MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista

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Entre os séculos V e XV, ou seja, entre a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 e a queda de Constantinopla, capital do Império Romano no Oriente, em 1453, é a chamada:

IDADE MÉDIA

ALTA IDADE MÉDIA- SÉC.

V A X

BAIXA IDADEMÉDIA- SÉC. XI A

XV

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À unidade política do mundo imperial romano sucedeu uma Europa dividida e instável onde coexistia uma multiplicidade de poderes:

REINOS E IMPÉRIOS COMUNA

SSENHORI

OS

CONDADOS E DUCADOS

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Para que um reino fosse estável deveria conjugar:

A identificação entre um rei, um território e seus habitantes, ou seja, deve ligações étnicas, históricas, culturais e políticas que unem as comunidades.

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Poderes do senhor:1- Económico (sobre as terras):

- arrendar as terras aos camponeses ( em troca de trabalho, dinheiro ou alimentos

Em troca o camponês tinha proteção e sustento, oferecendo para além do seu serviço, obediência e fidelidade.

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- Os camponeses livres ou colonos, que exploravam as terras arrendadas ficavam na dependência do senhor. Tinham que explorar a terra e deviam aos senhores determinadas obrigações:

– pagamento de rendas pelo aluguer das terras; – pagamento de peagens (tributo sobre o trânsito de mercadorias que passavam pelas terras do senhor); – pagamento da talha (para assegurar a proteção do senhor); – cumprimento de corveias (dias de trabalho gratuito na reserva do senhor); – cumprimento de banalidades (entrega de parte do produto obtido pela utilização do moinho, forno… do senhor).

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• 2. Poder político (sobre os homens): o clima de insegurança e a incapacidade dos reis assegurarem uma defesa eficaz levou as populações a procurarem proteção junto dos senhores; o rei aceitava que fossem os senhores a exercê-los. Este conjunto de poderes públicos/políticos recebeu o nome de (direito de ) ban ou bannus:Poder judicial: julgar, aplicar penas;Poder fiscal: cobrar impostos e outras taxas; Poder militar- recrutar homens para o seu exército;

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DUCADOS E CONDADOS• Os duques e condes constituíam os escalões

superiores da nobreza medieval;• Possuíam senhorios imensos, alargando-se com

generosas doações régias e uma hábil política de casamentos:

englobavam terras agrícolas e aldeias, numerosas vilas e até cidades

importantes.

Senhorios deste tipo encontravam-se por toda a europa, e como eram extremamente ricos e poderosos, estes grandes senhores chegavam a afrontar o poder do rei ou do imperador.

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Representação de uma praça medieval do séc. XII-XIII

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d) As Comunas• As cidades animadas pela paz e consequente prosperidade

económica e habitadas por homens ativos e com iniciativa, aceitam mal o domínio dos grandes senhores, reivindicando, assim a sua autonomia.

• Este movimento nasce assim no séc. XI no Norte de Itália, encabeçado pelos mercadores, grupo ativo, rico e influente, obrigando à união dos habitantes da cidade, selada por um juramento solene de entreajuda e lealdade: a comuna.

• Este movimento chega a cidades como Milão, Cambrai ou Colónia, sendo, portanto, mais visível na Itália e Alemanha, umas vezes de forma violenta outras de forma pacífica.

• A maior parte dos Burgos europeus, recebe a carta comunal, onde estavam garantidas as liberdades concedidas pelo senhor ou pelo rei à cidade.

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Representação dos grupos sociais da idade média, onde podemos ver o Rei, sentado e acompanhado por um membro do baixo clero e pelo Papa, pois a Igreja está intimamente ligada ao poder político do rei. Do lado oposto, poderemos ver dois membros da Nobreza e em maior número e abaixo destes grupos sociais, o povo que é constituído por camponeses, artesãos, artistas, como os bobos da corte, entre outros.

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1.2 A unidade na Crença• Apesar do seu fracionamento político, a Europa Ocidental

assumia-se como um conjunto unido pela mesma FÉ.

