Módulo suplementar - leitura e interpretação de projetos 77p

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MESTRE DE OBRAS MÓDULO LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS

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MESTRE DE OBRAS MÓDULO

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS

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Diretor de Operações:

Adoniram Mendes

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Apresentação

A sociedade moderna, seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançará novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das formas é acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafiadores de conhecimento.

É sobre esse trilho que está direcionada a bússola estratégica de nossa empresa, a Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. A nossa missão é “Contribuir na Formação de Profissionais Qualificados para o Mercado de Trabalho”, gostaria de ressaltar que para nós será motivo de imensa alegria, contribuir com a sua qualificação profissional.

A Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda - Departamento de Ensino, direciona suas ações ao suporte técnico e mercadológico com intuito de colaborar com o desenvolvimento de novos profissionais.

Qualificação da mão de obra na construção civil A mão-de-obra é o fator mais importante em qualquer obra da construção civil, pois representa grande porcentagem do custo total, além de ser composta de pessoas que têm diversos tipos de necessidades a serem supridas. Cursos de aprendizagem, relacionamento e auto-estima, demonstrando como esses fatores podem influenciar na produtividade. Diversos estudos sobre o assunto apontam diretamente para a necessidade da qualificação da mão-de-obra devido ao grande índice de desperdícios de material, atraso no cronograma da obra e serviços de má qualidade. Para que isso não ocorra, são várias as formas que uma empresa tem de investir em seus funcionários. Uma delas é oferecendo-lhes cursos de capacitação e qualificação. O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos Data Corporation elaborado através dos profissionais especializados.

Adoniram Mendes Diretor de Operações.

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Sumário

Apresentação ............................................................................ 3

Qualificação da mão de obra na construção civil ................. 3

Leitura e Interpretação de Projetos ........................................ 6

Conceitos Fundamentais ......................................................... 7

Projeto Arquitetônico ............................................................. 11

Planta de Situação e Localização ..................................................................... 11

Planta Baixa ...................................................................................................... 14

Cortes ............................................................................................................... 17

Fachadas .......................................................................................................... 20

Planta de Telhado ............................................................................................. 21

Detalhes ............................................................................................................ 24

Perspectivas...................................................................................................... 24

Escadas ............................................................................................................ 25

Projetos Estruturais ............................................................... 29

Projeto de Sondagem do Terreno ..................................................................... 30

Solução em Blocos ........................................................................................... 34

Solução em Baldrame ....................................................................................... 35

Solução Radier .................................................................................................. 36

Projeto de Detalhamento de Sapata ................................................................. 37

Projeto de Detalhamento de Pilares .................................................................. 38

Projeto de Detalhamento de Lajes .................................................................... 39

Projeto de Detalhamento de Vigas .................................................................... 41

Projetos de Estruturas Metálicas .......................................... 42

Projetos de Instalações Elétricas ......................................... 47

Simbologia ........................................................................................................ 47

Etapas do Projeto .............................................................................................. 53

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Legendas de um Projeto Elétrico ...................................................................... 53

Diagrama em Planta ......................................................................................... 54

Subestação ....................................................................................................... 59

Projetos de Instalações Hidrossanitário .............................. 62

Etapas do Projeto .............................................................................................. 62

Elementos do Desenho ..................................................................................... 63

Projetos de Climatização ....................................................... 68

Exemplo de Projeto ........................................................................................... 68

Bibliografia .............................................................................. 75

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Leitura e Interpretação de Projetos

Introdução

Os profissionais da área da construção civil, constantemente deparam-se com

projetos executivos: elétricos, hidráulicos, arquitetônicos, estruturais etc. Contudo, nem

todos se encontram aptos a interpretar corretamente as informações ali contidas.

Diante do crescimento da necessidade de profissionais qualificados para atender a

demanda de mercado, estamos introduzindo na grade de cursos de Mestre de Obras,

este curso que busca sanar as principais dúvidas dos profissionais, quanto à leitura e

interpretação dos projetos.

