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 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS  PB LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA NA FAZENDA AFLUENTE DO QUIPAUÁ, EM OURO BRANCO (RN) Amanda Silva da Costa Engenheira Florestal Patos  Paraíba  Brasil 2009

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

    CENTRO DE SADE E TECNOLOGIA RURAL

    UNIDADE ACADMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

    CAMPUS DE PATOS PB

    LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA NA FAZENDA AFLUENTE DO QUIPAU, EM OURO BRANCO

    (RN)

    Amanda Silva da Costa

    Engenheira Florestal

    Patos Paraba Brasil

    2009

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

    CENTRO DE SADE E TECNOLOGIA RURAL

    UNIDADE ACADMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

    CAMPUS DE PATOS PB

    LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA NA FAZENDA AFLUENTE DO QUIPAU, EM OURO BRANCO

    (RN)

    Amanda Silva da Costa

    Orientador: Prof. Dr. Jacob Silva Souto

    Patos Paraba Brasil

    2009

    Monografia apresentada Universidade Federal

    de Campina Grande, Campus de Patos/PB, para

    obteno do Grau de Engenheira Florestal.

  • ii

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

    CENTRO DE SADE E TECNOLOGIA RURAL

    UNIDADE ACADMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

    CAMPUS DE PATOS PB

    CERTIFICADO DE APROVAO

    TTULO: LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA NA FAZENDA AFLUENTE DO QUIPAU, EM OURO BRANCO (RN)

    AUTOR: Amanda Silva da Costa

    ORIENTADOR: Prof. Dr. Jacob Silva Souto

    Monografia aprovada como parte das exigncias para a obteno do Grau de

    Engenheiro Florestal pela Comisso Examinadora composta por:

    Prof. Dr. Jacob Silva Souto (UAEF/UFCG)

    Orientador

    Prof. Dr. Rivaldo Vital dos Santos (UAEF/UFCG)

    1 Examinador

    Jos Aminthas Farias Jnior (UAEF/UFCG)

    2 Examinador

    Patos (PB), 25 de Novembro de 2009.

  • iii

    minha me

    Lcia, exemplo de fora e superao

    Aos meus irmos

    Ana Paula e Pedro

    Ao meu sobrinho

    Bernardo (bem vindo vida)

    Dedico

  • iv

    AGRADECIMENTOS

    todos que fizeram parte da minha vida nestes cinco anos.;

    As meus familiares: minha tia Luzinete, meu tio Francisco Filho, meu cunhado,

    Bruno;

    todos os professores em especial: Alana, Antonio Lucineudo, der, Patrcia,

    Ivonete;

    Ao meu orientador Jacob Silva Souto, por sua dedicao e compreenso;

    Aos meus grandes amigos de turma: Nilvania, Terezinha, Rossevelt Trcio, Neto,

    Fbio, Pierre, kalo, Gisnaldo, Tbata;

    Aos amigos adquiridos ao longo do curso: Sheila, Franz, Bruna;

    As amigas irms, Juliane, Samara, Marlia, Kelly, Cea, Mnica;

    Aos funcionios, Damio, Ednalva , Ivanice;

    Marcelo, Isaas, Roberto, Bruna que me ajudaram na execuo do trabalho de

    campo e laboratrio.

    Genildo (proprietrio da fazenda Afluente do Quipau);

    Enfim, todos meu muito obrigada!

  • v

    SUMRIO

    Pgina

    RESUMO .................................................................................................................. vii

    ABSTRACT .............................................................................................................. viii

    1 INTRODUO ........................................................................................................ 1

    2 REVISO DE LITERATURA .................................................................................. 3

    2.1 Matria Orgnica no Solo ................................................................................... 3

    2.1.2 Degradao do Solo ........................................................................................ 4

    2.2 Capacidade de Uso da Terra ............................................................................ 5

    3 MATERIAL E MTODOS ....................................................................................... 8

    3.1 Local do Experimento ......................................................................................... 8

    3.2 Caracterizao Qumica e Fsica do solo ........................................................ 10

    3.3 Procedimento de Campo para Determinao da Frmula Mnima ................... 10

    3.3.1 Profundidade Efetiva. .................................................................................. 11

    3.3.2 Permeabilidade ............................................................................................. 12

    3.3.3 Declividade ................................................................................................... 13

    3.3.4 Suscetibilidade Eroso ............................................................................. 14

    3.3.5 Pedregosidade ............................................................................................. 14

    3.3.6 Fertilidade ...................................................................................................... 15

    3.3.7 Frequncia das Inundaes ......................................................................... 16

    3.3.8 Textura do Solo ............................................................................................ 16

    3.3.9 Uso Total ....................................................................................................... 16

    3.4 Procedimentos de Laboratrios para Determinao da Matria

    Orgnica do Solo .............................................................................................. 17

    4 RESULTADOS E DISCUSSO ............................................................................. 19

    4.1 Fertilidade ........................................................................................................ 19

    4.2 Matria Orgnica Do Solo ............................................................................... 19

    4.3Textura ............................................................................................................. 20

    4.4 Capacidade De Uso Da Terra: Definies Das Frmulas Mnimas

    Obrigatrias .................................................................................................... 21

  • vi

    4.4.1 rea Com Pista De Vaquejada (A1) .............................................................. 21

    4.4.2 rea com Plantio de Espcies Arbreas (A2) .............................................. 22

    4.4.3 rea com Cactceas (A3) ............................................................................. 22

    4.4.4 rea Com Presena de Voorocas (A4) ........................................................ 23

    4.4.5 rea de Bosque (A5) ..................................................................................... 24

    4.4.6 rea Prxima a uma Barragem (A6) ............................................................ 24

    4.4.7 rea com Plantio de Banana e Mamo (A7) ................................................. 25

    4.4.8 rea com Plantio de Feijo(A8) ................................................................... 25

    4.4.9 rea com Plantio de Milho (A9) .................................................................... 26

    4.4.10 rea com Espcies Arbreas Preservadas (A10) ....................................... 27

    5 CONCLUSES ...................................................................................................... 28

    6 REFERNCIAL TERICO .................................................................................... 29

  • vii

    COSTA, Amanda Silva da. Levantamento Da Capacidade De Uso Da Terra Na

    Fazenda Afluente Do Quipau, Em Ouro Branco (RN) 2009. Monografia

    (Graduao) Curso Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos-PB, 2009

    LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA NA FAZENDA

    AFLUENTE DO QUIPAU, EM OURO BRANCO (RN)

    Resumo. A crescente utilizao das terras, sem considerar suas potencialidades e

    limitaes, acarreta degradao ao solo. Este trabalho teve como objetivo analisar

    os teores de matria orgnica, os atributos fsicos e qumicos do solo e a capacidade

    de uso da terra em rea de caatinga no semi rido potiguar. A rea localiza-se na

    microrregio Serid Oriental do Rio Grande do Norte, sob as coordenadas

    geogrficas 06 42 76 S e 36 57 20, ocupando uma rea de 53,65 ha. Para

    avaliao das terras adotou-se o sistema de capacidade de uso do solo. Utilizou-se

    10 reas distintas para a caracterizao do uso da terra, para notao das

    caractersticas encontradas em cada rea, usou-se uma srie de smbolos, descritos

    e ordenados de forma convencional, formando uma frmula mnima obrigatria. A

    discusso dos dados foi feita por rea escolhida da fazenda Afluente do Quipau.

