Maria Sueli das Mercs, Igarap Caixo

    Senhora Socorro fabricou a peconha e a mede nos tornozelos

    Senhora Lucia Barbosa debulha o cacho de aa

    Senhora Rosalina Pantoja tece a rasa

    Recibo de pagamento de aluguel da terra da famlia do Senhor Martinho, de 1954 e do Senhor Cludio 1985 (assinados por membros da famlia Lima)

    Senhora Alcione sobe no aaizeiro

  • 9Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

    Porque ns temos na mente esse mapa. Ns sabemos o que queremos!

    Aqui ns vejamos uma escola, a qual ns estamos. Aqui tem um igarap, a qual ns possamos ver, as residncias, as residn-cias das pessoas, as que esto atrs do igarap, na terra fi rme. Aqui o igarap Caixo. Aqui ns temos as demais casas, os igaraps. Isso daqui um decorrer que vai dar segmento aon-de as casas esto; um igarap, as curvas como tem que ns possamos ver a calha. Aqui um local onde foi um local de escravido muito tempo, n? Aqui s sobre as casas, residn-cias, ns possamos ver os outros igaraps, como fi ca por traz, os outros igaraps. Aqui ns no vemos uma escola que t com a ponte quebrada; um colgio grande! Aqui ns no vemos aqui um posto; aqui ns no vemos! Aqui uma outra cobertura, uma delegacia, um colgio grande sobre, da quinta a oitava srie; aqui ns no vejamos! Vejamos esse tipo de coisa. Ns vejamos s residncia; vejamos aqui os nossos plantios onde t colocado s os plantios, coisa que ns mesmos fi zemos; todos aqueles que so pai de famlia e os jovens que tambm come-am a trabalhar tambm para adquirir ...Ns podemos ver nis-so que ns estamos parados! Estamos parados aqui, enquanto tem condies de ns estarmos mais avanados, to prximo de Belm! Senhor Augusto, Igarap Caixo

    Aqui o Igarap Genipaba, aqui esto as reas de casa e aqui esto os nossos pedidos: precisamos de escolas que edu-quem; primeiro e segundo graus; precisamos de uma delega-cia com vrios policiais. Rosilene Conceio

    Fizemos de Belm at aqui o rio Acar (...), representamos aqui a Ilha do Combu, o furo do Benedito, ilha do Papagaio. Aqui o Maracujazinho antes de chegar no Maracuj, (...) que tem o Furinho, antes de chegar no Furinho, tem a Calha onde chama a runa das escravaturas l, dos escravos onde est acon-tecendo essa obre irregular, n!. As casas que compe o nosso grupo. Aqui a casa da dona Alzira que mora l, da Zenilde, casa da Socorro l, a casa da Dione, da Simone, a minha casa que fi ca pra c assim. Aqui tambm temos aqui que corta o Igarap Caixo ( ...) Da o que ns tambm queremos tambm falar que ns precisamos de uma delegacia. Coisa que a gen-te no tem aqui e as vezes sai muitos assaltos a na beira. Coisa de pirata (...) temos posto de sade s pra enfeite, mas no tem medicamento, no tem um mdico (...). O que nos precisamos aqui de muitas coisas, segurana, sade que temos muito di-reito a isso. Rosana dos Santos

    Porque eu tou revoltado, vai fazer dois meses, muito re-voltado que entraram dentro da minha casa levaram um motor de dezoito nosso, levaram alguns pertences de pobre, mas de qualquer maneira como a gente luta pra adquirir aquilo que a gente precisa, ns morador daqui da regio, da margem do

    Senhora Rosilene da Conceio, Igarap Genipaba.

    Senhor Augusto, Igarap Caixo

    Senhora Rosana dos Santos, Igarap Furinho

    Senhor Paulo Maciel Pantoja, margem do rio Acar

  • 10 Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e conflitos

    Acar, n, ento o que eu tava falando pra ela aqui, que o que eu quero mais que a educao a sade bom, mas tem que ter a segurana porque ns tamo numa situao que at nem dor-mir direito a gente no pode dormir, se algum compra, dessas pessoas que esto aqui, compra um casco, compra um motor, luta pra comprar uma embarcao, luta pra comprar um motor, luta pra comprar um casco, quer dizer ns no podemos nem ter um objeto nem dentro de casa pro nosso uso, por exemplo uma televiso, ah vamo comprar uma televiso pra mim, pra ter dentro de casa, ns temos medo do ladro . Paulo Maciel margem do rio Acar

    Documento encaminhado ao IPHAN informando sobre a situao das Runas dos Escravos:

    Cento e vinte famlias moradoras da ilha Itacozinho, baixo Acar, Municpio do Acar, Estado do Par, solicitam providncias do Instituto de Patrimnio Histrico Nacional IPHAN Superintendncia PA/AP para que seja detido o crime ambiental e arqueolgico representado pela construo de uma obra sobre a estrutura arqueolgica, que corres-ponde a uma antiga Calha do Engenho. Essa destruio comeou em maio de 2007.