Não pretendemos ensinar os profissionais como projetar, pois essa possibilidade

requer uma base de conteúdos mais sólida e um curso de maior carga horária,

entretanto pretendemos que ao final do curso o profissional seja capaz de entender as

informações contidas no projeto e aplicá-las corretamente durante o processo de

execução.

Objetivos

Capacitar o profissional para:

1. Interpretar corretamente as informações contidas em um projeto executivo.

2. Ser capaz de: a partir da leitura correta do projeto, executar com eficiência o que está

projetado.

3. Reconhecer a importância de se cumprir fielmente cada etapa de um projeto.

Para tanto estaremos utilizando um projeto simples de uma pequena residência, que

será a nossa referência do curso.

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Conceitos Fundamentais

Escala

Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real, ou seja, é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto.

Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1:500 ou 1:1000. Para projeto pequeno desenhado na escala de 1:100 (ou 1/100) talvez possa utilizar uma prancha A4 ou A3.

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da indicação da relação:

ESCALA 1:1, para escala natural;

ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);

ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral.

Seja: ND

dE

1

Onde,

E = é a escala;

d = distância medida no desenho;

D = distância real (do objeto, peça, estrutura, etc.).

N = é o módulo da escala.

Uma escala de 1:500 informa que, o comprimento de um segmento representado em uma planta, equivale a quinhentas vezes este comprimento no campo.

Exemplos:

1m em planta representa uma linha de 500m no terreno.

mmDD

mEscala 5005001

500

11

10 cm em planta representam uma linha de 5.000cm (= 50m) no terreno.

mcmcmD

D

cmEscala 50500050010

500

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Escalas Recomendadas

Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;

Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos;

Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;

Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra;

Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes;

Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra; escala 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia;

Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento.

Escalímetro

É um instrumento na forma de um prisma

triangular que possui 6 réguas com diferentes

escalas. É utilizado para medir e conceber

desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.

Se, por exemplo, for usar a escala 1:100

significa dizer que cada medida representa uma

100x maior na medida real, ou seja: 4 cm são, na

escala real, 400 cm (4x100) ou 4 m.

Na escala 1:75 cada medida representa uma

75x maior na medida real, ou seja: 4 cm são na

escala real 300 cm (4x75) ou 3 m.

Na dúvida, para representar uma medida de 4 m:

Com o escalímetro basta pegar a face com a escala desejada e marcar 4;

Sem o escalímetro, faça a regra de 3:

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1:100 - 1 está para 100, então x estará para 400, x=4

1:75 - 1 está para 75, então x estará para 400, x=5,3

Exemplos de escalas:

Escala 1:100 (1cm no desenho representa 1m real).

Escala 1:50 (2cm no desenho representa 1m real).

Escala 1:20 (5cm no desenho representa 1m real).

Traços

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e

devem possuir contraste uns com os outros. Esses traços possuem espessuras para

cada tipo de utilização (não vai ser objeto de estudo nosso, pois só serve para o

desenhista), além de seus tipos que podem ser:

• Traço contínuo: São as linhas comuns, utilizadas na grande maioria do desenho e

também podem possuir espessuras diferentes para cada representação.

Ex: ________________________________________________________

• Traço Interrompido: Representa um elemento de desenho “invisível” (ou seja, que

esteja além do plano de corte).

Ex: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

• Traço Ponto: Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de

corte.

Ex: __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _

Linha de Cota

Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento,

através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.

Elementos gráficos para representação de cotas

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Normas

Principais normas envolvidas nesta documentação:

NBR-10647 – Norma Geral; NBR-8196 – Escalas; NBR-8402 – Escrita; NBR-8403

– Tipos de linha; NBR-10068 – Folhas de Desenho; NBR-10126 – Cotagem;

NBR-13142 – Dobramento de cópias.

Formato do papel

O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de 841 mm (x) por 1189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se

os demais formatos na relação 2 xy .