    Dentre os resultados obtidos, o uso e manejo do solo alteram a quantidade da

    matria orgnica do solo, e a vegetao a medida mais eficiente no controle

    eroso.

    Palavra chave: Fatores de limitao, matria orgnica, ocupao do solo.

  • viii

    COSTA, Amanda Silva da. Levantamento Da Capacidade De Uso Da Terra Na

    Fazenda Afluente Do Quipau, Em Ouro Branco (RN) 2009. Monografia

    (Graduao) Curso Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos-PB, 2009

    LIST OF CAPACITY OF SOIL USE ON THE FARM AFLUENTE QUIPAA, WHITE

    GOLD (RN)

    Abstract - The increasing use of land not taking into account its limitations, leads to

    soil degradation. This study aimed to analyze the content of organic matter, the

    physical and chemical properties and the ability to use land in an area of semi-arid

    savanna in Natal. "The area is located in the micro-eastern region of Rio Grande do

    Norte, in the geographic coordinates 06 42 '76" S and 36 57' 20 ", occupying an

    area of 53.65 ha. To evaluate the land we used the system capacity of land use. We

    used 10 different areas for the characterization of land use, notation of the features

    found in each area, he used a series of symbols, described and arranged in a

    conventional formula forming a mandatory minimum. The discussion of the data was

    made by the chosen area of the farm Tributary Quipau. Among the results, the use

    and soil management affect the amount of organic matter in soil, and vegetation is

    the most effective in controlling erosion.

    Keywords: Limiting factors, organic matter, soil occupation

  • 1 INTRODUO

    O problema da degradao ambiental tem sido uma preocupao dos

    diversos pases do mundo, tendo o desmatamento como um dos seus principais

    fatores condicionante. Isso provocado pela utilizao inadequada dos solos

    ocasionando a eroso, a deteriorao e esgotamento dos recursos naturais

    renovveis existentes, alm da queda significativa da produo agrcola e do

    extrativismo vegetal (Oliveira et al., 2007).

    Com relao produo de alimentos, projees da FAO indicam que ser

    necessrio um aumento significativo na atual produo agrcola mundial para

    atender s necessidades de uma populao ainda em expanso (FAO, 1990).

    A degradao dos recursos naturais tem portanto, como causa primordial a

    sua utilizao predatria pelo homem. Este fenmeno ocorre no apenas em funo

    do baixo nvel de conscincia conservacionista daqueles que atuam neste meio, mas

    tambm devido escassez de informaes sobre as potencialidades e limitaes de

    uso dos recursos naturais disponveis. H por outro lado, o desconhecimento da

    vulnerabilidade ambiental em funo das tcnicas rudimentares que so praticadas,

    agravando de modo muito sensvel a sustentabilidade da capacidade produtiva da

    natureza (OLIVEIRA et al.;2007).

    O solo um recurso natural que demora milhares de anos para se formar e

    que pode se degradar, muitas vezes at de forma irreversvel, em algumas poucas

    dcadas (ou mesmo em alguns anos) por sua m utilizao pelo homem. Um

    programa de conservao do solo consiste na utilizao da terra, de acordo com a

    sua capacidade e na aplicao correta de prticas de conservao para garantir seu

    uso intensivo e permanente sem provocar sua degradao (GIBOSHI et al.;2006).

    Segundo Bertolini & Lombardi Neto (1994), o desgaste e o empobrecimento

    do solo nas suas diversas fases e formas, podem ser evitados com a utilizao de

    prticas que aumentam a cobertura vegetal e a infiltrao da gua no perfil do solo e

    reduzem o escoamento superficial.

    Portanto, antes de se adotar um programa de conservao do solo

    necessrio determinar a capacidade de uso da terra, que permite estabelecer bases

    para o seu melhor aproveitamento sem sofrer depauperamento pelos fatores de

    degradao (GIBOSHI et al.; 2006).

  • 2

    A interferncia humana ao longo do tempo vem provocando modificaes na

    paisagem local e regional, principalmente com a prtica de desmatamento no

    preparo da terra para atividades agrcolas, confeco de tijolos, raleamento da

    vegetao e pisoteio do solo com a pecuria extensiva. Esse alto nvel de

    desmatamento, o modelo de ocupao e explorao adotado, desde os primrdios

    at a populao atual, vem acentuando a degradao ambiental da regio (SANTOS

    et al., 2006).

    A capacidade de uso da terra pode ser conceituada como a adaptabilidade da

    terra s diversas formas de utilizao agrcola, sem que ocorra o depauperamento

    do solo pelos fatores de desgaste e empobrecimento, atravs do seu uso (LEPSCH

    et al., 1991).

    O mapeamento do uso da terra possui elevada importncia para o

    planejamento territorial, ocupando lugar de destaque na determinao da

    capacidade de uso da terra, por retratar a forma como a rea est sendo usada.

    A classificao de capacidade de uso uma tcnica que demonstra de forma

    clara, quais os fatores de limitao e o potencial dos solos de uma propriedade.

    Para Bertoni & Lombardi Neto (1993), a introduo, junto aos agricultores, de

    tcnicas disponveis e comprovadas de manejo e conservao do solo, constitui

    condio indispensvel para minimizar o processo de degradao ambiental.

    Nos ltimos anos, a preocupao com a qualidade do solo tem crescido, na

    medida em que seu uso e mobilizao intensiva podem redundar na diminuio de

    sua capacidade em manter uma produo biolgica sustentvel (CARVALHO et al.,

    2004).

    Nesse contexto, com a crescente preocupao com a qualidade dos solos, no

    municpio de Ouro Branco (RN), esse trabalho objetivou analisar os teores de

    matria orgnica, os atributos fsicos e qumicos do solo e a capacidade de uso da

    terra em rea de caatinga no semi rido potiguar.

  • 2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Matria Orgnica no solo

    A matria orgnica do solo (MOS) toda frao orgnica presente no solo em

    forma de resduo fresco ou em diversos estgios de decomposio, compostos

    humificados e materiais carbonizados, associados ou no frao mineral e outra

    parte composta por organismos vivos como razes e os constituintes da fauna

    edfica (ROSCOE e MACHADO, 2002).

    Dentre os componentes do solo, a matria orgnica aquela que mais se

    relaciona com os parmetros de qualidade, fsicos, qumicos ou biolgicos,

    potencializando caractersticas como resistncia do solo eroso, taxa de

    infiltrao e reteno de gua no solo, capacidade de troca catinica, estoque de

    nutrientes, resistncia a pertubaes e a atividade biolgica (VEZZANI, 2001;

    MIELNICZUK et. al., 2003).