O PODER DE ROMA:O Papa Gregório VII (1075-1085) consolidou o poder da Igreja de Roma:• Roma é reconhecida como o centro do Cristianismo e o

chefe supremo o Papa;• Exerce o seu poder sobre todo o Ocidente;• Possui meios humanos e materiais bem organizados;• Rege-se por um código de leis próprias- DIREITO

CANÓNICO.

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CONCLUSÃO:

A Reforma empreendida por este papa moralizou os costumes e a atuação dos clérigos e proclamou a supremacia absoluta do papado.Após alguns diferendos com o poder político, acabou por sair reforçado, o prestígio da Igreja que, no século XIII, é sem dúvida a instituição mais poderosa e organizada do Ocidente.

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A CRISTANDADE OCIDENTAL FACE A BIZÂNCIO E AO ISLÃO:

Império Bizantino

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Contextualização:• Fundada por marinheiros gregos, em 657 a.C., chamava-se de Bizâncio. Dai o

nome Império Bizantino;• Transformada em capital do Império Romano em 330, pelo imperador

Constantino;• Durante a decadência do Império Romano, o imperador Constantino transferiu a

capital do Império para Bizâncio, cidade localizada na Anatólia. Mas logo o imperador modificando o nome da cidade para Constantinopla, numa homenagem a si próprio.

• Constantinopla tinha posição geográfica estratégica, sendo a principal rota comercial de sua época, chamada a Porta do Oriente. A cidade ficava onde hoje localiza-se a cidade turca de Istambul.

• Entre as cidades bizantinas se destacavam:

• Constantinopla• Alexandria• Antioquia• Nicéia• Estas cidades possuíam grande potencial agrícola e comercial. Também eram

importantes centros religiosos do cristianismo no Oriente.

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• Com a divisão do Império Romano (em 395), passou a ser a sede do Império Romano Oriental, que mais tarde se distinguiu do antigo Império e se tornaria o Império Bizantino;

• Desde 1453, quando conquistada pelos Turcos passou a se chamar de Istambul, na atual Turquia, dando início ao império Otomano.

• Situada em dois continentes, Europeu e Asiático.• Posição geograficamente favorável – localizada na

passagem do mar Egeu para o mar Negro, em uma verdadeira encruzilhada de importantes vias marítimas e terrestres.

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• Este império do Oriente considerava-se herdeiro direto do mundo romano, contudo a rivalidade entre os bispos de Roma e de Constantinopla sempre se fez sentir, discordando de alguns pormenores doutrinais, mas sobretudo porque o patriarca bizantino não aceitava a supremacia romana.

• Em 1504 dá-se a rutura definitiva e a Oriente passa a existir uma Igreja de língua grega apoiada pelo Império Bizantino, que se intitula Ortodoxa pois mantém –se fiel aos dogmas primitivos, usando a língua grego nas celebrações; a ocidente existe uma Igreja latina, sob a égide de Roma.

Surge assim uma grave cisão religiosa que agrava o fosso cultural e político entre as duas partes da

cristandade, que daí em diante se afrontam declaradamente.

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A cristandade ocidental face ao Islão:

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Movimento dos CRUZADOS:

“E nós, exultantes de alegria chegamos junto da entrada de Jerusalém na terça-feira (…) e sentimo-la. Roberto da Normandia sitiou-a do lado norte, perto da igreja do primeiro mártir, Santo Estêvão, no lugar onde foi lapidado em razão da sua fé a Cristo (…). Na sexta-feira, à primeira hora da manhã, iniciamos o assalto geral à cidade. Uma vez dentro, os nossos perseguiram os Sarracenos, tendo travado um furioso combate todo o dia, até ao ponto de tudo ficar inundado de sangue (…). Pouco tempo depois, já com a batalha ganha, os cruzados percorreram toda a cidade, saqueando as casas e roubando o ouro, a prata, os cavalos e as mulas.”