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Projeto Arquitetônico

É o projeto onde serão definidas as dimensões dos ambientes, como serão

distribuídos, os aspectos visuais e estéticos da edificação. A partir dele serão elaborados

os projetos de estruturas, instalações elétricas e hidráulicas, entre outros.

É um projeto fundamental para o andamento da obra, pois os proprietários e os

profissionais terão informações claras e precisas das medidas e dos detalhes da futura

edificação. Ele é formado por vários desenhos (plantas), como:

Planta de Situação e Localização

Planta Baixa

Cortes

Fachadas

Planta de Telhado

Detalhes

Perspectivas

Escadas

Planta de Situação e Localização

Para locar uma obra é necessário representar o local exato onde ela ocupará no

lote, bem como a representação do lote dentro da quadra.

Planta de Situação

Vista ortográfica superior esquemática com abrangência de toda a zona que

envolve o terreno onde será edificada a construção projetada, com a finalidade

de identificar o formato, as dimensões do lote e a amarração deste no quarteirão

em que se localiza.

Informações:

i. Orientação geográfica (norte);

ii. Dimensões lineares e angulares do lote ou gleba (cotas do terreno);

iii. Distância à esquina mais conveniente (zona urbana);

iv. Nome dos logradouros (zona urbana);

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v. Nome dos acessos e elementos topográficos (zona rural);

vi. Distância a um acesso principal – rodovia estadual, municipal ou

federal (zona rural);

vii. Dimensões dos passeios e ruas (zona urbana).

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Planta de Localização

Representação da vista ortográfica superior esquemática, abrangendo o terreno e o

seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da

construção dentro do terreno para o qual está projetada.

Informações:

i. Cotas totais do terreno;

ii. Cotas parciais e totais da edificação;

iii. Cotas angulares da construção (diferentes de 90º);

iv. Cotas de beirais;

v. Cotas de posicionamento da construção (recuos);

vi. Cotas das calçadas;

vii. Identificação do alinhamento predial e meio-fio.

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Planta Baixa

É o nome que se dá ao desenho de uma construção feito, em geral, a partir do

corte horizontal à altura de 1,5m a partir da base.

Nela devem estar detalhadas em escala as medidas das paredes (comprimento e

espessura), portas, janelas, o nome de cada ambiente e seu respectivo nível. A partir da

planta baixa são feitos os lançamentos dos demais projetos complementares de

instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate a

incêndio, etc, assim como cálculo estrutural e de fundações de uma obra.

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EXEMPLO DE PLANTA BAIXA - APARTAMENTO

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Cortes

Onde podemos retirar dúvidas de pontos onde normalmente não teríamos acesso

por conta de paredes ou objetos. Esses cortes podem ser longitudinal e transversal, ou

seja, em duas direções.

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Fachadas

Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de

arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano

vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal,

posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação,

elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como

antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de

janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de

fora da edificação.

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Planta de Telhado

É a representação ortográfica da vista principal superior de uma edificação,

acrescida de informações desta edificação.

A finalidade da planta de cobertura é a representação de todos os elementos do

telhado, ou a ele vinculados, do ponto de vista externo.

O desenho da Planta de Cobertura apresenta algumas informações:

a) elementos reais:

- desenho do polígono da cobertura e/ou beiral;

- linhas do telhado;

- elementos do telhado (chaminés, reservatórios...)

- contorno da construção (linha tracejada);

- delimitação do terreno;

- elementos da rede pluvial (calhas, condutores, caixas, canalizações...)

b) informações:

- cotas da cobertura;

- cotas de beirais e/ou similares;

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- setas de indicação do sentido de escoamento das águas dos telhados, terraços, calhas

e canalizações;

- dimensões dos elementos do telhado;

- cotas de posição de elementos do telhado;

- dimensionamento da rede pluvial (diâmetros, declividades, dimensões gerais..)

- tipos de telhado quanto ao material;

- inclinação ou declividade das águas do telhado;

- outras informações de interesse da cobertura.

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Detalhes

Desenhos de partes ou áreas menores que não são visualizadas nos projetos

anteriores. Exemplo: detalhes de caixilhos de uma janela.