    Aps a retirada da vegetao natural, o solo tem, frequentemente, mostrado

    alteraes em seus atributos qumicos, que so dependentes do clima, do tipo de

    cultura e das prticas culturais adotadas. A interao desses fatores estabelece uma

    nova condio de equilbrio no sistema solo (MARCHIORI JNIOR e MELO, 2000).

    Outro problema associado degradao de solos a reduo nos teores de

    matria orgnica, com efeito negativo principalmente sobre a CTC, disponibilidade

    de nutrientes, estabilidade de agregados e atividade microbiana (BAYER e

    MIELNICZUK, 1999).

    Esta capacidade resulta de interaes entre inmeros processos qumicos,

    fsicos e biolgicos de natureza complexa (TTOLA & CHAER, 2002). O emprego

    de prticas no sustentveis pode causar a degradao de sua qualidade fsica,

    qumica e biolgica, diminuindo a qualidade do solo. (COSTA et. al., 2003).

    A matria orgnica, que se relaciona com inmeras propriedades do solo,

    tambm considerada um dos melhores indicadores de qualidade do solo

    (REICHERT et. al., 2003).

    Os principais fatores que controlam os processos de transformao da

    matria orgnica no solo (MOS) so a quantidade e qualidade do material, o

    ambiente fsico e qumico e os organismos decompositores. Entre os organismos,

    bactrias e fungos apresentam altos valores de biomassa e metabolismo respiratrio

  • 4

    e tm grande participao no processo de decomposio da MOS (TOLEDO, 2003;

    LEJON et al., 2005).

    2.1.2 Degradao do Solo

    A degradao do solo pode ser definida como um processo que reduz a

    capacidade atual ou potencial do solo para produzir bens ou servios. O solo

    considerado degradado se os processos naturais e antropognicos atuantes

    diminuram a quantidade e qualidade da produo de biomassa, encarecendo os

    custos com a recuperao (SNAKIN et al., 1996). A degradao das condies do

    solo um processo significativo, por dificilmente ser reversvel, visto que os

    processos de formao alm de regenerao ocorrem de forma predominantemente

    lenta (SOMBROEK e SENE, 1993).

    A eroso acelerada de solos um problema mundial, causador de impactos

    ambientais e econmicos relevantes e que tem origem tanto em causas naturais

    quanto nas presses antrpicas. Planos de conservao de solos em reas de alta

    eroso necessitam de mapas de risco da ocorrncia do fenmeno, que so criados a

    partir de modelos de eroso. Os principais modelos existentes levam em

    considerao os fatores envolvidos no processo de eroso, incluindo caractersticas

    climticas, propriedades dos solos, topografia e prticas de uso dos solos (ALVES et

    al.,2005).

    Pode-se dizer que a eroso um dos problemas mais graves na escala de

    degradao, porque geralmente provoca impactos irreversveis ao meio ambiente.

    No que diz respeito ao Nordeste brasileiro, mais precisamente ao semi rido, os

    processos erosivos tornam-se preocupantes, j que o solo /est cada vez mais

    vulnervel, devido ao antrpica e prpria fragilidade do material pedolgico:

    solos rasos, cascalhentos e muitas vezes arenoargiloso. Porm a eroso que ocorre

    na regio semi-rida muitas vezes pode passar despercebida por no apresentar

    caractersticas alarmantes mas possui um potencial de degradao bastante

    significativo. A intensificao dessas perdas ao longo dos anos pode acarretar

    impactos irreversveis ao bioma caatinga (Brasileiro R.S., 2009).

    Os indicadores dos processos de deteriorao, medidos ao longo do tempo,

    podem indicar desertificao. Deles, o mais preocupante a eroso, por ser o

    menos reversvel e por ocorrer de forma generalizada no semi-rido do nordeste

  • 5

    brasileiro (SAMPAIO e SALCEDO, 1997). A reduo da fertilidade pode ocorrer pela

    eroso e por perdas de nutrientes com as queimadas e com as retiradas de

    produtos. Tambm preocupa menos porque pode ser revertida com a adubao.

    Depois da eroso, o processo mais importante de degradao, no semi-rido

    nordestino, a perda de fertilidade. Ela reversvel com a adubao mas, na

    prtica, isto no ocorre porque a produo baixa e irregular leva os proprietrios a

    crer que o risco de resposta inadequada no compensa o custo dos adubos. Uma

    parte considervel da perda da fertilidade resultado da eroso (SAMPAIO et al.,

    2005).

    A eroso um dos principais fatores responsveis pelo decrscimo na

    produtividade agrcola, provocando perdas de solo, gua e nutrientes, com

    conseqente eutrofizao dos corpos de gua e degradao do solo (LAL, 1994;

    BEZERRA e CANTALICE, 2006).

    As alteraes provocadas pelos diferentes usos do solo na regio semi rida,

    que apresenta caractersticas de solos e clima peculiares, devem ser estudadas

    para a proposio de modelos sustentveis maximizando a produo e evitando

    degradao dos recursos naturais (CRREA et al., 2009).

    A eroso em entressulcos uma das formas mais danosas, pois remove a

    camada mais superficial do solo, onde se encontram a matria orgnica, os

    nutrientes e os insumos agrcolas, que favorecem a produo agrcola, alterando

    tambm as condies para ocorrncia dos processos microbianos que se refletem

    na fertilidade do solo, pela decomposio do material orgnico, disponibilizando os

    nutrientes para as plantas (CANTALICE, 2002).

    A retirada da cobertura original do solo do bioma caatinga um dos primeiros

    indicadores dos processos de degradao e desertificao da regio. Se a cobertura

    vegetal nativa mantida, a possibilidade de qualquer degradao pequena, e a

    degradao por causa antrpica menor ainda. Portanto a desertificao tende a

    comear com o desmatamento (SAMPAIO et al., 2005).

    2.2 Capacidade de uso da terra

    No Semi-rido nordestino, a sucesso temporal de modos de produo

    incompatveis com a sustentabilidade dos sistemas fsicos de superfcie terrestre

    resulta em uma srie de problemas ambientais que so visualizados e sentidos

  • 6

    contemporaneamente, e que representam a totalidade da degradao ambiental,

    advinda de usos pretritos e atuais (SILVA E CORRA, 2007).

    Nos preparos convencionais, comum a retirada da vegetao nativa para

    estabelecimento de atividades que deixam o solo exposto ao impacto direto das

    chuvas, trazendo como conseqncia o rompimento dos agregados

    (WOHLENBERG et al., 2004).

    O uso inapropriado da terra conduz explorao ineficiente e degradao

    dos recursos naturais, pobreza e outros problemas sociais. neste risco de

    degradao que se encontra a raiz da necessidade da avaliao e do planejamento

    do uso da terra. A terra a fonte primordial de riqueza e a base sobre a qual muitas

    civilizaes foram construdas e/ou destrudas, em funo da degradao causada

    pela sobrecarga dos recursos naturais (BEEK et al.,1996).