História anónima da Primeira Cruzada

• De acordo com S. Bernardo de Claraval, fundador da ordem de Cister, as cruzadas representavam para os Soldados de Cristo, o seguinte:

“Ela é verdadeiramente santa e segura essa cavalaria (…) desde que combata por Cristo (…). Para os Cavaleiros de Cristo, é em toda a segurança que combatem pelo Senhor sem temor de pecar por matar os seus adversários, nem de se perderam, se morrerem eles próprios. Quer dêem a morte quer a sofram, é sempre uma morte por Cristo: não tem nada de criminoso e é muito gloriosa”.

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• Durante séculos VIII ao início do XIII, a Cristandade mostrou a sua fraqueza relativamente ao Islão. Este impôs o seu poderio militar e económico e desenvolveu uma civilização próspera e requintada; comparado com o mundo islâmico, o mundo cristão parecia pequeno, pobre e rude.

• Mas em 1095 a Cristandade deu um sinal de mudança e o Ocidente desencadeou a primeira de uma série de grandes ofensivas militares, com as conhecidas cruzadas, com o objetivo de libertar os lugares santos da Palestina, que depois se alargou a outras regiões.

• No século XIII a Europa Ocidental, tinha, claramente, recuperado do seu abatimento face ao Islão. Definiam-se as duas áreas de influência das duas religiões: OCIDENTE- CRISTÃO e ORIENTE-MUÇULMANO.

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Consequências das cruzadas:• Nenhuma das cruzadas obteve o sucesso esperadoe após dois séculos foramabandonadas, no entanto, deixaram marcas:• Incentivo ao comércio entre Ocidente e Oriente.• Desenvolvimento das navegações.• Renascimento urbano devido ao comércio.• Morte de milhares de pessoas com as lutas e pestes.• Enormes gastos dos nobres com as campanhas.• Muitos servos foram obrigados a abandonar os

feudos para lutar nas cruzadas.

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A RECONQUISTA• Designa as campanhas militares que os reinos Cristãos

da Península Ibérica dirigiram contra os muçulmanos, que anteriormente a tinham invadido (711). Este movimento da Reconquista ter-se-á iniciado em 722 a partir de um pequeno reino, das Astúrias e só terminará em 1492 com a conquista do reino mouro de Granada.

• Cronologia:• 1143- Tratado de Zamora – Afonso VII, rei de Leão e

Castela, reconhece D. Afonso Henriques como rei de Portugal.

• 1179- Bula Manifestis Probatum- O papa Alexandre III, reconhece, finalmente Portugal como Reino independente, dando-lhe a sua proteção, em troca de um pagamento anual em ouro.

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• 1147- D. Afonso Henriques prossegue a Reconquista, consolida a linha do Tejo, com as conquistas de Santarém e Lisboa.

• 1158- conquista a cidade de Alcácer do Sal, firmando a presença portuguesa até à linda do Sado.

• 1162 e 1165- Beja e Évora caiem nas nossas mãos.• 1185- Morre D. Afonso Henriques, o Conquistador.• D. Sancho I (1185 A 1211)- Conquista o Algarve,

ainda que mais tarde o perca;• D. Afonso II (1211 A 1223)- Avanços no Alentejo.• D. Sancho II (1223 A 1245)- expandiu o território

Português no Alentejo, conquistando Elvas, Juromenha, Serpa, Moura, Beja, Aljustrel e Mértola.

• D. Afonso III ( 1248 a1279)- Concluiu a conquista do Algarve e a Reconquista Portuguesa chega ao fim.

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Estabelecimento e fortalecimento das fronteiras• Cronologia: (1249 a1297)• 1249- termo da Reconquista;• 1252- Afonso X de leão e Castela, reivindica o ex-reino

Algarvio, alegando a sua soberania; • 1253- Intervenção do Papa Inocêncio IV celebrando um

tratado de paz, em que Portugal mantém o reino do Algarve, em troca do casamento da filha ilegítima do rei de Castela e leão com D. Afonso III

• 1267- Tratado de Badajoz- fica definitivamente arrumada a questão das fronteiras do Algarve.

• 1295-1297- novas hostilidades com Castela que terminaram com a assinatura do Tratado de Alcanises, celebrado entre D. Dinis e Fernando IV de Castela e aqui o território Português adquiriu a configuração definitiva, sendo o país europeu com as fronteiras mais antigas e estáveis.