Perspectivas

É um desenho ilustrativo que mostra o objeto como seria apresentado aos olhos do

cliente.

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Escadas

As escadas são construções destinadas a permitir a comunicação fácil entre dois

ou mais pisos situados em níveis diferentes. A existência de elevador em um edifício não

dispensa a construção de uma escada. Elas são formadas por uma série de pequenos

planos horizontais, dispostos a uma pequena diferença de nível uns dos outros e de

modo a permitir que o homem vença-os com facilidade.

Esses pequenos planos horizontais são denominados pisos. O plano vertical que

liga dois pisos consecutivos chama-se espelhos e ao conjunto formado pelo piso e pelo

espelho dá-se a denominação de degrau. O piso às vezes avança sobre o espelho

formando o que chamamos de bocel (nariz).

As escadas ainda deverão ser dispostas, de tal forma que assegurem a passagem

com altura livre de igual ou superior a 2,00 m.

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Escada com guarda-corpo contínuo

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Escada com guarda-corpo vazado

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Escadas retas

São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas.

Escadas curvas

São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular.

Encontram – se também elípticas, helicoidais, em leques e outras

Largura das escadas

A largura das escadas depende da importância e finalidade do edifício. As normas

estabelecem que a largura mínima seja de 80cm para uso residencial unifamiliar; e de

1,20m para uso coletivo. Veja abaixo um exemplo de ocupação (fila) de uma escada.

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Projetos Estruturais

O Projeto Estrutural, também chamado de Cálculo Estrutural é o dimensionamento

das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação,

transmitindo as suas cargas ao terreno. Esse projeto é de fundamental importância, pois

é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos.

Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa

custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito

equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças

sejam consideradas seguras e, conseqüentemente, toda a obra.

Para elaboração do Projeto Estrutural será necessário, além do Projeto

Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado

por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível

zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à

compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das

fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de

segurança, resistências do solo inferiores, aumentando conseqüentemente as bases das

fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o Laudo de Sondagem é

indispensável.

Projeto de Sondagem do Terreno

SAPATAS

PILARES

LAJE

VIGAS

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Solução em Blocos

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Solução em Baldrame

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Solução em Radier

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Projeto de Detalhamento de Sapata

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Projeto de Detalhamento de Pilares

A figura abaixo ilustra a forma que deve ser apresentado o detalhamento de um

trecho de pilar, compreendido entre dois pavimentos consecutivos.

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Projeto de Detalhamento de Lajes

O detalhamento das armaduras das lajes é realizado em planta, utilizando como

base a planta de formas da estrutura do pavimento. Na planta de armadura de lajes

devem ser desenhadas apenas as barras representativas da armadura de cada laje nas

duas direções, com indicação do número de barras destinadas àquela laje, diâmetro,

espaçamento entre barras e comprimento unitário. O desenho deve indicar as

armaduras positivas (junto à face inferior) e negativas (junto à face superior), no entanto,

quando houver superposição de armaduras que dificulte a interpretação deve-se realizar

o detalhamento dessas armaduras em plantas diferentes. Costuma-se representar as

barras da armadura positiva com linhas cheias e as da negativa com linhas tracejadas

de modo a facilitar a visualização do detalhamento. Por último, na planta de

detalhamento das armaduras devem constar: a resistência característica do concreto, fck

,

o tipo de aço (CA 60 e/ou CA 50), os quadros com discriminação das barras e resumo

do aço (quantitativos), e o cobrimento a ser adotado na execução do projeto.

Armadura inferior (positiva):

A Figura A mostra o detalhamento típico de armaduras positivas em lajes.