    O uso adequado da terra o passo inicial no sentido da preservao dos

    recursos naturais e na busca de uma agricultura sustentvel. Para isso, deve-se

    empregar cada parcela de terra de acordo com a sua aptido, capacidade de

    sustentao e produtividade econmica, de tal forma que os recursos naturais sejam

    colocados disposio do homem para o seu melhor uso e benefcio, ao mesmo

    tempo em que so preservados para geraes futuras (BERTOLINI e BELLINAZZI

    JR, 1991).

    Os processos erosivos ocorrem naturalmente no meio ambiente, de forma

    lenta e gradual, causando, no decorrer da evoluo do globo terrestre, mudanas no

    relevo e na vegetao (BERTONI e LOMBARDI NETO, 1990). A interveno

    humana acelera esses processos erosivos por meio da ocupao e uso intensivo do

    solo.

    O Sistema de Capacidade de Uso da Terra (LEPSCH et.al.,1991) propicia o

    conhecimento das limitaes e potencialidades ao uso da terra, enfocando as

    prticas conservacionistas necessrias ao combate eroso e a perda de

    fertilidade. O estudo pode culminar com a determinao de reas de conflito, quando

    so confrontados o uso atual e a capacidade de uso das terras. A capacidade de

    uso da terra pode ser conceituada como a adaptabilidade da terra s diversas

    formas de utilizao agrcola, sem que ocorra o depauperamento do solo pelos

    fatores de desgaste e empobrecimento, atravs do seu uso.

    Lepsch et al. (1991) ressaltam que o mtodo da capacidade de uso

    recomendado primordialmente para fins de planejamento de prticas de

  • 7

    conservao do solo, quando utilizado para estudos regionais, deve ser feito com

    cuidados especiais de adaptaes. O sistema visa identificar as limitaes

    permanentes e possibilidades de uso das terras, atravs da sistematizao das

    informaes de uma determinada rea para definir a mxima capacidade de uso,

    sem que esta corra o risco de degradao do solo, especialmente no que diz

    respeito eroso acelerada.

    A classificao das terras pelo sistema de capacidade de uso fundamenta-se

    na classificao quantitativa das terras, sendo voltada para suas limitaes e sua

    utilizao. Baseia-se, primordialmente, nos efeitos do clima sobre o solo e sua

    resultante evoluo e degradao, bem como nas caractersticas permanentes do

    solo que, em conjunto, podero limitar o uso agrcola e tambm causar em diversos

    nveis, srios danos ao ambiente mediante a sua degradao (AMARAL, 1996).

    Para Muramoto et al. (1993), o diagnstico da adequao agrcola das terras

    rurais de uma regio envolve a caracterizao do meio fsico, do uso atual e a

    determinao da capacidade de uso das terras, sendo possvel com esses dados

    identificarem a compatibilidade entre a capacidade de uso e o uso da terra, alm de

    poder identificar as reas utilizadas com prejuzo potencial ao ambiente (acima da

    capacidade de uso) e as subutilizadas (abaixo da capacidade de uso).

  • 3 MATERIAIS E MTODOS

    3.1 Local do Experimento

    O trabalho foi realizado no stio Afluente do Quipau, municpio de Ouro

    Branco localizado na microrregio Serid Oriental do Rio Grande do Norte, nas

    coordenadas geogrficas 06 42 76,1 S e 36 57 20,1 W, ocupando uma rea de

    53,65 ha. O trabalho foi realizado no perodo de julho a outubro de 2009.

    Na rea experimental, tomou-se 10 reas para a execuo do trabalho de

    campo, conforme visualizado na figura 1.

    Figura 1: Mapa do stio Afluente do Quipau destacando as reas experimentais.

    As reas onde foram coletadas as informaes apresentavam as seguintes

    condies:

    rea 01 (A1) rea que anteriormente foi utilizada como pista de vaquejada e,

    hoje, est sendo recuperada com o cultivo de nim indiano (Azadiracta indica),

    craibeira (Tabebuia aurea), catingueira (Caesalpinea piramidalis) sob as

  • 9

    coordenadas geogrficas: 06 42 786 S, 36 57 224 W, com uma altitude de 212

    m.

    rea 02 (A2) rea com espcies predominantes, tais como: Nim (Azadiracta

    indica), azeitona (Eugenia jambolana), Catingueira (Caesalpinea piramidalis),

    craibeira (Tabebuia aurea), Pau-ferro (Caesalpinea ferrea) sob as coordenadas

    geogrficas: 06 42 766 S e 36 57163 W com uma altitude de 197 m.

    rea 03 (A3) rea com a presena de espcies como juazeiro (Ziziphus joazeiro),

    Jurema preta (Mimosa tenuiflora), Algaroba (Prosopis juliflora), com predominncia

    de xique-xique (Pilosocereus gounellei), sob as coordenadas geogrficas: 06 42

    764 S e 36 57 146 W, com uma altitude de 196 m.

    rea 04 (A4) rea com a presena de espcies como favela (Cnidoscolus

    philacantus), algaroba (Prosopis juliflora), xique-xique (Pilosocereus gounellei), com

    predominncia de espcies como pinho manso (Jatropha curcas), jurema preta

    (Mimosa tenuiflora), sob as coordenadas geogrficas 06 42 759 S e 36 57 151

    W, com uma altitude de188 m. Nesta rea constatou-se a presena de voorocas.

    rea 05 (A5) rea com presena apenas de algaroba (Prosopis juliflora), sob as

    coordenadas geogrficas 06 42 709 S e 36 57 085 W, com uma altitude de 184

    m.

    rea 06 (A6) rea prxima a uma barragem, com a presena de espcies como

    pinho manso (Jatropha curcas), flor de seda (Calotropis procera), Carnaba

    (Copernicia prunifera), algaroba (Prosopis juliflora), xique-xique (Pilosocereus

    gounellei), jurema preta (Mimosa tenuiflora), sob as coordenadas geogrficas: 06

    42 661 S e 36 57 075 W, com 184m de altitude.

    rea 07 (A7) rea localizada em um baxio sendo utilizada para plantio de mamo

    (Carica papaya) e banana (Musa paradisiaca), sob as coordenadas 06 42687 S e

    36 57 052 W, com altitude de 186 m.

    rea 08 (A8) rea plana, utilizada para o plantio de feijo (Phaseolus vulgaris), sob

    as coordenadas geogrficas: 06 42 581 S e 36 57 022,W com 188m altitude.