    Os moradores denominam este vestgio de runas dos escravos, pois foram construdos por seus antepassados e este data do sculo XVIII. O engenho Itacu, ou Santos Reis, per-tenceu a Gaspar de Siqueira e Queirs e passou por vrios proprietrios. Em 1994 foi feito o registro no estudo arqueolgico realizado pelo Museu Paraense Emilio Goeldi MPEG. O Dr. Fernando Marques, arquelogo do MPEG, desenvolveu o projeto Engenhos Movi-dos a Mar e informa que na memria local calhas e barragem so representadas como o lugar de sumidouro onde muitos escravos morreram e essa compreenso era sinal de respeito, o que tornou essas estruturas preservadas.

    Representantes da ASMAMI Associao de trabalhadoras rurais, pescadoras da ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba protestam pela ao de destruio en-cabeada por Fernando Lima, Alexandre Capucho Lima e Maria Tereza Lima. Os Lima mantiveram esse grupo de trabalhadores (extratores de borracha e posteriormente de aa) como inquilinos das terras, cobrando renda at o ano 2000, quando os trabalha-dores se recusaram a continuar realizando pagamento de renda. Vrias famlias detm recibos de 1920 at mais recentes.

    (...) Trata-se de povos e comunidades tradicionais amparadas pelo Decreto N 6.040 de 7 de fevereiro de 2007 que no principio XIV estabelece a preservao dos direitos culturais, o exerccio de prticas comunitrias, a memria cultural e a identidade racial e tnica. Ofcio UNAMAZ de 23 de junho de 2007

    Demandas

    Documentao que prove que a terra nossa Queremos assegurar a existncia e uso das rasas no transporte do aa. Ela meio de vida de

    mulheres e homens que trabalham no guarum Precisamos de escolas que eduquem, de primeiro e segundo graus Queremos mdico para fazer atendimento e posto de sade com medicamento Queremos que no acontea obra irregular como est acontecendo com a runa dos escravos Precisamos de uma delegacia com vrios policiais

  • CONTATO

    ASMAMI Associao de Mulheres Pescadoras e Trabalhadoras Rurais da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap GenipabaItacozinho Baixo Acar, [email protected]

    Embargo da obra emitido pelo IPHAN Instituto de Patrimnio Histrico e Artstico Nacional

    Runa dos escravos com marcas da interveno

    Documento do ITERPA informando a no existncia de registro em nome dos Lima

    11Movimento das Peconheiras e Peconheiros da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

  • 12 Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia Srie: Movimentos sociais, identidade coletiva e conflitos

    21221215 16

    17

    18

    19

    20

    REALIZAO

    APOIO

    Associao das trabalhadoras rurais, pescadoras da Ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba ASMAMI

    Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia (Fundao Ford/ PPGSCA/ UFAM)Srie: Movimentos Sociais, Identidade Coletiva e Conflitos

    1 Quebradeiras de coco babau do Piau

    2 Quebradeiras de coco babau do Mearim

    3 Quebradeiras de coco babau do Tocantins

    4 Quebradeiras de coco babau da Baixada Maranhense

    5 Quebradeiras de coco babau do Par

    6 Quebradeiras de coco babau de Imperatriz

    7 Quilombolas da ilha de Maraj

    8 Quilombolas do Maranho

    9 Quilombolas de Cod, Peritor e Lima Campos

    10 Quilombolas atingidos pela Base Espacial de Alcntara

    11 Quilombolas de Bujaru e Concrdia

    12 Mulheres do arum do Baixo Rio Negro

    13 Grupo TucumArte Artesanato de Tucum

    14 Quebradeiras de Coco do Quilombo de Enseada da Mata Bairro Novo

    15 Quilombolas do Tambor, Parque Nacional do JaNovo Airo, Amazonas

    16 Ribeirinhos da regio do Z Au, Amazonas

    17 Piaabeiros do Rio AracBarcelos, Amazonas

    18 Mulheres Artess Indgenas e Ribeirinhas de Barcelos, Amazonas

    19 Quilombolas de Coelho Neto, Maranho

    20 Ribeirinhas da Vrzea do Parau e Costa do Canabuoca Manacapuru, Amazonas

    21 Movimento das Peconheiras e Peconheiros da ilha de Itacozinho, Igarap Caixo e Igarap Genipaba Baixo Acar, Par

    22 Ribeirinhos e Agricultores do Lago do Cururu Manacapuru, Amazonas