A Figura B exemplifica o detalhamento com ferros contra-fiados

Figura A Figura B

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Armadura superior (negativa):

A figura abaixo mostra a armadura negativa entre lajes totalmente apoiadas (nos quatro

lados)

Armadura negativa em balanços:

Com continuidade: Nas lajes em balanço com continuidade as barras devem

ser estender na laje contígua 1,5 vezes o comprimento do balanço

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Projeto de Detalhamento de Vigas

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Projetos de Estruturas Metálicas

Estruturas metálicas, nada mais são, que vigas, pilares e treliças feitos a partir de

perfis metálicos ligados entre si. Alguns exemplos de estruturas metálicas são a Torre

Eifell (praticamente a torre inteira é uma treliça), a ponte Golden Gate em Nove York,

ginásios de esporte e galpões industriais, prédios de grandes alturas.

Segue abaixo figuras de Projetos com o uso de Estruturas Metálicas.

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Projetos de Instalações Elétricas

O Projeto de Instalações Elétricas deve ser elaborado por um engenheiro eletricista

e vem a ser o dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e

vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito

importante, pois uma instalação mal dimensionada e mal executada, apesar do emprego

de material de 1ª qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até

acidentes de grandes proporções como incêndios.

Simbologia

Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilar são definidos pela norma

NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de

planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus

respectivos aparelhos.

As tabelas a seguir mostram a simbologia do sistema unifilar para instalações

elétricas prediais (NBR5444).

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Etapas do Projeto

O Memorial de cálculos: contém todos os cálculos realizados no projeto de modo a

justificar as decisões tomadas.

Diagrama em planta: mostra fisicamente na instalação como se colocar interruptores,

tomadas, quadros de luz, condutores, eletrodutos, etc., de tal modo a permitir a

execução do projeto na obra civil.

O Diagrama trifilar: é um diagrama completo de ligação mostrando detalhadamente

todas as conexões a serem executadas pelo montador. Deve constar da alimentação

trifilar, chaves, proteções, barramentos, interruptores e tomadas.

O Diagrama unifilar: é a representação de um sistema elétrico por uma de suas fases.

Este diagrama dá uma ideia bastante clara da alimentação de energia elétrica de uma

instalação, de seus dispositivos de comando e proteção, bem como os valores

nominais de todos os equipamentos.

Diagrama de montagem: é utilizado na execução civil da instalação, sendo muito mais

claro, pois mostra os eletrodutos, as caixas de passagem, as bitolas dos eletrodutos e

a forma e o tamanho dessas caixas de passagem e derivações.

Lista de material: deve constar todos os materiais necessários à execução do projeto.

As quantidades e as unidades dos materiais também devem constar e, dependendo

da finalidade, também o preço unitário e total deve ser colocado.

Legendas de um projeto elétrico

As legendas são os símbolos que utilizamos para que se possa entender que tipos

de fiação estão utilizando em determinada área ou cômodo da edificação. Segue na

figura abaixo as legendas mais utilizadas no projeto elétrico, com seu respectivo

significado:

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Diagrama em planta

O diagrama de

passagem dos fios de

eletricidade é montado na

planta baixa da edificação,

a mesma feita no início do

projeto, pois como já

dissemos anteriormente, é a

partir dela que teremos os

outros projetos realizados.

Abaixo, segue o projeto

elétrico da casa de nosso

estudo:

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Circuitos de Tomadas de Uso Geral e de Iluminação

Na “planta baixa” correspondente, deverão ser lançados os pontos dos circuitos

elétricos, com as respectivas numerações – Luminárias, Tomadas de Uso Geral,

Tomadas de Uso Específico, Interruptores, etc.

Nos pontos das luminárias deverão ser escritos os valores das cargas nesses

pontos.

As Tomadas de Uso Geral de cargas maiores do que 100 VA e Tomadas de Uso

Específico, também deverão ser identificadas nelas o valor da carga em VA.

É importante também já definir os locais onde a iluminação terá interruptores

Simples, Duplos, Paralelos ou Intermediários, “Dimmers” etc.

A “planta baixa” com os pontos dos circuitos elétricos, com as respectivas

numerações - Luminárias, Tomadas de Uso Geral, Tomadas de Uso Específico,

Interruptores etc:

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Instalação de Eletrodutos

Após o lançamento dos pontos dos circuitos elétricos, devemos interligar estes

pontos de cada circuito através de eletrodutos, a partir do Quadro de Distribuição de

Circuitos – QDC.