  • 10

    rea 09 (A9) rea plana utilizada para plantio de milho (Zea mays), sob as

    coordenadas geogrficas: 06 42 597 S e 36 57 006 W, com altitude de 189 m.

    rea 10 (A10) rea que atualmente est sendo preservada, com a presena de

    vegetao como: xique-xique (Pilosocereus gounellei), catingueira (Caesalpinea

    piramidalis), jurema preta (Mimosa tenuiflora), imburana (Bursera leptophloeos),

    pinho manso (Jatropha curcas), marmeleiro (Croton sonderianus), favela

    (Cnidoscolus philacantus), sob as coordenadas geogrficas: 06 42 769 S e 36 57

    178 W, com altitude de 229 m.

    3.2 Caracterizao Qumica e Fsica do Solo

    Em cada rea selecionada foram coletadas dez amostras de solo na

    profundidade de 0-20 cm, homogeneizadas e em seguida, retirada uma alquota de

    500 gramas. Posteriormente as amostras foram encaminhadas ao Laboratrio de

    Solos e gua da Unidade Acadmica de Engenharia Florestal CSTR/UFCG,

    Campus de Patos, para serem analisadas qumica e fisicamente. Os principais

    atributos qumicos determinados foram: pH, P, Ca, Mg, K, Na, H+Al, e os fsicos

    foram: granulometria, capacidade de campo, ponto de murcha permanente,

    densidade global do solo.

    3.3 Procedimentos de Campo para Determinao da Frmula Mnima

    Obrigatria

    As caractersticas imprescindveis e de fcil identificao no campo foram,

    levantadas para compor a frmula mnima obrigatria. Para isso, foram escolhidos

    na propriedade 10 glebas onde foram realizados todas as coletas dos dados. As

    referidas informaes escrita de uma forma numrica e literal so representadas

    como frmula, aqui representada pela Frmula Mnima Obrigatria.

  • 11

    3.3.1 Profundidade Efetiva

    Espessura mxima do solo em que as razes no encontram impedimento

    fsico para penetrar livremente, facilitando a fixao da planta e servindo como meio

    para absoro de gua e nutrientes.

    A determinao da profundidade efetiva do solo das reas experimentais foi

    realizada fazendo-se escavao com chibanca e alavanca at atingir a camada

    endurecida onde haveria impedimento fsico para que as razes penetrassem

    livremente (Prado 1995), conforme visualizado na figura 2.

    Figura 2: Profundidade Efetiva do solo na rea experimental A1.

    Para avaliao da profundidade efetiva do solo utilizou-se a classificao

    sugerida por (PRADO, 1995), conforme tabela 1.

    Pedregosidade Declividade

    Eroso inundao

    Fertilidade

    Uso Atual

    Textura

    Permeabilidade

    Fatores Limitantes

    Profundidade Efetiva

  • 12

    Tabela 1. Classes de profundidade efetiva do solo utilizada para caracterizao das terras.

    Adjetivao Profundidade

    1-Muito Profundos Mais de 2,00 m 2-Profundos 1,00 a 2,00 m 3- Moderadamente Profundos 0,50 a 1,00 m 4- Rasos 0,25 a 0,50 m 5-Muito Rasos Menos de 0,25 m

    3.3.2 Permeabilidade

    Capacidade que o solo apresenta de transmitir gua e ar, a velocidade do

    fluxo atravs de uma seco transversal unitria de solo saturado, sob determinado

    gradiente hidrulico.

    A permeabilidade foi avaliada utilizando anis de ao, com o volume

    conhecido e cronometrando o tempo em que o lquido flua dentro do anel, sendo

    absorvido pelo solo (Figura 3).

    Figura 3: Permeabilidade do Perfil do Solo da rea 2 (A2)

    A avaliao da permeabilidade foi baseada na classificao sugerida por

    Prado (1995), conforme tabela 2.

  • 13

    Tabela 2. Classes de Permeabilidade do Perfil do Solo.

    Permeabilidade da camada Subsuperficial

    Permeabilidade da camada superficial Rpida Moderada Lenta

    Rpida Moderada Lenta

    1/1 1/2 1/3

    2/1 2/2 2/3

    3/1 3/2 3/3

    3.3.3 Declividade

    A declividade foi determinada, com o uso do p de galinha sendo as

    medies realizadas do local mais alto para o mais baixo em todas as reas

    selecionadas (Figura 4).

    Figura 4: Declividade da rea 1(A1) sendo medido com o p de galinha.

    As classes de declividades nas diferentes reas foram determinadas segundo

    Prado (1995), conforme tabela 3.

    Tabela 3. Classes de Declive do Solo

    Classe Declive (%)

    A Inferior a 2% B Entre 2 e 5% C Entre 5 e 10%

    D Entre 10 e 15%

    E Entre 15 e 45%

    F G

    Entre 45 e 75% Superior a 75%

  • 14

    3.3.4 Suscetibilidade Eroso

    O tipo e grau de eroso foram avaliados visualmente, percorrendo toda a rea

    de modo a detectar a existncia de processos erosivos como eroso laminar, eroso

    em sulcos e voorocas (figura 5)

    Figura 5: Presena de voorocas na rea 4 (A4).

    Na classificao da eroso presente nas reas utilizou-se as recomendaes

    sugeridas por Prado (1995) que foram resumidas na tabela abaixo:

    Tabela 4: Classes de degradao relacionadas com a presena de sulco e ou voorocas.

    Graus de limitao Perdas do Horizonte A Smbolo

    Nulo No aparente e0

    Ligeiro < 25% e1 Moderado 25 a 50% e2 Forte 50 a 75% e3 Muito Forte >75% e4

    3.3.5 Pedregosidade

    A ocorrncia de pedregosidade foi avaliada visualmente (figura 6) em cada

    rea conforme a quantidade de pedras existentes.

  • 15

    Figura 6: Presena de Pedras em Abundncia na rea Experimental (A3)

    A classificao foi feita segundo Prado (1995), conforme tabela 5.

    Tabela 5. Classes de pedregosidade utilizadas para cassificao da rea

    Pedregosidade

    Classificao Descrio

    pd1 Poucas Pedras

    pd2 Pedras Abundantes

    pd3 Pedras Extremamente Abundantes

    pd4 Poucos mataces

    pd5 Mataces Abundantes

    pd6 Mataces Extremamente Abundantes

    pd7 Solos Rochosos

    pd8 Solos Muito Rochosos

    pd9 Solos Extremamente Rochosos

    3.3.6 Fertilidade (f)

    O ndice de fertilidade, segundo documento da Secretaria de Estado da

    Agricultura de Santa Catarina (1991), considerou o valor do pH nas diferentes reas,

    enquadrando nos seguintes graus de limitao da tabela 6.

    Tabela 6. ndice de Fertilidade

    Graus de limitao pH Smbolo

    Muito baixo > 5,6 f0

    Baixo 5,3 5,6 f1 Mdio 4,9 5,2 f2 Muito alto < 4,5 f4

  • 16

    3.3.7 Frequncia das Inundaes

    As inundaes foram classificadas de acordo com o relevo que as reas

    apresentam, e histrico de inundao da rea, e classificadas de acordo com a

    tabela 7.

    Tabela 7: Classe de risco de inundao utilizadas na avaliao da aptido de uso das terras.