Na “planta baixa” a seguir, está apresentado o traçado dos eletrodutos e

consequentemente, da fiação de cada circuito elétrico.

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Apresentação do Projeto Elétrico

O Projeto Elétrico

deverá ser

apresentado em

escala, contendo

todos os dados

necessários à

sua correta

execução:

Pontos de

Iluminação;

Interruptores

(diversos tipos);

Tomadas de Uso

Geral; Tomadas

de Uso

Específico; A

seção dos

condutores; O

diâmetro dos

eletrodutos;

QDC;

Identificação dos

Circuitos

Elétricos e dos

condutores etc;

Legenda,

identificando o

Projetista, etc.

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Subestação

Uma Subestação é uma

instalação elétrica de alta

potência, contendo

equipamentos para

transmissão, distribuição,

proteção e controle de energia

elétrica.

Funciona como ponto de

controle e transferência em um

sistema de transmissão

elétrica, direcionando e

controlando o fluxo energético,

transformando os níveis de

tensão e funcionando como

pontos de entrega para

consumidores industriais.

Apesar de mais baixa, a

tensão utilizada nas redes de

distribuição ainda não está

adequada para o consumo

residencial imediato. A

instalação de transformadores

menores, instalados nos postes

das ruas para reduzir ainda

mais a tensão que vai

diretamente para as

residências, comércios e outros

locais de consumo.

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Projetos de Instalações Hidrossanitário

O Projeto de Instalações Hidrosanitárias pode ser feito por um engenheiro civil ou

por um arquiteto e é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas

e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns

de pouca pressão de água em chuveiros e mal cheiro em ralos são oriundos da falta de

um bom Projeto Hidrossanitário.

É composto de: memorial descritivo e justificativo, memorial de cálculo, especificações

de materiais e equipamentos, desenhos, relação de materiais e equipamentos,

orçamentos, enfim, todos os detalhes necessários ao perfeito entendimento do projeto.

Neste caso iremos dar ênfase a interpretação do projeto, pois o objetivo é que o

profissional se torne hábil a retirar do projeto todas as informações necessárias para

uma boa execução.

Etapas do Projeto

a) O Memorial Descritivo: deve apresentar de forma clara e resumida a descrição geral

do projeto, as normas utilizadas durante a execução do mesmo, indicar particularidades

e prioridades de trechos para execução, também relacionar as descrições dos

desenhos.

b) O Memorial de Cálculo: deve apresentar os critérios e normas adotadas no cálculo

dos elementos do projeto. As prescrições específicas para cada projeto são obtidas junto

ao item dimensionamento.

c) Especificações de Materiais e Equipamentos: deve apresentar todas as

características dos serviços, materiais e equipamentos, não deixando nenhuma dúvida

quanto ao material a ser adquirido e utilizado. No caso de pequenas construções, muitas

vezes a escolha do material é por conta do instalador hidráulico que deverá sempre

utilizar marcas de qualidade, para sua segurança. Além disso, muitas vezes a lista de

material também deverá ser montada pelo instalador.

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d) Desenhos: devem seguir as normas brasileiras para desenho técnico. As plantas

baixas e cortes baseiam-se nas plantas do projeto arquitetônico e as perspectivas

isométricas e detalhes são próprias do projeto hidráulico.

Elementos do Desenho

Plantas de Esgoto Sanitário

A apresentação de uma planta de esgoto é feita geralmente em escala 1:20 ou 1:25,

onde podemos observar os detalhes das tubulações conforme figura abaixo.

Em casos de edifícios com vários andares costuma-se apresentar um corte para

demonstração das prumadas que são representadas por linhas e sem escala. Este corte

serve para verificar as alturas e os pontos de entrada em cada andar do prédio.

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Plantas de Água Fria e Quente

As plantas de água fria e quente são representadas por dois tipos básicos de

planta, que seriam:

a) Vista em elevação: É uma vista da parede onde está localizada a tubulação

hidráulica, no cômodo (banheiros, cozinhas e lavanderias) como exemplo, temos a figura

do banheiro de nossa casa. Também tem escala 1:20 ou 1:25.

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b) Plantas Isométricas: A planta isométrica é um tipo de planta em perspectiva, onde se

mostra toda a tubulação e onde se pode observar os pontos de saída d’água, assim

como facilita a visualização de todas as conexões existentes no projeto, para que se

possa fazer o levantamento da lista de material. Escala 1:20 ou 1:25.

Nota: Para que se diferencie a linha de água quente da linha de água fria, utiliza-se

a mudança de traço, onde é mais comum utilizar o traço interrompido como água quente

e traço contínuo para água fria.

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Podemos observar que em todas as plantas de hidráulica que vimos, temos

algumas siglas. Portanto segue abaixo uma legenda delas:

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Projeto de Climatização

Climatização é a definição dada ao processo de fazer com que um meio ambiente

qualquer permaneça numa faixa de temperatura simpática aos organismos biológicos

que se quer preservar.

Esse máximo é compreendido em função da quantidade relativa de água que tem

no ar e a temperatura transmitida no momento.

Esse tipo de climatização que fornece ao meio ambiente humidade e oxigenação,

atualmente é utilizada dentro de estufas agrícolas, granjas, e atualmente faz parte dos

sistemas de resfriamentos abertos em prédios cuja arquitetura é considerada,

inteligente.

Por usar o simples princípios copiados da natureza de evaporação da água, em

função de seu calor latente, estes sistemas consomem pouquíssima energia, a assim

são considerados sistemas que tendem a ser usados num futuro bem próximo.

O sistema de climatização de atomização e nebulização da água são de

resfriamento simples que fazem cair a temperatura cerca de 4 ou 5 graus, porém outros

sistemas de trocas de temperaturas como a criotecnia que tratam do meio ambiente, ou

sistemas de distilação que utilizam energia eletrica ou não, também fazem uso desse

recurso para o otimização de seu rendimento.

Exemplo de Projeto

Etapas do Projeto

z Levantamento de dados

z Realização de esboço

z Cálculo de carga térmica

z Escolha de equipamentos

z Escolha da distribuição de ar

z Projeto de dutos

z Escolha de acessórios - retorno, bocas de insuflamento, tomadas de ar externo, etc

z Memorial descritivo

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Princípios Básicos

z 1 TR = 3,517 kW

z 1 TR = 12000 Btu/h

z 1 kcal/h = 4 Btu/h

Avaliação Inicial

z Fazer esboço da obra

z Medir paredes, janelas, portas

z Contar equipamentos, verificar consumo

z Verificar tipo e número luminárias

z Observar orientação solar

z Proteção nas janelas

z Tipo de tijolo e de cobertura

Levantamento de Dados

z 2 pessoas por sala;

z 360 W iluminação fluorescente por

sala;

z 120 W de equipamentos / sala;

z cobertura de laje com telha de

barro arejado;

z janela de 1,60m x 2,00m;

z janela de 1,00mx2,00m;

z pé direito de 3,00m;

z paredes de 15cm;

z proteção externa.

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Estimativa de Carga Térmica

z Condução pelas paredes, vidros, cobertura e piso; calor latente e sensível pelas

pessoas; calor latente e sensível do ar externo; equipamentos; iluminação;

insolação solar.