    Durao das Inundaes

    Frequncia das Inundaes

    Ocasionais Frequentes Anuais ou muito Frequentes

    Curtas i1 i4 i7 Mdias i2 i5 i8 Longas i3 i6 i9

    3.3.8 Textura do Solo

    Para determinao da textura foram feitas anlises fsicas no laboratrio de

    solos e gua da Unidade Acadmica de Engenharia Florestal, no CSTR/Campus de

    Patos-PB. Aps a anlise verificou-se o tipo de solo por meio do tringulo textural.

    Textura da camada

    subsuperficial

    Textura da camada superficial

    Muito argilosa Argilosa Mdia Siltosa Arenosa

    Muito argilosa 1/1 2/1 3/1 4/1 5/1

    Argilosa 1/2 2/2 3/2 4/2 5/2

    Mdia 1/3 2/3 3/3 4/3 5/3

    Siltosa 1/4 2/4 3/4 4/4 5/4

    Arenosa 1/5 2/5 3/5 4/5 5/5

    3.3.9 Uso Atual

    O uso atual de cada rea selecionada foi avaliado visualmente, sendo

    identificadas as espcies ocorrentes, conforme tabela 8.

  • 17

    Tabela 8. Uso atual do solo

    Uso Atual Simbologia

    Caatinga Cat Algaroba (Prosopis juliflora) Xag Banana (Musa paradisiaca) Ban Milho (Zea mays) Mil Feijo(Phaseolus vulgaris) Fei Nim (Azadiracta indica) Nim Catingueira (Caesalpinea piramidalis) Cat Craibeira (Tabebuia aurea) Cra Pau-ferro (Caesalpinea ferrea) Pfe Azeitona(Eugenia jambolana) Aze Juazeiro (Ziziphus joazeiro) Jua Xique-xique (Pilosocereus gounellei) Xiq Jurema-preta (Mimosa tenuiflora) Jup Pinho manso( Jatropha curcas) Pim Flor de seda(Calotropis procera)) Fls Carnaba(Copernicia prunifera) Car Mamo(Carica papaya) Imburana de Cambo (Bursera leptophloeos) Favela (Cnidoscolus philacantus) Marmeleiro(Croton sonderianus)

    Mam Imb Fav

    Mar

    3.4 A matria orgnica do solo foi determinada pelo mtodo volumtrico de

    Walkley- Black

    1. Com o auxlio de um cachimbo foi medido 1,0 cm de terra e colocado em

    erlenmeyer de 250 ml. Paralelamente realizou-se uma prova em branco completa,

    sem terra.

    2. Adicionou-se ao erlenmeyer 10,0 ml da soluo de dicromato de potssio

    0,167 mol L- e, rapidamente, 20 ml de cido sulfrico concentrado. O contedo foi

    agitado manualmente por um minuto e deixado para resfriar por trinta minutos,

    conforme figura 7:

  • 18

    Figura 7: Adio do cido sulfrico junto ao dicromato de potssio

    3. Adicionou-se 200 ml de gua destilada e em seguida procedeu-se a

    filtrao da soluo com papel filtro resistente ao cido (Whatman 540 ou similar),

    para um erlenmeyer de 500 ml. Conforme figura 08:

    Figura 8: Processo de filtrao da soluo

    4. Acrescentou-se 10 ml de H3PO4 (cido fosfrico) concentrado e 03 a 06

    gotas de soluo difenilamina. Em seguida procedeu-se a titulao com a soluo

    sulfato ferroso amoniacal at a viragem azul para verde. Foi feita a titulao de uma

    prova em branco que serve para determinar a concentrao exata de soluo de

    sulfato ferroso amoniacal.

  • 4 RESULTADOS E DISCUSSO

    4.1 Fertilidade

    Com relao fertilidade, de acordo com os dados expostos na tabela 9,

    observou-se em apenas 2 reas (A2 e A10), teores mdios de fsforo. Nas demais

    reas os teores de fsforo apresentam-se altos.

    Tabela 9: Atributos Qumicos do solo da fazenda Afluente do Quipau

    Atributos Qumicos

    rea pH P Ca Mg K Na H+Al T V

    CaCl2 0,01M g/cm cmolc dm-3 %

    01 5,96 56,1 2,8 2,2 0,32 1,89 0,9 8,1 88,9 02 5,88 14,3 6,2 3,8 0,92 3,06 1,4 15,4 90,9 03 5,83 27,1 4,2 3,6 O,68 2,58 1,2 12,3 90,2 04 5,53 70,0 4 2,6 0,45 2,30 1,3 10,6 87,8 05 6,41 86,7 5 3,2 0,83 3,17 0,9 13,1 93,1 06 6,45 83,0 4,8 3,2 0,27 3,42 0,9 12,6 92,9 07 6,53 79,3 5,2 4 0,22 2,98 1 13,4 92,5 08 6,12 135,5 6 4,4 0,69 3,21 1,1 15,4 92,9 09 6,01 108,9 8 6 0,50 2,53 1,1 18,1 93,9 10 5,74 12,2 4,6 2 0,60 2,43 1,3 10,9 88,1

    O pH do solo variou de 5,53 a 6,53, ou seja, alguns solos apresentam acidez

    leve e outros apresentam valores de pH dentro da faixa indicada para o cultivo da

    maioria das culturas agrcolas.

    No tocante a saturao em bases, observa-se atravs da tabela 9 que todos

    os solos apresentaram saturao de bases superior a 87%, ou seja, so eutrficos.

    4.2 Matria orgnica do Solo

    (Lyon et at.,1950),citado por Miasaka e Okamoto, consideram um solo frtil

    quando este apresenta, em termos volumtricos, 25% de gua, 25% de ar, 45% de

    slidos e 5% de matria orgnica.

    De acordo com os dados expostos da tabela (10), nota-se os baixos valores

    de matria orgnica, sendo expressivamente mais baixo o valor da rea 1(A1), que

    antes era utilizada como pista de vaquejada, por no haver cobertura do solo, em

  • 20

    razo disto no h ciclagem de nutrientes, e decomposio de matria orgnica.

    Nas reas 8(A8) e 9(A9), os teores de matria orgnica so mais altos, devido

    provavelmente utilizao da rea, com culturas anuais, com uma maior cobertura

    do solo com o material morto, incorporando ao solo a matria orgnica, e esta

    desempenha um papel importante nas propriedades qumicas, fsicas e biolgicas

    do solo.

    De acordo com a recomendao de adubao e calagem para o Estado de

    Cear (1993), os nveis de matria orgnica foram classificados em: 0-1,5% baixo,

    1,6- 3,0% mdio e > 3,0% alto. Portanto pode-se observar que a fazenda Afluente do

    Quipau apresenta em sua maioria valores mdios de matria orgnica, de acordo

    com a figura 10.

    Figura 10. Nveis de Matria Orgnica encontrados nos solos da fazenda Afluente do

    Quipau

    4.3 Textura

    De acordo com a anlise de solo, verificou-se que houve a predominncia da

    classe textural Franco arenoso. Essa classe foi encontrada na reas (A2, A3, A4,

    A5, A7 e A10), conforme a tabela 10.

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10

    (%)

    Matria Orgnica

  • 21

    Tabela 10: Atributos Fsicos do Solo da Fazenda Afluente do Quipau.

    No IDENT. GRANULOMETRIA CLASS. TEXTURAL C.C. P.M.P. DENSIDADE

    rea AREIA SILTE ARGILA USDA %

    GLOBAL PARTCULA

    g.kg-1 g/cm3

    A 1 880 60 60 Areia 10,02 4,55 1,59 2,56 A 2 540 300 160 Franco arenoso 15,21 6,92 1,48 2,22 A 3 580 300 120 Franco arenoso 15,45 7,02 1,51 2,33 A 4 540 360 100 Franco arenoso 15,07 6,85 1,54 2,56 A 5 600 320 80 Franco arenoso 17,38 7,90 1,43 2,50 A 6 780 140 80 Areia franca 17,62 8,01 1,49 2,70 A 7 660 240 100 Franco arenoso 16,44 7,47 1,36 2,50 A 8 440 460 100 Franco 24,09 10,95 1,39 2,44 A 9 340 500 160 Franco 23,04 10,47 1,46 2,50

    A 10 540 300 160 Franco arenoso 14,48 6,58 1,48 2,56

    4.4 Capacidade de uso da terra: definio das Frmulas Mnimas Obrigatrias.

    Para notao das caractersticas encontradas em cada rea, usou-se uma

    srie de smbolos j descritos em Material e Mtodos, ordenados de maneira

    convencional, formando uma frmula mnima obrigatria. A discusso dos dados

    ser feita por rea escolhida na propriedade.

    4.4.1 rea com pista de vaquejada (A1)

    Com relao profundidade efetiva, o solo da rea foi classificado como,

    muito profundo (>2,0m), textura mdia tanto na camada superficial (0-10cm), como

    na camada sub superficial (10-20cm) e permeabilidade rpida visto que o solo de

    textura mdia. No tocante a classe de declividade, observou-se que a rea

    apresentava menos de 2% de declive, sem apresentar sintomas de eroso.

    O ndice de fertilidade da rea foi classificado quanto ao grau de limitao em

    muito baixo, cujo valor do pH foi de 5,96. A rea no apresentou fatores limitantes

    ao desenvolvimento de alguma cultura, isto , sem pedregosidade e risco de

    inundao.

    Atualmente na rea, feito o cultivo de nim e craibeira.De acordo com essas

    informaes, a frmula mnima obrigatria de capacidade de uso da rea 1 (A1), a

    seguinte:

  • 22

    4.4.2 rea Com Plantios de Espcies Arbreas (A2)

    Quanto profundidade efetiva do solo foi classificada como moderadamente

    profundo, atingindo 90cm de profundidade. A textura foi classificada como mdia nas

    camadas superficial e sub superficial, com permeabilidade rpida nas camadas

    superficial e sub superficial. Em relao classe de declividade, a rea apresentava

    uma declividade entre 3 a 8% onde segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e

    Abastecimento de Santa Catarina (1991) apresentava um relevo suave ondulado.

    A presena de pedregosidade foi uma caracterstica dessa rea, sendo

    classificada como pedras abundantes (PRADO, 1995), sendo o risco de inundao

    classificado como curtas e ocasionais, tambm de acordo com o supracitado autor.

    O ndice de fertilidade da rea foi classificado quanto ao grau de limitao em

    muito baixo, cujo valor do pH foi de 5,88.

    Quanto ao uso atual na rea foi observada a presena de plantios de

    espcies arbreas nativas e exticas, como nim, azeitona, catingueira craibeira, pau

    ferro, com cerca de trs anos de idade. Diante do exposto, a frmula mnima

    obrigatria dessa rea foi assim elaborada:

    4.4.3 rea com Cactceas (A3)

    Quanto profundidade efetiva do solo, esta foi classificada como

    moderadamente profunda, atingindo uma profundidade de 75 cm. A textura foi

    classificada como mdia nas camadas superficial sub superficial, sua

    permeabilidade fo rpida tanto na camada superficial como na sub superficial.

    De acordo com as classes de declividade da rea, esta apresenta uma

    declividade entre 5 e 10%, que corresponde a um relevo suave ondulado de acordo

    com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de santa Catarina

    (1991). Quanto suscetibilidade eroso, esta foi classificada em ligeiro de acordo

    com o grau de limitao, com a perda do horizonte A < 25%.

  • 23

    Em relao pedregosidade, essa rea foi classificada com pedras

    extremamente abundantes (Prado 1995), o risco de inundao, foi classificado como

    curtos e ocasionais, de acordo com o supracitado autor.

    O ndice de fertilidade da rea quanto ao grau de limitao foi classificado em

    muito baixo, cujo valor de pH foi de 5,83. Quanto ao uso atual, esta rea apresenta

    predominncia de espcies como cactceas, jurema preta e juazeiro.

    Diante destas informaes, a frmula mnima dessa rea a seguinte:

    4.4.4 rea Com Presena de Voorocas (A4)

    De acordo com a profundidade efetiva do solo, esta foi classificada como

    raso, atingindo uma profundidade menor 0,25m. A textura foi classificada como

    mdia nas camadas superficial e sub superficial. A permeabilidade foi rpida nas

    duas camadas.

    Quanto a classe de declividades, a rea apresentava uma declividade entre

    10 e 15%, sendo classificada como ondulado, segundo a Secretaria de estado da

    Agricultura e abastecimento de Santa Catarina (1991). Em relao a suscetibilidade

    eroso, esta foi classificada em moderado, j que apresenta uma perda do

    horizonte A entre 25 a 75%.

    A presena de pedras foi uma caracterstica dessa rea, sendo classificada

    como pedras extremamente abundantes (Prado,1995), quanto ao risco de

    inundao, essa foi classificada como curtas e ocasionais, de acordo com o autor

    supracitado.

    O ndice de fertilidade da rea foi classificado quanto ao grau de limitao em

    baixo, cujo valor do pH foi de 5,53. Quanto ao uso atual na rea foi observada a

    presena predominante de espcies como jurema-preta e pinho manso, surgidas

    espontaneamente.

    Diante do exposto, a frmula mnima da rea (A4) foi assim definida.

  • 24

    4.4.5 rea de Bosque de Algaroba (A5)

    A profundidade efetiva do solo dessa rea mostrou-se profundo (1,0 a 2,0m),

    textura mdia nas camadas superficial e sub superficial, a permeabilidade rpida nas

    camadas superficial e sub superficial.

    Em relao classe de declividade, observou-se que a rea apresentava um

    declive de 8 a 10%, sendo classificado como relevo ondulado, com, com a presena

    de sulcos ocasionais. Quanto classificao do grau de limitao, este foi moderado

    apresentando uma perda de horizonte A entre 25 a 75%.

    No entanto, nesta rea no h pedregosidade, quanto ao risco de inundao,

    esta foi classificada como curtos e ocasionais, de acordo com a Secretaria de

    Estado da Agricultura e Abastecimento de Santa Catarina (1991). O ndice de

    fertilidade da rea, quanto ao grau de limitao foi classificado em muito baixo, cujo

    valor do pH foi de 6,41.