Planilha de Cálculo

PLANILHA SIMPLIFICADA PARA CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA

1 JANELAS Fator¹ Área¹ Q (²) Fator² Fator³

1.1 Janela ao sol E ou O 520 353 109

1.2 Janela ao sol SE/ SO 354 245 86

1.3 Janela ao sol NE/ NO 415 284 94

1.4 Janelas ao sol N 223 160 67

1.5 Janelas a sombra 42 CROQUI

2 CONSTRUÇÃO Fator Área Q (²)

2.1 Parede mais insolada pesada (30 cm) 34

2.2 Parede mais insolada leve (15 cm) 43

2.3 Paredes pesadas (30 cm) 11

2.4 Paredes leves (15 cm) 18

2.5 Terraço s/ isolamento 83

2.6 Terraço c/ isolamento 25

2.7 Forro de telhado não arejado s/ isolamento 49

2.8 Forro de telhado não arejado c/ isolamento 9

2.9 Forro de telhado arejado s/ isolamento 20

2.10 Forro de telhado arejado c/ isolamento 5

2.11 Forro entre andares 9

2.12 Piso entre andares 12

2.13 Duto de insuflamento 56

3 ILUMINAÇÃO E EQUIPAMENTOS Fator Potencia³ Q (²)

3.1 Iluminação incandescente 0,86

3.2 Iluminação fluorescente 1,032

3.3 Equipamentos 0,86

4 ATIVIDADE Fator Pessoas Q (²) sensí vel Fator Q (²) latente

4.1 Trabalho Leve 62 127

4.2 Sentados 54 46

4.3 Trabalho de escritório 54 59

5 VENTILAÇÃO Fator Vazão* Q (²) sensí vel Fator Q (²) latente

5.1 Infiltração 2 6,2

5.2 Ventilação 2 6,2

Fator Área¹ Q (²)

5.4 Condutos de retorno 35

Qsensí vel Qlatente

CARGA TOTAL

Q (sensí vel+latente)

CARGA TÉRMICA DE REFRIGERAÇÃO [kcal/ h]

CARGA TERMICA DE REFRIGERACÁO [TR]

Obs.: Fator¹- Janelas s/ proteção Área¹ - [m²] Planilha válida para condições:

Fator²- Janelas c/ cortinas internas Q² - [kcal/ h] Interna: TBS = 25°C e UR = 50%

Fator ³ - Janelas c/ prot. externa Potencia³- [W ] Externa: TBS = 32°C e UR = 60%

Vazão* - [m³/ h]

O CÁLCULO É APENAS UMA ESTIMATIVA. OBSERVE QUE AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS VARIAM O TEMPO

TODO E PORTANTO TEREMOS O APARELHO SE ADAPTANDO A SITUAÇÃO DO AMBIENTE, LOGO NEM

SEMPRE PODEMOS CONTAR COM A CONDIÇÃO INTERNA CONFORME PRESCRITO NA NB10.

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Avaliação do Resultado

Critérios para Escolha do Sistema

z Flexibilidade;

z Qualidade do ar;

z Custo inicial;

z Custo de operação;

z Estética;

z Facilidade de manutenção;

z Eficiência energética;

z (E.E.R=Q/P) [(Btu/h)/W].

Equipamento Adotado

z Self-contained com condensação a ar acoplado de 5

TR - modelo BX 006 15399 kcal/h SPRINGER

z Vazão do aparelho de 3400 m3/h

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

CA

RG

A T

ER

MIC

A (T

R)

PARCELA

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA TÉRMICA

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Distribuição de Ar

z Esboço do traçado de dutos;

z Caixas de inspeção para limpeza;

z menor traçado;

z poucas curvas;

z distribuição uniforme;

z Tamanhos mínimos.

Casa de Máquina

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Esquema Elétrico

Memorial Descritivo

z Condições do projeto 25 graus C;

z dados da obra;

z descrição do projeto;

z desenhos;

z anexos;

z tabelas utilizadas.

Detalhes Comuns

A

B

C

D

VAZÃO= 2400m /h3

400m /h3

400m /h3

400m /h3

400m /h3

400m /h3

400m /h3

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Desenho do Sistema

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos

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Departamento de engenharia elétrica - Laboratório de instalações elétricas -

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CEFET-MT – MEC – MEMTEC –Centro Federal de Ensino Tecnológico de Mato

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos

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CEFET-MT – MEC – MEMTEC –Centro Federal de Ensino Tecnológico de Mato

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