    Quanto ao uso atual na rea, esta apresenta um povoamento de espcie de

    algaroba. Diante disto, a frmula mnima da rea (A4), foi assim definida.

    4.4.6 rea Prxima a Uma Barragem (A6)

    Quanto profundidade efetiva do solo, o solo dessa rea foi classificada

    como muito profundo, atingindo uma profundidade maior que 2,0 m , textura arenosa

    nas camadas superficial e sub superficial, permeabilidade rpida nas camadas

    superficial e sub superficial.

    Em relao classe de declive, observou-se que rea apresentava um

    declive inferior a 2%, sendo classificado como plano, com a presena de sulcos.

    Quanto as classes de degradao (sulcos e voorocas), o solo desta rea foi

    classificada de acordo com o grau de limitao em moderada, apresentando uma

    perda de horizonte entre 25 a 75%.

    Vale ressaltar que nesta rea no h pedregosidade, e quanto ao risco de

    inundao, este foi classificado como curtos e ocasionais, de acordo com a

    Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina (1991). O ndice de fertilidade

  • 25

    da rea de acordo com o grau de limitao foi classificado em muito baixo, cujo valor

    do pH foi de 6,45.

    Quanto ao uso atual na rea, esta apresenta espcies como pinho manso,

    flor de seda, carnaba, algaroba, xique-xique, jurema preta e flor de seda. Diante

    destas informaes, a frmula mnima obrigatria da rea (A6), foi assim definida.

    4.4.7 rea Com Plantio de Banana e Mamo (A7)

    De acordo com a profundidade efetiva do solo, esta foi classificada como

    profunda, atingindo uma profundidade de 1,0 a 2,0 m. Textura mdia nas camadas

    superficial e sub superficial, proporcionando uma permeabilidade rpida nas duas

    camadas.

    Quanto classe de declividades, a rea apresentou uma declividade inferior a

    2%, sendo classificada como plano, apresentando ausncia do processo erosivo.

    Em relao classe de pedregosidade apresenta poucas pedras. Quanto ao risco

    de inundao, esta apresenta-se como mdias e ocasionais, por tratar-se de uma

    rea localizada em um baixio. O ndice de fertilidade da rea foi classificado quanto

    ao grau de limitao em muito baixo, cujo valor do pH foi de 6,53.

    Quanto ao uso atual da rea, esta utilizada para plantio de banana e

    mamo. A partir do exposto foi definida a frmula mnima obrigatria da rea (A4),

    que a seguinte:

    4.4.8 rea Com Plantio de Feijo (A8)

    A profundidade efetiva do solo foi classificada como profunda, pois sua

    profundidade atingiu de 1,0 a 2,0 m. Apresenta textura mdia nas camadas

    superficial e sub superficial. A permeabilidade foi rpida nas duas camadas acima

    citadas.

  • 26

    Quanto classe de declividades, a rea apresentava uma declividade inferior

    a 2%, sendo classificado como relevo plano. Em relao suscetibilidade a eroso,

    nesta rea no h indcios de processos erosivos, de acordo com a classificao o

    grau de limitao nulo.

    H ausncia de pedregosidade, quanto ao risco de inundao foi classificado

    como mdio e ocasional. O ndice de fertilidade da rea de acordo com o grau de

    limitao foi classificado como baixo, apresentando um pH e 6,12.Quanto ao uso

    atual, esta rea utilizada para plantio de feijo.

    Diante destas informaes, a frmula mnima obrigatria da rea (A8), foi

    assim definida:

    4.4.9 rea Com Plantio de Milho (A9)

    Quanto profundidade efetiva do solo esta rea classifica-se em profundo,

    pois sua profundidade atingiu de 1,0 a 2,0 m, com textura mdia nas camadas

    superficial e sub superficial. A permeabilidade foi rpida tanto na camada superficial

    quanto na camada sub superficial.

    Quanto classe de declividade, observou-se que a rea apresentava menos

    de 2% de declive , sem apresentar sintomas de eroso.

    rea com ausncia de pedregosidade, quanto ao risco de inundao esta foi

    classificada como mdia e ocasional. O ndice de fertilidade foi classificado quanto

    ao grau de limitao em baixo, cujo valor do pH de 6,01. Em relao ao uso atual

    da rea, esta utilizada para plantio de milho.

    De acordo com essas informaes a frmula mnima obrigatria da rea (A9)

    foi assim definida.

  • 27

    4.4.10 rea Com Espcies Arbreas Preservadas (A10)

    A profundidade efetiva do solo apresenta-se como moderadamente profundo,

    atingindo uma profundidade de 0,90m. A textura foi classificada como mdia nas

    camadas superficial e sub superficial. A permeabilidade foi rpida nas duas

    camadas, acima citadas. Quanto a classe de declividade, a rea apresentava uma

    declividade maior que 20%, em relao a suscetibilidade eroso, esta rea foi

    classificada de acordo com o grau de limitao como forte.

    A presena de pedras foi uma caracterstica dessa rea, sendo classificada

    como pedras extremamente abundantes; quanto ao risco de inundao, este foi

    classificado como curtos e ocasionais. O ndice de fertilidade da rea foi classificado

    de acordo com o grau de limitao em muito baixo,cujo valor do pH 5,74. Quanto

    ao uso atual na rea foi observada a presena de espcies nativas como xique-

    xique, catingueira, jurema, imburana, pinho, marmeleiro e favela.

    De acordo com as informaes da rea 10 (A10), definiu-se a seguinte

    frmula mnima obrigatria.

  • 5 CONCLUSO

    Teores elevados de P foram encontrados na maioria das reas estudadas que

    tambm apresentaram pH ideal para a maioria das culturas e um carter eutrfico;

    As reas 1 e 6 foram as que apresentaram maior profundidade podendo ser

    utilizada para o desenvolvimento de vegetais;

    A maior declividade foi registrada na rea 10, indicando que esta rea deve

    ser preservada com sua vegetao natural de modo a impedir ou minimizar o efeito

    dos processos erosivos;

    A retirada de vegetao nativa aliada a declividade elevada contribui para

    intensificar os processos erosivos, favorecendo o surgimento de voorocas,

    principalmente nas reas 4 e 10;

    A presena de espcies nativas como cactceas, juazeiro e jurema na rea 3,

    contribuiu para que esse solo apresentasse uma profundidade moderada;

    Nas reas planas verificou-se que utilizada para plantios de espcies

    arbreas (A1), frutferas (A7) e culturas anuais (A8 e A9), indicando que a seleo

    das reas para serem exploradas so baseadas, principalmente na declividade;

    As reas de maior declividade so as que apresentam maior limitao para

    explorao agrcola, devido a presena marcante de processos erosivos

    (voorocas), indicando a necessidade de implantao de um projeto de recuperao

    nessas reas.

  • 6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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